Patience - Lisa Valdez

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Patience Lisa Valdez

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REVISÃO EM INGLÊS Envio do arquivo: Gisa Revisão: Ana Mota Revisão Final: Lucilene Formatação: Gisa Tiamat - World Uma mulher de nome Patience. Um desejo que põe à prova a virtude de seu nome e seu amor. Patience Emmalina Dare, conhecida por sua excepcional beleza, sempre sofreu a perseguição de seus admiradores. Mas nenhum deles conseguiu lhe inspirar amor... ou desejo. Segura de que nunca encontrará um homem que lhe toque até o mais fundo, decide esquecer as expectativas de casamento e dedica-se à música. Mas justo quando Patience pensa que sua vida está sob controle, um apaixonado beijo do enigmático irmão de seu cunhado acorda nela uma poderosa necessidade. Como conseguirá reconciliar esse desejo que sente por ele e o desejo de uma vida própria? E o que fará quando ele lhe mostrar uma parte profunda e oculta de si mesma que nunca soube que existia? Quando o segredo de seu nascimento ilegítimo desterra Matthew Morgan Hawkmore do lugar que ocupava na sociedade, o obscuro e bonito meio-irmão do Conde de Langley trama sua ressurreição e sua vingança. Traído e abandonado pela mulher que acreditava amar, jura não se deixar controlar nunca mais pelo amor. Mas, apesar de seu juramento, é incapaz de resistir à formosa Patience, cuja fortaleza e confiança em si mesma escondem uma necessidade que ele é perfeitamente capaz de satisfazer. Poderá Matthew tê-la sem amá-la? O que estará disposto a dar para conservá-la ao seu lado? E será a apaixonada rendição de Patience que unicamente evitará que Matthew cometa um trágico engano que poderá destruir a ambos...?

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Comentário da Ana Mota - não direi nada sobre o livro para não estragar a surpresa (tenho certeza de que será grande rsrs). Fiz com todo o carinho, desejo que tenham uma boa leitura ^_^ Comentário da Lucilene - :-O Genteeee!!! Choquei!!!! Realmente o livro é uma surpresa!

Aos meus lindos e leais leitores que, apesar da antecipação intensa e desejo contrariado, graciosamente se submeteram à espera desta história. Obrigada por permanecerem. Vocês são Patience1personificada. Como inspiração musical, agradeço George Michael por sua canção sensual “father figure”2, e George Frideric Handel por sua “Sarabande” 3, uma das peças mais lindas e reverentes de música que já ouvi.

Epílogo Uma carta de pouca importância.

13 de Junho, 1851. Minha querida Henrietta, Você simplesmente não pode imaginar todos os acontecimentos escandalosos! Você está perdendo tudo! Justo agora você está na Itália! Eu lhe conto, minha querida, não é provável que vá haver um espetáculo maior do que este em todas as nossas vidas. E espere para ouvir quem está no centro de tudo. Atrevo-me a dizer que nunca adivinharia. Pois, antes de seu compromisso, era considerado um dos solteiros mais cobiçados na Inglaterra. Adivinhou? Ele não é outro senão o próprio com quem você tinha esperado casar a sua filha. Sim, o Sr. Matthew Morgan Hawkmore! Oh, Henrietta, por onde devo começar? Apenas deixe-me te dizer que uma vez que o tenha ouvido, agradecerá que o Sr. Hawkmore nunca tenha tomado sua Amarantha. Se o tivesse feito, agora te verias envolvida em um escândalo do qual nunca se recuperaria. Nunca, asseguro-lhe isso! 1

Patience = paciência. George Michael, “father figure”: é um conto afiado e sensual de sedução, com mais do que cinco minutos de duração e que sintetizou a natureza sexual de George Michael. 1º lugar nas rádios dos Estados Unidos em 1988 e ficou em 1º lugar na listagem de música sexy: U.S. Billboard Hot 100. George Frideric Handel: célebre compositor da Alemanha. “Sarabande”: e forma musical, ambas em compasso de 3/4. O tema de Handel, Sarabande, é uma variação de La Folia, um dos temas musicais lembrados mais antigos na Europa. 2

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Está preparada, minha querida? (Deveria sentar-se já não estiver sentada). Acontece que o rico, bonito, encantador e popular Sr. Hawkmore é um bastardo! Sim! E para piorar o assunto ainda mais, o pai é um jardineiro! Sim! É verdade! E o assunto saiu à luz da maneira mais escandalosa e inconveniente. Recorda que te escrevi em minha última carta que o irmão do Sr. Hawkmore (devo dizer meio irmão agora, certo?), o Conde de Langley, tinha se comprometido com uma plebeia de nome Charlotte Lawrence? Bom, resulta que a mãe da garota estava chantageando o conde para que se casasse com sua filha. A mulher tinha em sua posse algumas cartas que revelavam a verdade sobre o parentesco do Sr. Hawkmore - cartas escritas por ninguém menos do que a condessa e mãe do Sr. Hawkmore, Lady Lucinda Hawkmore! Sim, ela escreveu as cartas que condenavam o filho bastardo e si mesma! Entretanto, como uma mãe - uma lady - poderia escrever tais cartas repugnantes, nunca saberei. Em realidade uma foi copiada, minha querida, e difundida por toda a Londres. Eu mesma a vi na casa de Lady Winston, e era horrível. Nela a Condessa se desfrutava, e falava de quão encantada estava de ver seu pequeno bastardo na linhagem Hawkmore. Inclusive falava da possibilidade de que ele herdasse o título algum dia! Pode imaginar? De qualquer forma, todo o plano de chantagem foi revelado no The Times 4. Embora não se mencionassem nomes, todos sabiam a quem se referiam. Oh, e resulta que a revelação da verdade foi muito afortunada ao Conde de Langley. Ninguém sabia, mas parece que na verdade ele está apaixonado por uma plebeia - só que não é Charlotte Lawrence. É uma viúva de Lincolnshire! Uma tal Sra. Passion Elizabeth Reddington (ouviste alguma vez um nome tão atroz?) Aparentemente está caidinho por ela, e se casarão na próxima quinzena. Alguns têm a ideia de que ela é uma parenta longínqua dessa Charlotte Lawrence, mas não tenho autoridade para dizê-lo. De todos os modos, é tudo muito romântico, e todos estão morrendo por conhecê-la. Mas quanto ao Sr. Hawkmore - bom, Rosalind rompeu com ele, e seu pai, Lorde Benchley, está absolutamente furioso com ele. Ele acredita que o Sr. Hawkmore sabia sobre seu verdadeiro parentesco todo o tempo. O que talvez fosse verdade já que o falecido Conde sabia que o bebê não era dele. E se sabia, Lorde Bechley diz que certamente o Sr. Hawkmore se inteirou da verdade em algum momento. Isto, é obvio, não só o faria um bastardo, mas também um mentiroso e um impostor. Só Deus sabe qual é a verdade. Agora, parece que há opiniões divididas sobre o assunto. Alguns concordam com Benchley, outros estão incertos, mas todos tiraram o Sr. Hawkmore de suas listas de convidados, portanto, suponho que isso não interessa. Ele agora é uma persona non grata - um exilado, um pária. Se você voltar para casa agora, Henrietta, não vai perder o que há de vir, pois certamente, haverá mais. Quem é a noiva do Conde? Ela tem família? Lady Rosalind voltará a se comprometer? E se for assim, com quem? E talvez o mais interessante de tudo, o que acontecerá com o Sr. Matthew Morgan Hawkmore? Sua, Augusta.

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The Times - célebre e histórico jornal inglês, editado em Londres, publicado diariamente desde 1785, e sob seu nome atual desde 1788.

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Capítulo Um - Patience Eis que és formosa, ó amada minha, eis que és formosa; os teus olhos são como pombas. Cantares de Salomão5 1:15 30 de junho de 1851. Wiltshire, Inglaterra - Mansão Hawkmore, sede do condado do Conde e da Condessa de Langley O pau dele pulsou e o sangue correu. Cerrando a mandíbula, Matthew Morgan Hawkmore retraiu uma respiração lenta, muda. Ele estava fervendo sob um dilúvio de fúria e ressentimento. Mas ela havia entrado, e sua presença puxou suas paixões em uma direção completamente diferente. Ele a assistiu pausar logo dentro da entrada larga enquanto o luar, suave e cor de pérola, filtrava através das janelas na longa galeria de retratos. Ela passeou devagar adiante, o roupão de cetim brilhando suavemente, enquanto parava aqui e ali para estudar os rostos dos Hawkmores, a quem ela era parenta agora pelo casamento da irmã. Patience Emmalina Dare, sua nova cunhada. Com as emoções já se exaltando, sua reação à visão linda se movendo dentro e fora do luar brilhante foi forte e imediata. Avidamente, ele seguiu o passeio lento dela pela galeria. O coração acelerou e o pau inchou. Como um lobo assistindo uma ovelha desgarrada, ele se sentou quieto e tenso nas sombras enquanto ela chegava mais e mais perto. Ele a assistiu olhar para os dois retratos em tamanho real - a mãe e o homem que ele antigamente chamara de pai. Uma mesa estreita separava os dois retratos, como que para mantê-los separados. Ele assistiu enquanto Patience avançou, agarrando o papel que ele havia deixado lá. Pegou-o, e o ergueu para o luar brilhante. O ombro dele teve um espasmo. Ele devia pará-la. Mas ele não o fez. Ele não disse nada enquanto a assistia ler as palavras que tinham ficado marcadas em seu cérebro.

Sr. Hawkmore, Eu me ressinto da necessidade desta carta. Mas como você se recusa a aceitar a palavra do meu pai relativa à dissolução do nosso compromisso, me vi na posição desagradável de eu mesma ter que te escrever. Por favor, aceite tudo o que devo dizer como os meus sinceros e verdadeiros sentimentos. 5

Cantares de Salomão: canção de amor dividida praticamente em duas seções principais. O início do Amor (Capítulos 1-4) e seu Amadurecimento (capítulos 5-8). Por ser um poema escrito em uma linguagem considerada sensual, sua validade como texto bíblico já foi questionada ao longo dos tempos. O poema fala do amor entre o noivo e sua noiva. Alguns teólogos interpretam o texto como alegórico, dizendo que o amor exaltado é o amor entre Deus e Israel, ou entre Cristo e a Igreja.

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Deveria ser óbvio para você que nós não nos adaptaríamos. A revelação chocante da sua ascendência, a publicação da carta asquerosa da sua mãe, na qual ela se diverte com o seu nascimento ilegítimo, e o escândalo que acompanhou sua revelação, fez com que a nossa união se tornasse totalmente impossível. Também deveria ser óbvio para você que eu nunca poderia, nunca, me casar com o filho de um jardineiro. Mas, como eu, um dia, senti um pouco de apreço por você, te asseguro de que eu não mais possuo esse tipo de sentimento. Realmente, se você refletir, creio que perceberá que sempre se importou mais comigo do que eu com você. Então, talvez a sua desgraça seja uma bênção disfarçada, assim como ela me salvou - e a você - de um casamento que teria se mostrado insatisfatório com o tempo. Finalmente, como meu pai já te disse, achamos seus protestos de inocência neste assunto completamente inacreditáveis. Se você fosse um homem de honra e nobreza, admitiria sua desonestidade, mas claramente sua procriação doente desaprova tal honestidade. Sr. Hawkmore, exijo que não me escreva novamente, ou tente me visitar. Meu pai já te informou de que nem você, nem suas missivas, serão permitidas além do nosso umbral. Não me embarace com tentativas adicionais. Sinceramente, Rosalind Benchley P.S.: Sua mãe fez bem em ficar na Áustria, que foi para onde ouvi dizer que fugiu. Talvez você devesse se juntar a ela lá. Com um tipo de exalação, ela abaixou a missiva de Rosalind Benchley. Por que ele a havia deixado lê-la? — Agora que você já deu uma olhada, ficarei com ela. Patience se assustou, girou ao redor, e olhou fixamente para as sombras que penduravam pesadas ao redor dele. A cabeça dela balançou, e ele podia dizer o momento em que ela o viu na obscuridade. Ela tomou um passo em direção a ele. O franzir dele aumentou. Acostumado às sombras, ele a podia ver bem. Mas o que ela via? Um bastardo? O filho do jardineiro, posando como cavalheiro? Um homem abandonado pelas mulheres que reivindicavam amá-lo? Ela tomou um passo para mais perto. Os ombros dele apertaram mais. Ele deveria partir. Mas enquanto ela dava outro passo, ele parecia não poder se mover. Por mais que sua mente o persuadisse, o corpo não tinha vontade de ir. A pele banhada pela lua pedia seu toque. Os lábios cheios e suaves pediam mais e mais beijos. E os cachos vermelhos espessos, caindo pelas costas em desordem selvagem, imploravam pelo aperto de sua mão. A beleza dela era potente com uma sensualidade irrefreável. E ainda assim - o pau pulsava enquanto ela se aproximava mais - ela estava completamente contida. Os olhos disseram a ele desde o início - os olhos verdes profundos, que o lembravam da grama não aparada. Entretanto ele não podia distinguir sua cor ao luar, eles o seguravam agora, sem oscilar e sem tremer.

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A batida do coração dele ficava mais rápida enquanto ela diminuía a distância entre eles. Pausando diante dele, ela estendia a carta. A porra da carta. Pegando-a, ele a esmagou na almofada do sofá ao seu lado. —Perdoe-me por ler sua correspondência privada, Matthew. Ele olhou fixamente para ela e se espantou com o efeito calmante que a voz tinha nele. —Eu não devia chamá-lo de Matthew?— Ela perguntou. —Sei que nunca conversamos realmente. Mas, já que o seu irmão se casou com a minha irmã esta manhã, acho que não é impróprio eu usar o seu nome de batismo. — Ela falou com um tom tão casual, como se não fosse nada incomum eles estarem a sós e juntos na galeria no meio da noite. Um músculo do braço dele saltou enquanto ela andava em direção ao canapé. Ele a assistiu e as mãos tiveram um espasmo. As orelhas dele registraram o suave assobiar de seu roupão. A boca encheu d’água. Ela se sentou ao lado dele. Ele não podia tirar os olhos dela. Pouco mais do que o vão para uma pessoa os separava. Ele respirou fundo. Deus, ela tinha cheiro de gardênias, doce e arrojada. Ela se debruçou contra o sofá de encosto alto, mas não olhou para ele. —É uma noite linda, não é? Que não foi feita para se dormir. Matthew agarrou o braço do sofá. Não, não para dormir. Ela colocou um dos cachos atrás da orelha. —Minha irmã mais nova sempre diz que noites assim são feitas para segredos e mágicas. — Ela pausou por um momento antes de finalmente girar a cabeça para olhar para ele. O coração dele batia rápido enquanto olhava fixamente a beleza obscura do rosto dela. —Eu não sei se ela está certa. Mas por via das dúvidas, você gostaria de me contar um segredo? Em uma outra hora ele teria sorrido. Mas não agora. O pau dele estava duro e pronto, seu corpo estava tenso com restrição. Ele a queria. Ele a queria desde que a viu pela primeira vez, quando ele ainda estava comprometido com Rosalind. E agora ele não estava comprometido com ninguém. Agora, seu coração estava perto de estourar, e seu corpo estava em agonia. A cabeça dela pendeu. —Talvez não então. — Ela desviou o olhar. O corpo dele tremeu enquanto ela se debruçou adiante para ir. —Fique, Patience. — A voz soou concisa. Ele apertou a mão dela e deu uma respiração rasa. —Fique — ele disse mais suavemente. Patience parou. Ela olhou abaixo para a mão dele na dela antes de erguer os olhos de volta para os dele. Deus, ele já havia olhado para um rosto mais magnífico? —Fique— ele murmurou novamente. Mantendo o olhar fixo nele, ela se debruçou de volta. Em vez de soltar a mão, ele enrolou os dedos nos dela. Ele pensou que ela poderia puxar a mão para longe, mas ela não o fez. Ele descansou a cabeça contra as costas do sofá enquanto ela descansava a dela também. Eles se sentaram quietos e parados, os olhos presos um no outro. O silêncio se prolongou. O pênis dele pulsava e sua pele se sentia viva.

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—Não tenho mais segredos. — Ele tentou manter a voz tranquila, a fúria perto da superfície assim como seu desejo, e tomava suas palavras com uma extremidade dura. —Tudo o que devia ser segredo, ou privado para mim, está prontamente disponível para fofoca pública. Um franzir marcou a sobrancelha lisa de Patience. —Eu sei. — A mão dela se moveu ligeiramente embaixo da dele. —Mas você não deve se preocupar demais com fofocas. Passará. Fofocas nunca duram com as pessoas boas. Ele olhou para ela e algo no seu peito apertou. —Como você sabe que eu sou uma pessoa boa? Ela olhou fixamente para ele por um longo momento, quieta. Os olhos pareciam escuros sob a meia luz. —Tenho essa sensação com as pessoas— ela disse finalmente. —Além disso, minha irmã adora você. — Um sorriso breve surgiu nos lábios. —E se a Passion acredita que você é bom e decente, então você é. O coração de Matthew trovejou. Contanto que você ache isso. Tirando os olhos dela, ele anuiu com a cabeça em direção ao retrato enluarado do homem que ele sempre pensou que fosse seu pai. —Você falou de magia. Há algum mágico que pode me fazer filho verdadeiro daquele homem? Os olhos bonitos e inteligentes de Patience nunca o deixaram. —É isso o que você quer, Matthew? Se você pudesse ter apenas um desejo? Sim. Mas ele pensou no casamento do irmão. Mark e Passion passaram juntos por tudo. O amor deles era absoluto. —Não. Eu teria desejado amor - amor e lealdade. — Ele acariciou o dedo no polegar da mão de Patience. A pele dela era tão suave. —Eu poderia suportar qualquer coisa então. —Você ‘teria desejado'? Não deseja mais? A rejeição inumana de Rosalind correu por ele. —Não, não mais. — Ele examinou o olhar tranquilo de Patience. Os ombros dele relaxaram. Agora mesmo, eu só quero você. —Talvez eu desejasse ter vingança— ele disse mais tranquilamente. —Vingança?— Um pequeno franzir marcou a sobrancelha dela. — Amai a vossos inimigos… e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem6… Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos Céus7 — Ela pausou. —O Evangelho de acordo com São Mateus. Ela realmente pensava que ele era capaz de tal beneficência? Um calor passou calmante por ele. E ela sabia o quão linda era - citando os Evangelhos de roupão? O pênis dele parecia cheio enquanto ele rolava sobre o quadril para enfrentá-la. —Eu não sou São Mateus, Patience 8. — Ele sentiu a tensão dela com sua proximidade súbita, mas ela não se moveu ou desviou o olhar. —Eu não sou São Mateus, e não sou perfeito.

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São Mateus 5.44-45. São Mateus 5:48. Matthew = Mateus.

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As pestanas dela tremularam. —Nenhum de nós é. Mas devemos aspirar à perfeição. — Ela o considerou por um momento. —Diga-me que você não buscará vingança, Matthew. A vingança nunca é de graça. A mão dele estava morna sob a dela e a expressão mantinha uma seriedade gentil. Ele olhou fixamente para sua boca rechonchuda, deliciosa. Qual seria a sensação de beijar tais lábios bonitos? —Muito bem— ele murmurou. Como seria saboreá-la e abraçá-la? —Bom. — Ela soltou um suspiro e então olhou de volta para a galeria de retratos. Matthew estudou seu perfil enluarado enquanto o silêncio se estirava entre eles. Era sua bochecha tão suave quanto parecia? Ele queria tocá-la. Finalmente, ela se voltou para ele. —Sabe, Matthew, acho que um dia Rosalind lamentará sua decisão de cortar relações com você. Matthew pensou sobre a carta esmagada ao seu lado. —Duvido— ele respondeu, amargura vazando no tom de voz. —Não, acho que ela irá— Patience insistiu suavemente. Os olhos pareciam olhar além dele à medida que ela continuava— Um dia, ela verá você em algum lugar, talvez até de longe, e ela pausará para olhá-lo. As memórias a inundarão. Ela se lembrará de como se sentiu na sua presença - como era seu toque e seu sorriso. Ela ansiará por você, e ‘e se' ecoará pela cabeça dela. Por ela saber que poderia ter tido você, se não o tivesse descartado. Patience olhava fixamente a distância. Então as pestanas longas chamejaram e ela pareceu retornar a ele. Ela deu de ombros. —E você deve caminhar alegremente - inconsciente, ainda assim contente com a vida que tem sem ela. Matthew considerou-a atentamente e não pôde aliviar o franzir de sua sobrancelha. Ela falou de experiência. Quem a machucou? E quem carregava memórias íntimas dela - seu toque e seu sorriso? Ela ainda ansiava por ele? Uma onda de ciúme se moveu por ele. O franzir aprofundou. —Beije-me, Patience. O olhar dela foi para o dele e os lábios separaram. Um suspiro suave escapou dela. O sangue de Matthew corria apressado e o pau doía. Ele forçou o franzir para longe então repetiu o comando. —Venha. Beije-me, Patience. Os olhos adoráveis dela estavam escuros com desejo e incerteza. Um contraste tão bonito. —Não acho que isto seja uma boa ideia. —Por que não? —Porque você e eu não devemos fazer qualquer coisa que possa nos fazer discutir no futuro. Você é meu cunhado, Matthew. Não quero nenhum remorso entre nós. — Ela pausou, os olhos descansando por um momento na boca dele. —Além disso, mesmo quando penso que quero beijos, fico invariavelmente desapontada com eles. Matthew soltou a mão dela e lentamente estirou o braço através das costas do sofá.

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—Não quero falar de remorsos agora. Só quero um beijo, Patience. — Ele prendeu o dedo em um de seus cachos espessos. Era suave. —E se o nosso beijo for desapontador… Bem, não faremos novamente, não é? Ela pareceu considerar as palavras dele enquanto mantinha o olhar fixo e observador. Ele se sentou tenso e esperando. Ela o rejeitaria? —Beije-me— ele sussurrou. O olhar dela chamejou para sua boca. Então, lentamente, ela girou na direção dele e foi adiante. O coração de Matthew trovejou e a respiração ficou rasa. Ela parou a apenas alguns centímetros dele. Ele respirou o odor de gardênias que estava agarrado nela. Fazia apenas três semanas desde que ele havia colocado o olhar nela pela primeira vez? Por que parecia que ele a desejava desde sempre? —O que você está esperando?— Ele conseguiu dizer. Ela agitou a cabeça. —Não sei. Muitos homens pediram para me beijar. Muitos homens me beijaram sem perguntar. — Ela pausou e um franzir minúsculo dobrou sua sobrancelha. —Mas nenhum já exigiu que eu o beijasse. Ele olhou fixamente no rosto adorável dela e percebeu que ele havia parado de respirar. As demandas eram o que ela precisava. Ele inalou. —Faça agora. Ele viu a indecisão dela debilitar. Então a mão correu lentamente pelo ombro dele e os lábios se separaram. O coração de Matthew martelou no tórax enquanto as pestanas abaixavam. Os dedos mornos dela tocaram sua nuca, puxando-o para ela com uma pressão gentil. E então a boca tocou a dele - não com lábios franzidos - mas completa, suave e exploradoramente. Um calor em chamas surgiu pelo corpo de Matthew, acendendo algo bem no fundo dele. Ainda assim, ele se sentou quieto como uma estátua, entre suspiros audíveis, ela apertou os lábios suaves e separados contra os dele. Com cada beijo, ela demorava mais. Os olhos dele fecharam e o outro braço dela foi ao redor dele. Ele deu uma respiração afiada e as mãos começaram a tremer enquanto ela o trazia para muito mais perto. E mais perto… Com um gemido ele correu os braços ao redor dela, puxando-a completamente contra ele e capturando sua boca tenra com a dele. Desejo incendiou por ele, quente e feroz. Abastecido por seu desejo suprimido por ela, abastecido por emoções que ele não podia nem nomear, que o saquearam. Ele empurrou a língua. Os lábios se separaram e o abraço apertou. Ela tinha gosto de chá e limão - desejo. O coração dele bateu forte. Ela estava enfraquecendo, mas mesmo assim, sentia os seios e as curvas de seu corpo contra ele. Ela era suave e ainda assim firme, e o odor de gardênias enchia sua cabeça enquanto ele a beijava e beijava, empurrando a língua um pouco mais fundo em sua boca morna a cada punhalada. O sangue corria apressado nas veias e o pênis doía. Ele a segurava muito mais apertado e acariciava as curvas de seu traseiro, prendendo-o enquanto ele ia contra ela. A boca aberta para

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agarrar a dela, e os dedos enrolando em seu cabelo. Ela gemeu e então ofegou, mas ele não podia parar de beijá-la. Não podia parar… Naquele momento, ela era o equilíbrio contra tudo o que ele não podia ter - Rosalind, o homem que ele sempre tinha pensado ser seu pai, os chamados amigos que abruptamente se tornaram tão escassos, sua antiga vida. Tudo tinha ido embora. Mas este beijo era dele - este beijo, com Patience. Ele a esmagou contra seu corpo e a puxou para baixo com ele no sofá. Ele apertou o corpo no dela. Se ele pudesse mantê-la, então talvez… Ela gemeu e estremeceu. Arrancando a boca da dela, Matthew olhou para ela abaixo enquanto puxava respirações quebradas. Ele a rolou embaixo dele. Cristo, os olhos meio fechados reluziam com paixão e arfadas suaves escapavam de seus lábios inchados pelos beijos. Mas as mãos agarravam as mangas de sua camisa, ela estava deitada ofegante embaixo dele, os cachos brilhantes se derramando por todos os lados. O pau dele pulsava faminto contra a coxa. Ela deu uma respiração profunda e suas pálpebras tremularam. Ele podia tomá-la agora. Bem no sofá. Uma luxúria sombria se movia por ele. Faça! Você está no controle. Tome-a e triunfe. Com um gemido, ele se curvou e colocou os dedos em seu cabelo. Mas no momento em que fez isso, um ardor afiado atravessou sua junta. Ele congelou enquanto a pequena dor sórdida fatiava por seu desejo. Empurrando os cachos pesados de Patience de lado, ele olhou fixamente para a carta amassada de Rosalind e o canto afiado que havia cortado seu dedo. Sobre ela, ele podia ver sua assinatura apertada, perfeita. Cadela! A raiva dele fervia. Ele esmagou o papel enquanto retornava seu olhar a Patience. Olhando para ela, sua luxúria imediatamente chamejou. Mas apenas serviu para enraivecê-lo mais. Ele não estava no controle. Ele estava completamente fora de controle. Como diabo ele podia ser tão incrivelmente fraco - tão pateticamente desesperado pelos braços de uma mulher? O punho apertou em torno da carta. Ele não havia aprendido nada! —Eu te disse— a voz suave de Patience era quase um sussurro—nós não devíamos ter feito isto. Matthew fez uma careta para o olhar dela. Ele viu a tensão nos olhos bonitos, mas nenhuma censura. O pau pulsou e ele se odiou por querê-la tanto. As mãos dela caíram longe dele. —Vá. Sim. Vá. Por que não era ele? Os olhos de Patience nunca o deixaram enquanto ele forçou os músculos a se moverem, forçou-se a ir para longe. Se o corpo dele tivesse voz, teria gemido em protesto e ressentimento por ele se mover lentamente para longe dela. E quanto mais ele se retirava, mais esses sentimentos escalavam. Até que, quando ele ficou de pé, estava duro com fúria amarga.

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Girando devagar, ele enfrentou o retrato de sua mãe - a mulher linda e enganosa que sempre reivindicou amá-lo. Ela era a fonte de toda a sua dor. Ele queria arrancar o retrato dela da parede. Queria rasgá-lo em fragmentos e lançá-los para fora pela janela. Ele a odiava. E ele desprezava ser “amado” por ela. Mesmo antes do escândalo, seu caráter tinha sido bastante conhecido. O que tinha sido dito dele por ser amado por tal mulher? Cristo, ele tinha passado a porra da vida toda tentando compensar pelo fato de ele ser amado por ela. Ele tinha sido honesto e honrado - cortês e bem humorado. Na escola, ele estudava bastante. Uma vez fora, construiu uma fortuna. Ele se movia nos mais altos círculos sociais. E, o tempo todo, ele procurou por um amor que nunca precisaria compensar - um amor decente, um amor nobre. Um amor leal e incondicional. Erguendo o punho, ele apertou a carta amassada de Rosalind transformando-a em um bolo. A existência inteira dele tinha sido ou uma reação ao amor que tinha, ou uma procura pelo amor que queria. Ele se permitiu ser governado pelo amor - ser controlado pelo desejo do amor. O quão pouco isso o havia servido. Ele abaixou a mão. Nunca mais! Puxando uma respiração profunda, ele pegou a essência mais nua de gardênia. Nem mesmo para ela? Patience… O coração dele pausou e o corpo tremeu com desejo. Porra! Apenas vá. Vá e não olhe para trás. Ajeitando os ombros, ele pôs um pé na frente do outro até que a galeria - e Patience - estavam muito atrás ele. *** Patience olhava fixamente o teto alto. Seus membros estavam tremendo e a vulva estava doendo. Os mamilos estavam apertados e a pele formigava. Os sentimentos eram familiares em seu curso, mas completamente desconhecidos em sua intensidade. Ela fechou os olhos e se deitou completamente quieta. Tudo vai ficar bem. Você está só e tudo está bem. Ela cerrou as mãos em punhos. Foi apenas um beijo. Você já foi beijada uma dúzia de vezes. Apenas um beijo… Mas não importava o quanto ela tentasse argumentar com seu coração correndo, ele não diminuía a velocidade. O corpo parecia estranhamente indiferente aos comandos da mente. Forçando-se a se sentar, ela apertou as pernas que tremiam bem juntas enquanto esfregava as têmporas. Ela tentou delinear seus sentimentos - quebrá-los em partes compreensíveis e reconhecíveis para separar o físico do emocional. Mas ela não podia. Com uma respiração frustrada, ela ficou de pé e caminhou cheia de propósito pela galeria. Ela registrou que suas coxas estavam molhadas e seu estômago estremecendo, mas ela se forçou a

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ignorar as sensações. Passando as sacadas que omitiam o salão de baile mudo, ela andou a passos largos para os degraus e desceu dois lances de escada com passo firme. Uma vez no piso principal, ela caminhou pelo corredor e não pausou até que viu as portas duplas e largas abertas na sala de música. Grandes janelas palladianas9 permitiam ao luar fluir para a câmara expansiva. Ela viu seu violoncelo claramente. Descansando sob à luz perolada, o arco de madeira de bordo cintilava. Logo ao lado estava o seu estojo. Mantendo os olhos desviados do retrato grande acima do mantel, ela cruzou o cômodo. Os chinelos batiam suavemente contra o piso de parquete. O roupão ondulava enquanto ela se abaixava e ficava sobre os pés. Ela abriu a tampa de seu estojo. Do lado de dentro, o forro de seda colorido estava velho, mas ela havia remendado todos os pequenos rasgos que vieram com o tempo. Todos exceto um. Deslizando os dedos atrás da seção do forro solto, ela retirou o papel dobrado que tinha colocado lá pela primeira vez há sete anos. Ela apenas pausou brevemente antes de desdobrar as dobras bem marcadas e erguer a carta para a luz. Os olhos caíram nas palavras que ela já havia lido mil vezes.

Patience, Eu te peguei me assistindo ontem, e percebi imediatamente por que sua apresentação ultimamente tem sido tão desagradável. Você tentou esconder, mas eu vi amor nos seus olhos. E fiquei com repulsa. Seu amor por mim contaminou a sua música. Seu toque ficou suave e insípido, e eu não posso mais suportar ouvi-la. Eu te disse quando você se tornou minha aluna que a perseguição da arte e a perseguição do amor são antíteses. Pensei que você havia entendido isto. Ainda assim, olhe o que você fez. Arruinou seu talento, e roubou quase um ano da minha vida, durante o qual eu poderia ter ensinado alguém mais merecedor. Eu devia ter pensado melhor em vez de ter colocado a minha confiança em uma menina de quinze anos. Cometi o engano de acreditar que você estava acima das respostas sentimentais tão comuns para as fêmeas. Claramente, eu estava enganado - vocês são todas iguais. Já que você se provou incapaz da perfeição, e, portanto, de grandeza, você faria bem se apenas deixasse de tocar completamente e casasse com um desses jovens ávidos que estão sempre te perseguindo. Sim, dê o seu amor para um deles, e tome as suas alegrias das buscas mais simples atribuídas ao seu sexo - casamento e procriação. Henri Goutard Patience olhou fixamente para a escrita rabiscada. Ao longo dos anos, a dor da carta tinha enfraquecido até virar nada. Mas hoje à noite, ela sentiu uma punhalada breve da antiga agonia. 9

Estilo Palladiano - estilo arquitetônico derivado da obra prática e teórica do arquiteto italiano Andrea Palladio (1508-1580), um dos mais influentes personagens de toda a história da arquitetura do Ocidente.

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Mas, porém, veio e se foi em um momento, agiu nela como um mergulho na água fria, amortecendo as emoções aquecidas que o beijo de Matthew havia inspirado. Ela deu uma respiração profunda e calmante, e lentamente dobrou o papel novamente. Enquanto ela o colocava de novo em seu lugar, pensou no quão semelhante era a carta de Henri à de Lady Benchley. Matthew sentiria dor por algum tempo. Ela fechou a tampa de seu estojo. Mas eventualmente ele se recuperaria - da mesma maneira que ela tinha feito. E talvez ele achasse o amor novamente. A imagem de Matthew abraçando uma mulher sem rosto de cabelo escuro de repente apareceu em sua mente. Ela fez uma careta com o sentimento azedo que a visão a deu. Empurrando-a para longe de seus pensamentos, ela olhou para seu violoncelo. Seu instrumento musical era seu amor. Ficando de pé, ela olhou fixamente para ele por um momento. Era seu conforto. Sentando, ela o colocou entre os joelhos. Estava tarde, mas se ela tocasse silenciosamente… Puxando e soltando outra respiração profunda, ela baniu Matthew de sua mente e imaginou as notas de abertura do Concerto do Imperador de Beethoven10. Cuidadosamente - exatamente ela apertou as cordas adequadas contra o espelho do violino, e então puxou o arco. Perfeitamente executadas, as primeiras notas encheram o local vazio com som. Patience prosseguiu com uma nota até a seguinte - tocando cada sucessão de forma pura e perfeita. Ela pegava a música de ouvido, mas também a via em sua mente, quase como se fosse uma série de equações matemáticas - cada uma para ser resolvida com exatidão certeira e, claro, ordem adequada. Enquanto tocava, Patience prevenia qualquer engano, qualquer erro de cálculo que poderia perturbar a perfeição da obra. Dava a ela prazer imenso simplesmente tocar. Na verdade, cada momento em que ela se sentava com seu violoncelo, sua meta era ficar mais próxima da perfeição que Henri reivindicava que ela fosse incapaz. Deixando as notas finais enfraquecem no ar quieto, Patience suspirou com satisfação. Isto era o que ela amava - sua música e a perseguição da perfeição. Ela olhou seu instrumento. O amor romântico não era para ela. Novamente, os olhos lindos e penetrantes de Matthew relampejaram em sua mente. Ela estremeceu. Mas e quanto ao desejo? Ficando de pé, ela retornou seu violoncelo ao seu local. O desejo servia uma necessidade física que ela não poderia evitar para sempre. E ela desejava Matthew mais poderosamente do que já havia desejado qualquer homem. Havia algo entre eles - algo forte e inevitável. Girando, ela ergueu os olhos lentamente para o retrato de tamanho natural que havia evitado olhar mais cedo. Matthew, acomodado com seu violoncelo, olhando fixamente de volta para ela. A

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Concerto do Imperador - última composição de concerto para piano e orquestra de Beethoven. Obra majestosa e de uma concepção grandiosa, tanto nos solos do piano quanto nas intervenções da orquestra, possui três movimentos. Lwidg Van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, na Alemanha.

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irmã dela havia dito que ele tocava o instrumento de forma brilhante. Uma Patience com a pele ruborizada e aquecida olhou para ele. A pose dele era aberta, o braço direito caído indolentemente sobre a parte de trás da cadeira. O arco pendurado nos dedos negligentes, e a outra mão descansando no braço de seu violoncelo, que estava colocado entre suas pernas extensamente espalhadas. Patience umedeceu os lábios enquanto o sangue acelerava. Matthew olhava fixamente para ela quase como que fora da pintura, a expressão inativa e sensual. A curva cheia da boca tinha sido bem pintada, mas nada podia ultrapassar a beleza e intensidade incrível dos olhos escuros. Hoje à noite, eles olharam para ela com observação sabedora. Hoje à noite, eles pareciam dizer você é minha. Patience retraiu a respiração enquanto os lábios formigavam. Ela os tocou ligeiramente. Não apenas um beijo. Não. O abraço ofegante dele tinha sido um prelúdio… …Um prelúdio para algo mais.

Capítulo Dois - Masque11 Fala o meu amado e me diz: Levanta-te, amada minha, formosa minha, e venha. Cantares de Salomão 2:10 Três meses depois Wiltshire, Inglaterra - Um Baile de Masque na Mansão Hawkmore, sede do condado do Conde e da Condessa de Langley Eles nunca a deixavam só. Como corços orgulhosos procurando uma corça solitária, seus admiradores dançavam e se moviam de forma alegre e animada em volta dela. Seguiam-na aonde quer que ela fosse, empurravam e competiam por sua atenção, cada um desejando ganhar sua consideração - por mais breve que fosse. E o tempo todo, mesmo enquanto ela sorria, anuía com a cabeça e os favorecia, ele podia sentir o desinteresse dela. Minha pobre Patience. Como você aguenta? Matthew cruzou os braços sobre o tórax. Inclinado em um canto sombreado da galeria superior, ele mantinha os olhos fixos nela. Apesar de o lindo rosto dela estar meio encoberto por uma semi-máscara, o magnífico cabelo vermelho deixava sua identidade inconfundível. Caindo pelas costas em cachos espessos, era como uma isca inflamada em um mar de sombras mais escuras. Uma coroa de flores descansava sobre a cabeça brilhante, e mais florescências decoravam

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Masque - forma de entretenimento cortês festivo que floresceu nos séculos XVI e início do século XVII na Europa, e foi desenvolvido anteriormente na Itália (aparece muito nas peças de Shakespeare). Masque envolvia música e dança, canto e atuação, em um palco elaborado, no qual a definição de arquitetura e costumes poderiam ser projetados por um arquiteto de renome para apresentar alegorias com o objetivo de lisonjear o dono da festa.

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sua fantasia, um vestido longo de camadas brancas descia através dos ombros e abria em uma saia rodada a partir de sua cintura esbelta. Ela era uma beleza incomparável. Nos três meses desde o beijo na galeria, ele pensava nela frequentemente. Tendo passado a maior parte dos dias só, imagens dela enchiam sua mente. Ele havia resistido a elas a princípio. Mas enquanto as semanas passavam, ele foi resistindo cada vez menos até que parecia que todas as noites seu último pensamento era sobre ela. Ela enchia seus sonhos e suas fantasias. E quanto mais ele pensava nela, mais ele a queria. E quanto mais ele a queria, mais valor parecia ter derrotar o escândalo que estava começando a arruiná-lo social e financeiramente. O escândalo que logo o forçaria a sair da diretoria da Grande Estrada de Ferro do Oeste, a companhia que ele havia fundado. Escândalo que estava sendo maliciosamente manipulado e aumentado pelo pai de Rosalind. Maldito Benchley. Archibald Philip Benchley, o Grande e Honorável Conde de Benchley, cuja linhagem era tão antiga que seu título e sobrenome ainda eram os mesmos. Lorde Benchley, cujo condado era muito ilustre e puro para ser manchado por sangue bastardo. Matthew estreitou os olhos para a multidão circulando abaixo. Atrás das roupas de ceda e cetim, eles eram como um bando de animais selvagens. Pelos últimos três meses, eles haviam assistido Benchley arranhá-lo e rasgá-lo. Mas ele não estava morto. E já estava cansado de lamber suas feridas. Ele pegaria de volta seu lugar entre eles - não lutando com eles, mas rasgando a garganta de uma vez só. Sim. Enquanto o grupo se movia, ele viu Archibald Benchley. E quanto mais sangue ele tirasse, melhor seria. Porque depois que a poeira baixasse, ninguém ousaria cortá-lo novamente. Matthew quase sorriu. Seu espião já estava na casa dos Benchley há duas semanas. Ele deveria se reportar logo. Ele deixou o olhar cair em Patience. Hoje à noite ela era sua meta primária. As entranhas apertaram com antecipação. Ele e ela tinham negócios inacabados - e ele estava faminto por ela. —Por Deus, é realmente você. Você cresceu. Matthew olhou para as feições sardônicas de Roark Fitz Roy, o filho mais novo do Marquês de Waverley. Falando de bastardos - o ancestral do marquês vinha de um dos filhos bastardos de Charles II12. —Fitz Roy. Roark Fitz Roy ergueu uma sobrancelha preta. —Apostei cem libras com Hollingsworth que o rumor da sua presença era mera invencionice. Matthew encolheu os ombros enquanto girava o olhar de volta para o salão de baile abaixo. —Nunca aposte no rumor. — Sim, bem… infelizmente para você e a Grande Estrada de Ferro do Oeste, várias pessoas estão apostando no rumor. Matthew ficou tenso.

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Charles II – viveu de 29 de Maio 1630 a 6 de Fevereiro 1685, foi rei de Inglaterra, Escócia e da Irlanda. Apesar de ter tido inúmeros filhos ilegítimos (ele reconheceu os direitos de 14 deles), o casamento com a princesa Catarina de Bragança, filha de João IV de Portugal, não resultou em herdeiros e foi sucedido pelo irmão, Jaime Duque de York.

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— Esse é o erro deles. — Aposto que será o seu se não fizer algo rápido sobre isto. Matthew encarou Fitz Roy. O homem era um dos favoritos da Rainha, mas Matthew nunca tinha sido do tipo que ficava bajulando por favores e não iria começar agora. — Eu não o vejo desde a minha queda da graça pública, Fitz Roy, e agora mesmo você está interrompendo a solidão com a qual fiquei acostumado. Então, se há algo que queira dizer, por que apenas não diz? Fitz Roy permaneceu com as mãos nos bolsos da calça. Os ombros ergueram em um pequeno encolher de ombros. —Muito bem, mas temo que sejam más notícias. Matthew ergueu as sobrancelhas em surpresa zombeteira. —Sério? Más notícias, é? —Ele apagou a expressão do rosto. — As cópias da carta da minha mãe declarando sua alegria com meu nascimento bastardo ainda podem ser achadas flutuando no esgoto de Londres e enchendo seus canais. O artigo de jornal contendo o enredo da chantagem contra o meu irmão, no qual ele quase perdeu o único amor de sua vida por mim, ainda está sendo distribuído pelas salas de estar e de visita de meus antigos pares. E, como se isso não fosse o suficiente, minha antiga noiva e o pai dela — ele moeu as palavras — fizeram a minha rejeição total e completa da parte deles se tornar um assunto de mastigação pública. Enquanto as pessoas mastigam a fofoca deliciosa da minha queda — a voz dele foi ficando progressivamente mais dura — os Benchleys continuam a jogar sal e tempero no banquete com suas declarações públicas e mentiras contra mim. — Ele se debruçou adiante. — E, isso não sendo o suficiente, enquanto Archibald Benchley calunia o meu caráter publicamente, reservadamente, ele infecta os meus associados nos negócios com sua influência vil. Apostaria minha última nota de libra que ele é a pessoa que está no coração do rumor doente que você veio falar—Matthew recuou. — Notícias ruins? A porcaria da minha vida toda é uma notícia ruim. Um longo momento mudo seguiu, mas a expressão orgulhosa de Fitz Roy não mudou. —Bem, já que você coloca as coisas desse jeito… Lorde Wollby acabou de informar que pretende vender todas as ações dele da sua companhia. —As sobrancelhas pretas ergueram. — Ele ouviu um rumor de que a Grande Estrada de Ferro do Oeste - em outras palavras, você - logo não conseguirá comprar um único pacote de carvão a menos que a Grande Estrada de Ferro do Oeste em outras palavras, você - esteja disposto a pagar quatro vezes o seu valor. Matthew sentiu o sangue borbulhar. Ele já estava pagando mais caro pelo carvão que podia conseguir, e chegando à beira do desastre financeiro. O apoio às vendas do revendedor de Wollby poderia encorajar uma onda incessante de transações comerciais de venda abaixo do valor para derrubar a concorrência interna e depois se impor no mercado cobrando preços bem mais altos. Ruína. —Bom, ele não vai fazer nada enquanto estiver aqui. Você tem algum tempo para convencêlo a se segurar. Enquanto a mente engrenava, Matthew olhou fixamente abaixo para as pessoas da sociedade. Ele achou Patience no centro da pista de dança. Seu pau teve um espasmo.

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—Convencê-lo a se segurar? Para quê? — A dança era a mazurca13, e o franzir aprofundou quando ele viu o companheiro dela, o Visconde de Montrose, ficar muito perto de tocar seu seio. Uma possessividade súbita e brava aqueceu suas veias. Ele se voltou para Fitz Roy. —Não— ele rosnou. —Eu não vou convencer Wollby de qualquer coisa. Eu construí a Grande Estrada de Ferro do Oeste. Ela é minha. Ela é minha, e que eu me ferre se ficar de joelhos curvados para implorar a tolerância de cada acionista com sede de sangue. —Ele ergueu o ombro para aliviar a própria tensão. —Ou eles acreditam na GEFO - e em mim - ou eles não o fazem.— Ele girou o olhar de volta para Patience. O pênis pulsou com a chamada de reivindicá-la com determinação urgente, especialmente enquanto Montrose se debruçava para perto para dizer algo próximo à orelha dela. —Qualquer que seja o caso, cuidarei do que é meu— ele disse tranquilamente. —Muito bem, então. — Fitz Roy pausou. —Oh, a propósito, você nunca adivinhará quem me abordou no baile em Cromley e fez indagações discretas sobre você. —Realmente não me importo— ele murmurou enquanto mantinha o olhar na mão de Montrose enquanto assistia Patience se mover graciosamente pelos passos da dança. —Sim, bem, foi Lady Rosalind. Matthew endureceu enquanto girava para Fitz Roy. —Rosalind— ele rosnou. —Lady Rosalind que vá para o diabo. —Então creio que você não vá querer o bilhete perfumado que ela furtivamente me entregou para dar a você. Matthew olhou fixamente para Fitz Roy. —Depois de tudo o que aconteceu devido às cartas sórdidas da minha mãe, Rosalind não seria estúpida o suficiente para me escrever uma nota secreta. —Realmente, ela foi. — Fitz Roy encolheu os ombros enquanto puxava um pequeno papel dobrado do bolso do peito e o segurou. —Eu culparia o desespero. Matthew encarou o papel cor de rosa dobrado. Ele devia tomá-lo, mas ele o repelia. Ele deu uma olhada rápida para Patience abaixo. Os cachos brilhantes e bonitos cintilavam sob a luz. A batida do coração acelerou e seus testículos apertaram enquanto ele a assistia passar logo embaixo do braço de Montrose. Ela era o ele procurava. Ela era o que ele almejava. Rosalind não importava mais. Ainda assim, ele sabia muito bem que cartas poderiam ser ferramentas poderosas quando usadas contra os inimigos. Arrastando os olhos de Patience, Matthew pegou o bilhete antes de poder mudar de ideia. Ele depressa o abriu enquanto Fitz Roy girava de costas.

Matt, querido, sei que você deve me odiar, então talvez vá agradá-lo saber que eu estou sofrendo. Mas, quero que você saiba que eu penso em você todos os dias enquanto meu pai

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Mazurca - dança tradicional de origem polaca, feita por pares formando figuras e desenhos diferentes, em compasso de ¾ e tempo vivo. Característico é o ritmo pontuado, com acento típico no 2º e 3º tempo do compasso. Era frequentemente utilizada pelos compositores da Polônia da era romântica, como Chopin, Moniuszko ou Wieniawski.

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desfila pretendente atrás de pretendente diante de mim, nenhum tão bonito ou tão “corajoso” quanto você. Querido, se você lamenta nossa separação tanto quanto eu, então me envie algumas palavras. Fico corada em dizer isto, mas só porque nós não podemos nos casar, não significa que não possamos ficar juntos. Sua, R. Matthew bufou zombeteiramente enquanto agitava a cabeça. Se ele não estivesse olhando para a pequena e apertada letra de Rosalind, não teria acreditado no que estava lendo. Oh, que mudança os meses tinham forjado. E, oh, que possibilidades esta missiva inesperada levantava. Dobrando a nota, ele a deslizou com firmeza para o bolso do peito. Ele precisava de tempo para considerar como fazer melhor uso do bilhete e de Rosalind, mas… ele olhou para baixo, para Patience… agora não era a hora. Matthew a assistiu se mover para fora da pista de dança com Montrose, que parecia pouco disposto a soltar sua mão. Imediatamente, uma multidão de homens a cercou. Ele conhecia todos eles, e seus ombros ficaram tensos quando viu Conde Danforth se pressionar demais contra as costas dela. As entranhas de Matthew apertaram. Ele conhecia Danforth desde Harrow14, mas nunca tinha gostado dele. Ele era um arrogante estúpido, devasso, jogador inveterado e péssimo perdedor. Se ele movesse uma mão suja na direção dela… Mas no momento seguinte, o homem alto e sem graça fez uma careta e, saltando para trás, ergueu um pé. Patience girou e, com a mão apertada contra o peito e com uma sacudida ohdesculpe-me da cabeça, pareceu dizer um pedido de desculpas. Fitz Roy riu. —Nada como um duro pisar no pé para intimidar os imbecis. Matthew franziu o cenho. Ele quase tinha se esquecido de que Fitz Roy estava lá. —A propósito, você ouviu a novidade sobre o Danforth? Agora o quê? —Qual novidade? —Bem, eu provavelmente não deveria te dizer nada. Danforth está fora de si com a excitação de te contar ele mesmo. — Fitz Roy examinou brevemente as próprias unhas. —Mas, já que eu adoro acabar com a alegria dos idiotas, direi a você. — Ele debruçou o quadril na parede baixa da galeria. —O empobrecido Conde de Danforth acabou de ficar comprometido com ninguém menos do que a lady do bilhete perfumado que está agora dobrado no seu bolso. Matthew congelou por um momento e esperou sentir algo, qualquer coisa. Nada veio. —Quando isto aconteceu? —Hoje mesmo. Danforth está positivamente vertiginoso com o acordo inteiro, porque seu futuro sogro concordou em pagar todas as suas dívidas e renovar sua mansão desintegrando.

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Harrow School (originalmente: The Free Grammar School of John Lyon; geralmente: Harrow) é uma escola privada para garotos e uma das escolas mais famosas do mundo, localizada no noroeste de Londres. Foi fundada em 1572 por meio de uma carta-patente concedida por Elizabeth I da Inglaterra a John Lyon.

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—É mesmo?— Matthew olhou fixamente para Danforth abaixo. O homem era incapaz de ficar longe de uma dívida. Ele seria uma obrigação enorme para Benchley. Matthew franziu o cenho. E o filho de uma puta ainda estava perto demais de Patience. —Então ele seguramente estará nas mesas de jogo hoje à noite— ele disse firmemente. —Alguém consegue manter um cão de caça longe da salsicha? Claro que ele estará nas mesas de jogo. — O Conde se afastou da parede e endireitou o punho da manga. —Bem, devo ir. Sou o parceiro da Senhorita Dunleigh e seus duzentos metros de tule rosa pela próxima valsa. Matthew anuiu com a cabeça enquanto retornava seu olhar para Patience. O coração batia forte e seu pênis pulsava avidamente. Estava na hora de ir também. —Oh— Fitz Roy pausou — não que você se importe, mas Lady Rosalind me pediu para te dizer que ela estará na caça de outono do Filbert se você desejar organizar um encontro privado com ela. Matthew engoliu seu desgosto e manteve os olhos em Patience. Ele não queria mais pensar em Rosalind. A única mulher que importava agora estava abaixo dele. —Boa noite, Fitz Roy. —Noite, Hawkmore. Matthew assistiu os cachos vermelhos de Patience saltarem ao redor dos ombros nus enquanto ela girava para falar com um de seus admiradores. Ele seguia as curvas do corpo dela com os olhos. Dando uma respiração funda, ele pôde sentir a excitação se mover forte, na retenção controlada que alimentava suas paixões dominantes. Hoje à noite seria o início - um novo início com Patience. Ele a queria. Tinha vindo por ela. E apesar de ela ainda não saber disto, ela pertencia a ele. *** —Ela não toca!— exclamou Lorde Farnsby. —Ouvi dizer que ela toca. —Só porque você ouviu dizer, não quer dizer que seja verdade, Danforth. —Uma nota de dez libras que ela sabe— ofereceu Lorde Asher. —Feito— Farnsby respondeu. —Uma aposta! Uma aposta!— gemeu algum dos outros cavalheiros. O riso encheu o círculo. —Então— Lorde Danforth os silenciou, e todos os olhos giraram para ela. —Pergunto a você novamente, Senhorita Dare. É verdade que a senhorita realmente toca o violoncelo? Por detrás de sua semi-máscara, Patience mostrou um sorriso à multidão apertada de cavalheiros que a cercavam. Alguns de fantasia, outros não, todos usavam máscaras. Ainda assim, suas máscaras estavam erguidas agora e todos os olhos estavam fixos nela. Sob a luz do enorme salão de baile, ela podia observá-los bem. Que grupo eles formavam. Ela via luxúria fingindo ser amizade, vaidade disfarçada de charme, insegurança posando como desafio e, quando retornou o olhar para Danforth, viu um predador, sem disfarce.

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—Acontece, Lorde Danforth, que o senhor está correto. Eu toco violoncelo. Em duas semanas, devo começar minhas aulas com Fernando Cavalli, renomado em Londres. Estou orgulhosa por ser a primeira aluna a ganhar sua tutela. Enquanto um coro de ‘ah' enchia o círculo e brincadeiras sobre as dívidas eram liberadas, Danforth se curvou para perto. —Eu sabia que você era o tipo de mulher que podia segurar um instrumento grande entre as pernas. Ela tinha ouvido isso apenas uma centena de vezes. Patience impediu com toda a força o desejo de revirar os olhos e pedir licença. Claramente os homens eram os mesmos em todos os lugares - ainda que tivessem títulos. Em vez disso, ela riu ligeiramente e baixou a voz. —Se quer me ferir, meu lorde, sinto muito, mas a sua alfinetada errou o alvo. Um franzir ligeiro surgiu na sobrancelha de Danforth. —Desculpe, como disse? Patience ergueu as sobrancelhas como que por ingenuidade. —Não, eu que me desculpo, meu lorde. Com um toque no braço dela, Lorde Farnsby, fantasiado de Napoleão, chamou sua atenção do odioso Danforth. —Deve perdoar a minha incredulidade, Senhorita Dare. Sua beleza sozinha elogiaria qualquer experiência musical. — Ele baixou o colete além de sua cintura corpulenta. —É que o violoncelo é um instrumento tão grande e difícil de controlar que não combina bem com a natureza delicada e a sensibilidade gentil das damas. Patience anuiu com a cabeça. Ela já tinha ouvido isto antes, também - vezes demais. Deus que proibisse uma mulher de tocar violoncelo, ou montar a cavalo com as pernas escarranchadas, ou fizesse qualquer coisa que exigisse a divisão das coxas. Não importava que cada homem de pé lá tivesse nascido entre as pernas de uma mulher. Por que eles pensavam que isso afetava a natureza delicada e a sensibilidade gentil da mulher? Ela sorriu. —Eu o entendo completamente, meu lorde. Mas quando jovem comecei a estudar o violoncelo, e não tinha nenhuma noção da delicadeza da minha natureza, e minhas sensibilidades eram bastante determinadas. O senhor pode apenas perguntar ao meu pai. Enquanto os homens riam e faziam gracejos sobre suas próprias juventudes determinadas, Patience pegou uma conversa atrás dela. —Não posso acreditar que Matthew Hawkmore realmente esteja aqui hoje à noite. Patience parou. Matthew estava aqui no baile? A memória súbita de seu corpo duro apertado contra o dela trouxe um rubor morno às bochechas. —Matthew Hawkmore? Você não quer dizer Matthew Jardineiro? Patience ofegou enquanto as ladies riam. — Bem, não posso acreditar nisto— a primeira continuou. —Ele acha que será aceito de volta na alta sociedade? Quero dizer, francamente… Ele deveria, pelo menos, ter a decência de ficar longe - especialmente depois de ter mentido para nós.

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—Mas, minha querida, ouvi dizer que ele nunca soube de sua ilegitimidade. —Bem, Lorde Benchley me informou que Hawkmore sabia desde o princípio. E eu, com toda a certeza, não gosto de ser enganada, muito menos por um filhote de algum jardineiro rude. As vozes dos admiradores de Patience enfraqueceram na medida em que ela escutava, com indignação crescente, as mulheres atrás dela. Ela sabia pela irmã que Matthew estava sofrendo socialmente. Mas esta rude e altiva mesquinharia era injusta. Isto era a cortesia da nobreza? —Sabe, ouvi meu marido dizer que ninguém mais fará negócios com o Hawkmore. Ele disse que vai vender suas ações da companhia de estrada de ferro do Hawkmore. —E por que seu marido não deveria fazer isso? Quem quer fazer negócios com um homem mentiroso e impostor? Guardem as minhas palavras, em pouco tempo Matthew Hawkmore será um bastardo e um pobretão. Patience cerrou as mãos nas saias. Por Deus, se havia uma coisa que ela odiava, era crueldade e injustiça. Ela começou a girar para dar às fofocas maliciosas uma crítica severa quando um cavalheiro alto, magro e malvestido como o cordial Rei Henrique VIII15, passou entre os cavalheiros e segurou sua mão. Patience recuou com o susto. —Minha querida Senhorita Dare, aqui está você! Estava procurando-a em todos os lugares e creio que essa é a nossa dança. Patience ouviu a proposta para a valsa que começava. Ela deu uma olhada por sobre o ombro e achou apenas os três cavalheiros que tinham enchido o espaço atrás dela. Onde estavam as mulheres repugnantes? Mal capaz de esconder a frustração, ela olhou para o cartão de dança que havia pendurado na cintura. —Sim, Lorde Fenton, é. —Que rude, Fenton, tomando a linda Senhorita Dare de nós— Lorde Farnsby reclamou. —Verdade— disse Lorde Montrose. —Sim, não vá para longe com ela, Fenton— Lorde Danforth advertiu enquanto escovava um pelo solto de seu traje de noite. —A próxima dança é minha. —E então é a minha— disse Lorde Asher. O ávido Lorde Fenton meramente sorriu torto para ela por debaixo de sua máscara enquanto a levava de seu círculo de admiradores para a pista de dança. Patience suspirou. Matthew estava realmente aqui no meio dos dançarinos? Fugazmente, ela procurou na pista lotada, mas no momento seguinte ela se puniu. Se ele estava, obviamente não a havia buscado, então o que importava? Ela administrou um sorriso para Lorde Fenton enquanto a valsa começava, mas ela estava logo fazendo careta enquanto ele repetidamente pisava nos seus dedos dos pés. —Eu sinto muitíssimo, Senhorita Dare. Mil perdões.

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Rei Henrique VIII - Pai da rainha Elizabeth I, foi o segundo monarca da dinastia Tudor, famoso por ter se casado seis vezes e por exercer o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Um dos feitos mais notáveis de seu reinado foi a ruptura com a Igreja Católica Romana e a criação da Igreja Anglicana.

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O homem estava tão concentrado no decote do vestido dela que não a estava conduzindo. Então ela o conduziu. —Agora sim— Fenton sorriu amplamente. —Nós achamos o jeito. —Certamente achamos— Patience concordou. —Pode demorar um momento, mas eu sempre acho o jeito certo. —É mesmo?— Ela respondeu distraidamente. Por que tentar se enganar? Se Matthew estava aqui, ela ao menos queria vê-lo. Apenas por um momento. Na manhã seguinte ao encontro deles no meio da noite na galeria, ele tinha voltado para sua propriedade rural. Três dias mais tarde, ela foi para casa, para o vicariato, com o pai, a irmã e a prima. Ela tinha resolvido tirá-lo de sua mente, mas não importava o quanto ela tentasse, ele persistia em invadir seus pensamentos, principalmente na calada da noite. Na verdade, a imagem dele havia ficado gravada na memória dela - o ângulo duro da mandíbula e a curva suave da boca. E então, claro, havia os olhos escuros, cheios de sentimentos. Franzindo o cenho, ela refletiu. Tinha havido algum dia em que ela não havia pensado nele? Ela achava que não. Onde ele estava? Erguendo o queixo, ela esquadrinhou a multidão enquanto girava nas tensões urgentes da valsa. Rostos mascarados enchiam sua visão. Meio revelados, meio escondidos, eles giravam ao redor dela em um caleidoscópio de cor. Mais máscaras farristas cercavam a pista de dança do enorme salão de baile, movendo-se em uma maré sempre inconstante. Até os empregados de libré, adornados com semi-máscaras pretas pareciam dançar pelo aglomerado de pessoas enquanto rodavam suas bandejas com champanha cintilante. Mas onde estava Matthew? A música crescia. Um pequeno pinicar de consciência dançou pela espinha de Patience. Antecipação súbita correu por ela. Ela girou. Matthew. Ele estava andando a passos largos cheios de propósito através da pista de dança, os olhos escuros e penetrantes fixos nela, sem vacilar. Patience retraiu uma respiração. A sensação de inevitabilidade que a havia tomado depois do beijo dele, atravessava por ela ainda mais fortemente agora. E desejo - desejo que corria quente. Ela não podia tirar os olhos dele. Ele estava mais magro desde a última que ela o havia visto? Seu corpo alto estava adornado em um traje de noite preto e rígido. Nenhuma máscara cobria suas feições incrivelmente lindas. Esse tinha sido um movimento calculado, ela estava certa. De fato, a expressão dura e inexpugnável que ele mostrava parecia dizer: danem-se vocês todos, esse é quem sou e não devo me esconder. Algo fundo no corpo dela e pulsou. Seria orgulho? Ele se aproximou mais. Um par dançando na frente dela bloqueou sua visão dele.

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—Eu disse, Senhorita Dare, não creio que você ouviu uma palavra do que eu disse. Patience voltou sua atenção a Lorde Fenton. —Perdoe-me, meu lorde. Hmm… — Ela piscou —… o que o lorde estava dizendo…? —Eu estava dizendo que nós dançamos tão bem juntos que talvez pudéssemos considerar nos tornar parceiros em outras atividades. — Ele sorriu no que ela estava certa de que deveria ser uma maneira atraente. —Estou certo de que nós nos ajustamos muito bem. —E eu estou certo de que não é verdade. — A voz profunda de Matthew os fez parar. O sangue de Patience correu enquanto ele colocava a mão dela na dele e dava um olhar frio a Lorde Fenton. —Agora, se me dá licença, estou cortando a conversa. Lorde Fenton franziu o cenho. —Estou há metade da noite esperando por esta dança com a Senhorita Dare, Hawkmore. Os dedos de Matthew se curvaram calorosamente ao redor dos dela. —Então você não se importará de esperar mais. Fenton puxou a máscara para trás, revelando um olhar súbito e sórdido. —Dane-se, Hawkmore. Suponho que cortar a conversa não deveria vir como um choque vindo do filho do jardineiro. Patience ofegou sua raiva e falou do lado de Matthew. —Isto deveria ser um trocadilho, meu Lorde? Nesse caso, é muito pobre. Agora, se me dá licença, acho que estou de acordo com o meu cunhado. Você e eu não nos ajustaremos. Lorde Fenton girou com altivez para Matthew como se ele fosse a pessoa que houvesse falado. —Eu nunca gostei de você, Hawkmore. Vejo que estava certo em fazer a petição para a sua demissão do White. Ignorando o homem, Matthew a varreu de seus braços e a levou para valsar na multidão. Suas feições estavam duras com raiva, então ela abaixou os olhos para dar um momento a ele. Apesar da troca desconfortável, excitação, felicidade e alívio corriam pelo corpo de Patience. Ela se viu inclinada em Matthew, oferecendo suporte e tomando auxílio ao mesmo tempo. Ele a manteve tão próximo que ela podia sentir o cheiro do vetiver16 agarrado a ele. Ela podia sentir a parte inferior do corpo dele contra o dela e o roçar de suas pernas. O ombro era forte sob a mão dela enquanto ele a levava com segurança, sem vacilar. Tudo a levou de volta para a última vez em que ela havia sentido o poder dos braços dele ao redor dela e o corpo apertado contra o dela. Ela fechou os olhos e desejou poder deitar a cabeça contra seu ombro. Deus, ela não tinha percebido o quão cansada estava - tão cansada dos constantes assaltos de atenção. Atenção errada. —Olhe para mim, Patience. O corpo dela zumbia com o apreço sensual no tom de voz dele. Ela respirou o odor leve de vetiver e ergueu o olhar para os olhos escuros, com muitos cílios. O que ela via agora? Determinação? Orgulho? Necessidade? Deus, os olhos dele eram mais bonitos do que ela se lembrava. Ele era mais bonito do que ela se lembrava. Reflexos dourados no cabelo castanho, que era curto na nuca e mais longo em cima. 16

Vetiver - Acredita-se que o vetiver seja nativo do subcontinente indiano, erva também conhecida como capimvetiver, capim-de-cheiro, grama-cheirosa, grama-das-índias, falso-pachuli (ou, simplesmente, pachuli) e raiz-de-cheiro.

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Caía para trás da sobrancelha e ela de repente queria tocá-lo - vê-lo cair adiante contra as têmporas, como tinha sido na noite da reunião enluarada. —Por que você demorou tanto?— Ela perguntou suavemente. —Estava esperando por você. Apesar das palavras a haverem surpreendido, ela sabia que eram a verdade. As narinas de Matthew chamejaram e os olhos pareceram escurecer. —Estou aqui agora. — Os dedos apertaram contra as costas dela. —Você está preparada para me dar o que eu quero? A voz profunda, ressonante, a tocava como uma carícia. —Bem, não sei— ela disse suavemente. —A última vez que dei a você o que procurava contra meu melhor julgamento, devo acrescentar, você partiu. Os olhos marrons bonitos não oscilaram nos dela. —Não passou um dia sequer que eu não tivesse lamentado tê-la deixado naquela noite. Dême o que eu quero agora, e não se arrependerá. —O que você quer? Ele não respondeu. Em vez disso, o olhar desceu pelo decote baixo, com flores. —Seu vestido é adorável. Esta fantasiada é de…? Patience deu uma respiração rasa. —Perséfone17. —Ah, que apropriado. Perséfone, o arauto da primavera - a deusa. — A voz baixa dele manteve-a cativa enquanto ele girava com ela seguindo a música. —Então eu sou Plutão18, deus do mundo dos criminosos - e eu quero você. — Os lindos olhos escuros mantiveram os dela escravizados. O abraço apertou e a voz a manteve cativa. —Devo roubá-la e levá-la às escondidas sob a minha sombra. Devo acorrentá-la ao meu lado e demandar sua submissão. Devo pegar tudo de você, e ao fazer isso, dar a você tudo o que desejar. Algo escuro e escondido reverberou no coração de Patience. Como um golpe em cima de um garfo, fluía sobre ela em ondas, enchendo seu útero, sua boceta e a pulsação entre as pernas com uma fome desesperada mas irreconhecível. Os lábios dela se separaram em um suspiro mudo. O olhar dele caiu nos lábios dela. —E você - você deve iluminar meu mundo escuro— ele disse tranquilamente. Patience se lembrou das palavras cruéis das mulheres e seu coração apertou. —Como eu devo fazer isso, Matthew? Os olhos dele retornaram aos dela e estavam insondáveis. —Eu não sei - talvez falando meu nome como acabou de fazer. — Uma faísca desceu do coração dela ao útero. A voz dele era tão terna. —Talvez eu tenha perdido meu caminho. — Ele pausou então e recuou um pouco enquanto a girava. —Realmente importa, desde que eu dê a você o que deseja? 17

Filha de Zeus e Deméter. No início do mito, Perséfone era uma garota despreocupada (chamada então Core) que colhia flores e brincava com suas amigas. Então Hades apareceu repentinamente em sua carruagem por uma abertura da terra, pegou a jovem à força e a levou para o Inferno, a fim de torná-la sua noiva contra a sua vontade. 18 Na mitologia grega, Plutão (grego: Hades) é o deus do submundo e das riquezas dos mortos. Marido de Perséfone e irmão de Zeus.

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—Importa para mim. — Quando ele não respondeu, ela continuou. —Você fala dos meus desejos. Olha para mim e eu sinto que você sabe algo sobre mim - que até eu mesma não sei. Mas, como você poderia saber?— Ela agitou a cabeça. —Nós apenas compartilhamos um beijo. Ele não devolveu o sorriso dela. —Foi mais do que um beijo, e você sabe disto. O sangue dela correu apressado. —Sim— ela admitiu tranquilamente. —Mas isso não significa que você conheça os meus desejos. O olhar dele segurou-a. — Oh, eu a tenho assistido, Patience. Você é a bela do baile. Quase todos os homens aqui querem você. Eles praticamente tropeçam um sobre o outro para chegar a você. Não é verdade? Ela olhou fixamente para os olhos com cílios longos. —Sim. —E não é verdade que os seus admirador-bajuladores se aglomeram perto de você, quase além do suportável, na urgência de impressioná-la? Não é verdade que eles a afogam em elogios contínuos que são sem sentidos para você? Que eles a sufocam com sua atenção inócua, porém interminável?— Os olhos escuros dele pareciam alcançar dentro dela. —Não é verdade, Patience? Não tem sido sempre assim? Ela franziu o cenho com o olhar quase hipnótico dele. —Sim. — A palavra surgiu em um sussurro. Ele teria ouvido? Ele se curvou para mais perto. —Mas apesar de sorrir, você os tira dos seus pés… Ela respirou o vetiver. —… Acho que nenhum deles me inspira suas paixões… A bochecha dele tocou a têmpora dela. —… muito menos amor. Patience tremeu. Amor? O amor não era para ela. Mas e quanto a paixão? Sua necessidade de realização sensual frequentemente a tomava com força - e ela estava ficando cansada de ser sua própria amante. Ela examinou o rosto bonito e orgulhoso de Matthew. —Você está certo em quase tudo. Mas eu não tenho nenhum desejo de amor romântico, nem de casamento também. Amo a minha família, e amo meu violoncelo. Isto é o bastante para mim. —Sério?— Uma sobrancelha escura se ergueu. —Você está certa disso? Patience puxou uma respiração, mas pausou. Por que o ‘sim' não explodiu dos lábios? Ela franziu o cenho enquanto encontrava o olhar investigativo de Matthew. —A perseguição do amor e a perseguição da arte são opostas. Não se pode viver com as duas. —Quem te disse isto? O homem que eu amei. —Um antigo mestre de música que eu tive. —E você acredita nisto?

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—Eu sei disto. —Como você sabe? —Experiência. — Você está sendo oculta. —Sim. Os cantos da boca de Matthew ergueram apenas ligeiramente. —Muito bem. Eu permitirei isso por enquanto. Um formigar moveu sobre a pele de Patience. Ela ergueu as sobrancelhas. —Você permitirá? Matthew anuiu com a cabeça. —Sim. No momento. — Ele continuou antes que ela pudesse fazer um comentário adicional. —Que pena os seus admiradores não saberem que você escolheu seu violoncelo acima deles. Patience encolheu os ombros enquanto Matthew a girava no compasso da música. —Não importaria se eu dissesse a eles. Eles não acreditariam em mim. —É, suponho que eles não. Cada um quer acreditar que será aquele a ganhar seu coração, ou o seu corpo. — Os olhos bonitos cravaram nos dela. —A esperança é a última que morre, Patience. —Sim. — Ele tinha uma boca sensual, para se beijar. — A esperança é a última que morre. — Pobres almas… com esperanças vãs. — A cabeça dele abaixou para mais perto. —Nenhum deles jamais terá você, não é? —Não. —Não. Porque eles não sabem o que você precisa. —A mão de Matthew apertou ao redor dela enquanto ele a girava no meio dos dançarinos. —Mas eu sei o que você precisa, Patience. Eu sou a solução perfeita para as suas necessidades. O coração de Patience acelerou. Ela olhou fixamente em seus olhos escuros - tão fundos e atraentes. Ele a tentava, quase além de sua resistência, parecia que ele sabia algo que ela não sabia - algo que a tocava com uma força profunda e inexplicável. E ainda assim, ela não pôde evitar e pensou na separação tensa entre eles na galeria. Ela o queria, mas não tinha nenhum desejo de ser uma substituta de Rosalind. — Nunca é bom ser a pessoa que segue os passos do amor perdido, Matthew. E como já disse, não posso te oferecer amor. Então, talvez você devesse correr atrás de outra pessoa. A boca fixa de Matthew suavizou e suas longas pestanas tremularam em uma piscadela lenta. —Mas isso seria um completo desperdício de tempo, Patience. Você é a única que quero - a única mulher que pode me satisfazer. — Os olhos escuros dele seguraram-na enquanto ele se debruçava para mais perto. —Você foi feita para ser minha. E eu terei você. A boca de Patience ficou seca, enquanto umidade empapava suas coxas. Ela sabia que este dia viria. Mas agora que o momento havia chegado, não sabia se poderia ir adiante. Ela suspirou. —Sei que você sente isto— ele disse suavemente. —Sempre esteve aqui, pairando entre nós. Você sentiu na galeria na noite em que nos beijamos. Você sente agora. —Eu vejo você. Eu sinto você.

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—Sim— ele respirou. —Mas por que não eu? Por que não outro? Por que não Montrose ou Asher, ou alguém das outras dúzias de homens que a querem? Porque você é o homem que me chama. —Por que pode ser apenas eu, Patience? Os olhos dele eram hipnóticos. Ela não podia olhar para eles. —Eu não sei o porquê. Só sei que é assim. A mão dele se moveu para a cintura dela, trazendo-a para ainda mais perto. A voz veio baixa e suave em sua orelha. —Dê-me hoje à noite - só hoje à noite - e eu te mostrarei o porquê. Hoje à noite! O calor inundou o útero de Patience. O coração bateu rápido no peito enquanto ela tirava os olhos do dele. Deus ela o queria - tão desesperadamente. E ainda assim… E se tudo fosse um engano? —Patience. Ela examinou o olhar penetrante de Matthew. —Um dia você cederá— ele disse suavemente. —E eu vou procurá-la até que você ceda. Então por que adiar o prazer que pode ser seu hoje à noite?— Ele falou com razão casual. —Não estou pedindo o seu amor, Patience. Nem a sua mão. — Ele deu um pequeno encolher de ombros. —Eu só quero hoje à noite. — Ele se curvou para mais perto. —Dê-me hoje à noite. Patience deu uma respiração trêmula. Ele estava certo. Um dia ela cederia. Ela apenas desejava que ele não soubesse isto. Matthew a girou para a extremidade da pista de dança e então apertou seu pulso. —Venha— ele disse. Ela ficou tensa e protelou. —Ir com você aonde? Escondidos nas dobras da saia dela, os dedos dele acariciavam a palma da mão dela. — Aonde quer que eu diga. Olhando fixamente em seus olhos escuros, a respiração dela acelerou e um calafrio correu pelas costas. Não era a resposta que ela esperava. Ela queria ir com ele - desejava ir. Era como se existisse uma corda invisível entre eles que a estava puxando. Mas, Deus a ajudasse, aonde isso a levaria? Ela olhou para os pares ao redor deles e deu seu último protesto. —Como eu poderia? Ele se curvou para perto e a voz baixa era firme. —Você pode porque anseia por algo que não entende ou algo que tem até medo de reconhecer. Mas vou fazer isto claro e simples para você, porque o que você precisa não poder ser pedido; pode apenas ser tomado. E eu sou aquele que fará isso. — Ele recuou. —Eu sou o escolhido. Agora, sem mais palavras. — Então ele apertou a mão dela contra sua cintura, e a empurrou à frente dele, ele a guiou pela multidão com a simples pressão de sua palma contra suas costas. O sangue corria apressado nas veias de Patience. Os comandos tranquilos dele eram surpreendentes. Ainda assim, a reação dela era ainda mais. Uma parte dela queria ficar livre e

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recusá-lo. Mas a parte mais forte - ou talvez a mais fraca? - sentia uma excitação quente e uma urgência em segui-lo. Puxando o braço dela para o dele, ele a guiou de forma vagarosa e eles anuíam para as pessoas à medida que passavam. Sorrisos, sobrancelhas erguidas e olhares especulativos os seguiram. Ela pensou nas fofocas repugnantes e ergueu o queixo. Ela não tinha vergonha de ser vista com ele. Na verdade, não havia nenhum homem com o qual ela preferisse estar. E por que eles não deveriam ser vistos juntos? Ele era seu cunhado, afinal. Mas quanto mais eles se aproximavam das portas largas do salão de baile, a batida do coração de Patience ficou mais rápida. Dúvida e desejo, incerteza e confiança, todos lutavam pela supremacia. As portas assomaram diante dela. O passo dela hesitou. Matthew deu uma olhada rápida para ela abaixo e os olhos escuros relampejaram. —Venha, Patience. Nenhuma conversa doce, nada de bajular. Ele aumentou o apertou no braço dela e um pulsar firme ocorreu entre as pernas dela. O comando firme dele sublimava a resistência dela de um modo que nenhuma quantia de persuasão poderia. Quente e agitada, ela pisou além do umbral. Eles cruzaram o corredor largo e subiram os degraus que levavam ao terceiro andar. Convidados mascarados subiam e desciam por eles, movendo-se para lá e para cá na galeria superior que dava vista para o salão de baile. Enquanto as tensões de outra valsa flutuavam através da galeria de música, eles subiram a escada e se moveram em direção ao corredor que levava à ala da família. Lá eles pausaram. Matthew soltou o braço dela e, enquanto mantinha a expressão casual, falou baixo. —Seguindo o corredor além da sala de estar privada da sua irmã há uma mesa com uma urna grande com flores. Você sabe de qual estou falando? —Sim. —Bom. Vá para lá e espere por mim. — Então ele curvou a cabeça como se estivesse dando boa noite a ela. Corando, Patience anuiu com a cabeça e seguiu pelo corredor. Candeeiros iluminavam seu modo com luz bruxuleante, e o barulho do baile retrocedeu. Quanto mais quieto ficava, mais o nervosismo dela aumentava. Ela considerou voltar, mas parecia covarde fazer isto agora. Além disso, seu desejo por ele anulava seu nervosismo, então ela passou pelo corredor que levava ao seu quarto e continuou adiante. Ela tinha passado pelo caminho muitas vezes para visitar a irmã. Mas hoje à noite, seu destino final era… onde? Ela passou pela sala de estar e logo alcançou a mesa com a urna, então Matthew apareceu de uma porta logo atrás dela. Ela apenas teve tempo de puxar uma respiração surpresa antes de ele tomar sua mão e a puxar contra ele. A pulsação dela acelerou enquanto ele a girava para um segundo corredor indo para longe dos caminhos familiares. Ela nunca tinha estado nesta parte da casa. Estava vazia e quieta. Ela não podia ouvir quase nada do baile e sua respiração soava alta. Ela deu uma olhada rápida para Matthew. Uma das mechas mais longas de seu cabelo ondulado caía adiante. Porém, seu perfil forte revelou nada além de um intento propositado. Ele não disse nada. E então, enquanto eles giravam para outro canto, ele a puxou para frente dele e a

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soltou. Patience olhava para uma parede decorada com uma tapeçaria grande. Apenas duas portas enfrentavam o corredor pequeno. Ela girou. Tirando as luvas, Matthew a considerou com olhos escuros, encobertos. A boca sensual estava separada, mas séria. —Remova suas luvas, Patience. Enquanto ela soltava o pequeno botão do lado de dentro do pulso, ela percebeu que não havia parado para considerar se concordaria - o que ela tinha acabado de fazer. Tirando suavemente as luvas de pelica branca dos dedos, ela soltou um braço e depois o outro das luvas longas. Segurandoas em uma mão, ela de repente se sentiu um pouco nua com os braços nus. Ela ficou de pé, parada no lugar, enquanto ele a considerava. Mas os dedos começaram a tremer enquanto ele se aproximava lentamente. Ela viu que a calça comprida dele estava armando barraca com sua ereção formidável. Um rio de desejo correu por ela. Ela tragou a umidade que juntava na boca e tentou tranquilizar os nervos enquanto ele parava diante dela. Ele não disse nada, mas estendeu a mão, a palma para cima. Incerta, Patience colocou suas luvas lá. Ele as dobrou e colocou no bolso. Então andou para mais perto e ergueu as mãos. Ela pensou que ele iria abraçá-la, mas em vez disso ele deslizou as tiras da máscara dela e a tirou. Patience puxava respirações rasas enquanto o olhar intenso dele lentamente se movia sobre suas feições. Deus, ele havia esquecido algum detalhe dela? O ar parecia estático. Ele iria beijá-la, abraçá-la? Ela ficou lá de pé, tensa. Mas quando ele finalmente se moveu, foi só para se debruçar contra o umbral à sua esquerda. Agarrando a maçaneta, ele a empurrou, abaixou e deixou a porta se abrir. Ela examinou os olhos sombrios dele e então o cômodo escuro. Pouca luz enviava sombras escuras dançando na parede. Mas, de pé no corredor iluminado, ela não podia ver mais do que isso. Ela se lembrou de algumas das palavras dele. Devo escondê-la na minha sombra... acorrentála ao meu lado... dar a você tudo o que desejar. O clitóris pulsou faminto. Ela olhou fixamente de volta pelo corredor bem iluminado. Então era aqui - sua última chance de mudar de ideia. Mas para o quê ela retornaria? Para conversas insignificantes com homens que estavam muito ocupados olhando estupidamente para ela sem se importar com o que ela dizia? Para conversas infinitas com homens que estavam mais interessados em dizerem a ela suas opiniões do que descobrirem as dela? Para associações insignificantes com homens que apenas queriam ficar entre as pernas dela? Ela deu uma olhada rápida para Matthew. Claro, ele também queria ficar entre as pernas dela. De repente, ela pensou na irmã. Vestida como Afrodite19, o vestido reforçado quase não escondia sua gravidez de cinco meses. Este baile e a caça seriam os últimos eventos sociais antes de seu confinamento.

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Afrodite - deusa grega da beleza e do amor.

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Patience colocou a mão sobre a própria barriga lisa. Ela não podia arriscar uma criança por uma noite. Ela olhou de volta para Matthew. Os olhos bonitos pareciam provocá-la a ousar. Mas ela não sabia se era para fugir ou para ficar. Ela falou em uma respiração rápida. —Eu sou virgem. E pretendo continuar desse modo. Ele ergue as sobrancelhas. —Para sempre? —No momento. Ele baixou os olhos e pareceu considerar por dois segundos completos antes de movimentar a cabeça. —Muito bem. Até que você me diga o contrário, concordo em deixá-la intacta. Patience anuiu com a cabeça, mesmo enquanto pensava sobre sua outra preocupação. —E se eu passar por esta porta, você realmente pode me assegurar de que qualquer coisa que aconteça será entre nós? Você não estará pensando em Rosalind? Matthew nem mesmo piscou. —Rosalind? Quem? —Muito engraçado, mas estou falando sério. —Eu também. Patience examinou o olhar direto dele, mas não viu a mínima sugestão de humor lá. Ela voltou o olhar para a câmara escurecida. Ela havia recusado tantos e confiado em tão poucos. Vá. Descubra o segredo que ele reivindica possuir. É apenas uma noite… Fechando os olhos, ela respirou fundo. Deus e São Mateus20 a protegessem. Então, com determinação de olhos bem abertos, ela o passou e cruzou além do umbral da porta.

Capítulo Três - Tudo o que ela deseja A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace. Cantares de Salomão 2:6 Enquanto a porta batia atrás dela, escurecendo o quarto, Patience girou com susto. De repente Matthew emergiu, como um fantasma sombrio, vindo das sombras. —Bem-vinda ao meu mundo dos criminosos, Perséfone. Patience ofegou enquanto ele a puxava contra ele, o braço correndo firmemente ao redor de sua cintura e a mão deslizando em seu cabelo. Ela apenas puxou uma respiração antes que a boca 20

Santa Efigênia teria sido filha de um rei da Etiópia. Sua família real teria sido convertida pelo apóstolo Mateus. Quando o rei morreu, o príncipe reinante quis casar com Efigênia. Mas ela recusou tal pedido e fez voto de permanecer virgem. Inconformado, o príncipe pediu a São Mateus para interceder. O apóstolo se recusou. E numa grande solenidade, consagrou Efigênia a Deus (futuramente Santa Efigênia). O príncipe mandou executar São Mateus, Efigênia, entristecida, vendeu todos os seus bens e mandou construir um suntuoso templo em honra do Apóstolo.

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dele descesse sobre a dela. Os olhos fecharam e o sangue correu apressado enquanto a língua dele passava entre os lábios separados dela. A mão, embalando as costas da cabeça, não permitia nenhuma retirada do beijo exigente. Retirada não era uma opção. Esse momento havia passado. Ela gemeu e o segurou mais apertado. O corpo estava duro contra o dela e a língua acariciava o céu de sua boca e corria rapidamente em seus dentes. Ela sentiu um pouco de conhaque, assim como o cheiro de vetiver, rico e âmbar, enchendo seus sentidos. Os braços a sustentavam e sua presença poderosa parecia cercá-la. Umidade gotejava sobre suas coxas úmidas, e ela podia apenas puxar respirações curtas enquanto a língua dele ia mais profundamente em sua boca aberta. Como um rio, cada sensação parecia correr do corpo dele para o dela, como uma onda, uma força que não podia ser parada, indo até a fonte do pulsar do corpo dela. Selvagem com desejo, ela surgiu contra ele, dando beijo após beijo. Nada importava além deste abraço infinito. Nem mesmo respirar. A cabeça girava e, apesar do som alto que começava a surgir nas orelhas, ela ouviu o gemido dele, baixo e profundo. A mão apertou em seu cabelo e então a outra prendeu no queixo. Ele persuadiu a boca a abrir mais enquanto ele levava a língua mais fundo, parecendo testar a profundidade. O sangue corria apressado para o clitóris pulsando e o ar ficou rarefeito. Patience gemeu e então ofegou quando ele arrancou os lábios dos dela. As respirações mornas e arquejantes o tocaram enquanto ele corria os dedos através dos lábios trêmulos dela. —Nunca deveria tê-la deixado ir embora antes— ele murmurou roucamente. —Nunca. — Ele beijou a curva de sua mandíbula. O coração de Patience saltou e então correu quando ele deslizou o dedo entre os lábios separados. Instintivamente, ela o enrolou com a língua e chupou em uma exploração sensual. —Oh, Patience, isto é bom— Matthew sussurrou, deslizando outro dedo. —Mostre-me o quão morna e molhada sua boca pode ser. — Os quadris balançaram contra ela. Patience tremia com excitação e o clitóris pulsava enquanto chupava faminta seus dedos longos. Ela se lembrava das muitas vezes em que ela e as irmãs tinham espiado Wilson, o mordomo, enquanto ele entregava diariamente a sua dose de ejaculação na boca de Mary, a empregada do andar de cima. Fascinava e as excitava, mas ela havia sido a mais encantada. Ela que realmente havia falado em ousar tomar o lugar da empregada. Era ela que havia começado a furtar pepinos jovens do jardim dos fundos para o quarto, onde elas tinham praticado rindo o ato que tão avidamente assistiam. Agora, enquanto Matthew empurrava os dedos nos intervalos úmidos de sua boca, ela os chupou e sua excitação ofegante chamejou em uma necessidade ainda mais urgente. Ele ergueu os olhos com cílios longos para ela e eles refletiam seu desejo feroz. —Você entende o que eu quero, não é? De fato, você está com fome, não é? Sim! Patience piscou devagar. A voz dele era uma contradição baixa e suave para o olhar duro que ele dava a ela.

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—Isto é bom. Mas eu me pergunto — ele deslizou os dedos mais fundo — como a filha virgem de um vigário sabe tais coisas?— Ele trouxe a boca para perto da dela. —O que você andou aprontando, minha virgenzinha? Você é mais impaciente do que paciente? Ela o respondeu com uma lenta passada de língua ao longo do comprimento de seus dedos enquanto ele os retirava. A boca dele, tão perto, cobriu a dela com um beijo profundo, empolgante. O pulsar entre as pernas dela aumentou. Os joelhos ficaram fracos. E apenas quando ela pensou que poderia desmoronar aos pés dele, ele quebrou o beijo, e falou contra a boca ofegante dela. —Você tem o tipo de beleza que deixa os homens duros, Patience. Diga-me, quantos paus você já saboreou?— O fogo nos olhos desmentia a voz tranquila. A boceta apertou. Com tantos pretendentes entusiásticos como ela tinha, a oportunidade havia surgido muitas vezes, mas ela nunca havia tomado. Ela nunca tomaria porque ninguém fazia com que ela se sentisse assim. —Nenhum— ela respirou. —Nenhum, nunca. As feições dele endureceram furiosamente e a mão apertou no cabelo dela. —Não minta para mim. O que quer que aconteça entre nós, nunca minta para mim. Ela encontrou o olhar escuro dele. —Não estou mentindo. — Ela sentiu as bochechas corando. —Mas eu já vi, muitas vezes. Nosso mordomo… e a empregada do andar de cima… A expressão de Matthew suavizou em um momento. —Ah, os empregados. Eles são professores inestimáveis, não?— Ele beijou o canto de sua boca. —Diga-me, a excitou assisti-los?— Ele murmurou contra os lábios dela. —Sim. — Os quadris dela balançaram enquanto ele enchia sua boca com outro beijo que a sondava e que acabou tão logo começou. —Você sonhou em fazer isto?— Ele exigiu. —Você pensava nisso enquanto acariciava sua doce boceta? Você gozou enquanto imaginava como poderia ser ter um bom pau duro entre os lábios? Patience gemeu. O broto de carne entre as pernas parecia que iria explodir. —Gozou? Ela olhava fixamente os olhos escuros de Matthew. —Sim— ela admitiu em um sussurro. —Sim, tantas vezes. —Bom. — A mandíbula dele apertou e, tomando as mãos delas, levou-as até seu pau. —Você acha que pode envolvê-lo com a sua linda boca? Patience ofegou quando Matthew apertou a mão dela em sua ereção. O pênis era duro e pesado, e oh, tão espesso. Mais espesso do que o de Wilson, seguramente - mais espesso até do que o de Jeremy Snap, o filho do oleiro, cuja grande alegria na vida era dar vislumbres de seu pênis formidável a todas as jovens damas de Lincolnshire. Não, nenhum daqueles órgãos masculinos se comparavam ao que ela estava sentindo agora. Umidade súbita encheu sua boca e mais umidade gotejou de sua boceta enquanto ela avidamente o explorava. A mandíbula de Matthew apertou e os quadris curvaram contra ela. —Você quer?

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—Sim. — Patience apertou um beijo urgente nos lábios dele. —Sim, por favor. Ele suavemente deslizou a coroa de flores da cabeça dela enquanto a outra mão se movia ternamente contra seu couro cabeludo. —Como você responde educadamente — ele murmurou. —Mas, eu não a obrigarei. —O quê?— Patience recuou em confusão. —Mas eu… Eu quero… —Você quer?— As sobrancelhas escuras dele ergueram. —Minha doce Patience, nós não estamos aqui pelo que você quer. Nós estamos aqui pelo que eu quero. Patience piscou e tentou pensar além da barragem de sensações arrojadas que corriam por ela. —Mas você falou em saber os meus desejos… O sorriso mais suave e bonito brotou nos lábios dele. —Sim, eu disse. — Ele deslizou a boca contra a dela. —Isto é como um quebra-cabeça, não é? Patience olhou para o rosto bonito dele e sentiu os mamilos formigarem. —Eu não entendo. Ele a trouxe diante do calor da lareira. —Tudo bem. Você irá— ele murmurou suavemente. E colocou a coroa de flores no mantel e então pôs as luvas lá também. Quando ele se voltou para ela, algo chamejava em sua mão. —Com o tempo, tudo ficará claro para você. É tão simples, realmente. — Ele se aproximou dela. Ela ergueu a boca para o beijo dele. Mas nenhum beijo veio. Em vez disso, ela sentiu um puxão firme e descendente na frente de seu vestido. Ela ofegou enquanto o justilho caía de repente e se soltava, deslizando dos ombros. Segurando-o, ela olhou para baixo e viu que Matthew havia cortado as rendas de sua fantasia estilo provençal. Os braços dele foram ao redor dela. Ela sentiu outro puxão rápido na cintura, e antes que pudesse agarrar, a saia caiu em um monte espumoso. Dando um passo para trás, ele fechou uma faca fina e a pôs no bolso do casaco. Então ele ofereceu a mão para ela. —Dê-me seu vestido— ele a ordenou tranquilamente. Atordoada, Patience olhou para seu justilho deformado e o tecido da saia aos pés. Ela pensou em recusar, mas o que ganharia com isso? Como estava, o vestido era inútil para ela. Realmente, ela teria que inventar alguns consertos para poder deixar a câmara. Tremendo, ela deixou o justilho escapar e passou por cima da saia. Pelo menos ela ainda estava usando as roupas de baixo. Ela deu a pilha de roupa descartada para ele e então quase deu um pulo quando ele jogou tudo no fogo. Um pequeno grito escapou. O quarto imediatamente escureceu. Ela podia apenas ouvir a própria respiração rápida. E então o fogo chamejou, mais alto do que antes, e Matthew estava lá. As mãos a agarrando e, com um puxão duro, ele rasgou o tecido frágil de seu colete. Isto, também, alimentou o fogo avaro. Ela ficou lá de pé, chocada e escravizada, enquanto assistia seu lindo vestido de baile virar cinzas. Mas quando ele agarrou suas pantalonas, ela as agarrou. —Não— ela ofegou.

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As sobrancelhas dele ergueram. —Não?— Ele encontrou o olhar dela e o segurou. —Você não me dirá ‘não', Patience. Se há algo que você verdadeiramente não pode aguentar, e estou falando de verdade mesmo, então você pode dizer, com devido remorso, ‘eu não posso desobedecê-lo desta vez’. Está claro? —Sim— ela respirou, e então fez uma careta com a imediação de sua resposta. Ela não deveria ter considerado antes de responder? —Isto é bom— ele disse suavemente. Então, movendo as mãos para a racha de suas pantalonas, ele rompeu em dois o tecido na costura do centro. Ele amortizou a arfada surpresa dela com um beijo calmante. Era tão suave, tão gentil. Parecia uma contradição completa ao que ele estava fazendo, e ainda assim parecia tão certo. Patience gemeu, e os braços foram ao redor dele. Sem as camadas de suas saias, a ereção dele apertou dura e firme contra ela. —Sim, você vê?— Ele murmurou contra os lábios dela. —Tudo está bem. — Puxando de volta, ele olhou fixamente para ela abaixo e acariciou os dedos através da bochecha. —Não está? De alguma maneira estava. —Sim— Patience admitiu. Um pequeno e breve sorriso brotou nos lábios dele. —Sim, claro que está. — Então, com a ajuda da faca, ele rasgou as pantalonas dela em fragmentos. Patience ficou de pé com assombro mudo e jogou as mãos no triângulo de cachos vermelhos entre as pernas enquanto a sua última roupa de baixo era rasgada e jogada longe. Nada ficou além de alguns pontos de tecido sob o colete. Ela ergueu olhos largos para Matthew quando ele cortou as correias de seu chemise de forma que os montículos altos dos seios fossem expostos. Enquanto ela olhava fixamente para ele, não podia deter uma careta de questionamento. Entretanto o calor do fogo ardia em sua pele nua, ela estremeceu - não com frio, mas com desejo. Parecia que cada coisa chocante que ele fazia apenas deixava seus desejos mais e mais apertados, até que ela estava estremecendo como uma mola espiral. Matthew foi para trás e olhou para ela. O rosto bonito estava tenso com desejo, e os olhos escuros refletiam o fogo, fazendo-os parecerem queimar por dentro. —Mova suas mãos— ele ordenou. Patience sentiu o sangue subir até as bochechas e descer para o clitóris já inchado. Os dedos tremiam protetoramente sobre o nó de carne pulsante. Ela não conseguia colocar os braços de lado. Ninguém nunca havia ousado desaranjá-la, muito menos expô-la assim. É por isso que você precisa dele. Ele ousa o que outros não fazem. E ainda assim… —Eu não posso. — A voz dela rachou. Ela não queria falar a recusa absoluta, mas não podia se mover também. Ele olhou para ela e seu olhar suavizou. —Temo que deve, Patience, ou eu mesmo farei.

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Patience apertou os olhos bem fechados. Ela devia gritar com ele com indignação íntegra. Onde estava sua indignação? Ela tentou chamá-la, mas apenas achou paixão quente e inegável em seu lugar. E ainda assim—ela olhou para as mãos abaixo—ela não podia se mover. Ela tremeu enquanto corpo e mente, paixão e orgulho, batalhavam dentro dela. Matthew andou para perto. —É tão difícil?— Ele sussurrou. Patience sentiu lágrimas súbitas. Deus, ela nunca chorava! Mas ela estava meio nua e vulnerável. Não deveria ser uma sensação tão boa. E ainda assim era. Parecia perfeito e emocionante. —Sim. — Ela ergueu o olhar para o dele e forçou as lágrimas de volta. —Sim, é difícil. Um gemido baixo pareceu prender em sua garganta, e os olhos bonitos prenderam no rosto dela com adoração extasiada. Fez com que ela perdesse o ar. —Ah, minha doce Patience, eu adoro a luta nos seus olhos, e as lágrimas que você não permite descer - o que eu mais estimo é o que não é dado facilmente. — Ele agarrou o pau na calça comprida e lentamente se acariciou. O útero dela teve um espasmo com a visão, mas ela ergueu os olhos de volta para ele à medida que ele continuava. —Cada emoção que você sente com o sofrimento dos meus comandos me honra. Aprecio cada uma delas. Mas em última instância—ele se soltou e deu um beijo gentil na sobrancelha dela—sua luta deve sempre ser em direção à obediência. Agora, mova as mãos. A boceta de Patience pulsou com desejo profundo, quase doloroso; o broto pulsante de carne que sempre trazia seu prazer torturava-a agora com o desejo em chamas da liberação. Cada palavra que ele articulava a inflamava mais, fazia com que ela quisesse mais. O que havia de errado com ela? E por que ela devia obedecer? Por que ela queria obedecer? As emoções guerreavam dentro dela, mas, de alguma maneira, a batalha só servia para exaltar sua excitação. Ela olhou abaixo para as mãos novamente e, com o maior dos esforços, forçou os braços para os lados. Os músculos estavam duros e rígidos com tensão, e ela apertou os dedos contra as coxas. —Isso— ele sussurrou. —Isto é muito bom. O elogio, falado tão tranquilamente, acalmou-a e aqueceu. Mas no momento seguinte, os olhos dela arderam novamente com a realização de que as palavras simples dele podiam afetá-la muito. Que poder ele possuía sobre ela? Ela abaixou a cabeça. —Não, Patience. Não esconda nada de mim. — Ele ergueu o rosto dele e apertou um beijo suave contra os lábios. —Você não vê? Eu desejo cada resposta sua. Cada reação adorável que você experimenta é um presente para mim. — Os olhos escuros dele se moveram sobre o rosto dela com uma intensidade que ela nunca havia visto. Ninguém nunca havia olhado para ela com tal concentração apaixonada. —Você começa a perceber o que eu quero de você?— As mãos mornas dele subiram pelos braços dela em uma carícia suave que enviou um calafrio por sua espinha. —

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Quero que você me dê tudo o que eu exijo. E quero você não esconda nada de mim à medida que faz isso. Desejo correu pelo corpo de Patience, deixando para trás anseio tinto com alegria e trepidação. Ele acariciou os dedos ao longo pelos ombros dela, então os passou do lado do pescoço para a mandíbula, e puxou-a para ele. —Quero ver cada luta e cada vitória. Quero ver cada lágrima preciosa e cada sorriso magnífico. — Abaixando as mãos, ele caminhou devagar de volta para ela. Ela estremeceu enquanto os dedos dele curvavam sobre o traseiro nu, apertando suavemente. —Quero você toda, cada pedaço, para mim. — Patience suspirou e fechou os olhos enquanto ele beijava a pele tenra atrás de sua orelha. —Você sabe por que eu quero isto, minha doce Patience? Ela gemeu enquanto ele a envolvia com os braços e apertava o corpo inteiro contra as costas dela. —Sabe? Sim… Ela se debruçou de volta contra ele enquanto os dedos dele deslizavam nos cachos vermelhos acima de seu monte púbico. A ereção era dura e forte contra seu traseiro. —Diga-me, Patience. — Os dedos deslizaram pelo traseiro. A boceta pulsou. —Diga-me, e eu a tocarei o quanto você quiser ser tocada. Um gemido suave escapou e os quadris dela foram adiante. —Diga-me— ele exigiu. Patience puxou uma respiração ofegante. —Porque é o que eu quero. É o que eu desejo. —Sim— ele respirou na orelha dela. —E o que é que você deseja? Deus, ela balançou os quadris, mas ele não se moveu. Por que ele tinha que atormentá-la? —O que você anseia, Patience? Diga-me o segredo que eu já conheço. Diga alto. Patience mordeu o lábio. Os quadris moviam com desejo. Diga as palavras. Ela apenas precisava dizer as palavras. Mas quais palavras? —Eu desejo sentir mais— ela sussurrou. —E-eu desejo… —O quê? —Submeter. — Matthew sussurrou a palavra na orelha dela, mas ela aumentou e ecoou na mente dela. Ele deu a volta para encará-la. —A palavra é submeter— ele disse firmemente. Sim. Ela olhou fixamente nos olhos dele enquanto piscava. Ela não entendia todas as ramificações, mas essa era exatamente a palavra. —Sim— ela respirou. —Diga. —Submeter. — A voz tremeu. —Eu desejo me submeter. Um fogo quente iluminou o olhar escuro de Matthew. Os braços a envolveram, e ela ofegou enquanto ele a beijava profundamente e faminto. Ela o saboreou e se agarrou a ele. Então o corpo saltou quando, afinal, ela sentiu os dedos tocando o nó de carne expandido que pulsava alimentado por seu desejo excessivo.

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Ele puxou a boca da dela. —Deus, o seu clitóris está tão cheio, e a boceta está tão molhada. Ele a segurou firmemente ao redor da cintura enquanto uma vez, duas, uma terceira ele deslizava os dedos sobre as dobras encharcadas. E então ele estava roçando nela. Em círculos apertados e firmes ele manipulou seu broto tenro. Um tiro de prazer abrasador passou pelo corpo de Patience. Ela gemeu enquanto olhava fixamente o olhar inflexível de Matthew. Os dedos enrolaram nos cabelos curtos de sua nuca. Ela mordeu o lábio enquanto os quadris começavam a balançar. —Isso. Isso mesmo— ele persuadiu. —Goze para mim. — A coluna espessa de seu pau estava empurrando contra ela, rápido e firme. A mandíbula dele cerrou enquanto ela começava a estremecer. —Essa é a minha bela. Goze para mim - goze. —Sim— ela arquejou. —Matthew!— Deus! Oh, Deus! O peito dela ergueu e a boceta cerrou. O corpo de Matthew estava apertado contra ela. Os dedos dele acariciavam-na. Tudo parou apertado dentro dela. Os músculos flexionaram. Ela ofegou para respirar. E então as paixões dela quebraram. Em um grito afiado, a cabeça foi para trás - e enquanto os quadris empurravam convulsivamente contra os dedos dele, ela repentinamente se partiu em mil fragmentos minúsculos. Fragmentos brilhantes de felicidade seguros nos nervos quebrados dela, onde pulsaram e chamejaram com calor abrasador. Ofegando e estremecendo, ela se ergueu contra ele enquanto ele parecia tirar cada brasa ardente e vapor com seu toque - até que não havia nada remanescente. Desmoronando contra ele, ela teria caído se não houvesse o braço forte dele em sua cintura. Matthew a segurou por um momento, até que a respiração dela começou a diminuir a velocidade. Então, curvando, ele a ergueu nos braços. Patience deitou a cabeça contra o ombro dele enquanto eles se moviam de volta para o quarto. Ela se sentia maravilhada e assombra. —Obrigada, Matthew. Ele olhou fixamente nos olhos dela enquanto a deitava contra os travesseiros na cama. Ele colocou os braços de cada lado dela. —De nada, Patience. — A mandíbula dele estava apertada, mas a voz era suave. Ele se curvou para beijá-la, e o beijo foi cheio de paixão como o primeiro deles. Patience enrolou os braços ao redor dele enquanto a língua dele mergulhava profundamente. O coração batia rápido e ela gemeu enquanto ele mordia o lábio inferior dela e o chupava. Então, tão depressa quanto começou, concluiu. Ele foi para longe, deixando-a querendo mais. Ela rolou sobre seu lado para assisti-lo cruzar o quarto. Como ele caminhava graciosamente. Abrindo uma porta, ele desapareceu por um momento. Patience esperou. Parecia ser seu quarto de vestir. Ele estava se despindo? A pulsação dela começou a correr novamente. Ele reentrou no quarto vestindo um roupão longo, escuro. Havia cachecóis ou gravatas brancos pendurados em sua mão. Ele se dirigiu cheio de propósito a ela e se sentou ao seu lado na extremidade da cama. —Dê-me as suas mãos— ele ordenou suavemente.

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Os olhos dela alargaram e o clitóris tenro pulsou dolorosamente. Ele iria amarrá-la? Ela congelou. Um pequeno franzir marcou a sobrancelha dele. —Dê-me as suas mãos— ele disse novamente, desta vez mais firmemente. Patience se sentou e o coração martelava no peito. Ela já estava confiando demais nele. Por que retirar a confiança agora? Lentamente, ela juntou as mãos diante dele. O franzir dele aliviou e ele apertou um beijo nas palmas dela. —Boa menina. Ele depressa amarrou as mãos dela. Ela começou a tremer enquanto sentia o conforto. —Você está indo muito bem— ele murmurou. Quando ele a amarrou sobre a cabeça, ela se encostou aos travesseiros e o assistiu amarrá-la no suporte da cama de tal modo que ficasse consideravelmente frouxo. O corpo de Patience ficou tenso e os mamilos endureceram contra o colete. Deus, o que ele iria fazer? Ela puxou a respiração e quase gritou enquanto via o chamejar da lâmina. Mas ela ofegou enquanto ele se fixava no suporte da cama que ela estava amarrada. Sem uma palavra, ele se moveu para os tornozelos dela e amarrou primeiro uma e então a outra canela na ponta oposta da cama. Novamente, ele deixou consideravelmente frouxo. Mas enquanto ele olhava para ela, o olhar quente e cheio de intenções, ela se contorceu com o desejo impotente que a enchia. Ele ficou lá de pé por um momento, observando sua angústia, antes de se sentar com ela. Ele deslizou a mão pelas pernas dela e acima do quadril, e então a deixou nos seus cachos vermelhos. —Um lindo anjo me disse uma vez que noites como essa favorecem segredos e magias. Devo te contar um segredo? A respiração de Patience parou. —Sim. Os olhos escuros reluziram com a luz do fogo. —Você é uma maravilha e uma bela, há algo profundo em você que me chama. Eu nunca quis nenhuma mulher mais do que quero você. — Um pequeno franzir enrugou sua sobrancelha. —Você está me ouvindo? Nunca. O coração de Patience acelerou. Ele se debruçou para mais perto. —Até quando eu estava comprometido com a outra, eu queria você. Mesmo enquanto tentei ficar longe de você, eu a queria. — Ele pausou e deslizou o dedo lentamente pela sobrancelha dela. —Você é a única mulher que eu vejo. É a única mulher que eu quero. — Ele se debruçou para baixo e falou contra os lábios dela. —E sua submissão é poderosa. Não a tema. Com um gemido suave, Patience o beijou e empurrou a língua em sua boca morna. As palavras eram como um toque sensual e seu corpo se emocionava enquanto encanto e desejo a rasgavam. Ela suspirou em sua boca e a curvou contra ele enquanto a mão começava a deslizar entre as dobras úmidas entre as pernas dela. A pressão dos dedos, o liso da umidade, fazia com que ela pulsasse e tremesse.

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Ele quebrou o beijo, mas os olhos escuros olharam fixamente nos dela enquanto ele continuava a manipulá-la, mais e mais rápido. —Veja, Patience. Aqui é onde você pertence. Arquejando e molhada na minha cama. As palavras esporearam as paixões dela. Puxando as amarras, ela ergueu os quadris enquanto ele trabalhava nela. Ela ofegou e ergueu contra sua mão. Os olhos nunca a deixaram. Então, quando ela sentia a boceta começar a pulsar, ele parou. Patience assistiu, muda, enquanto ele ficou de pé e cruzou para a porta da câmara. Ela se torceu enquanto o clitóris e a boceta pulsavam com necessidade abortada. Então ela ficou branca quando ele removeu o roupão e soltou-a sobre uma cadeira. Ele estava completamente vestido! —Aonde você está indo?— Ela falou com a voz chorosa. Ele a examinou e ajustou os punhos da manga. —Estou indo ao andar de baixo jogar cartas. Você irá se submeter ao meu lazer e me aguardará. Patience ofegou enquanto ele colocava as luvas. —Quando eu retornar— ele disse casualmente—devo esperar que você me satisfaça da mesma maneira que a sua empregada satisfaz o seu mordomo. Antes que ela pudesse responder, ele se foi. A fechadura clicou atrás dele.

Capítulo Quatro - Para ficar ou partir Para onde se foi o teu amado… Cantares de Salomão 6:1 Matthew administrou apenas alguns passos antes de ter que pausar e se apoiar contra a parede. Cristo, o coração estava batendo forte e o corpo inteiro estava tremendo. A respiração vinha como se ele tivesse corrido, e ele estava tão duro, tão dolorido. Ele estremecia enquanto o pênis distendido pulsava. Ele queria voltar depressa para Patience, rasgar suas roupas, e se jogar nela. Ele queria respirar o odor de gardênias que estava agarrado nela e afundar o pau em sua boca morna, molhada. Mas ele não podia fazer isto. Não ainda. Ele tinha que estar certo dela. Ele tinha que dar a ela a oportunidade de rejeitar o que ele oferecia - rejeitar a ele. Ele se endireitou e correu a mão pelo cabelo. Poderia levar algum tempo para que ela percebesse isto, mas ele havia deixado a ela os modos de partir. Se ela tivesse ido embora quando ele retornasse, então… O peito dele apertou desconfortavelmente. Então, o quê? Ela ficaria. Ela tinha que ficar. Ele endireitou os ombros e começou a seguir pelo corredor. Patience precisava de sua mão forte, e ele precisava da rendição dela. Mais do que com qualquer outra mulher, ele precisava que

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ela se rendesse. Porque ela era como um prisma de cristal que penetrava em seus desejos separados, distintos e lindamente delineados. Ele viu, em um momento, todos os modos que ele a queria. E ele viu a totalidade do querer - possessão completa. Ele se permitiu um pequeno sorriso confiante enquanto se lembrava dela amarrada à sua cama. Deus, ela era atordoante. Os cachos vermelhos espessos eram como seda em sua mão e os olhos verdes vívidos - olhos lindos e inteligentes - o seguravam cativo com suas expressões inconstantes. Ela era muito mais linda do que ele se lembrava de seus sonhos. Ele virou para o corredor principal. Mais linda do que… inferno. Ele parou enquanto olhava fixamente para o olhar inquiridor do meio irmão. —Mark. Os olhos do irmão desceram brevemente para ereção ainda proeminente de Matthew. —Matt. — Cruzando os braços sobre o tórax, Mark debruçou o ombro contra a parede. —Eu o vi partir com Patience. Onde ela está? Matt enfiou as mãos nos bolsos e se debruçou contra a parede também. —Eu a levei para cama. —Para a cama dela ou a sua? —Isto não é da sua conta. Mark agitou a cabeça. —Isto é burrice, Matt. —E por que é? —Porque a Patience não é uma mulher qualquer. —Eu sei que ela não é uma mulher qualquer. E é por isso que eu a quero, porque ela não é uma mulher qualquer. — Matthew sentiu uma raiva indefinível subindo. —Cristo, devo me defender até para você? Mark fez uma careta. —Não estou te pedindo para se defender. Estou meramente falando com você, de irmão para irmão, como sempre fizemos. Matthew esfregou o sulco de sua sobrancelha antes de olhar para Mark. —Eu a queria desde a primeira vez em que a vi - antes até do escândalo. Eu a queria com certeza inegável. —Sim. —Mas eu não podia tê-la então, não é?— Um músculo saltou em seu ombro. O corpo inteiro pareceu apertar. —Então eu fiquei longe dela, porque temi que se eu falasse com ela, se eu até mesmo me aproximasse dela, faria algo que me envergonharia com Rosalind. — Ressentimento quente bateu nele. Ele olhou para Mark. —Mas Rosalind me envergonhou. — As mãos dele agitaram com as emoções retidas. —Ainda assim eu fiquei longe dela. E você não tem nenhuma ideia do quanto isso me custou. Na noite do seu casamento, eu poderia tê-la tido, mas fui embora. —Por quê? Por que você foi embora? Matthew pausou antes de encontrar o olhar azul de Mark.

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—Porque eu não podia suportar o pensamento de querê-la tanto. Porque eu não queria querer tanto uma mulher. Mark anuiu com a cabeça lentamente. —Ainda assim, aqui está você - querendo-a tanto quanto sempre quis. A careta de Matthew aprofundou. —Isso mesmo, porque nos últimos três meses, enquanto você tem vivido sua felicidade apaixonada e conjugal com a mulher que o ama, eu vivi como um maldito eunuco. Cansei disso. Patience está aqui, e eu estou aqui. E não há nenhuma Rosalind para me manter longe dela. Não tente você fazer isso. — Ele cerrou os punhos nos bolsos. —Minha vida como eu conhecia pode estar terminada, mas eu não estou morto. Um homem tem necessidades. Eu tenho necessidades. Mark ergueu as sobrancelhas. —Sim, eu sei a direção de suas necessidades. Você está certo de que ela se adapta as suas necessidades? Matthew se lembrou dos lindos olhos úmidos de Patience - a doçura lutando em seu rosto, e então a felicidade adorável de seu orgasmo. —Oh, ela é a personificação das minhas necessidades. —Sério? Matthew fez uma careta. —Sim, sério. E se eu estou certo sobre ela, ela precisa de mim tanto quanto eu preciso dela. Então apenas nos deixe em paz. —Eu não posso fazer isto, Matt. Ela é irmã de Passion. Matthew sentiu as rédeas em sua raiva deslizar um grau. —Sim, e eu pensei que você ainda era o meu irmão. —Eu sou o seu irmão. —Então por que você não age assim e mostra um pouco de maldita confiança. —Eu mostraria, mas você não tem agido como sempre. O corpo de Matthew ficou tenso com o esforço que o levou para não dar coices. —Como eu poderia agir como eu mesmo quando ninguém está me tratando como eu mesmo - nem mesmo você— ele zombou. Mark o estudou por um longo momento. —Certo, Matt. Apenas lembre-se, Patience está sob o meu telhado. Isso significa que ela é minha responsabilidade. E apesar de como você diz que são feitos um para o outro, ela não é uma das damas do Sr. Stone. Nem é uma mulher de experiência. Se ele não estivesse tão bravo, Matthew poderia ter rido. —Cristo, vindo de você que até cinco meses atrás não era capaz de resistir à Passion. —Eu ainda sou completamente incapaz de resistir à Passion. — Mark pausou, e as sobrancelhas ergueram. —Porém, não tenho que resistir mais, não é? Matthew se afastou da parede. —Se me dá licença, estou indo para o andar de baixo jogar cartas. O irmão dele entrou em seu caminho.

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—Estou confiando em você, Matt. Confio em você porque, apesar de tudo, eu sei que você é o mesmo homem de sempre. Não. Ele não era o mesmo homem, nem nunca mais seria. Ele era um bastardo, e um pária social com os bolsos esvaziando depressa. Os dois problemas posteriores ele consertaria. Mas o primeiro era para sempre. Ele cerrou a mandíbula. —Apenas saiba que a minha perseguição à Patience será nos meus termos. — Ele encarou o irmão. —Então não comece a me forçar. Mark saiu do caminho dele, mas empurrou seu ombro. —Eu ainda sou o seu irmão mais velho. Eu o forçarei o quanto quiser. Matthew empurrou o irmão de volta, mais duro, e então andou a passos largos pelo corredor. —A propósito— Mark gritou atrás dele—pensei que você havia renunciado ao amor. Matthew não pausou ou girou. —Eu renunciei. *** Levou um tempo para Patience perceber que Matthew realmente havia partido. Ela continuava pensando que ele estava apenas testando-a e retornaria depressa. Mas ele não o fez. E enquanto os minutos passavam no relógio ao lado da cama, parecia cada vez mais provável que ele tivesse falado a verdade completa - que ela deveria se submeter ao lazer dele e aguardá-lo. Mas como ela poderia aguentar isto? O clitóris pulsava com tenacidade excruciante. E quanto mais ela se contorcia mais ele a torturava. Ela o queria de volta e queria agora! Como ele ousava deixá-la assim? Ela se moveu na cama e puxou as amarras. Com um grunhido de frustração, ela jogou a cabeça para trás para olhar novamente os nós. Era impossível se soltar. Ela ergueu o olhar para a faca. Estava longe do alcance dela. Ela olhou fixamente para tudo. Estava mesmo? Ela não tinha espaço suficiente? Se ela fosse contra a cabeceira da cama… Movendo o corpo para trás até onde era possível, ela agarrou a faca. Teve que se estirar completamente, os braços e pernas puxando duro contra as amarras, mas os dedos acabaram tocando a alça da amarra. Ela podia fazer. Ela apenas precisava puxar e poderia ficar livre. Ela deixou as mãos caírem enquanto olhava fixamente para a lâmina que cintilava. Mas por que ele a havia deixado? Ele queria que ela escapasse? Ela vasculhou o quarto. O roupão aveludada preto dele estava lá sobre a cadeira. Ele havia deixado lá para que ela o colocasse? E quanto a fechadura? Ela abriu os olhos na luz escura e, apenas quando achou que nunca poderia dizer, o fogo chamejou. Na iluminação breve, ela viu o cintilar dentro da tranca. Ela fez uma careta. Era tão simples assim? Por que ele havia deixado tudo tão fácil? Uma decepção dolorosa a inundou. Ele queria que ela partisse. Ela sentiu as lágrimas novamente. O que em nome dos céus estava acontecendo com ela? Ela não era nenhuma estranha da decepção. E ela era perfeitamente capaz de cuidar de suas próprias

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necessidades. Enviando as lágrimas para trás, ela começou a agarrar a faca. Mas enquanto se movia, o clitóris inchado pulsava urgentemente. Ela apertou os olhos bem fechados e esperou que o prazer dolorido passasse. Deus, era um tormento tão doce! Os olhos dela abriram de repente. Tormento doce - era o que ele procurava. Ele disse que estimava o que a maioria não dava facilmente. Escapar era fácil. Era ficar que a tentaria. Ela deu uma olhada rápida para a faca e o roupão. Elas não eram ferramentas para sua fuga; eram testes de obediência. Alívio manchou sua decepção. Ele queria que ela ficasse. A pergunta era: ela queria? Ah, talvez essa tivesse sido a pergunta desde o princípio. Ela olhou novamente para a faca. Se ela quisesse ir, ele a deixaria. Ela olhou fixamente para a lâmina fina. Se ela se soltasse com ela, poderia colocar o roupão e desaparecer para seu próprio quarto, onde poderia se satisfazer e então prontamente ir dormir. Todos estariam bem, e a vida retornaria ao normal. Mas se ela ficasse, nada estava certo - nada além da promessa do órgão espesso de Matthew em sua boca. A boceta cerrou com excitação. E quem sabia o que mais ele poderia mostrá-la? Um calafrio de antecipação apertou os mamilos. O que quer que fosse, não seria fácil. Não. Se o que ela queria fosse o fácil, o caminho era pegar a faca, colocar o roupão, e ir para a porta. Ela tinha apenas que ir em frente. *** Matthew odiava o modo como os olhos das pessoas o seguiam. Enquanto ele passava no meio dos convidados a caminho do salão de jogos, estava distintamente ciente das reações deles a sua presença. Muitos olhavam, talvez temendo que ele pudesse querer entabular uma conversa - algo que eles não corriam nenhum perigo. Mas muitos também encontravam seu olhar, abertamente ou como tentativa, e permutavam um aceno com a cabeça ou uma saudação breve. Indiferente, ele podia sentir os olhares curiosos e especulativos que o seguiam. Ele fez uma careta. Um dia, a amizade dele, sua maldita presença, até o nome dele em uma lista de convidados tinha sido estimado. Que diferença um pai fazia. Enquanto ele passava por três jovens damas, ouviu o vento de seus sussurros atrás dele. A careta aprofundou. Ele odiava que falassem pelas costas. Era quase pior do que o desprezo sincero. Ele ergueu o queixo e arrumou os ombros enquanto abordava o salão de jogos. Mas já que ele não podia parar a maré inexorável de fofoca, ele tomaria vantagem dela. Ele realmente daria a eles algo para falar - e ele nem precisava da presença de Benchley a fim de negociar seu primeiro ataque. Ele estirou os dedos e a alegria inundou suas veias quando ouviu o bufar de riso de Danforth. Ah, o vil arrogante estava exatamente onde deveria. Andando a passos largos para o salão de cartas, o primeiro rosto que Matthew viu foi o de Danforth. Acomodado na mesa de centro, o conde alto com ombros estreitos estava balançando sobre as pernas de sua cadeira. Ao ver Matthew, ele se sentou adiante com uma expressão arrogante e condescendente em suas feições avermelhadas.

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—Bem, se não é o infame Sr. Hawkmore— ele disse, ruidoso o suficiente para reivindicar a atenção do salão inteiro. Parecia que todos os olhos haviam girado para ele. Matthew marcou a expressão com indiferença suave enquanto se movia para a mesa de centro. —Danforth. — Ele anuiu com a cabeça para os outros homens à mesa. —Cavalheiros. — Ele estava na casa do irmão. Eles não ousariam fazê-lo recusar uma cadeira. —Posso me juntar a vocês? Lorde Hillsborough anuiu com a cabeça. O envelhecido Lorde Rivers indicou a cadeira à disposição à frente da de Danforth. —Claro. Sente-se, meu menino. O jogo é vinte e um. —Muito bem. Dez mil, então— Matthew disse, tomando seu lugar. Seu balancete podia dispôs de tal retirada pequena, e ele não devia mostrar nenhum sinal de fraqueza financeira. Ele tinha que ganhar bonito. Enquanto Lorde Rivers dava as fichas a ele e eles faziam a contabilidade no livro de apostas, Danforth jogou a cadeira para trás novamente e acariciou seu longo bigode. —Diga-me, Hawkmore, o que você fez com a Senhorita Dare? Você enfureceu Fenton quando cortou a conversa dele, e então enfureceu cada homem no salão quando a levou para fora da pista. E agora você volta. — Ele se debruçou adiante enquanto as cartas eram distribuídas. —Mas e ela? Matthew sacudiu uma ficha sobre a mesa e então tomou um momento para examinar suas cartas. Finalmente, ele deu uma olhada rápida para cima inexpressivamente. —Desculpe, o que foi, Danforth? Os olhos do conde estreitaram. —Eu disse, onde está a Senhorita Dare? Uma visão dos lábios suaves e cheios dela, inchados pelos beijos, relampejou na mente de Matthew. Ela ficaria ou fugiria? Ele indicou que pediria outras cartas, e então encolheu os ombros. —Eu não sei onde a Senhorita Dare está no momento. Ela reclamou de enxaqueca, então eu a escoltei até a ala da família. — Ele colocou sua aposta de abertura e então encontrou o olhar frio e fixo de Danforth. —Talvez ela teve um pouco demais da sua boa companhia. Danforth ergueu a aposta sem nem mesmo olhar suas cartas. —Talvez ela não tenha entendido em que companhia baixa ela entrou quando permitiu que você a escoltasse da pista. O local ficou quieto enquanto o corpo de Matthew endurecia com raiva. Ele cerrou a mandíbula e moveu uma pilha alta de fichas para o meio da mesa. —Talvez ela preferisse a minha companhia baixa a seus modos palhaços. — Ele fez uma careta por um momento. —De fato, se não me falha a memória, mesmo quando éramos meninos na escola, as meninas não o favoreciam. Danforth se debruçou adiante enquanto a multidão cercando a mesa espessava. O lábio enrolou. —Você acha que era o menino dourado então, é? Mas olhe para você agora— ele zombou. — Agora você não recebe nem um convite para limpar os pratos nos jantares que costumava presidir, e nenhum cavalheiro de honra fará negócios com você. — Ele jogou uma pilha de fichas na pilha crescente. —Então quem é o favorito agora?

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—Bom Deus, Danforth, pelo menos olhe as suas malditas cartas!— Um dos que estavam olhando exclamou enquanto Lorde Rivers e Lorde Hillsborough se retiravam calmamente do jogo. Eram apenas os dois agora. O conde pegou as cartas e deu um olhar superficial nelas. Matthew o assistiu cuidadosamente e então empurrou adiante outra pilha de fichas. —Não sei quem é o favorito, mas não pode ser você, pois não tem nenhum charme, nem talento. A falta do primeiro o torna ruim para as damas. E a falta do segundo o torna ruim para as cartas. — Ele ergueu uma sobrancelha. —Por que você não desiste e admite sua derrota para mim. —Maldito Hawkmore! Se eu sou tão ruim para as damas, então como fiquei comprometido com a sua antiga noiva?— Silêncio caiu no salão. —Isso mesmo— Danforth disse vitorioso, o bigode estremecendo—a adorável Lady Rosalind será minha. Matthew pensou sobre a nota dobrada em seu bolso. Danforth podia tê-la. Uma visão de brilhantes olhos verdes flutuou em sua mente. Patience. Ele precisava apenas de ter Patience. Danforth positivamente irradiou com o silêncio de Matthew. —Então—ele empurrou suas últimas fichas na pilha—por que você não admite a sua derrota para mim? Matthew permitiu um franzir falso marcar brevemente sua sobrancelha. —Por que eu faria isto?— Ele moveu outra pilha de fichas para o centro da mesa. —Oh, e eu já ouvi sobre o seu noivado. — Ele moveu outra pilha. —Perdoe-me por não ter mencionado mais cedo— ele disse à toa enquanto movia outra pilha de fichas e então mais outra. Finalmente, ele se sentou de volta e nivelou os olhos com os de Danforth. —Parabéns. Estou certo de que um merece o outro. A testa de Danforth cintilou com um brilho súbito de suor enquanto olhava fixamente para a pilha enorme de fichas. Os murmúrios encheram o salão, e Lorde Rivers se debruçou adiante. — Você já estava perdendo bastante antes desta mão, Lorde Danforth. Temo que tenha se estendido em excesso. — Ele deitou as mãos envelhecidas na mesa. —Creio que as paixões predominaram sobre o bom senso hoje à noite. Por que não pede ao Sr. Hawkmore um empate? As mãos devem permanecer privadas. Todos os olhos giraram para Danforth. O tórax inchou e a expressão endureceu. —Eu não irei! Ele está blefando. — Alcançando o bolso do peito, Danforth retirou uma folha de papel dobrada e soltou-a sobre a pilha enorme de fichas. —Esse é a mina de carvão de Gwenellyn que acabei de adquirir de Lorde Benchley, meu futuro sogro. — Danforth administrou um sorriso, mas o rosto estava vermelho. —Agora nos mostre as suas cartas, Hawkmore, e vamos por um fim nisso. —Você deve assinar a ação sobre a mesa antes de as cartas serem mostradas, meu lorde— Rivers disse calmamente. Danforth pausou, mas assinou às pressas a ação e a aposta no livro. Soltando a caneta, ele ergueu o queixo enquanto muitos na multidão o olhavam cheios de dúvida. —Não importa— ele disse desdenhosamente. —Eu terei tudo de volta em um momento.

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Matthew olhou fixamente para ele e então para o pedaço de papel. Ele se sentou completamente quieto enquanto a linda ironia do momento o superou. Com que frequência as pessoas recebiam um escudo e uma espada simultaneamente? E com que frequência tal presente vinha das mãos do próprio inimigo? Claramente os anjos o estavam favorecendo hoje à noite, porque tal benefício, vindo de alguém tão improvável quanto o Conde de Danforth, podia apenas ter sido enviado dos céus. Talvez sua vida não fosse completamente cheia de notícias ruins afinal. Primeiro Patience e agora isso. Realmente, se ele não tivesse vindo ao baile para reivindicá-la, não estaria sentando nesta mesa agora. Ela era seu anjo da sorte. Um sorriso largo se espalhou através do rosto de Danforth com o silêncio de Matthew. Ele jogou olhares confiantes de vitória para a multidão que os espiava. Finalmente, ele se debruçou adiante casualmente. —Então, Hawkmore? Ponha as suas malditas cartas na mesa. Com uma mão fixa, Matthew deitou o dez de paus, o oito de copas e o três de ouros na mesa. — Vinte e um— ele disse tranquilamente. Todos os olhos giraram para Danforth. O rosto se tornou uma máscara vermelha. Matthew apenas teve um vislumbre de um dez e uma carta com uma figura enquanto o conde saltava. —Seu bastardo maldito! Vamos lá! Matthew jogou para trás a cadeira enquanto Danforth dava a volta na mesa. —Eu devia ter sabido que não deveria jogar com gente como você— o conde disse furioso. — Você não é nada além de um bastardo enganador, filho de uma mulher enganadora. Você não é nada. O punho de Matthew bateu na mandíbula de Danforth e interrompeu qualquer insulto que viesse a seguir. O homem alto foi para trás, mas ninguém pareceu propenso a pegá-lo. Ele caiu contra uma coluna de mármore onde havia uma estátua de bronze de Atena em cima. A deusa grega da guerra oscilou e então bateu no piso com um tinido cacofônico. No breve silêncio que seguiu, Matthew cerrou os punhos. Então o pandemônio apareceu inesperadamente enquanto Danforth ia adiante, balançando de modo selvagem. Matthew empurrou um surpreso Lorde Rivers para fora do caminho, mas pegou um soco de raspão contra o queixo com o esforço. Girando, ele conseguiu afundar o punho na barriga de Danforth antes que ele fosse contido por vários dos cavalheiros na sala. Danforth foi contido também, ofegante enquanto o encarava desafiadoramente. —Que diabo está acontecendo aqui?— Mark parou quando viu Matthew. Os homens que o seguravam, deixaram-no ir. Matthew girou os ombros e endireitou o casaco. —Pergunte a ele— ele disse enquanto saía do local. Mark fez uma careta para Danforth. —Bem? Danforth olhou para cima com os olhos aguados e o rosto vermelho.

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—Seu meio irmão me enganou, Langley. — Ele se soltou dos homens que o estavam sustentando e jogou o cabelo para trás. —Exijo que a minha aposta seja devolvida. Matthew reconhecia a mandíbula brava do irmão. —Meu irmão não trapaceia, Danforth— Mark disse firmemente. —Sua demanda está negada. Matthew deslizou a mão no bolso do peito e assistiu um chamejar de pânico nos olhos de Danforth. —Eu disse que ele me enganou! —E eu digo a você que isto é impossível. —Você toma a palavra de um filho de jardineiro acima da palavra de um conde? —Eu tomo a palavra do meu irmão acima da palavra de um imbecil. Isso foi bom. Matthew quase sorriu. —Eu deveria saber que você ficaria ao lado dele— Danforth zombou. —Qualquer homem que permite à esposa ficar festiva e fantasiada esperando um filho não é nenhum cavalheiro. —Festiva? Você está falando da minha dama?— Mark rosnou. —Minha esposa, que não foi uma vez sequer para a pista de dança esta noite? Minha esposa gentil que é um anjo de virtude e decência? Oh-ou. Matthew olhou para o irmão e viu todos os tique e sinais de advertência brava na bochecha, ombros erguidos e dois espasmos na mão direita. —Sabe, Danforth, eu nem mesmo gosto de você. Por que você está aqui? Eu não o convidei. — Mark girou para Matthew. —Você o convidou? Matthew agitou a cabeça. —Não. Eu não o convidei. —Bom, eu não o convidei. — Mark passou para Danforth, que estava suando profusamente. Até o bigode do homem parecia úmido. —Ah, sim. Deve ter sido a minha esposa quem o convidou. Minha linda e cortês esposa, que eu insisti que deveria apreciar este último evento antes de sua reclusão. — Ele se debruçou sobre o rosto brilhando de Danforth. —A mulher que eu jurei a Deus que protegeria, seu filho da puta. Danforth não teve chance. No momento seguinte, estava sendo arrastado através da sala pelas lapelas. Uma multidão ruidosa os seguia enquanto Mark arrancava o homem do salão de jogos e o arrastava degraus abaixo para a pista principal. Matthew se debruçou no corrimão do andar para assistir Danforth ser expulso. Ele alisou o bolso do peito onde a ação se juntava à nota de Rosalind. Ele se sentia exuberante. A noite tinha sido muito melhor do que ele esperava. Um toque leve em seu braço chamou sua atenção. Ele sorriu para o rosto bonito de sua cunhada e girou-a suavemente da cena abaixo. —Olá, Passion. Ela deu uma olhada rápida por cima do ombro enquanto o puxava para longe. —O que está acontecendo, Matt? Ele puxou o braço dela no dele e a escoltou da multidão de pessoas olhando.

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—Tudo bem. Seu marido está apenas expulsando uma erva daninha. —Oh, que horror. Não havia percebido que convidamos ervas daninhas. — Passion sorriu e, por um momento, era como se ele estivesse olhando para um reflexo vago de Patience. Ele queria ir para ela. Ele deu uma olhada rápida para os degraus. Seguramente ele já havia esperado por muito tempo. —Matt? Ele retornou sua atenção à Passion. Eles pausaram em um lugar quieto do lado de fora do salão principal. —Sim? —Eu vi a minha irmã partir com você. Ele a considerou atentamente enquanto o próprio pescoço endurecia. —Sim. Eu a escoltei para a ala da família. —Entendo. — Passion o considerou com olhos gentis. —Sabe, sempre senti que havia algo entre vocês dois. —Eu também. Os olhos castanhos seguraram os dele. —Matt, apesar de Patience ser muito segura e capaz, e ter mantido inúmeros homens bonitos a distância, o coração dela não é inquebrável. Ela esconde uma natureza profunda e apaixonada uma que sofreu perda e decepção. Então, seja cuidadoso com ela. Seja cuidadoso com a minha irmã. Matthew fez uma careta. —Que perda? Que decepção? Alguém a machucou? —Sim. A careta de Matthew aprofundou. —Quem? O que aconteceu? O olhar de Passion suavizou e ela pareceu estudá-lo por um momento. —Não direi mais. Patience não gostaria. Matthew ficou tenso e se debruçou para perto. —Quem era ele, Passion? Era o antigo mestre de música dela, não era? —Isto não sou eu quem deve te dizer, Matt. — Passion ergueu uma sobrancelha castanhoavermelhada. —Mas, se a Patience te disser, então você pode estar certo de que ganhou a confiança dela. Matthew puxou-a de volta. Ele queria saber tudo - agora mesmo. Passion pôs a mão no braço dele. —Apenas cuide dela, Matt. Ela precisa ser cuidada. Lembrando da sensação do corpo de Patience, o pênis dele mexeu. Ele examinou os olhos gentis de Passion. —Marmelada ou geleia? As sobrancelhas de Passion curvaram. —O quê? —Sua irmã gosta de marmelada ou de geleia nos bolinhos? Passion sorriu suavemente.

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—Marmelada. —Aí está você, Hawkmore. — Lorde Rivers abordou-o com sua bengala e se curvou para colocar um beijo na mão de Passion. —Lady Langley, você é Afrodite21 encarnada. Passion sorriu para o lorde envelhecido. —Obrigada, Lorde Rivers. O senhor está se divertindo? Há qualquer coisa que eu possa trazer para o senhor? —Não seja por isso, minha dama. Eu meramente vim agradecer a Hawkmore por ter me protegido no salão de jogos. Passion deu uma olhada rápida para Matthew. —Creio que meu cunhado é particularmente bom para cuidar das pessoas, Lorde Rivers. —Bem, ele fez um bom trabalho comigo. Se não fosse por você, Hawkmore, eu provavelmente estaria esparramado em vários pedaços no chão do salão de jogos. —Oh, Deus, houve uma briga por causa das cartas? Lorde Rivers apenas ergueu uma mão de forma tranquilizante. —Apenas uma briguinha. Passion fez uma careta e examinou o homem de idade avançada. —Bem, sua graça, está bem? —Sim, sim. Estou bastante bem. Não deve se preocupar. Seu marido primorosamente removeu a influência inoportuna. —Ah—Passion girou para Matthew—a erva daninha? Matthew anuiu com a cabeça e deu uma olhada rápida novamente para os degraus. — Exatamente uma erva daninha. Lorde Rivers riu. —É engraçado. Erva daninha. Ele bem que é uma erva, afinal. — Ele meneou os dedos pela bochecha para indicar a costeleta. —Com aquele bigode. A sobrancelha de Passion dobrou curiosamente à medida que ria. —O Conde de Danforth— Matthew a informou. —Estou certo de que seu marido solicitará que você o tire de sua lista de convidados. —Oh! Bem, se os dois me dão licença, devo distrair nossos convidados da situação. Boa noite. Enquanto Passion partia, Lorde Rivers girou para Matthew. —Uma dama tão adorável. Mas escute, meu menino. Esse foi um jogo justo, e quero me certificar de que a sua vitoria seja contada. Há vários lordes dispostos a assinarem como testemunhas da legitimidade do jogo e da aposta. Por que você não vem comigo e nós anotamos tudo no livro de forma que nada seja esquecido? Matthew examinou os olhos azuis aguados do homem. Ele se lembrava de que o homem era um viúvo há muito tempo. O filho tinha sido morto em um acidente de equitação ou um acidente de carruagem. Matthew não podia se lembrar de qual. Com um suspiro, ele ergueu o olhar pela última vez para os degraus. Se Patience houvesse ido embora, não importava quanto tempo ele demorasse. Se ela ficasse, também não importava. Ela 21

Afrodite - deusa grega da beleza e do amor.

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deveria aprender a aguardá-lo, porém os negócios dele eram importantes. E ele devia correr para os negócios, não importando a tentação que ela se mostrasse. Matthew se voltou para Lorde Rivers. —Vamos, meu lorde. *** Talvez ela devesse ir. Patience girou sobre o lado do corpo e se debruçou contra os travesseiros que conseguiu empurrar contra a cabeceira da cama. Enquanto se movia, o clitóris tremia suavemente. Onde ela havia sofrido as pulsações afiadas mais cedo e tentado conter seus movimentos, agora ela se movia para poder senti-las. Mesmo enfraquecida, era uma lembrança persuasiva do porquê ela dever ficar. Além disso, a verdade era que ela queria ficar. Então por que pensar em partir? Simplesmente porque ela pensava que devia? Quem determinava que ela “devia” de qualquer maneira? Ela suspirou. As amarras frouxas permitiam que ela curvasse braços e pernas. Os braços descansavam no travesseiro diante dela. Ela olhava fixamente para os pulsos amarrados. A seda branca estava apertada, mas não desconfortável. As mãos estavam deitadas relaxadas, uma sobre a outra. Ela de repente percebeu que achava as amarras lindas, e quanto mais olhava, mais lindas elas pareciam ficar para ela. Mas por quê? Ela balançou os quadris e fechou os olhos enquanto o pulsar gentil do clitóris sussurrava a resposta. Porque elas a contiveram. Porque removeram todas as decisões. Porque ela não precisa fazer nada além de aguardar o homem que as havia posto lá. Matthew. O coração dela tremulou enquanto ela pensava no modo como ele olhava para ela. Escuros e intensos, os olhos pareciam capturar cada emoção dela. Ele a assistia cuidadosamente enquanto emitia suas demandas. Ele a estudava com atenção extasiada enquanto tocava seu corpo. Ele fazia com que ela sentisse como se cada resposta que experimentava fosse importante e essencial para ele. O clitóris pulsava. Era quase como se… …como se ele precisasse dela. Ela olhou fixamente para suas amarras adoráveis, e uma languidez sensual a envolveu. Onde ele estava? O que ele estava fazendo? Ele ainda estava nas mesas de jogo? Ela não sentia nenhuma ansiedade do retorno dele, não invejava sua liberdade. Na verdade, enquanto ela o imaginava se movendo no salão de baile lotado, ela puxou as mãos fechadas e se aconchegou agradecidamente contra o travesseiro. Ela não precisava dançar com os lordes Farnsby, Asher e Danforth, e a lista infinita de outros lordes e cavalheiros que encheram seu cartão de dança. Ela não precisa responder as suas perguntas ou responder aos seus elogios. Ela não precisava de seus sorrisos. Ela não precisava de suas risadas. Ela não precisava falar com eles. Ela fechou os olhos e escutou a quietude do quarto.

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Ela apenas precisava ficar - ficar e esperar - pelo único homem que importava.

Capítulo Cinco - Primeira submissão Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar. Cantares de Salomão 2:3 Matthew caminhou cheio de propósito em direção aos degraus. Uma vez que terminou com Rivers, ele tinha sido interceptado por Hillsborough, que o havia engajado em uma conversa interessante, porém longa sobre procriação de cavalos. Porque o homem era um acionista e um voto parlamentário regular na estrada de ferro, Matthew exercitou o auto controle e deixou a conversação seguir seu curso. Agora, ele estava além da resistência. Ele queria ir até Patience. Ela haveria ficado? —Eu disse, Hawkmore, bom show na mesa de jogo hoje à noite— Farnsby o chamou. Matthew parou. Ele estava quase lá. Patience. Ele devia ter Patience. —O maldito Danforth me deve vinte libras desde junho— Farnsby disse enquanto estendia a mão. Matthew pausou e então estendeu a sua também. Era o primeiro aperto de mão oferecido a ele após sua queda. —Mas de forma nenhuma consigo arrancar dele — Farnsby continuou. Matthew dobrou as juntas doloridas. —Então suponho que posso esperar problemas para receber as cinco mil libras que ele perdeu para mim hoje à noite. Farnsby ergueu as sobrancelhas. —Bem, sim. Com razão. —Direi a você uma coisa, Farnsby. — Matthew retirou o relógio do bolso. Eram quase duas horas da manhã. —Quando eu receber o meu dinheiro, tentarei conseguir o seu também. —Ora, isto é uma grande postura de sua parte, Hawkmore. Diga-me, por que você não se junta a Asher e a mim para caçar? Matthew pausou. Farnsby era uma perda considerável de sua antiga multidão. Era o primeiro convite que ele recebia em muito tempo. —Obrigado, Farnsby, mas não tenho certeza se devo ir. —Bem, espero que vá. Noite, Hawkmore. Matthew anuiu com a cabeça. —Boa noite. Ele esperou apenas um momento antes de girar para os degraus. Então sua pulsação acelerou e o pau pulsou, mas ele se forçou a não se apressar. A disciplina era dele. Para dominar Patience a restrição deveria ser imensurável.

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Então ele deu um passo de cada vez - lenta e deliberadamente. E enquanto ascendia, se lembrou do cheiro do cabelo vermelho luxuriante de Patience, os olhos verdes e o cheiro de gardênias que era uma parte dela. Ele pensou nas longas pernas bem formadas e a sensação do clitóris molhado, inchado. Cada novo pensamento o persuadia que ele se apressasse. Cada novo pensamento o deixava mais duro. Mas, ainda assim, ele manteve controle rígido no passo, nem acelerando nem diminuindo a velocidade. A calça comprida contra a ereção torturava a cabeça sensível do pau, mas ele aguentava o sofrimento. Ele devia sofrer - ela precisava que ele fosse forte e inexpugnável. Ele seguiu o caminho para o quarto, dobrando a mão dolorida no caminho enquanto pensava em todos os modos que ele a faria se submeter. Quando ele finalmente abordou a porta, uma corrida de ansiedade surgiu por ele. Ele a pressionou furiosamente. Ela estaria lá, obediente e esperando. Ela devia estar. Em vez de tentar a maçaneta, ele empurrou a chave na fechadura e girou-a. Ele não pausou para registrar se ela havia clicado ou não. Ele simplesmente abriu a porta. Ela estava lá. Apoiada de lado contra uma pilha de travesseiros e com as costas viradas para ele - mas ela estava lá. Enquanto ele tomava várias respirações profundas, a raiva era substituída com uma feroz, e ainda assim calmante, supremacia. Ele estava certo sobre ela. Fechando a porta tranquilamente, ele removeu a jaqueta antes de cruzar o espaço e colocar outro tronco cuidadosamente no fogo. Soltando a gravata, ele abordou a cama. O cabelo vermelho espesso dela caía sobre as costas em uma massa de cachos. Sob a luz chamejante, parecia fogo líquido, e a pele brilhava com a luminosidade pálida. Tirando os sapatos e encolhendo os ombros para tirar o colete, ele deixou o olhar seguir a linha do corpo dela, de seu ombro liso, para a cintura com o corselê e o quadril, e então desceu para sua longa perna nua. Ele pausou para apreciar seu traseiro arredondado, e o pau pulsou enquanto ele se lembrava da sensação firme dele. Como ele ficaria incrivelmente lindo e avermelhado com uma bela surra. Abrindo os botões da camisa, ele caminhou em torno da cama e acendeu a luminária ao lado dela. O tórax apertou enquanto o brilho suave cercava Patience. Um pequeno cacho caiu sobre a sobrancelha e as pestanas longas tremularam no sono. As bochechas estavam pálidas, mas os lábios cheios e adoráveis estavam róseos e separados. E descansando diante dela estavam as mãos, uma sobre a outra e ainda amarradas firmemente. Matthew agitou a cabeça. Ela era tão primorosa que quase doía olhar. Ele acariciou as pontas dos dedos suavemente contra ela. Que tipo de idiota poderia rejeitála? E que diabo havia acontecido para fazê-la desistir completamente do amor e do casamento? Ele queria saber tudo. Mas primeiro ele devia provar ser merecedor de sua confiança - sua total confiança.

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Erguendo a garrafa da mesa, ele despejou uma dose saudável de conhaque em um copo. Ele bebericou enquanto continuava a estudá-la. Em repouso, havia uma vulnerabilidade tenra em sua beleza que estava ausente quando ela estava acordada. Entretanto, mais cedo, ele teve um breve vislumbre nos olhos cheios com lágrimas. O pau pulsou enquanto ele se sentava cuidadosamente ao lado dela. Ele desvelaria aquela vulnerabilidade, e então a ensinaria a abraçá-la. O coração dele trovejou. Quando ele conseguisse isto, teria sua confiança - e mais. Curvando-se devagar, ele deslizou os lábios contra os dela antes de deslizar a língua em sua boca. Ele podia dizer o momento em que ela despertou. Ela endureceu brevemente e então relaxou com uma arfada. A boca abriu mais e o corpo se debruçou contra o dele. Matthew gemeu enquanto empurrava a língua mais fundo e utilizava sua respiração. Ela tinha gosto tão doce. Ele correu a língua junto ao lábio inferior então falou contra a boca. —Desperte, minha bela adormecida. Você me aguardou, exatamente como eu instruí, e estou muito contente com você. — Ele a beijou novamente e então se afastou para olhá-la. Os olhos verdes grandes refletiam desejo. Isso era bom. Ele ofereceu a ela um gole do conhaque e assistiu a garganta mover enquanto ela engolia. Ele tomou um gole antes de deslizar os dedos sobre os lábios dela e os esfregar. —Foi difícil esperar? Ela torceu um pouco e um rubor subiu às bochechas enquanto ele explorava as dobras suaves. —Sim— ela respirou. —E não. Mais cedo, ele havia notado que o clitóris dela parecia ligeiramente maior do que da maior parte das mulheres que ele conhecia. Agora parecia menor, mas quando ele levou a umidade de entre as pernas para ele e o esfregou, pareceu crescer novamente. —Como sim? E como não? Patience ofegou e balançou os quadris. —Sim porque eu não podia me tocar. E porque, a princípio, eu estava brava com você por ter me deixado. — Os quadris balançaram. Ele a esfregou mais firmemente. —E não? Ela estremeceu. —E não, porque… Porque, eu queria ficar - e depois de um momento, eu fiquei agradecida. —Ah. — O clitóris estava rechonchudo e cheio. O pau de Matthew pulsou. Um broto tão suculento seria impossível que ela escondesse, tanto por prazer quanto por castigo. —É muito bom que você sinta gratidão. Esse é um excelente início. Agora— ele disse, começando a esfregá-la lentamente—exatamente como mais cedo, você deve sempre se esforçar para fazer exatamente como eu te digo. Um chamejar de orgulho relampejou atrás do desejo nos olhos dela. —Por quê? Ele imediatamente removeu a mão de entre as pernas dela. Era um pequeno castigo, e só o início.

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—Porque isso me dá prazer. E se eu estiver contente, então você deve ficar contente. Patience deu uma olhada rápida para a mão dele e os quadris ergueram na direção dele. Ele moveu a mão para o pau e começou a se acariciar através da calça comprida. O sangue correu rápido, mas ele manteve a voz monótona. —Isso soa injusto para você? Ela mordeu o lábio e caiu sobre o lado por um momento enquanto o assistia. Um franzir dobrou a sobrancelha. —Sim. Sim, soa. —Eu direi a você por que não é. — Ele se permitiu uma pequena exalação enquanto apertava a cabeça dolorida do pênis. Patience puxou as amarras e ergueu os quadris, mas ele ignorou seu apelo mudo. —Não é injusto porque tudo o que eu faço, inclusive te negar, deve ser para o seu benefício. Eu usarei minha autoridade sobre você. Mas essa autoridade existe para servi-la, e você deve se lembrar disso quando se submeter ficar difícil. — Ele podia ver a batalha furiosa entre o orgulho e o desejo dela. —Diga-me o que você está pensando. —Quando você se foi, pareceu fácil. Eu queria me submeter. — Ela olhou para ele honestamente, tão honestamente. O coração dele trovejou. —Só que agora que você está aqui e o momento chegou, eu me sinto incerta. Sinto como se eu devesse me ressentir do que você diz. Mas por alguma razão, eu não consigo. Isso me deixa confusa. — Os olhos brilharam. —E apesar destas emoções, eu me sinto como se pudesse morrer se você não me tocar. De fato, estou certa de que eu faria quase qualquer coisa para ganhar o seu toque. Ainda assim, saber isso apenas me tortura ainda mais. Ele correu os dedos pela bochecha dela. —Mas é uma ótima tortura, não é? Um pequeno franzir dobrou a sobrancelha dela. —Sim— ela respirou. O pau dele pulsou com excitação. —E você a suportará, para me agradar. Os olhos dela pareciam grama molhada. Ele queria enterrar o rosto entre as pernas dela enquanto empurraria o pau entre os lábios cheios e úmidos dela. Em vez disso, ele ficou de pé ao lado da cama e se posicionou próximo às mãos dela. —Abra a frente da minha calça, mas deixe a cintura fechada— ele a ordenou tranquilamente. Patience pausou apenas brevemente antes de fazer como ele disse. Matthew bebericou seu conhaque e assistiu um rubor nas bochechas dela enquanto ela abria seus botões. Ele cerrou a mandíbula enquanto ela apertava contra sua ereção com os esforços. Então ele conteve um gemido de alívio enquanto o pau saía pela frente da roupa de baixo e pela abertura da calça. Patience retraiu a respiração. Livrado de seu confinamento, o pênis inchado estava totalmente cheio. Largo e pesado, a cabeça avermelhada estava estirada em direção a ela. Ela olhava fixamente para ele sem vacilar e lambeu os lábios enquanto se movia para mais perto. Apenas a proximidade do rosto dela de seu pau fazia com que o sêmen dele vibrasse em suas bolas. Abaixando a mão, ele ergueu o saco apertado, inchado.

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—Você gosta? —Sim. — Ela olhou para ele com brilho de admiração nos olhos. —É tão espesso. — Ela retornou o olhar para ele. —Eu não sabia que podia ser tão espesso. O sangue correu apressado em Matthew com o entusiasmo dela, e pré-sêmen derramou da cabeça dolorida de seu pau. Deixando o conhaque de lado, ele empurrou os quadris adiante e colocou a mão sobre a amarra dela de forma que ela não o tocasse. —Está chorando— ele disse. — Lambe-o. Patience olhou para ele e os olhos escureceram. —Faça— ele a ordenou suavemente. Patience abaixou o olhar, e então, esticando a língua rosa, passou a língua sobre o regato de fluido com o tipo de zelo lento que se poderia ver em alguém que espera há muito a oportunidade de saborear algo delicioso. Matthew ficou tenso com o golpe morno e suave, e assistiu-a enquanto ela registrava o gosto dele. Ele esperou por qualquer sinal de antipatia, mas em vez disso os olhos fecharam por um momento e ela lambeu os lábios. Quando ela o olhou novamente, os olhos estavam brilhando e famintos. Matthew retraiu a respiração e outro derramamento salgado imediatamente brotou e gotejou por sua seta. —Há mais. Lamba tudo. — Enquanto ela concordava - desta vez sem pausa- ele segurou a respiração. A longa e suave batida da língua contra a carne inchada era o paraíso. E cada golpe persuadia mais fluidos de sua glande em chamas, e ela passou a língua sem pausa. Deus—o corpo inteiro dele apertou - ela era como uma gatinha sedenta em uma tigela de leite. —Isto é bom— ele disse sufocado. —Agora chupe o topo. Ele cerrou os dentes enquanto assistia Patience deslizar os lábios cheios sobre a cabeça inflamada de seu pênis. Os olhos fecharam enquanto a língua rodava sobre o pau. Ele retraiu a respiração e o sangue pulsava nas orelhas. Mas quando ela começou a ficar por cima dele, ele soube que tinha ido muito longe. Ele gemeu e foi para trás, mas era muito tarde. Agarrando a base do pau, ele o apertou duro enquanto empurrava os quadris adiante novamente. —Abra! Patience depressa o levou em sua boca morna e, empurrando abaixo um pouco, começou a sugá-lo sofregamente. —Não— ele ofegou—pare!— Ele grunhiu e apertou mais duro enquanto Patience congelava, os lábios aquecidos ao redor de seu pênis. Ele sentiu sua semente subindo por sua seta. Então um gemido quebrado escapou enquanto ele ejaculava um jato único, divino, de sêmen na boca de Patience. Ela vacilou em surpresa, mas não foi para longe. Tremendo, ele esperou. Mas nada mais veio. Ele conteve o resto. Dando respirações profundas, ele olhou fixamente para Patience abaixo. Os olhos estavam fechados, mas ela estava linda com a cabeça do pau dele na boca. Novamente, ele esperou por um sinal de desgosto, mas nenhum veio. Ele limpou a garganta.

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—Engula— ele sussurrou. E sentiu o movimento da garganta dela contra os dedos, e então ela começou a rodar a língua sobre a cabeça tenra do pênis. Cristo, com certeza ele havia morrido e ido para o céu. —Isto é bom, Patience— ele murmurou, acariciando o cabelo dela. —Isto é tão bom. Ela ergueu os olhos para ele, e eles eram tão cheios de desejo que um novo jato de luxúria o balançou. Os músculos nos quadris e coxas tiveram um espasmo com o esforço que levou para que ele permanecesse quieto. Lentamente, ele retraiu ar pelo nariz. Ele devia se retirar, mas não conseguia fazer nada para se mover. —Você gosta, não é?— Ele se achou perguntando. —Mostre-me como você gosta. Patience fechou os olhos e abriu a boca para tomar mais dele. Matthew ficou tenso enquanto assistia os lábios fecharem ao redor dele. Então ele vacilou e ofegou quando ela empurrou mais fundo, acariciando o lado inferior de seu pênis com a língua. Cristo! Ele empurrou para longe dela. Patience deu um gemido suave. Agarrando o copo de conhaque, Matthew deu três goladas enormes. Onde diabo estava seu controle? Ele precisava diminuir a velocidade. Ele olhou para Patience. Ela também! Ele deslizou a mão atrás da cabeça dela e, pondo o copo em seus lábios, desceu o remanescente do conhaque em sua boca. —Beba— ele disse firmemente. *** Patience olhava fixamente os olhos escuros de Matthew enquanto engolia o resto do conhaque. Ela se sentiu aquecer imediatamente. Os olhos fecharam quando Matthew girou para colocar o copo na mesa ao lado da cama. Infusa com uma sensualidade voluptuosa, ela deslizou a língua lentamente sobre o lábio inferior. Sob o sabor morno do conhaque, ela ainda saboreava a essência penetrante da semente de Matthew. Não era nada como ela esperava - salgado e ligeiramente amargo. Mary, a empregada do andar de cima no vicariato, uma vez disse que era um gosto adquirido. Talvez, mas enquanto ela engolia, se sentia cheia com poder erótico. Era como se ela tivesse tragado luxúria líquida. O clitóris pulsava. Ela queria mais. Abrindo os olhos, ela achou Matthew observando-a atentamente. A respiração dela diminuiu a velocidade. —Isso— ele disse, suavemente. —Você já me agradou bem. Antes que ela pudesse pensar, o clitóris pulsou com o elogio. Mas ela não teve tempo para ponderar sobre isso porque ele estava agarrando a faca. Apenas um leve tremor de nervosismo a tocou. Mas quando ele usou a lâmina para cortar todas as suas amarras, ela de repente e inexplicavelmente sentiu alarme. Ela as queria de volta! Matthew devia ter visto o medo em seus olhos. —Não se preocupe. — Ele dirigiu a faca para o topo da cabeceira da cama. —Vou amarrá-la novamente.

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Patience quase ofegou com alívio. Ela assistiu com prazer verdadeiro enquanto ele torcia a seda ao redor de seu pulso. —As amarras fazem tudo mais fácil, não é?— Ele disse. —Sim. — Patience encontrou o olhar escuro dele. —Por que será? —Elas te seguram - sustentam, de um modo. Mova-se para o meio da cama e recline-se contra os travesseiros— Matthew dirigiu-a suavemente. O clitóris de Patience pulsava à medida que ela obedecia. —As amarras também removem o fardo da submissão completa — ele disse, brincando com o tecido no suporte da cama de forma que o braço dele ficasse esticado do lado. —Quando você tiver mais domínio sobre a sua submissão, não precisará delas. Mas, no momento, elas mantêm as suas mãos fora do meu caminho e te dão algo físico para lutar quando você sentir a necessidade. Sim. Mais cedo, quando ele havia exigido que ela colocasse as mãos ao lado do corpo, tinha sido quase impossível; o reflexo de resistir era forte, apesar de seu desejo de se submeter. E se ela não tivesse sido amarrada, não sabia o que teria feito. —Isso. — Matthew deu o último nó. Patience olhou para o braço dele estendido e então para ele. —Você vai amarrar o meu outro braço do mesmo modo? —Sim. —E as minhas pernas? O olhar escuro dele segurou-a enquanto ele se movia para o outro lado da cama, o pau espesso e poderoso balançando diante dele. —Eu deveria puxá-las para os seus joelhos e amarrá-las nos seus braços. Os olhos de Patience se alargaram. Ele sorriu suavemente. —Mas, como é a sua primeira vez, permitirei que as suas pernas permaneçam livres. Ela soltou uma respiração aliviada enquanto ele erguia o que parecia ser sua gravata descartada. Enquanto ele amarrava ao redor de seu pulso, ela admirava seu pênis. A cabeça que sobressaía era comparativamente lisa e estreita em relação à beira inchada de seu pênis que se alargava depressa a distância toda até uma largura verdadeiramente incrível na base. Mais largo do que redondo, ela percebeu, apesar da espessura, o pau era muito mais fácil de chupar do que um pepino - e muito mais delicioso também. Ela lambeu os lábios e sentiu a umidade da boceta. Ele era esplêndido. Apertando um beijo terno na palma dela, ele segurou seu pulso. Então caminhou para os pés da cama, os olhos nunca a deixando. Os braços bem abertos, Patience sentia sua vulnerabilidade. —Você é linda demais. — Ele desabotoou o topo da calça comprida e empurrou-a abaixo junto com sua roupa de baixo. O pau balançava entre seus calções longos. —Amo vê-la amarrada. Patience umedeceu os lábios e se sentiu corando. —Sério?

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—Claro. — Ele removeu os botões dos punhos da manga. —As amarras são um símbolo de quem e o que você é. Ela balançou a cabeça. —Quem e o que eu sou? Ele a considerou enquanto desabotoava a camisa. —Um dia você saberá. Um dia? —Você está sendo esquivo— ela disse suavemente. Matthew sorriu enquanto encolhia os ombros e tirava a camisa. —Sim. Ao ver seu corpo nu, Patience soltou uma respiração lenta. Ela não sabia onde olhar, ele era bonito em todos os lugares - como algum arcanjo magnífico. Ombros largos e com a profundidade do peito, o torso estreitava na cintura e quadril, mas não tanto ao ponto de ele parecer magro. Ele tinha peso e massa, e ainda assim nenhuma gordura. Os músculos esbeltos cobriam cada parte dele - ombro e braço, tórax e abdômen, pélvis e coxa. Pelos cresciam ligeiramente em seu tórax, mas eram espessos na virilha. E da massa de cachos escuros, seu pênis erguia largo e pesado - mais pesado do que quando estava saindo de sua calça comprida. Veias desciam por seu comprimento e, abaixo, suas bolas pareciam apertadas e cheias. Enquanto ela olhava fixamente, ele se segurou. Uma mão o acariciava firmemente enquanto a outra esfregava o saco. Patience engoliu e o útero pareceu ficar pesado quando ela ergueu o olhar de volta para Matthew. Os olhos a alfinetavam. —Sua boca é doce e morna, e parece o céu para o meu pau. — Ele ainda se tocava. Patience estremeceu e puxou contra as amarras. —Então me deixe saboreá-lo novamente. A mandíbula dele ficou tensa e ele se soltou. —Quando eu disser. Ajoelhando na cama, ele foi até ela. O cabelo castanho se soltou em uma parte e caiu adiante contra as têmporas. Os olhos escuros a cativaram. Ela estremeceu com excitação então se curvou contra ele enquanto ele pegava o queixo dela e tomava sua boca em um beijo profundo e sondador. Deus, se ela apenas pudesse ficar mais perto dele - ela podia sentir o pau contra sua coxa. Ela gemeu enquanto ele empurrava a língua mais fundo e ofegou quando ele quebrou o beijo. Ele falou contra os lábios dela. —Quando eu tomar a sua boca adorável novamente, vou empurrar. Patience arquejou. Ela se lembrava de Wilson empurrando de modo selvagem na boca de Mary. —Quando eu fizer isso, você deve relaxar. Quanto mais você relaxar, mais fácil será para respirar. Se eu for muito longe, e provavelmente vou, bata na minha perna com a sua e eu puxarei de volta. Está claro?

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Patience engoliu. —Sim. —E, muito importante, Patience: sem dente. Ela anuiu com a cabeça. Mary havia dito a ela, e ela havia se tornado perita o bastante para não marcar a pele verde dos pepinos jovens do jardim. —Bom. — Matthew puxou de volta e arrancou a faca da cabeceira da cama. —Agora, fique quieta. Patience tremeu enquanto ele rapidamente cortava as rendas de seu colete. Uma vez feito, ele fechou a extremidade afiada, e soltou-a na mesa ao lado da cama. Ela puxou a respiração enquanto tirava o colete dela e então arrancou as sobras de seu chemise. Ela sentiu as bochechas mornas com um rubor imediato de desconforto. Ela tinha a característica da família de mamilos espessos, expandidos. Eles só podiam ser escondidos atrás do colete. Agora, com a excitação, eles esticavam a um grau embaraçoso. Ela se contorceu enquanto ele os olhava fixamente. Entretanto ele engoliu convulsivamente e ergueu os olhos escuros para ela. —Não há nenhuma parte em você, Patience, que Deus não abençoou com beleza? Uma excitação morna passou por ela, então ela estremeceu enquanto ele deslizava os dedos ao longo das curvas exteriores de seus seios. —Não existe nenhuma parte de você— ele murmurou —que Deus não fez para se adaptar às minhas paixões? Um ardor afiado vazou sob a pele de Patience enquanto ele deslizava os dedos firmemente sobre seus mamilos endurecidos. Então ele desceu e, cobrindo um com sua boca morna, começou a chupar firmemente. Ofegando e gemendo, as costas dela curvaram com o prazer intenso e pulsante. Era como se ele estivesse puxando de algum lugar bem no fundo dela. E quanto mais ele a sugava, mais ela ficava cheia. Ela estremeceu e puxou contra ele, ainda assim, ele sugou seu mamilo banhado e então o chupou mais antes de finalmente deixá-lo deslizar para fora de sua boca. Estava mais espesso e maior do que nunca. Indo para o outro seio, ele depressa deixou o outro mamilo no mesmo estado de excitação. Patience gemeu e puxou contra as amarras. A boceta cerrou firmemente. A sensação era maravilhosa. A boca voraz dele fazia com que ela desejasse que ele pudesse, de alguma maneira, verdadeiramente consumi-la. Ela puxou a respiração enquanto, como resposta aos seus pensamentos, ele a mordeu firmemente, beliscou o outro e aumentou o mamilo enquanto fazia isso. A dor leve enviou um choque de sensação deliciosa diretamente para o clitóris dolorido. Os olhos de Patience alargaram e os quadris empurraram. Recuando, Matthew esfregou o saco pesado contra a coxa dela. Grandes e expandidos, os mamilos dela pulsavam. —Olhe para eles. — Matthew lambeu os lábios e então ergueu os olhos para ela. —Eles pedem castigo, não é?— E então ele deu um leve bofetão com os dedos em um mamilo e então no outro. Patience expeliu um grito suave. O contato afiado era como o choque quente de um raio. Os mamilos estavam mornos e a pele formigava.

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Matthew bateu em cada um novamente. Patience ofegou e suas costas curvaram, erguendo os seios para ele. Os mamilos estavam inchando. —Por favor— ela pediu, lutando contra as amarras e erguendo o tórax como podia. A sensação era maravilhosa e incompreensível. —Sim. — A voz dele estava apertada. —Porque você implora tão docemente. Erguendo o peito dela, ele bateu os dedos contra o nó expandido. Patience ofegou enquanto ele fazia isto de novo e uma vez mais. Então ele ergueu o outro peito dela. O som de cada batida leve a excitava mais do que antes, porque cada um enviava um sacudir mais poderoso de prazer relampejando pelo corpo. Os quadris empurraram incontrolavelmente e ela sentiu uma umidade pesada, lisa e quente entre as pernas. Ela se ouviu arquejar enquanto Matthew pausava. Os olhos pareciam arder e a umidade derramava liberalmente da cabeça cheia do pênis sobre a coxa dela. —É o suficiente no momento— ele disse. Mas deu a ambos os mamilos inchados um beliscão longo, duro. Patience gemeu com a sensação dura dos nós dilatados sendo comprimidos. Ela puxou e lutou embaixo dele. Os mamilos escurecidos pareciam quentes e enormes. O clitóris começou a pulsar por liberação. —Por favor, Matthew… Ele esfregou o tronco do pau carnoso contra a perna dela. —Implore melhor. O coração dela trovejou e os quadris curvaram. —Por favor! Por favor, Matthew, farei qualquer coisa. Prometo! Apenas toque-me. Toque a minha boceta, eu imploro! —Assim é melhor. Então os dedos estavam entre as pernas. Ela gemeu e os quadris empurraram para cima. Ela estava completamente molhada. Ela já havia desejado mais a liberação? —Deus, seu desejo está despejando de você. Você vê, Patience? A submissão se adapta a você. — Os olhos dele queimavam nela. —Eu te disse que sabia o que você desejava. Eu sou o homem para você, Patience. Sou o único para você. O coração de Patience corria. Ela gemeu e os quadris ergueram enquanto ele se esfregava inteiro em sua carne lisa. Ela parou a perna livre e puxou as amarras. Então ele apertou a palma da mão contra o clitóris torturado, e deslizou os dedos pelas dobras exteriores, e esfregou a abertura de sua vulva. Quente, paixão pulsante que a abrasava. Ela surgiu contra ele. —Matthew! Por favor! Algo escuro e feroz radiou nos olhos dele. —Por quê? Por que eu deveria? Porque ela queria! Não, isso estava errado. Ela não podia pensar. Qual era a resposta? —E-eu não sei! Ele levou a mão para longe, e ela quase lamentou. —Sim, você sabe— ele disse, curvando os quadris e zelosamente acariciando o pau chorão.

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Os quadris dela ondularam e ela não conseguia pará-los. Ela fechou os olhos contra as lágrimas súbitas. Qual era a resposta? Deus, ela faria qualquer coisa para que ele apenas a deixasse a liberação! —Você serve o prazer de quem, Patience? Os olhos dela abriram de repente e ela olhou diretamente no olhar feroz dele. —O seu! —E o que você consegue servindo ao meu prazer? —O meu prazer! —Sim— ele gemeu. E descendo para entre as pernas dela, ele abriu a boca sobre as dobras lisas, molhadas. Patience ofegou e vacilou para trás em surpresa e choque. Mas ele apertou mais, e um grito quebrado saiu dela enquanto a língua passava famintamente - os lábios, nariz, e o roçar do queixo contra o seu sexo aquecido. Patience olhava fixamente, mesmo enquanto os quadris empurravam e o corpo tremia. Ela não podia fugir. Uma linda e encantadora falta de defesa inundava sua mente e ela sentia o coração encher. E então a boca de Matthew foi diretamente sobre o clitóris. Ela ofegou e os dedões dos pés ergueram da cama enquanto mais sangue surgia no centro de seu sexo. Ela estremeceu e agitou, e, enquanto ele a deixava implacavelmente, empurrou os dedos apenas dentro de sua boceta molhada. Todo pensamento desabou sobre si mesmo. Os quadris dela ergueram. Ela puxou em suas amarras. A cabeça girou e o corpo apertou. E ainda assim ele a lambia e esfregava, e o corpo ficava mais e mais apertado. Tenso como uma corda de arco, ela enrijeceu mais e mais rápido. Arquejou e ofegou. Nada importava além da liberação. Nada importava além de Matthew. O traseiro dela erguia da cama enquanto ela puxava em suas amarras e se esfregava contra ele descaradamente. E então tudo o que ele tinha feito com ela - acariciar e retirar, as afiadas e brilhantes batidas nos mamilos, os beliscões deliciosos, e seu controle firme e inflexível - tudo se fundiu entre as pernas dela em uma jubilação quente, gloriosa. Como o ribombar de um trovão, ela explodiu. Os olhos dela apertaram bem fechados e os dentes cerraram, o sangue rugia nas orelhas enquanto fissura atrás de fissura de euforia ofuscante a quebrava. E então rompeu os nervos dela em pedacinhos infinitesimais de felicidade que flutuaram no alcance de seu corpo. As pernas caíram lentamente e fracas na cama e - finalmente - as lágrimas caíram. Lágrimas de alívio, elação e realização assustada. Matthew ficou entre as pernas dela, chupando a região interna de sua coxa por um longo momento antes de rastejar sobre ela. Enquanto ele examinava seus olhos, as feições duras e lindas, ela viu a face de sua dominação. Mas em vez de fazê-la recuar, abasteceu seu coração com alegria. E isso a fez chorar ainda mais, pois temia as emoções que não deveriam existir.

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Matthew olhava fixamente para ela, puxando duro em seu pênis gotejando enquanto as lágrimas dela caíam. —Sim, Patience. Isto é bonito. Deixe as lágrimas virem. — Um brilho escuro pareceu acender em seus olhos. —Não lute contra elas. Apenas através das lágrimas que você achará o caminho pelo qual estou levando-a. Segura na consideração feroz dele, Patience não podia olhar. As palavras dele tanto a confundiam quanto emocionavam, e fizeram mais lágrimas erguerem bem do fundo dela. E enquanto elas derramavam, ela sentia como se algo profundo estivesse acontecendo, algo que ela ainda não entendia, mas queria. —Sim. Deixe-as caírem— Matthew respirou. Abaixando sobre ela, ele a ergueu mais alto contra a cabeceira da cama e a envolveu em seu abraço. Os braços e as pernas a segurando, ele apertou beijos em seu cabelo enquanto empurrava o pau sensualmente contra sua barriga. Ela não podia retornar seu abraço; ela podia apenas recebê-lo - seu conforto, seus beijos, seu corpo curvado e cobrindo a ambos possessiva e protetoramente. Ela estava impotente, ainda assim de alguma maneira ela estava segura - completa e totalmente segura. Gemendo, ela abriu a boca contra o pescoço dele e chupou e lambeu sua pele tensa. Ele gemeu e segurou-a mais apertado. Entretanto ele a puxou de volta, os olhos ardentes com luxúria. —Você faz meu coração doer e meu pau pulsar. Ele chupou um beijo fundo de sua boca enquanto escavava os dedos na abertura molhada de sua vulva. Patience ofegou e os quadris empurraram, mas ele continuou na cama, levando os dedos molhados sobre a língua enquanto a escarranchava. —É hora do que eu te prometi. O sangue correu nas veias de Patience enquanto ele empurrava as mãos em seu cabelo e, se abaixando, esfregava o pau carnoso e as bolas inchadas contra seu rosto marcado de lágrimas. Um tremor quebrou pelo corpo dela, e, em seu despertar, uma paixão animal a queimou sem vergonha ou inibição. Ela se luxuriou ao sentir a coluna venosa de seu pênis duro e o aperto suave de suas bolas contra suas bochechas, nariz, queixo. Ela o cheirou e saboreou enquanto abria a boca. —Isso mesmo, use sua língua— Matthew disse firme. Patience obedeceu imediatamente e criou uma área molhada contra o comprimento inteiro dele. Novamente ela o acariciou, selvagem com o gosto do fluido salgado que corria por sua seta, e desesperada para envolver com os lábios a fonte. Mas Matthew não a favoreceu. Em vez disso, livrou uma de suas mãos do cabelo dela, e pegando em seu saco ergueu-o para sua boca. —Lamba minhas bolas. O clitóris de Patience pulsou com sua ordem tensa. Sem pausa, ela o lambeu. Matthew a assistia, um brilho duro nos olhos. —Isto é bom, agora os chupe. Deus! A boceta de Patience apertou enquanto ela abria e puxava um testículo tenro em sua boca. Ela gemeu e o sentiu tremer.

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Matthew segurou o pau gotejando para o próprio corpo e olhou para ela abaixo enquanto ela lambia sua carne. Ofegando, a mão dele movia vigorosamente no pau. O clitóris de Patience queimava enquanto o sangue corria apressado nele. Deixando-o deslizar em sua boca, ela retraiu o outro testículo. Ela o acariciou com a língua e então o chupou mais fundo, a visão de seu órgão espesso e gotejando sobre ela fez com que ela ficasse atordoada com desejo. —Isto é bom— ele a louvou, nunca tirando os olhos dela. —Isto é tão bom. Ela o lambia com o firme passar da língua. A boceta estava quente e molhada. Ele movia os quadris adiante e a apertou contra a cabeceira da cama enquanto bombeava o pau. Uma gota morna de pré-sêmen espirrou na sobrancelha dela. Os quadris dela tiveram um espasmo. Mas o que ela realmente queria era aquela cabeça vermelha e molhada dentro da boca. —Eu sei o que você deseja, Patience— Matthew disse firme. —E vou te dar. — A mão dele apertou no cabelo dela. —Agora, lembre-se do que eu te disse. — Então ele puxou o saco, e ela apenas puxou uma respiração antes de ele rapidamente empurrar a cabeça vermelha escura inteira de seu pênis em sua boca. Patience fechou os olhos em avaliação sensual enquanto chupava a cabeça suculenta com uma ânsia abastecida por anos de antecipação. Era tão suave e lisa como veludo. Ela amava a sensação contra a língua. Ela amava a dureza sob a suavidade. E ela amava o fluido salgado que chupava da abertura dilatada na ponta. Matthew gemeu. Ela sentiu a torção das mãos dele em seu cabelo e então ele começou a se mover em punhaladas breves. Da mesma maneira que ela havia visto Mary fazer com Wilson, da mesma maneira como ela havia praticado com os pepinos do jardim, ela o segurou firmemente com os lábios. —Olhe para mim, Patience. Patience ergueu o olhar. A boceta cerrou ansiosamente, os olhos dele tinham um fogo feroz. Ele empurrou e então se retirou, apenas para empurrar novamente mais profundamente e ficar. Patience gemeu ao senti-lo em sua boca e o clitóris pulsou com necessidade quente, ardente. —Isto é bom— ele ofegou. —Agora abra para mim. Abra mais. As palavras e o som da voz agiam nela como um afrodisíaco. Ela piscou em completa obediência sensual e abriu mais a boca. Matthew fez uma careta enquanto empurrava devagar nela. Patience estremeceu e os quadris ficaram tensos enquanto ela sentia mais da carne espessa empurrando em sua boca. Apenas quando ela pensou que não podia tomar mais, ele se retirou. Ela ofegou para respirar, mas ele empurrou novamente. Repetidas vezes ele fez isto, e a cada nova empurrada ela sentia a boca umedecendo e a mandíbula relaxando. A cada nova empurrada, ela o sentia ir mais fundo. E então a cabeça lisa tocou-a no fundo da garganta, e desta vez ele não se retirou. Patience puxou a respiração pelo nariz. Os lábios estavam apertados ao redor do pau corpulento, e ela podia sentir a passagem espessa que trazia o sêmen para sua língua. A boca estava cheia dele, e ela ainda queria mais. Ele retirou e o pau balançou enquanto ele erguia o rosto dela. Os olhos pareciam pretos com luxúria, e sua expressão, dura e poderosa, fazia o coração tremer e a boceta cerrar.

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—Isto é bom, Patience. — Os dedos dele deslizaram em sua boca, e então sobre os lábios. — Isto é tão bom. Agora apenas um pouco mais. Ele prendeu o queixo dela, ergueu-o, estendendo a coluna da garganta. Então com uma mão no cabelo dela e a outra ao redor de seu pau, ele empurrou de volta nela, apertando e seguindo até que a cabeça estava empurrando contra a parte de trás da garganta dela. Patience gemeu e os olhos encheram d’água, enquanto o clitóris queimava e a boceta regava. Matthew a segurou no lugar, murmurando: —Sim, sim. — Então ele começou a mover os quadris, apenas ligeiramente, fazendo a cabeça do pau esfregar firmemente contra a área sensível. Saliva gotejava na garganta dela, mas quanto mais ele esfregava, mais acostumada ela ficava com a sensação. —Essa é a minha bela— ele disse densamente. —Agora se lembre das minhas instruções. — E então ele se moveu duro contra ela, forçando sua carne espessa na curva de sua garganta. O corpo de Patience saltou e os quadris ergueram com luxúria ingovernável enquanto ele empurrava firme e apertado. Gemendo, Matthew retirou completamente, mas apenas o suficiente para ela tomar ar em um ofego. Então ele afundou fundo e empurrou novamente. A boca estava estirada e cheia dele. Os quadris balançavam e giravam, e o clitóris incendiava com a necessidade de ser possuída. Ele mergulhou mais rápido e mais fundo, o arquejo alto, o único som acima de suas próprias respirações curtas. Ela não o segurou de volta. E a cada punhalada furiosa, o pau parecia ir mais fundo, enchendo e estirando a totalidade de sua garganta. Os joelhos separados apertaram e os quadris empurraram para cima. Era impiedoso e primoroso. Então a respiração afundou e os grunhidos viraram um rosnar de fera. Os dedos apertaram no cabelo dela, e abaixando como algum anjo caído, ele estremeceu sobre ela, empurrando seu órgão de domínio nela com uma ferocidade selvagem e inflexível. E embaixo dele, ela se contorceu e ondulou enquanto ele roubava sua resistência, sua inibição e seu orgulho, e alimentava sua obediência, carnalidade e subserviência. O grito selvagem de Matthew dividiu o ar. E em sua boca, Patience sentiu o sêmen pulsar de seu pau antes de vomitar abaixo em sua garganta. E como as águas ígneas do rio Styx 22, seu sêmen era uma maré feroz e corrente. Mas isso não importava, porque ela já era criatura dele. Enquanto ele ejaculava sua semente quente e grudenta, o sangue dela rugia e o coração trovejava. E apesar de ele não haver tocado nenhuma vez seu clitóris, ela achou o êxtase enquanto bebia vorazmente da comunhão viril dele que a alimentou.

Capítulo Seis - As opiniões dos irmãos

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Rio Stynx - O rio Estige ou Styx é o rio da imortalidade, um dos rios do Hades. Segundo uma versão da lenda de Dionísio, uma promessa pelo Estige é o voto mais sagrado que pode ser feito. Nem mesmo os deuses podem quebrar uma promessa pelo Estige.

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Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado… Cantares de Salomão 5:2 Um anjo a rasgou das mãos ávidas de seus admiradores que puxavam suas roupas e seu cabelo a fim de mantê-la para eles. Os olhos girando e os gritos altos de frustração a assustaram, então ela se agarrou ao anjo enquanto ele voava para longe com ela. Alto nos céus ele a levou, as asas poderosas batendo no ar, até que tudo que ela podia ver eram planetas, luas e luzes estrelares brilhantes. Então a voz veio ao redor e dentro dela. —Eu a tomei. Agora a quem você serve? —Eu sirvo a você— ela respondeu. Ele a trouxe para mais perto em seu abraço. —E quem sou eu? —Matthew. — Erguendo a cabeça, ela examinou seus olhos escuros. —Sim. — Ele apertou os lábios suavemente nos dela. —E se você me servir bem, devo curá-la. —Curar? O olhar dele era tenro. —Pode machucar às vezes, mas você verá que a dor é para o seu próprio bem. —Mas eu não estou ferida. —Você está sangrando no coração, Patience. Ela sentiu uma dor funda e súbita no peito. Era mesmo súbita? No momento seguinte, ela sentiu que a reconhecia. Sim, a dor estava sempre com ela. —Vê— Matthew disse. —Se não for parada, você murchará. Patience estremeceu no abraço morno dele, mas segurou seu olhar. Um pequeno franzir marcou a sobrancelha. —Só porque você se recusa a olhar, não significa que não está sangrando. Olhe para a ferida. Ela não olharia. Ela não podia. A careta dele aliviou. —Tudo bem. — Ele tocou a bochecha dela. —Deixe tudo para mim. Eu a farei olhar. Então ele a soltou de seus braços, e ela estava caindo… Patience despertou com um pulo. Era como se ela tivesse saído diretamente do sonho para a cama dela. A cama dela? O sonho dela se dispersou enquanto ela se sentava e dava uma olhada rápida ao redor do quarto. Ela havia adormecido nos braços de Matthew, e na cama dele. Agora ela estava aqui - só. Ela suspirou. Quando Matthew a havia levado para o quarto dela? As cortinas estavam puxadas e ela podia ver a luz do dia cinza espiando entre elas. O relógio bateu. Eram onze e meia da manhã. Ela olhou para o outro lado de sua cama. O lençol estava impecável. Ela desejou que ele tivesse ficado com ela, ainda que apenas durante algum tempo.

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Retirando-se contra os travesseiros, ela se estirou enquanto uma languidez sensual vinha sobre ela. Por que ele não havia ficado, para amarrá-la e tomá-la novamente? Ela estremeceu enquanto se lembrava do modo como ele a havia forçado a ter um orgasmo atrás do outro - com a mão, com a língua, e com as estocadas vigorosas do pau em sua boca. Balançando para trás, ela tocou a garganta. A boca encheu d’água apenas com o pensamento. Havia algo sobre sentir a carne firme dele enchendo sua boca que a deixava queimando. Mas era o controle que ele exercia que fazia tudo pungente e perfeito. Com um suspiro longo, ela virou de lado e olhou fixamente para a luz leve entre as cortinas. Ela se sentia excitada. Como se ela de repente tivesse a chave para uma câmara de segredos e prazeres impensáveis - uma câmara que sempre havia existido dentro dela, mas que era acessível apenas a Matthew. O coração dela estremeceu. Deus, como uma noite - um homem - podia inspirar tal desejo? Uma noite? Ela franziu o cenho. Ele havia pedido apenas uma noite. Ainda assim as palavras dele haviam implicado, repetidas vezes, e que a noite anterior havia sido apenas o início. Ela se sentou novamente e, empurrando as mãos pelos cachos, fechou os olhos por um momento. Uma noite- duas ou três - o que importava? Nada, afinal, era para sempre. Nada. Jogando os lençóis para trás, ela se ergueu da cama. Enquanto deslizava os braços nas mangas do roupão, o olhar caiu sobre o violoncelo. Inclinado em sua frente em preparação para a prática, enfrentava-a, os buracos superiores de som olhando para ela como dois olhos sem piscar. Por um momento, ela foi atingia com a noção estranha de que ele a tinha assistido. Era um pensamento tolo, mas o tremular de inquietação que movia por ela era palpável. Normalmente, ela estaria praticando agora, especialmente já que deveria tocar aquela noite. Ela mordeu o lábio inferior. Ela não sentia nenhuma urgência de tocar. De fato, enquanto ela continuava a olhar fixamente o rosto em branco de seu instrumento, sua única emoção era um tipo de ressentimento enfadonho. Empurrando de lado seus sentimentos estranhos, ela deu uma olhada rápida novamente no relógio. Apesar de estar tarde, ela ainda podia praticar umas duas horas antes de sua visita à irmã. —Não se preocupe— ela murmurou para o violoncelo. — Logo estarei com você. Indo para longe de seu instrumento, Patience fechou os botões minúsculos de seu roupão enquanto cruzava até a lareira. Ela notou que sua cadeira de leitura confortável tinha sido puxada diante do fogo, e ela se perguntou se a empregada a havia movido. Mas enquanto girava a cadeira grande, deu uma parada súbita. Na mesa ao lado do fogo recentemente alimentado estava uma bandeja de chá, um bule de porcelana cheio de água e uma xícara pequena. Um pequeno açucareiro e um bule de leite estavam ao lado de um prato com marmelada e manteiga. E próximo ao prato de chá havia bolinhos dourados, e um papel.

De M para P

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Sem se mover, Patience olhou fixamente para a bandeja enquanto uma sucessão de emoções caía por ela - primeiro felicidade, depois um desconforto rápido e crescente. Por que ele havia feito tal coisa? Era completamente desnecessário. Só porque ele servia as suas paixões, não significava que ele precisava servir o café da manhã. Ela mesma era perfeitamente capaz de cuidar de tais coisas. Realmente, ela preferia cuidar de tais coisas. O fogo crepitou. Ela empurrou um cacho solto atrás da orelha e então suspirou. Os pensamentos dela eram nada graciosos. Ela devia estar contente. A maioria das pessoas não ficaria contente? Ela ficou feliz por um momento. Chegando mais perto da mesa, ela viu que um delicado P, escrito exatamente como na nota, tinha sido esculpido no topo da manteiga. O peito dela apertou e os olhos arderam. Deus, ela não tinha percebido que estava tão perto de chorar. Erguendo a cabeça para prevenir as lágrimas de caírem, ela forçou uma respiração lenta e profunda nos pulmões. Quando ela exalou, o estômago roncou. Ela apertou a mão no estômago roncando e piscou os olhos para limpá-los. O que havia de errado com ela? Ela voltou a olhar para a mesa. Tudo parecia delicioso e ela estava com fome. Ela se sentou devagar. De qualquer maneira, era apenas café da manhã. Não queria dizer nada. Erguendo o guardanapo, ela o abriu cuidadosamente sobre o colo. Então, apertando as mãos, ela se debruçou adiante e deixou o olho vagar novamente sobre a pequena bandeja. Hmm. Ninguém nunca tinha escrito na manteiga dela antes. E como ele sabia que ela preferia marmelada à geleia? *** Tiamat-World*** —Então—Matthew espalhou geleia na torrada—diga-me o que você descobriu se misturando nos andares inferiores no Solar do Benchley. Diga-me que os Benchleys têm um segredo que eu posso explorar - de preferência um sombrio, obscuro. Mickey Wilkes sorriu amplamente. —Oh, eles têm um segredo- provável que ‘seje’ mais ‘qui’ um - eu ‘senti’ isto. Eu apenas ‘inda’ não ‘discubri’. Levará um pouco ‘di’ tempo, ‘pruque’ eles ‘num’ ‘anda’ de muita conversa por lá. Matthew fez uma careta. Apesar de ganhar a mina de carvão ter sido um golpe em Benchley e um grande benefício para ele, ele não podia contar como sendo o suficiente. A vitória e um pouco de semelhança de seu antigo lugar na sociedade apenas viriam com a destruição completa de

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Benchley - e, infelizmente, o estado das contas desaprovavam qualquer demora de Matthew. Ele largou sua torrada e debruçou os cotovelos na escrivaninha. —Tempo não é algo que eu tenho sobrando. —Sim, bem, eu disse um pouco ‘di’ ‘tempu’, não muito. ‘Tô’ de olho em uma garota ‘bunita’. Ela ‘num’ tem muito ‘pra’ falar, sabe, mas ela é muito íntima de uns lá. Matthew estalou os dedos diante de si. —E quem é essa que sabe? —É a Sra. Biddlewick, a chefa dos ‘padero’. Sabe, dezenove ‘ano atrais’ - mesmo ano que o ‘véio’ conde morreu - Benchley mudou todo mundo, e ‘aceitô’ a Sra. Biddlewick. E ele fez ‘issu’ meio ‘qui’ lentamente, só que não ‘tantu’. O ‘qui’ me diz ‘qui’ ele estava ‘cum’ pressa e ‘istava’ ‘tentandu’ ‘escunder’. Matthew fez uma careta. —Essa Sra. Biddlewick te disse isso? —‘Craro’ que não. — Mickey pareceu indignado. —Eu ‘ficu’ ‘conversandu’ casual ‘cum’ cada empregado da casa. Eu ‘pircibi’ tudo isso ‘sozinhu’, matemática, sabe. Matthew ergueu as sobrancelhas. —Perdoe-me. Continue. —Sim, bem, ‘acuntece’ ‘qui’ o Benchley ‘ficô’ com a Sra. Biddlewick. ‘Ficô’ por causa ‘qui’ ela faz as tortas de ‘murangu’ favoritas dele. — Mickey se debruçou de volta na cadeira confiantemente e estalou os dedos em imitação aparentemente inconsciente de Matthew. —‘Craro’, Benchley deve ter alguma razão, se ‘num’ tivesse - alguma razão secreta - ‘consiguir’ toda uma nova ‘equipi’ de pessoal de forma tão descuidada. — Ele pausou e estreitou os olhos. —Certo? ‘Queru’ dizer, é muito trabalho, bom pessoal é ‘difice’ de achar. Matthew anuiu com a cabeça. Era estranho. Quando se poderia, como a qualquer momento, mudar um ou dois no pessoal de uma casa nobre, a maioria das famílias cultivava seu pessoal. Muitos até empregavam gerações das mesmas famílias. Matthew empurrou uma tigela de compota através de sua escrivaninha para Mickey, e então se debruçou em sua cadeira e bebericou seu café. Então por que Benchley havia feito isto? O que havia acontecido dezenove anos antes? O antigo conde havia morrido, mas o que isso poderia indicar? Até onde Matthew sabia, o homem havia levado uma vida comum. Tinha que haver qualquer outra coisa. —Você está certo de que foi dezenove anos atrás que isto aconteceu? Mickey olhou por sobre a tigela. —Sim, ‘tô’ certo. Ele se ‘livrô’ de todos, 'ceto' a Sra. Biddlewick, ‘indu’ dos meses de abril a agosto de 1832. Matthew fez uma careta. —Lady Rosalind havia nascido em 1832 - 5 de outubro de 1832. — Ele olhou para Mickey, que parou no meio da mastigação com a bochecha cheia de fruta. —Isso significa que Benchley se libertou de seu velho pessoal enquanto a falecida Lady Benchley estava grávida. Essa é uma hora muito inconveniente para se fazer algo ainda mais inconveniente. Mickey anuiu com a cabeça enquanto mastigava e então tragou.

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—É ‘issu’. ‘Num’ sei ‘inda’ muito sobre a antiga Lady Benchley. ‘Discobri’ ‘qui’ a filha do Benchley é uma verdadeira paqueradora. A careta de Matthew aprofundou. —Sério?— Como ele nunca havia visto isto? —Sim, ‘pareci’ que ela gosta de ‘provocá’ os criados com seus charmes ‘femininus’. Pedaço de perna aqui, pedaço de seio ali. As sobrancelhas de Matthew ergueram rapidamente em surpresa. —Sim, ela deixa aparecer apenas ‘puracaso’. Mas os empregados me disseram que ela fica acidentalmente se ‘mustrandu’ o tempo ‘todu’. Matthew riu amargamente enquanto abaixava a xícara de café. Cristo, se ele apenas tivesse entrevistado os empregados do Solar Benchley antes de propor a Rosalind, poderia ter se poupado de muita coisa. Ele correu os dedos pelo cabelo. Mas ele não tinha, e agora ele devia se defender contra a vilania do homem que teria chamado de sogro. Dando uma olhada rápida no número na parte inferior de seu livro-razão aberto, os ombros ficaram tensos. Ele olhou através de sua escrivaninha para Mickey. —Descubra tudo o que puder. Então me traga algo que eu possa usar que forçará o Conde Benchley a ficar de joelhos. Você me entendeu? Ache as fraquezas dele - todas - mesmo que caiam em sua filha. Porque, em algum lugar, devo achar uma falha fatal. Mickey anuiu com a cabeça. —Eu acharei, Sr. 'Awkmore. Acharei. Houve uma batida sumária na porta, e Mark pendeu a cabeça. —Ah, eu sabia que havia sentindo cheiro de toucinho. E onde há toucinho, lá está o meu irmão. — Ele entrou, fechando a porta atrás de si. —E se não é o Sr. Wilkes. Você está muito bem— ele disse enquanto ia até a bandeja de café. Com a tigela ainda na mão, o rapaz ficou de pé e curvou a cabeça. —Agradeço, ‘sinhô’. Matthew assistiu Mickey terminar rapidamente a compota. Mark estava certo. Não fosse pelo bater da colher, e o som alto dos lábios, o garoto alto de dezessete anos pareceria completamente respeitável. Com um corte de cabelo esportivo, um novo terno, e novas botas, não era nenhuma maravilha que ele tivesse se arrumado tão depressa com os empregados do Solar Benchley. Era uma aparência muito diferente do que ele apresentava seis meses atrás quando havia chegado das ruas ásperas de Seven Dials. Era diferente até do modo como ele parecia há meros quatro meses, quando Mark o havia empregado como um espião na casa de Lawrence. Ainda assim, ele ainda tinha os olhos inconstantes e se movendo depressa de quem está acostumado a ser cercado por ladrões e assassinos. Mas agora, ele estava com os ombros um pouco mais retos e olhava para Matthew com um olhar fixo. Isso era bom. Mark cruzou para eles e, sentando na extremidade da escrivaninha de Matthew, olhou para Mickey. —O Sr. Pinter sente a sua falta nos estábulos. Ele me disse que você sabe lidar com os cavalos.

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Mickey sorriu amplamente enquanto abaixava a tigela. —Sim, acho que ‘tenhu’. Voltarei assim ‘qui’ ‘cabá’ meu trabalho por Sr. 'Awkmore, aqui. Mark bebericou seu café. —Muito bem. —‘Certu’, então. — Mickey olhou para Matthew. —Vou sair ‘manhã’ de novo. —Veja-me antes de ir. Mickey anuiu com a cabeça e, arrancando o boné do bolso de jaqueta, fez uma saída precipitada. Mark olhou para a porta fechada e então para Matthew. —Diga-me o que você está fazendo. —Não. —Droga, diga. Matthew fez uma careta. —Eu disse, não. Mark baixou o café. —Por Cristo, Matt, eu sou seu irmão. Deixe-me ajudá-lo. A careta de Matthew afundou. —Você é meu meio irmão, e eu não quero a sua ajuda. — Ele apunhalou uma salsicha com o garfo. Droga! Isso foi rude. Ele encontrou a careta brava de Mark. —Obrigado, mas eu lidarei com isto sozinho. —Sério?— Mark cruzou os braços sobre o tórax. —Benchley já fez quase impossível para você obter carvão. Você está pagando quase o dobro pelo carvão que pode conseguir. Você tem máquinas estragando e materiais chegando tarde. E também precisa transportar mercadorias para o oeste e está fazendo isto com as Ferrovias do Marchford. Quanto tempo você pode durar sob estas circunstâncias? Os ombros tensos, Matthew aumentou o aperto no garfo. Mark tinha um modo muito aborrecedor de pôr o dedo em várias feridas de uma vez só. —Eu resistirei. Resistirei, e ganharei— ele sibilou. Mark agitou a cabeça. —Você não pode continuar a compor as perdas da GEFO por conta própria. Você está preparado para vender o Solar Angel se tiver que fazer? E se os seus acionistas partirem? Você acha que a diretoria vai te sustentar se estes assuntos não forem resolvidos? E se eles votarem para removê-lo como presidente? E se eles forçarem a sua resignação completa da GEFO? —Inferno!— Matthew se debruçou adiante enquanto um músculo tinha espasmos dolorosos em seu pescoço. —E se todos os meus investimentos falharem? E se a minha propriedade queimar? E se o Benchley estiver me envenenado lentamente? Jesus Cristo, há outras possibilidades de destruição que você gostaria que eu considerasse? Mark encolheu os ombros enquanto se sentava na cadeira que Mickey havia desocupado. —Estou certo de que poderia apresentar várias.

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—Não me aborreça. — Matthew abaixou o garfo com força. —Apenas saiba que eu farei o que for preciso para manter a Grande Estrada de Ferro do Oeste. — Não serei forçado a rastejar para Benchley ou ninguém. —Farei o que for preciso… Mark anuiu com a cabeça enquanto erguia seu café. —Bom. Vejo que você tem um plano - um que utiliza as habilidades do nosso jovem Sr. Wilkes. Matthew pausou. No passado, ele teria dito tudo a Mark. Mas essa era a sua própria briga e ele queria empreendê-la só - na realidade, ele precisava empreendê-la só. Além disso, desde que havia descoberto sua ilegitimidade, ele sentia como se existisse uma barreira invisível entre ele e o meio irmão. Ele alcançou o bolso no peito. Claro, havia algumas coisas que ele não podia manter em segredo. Ele retirou a ação da mina e deslizou-a através da mesa. —Se ninguém me vender carvão, eu mesmo o tirarei da mina. Um pequeno sorriso brotou nos lábios de Mark enquanto ele agarrava a ação. —Estava esperando que você dissesse algo do tipo. Todo mundo estava falando sobre a sua vitória na mesa de jogo ontem à noite. Matthew se sentou de volta em sua cadeira. Bom. Quanto mais conversa houvesse, melhor. Sacudindo a cabeça, Mark deu uma olhada rápida sobre a ação, e então sorriu amplamente para Matthew. —Você pode imaginar o rosto do Benchley quando ele ouvir sobre isso? Não seja surpreendido amanhã se o Times anunciar o assassinato do Danforth. Matthew ergueu as sobrancelhas. —Isso seria uma notícia agradável. Mark dobrou a ação e deslizou-a de volta através da escrivaninha. —Ouvi que seis bons homens colocaram suas assinaturas na legitimidade do jogo de cartas. —Sim. — Matthew retornou a ação para o bolso. Ele havia contado cada uma das assinaturas como vitórias. —E falando do Times, enviei um mensageiro para Londres cedo esta manhã. Ele está levando uma carta para o meu solicitor23 e outra para o Times, anunciando que eu adquiri a mina. Enquanto o Sr. Banks começa a papelada para registrar a aquisição de Gwenellyn, estou esperando que o anúncio no jornal evite qualquer venda de ações. Mark anuiu com a cabeça. —Você sabe que Benchley vai contestar a sua propriedade. Matthew endureceu. —Ele terá que me processar então, e seria melhor que ele se apresse. Enviei uma terceira carta para o Sr. Penworthy, um dos gerentes da GEFO. Eu o instruí para ir à Gwenellyn pegar os livros, e ver o imediato carregando de carvão as máquinas da GEFO. Mark sorriu enquanto o estudava por um momento.

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Solicitor - na Inglaterra e País de Gales - membro do ramo da advocacia, cujos serviços consistem em aconselhar os clientes, representando-os perante os tribunais inferiores, e em casos de preparação para que seus advogados entrem nos tribunais superiores.

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—Você me disse que não quer a minha ajuda. Mas se você precisar de um investidor para a sua mina, estou aqui. Matthew anuiu com a cabeça e forçou os ombros a relaxarem. —Obrigado. Sei pouco sobre isto, além de saber que é grande o suficiente para sustentar uma aldeia. Saberei mais quando vir o livro-razão. Erguendo a faca e o garfo, Matthew retornou a sua comida. Ele não podia evitar e sentia excitação sobre os prospectos adiante. Os donos de ferrovia estavam à mercê dos donos de minas por muito tempo. Ele iria mudar isto. Mastigando sua salsicha, Matthew assistiu Mark beber seu café. Desde que havia se casado com Passion, o rosto do irmão havia perdido a extremidade dura e a careta perpétua. Ele parecia em paz, e feliz. O amor de Passion era bom para ele. Matthew empurrou a invejou que se ergueu nele. —Como a biblioteca está indo? —Eles estão limpando o local. O edifício começará na primavera. —Qual é a sensação de ser o arquiteto da próxima Biblioteca Nacional? —Soberba. Especialmente já que a minha presença no local não será exigida até depois do bebê nascer. — Os olhos de Mark suavizaram. —Quero estar com Passion quando a hora chegar. —Ah, sim. — Matthew pegou outro pedaço de salsicha. O irmão tinha tudo o que um homem podia querer - seu bom nome, sua honra, seu lugar no mundo, e uma mulher que fazia com que tudo valesse a pena - uma mulher que o amava, estimava e carregava sua criança. Matthew olhou fixamente abaixo em seu prato. Ele de repente teve a visão de Patience com sua barriga cheia e redonda. O coração dele saltou. Ele sempre havia desejado filhos - filhos dele, e uma esposa. Antes do escândalo, o papel de marido e pai tinha sido uma parte enorme de como ele pressentia sua vida. Mas o que havia agora - quando o único nome que ele tinha a oferecer era um roubado? —Ela estava linda ontem à noite, não estava?— Mark perguntou suavemente. Sim. Matthew deu uma olhada rápida para cima. —Passion? Sim, ela estava. — Ele soltou o guardanapo na mesa. —Minha adorável cunhada parece estar graciosamente bem. —Sim, está. — Mark ergueu uma sobrancelha. —Mas diga-me, como está a minha linda cunhada? Matthew se lembrou de Patience quando a deixou - adormecida, os cachos brilhantes derramando através do travesseiro e um braço gracioso curvado sensualmente sobre a cabeça. O peito dele apertou. Ele a queria. —Ela está magnificamente bem. Mark curvou as mãos ao redor de sua xícara e escorou os pés na escrivaninha de Matthew. —Ela é uma beleza. Montrose está louco por ela. Mas, francamente, há muitos que a querem. Matthew olhou para o irmão e uma forte possessividade abasteceu seu desejo. — Ninguém pode tê-la. —Ninguém além de você?

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Matthew anuiu com a cabeça. —Isso mesmo. —Aonde isso vai dar? Matthew ergueu seu café. —Até a possessão de Patience. —E esta possessão levará a uma proposta? Sim. Matthew pausou e abaixou a xícara de volta. Sim. Case-se com ela. Respirando fundo, ele sentiu seus ombros relaxarem. Case-se com ela e faça-a sua para sempre. Matthew olhou para o irmão e então encolheu os ombros. —Talvez. Mas ela não tem nenhum desejo de casamento. Mark ficou quieto por um momento enquanto segurava Matthew com o olhar no mesmo nível. Finalmente, ele falou. —Passion diz que você terá que ganhar o amor de Patience se espera se casar com ela. O amor de Patience. Matthew se sentou de volta na cadeira. Apenas o pensamento fazia seu coração pulsar e o sangue correr depressa. Deus, como seria ter o amor dela? —Ela também disse que ganhar o amor dela não será fácil. Eu conseguirei fazer isto? Matthew apertou os dedos em torno dos braços de sua cadeira. Ele não devia pensar sobre isto. —Nenhum de nós está buscando amor. —Isso não significa que você não o achará. Matthew fez uma careta. —Se eu o achar, isso não significa que precisarei que ele seja correspondido. As sobrancelhas de Mark abaixaram enquanto ele descia os pés da mesa e se debruçava adiante. —Se você o achar, e não o tiver correspondido, Patience será machucada. — A mandíbula do irmão dele apertou. —E se você machucar Patience, Passion será machucada. Estou te dizendo agora - não machuque a minha esposa. Apesar de Matthew não ficar surpreso com a advertência de Mark, ela o irritou mesmo assim. —Engraçado você estar me advertindo. Se a minha memória não me falha, foi apenas alguns meses antes, que eu o adverti a não machucar Passion. —E você estava certo em me advertir. — Mark se sentou de volta. —Da mesma maneira que estou certo em adverti-lo. Matthew se sentou adiante.

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—Quando você tomou a Passion atrás do biombo no Palácio de Cristal24, sem a ideia de quem ela era ou aonde isso levaria - por que fez isto? Você nunca havia feito qualquer coisa do tipo antes. —Porque… — O olhar de Mark ficou perdido em pensamentos. —Porque no momento em que eu a toquei, no momento em que a cheirei e senti, eu a queria - mais do que jamais quis alguém. — Ele pausou. —Eu não podia nem ver seu rosto a princípio. Mas ela olhou para mim, e foi como se o mundo tivesse parado de girar. — Ele ficou quieto por um longo momento antes de olhar para Matthew. —Eu tentei ir embora. Eu fui embora. Mas não pude me afastar. — Ele agitou a cabeça. —Eu tive que tê-la. —Exatamente. — Matthew soltou seu guardanapo na escrivaninha à medida que ficava de pé. —Agora, se você me dá licença. Ele quase tinha chegado à porta quando a voz do irmão o fez parar. —Eu sei que você quer o amor dela, Matt. Talvez, você até saiba como consegui-lo. Mas você apenas o manterá se a amar em retorno. Amor. Matthew ficou tenso. Ele odiava que a palavra ainda o chamasse mais poderosamente do que nunca. Girando sobre os calcanhares, ele olhou fixamente para o irmão enquanto ressentimento bravo corria por ele. —Sabe, apesar do fato da deserção dos Benchleys terem abastecido a minha ruína social, eu não sinto o fato de Rosalind ter cortado relações comigo. De fato, sou agradecido a ela – a ela e seu odioso pai. O abandono dela me poupou de um casamento que eu teria abominado com o tempo. E a rejeição fria dele me mostrou o que a tola ilusão do amor me causou. — A mandíbula dele cerrou. —Amor? O amor não é para mim. — Não importa o quanto Patience me tente! —Não fale sobre isto. — Ele se voltou para a porta. —Por quê? Você não acha que é merecedor dele? Matthew congelou e uma ira fervente o queimou enquanto ele lentamente enfrentava o irmão. —Foda-se. Mark ergueu uma sobrancelha escura. —Ah, vejo que toquei a verdade. O corpo de Matthew começou a agitar, e ele olhou fixamente para o irmão através do vermelho de sua fúria. —Como ousa falar de mérito! Você, que tem tudo - nome, fortuna, lugar na sociedade. Você, que sempre desdenhou do amor, mas agora tem tanto que pode se afogar nele!— Matthew friccionou os dentes enquanto uma dor afiada apunhalava suas entranhas e deixava um amargor em seu despertar. —Você, que, até quando éramos meninos, teve o amor bom e nobre do pai em nossa casa. Você sabe qual é a verdade Mark? A verdade é que você sempre foi a pessoa que teve tudo o que valia a pena. 24

Palácio de Cristal - enorme construção em ferro fundido e vidro, erguido no Hyde Park, em Londres, para albergar a Grande Exposição de 1851. Depois da exposição, o edifício foi trasladado para um novo parque numa zona mais alta, saudável e rica de Londres chamada Sydenham Hill, onde permaneceu até à sua destruição, por um incêndio, em 1936.

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Mark ficou de pé, uma careta profunda marcando a sobrancelha. —O mérito não é medido por nome ou fortuna, Matt. O mérito é medido por honestidade de caráter, decência, nobreza e a vontade de amar. Você me ensinou isso - você e Passion. Matthew cerrou as mãos em punhos. —Sim, foi fácil eu dizer quando ainda tinha o meu nome e a minha fortuna. E é fácil para você dizer agora, não é? Ainda possuindo tudo isso. Mark olhou fixamente para ele. —Sim. Mas isso não torna isto menos verdadeiro. — Ele deu um passo. —Quero que você seja muito feliz, Matt. Se Patience é a certa para você, quero que você a tenha e seja muito feliz. — Ele agitou a cabeça. —Mas se você se recusar a amar, eventualmente a perderá. —Chega!— Matthew girou e abriu a porta com força. —Eu não preciso amá-la para dominála. E eu a dominarei! O estrondo da porta tremeu os quadros nas paredes. *** — ‘O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. Para o discípulo basta ser como o seu mestre, e para o servo ser como o seu senhor’. — Patience ficou tensa e saltou para o versículo vinte e seis. — ‘Não tenhais medo deles, pois não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não existe nada de oculto que não venha a ser conhecido’ 25. — ela olhava para a irmã enquanto fechava a Bíblia. —O Evangelho de acordo com São Mateus. Enquanto utilizava sua tela, Passion deu uma olhada rápida para ela. —Como Cristo com seus discípulos, nós não devíamos temer o desdém e perseguição dos outros que não entendem o que fazemos. Devemos simplesmente obedecer ao nosso Mestre e servi-lo como ele nos guiar. Nisso está a salvação - não apenas a nossa própria, mas a salvação dos outros. Patience estudou a irmã. Meio sentada em um tamborete alto enquanto trabalhava, o longo cabelo vermelho de Passion caía sobre o roupão verde pálido. Ela parecia linda e à vontade. E não podia saber quais lugares suas palavras tocaram. —Por que você escolheu este capítulo hoje?— Patience perguntou. Passion continuou desenhando. —Vi que você deixou o baile com Matthew. O coração de Patience de repente começou a correr. A irmã a proibiria de dar sua atenção a Matthew? —Sim. —E, tarde da noite, seu quarto estava vazio. —Sim— Patience respirou. Passion olhou para ela com os olhos castanhos mornos.

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São Mateus - 10:24-25-26.

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—Ele é um bom homem, Patience. E se ele for seu escolhido, fico contente. Você se importaria de pegar seu violoncelo, agora? Quero decidir a pose. Patience puxou embaixo das camadas de anáguas sob seu vestido violeta, e colocou o instrumento entre os joelhos. Ela olhou cautelosamente para Passion. —Mas…? Passion encontrou o olhar dela e então abaixou seus lápis. —Confio em Matthew. E confio em você. É por isso que escolhi o que li hoje. Sinto que há um propósito que cada um tem pelo outro, e só Deus sabe qual propósito é. Patience esperou. —Ouço um alerta na sua voz. Quando ele virá? Passion suspirou enquanto olhava para ela. —Apenas temo que você esteja vagando em território perigoso que nem você pode predizer. — Ela agitou a cabeça. —Compartilhar intimidades muda as coisas entre as pessoas, Patience. E não quero vê-la machucada novamente. Patience abaixou os olhos e bateu o arco à toa nas sequências de seu instrumento. Passion era a única pessoa que sabia sobre Henri. E apesar de Patience periodicamente sentir a necessidade de se lembrar de sua fraqueza passada, ela não gostava da irmã a lembrando. —Isto é completamente diferente de antes— ela disse tranquilamente. —Sou uma mulher crescida agora e conheço a minha mente. —Você sempre conheceu a sua mente, querida. É o seu coração que eu temo. Patience fez uma careta enquanto se lembrava do sonho e a dor que havia sentido no coração. Ela tirou algumas notas. —Você sabe que o meu coração pertence ao meu instrumento. —Oh, Patience, você realmente pensa que pode dar seu corpo a um homem como Matthew e que o seu coração não seguirá? Patience enrijeceu. O coração dela era dela. Ela o havia salvado e remendado do antigo mal. Ela encontrou os olhos da irmã. —Você realmente pensa que eu sou incapaz de cuidar do meu próprio coração? Apenas por que eu finalmente aprecio alguma realização do meu corpo, meu coração deve seguir, como algum mendigo cego? Passion não vacilou. —Não. Acho que você construiu uma parede alta e sólida de proteção ao redor do seu coração. Mas e se Matthew for forte o suficiente para quebrar essa parede? Você está preparada para essa possibilidade? Patience fez uma careta. —Espere. O que você quer dizer quando diz que eu construí uma parede?— O peito dela apertou e os dedos cerraram em torno do braço de seu violoncelo. —Só porque eu escolhi um caminho diferente na vida significa que o meu coração esteja fechado? —É que depois do Henri...

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—Depois do Henri— Patience a interrompeu—eu ainda me deixei aberta a amar. Você sabe que eu fiz isso. Deus, quantos pretendentes e propostas de casamento eu recebi?— Ela agitou a cabeça. —Há horas em que as pessoas percebem que estão na direção errada. E assim que eu desisti dessa indagação, me senti livre. Posso me dar inteira ao meu instrumento, e tenho sido contente e feliz com a minha decisão. —Você é feliz desde então? Ainda está feliz?— Um pequeno franzir marcou a sobrancelha de Passion. —Você nunca me diz isso. —Sim, estou. —Não. — Passion agitou a cabeça. —Não, você não está. —Bem, o que se há para dizer? Se eu não estivesse feliz com a minha decisão, não a teria feito. E se não estivesse feliz com a minha vida, estaria vivendo-a de forma diferente. Passion a considerou por um longo momento. —Só que você não parece feliz - não verdadeiramente. Não, há muito tempo. E culpo Henri por isto. Patience olhou fixamente para a irmã. —Você o culpa? —Ele não é o único que deve ser culpado. Os olhos dela de repente abaixaram enquanto ela colocava o violoncelo e o arco de lado. Uma dor funda pulsou em seu coração - a mesma dor do sonho. Ela odiava esta discussão. Ela odiava o que ela estava inspirando. E odiava pensar em sua tolice de adolescente. Ela olhou fixamente para a seda da saia violeta que usava. —Por que nós devemos continuar falando do Henri? Pensei que esta conversa era sobre o Matthew. —Oh, bem, sinto muito. — Passion se moveu em direção a ela, e então Patience foi forçada a examinar os olhos da irmã enquanto Passion erguia o queixo dela. —Sei que você está acostumada a fazer seu próprio caminho na vida, e a segui-lo sozinha. Sei que você é forte, e sei que pode tomar suas próprias decisões. — O dedo polegar da irmã deslizou suave contra a bochecha de Patience. — Eu só... eu amo você, e não quero que nada dê errado. E você sabe o que o papai sempre diz, ‘quando as leis de Deus são quebradas...’. — ‘O mundo sofre’. — Patience terminou a oração que era o refrão regular do pai. Ela apertou a mão de Passion e abaixou os olhos. Ela se sentia triste, e nem sabia o porquê. Ela desejava que Matthew estivesse por perto. Onde ele estava? Ela deslizou o dedo pelos ossos atrás da mão da irmã. —Sei que este caso parece mal resolvido. Parece muito para mim, também. Mas também posso te dizer que foi inevitável. Como você disse, existe algo entre Matthew e eu - algo que não podemos evitar ou negar. —É isso o que é, um caso? De repente a palavra soou errada. Patience procurou por outra, mas nenhum veio à mente. Tudo o que ela podia pensar era na luxúria escura de seus olhos, as mãos fortes, inflexíveis - e a manteiga gravada e a marmelada. Ela olhou para a irmã. —Eu não sei o que é. — Ela agitou a cabeça. —Mas o que você nos faria resolver? Casar para o propósito exclusivo de descobrir? Eu não o amo, nem ele a mim. E prefiro cometer o pecado da fornicação a sujar o sacramento do casamento com uma mentira.

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Passion a estudou por um longo momento e então alisou a própria mão sobre a barriga arredondada. —Sabe, papai nunca me perdoará se você retornar para casa se parecendo comigo. Patience tocou a barriga da irmã e, pelo mais breve momento, desejou não ter negado sua virgindade a Matthew. Mas tão depressa quanto o pensamento veio, ela o afastou. —Não vou deixar que aconteça. — Ela se permitiu um pequeno sorriso. —Como você está ciente, há outras estradas para o prazer. O sorriso de Passion era suave. —Ele a agrada então? Patience ficou vermelha com a escolha das palavras de Passion. A pele formigou enquanto ela pensava sobre Matthew - o gosto dele, a luxúria selvagem no olhar enquanto ele a forçava a ter sua segundo liberação. Ela se sentiu aquecer enquanto erguia os olhos para a irmã. —Ele me agrada maravilhosamente. Passion empurrou um cacho perdido para trás da testa de Patience. —Então obedeça ao seu coração, seja como o seu lorde deseja, e não fique intimidada pelas dúvidas dos outros. — Passion puxou-a para perto. Patience descansou a bochecha contra a barriga cheia da irmã e suspirou enquanto as tensões aliviavam. —Eu amo você, querida. — A voz suave de Passion acariciou o coração de Patience. —Estou aqui se você precisar de mim. Os olhos de Patience arderam novamente, e então ela os fechou. Era tão raro que ela se deixasse ficar no abraço da irmã mais velha. Houve um tempo em que elas tinham sido inseparáveis. Mas tinha sido há muito, muito tempo atrás. Antes da... —Meninas! Onde vocês estão?— A voz familiar, mas nada harmoniosa da tia veio da sala contígua. Patience recuou da irmã com susto. Passion sorriu. —Ela chegou esta manhã - um dia antes, como sempre. Você ainda vai partir com ela daqui a duas semanas? Londres e seu novo treinamento de música a levariam para longe de Matthew. Ela engoliu o remorso que se erguia nela. —Claro que ainda vou partir com ela. — Ficando de pé, ela se apressou para a porta. —Tia Matty! Patience sorriu enquanto a irmã mais velha de seu pai, Mathilda Dare, se apressava adiante com os braços estendidos. Seu chapéu de renda tremulou e as bochechas rechonchudas balançaram. Ela tomou Patience no abraço com uma força que era sempre um pouco inesperada de uma mulher de sua idade. —Olhe para você!— Tia Matty exclamou, segurando-a a distância de um braço. —Bom Deus, os cavalheiros devem estar se atropelando para chegarem a você, minha querida. — Ela olhou para Passion. —Não é, Passion? Eles devem ficar selvagens por ela.

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Passion sorriu cheia de remorso enquanto despejava uma xícara de chá para a tia. —Temo que seja verdade. — Ela olhou para Patience. —No baile, vários cavalheiros e lordes perguntaram por você, querida. E o Lorde Montrose parece particularmente cativado. Tia Matty sorriu amplamente excitada e bateu levemente no braço de Patience enquanto elas cruzaram o lugar. —Isso, como imaginei! —Claro— Passion continuou, —disse a eles tudo que você estava completamente dedicada a sua solteirice, e que eles não precisavam aborrecê-la com propostas inúteis. Tia Matty apertou a mão ao peito com uma arfada. —Que horror, você disse isso? Patience permutou um sorriso largo com a irmã. —E por que não deveria, Tia Matty? É a verdade, afinal. —Oh!— Tia Matty sentou-se na mesa de chá. —Não comece, Patience. Eu apenas acabei de chegar. É extremamente cedo para você começar a me irritar. Patience conteve um sorriso e deu um beijo na testa da tia. —E não tente me amaciar com afeto. — Tia Matty mexeu o chá vigorosamente enquanto Patience e Passion tomavam suas cadeiras. —Diga a ela, Passion. Alguém simplesmente precisa dizer a ela. Oh, muito bem, eu direi. — Ela parou e girou para Patience. —Patience, minha querida, você está passando da hora. —Estou?— Patience bebericou seu chá. —Sim, temo que esteja. E se algo não for feito logo, você se vai transformar em... Bem, vai se transformar em um pêssego podre. Patience se engasgou com o chá enquanto Passion ria atrás da mão. Tia Matty recuou. —Não é hora para rir. Você quer se transformar em um pêssego podre? Patience ofegou e tentou não rir. —Bem, não. Mas… bem… você nunca se casou, Tia Matty. E você não parece nada com um pêssego podre para mim. Passion fez um barulho amortizado enquanto os olhos moviam para a tia. Os olhos de Tia Matty estreitaram. —Não tente desviar a atenção de você, Patience. Claro que eu não sou um pêssego podre. — Ela sacudiu um dedo. —Mas isto é porque eu nunca fui um pêssego para começar. Você, por outro lado, é totalmente pêssego. — Ela anuiu com a cabeça como se tivesse dito tudo e em seguida bebericou seu chá. Patience permutou um olhar confuso com Passion, que ergueu as sobrancelhas e agitou a cabeça. —Além disso— Tia Matty continuou enquanto abaixava sua xícara—você tem uma responsabilidade com a nossa grande nação de gerar crianças. —Tenho?

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Tia Matty atirou a Passion um olhar do tipo o-que-há-de-errado-com-ela, e então se voltou para Patience. —Bem, claro que você tem, minha querida. Você deve isto à Rainha e ao país passar sua beleza para a próxima geração. Você permitirá que uma das feições britânicas mais perfeitas vire pó? Horror, isso não. Não, traição! Patience apoiou o queixo na mão e olhou para a tia. Ela não tinha nenhuma noção do que dizer a ela. Um breve silêncio resultou. —Então—ela ergueu as sobrancelhas — como foi a sua viagem a Londres? —Oh!— Tia Matty bateu as palmas juntas. —Devo dizer que as acomodações no trem eram uma maravilha. Eu mesma disse ao Sr. Hawkmore. Patience se sentou um pouco mais reta. —Sr. Hawkmore? —Bem, sim, minhas queridas. Viemos da estação juntos. Muito coincidentemente, ele estava lá remetendo várias cartas com um jovem mensageiro. Ele foi gentil o suficiente para me oferecer um passeio em sua carruagem de forma que pude me livrar um pouco da minha bagagem e da minha empregada. Você sabe como Frannie me ataca com seu silêncio incessante. —Sim, o silêncio da Frannie acabaria com os nervos de qualquer pessoa— Passion comentou com um sorriso. Tia Matty anuiu com a cabeça. —É verdade. Mas apreciei muito meu tempo com o Sr. Hawkmore. — Ela sorriu quase ternamente. —Gosto dele, realmente gosto. Que pena o pai dele não ser o pai de verdade. — Ela agitou a cabeça, mas deu um pequeno encolher de ombros. —Oh, bem. Nós não nos importamos com isto de qualquer maneira, não é? —Certamente que não— Passion concordou. —Sabe— Tia Matty continuou—ouvi das Senhoritas Swittley que ele é um dos homens mais ricos no reino. Não que nós nos importemos com isso também, certo? —Oh, não— Patience brincou—nós não nos importamos com isso. Tia Matty atirou a Patience um clarão desdenhoso, e então a expressão ficou de adoração. —Ele é tão bonito e encantador. E, sabe, ele realmente escuta as pessoas. Escuta, sim. — Tia Matty mordiscou seu sanduíche de pepino. —Eu não poderia ter tido um companheiro mais delicioso. Nós conversamos e conversamos — os olhos dela se moveram brevemente na direção de Patience — e conversamos. Patience tragou seu chá. Deus proibisse que a tia houvesse falado sobre ela com Matthew. —E sobre o que você e o Sr. Hawkmore conversaram? Tia Matty nivelou os olhos cinza em Patience. —Ora, nós conversamos sobre você, minha querida. Oh, não. Patience estremeceu interiormente. —O quê sobre mim? Tia Matty irradiou.

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—Eu cantei seus elogios, minha querida. Cataloguei a sua beleza, observei casualmente seu talento culinário com bolinhos, e o informei de sua caligrafia verdadeiramente notável. Oh, e disse por alto que você rejeitou um número vasto de propostas de casamento, que agora que a sua irmã era uma condessa você iria, sem dúvida, ficar atolada com pedidos mais merecedores de sua consideração. Patience sentiu o rosto incendiar. —Isto é tudo, espero? —Bem, não. Eu sugeri que se ele estivesse procurando por uma esposa, devesse pedi-la imediatamente antes de perder a chance. Patience gemeu e cobriu o rosto com as mãos. —Bem não se preocupe minha querida — Tia Matty bateu levemente no braço dela—que eu não disse uma palavra - nenhuma - sobre pêssego podre.

Capítulo Sete - Treino Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição. Cantares de Salomão 7:10 Patience puxou o roupão e foi apressada para a câmara de banho junta ao quarto. Uma arfada surpresa escapou, e ela fechou o vestido enquanto registrava uma figura escura na cadeira diante do fogo. Matthew! Relaxado e com as pernas fixas bem separadas, ele se debruçava contra um braço da cadeira, a cabeça sustentada na mão. Um copo com conhaque oscilava nos dedos de sua outra mão. Os olhos escuros e bonitos a cativaram. Ela viu admiração neles - e desejo. O coração deu um pulo e então começou a bater forte. —Mande a empregada embora. — A voz era baixa, porém firme. A pele de Patience aqueceu. —Mas eu preciso me vestir para… — a voz dela enfraqueceu com o abaixar das sobrancelhas dele. —Mande a empregada embora. — Ele repetiu o comando lentamente, enunciando bem cada palavra. Patience estremeceu embora não estivesse com frio. Movendo-se depressa para a porta, ela abriu-a apenas metade e liberou sua empregada. Depois que a menina fez uma mesura e se foi, Patience fechou a porta e a trancou. Ela girou para enfrentar Matthew. A pele formigava enquanto ela se debruçava contra a porta e encontrava o seu olhar lindo e sombrio. —Como você entrou aqui?— Ela perguntou. —A porta estava trancada. Ele deixou o conhaque na mesinha ao lado da cadeira. —Minha presença a ofende? —Não. — Ela estava esperando por ele o dia todo!

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—Há um painel escondido na parede logo atrás de mim. Fica atrás da tapeçaria na frente do meu quarto. Se você não quiser que eu a use, pode fechar apertando o cupido esculpido no mantel da lareira. — Ele pausou. —Você a fechará? Ela fecharia? Por que faria isso quando o queria tanto? —Não, não creio que eu vá fechá-la. Ele esticou as mãos e ajeitou sua calça comprida. —Venha, Patience. A respiração dela acelerou com excitação, e ela pausou apenas um momento antes de ir até ele. —Mais perto. Ela parou a apenas um ou dois passos diante dele. Dando um passo, e então outro, ela parou novamente quando estava de pé no v das pernas abertas dele. Sentindo-se corajosa, ela olhou para ele abaixo. O ouro em seu cabelo refletia na luz do fogo. —Tire o seu roupão e ponha os braços ao lado do corpo— ele ordenou. Oh, Deus. O clitóris dela pulsava com excitação, a ousadia dela imediatamente atingiu uma nota. Por que essa simples diretiva era tão difícil? Depois de ontem à noite, deveria ser fácil. Ainda assim, não era. E ele não oferecia a ela nenhuma palavra gentil para deixá-la à vontade. Forçando os braços a se moverem, ela lentamente deixou o tecido aveludado cor de creme descer pelos ombros. Bateu suavemente aos seus pés. Patience cerrou a mandíbula enquanto apertava as mãos relutantes ao lado do corpo contra as coxas. Ela podia ver a subida e descida do próprio tórax enquanto olhava Matthew abaixo. As narinas chamejavam enquanto os olhos se moviam sobre ela. Embaixo de seu escrutínio intenso, os mamilos dela endureceram e a boceta ficou trêmula. Ele deslizou os dedos na língua e, debruçando-se adiante, deslizou-os entre as pernas dela. Patience ofegou e estremeceu enquanto ele vigorosamente a esfregava. Ela podia sentir a umidade morna do próprio corpo enquanto ele alcançava entre as dobras e tocava a abertura de sua vulva. Então ele moveu a mão adiante novamente, os dedos lisos manipulando depressa o broto inchando. Patience puxou a respiração e gemeu. Ela havia ansiado por isto o dia todo - ansiado por ele o dia todo. Ela agarrou os ombros largos dele, prendendo para suporte. Os dedos dele se moveram em círculos mais e mais apertados. O sangue corria apressado. Ele olhou para ela e ela estremeceu com desejo com a ferocidade escura de seus olhos. Mais e mais rápido ele a acariciou. Ela ficou tens e as coxas tremiam. Afinal. Afinal! Os olhos dele estreitaram. Os quadris dela empurraram. Mais um pouco! E então ele tirou a mão dela. Patience ofegou e sufocou de volta um grito. Ela nem mesmo havia percebido que havia movido as mãos para entre as pernas até que ele as agarrou e segurou-as contra as laterais de seu corpo. Ela olhou para ele abaixo com os olhos de repente embaçados enquanto o clitóris pulsava desesperado com tenacidade excruciante. Por que ela não sentia nenhuma ira? O corpo estava clamando por realização, ainda assim ela sentia apenas ardor enquanto olhava para ele - ele, que estava prevenindo seu prazer.

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Não, não prevenindo seu prazer - prevenindo a culminação de seu prazer. O olhar dele suavizou enquanto ele ficava de pé. Vetiver flutuou no ar. Patience se debruçou para perto, e as mãos dele se moveram novamente para as dela, segurando-as contra ela. Sem mostrar oposição, ela apertou os quadris contra o cume duro da ereção dele enquanto ela erguia a boca trêmula para a dele. Ele a daria a liberação - seguramente que ele iria. Apertando os pulsos, ele colocou os braços ao redor dela e a segurou cativa com as mãos contra as costas enquanto ele a beijava suavemente. Patience se debruçou nele. Os beijos suaves apenas abanaram seu fogo. Se ele apenas a beijasse mais profundamente. Ofegando, ela continuou a se esfregar contra a força espessa de seu pau. Ele ergueu a boca apenas acima da dela. —Isso— ele respirou. —Agora, da próxima vez que eu te disser para você mandar a sua empregada para longe - da próxima vez que eu te disser para fazer qualquer coisa - espero a sua obediência imediata. Sim, claro. Patience suspirou enquanto ele deslizava os lábios ligeiramente contra os dela. —Sim, Matthew— ele a iniciou, enquanto soltava suas mãos. —Diga, sim Matthew. Patience levou os braços ao redor do pescoço dele e ficou na ponta dos pés. —Sim, Matthew— ela disse contra os lábios dele. Os braços a esmagaram contra ele e a língua empurrou profundamente em sua boca aberta. Patience se curvou contra ele e deu seu próprio abraço apertado. Ela sentiu a mão dele deslizar sobre seu traseiro e apertá-lo firmemente. Então os quadris balançaram em direção a ela e ele empurrou o pênis contra ela enquanto varria a língua sobre seus dentes. Gemendo com desejo, ela se ergueu contra ele - quase subindo em seu corpo enquanto curvava uma das pernas ao redor de seu quadril. Ela o sentiu tremer e então sentiu a mão morna sob a curva de sua coxa. Mas apenas quando ela pensou que ele poderia finalmente estar além da restrição, a mão caiu longe e, indo para trás, ele a separou firmemente dele. Os olhos estavam escuros com paixão, mas enquanto ela olhava fixamente para ele via que o resto de suas feições estava tranquila, composta. A respiração diminuiu de velocidade, e quando ele soltou uma respiração profunda até o calor do olhar diminuiu. Mais um momento e ele a considerou com controle sereno. —Venha agora— ele disse casualmente. —É hora de se vestir para o jantar. Ela olhou para ele em descrença, sem palavras. Mas ele apenas se aproximou e, colocando a mão contra as costas dela, empurrou-a em direção ao armário dela. A cada passo que ela dava, o clitóris pulsava. Torturava-a e ainda assim… a sensação era doce. Ela deu uma olhada rápida para Matthew. A expressão parecia ainda mais relaxada, e ela ficou maravilhada com o controle dele. Uma vez no quarto de vestir, Matthew acariciou o traseiro dela antes de girá-la para enfrentálo. Olhando diretamente nos olhos dele, ela podia ver que um fogo ainda queimava sem chamas lá, apenas contido. A voz dele era baixa, porém firme. —Agora, seja boa e mantenha as mãos no lado do corpo. Se não fizer isso, devo castigá-la novamente.

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A batida do coração de Patience acelerou. Ela tinha pensado em se tocar apenas para ver o que ele faria - mas ela já estava dolorida entre as pernas e pensou melhor. Além disso, ela estava curiosa para saber o que conseguiria com sua obediência. —Sim, Matthew. Ele anuiu com a cabeça em aprovação. Ela o assistiu cruzar para a cama onde todos os seus artigos de vestuário já estavam dispostos. Enquanto ele examinava as coisas dela, ela admirou sua ereção formidável. Fazia uma barraca na calça comprida, mas ele parecia contente em desconsiderá-la. Será que atormentava tanto quanto o clitóris inchado e atormentado? Ela engoliu enquanto se lembrava da sensação da cabeça lisa em sua boca. Como ela queria tocá-la e saboreá-la novamente... Patience deixou o olhar vagar sobre ele enquanto ele erguia as meias-calças de seda e ligas. O peito apertou e o útero ficou pesado enquanto ela estudava seu perfil. Ele era tão bonito - as feições lindas em ternura, e ferozes em luxúria. E, sempre, havia a intensidade escura de sua consideração, como se ele estivesse tentando perceber cada pensamento e desejo dela. Jogando as ligas e uma de suas meias-calças sobre o ombro, ele pegou a outra meia-calça com os dedos enquanto se voltava para ela. —Sente-se. — ele disse suavemente enquanto se ajoelhava diante dela. Patience pausou brevemente. Ela estava acostumada a fazer a maioria das coisas sozinha. Até a empregada que ela utilizava era para apenas apertar os laços e endireitar o quarto. Mas ela não podia resistir. Então, sentando em seu tamborete em frente à penteadeira, ela ergueu o pé. Com uma facilidade que sugeria prática, ele deslizou a meia na perna, alisando-a posteriormente com as mãos. Patience fez uma careta enquanto ele colocava a segunda. Quantas vezes ele havia se ajoelhado aos pés de uma mulher para ajudá-la a se vestir? Ele tinha feito isso com Rosalind? Um pouco de ciúme correu por ela. O que importava? Não deveria importar. Ainda assim importava. —Matthew? —Sim?— Ele deslizou a meia-calça sobre os dedos dela. —Quantas…? Quero dizer com que frequência você faz…?—Ela não sabia como dizer. Ele ergueu os olhos para ela e eles eram suaves. Patience se sentiu corando. —Bem, quero dizer quantas damas você... —Não importa— ele a interrompeu suavemente. —Qualquer uma antes foi simplesmente um prelúdio para você - uma preparação necessária para a magnificência que você é. — Os lindos olhos a seguraram. —Nunca questione se eu a estimo acima de todas as outras, Patience. — Ele bateu levemente na canela dela. —Agora fique de pé. Patience olhou fixamente para ele abaixo por um momento antes de ficar lentamente de pé com as pernas trêmulas. Ele tinha um modo de dizer as coisas mais espantosas quando ela menos esperava. O estômago tremulava. Ela normalmente não apreciava elogios, mas isso era diferente.

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Tais palavras, tão facilmente faladas, faziam com que ela sentisse algo suave e indescritível. Orgulho e - talvez, felicidade? Ela deslizou uma mão pelo cabelo espesso dele enquanto ele amarrava suas ligas. Os olhos fecharam por um momento enquanto ela descia pela curva de sua orelha, então ele pousou a boca na palma da mão dela e a beijou antes de se erguer. Ele apertou suavemente os braços dela de novo contra a lateral do corpo. Deus, ela queria tocá-lo - em todos os lugares. De pé diante dela, os olhos se moveram sobre as feições dela e então desceram para seus seios. Patience retraiu a respiração e os mamilos apertaram. Sem pensar, ela recuou os ombros e ergueu o peito. No momento seguinte, ela percebeu o que havia feito e corou com embaraço. Mas apesar de seu desconforto, ela almejava tanto o toque dele que segurou a postura erguida. Os olhos de Matthew escureceram e um pequeno sorriso brotou em sua boca. —Ah, isto é adorável. Essa é exatamente a resposta que quero de você, Patience. — Ele deslizou as costas dos dedos sobre os mamilos duros e ela ofegou enquanto ele os comprimia firmemente. —Você sempre deve demonstrar os seus desejos para mim desse modo, e se me agradar, devo premiá-la. Patience mordeu o lábio enquanto ele rolava seus mamilos entre os dedos. Era tão bom que ela jogou os ombros mais para trás, pedindo mais. No momento seguinte ela puxou a respiração enquanto ele dava três leves bofetões no mamilo direito e mais três no esquerdo. Uma sensação quente de prazer e dor em partes iguais a tomaram e a boceta encheu d’água. Entretanto ele se virou, e ela expeliu a respiração em uma arfada de desapontamento. Matthew falou enquanto seguia até a cama dela. —Da mesma maneira que você reagiu um momento atrás, você será ensinada a reagir todas as horas a qualquer prazer que eu exija. — Ele ergueu as pantalonas dela. —E nada mais disso. Sua boceta e seu traseiro devem ser acessíveis a mim a toda hora. — Ele jogou a peça de roupa de lado e ergueu o chemise dela e o colete. —Você aprenderá a viver em um estado de prontidão sensual apenas para mim. — Ele a segurou com seu olhar poderoso enquanto retornava a ela e deixava suas coisas no tamborete. —Para isso é necessário treino e disposição. Mas não tenha medo, serei completamente dedicado à sua educação. Por que esta noção a excitava e confortava? —Mas por que eu devo aprender isto? Os olhos dele se moveram lentamente sobre as feições dela. —Porque isso me dará prazer. — Ele tocou um dos longos cachos dela. —Mas, será igualmente importante, porque vai te dar prazer. É essencial para a sua felicidade e realização, Patience. Há uma parte forte em você que quer se submeter e obedecer. Uma parte de você que gostaria que tudo não fosse tão fácil - tão atingível por sua própria vontade. Uma parte de você que almeja ter um ombro mais forte do que o seu para se apoiar. A garganta de Patience apertou e lágrimas brotaram de repente em seus olhos. —Sim— ela sussurrou. Ele a segurou com um olhar suave e fixo.

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—Oh, Patience, você almeja uma espécie de rapto que a maioria das pessoas nunca entenderão, muito menos alcançam - uma espécie de rapto que pode apenas ser realizado com a submissão completa do eu para alguém que é completamente dedicado à sua realização. — Ele tocou a bochecha dela e seu olhar chamejou sobre suas feições. —E a sua maior realização vem da luta. Você não respeita nada que vem sem esforço. Sabe, não é apenas eu quem adora o suor da sua submissão, você também adora. — Os olhos dele escureceram. —E eu vou fazê-la suar - suar, se contorcer, gemer e me implorar de joelhos por liberação ou repouso. E enquanto eu sinto prazer em castigá-la, será a minha maior alegria saber que é a sua maior alegria também. Patience tremeu enquanto as lágrimas escapavam dos olhos. Lágrimas de… alegria? Ela secouas, mas os pensamentos se sobressaíram um após outro enquanto Matthew alcançava entre as pernas dela e acariciava o clitóris começando a inchar. Os quadris dela balançaram, e em três golpes ela estava ondulando contra ele. —Sabe— ele respirou na têmpora dela—um dos modos como você aprenderá é através da estimulação da excitação regular e rigorosa. Ela ofegou e as pálpebras fecharam com o pulsar intenso que o toque dele despertou. Mas depois de apenas um breve momento, ele parou e beijou o canto úmido próximo ao seu olho. —Estimulação não consumada. Patience soltou a respiração em um jato, mas puxou-a novamente enquanto ele dava aos mamilos expandidos dela um beliscão firme e então um bofetão leve. Um tremor quebrou por seu corpo. As pernas agitaram, e parecia que todo o sangue dela estava indo apressado para seus seios e para o coração que batia entre as pernas. E o tempo todo, ele a assistia. A boca virou um sorriso suave enquanto ele erguia o chemise e o deslizava sobre a cabeça dela. —Parecerá inflexível a princípio - mas será se você quiser mais do que uma rendição superficial. Patience estremeceu enquanto o tecido diáfano deslizava sobre seus mamilos inchados. As palavras a fascinaram e encantaram. Ela se esforçava em atingir a perfeição em todas as coisas. Isto não seria diferente. Ele amarrou a fita embaixo dos seios dela. —Espero uma submissão excepcional de você. Então, quanto mais realizada você se tornar, mais eu devo exigir de você. Sim, mais! —Então é melhor que você fique acostumada a uma mão firme desde o começo. Patience gemeu e friccionou os dentes enquanto ele esfregava os dedos firmemente sobre os mamilos finamente ocultos. Os peitos dela ergueram e então ele os estava apertando, abaixando e puxando os mamilos espessos à medida que falava. —Ah, Patience, sua angústia sensual é linda de ver. Agrada-me e me deixa ávido por todos os testes e recompensas deliciosas que devem ser suas.

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A pele dela formigou e a mente começou a correr. Quanto mais agudo seu prazer poderia ficar? Deixe-o tentá-la e recompensá-la agora. Ela mal podia esperar! Patience ofegou enquanto ele comprimia a carne dura e espessada antes de finalmente soltála. Ela deu uma olhada rápida abaixo para os mamilos expandidos. Os seios estavam pesados e cheios e a boceta doía como se cada veia lá tivesse sido cheia. Ela pairava em algum pináculo luxuriante de sensação. Era como se equilibrar em um precipício - terrível e maravilhoso ao mesmo tempo. Matthew ergueu o corselete dela. —Erga os braços, minha bela. Patience fez como ele pediu, e apreciou uma corrida de prazer em sua estima. Colocando o corselete ao redor da cintura, ele prendeu os ganchos e olhou abaixo do painel dianteiro. Enquanto ele o fazia, ela não podia evitar e olhou fixamente para a ereção dele, que agora erguia a barraca de sua calça comprida a um grau de extremo. Apenas olhar fazia com que a boca enchesse de água e a vulva ficasse empapada. Se apenas ela pudesse sentir a espessura carnosa contra a língua. Ela ficou trêmula enquanto o clitóris pulsava com o pensamento. —Vá para o suporte da cama— ele a ordenou suavemente. Patience foi, luxuriada com o pulsar de prazer que vinha com cada passo. Ela podia sentir a umidade lisa molhando as coxas. Deixando as pernas um pouco separadas, ela agarrou o suporte da cama e sentiu as mãos de Matthew pegando as tiras. Com alguns puxões fortes, os espartilhos estavam abraçando o torso com uma sensação confortável. Quando ele se aproximou, ela sentiu o calor de seu corpo e o cutucar de sua ereção atrás dela. —Bom?— Ele murmurou na orelha dela. A respiração enviou um calafrio sobre a pele. —Sim. Ele acariciou o traseiro dela través do chemise e então tomou um momento para massageálo firmemente. Inclinando a bochecha contra o suporte da cama, Patience curvou as costas com a sensação maravilhosa do aperto firme dele. Mas, novamente, ele depressa parou e se moveu para ir buscar a cobertura do corselete. Patience suspirou exuberantemente. O traseiro formigava, os seios estavam quentes e cheios, a boceta doía e o clitóris mantinha uma pulsação fixa. —Venha, minha bela. — Matthew disse baixo. Patience se moveu para ele e pôs os braços pela roupa delicadamente bordada. Antes de fechá-la completamente, ele se curvou para perto e apertou um beijo no canto de sua boca enquanto deslizava os dedos para dentro do topo do corselete. Patience gemeu e o beijou de volta enquanto ele mordiscava o lábio e comprimia os mamilos inchados. Ela empurrou os quadris contra o pênis dele. Tão duro quanto aço, mas, ainda assim, novamente, ele depressa se retirou. Patience estremeceu. Enquanto ele fechava a cobertura do corselete, os olhos dela continuaram indo para a ereção magnífica. Ela queria tocá-la pelo menos. Mas apesar de seguramente ele ter notado onde o olhar dela vagava, não a liberou de qualquer forma. Em vez disso, ele a conduziu de volta para o quarto de vestir.

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—Sente— ele murmurou. Patience obedeceu, torcendo um pouco enquanto seu sexo inchado apertava deliciosamente pela almofada da cadeira. Ela sentiu um pouco de surpresa quando Matthew ergueu uma escova e começou a domesticar seus cachos selvagens com golpes firmes. Aparentemente com intento em sua tarefa, ela tomou a oportunidade para estudar, pelo espelho, as curvas suaves e ângulos duros de seu rosto. A sobrancelha era lisa. O nariz teria sido completamente reto exceto por uma pequena descida na ponta que, de alguma maneira, servia para fazê-lo mais perfeito. A boca larga, sensual, fazia com que ela quisesse beijá-lo, e seu queixo, firme e quadrado, insinuava seu domínio. E então havia aqueles olhos expressivos, com cílios longos que pareciam olhar dentro dela. —Deus deve tê-la modelado com base em um anjo. — Ela não percebeu que falava as palavras em voz alta até que as pestanas dele ergueram e ela estava olhando fixamente na reflexão de suas órbitas escuras. Algo chamejou na expressão dele. —Eu te asseguro, não sou nenhum anjo. Ela pensou no sonho de antes. —Talvez você seja para mim. Ele ergueu os pentes para cabelo dela e olhou para eles por um momento antes de jogar o cabelo dela de cada lado do rosto e empurrá-los. Ele encontrou o olhar dela no espelho. —Sua tia disse que você é um anjo. —As mãos dele descansaram nos ombros dela e os dedos longos localizaram a clavícula. —E estou propenso a acreditar nela. Enquanto ela admirava a visão da mão dele escurecida pelo sol contra sua pele pálida, Patience sorriu suavemente ao pensar em Tia Matty a louvando. —Bem, você não deve acreditar em tudo que a minha tia diz. Ela é bastante propensa ao exagero. Matthew olhou fixamente para ela por um longo momento, a boca aumentando devagar nos cantos. Então ele andou para muito mais perto dela, os quadris contra suas omoplatas enquanto ele deslizava a mãos sobre as curvas dos seios dela. —Você quer dizer que realmente não é a melhor jogadora de croquet26 no mundo? Patience apertou as costas contra ele e estremeceu quando os dedos longos apertaram seus seios. —Bem, isso realmente pode ser verdade— ela respirou. Matthew se debruçou sobre dela e beijou a curva de sua orelha. A boca úmida e a respiração morna fizeram a pele dela arrepiar. Patience suspirou enquanto as mãos dele iam mais para baixo, apertando entre suas coxas. Ela imediatamente deixou as pernas abertas, e o corpo sacudiu enquanto ele a esfregava através de seu chemise. Ela gemeu e, debruçando-se contra ele, os quadris balançaram para cima enquanto fortes pulsos de desejo estouravam por sua carne inflamada.

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Croquet - ou cróquete é um jogo de recreação, sendo posteriormente transformando-se em esporte, que constitui em golpear bolas de madeira ou plástico através de arcos encaixados no campo de jogo.

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—Deus, o seu clitóris está tão inchado— ele sussurrou. —Olhe para ele, Patience, olhe como está cheio. Arquejando, Patience olhou para baixo. Matthew apertou o tecido diáfano de seu chemise contra ela e, então, ela podia ver o clitóris, rechonchudo e redondo. Ele apertou o dedo suavemente contra ele e Patience empurrou - primeiro para trás e então adiante. —Tão linda, Patience— ele sussurrou contra a orelha dela. A outra mão deslizando no topo de seu corselete. —É assim que eu gosto de vê-lo - cheio e pronto para estourar. Patience ofegou e moveu os quadris em punhaladas minúsculas enquanto ele continuava pressionando e acariciando suavemente. Então, estremecendo, ela sufocou de volta um gemido enquanto ele comprimia seu mamilo firmemente entre os dedos. Ele apertou e rolou o broto espesso mais e mais duro enquanto ternamente afagava o coração de sua boceta. A mente dela girou enquanto a sensação penetrante era um tiro no peito diretamente para a vulva dolorida. Eles estavam conectados - a sensação de um se comunicando com o outro em uma correnteza rápida de sangue. —Este estado - este exaltado estado de prontidão voluptuosa - é o que você aprenderá a manter em todas as horas, Patience. —A voz sussurrada de Matthew foi diretamente à orelha dela, subjugando qualquer outro pensamento. —Devo ajudá-la, e logo você deverá se mover pelos dias, fazendo todas as coisas que normalmente preenchem o seu tempo - apenas que você os fará com o sexo inchado e uma mente pronta. Sim! Deus, sim! Um tremor imparável começou no corpo de Patience enquanto a pressão que ele fazia sobre o mamilo ficava aguda. Ela não tinha nenhuma ideia de como tinha erguido as pernas, mas agora ela as puxava para mais distante enquanto ela erguia os olhos para o espelho. Ela puxou uma respiração firme com a imagem de Matthew ao redor dela como algum demônio sombrio e bonito. Enquanto ela o assistia, a língua dele deslizou de sua boca e tocou a curva exterior de sua orelha. De repente, ela pressentiu grandes asas douradas tremulando em suas costas - não um demônio, mas um anjo. O anjo dela. E então as pálpebras dela caíram enquanto ela escutava as palavras sussurradas. —Hoje à noite, enquanto você janta, seus seios pulsarão e o seu sexo doerá. E enquanto você sorrir e trocar amabilidades com os outros, estará ciente da fome do seu corpo. Dará prazer porque você saberá que é o seu estado adequado. Dará prazer porque você sabe que me agrada. Não é mesmo? —Sim, Matthew— Patience respirou. Ele apertou os lábios no pescoço dela, e então foi para longe dela, sustentando os braços superiores dela de forma que ela não caísse do tamborete. Ela estremeceu e agarrou a extremidade de sua penteadeira enquanto ele ia buscar a crinolinai e o vestido dela. Enquanto ele retornava, ela notou uma pequena mancha molhada em sua calça comprida. Escurecia a parte do tecido de pérola cinza que estava apertada sobre a cabeça de sua ereção. Saliva enchia sua boca com a visão. Com certeza ele a permitiria saboreá-lo novamente. —Venha— ele disse firmemente.

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Patience se forçou para se erguer. As pernas estavam ardendo, e ela quase gemeu com a sensação total e inchada que sentia entre as coxas enquanto seguia até ele. Ele depressa soltou sua crinolina sobre a cabeça dela e assegurou a cintura. O vestido seguiu e, da mesma maneira de forma eficaz, ele fechou o fecho complicado. As sandálias foram a seguir e então as bijuterias - um rosário delicado de bijuteria. Ele considerou as peças brevemente antes de ajudá-la com elas. Então deu um beijo suave nos lábios dela. —Verei você no jantar. Os olhos de Patience alargaram enquanto ele andava para longe. Ela deu uma olhada rápida para a poderosa ereção dele. —Mas... e quanto a você? Matthew pausou. —O que tem eu? Patience desceu os olhos para a calça comprida molhada e lambeu os lábios —Eu não deveria ajudá-lo com isto? Matthew cruzou os braços sobre o tórax. —Não. Se eu permitir que você faça felação em mim, você gozará e isso seria contra produtivo ao meu propósito. Patience agitou a cabeça. —Não irei, prometo. — Ela se sentia desesperada para ter o gosto dele. Uma vez não era o suficiente para saciar o desejo de toda uma vida. Os olhos dele pareceram escurecer. —Isto não é uma negociação, Patience. Quando eu disser não, a resposta é não. Patience mordeu o lábio. Como ele podia ser tão controlado, quando estava em tal necessidade óbvia? Molhada e pulsando, ela se sentia como uma discípula de Priapo 27. Aproximando, ele acariciou a bochecha dela. —Você é uma deusa. Minha Perséfone— ele murmurou. —Sua beleza é incomparável, e o fogo sensual nos seus olhos a faz magnífica. Se você apenas pudesse se ver através dos meus olhos… —Ele agitou a cabeça, e então fez uma careta. —Seus admiradores clamarão por você hoje à noite. Mas apesar de estar necessitada, não permita a nenhum deles tocá-la. Você me pertence. Patience sentiu um inchar de orgulho com a possessividade dele. Claro que ela não permitiria a qualquer outro tocá-la. Nenhum homem além dele tocaria seu corpo novamente. Mas ela não disse isto. Ela apenas disse: —Sim, Matthew.

Capítulo Oito - Nobres

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Priapo - deus grego da fertilidade, filho de Dionísio e Afrodite. Sua imagem é apresentada como um homem idoso, mostrando um grande órgão genital (ereto). Priapo era considerado como protetor de rebanhos, produtos hortículas, uvas e abelhas.

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Todos armados de espadas, hábeis na guerra… Cantares de Salomão 3:8 —Estou tão contente por você ter se recuperado de sua enxaqueca, Senhorita Dare. Fiquei muito desapontado por não ter dançando com você na última noite. Realmente, creio que pelo menos a metade dos cavalheiros no baile estava bastante apegada a você. Patience ergueu as saias de seda cor de esmeralda enquanto descia os degraus com Lorde Farnsby. Os convidados estavam devagar se movendo até o piso principal para jantar. Mas ela mal os notou enquanto cada passo que dava enviava reverberações deliciosas por seu sexo inchado. —Sinto muito por tê-lo desapontado, meu lorde. Patience procurou discretamente pelos ombros largos e o cabelo dourado de Matthew. Ela queria vê-lo - examinar seus olhos e sentir o toque de seu olhar sombrio e possessivo. —Bem, você está perdoada, claro. — Farnsby jogou o cabelo fino para trás. —Ah, ali está Asher. Eu já te disse, Senhorita Dare, que Asher e eu somos primos? —Não, meu lorde, você não disse. Patience viu Lorde Asher conversar com outro cavalheiro no pé dos degraus. Mas onde estava Matthew? Os seios dela estavam pesados. Ele participaria do jantar? Os mamilos estavam apertados e formigavam. E quanto à soirée musical que viria depois? Ele viria para ouvi-la tocar? —Ei, Asher!— Farnsby chamou acima do estrondo da multidão. —Olhe com que eu tive a sorte de esbarrar: a Senhorita Dare. Erguendo a voz, Farnsby pareceu conseguir a atenção de cada homem na vizinhança imediata. Os olhos giraram em direção a ela e permaneceram. Realmente, parecia como se a multidão inteira de machos houvesse dado um passo coletivo em direção a ela de uma vez. Ela pausou, mas ergueu o queixo. Onde estava Matthew? Com ele, ela se sentia protegida. Mais alto, mais magro e mais bonito do que o primo, Asher sorriu para ela e estendeu a mão à medida que a abordava. —Senhorita Dare, você tornou esta noite radiante. Apesar de eu saber que é quase impossível, mas está mais bonita hoje do que ontem à noite. — Ele pairou um pouco acima da mão dela antes de girar para seu companheiro. —Creio que você foi apresentada ao Lorde Fitz Roy no baile. Patience sorriu para o homem que também parecia a estar observando atentamente. Apesar da maioria dos cavalheiros que ela havia conhecido na noite anterior estar obscurecida em sua memória, ela se lembrava de Lorde Fitz Roy por causa de seu cabelo preto e olhos azuis extraordinariamente pálidos. —Boa noite, meu lorde. —Boa noite, Senhorita Dare— o homem disse lentamente. —Não posso dizer o alívio que é vê-la. Você está ciente de que há apenas um punhado de damas aqui hoje à noite que pode reivindicar alguma compreensão de estilo e sutileza?— Fitz Roy ergueu a sobrancelha para um grupo de jovens mulheres em transcurso dando risadinhas antes de se voltar para Patience. —Que pestilência repugnante tomou as mentes das damas para adornarem um único vestido com renda

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e passamanaria suficiente para, facilmente, uma dúzia de vestidos? Eu te pergunto—ele gesticulou para a multidão em geral—você já viu tantas joias nas roupas, laços e adereços brilhantes? O homem tinha a voz linda, mas falava com uma monotonia entediada que fez Patience sorrir. Ela anuiu com a cabeça enquanto dava uma olhada rápida ao redor. —Parece ser uma noite bastante forte para joias nas roupas, laços e adereços brilhantes. — Ela se voltou para ele. —Pessoalmente, não me importo com um laço ou dois. São as joias nas roupas e adereços brilhantes que não suporto. O menor dos sorrisos brotou na boca do homem. —Bom Deus, Senhorita Dare, você realmente tirou um show de dentes do nosso orgulhoso Fitz Roy. — Lorde Asher girou para o primo. —Seguramente, esse é um incidente de valor para ser registrado no seu Jornal de Eventos Extraordinários. Farnsby anuiu com a cabeça. —Devo tomar uma nota disto. —Bem, enquanto está nisto— Lorde Fitz Roy disse lentamente—esteja certo de documentar o fato de que Lady Humphreys realmente adornou sua forma sem graça com nada menos do que setecentos e cinquenta e dois babados hoje. Céus, eu mal reconheci a dama em um vestido tão simples. Sorridente, Patience deu uma olhada rápida por sobre o ombro enquanto três mulheres passavam atrás dela. A dama grande no meio usava um vestido com pelo menos uma dúzia de babados de renda da cintura até o chão, e mais nas mangas. Patience se voltou para seus companheiros e abaixou a voz. —Acho que setecentos e cinquenta e dois pode ser um leve exagero, meu lorde. —Só esta noite, Senhorita Dare. Só esta noite. Exatamente quando Patience começou a sorrir, ela ouviu a voz inconfundível de uma das fofoqueiras da noite prévia. —Hawkmore não sabe que a sua presença é um embaraço? Ninguém sabe o que dizer para ele. As pessoas pensariam que ele se ausentaria por causa do irmão, pelo menos. Quando Farnsby começou a falar, Patience o parou com uma mão em seu braço. —Eu não podia concordar mais— veio a resposta. —O que você me diz de um homem cuja ilegitimidade é anunciada em cartas - de uma maneira tão escandalosa? E quanto a mãe? Nascida nobre, mas com os pés na sarjeta. Se a minha mãe se provasse tão baixa e repugnante quanto ela, nunca mais mostraria meu rosto em público. Patience sentiu a raiva crescendo enquanto seus companheiros compartilhavam olhares desconfortáveis. Como estas mulheres ousavam falar de Matthew ou de suas circunstâncias com tal sarcasmo! —Bem, ela é a mãe do nosso anfitrião também— disse uma terceira voz. —Sim, mas ela claramente favoreceu o filho ilegítimo. Como deve ter sido para o jovem conde tolerar isso por todos esses anos? E então quase para perder o amor de sua vida, tudo para proteger um irmão bastardo. É injusto, eu te digo.

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As mãos de Patience cerraram em suas saias. Fitz Roy deu um passo para ela, mas ela deu uma sacudida com a cabeça. —Sim. E o que se diz de um filho de jardineiro que anda em nosso meio como se fosse igual a nós? —Você diz, ‘Perdoe-me, mas você pode me dizer como consigo livrar as minhas rosas dos fungos?’. Mais risadinhas. —Oh, Mildred! Você é uma sem vergonha. Patience ouviu o suficiente. Em fúria, ela girou em torno da coluna que a separava das fofocas sórdidas. —Sim, Mildred, você é uma sem vergonha. Sem vergonha e cruel. Ela encarou as três damas, que recuaram em surpresa ao vê-la. Elas não eram nada menos do que Lady Humphreys e suas duas companheiras. As duas pequenas mulheres pareciam espantadas. Lady Humphreys, que devia ser a Mildred, parecia altiva. Foi a altivez que fez o sangue de Patience ferver. Usando toda a sua restrição, ela manteve a voz baixa. —Como ousa? Diga-me, você é uma mulher cristã? —Claro— Lady Humphreys retrucou. —Então você se esqueceu das palavras do nosso Senhor?— Quando elas olharam para ela inexpressivamente, ela tomou um passo para mais perto. —Muito bem, apesar de eu ser apenas a filha de um vigário comum, devo lembrá-las. ‘Mas eu vos digo que de toda palavra frívola que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado’28. — Patience respirou fundo. —Vocês humilham ninguém além de si mesmas com sua fofoca maliciosa. Tenho pena de vocês, e vou rezar pela redenção de suas almas. — Ela começou a se virar, apenas para voltar. —E para que vocês não fiquem tentadas a não tomarem parte em mais especulações enganadas, digo a vocês que o conde ama seu irmão, e minha irmã o ama, também. Matthew Hawkmore é bem-vindo nesta casa sempre que escolher agraciá-la com sua presença. Apesar de ter tentado manter a voz baixa, Patience percebeu que seu tom chamou a atenção da vizinhança imediata. Certo. Deixe-os ouvirem. —E quando forem falar com ele - façam como sempre fizeram. Porque ele é o mesmo homem que sempre foi. Enquanto as outras damas ficavam em silêncio atordoado, Lady Humphreys avançou com um clarão, as saias empurrando contra as de Patience. —Você sabe com quem está falando, Senhorita Dare?— Ela era uma mulher de tamanho formidável, e não restava nenhuma dúvida de que estava acostumada a intimidar as pessoas apenas com sua presença. Mas Patience era mais alta do que suas irmãs, e olhou fixa e diretamente nos olhos da mulher mais velha. Recusando a andar para trás, ela ergueu o queixo e as sobrancelhas.

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São Mateus 12:36-37.

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—Apesar de, claramente, você já saber o meu nome - eu apenas acabei de aprender o seu, Lady Humphreys. Os pequenos olhos de Lady Humphreys estreitaram. —Eu sou a Marquesa de Humphreys, e serei tratada com o respeito que meu título merece. E a única razão pela qual eu a conheço, Senhorita Dare, é por causa de sua aparência distinta. E não quero dizer isso como um elogio. — Ela encarou Farnsby e Asher e a pequena multidão de outros cavalheiros que pausaram atrás de Patience, mas pareceu desculpar Fitz Roy. Ela ergueu o queixo forte. —Qualquer mulher que é tão constantemente cercada por homens não podem ser uma mulher de qualidade ou dignidade. Eu tenho pena de você, Senhorita Dare. E tenho pena de seu cunhado baixo, Sr. Quem-quer-que-seja. Patience tremeu com fúria. —Pena de mim? Tenha pena de si mesma. Qualquer mulher que seja tão constantemente cercada de seu próprio orgulho maligno não pode ser uma mulher de qualquer generosidade ou decência. E se você for o que exemplifica boa linhagem, então o Sr. Hawkmore deveria se sentir abençoado por não ser um membro da sua ilustre sociedade. — Patience se debruçou adiante. — Ele é bom e honrado, e eu agradeceria se você não falasse o nome dele a menos que possa fazer isso com respeito aos méritos do caráter dele. O rosto de Lady Humphreys ficou vermelho escuro. —Respeito? Devo respeitar um homem que na noite passada atacou Lorde Danforth sobre a mesa de jogo - por malícia e ciúme? Patience endureceu e sentiu as mãos fechando em punhos. Matthew tinha estado em uma briga? —Como a violência é obviamente lamentável, se o meu cunhado atingiu Lorde Danforth, então Lorde Danforth deve tê-lo provocado para que ele fizesse isso. E quanto a ciúme, que possível razão meu cunhado poderia ter para ter ciúmes de Lorde Danforth? Na verdade, penso do modo contrário, o Sr. Hawkmore tem muitos atributos invejáveis. O tom entediado de Fitz Roy soou ao lado dela. —Realmente, Lady Humphreys, foi Lorde Danforth quem atacou o Sr. Hawkmore. Patience ergueu o queixo. —Isso mesmo, viu. Lady Humphreys jogou um olhar rápido para Fitz Roy mas caso contrário o ignorou. O lábio enrolou enquanto ela considerava Patience. —Talvez você não esteja ciente, Senhorita Dare, que Lorde Danforth acabou de ficar comprometido com Lady Rosalind Benchley, a ex-noiva de seu cunhado. Um tremor pequeno, mas resolutamente desagradável moveu pela espinha de Patience. —E você declara que ele não tem nenhuma razão para ter ciúme? Realmente, Senhorita Dare, acho que você está sendo um pouco tola. Se há uma coisa que todo mundo sabe, é o quanto o Sr. Hawkmore era completamente apaixonado, e provavelmente ainda é, por Lady Rosalind. Lady Rosalind que, posso acrescentar, é uma mulher de beleza elegante e linhagem impecável. Patience engoliu o sentimento doloroso que as palavras da marquesa evocaram, e se ergueu.

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—Se há uma coisa que todo mundo sabe, minha dama, é que as fofocas estão quase sempre erradas. Então, eu dificilmente posso tomar qualquer coisa você me diga seriamente. Além disso, já que foi Lorde Danforth a pessoa que abordou o Sr. Hawkmore, então claramente qualquer malícia ou ciúme devem continuar no coração de Lorde Danforth. —Você é certamente apaixonada na defesa de seu cunhado, Senhorita Dare. — Lady Humphreys ergueu as sobrancelhas espessas e deu a Patience uma olhada superficial. —Eu apenas me pergunto o porquê. —Sr. Hawkmore é um respeitado membro da minha família - e isto, minha dama, é razão suficiente. — Patience deu um passo para mais perto de Lady Humphreys e abaixou a voz. —Não o calunie novamente. A marquesa estreitou os olhos. —Espere até as pessoas ouvirem como você falou comigo. Espero que você não tenha nenhuma aspiração de se casar com um título, Senhorita Dare. Você certamente arruinou qualquer esperança disso hoje à noite. Patience não voltou atrás. —Não tenho nenhuma aspiração ao casamento mesmo, então suas ameaças são sem sentido. Lady Humphreys estreitou os olhos. —Sim, bem, você pode não ser mais capaz de casar, Senhorita Dare. Mas acabou de roubar as chances da sua irmã de ser admitida nas melhores salas de visitas. A raiva de Patience chamejou. Como esta mulher ousava castigar Passion! —Minha irmã não se importará nem um pouco com isto. —Isso é o que você espera. — Isso é o que eu sei. Lady Humphreys retraiu a respiração com um silvar. —Não desejo a você boa noite. — E com isso ela girou e saiu, suas amigas indo apressadas atrás dela. Patience puxou respirações curtas e tentou diminuir o tremor que de repente começou em suas pernas. O humor maravilhoso tinha ido embora. Ela se voltou para seus companheiros e o círculo de cavalheiros que a escutaram. Todos olhavam fixamente para ela com uma espécie de espanto. Nenhum conforto lá. Onde estava Matthew? Lorde Fitz Roy avançou, quebrando o silêncio. —Por Deus— ele disse em seu tom entediado —isso foi excepcionalmente bem feito, Senhorita Dare. — A multidão olhando, inclusive Farnsby e Asher, anuiu com a cabeça e alguns olha, olha foram erguidos para ela. Patience administrou um pequeno sorriso, e tentou ignorar a sensação instável no estômago. A garganta estava apertada. O que havia com ela? Onde estava Matthew? Ela deu uma olhada rápida além de Fitz Roy e achou seu olhar pálido nela. Ele a considerou por um momento antes de girar para falar com o grupo em seu tom entediado.

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—Creio que isto seja, talvez, tão grande quanto o dia em que Davi matou o Golias 29. — Ele ergueu as sobrancelhas enquanto se voltava para ela e oferecia o braço. —Talvez maior. — Patience dobrou a mão na curva do cotovelo dele à medida que todo mundo ria. —Agora, se nos desculpam meus lordes, cavalheiros, vou escoltar nossa heroína para uma breve caminhada revigorante. — E com isto, levou-a para longe. Patience deu um suspiro de alívio. Às vezes ela se sentia como se não pudesse respirar quando tantos estavam ao seu redor. E, por um momento repugnante, enquanto girava e enfrentava o círculo de cavalheiros pasmos e mudos, ela pensou que poderia chorar. E deu uma olhada rápida para Fitz Roy. —Obrigada, meu lorde. Se você não tivesse tomado meu lado, aqueles cavalheiros não teriam também. Fitz Roy olhou para ela e ergueu uma sobrancelha preta. —Minha querida Senhorita Dare, a vitória hoje à noite foi completamente sua. Lady Humphreys é um dos membros mais temidos de nossa - como você chamou?—Nossa ‘ilustre sociedade’. Patience fez uma careta. —Eu me desculpo, meu lorde. Não queria dizer você. Fitz Roy encolheu os ombros. —Está bastante certo. Nós somos um grupo desprezível, realmente. Dinheiro e tempo demais em nossas mãos, e uma aversão desgraçada a fazer qualquer coisa substantiva com qualquer um dos dois. Não—ele pausou pelas portas do salão principal e examinou os convidados—somos mais amido do que substância, temo. Duros, e cheios com pouco mais do que ar, nós nos afastamos do peso da verdadeira moralidade por temer que ela nos esmague. — Ele se voltou para ela. —Por isso sua defesa brilhante e apaixonada do Sr. Hawkmore foi muito cativante. Não é frequente vermos tais exibições excepcionais de decência e lealdade. Patience fez uma careta. Se sua defesa tinha sido tão brilhante, por que ela se sentia derrotada? Matthew não estava no salão também. Ela encontrou o olhar pálido de Fitz Roy. Ele estava sendo tão amável com ela, mas… —Perdoe-me, meu lorde. Temo ter perdido meu bom humor. Fitz Roy anuiu com a cabeça e então considerou-a por um longo momento. —Senhorita Dare, a briga entre o Sr. Hawkmore e Lorde Danforth não teve nada a ver com Lady Rosalind - nada mesmo. Patience endureceu enquanto, novamente, os olhos começavam a encher d’água. Ela ergueu o queixo. —Não, claro que não teve. — Ela piscou e engoliu as lágrimas. —Mas obrigada, meu lorde. Ele curvou a cabeça. —De nada, Senhorita Dare.

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Davi – personagem bíblico I Samuel 17 (Antigo Testamento). Filho de Jessé, da tribo de Judá, teria nascido na cidade de Belém e se destacado na luta dos Israelitas contra os Filisteus. Tornou-se rei, sucedendo a Saul e conquistou Jerusalém, que transformou em capital do Reino Unido de Israel. Davi e Golias (17:40-54).

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Corando com o próprio embaraço, Patience anuiu com a cabeça. —Por favor, com licença. Acho que preciso de um momento. *** —Um momento, por favor. Matthew girou à procura de Patience e seguiu seu irmão. Mark o levou através do hall de entrada para a biblioteca e fechou as portas altas atrás deles. —O que é isto?— Matthew perguntou. Ele podia ver no rosto tenso do irmão que era algo significante. —Benchley está aqui. E exige falar com você. Matthew endureceu enquanto as mãos apertavam em punhos. Uma fúria fria queimou todos os vestígios do bom humor que ele havia cultivado com Patience. Ele falou através da mandíbula cerrada. —Que rude da parte dele chegar na hora do jantar. Mark anuiu com a cabeça. —Você quer que eu o expulse? —Não. — Matthew agitou a cabeça. —Onde ele está? —Eu o fiz ser escoltado para o seu escritório. —Bom. Fundos da casa. Desse modo, se eu o assassinar, é provável que ninguém ouça— ele grunhiu enquanto abria a porta da biblioteca. Andando a passos largos o corredor e indo para o escritório, Matthew tomou respirações muito longas e fundas. Ele precisava permanecer tranquilo - tranquilo e controlado, não importava o que custasse. Sem pausar, ele abriu a porta do escritório. Benchley estava de pé no meio do cômodo, mas Matthew conseguiu o ignorar enquanto batia a porta e caminhava até detrás de sua escrivaninha. Só então ele encontrou os olhos azuis brilhantes do homem mais velho. Matthew friccionou os dentes e o coração bateu forte enquanto ele se preparava para a batalha. —O que você quer? Benchley andou a passos largos adiante, o casaco balançando de sua armação vultosa. —Eu vim pelo o que é meu, Hawkmore. Danforth me informou esta tarde que você o enganou. Exijo que você me devolva, de uma vez. Matthew debruçou os punhos na escrivaninha. —Chame-me de fraude novamente e eu o processarei por calúnia. — Um músculo no braço dele teve um espasmo. —Quanto a mina, o nome de Danforth estava na ação da Gwenellyn, não o seu. —Você sabe muito bem que isso não significa nada. Danforth não pode amarrar a própria gravata, muito menos cuidar de uma das minhas minas. Agora a devolva! —E por que diabo eu deveria fazer isto?— Ele mal era capaz de sibilar as palavras.

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Benchley andou para mais perto e apontou o dedo acusadoramente. —Porque você me deve! O calor inundou a cabeça de Matthew enquanto ele se debruçava adiante e plantava as mãos na mesa. —Eu devo a você?— Ele repetiu devagar. Os braços tremiam com o esforço de não se jogar sobre Benchley. —Eu não te devo nada exceto a sola da minha bota. O rosto do conde ficou avermelhado. —Seu bastardo! Você sujou a mim e a minha filha com suas mentiras e sua tentativa baixa de se passar por um homem de sangue puro e nobre. Você nos enredou em seu escândalo horroroso e então nos envergonhou e embaraçou com sua tentativa de ver Rosalind, mesmo depois de eu ter dito a você que ela já não queria vê-lo mais!— Ele bateu a palma da mão na escrivaninha. —E graças a nossa associação com você, na qual embarcamos de boa fé, fomos manchados a tal grau que agora o único marido que posso conseguir para a minha filha - minha filha que pode localizar sua linhagem pura e perfeita até o Conquistador30 - é um viciado em jogo sem dinheiro! E é por isso que você me deve. Matthew ouviu os documentos ondulando em sua escrivaninha enquanto os dedos fechavam em punhos. O corpo inteiro estava duro com ira suprimida. —Nunca menti para você porque nunca soube— ele grunhiu, apertando os dentes. —Mas apesar desse fato, você me abandonou - adicionando derrisão e insultos ao seu público ao me denunciar. Você jogou dúvidas sobre mim com as suas mentiras sobre a minha paternidade até que, estou certo, portas me foram fechadas baseadas somente nisso. E como se não fosse o suficiente me perseguir pessoal e socialmente, você tem o fel e a vilania de tentar me arruinar financeiramente também!— Ele moeu as juntas no topo da escrivaninha. —Então, graças a minha associação com você, na qual eu embarquei de boa fé, sofri perdas decuplas do que teriam sido sem você!— Matthew ergueu um longo abridor de carta de prata, e com a força cheia do braço o apunhalou na mesa. —Eu devo a você? Não te devo nada!— Ele rugiu. As mãos de Benchley cerraram sobre um grande peso de papel de mármore. A respiração ficou dura e rápida. —Por que você não devia sofrer financeiramente, seu filho da puta? Eu estou sofrendo! Danforth está praticamente sem dinheiro, ainda assim é o melhor que posso conseguir para Rosalind agora. O condado é a única coisa que ele deve trazer para este casamento, mas a pequena consolação é o título de condessa quando eu tiver que financiar a vida da minha filha completamente enquanto mantenho o marido jogador dela longe das porras das dívidas! Matthew recuou. Ele devia deixar Benchley fazer um movimento com aquele peso de papel. —Perdoe-me se eu não choro por você— Matthew zombou. —Se você tivesse ficado do meu lado, você e Rosalind teriam o benefício de todo o meu dinheiro. Você escolheu o seu caminho, agora lide com o que há nele. Benchley começou a tremer. 30

Conquistador - Guilherme I, cognominado o Conquistador, foi Duque da Normandia (1035-1087) e Rei da Inglaterra (1066-1087). Era filho ilegítimo de Roberto I, Duque da Normandia e de Herleva, filha de um senhor local.

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—Eu juro, você se arrependerá do dia em que mentiu para mim. —Eu nunca menti para você!— Matthew berrou. —Você mentiu! Você sabia!— Os dedos de Benchley embranqueceram em torno do mármore. —Que homem pode considerar uma criança bastarda - a encarnação da traição de sua esposa - sem fazer o bastardo sofrer o conhecimento de seu próprio nascimento baixo?— Ele agitou sua cabeça cinza. —Não. Com a vagabunda da sua mãe como a raiz das coisas - o modo como ela sempre o favoreceu. Nenhum homem poderia tolerar. Então, não me diga que você nunca soube. A fúria de Matthew escalou com a menção de sua mãe. Um músculo teve um espasmo em seu ombro. Ele odiava ser o filho dele, e ele odiava Benchley por lembrá-lo quem ele era. Ele cerrou a mandíbula. —Saia. —Dê-me de volta o que é meu! —Vá para o inferno! Os olhos de Benchley estreitaram para rachas. —Por Deus, eu vou arruiná-lo. Matthew se debruçou adiante, o sangue correndo. —A única ruína a vir será a sua. —Você se esqueceu?— Benchley puxou de volta, a boca torcendo em um zombar. —Você não é mais o filho de um conde. E da última vez que eu ouvi, ninguém fará negócios com você. Arruinarme? Você não tem os recursos. O coração de Matthew bateu com uma determinação mortal. —Eu vou sepultá-lo. Benchley ergueu o queixo pesado. —Você acha que eu vou tremer com as ameaças vis de um bastardo desprezível? Elas não querem dizer nada. Você não quer dizer nada!— Ele andou a passos largos para a porta e abriu-a antes de olhar de volta por sobre o ombro. —Você está acabado, Hawkmore. Você me ouviu? Acabado!— A porta bateu atrás dele. Um silêncio pesado encheu o cômodo. —Bom, então— Matthew rosnou. —É guerra.

Capítulo Nove - A Soirée musical …sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado… Cantares de Salomão 5:16

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Patience levou o arco através das sequências de seu violoncelo com concentração tranquila. Ela tocou “Largo” de Vivaldi 31 para o concerto de Inverno. Apesar de a obra ser designada para violino, ela gostava do som fundo e ressonante no violoncelo. Enquanto ela tocava, via a música na cabeça - cada nota e deixa aparecia diante dela, uma levando à próxima. Ela executou cada uma perfeitamente, e cada uma completava a medida do triunfo. Perfeita e justamente, ela moveu pela obra até o fim. E enquanto ela tocava as últimas notas, se sentia vitoriosa. Erguendo a cabeça para o aplauso do público, Patience sorriu para as filas de convidados que enchiam a grande sala de música. Havia sempre duas facções no meio das pessoas que a assistiam tocar. Havia aqueles que realmente admiravam música e apreciavam a sua habilidade. E havia aqueles que vinham apenas para olhar estupidamente porque ela tocava um instrumento “indelicado” que exigia a abertura de suas pernas. Ela podia ver na face de cada convidado qual caía em qual grupo. Muitas das damas, inclusive a odiosa Lady Humphreys e suas seguidoras, olhavam para ela com censura mal reprimida. Muitos dos cavalheiros, inclusive Lorde Fenton e os outros que haviam dançado com ela na noite anterior, olhavam para ela com apenas luxúria reprimida. Como ela abominava os olhares astutos que se passavam entre estes denominados lordes e damas. Ignorando qualquer desdém ou a satisfação do desejo sexual, ela anuiu com a cabeça apreciativamente para aqueles que mostraram prazer genuíno. Ela sorriu para Mark, Passion e Tia Matty, que se sentavam juntos na fila dianteira de cadeiras. Seu sorriso alargou enquanto ela via os Lordes Farnsby e Asher de pé no fundo da sala, batendo palmas entusiasticamente ao lado de Lorde Fitz Roy, que anuiu com a cabeça e ergueu as mãos enluvadas para três pequenas batidas de palmas. Então, afinal, ela achou Matthew. O coração deu um salto. Onde ele tinha estado a noite toda? Ele estava de pé sozinho, debruçado contra o umbral da porta aberta da sala de música. O sangue correu apressado e o clitóris pulsou em reconhecimento à sua presença. Ele era incrivelmente bonito, e usava seu traje de noite como se tivesse nascido nele. Mas, como sempre, seu olhar fixo sombrio fazia com que a respiração dela acelerasse e seu corpo tremesse. Ele olhava para ela com orgulho admirado e, de repente, o que qualquer outra pessoa pensasse não tinha importância. O desdém de certas damas, a obscenidade de certos lordes não queriam dizer nada. Matthew era o único que importava - ele que a havia amarrado à sua cama de noite e trazido seu chá de manhã. No silêncio após o minguar dos aplausos, a voz alta de tia Matty ecoou através da sala. —Oh olhe, é o Sr. Hawkmore. Por que você não o pede para se juntar a você, minha querida? Adoro duetos. Patience ficou branca e olhou para a tia, que havia girado em sua cadeira e estava gesticulando para Matthew. Patience atirou um olhar de pedido a Passion, mas a irmã enviou a ela um olhar que dizia ‘o-que-posso-fazer?’ enquanto Mark ria caladamente. Murmúrios ergueram, e as pessoas deram uma olhada rápida alternadamente entre a tia dela e por sobre seus ombros para Matthew. 31

“Largo” de Vivaldi (Inverno) - As Quatro Estações é um conjunto de concertos para violino de Antonio Vivaldi, composta em 1723 e é sua obra mais conhecida, está entre as peças mais populares da música barroca. A textura de cada concerto é variada, assemelhando-se a cada estação respectiva. Por exemplo, "Inverno" é salpicada com notas staccato, chamando a atenção da chuva gelada. Largo quer dizer que o tempo é muito lento (40-60 bpm).

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Patience sentiu o sangue correr apressado para as bochechas enquanto via o rir silencioso e o olhar desacreditado que passava entre muitos dos convidados, inclusive, claro, Lady Humphreys e seu círculo. Patience ergueu o queixo. A tia dela poderia ser um pouco não sofisticada, mas ela tinha o coração de puro. Matthew tomou um passo na sala e a estava olhando cuidadosamente. Patience ficou tensa. Ela não queria tocar com ele. A última vez em que ela havia tocado com um homem que havia significado algo para ela, não foi bom. E apesar de ela não amar Matthew, ela definitivamente... Ela definitivamente o quê? A voz baixa de Matthew foi através da câmara. —Obrigado pelo seu entusiasmo, Senhora Dare, mas eu não sonharia em intrometer a apresentação de sua sobrinha. Patience pegou Lady Humphreys erguendo as sobrancelhas altivas para suas companheiras, e a grandiosidade da situação ficou clara para ela. Esse não era o momento para inseguranças absurdas. Esse era o momento de ela demonstrar sua ligação, tanto à tia quanto a Matthew. Ela olhou para ele, e, apesar de seu coração bater nervosamente, ela ergueu a voz de forma que todos pudessem ouvir. —Por favor, Sr. Hawkmore. Vou tocar o Prelúdio da Suíte nº 1 para violoncelo de Bach 32 como bis. — Ela deu uma olhada rápida para o violoncelo dele debruçado em sua tribuna. —Seu ótimo instrumento está aqui, e eu ficaria honrada se você se juntasse a mim. Matthew manteve os olhos firmes nela e, por um momento, ela pensou que ele poderia recusar. Entretanto ele avançou. —Muito bem, Senhorita Dare. — Ele falou enquanto removia as luvas e subia no altar entre as cadeiras. —Com você, estou mais do que contente. O estômago de Patience tremulava, e ela ouvia os sussurros emanando do público. Eles se aquietaram enquanto Matthew tomava uma cadeira ao lado dela e aceitava seu instrumento, um lindo Domenico Montagnana33, do criado. As mexas de ouro de seu cabelo pareciam brilhantes contra as escuras, enquanto a mais sutil nota de vetiver se movia pelo ar. Ele posicionou seu violoncelo entre as pernas e então deslizou os dedos longos quase sensualmente subindo do espelho para a caixa das cravelhas. Ele olhou para ela e os olhos eram suaves. —Suíte nº 1, você disse? Patience estava tensa e corada, mas não com excitação. —Sim.

32

As seis Suítes para Violoncelo de Bach foram compostas por volta de 1720 (desconhece-se a data exata das composições). Embora Bach não tenha sido o primeiro compositor a escrever para violoncelo solo, o compositor germânico conseguiu, como mais ninguém até então, criar no violoncelo a ilusão do contraponto, da polifonia e da progressão harmônica (ao estilo do baixo cifrado do barroco) através de uma escrita idiomática para violoncelo em uma única linha melódica. 33 Domenico Montagnana (1686-1750) foi um fabricante de instrumentos italiano conhecido por seus violinos e violoncelos, especialmente os violoncelos. Viveu e trabalhou em Veneza.

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Ela esperou enquanto ele fazia alguns ajustes leves nas cavilhas de afinação. Então ele ergueu os lindos olhos para ela e anuiu com a cabeça. Patience deu uma respiração funda. Ela odiava que ele parecesse tão tranquilo enquanto ela se sentia tão ridiculamente nervosa. Posicionando os dedos, ela moveu o arco. Apenas veja a música… Ela deu à luz as primeiras notas sozinha, e então Matthew se juntou a ela e a música encheu a sala. Enquanto ela tocava sob o olhar inflexível dele, seu estômago apertou lentamente. A obra nunca havia soado tão bonita, mas não por causa dela. Por causa dele. Ele era melhor do que ela. Mas como ele era melhor? Ela franzia o cenho à medida que escutava. O prelúdio de Bach era uma de suas obras favoritas, e ela a estava tocando perfeitamente. Ela deu uma olhada rápida para ele e seu franzir afundou. Ele a tocava com facilidade e fluidez. E, enquanto eles se moviam na obra, ele adicionou variações sutis ainda assim provocativas que se ajustavam exatamente em cada medida que ela tocava. Ainda assim, com toda a sua habilidade, ele não tentou exceder o modo dela de tocar, ou até conduzir a melodia. Ele manteve as notas baixas e se movia em acompanhamento perfeito com ela. E o tempo todo, ele mantinha o olhar suave nela - assistindo-a, e assistindo-a tocar. Patience se achou encontrando os olhos expressivos dele várias vezes. Eles pareciam cheios dela e de sua música. Como ele a assistia tão atentamente e tocava tão maravilhosamente ao mesmo tempo? Os ombros dela ficaram tensos enquanto ela quase errava uma nota. O choque fez com que ela mantivesse o olhar preso no arco. Mas o ouvido ainda procurava na música o que o fazia melhor. Por mais que ela tentasse, não podia achar. Enquanto as notas finais flutuavam para o silêncio, em vez de sua satisfação habitual, ela se sentia perplexa e um pouco irritada. Erguendo os olhos para Matthew, ela viu um sorriso lento em sua boca linda, e então o aplauso entusiástico encheu a sala. Enquanto os criados avançavam para tomar seus instrumentos, Matthew ficou de pé e ofereceu sua mão a ela. Patience pausou apenas um momento antes de deslizar os dedos nos dele. Ficando de pé, o coração dela acelerou enquanto Matthew se curvava para colocar um beijo nos dedos dela. Os lábios eram firmes e mornos e, novamente, ela sentiu o odor fundo de vetiver. Deus. Apesar de suas emoções contrárias, tudo o que ela podia pensar era que ela queria tanto mais dele do que apenas um beijo. Mas ele a estava apresentando ao público, e ela corou desconfortavelmente enquanto ele andava para trás de forma que ela pudesse ter a gratidão dos convidados. Ela não merecia. Voltando-se para ele, fez em uma mesura baixa. O que havia no modo dele tocar que o fazia melhor do que ela?

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Ela ergueu os olhos e o achou olhando para ela abaixo. Uma sobrancelha escura ergueu, e então ele ofereceu uma mão e a ergueu de pé. Enquanto o aplauso morria, ele discretamente acariciou a palma dela antes de soltá-la. A pele formigava com o toque dele e o sangue corria apressado, mas ela não tinha tempo para apreciar as sensações adoráveis, porque Tia Matty a estava apressando. A tia sorria amplamente. —Isso foi maravilhoso, minha querida. Apenas maravilhoso. Ela não é maravilhosa, Sr. Hawkmore? Patience corou enquanto Matthew olhava para ela. —Ela está além de maravilhosa, Senhora Dare. O sorriso de tia Matty afundou e um cintilar sabedor iluminou os olhos cinza. —Oh… sim, ela está mesmo. Meu Deus, ambos tocam maravilhosamente bem juntos. Claro, eu sabia que iriam. Muito raramente erro sobre estas coisas. — Ela ergueu as sobrancelhas prateadas para Matthew. —Que coincidência feliz você e a minha linda sobrinha tocarem o mesmo instrumento, Sr. Hawkmore. Acho que damas e cavalheiros que compartilham uma coisa em comum, frequentemente compartilham muitas coisas em comum. E você sabe o que dizem sobre damas e cavalheiros que compartilham tantas coisas em comum. Matthew considerou Tia Matty com uma expressão que mostrava grande interesse. —Não, o que dizem? Tia Matty encolheu os ombros e abriu seu leque com um sacudir. —Bem, eu não sei exatamente o que dizem. Mas posso te dizer que muitas pessoas casadas compartilham menos em comum um com o outro do que você e a minha bela sobrinha. Patience olhou para a irmã pedindo ajuda, mas Passion e Mark tinham sido interceptados por um casal de aparência sofisticada e não parecia provável que se movessem tão cedo. Então, deslizando o braço pelo da tia, ela deu um aperto de advertência. —Creio que é o bastante, Tia Matty. Tia Matty bateu na mão de Patience com seu leque e então o apontou para ela. —Pêssego podre. Isto é tudo o que eu tenho que te dizer, jovenzinha. — E com isto, ela se voltou para Matthew, que parecia capaz de considerá-la com seriedade completa. —Não ligue para ela, Sr. Hawkmore. Ela é realmente uma boa menina. — Ela abaixou a voz e se debruçou para mais perto dele. —Ela apenas não sabe sempre o que é de seu melhor interesse. Patience ficou eriçada. —Peço desculpas, mas sempre sei exatamente o que é do meu melhor interesse. Tia Matty olhou para ela simpaticamente, mas deu a Matthew uma pequena sacudida conspirativa com a cabeça. —Oh, francamente!— Patience exclamou. Os lábios de Matthew tiveram um espasmo nos cantos. —Talvez nós devêssemos continuar esta conversa mais tarde, Senhora Dare. Parece estar afligindo a sua sobrinha. Tia Matty anuiu com a cabeça.

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—Você está certo, Sr. Hawkmore. Melhor discutir o futuro dela fora de sua presença especialmente quando ela é tão contrária ao seu curso adequado. — Tia Matty deu a Patience um clarão breve antes de se voltar para Matthew e bater levemente em seu braço. —Devemos continuar esta pequena conversa outra hora, Sr. Hawkmore. Mas não se preocupe—ela piscou— sou a seu favor, senhor. Matthew curvou e apertou a mão de Tia Matty. —Meu obrigado, Senhora Dare. Patience agitou a cabeça enquanto Tia Matty sorria com adoração para Matthew. —Sabe— a tia disse com um suspiro—devo insistir que você me trate como Tia Matty, Sr. Hawkmore. Afinal, nós já somos parentes pelo casamento, graças ao bom senso do seu irmão, que não podia ter mulher melhor no mundo do que a minha sobrinha primogênita. Apesar de ser nascida em uma família comum, Passion tem nobreza e graça de espírito incomparáveis - exceto por suas irmãs, claro, que são igualmente agraciadas — Tia Matty deu uma olhada rápida para Patience e conseguiu sorrir e fazer uma carranca ao mesmo tempo antes de se voltar para Matthew—ainda que elas nem sempre mostrem isto. Matthew sorriu. —Muito bem, Tia Matty. Se você insiste em tal familiaridade, então devo insistir no mesmo. Por favor, chame-me de Matt. Tia Matty realmente rebateu as pestanas enquanto se abanava. —Matt querido. Podia dizer esta manhã no passeio da estação que você e eu nos daríamos muito bem. Não me importo com o que as pessoas dizem, eu gosto de você. Patience ficou tensa e deu uma olhada rápida para Matthew, mas se ele tomou a ofensa pelo elogio ambíguo da tia dela, não mostrou. —Obrigado, Tia Matty. Gosto de você, também. Tia Matty corou como uma menina. —Matt querido. Patience ergueu a sobrancelha para a tia enquanto um silêncio breve resultou. Tia Matty suspirou e então teve um ligeiro susto enquanto encontrava o olhar fixo de Patience. —Oh. — O olhar adorador dela enfraqueceu. —Bem, se me dão licença, vou buscar um pouco de refresco. — Ela ergueu as sobrancelhas. —Um pouco de ponche quente, talvez, parece que ficou um pouco frio aqui. — Logo depois que começou a sair, ela se voltou. —Não a deixe intimidá-lo, Matt querido. Ela tem um modo extremamente aborrecedor de fazer isso com os homens. Enquanto os olhos de Patience alargavam com a audácia da tia, Matt deu uma olhada rápida para ela e o canto de sua boca enrolava. —Não se preocupe, isso eu não permitirei. Patience encontrou o olhar dominante dele, e seu coração saltou enquanto a tia anuía com a cabeça aprovadoramente e finalmente se movia para longe. Um breve silêncio caiu entre eles enquanto o zumbido das conversações múltiplas flutuavam ao redor. Com as costas para a sala, Matthew a segurou com seu olhar firme. Patience soltou uma respiração e sorriu.

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—Você realmente devia tirá-la da noção errônea de que você está interessado em casamento. Ela o perseguirá sem perdão se você não o fizer. Matthew a considerou por um momento, movendo os olhos sobre suas feições. —Sabia que você me deixa duro apenas em olhá-la? Os mamilos de Patience apertaram com uma sensação afiada e ardente. Deslizando as mãos nos bolsos, ele se massageou discretamente. —Aqui está o que você vai fazer— ele disse, tranquilamente. —Depois da próxima apresentação, quero que você se despeça pela noite. A caça é amanhã, então ninguém achará estranho se você se recolher cedo. Vá diretamente para o seu quarto, remova toda a sua roupa, e me aguarde. Você me entendeu? —Sim— Patience respirou. —Sua boceta está molhada? Ela estremeceu. —Sim. Os olhos dele estavam muito escuros. —Bom. — Ele deu uma olhada rápida depressa por sobre o ombro. —Agora sorria. Farnsby e Asher estão vindo. Patience deu uma respiração funda e sorriu enquanto os dois lordes se apressavam. Farnsby estava movendo duas taças de champanha e um prato de queijo com uvas açucaradas. Asher vinha depressa atrás dele, tentando não derrubar champanhe das taças que carregava. Com a respiração vindo depressa, Farnsby estendeu uma das taças para Patience. —Aí está você, Senhorita Dare, um pouco de refresco depois de sua apresentação maravilhosa. Patience tomou seu oferecimento. —Ora, obrigada, meu lorde. Enquanto Asher dava uma taça para Matthew, Farnsby anuiu com a cabeça de modo vitorioso para o primo. —Eu a alcancei primeiro - carregando duas taças e um prato. — Ele agitou a cabeça. —E não deixei cair uma única uva. — As sobrancelhas de Asher ergueram como se dissesse, qual é o problema com você? —Você pode me pagar as minhas cinco libras mais tarde. Ignorando Farnsby, Asher ergueu sua taça. —Um brinde à adorável Senhorita Dare. Você toca magnificamente. Patience sorriu. —Obrigada, meu lorde, mas é o Sr. Hawkmore quem toca magnificamente. —Certo, e para o seu acompanhador também. Bom trabalho, Hawkmore. Matthew ergueu as sobrancelhas. —Meu obrigado, Asher. Uma vez que eles abaixaram as taças, Asher sorriu amplamente. —Sabia, Senhorita Dare, que eu toco violino? —Toca, meu lorde?

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—Realmente. Talvez nós pudéssemos fazer um dueto algum dia. —Bom Deus!— Farnsby exclamou antes de Patience poder responder. —Você é terrível, Asher, e sabe disto. — Ele empurrou o colete abaixo e se debruçou para mais perto de Patience e Matthew. —Ele serra o pobre instrumento como se fosse um lenhador que corta uma árvore. O homem não tem nenhuma fineza, nenhuma sutileza. — Ele sorriu amplamente e bateu nas costas de um Asher com olhar irritado. —Não, eu a aconselho a evitar qualquer oferta de tocar com ele como evitaria a peste. Patience podia apenas conter o sorriso e Matthew tossiu em sua taça. —Não consigo acreditar que uma advertência tão medonha seja necessária— ela respondeu. Asher escapou da mão de Farnsby em seu ombro. —Não sou tão ruim assim, Senhorita Dare. Inconsciente ao desconforto do primo, Farnsby riu despreocupadamente. —É verdade. Ele é pior!— O homem robusto deu um riso ofegante. —Ele é terrível!— Mais riso. —Positivamente, repugnante do tipo salve-se-quem-puder! Patience sufocou de volta uma risadinha e Matthew tossiu novamente, desta vez por sobre o ombro. Farnsby estava quase curvado com riso. Apenas quando ela pensou que não seria capaz de aguentar, Asher rachou um sorriso e então uma risada. —Bom, posso não ser muito bom, mas sou melhor no violino do que você é no tênis. — O sorriso dele alargou enquanto ele apontava para Farnsby, que ainda estava rindo. —Ah, é verdade! Horroroso - isto! Você é absolutamente horroroso. Patience riu, e enquanto notava Matthew rindo ao seu lado, o tórax apertou com a beleza incrível de seu rosto cheio com humor. Ela percebeu então que nunca o havia visto rir. —Oh, certo— Farnsby ofegou depois que todos se acalmaram. —É verdade. Eu sou um jogador de tênis horroroso. Mas ao menos o meu tênis não ofende os ouvidos. —Bem—Asher bem bebeu de seu champanha—talvez eu deva contratar um novo mestre de música. —Bom, isso me lembra— Farnsby inseriu. —Você logo irá para Londres, não é, Senhorita Dare? Para estudar com aquele senhor italiano, não? Em uma questão de momento, o rosto de Matthew ficou frio como pedra. Ele lentamente girou o olhar glacial para ela. —Como é?

Capítulo Dez - Decisões Enlevaste-me o coração, minha irmã, minha esposa; enlevaste-me o coração com um dos teus olhares … Cantares de Salomão 4:9 Matthew estava rígido. 24

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—Que senhor italiano? Patience olhou para ele. —Fui convidada para estudar com Fernando Cavalli. — Ela piscou. — Em aproximadamente duas semanas vou partir para Londres. Não! Matthew agarrou o cotovelo de Patience. —Lordes, se nos dão licença. Exijo um momento com a Senhorita Dare. Sem esperar que Farnsby ou Asher respondessem, Matthew levou Patience pelo corredor e guiou-a diretamente para a biblioteca. O coração estava batendo desconfortavelmente rápido enquanto ele a puxava para a sala grande. Soltando-a, ele fechou as portas e girou a fechadura. Inclinando contra a madeira polida, ele puxou uma respiração funda e assistiu-a caminhar em direção a uma das lareiras. As luminárias a óleo estavam baixas, mas as duas lareiras no local queimavam alto. As chamas iluminavam as lombadas douradas dos livros de forma que as paredes pareciam brilhar com manchas de ouro. Mas o brilho deles não era nada como o cabelo de Patience, que parecia lava derretida na luz escura. E quando ela girou para enfrentá-lo, o fogo a iluminou com um brilho tão radiante que fez o coração dele doer ao olhar para ela. Ele não a deixaria ir. —O que é isto sobre Londres e Cavalli?— Ele perguntou. Patience o considerou de seu lugar perto do fogo. —Durante seu caminho para a Mansão Belton para visitar os Brownlows, o Sr. Cavalli me ouviu tocar na igreja. Como ele foi tão cortês sobre a minha habilidade, meu pai o convidou para jantar conosco e, naquela noite, ele me convidou para estudar com ele em Londres. Meu pai considerou a ideia, obteve várias referências, e então finalmente me permitiu ir. — Ela apertou as mãos diante do corpo. —Devo ser a primeira mulher a estudar com ele, o que é uma grande honra já que ele é considerado um dos melhores mestres de violoncelo na Europa. —Eu sei perfeitamente bem quem ele é. Eu treinei com ele por quase oito anos. — Matthew se afastou da porta. —Ele é um devasso. Você sabia?— Ele perguntou enquanto fechava a distância entre eles. —Ele é casado— Patience respondida. —Sim, ele é um devasso casado. —Ele tem setenta e três anos de idade. —Ele é um devasso casado de setenta e três anos de idade. Uma sobrancelha cor de ouro-vermelho curvou enquanto ela o alfinetava com seu olhar verde. —Você está implicando que a única razão pela qual ele me convidou para estudar com ele é para que ele tenha a oportunidade de erguer as minhas saias? Ele olhou fixamente para ela e sentiu um rastro de gardênia. —Não estou implicando qualquer coisa, e isso não tem nada a ver com seu mérito para ser aluna dele. Estou dizendo que Fernando Cavalli pode ter envelhecido, mas o pênis dele ainda ergue para cada fêmea em sua casa. E então, claro, há mulheres nas casas para as quais ele é convidado. Patience anuiu com a cabeça, a expressão suave.

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—Muito bem, obrigada por me informar. —De nada— ele disse firmemente. —E quando, exatamente, você estava pensando em me informar dos seus planos? O queixo dela ergueu. —Bem, como você deve saber, nas poucas ocasiões em que estivemos juntos, tenho ficado um pouco distraída por outros pensamentos. Matthew olhou para os olhos maravilhosos dela. Então a distraia todo dia, todo momento. Galanteia-a para que ela se distraia. —Não quero que você vá. Patience olhou para ele e algo chamejou nos olhos, mas ela piscou depressa. —Por que não? Porque você me pertence. Porque você é a única coisa na minha vida que é maravilhosa e limpa de escândalo. Porque eu preciso de você - porque eu… Ele andou para mais perto para ela. —Porque você e eu iniciamos algo extraordinário - algo que não pode ser interrompido ou parado. — Os olhos dele escureceram? Ele tomou outro passo e sentiu as saias dela contra suas pernas. —Sei que você sente isto, também, Patience. Os lábios dela se separaram e a pulsação na garganta tremulou, fazendo as imitações de joias brilharem. —Sim. —O que há entre nós apenas acabou de começar. — Ele deslizou a parte de trás dos dedos através de sua bochecha suave. —Tenho muito mais para te mostrar e ensinar. — Ele deixou a mão cair. —Mas não posso se você estiver em Londres. Os olhos inteligentes dela nunca o deixaram. —Você podia vir para Londres. Estarei na casa da Tia Matty. Seu irmão costumava escalar as treliças para dormir com a minha irmã. Matthew agitou a cabeça. Patience franziu o cenho. —Por que não? —Porque o que eu a estou ensinando leva tempo. Exijo você mais frequentemente do que para apenas algumas horas à noite. — Ele ergueu a mão e descansou-a no peito dela. —Preciso de você próxima e acessível a toda hora. A respiração de Patience acelerou e a sobrancelha dobrou. —Por quanto tempo? Para sempre. —No momento— ele disse suavemente. Ele podia sentir a batida do coração dela. —E quanto a minha música?— A voz dela era baixa. —Aparentemente, eu não expressei adequadamente para você o quão importante ela é para mim.

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Ele enganchou os dedos dentro do topo do justilho dela. O mamilo estava firme e duro, e ela retraiu uma respiração enquanto ele o apertava suavemente entre os dedos. —Então a sua música vem antes de tudo, antes até da sua própria realização? O franzir de Patience aprofundou. —O prazer físico é apenas um aspecto de realização. Meu violoncelo cumpre outras partes de mim. — Ela foi para longe dele. —Nunca desistirei. Matthew assistiu enquanto a expressão dela ficava defensiva. Por que ela era tão defensiva? —Não estou te pedindo para desistir. Ela deu outro passo para trás. —Bem, certamente soa desse modo para mim. Em vez de dar um passo para perto dela novamente, Matthew debruçou o ombro contra o mantel. —Estou te pedindo para desistir de um professor, Patience, não de seu instrumento. —E você acha que professores como Cavalli aparecem todos os dias, Matthew? Sou uma mulher. As oportunidades que você toma como garantidas são milagres para mim. —E quanto a nós, Patience? Você pensa que casais como nós surgem todos os dias? Ela não respondeu, mas não desviou o olhar também. —Você sabe que não. O que nós temos é um milagre. — Ele deixou o olhar se mover sobre ela lentamente. A pulsação acelerou enquanto ele assistia os seios dela subirem e descerem com sua respiração, e o pau se moveu enquanto ele imaginava as coxas dela úmidas. Ele ergueu os olhos de volta para ela. —E estou intensamente ciente de sua feminilidade. O que começamos aumenta e ilumina a sua feminilidade. — Ele sentiu o sangue fluindo continuamente para o pau enquanto os lábios dela se separavam e um vislumbre de desejo suave iluminava seus olhos. —Logo, Patience, você entenderá que o que nós começamos é mais do que mero prazer físico. Não é a exploração desse prazer igual, ao menos, a perseguição de sua música? Ele quase podia a mente dela correndo de um pensamento a outro. As lindas sobrancelhas dobraram enquanto ela umedecia os lábios. —Talvez seja. Mas eu não sacrificarei o meu violoncelo. Matthew a estudou por um momento. —Então me deixe ensiná-la. — Os olhos dela alargaram, e mesmo sob o brilho rosa do fogo ele podia vê-la pálida. —Não. Ele franziu o cenho enquanto o olhar fechado retornava aos olhos dela. —Por que não? Eu treinei com Cavalli por anos. Não há nada que ele saiba que eu não possa ensiná-la. De fato, posso ensiná-la mais. —Eu disse, não. — Ela saiu de perto dele, apenas para voltar. —Eu disse a você desde o início - meu violoncelo vem primeiro. O franzir de Matthew aprofundou e uma faísca de raiva acendeu nele. Ele cruzou os braços sobre o tórax.

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—Por quê? Por que você põe a sua música antes de tudo - antes do casamento, antes de filhos, e até mesmo antes de você? Por que tudo deve ser sacrificado pela sua perseguição musical? Patience se moveu, e ele viu as mãos dela tremerem enquanto ela as apertava contra as saias. —Você toca, deveria entender. —Não. — Ele agitou a cabeça. —Realmente não entendo. Adoro o meu instrumento. Realmente, tocar foi a única coisa que o meu pa...— ele pausou em seu deslize—que George Hawkmore me admirou.— Ele encontrou o olhar sem jeito dela. —Mas agora mesmo eu jogaria o meu violoncelo no fogo em vez de desistir do que há entre nós. A declaração dele não o surpreendeu. Era a verdade. Ele faria qualquer coisa para mantê-la. Por que ela não sentia a mesma coisa? Maldição. —Por que, Patience? Por que o seu maldito instrumento decide a sua vida? Você aspira aos palcos?— A voz estava crescente mais dura, mas ele não podia evitar. —É fama o que você quer? Você irá viajar o mundo - você e o seu violoncelo - mudando de lugar para lugar em uma apresentação perpétua? —Não!— As mãos de Patience fecharam em punhos. —Por que as pessoas sempre devem assumir que a fama e a fortuna são as razões da minha dedicação? —Diga-me, então! Quais são as suas razões? Por que o seu violoncelo é tão importante?— Ele gritou. —Porque ele é todo meu!— Ela gritou de volta. —E contanto que eu o ame o suficiente, ele nunca, jamais me deixará! O quê? A raiva de Matthew derreteu, apenas para ser substituída por uma proteção feroz. Patience puxou a respiração e então apertou os olhos com força. Quando ela finalmente os abriu novamente, a expressão era de tranquilidade forçada. —Meu violoncelo é importante porque me desafia, e nunca me desaponta. — A voz dela era apertada, mas calma, e os olhos brilhavam. —E apesar do fato de ser apenas madeira e cordas, conforta e me satisfaz. Cruzando para ela, ele olhou fixamente em seu rosto primoroso. O lábio inferior estava tremendo, mas ela não permitiu que uma única lágrima caísse. O coração dele constringiu. Eu nunca a deixarei. Descansando as mãos na cintura esbelta, ele curvou e apertou os lábios suavemente nos dela. A boca era tenra e a respiração doce. Uma vez mais e mais duas vezes, ele a beijou antes de puxar de volta. Uma trilha molhada brilhava em sua bochecha, e ele a podia sentir tremendo. Isto era sobre mais do que algum mestre bastardo de música. Ele deslizou o polegar através da sobra de sua lágrima. —Pelo menos considere o meu pedido. Patience o segurou em seu olhar verde por um longo momento mudo. —Sim, Matthew. Ele anuiu com a cabeça e a trouxe para seu abraço.

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Mas enquanto ele apertava a cabeça dela em seu tórax, ele sabia que não perderia a chance. Ele faria o que quer que fosse necessário para mantê-la. O que fosse necessário… *** Tiamat-World*** Patience tirou o roupão e ficou de pé diante do fogo. As chamas brilhantes aqueciam seu corpo nu, ajudando-a a resistir à vontade de se cobrir. Várias vezes ela já havia colocado o roupão de volta; era estranho caminhar sem nada. Mas ela estava determinada. A demanda de Matthew tinha sido clara. Se despir e esperar por ele. Mas e quanto ao pedido dele? E quanto as palavras dela, palavras que brotaram tão furtivamente. Girando para enfrentar o fogo, ela olhou fixamente as chamas. Eram verdade? A dedicação dela ao instrumento era baseada em alguma necessidade desesperada, patética? O pensamento era repugnante. Diferente da realização de suas paixões físicas, que Matthew agora a estava tendendo, ela se sentia como se tivesse tudo que precisava na vida. Ela não era uma mulher fraca que ficava se lamentando por que queria ser amada. Ela era forte e seus dias estavam cheios. Compassando diante do fogo, ela enrolou os cachos longos ao redor do dedo. Sim, ela havia experimentado o coração partido, mas o havia recuperado graciosamente. Ela não sentia nenhuma cicatriz, nenhuma necessidade torturada. Realmente, havia pouco que ela precisava. Isso tinha sido uma de suas descobertas durante sua indagação do amor - que ela realmente não precisava de ninguém. Ela podia cuidar de si mesma. E já que o amor fugia dela, por que casar? Então, ela girou completamente para seu instrumento, que amava. Além disso - ela continuou a compassar - todo mundo deve ter alguma paixão, algo a perseguir. E por que procurar uma coisa que não vai em direção à perfeição? Claro, a perseguição da perfeição exige enfoque e disciplina, o que o amor romântico invariavelmente rouba de uma pessoa. Soltando o cacho trançado, ela anuiu com a cabeça. Sim, todas as decisões dela pareciam soar perfeitamente bem. Dando as costas para o fogo, ela fez uma careta e mordeu o lábio. Então por que ela sentia que algo estava errado? Por que ela sentia tal tristeza no momento em que as palavras surpreendentes escaparam dos lábios? Ela não tinha nenhuma razão para se lamentar. A careta dela aprofundou. Ela desejou poder voltar com as palavras. Com um suspiro frustrado, ela esfregou as mãos nas coxas e deu uma olhada rápida para o relógio. Quase onze. Onde estava Matthew? Os mamilos apertaram e o estômago tremulou enquanto ela despejava o conhaque da garrafa que ele havia deixado. O pedido dele que ela desistisse de sua oportunidade com Cavalli tanto a agradou quanto afligiu. Ela não podia negar que estava contente por ele não querer que ela se fosse. Mas ela não podia desistir do prospecto. Violoncelistas por toda parte da Europa competiam pela chance de estudar com Cavalli. Ela e Matthew podiam continuar sua relação mais tarde.

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Mas quando seria mais tarde? Os músculos dela ficaram tensos enquanto ela pensava sobre a alternativa que ele a havia oferecido - ele mesmo ensiná-la. Com arrepios, ela tomou um gole do conhaque. Ela não podia permitir isto. Estudar com Cavalli era uma coisa. Ela não sentia nada por ele exceto admiração por sua perícia como um mestre do violoncelo. Matthew, por outro lado, inspirava suas paixões e fazia com que ela sentisse… coisas… …Coisas que poderiam infectar o modo dela de tocar se ela o permitisse ficar tão perto. E ainda assim, ela não podia evitar em pensar no modo como ele tocava - fácil, fluidamente. Ela fez uma careta. Melhor do que ela. E se ele pudesse fazê-la melhor? E se ele pudesse arruiná-la? Ela estremeceu. Não. Ele podia tocar o corpo dela, mas não podia tocar sua música. Além disso, e se ele realmente não tivesse se recuperado da perda de Rosalind? O estômago dela apertou. Tomando outro gole do conhaque, ela começou a compassar novamente. Esse pensamento a estava assolando desde seu encontro com a repugnante Lady Humphreys. E se Matthew ainda desejasse Rosalind? Rosalind que era “uma mulher de beleza elegante e linhagem impecável”. — Rosalind, que “todo mundo sabia” Matthew tinha sido “completamente apaixonado”. Ele estava pensando em Rosalind quando estava com ela? Ele a estava comparando a Rosalind? O quão íntimo ele havia sido de Rosalind? Deus... Patience parou de compassar. Ela tinha que parar com esta tolice. Ela não tinha nenhuma reivindicação sobre Matthew, então nenhum direito para ciúme. E por que ela estava se permitindo que algumas palavras de uma mulher tão vil a infectasse? Matthew havia mostrado seu desejo - desejo por ela. Nunca questione se eu te estimo acima de todas as outras, Patience. Foi isso o que ele disse. E ela acreditava nele. Ela não permitiria que as palavras da vil Lady Humphreys superassem as de Matthew. Matthew não havia feito nada para merecer sua desconfiança. Ele não havia dito a ela sobre a briga com Lorde Danforth - e daí? Ele estava tentando sobreviver ao escândalo com nobreza e honra, e, claramente, muitas pessoas eram contra ele. Ele não precisava da falta de confiança dela também. — ‘Um profeta não fica sem honra senão na sua terra e na sua própria casa’ 34, ela citou as palavras tranquilamente como uma repreensão para si mesma. Tomando o último gole do conhaque, ela colocou a taça na lareira para aquecer. Enquanto ela se curvava, sentiu o peso dos peitos. Eles se esticaram e formigaram com o puxar gentil da gravidade. Ela se endireitou devagar. Ela nunca havia notado o peso agradável dos próprios seios antes. Mas agora a sensação fez com que ela pensasse em outras sensações mais deliciosas - como os bofetões afiados dos dedos de Matthew em seus mamilos, o aperto firme da mão de Matthew contra sua vulva, e o pau inchado de Matthew em sua boca. 34

São Mateus 13:57.

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Lentamente, ela caminhou para o longo espelho chevalii ao lado da janela. Ela conhecia seu corpo bem. Mas hoje à noite, ela o via com novos olhos. Hoje à noite, ela via um corpo cujo segredo tinha sido revelado a ela - um corpo que de repente se conhecia propriamente. Ela viu membros longos que ansiavam por restrição. Viu a pele pálida corada com os beliscões firmes e as palavras fortes. Os mamilos, espessos e erguidos, não mostravam nenhum sinal dos bofetões afiados que haviam suportado na noite anterior. Mas enquanto ela suavemente tocava a contusão escura no interior da coxa, ela quase desejou que eles mostrassem. Talvez então, ela ainda pudesse sentir um pouco de sobra daquela sensação esplêndida. Oh, sentir aquele peso quente novamente seria o céu. O clitóris, tenro com desejo, pulsou em acordo ávido. Ela apertou os dedos na carne pulsante, necessitada. Ela podia trazer a própria liberação agora. Mas ela não tinha nenhum desejo de fazer isso. Ela deixou a mão cair para longe. Ela queria Matthew. Com um suspiro, Patience voltou para a lareira. Apesar de o clitóris estar doendo, uma tranquilidade confortável a enchia. Era semelhante à sensação que ela teve na noite anterior, quando estava só, amarrada à cama. Mas hoje à noite era mais forte e profunda. Hoje à noite, ela tinha alguma compreensão, alguma experiência. Hoje à noite, ela sabia seu lugar adequado. Ela ficou de joelhos diante do fogo. Seu sexo estava inchado. Onde estava Matthew? *** Matthew se debruçou de volta em sua cadeira da escrivaninha e leu a carta que tinha acabado de escrever.

Maestro querido, Você frequentemente me perguntou se não havia um modo de poder me reembolsar pela ajuda financeira que lhe dei ao longo dos anos. Acho que, afinal, ele existe. Você recentemente concordou em tomar sob sua tutela minha cunhada, Senhorita Patience Dare. Porém, estou pouco disposto a me separar dela neste momento. Então devo te pedir que envie a ela uma carta detalhando a sua mudança de ideia quanto ao assunto de seu treinamento musical. Desejo que esta carta seja tão gentil quanto possível, então gostaria que você a informasse que, depois de conferir com a sua esposa, você percebeu que ensinar a uma jovem e linda mulher não seria no melhor interesse do seu casamento, e com isto, pesarosamente, você deve rescindir com a sua oferta de instruí-la. Obrigado, Maestro. Incluí um cheque com a quantia de quinhentas libras, que devem mais do que compensar a perda da Senhorita Dare como aluna, e deve encher bem a sua carteira. Espero que a Senhorita Dare receba a sua carta em seguida. Cumprimentos, 24

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M. M. Hawkmore Matthew olhou fixamente para a carta um momento mais. Estava errado. Ele não devia enviála. Mas não podia tolerar o pensamento de Patience o deixando. Fitz Roy estava certo quando chamou a missiva de Rosalind de um ato de desespero. Essa também era. Tirando a consciência do caminho, ele depressa dobrou a carta e o cheque em um envelope e o endereçou ao Maestro Fernando Cavalli. Amanhã, ele a daria para Mickey Wilkes entregar. Então o reformado ladrão, vigarista e patife poderia retornar ao Solar Benchley - mas apenas depois que ele entregasse uma mensagem para Rosalind. Colocando a carta para Cavalli em sua gaveta superior da escrivaninha, o olhar aterrissou na nota de sua antiga noiva. Na ponta, quase como uma seta, estava o canto de outra carta que veio em sua pilha de correio daquela manhã. Naquele canto estava a escrita um pouco grande e enrolada que ele imediatamente reconheceu. Um sentimento amargo se moveu por ele enquanto ele puxava a carta de sua mãe da pilha. Desde o escândalo, ele havia recebido apenas três cartas dela. Tinham vindo para bajular, para ser indiferente, para ser brava. E cada uma tinha sido associada a ela - suas razões, suas aflições, suas necessidades - ela, ela, ela. Ela apenas colocava duas linhas no fim de cada carta em referência a como ele poderia estar indo. Uma vez ela tinha colocado no pós-escrito. O que mais ela tinha a dizer para ele? E por que ele devia se importar? Ele a abominava. Ele virou a carta enquanto as memórias de juventude dela bajulando sua atenção relampejavam por sua mente. Ela parecia favorecê-lo tanto, mas a verdade era, apesar dos shows pródigos que ela mostrava, sua atenção tinha sido realmente rasa e incompatível. Ele se lembrava muito bem de como ela desapareceria por dias, semanas, ou até meses, sempre que adquiria um novo amante. E então ela reapareceria com presentes caros para ele que não frequentemente não tinham nenhuma relação com os interesses dele de infância. E com que frequência ela parecia mimá-lo em excesso diante dos outros, especialmente diante de Mark e de seu marido, e como o tratava com afeto apenas aprazível quando eles estavam a sós? Havia horas em que ele a odiava, mesmo então. Mas, apesar de ele periodicamente despejar sua ira nela, ele deixava tudo acontecer. Ele tinha deixado acontecer porque ela dizia a ele, repetidas vezes e sempre, que o amava. E ela era a mãe dele… …Então ele acreditava nela. Ele olhou fixamente para as chamas na lareira então, ficando de pé, cruzou para a lareira e jogou a carta no fogo. Ele a assistiu virar cinzas. Essa parte de sua vida estava terminada. Enquanto o último pedaço da carta de sua mãe queimava, ele retornou a sua escrivaninha. Seu livro-razão ainda estava aberto. Ele olhou fixamente para os cálculos. Em três meses, o montante tinha sido reduzido a quase dois terços. Apesar de seus investimentos externos continuarem a ganhar, os pagamentos enormes que ele fazia para manter a GEFO ativa tinham de longe ultrapassado sua renda mensal. Mas ele não havia construído a Grande Estrada de Ferro do Oeste sendo conservador. Por mais perigoso que pudesse ser, agora não era a hora para fechar os bolsos. A percepção era até mais importante do que a realidade. Para ganhar sua guerra com 24

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Benchley, ele precisava inspirar confiança. Ele precisava dar a impressão de que seus bolsos não tinham fim. Ele precisava gastar. E ele precisava se mover adiante com sua vida. Enquanto ele fechava seu livro-razão e o colocava na gaveta, a carta para Cavalli olhava fixamente para ele. Ele deu uma respiração funda. Ele não iria aguardar, como sempre, e deixar a vida apenas acontecer. Ele a colaria e a enviaria pelo caminho que havia escolhido. E Patience não era nenhuma exceção. Ele não poderia permiti-la ir para longe dele. Ela era sua esperança e seu desejo. O olhar dele se moveu para a nota de Rosalind. Tão diferente dela. Ele ergueu o papel e a abriu com um sacudir.

Matt, querido, eu sei que você deve me odiar… Sim.

…então talvez vá te agradar saber que eu estou sofrendo. Sim.

Mas, quero que você saiba que eu penso em você todos os dias enquanto meu Pai desfila pretendente atrás de pretendente diante de mim, nenhum tão bonito ou tão “corajoso” quanto você. Mas da mesma maneira cegos.

Querido, se você lamenta nossa separação tanto quanto eu Agradeço a Deus todos os dias por nossa separação.

…então me envie algumas palavras. Só em um dia frio no inferno.

...mas só porque nós não podemos casar, não significa que não possamos ficar juntos.

Sua, R. Ele olhou fixamente para aquela última frase. Se a verdade de sua ascendência nunca tivesse sido revelada, ele teria se casado com ela. Então, um dia, ela poderia muito bem enviar uma nota, com a mesma frase, para algum outro homem. Talvez até para um dos criados de sua própria casa. Nesse dia, ele se tornaria um chifrudo, exatamente como o homem que ele sempre havia chamado de “pai”. — Talvez, como o último conde, ele até teria criado uma criança que não fosse sua. E assim, sua vida teria sido um círculo completo. Deus, por que ele não havia visto antes como Rosalind era parecida com sua mãe? O intestino dele cerrou. O pensamento era vil. Empurrando a nota de volta em sua gaveta da escrivaninha, ele a fechou com força e começou a compassar. Ele não queria nada a ver com sua antiga noiva. Ainda assim, sua sobrevivência financeira e social dependia de botar os Benchley abaixo. Ele devia usar toda vantagem à disposição - até Rosalind. Ele a contataria. Então veria como poderia usá-la. Ele parou de compassar e esfregou a sobrancelha dolorida. Ele desejou que tudo estivesse terminado. Desejou poder saltar adiante no tempo, e achar Benchley derrotado e ele restabelecido à sua antiga estatura. Mas ele não podia. Ele tinha que fazer tudo. Ele tinha que ter Patience.

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Patience. Ela nunca o trairia. Matthew sentiu os ombros relaxarem lentamente. Patience tinha a decência e bondade da família Dare. Encobriam-na como um capote e eram claros a todos que olhassem. Ele pensou no queixo perfeito dela erguendo orgulhosamente quando o convite alto de Tia Matty para ele tocar ergueu sobrancelhas e causou murmúrios. Ele se lembrou de sua réplica ígnea para Fenton e seu comportamento orgulhoso quando ela caminhou com ele pelo salão de baile no masque. Ela era leal e verdadeira. Honrada e forte. Ele olhou fixamente através do quarto para as chamas do fogo. Ela iria ser sua esposa. O coração trovejou e então bateu rápido. Ele tinha acabado de se decidir, ou ele sabia desde o princípio? Ele suspeitava que fosse a opção posterior. Eles eram feitos um para o outro. Deus a havia feito para se ajustar a sua mão, e Deus o havia feito para tomá-la nas mãos. E já que ele não tinha nenhuma intenção de compartilhá-la, ou deixá-la ir, então o casamento era apenas lógico. Além disso, naquela manhã ele se lembrou do quanto ele queria uma família. Ele queria crianças de um pai que nunca precisaria questionar de sua paternidade, com uma mulher que nunca o daria esse motivo. Patience era essa mulher - quer ela soubesse, quer não.

Capítulo Onze - Segunda Submissão Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada. Cantares de Salomão 4:12 Matthew ficou de pé quieto perto da lareira enquanto assistia Patience vir até ele. A luz da lâmpada em seu quarto e a luz escura do fogo douravam sua nudez linda com um brilho dourado. Os músculos longos das coxas erguiam à medida que ela caminhava. Os cachos entre as pernas refletiam, e a barriga lisa e o umbigo delicado atraíam seu olho para a curva de sua cintura, e então para seus seios surpreendentes, perfeitamente coroados com mamilos espessos que fizeram a boca encher d’água e as mãos estremecerem. O pau encheu e ergueu enquanto ela dava os últimos passos e parava diante dele. Ele olhou fixamente a beleza atordoante de seu rosto e deslizou os dedos contra sua bochecha suave. —Obrigado por me defender de Lady Humphreys. Um franzir marcou a sobrancelha dela. —Quem disse a você? —Fitz Roy - justo quando eu estava a caminho daqui. — Ele cerrou a mandíbula contra sua raiva e embaraço, e manteve os olhos em Patience. —Por um lado, odeio que as minhas

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circunstâncias exijam que eu me defenda. Mas por outro—ele deslizou a mão no cabelo dela—o pensamento de você tomar meu lado tão abertamente me faz sentir forte e invencível. Ela descansou a mão no peito dele. —É mesmo? —Sim. —Bom, porque eu faria novamente. — Ela deitou a outra mão contra o músculo tenso da mandíbula dele. —E eu não estava defendendo-o contra as suas circunstâncias, Matthew, pois não há nada para se defender. Estava defendendo-o contra a malícia daquela mulher ruim, pelo que você não tem nenhuma responsabilidade. Matthew olhou fixamente no olhar claro e sério dela e seu coração doeu com sua bondade, honra e nobreza. Como ele a mereceria - ele que era evitado e estava na beira da ruína - ele que havia escrito cartas desesperadas para seu mestre de música? Ele que era impuro. —Você me oferece conforto— ele murmurou —quando eu que deveria estar confortando-a. A cabeça de Patience balançou. —Por que, Matthew? Ele apertou as mãos no cabelo dela. —Minha briga com Danforth não teve nada a ver com Rosalind. — Ele fez uma careta para as pestanas abaixadas dela, escondendo os olhos. Droga, ele devia ter percebido como seu duelo com Danforth pareceria para as pessoas - as damas especialmente. Ele agarrou os cachos espessos. As pálpebras dela ergueram. —Patience, eu não me importo com que Rosalind se case - com Danforth ou com a porra do Rei de Sião - eu não me importo. Você é a única mulher que importa para mim. A única. — Ele vasculhou os olhos dela. —Você acredita em mim? O olhar verde dela não vacilou. —Sim, Matthew. Eu acredito em você. Ele soltou a respiração e deu um beijo em sua boca suave. —Há mais uma coisa— ele disse contra os lábios dela. —Sinto muito por não ter me juntado a você para o jantar. Fitz Roy me disse que Montrose tomou a cadeira que eu deixei vazia ao seu lado. — Montrose, que era popular, rico e legítimo. Montrose, que nunca precisaria ser defendido. —Sim—Patience deslizou as mãos pelos ombros dele—e a companhia dela foi uma fraca substituta da sua. — Ela pausou. —Senti a sua falta, Matthew - da sua presença. As palavras doces dela e a pressão de seu corpo anularam a amargura que se erguia nele. —Sinto muito— ele disse novamente. —Preferia ter estado com você, do que onde estava. —Você não devolveu para ele, não é? Matthew ficou tenso e recuou. —O quê? —A mina. Lorde Montrose disse que estava certo de que você a daria para Lorde Benchley. Mas os lordes Rivers e Fitz Roy me disseram que você ganhou em um jogo justo, então por isso você não deveria. Matthew examinou o rosto bonito e inteligente dela. Ela teria conhecimento da mesma fofoca que todo mundo mais. Ele precisava estar certo de que ela fosse toda favorável.

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Patience de repente pareceu incerta. —Você não devolveu, não é? Você não devia, Matthew. Deus, ela fazia com que ele se sentisse bom - e protetor. Ele desceu o dedo junto à mandíbula dela. —Não, eu não devolvi. — E não a devolverei, também. Um pequeno sorriso abriu nos lábios. —Bom. Justo é justo. As entranhas de Matthew apertaram enquanto ele descia para cobrir os lábios dela com os dele. Enquanto ele a beijava, ele pensou sobre a declaração aflita que ele havia forçado dela na biblioteca. Qualquer coisa que havia acontecido para machucá-la, ele descobriria. Ele derrubaria cada barreira que ela havia construído, até que seu coração estivesse nu para a sua visão como seu corpo estava agora. Quebrando o beijo, ele olhou fixamente para ela, os olhos verdes reluzindo - tão cheios de expectativa urgente. Ele a manteria e protegeria, seria um escudo das feridas do mundo. Ele cuidaria dela e daria a mão forte que ela almejava. Então ela verdadeiramente seria sua. Ele acariciou o dedo polegar através de seu lábio inferior cheio. E em retorno… Ele abaixou a cabeça, e ela fechou os olhos. … Ela podia apenas me dar… … Algo. Ele parou a apenas centímetros de sua boca. Algo importante. A exalação suave dela pareceu morna e trêmula contra seus lábios. Levou toda sua força para não a beijar. Então, ele falou baixo, a boca apenas próxima a dela. —Mais cedo, eu a ajudei a se vestir para o jantar. Agora você me ajudará a me despir. — Ele deslizou os lábios contra o canto de sua boca, e então junto de sua bochecha. Fechando os olhos, ele respirou o cheiro dela - gardênia suavizada pelo odor tenro de sua pele. Ele acariciou os lábios contra a orelha dela e sentiu seu calafrio. —E ao longo de seu cuidado comigo, você me tocará e demonstrará, dócil e submissamente, a extensão de seu desejo por minhas atenções. — Matthew recuou devagar e olhou fixamente para o rosto de Patience virado para cima. Os lábios estavam separados e as bochechas vermelhas. O pau dele pulsou enquanto os lindos olhos chamejavam abertos. —Certo? Uma piscadela lenta e um pequeno tremor precederam a resposta. —Sim, Matthew. Com um gemido, ele correu os braços ao redor dela e, erguendo-a para ele, ele empurrou a língua possessivamente em sua boca. O som de seu gemido suave reverberou em suas orelhas enquanto ele a saboreava e empurrava o pau contra sua pélvis. Com um braço apertado ao redor de sua cintura esbelta, ele acariciou a curva de seu quadril, apertando sua nádega enquanto ele a apertava mais duro contra si.

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Deus, ela era suave e firme, e ele queria fodê-la tanto. Ele queria beijá-la, abraçá-la empurrar em sua boceta apertada. Ele queria quebrar a barreira até seu útero, banhar o pau em seu sangue de virgem, e então colocar sua semente profundamente dentro dela. Gemendo, ele apertou as nádegas firmemente enquanto empurrava duro contra ela. Ela tremeu e os dedos correram por seu cabelo. Mas ele precisava ser paciente - paciente e, ainda assim, exigente. *** Patience ondulou no abraço exigente de Matthew. Os beijos dele roubavam sua respiração e a imprensa dura de seu pênis espesso fazia sua boceta gotejar com desejo. A mão apertou em seu traseiro, os dedos em sua carne. Doía e era bom ao mesmo tempo. O aperto aliviou e então apertou novamente. Gemendo em sua boca, ela enrolou os dedos em seu cabelo espesso. Ainda assim, de repente, ela sentiu os braços dele relaxando e a pressão do beijo aliviando. Ela ofegou e tentou segurá-lo enquanto ele puxava a boca da dela. Mas ele era mais forte do que ela. Prendendo as mãos em seus braços superiores, ele a sustentou enquanto ele a segurava longe dele. Patience estremeceu enquanto olhava em seus olhos escuros. Eles estavam cheios de fogo, ainda assim seu comportamento parecia completamente controlado. —Isso foi adorável— ele disse suavemente. A sobrancelha erguida. —Mas você ainda não ganhou o seu prazer. Patience olhou fixamente para ele. As palavras a irritaram e excitaram. Ele tinha que saber que ela estava ansiando por liberação. Ela tinha sido obediente. Por que ele deveria fazê-la esperar? A pulsação correu e o clitóris pulsou. E por que o corpo dela deveria se excitar com a negação que a atormentava? O olhar dela desceu para as lapelas dele. Por alguma razão inexplicável, ela achou o comando dele de sua ajuda para se despir ainda mais difícil do que concordar com seu comando de sua submissão sexual. Ela estava perfeitamente disposta a tomar o pênis dele em sua boca, mas não queria tirar sua jaqueta. Ela franziu o cenho. Não fazia nenhum sentido. Especialmente quando tal obediência relativamente fácil provavelmente daria a ela o orgasmo que ela ansiava. —Diga-me o que você está pensando, Patience. A voz baixa de Matthew fez com que ela tivesse um calafrio. Ela encontrou os olhos escuros dele. —Não sei por que, mas acho sua demanda por ajuda difícil. —Você achará o seu castigo muito mais difícil— ele disse calmamente. As palavras, resolutas e sem remorso, enviaram uma faísca chamejando ao longo dos nervos de Patience que foi apressada para a carne inchada entre suas pernas. Ele a inflamava e queimava sua resistência, substituindo-a com rendição. Como ele fazia isto? Como ele inspirava tal rendição apenas com suas palavras e seu tom?

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Andando ao redor dele, a umidade manchava suas coxas. Ela alcançou os ombros dele e cuidadosamente o ajudou com sua jaqueta. Ela escovou o tecido bom com a mão enquanto o deitava na cadeira. —Não. — Matthew anuiu com a cabeça através do quarto. —Leve para seu quarto de vestir. Patience se eriçou, mas forçou a sensação abaixo. Pelo amor de Deus, por que isso era tão difícil? Cruzando para o quarto de vestir, ela podia sentir os olhos dele em suas costas, aumentando sua nudez. Ela se sentia com vontade de se apressar, ainda assim era forçada a caminhar devagar, cada passo que dava estimulava seu sexo dolorido. Cuidadosamente, ela deitou a jaqueta sobre um tamborete. Os olhos nunca a deixaram enquanto ela retornava para ele. A sensação dolorida entre as pernas piorou. O caminhar dela parecia antinatural? Ela parecia sem graça? Corando ferozmente sob sua consideração fixa, Patience finalmente parou diante dele. Olhando fixamente para sua gravata, ela fez uma careta enquanto suas emoções mudavam para uma direção diferente. Ela odiava a ideia de poder parecer desajeitada. Ela odiava o fato de sentir embaraço por sua própria nudez. E odiava o fato de ela estar achando difícil fazer tarefas simples. Ela deveria se esforçar para a perfeição. —Patience. Ela viu a advertência no tom de voz. A sobrancelha estava marcada com um franzir. —Estou esperando. Patience ousou dar um suspiro frustrado. Ela nunca havia se importado de ajudar quando era necessário. Mas esse não era caso de necessidade. —Por que você deve exigir algo de mim que pode tão facilmente fazer por si mesmo? A expressão nos olhos dele mudou, e sua careta aliviou um pouco. —Porque me agrada. —Sim, mas por quê?— Ela agitou a cabeça. —Eu nunca peço ajuda - a menos que não possa evitar. —Sério?— Ele olhou fixamente para ela atentamente por um longo momento. —Por quê? A careta dela aprofundou. —Por quê?— Pareceu uma pergunta sem sentido. —Por que não? A careta de Matthew teve um espasmo, e Patience se moveu desconfortavelmente enquanto ele olhava fixamente para ela. —Diga-me, Patience— ele disse baixo. —Você apreciou o seu café da manhã? Ela corou com o desconforto aumentando, e com embaraço, também. Ela havia se esquecido de agradecê-lo. —Tudo estava bastante delicioso. — Ela anuiu com a cabeça. —Obrigada. Matthew agitou a cabeça. —Eu não perguntei se estava delicioso. Perguntei se você apreciou o gesto. Agradou a você? O desconforto de Patience aumentou. —Bem, se estava delicioso, devo ter apreciado, certo?— Ela ergueu o ombro para aliviar a tensão lá e deu uma olhada rápida para o chão um momento antes de retornar o olhar para o dele.

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—É que eu normalmente pratico de manhã e… As sobrancelhas dele ergueram. —Oh, você não toma café da manhã? Patience fez uma careta. —Bem, claro que eu tomo café da manhã. — Ela podia ouvir a frustração na própria voz. O olhar de Matthew a inquiria casualmente, ela puxou uma respiração funda, e quando olhou de volta para ele, conseguiu dar um sorriso pequeno. —É só que você não precisava ter se dado ao trabalho. —Trabalho? Que trabalho é esse, Patience?— Os olhos dele desceram para sua boca. —Você não vê? Não é nenhum trabalho para mim. — Ele ergueu o olhar de volta para o dela. —E ainda que fosse, eu iria aos confins da Terra para ter trabalho por você. Patience retraiu uma respiração, e deve ter feito isso muito depressa ou muito profundamente porque sentiu uma dor afiada no peito. Os olhos arderam. Desviando o olhar, ela exalou e piscou de volta as lágrimas. Puxando respirações rasas, ela tentou aliviar a dor em seu peito, mas ela não aliviava. Ela ergueu o olhar de volta para Matthew. Ajudava olhar para ele? Ou só piorava? —Sou um problema para você, Patience?— Os olhos dele eram suaves como o amanhecer. Lágrimas afluíram novamente. —Não. — Ela abaixou os olhos e passou a mão na jaqueta dele. —Claro que não. — Erguendo as mãos para sua gravata, ela soltou o laço. Enquanto ela lentamente desatava o longo pedaço de seda, sentiu uma lágrima deslizar pela bochecha. Ela a ignorou, pois não tinha nenhuma ideia de por que estava chorando. Matthew a assistia tão ardentemente quanto sempre. Ela podia sentir seu olhar. Ele parecia apreciar suas exibições de emoção, ainda que ela não gostasse. Ela deu uma olhada rápida nele. —Deus, mas você é linda— ele sussurrou. E abaixou a cabeça e se aninhou em seu cabelo. Soltando sua gravata, Patience deixou os olhos úmidos fecharem enquanto ele apertava os lábios na sobrancelha dela. —Ser cuidado por você é ótimo— ele disse entre beijos. —Gosto de te ver nua diante de mim. Gosto de ver as suas mãos me tocando. — Ele foi para trás para olhar para ela e ela viu aquele desejo infundido com suavidade que havia visto apenas alguns momentos antes. —Dê-me a gravata. Ele a amarraria novamente? Senhor, seria tão mais fácil - tão mais fácil do que ter que fazer todas estas coisas - estas coisas difíceis, íntimas. Ela a soltou em sua palma. —Levante seu cabelo. O cabelo? Ela fez como ele pediu. Mas ele ergueu o braço e pôs a gravata ao redor do pescoço dela. Ela ficou completamente quieta enquanto ele amarrava e dava um nó no tecido suave ao redor de seu pescoço - justo, mas não muito apertado. Ele ergueu a sobrancelha. —Melhor?

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Ela olhou abaixo para o gravata que caía entre seus seios. Um fio longo deslizava até a coxa. Como suas amarras na noite prévia, a visão e o conforto ao redor do pescoço, era como um calmante mágico sobre ela. Ela olhou para ele com um pequeno franzir. —Sim. Não sei o porquê; mas, sim, é melhor. Os lábios dele enrolaram ligeiramente. —Há muitos níveis de submissão, Patience. — A voz era gentil mas ainda assim, firme. —O primeiro é passivo. Isto é o que você experimentou ontem à noite. Amarrada, você se submete enquanto eu dou e tiro de você. É relativamente fácil porque você não deve fazer nada além de reagir e responder. Sim. Foi tão mais fácil. Ele umedeceu os lábios. —O próximo nível, porém, é ativo. Neste caso, eu não a amarro, e exijo que você faça as coisas que me dão prazer - coisas que podem ou não envolver sexo. Como você descobriu, pode ser mais difícil. Mas—ele acariciou o polegar através do lábio inferior dela—apenas a princípio - até que você reconheça que o seu orgulho extraviado é um impedimento para sua felicidade e realização. Quando você aprender a ter orgulho em sua submissão e obediência, tudo ficará bem. No momento—ele tocou a seda no pescoço dela—pense neste colarinho como trampolim. Você não está amarrada, mas serve para lembrá-la do seu lugar, e o fato de que eu posso amarrá-la a qualquer hora que eu escolher. Patience escutava atentamente. Ela achou tudo o que ele havia dito fascinante e estimulante. —Você disse que ‘os níveis são muitos’. Algo chamejou nos olhos dele. Luxúria? Excitação? —Os próximos níveis contem submissão aos seus castigos. — O olhar dele sondava. —Você fará porque descobrirá que o castigo serve para você. O castigo a manterá suave, segura e obediente. Mas o castigo também a fortalece - da mesma maneira que aquecer fortalece o aço. — Ele acariciou o cabelo dela. —Você aprenderá a amar seus castigos tão afetuosamente quanto ama seus prazeres. Patience se lembrou, da noite anterior, ele parou de acariciá-la quando ela deu a ele respostas insatisfatórias. O clitóris pulsava. —Eu não já experimentei castigos? —Os castigos vêm pequenos e grandes. O que você experimentou foi um mero bofetão da mão, minha querida. — Ele ajustou a ereção em sua calça comprida. —Quando você sofrer um castigo adequado, saberá. O coração de Patience bateu forte no peito e a vulva cobriu com umidade. O que eram estes castigos? —Chega de conversa. — Matthew ofereceu a mão e os olhos escureceram. —Ponha sua guia na minha mão. E saiba, enquanto faz isso, que está se sujeitando aos meus desejos e caprichos. Patience ergueu o pedaço de tecido, e então olhou para a mão aberta de Matthew. Um calafrio desceu por suas costas. Então ela deitou a seda através de sua palma.

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—Bom. — Ele a puxou para ele e apertou um beijo suave nos lábios. —Agora, meu conhaque, por favor. Patience quase se esqueceu de que o havia deixado na lareira. Enquanto ela começava a curvar os joelhos, Matthew puxou a seda. Ela deu uma olhada rápida para ele. A expressão tinha uma intensidade dura. —Curve na cintura. E não gire de onde está de pé agora. Patience sentiu o rosto corando. Ela olhou o copo abaixo e desejou não tê-lo colocado lá. Antes que ela pudesse considerar mais, se curvou depressa. O tecido ficou livre e, tão rápido quanto ela alcançou o copo, Matthew estava atrás dela, as mãos acariciando e apertando seu traseiro. Enquanto ela começava a se endireitar, ele apertou suas costas. Então, com o pé, ele deslizou a banqueta delicada diante dela. —Fique. Patience mordeu o lábio e relutantemente colocou as palmas sobre o pequeno tamborete baixo. Os dedos longos de Matthew amassavam sua carne, apertando-a duro e agarrando. Era tão bom, mas a posição fazia o rosto dela queimar com embaraço. Ainda assim, ele esfregou e alisou seu traseiro, seguindo as curvas externas e internas. Puxando a respiração, ela tentou se endireitar novamente. Novamente, a mão de Matthew se moveu nas costas dela. —Eu disse, fique. — A voz soou apertada. Então ele apertou o traseiro dela novamente, arrancando um gemido dela com a força de seu aperto. —Isso é bom, Patience? —Sim— ela ofegou. —Mas você se sente envergonhada. — Ele a soltou, apenas para agarrá-la novamente. — Vulnerável. —Sim! —Você não tem nenhuma necessidade de sentir embaraço, porque acho lindo cada parte sua. E não há nenhuma indignidade em me agradar, sempre. — O aperto dele aliviou, e, fechando os olhos, Patience tentou relaxar. —Sua vulnerabilidade, porém, é algo que você deve aprender a abraçar. — As mãos correram sobre as curvas dos quadris e o traseiro. —A vulnerabilidade a fará suave e a fortalecerá. Sem mencionar que—ele se curvou sobre ela e beijou a curva de suas costas— é incrivelmente bonito de se ver. — As mãos deslizaram sobre as omoplatas dela enquanto ele apertava outro beijo junto de suas vértebras. —E aqueles que podem ser vulneráveis, apesar de seus medos, são, oh, tão raros. — Ele a puxou de volta, as mãos correndo firmemente junto da lateral de seu corpo. —Agora, não se mova. Os olhos de Patience abriram de repente e alargaram enquanto Matthew se abaixava atrás dela. Apesar de suas palavras, ela sentia como se seu rosto estivesse queimando. —Oh, Patience— ele disse densamente. —Minha doce, Patience. — As mãos dele agarraram seu traseiro novamente, empurrando-a até melhor expor sua vulva. —Você está tão inchada e molhada. Gemendo, Patience ergueu a cabeça por um momento. O sexo inteiro parecia que estava inflando como um balão.

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—Deus, nunca vi uma boceta tão graciosamente necessitada. Faz o meu pênis doer apenas ao olhar. As mãos a deixaram, e olhando de volta para baixo, ela via a ponta dos joelhos dele no chão e ele soltar os botões inferiores de sua calça. Então ele retirou seu pau e o escroto magnífico. O tronco espesso era duro, enquanto a cabeça era escura e vermelha, e molhava continuamente. As bolas pareciam apertadas e cheias. Patience ergueu a cabeça e engoliu a saliva que encheu sua boca. Ela clamou enquanto Matthew apertou sua parte inferior com uma mão e se empurrou vigorosamente com a outra. Mas da mesma maneira que depressa, ele se soltou e agarrou a outra nádega dela firmemente. Então Patience se assustou quando sentiu o golpe largo de sua língua próxima ao interior de suas coxas. Ofegante, ela tremeu enquanto ele lambia a umidade de suas pernas, então mordiscava e chupava a pele. O calor de sua boca fez o embaraço fugir em face ao desejo. Suavizando os cotovelos, ela se curvou. Mantendo as pernas retas, ela empurrou os quadris. O cabelo dela deslizou no chão, os músculos atrás das coxas estiraram, e os seios ficaram pesados. Enquanto ele fluía contra sua outra coxa, os quadris dele ergueram em direção a ela e seu pênis parecia seduzir maciçamente. Ela não podia resistir. Puxando a respiração, ela alcançou entre as pernas e enrolou a mão ao redor dele. Matthew gemeu e então, como que em recompensa, deitou a língua entre as dobras largas e molhadas de sua boceta dolorida e inchada. Patience gemeu e estremeceu, então empurrou contra ele enquanto ela apertava e acariciava seu pau parecido com um cassetete. Era tão pesado em sua mão, e ela adorava as cordas de veias que alimentavam sua magnificência. Deus, como seria ser penetrada por tal órgão? A boceta cerrou e encheu d’água. O coração estava batendo forte e ela se sentia quase frenética pela liberação. As mãos de Matthew aliviaram brevemente em suas nádegas, apenas para se mover e agarrá-la duro novamente enquanto ele empurrava a língua entre os lábios inferiores dela, correndo sobre a umidade que ela não podia parar. E o tempo todo, o clitóris, escondido e intato, pulsava sempre mais dolorosamente. Arquejando, e quase chorando, Patience empurrou contra ele, tentando revelar mais de si mesma. A língua dele empurrou profundamente e ela podia sentir firmemente seu queixo, mas não era o suficiente. Os quadris resistiram, e as lágrimas começaram a cair novamente. De repente ela se sentiu cheia de desejo - desejo desesperado, antigo, novo, que ela nunca soube que tinha. E o clitóris escondido, inacessível representava tudo isso. Ela lutou e se contorceu, e tentou empurrar contra ele, mas ele correu a língua sobre a curva de sua nádega. Gemendo com angústia, ela o estava acariciando freneticamente quando ele de repente mordeu firmemente a carne de seu traseiro. Patience puxou a respiração e deixou o ar sair com um gemido enquanto o tiro afiado de dor ia diretamente para o coração dolorido de seu sexo, fazendo-o pulsar violentamente fazendo-o responder apesar de ele não poder ser tocado. Ofegando, ela pensou que a sensação a levaria à liberação, mas, em vez disso, deixou-a pendurada suspensa no limite enquanto Matthew abria a boca e chupava duro a carne de sua nádega.

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Patience estremeceu, e lágrimas de desespero continuavam a cair enquanto Matthew de repente foi para longe. Ficando depressa de pé, ele agarrou o traseiro dela um tempo mais e então chutou a banqueta para mais perto do fogo. —Fique sobre ele— ele ordenou bruscamente. Ela quase esqueceu do conhaque, mas o ergueu à medida que se endireitava. As pernas tremiam com a tensão de ter sido estirada e seu traseiro formigava com uma chaga deliciosa. Ela podia sentir, quase como se ele estivesse inchado e grande. Ela olhou para Matthew por suas pestanas molhadas enquanto entregava o conhaque. Os olhos eram fogo escuro. Enquanto ela subia cuidadosamente na banqueta, ele depressa colocou o conhaque no mantel. Assim que ela subiu, as mãos dele estavam debaixo dos braços dela. —Salte— ele comandou. Saltar? Ela mal podia ficar de pé. Toda a energia estava prisioneira entre as pernas. Ela agitou a cabeça. —Eu não posso. —Faça— ele rosnou. Patience sentiu mais lágrimas caírem. Ela não podia pará-las, mesmo enquanto seu coração batia com antecipação. Reunindo forças, ela saltou, e no mesmo momento, Matthew a ergueu. O traseiro dela aterrissou sobre o mármore largo do mantel suavemente. Matthew a sustentou por um momento e então a soltou. As pernas dela oscilaram, mas o fogo queimava tão baixo que ela não sentiu nenhum calor excessivo, e o mantel era largo o suficiente para ela não ter nenhum perigo de cair. Secando as lágrimas, ela tremeu enquanto olhava fixamente para ele abaixo. Ele compassou um pouco, acariciando o pau com golpes pequenos, rápidos. —Espalhe suas pernas e coloque os pés nas extremidades do mantel— ele ordenou. Patience queria se revelar, mas ela de repente não sabia se podia. Mas ela deveria, certo? Tremendo incontrolavelmente, ela obedeceu. As narinas de Matthew chamejavam enquanto ele olhava fixamente para ela. —Traga seu traseiro para mais perto da extremidade e encoste as costas contra a parede. Deus! Patience se posicionou cuidadosamente. Novamente, um rubor aqueceu seu rosto. As pernas estavam abertas, os quadris erguidos, e a boceta completamente exposta - ela estava sentada no mantel, como uma obra de arte posicionada para a visão dele. Matthew umedeceu os lábios enquanto olhava fixamente para seu sexo. —Cristo, isto é bonito demais— ele disse densamente, mais para si mesmo do que para ela. Finalmente, ele ergueu o olhar escuro e intenso para o dela e Patience sentiu o rubor aumentar. — Você aprenderá a ficar completamente confortável com sua nudez, Patience. — Ele puxou firmemente suas bolas e se acariciava continuamente enquanto falava com ela. —Muitas mulheres só conseguem aguentar sua própria nudez durante a agonia de sua paixão. Você, porém, aprenderá de novo como é ser Eva. Eva, que foi criada para o prazer e servir ao seu marido em todas as coisas. Eva, que foi criada para ser agradada e protegida por seu marido em todos os modos. Seu marido?

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—Sua nudez é a perfeição— Matthew continuou. —A roupa é apenas para cobrir o que é meu do mundo. Mas quando estivermos juntos, você aprenderá a ter orgulho de sua nudez. — Soltando seu falo incrível, ele curvou um franzir firme nela. —E diferentemente de mais cedo, você rapidamente ficará feliz com a realização da minha vontade, sabendo que fará exatamente da mesma maneira que Deus pretendeu você - com o corpo nu e o coração obediente. Sim!—Da mesma maneira que Deus fez Eva. Patience gemeu e balançou os quadris atrevidamente enquanto Matthew se movia. A dor entre as pernas era tão aguda que ela não podia parar de se mover. Ela lentamente balançou e girou os quadris em uma tentativa de aliviar o querer excruciante que ele a estava fazendo sentir por horas. Era tortuoso, e as lágrimas fluíam com a intensidade dos sentimentos dela, tanto física quanto sentimentalmente. Por mais que o corpo dela desejasse a liberação, o coração se emocionava com a rendição. E a rendição que ela teve - uma maravilhosa rendição feminina disposta. Ela sentiu a doçura de sua vulnerabilidade. Ela sentiu o conforto de sua guia, e apesar de sua angústia sensual, se tocar estava fora de cogitação. Ele devia fazer isto. Apenas ele. Ela seguia Matthew com os olhos enquanto ele se movia através do quarto, desabotoando seu jaleco. Ele caminhava com graça fácil, ainda assim dominante. O coração dela saltou enquanto o assistia. Ele era o senhor de seus prazeres, e ela teria a liberação apenas quando, e se, ele permitisse isto. Ela devia mostrar a extensão de seu desejo. Talvez então… Aparentemente limpando os próprios pensamentos, ele não olhou para ela enquanto encolhia os ombros e tirava o jaleco. Ele o deitou com sua jaqueta e então pausou diante da penteadeira para remover as abotoaduras de diamante de sua camisa. As mechas mais longas de seu cabelo caíram adiante, emoldurando a sobrancelha e as têmporas com as mechas onduladas. Ela retraiu a respiração enquanto ele tirava a camisa, os músculos do tórax e braços flexionando. Ele removeu os sapatos e meias e então as mãos foram para a calça comprida. Curvando, ele a tirou e deitou-a sobre o resto de suas roupas. Patience não podia tirar os olhos dele. Ele era construído muito graciosamente - e tão claramente confortável com sua própria pele, que era dourada na luz escura do quarto. Apesar de ele agir como se a dispensasse, a ereção linda provava que ele não o fazia. Erguiase sólida e orgulhosa diante dele, e quando ele caminhou de volta em direção a ela, mal se movia de tão espessa e dura. Enquanto ele se aproximava, Patience balançou os quadris e ergueu a vulva em um oferecimento e apelo mudos. Ela gemeu com sua proximidade, mas ele não a tocou. Erguendo seu conhaque, ele ficou de pé em frente dela, bebericando enquanto olhava fixamente para seu sexo inchado e gotejando. —Nunca tinha visto uma virgem no cio antes. — Ele umedeceu os lábios. —O clitóris está tão cheio, como uma framboesa madura pronta para ser comida. Patience se contorceu e ondulou, ofegando com as respirações que escapavam enquanto ela demonstrava o que sua carne inchada já indicava - desejo desesperado, frenético.

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—Isto é bom, minha bela. — As feições de Matthew estavam duras com luxúria. —Mostreme. Mostre-me agora mesmo que a única coisa que importa é o que está entre as suas pernas. Coloque o mundo de lado, e me mostre Eva. Ele acariciou o pau entusiasticamente, e Patience sentiu as lágrimas começarem a cair novamente enquanto os quadris empurravam e erguiam. —Por favor, Matthew. Ele ergueu os olhos enegrecidos com luxúria para ela. —O que foi isso? Ela piscou de volta as lágrimas e brevemente ergueu os quadris completamente para fora do mantel. —Por favor, Matthew! Os golpes dele aceleraram. —Por favor, o quê? Ela agitou e mordeu o lábio inferior. Ele disse que a faria implorar. —Por favor, me ajude! Matthew olhou fixamente para ela embaixo com as sobrancelhas abaixadas. —Por que eu deveria? —Porque você é o único que pode! Ele tomou um passo em direção a ela, e os olhos eram como fogo. —Diga-me que você precisa de mim, Patience. Patience endureceu e fechou os olhos bem apertados. Ela se rendia ao desejo ou à necessidade? Não podia ser necessidade. Ela não precisava de ninguém. Entretanto - ela abriu os olhos e olhou fixamente para Matthew - por que parecia uma mentira agora? O peito doía. —Diga-me— ele persuadiu. —Sim— ela respirou. Aproximando, Matthew deslizou o conhaque sobre o mantel. Ele ficou de pé logo diante do sexo exposto dela mas o olhar segurava o dela. —Sim, o quê?— Ele murmurou. Os olhos de Patience encheram com lágrimas quentes e ardentes e tudo de uma vez, ela se sentia como se pudesse se partir em mil pedaços. Ela era tão frágil? —Sim. — A voz era um sussurro sufocado. —Eu preciso de você. Os olhos dele se fecharam por um momento e então abriram. —Está tudo bem— ele disse. Alcançando-a, ele deslizou a ponta do dedo em mais de uma de suas lágrimas. —Preciso de você, também. — Então ele abriu bem os braços através do mantel e abaixou a cabeça. Patience segurou a respiração, mas clamou enquanto a língua de Matthew apertava diretamente em seu broto cheio demais. Ela saltou e empurrou com a sensação quente e perfurante. Era demais! Ela tentou escapar. Mas quando fugiu, ele agarrou seu traseiro e o puxou de volta para a extremidade do mantel e abaixou a cabeça. Patience se contorceu e ofegou enquanto ele implacavelmente fluía contra sua carne expandida. Então quando ela pensou que não podia aguentar outro momento, o limite excruciante

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de repente explodiu afiado dentro dela, derramando de seu útero e então seguindo para seu coração com uma luxúria funda e primitiva. Um gemido longo e baixo escapou dela e então ela empurrou a boceta adiante, empurrando duro contra a boca de Matthew. A língua apertou contra o broto pulsante, mas agora não era o suficiente. Empurrando a mão no cabelo espesso dele, ela o segurou para ela enquanto ela esfregava cada parte feminina molhada contra seu nariz, boca e queixo, marcando-o com seu odor e o reivindicando. O coração batia forte e o sangue rugia nas veias. Os olhos fecharam com força. Ela era toda prazer - toda luxúria - um ser reduzido e concentrado em seu auto mais primitivo e sensual. Ainda assim, não havia fim. Apenas uma necessidade de mais. Empurrando a outra mão no cabelo de Matthew, ela ergueu os quadris para fora do mantel e se empurrou contra ele em um frenesi selvagem. Arquejando e grunhindo, ela se moveu mais e mais rápido. A saliva de Matthew gotejava sobre seu sexo pulsante. O queixo áspero corria em sua vulva inchada. Os dedos morderam ferozmente na carne de seu traseiro. Os quadris empurravam. Os joelhos apertaram descendo e os músculos estiraram. E então tudo dentro dela quebrou da tensão, e com um grito longo e alto, ela quebrou - partes e pedaços da mulher que ela sempre foi, voando para longe dela. Mas ela não se importou. Enquanto corpo e coração convulsionavam com a agonia de sua felicidade agonizante, e enquanto o orgasmo despejava dela em uma pressa extática, ela percebeu que se não precisasse dessa parte do ato, então não precisaria dele em si. Ela não precisava dele porque hoje à noite ela era Eva - livre do fardo do pensamento e da inibição, ainda assim cheia com a maravilha jovial de seu propósito simples e sensual. *** Matthew estremeceu sob o fardo de sua própria luxúria. O coração trovejava e o pau estava duro como aço. A rendição feroz e selvagem de Patience era muito deliciosa. O gosto dela, o cheiro, os sons que saíam dela, brotavam uma carnalidade forte e primitiva nele. Engolindo sua última liberação apaixonada, ele foi para trás. As bolas bateram à vista dela. Um cacho pesado e espiral caía adiante sobre sua sobrancelha, enquanto o resto de sua juba vermelha deliciosa caía em desordem indomada ao redor de seus ombros pálidos. As bochechas estavam listradas com lágrimas e os lábios úmidos. As pernas estavam penduradas, soltas e abertas. E logo embaixo daquele cacho rebelde, os olhos, meio fechados, estavam iluminados com um fogo ainda assim sensual. O sangue de Matthew correu. Ela era uma vista de submissão feminina. Mas ele não estava acabado com ela. Rosnando baixo, ele agarrou o tecido do pescoço e a puxou adiante. Ela ofegou enquanto caía em seu ombro, e a luxúria de Matthew ferveu enquanto ele levava seu corpo longo e nu através do quarto. Com um hasteamento, ele a liberou sobre a cama. Enquanto o grito surpreso dela ainda estava passando pelos lábios, ele saltou nela, prendendo seu corpo bonito com o dele. Os olhos de Patience alargaram e um protesto suave escapou, mas Matthew o ignorou. Agarrando seus pulsos, ele correu

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o pau contra suas coxas suaves enquanto ele dava beijos quentes e apertados em seu pescoço com aroma de gardênia. A sensação do corpo de Patience lutando contra o dele despertou algo escuro e perigoso nele. O suor brotou em sua sobrancelha enquanto ele lutava contra o desejo súbito de tomá-la contra sua vontade. E reconhecer o desejo apenas o deixava pior. Engolindo um grunhido, ele parou e prendeu os braços dela sobre a cabeça. —Fique quieta!— Ele ganiu. Patience ficou quieta imediatamente e olhou fixamente para ele, os olhos verdes brilhando e o peito erguendo. Ela era tão linda, e ele queria tanto estar dentro dela. Mas ele havia feito uma promessa. Ele cerrou a mandíbula. —Fique quieta e cruze os tornozelos— ele disse nitidamente. Patience olhou fixamente para ele. Ele podia ver o pulsar rápido em sua garganta e então ele sentiu o movimento das pernas. Segurando os pulsos dela com uma mão, ele deslizou e empurrou seu pênis dolorido entre suas coxas úmidas. Enquanto o comprimento do pau apertava firmemente contra as dobras quentes e molhadas dela, ele gemeu. Patience estremeceu embaixo dele e os lábios separaram em uma arfada suave. Soltando os pulsos dela e apoiando os cotovelos de cada lado de sua cabeça, Matthew se moveu mais alto, aumentando a pressão de sua ereção contra seu sexo inchado. —Oh, Matthew. —Patience mordeu o lábio e fechou os olhos. Jesus, uma retirada leve, algumas punhaladas de guia, e ele podia reivindicá-la. Ele enroscou os dedos em seus cachos suaves, espessos. Mas isso não era como ele queria. As pestanas dela tremularam. —Você sabe que eu podia tomá-la agora mesmo. — A voz veio apertada e tensa enquanto ele empurrava entre suas coxas, roçando seu comprimento pesado e duro contra ela. —Eu podia empurrar o meu pau na sua pequena boceta apertada e acabar com a sua virgindade. — Patience puxou a respiração e os olhos chamejaram abertos enquanto os quadris balançavam para cima. Matthew apertou os dedos no cabelo dela. —Mas quando o momento chegar, não é assim que eu vou fazer. — Ele bombeou lentamente contra ela. —Vou fazer gradual e cuidadosamente, porque um presente tão magnífico não pode ser apressado. Patience olhava para ele com atenção extasiada, e ele podia sentir as coxas dela ficando tensas. O pau pulsava em advertência, mas, friccionando os dentes, ele se segurou. —Eu vou penetrá-la lentamente, Patience, de forma que eu possa apreciar cada momento esplêndido de estirá-la e enchê-la. Não acabará em um instante. Vou fazer de forma que você nunca se esqueça, e de forma que você veja o quanto isso quer dizer para mim. Patience olhava para ele e seus quadris empurravam. Luxúria e submissão faiscavam nos olhos, mas havia qualquer outra coisa lá - algo pungente e tenro. O coração de Matthew bateu e ele ofegou com a corrida súbita de umidade quente que banhou as coxas de Patience. Deus, ele não podia se conter mais. Senti-la era bom demais.

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—Acostume-se a me sentir— ele murmurou densamente. —Logo você estará aguentando o meu peso frequentemente. E enquanto Patience gemia e curvava os braços ao redor dele, Matthew deixou suas paixões irem. Abaixando, ele pegou a boca em um beijo duro, empurrando a língua nela enquanto bombeava o pau entre suas pernas. Patience arquejou e ofegou, mas ele se recusou a liberá-la do beijo. Os braços apertaram ao redor dele e os quadris começaram a mover. O sangue correu apressado e um zumbir brotou nas orelhas. Com cada onda forte embaixo dele, Patience o inflamava ainda mais. Ele podia sentir a umidade suave de sua vulva inchada enquanto ele dirigia contra ela, mas seu corpo e sua mente gritavam por mais - pela supremacia e pela dominação - pela penetração. Ele rasgou a boca da dela da mesma maneira que a submeteu ao orgasmo. O corpo estremeceu e então seu grito suave roubou o final do controle dele. —Merda!— Ficando de joelho, Matthew agarrou os quadris de Patience e a girou de barriga para baixo. Acomodando o pau urgente contra os globos firmes de seu traseiro, ele o segurou lá com os dedos polegares enquanto ele empurrava em um frenesi de desejo voraz e possessivo. O coração batia e as orelhas soavam. Logo - logo ele a teria toda! Logo ela seria dele, corpo e alma! E enquanto ele olhava fixamente para a marca do mestre que havia deixado em seu traseiro, e assistia o pau deslizar contra suas nádegas altas e redondas, o poder de seu intento o superou afinal. Jogando a cabeça para trás, Matthew gritou sua liberação enquanto seu esperma vinha rugindo de suas bolas e explodia de seu pênis em um estouro quente e triunfante. Grunhindo seu domínio e prazer, ele deixou a cabeça cair adiante enquanto continuava a derramar sua possessão acima das costas curvadas de Patience. *** Patience estremeceu sob o calor molhado da ejaculação de Matthew. Fechando os olhos e deixando os quadris relaxarem, ela ficou quieta e parada. O clitóris ainda pulsava vagamente com o resultado de seu segundo orgasmo e ela sentiu como se o corpo inteiro estivesse zumbindo em algum nível baixo, inaudível. A seda da colcha parecia suave contra sua bochecha. Ela podia ouvir a respiração estremecida de Matthew enquanto sentia as pernas dele de cada lado das dela. Ela suspirou enquanto ele alisava a mão sobre seus quadris. Ela estava completamente contente. Tão contente, de fato, que percebeu que não se lembrava de já ter se sentido assim. Ela fez uma careta. Como podia ser verdade? Ela tinha vivido uma vida muito contente. Não é? —O que foi, Patience? Ela abriu os olhos com o som da voz gentil de Matthew. Ela podia senti-lo se movendo e, dando uma olhada rápida para trás, o viu ficar de pé e ir buscar sua camisa. —Eu não sei— ela murmurou. —Eu apenas… Tudo parece diferente.

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Retornando a ela, Matthew usou sua camisa para enxugar seu sêmen das costas dela. Então ele ficou ao lado dela e, segurando a cabeça com uma mão, puxou-a contra ele com a outra. As pestanas chamejavam. —Tudo parece diferente, você diz? —Sim. Ele acariciou os dedos sobre a bochecha dela. —Tudo parece diferente, Patience, porque você está diferente. E a cada dia você deve estar um pouco mais diferente. Ela fez uma careta - não porque ela discordasse, mas porque sabia que ele falava a verdade. O coração trovejou, duro e pesado. —Mas no que eu estou me tornando? Matthew a considerou pelo que pareceu um momento muito longo. Então piscou. —Seu verdadeiro eu, Patience. Você está se tornando seu verdadeiro eu. Ela olhou fixamente para ele, o peito tão apertado que ela não parecia capaz de puxar uma respiração funda. Se ela estivesse se tornando seu “verdadeiro eu” então quem ela era agora? E quem ela tinha sido? Matthew deitou a mão sobre o coração dela batendo forte. —Você não deve se preocupar— ele disse, acalmando-a imediatamente com seu toque suave e voz. —Pode parecer estranho no momento, mas quanto mais diferente você se tornar, mais deve se reconhecer. Patience segurou seu olhar fixo e cobriu a mão dele com a dela. —E quanto a você, Matthew? O que você está se tornando? O olhar dele ficou tão tenro que os olhos bonitos pareciam aveludados. —Arrebatado. — Ele lentamente abaixou a boca para a dela. —Estou ficando arrebatado.

Capítulo Doze - Bela Adormecida Eu dormia, mas o meu coração velava… Cantares de Salomão 5:2 Matthew despertou devagar de um sono profundo e agradável. Antes até de abrir os olhos, ficou ciente do corpo morno ao seu lado e o cheiro lânguido de gardênias. Patience. Minha doce Patience. Apertando o braço ao redor de sua cintura esbelta e forçando as pálpebras a erguerem, ele olhou fixamente para o rosto de sua bela adormecida. Mas apesar de ainda estar escuro, ele podia vê-la bem o suficiente com o brilho escuro da luminária a óleo que ele havia deixado queimando na mesa ao lado da cama. Deitada de barriga para baixo, a cabeça estava girada em direção a ele, a bochecha descansando sobre seus cachos brilhantes. As pestanas tremulavam como leques delicados, e ele se perguntou com o que ela poderia estar sonhando. Uma das sobrancelhas cor de ouro vermelho ergueram e desceram, e então um suspiro suave passou pelos lábios cheios. 24

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O peito de Matthew encheu com satisfação profunda. Isto era o que ele queria - sempre acordar ao lado dela. Ele puxou uma respiração longa e a soltou lentamente. Ele queria dançar mil vezes com ela. Ele queria tocar ao lado dela em cem musicais. Ele queria permanecer ao lado dela como seu companheiro reconhecido. E acima de tudo, ele queria protegê-la e cuidar dela, de forma que ela nunca tivesse que temer que ele um dia a deixasse. Ele ergueu um de seus cachos espessos para o nariz. Ele precisava saber o que havia acontecido com o maldito mestre de música. Ela o havia amado? Ele odiou o pensamento e o empurrou para fora de sua mente. Não importava. Quem ele era, ou quem ele foi. O que importava era que ela tomava as decisões em sua vida baseadas no que quer que ele tenha feito a ela - decisões erradas. Até o modo dela tocar estava errado. Apesar de tecnicamente perfeita, era destituído de emoção, e isso era assombroso considerando o quão veementemente ela reivindicava amar seu instrumento e sua música. Não fazia sentido. O maldito mestre de música era seguramente responsável por isto, também. Ele olhou para a expansão pálida de sua pele suave revelada sobre o lençol, e então retornou seu olhar para as pestanas chamejantes. Ela era a Bela Adormecida. E apesar de ele ainda não ter as respostas para o enigma de seu cativeiro, ele teria. Ele estava disposto a despertá-la e reivindicála. Excitação chiou em suas entranhas. Batalhar com as defesas dela seria um grande prazer. Ele seria tanto seu conquistador quanto seu emancipador. Cuidadosamente, Matthew se apoiou em um cotovelo. O sangue corria enquanto ele olhava para ela abaixo. —Eu terei você, Patience— ele sussurrou baixo. —Eu terei você. *** O anjo dela sussurrou em seu ouvido, ainda assim tudo o que ela podia ouvir eram partes de palavras silenciadas. O som baixo foi cortado pelo movimento de suas asas, virando fragmentos indecifráveis. Mas não parecia importar porque seu abraço e as linhas de sua voz carregavam sua mensagem - você está segura e eu nunca a deixarei. —Eu sei— Patience respirou. Ela embrulhou os braços ao redor dele e apertou a bochecha contra seu ombro. Quanto tempo tinha sido desde que ela havia se sentido tão abrigada? Ela não sabia. Mas um dia, há muito tempo, ela estava em um abraço que lembrava este aqui - morno, protetor, perfeito. Ela suspirou enquanto sentia um beijo em sua sobrancelha, e ela queria lamentar porque até o beijo o lembrava de algo há muito esquecido. Mas, os braços fortes de seu anjo começaram a ir para longe devagar. Ela se agarrou a ele e tentou mantê-lo para ela. —Não, não vá… — ela pleiteou.

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Mais sussurros quebrados. Mas ainda assim ele foi para longe. Ela sentiu um toque prolongado, e então, assim como aquele abraço de há muito tempo, ele se foi. E apenas como há muito tempo, todo seu conforto e felicidade se foram com ele. Os céus desapareceram ao redor dela. Ela ficou de pé, só, em uma colina estéril. Uma brisa soprou e ela se sentiu fria. Mas não havia nenhum abraço morno para ela. Então ela se envolveu firmemente com os próprios braços. *** Matthew colocou o colarinho de seu casaco com mais firmeza ao redor do pescoço enquanto olhava o céu do amanhecer. A respiração dele e daquela grande baía ao seu lado, emitiam fumaças com o ar frio. Felizmente, a Mansão Hawkmore e Gillyhurst, a residência Filbert, estavam relativamente próximas, com as terras se estirando em direções opostas. Ainda assim, tinha sido um longo passeio de mais de uma hora para a propriedade de Lorde Filbert. Matthew verificou seu relógio. Um pouco depois das seis. Eram três horas da manhã quando ele se forçou a sair do doce abraço de Patience. O coração dele apertou. Ela havia pedido a ele que não fosse, mas ele decidiu que era melhor deixá-la então, do que ter que deixá-la mais tarde. Ele tinha planos para mais tarde. Além disso, se ele pudesse incomodar Rosalind, tanto melhor. Rosalind. Ele enfiou as mãos nos bolsos do casaco. Seria melhor conseguir algo útil dela, porque ele preferia nunca mais vê-la novamente. Ainda assim, ele estava tentado a mudar de ideia e partir. Atrás dele, corvos gralharam. Girando, Matthew os achou empoleirados na roda do antigo moinho, decaindo, ao lado de uma parede desintegrando. Um rio um dia havia alimentado o triste prédio de pedra, mas Lorde Filbert o havia desviado há muito tempo. Mato agora escovava os sarrafos inferiores, sempre tocando e empurrando, mas para sempre ineficaz em trazer o moinho de volta à vida. Matthew olhou fixamente para a roda desintegrando. Patience era seu rio. Sua presença o trouxe à vida - sua força, lealdade, bondade e coração defensivo. Ela o movia e enchia com o desejo de ter sucesso. É por isso que ele não podia deixar esta reunião. Ele iria fazer Patience sua esposa, e precisava dar tudo de si que pudesse - riqueza, condição e segurança. Não pobreza, desprezo e preocupação. Ele recuou os ombros. Ela nunca lamentaria escolhê-lo. Ele daria a ela uma vida brilhante. E ninguém, menos ainda Archibald Benchley, o impediriam. Ainda quieto, Matthew ouviu o barulho amortizado dos cascos dos cavalos. Os corvos voaram com gralhadas altas. Ele girou enquanto os cavalos faziam a curva - Mickey Wilkes na frente e Rosalind a seguir. Puxando as mãos dos bolsos, Matthew cruzou os braços sobre o peito e esperou. Era estranho. Antes de ele receber sua nota recente, Rosalind tinha retrocedido tanto em sua mente que ele

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dificilmente pensava nela. Ainda assim, seu pai havia se tornado seu inimigo mais feroz. Mas enquanto ela montava em direção a ele, um sorriso no rosto, ele percebeu o quanto ele realmente a odiava. Não porque ela o havia deixado - isso ele estava contente. Mas por causa de como ela o havia deixado. Por causa de como ela o havia vilipendiado depois de tê-lo deixado. E pelo modo como ela estava tentando voltar sorrindo tolamente para ele. Mickey e ela pararam. O menino desmontou e então se moveu para ajudá-la quando ficou claro que Matthew não iria. Rosalind não disse nada, mas manteve o sorriso enquanto aceitava a ajuda de Mickey e dava ao rapaz as rédeas. Apesar da timidez de Matthew, ela fechou a distância restante entre eles. O cabelo escuro estava amarrado atrás livremente no pescoço e mechas soltas caíam ao redor de suas bochechas, que estavam avermelhadas do frio. Os olhos escuros mantinham uma satisfação coquete, e seu sorriso afundou quando ela parou diante dele. Ele um dia a havia achado bonita, mas agora tudo o que ele via era uma fraude egoísta, rasa. Ele desejou poder voltar para a cama com Patience. Ele não deveria tê-la deixado para isso. Rosalind ficou muda enquanto Mickey pegava o cavalo de Matthew e então se movia para longe. Matthew deixou os braços caírem para os lados enquanto se lembrava da última vez em que a havia visto. Tinha sido em sua casa em Londres. Ela havia dado as costas para ele, antes de tranquilamente desaparecer atrás de uma porta fechada. O pai dela tinha estado furioso com ele e então ele tinha sido expulso. Ainda assim, esta manhã, não havia nenhuma tristeza ou remorso em sua expressão por aquele dia. De fato, ela estava olhando para ele como se ele a devesse algo. —Eu sabia que você viria até mim— ela disse. Matthew friccionou os dentes. —Sério? — Ele se entreteve com pensamentos de arrancar o sorriso convencido dela imediatamente do rosto. —Como sabia? Ela tomou um passo para mais perto dele. —Porque você me amou, Matt. E o amor não desaparece em quatro meses. — Ela olhou para ele pelas pestanas. — O que significa que você ainda me ama. Ele se impediu de soltar a verdade - ela estava certa, o amor não desaparecia em quatro meses. O que provava que ele nunca a havia amado. Ele cerrou as mãos em punhos. Apenas o deixou mais bravo do que ele pensou que faria - que até quando ele sabia melhor, ele havia se agarrado à ilusão de que a amava - e a ilusão de que ela o amava. Ele examinou os olhos marrons e falou ao redor de seu ódio. —E quanto a você, Rosalind? Você ainda assim me ama? Ela apertou a mão no próprio peito. —Sim, meu querido. Mentirosa. Mentirosa de uma figa. —Olhe. — Ela abriu o pescoço de seu capote. —Olhe o que estou usando. Matthew olhou fixamente para o colar de safira enquanto ignorava parte do seio que ela ardilosamente havia revelado quando abriu o capote. Ele havia dado o colar a ela como presente de

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compromisso. Ele queria arrancá-lo de seu pescoço. Rosalind estava usando safiras - safiras que ele havia comprado para ela - enquanto Patience usava imitações. —Isto deveria provar algo?— Ele não pôde impedir o lábio de curvar. —Porque temo que não prove. Você já falhou no seu último teste de amor, Rosalind. — Ele ainda podia se lembrar do rosto horrorizado dela quando ele disse que era um bastardo. —E então você fechou a conta por escrito. —Você sabe que o meu pai me fez escrever aquela carta. Eu não queria fazer isto. —Ainda assim, você fez. A sobrancelha de Rosalind franziu. —Você não está sendo justo. Eu estava em estado de choque, Matt. — O franzir afundou. — A notícia foi devastadora e eu fiquei muito ferida. Que mulher não ficaria? Patience. —E, sim, admito que fiquei brava com você.— Ela agitou a cabeça. —Mas você realmente pode me culpar? Minha linhagem é antiga e pura, e teve sua dignidade manchada por este escândalo. —O lábio inferior dela tremeu. —Ainda assim, apesar da triste verdade da sua ascendência, e apesar das consequências terríveis que foram forçadas em mim como resultado ainda assim, estou aqui. Eu estou aqui, Matt. Cristo, ele a odiava mais a cada palavra. —Repito, isto deveria provar algo? Devo me sentir agradecido por você ter me dignificado com sua presença? Lágrimas afluíram dos olhos dela. —Oh, pare com isto— ele retrucou. A expressão dela parecia verdadeiramente arrependida. Ela apertou a mão entre as deles e então as embrenhou ao peito. —Mas querido, eu sei que o machuquei. Mas lamento. De verdade. — Ela se debruçou para perto, os olhos cheios até a borda. —Ninguém me ama como você, Matt. Ninguém me trata como você. Como eu podia ter sabido que o que nós tínhamos era tão especial, quando eu nunca tinha experimentado algum amor além do seu? Oh, Matt—ela soltou a mão e se apertou contra ele—por favor, eu sinto tanto a sua falta. Matthew continuou sem se mover. Ela não havia sentido falta dele. Ela havia sentido falta de como ele fazia com que ela se sentisse. Ela pensou que ele seria facilmente substituível, e agora se sentia muito arrependida por si mesma. Ele se forçou a não jogá-la para longe dele. Ela olhou para cima, os olhos escuros brilhando com sensualidade súbita. —Beije-me, Matt. Beije-me como costumava fazer - com toda sua força e paixão. Apenas beije-me e tudo ficará bem. —Não. — Nunca. Os beijos dele eram apenas para Patience agora. Ela olhou fixamente para ele por um longo momento antes de abaixar os olhos. —Está tudo bem. Sei que você está bravo comigo. Mas sei também que você ainda me ama. — Ela pausou e olhou para ele por suas pestanas. —E sei que você está furioso com o meu compromisso com o Danforth. Ouvi sobre a briga, querido. — O menor dos sorrisos brotou nos

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lábios. —E devo admitir que pensar em você lutando por minha causa me excita, você nunca, jamais, deverá ter ciúmes dele. Prometa-me que não sentirá. Matthew não estava certo se queria rir ou cuspir no rosto dela. E não fez nenhum dos dois. —Muito bem, prometo. O pequeno sorriso dela enfraqueceu apenas para ser substituído por uma careta ressentida. —Danforth é muito estúpido. Mas logo serei uma condessa por meu próprio direito, e farei o que quiser. Ele olhou fixamente para ela por um momento e não pôde resistir a forçá-la a se mostrar de verdade. —Ou, nós podíamos ir a Gretna Green agora mesmo. Um flash de choque e então desânimo mostrou em seus olhos. Matthew conteve um sorriso sardônico. —Mas… — Ela olhou para baixo, e quando olhou de volta para ele a expressão estava cheia de remorso. —Desejava que pudéssemos, Matt... na verdade eu desejo. Mas meu pai é completamente contra você. Ele me deserdaria. Eu não conseguiria um centavo. — Ela tocou na bochecha dele. —E quem sabe o que seu futuro trará. —Sim, quem sabe? — Patience. —Mas se eu me casar Danforth, por mais repugnante que seja, conseguirei seu título. E manterei meu dinheiro. — Rosalind deu a ele um pequeno sorriso esperançoso. —Querido, posso até achar um jeito de ajudá-lo se você precisar. Sabe, financeiramente. — O sorriso dela aprofundou. —Isso não atrairia a ira de meu pai. Claro que eu nunca poderia deixá-lo saber. —Claro que não. — Porque você é uma tremenda mentirosa. —Mas a coisa importante é que nós estaremos juntos, querido - juntos para sempre. — Ela o puxou para perto. —Oh, Matt, será tão maravilhoso e excitante. Meu pai e Danforth nunca saberão. —Não, nunca. — Porque fará frio no inferno antes de eu me tornar seu amante. Ela foi para trás e cobriu uma risadinha com a mão. —Meu pai está tão bravo por Danforth ter perdido para você. Você deveria ouvir. Ele ainda está furioso. Finalmente. —É mesmo? —Sim. Sabe, ele praticamente jogou Danforth através da sala quando ele descobriu, sabe? Ele o chamou de imbecil, e o acusou de ‘arruinar tudo’. Matthew ficou tenso. —Sério? A expressão de Rosalind mudou para uma de preocupação. —Oh, eu sinto muito, querido. — Ela o puxou para perto. —Eu não deveria estar falando sobre isso. — Ela agarrou os braços dele e deslizou a bochecha contra seu peito. —Mas quero que você saiba que se meu pai tiver sucesso em assumir o comando da GEFO, eu não me importo. Não importa o quê, quero estar com você para sempre. E quero… Matthew ficou congelado enquanto a voz de Rosalind enfraquecia.

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Assumir o comando da GEFO? Benchley queria assumir o comando da GEFO? Benchley queria assumir a porra do comando da Grande Estrada de Ferro do Oeste? O corpo de Matthew endureceu com ira. Sim, claro que ele queria, o maldito filho da puta! Benchley precisa apenas privar a GEFO e esperar. Afinal, barrando qualquer fuga brilhante, teria sido apenas uma questão de tempo antes de Matthew não poder mais sustentar as perdas da Estrada de Ferro. Os acionistas teriam suas ações no vermelho, e ele, um falido, teria sido arrancado da diretoria. Então Benchley, e provavelmente os outros donos de grandes minas também, teriam aparecido para salvar o dia. E com isso, Matthew teria sido completamente arruinado, enquanto Benchley teria adquirido a GEFO por uma fração de seu valor. Matthew sentiu como se seu sangue estivesse fervendo. Benchley era para ter sido seu sogro, pelo amor de Deus. Ainda assim o homem não estava apenas conspirando para a ruína de Matthew, mas, simultaneamente, sua própria ascensão - pelas costas de Matthew para pegar seu trono! Matthew cerrou a mandíbula em uma tentativa de conter a ira. A vilania de Benchley, ao que parecia, não tinha limite. O que mais o homem era capaz? Matthew enrolou os dedos em punhos. Ele não tinha condições de descobrir. Ele devia destruir Benchley completamente. Ele tinha um futuro para proteger - um futuro com Patience. —Matt, querido, você está me escutando? Matthew olhou fixamente para Rosalind abaixo, e sua raiva era quase tanto por ela quanto por seu pai. —Tenho que ir logo. A expressão de Rosalind ficou marcada por surpresa. —Mas eu apenas acabei de chegar. Eu pensei... Bem, pensei que poderíamos passar algum tempo juntos. Matthew a girou em direção ao caminho do moinho. —Outra hora, talvez. Eu não posso ficar hoje… *** Por que ele não ficou com ela? Patience estirou os braços através do lençol onde Matthew estivera. Pela segunda noite seguida, ela havia adormecido com ele ao seu lado e ainda assim acordou sozinha. Ela não gostava de não achá-lo. Por alguma razão, isso a deixava triste. Ela queria despertar e ver seu rosto forte de anjo ao lado dela. Queria poder agarrá-lo e sentir o calor confortante de sua presença. Queria… O peito pareceu de repente apertado, como se fosse chorar. Deus do Céu, ela havia chorado mais nos últimos dois dias do que em anos. Aborrecida por suas emoções, ela foi para longe do lugar vazio ao lado e girou sobre o lado oposto. Logo adiante, na mesa ao lado da cama, estava um dos pequenos papeis de carta dela escorado contra um castiçal. O coração acelerou enquanto ela erguia a nota.

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Minha Bela Adormecida Eu a beijei, mas você não despertou. Achei estranho por saber que sou seu príncipe. Mais tarde, devo beijá-la novamente… Estou pensando em você, sempre. M P.S. deixei café da manhã para você. Seja obediente e coma. Um sorriso brotou nos lábios de Patience enquanto ela lia a última frase, e então ela leu a nota toda de novo - e de novo. Tal nota sumária, ainda assim baniu completamente o seu humor doente. Sentando, ela viu a bandeja do café da manhã na lareira. Uma cúpula de prata escondia o conteúdo. Considerando sua ingratidão pelo café da manhã do dia anterior, ela ficou surpresa por ele ter trazido outro. Mas ela também se sentia sumamente feliz por ele ter feito isso. Feliz e - e, bem - feliz. Fugindo às pressas da cama, ela cruzou para a lareira e espiou embaixo da cúpula. Um ovo poché, torrada e salsichas minúsculas estavam lindamente organizados ao lado de uma maçã assada. O prato ainda estava muito morno. Ele não podia tê-lo deixado lá há muito tempo. Ela inalou o cheiro de canela. Ele teria ficado e tomado café da manhã com ela se ela tivesse acordado com seu beijo? Isso teria sido bom. Colocando a tampa novamente, ela cruzou para seu quarto de vestir. Enquanto ela abria a gaveta pequena à esquerda, leu a nota mais uma vez, pausando nas palavras - por saber que sou seu príncipe. O coração dela tremulou. Seu príncipe? Seria? Ele claramente achava. Ainda assim ela tinha estado certa de que não existia nenhum príncipe para ela. Ela tinha estado certo de que reinaria sobre sua vida só - certa de que não precisava de ninguém. Ela deslizou o polegar através das cartas enquanto um pequeno franzir marcava sua sobrancelha. Somente ontem à noite ela havia admitido que precisava dele. E ele confessou sua necessidade dela. O franzir dela aumentou. Mas o que eles precisaram um do outro? Prazer e realização física? Claramente, era isto. Mas havia mais. Ela sentia nos momentos mais profundos de sua submissão - uma paz e conforto profundos. E felicidade - doce e não diluída. Ela a havia sentido em outros tempos, muito - enquanto eles dançavam juntos, e quando ela o viu debruçado contra a entrada na soirée musical. E quando ele dizia coisas. Aquelas coisas surpreendentes e maravilhosas que ela nunca se esqueceria. E agora, quando ele nem mesmo estava com ela - mas estava pensando nela. Ela deslizou a nota na gaveta junto com o papel dobrado que tinha agraciado sua bandeja do café da manhã na véspera. Erguendo o olhar, ela olhou para o reflexo de seu torso no espelho da penteadeira. Trazendo uma mão para o peito, ela alisou a outra ao longo da curva de sua cintura. Eles eram destinados um para o outro - para uma vida juntos? As mãos dela tremiam e a batida do

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coração ficou rápida com o pensamento. Isso era o inevitável que ela havia sentido no primeiro momento em que o viu? Isso significaria que todas as certezas dela estavam erradas. Como podia ser? Como podia ser quando ela tinha estado tão certa, tão decidida? Dando as costas devagar, ela deixou o olhar vagar pela curva abaixo de sua cintura para seu traseiro. Os olhos alargaram e, examinando sobre o ombro, ela girou mais. As pequenas e pálidas contusões pontilhavam a pele de suas nádegas, e uma mordida maior e mais escura de amor estava na curva de sua nádega esquerda. O clitóris pulsou e um suspiro passou pelos lábios. A visão deixoua contente e excitada. Como a mordida de amor desvanecendo na coxa, era uma pequena marca de sua submissão - a prova tangível de algo doce, ainda assim secreto - a prova tangível do toque forte de Matthew nela. Ela alisou a mão no traseiro, suavemente apertando as contusões pálidas. Ela mal as sentia, e se perguntou por que estava desapontada. Enquanto ela continuava a olhar fixamente para as pequenas marcas, percebeu que a visão delas fazia com que ela se sentisse orgulhosa e protegida. Mas por mais que ela pudesse reconhecer seus sentimentos, não podia explicá-los. Ela suspirou enquanto um franzir marcava sua sobrancelha. Essa era a mulher que ela estava se tornando? Uma com emoções estranhas e inexplicáveis que não faziam nenhum sentido? Ela girou e olhou fixamente para o estojo de seu violoncelo. Como ela podia confiar em tais emoções estranhas? Ela estava sendo cegada pela experiência intensa de sua submissão? Ela fez uma careta. Ou melhor, eram os olhos que estavam sendo abertos? Ultimamente, tudo parecia estar trabalhando em opostos. A submissão era poder. A vulnerabilidade era força. As amarras a estavam livrando. Havia prazer no castigo. A careta afundou enquanto ela olhava fixamente para o estojo do violoncelo. E antigas verdades pareciam mentiras. *** Como ele odiava dizer mentiras. Matthew se debruçou de volta em sua poltrona da escrivaninha e correu os dedos pelo cabelo. Rosalind merecia toda sua honesta abominação e repúdio. Mas, em vez disso, ele havia participado de uma troca indignante, no fim, ele havia ficado se sentindo sujo. Embora Rosalind o houvesse fornecido com informações valiosas que aumentaram sua determinação em destruir Archibald Benchley - ele ainda assim não podia se livrar da sensação de que de alguma maneira ele havia se manchado. Ele fez uma careta. Quando ele retornou e achou Patience ainda dormindo, pensou em despertar sua Bela Adormecida com um beijo. Só que ela não acordou. Ele se sentiu como se seu beijo não fosse puro o suficiente - como se ele não fosse merecedor de ser seu príncipe, forte e verdadeiro. A careta dele afundou. Era um pensamento tolo. Fantástico. Mas ele não podia negá-lo.

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Uma batida na porta interrompeu os pensamentos de Matthew. Ele pediu que a pessoa entrasse e Mickey Wilkes apareceu. Matthew indicou a cadeira em frente a sua escrivaninha. —Sinto muito por tê-lo acordado tão cedo esta manhã. Mickey se sentou. —‘Tudu’ bem, Sr. 'Awkmore. Eu ‘sempri’ ‘acordu’ ‘cedinhu’ de manhã. —As lições de montaria de Pinter foram boas para você. Ninguém saberia que você foi instruído só recentemente. —‘Agradecidu’. — Mickey sorriu. —Eu realmente aprecio montar. E minha mãe nunca ficou ‘taum’ surpresa ‘quantu’ ‘quandu’ eu montei ‘pra’ casa no mês passado. Ela estava ‘ordenhanu’ a nossa vaca, Molly. E ela pensou que eu era algum ‘viajanti’ fazendo uma parada. — Mickey piscou. —Ela não reconheceu o ‘propriu’ filho. Matthew anuiu com a cabeça enquanto anotava rapidamente uma nota breve em um pedaço de papel. —Algumas lições em etiqueta e você poderá passar por um jovem cavalheiro. —Sério, Sr. 'Awkmore? Matthew ergueu os olhos para Mickey. —Sim, sério. Consiga o que eu preciso e eu farei com que te deem essas lições. Mickey sorriu. —Eu irei, Sr. 'Awkmore. Realmente irei. — Ele se debruçou adiante. —Então, ‘cunsiguiu’ o que ‘quiria’ este manhã? Vai voltar com a dama? —Inferno, não. — Matthew fez uma careta enquanto empurrava a nota em um envelope. — Rosalind Benchley é meramente um meio para conseguir informações - um mal necessário em minha guerra com o pai dela. Prefiro nunca mais vê-la novamente. E é por isso que você precisa se apressar e conseguir algo que eu possa usar. Mickey sorriu amplamente. —Devo dizer que ‘ficu’ feliz pelo ‘sinhô’ não voltar com ela. —Você fica? Mickey encolheu os ombros. —Bem, sim. Eu ‘num’ ‘respeitu’ um ‘homi’ que fica ‘rastejanu’. ‘Lém’ disso, o ‘sinhô’ é rico é boa pinta. Achará uma nova dama num instante. Matthew ergueu as sobrancelhas enquanto colocava seu selo no envelope. “Rico” é relativo. —Na verdade eu já achei a pessoa que deve ser minha. —Sim?— Mickey se debruçou adiante. —Bom para o ‘sinhô’, Sr. 'Awkmore. Quem é? ‘Bunita’?— Ele ergueu as sobrancelhas. —Loira ou morena? —Não é da sua conta. — Matthew abriu a gaveta da escrivaninha e tirou a carta para Cavalli. —Tudo o que você precisa saber é que o nome da dama é Senhorita Patience Dare. Já que eu planejo que ela esteja em minha companhia frequentemente, estou certo de que você deverá encontrá-la logo. Quando isso acontecer, não diga nada sobre os Benchleys. — Ele bateu a carta na mesa. — Porque tenho quase certeza de que ela não aprovaria. Mickey anuiu com a cabeça.

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—‘Entendidu’, Sr. 'Awkmore. Meus lábios estão selados. Juro. Nem o diabo ‘podi’ ‘rancar’ as ‘palavra’ de mim. —Muito bom. — Matthew deslizou a nota para seu joalheiro e a carta para Cavalli através de sua escrivaninha. No momento em que seus dedos deixaram a carta posterior, ele quase a agarrou de volta. Mas ele se lembrou de Patience, adormecida ao lado dele, como naquela manhã. O coração trovejou. Ele não podia deixá-la ir. Ela a despertaria com seu beijo. E ela seria dele. Ele olhou de volta para Mickey quando ele estava erguendo as duas missivas. —Você tomará o próximo trem para Londres. Antes de fazer qualquer outra coisa, entregue a carta para o Maestro Cavalli no endereço escrito na frente. Então, leve a nota para os Joalheiros Smithfield e Filhos. Você pode conseguir as direções na estação de trem. Assim que terminar essas incumbências, retorne ao Benchley Hall e me consiga o que eu preciso. Soube por Rosalind que eles não têm nenhum plano de irem para lá tão cedo, então é a oportunidade perfeita para você fazer alguma escavação. Enquanto isso, tenho negócios a cumprir; então te manterei informado de meu paradeiro por um mensageiro. Agora—ele retirou a caixa de dinheiro—vamos discutir como lidaremos com as finanças desta aventura. Subornos podem ser necessários. —Podem ser. — Mickey sorriu amplamente. —Sou muito ‘persasivu’, especialmente ‘cum’ as damas. Matthew assistiu sua carta para Cavalli desaparecer, junto com a nota para seu joalheiro, no bolso do peito de Mickey Wilkes. Ele, também, podia ser persuasivo. Ele persuadiria Patience de que ele era seu príncipe - no momento e para sempre.

Capítulo Treze - A caça e a captura …ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros. Cantares de Salomão 2:8 —O céu está tão escuro hoje, minha querida. Acho desaconselhável você sair para assistir a caça. Por que você não fica em casa conosco? Patience girou da janela de onde olhava para as nuvens. Ela cruzou para Tia Matty e Passion, que estavam sentadas confortavelmente diante do fogo da sala de visitas da família tomando café da manhã. Patience despejou para a tia uma xícara de chá fresco. —Eu ficarei bem, Tia Matty. O que é um pouco de água, afinal? —Minha querida, se fosse apenas água, eu não teria nenhuma preocupação. Mas com certeza será uma tempestade. E se você pegar um resfriado? E se o seu cavalo ficar arredio e jogá-la para longe? Oh—os olhos de Tia Matty se arregalaram. — E se você for atingida por um raio? Passion, diga a ela o que aconteceu à minha boa amiga, Sra. Nobhew. Passion sorriu para a tia. —Mas, Tia Matty, eu não sei o que aconteceu com a Sra. Nobhew. Eu nem sei quem é a Sra. Nobhew. 24

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Tia Matty olhou preocupada para Passion, mas bateu levemente em sua mão. —Querida, temo que a sua condição delicada tenha começado a afetar a sua memória, pois estou bastante certa de que contei tudo sobre a minha boa amiga, Sra. Nobhew. Passion anuiu com a cabeça. —Estou certa de que me disse. Perdoe-me. —Sempre, minha querida. E, claro, não devo dizer uma palavra para a Sra. Nobhew sobre você ter se esquecido completamente de sua história horripilante. — Tia Matty bebericou seu chá. —E se eu disser uma palavra, deve estar certa de que explicarei que a razão para o seu esquecimento, é, afinal, completamente compreensível. Patience agitou a cabeça e permutou um olhar exasperado com a irmã. Nesta taxa, seria meiodia antes de elas descobrirem o que havia acontecido a Sra. Nobhew. —Bem por bondade, Tia Matty, diga-nos o que aconteceu. Tia Matty fez uma careta para ela. —Realmente, Patience, você deveria exercitar o atributo que te dá nome. Céus, deixe-me respirar um momento, sim? Patience cruzou os braços sobre o tórax enquanto a tia fingia limpar a garganta. Passion escondeu o sorriso atrás de uma colherada de maçã assada. —Deus, olhe o tempo— Patience disse casualmente. —Suponho que eu deva ir. —Então — Tia Matty continuou imediatamente —como eu estava dizendo sobre a Sra. Nobhew. No mês passado ela acompanhou o filho e a família a um piquenique no parque. Eles estavam se divertindo muito até que uma tempestade súbita surgiu. Bem, em sua pressa de partir, ninguém considerou as ramificações perigosas de colocar a louça de prata sob o banco da Sra. Nobhew. —Bom Deus. — Patience ergueu as sobrancelhas para a irmã, insegura se a história de sua tia iria para um caminho sério ou divertido. —Bom Deus, realmente— Tia Matty disse dramaticamente. —Imagine o choque e desânimo quando um raio feroz desceu logo atrás da minha boa amiga, Sra. Nobhew, eletrificando os utensílios de piquenique a tal grau, diante dos olhos horrorizados da família inteira, que todo o cabelo da Sra. Nobhew enrolou!— Os olhos alargaram. —Inclusive das sobrancelhas! Patience e Passion ambas olharam para ela por um momento breve antes de caírem na gargalhada. Tia Matty fez uma careta para elas severamente. —Isto não é caso para rir, meninas. É terrível. Vocês deveriam ver: cachos esticando em todas as direções possíveis. Ela não podia fazer nada com eles. E da última vez que ela me convidou para o chá, meu olho estava constantemente atraído por suas sobrancelhas, e, não importava o quanto eu tentasse dizer a mim mesma o contrário, pareciam duas lagartas penugentas rastejando através de sua sobrancelha. Distraíam terrivelmente. Sufocando com riso, Patience segurou a lateral do corpo dolorido e se debruçou sobre a parte de trás de uma cadeira enquanto a irmã cobria o rosto com as mãos, os ombros agitando com hilaridade muda.

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Tia Matty bebericou seu chá enquanto esperava que elas se contivessem, o que elas fizeram bastante depressa apesar de algumas recaídas. Tia Matty ergueu as sobrancelhas prateadas. —Se as duas tiverem terminado, devo retornar ao meu ponto principal. —Que é? — Patience perguntou, tentando parar de rir. —O raio pode ter um efeito horroroso no cabelo, e possível contatos devem ser evitados a todo custo. Patience engoliu o riso. —Mas Tia Matty, meu cabelo já é enrolado. —Exatamente. Então por essa razão o raio pode ter o efeito oposto em você, fazendo seus cachos magníficos ficarem completamente lisos e sem-graça. Isso não seria um desastre?— Ela bebericou seu chá. —Eu te digo, Patience, você simplesmente deve ficar em casa. Exatamente quando Patience estava preparando sua refutação, Passion falou. —Talvez Tia Matty esteja certa, querida. — A irmã pausou. —Claro, Matt ficará bastante desapontado. Creio que ele estava desejando montar com você. — Passion encolheu os ombros. — Mas acho que Tia Matty tem razão. A segurança dos seus cachos é muito mais importante. Tia Matty derrubou a xícara com ruído e limpou a garganta. —Deus, Passion, você realmente não deve mimá-la tanto. — Ela girou para Patience. —Eu te digo, minha querida, você simplesmente deve ir à caça. O que você quer dizer em estar pensando em não ir?— Ela fungou. —O que é um pouco de água, afinal? Patience fez uma careta. Ela apreciava a ajuda da irmã, mas ficou aborrecida pela determinação cega da tia de empurrá-la para Matthew. —Mas e quanto ao tal raio? Tia Matty olhava para ela como se ela tivesse perdido a cabeça. —Não creio que você colocará utensílios de piquenique em sua sela, consequentemente você não terá com o que se preocupar, minha querida. Vá, e se divirta maravilhosamente. Patience descansou as mãos na cintura. —Matthew e eu não vamos nos casar, Tia Matty. —Não vão? Então com quem você vai se casar? —Eu não vou me casar com ninguém - nem com Matthew, nem com ninguém! A senhora deve colocar isso na cabeça imediatamente. Tia Matty agitou a cabeça. —Sinto muito, mas simplesmente não posso fazer isso tão depressa. Você terá que esperar. —Estou falando sério, Tia Matty. —Bem, eu também!— Tia Matty empurrou de lado seu chá e fez uma careta. —Não entendo você, Patience. Por que persiste em evitar os papéis que Deus traçou para você? Você pensa que sabe melhor do que Ele o que a fará feliz? Você pensa que o coração e o útero da mulher são irrelevantes? Patience permaneceu rígida diante de sua tia.

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—Você não pode negar que algumas mulheres são doentiamente adequadas para o casamento e a maternidade. —Não nego isto. Mas o que essas criaturas desgraçadas têm a ver com você? Você será uma mãe excelente. Olhe para as crianças na escola da igreja. Elas a admiram e respeitam porque você é justa e firme. E quanto ao casamento - bem, eu disse ontem mesmo que você, minha querida, é como um pêssego. — Tia Matty pausou e então ergueu as sobrancelhas. —Um pêssego é suave, doce e suculento. Um pêssego é feito para se comer. E porque é tão suave, doce e suculento, é uma grande tragédia quando um pêssego não é comido. Apenas sendo comido segue verdadeiramente seu propósito - que é ser amado e adorado por ser suave, doce e suculento. Patience olhava fixamente para a tia e o peito estava um pouco apertado. Apesar de seu comportamento rígido com as crianças na escola da igreja, ela se importava profundamente com elas. Porém, na maior parte do tempo, ela não se sentia muito suave, doce ou suculenta. Ela deu uma olhada rápida para a irmã e achou Passion observando-a atentamente. Ela se voltou para a tia. —Mas e se você estiver errada? E se eu não for um pêssego, Tia Matty? —Humph, acredite em mim, você é. E Matthew Hawkmore está desesperado para arrancá-la da árvore. Ouço sinos de casamento sempre que ele se aproxima. Casar com Matthew? O coração de Patience saltou e então correu nervosamente. Ele poderia querer que ela ficasse com ele por um tempo, mas ele tinha dito especificamente que não estava interessado em sua mão. Ela agitou a cabeça. —Matthew Hawkmore não está mais interessado em casamento do que eu. —Oh, claro que ele está. Céus, Patience, para uma menina tão brilhante, você pode ser muito obtusa. Patience fez uma careta e contou com a irmã. —Você diria algo, por favor? —Certo. — Passion encontrou o olhar dela. —Eu, também, acredito que você seja um pêssego. As sobrancelhas de Patience ergueram com surpresa. —O quê? —Isso— Tia Matty disse com arrogância. Passion debruçou para frente. —Quanto a Matt—os olhos gentis dela pareciam tão certos—ele é um homem bom e decente - um homem que, eu acredito, quer ser seu. Meu? Passion sorriu suavemente. —Vejo quanto ele olha para você, querida - com tal intensidade terna. Ontem à noite na soirée musical, todo mundo viu. Patience ficou tensa. Tudo estava ficando às avessas? Ela tinha um plano para sua vida - um que não incluía pêssegos e casamento. Ainda assim sua tia e irmã pareciam ver as coisas de forma diferente. E o mais desestabilizante de tudo, ela parecia estar vendo as coisas de forma diferente, também. Por quê?

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Porque você está diferente. E a cada dia você deve estar um pouco mais diferente. Mas você não deve se preocupar, quanto mais diferente você se tornar, mais deverá se reconhecer. Patience fez uma careta. Ela havia acreditado nisto na noite anterior, e apenas parecia mais e mais verdadeiro. Como Matthew, que a conhecia tão pouco, podia estar tão certo? E como podia ela, que se conhecia tão bem, estar tão errada? A careta dela aprofundou. Ela odiava estar errada. Havia algo de muito desconfortável e inconveniente nisto. Ela ergueu o queixo enquanto olhava para a irmã. —Obrigada por mencionar a soirée musical. — Ela girou para Tia Matty. —Lembrei que devemos partir logo para Londres e Cavalli. Espero que você esteja pronta quando a hora chegar. Tia Matty revirou os olhos e agitou a cabeça. —Oh, Patience. O que é mais importante? Outra lição de música ou a sua felicidade eterna?— Ela ergueu uma sobrancelha prateada. —Cavalli ou Matthew? Matthew. Patience cerrou as mãos em punhos. —Isto é ridículo. Matthew não está interessado em casamento. Ele mesmo me disse isso. — Ela ergueu suas luvas da mesa. —Agora, devo ir. Ou vou faltar à caça. Patience correu para partir, mas antes de poder fechar a porta, ouviu a voz de Tia Matty. —Pêssego podre. Nunca vou me perdoar se ela se tornar um pêssego podre. Franzindo o cenho, Patience fechou a porta um pouco mais forte do que o necessário e então andou a passos largos pelo corredor. Matthew não queria casar. Ele havia dito isso. Entretanto - ela colocou as luvas enquanto caminhava - ele também havia escrito em sua nota que era seu príncipe. O que isso queria dizer? Ela girou a esquina que levava para longe dos quartos da família. Provavelmente nada. Era apenas uma nota caprichosa, queria ser divertida e frívola. Não tinha nenhum significado especial, nenhuma importância. Era apenas uma nota... Seus pensamentos pararam quando ela entrou no hall de entrada do terceiro andar e deu de cara com Lady Humphreys e suas companheiras constantes. A marquesa ergueu as sobrancelhas altivas e deu a Patience uma olhada da cabeça aos pé. Ela girou para uma de suas amigas. —Você lembra, Amelia, do hábito atordoante que Lady Rosalind vestiu para esta caça no ano passado?— A amiga anuiu com a cabeça muda. —Se a minha memória não falha— a marquesa continuou—era de uma cor azeitona rica, embelezada com adornos e botões de ouro. Tão mais moderada e de bom gosto do que as cores comuns—ela olhou intencionalmente para Patience— que azul. Patience agarrou suas saias de safira aveludada. Ela não estava com humor para lutar com Lady Humphreys. —Se a minha memória está boa, minha dama, você estava adornada com azul na noite passada. Então se está preocupada em parecer comum, talvez devesse ver seu próprio guardaroupa. Com licença.

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Com isto, Patience passou pelas damas e desceu os degraus depressa. Ela fez uma careta. A resposta tinha faltado brilho, mas foi o melhor que ela pôde fazer dadas as circunstâncias. Pausando a meio caminho degraus abaixo, ela deixou o olhar chamejar pela cena abaixo. Em suas jaquetas vermelhas de caça, os cavaleiros eram pontos brilhantes e parecidos no meio da multidão. Ela não viu os ombros largos e o cabelo dourado de Matthew - nenhum olhar escuro e penetrante. Por que ele nunca estava lá quando ela o queria? A careta aprofundou. Por que ela deveria querê-lo? Descendo apressada o resto dos degraus, ela girou na direção oposta da multidão e se moveu em direção aos fundos da casa. Ela se sentia puta, tensa e fora de eixo. Os saltos da bota batiam vivamente no chão, e ela passou por vários quartos. Ela nem sabia aonde estava indo, ela apenas procurava… —Patience. Ela congelou e o coração correu. A voz veio do cômodo que ela havia acabado de passar. Seu humor doente persuadiu que ela mantivesse caminhando, mas ela não podia fazer isto. Girando devagar, ela achou Matthew logo na entrada, os olhos bonitos fixos nela. Usando uma jaqueta vermelha, calça bege e botas de montar pretas, ele estava bonito demais para palavras. O corpo dela ficou trêmulo e a respiração ficou curta enquanto ela olhava fixamente em seu olhar doce e terno. Olhar que fazia com que ela sentisse vontade de correr para seu abraço e nunca mais partir. Olhar que fazia com que ela quisesse desejar. Ela ficou tensa. Esperança era perigoso. A esperança não deveria ser favorecida. Melhor apenas apreciar o que existia do que desejar o que nunca aconteceria. Os pensamentos de Patience foram interrompidos quando um menino alto apareceu ao lado de Matthew. —Deus do céu— o menino ofegou, os olhos alargando enquanto olhava fixamente para ela. Matthew ergueu as sobrancelhas enquanto avançava e trazia Patience para o cômodo. —Senhorita Dare, por favor, permita-me apresentá-la ao Sr. Mickey Wilkes. O menino tirou o chapéu, revelando o cabelo preto que caiu adiante ao redor do rosto. —Lady— ele disse reverentemente. Patience tentou escapar de seu mau humor. O rapaz tinha beleza juvenil e olhos inteligentes. Ela deu um pequeno sorriso. —Eu não sou uma ‘lady', Sr. Wilkes, sou apenas uma ‘senhorita’. Mickey Wilkes amassou o chapéu em sua mão enquanto agitava a cabeça. —‘Perdoi’ por ter ‘discordado’, Senhorita Dare, mas você - você pode ser o que quiser. Quero dizer, você—ele a olhou de cima a baixo antes de retornar o olhar para ela com uma sacudida de cabeça—você é tudo. Patience deu a ele outro pequeno sorriso. —Obrigada, Sr. Wilkes. Ele sorriu. —Obrigado a você, Senhorita Dare. Matthew agitou a cabeça.

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—Certo então, fora, Lancelot 35. Você tem dragões para matar. Mickey fez uma careta. —Quem é Lancelot? —Um cavaleiro valoroso— Patience ofereceu. —Que furtou a mulher de outro homem— Matthew adicionou, dando um clarão ao menino. —Agora cuide dos seus negócios. O sangue de Patience aqueceu. Ela era a mulher de Matthew? Como ela podia ser, quando logo o deixaria? Não o deixe. A careta do menino afundou enquanto ele botava o chapéu de volta na cabeça. —Sim, certo. — A sobrancelha desanuviou enquanto ele girava para Patience. —‘Pirdoe-mi’ por sair tão subitamente, Senhorita Dare. Espero ter meu dia ‘ilumiado’ novamente por seu lindo rosto. — Ele sorriu e, apesar de não haver, provavelmente, mais de três anos de diferença entre eles, ele de repente pareceu muito jovem. —Bom dia, Senhorita Dare. Patience anuiu com a cabeça. —Obrigada, novamente, Sr. Wilkes. E bom dia. Enquanto o rapaz ia embora, Patience retornou o olhar para Matthew. Os olhos escuros se moviam sobre ela em uma intensa leitura. —Feche a porta— ele a ordenou tranquilamente. O coração de Patience saltou com excitação, mas no momento seguinte sua petulância chamejou. Ela estava lá, sem se mover, enquanto seu impertinência lutava com seu desejo. Então, aborrecida com sua própria indecisão, ela ergueu os ombros e girou para fechar a porta. Quando ela se voltou, Matthew estava caminhando para sua escrivaninha. Sentando contra a extremidade do revestimento, ele cruzou as pernas longas nos tornozelos e cruzou os braços sobre o peito. Apesar de a sala estar escura devido ao cinza do dia, ela podia ver, como sempre, seu olhar escuro lentamente se movendo sobre ela. As pontas dos dedos dela formigaram. —Você é bonita— ele disse suavemente. —Plutão nunca poderia resistir a uma Perséfone como você. — Ele pausou. —Venha aqui. Patience estremeceu com o som de sua voz, e ela avançou antes de poder se parar. Entretanto ela parou, dura com o esforço de permanecer arraigada. Ela não tinha que obedecer. —Você que venha até mim— ela disse rígida. A linda boca de Matthew aumentou um pouco nos cantos, e ele agitou a cabeça. —Realmente, Patience. Essa é uma pequena frente a se fazer, não é? Ela fez uma careta e de repente se sentiu um pouco tola, o que apenas serviu para vexá-la mais. —Todavia, é minha frente. —Você frequentemente permanece contra seus próprios desejos tão simples?

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Lancelot - personagem lendário das histórias do Ciclo Arturiano, também conhecido por Lancelot do Lago, Cavaleiro da Carroça e Cavaleiro Branco. Lancelot era o mais valoroso guerreiro do rei e o mais hábil domador de cavalos selvagens.

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Patience cerrou a mandíbula e odiou por ele estar falando a verdade. Quando ela não respondeu, as sobrancelhas dele ergueram. —Sei que você quer vir até mim. Olhe para você, toda tensa e rígida com o esforço de não se mover. Não me agrada vê-la assim, Patience. Deus, ela começou a temer que houvesse iniciado uma batalha perdida. —Então ponha fim a minha tensão e venha até mim. Ele apoiou as palmas contra a extremidade da escrivaninha. —Você sabe que eu não farei isto. —Por que não?— A voz dela soou tão apertada. —Como você disse, é apenas uma frente pequena. Seguramente você pode favorecer um pedido tão insignificante, não? —Não. — Ele a segurou com seu olhar firme. —E não tente me manipular comparando pequenez com insignificância. Você está me testando, sobre algo pequeno e insignificante, mas o teste propriamente dito não é insignificante. Patience se eriçou com as palavras pequeno e insignificante. —Você pensa que se eu for até você, terá ganhado uma batalha. Você pensa que se sentirá melhor sobre as emoções que estão se rebelando em você. Talvez até prove que as últimas duas noites estavam erradas. Sim! Patience engoliu o amontoado em sua garganta. —Mas a verdade é que a batalha que você está lutando não é comigo; é com o seu orgulho e com suas antigas noções confusas. Eu não sou seu inimigo. Sou o aliado de seu verdadeiro eu. Mas se eu ceder ao seu ‘pedido insignificante', terei te desertado. Você sentirá uma vitória passageira, apenas para ser seguida por uma decepção monumental. Deus, isso era verdade? Ela olhou fixamente em seu olhar escuro, que não oscilava. —Não se preocupe— ele murmurou. —Eu não falharei com você. Patience puxou uma respiração sufocada de alívio, e a realização do que aquele alívio queria dizer inundou-a no mesmo momento. Deus do Céu, o que estava acontecendo com ela? —Agora—ele plantou os pés separadamente e deitou as mãos sobre as coxas musculosas — salve esta desobediência para algo que realmente a irrite e venha até mim. Ela pausou enquanto sua última resistência fazia uma frente fraca. Ele lentamente estendeu a mão, palma para cima. O coração de Patience bateu forte no peito. Apenas vá para ele. Você quer. Em apenas um momento, a mão dela estava na dele e ele a colocou entre suas pernas longas. Ela olhou fixamente para seus olhos escuros com muitos cílios. Assim era melhor. Era tão bom estar perto dele. —O que você está pensando agora?— Ele perguntou. —Estou pensando no quão melhor é estar perto do que longe de você. A expressão dele suavizou. —Beije-me, Patience. Patience sentiu a facilidade do corpo inteiro enquanto deslizava uma mão na nuca dele e curvava a outra junto à mandíbula de Matthew. Balançando a cabeça, ela apertou os lábios

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separados avidamente contra sua boca. Entretanto ele permaneceu quieto e não a beijou de volta, ela sabia que ele logo cederia. Novamente ela tocou a boca na dele, saboreando-o e mordiscando a abundância de seu lábio inferior. Ela viu os olhos fecharem, e ele suspirou suavemente enquanto a cabeça caía para trás. O desejo chamejou e Patience apertou a boca aberta e flexível junto ao seu queixo e mandíbula. O cheiro de sua pele com aroma de vetiver a intoxicou. Finalmente, com um gemido baixo, ele trouxe a boca para a dela, capturando-a em um beijo profundo, possessivo. A língua punhalou e os braços a puxaram firmemente contra ele. O sangue de Patience correu apressado para seu núcleo e encheu o pequeno coração necessitado que pulsava entre suas pernas. Ela enrolou os dedos no cabelo curto da nuca dele e se debruçou nele enquanto ele acariciava a língua na dela. A mão apertou contra as camadas de suas saias em uma tentativa de puxar os quadris para mais perto. Isso - este abraço urgente - era o que ela havia ansiado desde que havia despertado. Ela ofegou em sua boca enquanto sentia a mão dele em seu peito. Os mamilos apertaram e os espartilhos atrás de suas costas deram arrepios contra a imprensa de sua roupa. —Toque-me— Matthew disse contra os lábios dela. —Toque-me e sinta o quanto eu a quero. Alcançando entre eles, Patience apertou a mão contra a coluna espessa de sua ereção. Ele gemeu contra o canto de sua boca, e o clitóris dela pulsou enquanto uma corrida súbita de umidade molhava as coxas. Deus, ela amava a sensação dele. Ele era tão duro e grande que ela se perguntou como podia ter tomado essa espessura com a boca. Enrolando os dedos firmemente ao redor dele, ela ficou mais molhada enquanto ele empurrava repetidamente contra sua mão ávida. A respiração dela acelerou, e, ainda assim novamente, ela se achou se perguntando como seria senti-lo empurrando entre suas pernas. A boceta cerrou e pulsou. O braço dele apertou ao redor dela e a voz veio em sua orelha. —A sensação do meu pau a deixa molhada e faminta? —Sim— Patience ofegou. Ela envolveu as bolas inchadas dele e se curvou contra ele. Matthew gemeu e apertou mais duro contra ela enquanto apertava seu seio. —A sensação a faz ansiar pela liberação? —Sim. Sim!— Patience torceu enquanto o clitóris começava a pulsar seriamente. Matthew continuou a empurrar contra sua mão. A respiração dele fazia cosquinha nela enquanto ele a mordia ternamente, e ainda assim firmemente, no lóbulo de sua orelha. —Você quer que eu te dê a liberação agora? O corpo dela tremia com desejo. —Sim. —Você está desesperada por ela agora? —Sim! Patience mordeu de volta um grito enquanto Matthew de repente a girava e curvava suas costas contra a escrivaninha. Ele estava entre suas pernas e, apesar das muitas camadas de saias, ela podia sentir a marca de seu corpo contra sua necessidade mais tenra. Os quadris balançaram e ela agarrou as lapelas da jaqueta dele. Sim!

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Curvando sobre ela, as feições lindas estavam apertadas. —Mas eu digo não. Levou um momento para as palavras dele serem registradas na mente de Patience. Ela congelou. —O quê? Os olhos escuros a consideraram atentamente. —Eu disse não. Temo que você deva ser castigada por sua pequena explosão de desobediência. Os olhos de Patience alargaram em descrença. —Você não está falando sério. —Claro que estou falando sério. Você pensou que não haveria nenhuma repercussão?— Matthew ergueu as sobrancelhas enquanto recuava dela. —Minha doce Patience, sua desobediência sempre será castigada. Eu fui indulgente com você ontem à noite, mas é hora de você começar a aprender suas lições. Patience arremessou para uma posição cômoda enquanto raiva quente rugia por ela. Ela podia ver sua ereção, espessa e forte. O clitóris batia. —Eu exijo satisfação— ela disse ferozmente. Matthew endireitou sua jaqueta. —Você não exigirá nada. Porque se o fizer, não conseguirá nada. Patience sentiu as bochechas queimarem com fúria e ressentimento. —Muito bem— ela retrucou enquanto agarrava as próprias saias. —Devo me satisfazer. Matthew nivelou o olhar escuro no dela. —Coloque um dedo entre essas pernas adoráveis e eu a colocarei sobre o meu joelho e te darei a surra da sua vida. Patience recuou em choque, mesmo enquanto o clitóris palpitava. Ela estreitou os olhos. —Você não ousaria. —Oh, eu certamente ousaria. Patience segurou o olhar fixo e escuro, mas ela não podia descobrir a mais leve nota de gracejo ou insinceridade. Ela saiu de perto da escrivaninha e pôs as mãos na cintura. —Você realmente faria isto, não é? —Não apenas faria, mas farei. Patience ficou completamente vexada e muda enquanto a corneta distante chamava os convidados para a caça. Matthew correu as mãos pelo cabelo e tirou um pelo de sua manga. —Nós devemos ir. Você precisa de um momento para se tranquilizar? —Precisar?— Sacudindo a cabeça, Patience se arrumou e passou por Matthew. Abrindo a porta com força, ela pausou e então bateu a porta trás de si. Isso. Ela ergueu o queixo e andou a passos largos pelo corredor. Toda composta. ***

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Com seu chapéu debaixo do braço, Matthew ergueu o queixo e endireitou sua gravata enquanto descia os degraus para o andar principal. Ele sorriu enquanto pensava em Patience - sua doce resistência, sua rendição breve, e sua saída mal-humorada. Coitadinha, ela realmente estava em falta de algum castigo sério. O sangue dele correu apressado. Hoje, ele a provaria. Hoje, ele teria tempo com ela. O coração dele estava cheio. Hoje eles teriam tempo juntos. Saindo sobre o pórtico dianteiro, Matthew achou o caos selvagem que sempre precedia uma caça. Pessoas e cavalos estavam em todos os lugares. Metade dos convidados estava montada, metade não, enquanto os meninos dos estábulos se apressavam para fornecer a montaria apropriada àqueles que não trouxeram sua própria. Os cavalos cabriolavam e relinchavam em excitação, enquanto os cães de caça latiam ruidosamente para o orgulhoso mestre dos foxhounds 36. O treinador estava de pé ao lado do terrier e berrava ordens afiadas para os fox-terriers vivazes, que se mantinham a uma distância curta. Servos de caça, já montados, se moviam nos fundos da multidão. Usados para ajudar os cavaleiros menos experientes e abrirem os portões de modo a oferecer caminhos, eles também ajudavam os cavaleiros a ficarem em curso. Todavia, apesar dos melhores esforços dos servos de caça, muitos convidados se perdiam. Era uma circunstância que se ajustava aos planos dele perfeitamente. Ele achou Patience na multidão e deixou um pequeno sorriso vir aos lábios. Ela estava bem montada na égua que ele havia instruído Jimmy a selar para ela. Ele colocou suas luvas. Será um ótimo dia. Ajeitando o chapéu na cabeça, Matthew trotou abaixo os passos largos do pórtico e se dirigiu à frente da multidão. Enquanto ele passava no meio dos convidados, estava bem ciente do fluxo e refluxo de murmúrios que o seguiam. Ele os ignorou. Mais cedo, enquanto ele passava pela biblioteca, viu várias pessoas importantes, inclusive Lorde Wollby, olhando o jornal. Eles não podiam ter deixado de ver a manchete da página de negócios: A Grande Estrada de Ferro do Oeste ganha a aposta e supera as adversidades. O artigo o creditava pessoalmente pela aquisição da Gwenellyn, e continuava especulando que se a GEFO tivesse sucesso com seu próprio carvão e reduzisse os custos da ferrovia no processo, mais companhias de ferrovias com certeza seguiriam os passos da GEFO. Certamente, o artigo observava, isso mudaria a face e o poder da estrutura destas duas indústrias monumentais. Era um artigo maravilhoso. Um que seguramente causaria uma virada no curso da fofoca o cercando - se já não o tivesse feito. Matthew bateu no chapéu enquanto passava pela Condessa de Mayfield e sua filha. As damas sorriram e ele também. Se ele pudesse fazer isto, revolucionaria os negócios da ferrovia. Matthew ergueu a sobrancelha. E tudo porque o Conde de Benchley tinha escolhido ser um filho da puta. Matthew achou o irmão com os outros cavaleiros experientes que conduziriam a caça - os Lordes de Brammley, Hillsborough e Sefton eram apenas alguns. Mark sorriu. —Esperava que você viesse. Jimmy selou o Dante para você. Monte e junte-se a nós. 36

Foxhound - qualquer uma das várias raças de cães de porte médio treinadas para caçar raposas e que possuem pelo brilhante com combinações de marrom, preto e branco.

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—Obrigado. — Matthew acariciou o pescoço do garanhão do irmão. —Mas Farnsby me pediu para me juntar a Asher e a ele. —Mas que diabo, não me diga que você aceitou?— Roark Fitz Roy parou ao lado de Mark. — Farnsby e Asher são excelentes, mas se você montar com eles, ficará na traseira. Matthew olhou para Fitz Roy. —Sim, mas eles me chamaram. Aparentemente eles não têm medo de que eu pare para aparar as sebes enquanto montamos. Fitz Roy pausou e deu uma olhada rápida para Mark, que estava sorrindo amplamente. Aparentemente, o homem não estava certo se deveria rir ou não. E Matthew não estava certo também. Ele realmente havia feito uma piada a sua própria custa? Ele sentiu um sorriso lento tomando a boca. Fitz Roy riu, mas encolheu os ombros. —Eu teria te chamado, mas como você se tornou um maldito monge, ninguém sabe o que fazer com você. Matthew deu a Fitz Roy uma careta falsa enquanto o homem se movia. Mark se debruçou sobre sua sela. —A propósito, ouvi sobre o que aconteceu ontem à noite entre Patience e Lady Humphreys. Esta manhã, eu disse a ‘Humph’ para ir. E também dei a Fenton a rejeição.— Mark fez uma careta. —Você sabia que ele foi o autor daquela petição para removê-lo do White? Matthew anuiu com a cabeça. —Sim, mas o homem é considerado por todos um bundão incoerente, então não será bom para mim me envolver. —Você está me dizendo que eu não devia tê-lo pedido para partir? —Não, ter chutando o bundão dele para fora daqui é realmente bastante perfeito - e eu amo a ironia. Mark riu. —Senti a sua falta. Matthew deu uma olhada rápida para os olhos azuis do irmão e sorriu. —É bom estar de volta ao caminho certo. Mark sorriu amplamente. —Falando em caminho, por que você não faz Farnsby e Asher se juntarem a nós na frente? Matthew agitou a cabeça. —Não quero ser responsável pelas mortes deles. Além disso, pretendo me perder hoje. Mark fez uma careta. —Você pretende se perder? —Sim, junto com certa jovem mulher. A careta de Mark afundou. —Droga, Matt— ele disse tranquilamente. —Não posso permitir isto. Já que Patience está aqui, está sob a minha tutela.

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Matthew quase sorriu com a noção do irmão como guardião da virtude de uma mulher. O amor e o casamento realmente mudavam as coisas. —Eu não tinha que dizer a você os meus planos. —Mas você disse. Matthew encontrou o olhar duro do irmão. —Você não pode me manter longe dela, Mark, mais do que eu pude mantê-lo longe de Passion. A única pessoa que me manterá longe de Patience é ela mesma. Naquele momento, Jimmy subiu com Dante. Matthew depressa montou o grande cinza enquanto Mark se sentava atrás em sua sela. O irmão olhava fixamente para ele, e Matthew podia ver que ele estava refletindo sobre suas opções. Mas a menos que Mark o trancasse e enviasse Patience para casa, havia pouco que ele pudesse fazer. —Aonde você planeja levá-la? —Gwyn Hall. —Cristo, por que tão longe? —Não quero quaisquer interrupções. Mark olhou o céu nublado. —Se esta tempestade ficar feroz, você será pego. —Isto é exatamente o que estou desejando. — Matthew piscou. —Cubra-nos, certo? Mark fez uma carranca sob a borda de seu cartola. —Por que você não apenas se casa com ela, e então eu não terei que cobri-los? — ele rosnou. —Realmente, eu acabei de decidir fazer isto. — Girando Dante, Matthew deu uma olhada rápida para o irmão com os olhos largos e se permitiu um pequeno sorriso. —Não diga nada. A dama é espinhosa sobre o assunto. Enquanto Matthew montava para longe, o riso de Mark ecoou atrás dele. E isso fez o sorriso dele aumentar. Ele não tinha a intenção de contar os planos ao irmão, mas agora ele estava contente por ter feito. Além de fazer seu namoro com Patience muito mais fácil, dizer as coisas para Mark sempre fazia parecê-las mais reais. Matthew voltou na direção de onde havia visto Patience pela última vez. Ele a achou facilmente e, parando, estudou-a de longe. Sua postura adorável e seu cabelo brilhante, mesmo preso com um laço, fazia com que ela se distinguisse na multidão. Ela se sentava lateral e graciosamente em sua sela e o véu de seu chapéu tremulava contra sua bochecha na brisa. Ele fez uma careta quando notou Montrose e dois outros homens conversando com ela. Ela não podia estar em qualquer lugar sem a companhia de admiradores. Ele odiava isto. Ela deveria estar ao seu lado, e o mundo inteiro deveria saber que ela era sua. Logo… —Ei, Hawkmore, você está aí! Viu, Asher, eu te disse que ele viria. Farnsby e Asher pararam na frente dele, bloqueando sua visão de Patience. Matthew anuiu com a cabeça. —Cavalheiros.

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—Asher estava certo de que você o ignoraria. Mas apostei dez libras que você não iria. E aqui está você. — Farnsby deu uma olhada rápida para Asher. —Você pode me pagar mais tarde. Asher se moveu desconfortavelmente em sua sela. —Tudo bem, Asher. — Matthew bateu levemente contra o ombro musculoso de Dante. —Eu poderia ter apostado contra mim, também. Não tenho sido muito social ultimamente. Asher sorriu justamente quando a voz de Mark ecoou sobre a assembleia. Matthew escutou o irmão dar as boas-vindas aos seus convidados para a caça e disse a direção geral do percurso. Então a bebida da despedida foi servida. Enquanto todo mundo bebia cordialmente, Matthew deu uma olhada rápida na direção de Patience. O coração bateu um pouco mais rápido quando ele viu que ela estava olhando para ele. Oh, que dia ele tinha esperando por ela. Ele anuiu com a cabeça e tocou a borda de seu chapéu. Um rubor escureceu as bochechas dela, mas ela não desviou o olhar. Realmente, seus olhos verdes quase pareceram o desafiar. Mas no momento seguinte, ela foi bloqueada de sua visão enquanto a chamada para a caça soava, e todo mundo começava a sair. Indo para os fundos com Farnsby e Asher, ele localizou Patience à sua frente e então parou em sua sela para aguardar a perseguição. Pareceu a Matthew que os cães de caça levaram um tempo interminavelmente longo para pegarem o odor da raposa. Durante isso, Farnsby e Asher entabularam uma conversa inativa e aparentemente infinita. Outra hora ele teria apreciado mais a companhia deles, por serem companheiros realmente decentes e divertidos. Mas ele estava ansioso para a caça, e manteve o olho no cabelo brilhante e nas costas retas de sua presa pessoal. Quando a corneta finalmente soou, seu coração saltou e o sangue correu apressado. Finalmente! Com um toque de suas botas, ele persuadiu Dante adiante. Ele queria montar com tudo enquanto assistia o grupo principal de cavaleiros depressa se separar do resto. Mas hoje ele precisava ser paciente. Em momentos, eles se foram, saindo grupos dispersos de cavaleiros para seguirem em sua caça. Sua presa adorável montava firme e forte, em um grupo em direção ao meio. Mantendo um passo fácil, Matthew ficou com Farnsby e Asher, que fizeram seu melhor para acompanhá-lo. Ele os favoreceu por algum tempo enquanto assistia a distância entre Patience e ele crescer mais. Mas quando ela finalmente desapareceu em uma extensão do bosque, ele tomou sua decisão de se separar deles. Uma sebe alta assomou ao longe. Seus companheiros teriam que ir. Ele falou por sobre o ombro para eles. —Preciso dar a Dante uma corrida. Até mais. Farnsby e Asher ergueram as mãos em despedida, e Matthew saiu. Sob o céu escurecendo, ele se curvou sobre o pescoço de Dante e persuadiu o cavalo a um galope. O cinza arremessou, e Matthew sentiu o coração acelerar enquanto o grande cavalo achava seu passo largo. A sebe ficou mais e mais perto. Os cascos de Dante batiam na terra com um trovejar poderoso que ecoou no coração de Matthew. Ele ouviu trovões a distância. Dante galopou mais e mais rápido. A sebe ficou mais perto, até que parecia uma grande parede diante deles.

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Matthew puxou a respiração, e então eles saltaram. De repente, tudo ficou mudo enquanto eles voavam pelo ar, cascos e coração estirando e puxando. Então, quase assim como começou, o voo terminou enquanto o chão se rebelava para encontrá-los. E uma vez mais, cascos e coração bateram juntos. Sebe atrás de sebe, portão atrás de portão, Matthew se aproximou de sua presa. Seu sangue corria apressado enquanto ele atravessava um pequeno bosque e a viu por um momento no topo da crista diante dele. Enquanto os cães de caça uivavam ao longe, ele deu um grito de vitória. *** Patience podia ouvir a corneta ao longe. Mergulhando em uma colina íngreme em um denso arvoredo de carvalho e árvores de vidoeiro, ela seguia seu chamado. Aqueles com quem ela montava apareciam e desapareciam entre as árvores. As damas eram sombras passageiras, os flashes de cavalheiros eram brilhantes com cor. Mas menos experiente do que eles, ela era forçada a diminuir a velocidade consideravelmente enquanto fazia sua passagem pelas arvores espessas. Não demorou muito para ela se perguntar se de alguma maneira tinha sido deixada para trás. O vento moveu o pálio lotado de folhagem sobre ela. As folhas e galhos sussurravam e sussurravam, mas ficaram quietos e um silêncio pesado seguiu. Apesar do baque amortizado dos cascos da égua no piso folhado, ela estava distintamente ciente da quietude. Rastejava pela vegetação quieta e pairava no ar estático. Patience persuadiu seu cavalo adiante, procurando por uma abertura nas árvores escurecidas. Foi então que ela ouviu - o som de um trovão. Rolou por detrás dela, e pareceu ficar mais e mais alto. Um calafrio correu por sua espinha enquanto ela batia as botas na lateral de sua égua. As árvores começaram a afinar e ela aumentou seu passo. Mas o trovão se tornou um tambor em suas orelhas. Ecoava com o bater dos cascos de sua égua. E quanto mais rápido ela montava, mais rápido parecia segui-la. Ela ofegou graças a Deus quanto viu uma abertura nas árvores. Mudando de direção à direita, ela levou sua égua acima de um toco largo e saltou na expansão de um prado vazio. O alívio a inundou, mas em dois passos largos ela clamou em susto quando um cavalo e um cavaleiro enorme bateram no chão ao lado dela. Ofegando com medo e esporeando seu corcel, ela olhou brevemente em olhos escuros, predatórios. Matthew! O coração bateu forte, mas apesar de seu medo ter virado uma excitação perigosa, ela não diminuiu a velocidade. Mais ainda, persuadiu sua montaria a uma velocidade maior. O corpo da besta embaixo dela se tornou uma extensão de seu corpo. O vento frio chicoteou o rosto de Patience, mas o trovão dos cascos era muito alto para ser apenas de seu cavalo. Dando um olhar por sobre o ombro, ela ofegou ao ver Matthew a apenas meio metro atrás dela. A expressão era feroz e totalmente séria, e, Deus, seu enorme cinza nem parecia estar cansando.

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Com um pequeno grito, Patience bateu os sapatos na lateral da égua, mas a besta adorável estava em seu limite. Trovão ribombava acima dela, trovão ribombava atrás dela. Ambos pareciam que a tomavam. De repente ela viu a cabeça gigante do cinza ao lado dela, sua juba preta esvoaçando. Ela mudou de direção, mas ele a seguiu. O sangue batia nas orelhas enquanto ela tentava evadir. Mas ele era tão inabalável quanto seu cavaleiro, que ela podia sentir ao seu lado. Ela ficou tensa. Girando, ela olhou fixamente diretamente nos olhos ígneos de Matthew. Um trovoar ribombava enquanto ele a pegava de seu cavalo.

Capítulo Quatorze - Terceira Submissão Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua… Cantares de Salomão 4:11 Patience ofegou enquanto Matthew a puxava firmemente contra ele. Vermelha com a excitação da perseguição, ela de repente ficou superada por uma alegria profunda e primitiva em ser capturada. O braço de Matthew era forte ao redor de sua cintura e seu tórax duro contra as costas. Ela podia ouvir sua respiração, rápida e rasa, e podia sentir seu poder. Envolvia-a como um capote morno. Aqui era onde ela pertencia - com ele. Ele não disse nada, mas girando seu cavalo, ele cavalgou de volta para as árvores. Lembrandose de sua égua adorável, Patience deu uma olhada rápida por sobre o ombro. Surpreendentemente, a beleza de olhos suaves os estava seguido. A voz de Matthew veio em sua orelha. —Beatrice é a companheiro de Dante no estábulo. Ela o segue aonde quer que ele a guie. Patience estremeceu ao sentir a respiração de Matthew. Um raio relampejou atrás de nuvens e um trovão ribombou acima. O céu estava cada vez mais escuro. Eles reentraram nas arvores e esperaram Beatrice parar ao lado deles. Uma vez que ela o fez, Matthew amarrou as rédeas dela na parte de trás de sua sela. —A tempestade pode assustá-la— ele disse, voltando-se para Patience e juntando-a firmemente contra ele. —Ela se sentirá mais assegurará amarrada ao seu companheiro. —Sim— Patience respirou enquanto se debruçava no calor do corpo de Matthew. E então eles estavam montando depressa pelas árvores densas - mais rápido do que ela havia montado antes. Mas ele não seguiu o caminho que ela tomara. Em vez disso, eles estavam viajando mais fundo na floresta. Uma excitação formigou logo abaixo da pele. Onde ele a estava levando? Ela se apertou mais aconchegada no abrigo de seus braços enquanto um vento afiado começou a esbofetear as árvores. Trovões caíam e raios brilhavam, mas ainda assim eles seguiam seu caminho. Afinal, a chuva começou a cair. Fria e pesada, penetrava o pálio denso acima deles.

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Diminuindo a velocidade apenas ligeiramente, Matthew curvou a cabeça próximo a dela. Exatamente quando Patience começou a se perguntar se eles alcançariam seu destino, teve um vislumbre de luz através das árvores. Um momento mais tarde, eles saíram do bosque. Sob um círculo de céu aberto estava uma casa Tudor37. Com seu exterior de tijolos e luzes suaves brilhando de um par de janelas mais baixas, parecia morna e convidativa. Montando em torno da lateral da casa e através de um pátio largo, Matthew os parou diretamente em um estábulo aberto. Estava escuro, mas seco. O aperto de Matthew nela diminuiu enquanto ele saltava. Mas ele a agarrou. As mãos envolveram sua cintura, e ele a puxou contra ele enquanto a abaixava para o chão. Ela podia sentir sua tensão. —Fique— ele ordenou. Ela retraiu a respiração. O clitóris pulsava. Mas exceto por remover seu chapéu e colocá-lo sobre um barril, ela não se moveu. Dando as costas a ela, Matthew levou seu cavalo e sua égua para as sombras e acendeu uma luminária. A luz suave o iluminou. Ele pendurou a luminária em um gancho anexado em uma viga no centro entre duas baias, que agora eram ocupadas pelos cavalos. Enquanto Patience assistia, ele removeu o chapéu e a jaqueta de montar antes de cuidar primeiro de seu cavalo e então do dela. Ele nem mesmo olhou na direção dela enquanto removia as selas e equipamentos da égua e do grande cinza. Devia haver água e comida fresca no cocho, porque as bestas imergiam as cabeças repetidamente. Lá fora, a chuva continuava a cair forte. Apesar de estar molhada, Patience estava completamente quieta. Mas enquanto assistia Matthew colocar um cobertor sobre as costas da égua, uma inclinação inevitável de desobedecer começou a superá-la. Borbulhava sob o calor de uma excitação nascente, e seu orgulho contundido anteriormente erguia sua cabeça e dizia, Sim, faça isto. Tensa, ela esperou que ele terminasse. Ele cobriu o grande cinza com um manto e murmurou algumas palavras para as bestas. Então agarrou a luminária e trancou as portas das baias antes de finalmente girar para ela. Patience encontrou seu olhar escuro através da distância. O coração acelerou. Então ela deu um passo grande para trás. As sobrancelhas de Matthew abaixaram. —Eu disse, fique. Ela estremeceu com o som agourento de sua voz, mas o sangue estava correndo apressado nas veias. Ela deu outro passo grande para trás. Sob a luz da luminária a seu lado, ela podia ver o pênis dele inchar sob a calça de equitação apertada. A boca encheu d’água. 37

Tudor - o estilo Tudor, em arquitetura, é o último desenvolvimento da arquitetura medieval durante o período Tudor (1485–1603) e até mesmo além, por patronos conservadores. Seguiu o estilo perpendicular e, embora seja substituído pela arquitetura elizabetana na construção interna, o estilo Tudor ainda se manteve no gosto inglês, incluindo colégios, como os de Oxford e Cambridge, em que continuam a ser realizadas obras no estilo Tudor que coincida com os primeiros tempos do neogótico.

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O franzir dele ficou feroz enquanto ele pendurava a luminária em um gancho fora da baia e então lentamente removia as luvas. —Dê mais um passo e farei com que você se arrependa. Ela olhou fixamente para ele. A vulva umedecia. Não havia nenhum lugar aonde ir. Aonde quer que ela fosse, ele a pegaria. Mas ela já havia começado, e algo - algo mais do que apenas orgulho não a deixaria se submeter tão facilmente. Então ela se virou e fugiu para a chuva. O sangue corria enquanto ela erguia as saias e voava através do pátio largo para o piso coberto de folhas que limitava a casa. Gotas frias a molharam, mas ela mal as sentiu enquanto fazia sua corrida selvagem. Deus, era mais distante do que ela havia pensado. Ela deu uma olhada rápida para trás. O raio relampejou, e ela ofegou quando viu Matthew correndo para ela a toda velocidade. O coração saltou e ela tentou correr muito mais rápido, mas as saias molhadas eram pesadas e incômodas. Ela girou a curva em direção à frente da casa. Ela podia ver os degraus largos e finos da entrada. Quase lá! Ela olhou para trás novamente e gritou ao achar Matthew logo atrás dela. Então seus braços envolveram a cintura dela e ele a puxou contra seu corpo. Sob o barulho da tempestade a respiração quebrada dele estava em sua orelha, e uma excitação quente correu pelas veias dela ao ser capturada novamente. Mas ele a estava arrastando, não para a casa, mas através do passeio largo para o jardim dianteiro circular. Uma parede na altura da cintura de tijolo a circundava, e Patience ofegou quando ele vigorosamente a curvou sobre o topo. Deus, ele realmente iria fazer isto! Alegria a lavou, seguida por um choque de mortificação enquanto ele erguia as saias dela sobre suas costas e rasgava suas pantalonas em fragmentos. A parede baixa estava apertada contra o abdômen dela, e ela se sentia fria e molhada no traseiro e nas pernas. O rosto ficou quente mesmo enquanto o clitóris começava a pulsar. Ela pensou em tentar fugir mais uma vez, mas o braço de Matthew estava firme ao redor de sua cintura, e com a chuva caindo sobre seu traseiro nu, ela sentiu a primeira batida afiada e ardente da mão dele. Ela puxou a respiração e o corpo sacudiu, mas Matthew imediatamente bateu nela novamente, e então de novo. Os flashes de calor estouram através de sua carne. Cada batida rápida caía em um lugar diferente, acendendo um novo fogo. O calor se espalhava rapidamente através da totalidade de seu traseiro. A boceta pulsava. A chuva caía e trovões ribombavam sobre eles. Patience se achou empurrando contra o corpo de Matthew - debruçando contra a força dele mesmo enquanto ele dava mais pancadas ardentes. Lágrimas afluíram. Não por causa da dor, mas por causa da promessa. Cada batida parecia cheia dela. Poderosa e sedutora em sua beleza, chamava-a e atraía-a sempre para mais perto de sua fonte. Matthew— Patience ganiu e suas lágrimas afluíram mais enquanto a mão de Matthew descia com muito mais força. A dor súbita da batida pesada da mão difundiu pelo corpo e subjugou seus pensamentos. Ela ficou tensa por mais, mas não veio. Enquanto Matthew a puxava e girava para longe da parede, ela sentiu um chamejar de decepção. Mas quando examinou seu rosto bonito, a chova gotejando nos planos e ângulos fortes, ela estremeceu com a paixão sombria cauterizada em suas feições - uma promessa sombria.

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Ele ainda não tinha acabado com ela. Sem uma palavra, ele agarrou as lapelas de sua jaqueta aveludada e as abriu com força. Os botões voaram e Patience ofegou quando ele a puxou bruscamente de seus braços e a jogou na parede. A blusa e o colete seguiram, cada um rasgando mais rapidamente do que ela imaginou ser possível e então jogando sobre a jaqueta dela. As árvores os cercando balançavam com as rajadas de vento. Patience estremeceu, mas Matthew não pausou. Ele e os elementos eram um - poderosos e primitivos. A boca era uma linha apertada, e as narinas chamejavam enquanto ele arrancava suas rendas e então desenganchava seu colete. Ele o jogou com suas outras roupas e Patience estremeceu com a realização de que logo estaria nua. Um grito suave escapou dela quando ele rompeu seu chemise e o puxou para a cintura. A chuva atacou seus seios nus, e os mamilos espessos, endurecidos. Matthew não deu nenhuma importância enquanto a girava e arrancava suas saias e crinolina. Patience ficou tensa enquanto as sentia se soltarem, e os dedos agarraram como reflexo nas camadas encharcadas de tecido enquanto elas começavam a cair. Mas Matthew as pegou, e então rasgou as sobras de seu chemise e pantalonas. Arrepios corriam na pele. Ela podia sentir a força e o intento inexorável de Matthew enquanto ele se movia ao redor dela, rasgando sua última peça de roupa. E então ela ficou lá de pé com nada além de suas meia-calças e botas de montaria. A chuva fria caía em seu corpo nu. Patience olhou para si mesma. Não havia nada entre a pele dela e as lágrimas de Deus. As gotas caíam sobre ela, limpando-a da inibição e enchendo com uma necessidade antiga e pura de possuir e ser possuída. Ela piscou contra a chuva enquanto erguia o olhar para Matthew. Ele ficou diante dela, o cabelo molhado emoldurando seu rosto e as lindas feições esculpidas nas linhas impiedosas e predatórias. As roupas estavam emplastradas no corpo e o pau magnífico inchava espesso e pomposo embaixo de seu calção. Os últimos fragmentos de seu chemise ainda estavam pendurados em seus punhos, mas ele os deitou no chão e então começou a caminhar devagar ao redor dela. Ela o seguia com o olhar, o corpo congelado com antecipação tensa. Os seios ergueram e as coxas ficaram trêmulas. Entre as pernas, ela sentia um calor feroz. Assim era como Perséfone se sentiu? No momento de sua captura, ela olhou fixamente nos olhos ígneos de Plutão e soube que sua vida nunca mais seria a mesma? E naquele momento ofegante, ela regozijou? Matthew se moveu de volta para ela. Uma arfada surpreendida saiu dela enquanto ele a agarrava e a erguia de sua pilha de saias. A voz era um grunhido baixo em sua orelha enquanto ele a arrastava de volta para a parede. —Você me pertence. Você é minha e apenas minha. E não vou mais tolerar a sua desobediência insignificante. Patience engoliu um grito enquanto, uma vez mais, Matthew a empurrou. A pilha de roupas dela a protegeu do contato com o tijolo duro, mas ela estava intensamente ciente do peso dos seios oscilantes e da lavagem da chuva em seu corpo nu. O braço de Matthew fechou ao redor de sua cintura. Ela sentiu a imprensa de seu quadril contra o dela. Então a mão aterrissou e uma explosão quente de dor estourou através de seu

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traseiro. Patience empurrou para cima e mordeu de volta um grito enquanto as lágrimas saltavam dos olhos. Matthew empurrou as costas para baixo e deu outra batida pesada nela. Patience gemeu e sua boceta cerrou. A mão de Matthew foi lentamente a sua nádega, acariciando, e então a ergueu. Outra batida dura veio, e outra. As lágrimas tomaram Patience enquanto as batidas fortes continuavam - cada uma era outra erupção chocante que reverberava por ela e nela. E enquanto Matthew batia duro e pesado, os trovões ribombavam em acompanhamento com o som molhado das batidas de sua mão e os gritos que ela não podia mais conter. Ela chorou e se contorceu contra ele - contra a força de sua vontade e a força de sua mão, nenhuma podia ser parada ou difundida. O braço era um círculo de ferro ao redor dela, e a mão chovia fogo. Ela lutou para escapar. Mas sabia que não iria. E sabia que não devia. E enquanto Matthew empurrava o pênis contra seu quadril e batia em seu traseiro em chamas, ela de repente sentiu como se estivesse se partindo - como se, a cada batida pesada, Matthew estivesse causando uma fissura irreparável a cada centímetro dela. Ela chorou e chorou. Ainda assim, mesmo enquanto ansiava que cada batida fosse a última, ela esperava por outra. O que aconteceria se ela se quebrasse completamente? Patience clamou ruidosamente quando a mão de Matthew desceu mais forte do que nunca. O pau empurrou contra o quadril dela. Ela chorou enquanto outra batida feroz aterrissou. Mas ele estava acariciando e apertando sua carne aquecida. Ela gemeu ao redor de suas lágrimas. O traseiro parecia quente e enorme, ainda assim ela tremia com um desejo diferente de qualquer coisa que já havia sentido - um desejo por Matthew. Um desejo que estirava tanto adiante quanto para trás desta vez. Um desejo que alcançava o eterno. O peito apertou e novas lágrimas saltaram aos olhos. Não havia volta. Ele era o que ela quereria para sempre. Antes de ela tê-lo conhecido, ele era o escolhido. No momento em que ela o viu, ele era o escolhido. Ele sempre seria. Deus, como ela viveria sem ele? As lágrimas caíram, indistinguíveis da chuva que descia pelos declives e fendas de seu corpo curvado. O toque de Matthew era tão inflexível quanto a água. Patience puxou a respiração enquanto os dedos dele deslizavam entre suas pernas, e então ela gemeu e se contorceu quando sentiu a umidade quente e lisa que estava fluindo de sua boceta. Matthew estremeceu contra ela, e então a puxou para cima. Ela caiu em seus braços, e quando ergueu os olhos para ele, seu corpo tremeu com o olhar apaixonado que ele deu a ela. Porque havia naquele olhar certeza absoluta - possessão absoluta. Pisando para trás, ele ergueu as saias dela e tirou suas coisas da parede. Então ele voltou para ela e, curvando, jogou-a sobre seu ombro. A respiração de Patience a deixou rápido, e a alegria correu por ela enquanto eles seguiam em direção à casa. O braço dele estava apertado em torno das partes de trás dos joelhos dela, e o ombro forte embaixo de seus quadris - e ainda, a tempestade continuava furiosa. De seu ângulo estranho de cabeça para baixo, Patience assistiu as pernas longas de Matthew enquanto ele andava a passos largos através do passeio e subia os degraus largos. O coração batia

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forte enquanto ele abria a porta e a levava além da porta. Então, da mesma maneira que depressa, a porta bateu. No silêncio súbito, as respirações ofegantes soavam altas. Um tapete vermelho e dourado apareceu abaixo dela e então retrocedeu enquanto Matthew cruzava o hall de entrada largo e se movia por um corredor com longos passos largos, cheios de propósito. Patience escutou o som das botas dele no chão de taco e o som a atormentou, a cada passo que ele dava a deixava mais perto de alguma nova realização - ou castigo. Os mamilos apertaram. Talvez realização e castigo fossem um e o mesmo. Eles entraram em um quarto bem iluminado, e Matthew soltou suas roupas encharcadas sobre uma cadeira de madeira antes de cruzar para a lareira. Patience esperou ser derrubada, mas em vez disso, ele deu uma batida afiada em sua nádega esquerda. Ela ofegou e então puxou a respiração quando ele bateu na nádega direita. Mordendo o lábio, ela enrolou os dedos em sua camisa, mas a batida não era tão dura quanto da última vez, o traseiro dela estava dolorido e sensível. Ela sentiu os lábios dele contra seu quadril, e então ele a abaixou diante do fogo. As pernas tremeram e ela tragou enquanto encontrava o olhar duro dele. —Há um bootjackiii ao lado da lareira. — A voz era baixa e como um veludo. —Tire as suas botas e meia-calças. E seja rápida. A umidade derramou sobre as coxas de Patience e seu coração bateu de modo selvagem. Imediatamente, ela foi para o jack e o usou para remover as botas de montar. Enquanto ela voltava apressada para diante do fogo, deu uma olhada rápida brevemente em torno da sala. Eles estavam em uma biblioteca grande, confortável por causa da iluminação de luminárias a óleo e mobília de aparência confortável. Mas ela não teve nenhum tempo de admirá-los. Ela podia sentir o calor no seu núcleo à medida que se movia, então ela retornou o olhar para sua tarefa e, tão depressa quanto podia, começou a desatar as ligas. Enquanto ela as desatava, a atenção continuou sendo atraída para Matthew. Ele desfez sua gravata. Então abriu o topo de sua camisa e, lenta e deliberadamente, ergueu as mangas - como se tivesse muito trabalho a fazer. O pau parecia enorme e duro sob a calça molhada. E, o tempo todo, ele a segurou com seu olhar escuro, que de alguma maneira conseguia ser suave e duro ao mesmo tempo. Patience ficou agitada enquanto soltava as ligas e então abria as meia-calças. Apesar de saber ser impossível - e ela não queria fugir - ela não pôde evitar e deu uma olhada rápida em direção à porta. —Nem pense nisto. Os mamilos imediatamente endureceram com o tom tranquilamente ominoso. Ela encontrou o olhar dele enquanto se endireitava. Ela almejava algo naquele tom - talvez a qualidade forte e inflexível. Mesmo enquanto a ameaçava, fazia com que ela se sentisse segura. Dizia que o que ela fazia importava - que ela importava, e que ele não a deixaria ir. Deixando as meia-calças caírem, ela ficou diante dele, nua e com arrepios de tensão. Matthew soltou sua gravata.

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—Solte o cabelo. Patience assistiu a seda preta oscilar de sua mão. Deus, ele iria amarrá-la? Ela queria isso ou não? Ela saltou enquanto ele de repente a girou e curvou. Então ela estava ofegando e se contorcendo enquanto ele a segurava contra ele e esmagava seu traseiro com força, batendo mais de algum lugar de baixo do que de cima. As arfadas dela viraram gritos, enquanto cada uma parecia um pouco mais dura do que a anterior. Também, ela sentia o poder de sua mão mais contra sua pele seca do que tinha sido antes na chuva. Calor rapidamente tomou o lado inferior tenro de seu traseiro. Mas apesar deste novo tormento, a boceta estava pesada e o clitóris doía. As lágrimas vieram facilmente agora, e ela lamentou com mortificação enquanto sentia seu desejo correndo pelas pernas. Matthew girou as costas dela e falou cada palavra lentamente. —Solte o cabelo. Com o traseiro pulsando e o peito erguendo, Patience depressa puxou os alfinetes de seu laço e os deitou no mantel com as mãos apertadas. Enquanto ela esticava a mão para remover mais, secou as lágrimas. —Não— Matthew disse baixo. —Deixe-as. Patience juntou as sobrancelhas em perplexidade. —As lágrimas. Deixe-as. Quero que você as sinta em seu rosto. Você esconde uma parte de si mesma quando as seca, e não aceitarei isto. — Ele ergueu o queixo dela com o dedo. —Como posso tocá-la onde você precisa ser tocada se você se esconde de mim?— Os olhos dele investigaram os dela. —Agora. Solte - o - seu - cabelo. Patience tremeu enquanto olhava Matthew. Não havia nenhuma parte dela que ele não insistia em ver? Ele estava olhando para partes e lugares dela que nem ela mesma via. O que ele acharia? O coração dela apertou e mais lágrimas afluíram. Agora não era a hora para tais perguntas. Ela ergueu as mãos para seus alfinetes e, enquanto removia o último, os olhos caíram para ereção linda e formidável de Matthew. Tão trêmula e tensa quanto estava, ela adorava a forma e espessura de seu órgão cheio - adorava o modo como ele se erguia diante dele, um símbolo orgulhoso de seu poder masculino. Removendo seu laço, ela deixou os cachos úmidos caírem nas costas. Não havia nada mais para ela tirar; e quando ela retornou o olhar para Matthew, ela de repente sentiu sua nudez. Impulsivamente, ela se envolveu com os braços. Matthew fez uma careta. —Ponha as mãos ao lado do corpo, e mantenha-as lá até que eu te diga o contrário. Oh, Deus! Apertando os olhos bem fechados, ela forçou as mãos contra as coxas. —Olhe para mim— ele disse firme. Os olhos de Patience abriram de repente, e ela os sentiu encherem d’água novamente. Mas ela não sentia nenhuma tristeza ou remorso, apenas um desespero feroz. —Sua nudez é para o meu prazer— ele disse mais suavemente. —Você não a cobrirá. Na verdade, você se abrirá para a minha visão sempre que eu comandar. E quando o fizer, olhará para

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mim com o conhecimento agradecido de que tudo que eu a comando é para o meu prazer - e então, para o seu. O clitóris de Patience doía com abundância. —Ainda assim o que eu comando é o seu castigo, e você o suportará para o meu prazer. E olhará para mim e me pagará o tributo de suas emoções, não importa que seja difícil. Está claro? Eu não posso obedecê-lo desta vez. Ela podia dizer as palavras sempre que quisesse… A careta dele aprofundou. —Eu disse, está claro? Ela mordeu o lábio enquanto uma de suas lágrimas derramava. —Sim, Matthew. O olhar dele pareceu seguir o caminho de sua lágrima. —Bom. — Ele se curvou para perto, e o trovão caiu do lado de fora enquanto ele apertava um beijo com os lábios abertos na trilha molhada em sua bochecha. Ela tremeu com desejo enquanto ele ia para longe. Os olhos escuros, com cílios longos estavam duros e cheios do reflexo do fogo. — Agora, erga seu cabelo. Patience o fez imediatamente, e enquanto Matthew girava ao redor dela, ela respirou o cheiro dele - água da chuva e vetiver. Ele olhou para ela abaixo enquanto puxava a seda lentamente através de sua nuca. Os olhos pareciam olhar dentro dela e ele pausou. —Acima de tudo, Patience, lembre-se de que você correu do celeiro porque confia em mim. Você correu porque anseia por uma mão forte, e confia que eu sei como fazer isso. Não é mesmo? Ainda segurando seu cabelo, ela olhou fixamente em seus olhos iluminados e as lágrimas afluíram. Era verdade. —Sim— ela admitiu suavemente. Mas por quê? Ela baixou o olhar. Por que ela almejava o que a maioria acharia intolerável? As lágrimas caíram enquanto a chuva também caía. Ela podia sentir cada uma, descendo pelas bochechas e deslizando pelos seios. Mas ela não podia secá-las ou escondê-las. Ela não podia ir embora para que elas não pudessem ser vistas. E ela não podia fingir que elas não existiam. Porque ele não deixaria. Ela ergueu o rosto molhado para Matthew. —Isso— ele disse suavemente. O olhar se moveu sobre o rosto dela como uma carícia. —Essa é a minha bela. O sangue de Patience correu, e de repente seu coração se sentiu cheio. Matthew acariciou os dedos suavemente junto a sua mandíbula. —Suas lágrimas me fazem quente e duro, e eu nunca me cansarei delas. Mas, claro, elas não são uma moratória. Tremendo de emoção e necessidade, ela não podia explicar, Patience esperou enquanto Matthew amarrava a seda firme ao redor de seu pescoço. Um raio brilhou. Ela respirava acelerado. O ato de ser atada oferecia algum conforto, mas não como na noite anterior. Tudo era exaltado agora - tudo era mais do que ela pensava que poderia aguentar. Ainda assim, ao mesmo tempo, não era o suficiente.

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Segurando-a logo abaixo do laço, Matthew trouxe-a para perto e deslizou os lábios ternamente sobre os dela. Mantendo as mãos ao lado do corpo, Patience se apertou contra ele e tentou conseguir um beijo mais fundo, mas ele foi para trás apenas o suficiente para mantê-la se agarrando para mais. Ela se ergueu na ponta dos pés, mas ainda assim ele recuou, dando apenas o mais leve dos beijos. —Deixe os pés separados— ele disse contra os lábios dela. Patience expeliu uma arfada frustrada, mas concordou. O clitóris pulsava enquanto Matthew andava para seu lado e acariciava seu seio e abaixo de sua barriga. Então ele alcançou entre suas coxas separadas, e ela ofegou enquanto ele acariciava suas dobras molhadas. —Ah, minha bela desobediente— ele disse próximo a orelha dela. —Veja o quão molhada está - e com tal pequeno castigo. Eu mal comecei a te dar o que você merece. Mal começou?! Patience tremeu enquanto o sentia a abrindo. Então ela gemeu quando ele deslizou dois dedos dentro de sua vulva, e suavemente massageou o interior liso. —Você pensou que eu deixaria a sua partida insolente do meu escritório esta manhã passar impune?— Ele esfregou um pouco mais rápido e um pouco mais fundo. Patience estremeceu e os quadris começaram a balançar, para frente e para trás. Entretanto ela clamava e o corpo sacudia, Matthew deu outra bofetada afiada em seu traseiro. —E o que foi essa sua tentativa despreocupada de escapar de mim na Beatrice?— Outra batida ardente na outra nádega. Mas, ainda assim, ele estava roçando em sua abertura molhada. Patience balançou e suas pernas curvaram e ela se endireitou enquanto tentava aliviar sua necessidade. O traseiro estava quente e dolorido, mas de alguma maneira o desconforto ampliava seu desejo. Ela estava selvagem pela liberação, mas Matthew não estava tocando o clitóris, e ele não estava fundo o suficiente dentro dela. Ela gemeu e sacudiu os quadris provocantemente. Como que em resposta, ele deslizou outro dedo dentro dela, mesmo enquanto dava uma batida firme na outra nádega inflamada. Patience ganiu e a vulva apertou. —Isso— ele murmurou em sua orelha. —Você vê como a dor e o prazer são conectados? Patience arquejou por suas lágrimas enquanto tentava empurrar mais a boceta em seus dedos. Ela não podia falar, podia apenas arquejar e empurrar os quadris. —Você vê o quão pouco existe— ele insistiu— entre um e outro? Outro bofetão rápido caiu em sua nádega tenra. —Sim— ela falou com a voz chorosa. —Sim! Patience se movia ferozmente contra os dedos de Matthew. Ela podia sentir a barreira de sua virgindade. Os quadris balançavam e as lágrimas caíam. E justamente quando ela sentia o clímax chegando, ele puxou a mão e andou para longe dela. Patience chorou, e os quadris ondulavam incontrolavelmente. Ela lamentou com um desejo frustrado que era, de alguma maneira, mortificante e excitante. As bochechas estavam quentes sob as lágrimas. O traseiro estava dolorido e ardido. E a boceta estava molhada e pesada. Matthew a assistia, os olhos brilhando com luxúria e admiração. Então antes de ela poder pensar o que ele faria a seguir, ofegou quando ele deu um bofetão leve em cada um de seus mamilos. A sensação ardente, como uma seta, foi diretamente no clitóris pulsante. Estremecendo,

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Patience recuou os ombros enquanto ele dava um tapa e mais outro. E quanto mais ele dava a ela, mais os mamilos pulsavam e escureciam, e mais sua boceta enchia d’água. Os joelhos debilitaram e a cabeça caiu para trás enquanto ela empurrava os mamilos quentes e inchados adiante. Eles estavam enormes, mas cada tapa leve apenas fazia com que ela almejasse outro. Os quadris giravam e o clitóris pulsava e estirava. As lágrimas caíram e as coxas tremiam, mas ela não podia alcançar o orgasmo! Ele evadia, deixando-a suspensa em algum cume inexorável. Ela gemeu e se estirou, mas as batidas pararam e tudo se aquietou. Não tudo, o corpo inteiro dela estava vivo e zumbindo com consciência sensual exaltada. Atordoada e desesperada pela liberação, ela endireitou a cabeça e encontrou o olhar ígneo de Matthew. —Às vezes a pior parte do castigo não é a dor, Patience. É a necessidade—ele andou para perto dela—o desejo excessivo que não pode ser suavizado. — Pressionando as mãos sobre ela, ele lentamente esfregou a ereção contra sua pélvis. —O seu orgasmo não é mais seu. Pertence a mim tanto quanto eu pertenço a você. —Patience empurrou contra ele, selvagem para sentir sua carne firme. —E você não o terá até que eu diga que sim. — Então ele andou para longe dela. Patience pendeu a cabeça com um soluço. O corpo estava pulsando, e os mamilos espessos estavam escuros e incrivelmente expandidos. Formigavam com uma sensação quente, elétrica que era torturante e atormentante, porque ecoava com a sensação de seu traseiro castigado. Umidade gotejava em sua coxa e o clitóris doía. Era maravilhoso e insondável. —É assim que eu gosto de vê-la: quente, vermelha e completamente espancada. O castigo se torna você, Patience. Levou toda energia dela para erguer a cabeça. Matthew se reclinou no sofá e a encarando, as pernas longas abriram e a ereção enorme ficou à mostra. A boca regou e sua vulva apertou enquanto ela olhava fixamente para ele. —Você não pode saber o quão linda está. — As mãos dele se moveram para sua calça e ele se desfez dela. —Toda flexível do castigo. — Ele revelou o pau espesso e então, esticando a mão, ergueu as bolas inchadas. —Toda molhada com lágrimas e necessidade. Patience tragou e seu coração saltou. O pênis estava vermelho escuro e a cabeça parecia púrpura e inchada. Ele demonstrava tal controle, mas claramente estava tão desesperado para ter a liberação quanto ela. —Venha— ele disse firmemente, indicando o chão entre suas pernas. Ela praticamente voou para ele, mas quando apoiou os pés e meneou em uma tentativa de aliviar seu clitóris pulsante, Matthew se sentou adiante depressa e a agarrou por seus braços superiores. —Não. — Ele agitou a cabeça. —Joelhos bem separados. Enquanto Patience concordava, ele comprimiu os mamilos tenros dela firmemente. Ela ofegou e recuou imediatamente os ombros. —Bom— ele murmurou. Então, puxando seu seio, ele chupou o mamilo escuro e espesso em sua boca, enquanto provocava e rolava o outro entre os dedos.

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Patience estremeceu enquanto fluía contra ele e comprimia sua carne excitada. Ela ergueu e se curvou contra ele. Ele soltou seu seio, apenas para envolvê-lo com a boca. Os dedos deslizaram para dentro de sua coxa. Ela gemeu e, apertando as mãos contra suas coxas, balançou os quadris em uma tentativa de coagir sua carícia. Se ele apenas tocasse o coração pulsante entre suas pernas. Somente… Ele a soltou e puxou devagar. —Oh, Deus… — Ela encontrou o olhar duro e escuro dele. —Por favor! A mandíbula de Matthew cerrou enquanto ele se debruçava contra as costas do sofá. Prendendo a mão no tronco espesso de seu pau, ele o empurrou em direção a ela. —Mostre-me um pouco de apreço, e eu pensarei sobre isto. Patience foi adiante, o clitóris pulsando, mas ele a segurou. Ela olhou para ele, o desespero crescente. Ele olhou de volta para ela por cílios abaixados. —Mantenha as mãos nas coxas. E se você gozar sem minha permissão, lamentará. Patience anuiu com a cabeça, então o levou em sua boca com urgência faminta. A umidade de sua boceta estava no gosto e na sensação da carne espessa dele enchendo sua boca. Ela chupou o fluido salgado que fluía dele fixamente, e varreu a língua através de sua glande acetinada. A sensação e o gosto dele deixaram-na selvagem com luxúria. Ela sentiu um poder arrojado enquanto afundava mais profundamente sobre ele, apertando a língua firmemente contra o lado inferior espesso de seu pênis. Com uma longa e lenta passada ela se moveu de cima a baixo, ordenhando regatos de pré-sêmen de seu membro inflamado. Matthew gemeu e deslizou as mãos em seu cabelo enquanto os quadris balançavam, empurrando mais da espessura carnosa em sua boca. Patience se abriu para ele e tomou o que ele dava a ela. Então os dedos apertaram em seu cabelo e ele começou a empurrar, contínua e profundamente. Patience gemeu quando ele moveu a cabeça do pau contra a parte de trás de sua garganta. O clitóris pulsava perigosamente. Ela ouviu Matthew retrair a respiração, e então ela segurou a sua enquanto ele dava várias punhaladas duras e rápidas contra a virada apertada de sua garganta. Ele se retirou a tempo para ela respirar e então a puxou novamente. Mas desta vez ele não empurrou. Ele simplesmente passou sua espessura carnosa lenta e profundamente nela até que ela estava completamente cheia. Então ele a segurou para ele enquanto balançava os quadris em movimentos curtos, apertados que suavemente e, ainda assim, inexoravelmente forçavam cada vez mais seu órgão pesado abaixo em sua garganta. As costas de Patience curvaram. O clitóris inchava e os quadris empurravam. A liberação correu por ela. Mas, antes de poder entrar completamente, Matthew puxou de volta. Com a cabeça leve, ela puxou uma respiração rota em preparação a entrada dele novamente. Mas ele não o fez. Ele a ergueu e a colocou de pé. —Não!— Ela falou com a voz chorosa. Ela estava muito perto! Puxando o pulso de seu aperto, ela se jogou em seus braços e se esfregou desesperadamente contra ele. Ela podia sentir seu falo forte, seu corpo morno. —Por favor, não novamente, Matthew!

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Agarrando-a, ele a girou para enfrentar o fogo. Ele a segurou contra o fogo e chutou suas pernas separadamente enquanto empurrava o pau contra as costas dela. —Sim, novamente!— Ele disse firme próximo a sua orelha. —E de novo e de novo, se me agradar, Patience. Então ele andou para o lado e as batidas vieram duras e rápidas. Ela lutou e se segurou. Entretanto ele estava atrás dela novamente, empurrando contra sua pele quente. —Não há nenhum prazer para você, mas para mim, Patience. — Ela gemeu enquanto agarrava seus mamilos, apertando-os mais firmemente entre os dedos. —Então, não pense em nada além de me satisfazer, e saiba que tudo o que você sofre para o meu prazer trabalha para trazê-la mais perto da sua própria realização. Se submeta— ele sussurrou. Ele soltou os mamilos inchados, e Patience soltou a respiração em uma arfada. Ela sentiu um desejo desesperado de se submeter. A palavra propriamente parecia sinônimo de alívio e liberdade. —Quero me submeter. — Ela falou ao redor de suas lágrimas. —Eu quero. Mas meu corpo está doendo - e o meu orgulho… Matthew deslizou um toque de pluma pelos braços dela. —Quero que seu corpo doa. Quero que você sinta cada sensação que é capaz. Quero que você experimente cada castigo e cada prazer com a consciência de que sou eu quem os está dando para você. — Ele apertou o traseiro dolorido dela. —Eu sou o escolhido, Patience. Sou o único que pode te dar esta dor linda, feliz. — O aperto na carne dolorida fez com que ela ofegasse. —É uma felicidade, não é? —Sim. — Mesmo enquanto ela ansiava pela liberação, a recusa rígida dele de se curvar confortava alguma parte funda de sua alma. E a dor, havia algo não compreensível que satisfazia nela também. —Acho que você ama isto. — Ele beijou a curva da orelha dela. —E amará cada vez mais, até que não possa ficar sem. — Ela ofegou quando o aperto dele diminuiu e então aumentou novamente. —Mas está tudo bem, porque eu estarei com você - para sempre. As lágrimas de Patience deslizaram por suas bochechas. Era verdade? Deus, que seja verdade. Os lábios de Matthew tocaram em sua orelha. —E quanto ao seu orgulho — os quadris de Patience balançaram e, por detrás, ele acariciava as dobras molhadas e inchadas de sua boceta—logo você deve descobrir um novo orgulho - o orgulho de sua submissão feminina. —A pele dela formigava enquanto ele beijava seu ombro. — Você deve sentir orgulho quando me dá prazer. Deve sentir orgulho quando suporta seus castigos graciosamente. Deve sentir orgulho quando eu recompensá-la com o orgasmo. E deve sentir orgulho quando reconhecer que a sua submissão a faz mais forte, não mais fraca. — As mãos dele deslizadas lentamente dela. —E quando tudo isso acontecer, você saberá uma nova verdade. Patience tremeu enquanto Matthew parava na frente dela. O pênis erguia poderosamente avermelhado e escuro de sua base impossivelmente larga, e a cabeça ia para cima e para baixo

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enquanto gotejava um fluido claro. Era lindo. Erguendo os olhos molhados para os de Matthew, ela achou suas órbitas escuras iluminadas com um brilho ilegível. —Você está tão molhada— ele disse suavemente. —E eu estou tão duro. Eu poderia fodê-la graciosamente. A boceta de Patience apertou e um gemido sufocado quebrou dela. Deus, ela queria isso - ela o queria! As pernas começaram a agitar. Sim, tremia em seus lábios. Mas ela os mordeu para segurar a palavra. Se ela desse essa parte de si mesma, não teria nenhuma defesa. As lágrimas de aflição afluíam enquanto ela examinava os olhos de anjo de Matthew. Nenhuma defesa mesmo… —Muito bem— ele respirou. —Vá para a cadeira à frente do fogo, deixe as pernas separadas e apoie os antebraços nos descansos para o braço. A pulsação de Patience acelerou. Ele iria castigá-la por recusá-lo? O clitóris pulsava dolorosamente enquanto ela se movia para a cadeira que parecia pesada e fazia como ele pediu. —Isto é adorável, Patience. Você tem pernas longas, e o traseiro está corado graciosamente. Patience saltou enquanto sentia as mãos dele deslizarem suavemente sobre sua carne aquecida. Mas ele não a espancou. Na verdade, ele deslizou as mãos em seus quadris. —Um dia, logo, eu a tomarei assim. Baterei no seu pequeno traseiro atrevido até que ele esteja quente e vermelho, e então—ela segurou a respiração enquanto sentia a cabeça do pau dele tocando em suas dobras molhadas—e então empurrarei meu pênis na sua doce e apertada boceta e a foderei, rápido e forte. E não pararei. Mesmo quando meu pau estiver gotejando seu sêmen, eu não pararei. Até quando você me implorar porque não pode gozar mais, eu não pararei. — As mãos dele apertaram nos quadris dela. —Ainda assim, eu a foderei e foderei até que não exista nada remanescente em você além da Eva - Eva pura, não diluída, que não sabe nada além do propósito perfeito de sua criação. E então encherei o seu útero, como ele foi feito para ser cheio - e apenas então, tudo será como deve ser. Patience estremeceu enquanto sua resistência fluía para fora. Mas quando ela empurrou de volta, ele não estava lá. Ele se moveu. Abaixando um pouco atrás dela, as mãos estavam deslizando entre suas pernas e alcançando adiante ao redor de seus ossos pélvicos. —Não se preocupe— ele disse. —Não a deixarei cair. Cair? Patience clamou enquanto ele depressa a erguia por seus quadris. A cabeça abaixou e os pés voaram no ar. Ela se agarrou a ele, a bochecha contra sua coxa, mas ele tinha um aperto firme nela, e, erguendo-a por seus quadris, colocou as coxas dela em seus ombros. De cabeça para baixo, Patience ofegou. Ela estava bem na frente do pênis molhado de Matthew, e podia sentir a respiração dele entre suas pernas. O braço estava apertado ao redor de sua cintura enquanto a outra mão apertava seu traseiro dolorido e inflamado. Patience gemeu, e então a língua de Matthew estava acariciando suas dobras molhadas. Ela estremeceu enquanto ele empurrava os quadris em direção a ela em uma demanda muda. Ela respondeu imediatamente e tomou o pau espesso em sua boca. Ele gemeu contra sua boceta e a respiração quente a tocou enquanto ele beijava e lambia seu sexo inchado. Patience gemeu enquanto ele empurrava mais com seu órgão. O sangue correu

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apressado e os dedões do pé enrolaram no ar. Era dar e sentir prazer, mas ela não podia distinguir os dois. Pareciam ser o mesmo, e ela não podia dizer o que aumentava mais seu desejo. Ela balançou os quadris enquanto ele dirigia a língua em sua boceta e ela o pênis em sua boca. A cabeça girou enquanto ele empurrava mais e mais rápido. O cabelo dela balançava e o corpo apertava. Ela sentia seu prazer aflorando. Entretanto ele a estava erguendo para longe. Ela se ouviu gemendo—Nããããoo!— Enquanto ela deslizava abaixo por seu corpo para o chão. Fraca e trêmula de necessidade, ela ficou de quatro no chão. Ela balançou. Então clamou quando a batida veio novamente, afiada e impiedosa em seu traseiro em chamas. Lágrimas ardentes caíram, mas quanto mais Matthew batia fortemente, mais o clitóris pulsava, até que o traseiro e o sexo pulsavam com demanda igual. Agarrando a guia, Matthew a puxou para cima de forma que ela ficasse de joelhos. Ofuscada com desejo, ela conseguiu examinar seu olhos escuros e saqueadores. Ele era Plutão. Era seu príncipe e seu anjo. Ele era Adão - e ela era sua Eva. Enquanto um tremor quebrava em seu corpo, ela gemeu, baixa e longamente, em um apelo desesperado e mudo pela liberação. Matthew envolveu sua bochecha, e a voz era como pedra. —Sim. Agora você pode. — E então ele puxou a guia à direita. —Use a minha perna. Patience quase saltou sobre ele. Apoiando nos pés, ela se escarranchou com os joelhos separados. Ela abraçou a coxa dele e moveu os quadris. Ela ofegou e arquejou, e moveu o clitóris inchado contra o couro liso de sua bota. Mais e mais rápido ela zumbiu contra ele, batendo o pequeno nó torturado de carne que segurava sua liberação. A mão de Matthew cerrou em seu cabelo, e ela apertou a bochecha na coxa dele. —Isto mesmo, Patience. Faça. Faça! Puxando a respiração, ela martelou contra ele. Cada músculo dela apertou. A boceta puxou e o útero ergueu. E então ela apertou os olhos bem fechados, e com um grito longo e gutural, o clitóris roto, encheu a totalidade de seu corpo com o néctar quente e suculento da submissão. Chorando e convulsionando com a doçura, ela se moveu contra ele até que seu rapto acabou. Então, muito fraca para ficar na vertical, ela deslizou para o chão e então de barriga para cima. Através das lágrimas, ela olhou para Matthew enquanto ele se movia para ficar de pé entre suas pernas. O tapete era áspero em seu traseiro dolorido mas ela não se importava, porque ele estava olhando fixamente para ela abaixo e furiosamente acariciando seu falo inflamado. —A quem você pertence?— Ele exigiu. O coração de Patience trovejou enquanto o sangue corria apressado. —A você. E com os joelhos abertos e as lágrimas caindo, ela assistiu enquanto ele empurrava um salpico quente e molhado de sêmen sobre o clitóris palpitante dela e sua boceta. Ela ofegou e estremeceu, mas os joelhos recuaram, revelando mais de sua vulva virgem. —Sim— ele gemeu. E grunhindo duro, ele ordenhou cordas espessas de sêmen sobre seu sexo inchado, abdômen e seios.

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O clitóris pulsava embaixo do cobertor quente de sua ejaculação, Patience estremeceu e chorou, lágrimas mudas com a paz completa que a enchia. Matthew olhou fixamente para ela abaixo, a respiração vindo rápida. Um brilho escuro ainda chiava nos olhos. —Essa é a minha bela. A estima fez com que ela gemesse suavemente. Ela não tinha palavras. Andando ao lado da cabeça dela, ele abaixou então e tocou seus joelhos. Correndo a mão em seu cabelo, ele a ergueu e empurrou o pênis meio duro em sua boca. —Chupe— ele a ordenou suavemente. Os mamilos apertando e formigando com este novo comando, Patience obedeceu. Ela o chupou faminta, puxando e acariciando seu membro suavizado profundamente em sua boca. Mas quando ele alcançou entre suas pernas e começou a roçar o clitóris dolorido, os quadris dela empurraram e ela gemeu sua angústia ao redor de sua carne endurecida. Era demais - ela não podia aguentar. Mas ele continuou, e ela gemeu enquanto ele empurrava seus dedos encharcados de sêmen dentro dela. E enquanto ele se retirava e empurrava novamente, ele manipulou o clitóris ferido continuamente com seu dedo polegar. Com a boca cheia, ela gemeu e torceu enquanto tentava carregar sua angústia. Mas olhando fixamente para ela abaixo, ele apenas apertou o pênis mais fundo e esfregou mais duro. Ela soluçou e chupou enquanto ele trabalhava nela, forçando seu nó vermelho a encher e estirar. E o tempo todo, ele a considerava com uma expressão que era tenra e inflexível. Ela queria fechar as pernas. Os músculos tremiam para fazer isso. Mas ela não o fez. Ela as forçou a abrir mais. Porque esse era o prazer dele e ela deveria suportar o que o desse prazer, graciosa e agradecidamente. O coração bateu e o sangue foi apressado enquanto ela desistia de si mesma. E no momento em que o fez, a angústia enfraqueceu e o desejo ergueu. Os quadris ergueram e o clitóris encheu. Isto era felicidade. E essa era quem ela era - esta mulher - com o pau de Matthew em sua boca e os dedos de Matthew em sua boceta. E enquanto ela chorava lágrimas quentes de rendição, e clamou vorazmente em seu pênis empurrando, ela gozou. E enquanto gozava, ele a louvou e encheu sua boca com um ejacular lânguido e aguado.

Capítulo Quinze - Ele a ama As muitas águas não podem apagar este amor… Cantares de Salomão 8:7

Tremendo, Matthew descansou sobre os pés. Ele olhava fixamente abaixo para a vista linda de Patience. Os olhos fechados, os lábios separados e uma corar brilhante marcando suas maçãs do rosto altas. Ele havia trabalhado duro nela. Mas tudo tinha sido para seu benefício, para que ele

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visse a totalidade da rendição dela nos olhos, observado no puxar do corpo, e sentido no entusiasmo com que ela havia dado sua boca molhada, suculenta. Mas ele queria mais do que sua boca. Inclinando adiante, ele acariciou os cachos brilhantes para trás em sua testa. As pestanas tremularam, então ela ergueu os olhos vívidos para ele. Ainda assim cintilantes com lágrimas não derramadas, cheios de adoração pacífica e submissa. O peito dele encheu com um orgulho fundo e primitivo. Logo. Logo ela seria incapaz de recusar qualquer coisa. Ele tomaria sua virgindade, e tomaria sua mão. E, mais importante, ele tomaria seu coração. Sim, seu coração era o que ele queria acima de tudo. Esticando a mão, ele apertou a mão dela. Trazendo-a para os lábios, ele beijou a pele suave, fragrante acima do pulso dela. Os dedos suavemente envolveram seu rosto. Ele olhou para ela - a ternura nos olhos, a suavidade na expressão - e algo afiado e quase doloroso perfurou seu tórax. Ele olhou fixamente para ela abaixo por um longo momento, esculpindo a imagem dela em sua mente. Então ele apertou outro beijo em sua palma antes de trazer a mão de seu rosto e deitála no peito dela. —Fique— ele murmurou. Ela não se moveu enquanto ele ficou de pé. Cruzando para a lareira, ele deslizou o pênis em seu calção e então o abotoou. Usou o jack para remover as botas de montar e então tirou as meias e removeu a camisa. Patience ficou parada, quieta, ele podia sentir o olhar dela enquanto ele puxava uma cadeira de madeira diante da lareira. Ele colocou mais lenha no fogo. Os olhos dela o seguiram enquanto ele pegava suas roupas e então as jogava sobre a cadeira para secarem. Voltando-se para ela, ele se abaixou ao lado dela e desatou a guia. Então ele a ergueu. Enquanto ele ficava de pé, o cheiro de gardênia e sexo flutuou dela. Ela era tão suave e flexível. A sensação dos braços ao redor dele e os olhos nele fizeram com que ele sentisse um tremor nas entranhas e que o coração batesse um pouco mais rápido. Ele a levou para o hall de entrada e subiu os degraus largos de Gwyn Hall. A tempestade ainda estava batendo na casa. Ele agradeceu a Deus por isto. Quanto mais tempo ela caísse, mais tempo ele poderia mantê-la com ele. O relógio no corredor bateu doze e quinze. Ele a levou para o pequeno banheiro e ficou satisfeito ao ver que, graças a um braseiro de carvões, a tina de cobre ainda estava emitindo fumaça. Ele teria que pôr uma nota ou duas de libra extras no bolso do criado. O homem havia seguido todos os pedidos de Matthew, e em curto espaço de tempo. Ele permaneceu ao lado da tina. —Toque a água e diga-me se está muito quente. Patience estendeu uma perna longa e imergiu os dedos do pé na água. —Perfeita. Matthew abaixou as pernas dela, e então assistiu enquanto ela se abaixava na tina. Ela retraiu a respiração quando seu traseiro entrou na água, os olhos verdes, normalmente muito sabedores e

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avaliadores, ardiam com uma docilidade tranquila. Uma vez que ela estava acomodada, se debruçou contra a tina com um suspiro longo. Mas ela nunca fechou os olhos para a consideração dele. O coração saltou enquanto ele se movia para uma mesa pequena que tinha um copo e uma garrafa de conhaque. Espirrando um pouco do líquido âmbar no copo, ele deu para Patience. Enquanto ela bebericava, ele admirou o modo como seus peitos flutuavam na água, os mamilos espessos apenas acima da superfície. A boca regou e uma sensação ardente se moveu por suas bolas. Ela tinha seios tão bonitos com mamilos que floresciam em magnificência com uma surra. Ele encontrou o olhar firme dela. —Seus mamilos almejam castigo. O peito dela ergueu ligeiramente com as palavras dele. —Sim. O sangue dele acelerou enquanto ele pensava no traseiro avermelhado dela. —Seu corpo inteiro almeja castigo. Os lábios úmidos se separaram. —Sim. O pau dele pulsou. —Isto é muito bom. Patience o deu de volta o copo. —O agrada? —Infinitamente. Bebendo o conhaque restante, ele se moveu para o tamborete que tinha sido colocado na cabeça da tina. Respirando o cheiro doce do cabelo dele, ele foi ao redor dela para o sabão e o ensaboou. —Matthew? —Sim. —Você sempre foi assim? O pênis dele mexeu enquanto ele deitava as mãos no peito dela e começava a lavá-la. —Sim. Ela tomou outro gole do conhaque. —Mas como sabia? —Não sabia a princípio. Levou algum tempo para eu começar a fazer sentido dos impulsos que tinha. — Ele apertou os dedos contra os músculos do pescoço e ombro dela, arrancando suspiros. —Mas tudo se tornou muito claro para mim no dia em que arranquei o cinto que era designado para mim da mão da minha governanta, empurrei-a sobre a minha carteira da escola, e bati o cinto em seu traseiro nu. Patience se virou, os olhos largos. —Você fez isso? Ele quase sorriu enquanto via os mamilos dela apertarem. —Sim, fiz. E se ela não tivesse fugido gritando, poderia tê-la fodido, porque a coisa inteira me deixou incrivelmente duro. Os olhos de Patience escureceram, mesmo enquanto a boca adorável diminuía nos cantos.

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—Acho que estou com ciúme. O pau de Matthew pulsou. —Do quê? O fato de eu ter batido nela de cinto, ou de que eu a teria fodido? Nenhum dos dois eu fiz com você. Ela abaixou os olhos adoráveis e pareceu considerar algo por um momento. —Não estou bem certa. — Ela olhou para ele, um franzir interrogativo marcando a sobrancelha. —Ambos, acho. Ele não pôde resistir e deu um sorriso pequeno. A honestidade dela era muito adorável. —Não se aborreça com ciúmes. Ela não chegava aos seus pés. — Ele esticou a mão e passou os nós dos dedos contra o mamilo protuberante. —Quanto ao cinto, tem seus usos. Mas não exijo implementos para castigá-la corretamente. — Ele deu ao broto expandido um beliscão rápido, duro. Patience ofegou e então estremeceu. Ele olhou fixamente para o olhar bonito dela. —E, quanto a foder... bem, esse controle eu concordei em deixá-la manter, não é? —Sim. — Os olhos verdes estavam escuros e pareciam quase arrependidos. —Você queria me foder hoje. Sim, maldição! —Teria sido bom. —Eu sinto muito. Nem a metade do que eu sinto. Erguendo-se, Matthew apertou a mão dela e a puxou para seus pés. —Suponho que sobreviverei. Sempre preferi oral a foder de qualquer maneira. — Até você. As sobrancelhas de Patience ergueram. —Você preferia, por quê? —Não sei. — Ele ensaboou as mãos. —Treinei cedo, suponho. — Curvando, ele ensaboou as pernas longas e bem formadas dela. —O que você quer dizer com ‘treinei cedo'? Enquanto ele se endireitava, notou que a marca do mestre em sua coxa estava desvanecendo. A visão o lembrou da outra no traseiro, que o lembrou, novamente, de quão incrivelmente lindas suas nádegas tensas e avermelhadas pareceram enquanto ele as espancava. Um pulsar difuso começou em seu pênis. Ele olhou fixamente para o olhar curioso dela enquanto esfregava sabão por toda parte de seus peitos, barriga e quadris. —Sempre desperto faminto. Quando era menino, o cozinheiro sabia que uma bandeja deveria ser enviada para mim cedo toda manhã. A mesma empregada da cozinha a trazia todos os dias. Mas chegou o dia em que ela veio e me achou com o pênis saindo da minha roupa de dormir. Separe as pernas. Patience deixou as pernas separadas, e ele correu o sabão em suas dobras suaves. —Então— ele continuou—ela depressa explicou que podia ajudar com a situação. E aquele dia, enquanto eu estive lá com meu biscoito na mão, ela fez sexo oral em mim. — Matthew deslizou os dedos sobre o clitóris de Patience e o achou um pouco expandido. Ignorando sua arfada, ele

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abaixou o olhar e suavemente esfregou os dedos com sabão nos cachos vermelhos sobre seu monte púbico. Eram lindos os cachos brilhantes contra a pele pálida. Linda e úmida, a vulva virgem logo abaixo. Cristo, ele podia sentir o pau começando a inchar. O que ele estava dizendo? Ah, sim. — Todo dia depois disso— ele continuou—ela me chupava enquanto eu tomava o café da manhã. —E quem faz este serviço diariamente em você agora?— Ela perguntou, a voz apertada. Matthew olhou para ela e achou um franzir bravo e ressentido torcendo sua sobrancelha. O coração pulsou fortemente e uma onda de algo lavou por ele - algo poderoso e ainda assim tenro. —Ninguém. — Ele andou para mais perto dela e acariciou a mão ao longo da curva exterior suave de seu seio. —Por quê? Você quer o trabalho?— Ele perguntou suavemente. O franzir dela enfraqueceu lentamente, e ela retraiu uma respiração enquanto ele deslizava o outro braço ao redor de sua cintura. Ele olhou fixamente para seu olhar verde. —Porque se você quiser, é seu. Claro que—ele deslizou os lábios através de sua sobrancelha—devíamos discutir quais outros serviços exigirei de você, e quais serviços devo prestar em retorno. — Ele beijou a têmpora suave e sentiu os braços dela deslizarem ao redor dele. O coração dele saltou. —E então—ele beijou o canto delicado de seu olho—deve existir algum tipo de acordo formal—a mão alisou a nuca— e vinculativo —ele beijou a bochecha dela. — A boca abriu sob o beijo dele, e ele empurrou a língua possessivamente. A cabeça girava enquanto ele a saboreava e saqueava. Deus, ela era tão morna e doce, e os lábios agarravam aos dele muito apaixonadamente. Se um vigário ainda frequentasse a capela minúscula atrás do jardim. Ele a arrastaria para lá agora. Sim, agora! Patience gemeu enquanto ele quebrava o beijo. Ele andou para trás. E sentiu o joelho começar a dobrar. E congelou, pois assim como foi em relação a ela, um pequeno franzir lento e confuso estava começando a se formar. Jesus Cristo, o que ele estava fazendo? Enquanto o franzir dela afundava e a cabeça pendia, ele endireitou a curva de seu joelho. Na perseguição de Patience, impaciência era sua inimiga. Ele puxou uma respiração lenta e então ergueu as sobrancelhas. —Naturalmente, qualquer acordo necessitaria do cancelamento de certos planos de viagem. Sempre me considerei satisfatoriamente dotado, e posso assegurá-la de que o meu pau, mesmo em seus dias mais turbulentos, é incapaz de alcançar Londres daqui. O franzir de Patience aliviou e um pequeno sorriso brotou brevemente nos lábios. Então ela estremeceu e os mamilos esticaram enquanto os dedos de Matthew fingiam ajustar sua calça comprida. —Você está com frio?— Ele perguntou casualmente. —Sim... não. — Patience agitou a cabeça. —Quero dizer, não sei. Matthew conteve um sorriso e, avançando, ensaboou as mãos novamente. —Vamos ver, onde eu estava? —A empregada— Patience disse. Ele encontrou o olhar dela. —Eu queria dizer, onde estava no seu corpo? As pestanas de Patience tremularam.

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—Oh. —Vire-se. Patience obedeceu, o pau de Matthew pulsava fortemente enquanto ele olhava para o traseiro avermelhado dela. Estava brilhante e bonito, mas não mostrava nenhum sinal de castigo sério, estava corando vivamente tanto em cima quanto embaixo. O contraste contra o resto de sua pele pálida era dramático e atraente. —Ah, Patience, você está adorável. Ela deu uma olhada rápida por sobre o ombro para ele, e ele podia ver que um rubor estava marcando as maçãs do rosto também. Avidamente, ele alisou o sabão em seu traseiro. Ele podia sentir o calor irradiar dela, mas isso apenas o deixou com vontade de colocá-la sobre seu joelho e a espancar uma vez mais. A voz prendeu um pouco em sua garganta de repente seca. —Acho, minha bela, que você achará muito fácil de ganhar castigo. — Patience suspirou enquanto ele dava uma série de beijos junto ao seu ombro. —Sem dúvida, a mimará terrivelmente— ele respirou. —Mas como posso resistir a tal tentação? Especialmente quando te serve tão bem. — As costas dela se curvaram e ela gemeu suavemente enquanto ele agarrava seu traseiro e apertava os dedos em sua carne firme, apertando e massageando. Cristo, apesar de ele ter gozado duas vezes e estar exausto pela falta de sono, o pau estava meio erguido. Ele precisava parar, ou se acharia fazendo mais uma vez com ela. Ele alisou as mãos no alto das costas e então abaixo nos braços dela. —Vire-se— ele murmurou. Patience o enfrentou, e ele podia ver nos olhos que as palavras dele remexeram seu desejo. Ele deslizou os dedos com sabão sobre ela, e tomou um momento para admirar os ossos longos e bons de suas mãos. Eram mãos adoráveis, mãos de violoncelista. —Você vai terminar de me contar sobre a empregada? Matthew ergueu os olhos para ela e suspirou com sua persistência. —Não há muito para dizer. Mais tarde, descobri que ela estava fazendo oral no Mark antes da ceia. Pensamos que éramos os jovens mestres até que descobrimos que ela tinha seu horário diário de fodas e chupadas que incluíam o chefe da cozinha, o criado, o segundo criado e o mordomo. — Ele encolheu os ombros. —De qualquer maneira, eu tinha apenas doze anos quando estes prazeres matutinos começaram, então suponho que isso explica a minha preferência em chupar sobre foder. Embora, se eu for exato, realmente prefiro irrumatio38 à felação. — Ele enxaguou as mãos na água. —Você pode se sentar. Um franzir curioso marcou a sobrancelha de Patience enquanto ela se sentava de volta e jogava água sobre os ombros com sabão. —O que é irrumatio? Matthew a considerou por um momento enquanto o pau pulsava. Ele podia estar exausto, mas realmente não podia resistir a dar a ela uma educação breve. Desabotoando a calça, ele a 38

Irrumatio (por falta de palavra correspondente em português está no original inglês) não seria apenas a troca do ângulo da visão do ato sexual, mas converter em ativo o que na outra atividade é o passivo e vice-versa; irrumare (na origem latina) não significa apenas “deixar-se felar” mas “violar oralmente”. Um dos castigos do deus Priapo (citado pela autora no cap. 07). Mais informações: http://www2.dlc.ua.pt/classicos/priapo.pdf

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removeu junto com sua roupa de baixo. Meio duro, o pênis balançou e pareceu pesado. Ele encontrou o olhar ávido de Patience. —Venha. Ela tragou imediatamente e se debruçou contra o lado da tina. A língua sacudiu sobre os lábios enquanto ela enfrentava seu pênis que ia para cima e para baixo. O sangue corria. —Vá em frente. Sem pausa, ela agarrou a extremidade da tina e o levou para sua boca úmida. Ele retraiu a respiração enquanto assistia os lábios cheios deslizarem repetidamente sobre sua seta e glande. As pernas ficaram tensas, mas ele não se moveu. A língua suave acariciou em torno da cabeça, e então apertou firmemente contra o lado inferior de sua seta inchada. Erguendo os grandes olhos verdes para ele, ela começou a deslizar os lábios de um lado para outro em seu membro crescente. Como sempre, um de seus cachos vermelhos pesados caiu sobre sua sobrancelha, saltando enquanto a cabeça ia para cima e para baixo em seu pau já espessando. Matthew mordeu de volta um gemido com a linda deferência com que ela o dava prazer. Mas seus músculos começaram a tremer e suas mãos estavam com espasmos. Ele puxou de volta dela e tocou um dedo em seu lábio inferior cheio. —Isto é felação. Agora—ele deixou as pernas afastadas — vamos começar novamente, sim? Patience debruçou adiante avidamente, mas, desta vez, ele enrolou os dedos em seu cabelo e a segurou imóvel enquanto ele empurrava em sua boca morna. Ele gemeu e retirou ligeiramente antes de empurrar de volta mais profundamente. Então, com um tremor, ele começou a bombear nela em golpes longos, lentos até que ele podia sentir a parede de sua garganta. Puxando a respiração, ele pausou, e examinou os olhos de Patience cheios de luxúria, ele a segurou cativa enquanto se retirava e empurrava, retirava e empurrava, cada vez sentindo a pressão contra sua glande ávida enquanto ele empurrava mais distante abaixo no corredor apertado de sua garganta. Ele grunhiu nas profundidades deliciosas a que ela o levava - deglutindo sua espessura carnosa tão profundamente que as bolas batiam e ferviam com a sensação. Deus, ele podia gozar novamente. E podia sentir pela boca cheia de saliva que ela queria isto. Mas ela, e ele, teriam que esperar. Isto era, afinal, apenas uma lição de vocabulário. Apertando mais a mão no cabelo dela, ele se permitiu dar algumas punhaladas fundas antes de se retirar. Patience puxou uma respiração rota. Ele ergueu o rosto. Estava corada e as pestanas longas tremulavam sobre os olhos brilhando. —E isto é irrumatio— ele disse, a voz áspera. Ele localizou a curva de sua sobrancelha de ouro vermelho. —Duas palavras, referindo ao mesmo ato, mas separadas pela distinção muito significante de quem se move. — Ele localizou as curvas cheias de sua boca larga. —Poucas pessoas sabem o que irrumatio é. Eles amontoam toda a variação linda e sutil de coitos sob o termo sexo oral. Eu, porém, sou um conhecedor. E você, como uma artista francesa por excelência, também deve saber as condições adequadas de algo que faz tão magnificamente. Enquanto ele recuava, Patience sorriu para ele. —Sério? Faço magnificamente?

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O coração de Matthew acelerou com o brilho no sorriso. Era genuíno e… feliz. Ele achou a própria boca aumentando enquanto ele puxava o tamborete ao lado da tina e se sentava. —Você, minha bela, é uma mestre. — Ele tocou o lábio inferior dela. —Sua boca é larga e sua garganta é funda. Mas mais importante, você verdadeiramente aprecia. E é isso que a faz extraordinária. — Ele a deu a ela uma pequena toalha. —Para seu rosto, minha dama. Patience tomou-a, e seu sorriso alargou. —Eu aprecio. E acho que toda a prática realmente me tornou boa. —O quê?— Matthew ficou tenso, e em um momento, ciúme chamuscante o inundou. —Você me disse que nunca tinha feito isto antes. Patience anuiu com a cabeça. —Isso mesmo. Mas fiz mais felação em pepinos do que você possa imaginar. As sobrancelhas de Matthew ergueram rapidamente. —Pepinos?— O corpo dele relaxou, e sentiu o riso subindo. —Sim. — Patience ensaboou uma esponja. —E por isso me tornei perita em não marcar a pele. Ela parecia tão adorável e orgulhosa de si mesma. Matthew sentiu um morno tremular em suas entranhas e riu alto. —Bem, isto é muito bom, senhorita. — Ele falou ao redor do riso. —Você deve me mostrar este truque algum dia. De fato, estou muito ansioso para ver. —Sim. — Patience ergueu as sobrancelhas atrevidamente. —Estou certa de que está. Matthew riu enquanto ela erguia a esponja e esfregava o rosto. Mas seu riso enfraqueceu quando, uma vez mais, uma onda de algo, tão gentil, e ainda assim inevitável e maravilhoso afluiu dentro dele. Ele olhou para ela com seus cachos vermelhos adoráveis caindo ao redor dos ombros e pelas costas. O fim molhado de uma mecha estava junto ao seio, logo acima de seu mamilo delicioso. Fez com que o coração doesse de olhar para ela. Deus, eu quero você, Patience. Ela espirrou água em seu rosto bonito. Quero estar com você cada momento do dia e da noite. Quero conhecer cada centímetro de você, corpo e espírito. Ele pôs uma toalha na mão dela. Quero te dar bebês. Quero envelhecer com você. Quero dar meu último suspiro nos seus braços. Ela bateu levemente nas bochechas secas e então ergueu seu rosto com um sorriso doce para ele. Eu amo você, Patience. Ele olhou fixamente nos olhos cor de grama bem verde. O coração parecia que iria estourar no peito. Ele podia respirar? O sorriso de Patience lentamente enfraqueceu. —O quê? Eu amo você. Mas que inferno - eu amo você.

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Matthew puxou uma respiração instável. E quero que você me ame. Patience olhava fixamente para ele, e os olhos pareciam com um copo polido. —O que foi, Matthew?— Ela falou em um sussurro. Abaixando os olhos, ele se debruçou até ela e deslizou os lábios suavemente contra os dela. —Nada— ele sussurrou. Então ele entrou na tina e, afundando na água morna, puxou-a para seus braços. —Nada.

Capítulo Dezesseis - Sonhos há muito perdidos …meu coração velava… Cantares de Salomão 5:2 —Isso— o anjo dela sussurrou em sua orelha — veja como seu coração sangra. Patience olhava fixamente nos olhos escuros de sua pomba para que não poder olhar para o próprio coração. O anjo envolveu a bochecha dela com as mãos. —Olhe, ou eu devo castigá-la— ele disse suavemente. —Mas tenho medo— Patience sussurrou. —Não tema. Eu estou com você. Lentamente, Patience abaixou o olhar. Sangue, escuro e vermelho, brotava de um ferimento fundo em seu peito. Mas ela percebeu que não havia apenas um ferimento. Havia muitos, e enquanto ela assistia, todos começaram a sangrar. Sufocando em uma arfada apavorada, ela embreou os braços através do peito enquanto olhava seu anjo. —Eu estou morrendo? —De um modo. — As asas grandes bateram nos Céus. —Mas posso trazê-la de volta, Patience. Posso curá-la. —Como? —Apenas abra seus braços. Leve-me para seu peito, e farei o que é preciso. — Seus olhos de pomba estavam cheios de esperança e desejo. —Mas saiba que se você me levar, deve ser para sempre. Não há nada intermediário para nós. Há apenas tudo - ou nada. — Ele a segurou em sua consideração sem vacilar. —Diga-me, Patience, o que você me dará? Ela pausou. Então um trovão ribombou, difundindo seu mundo de sonho leve em pedaços. Com um grito sufocado, ela se agarrou a seu anjo. Os olhos de Patience abriram de repente enquanto seus braços apertaram - não um sonho, mas carne e osso. Matthew! O coração constringiu enquanto ela olhava fixamente para ele adormecido abaixo em seu peito. Finalmente. Finalmente, ela não havia despertado só. Todos os pensamentos de seu sonho 24

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apavorante enfraqueceram. Ele estava com ela. E a realidade dele era mais forte do que qualquer sonho, pois ela podia sentir o peso e o calor dele. Ela podia sentir o toque de sua respiração e a suavidade de seu cabelo em sua pele. O coração dela afluiu com uma dor antiga e uma nova felicidade. Ele estava com ela… Ela deu uma olhada rápida em torno do quarto confortável. Era uma câmara grande construída em uma estranha pequena torre nos fundos da casa. Matthew disse que era a única parte da velha mansão Tudor que se erguia sobre a floresta ao redor, e, em um dia claro, era possível ver a Mansão Hawkmore da baía de janelas gradeadas. Um fogo crepitava na lareira larga e duas cadeiras estofadas estava convidativamente diante dela. Ela e Matthew estavam aconchegados em uma cama de quatro pilares altos cobertos com colchas aveludadas velhas e, acima deles, vigas escuras sustentavam o telhado. A tempestade soava alta, como se não existisse nenhum sótão acima. Ela suspirou. Era um quarto divino. Um relógio pequeno ao lado da cama chiou duas vezes. Ela tinha descansado um pouco ao longo de uma hora, mas não tinha nenhum desejo de se levantar. Ela puxou os braços mais firmemente ao redor de Matthew e, respirando o cheiro dele, apertou um beijo prolongado em sua testa. Com a bochecha apertada no peito dela, o braço aquecido ao redor de sua cintura, e a perna sobre as duas dela, ele a capturava mesmo enquanto dormia. Uma lágrima de felicidade dela deslizou no cabelo dele. Era a prisão mais confortante que ela já sentiria. Como seria...? Ela fechou os olhos contra mais lágrimas. Ela não devia pensar sobre isto. Mas, Deus, ela não podia evitar. Como seria sentir esta satisfação morna - este sossego doce - o tempo todo? Abrindo os olhos, ela estudou as curvas e ângulos do rosto de Matthew. Como seria se dar para ele? Pertencer a ele - para sempre? No momento, nada parecia tão importante, ou significante. No momento, seu plano de vida cuidadosamente construído parecia mal concebido e inventado - Cavalli, uma obstrução, não uma oportunidade. Com Matthew apertado ao peito, sonhos de uma vida completamente diferente encheram a cabeça dela - sonhos de um marido e uma casa, sonhos de crianças e risos. Ela olhou para ele e suavemente alisou seu cabelo espesso cor de ouro para trás de sua sobrancelha. Sonhos de prazer e castigo. Mas diferentemente de antes, os sonhos dela agora tinham forma e substância. Ela acariciou os dedos através da bochecha de Matthew. Agora, seus sonhos tinham olhos de pomba, o rosto de um anjo, e a mão forte de um deus pagão. —O que você está fazendo comigo, Matthew?— Ela sussurrou suavemente. As pestanas escuras dele tiveram um espasmo. —Você é realmente o meu príncipe? Ele estava deitado quieto e quieto enquanto a pergunta ecoava na mente dela. Poderia ser verdade? O coração dela desejava acreditar, mas ela ousaria? Ela mordeu o lábio para impedir que ele tremesse. O que aconteceria se ela o fizesse?

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*** O que aconteceria se ele propusesse a ela agora mesmo? Matthew estava de pé tranquilamente na entrada da cozinha grande. Ele tinha colocado uma calça limpa e uma camisa, e estava segurando um roupão que havia tirado do armário de Patience pela manhã. Mas olhando para ela agora, ele o soltou no banco atapetado logo na entrada da cozinha. Vestida com seu colete e anáguas, Patience estava preparando uma bandeja de chá na mesa grande no meio do local. Ela usava um avental ao redor de sua cintura esbelta e um cacho vermelho, tendo escapado livremente de seu cabelo preso, ia para cima e para baixo diante de seu olho enquanto ela colocava as coisas no lugar. Ele a amava. Por que tinha perdido tempo resistindo a isto? Ele a amava desde o começo, profunda e desesperadamente. Ele sabia porque a sensação era diferente de qualquer coisa que ele já tinha experimentado antes. Era alegria, esperança, felicidade e desejo, tudo ligado firmemente com uma tira de felicidade. Apenas uma coisa podia erguê-lo mais alto - o amor dela em retorno. Ele a assistiu por um longo momento e sorriu enquanto um franzir minúsculo brotava em sua sobrancelha. Deus, ela sabia que - podia ela saber - o quão linda era? —Tenho apenas uma pergunta— ele disse suavemente, trazendo sua atenção imediata. —O que é este aroma divino? Patience sorriu e puxou o cacho. —Bolinhos de limão. Matthew olhou fixamente para ela e seu coração oscilou. Havia algo novo em seus olhos. Uma suscetibilidade tenra, talvez. Sim. Era tentativo e frágil, como o vislumbre de luz de uma porta entreaberta. Mas estava lá. Ele engoliu. —Bolinhos? —Você disse que sempre desperta faminto. — Ela alisou as mãos na frente de seu avental. — E estava dormindo tão profundamente… — Os dedos cerraram no tecido e então deixaram ir. — Além disso—ela encolheu os ombros—está quase na hora do chá e você me trouxe café da manhã duas vezes. Era o mínimo que eu podia fazer. Oh, não - nada de banalidades. —Mesmo?— Matthew deslizou as mãos nos bolsos e pendeu a cabeça. —Então você fez os bolinhos a fim de me pagar de volta os cafés da manhã que eu levei para você? Patience olhou para ele por um momento, e então um pequeno franzir marcou sua sobrancelha. —Não— ela disse suavemente. —Não é por isso. Matthew ficou muito quieto. —Então, por quê?

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Ela olhou para baixo por um longo momento e um cacho caiu contra sua têmpora. Quando ela finalmente ergueu os olhos de volta para ele, o coração de Matthew torceu. Atrás de um véu de lágrimas brilhantes não derramadas, o olhar dela parecia assustado, com esperança e medo. Matthew ficou tenso com a antecipação e o desejo de tomá-la nos braços, mas ele se forçou a permanecer quieto. Se ele se movesse, poderia afugentar as palavras que ela parecia na beira de falar. As entranhas apertaram. O som da chuva e o estalo do fogo da cozinha encheram o silêncio. Patience liberou uma respiração longa, trêmula. Matthew segurou a dele. —É apenas que você tem— a voz dela tremeu assim como os lábios. —Você me fez tão feliz, sabe. E-e, eu não estou certa, mas acho que não fico tão feliz há muito tempo. — As lágrimas derramaram, e ela depressa as enxugou. —Então, e-eu queria fazer algo por você. Algo que iria agradá-lo. — Ela engoliu e o peito ergueu com uma respiração rápida. —Fiz os bolinhos porque queria agradá-lo. — A voz diminuiu e ela permaneceu rígida, os dedos cerrados no avental. Matthew sentiu como se seu coração fosse estourar. Ele queria ir para ela e a segurar contra ele. Ele queria descobrir todas as razões de sua infelicidade, e então queria banir aquela infelicidade para sempre. Queria dar seu amor a ela e dar tudo de si - coração, casa, família e fortuna. Mas ele tinha que prosseguir em um tipo de gangorra delicada de puxar e soltar, puxar e soltar. Patience era como um pássaro ferido. Embora ele a persuadisse a comer na sua mão, se ele tentasse a agarrar muito cedo, ela seguramente o bicaria e fugiria para longe. Então ele cruzou até ela lentamente. Tomou suas mãos suavemente, e puxando os dedos para os lábios, os beijou reverentemente. Então, segurando a mão dela em seu coração, examinou seu olhar úmido. —Você me faz intensamente feliz. Obrigado. As pestanas de Patience tremularam e então sua boca adorável ergueu nos cantos. —De nada. *** Patience sentiu o coração de Matthew tremular sob sua mão. Então ele sorriu para ela com tal luz despreocupada e feliz nos olhos escuros que fez o próprio sorriso dela aumentar. Eles ficaram lá por um momento, e de repente Patience percebeu que eles estavam sorrindo amplamente um para o outro como um casal - bem, como uma dupla de crianças apaixonadas. Com uma sacudida de cabeça, ela puxou a mão para longe. Mas enquanto cruzava para a lareira, o sorriso permaneceu. Pegando os bolinhos, ela retornou para colocá-los em uma prateleira na mesa. Os olhos de Matthew alargaram. —Deus, eles parecem absolutamente maravilhosos. — Umedecendo os lábios, ele se sentou em um dos bancos e esfregou as mãos juntas entusiasticamente. —Estou morto de fome. Patience não podia suprimir seu prazer, e riu ligeiramente enquanto se sentava em frente a ele. O traseiro estava um pouco dolorido, mas ela estava agradecida pelo enchimento que sete camadas de anáguas ofereciam, e ela já havia descoberto que gostava bastante da sensação tenra

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e dolorida. Enquanto se movia, curvava e se sentava, era uma lembrança constante do que havia acontecido entre eles - e que ainda que apenas no momento, ela pertencia a Matthew. —Estou contente por você estar com fome. — Ela agarrou a bandeja de chá. —Mas os bolinhos precisam esfriar um pouco. —Muito bem. Mas você deve sabe que quando a questão é comer, e você sabe, odeio esperar. — Ele se debruçou e apoiou o queixo na mão com um sorriso, mas enquanto a assistia colocar o chá, um franzir minúsculo arruinou sua sobrancelha. Patience pausou. —O que foi? Você não gosta de chá? —Não, sou bastante ávido por chá. — O franzir dele aumentou. —Apenas estou me perguntando: o que você está fazendo sentada aí? —Oh. — Patience deu uma olhada rápida na expansão larga de mesa que os separava. —Bem, é habitual se sentar através da mesa quando se está conversando, não é? —Minha doce Patience, nada entre nós é habitual. Como posso cobiçá-la e afagar com uma distância tão grande? Mal posso vê-la através desta mesa vasta e imensa, e certamente não posso tocá-la. Patience sorriu amplamente. —Nenhuma maravilha você e Tia Matty se darem tão bem. Você é tão propenso ao exagero quanto ela. —Sim, agora pare de protelar e venha imediatamente se sentar ao meu lado. Patience começou a se mover, mas a sensação do traseiro dolorido a fez parar. A submissão dela ao castigo tinha feito com que ela ganhasse alguma indulgência? Seguramente tinha. O coração dela bateu mais rápido enquanto encontrava o olhar de Matthew. —Você podia vir aqui. Os olhos de Matthew pareceram escurecer ligeiramente, mas a expressão permaneceu aprazível. —Ah, minha doce Patience. Vejo que você precisa de certeza. Ela precisava? O que exatamente ela precisava ser reassegurada - de que ele se renderia, ou de que ele não se renderia? Um pequeno sorriso surgiu na boca de Matthew. —Amo seus desafios, Patience. Eles me dão algo para seguir. Dão um propósito especial. Patience balançou a cabeça. —Que propósito? —Trazê-la para seu lugar adequado - que, neste momento, é ao meu lado. Ajudá-la a ficar obediente. Ressegurá-la e confortar. — Ele se ergueu e o pau era uma protuberância dura, espessa em sua calça comprida. —Fazê-la feliz, minha bela. O coração de Patience trovejou e o coração minúsculo entre as pernas respondeu com um eco. —Esse é o seu propósito, Matthew? Fazer-me feliz?

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—Mas é claro. — Matthew a considerou enquanto começava a arregaçar sua manga. —Sua felicidade é um de meus maiores desejos. Agora, venha até mim imediatamente e curva-se sobre a mesa. Os olhos de Patience alargaram e a boceta pulsou. —Você quer dizer que vai me castigar? Novamente? Apenas por uma pergunta? Matthew ergueu as sobrancelhas enquanto puxava a outra manga. —Oh, venha agora, Patience. Pare de agir tão surpresa. Eu te disse esta manhã que não toleraria este tipo de desobediência insignificante. — Ele descansou as mãos nos quadris magros, e a atenção dela foi novamente para sua ereção proeminente. —Ou você pensou que eu pouparia seu traseiro dolorido? Ela voltou os olhos para os dele. Sim! Isso era exatamente o que ela tinha pensado. Ele agitou a cabeça com um pequeno sorriso. —Se você pensa que se submeter ao castigo é um passo para a desobediência, está dolorosamente enganada. — Ele ergueu uma sobrancelha. —Nenhum trocadilho pretendido. Patience tentou diminuir a velocidade de seu pulso enquanto descansava o queixo na mão. —Hmm. — Ela sabia que estava sendo atrevida. —E se eu me recusar a obedecer? Matthew a considerou por um momento, e então seu sorriso ergueu lentamente de um lado. —Eu não faria isso, se fosse você. Patience sentiu o bico dos mamilos endurecendo. Ela seguramente estava escalando a situação, mas não sentia nenhuma inclinação para parar. Ela encolheu os ombros. —Por que não? Eu sempre posso falar ‘as palavras' se eu quiser. Matthew cruzou os braços sobre o peito com um suspiro. —Você pode, mas isso seria um engano. As palavras de recusa não são realmente para serem faladas, Patience. Elas existem para te confortar. São a fuga que você sempre pode fazer, mas que nunca faz. Era verdade. Várias vezes ela pensou em dizer “as palavras” mas não tinha. Era o suficiente ela saber que podia. Mas e se ela realmente as falasse? Ela balançou a cabeça. —Então se eu falasse ‘as palavras' você não as daria atenção? —Claro que eu daria. Mas é um ponto discutível, porque se eu servi-la bem o suficiente, você nunca falará ‘as palavras’. — Matthew debruçou as mãos sobre a mesa. —Lembre-se, Patience, não é submissão se você apenas a faz quando quer. Não é submissão se você apenas faz quando é fácil. E certamente não é submissão se você começa a evitá-la falando uma simples frase. — Ele a segurou com seu olhar escuro. —Certo? O clitóris pulsava enquanto ela olhava fixamente nas profundidades dos olhos bonitos. —Não. Ele ficou quieto por um momento e então sua voz veio, suave de tão aveludada. —Você se submeterá a mim quando te agradar e quando não agradar. Você se submeterá a mim quando for fácil e quando for difícil. Você se submeterá a mim por prazer e por dor. E você definitivamente se submeterá a mim apesar da existência de certas palavras contrárias. — Ele se endireitou devagar. —Venha.

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Patience o considerou apenas por um momento antes de se achar ficando de pé e caminhando devagar em torno da mesa. O coração batia rápido e ela se sentia um pouco intranquila quanto ao seu traseiro dolorido. Ainda assim, quanto mais perto ela chegava de Matthew, mais molhada ela se sentia entre as pernas. Que estranho sentir medo e desejo ao mesmo tempo. Ela pausou ao lado dele e se sentiu corando enquanto encontrava seu olhar determinado. —Curve-se adiante— ele disse tranquilamente—antebraços na mesa. Patience fez como ele disse. A posição era bastante confortável, mas no momento em que ela sentiu as anáguas serem erguidas, ficou tensa enquanto ansiedade e excitação escalavam. —Ah, Patience—Matthew alisou a mão pelas curvas nuas dela—o seu lindo traseiro ainda está rosa. Porém, você pode suportar esta pequena lembrança. Patience mordeu de volta um ganido surpreendido enquanto a mão dele descia rápida e firme em sua carne dolorida. Apesar de tudo que ele havia dito, ela realmente esperou sentir uma reprimenda mais gentil. Mas não foi o caso, e num instante ela estava ofegando e se contorcendo enquanto Matthew aquecia a totalidade de seu traseiro dolorido com batidas afiadas. No momento em que ele parou, ela se soltou completamente sobre a mesa. Com a nádega apertada na madeira lisa, ela puxou respirações rasas e arquejantes que depressa diminuíram a velocidade e aprofundaram. O traseiro estava quente, dolorido e pulsando. A sensação pulsava por seu corpo como uma delícia estranha e sensual que a massageava de fora para dentro. Ela se sentia completamente relaxada e em paz. Mas mais fascinante de tudo, ela sentia uma funda e intensa sensação de satisfação de que ela era de Matthew - que ela pertencia a ele e que ele cuidaria dela. Uma inundação de alívio e gratidão opressiva lavou por ela. Os olhos encheram com lágrimas frescas. Deus… Por quanto tempo ela tinha se sentido abandonada? Quanto tempo? Matthew a puxou, e ela imediatamente envolveu os braços ao redor dele. Ela respirou em sua pele, e apertou beijos suaves e urgentes contra a coluna morna de sua garganta e a linha lisa de sua mandíbula. Ele a segurava totalmente. O corpo a abraçava, os braços a cercavam, os dedos ternamente a apertavam e a cabeça estava curvada sobre a dela. Ela estava envolta em seu abraço protetor, e se sentia completamente segura - completamente feliz. Ela aconchegou o rosto contra a curva de seu pescoço. Queria que tais sentimentos pudessem durar para sempre. —Obrigada, Matthew. Os braços dele apertaram ao redor dela e sua boca girou para a dela. —De nada— ele sussurrou contra seus lábios. Então ele a beijou com uma gentileza lenta que fez com que ela se sentisse fraca.

Capítulo Dezessete - Perguntas, respostas e explicações

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…mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa. Cantares de Salomão 2:14 —Patience, nunca comi bolinhos tão deliciosos quanto estes. Sentando cuidadosamente ao lado dele, ele estava certo de que o traseiro dela estava bem dolorido, Patience sorriu amplamente. —Fico contente por você gostar. Na verdade, a surra que ele havia dado nela não tinha sido muito dura. Mas ela estava apenas começando, então tudo parecia mais do que era. Ela apoiou o queixo bonito na mão. —Você gostaria de outro? —Sim. Mas quantos já comi? —Três. Matthew ergueu as sobrancelhas. —Apenas três? Então seria melhor eu ter mais um. O sorriso de Patience aumentou enquanto ele erguia outro bolinho e dava uma grande mordida. Não eram apenas deliciosos, mas ela os havia feito - para ele. Ele estava sentado com uma perna de cada lado do banco, e olhava fixamente nos olhos sorridentes dela enquanto tragava o bolo fofo. Ela os tinha feito. Quanto mais ele pensava nisso, mais o agradava. —Sabe, essa é a primeira vez na minha vida que como algo que não foi preparado pelo pessoal da cozinha ou comprado de um comerciante. Ela o olhou de cima a baixo. —Mimado. Matthew olhou para o bolinho de açúcar e então de volta para Patience. Eu amo você. —Não - não mimado. — Inclinado adiante, ele beijou seus lábios suaves. —Não até agora. A boca de Patience curvou em um sorriso enquanto ele se retirava para terminar seu bolinho. Era um sorriso tão doce e amável - um que ele nunca tinha visto. O coração bateu um pouco mais rápido. Ah, Patience, seus muros estão se desintegrando. —Se você continuar sorrindo assim— ele disse—logo serei roubado de toda a minha genialidade, e você terá nada exceto um tolo e babão que ficará se arrastando incessantemente aos seus pés com esperanças do menor favor. Patience riu. —De alguma maneira, duvido disto. — Ela se debruçou para perto para beijar sua bochecha, mas ele girou para pegar em sua boca. Os lábios eram suaves e mornos. Ela demorou um momento antes de se retirar com um suspiro e um sorriso. —De fato, se alguém está com perigo de tal destino, sou eu. —Você?— Matthew tragou o resto de seu chá. —Excelente. Patience riu ligeiramente.

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—Oh, você gostaria que eu ficasse tola, não é? —Não. Tola seria chato. Mas eu não a desencorajaria a se arrastar incessantemente aos meus pés. Claro que—ele deslizou o dedo junto a sua clavícula—você não poderia fazer isso de Londres, não é? Patience sorriu amplamente e agitou a cabeça. —Se eu ficasse constantemente em sua presença, você ficaria entediado comigo. Matthew sentiu uma onda de esperança. Ela não tinha feito uma recusa direta. —Patience, eu gastaria feliz cada momento meu acordado com você. O sorriso dela enfraqueceu mas os olhos eram suaves. —Nunca tendo gasto todo momento seu acordado comigo, como poderia saber? Porque eu amo você. Porque nós somos feitos um para o outro - para sempre. —Eu apenas sei. Mas por que nós não fazemos um teste?— Matthew tocou suavemente o cacho espesso que havia caído adiante de seu cabelo preso. —Concorde em ficar comigo, e provarei a minha teoria. Patience o considerou por um momento longo e mudo. O olhar bonito era tenro. O coração de Matthew acelerou. Lentamente, ele fechou o pequeno espaço entre eles. —Diga que sim, Patience— ele murmurou contra os lábios dela. Quando ela não falou, ele tomou a boca com a intenção de ser um beijo breve. Mas os lábios eram tão suaves, e o cheiro dela encheu sua cabeça. Diga que sim, meu amor - diga… Por um momento, ele lutou para se afastar do beijo que se tornava exigente. Mas os braços foram ao redor dela, e ele a segurou firmemente enquanto mergulhava a língua em sua boca doce. A cabeça dele girou enquanto Patience gemia, e ele podia sentir seu abraço, firme e apertado. Com uma arfada, ele quebrou o beijo e apertou a testa na dela enquanto tentava tranquilizar a corrida do pulso. A respiração de Patience veio em arfadas rápidas, rasas. —Oh, Matthew—a mão dela curvou contra sua bochecha—você não está jogando limpo. Apertando a mão dela, ele deitou um beijo em sua palma. —Eu sei. — Ele apertou a mão dela em seu coração à medida que recuava. —Mas não há nada que eu não farei para mantê-la, Patience. — Agora, Cavalli provavelmente já havia recebido sua carta. Um calafrio de dúvida correu por suas costas, mas ele o afastou. —Não há nada que eu não farei. A boca aumentou em um sorriso suave. —Você não gostaria da minha resposta sem coerção? Sim. —Oh, eu não sei. Gosto tanto de coagi-la. O sorriso de Patience aumentou. —E eu gosto de ser coagida por você. — O sorriso dela suavizou enquanto o considerava. — Mas neste caso…

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—Sim. — Ele olhou fixamente em seus olhos verdes claros. —A resposta é sim. — Ele a estudou por um longo momento antes de liberar sua mão e expelir o que ele sabia ser um suspiro que parecia petulante. —Mas eu odeio esperar. Patience sorriu amplamente. —Ora, você apenas me perguntou ontem. — Envolvendo a cintura com os baços, ela apoiou a cabeça embaixo de seu queixo. —Você mal esperou. O coração de Matthew ergueu com o abraço espontâneo dela. Ele a puxou o quanto podia, de forma que até suas pernas estavam descansando sobre sua coxa. —Bem, parece que foi uma eternidade— ele murmurou. Patience apertou um beijo gentil no lado inferior de sua mandíbula, mas não disse nada. No silêncio, o fogo da cozinha retrucou e a chuva tamborilava contra as janelas. Contente, Matthew a segurou. Ele respirou o odor de seu cabelo e acariciou as curvas de suas costas e cintura. Ele podia sentir o deslizar ocasional das pestanas dela contra seu pescoço. —Matthew? —Sim? Houve outra pausa breve, e então: — A quantas mulheres você ensinou o que está me ensinando? Matthew apertou um beijo na sobrancelha dela. —Nenhuma, Patience. Você é a minha primeira, minha primeira e única. Patience recuou, a expressão incrédula. —Como pode? Você deve ter feito antes. Você sabe tudo. Matthew pausou. Era inevitável que ela fizesse a pergunta. Ele encontrou o olhar dela. —Há casas, Patience, especializas na realização de desejos específicos. Quando atingi a maioridade, não levei muito tempo para achar um lugar onde pudesse explorar meus interesses particulares. —Estas ‘casas' são casas de prostituição? —Sim. Um pequeno franzir marcou a sobrancelha de Patience. —Então eu não sou sua primeira. Sou apenas a primeira que você não está pagando. — As palavras eram calmamente faladas, mas ele ouviu tristeza nelas. —Não. — Matthew ergueu o queixo dela e olhou fixamente em seus olhos verdes fundos. — Você é a minha primeira - primeira e única — ele repetiu. —Há um universo de diferença, Patience, entre o que nós estamos construindo juntos, e o que eu paguei na casa do Sr. Stone. Lá, as jovens mulheres são treinadas para se submeterem a qualquer cliente. Então, sua submissão raramente alcança além do físico. Elas precisam da disciplina e da realização regular, e apesar de terem seus favoritos, geralmente não importa quem introduz - ou de que modo é feito - contanto que as regras do Sr. Stones não sejam quebradas. As submissas conseguem o que querem, o cliente consegue o que quer, e a noite está terminada. É tudo muito superficial- e é assim como deve ser. Ele acariciou a mão na curva suave da bochecha dela.

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—Mas o que você e eu temos é muito mais profundo. O que eu faço para você é apenas com você. Você é minha única estudante, e meu único desejo. Minha devoção é total a você. E a rendição que eu quero de você é total. De forma que se eu estou com você, ou a quilômetros de distância, você será minha - em todas as coisas e em todos os modos, e te fará feliz se submeter a mim. — Os olhos bonitos nunca deixaram os dele. Deus, eu amo você. E vou apenas amá-la cada vez mais. — Devo ser mestre de ninguém mais além de você, Patience. — Ele apertou os lábios no canto de sua boca. —E você pertencerá a ninguém mais além de mim - para sempre. Patience liberou sua respiração em um suspiro suave. Os lábios separaram e o franzir pequeno, quase aflito que marcava sua sobrancelha enviou uma pulsação forte ao pênis dele. Ela queria o que ele oferecia. A rendição estava perto. Ele podia sentir. Patience. Ele devia ter Patience. Ele forçou o rosto a ficar casual. —Então você vê, da mesma maneira que você observou a prática de sexo oral por sua empregada e o mordomo, eu observei o treinamento e a submissão de muitas jovens mulheres. Da mesma maneira que você praticou com os pepinos do jardim, eu pratiquei com algumas daquelas damas. — Matthew alisou o franzir da sobrancelha dela com seu dedo. —Mas da mesma maneira que você nunca tinha feito felação com um homem, eu nunca tinha escolhido uma mulher para ensinar e treinar como minha. Patience o considerou por um longo momento, quieta. —Você poderia ter?— Ela balançou a cabeça. —Quero dizer, se você quisesse, podia ter comprado tal oportunidade desse Sr. Stone? Matthew pausou. Aparentemente, ela precisava de respostas dele. —Sim— ele admitiu. —Não porque isso estava no menu, porque não estava. Mas porque Sr. Stones tem uma convicção filosófica e bíblica baseada na submissão feminina, e ele sabia que eu era dedicado a ganhar uma compreensão mais profunda disto. Patience ergueu as sobrancelhas. —Um dono de bordel com convicções baseadas na bíblia? Matthew sorriu e se impediu de comentar sobre suas próprias convicções da lei bíblica. —Sim. A expressão dela ficou pensativa. —Então se o Sr. Stones te ofereceu a oportunidade, por que você não a tomou? Matthew olhou fixamente em seu intenso olhar verde. —Eu estava esperando por você. As pestanas dela chamejaram. —Você não me conhecia. —Não. — Uma quietude flutuou no ar entre eles. —Mas eu conhecia o sonho por você. E no momento em que a vi, soube que era você quem eu estava esperado. —Esperando, Matthew?— A voz dela era suave. —Você não estava esperando; você estava comprometido. — Um sorriso pequeno e descrente brotou em sua boca. —Você quer me dizer que nunca compartilhou seus desejos com Rosalind?— Ela abaixou os olhos e começou a endireitar o

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avental através do colo. —Realmente, Matthew, todo mundo sabe o quão apaixonado você era por ela. Matthew fez uma careta. —Ninguém sabe qualquer coisa do tipo. — Ele ergueu o queixo dela e ficou surpreso por achar os olhos brilhantes. O coração dele apertou. Ele olhou diretamente em seus olhos. —Eu nunca amei Rosalind. — Eu amo você. —O que ela e eu tivemos era apenas uma fachada. Patience sorriu tremendo e um rubor coloriu suas bochechas. —Eu não devia ter trazido o assunto. Você me disse que Rosalind está no passado, e eu acredito em você. A careta de Matthew afundou enquanto a imagem de Rosalind apertada contra ele naquela manhã brotou de novo em sua mente. Ele não devia ter permitido que ela o tocasse. O sorriso de Patience enfraqueceu. —Eu sinto muito, Matthew. Por favor, não faça essa cara. Minhas dúvidas se originaram… das minhas próprias incertezas. Você não fez nada para merecê-las. De fato, você me deu tanto - e me ofereceu ainda mais. — Havia tal remorso gentil nos olhos. —Perdoe-me. O coração de Matthew balançou. Puxando-a para ele, ele mascarou seu próprio remorso com um beijo que nasceu do amor e do desejo. Se ele desse a ela o suficiente, se ele a mostrasse com seu coração e seu corpo o que sentia, então nada mais importaria. Nada. Sem ar ao quebrar o beijo, ele envolveu o rosto primoroso dela com as mãos. —Nunca escondi o modo que sou, Patience, não tenho vergonha de minhas tendências ou convicções. Mas estou te dizendo que Rosalind e eu não éramos nem uma sombra do que você e eu somos. Todos os meses que eu a conheci, não se compara aos dias que passei com você. — Ele segurou o olhar dela, para que ela visse a verdade em seus olhos. —Você, Patience - é o sonho que eu pensei que nunca acharia. Então como, em mil estações de eternidade, Rosalind poderia se comparar a você? *** …mil estações de eternidade… …o sonho que ele pensou que nunca acharia. Enquanto as mãos deslizavam em seu rosto, Patience se deixou embeber com as palavras dele embaixo de sua pele e em sua alma. Ela não as questionou. Ela não as minimizou ou dispensou. Ela as aceitou e acreditou nelas - e as deixou a fazerem feliz - incrível, maravilhosamente feliz. Ela sorriu para o olhar de Matthew, mesmo enquanto jurava calada nunca mais trazer o assunto de Rosalind. Os olhos escuros foram muito profundamente nos dela. Deus, como era possível que eles estivesse ainda mais bonitos do que sempre? —Obrigada, Matthew. — Inclinado adiante, ela apertou um beijo rápido mas urgente em seus lábios. —E obrigada por responder as minhas perguntas honestamente. Gosto de saber a verdade, ainda que ela envolva uma casa de prostituição. Nunca imaginei que tais lugares pudessem se especializar em desejos particulares.

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A expressão séria de Matthew aliviou e os cantos de sua boca ergueram. —Sério? O assunto nunca surgiu na mesa de jantar na sua casa? O sorriso de Patience aprofundou. —Não. —Imagina só. — Matthew sorriu amplamente e se debruçou com a bochecha no punho. —Sr. Stones é apenas uma das muitas casas que suprem desejos semelhantes. —Uma das muitas? Eu não sabia que era tão comum. — Patience se sentiu corando enquanto movia o traseiro dolorido. —Eu pensei, talvez, que eu - que nós - fôssemos estranhos. —Oh, Patience — o sorriso de Matthew era gentil e ele acariciou a mão através de sua bochecha—eu te asseguro, nós não somos. O desejo possui uma variedade infinita. Além disso, o que é estranho sobre o desejo feminino de se submeter e o desejo masculino de dominar? Estes não são os papéis que nós mais frequentemente vemos agimos na natureza? Não são estas, nos níveis mais básicos, as propensões naturais dos sexos? —Sim. — Patience ergueu as sobrancelhas. —Conheço vários homens que podem gostar de receber uma surra. A Sra. Hawkings, a esposa do comerciante de aves, bate no marido a distância toda até o comércio e depois de volta para casa. Matthew riu. —Sempre há exceções, não é? Mas as exceções desmentem a verdade geral? As exceções nos desmentem? —Bem, não. Mas não posso evitar e me sentir como se nós fôssemos a exceção. —Talvez nós somos, pois poucos realmente entendem e vivem esta vida em sua plenitude - o que é uma pena. Mas isso significa que nós não deveríamos? Patience não estava certa de que realmente entendia o que viver “esta vida em sua plenitude” significava, no contexto da submissão e no contexto de sua relação. Mas sabia como se sentia agora mesmo - despertada, repleta, feliz e querida. Como seria se sentir deste modo o tempo todo? E qual a profundidade de sentimentos que ela descobriria se ficasse com Matthew? —Eu te direi algo, Patience. — A voz de Matthew chamou sua atenção de volta para ele. — Penso que esta vida, compartilhada entre um homem e uma mulher em acordo verdadeiro e profundo com suas predisposições naturais, deve ser muito mais perto do que Deus designou para as nossas vidas. Patience ergueu uma sobrancelha. —Você está trazendo Deus nesta conversa a fim de me balançar? Matthew sorriu amplamente, entretanto disse: —Não por isso. Acho que existe mérito na noção. — Ele desceu o dedo à toa junto a sua clavícula. —Deus não criou Eva em resposta às necessidades e desejos de Adão? Patience estremeceu com o toque. —Talvez. Mas alguns estudiosos acreditam que eles foram criados juntos. Matthew acariciou a mão do braço ao pulso dela. —Se eles eram foram criados individualmente ou juntos — erguendo a mão dela, ele a segurou contra a sua maior— Deus não criou Eva mais delicada, mais suave, porque ela não devia resistir a Adão, mas se submeter a ele?—

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Ele deslizou o nariz contra a pele acima do pulso dela. Os olhos fecharam brevemente, então ele girou seu olhar escuro de volta para ela. Patience sentiu o coração acelerando. —De fato— ele continuou—Ele não a criou de forma a ser cheia com a semente da vida, ela não deveria se submeter à penetração de Adão?— Patience retraiu a respiração enquanto ele descia a mão e apertava sua ereção espessa. —Os homens carregam seu domínio entre as pernas, Patience. — Ele segurou a mão dela e deu uma estocada contra sua palma. —Que prova maior pode existir que a submissão feminina é vontade de Deus? Patience enrolou os dedos ao redor dele e o clitóris pulsava enquanto ele continuava a empurrar suavemente contra sua mão. A expressão dele permaneceu relaxada. —O que me diz? O que diz a filha do vigário? Patience tentava se concentrar. —Estou pensando. —Você é bonita quando está pensando. De fato, é bonita o tempo todo. Patience sorriu amplamente e agitou a cabeça. —E você está me distraindo. —Desculpe. — Matthew a liberou e, debruçando o próprio queixo na mão, esperou. —Certo. — Patience juntou os pensamentos enquanto erguia os ombros e puxava uma respiração funda. —Não posso dizer que discordo com os pontos que você fez. Porém, é dificilmente justo segurar as mulheres na vontade de Deus quando os homens caminham por aí ignorando completamente o desejo Dele. Se ser mulher significa obedecer ao marido, então ele deveria ser reconhecido como aquele que deve proteger e fornecer sua esposa. E se ele for mostrar autoridade, e esperar a obediência dessa autoridade, então deve aguentar a responsabilidade que vem com ela. Deve ser fidedigno, e auto-disciplinado. Deve usar bom julgamento e sempre ter os melhores interesses da esposa em mente. E se a sua autoridade nunca deve ser questionada, então ele deve ser um homem cuja bondade e força de caráter são inquestionáveis. Patience anuiu com a cabeça decisivamente enquanto se apegava ao assunto. —Sim, como qualquer rei, lorde, ou líder de homens, um homem que é um marido deve manter um padrão muito alto. Deve fazer o trabalho para o qual está designado - trabalho que fornecerá uma vida de segurança e conforto. E mais, deve apreciar sua esposa e se esforçar para fazê-la feliz, da mesma maneira que ela se esforça por ele. Ele deve gostar dela e mostrar seu afeto. E, se é a vontade de Deus, deve dar filhos a ela, pois filhos são a nossa imortalidade na terra. Patience fez uma careta. —O que me traz a questão que se o poder de domínio do homem está entre suas pernas, então ele deve estar certo de que ele seja pressionado apenas em sua esposa, nela, e apenas ela, é a pessoa que está destinada a ele por seus votos santos. Ela, e apenas ela, é a pessoa que se ajoelha diante dele em submissão. E ela, apenas ela, é a pessoa que é intitulada para seu prazer. Sentando de volta, Patience expeliu a última respiração em uma explosão pequena e esperou pela refutação de Matthew.

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Um sorriso lento iluminou seu rosto, e de repente pareceu que os olhos escuros de sua pomba estavam mais fundos e gentis do que nunca. —Concordo completamente. Patience sentiu as sobrancelhas erguerem rapidamente. —Concorda? —Claro. — Matthew ergueu e cruzou para a entrada larga da cozinha. Ele girou e se debruçou contra o umbral da porta. —Há apenas uma coisa que você omitiu. —Há? — Patience depressa revisou seus pontos na mente. —O quê? —Amor. Você se esqueceu de mencionar o amor. Patience sentiu como se tudo tivesse parado. —Não mencionei? —Não. —Bem, deve haver o amor, não? —Sim, deve. — O olhar escuro dele tocou nela como um abraço. —Deve haver amor. Patience de repente se sentiu corada, o peito muito cheio para respirar. O que estava acontecendo? A expressão de Matthew mudou. Ele ergueu as sobrancelhas. —Por exemplo, se um homem vai dizer à esposa—ele olhou para ela esperançosamente— venha. Patience ficou de pé e cruzou para ele, sentindo o traseiro dolorido o caminho inteiro. Matthew anuiu com a cabeça aprovadoramente. —Então ela fará isso, sem perguntar, porque ela sabe que qualquer que seja a razão de seu pedido, ainda que seja para castigá-la, vem do amor que ele sente por ela. Patience se sentia molhada entre as pernas. Ela estremeceu e os mamilos apertaram. —Claro— Matthew murmurou—na maioria das vezes ela achará que responder a sua convocação levará a algo bastante agradável. — Ele alcançou em torno do umbral da porta e pegou o roupão dela. Patience ergueu as sobrancelhas em surpresa enquanto ele o segurava aberto para ela. —Trouxe um conjunto de suas roupas de baixo e um vestido limpo também. Patience sorriu enquanto se virava e deslizava os braços nas mangas do roupão. —Você pensou em tudo, não é? —É o que eu faço, Patience. — Ele colocou o vestido sobre seus ombros. —Penso em tudo que você precisa. Ela suspirou enquanto ele apertava um beijo na sua nuca, e as pernas tremeram um pouco enquanto ela girava para enfrentá-lo. Os olhos dele buscavam o dela. —Espero que você não se importe de eu ter entrado no seu guarda-roupa. Ela se importava? Três dias atrás, talvez sim. Mas nada era como tinha sido três dias atrás. Ela agitou a cabeça. —Não, eu não me importo.

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—Bom— ele murmurou enquanto começava a fechar os botões minúsculos de seu roupão. Ela assistiu os dedos longos, ágeis enquanto eles depressa realizavam sua tarefa. Sua atenção era crescente nela. Ela gostava de quando ele a vestia - e despia. Ela olhou em seu rosto. Os olhos estavam abaixados, e o cabelo caía adiante em suas têmporas e a boca linda estava suave e relaxada. Com o olho, ela localizou a curva de sua sobrancelha até a maçã do rosto, e então o plano de sua bochecha até a mandíbula forte. Senhor, ele era tão bonito e tão sábio e tenro. Enquanto ele erguia o colarinho de seu roupão mais apertado ao redor do pescoço, Matthew ergueu os olhos escuros para ela. —Gosto quando você me olha. Faz com que eu me sinta aquecido. O estômago de Patience tremulou. —Isto não é engraçado? Quando eu olho para você, me sinto morna, também. Ele sorriu. —Então se é bom para os dois, você devia fazer mais. Patience sorriu, e, em algum lugar na casa, um relógio bateu. —Quatro horas— Matthew disse suavemente. —Devíamos ir, mas a tempestade ainda está furiosa. — Ele acariciou sua bochecha com o dedo. —Não acho que seja seguro. Patience agitou a cabeça. —Nem eu. — Partir era a última coisa que ela queria fazer. Ela suspirou. —Mas com certeza perceberão a nossa falta se não retornarmos. —Mark sabe onde estamos. Se perguntarem, estou certo de que ele pensará em algo. —Estou contente por ele saber onde estamos. — Isso significava que Passion saberia, também. —Mas não gosto de ele ter que mentir por nós. Matthew sorriu. —Ele não mentirá. Dirá algo ambíguo. — Ele desceu o dedo junto ao lábio inferior dela. — Tenho uma ideia. Por que nós não ficamos a noite e retornamos cedo - antes de alguém se levantar? Eles podiam? Patience sorriu e a felicidade correu por ela. Ela não podia resistir à ideia. Ela não podia resistir a ele. —Acho que é um plano excelente. O sorriso de Matthew aprofundou. —Bom, então. E eles estavam lá, sorrindo novamente. Patience deixou o olhar chamejar pelo corredor largo que levava à frente da igreja paroquial. Mais cedo, ela havia pausado para admirar as paisagens e cenas de caça que decoravam as paredes. Ela olhou de volta para Matthew. —Gosto desta casa. —Gosta? —Sim, parece firme e forte. Ainda assim também é morna e confortável. Ele anuiu com a cabeça enquanto corria a mão suavemente sobre a madeira que moldava o umbral da porta.

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—Gosto dela, também. —Não fico surpresa, se adapta a você. —Você acha?— Ele ergueu a sobrancelha para ela. —É velha, tem muitas correntes de ar e é desvirtuada. —É o que a dá caráter. —É muito retirada e escondida. —Então apenas os merecedores a acharão. Ele começou a sorrir. —É usada e quebrada em alguns lugares. —Nós todos não somos? Matthew riu, e Patience sorriu com o som da felicidade dele que alimentou a dela. Tomando sua mão, ele a levou lentamente pelo corredor. —É chamada Gwyn Hall, e foi construído em 1530 pelo Conde de Mar-sham para sua jovem noiva. Eles se casaram na capela minúscula atrás do jardim. —Que romântico. Matthew sorriu para ela. —Sim, é. — Puxando o braço dela no dele, ele a levou para a longa sala de jantar. —A casa virou Hawkmore depois da Restauração 39. Charles II concedeu a casa e sua terra, que é limitada ao ocidente pela propriedade Hawkmore, dado ao Conde de Langley como presente. Patience admirou os lindos painéis de linho do quarto. —O quarto conde ignorou o lugar— Matthew continuou —mas o quinto o usou como chalé de caça. Ele que mandou plantar mais de cem árvores em torno da casa. Pensou que ela parecia mais rústica desse modo. O sexto conde a manteve mas raramente a usava, e meu pa— Matthew se cortou. —George Hawkmore deu à casa melhorias modernas. Patience o sentiu enrijecer. Ela sorriu e puxou seu braço para perto. —Bem, agradeço a George Hawkmore, porque particularmente apreciei aquela tina profunda de cobre. E a cozinha é uma maravilha. Matthew olhou para ela abaixo, e ela assistiu a tensão derreter de seu rosto. —Enquanto eu estava procurando pela cozinha— ela continuou —notei que existe um estúdio fora da biblioteca com vários trens de modelo nas prateleiras. São seus? —São. Antes de eu comprar Solar Angel costumava passar bastante tempo aqui. Acho que meus instrumentos de prática estão lá também. Gostaria de tocar? —Não, obrigada. — Ela não sentia absolutamente nenhuma inclinação para tocar. —Mas gostaria de ver os trens. Poderia me mostrar? Ele apertou a mão dela e a puxou com ele. A sala espaçosa estava fria já que nenhum fogo queimava na lareira. E embora uma janela de baía grande e duas janelas laterais altas admitissem a luz através de lambris com forma de diamante, a fúria da tempestade e a hora fazia com que a luz estivesse escura e aguada. Enquanto Matthew acendia algumas luminárias, Patience cruzou para as prateleiras atrás da escrivaninha. Entremeados 39

Restauração da Monarquia na Inglaterra ocorreu em: 29 de maio de 1660.

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ao longo dos livros estavam modelos de motores, carruagens e depósitos. Havia tantos, e todos tinham as iniciais da GEFO - a Grande Estrada de Ferro do Oeste que não era uma companhia, mas um império. Patience se lembrou da fofoca de Lady Humphreys e suas companheiras. Elas disseram que as pessoas não queriam mais fazer negócios com Matthew - que ele se acharia em um abrigo para pobres. Ela agitou a cabeça enquanto esquadrinhava os muitos modelos. Ridículo! A GEFO era enorme - até as irmãs Swittley sabiam da riqueza de Matthew. Ele havia levado dez mil libras para a mesa de jogo, pelo amor de Deus. E agora ele possuía sua própria mina de carvão! Além disso - ela ergueu o modelo pesado de um motor preto brilhante - que possível efeito um escândalo de ilegitimidade podia ter sobre uma companhia de ferrovia com o tamanho e a estatura da GEFO? Especialmente quando essa ilegitimidade não tinha nenhuma consequência real ou prática em qualquer coisa. Matthew se juntou a ela. —Esse é o modelo do nosso primeiro motor. —Parece diferente do motor do trem que me trouxe de Lincolnshire. — Patience disse, retornando-o cuidadosamente à estante. —Sim. — Matthew assinalou outras máquinas negras que eram muito maiores e mais pesadas. —Essa é a besta que a trouxe. É chamado Dragão Negro - por sua força e velocidade. — Ele ergueu as sobrancelhas. —E seu apetite insaciável pelo carvão. —Bem, felizmente você possui seu próprio carvão. A propósito, li o artigo no jornal desta manhã. Está te dando créditos por ‘mudar a face de duas indústrias monumentais’. — Ela sorriu. — Isto é muito excitante, Matthew. Parabéns pelo sucesso. —Obrigado. — Os olhos escuros de Matthew a estudaram por um momento. —Sabe, quando eu fui jogar cartas, não tinha nenhuma ideia de que o Danforth estava carregando a ação da mina de carvão no bolso. Eu podia ter saído sem nada. —Quando frequentei o baile, não tinha nenhuma ideia de que você estava levando a ação de meus desejos no seu bolso. Deus frequentemente envia benções quando menos esperamos, Matthew. Puxando-a para seus braços, ele a beijou profunda e completamente. Patience gemeu e se apertou mais firmemente contra ele enquanto as mãos dele apertavam seu traseiro dolorido. Quebrando o beijo, ele falou contra os lábios dela. —Você está certa de que quer continuar a conversar sobre trens?— Ele a segurou para ele enquanto se esfregava devagar contra ela. —Porque creio que tenho algo no meu bolso para você agora mesmo. — Ele sorriu. —Algo que creio que você devia ver. Patience riu enquanto ia para trás. —Creio que já estou familiarizada com o que está no seu bolso, senhor. —Ah, mas está longe de ser o suficiente, senhorita. Patience agitou a cabeça com um sorriso. —Você vai me contar qualquer coisa mais sobre os seus negócios ou não? Matthew suspirou.

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—O que você quer saber? —Bem, que tal esta nova mina de carvão? Sabe, apesar das leis, condições em minas e aldeias de mineração são tipicamente horríveis. Você tem planos de visitá-la? Matthew a considerou pensativamente por um momento. —Você é realmente filha de um vigário, não é? Patience sorriu amplamente e se sentiu corando novamente. —Bem, pode não parecer sempre, mas sou. Os braços dele foram ao redor dela. —Estou ciente que as condições dos mineiros são tipicamente pobres. — Ele apertou beijos em sua sobrancelha e têmpora. —E, sim, planejo visitar. Ela suspirou e se debruçou contra ele. —E se for terrível? Ele mordiscou a orelha dela. —Então eu a consertarei. Patience sorriu em seu pescoço e o segurou mais apertado. —Você é o melhor dos homens, Matthew. — Ela estremeceu. —O melhor dos homens.

Capítulo Dezoito - Uma promessa e uma decisão Ó tu, que habitas nos jardins, os companheiros estão atentos para ouvir a tua voz… Cantares de Salomão 8:13 —Então me diga, Matt, querido. Como as coisas estão progredindo?— Tia Matty se sentou em uma cadeira ao lado de Matthew no terraço grande com vista para o jardim. A tempestade da véspera tinha ido e, enquanto a festa do outono e a caça haviam terminado, a maior parte dos convidados tinha partido naquela manhã depois do café. A casa estava pacífica. —Podemos esperar um anúncio para breve? Sim. Matthew pendeu a cabeça em direção a ela. —Bem, você conhece a Patience, Tia Matty. Estreitando os olhos e franzindo os lábios, a mulher puxou uma respiração ruidosamente pelo nariz. —Certamente conheço. Matthew conteve o sorriso e agitou a cabeça. —Não há como apressá-la. —Oh!— A palavra veio em uma exalação frustrada. —Aquela menina - eu podia apenas — Tia Matty cerrou as mãos enquanto olhava através do jardim de rosas para Patience. Ela estava caminhando nos caminhos de pedra com Passion, e o sol do final da manhã fazia com que seu cabelo parecesse fogo. A mão de Tia Matty segurou seu braço. 24

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—Você deve tê-la na mão, Matt. Matthew encontrou o olhar da mulher mais velha. —Sério? Você acha? —Acho. — Tia Matty disse definitivamente. —Para o seu próprio bem, alguém precisa fazer isto. A menina tem se rebelado contra Deus e o bom senso por muito tempo. É hora de por um fim nisso. —O que você recomenda que eu faça? Mathilda Dare ergueu as sobrancelhas de prata. —Você quer dizer além de colocá-la de joelhos, que é o que ela realmente precisa? Matthew considerou a mulher com novo respeito. Com toda sua excentricidade, ela entendia as coisas perfeitamente. Ela agitou a cabeça. —Se apenas o pai tivesse feito isso há mais tempo, estou certa de que nós não estaríamos tendo esta conversa. Claro que—a irritação pareceu tomar seu rosto—estou tão contente por estarmos tendo esta conversa, porque sei que não teria gostado de qualquer outro se casando com ela tanto quanto gosto de você. — Ela bateu levemente no braço dele. —Obrigado, Tia Matty. Ela sorriu. —De nada, Matt querido. Agora—o olhar irritado retornou—o que fazer com ela? — Ela bateu os dedos em seu braço. Ela suspirou e bateu um pouco mais. —Sabe, esse é o problema que eu sempre enfrentei. Nunca posso apresentar um plano executável porque nada dá certo nela. Ela vê tudo. Resiste a tudo. E é positivamente incorrigível. Matthew anuiu com a cabeça no que esperava ser uma forma de empatia. —Parece que nós temos de ser pacientes com nossa Patience. Tia Matty ergueu os olhos pra o céu. —Deus sabe como tenho exercitado minha paciência com Patience por anos. Tantos anos, que estou completamente sem paciência. Eu a gastei toda, Matt. — Ela estalou os dedos e fez tsc. —Eu não sei onde a paciência fica guardada, mas se você pudesse olhar lá, veria que a minha se foi completamente. É realmente trágico, como ela consumiu toda a minha paciência - e sendo tal virtude.— Não parecendo toda trágica, ela deu uma olhada rápida através do jardim mas voltou o olhar depressa para ele. —Quero dizer, como irei adquirir mais? Eu nem sei é possível. É? Completamente entretido, Matthew anuiu com a cabeça. —Creio que ouvi falar de algum tipo de reservatório para paciência. Apenas quando se pensa que não tem mais, borbulha vindo de lugar algum. —Sério? —Sim. Acho que é verdade. —Bem, graças a Deus. Mas não vamos dizer a Patience. Afinal, é por causa dela que estou atualmente roubada de uma virtude tão importante. Acho que ela devia sofrer por meu estado atual. — Ela apertou a mão no peito como se estivesse doendo. —Quero dizer, Matt, você não tem nenhuma ideia de como é ter a paciência totalmente testada.

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Ha! Naquela manhã ele havia acordado com um desejo tão feroz de foder sua Bela Adormecida que teve que deixar a cama ou teria o risco de tomá-la. Então, enquanto ele dava a ela uma surra matutina leve, seu desejo chamejou tudo de novo. A surra não era um castigo, mas um meio de ela começar o dia em estado adequado - suave, sensual e submissa. Com o tempo, as surras ficariam mais firmes. Mas no momento, a leve servia muito bem. O pau pulsou com a memória - o traseiro erguido e a boceta molhada. Deus, se ele não a fodesse logo, ficaria sem paciência e aflito. As sobrancelhas de tia Matty juntaram em uma expressão preocupada. —Você é a minha última esperança, Matt querido. Diga-me que não desistirá. Diga-me que será firme e forte na perseguição de minha sobrinha teimosa. Diga-me que, não importa o que seja preciso, ela estará destinada a se casar com você - antes do Natal seria bom. Matthew sorriu e então olhou através do jardim para Patience. Ela e Passion pararam de caminhar e Patience tinha a mão na barriga da irmã. Logo, Patience - logo vou foder sua linda boceta e você ficará com a barriga tão grande quanto a da sua irmã. O pau de Matthew pulsou. —Não desistirei, Tia Matty. Serei firme e forte. Farei o que for preciso para levar a sua linda sobrinha para o lado dos casados. —Oh, Matt! Matt querido!— Tia Matty agarrou seu braço. —Hmm, ah - antes do Natal? — Matthew olhou para ela. —Bem, Natal é uma data de família, e faltam apenas três meses. Seria bom… — Os olhos dela estavam úmidos e o sorriso ficou trêmulo. —Perdoe-me. É que eu a amo muito. E tenho medo de que —os olhos faiscaram com lágrimas— temo que ela fique sozinha. Matthew sentiu uma onda de ternura pela mulher enquanto dava seu lenço a ela. —Eu não a abandonarei, Tia Matty. Prometo. —Obrigada, Matt. — Ela tocou de leve as lágrimas. —Solteirice tem muitas coisas boas, mas não é para ela. Por mais que ela tente ser uma maçã, simplesmente não há como negar que ela é um pêssego. Matthew tentou deduzir o que ela queria dizer, porque estava começando a pensar que ela tinha mais senso do que as pessoas davam crédito. Talvez ela estivesse se referindo ao fato de que maçãs eram duras e que os pêssegos eram suaves? Incerto, ele apenas anuiu com a cabeça. Ela olhou através do jardim para suas duas sobrinhas. —Olhe para elas juntas. Sabe, Matt, antes de a mãe morrer, as duas eram inseparáveis - risos e risadinhas o tempo todo e em todos os lugares. Não se podia achar uma e não achar a outra. Elas eram muito próximas. —Eram próximas? Elas parecem que ainda são assim. —Oh, sim - de muitas formas. Mas não como eram quando crianças. Matthew se debruçou para mais perto. —Por quê? Tia Matty suspirou. —Porque tudo mudou quando a mãe delas morreu. Penelope, que descanse em paz, era uma mulher extraordinária. Todo mundo era afetado pela passagem dela.

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—Claro— Matthew respondeu. —Mas por que a morte da mãe deveria ter mudado qualquer coisa entre elas? Quando meu pai… Quando George Hawkmore morreu, Mark e eu ficamos muito mais próximos. Precisamos mais um do outro. —Sim, bem, há apenas os dois. E perdoe-me, Matt querido, mas acho que você ou seu irmão não tiveram as preocupações urgentes e práticas de uma casa que não tem pessoal grande. — Tia Matty olhou ao redor. —Quantos trabalham aqui na Mansão Hawkmore? —Incluindo jardineiros e trabalhadores estáveis, mais ou menos setenta e cinco— Matthew admitiu. Ela ergueu as sobrancelhas prateadas para ele. —O pessoal no vicariato está em seis—mordomo, cozinheira, empregada do andar superior, empregada do andar inferior, jardineiro e condutor. Todos fazem mais do que suas funções sugerem, e, mesmo assim, as meninas devem ajudar com as coisas - sem mencionar as responsabilidades na escola da igreja e na comunidade. —Perdoe-me, Tia Matty, por ser tão obtuso. Ela sorriu e apertou sua mão. —Você não é obtuso, Matt querido. De fato, penso que é agudo, uma das razões pelas quais você e Patience combinam. Ela não consegue aguentar bobos, aquela menina. — Tia Matty ergueu o queixo. —E, pensando nisso, nem eu. Ela e eu somos iguais nesse quesito. Detesto tolice e coisas do tipo. Os bobos nunca me enganarão. — Ela anuiu com a cabeça e, estreitando os olhos, esquadrinhou o jardim. —Sou à prova de tolos. — Ela se voltou para ele e ergueu uma sobrancelha. —Reconheço os bobos. Matthew correu os dedos através dos lábios para apagar o sorriso. —Oh, posso ver isto. Ela sorriu beatificamente. —Bem então, você não é obtuso mesmo. Você é incisivo e afiado. — Ela cutucou o ar com seu dedo. —Como uma seta. Como uma flecha atirada por Robin Hood 40, é assim que você é. — Ela anuiu com a cabeça conscientemente. —Você sempre atinge seu objetivo. Você pode atingir o pêssego diretamente na árvore. Matthew saltou na brecha que ela deu. —Falando de pêssegos, você não iria explicar o que aconteceu com Patience e suas irmãs? Pelo que você disse, elas não tiveram tanto tempo uma para a outra depois da morte da mãe. —Sim, é exatamente isso. — A expressão de tia Matty virou interior. —Sem ser preciso falar, Passion tranquilamente cuidou de Penelope. Abençoado coração, ela tentou seu melhor para encher o vácuo criado pela morte da mãe. Isso incluía ser atenciosa com Prim que, aos cinco, era muito jovem para ficar sem uma mãe. — Tia Matty agitou a cabeça e sorriu suavemente. —Como aquela criança costumava agarrar o avental da Passion. Passion não podia fazer qualquer coisa, ou ir a qualquer lugar sem Primrose se arrastar atrás dela. —E Patience? 40

Robin Hood - herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood.

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—Patience e a mãe tinham um laço especial. Não posso dizer exatamente o que era, mas Penelope sempre pareceu saber e entender Patience de modos que ninguém mais podia. — Um pequeno franzir marcou a sobrancelha de Tia Matty. —Coitadinha. Quando Penelope faleceu, ela tinha dez anos. Uma idade tão tenra para uma menina - não mais um bebê, e ainda assim não era uma jovem dama - velha o suficiente para nunca se esquecer de sua mãe, e jovem o suficiente para precisar dela. — Ela agitou a cabeça. —Por mais madura que Passion fosse aos doze, ela não podia realmente administrar uma casa e fazer papel de mãe de duas meninas. Então Patience teve que cuidar de si mesma. E ajudar sua irmã mais velha, também. Matthew fez uma careta enquanto imaginava uma Patience com dez anos de idade, só, enquanto Passion cuidava de Primrose. Nenhuma criança deveria ficar só. Com toda sua educação problemática, essa era uma coisa que ele não sofreu. Mark sempre tinha estado lá para ele. Mark ainda estava lá para ele. —E quanto ao pai? Qual a parte dele nisso tudo? Seguramente ele podia ver que uma de suas filhas estava mais só do que as outras. —Mais só?— Tia Matty balançou a cabeça enquanto parecia considerar a pergunta. —Não. Sabe, era assim que era, Matt. Tudo aconteceu tranquilamente e sem incidente. Passion nunca reclamou ou chorou sobre sua infância perdida. E Patience nunca reclamou ou chorou. Quero dizer, como ela podia quando via a irmã mais velha trabalhando tão duro. Matthew de repente se lembrou das palavras de Patience na noite em que ele tinha dormido em seu quarto: eu nunca peço ajuda - a menos que não possa evitar. Ele pensou no desconforto dela com o primeiro café da manhã que ele havia deixado para ela, e sua reticência óbvia sobre permitir que ele a vestisse para a soirée musical. E então ele se lembrou de sua admissão pungente sobre seu violoncelo: …contanto que eu o ame o suficiente, ele nunca, jamais me deixará! Matthew olhou fixamente através do jardim para Patience. Oh, meu amor. Começo a ver os porquês em você. Não é nenhuma maravilha que você tenha escondido seu coração. Tia Matty seguiu seu olhar. —Você não deve pensar que haja qualquer discussão entre elas, Matt. Não há. Três irmãs mais amorosas e leais você não achará. E, sabe, de muitas formas Passion e Patience foram exclusivamente predispostas aos papéis que empreenderam. Passion, a mãe substituta, e Patience de mente forte e independente. Não é assombroso que as coisas tenham acontecido do modo como foram. Matthew fixou o olhar em Patience. Ela podia ter a mente firme e ser independente, mas ela havia sofrido - e muito. E ele estava começando a pensar que ninguém sabia disso. Nem mesmo Patience. Tia Matty sorriu suavemente. —Eles são as versões dos pais, Matt. Passion é muito como a mãe, tanto em aparência quanto temperamento. Havias breves momentos quando, com Prim nos braços, parecia que Penelope estava de volta conosco. Quase… — Ela suspirou. —E Patience—apesar de ter os cachos da mãe, a cor ígnea veio do pai. Ela é muito como ele - forte e estoica, mas com um coração tão profundo

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quanto o oceano. Sendo tão profundo, eu às vezes o acho intocável, mas sei que está lá. Se eu fosse apenas uma nadadora melhor… — a voz dela enfraqueceu com a consideração. Matthew olhou para ela. —Acho que você é uma nadadora melhor do que pensa. Tia Matty irradiou para ele. —Sério? Você sabe o que eu acho, Matt querido? —O que você acha, Tia Matty? —Acho que você é o melhor nadador que já encontrei. Acho que é tão bom que pode ser um daqueles surpreendentes mergulhadores de pérola do Mar do Sul que eu li recentemente. — Ela anuiu com a cabeça e os olhos cinza faiscaram com excitação determinada. —Mergulhe fundo, Matthew. Mergulhe fundo, ache a pérola, e traga-a para a superfície. Se você realmente quer se casar com Patience, terá que fazer isto. Ele olhou fixamente através do jardim para Patience. Ela olhou em direção a ele, quase como se ele a tivesse chamado. Então ela sorriu e ergueu a mão em um aceno. Ela havia feito com tal imediação. Não havia pausado para pensar. Matthew sorriu e seu coração ergueu enquanto ele acenava de volta. —Eu terei a pérola, Tia Matty. Eu a terei antes do Natal. *** Tiamat-World*** —Olhe para Tia Matty. — Patience assistiu a tia conversando excitadamente com Matthew. —Ela é como uma criança no Natal quando está com Matthew. Passion sorriu. —E ele realmente gosta dela. —Oh, eu sei. Eles são muito parecidos, aqueles dois. — Patience agitou a cabeça. —Mas o que eles têm em comum, não posso te dizer. Passion olhou para ela com sobrancelhas erguidas. Patience ergueu as sobrancelhas em retorno. —O quê? —Você é o que eles têm em comum, querida. — Passion deslizou o braço pelo de Patience, e elas continuaram a caminhada. —Tia Matty quer que Matthew se case com você. Matthew quer se casar com você. — Patience voltou os olhos para a irmã, mas Passion apenas sorriu. —Isso os tornam aliados na batalha contra seu castelo formidável de solteirice. O coração de Patience bateu um pouco mais rápido. —Mas Matthew me disse que não estava interessado em casamento. Um franzir perplexo marcou a sobrancelha de Passion. —Quando ele disse isto? —Na noite do masque. —Então ele mascarou o coração naquela noite, em vez do rosto. — Passion parou de caminhar e girou para enfrentá-la. —Bem, sei que estou certa. Vejo como ele olha para você. Da primeira vez,

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vi como ele olhou para você. — Ela balançou a cabeça e os olhos castanhos mornos pareciam tão certos. —Sei o que aquele olhar significa porque é o mesmo modo como Mark olha para mim. E falando do meu lindo marido, ache outro que negou ter desejo de casar? —Seu lindo marido? Passion sorriu e anuiu com a cabeça. —E eu, também, disse que não me casaria novamente. Ainda assim, aqui estou eu - e com um filho, que também acreditei ser impossível. — Passion apertou as mãos de Patience. —Na ocasião, nós entendíamos mal a nós mesmos, ou havíamos perdido a fé. Qualquer que fosse o caso, dissemos coisas que pensamos ser a verdade, apenas para ver que não eram. — Uma sobrancelha castanhoavermelhada de Passion ergueu. —Talvez, até você seja capaz de estar errada? —Você sabe como eu odeio estar errada— Patience murmurou. —Eu sei. Patience olhou fixamente no olhar suave da irmã. —Mas neste caso, acho que eu poderia ficar muito feliz em estar errada. Os olhos de Passion alargaram. —Sério? Patience sentiu uma vertigem nervosa com o prospecto de tomar a decisão que tinha crescido cada vez mais irresistível. —Oh, Passion, você acha que eu seria terrivelmente tola se desistisse de Cavalli?— Soltando as mãos da irmã, ela apertou os dedos contra as têmporas. —Não posso acreditar que estou até te fazendo esta pergunta. Mas Matthew me pediu para não ir. E, agora mesmo, eu - eu realmente não quero ir. —Então não vá. —Mas como eu não poderia ir?— Ela abaixou as mãos. —Quem diz não a Fernando Cavalli? Passion encolheu os ombros. —Acho que você. —Como eu poderia fazer isto? Estou louca? Quero dizer, sério, será que perdi o juízo? Passion balançou a cabeça, e seu olhar era tenro e observador. —Eu não sei. Você sabe? Patience agitou a cabeça lentamente. —Eu não sei. Parte de mim acha que sim. —E o que a outra parte de você pensa? Patience fechou os olhos, e a memória da surra que Matthew havia dado a ela naquela manhã encheu sua mente e imediatamente aliviou sua tensão. Ele havia batido nela não porque ela o havia desobedecido, mas porque o agradava, e porque ela precisava. Enquanto o excitava, de alguma maneira a agradava, também. E talvez ela precisasse disto, embora doesse, a deixava molhada; e posteriormente ela havia se sentido suave, sensual e feliz. Patience abriu os olhos. Os mamilos estavam duros, e o clitóris estava dolorido. Ela tomou uma respiração lenta e funda antes de encontrar o olha da sua irmã.

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—A outra parte de mim pensa que ficar com Matthew é tudo o que importa. Que ficar com Matthew é tudo que importa—ela tragou—ou que importará. Passion anuiu com a cabeça lentamente. —Então fique, Patience. Fique. Patience tremeu com o eco inconsciente da sua irmã às palavras de Matthew. —Ficar?— Lentamente, ela girou a cabeça para olhar para ele. E não ficou surpresa em achar seu olhar escuro nela. Mesmo com a distância ela podia sentir seu intento poderoso. Deus, ela o queria tão desesperadamente. —Ficar— ela repetiu mais para si mesma do que para Passion. —Deixar o agora de lado pelo momento, e viver a possibilidade do para sempre? —Sim. Patience se voltou para a irmã. —Embora não existam promessas entre nós? —Acho que a promessa dele está nos olhos. —Sim. Ele tem olhos lindos, não é? E ele diz coisas, Passion. Coisas maravilhosas. —Então tenha fé nele. —Eu quero. É apenas que ‘para sempre’ tem me iludido muito frequentemente. Sempre que penso que eu o tenho, acho que estou errada. E, desta vez, eu— Patience piscou de volta as lágrimas súbitas. —Bem, nestes últimos dias, sinto que mudei - ou talvez, como Matthew diz, eu esteja apenas retornando ao meu verdadeiro eu. Não estou completamente certa. Mas o que estou certa é de que não sobreviverei se estiver errada novamente - não agora. Não agora que me sinto tão viva. Passion olhou em direção a Matthew. Tia Matty havia retornado à casa e ele estava só, olhando fixamente através do jardim para elas. Passion o considerou pensativamente por um momento e então olhou de volta para Patience. Dando um beijo na bochecha de Patience, ela sorriu suavemente. —Fique. Levou apenas um momento para a palavra adorável inspirar sua resposta. Sim! Patience sorriu e jogou os braços ao redor da irmã. O coração floresceu com felicidade e confiança súbitos. —Devo ficar. Ficar e ter fé no para sempre. Patience ouviu o riso de Passion e isso a fez rir. Ela apertou mais a irmã. —Amo você. Senti sua falta. Passion foi para trás com um sorriso perplexo. —Sentiu minha falta? —Sim. Senti falta da parte de você que costumava ser minha. — Patience olhava fixamente nos olhos castanhos da irmã - olhos tão parecidos com os de sua mãe. —E senti falta da minha parte que costumava ser sua. A cabeça de Passion pendeu.

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O sorriso de Patience aumentou. —Amo você— ela disse novamente. Então, beijando a irmã na bochecha, ela girou e correu para Matthew. *** Matthew assistiu Patience correr em sua direção. Um sorriso magnífico no rosto, os cachos vermelhos saltavam e suas anáguas se moviam como espuma do mar sob suas saias azuis esverdeadas erguidas. O coração bateu com carinho e antecipação. Ela parecia tão exuberante, tão cheia de felicidade. O que ela estava vindo dizer a ele? Exatamente quando ela girou em direção ao caminho que a levaria aos degraus do terraço, parou. Um criado apareceu e a deu uma carta. Matthew ficou tenso enquanto assistia seu sorriso enfraquecer. De quem era? O Correio Real era tão famoso por sua velocidade que as pessoas frequentemente o usavam mais como um serviço de mensageiro, devolvendo as notas através da cidade no mesmo dia. Se Mickey Wilkes houvesse feito seu trabalho, então era completamente possível que uma carta de Cavalli estivesse agora sendo entregue nas mãos de Patience. Segurando o corrimão de pedra, Matthew se moveu em direção a ela. Ela estava olhando fixamente para a frente do envelope sem abri-lo. Medo surgiu nele enquanto ele lentamente descia os degraus. Ela virou o envelope e o abriu. Ele pausou, e suas entranhas apertaram quando ela tirou e desdobrou uma única folha de papel. Enquanto ela a lia, ele se forçou a continuar a descer os degraus, assistindo-a em busca de qualquer sinal de angústia. Apesar de o rosto dela estar ligeiramente abaixado, a expressão não pareceu mudar. Matthew saiu do último degrau e se moveu em direção a ela. —O que foi, Patience? Ela olhou para ele, a expressão um pouco confusa, mas sorriu. —É do Maestro Cavalli. Ele rescindiu sua oferta de me tomar como aluna. Parece que a esposa ficou preocupada com a ‘natureza íntima’ da associação professor-aluna. — Patience encolheu os ombros. —Ela não quer o marido ensinando uma mulher. Matthew olhou fixamente para ela, a respiração rasa. —Você não está chateada? Patience pausou e mentalmente pareceu se certificar. Quando o olhar retornou a ele, ela sorriu. —Não. Não estou. O quê? Um alívio tentativo chamejou sob a pele de Matthew. Ela andou para mais perto dele, e ele respirou o odor de gardênias. —Você sabe por quê?— Ela perguntou. —Não. — Apesar do sorriso dela, ele segurou a respiração. —Por quê? —Porque eu já tinha decidido ficar. Ele soltou a respiração em um jato de ar.

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—Você tinha? Ela balançou a cabeça e os cantos de sua boca curvaram oh, tão docemente. —Sim, estava vindo para te dizer isso agora mesmo. Com um grito jovial, Matthew a ergueu nos braços. Ela riu enquanto ele a girava. O som de seu riso, o cheiro de sua pele, e a sensação do corpo dela, tudo fez com que ele se sentisse vertiginoso. Ela era dele! Ela era dele e ele nunca a deixaria ir. Nunca… Diminuindo a velocidade até parar, ele correu uma mão em seu cabelo enquanto a segurava firmemente. —Estou tão feliz por você ficar— ele sussurrou contra a têmpora dela. Porque eu amo você. —Porque eu... eu preciso de você. Os braços dela apertaram ao redor dele. —Eu também preciso de você. Sim! Ela precisava dele. Por isso ela nunca deveria descobrir a fonte da carta. Por que diabo ele a havia enviado? Ele deveria ter confiado em si mesmo - devia ter confiado nela. Mas era muito tarde - e o que importava? Ela ia ficar. Por si mesma, ela ia ficar. Matthew puxou-a de volta para poder olhar para ela. —Quero que você venha para o Solar Angel - você e Tia Matty. O sorriso de Patience alargou. —Você quer? Quando? —Assim que possível. Tenho alguns negócios para resolver, primeiro em Londres e então na mina. Depois disto, quero poder encontrá-la lá. —Oh, Matthew, adoraria conhecer a sua casa. — Ela riu. —Tia Matty ficará extasiada. Apenas preciso escrever para o meu pai para pedir sua permissão. —Escreva a carta, então. Por mais que eu tenha muito que fazer, quero você comigo. Segurando-a apertado, Matthew apertou os lábios contra sua sobrancelha e então fechou os olhos e respirou o cheiro de seu cabelo. —Estou contente que a carta não a tenha ferido. Ela recuou o olhar para ele. —Antes de você, teria. Mas não agora. — Ela envolveu a bochecha dele com as mãos. —Agora é apenas a confirmação - uma confirmação linda e inesperada de Deus de que a minha decisão de ficar está certa. — Ela ergueu sobre seus pés e tocou em sua boca suave. —Como eu poderia ficar chateada com isto?

Capítulo Dezenove - Diamantes e irmãs …tiraram-me o manto os guardas dos muros. Cantares de Salomão 5:7

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Matthew inspecionou o conjunto de joias de diamante. Era uma coleção excepcionalmente boa que incluía pentes, um colar, brincos, duas pulseiras, um cinto e um anel. Cada peça era em ouro e os diamantes faiscavam contra a caixa preta aveludada. Ele se lembrou de Patience usando imitações. Ela merecia joias verdadeiras - joias que combinariam com sua beleza e qualidade. Se apenas ela concordasse em se casar com ele, ele poderia adorná-la corretamente. Fechando uma caixa, Matthew percebeu que o aprendiz do joalheiro ainda estava diante de sua escrivaninha. Ele já o havia agradecido e dado sua gorjeta. —Obrigado— ele disse novamente. —Elas são adoráveis. E ficarei com elas. O jovem aprendiz parecia nervoso. —Meu mestre estava certo de que ficaria contente, Sr. Hawkmore. A única coisa é, ele lamentava esta inconveniência, mas insistiu que eu deveria dar-lhe isso. — Ele tirou um pedaço de papel do bolso e o estendeu com uma mão trêmula. Franzindo o cenho, Matthew tomou o papel e o desdobrou. Era a conta! Calor subitamente se ergueu de seu colarinho. Nunca, em todos os seus anos de patronato, ele tinha sido cobrado na entrega. Nunca! Furioso, ele ergueu os olhos para o aprendiz de joalheiro. —Meu crédito é impecável. Nunca falhei em pagar pelo que ordenei. —Sim, Sr. Hawkmore! É verdade. Eu sei que é. — O jovem estava vermelho com embaraço. — Mas meu mestre sentiu que... bem, que desta vez, por causa do número de peças, esta coleção em particular, que desta vez, apenas esta vez, que ele devia, bem, que ele simplesmente devia se assegurar - se assegurar do pagamento. Apenas - apenas esta vez. Dadas as circunstâncias. — A voz trêmula do jovem diminuiu. —Que circunstâncias?— Matthew sibilou. O aprendiz empalideceu. —E-eu, hm… — Ele correu a mão através da testa. —Sr. Hawkmore, você sabe que Lorde Benchley também é protetor do meu mestre. Bem, Lorde Benchley, ele... está insinuando coisas. As mãos de Matthew cerraram em punhos. —Que coisas? —Que ele não poderia fazer mais negócios com a Smithfield e Filhos. E que ninguém mais de qualidade como o meu mestre está —o aprendiz tragou convulsivamente—servindo a você. Matthew de repente teve uma compreensão visceral de por que os imperadores romanos frequentemente matavam os mensageiros. Ele queria jogar a caixa no rosto do aprendiz. Mas onde mais ele poderia esperar este tratamento? Archibald Benchley patrocinava os mesmos artesãos e comerciantes que ele. A humilhação e ira de Matthew cresceram enquanto ele imaginava Benchley infectando a todos. Hoje seu crédito era negado. Amanhã ele poderia ter serviços recusados completamente. Ele olhou para a caixa preta aveludada. Se ele a devolvesse, Patience não teria nada.

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Tremendo de fúria, ele retirou seu livro-razão e, com uma mão dura, escreveu um cheque da quantia cheia da conta. A mandíbula cerrou enquanto ele ficava de pé e oferecia a nota, que o aprendiz de repente pareceu relutante em tomar. Mas ele a tomou, puxando a mão para trás depressa assim que ela estava entre seus dedos. —Obrigado, Sr. Hawkmore. —Não quero o seu obrigado— Matthew retrucou. —Diga ao seu mestre que ele não precisa se preocupar em perder seus clientes de qualidade, porque esse é o último cheque que ele verá de mim. O homem se curvou enquanto andava através do escritório. —Muito bem, Sr. Hawkmore. Eu sinto muito, Sr. Hawkmore. — Então ele girou e correu porta afora. Matthew agarrou a extremidade de sua escrivaninha enquanto olhava fixamente a caixa preta aveludada abaixo. Ele forçou as mãos a abri-la. Ele deixou o olhar vagar sobre as joias cintilantes. Era um conjunto primoroso. Mas agora não o dava nenhum prazer. Não o dava nenhum prazer porque era, sem dúvida, a coisa mais cara que ele já havia comprado. Não por causa da soma exorbitante que ele havia pagado. Mas por causa da medida profunda de orgulho que custou. Ele fechou a tampa. Apenas por Patience. *** —Oh, Patience, quando você vai partir? Você escreveu para o papai? Que diz a Tia Matty? Patience sorriu através da mesa para a irmã. —Sim, escrevi para papai. Assumindo que ele aprove, partimos em dez dias. E Tia Matty está fora de si com excitação. Passion sorriu amplamente. —Aposto que está. Queria poder assistir o assalto matrimonial inflexível que com certeza ela está empreendendo nos dois. Estou certa de que será imensamente divertido. —Oh, ela já está agindo como se fosse um fato certo. No momento em que eu disse a ela que não iria para Cavalli e que estávamos indo para a casa de Matthew em vez disso, ela ergueu os olhos para o céu e agradeceu a Deus por responder às suas orações e ‘me fazer ver a razão'. Então ela começou a planejar o casamento. Passion riu enquanto erguia sua xícara. —Você disse que Cavalli cancelou sua instrução? —Isso. Ela disse que isso provava que as muitas forças do universo estavam se movendo para assegurar que eu me case com Matthew. — Patience ergueu a sobrancelha. —O que, ela disse, era

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muito afortunado, já que eu ‘não posso ser contada sempre para saber o que é para o meu próprio bem’. Ela, porém, me louvou por finalmente aceitar que sou um pêssego. Passion sorriu suavemente e bebericou seu chá antes de retornar a xícara ao pires. —Você parece reconciliada com as ambições dela para você. —Tia Matty pode ter quaisquer ambições que quiser. — Patience olhou para baixo e ajustou o guardanapo no colo. Matthew disse que não estava interessado em casamento. Ainda assim tudo o que ele fez, e tudo que disse desde então, pareceu negar essa declaração. Até Passion acreditava que ele tinha intenções em relação a ela. Patience tentou conter a exuberância feliz que parecia brotar nela continuamente. Um passo de cada vez. Com um suspiro e o restante de um sorriso, ela encolheu os ombros enquanto olhava para a irmã. —As ambições dela não decidirão as nossas vidas. —Verdade. — Passion debruçou o queixo na mão. —Mas eu às vezes fico imaginando se ela não tem algum tipo de poder único que provoca casamento em quem escolhe como alvo. Ela estava tentando casar o papai quando ele encontrou a mamãe. Estava tentando me casar quando encontrei o Mark. Introduziu a filha do vizinho ao marido dela agora, e no verão anterior, creio que ela trabalhou no matrimônio mágico das sobrinhas gêmeas das irmãs Swittley. — Passion ergueu as sobrancelhas. —Talvez você devesse começar a planejar o seu casamento. Patience sorriu enquanto agitava a cabeça. —Acho, que apesar de Tia Matty parecer ter poderes, Matthew é a força que me move. Não farei nenhum plano até que ele me dê uma razão. Passion a considerou suavemente. —Você realmente confia nele, não é? —Sim. — A resposta veio imediata e inequivocamente. —Sempre confiei nele. Passion balançou a cabeça. —Que incomum. Normalmente sua confiança é difícil de ganhar. —Eu sei. — Patience olhava fixamente para o vapor que subia de sua xícara. —Acho que é por causa do modo que ele sempre me olhou - como se visse todas as partes escondidas de mim. — Patience olhou para a irmã. —Partes que até eu não ousei olhar. Passion estendeu a mão através da pequena mesa de chá e apertou a mão de Patience. —Como a dor de Henri? —Não sei. — Patience olhou de volta para baixo em seu chá e enrolou os dedos contra a palma de Passion. —Talvez a dor de você. O silêncio estirou. Finalmente, Patience ergueu os olhos. Um franzir fundo marcava entre as sobrancelhas da irmã e a expressão era completamente confusa. —O quê? Que dor eu te causei? Com a pergunta, uma corrente de dor afluiu em Patience. Os olhos ardiam. —Que dor? Você me deixou. Você me deixou, e nós nunca mais fomos as mesmas. Passion a olhava fixamente e seu lábio tremia. —Patience, do que você está falando? Patience sentiu as lágrimas deslizarem pelas bochechas, mas ela não se importava.

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—Estou falando de como costumávamos ser. Como éramos próximas. Como costumávamos fazer tudo juntas. Você não se lembra?— Patience apertou a outra mão ao redor da mão da irmã. —Oh, Passion, você não se lembra? A pulsação estava na garganta de Passion e os olhos estavam brilhantes. Patience podia sentir o próprio coração doer a cada batida. —Você deve se lembrar, como costumávamos escolher a roupa uma da outra e escovar o cabelo uma da outra. Como costumávamos descer pelo corrimão juntas todas as manhãs, e correr os degraus para cima todas as noites. Como costumávamos andar no mesmo passo e falar em rima. — Ela estremeceu, e as lágrimas continuaram a cair enquanto ela era infestada com memórias. — Você não se lembra de como costumávamos fazer colares de margaridas e colocá-las em torno do pescoço da vaca do Sr. Higgin? Como costumávamos nadar juntas no lago, apenas nós duas, e fingíamos que éramos sereias presas lá por uma bruxa do mal? As lágrimas deslizaram dos olhos da irmã. Patience agitou a cabeça. —Você não se lembra de como costumávamos dizer tudo uma a outra, e guardar nada uma da outra? Como costumávamos compartilhar nossos segredos e nossos sonhos - e nossas dores e nossos medos? Oh, Passion — Patience apertou a mão da irmã em sua bochecha—você não se lembra de como costumávamos amar uma a outra? Em um momento, Passion estava lá, os braços apertados ao redor dos ombros de Patience. —Claro que eu me lembro, meu bem. Eu me lembro de tudo. Patience apertou a bochecha contra a lateral da irmã. Algo aconteceu. Algo abriu dentro dela, e ela de repente sentiu a profundidade dolorosa e a abundância de como tinha sentido a falta de Passion ao longo dos anos. E em vez de minimizar os sentimentos, ou escondê-los, ela os deixou fluir. —Você me deixou— ela lamentou. —Você não teve mais tempo para mim. Sempre Prim estava entre nós. Você escolhia suas roupas e escovava seu cabelo, e não havia mais tempo para mim - para nós. — Patience virou o rosto na lateral da irmã e se agarrou a ela. —Houve momentos que eu senti que odiava Prim por ela tê-la levado de mim. Mas como eu podia odiá-la quando a amo tanto? E ela era tão jovem, e precisava de você. —Oh, meu bem. — Passion se curvou ao redor dela e alisou seu cabelo. Mas o toque amoroso apenas fez Patience chorar mais. —Às vezes eu a odiei, também. Às vezes eu estava tão brava com você. — Ela apertou os olhos contra as lágrimas ardentes e suas emoções. —Mas eu me odiei por ter tais sentimentos, e por ser tão egoísta. Ficando de joelhos, Passion apertou as mãos de Patience. O rosto estava marcado por lágrimas. —Meu bem, minha doce Patience, eu sinto tanto. O coração de Patience se contorceu com a angústia nos olhos da irmã. —Não, você não deve dizer que sente muito. Você é um anjo, uma santa, e sempre tem sido. Sou apenas eu. Eu... eu não podia aguentar o peso dos meus próprios sentimentos. E não sabia o

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que fazer com eles, então eu... apenas os enterrei. — Patience envolveu a bochecha molhada da irmã. —E fiz isso para não ser um fardo para você. Cuidei de mim mesma para você não ter que fazer isso. Fiquei fora do caminho para que você pudesse dar a Prim o que ela precisasse. Pensei que era forte, perfeita e inteira. Mas agora… — Mais lágrimas afluíram, e ela não podia continuar. Inclinando adiante, Passion a puxou em seus braços. —Oh, minha Patience, minha irmã. — A voz estava sufocada. —Sabe, nós éramos tão menininhas quando a mamãe morreu. Eu tinha doze e você dez. Havia tantas vezes que eu queria estar apenas com você. Tantas vezes que eu ansiei por você, e pela alegria e liberdade que compartilhávamos. Mas não disse porque temi que apenas aumentaria o que não tínhamos mais. Então eu apenas... eu curvei a minha cabeça e fiz o que pensei que tinha que fazer. — Ela puxou de volta, as mãos em volta da cabeça de Patience. —Mas quando fiz isto, a perdi de vista, não é? Patience agitou a cabeça. A careta de Passion afundou. —Sim. Sim, eu fiz. E quando finalmente olhei para cima novamente, era muito tarde. Você não parecia precisar de mim. Mas não vi a minha parte nisto. — As lágrimas caíam livremente. —Você pode me perdoar, Patience? Pode? Patience não podia aguentar o pesar no rosto da irmã. Ela a amou com o amor da infância delas. —Não há nada para perdoar. Nada. Há apenas compartilhar e corações para remendar. Passion a puxou firme novamente. —Eu amo você— ela murmurou. As lágrimas ainda fluindo, Patience deslizou sobre o chão com a irmã enrolada em seu abraço. Passion a balançou suavemente. —Eu amo você. Amo tanto. As palavras encharcaram a pele de Patience; e tocaram fundo, confortando-a completamente como tinham feito quando elas eram crianças. —Eu te amo, também. Outra lágrima deslizou por sua bochecha. Mas apesar de haver um pouco de tristeza, havia alívio também - e até uma felicidade peculiar.

Capítulo Vinte - Revelações A minha vinha, que me pertence, está diante de mim… Cantares de Salomão 8:12 Matthew fez uma careta através da escrivaninha enorme e opulenta no antigo escritório de Benchley em Gwenellyn. —Diga-me.

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Mickey Wilkes empurrou o cabelo preto da sobrancelha e se sentou em sua cadeira. Ele parecia relutante e, o mais inquietante, ele estava quieto. A careta de Matthew afundou. —A Senhorita Dare vai chegar ao Solar Angel hoje. Contei com o fato de estar lá para saudála. Mas quando o mensageiro me informou que você viria com notícias, esperei. Então, seguramente você pode me dizer por que estou sentando aqui com você, em vez de apreciar a companhia incomparável da Senhorita Dare. —Sinto muito pelo ‘sinhô’ não ‘istá’ lá com a Senhorita Dare. Mas eu ‘cunsigu’ chegar mais rápido aqui do que no Solar Angel. Sei que o ‘sinhô’ está com pressa de ‘discubri’ algo contra os Benchleys. —Logo com isto, então. —Não penso que vá ‘gostá’. —Deixe-me ser o juiz disto. —Não ‘possu’ provar também. Não ‘consigui’ a prova. Matthew se debruçou adiante e calmamente apoiou as mãos sobre a escrivaninha. —Se a sua próxima frase não me contar o que você descobriu, vou esticar meu braço e estrangulá-lo até você desmaiar. Está claro? —Sim. — Mickey anuiu com a cabeça mas pareceu inalterado pela ameaça de Matthew. — Olhe, Sr. 'Awkmore, o ‘sinhô’ me ‘pagô’ para achar sujeira dos Benchley, e eu achei. ‘Sóqui’, talvez, seja mais sujeira do que o ‘sinhô’ queria. Cristo. O que podia ser tão ruim? O que quer que fosse ruim para os Benchleys deveria servir para ele. —Estou esperando. Mickey suspirou. —Sim, ‘certu’, aqui está. Fiquei cercando a Sra. Biddlewick, e uma noite finalmente consegui ‘bebê’ ‘cun’ela’. Depois que ‘consigui’ que ela bebesse um ‘pocu’, fingi que estava ‘intediadu’ e perguntei se nunca ‘acuntecia’ nada interessante. Ela anuiu enquanto eu dizia. Não, disse eu. Este lugar é tédio ‘dimais’. Então ela começou a ‘mi’ dizer o ‘qui’ ‘acunticeu’ entre o ‘sinhô’ e os Benchleys. No meio da história, eu colocava mais gim no ‘copu’ dela para me ‘cirtificá’ que a língua dela ficasse bem solta. Então ela falou sobre o ‘sinhô’ e o escândalo, e achei que ‘num’ ia ‘cunsegui’ nada - até que ela disse que era muito engraçado como algumas pessoas não ‘oiam’ ‘pro’ ‘própriu’ rabo. A tensão gotejou pelas costas de Matthew. —Então perguntei o ‘qui’ ela ‘quiria’ dizer. Ela ‘dissi’ nada. Eu ‘dissi’, ‘tudu bem’, você não ‘sabi’ de nada. Ela anda como se ‘soubessi’ ‘di’ tudo. — Mickey se debruçou adiante. —Então ela se debruçou mais ‘pertu’, ‘arrotanu’ e ‘respiranu’ gim em mim, e disse, Sr. 'Awkmore não é o único que nasceu no lado errado da cerca. — Mickey segurou o olhar fixo de Matthew. —Ela disse: eles dizem que pertencem à pureza, uma vergonha o ‘qui’ ‘aconticeu’ com o 'Awkmore, mas há sangue bastardo nos Benchley também. Dor.

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Choque. Descrença. Dor! A respiração de Matthew o deixou em uma arfada quebrada enquanto todas as emoções de quando ele descobriu a verdade de seu próprio nascimento o lavaram novamente. Os olhos arderam, e ele puxou ar. A respiração encheu os pulmões, mesmo enquanto razão e realização ferozes enchiam seu coração. Sangue bastardo nos Benchley. O papel amassou enquanto suas mãos fechavam em punhos. Os Benchleys reivindicavam ser uma das linhagens mais puras na Inglaterra. Eram mais ingleses do que a Família Real, e todos eram de nascimento nobre. Era seu argumento de venda, seu ponto de orgulho. Mesmo quando os negócios de Archibald Benchley adicionaram riqueza à sua condição de família, era a bandeira de sua linhagem que acenava acima de tudo mais. Mentiras? Decepção e deslealdade? O sangue de Matthew fervia com ira. Hipocrisia. Maldita hipocrisia dos infernos! Vilania! Matthew ergueu o olhar de volta para Mickey. —Continue. Mickey recuou horrorizado em sua cadeira. —Eu disse que o ‘sinhô’ ‘naum’ gostaria disto. —Continue— Matthew sibilou entre dentes cerrados. —Nessa hora, Biddlewick ‘tava’ muito bêbada e quase ‘cainu’. Mas fiz ‘qui’ ela continuasse. Ela me disse ‘comu’ o lorde ficou violento quando ‘discubriu’. Que a lady nunca disse quem era seu ‘amanti’, e como ela morreu ‘dispois’. — Mickey tirou o cabelo dos olhos. —Eu ‘preguntei’ a Sra. Biddlewick se era por isso que o Benchley havia ‘mudadu’ todo o ‘antigu’ pessoal. Ela disse ‘qui’ sim. E o ‘sinhô’ ‘sabi’ o que é divertido?— Ele ergueu as sobrancelhas. —O Benchley manteve a pessoa que sabia mais. O amante da Lady Benchley era, de fato, nada menos do ‘qui’ o ‘primu’ da Biddlewick. ‘Conhecidu’, como ‘cocheru’ dos Benchley. Mas quando a lady ficou com a criança, eles decidiram ‘qui’ ele deveria partir. O lorde ‘discubriu’ quando pegou a esposa ‘escrevenu’ para o homem. Só ‘qui’ ‘num’ havia nenhum nome na carta - apenas meu querido. Uma carta. Sempre havia uma carta. —Mas você tem um nome. —Eu sei, Sr. 'Awkmore. O homem é Roger MacQuarrie. —E você sabe onde ele pode ser achado. —Bryntoogle. ‘Piquena’ aldeia no norte da Escócia. —Vá lá. — Matthew forçou as palavras através da mandíbula firmemente fechada. —Vá. Ache o homem e traga-me uma prova. —Sim, senhor, Sr. 'Awkmore.— Mickey ficou de pé. —Sr. Wilkes.

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Mickey olhou para Matthew. —Sim, senhor? —Ela ‘sabi’? —Essa foi a última coisa que perguntei antes da Biddlewick ‘dismaiá‘ de bêbada. Lady Ros 'lind sabe?— Mickey agitou a cabeça. —Ela ‘num’ ‘sabi’. Não, ela não podia. Sua vaidade era muito genuína. Mas Benchley - ele sabia. O filho da puta estava vilipendiando Matthew por ele ser bastardo e mentiroso quando ele tinha protegida sua própria bastarda em sua própria casa por anos. Maldição, ele não culpava Benchley por proteger Rosalind da verdade. Porém, a malícia e o vício que ele jogava contra Matthew por essa mesma verdade, a difamação de seu caráter, a tentativa de ruir suas finanças, e o roubo de sua companhia - por tudo isso, Archibald Benchley deveria pagar. O maldito vilão mentiroso! Alcançando a escrivaninha, Matthew retirou várias contas e jogou-as através da escrivaninha para Mickey. —Vá. Vá e consiga a prova. O menino pegou o dinheiro e o colocou no bolso. —Sim, ‘sinhô’. — Com um aceno com a cabeça, ele ajeitou o chapéu sobre a cabeça e partiu. Matthew se sentou, sem se mover, por um longo momento. Então ergueu com tudo de sua cadeira e, com um grito enfurecido, jogou uma luminária da escrivaninha através da sala. No silêncio pesado depois do impacto, ele estava duro com fúria. Fúria por Benchley, e fúria com as forças da circunstância. Apesar de seu ódio por Rosalind, ele não sabia se poderia fazer a ela o que ela tinha feito a ele. *** Não era ele. O Solar Angel era um edifício monumental neo-gótico - completo com ameias decoradas, trabalho de ferro ornamental e um pátio. Mas diferentemente de um real castelo medieval, não havia uma pedra quebrada, uma vinha, ou uma sugestão de caráter à vista. As paredes de pedra e o telhado de lousa cinza eram lisos e perfeitos em sua novidade. Sebes arrumadas e aparadas eram as únicas coisas crescentes ao longo das paredes. Janelas inumeráveis de vidro caro atraíam a vista do pátio, e uma multidão de chaminés e torres altas sobressaíam da linha do telhado aparentemente infinito. Não era uma casa, era uma declaração. Não, era mais do que uma declaração. Era uma exclamação - uma exclamação de riqueza, condição e modernidade. Patience fez uma careta. Mas não era de Matthew. Pelo menos, não do Matthew que ela conhecia.

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Onde estava Matthew? —Onde está Matt querido?— Tia Matty perguntou ruidosamente. O criado que estava ajudando se curvou. —O Mestre foi atrasado, damas. Ele dá suas boas-vindas, mas envia seus remorsos. Ele é esperado para amanhã. Decepção correu pelas veias de Patience. —Oh— Tia Matty fez beicinho—nós tínhamos esperado que o Sr. Hawkmore estaria aqui para nos encontrar. Não sei o que devemos fazer sem ele por mais um dia. Patience suspirou. Ao menos uma vez, ela se sentia em completo acordo com a tia. —Oh, bem. Suponho que devemos apenas ser pacientes. Se apenas eu ainda tivesse alguma paciência sobrando… — Tia Matty encolheu os ombros e então protegeu os olhos do sol enquanto olhava a casa. —Bem, minha querida, uma coisa é certa. Uma vez casada com Matthew, você nunca deverá querer espaço. Mortificada, Patience deu uma olhada rápida para o criado que as estava ajudando, mas ele não demonstrou nenhuma reação às palavras de sua tia. Patience se debruçou para perto e falou suavemente. —Tia Matty, você deve parar de ser tão presunçosa. Tia Matty ergueu as sobrancelhas imperiosamente. —Eu não sou presunçosa. Estou meramente declarando um fato— ela disse em seu volume regular. Patience deu um clarão de advertência à tia antes de girar para Lorde Fitz Roy, que estava ajudando Lorde Rivers com a carruagem. Na ausência de Matthew, os dois lordes as acompanharam até o Solar Angel e se mostraram escoltas excelentes e companheiros de viagem. Farnsby e Asher completavam a festa. Estavam saindo da carruagem de trás. —Bem, aqui estamos afinal, senhoras. — Lorde Rivers avançou e ofereceu à Tia Matty seu braço delicado. —E antes do chá - exatamente como você esperava, Senhora Dare. Apesar de ele ser mais alto do que ela, Tia Matty parecia muito mais capaz de sustentá-lo do que ele a ela. Mas ela sorriu e deitou a mão suavemente em seu braço. —Sim, meu lorde— ela concordou enquanto eles se moviam em direção à casa. —E que afortunada, porque sou terrivelmente propensa a desmaiar quando sou forçada a passar sem chá. Fitz Roy ergueu uma sobrancelha enquanto dava seu braço a Patience. —É mesmo? Patience examinou os olhos pálidos. —Que eu saiba, meu lorde, minha tia nunca desmaiou na vida. A boca de Fitz Roy ergueu nos cantos enquanto eles giravam para esperar Farnsby e Asher. Os primos estavam tomando parte em sua brincadeira habitual. —Eu te disse que não choveria hoje— Farnsby estava dizendo. —Pegarei as minhas cinco libras mais tarde. Sabe, se você não ganhar uma aposta logo, devo ter que registrar sua raia perdedora no meu Jornal de Eventos Extraordinários. Asher revirou os olhos à medida que eles se aproximavam.

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—Por que você não registra o fato de que estalou as juntas não menos do que duas vezes entre a estação e aqui? Isto, seguramente, deve ser algum tipo de recorde - e um muito aborrecedor, te digo. E o advirto, faça isto mais uma vez e vou bater nelas com força. Farnsby ergueu as mãos diante de Asher e, puxando os dedos para baixo com o dedo polegar, os estalou. Uma briga resultou enquanto Asher agarrava o primo corpulento e, apesar de Farnsby estar resistindo rindo, conseguiu bater com o dorso da mão várias vezes. Farnsby retaliou dando vários cutucões na barriga de Asher. O dois ainda estava assim empurrando e puxando um ao outro enquanto se aproximavam de Patience e Fitz Roy. Fitz Roy olhou para eles abaixo pelo nariz. —Crianças. — Então girou e a puxou pelos degraus largos para a casa. Os primos seguiram. —Eu digo, Asher, Fitz Roy acabou de nos chamar de crianças. O que vamos fazer sobre isto? —Eu não vou fazer nada. Ele estava se referindo a você, e não a mim. —Não, eu definitivamente ouvi um ‘s’ no fim da palavra. — Pequena pausa. —Você se importaria de apostar nisto? O sorriso de Patience afundou, mas enquanto andava para a entrada do Solar Angel, a casa roubou sua atenção. O corredor da entrada era enorme, e as vozes de sua companhia, especialmente Tia Matty, ecoavam fora do chão de pedra e subiam o degrau pesado para o telhado abobadado. Lá, grandes instalações para luz de ferro estavam suspensas, e embaixo de cada luminária, um fragmento de luz apontava descendente. Por mais que realçassem a forma e linha dos lustres, o primeiro pensamento de Patience foi ser empalada devido a uma queda. Empurrando a imagem sangrenta de lado, ela se repreendeu pela atitude. Qual era o problema com ela? Essa era a casa de Matthew - e, realmente, era decorada perfeitamente. Uma tapeçaria gigante pintada estava presa em uma parede. Paisagens enchiam a outra. A mobília era esplêndida e objetos de arte atraíam o olhar em torno do espaço expansivo, e janelas de vidro altas e espelhadas deixavam a luz solar afluir dos fundos da casa. Sim, o Solar Angel era impressionante e magnífico. O que não havia para gostar? Além da ausência de Matthew. Antes de deixar a Mansão Hawkmore, ele havia dito a ela que tinha a intenção de estar em casa a tempo de sua chegada. Negócios, claramente importantes, o mantiveram em Gwenellyn. Ela sentia falta dele. Fitz Roy apresentou o Sr. Simms, o mordomo. Então todos foram levados para cima, Tia Matty foi exaltando poeticamente as virtudes do chá o caminho inteiro. —Ordenei que o chá fosse servido na sala de estar principal na próxima meia hora— Fitz Roy disse enquanto todos pausavam no corredor. —Meu lorde, você é um santo— Tia Matty disse. —Sério?— Fitz Roy ergueu as sobrancelhas. —Se soubesse que a santidade vinha tão facilmente, teria aspirado a ela há muito tempo.

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Patience sorriu enquanto os cavalheiros partiam em direção a uma ala diferente da casa. Ela e a tia seguiram os criados para seus quartos, que estavam a um corredor largo do outro. —Lembre-se, minha querida, chá em meia-hora— Tia Matty disse antes de desaparecer em sua câmara. Patience anuiu com a cabeça enquanto cruzava para seu quarto. A entrada abaixo era enorme - e bonita. Decorada com sombras cor de malva, violeta e cinza acastanhado, tinha os tetos sumamente altos e uma fila de janelas grandes. Uma jovem empregada foi para cima e para baixo em uma mesura e se apresentou como Annie enquanto os quatro criados levando os baús de Patience os colocavam no quarto de vestir contiguo. —Posso desempacotar as suas coisas, senhorita?— A empregada perguntou. Patience assistiu outro criado levar seu estojo de violoncelo e a valise. Ele colocou ambos na área de estar que ficava entre as janelas. —Sim, Annie. Obrigada. Enquanto a menina ia trabalhar no quarto de vestir, Patience se moveu para seu instrumento. Matthew disse a ela que o trouxesse para poder começar a dar aulas particulares a ela. Ela olhou fixamente para o estojo. Por que ela tinha sido tão obediente? Ela deveria tê-lo deixado para trás. Não pertencia a ela no momento. Ela o havia abandonado. Mas Matthew não. Ele voltaria para casa amanhã? Ela havia suportado dez dias sem sua presença, mas agora estava ficando mal-humorada. Ela precisava de uma surra - e um orgasmo. Mas mais do que isso, ela apenas precisava dele. Ela precisava cheirá-lo e tocá-lo. Ela suspirou miseravelmente enquanto olhava o quarto gigante. Deus, como ela sentia falta dele. *** Deus, ele sentia falta dela. Matthew se apressou os degraus abaixo depois de ter se apressado para se lavar, barbear e se vestir para o jantar. Ele não via Patience há dez dias, e parecia uma eternidade. Ele sentia falta de seu sorriso, de sua inteligência, de seus olhos avaliadores. Ele sentia falta do cheiro de sua pele com aroma de gardênia. Sentia falta de sua voz, sua companhia e sua conversa. Sentia falta de seus beijos apaixonados, seu corpo suave e sua submissão doce. Mas talvez, acima de tudo, ele sentia falta do calor de sua presença - sua simples proximidade - a consciência deliciosa de que ela estava próxima dele, ao invés de longe. De fato, ele a sentiu no momento em que entrou no Solar Angel. Ele a sentia agora. Ela estava no ar, chamando-o.

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Ela apagava a raiva amarga dele pela deslealdade de Benchley, sua hipocrisia e malícia. Ela equilibrava sua escuridão com luz - ira com alegria. Ela fazia com que ele se sentisse limpo e renovado. Ela era sua Perséfone - seu amor. Enquanto ele se aproximava da sala de jantar, se forçou a diminuir a velocidade. Ele ouviu vozes baixas masculinas e então ouviu a voz de Tia Matty. —Sabe, meu lorde, é muito perigoso para um homem viver sem casamento. —É, Senhora Dare?— Era a voz gentil de Lorde Rivers. —Sim. Todos os tipos de enfermidades podem ser atribuídas à deficiência matrimonial. Furúnculos, unhas inflamadas e peste. —Oh, francamente, Tia Matty “ peste”. — Lá estava ela, a voz ligeiramente aborrecida e terna de seu amor. —Sim, a peste. — Matthew quase podia ver Tia Matty encarando Patience. —Que é por que certas jovens mulheres, mais especialmente aquelas com beleza excepcional… aham… tem a obrigação de se casar. —O que a beleza tem a ver com prevenir a peste?— O amor dele, novamente, soou ligeiramente mais aborrecida. —Realmente, Patience. Você já viu uma vítima de peste linda? —Eu nunca vi uma vítima de peste. —Bem nem eu, porque aqui na Inglaterra, graças a Deus, sustentamos a saudável instituição de casamento. Mas, te asseguro, não se chama de peste à toa. Estou certa de que a doença vem com todos os tipos de pestes como inchaços, caroços e manchas. —Tia Matty, a peste não tem nada a ver com deficiência matrimonial. É sabido que ela vem da sujeira e dos ratos. —Exatamente. E como todo mundo sabe, perdoem-me, meus lordes, homens são criaturas naturalmente sujas. Considerando que as mulheres são naturalmente limpas. Então quando um homem se casa com uma mulher, ela manterá a casa limpa e organizada. E então você a tem, a prevenção da peste. — Pequena pausa, muda. —Quero dizer, é tão simples, realmente. Pausa longa, muda. Sorridente, Matthew entrou na sala. —Boa noite, senhoras - meus lordes. Ele diminuiu a velocidade, e as saudações de seus convidados se mesclaram enquanto ele se embebia com a vista de seu amor. Os cachos vermelhos estavam presos mas uma mecha espessa estava caindo contra a curva sutil de um seio. Os lábios se moveram em uma exclamação audível de seu nome. Um rubor tocou suas bochechas. E enquanto ele segurava o olhar dela, os olhos - os olhos lindos e inteligentes - brilharam com um desejo terno e urgente. —Patience. Ele avançou, o coração batendo forte. Ele havia dito o nome dela em voz alta? Tomando sua mão, ele inalou gardênias enquanto se curvava e apertava os lábios em sua suave luva de pelica. Ainda segurando sua mão, ele encontrou seu olhar úmido.

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—Senhorita Dare, sempre que tenho o infortúnio de estar longe de sua presença, nunca pareço ser capaz de vê-la tão bonita quanto verdadeiramente é. Os lábios de Patience separaram e suas lindas narinas chamejaram. O pau de Matthew pulsou enquanto ele imaginava beijá-la e… —Ei, Asher— Farnsby disse tranquilamente, mas ainda assim alto o suficiente para todos ouvirem — é uma boa frase, não é? Teremos que nos lembrar. Matthew sorriu para os olhos brilhantes de Patience, e então ela tossiu uma risadinha que se transformou em uma risada, que fez todo mundo rir. Até Fitz Roy sorriu. Com um aperto gentil, e um olhar apaixonado, Matthew liberou sua mão. Ele a viu tremer antes de ela as colocar em seu colo. —Melhor você anotar— Asher disse ao primo. —Caso contrário, com certeza irá dizer tudo errado. —Boa ideia— Farnsby respondeu, e realmente puxou um caderno e um pequeno lápis de seu bolso no peito. Fazendo seu caminho para o lado de Tia Matty da mesa, Matthew se curvou sobre sua mão. —Senhora Dare, está particularmente adorável hoje à noite. —Obrigada, meu querido. Mas como ousa ser tão formal. — Ela apertou a mão dele na dela. —Eu sou afinal, sua... sua — ela contou com Patience—o quê? Tia-por-casamento?— Ela fez uma careta. —Existe tal coisa como uma tia-por-casamento, Patience? Matthew esperou que Patience refutasse a tia. Mas, em vez disso, ela apenas sorriu. —Não sei, Tia Matty. Mas se não existe tal coisa, seguramente deveria existir. — Patience ergueu uma sobrancelha linda. —Talvez você tenha acabado de inventar o termo. —Será?— Tia Matty soltou a mão e de Matthew positivamente irradiou. —Bem, quem teria pensado que eu inventaria um termo? Quero dizer, agora que fiz isto, posso ver como vem facilmente para mim. Eu poderia inventar cem termos. —Ou mil— Fitz Roy disse ironicamente. Tia Matty anuiu com a cabeça. —Ou mil. Matthew sorriu e tomou sua cadeira na cabeceira da mesa. Fitz Roy, Tia Matty e Farnsby estavam sentados ao seu lado direito, Lorde Rivers, Patience e Asher à sua esquerda. Enquanto Tia Matty continuava a falar sobre seu novo termo, e enquanto um criado colocava a sopa em sua tigela, Matthew olhava fixamente para Patience. Sua bela estava usando um vestido cor-de-pêssego que tinha pequenas pregas ao redor dos ombros e através do decote. Os pentes de concha de tartaruga estavam aconchegados em seus cachos vermelhos, e havia um camafeu pendurado com uma tira de cetim marrom ao redor de seu pescoço. Ela parecia com o outono.

Capítulo Vinte e um - Ele a faz ver

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Põe-me como selo sobre o teu coração… Cantares de Salomão 8:6 Matthew olhou para Patience. Sentada relaxada em sua cadeira no gramado ela assistia o jogo de tênis de Farnsby e Asher. Ela usava um chapéu de aba larga de palha preta e um vestido azul. Um lenço de pregas de organdi branco estava amarrado ao pescoço com uma tira preta. Os punhos da manga de organdi branco estavam amarrados nos pulsos. Os cachos longos estavam puxados para trás, e caiam em uma cascata sob o chapéu. A luz do sol os enchia com reflexos vermelho e ouro. Matthew suspirou. Em sua semana desde a chegada ao Solar Angel, as noites tinham sido felizes. Passadas quase completamente com ela, ele podia, por algumas horas, esquecer seus problemas. Infelizmente, não havia nenhuma passagem secreta no Solar Angel, então ele era forçado a ir para o quarto dela tarde e a partir cedo. Mas ele toleraria qualquer coisa para estar com ela - qualquer coisa, até apenas dormir ao seu lado. Os dias eram menos pacíficos. Ele trabalhava para fortalecer a posição da GEFO com uma produção organizada, e organizar os horários de remessa e carregamentos da Gwenellyn - que estava se provando logisticamente desafiadora. Além disso, não importava o quanto ele fizesse as contas, estava sendo incapaz de evitar dar a GEFO outra infusão de seu próprio dinheiro. Ele não podia fazer isto novamente - não uma soma tão grande. E havia boatos de que Benchley estava se preparando para lutar por sua propriedade da mina. Onde diabo estava Mickey? Ele precisava da prova que Mickey estava procurando. Quando ele a tivesse, faria Benchley completa e eternamente irrelevante. Porque ele estaria em uma briga para a morte. Ele olhou para Patience. E ele tinha razão demais para viver. Ele a assistiu beber sua limonada, e deixou a vista dela acalmar sua tensão. Eles tinham um horário de lição de música para aquela tarde. Ele deu a ela três na última semana, mas ela estava se provando uma aluna difícil. Ela era muito resistente, e continuava a reivindicar que não queria tocar - o que era um sentimento curioso para alguém que antigamente tocava todos os dias. Não fazia sentido. Nada sobre o modo dela tocar fazia sentido, e era por isso que ele tinha que chegar ao âmago da questão. Além disso, ele não queria que ela ficasse sem instrução, já que ele era a razão pela qual ela havia desistido de Cavalli. E então havia sua virgindade. O desejo dele de reivindicá-la estava se tornando quase impossível de controlar. Quando ela se daria toda para ele? Ele se voltou para a partida de tênis. —Então, você realmente vai ao baile da Lady Millford?— Fitz Roy perguntou sem tirar os olhos do jogo. —Sim— Matthew respondeu, seguindo a bola. Fitz Roy girou para ele. —Os Benchleys estarão lá. Matthew anuiu com a cabeça enquanto continuava a assistir. —Claro, eles sempre estão.

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—Sabe, as razões da Lady Millford para convidá-lo são completamente egoístas. Tendo você e os Benchleys em seu circo, ela se assegura de que todo mundo que é alguém estará lá; apenas assim eles podem estar presentes para o drama que está certo de se desdobrar. Todo mundo que sabe que eu estou aqui com você me escreveu sobre isto, perguntando se é verdade que você realmente vai. Eles mal podem se conter. Matthew girou para Fitz Roy. —Estou completamente ciente das motivações da Lady Millford. A mulher fará qualquer coisa, inclusive me chamar para a sua casa, para se assegurar de ter o evento mais comentado da estação. —Então por que você dará a ela o que ela quer? —Porque se eu não for, será presumido que a presença do Benchley é a razão. —Matthew fez uma careta. —Ele caminhará com o queixo erguido, e todo mundo começará a falar sobre como eu fiquei envergonhado ou com medo de aparecer. Todo mundo que tem alguma convicção em mim começará a duvidar. Aqueles que estão incertos irão para o lado do Benchley. E aqueles que já estão contra mim se regojizarão. Não. — A careta dele aprofundou. —Não fugirei e não me esconderei enquanto Benchley se dá bem no baile da Lady Millford. Fitz Roy descansou o queixo preguiçosamente no punho. —Uma pena vocês dois não poderem apenas colocar os paus na mesa para todo mundo medir. Então poderíamos pôr esta coisa inteira por terra. Matthew foi forçado a rir. —Eu ganharia. Os cantos da boca de Fitz Roy tiveram um espasmo. —Estou certo disso. Os dois se voltaram para a partida de tênis, em que Asher pareceu estar completamente eclipsando o primo. Depois de um momento Fitz Roy perguntou — Você levará a Senhorita Dare e a tia dela como suas convidadas? Matthew deu uma olhada rápida acima para elas. —Claro. — Ele queria que todo mundo visse Patience em seu braço. Ele queria que todo mundo soubesse que ela estava com ele. Fitz Roy anuiu com a cabeça enquanto se voltava para o jogo. —Ouvi que a Senhorita Dare te pediu para visitar Gwenellyn noutro dia. —Sim. —Nunca ouvi uma dama fazer um argumento tão veemente para visitar uma carvoaria minha. — Ele ainda assim assistia ao jogo. —De fato, nunca ouvi uma dama fazer qualquer argumento para visitar uma mina de carvão. —Sim, bem — Matthew olhou para ela—Patience não é qualquer dama. — Ela fazia com que ele se sentisse orgulhoso. Rosalind nunca tinha estado em uma das minas de seu pai, ainda assim Patience estava insistindo em ir. —Então nós faremos uma visita? Matthew se voltou para Fitz Roy.

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—Tenho que retornar a Gwenellyn daqui a mais ou menos uma semana. Pensei em convidar todos vocês pelo dia. Faremos uma excursão ao lugar, jantaremos, e então você pode escoltar a Senhorita Dare e a tia dela de volta para casa na manhã seguinte. —Muito bem. Os dois voltaram ao jogo. —Obrigado, Fitz Roy. —De nada, Hawkmore. *** —Você é um doce— Tia Matty disse enquanto aceitava a ajuda de Patience com seu casaco. —Mas não é melhor você ir para a sua lição? Não deve se atrasar. Patience tomou seu tempo organizando o colarinho da tia. —Você está certa de que não quer que eu vá para a cidade com você e os cavalheiros? Tia Matty recuou, parecendo chocada. —Absolutamente não! Minha querida, é vitalmente importante que você passe tempo com Matthew em atividades mutuamente satisfatórias. Esse é o tipo de coisa que faz um casal se aproximar mais. Patience suspirou. Ela e Matthew tomavam parte em atividades mais mutuamente satisfatórias do que Tia Matty poderia imaginar. Mas as lições de música não eram tão satisfatórias quanto as outras coisas que eles faziam juntos. —Sabe, eu realmente preciso de algumas fitas azuis novas para meu gorro aveludado. —Trarei fitas para você, querida— Tia Matty disse, empurrando-a em direção à porta. —Azul real — Patience adicionou. —Sim, querida. — Tia Matty abriu a porta do quarto e esperou. Franzindo o cenho, Patience saiu. Ela olhou de volta para a tia. —Cetim. Devem ser de cetim, e não muito finas. Tia Matty anuiu com a cabeça. —Sim, querida. Agora vá. — Ela fez um movimento para enxotá-la. Relutantemente, Patience girou e seguiu pelo corredor quieto. Ela olhou de volta mais uma vez, mas a tia havia ido. Apertando as mãos atrás do corpo, ela continuou em direção à sala de estar de cima. Não era que ela não apreciasse os esforços de Matthew para ensiná-la - ela apenas não entendia seus métodos. Na primeira lição, ele tinha passado o tempo inteiro tentando reposicionála. Ela não havia tocado uma nota. Na segunda lição, ele havia tentado fazê-la tocar sem pensar. Impossível. E na terceira lição, ele a pediu que tocasse fora de tempo. Igualmente impossível. Ela pausou em uma janela para assistir Tia Matty partir. Fitz Roy ia à frente para a carruagem. Lorde Rivers caminhava ao lado de sua tia, e Farnsby e Asher vinham na retaguarda. Um por um, eles embarcaram, e o transporte partiu. Foi para cima e para baixo e balançou enquanto eles ganhavam velocidade e então finalmente desapareceu ao redor de uma curva no passeio longo.

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Exceto pelos servos, ela e Matthew tinham o Solar Angel para eles. Talvez ela pudesse suavemente coagi-lo a uma troca mais excitante do que um musical. Ela sorriu para si mesma e o coração bateu um pouco mais rápido enquanto ela se apressava o resto do caminho para a sala de estar. Ela achou Matthew a aguardando em uma janela, os braços cruzados sobre o peito. —Você está atrasada. Patience anuiu com a cabeça. —Estava me despedindo de Tia Matty. Ela imediatamente notou o Montagnana de Matthew e outra cadeira tinha sido colocada ao lado de sua cadeira e instrumento. Cruzando a sala para a cadeira dela, ele deitou as mãos nas costas dela. —Venha. Patience obedeceu imediatamente, mas em vez de se sentar, ficou de pé perto de Matthew. Ele tinha um cheiro tão bom. Correndo a mão sobre a protuberância semirrígida sob sua calça comprida, ela ergueu o olhar para ele e sorriu. —Está um dia tão bonito, Matthew. E nós estamos a sós. Os olhos escuros afundaram nos dela mas sua intensidade não pareceu mudar ou suavizar. —Sim, estamos. Tire a roupa. Os olhos de Patience alargaram. Isso estava um pouco fácil demais. Um calafrio de excitação apertou os mamilos enquanto ela erguia as mãos para a fila de botões minúsculos de seu justilho. Andando para longe, Matthew tirou sua jaqueta e deixou-a sobre a parte de trás de sua cadeira. Os ombros largos e a cintura estreita eram ainda mais aparente com ele usando apenas camisa e jaleco. Ela o assistia enquanto ele se movia para a lareira e colocava mais carvão. Graças a Deus, porque apesar de o dia estar fora da estação e ensolarado, havia um vento frio no ar. —Obrigada, Matthew. —Para mantê-la morna— ele disse e, girando da lareira, o olhar impenetrável se moveu sobre ela. Encolhendo os ombros para tirar o justilho e a cobertura do colete, Patience os deitou em outra cadeira antes de soltar sua saia e crinolina. O clitóris pulsava enquanto Matthew olhava ela dar um passo além de suas saias. Por causa da regra dele, ela não havia colocado nenhuma pantalona; e ele havia rasgado vários de seus chemises para a noite. Então ele precisava apenas levá-la para um canto privado, ou reivindicar um momento sumário, porém privado, para se aproveitar com o corpo dela. Apenas aquela manhã, ele a havia trazido para a beira do orgasmo três vezes - e isso enquanto seu pessoal e convidados tinham estado em proximidade bastante íntima. E na véspera, ele havia dado a ela uma surra firme durante um passeio pela porção arborizada do jardim dos fundos. Patience deitou as saias com suas outras coisas. O olhar dele se moveu devagar sobre a meia-calça dela enquanto ele cruzava a sala. Girando, ele fechou as portas duplas.

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—O pessoal de cima ficará embaixo esta tarde— ele disse, removendo os botões do punho à medida que retornava. Eles ficarão? Um pequeno tremor de antecipação se movia por ela. Não era nenhuma maravilha tudo parecer tão quieto. E nenhuma maravilha ele ter sido tão rápido para tê-la despida. Ele tinha outros planos para ela desde o princípio. Alcançando atrás dela, ela puxou as rendas de seu colete e então desenganchou a frente. Enquanto ela o tirou e pôs de lado, Matthew começou a puxar suas mangas. A tensão sensual de Patience cresceu, aquele ato simples, que revelava seus antebraços bonitos, era maravilhoso. Cruzando os braços, ela pegou seu chemise encurtado e, puxando-o sobre a cabeça, adicionou-o à pilha de roupas. Ela via Matthew a assistindo. Os olhos pareceram escurecer enquanto ele olhava fixamente para ela com nada além de suas botas, meia-calças de seda preta, e ligas azuis. A ereção dele estava cheia e proeminente. Quando ela se curvou para desatar a liga, ele disse: —Não. Deixe. Patience ficou parada e deixou as mãos caírem para os lados. A boceta apertava. Ela estava ganhando conforto maior com a nudez, mas era diferente estar usando sapatos e meia-calças. Era diferente estar diante dele sob a luz do dia. E ele a estava observando diferentemente. Ele estava preso em pensamentos. Abaixo de sua excitação óbvia e seu olhar poderoso, ele estava pesando e considerando… algo. Ela olhou para ele atentamente e quando os olhos retornaram aos dela, ela viu… O quê? O coração dela bateu um pouco mais rápido enquanto ele se movia, mas foi apenas para andar em direção à cadeira que estava ao lado do violoncelo dela. —Sente-se. Patience fez uma careta enquanto olhava primeiro para a cadeira e então para ele. O que ele queria que ela fizesse? Ela se moveu devagar para a cadeira e se sentou. Então ela assistiu Matthew enquanto ele se sentava ao lado dela. —Agora, comece a estudar o seu violoncelo— ele disse, colocando o próprio instrumento entre suas pernas. Surpresa, Patience olhava fixamente para ele. —Você vai me dar aula? Mas eu pensei… Matthew olhou para ela. —Você pensou o quê? Patience ergueu as sobrancelhas e então, expelindo uma maldição exasperada, agitou a cabeça. —Eu não posso tocar nua, Matthew. O olhar dele ficou gentil. —Mas deve. — Ele deslizou os nós dos dedos suavemente contra o braço dela. —Porque eu desejo isto. O toque produziu um calafrio ardente que deu arrepios na pele e endureceu os mamilos.

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—Confie em mim, Patience. Os olhos eram tão profundos. Com um suspiro enfadado, ela separou as pernas e colocou o instrumento diante de si. —Confio em você. —Bom. — Os olhos dele se moveram lentamente sobre ela enquanto ele abria mais os joelhos. Seu Montagnana caiu para mais perto. O espelho do violoncelo descansava contra seu ombro. — Agora— ele disse com a voz baixa—quero que você traga seu violoncelo para mais perto, como eu tenho o meu. Então quero que você o toque. Quero que você o toque como se ele fosse o seu amante. Assim. Colocando as mãos de cada lado de seu instrumento, ele o acariciou lentamente ao longo do corpo curvo - ombro abaixo, na cintura, e de volta para cima. Então ele afundou novamente, os dedos descendo as extremidades delicadas e decoradas antes de deslizar para os F’s. Os dedos esfregaram os buracos superiores, deslizaram ao longo das curvas elegantes, e então apertaram os buracos inferiores. De cima para baixo e de baixo para cima, e então novamente. A boca de Patience ficou seca. Ela sabia o que era sentir aqueles dedos longos apertando o clitóris, correndo junto de suas dobras e empurrando em sua boceta. Ela ergueu o olhar para o rosto de Matthew e o achou olhando para ela, os olhos escuros cheios de fogo. Segurando o olhar dela em seu olhar fixo, ele moveu as mãos para baixo e, descendoas sobre a barriga inferior, puxou o violoncelo para muito mais perto. As pernas abriram mais, e então os quadris começaram a balançar. O sangue de Patience correu apressado para o útero enquanto ela o assistia estocar sensualmente contra a parte de trás do instrumento. Os olhos fecharam e ele girou o rosto em direção ao espelho. A bochecha apertou nele. Os lábios separaram. Os dedos acariciaram sobre as cordas. E então ele parou. Os olhos abriram e capturaram os dela. —Mostre-me isto, Patience. Patience olhou fixamente para ele, escravizada e inflamada - dolorida e desolada. —Não posso. —Por quê? Lágrimas afluíram dos olhos dela. —Eu apenas não posso. Matthew fez uma careta enquanto deixava seu violoncelo em sua tribuna. Quando ele se voltou, descansou os cotovelos nos joelhos e apertou as mãos. A cabeça caiu adiante. Um silêncio pesado encheu a sala. —Você o amou, Patience?— Ele ergueu a cabeça, e havia tensão em cada linha de seu rosto. —Você amou este mestre de música que encheu a sua cabeça com mentiras? —Não. — A resposta veio depressa e inequivocamente. Patience olhava fixamente nos lindos olhos sem fundo de Matthew. Como ela podia ter pensado que amara Henri Goutard? —Eu um dia pensei que o amei. — Ela agitou a cabeça. —Mas nunca o amei de verdade. —Então por que você se agarra às mentiras dele?

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Porque não são mentiras. Uma lágrima deslizou pela bochecha. Talvez se ele lesse a carta de Henri, entenderia. —No estojo do meu violoncelo, há um pequeno forro solto na parte inferior. Dentro há uma carta. Você pode lê-la. —Uma carta?— Ele fez uma careta enquanto a pegava. Então, sentando de volta, desdobrou a única folha. Patience colocou as mãos nos ombros de seu violoncelo enquanto assistia o movimento dos olhos dele através da página. Ela recitou calada as palavras que conhecia tão bem.

Patience, Eu te peguei me assistindo ontem, e percebi imediatamente por que sua apresentação ultimamente tem sido tão desagradável. Mas você tentou esconder, mas eu vi amor nos os olhos. E fiquei com repulsava. Seu amor por mim contaminou a sua música. Seu toque ficou suave e insípido, e eu não posso mais suportar ouvi-la. Eu te disse quando você se tornou a minha aluna que a perseguição da arte e a perseguição de amor são antíteses. Pensei que você havia entendido isto. Ainda assim, olhe o que você fez. Arruinou o seu talento, e roubou quase um ano da minha vida, durante o qual eu poderia ter ensinado alguém mais merecedor. Eu devia ter pensado melhor em vez de ter colocado a minha confiança em uma menina de quinze anos. Cometi o engano de acreditar que você estava acima das respostas sentimentais tão comuns para as fêmeas. Claramente, eu estava errado - vocês são todas iguais. Já que você se provou incapaz da perfeição, e, portanto, de grandeza, você faria bem se apenas deixasse de tocar completamente e casasse com um desses jovens ávidos que estão sempre te perseguindo. Sim, dê seu amor para um deles, e tome as suas alegrias das buscas mais simples atribuídas ao seu sexo - casamento e procriação. Henri Goutard Matthew abaixou a mão e olhou para ela, os olhos estavam escuros com raiva. —Isto é lixo. É? Outra lágrima caiu. Os lábios dele enrolaram. —Por que você a guardou? Por quê? —Como uma lembrança. —Do quê? De que você teve um filho da puta como professor? Porque essa é a única verdade que posso tirar desta carta. —É? —Escute-me, Patience. A perseguição de arte e a perseguição do amor estão eternamente ligadas. Uma pessoa que nega o amor nunca será um grande artista. Uma pessoa que rejeita o amor

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nunca será uma grande pessoa. Uma pessoa que repudia o amor, repudia Deus. E quanto a casar e criar filhos, não conheço nenhum objetivo maior. Patience tremia, tanto com as palavras dele quanto o fato de que ele as estava dizendo. —É isso o que você acredita, Matthew? —Isso é o que eu sei, Patience. — Ele se debruçou para perto. —A pergunta é: por que você não sabe isto? Patience abaixou o olhar. —Eu quero saber. Só que… — Ela agitou a cabeça. —O quê?— Matthew ergueu o queixo dela, forçando-a a olhar para ele. —Patience, se não foi amor o que este Goutard viu nos seus olhos, então o que ele viu? —Eu não sei. Dor, talvez. É ridículo esperar que ele pudesse acalmá-la. — Ela encolheu os ombros e sorriu, era estranho porque as lágrimas caíam ao mesmo tempo. A careta de Matthew afundou. —Que dor? —Eu não sei, Matthew. Apenas dor. Quero dizer, às vezes há apenas dor, não é?— Fechando os olhos, ela suspirou e descansou a cabeça contra o braço por um momento. Então ela voltou a olhar para ele. —Eu tinha quinze e era impressionável. Ele me dava atenção, mas não do tipo superficial que os outros homens davam. De fato, ele apenas realmente olhava para mim quando eu tocava. E quando eu tocava, ele mal olhava para qualquer outra coisa. Então eu tocava e tocava. E confundi sua atenção com carinho. — Patience pausou. —Fui tola. —Você era jovem e só? —Só. — Patience repetiu a palavra. Ela havia se sentido sozinha por muito tempo. Ela pensou em sua última conversa com Passion. Na época de Henri, Passion tinha acabado de começar a ser cortejada por seu primeiro marido, Thomas Reddington. Foi então que Patience percebeu que a irmã logo partiria - partiria para fazer uma vida dela. Foi então que ela começou a cuidar de sua família. Uma parte dela queria ser cortejada, também. Então depois do fracasso doloroso com Henri, e depois de muitas noites acordadas, ela decidiu procurar um amor - um amor de verdade - para ela. Ela olhou para Matthew. Ele olhou para ela. —Saiba o que eu sei, Patience. — Ele ergueu a carta. —E renuncie às mentiras deste homem. Patience olhava fixamente para o papel. Ela queria. Matthew se ergueu e caminhou para a lareira. Ele ergueu a carta e então a soltou no fogo. Patience assistiu-a queimar. O centro enegreceu, então as bordas enrolaram e incendiaram. Em pouco tempo, era cinza e pó. Lágrimas deslizaram por suas bochechas, mas ela não estava certa do porquê já que sentia nada além de uma vaga satisfação em sua destruição. Matthew voltou e se sentou diante dela. —Acabou. —Sim. — Patience anuiu com a cabeça. —Obrigada. —De nada.

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O fogo crepitava no silêncio. O olha gentil de Matthew se movia sobre ela. —Então, aqui estamos nós novamente. Você, eu, e o seu violoncelo. Patience olhou para seu instrumento e então para ela mesma. Ela quase havia se esquecido de que estava nua. —Estou com você, Patience. O passado se foi, mas estou com você. Ela olhou fixamente nos olhos bonito de pomba de Matthew. —Sempre estarei com você— ele disse suavemente. Sempre? Havia realmente um lugar como sempre? As lágrimas de Patience derramaram. —Você não devia fazer tais promessas— ela sussurrou. —Você não devia questionar o que eu sei— Matthew retornou. —Agora, toque seu instrumento, Patience. Não. Lágrimas continuavam caindo. Ela agitou a cabeça. —Por que você apenas não pode deixar para lá, Matthew? A careta dele aprofundou. —Porque não posso. Não posso deixar mais do que posso te deixar sozinha. — Ele balançou a cabeça. —Ficar só não serve para você, Patience. Você já ficou só demais. As lágrimas de Patience caíam. O coração doía muito. —Pare— ela ofegou. —Eu não pararei. — Os olhos estavam firmes nos dela. —Toque. —Eu não posso. — Ela sufocou com as palavras. O corpo tremia incontrolavelmente. —Você pode. — A voz era dura. —Toque, Patience. —Eu não posso!— Ela falou com a voz chorosa, o coração rachando. —Eu não posso! —Não pode ou não quer? —Eu não vou!— Ela gritou com ele, erguendo o violoncelo para longe dela. Ele agarrou o pulso dela. —Por que, Patience?— Os olhos dele tinham o fogo dos céus. —Por quê? Ela tentou ir para longe. —A verdade, Patience. — Sua mão era como uma braçadeira de ferro. —Olhe para a verdade! Apenas porque você se recusa a olhar para ela, não significa que ela não esteja lá. Com um soluço sufocado, ela torceu o pulso freneticamente. —Olhe para ele, Patience! Olhe, ou eu a farei olhar! —Eu não olharei!— Ela gritou. E então ele a puxou abaixo e ela estava caindo - caindo em seu colo. Ela lutou e bateu, mas ele era muito forte. O braço era firme ao redor de sua cintura, prendendo-a. Então a mão desceu em seu traseiro como o ribombar do trovão. Ela clamou e o corpo endureceu enquanto um tiro de dor corria por ela, mais feroz do que qualquer coisa que ela já houvesse sentido antes. Outra pancada caiu e outra, cada uma tão forte quanto a que a precedeu. A dor crescia exponencialmente, e ela não podia escapar. Ela chorou e empurrou contra o corpo de Matthew, mas ele continuou batendo e batendo nela. E enquanto ela lamentava e se contorcia, parecia que a dor que ele causava

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alcançava algo dentro dela, tocando e liberando uma dor interna. Uma dor que era antiga, profunda e que sangrava. Uma dor que era muito terrível para olhar. Ela lamentou e apertou os olhos fechados, mas não havia nenhum lugar para ir, e em nenhuma parte ela podia se esconder. A dor estava se espalhando e Matthew continuava, a mão batendo inflexível em sua carne repetidas vezes, e novamente, quebrando suas últimas barreiras - as últimas de sua resistência. E então aconteceu. A porta final acima de seu coração abriu e quebrou, e não havia nada além de um remoinho de dor diante dela - e Matthew embaixo dela, segurando-a e sustentando. Soluçando, ela desmoronou sobre seu colo. O braço dele soltou ao redor de sua cintura. As mãos acariciavam as costas. Os lábios tocavam sua coluna. Cegada por suas lágrimas e ensurdecida por seus gritos, Patience deixou as pernas deslizarem para o chão. Mas ela esperou por Matthew, por ele ser seu porto seguro na tempestade de suas emoções. Ávida por sua coxa, ela se enrolou no v de suas pernas e chorou em seu colo. Ele se curvou ao redor dela, protegendo-a com seu corpo e seu toque, da fúria cheia de sua dor. Então a voz veio suavemente em sua orelha e suas palavras alcançaram-na além dos gritos. —Diga-me, Patience. Diga-me, o que aflige o seu coração?— A mão alisava o cabelo dela. — Por que você não toca o instrumento que diz amar? Meu instrumento. A raiva e a abominação girando na tempestade de dor de Patience flutuavam diante dela, claras e distintas. Ela ergueu a cabeça e, examinando o topo da coxa de Matthew, encarou seu violoncelo através das lágrimas. Estava com a face para baixo, onde ela o havia jogado. E quanto mais ela olhava fixamente para ele, mais brava ficava. —Por que você não pode tocá-lo como um amante, Patience?— Matthew perguntou baixo. —Porque você é o meu amante— ela falou com a voz chorosa, espessa com lágrimas. —Não aquela coisa!— Ela cuspiu a palavra, e a raiva ficou maior. Matthew curvou para mais perto dela. —Você não o ama, não é, Patience? —Não!— Um fogo violento chamejou nela. —Você o odeia? É por isso que você não o tocará, ou o deixará tocá-la? —Sim, eu odeio!— Os dedos de Patience enrolaram no tecido da calça de Matthew. — Odeio!— Ela ficou de pé com um pulo, e saltando para seu violoncelo agarrou-o pelo espelho. Com um grito de ira, balançou-o sobre a cabeça e jogou-o no chão. Ele gemeu enquanto os filetes rachavam. Repetidas vezes ela o balançou, desabafando a ira e o ressentimento de anos no instrumento de seu vazio. As lascas de madeira e cordas soltas voaram para todos os lados. E enquanto ela expelia gritos ofegantes, jogou o espelho no chão e pisou nas lascas que haviam sobrado, afundando o sapato na voluta e nas cavilhas. Ela pisou e chutou, e chorou e girou, diminuindo a velocidade apenas quando o fogo dentro dela começou a queimar propriamente. E quando a última faísca morreu, ela estava lá, o peito erguendo, e as sobras de seu violoncelo ao redor.

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Ela não se moveu enquanto a realização do que havia feito afundava. Oh, Deus… Ela realmente havia feito isto? Ela olhou para os fragmentos quebrados e as cordas trançadas. Chocada, ela começou a tremer. Ela olhou para Matthew. Ele estava de pé perto de sua cadeira, sem se mover, as feições marcadas nas linhas tensas, os olhos escuros fixos nela. Oh, Deus… As lágrimas afluíram e derramaram. —Olhe o que eu fiz. — Ela ficou de joelhos enquanto o medo vinha da tempestade. —Agora não tenho nenhum lugar para me esconder. Aonde eu irei se você me deixar?— Tremendo, ela se curvou e juntou alguns dos pedaços quebrados de seu violoncelo. Mas era inútil. Agachando sobre os pés, ela cobriu o rosto com as mãos e chorou. —Patience. — Matthew puxou as mãos dela do rosto. Ele estava sentado diante dela, uma perna dobrada embaixo dele e a outra curvada contra o peito. O ouro em seu cabelo cintilava com a luz do sol. —Eu nunca a deixarei. Você e eu somos para sempre. As palavras fizeram os olhos dela arderem ainda mais. As lágrimas caíam. —E se não houver nenhum para sempre na Terra, Matthew? E se o para sempre existir apenas no Céu e em contos de fadas?— Ela puxou a respiração estremecendo. —E se o nosso para sempre, não for realmente para sempre? Os olhos escuros de Matthew a acariciavam. —O amor é eterno, Patience. O coração dela tremeu, e a tristeza assomou. —Eu sei— ela choramingou. —Assim como a perda. E, para mim, os dois nunca andam separados. — Ela tocou uma das lascas de seu violoncelo. —É por isso que eu preciso de um lugar vazio, um olho na tempestade. —Não. Você não precisa. É por isso que você o quebrou Ela olhou para ele através das lágrimas. —Você não pode viver no olho de uma tempestade, Patience. Não há nada lá. É tranquilo e vazio, mas não há vida. A vida está no vendaval. — O olhar dele era tão sério. —O amor e a felicidade estão no vendaval. —E a tristeza. —Sim, a tristeza também. — Ele envolveu o rosto dela com a mão. —E as lágrimas. — O dedo polegar deslizou em sua bochecha molhada. —Mas não há nenhuma tristeza que não possa ser suportada, Patience, contanto que não estejamos sós. Só. A palavra e tudo que ela queria dizer - dor, tristeza, medo, raiva, ressentimento, e, finalmente, vazio - reverberaram por suas memórias. Ecoaram de volta no tempo para definir o momento que tinha sido seu início, e de toda a solidão nascida dele - a morte de sua mãe.

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O momento apareceu na mente dela como uma imagem visualizada por um estereoscópico, tridimensional e real. Ela olhou para ele pela primeira vez em doze anos. A dor ricocheteou por ela. Apertando a mão de Matthew, ela apertou o rosto nela enquanto um choramingo alto vinha de algum lugar bem no fundo ela. O braço dele foi ao redor dela. Ele a puxou para seu colo, e os lábios tocaram sua sobrancelha. E então, enquanto sua memória começava a se mover, ela apertou contra ele e disse tudo em sussurros ofegantes e soluços sufocados. —Na noite em que a minha mãe morreu todos nós estávamos lá - papai, Passion, Prim e eu. Estávamos lá o dia todo, porque ela tinha ficado mais fraca ao longo das horas e sabíamos que ela logo iria embora. Ela estava tão pálida e frágil, e não sabíamos se a ouviríamos falar novamente. Entretanto, em aproximadamente nove horas, ela abriu os olhos. Ela sorriu para nós, e então olhou para mim. E com o que pareceu um esforço monumental, disse, ‘toque para mim, pomba. Assim eu corri. Corri para pegar meu violoncelo. Corri muito rápido porque tinha medo de que ela pudesse morrer enquanto eu o estava pegando. Mas quando retornei, os olhos dela ainda estavam abertos como quando parti. Então me sentei e toquei a Sarabande de Handel. Era sua peça favorita. E eu a toquei e toquei, e continuei olhando para ela para ver se a agradava, mas os olhos dela nunca se moveram ou piscaram. Toquei até o fim. E foi só então que percebi - quando meu pai fechou as pálpebras dela - que eu não havia corrido rápido o suficiente. — Ela colocou o rosto no pescoço de Matthew. —Meu pai desmoronou sobre a minha mãe. Prim foi para os braços da Passion, e começou a chamar, ‘mamãe! Mamãe!’ E eu não sabia o que fazer, ou para quem ir, porque não havia nenhum braço disponível - nenhum abraço para mim. Não havia nada para mim. Então eu fiquei lá de pé. — Ela olhou para Matthew através das lágrimas de angústia e remorso. —Se eu apenas já estivesse com o meu violoncelo lá. Algumas notas, ou alguns compassos - teria sido o suficiente para escoltá-la para o céu. Ela queria isto. E havia me pedido isto. Soluçando no pescoço de Matthew, Patience se rendeu a sua dor. Tudo o que ela podia sentir era dor. Tudo o que ela podia ver, tocar e sentir o gosto eram lágrimas. Tudo o que ela podia ouvir era o seu soluço. Mas ela se deixou sentir tudo. E não se escondeu. Quanto tempo ela chorou antes de começar a se tranquilizar, não sabia dizer. Matthew sussurrou em sua orelha, ainda assim tudo o que ela podia ouvir eram sussurros de palavras. As asas do anjo batendo cortaram a mensagem em fragmentos indecifráveis. Mas não importava porque seu abraço e as linhas de sua voz carregavam uma mensagem - você está segura e eu nunca te deixarei. —Eu sei— Patience respirou. Ela envolveu os braços ao redor dele e apertou a bochecha em seu ombro. Fazia tanto tempo desde que ela havia se sentido abrigada. Apenas o abraço da mãe tinha sido como este - morno, protetor e perfeito. Ela soltou um suspiro enquanto sentia um beijo em sua sobrancelha, e ela queria lamentar novamente porque até mesmo este beijo a lembrava dos beijos de sua mãe.

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Mas eram os braços de Matthew que estavam ao redor dela. Ele a puxou para mais perto, e se agarrou a ele. Mais sussurros quebrados. Ainda assim ele a segurava. Ela sentiu seu toque prolongado, e isso a encheu com conforto e paz. O céu estava ao redor dela. Ela não estava só. Uma brisa soprou, e ela se sentiu morna. Pois havia braços ao redor dela - braços fortes e bonitos que nunca a deixariam. Os braços de Matthew.

Capítulo Vinte e dois - Ela o ama Achei aquele a quem ama a minha alma; agarrei-me a ele, e não o larguei… Cantares de Salomão 3:4 Matthew pressionou os lábios na sobrancelha de Patience e acariciou os cachos que estavam sobre sua bochecha. Ele não sabia quantas vezes já tinha feito isso, mas não se importava. Ele beijaria sua sobrancelha e alisaria seu cabelo por mil anos se isso a confortasse - se a fizesse entender que seu abraço, seu coração e sua alma era todos eternamente dela. Ele apertou os braços protetoramente ao redor dela. Ela descansava, quieta e tranquila agora. Mas seu colapso, sua confissão dolorosa, e os soluços torturados e gritos quebrados que tinham seguido quase quebraram seu coração. Ele fechou os olhos e beijou sua têmpora. Enquanto houvesse respiração em seu corpo, ela nunca mais se sentiria só - ou sentiria a necessidade de se esconder de suas próprias emoções. Ela nunca deveria fazer isso. E ela deveria tocar. Ele olhou para os pedaços quebrados de seu violoncelo, dispersos ao redor deles. Assisti-la quebrá-lo tinha sido chocante e espetacular. Mas era importante que ela visse, sentisse - e lembrase - de como tocar do coração. Agora, enquanto todos os ferimentos ainda estavam crus e tenros, de forma que ela pudesse tocar para se curar, em vez de se esconder de si mesma. —Patience. — Ele sussurrou o nome dela em seu cabelo. —Sim, Matthew. — A resposta sussurrada não estremeceu. Ele envolveu a bochecha dela e ergueu seu rosto para o dele. Os olhos e nariz estavam vermelhos, as bochechas vermelhas e os lábios inchados, mas ele sempre a achava linda. —Venha comigo— ele disse. Patience anuiu com a cabeça e deslizou de seu colo para o chão. Ficando de pé, Matthew ofereceu a mão e ajudou-a a se erguer. O coração doía e o pau pulsava enquanto seu corpo longo e magnífico se desdobrava. Uma de sua meia-calças estava ainda sobre seu joelho. A outra estava ao redor do tornozelo. Mas seu estado bagunçado apenas servia para aumentar sua beleza sensual. Sob os raios de sol, sua pele parecia nata, os mamilos com framboesas. Ela era alimento - para sua alma. 24

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Ainda segurando a mão dela, ele a puxou para a cadeira ao lado do violoncelo dele. Sentando contra as costas da cadeira, ele abriu as pernas e indicou a parte na cadeira diante dele onde ela deveria se sentar. —Sente. Os olhos de Patience se moveram dele para seu violoncelo, e de volta para ele. Ela olhou fixamente para ele por um momento. O olhar era suave e confiante. Então ela girou e se sentou cuidadosamente diante dele, colocando o traseiro avermelhado confortavelmente contra sua ereção. Matthew estremeceu com o contato. Segurando sua luxúria, ele se deixou beijar o ombro dela antes de agarrar seu violoncelo. Ele o trouxe para dentro dela lentamente, assistindo as pernas dela abrirem para ele. O instrumento dele era mais largo do que o dela, mas ela se ajustou facilmente. Incerto de como ela reagiria, ele se moveu cuidadosamente para apoiá-lo contra o ombro dela, alisando a mão sobre o local antes de deitar a madeira e tocar sua pele. Então, acariciando os braços dela, ele deslizou a mão para fora da dela. —Vamos tocá-lo juntos— ele murmurou, erguendo as mãos e colocando-as contra os lados de seu Montagnana. —Feche os olhos— ele sussurrou na orelha dela, e viu suas pestanas tremularem e abaixarem. Mantendo as mãos sobre as dela, ele guiou o toque dela nas curvas dos ombros do violoncelo e na cintura. —Sinta o quão liso e forte é. — Ele respirou o cheiro do cabelo dela e beijou o lóbulo de sua orelha. Ela estremeceu. Ele se moveu para os f’s. —Ainda assim, ele apenas te dará o tanto que você colocar nele. — Ele deslizou beijos nos ombros dela. Ela suspirou e pendeu a cabeça contra a dele. Ele deslizou as mãos para mais baixo, sobre a barriga do instrumento. —E é por isso que você deve se dar toda. — Pressionando contra as mãos dela, ele puxou o violoncelo, e ela, mais apertados. O sangue dele correu com o som da arfada dela e a sensação de seu corpo. —Então você saberá a medida cheia de alegria que ele é capaz de trazer a você. — Ele ergue a mão esquerda dela das cordas para o espelho. —Você acredita em mim, Patience? —Sim, Matthew. — A resposta foi um suspiro audível, expelido por lábios separados. Ele sentiu o corpo dela tremer. Os quadris apertaram contra ele. Matthew estremeceu enquanto agarrava o arco. Ele deslizou a crina junto a sua perna e então sobre a coxa. Os olhos dela abriam. —Tome— ele disse suavemente. O momento em que ela tomou o arco, Matthew puxou as mãos juntas aos braços dela. —O Montagnana não é fácil— ele murmurou. —Exige articulação forte e vibrato da mão esquerda. Mas quanto mais você exigir dele, mais ele te dará, então não se segure. — Ele acariciou os ombros dela, então foi pelo lado dela e ao redor de sua cintura. —Agora toque, Patience; e não

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pense em nada além deste momento. — Ele beijou o lugar de cheiro doce atrás de sua orelha. — Estou com você. Ela pausou. Ele a sentiu inalar e exalar. Então, sem quaisquer preliminares, o Prelúdio da Suíte nº 1 para violoncelo de Bach - a peça que eles tocaram juntos na soirée musical - começou a fluir, cheia e potente. Matthew fechou os olhos. Ela a estava tocando um pouco mais lenta do que era tipicamente tocada. Ele deslizou os lábios contra o ombro dela à medida que escutava. Cada nota era expressa com profundidade. Ela diminuía a velocidade mais em alguns lugares e acelerava mais em outros. Ele sentia o movimento do corpo dela, e podia antecipar o caráter da próxima métrica - tão linda, tão cheia de sensações. Ele se debruçou com ela nas notas finais enquanto elas enfraqueciam. Então um calafrio tremeu por ele enquanto as notas baixas da abertura da Sarabande de Handel suavemente enchiam o silêncio. Ele abriu os olhos. Ela começou quieta e tentativa, mas a música cresceu. Era forte e frágil - frágil em sua força, e forte em sua fragilidade. Eram ambas as coisas de uma vez, o que de alguma maneira dava grandiosidade um ao outro. Era Patience. Matthew fechou os olhos, porque não precisava mais olhar para ela para ver. Ela estava em cada nota, e em todo o resto. Ela estava diante dele, apertando de volta contra ele. Mas ela também estava ao redor dele. Em todo seu poder e vulnerabilidade - em toda sua beleza e sublimidade - em toda sua imperfeição perfeita. Enquanto a música o enchia - enquanto ele a segurava perto, lentamente empurrando para encontrar a oscilação gentil de seus quadris - seu amor por ela alagava seu coração e despejava sobre ela em um dilúvio de querer e desejo que era tão forte, frágil e palpável quanto sua música. Quando ela parou? Quando ela girou o olhar para ele, e quando ele havia aberto os olhos? Extasiado, ele olhava fixamente nos olhos verdes brilhantes dela. As lágrimas estavam em suas bochechas. Mas não havia nenhuma tristeza nos olhos, apenas uma alegria brilhante, radiante. —Quero me deitar com você, Matthew. O sangue correu e os nervos saltaram em um rastro de desejo sobre o corpo. Mas ele mordeu de volta seu amor e sua luxúria - ele os mordeu de volta tão duro que o esforço o deixou com a cabeça leve. Ele agitou a cabeça e as palavras pareceram obscurecer. —Você passou por muita coisa hoje. Não quero nenhum remorso amanhã. Ela suavemente deixou o Montagnana dele e seu arco no violoncelo no suporte. Então ela girou, o quadril apertando a ereção dolorida dele. Ele estremeceu com a tortura feliz. —Não é assim, Matthew. — A voz era suave e baixa. —Não estou me rendendo porque me sinto vulnerável. Estou me rendendo porque me sinto forte. — Ela deitou as mãos contra as bochechas dele e os olhos estavam brilhantes. —Estou me rendendo porque estou apaixonada. A boca de Matthew ficou seca e o coração começou a bater - muito duro e muito rápido. Patience se debruçou na direção dele. —Amo você, Matthew. — Ela apertou os lábios tenros nos dele. —Sempre o amei. — Ela o beijou novamente. —E sempre irei amá-lo. Então não tenha nenhuma preocupação pelo amanhã— ela o beijou novamente—porque eu te amo para sempre. O coração dele havia parado de bater? Ele não podia senti-lo.

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Paraíso - cada palavra era o paraíso. Ela recuou e sorriu - e que sorriso. —Matthew, amo você. Ele puxou a respiração em um ofego enquanto olhava fixamente no olhar amoroso dela. O coração dele não havia parado. Mas, o coração, o corpo, e a alma todos tinham se tornado uma pulsação - uma alegria. Amor! Amor enganoso… O amor de Patience - um presente para mim. O amor apaixonado e puro de Patience - é meu, afinal. —Eu— a voz dele rachou. —Tenho esperado a vida inteira para ouvi-la dizer essas palavras. —As mãos tremiam enquanto ele as erguia para o rosto dela. —E agora que você as disse, acho que querem dizer até mais do que pensei. — Ele tocou os lábios dela. —Diga novamente. O olhar dela, ávido e sério, o segurou. —Eu amo você, Matthew. Ele sorriu e riu, apenas para sorrir novamente. Finalmente, ela havia dado voz às palavras que ele havia falado repetidas vezes em sua mente. —Eu amo você, Patience. Amo você. Os olhos dele ardiam, então ele os fechou. Ele os fechou e a beijou com toda a fome e paixão fervente do amor libertado. Então, as bocas tocando, inalando o amor dela e exalando seu próprio, ele respirou as outras palavras que tinha desejo dizer. —Case-se comigo. *** Casar com ele! Patience apertou os olhos com força contra as lágrimas soberbas. —Case-se comigo, Patience. — A testa ainda apertada na dela, Matthew apertou a mão dela contra seu coração. —Dê-me o seu coração e a sua mão. Quero os dois, enquanto devo te dar os dois. — Ele foi para trás, e ela olhou, através de suas lágrimas, em seus olhos brilhando. —Diga sim, Patience. Meu amor por você é muito grande para viver em segredo. O coração dela subiu rapidamente aos céus, Patience sorriu e chorou. —Sim, Matthew. Sim, e sim novamente!— Ela jogou os braços ao redor dele. Os braços dele fecharam ao redor dela. —Você é minha— ele respirou, os dedos entrando no cabelo dela. —Você é minha. —Sim, e você é meu. — Patience apertou beijos ferventes por toda parte de seu rosto. —Para sempre meu! Então a boca dele estava cobrindo a dela.

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Patience o segurou para ela e deu a ele de volta um beijo faminto. O coração parecia cheio e inteiro, e havia tanta paixão e alegria despejando dele que ela apertou os braços ao redor dele na esperança de conter toda sua linda generosidade dentro de seu abraço. Ela o beijou e se agarrou a ele, mesmo enquanto o sentia ficar de pé. As pernas dela deslizaram pelo corpo dele. Os braços dele a seguraram apertado, e ela se equilibrou de pé enquanto pegava a nuca dele e bebia o desejo de sua boca. Ela o ouviu gemer, então a mão dele estava em seu traseiro dolorido, apertando e apertando duro. A cabeça dela girou e ela ofegou contra os lábios dele enquanto ele empurrava sua ereção magnífica contra ela. Ela empurrou os quadris em resposta. A boceta cerrou e o clitóris pulsou. —Eu amo você— ela respirou entre beijos. —Eu amo você. Matthew rasgou a boca da dela. Os olhos eram como fogo negro. —Nunca pare de dizer essas palavras para mim— ele disse firme. —Nunca acredite que já as disse o suficiente. Nunca acredita que já as disse demais. — A mão deslizava junto à mandíbula. Ele tocou o lábio inferior dela com o polegar. —Essas três palavras, falada de seus lábios, significam mais para mim do que qualquer coisa que já será dita para mim novamente. Então você deve dizêlas repetidas vezes, por todas as nossas vidas. E quando eu for um homem muito velho e não puder mais ouvi-la, você deve continuar dizendo, de forma que eu possa ver os seus lábios e saber que você ainda me ama. — Ele estava tremendo, e os olhos pareciam vidros escuros. —Em retorno, meu amor, devo deixá-la cansada com minhas declarações. De manhã, ao meio-dia e à noite devo te mostrar a adoração do meu coração. E se vier o dia vir em que eu não possa mais falar, farei com a boca as formas das palavras para que você possa saber, mesmo então, que eu amo você. Patience sentiu as lágrimas nas bochechas novamente, e o coração doía - não de um excesso de dor, mas de um excesso de amor e felicidade. —Amo você, Matthew. Amo você. — Ela sorriu para seus olhos escuros. —E então eu devo te dizer todos os dias - na alvorada e no anoitecer, e mil vezes entre os dois. Os braços foram ao redor dela e ele tomou sua boca em um beijo que a deixou tremendo e ofegante. Então ele recuou e tomou sua mão. —Venha— ele a persuadiu. Patience o seguiu sem pausa. Deixando a sala de estar, ele os girou em direção ao seu quarto. Os passos largos eram longos e rápidos. Patience corria para acompanhá-lo. O quão diferente era este momento da primeira noite em que Matthew a havia levado para seu quarto. O quão diferente ela era. Sem diminuir a velocidade, ele olhou para ela. —Eu amo você. O sorriso de Patience afundou e seu coração bateu forte. —Eu amo você. Alguns passos mais e ele olhou para ela novamente, o olhar lendo seu corpo rapidamente. —Nosso compromisso não será longo. —Muito bem, meu amor. — Exuberante, ela quase saltou ao seu lado.

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Matthew apenas pausou enquanto agarrava a porta da câmara. Abrindo-a, ele a puxou com ele, e então a fechou com um movimento fluido. Puxando-a através do quarto enorme, os passos largos e longos trouxeram-nos diretamente para seu lado da cama. Apenas então ele parou e a encarou. Apesar de sua respiração estar vindo rápido, tudo ficou quieto enquanto ele soltava a mão dela. O olhar correu sobre ela e seus braços ergueram em direção a ela, entretanto ele foi para trás. Correndo a mão pelo cabelo, ele expeliu a respiração e fechou os olhos. Aproximando, Patience deitou a mão em seu tórax. —O que foi, meu amor? As pestanas dele ergueram e o fogo escuro que tão frequentemente iluminava os olhos queimava mais ferozmente do que nunca. —Eu sonhei com este momento— ele disse suavemente. —Imaginei repetidas vezes. Cada manhã, pelos dez dias que ficamos separados, eu gozava nos meus lençóis pensando nisto. Deitava de barriga para baixo e empurrava meu pau contra o colchão enquanto sonhava foder sua doce boceta. Patience estremeceu e o clitóris pulsava. —Mas agora que o momento chegou— ele disse —não acho que posso comandar meu controle habitual. — Ele ergueu as mãos, e elas estavam tremendo. —Eu não o tenho hoje, Patience. E não posso dizer o que acontecerá sem ele. —Não importa, meu amor. — Patience alisou as mãos no peito dele. Ele cobriu as mãos dela com as suas e segurou-as contra ele. —Não posso te dizer o que acontecerá sem ele, Patience, porque nunca estive sem ele. Nunca? Patience examinou o olhar ardente dele, e seu coração doeu com carinho. —Então somos ambos virgens de alguma forma. — Ela ficou na ponta dos pés e o beijou. — Confio em você, meu amor. A respiração de Matthew estava acelerada e suas feições se moveram de alguma maneira como se ele fosse Plutão e um anjo ao mesmo tempo - luxúria sombria e amor brilhante. Ou era luxúria brilhante e amor sombrio. Era ambos. Ele era ambos. —Eu amo você— ele murmurou. E ele era dela - seu anjo sombrio. —Eu amo você— ela respondeu. Os olhos dele escureceram. Então ela ofegou enquanto ele a jogava na cama.

Capítulo vinte e três - Consumação do amor Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu… Cantares de Salomão 6:3 24

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Matthew rasgou as próprias roupas - jogando gravata, jaleco, e camisa em todas as direções. Patience estava deitada com sua juba vermelha ao redor da cabeça e seu rosto estava corado com carinho e desejo. O corpo pálido e longo, acentuado por mamilos erguidos e os cachos brilhantes entre as pernas parecendo dourados sob a luz do sol vespertino. Enquanto Matthew chutava suas botas e arrancava as meias, ela ergueu a primeira perna esbelta e então a outra para remover as botas. Ambas as vezes ela parou em um joelho, o olhar dele foi atraído para a mostra breve de sua carne feminina. Ele rasgou a calça comprida, um barulho sem palavras escapando enquanto ele abaixava as roupas de baixo. Patience tirou uma meia-calça preta. Antes de ela poder remover a outra, ele se jogou sobre ela - prendendo-a, pernas abertas, embaixo dele. Foda! Pele quente e doce, braços e pernas o agarrando. Olhos de grama verde e cabelo com aroma de gardênias. Patience - amor. Porra! —Deus, eu amo você— ele gemeu. Ele empurrou a língua em sua boca, as mãos em seu cabelo, e o comprimento do pau contra suas dobras molhadas - se lubrificando com a paixão do corpo dela. —Eu te amo e vou transar com você - ele respirou contra os lábios suculentos dela antes de tomá-los em outro beijo fundo. Puxando a língua dele, Patience gemeu e se moveu - os quadris ondulavam com o chamado para acasalar que já existia desde muito antes da fala. Ele sabia como responder. Ele queimava para responder. Alcançando entre eles, ele agarrou seu pênis inchado e esfregou a cabeça contra a abertura lisa dela. Rasgando os lábios dos dela, ele examinou olhos verdes dela - cheios de amor e querer. Eva tivera tais olhos? Luxuriante com desejo, e verde como o jardim no qual havia nascido? —Sinta-me— ele gemeu, empurrando a cabeça dentro dela. —Sinta-me. Patience retraiu a respiração, e os quadris ergueram. —Sim, Matthew. Ela estava tão quente e molhada. Apertando mais em torno da base do pau, ele se agitou duro e rápido. O comprimento pesado inteiro tremeu e se moveu enquanto ele ia mais fundo em seu amor. As pestanas dela tremularam, ela gemeu, os quadris tensos e erguidos. —Você gosta assim?— Ele murmurou. Apertando mais, ele agitou sua carne novamente. Os olhos apertados fecharam e os lábios separaram. —Sim—sim. Porra, ela era tão apertada. Ele foi mais fundo. E então ele sentiu - a barreira da virgindade.

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Os olhos de Patience abriram de repente. —Oh, Matthew… Ele olhava fixamente nela, o olhar escurecendo com luxúria. Mais sangue correu apressado para o pau, enchendo-o com o desejo de foder, mesmo enquanto sua mente esvaziava de quaisquer pensamentos exceto esses mais primitivos. Ele aliviou a mão de entre eles e, nivelando seu peso, se colocou mais firmemente, mais inamovível, contra sua carne resistente. Patience retraiu a respiração. —Matthew… —Você sabe por que eu desperto toda manhã com o meu pau duro?— A voz veio de algum lugar bem no fundo dele. —Porque foi assim como Adão despertou do sono que deu a luz à Eva. Agora me diga—apoiando nos cotovelos, ele lentamente deslizou as mãos embaixo dos ombros dela—uma vez que a viu, quanto tempo você acha que Eva permaneceu virgem? Uma hora?— Ele levou os quadris adiante. Patience ofegou. —Um minuto?— Ele foi mais duro e assistiu ela começar a se contorcer. —Quanto tempo, meu amor?— Olhando fixamente nos olhos brilhantes dela, ele friccionou os dentes. —Quanto tempo antes com Adão, duro com desejo, moveu-a para seu propósito - fodeu-a e encheu seu útero com sua semente. — Ele a olhava. —Quanto tempo! Patience mordeu de volta um grito. —Segundos - agora!— Lágrimas faiscaram em seus olhos. —Me tome agora! Matthew estremeceu. —Quem e o que você é? O corpo dela se curvou embaixo do dele e lágrimas vazaram dos olhos. —Eu sou Eva, e sou sua. —Minha!— Matthew gemeu e empurrou o corpo para cima. Irrompível, Patience clamou e lutou embaixo dele, mas ele não sentiu nenhuma piedade por sua angústia apaixonada. Ele apenas inflamava mais assim. Porque ela era dele, e era assim que devia ser. —Minha— ele afirmou para os olhos cheios de lágrima dela, e empurrou novamente. O choramingo alto dela estava cheio de desejo, e ele gemeu enquanto ela começava a se dar, a adorável submissão brilhando por detrás dos olhos úmidos. O coração batia com carinho. — Minha— ele suspirou ternamente. Então, com uma grande estocada, ele a rompeu e, se banhando em seu sangue, encheu-a com sua carne espessa. —Para sempre minha. *** Para sempre dele. Presa e penetrada, os olhos molhados com lágrimas, Patience se agarrava a Matthew mesmo enquanto se contorcia com o prazer doloroso entre as pernas. Era afiado e cru, e o clitóris pulsava. Nenhuma felicidade nem agonia, era como se ela estivesse suspensa em algum tipo de purgatório

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que prometia ambos, mas não entregava nenhum. Não importava o quanto ela se movesse, não achava nenhum alívio. —Por favor, Matthew… Os olhos ardendo, ele olhava fixamente para ela abaixo, o corpo poderoso sem se mover. —Por favor, o quê, meu amor? Ela se apertou nele com seus braços e pernas. —Por favor, dê-me mais! Mova-se em mim! A mandíbula de Matthew ficou tensa. —Convença-me. Gemendo, Patience o puxou e abriu a boca debaixo da dele. Ela empurrou a língua enquanto arqueava contra ele e acariciava suas pernas junto a suas coxas e canelas. Os membros tensos e musculosos dele pareciam grandes contra os dela, e ela inalou vetiver enquanto bebia da umidade morna de sua boca. Ela o beijou e o beijou até que eles estavam ofegando. Então ela finalmente quebrou o contato e, apertando as pernas ao redor de seus quadris ásperos, falou contra sua boca. —Amo o peso do seu corpo entre as minhas pernas, Matthew. Amo sentir o seu pau espesso dentro de mim. Amo a força das suas mãos em mim. E amo quando você não tem medo de me usar e ser duro. Ele recuou, e os olhos pareciam vidros negros, as feições estavam tensas com restrição. Patience tocou o cabelo dele que caía contra sua têmpora, e então apertou a mão contra os ângulos de sua bochecha. —Eu sinto o seu poder, Matthew, tremendo sobre mim. — Apertando os dedos nos cabelos curtos de sua nuca, ela o puxou e sussurrou em sua orelha—Solte-o em mim. Matthew gemeu. A boca devorou a dela em um beijo abrasador, ele surgiu contra ela, forçando o pau mais fundo. Patience retraiu a respiração doce e seu corpo ficou tenso, porque ela não sabia que ele tinha mais carne para dar a ela. Mas enquanto ele continuava a beijá-la, e a empurrar, ela ficou cada vez mais ofegante com o tamanho e a força de sua penetração. O peso duro a enchia e estirava, e com isto estava a dor crua de sua virgindade rasgada. Rasgando os lábios dos dele, ela arquejou e piscou de volta as lágrimas enquanto ele empurrava novamente, o corpo poderoso a levando mais alto. A mão dele apertou o peito dela. O mamilo endureceu. —Sinta-me, Patience— ele rosnou. A mandíbula ficou cerrada e os olhos ficaram ferozes enquanto ele dirigia nela, novamente. —Sinta o poder do meu amor. Patience mordeu de volta gritos e arranhou suas costas. Era a felicidade e a agonia - a felicidade de ser cheia, a agonia de ser rasgada. Dois lados da mesma moeda em um intercurso perfeito e eterno, e tecido junto com a completude perfeita do amor. E era inflexível, porque, enquanto ele dirigia nela - empurrando seu falo duro em sua carne de virgem, os músculos e membros puxando. —Tão apertado. — Ele gemeu. —Mas eu devo fazer você se ajustar a mim, Patience. — Apertando seu cabelo com uma mão, ele moveu a outra para o quadril dela, prendendo-a. A alça

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era mais perfeita do que quaisquer amarras poderiam ser, porque ela podia sentir o peso e a força de seu intento. Os olhos capturaram os dela. —Eu vou foder você… — ele disse em um sussurro severo, empurrando nela. Os peitos dela saltaram e o som severo da voz dele suavizou-a do avesso. Ele empurrou mais fundo. —E foder você… —A voz dele fazia com que ela se derretesse como cera. O osso púbico dele batia contra o dela. —até que você se ajuste a mim. — Ele gemeu com um exalar. Patience puxou uma respiração grande e pesada. Então, arquejando curto e raso, ela olhou para ele através das lágrimas. Ele estava verdadeiramente dentro dela - bem no fundo dela tocando a porta de seu útero. Não era como nada que ela já houvesse sentido - sua espessura, enchendo sua boceta e estirando-a firmemente em torno de seu pau. Era como uma luva poderia ser ao redor de uma mão, ou um corpete ao redor de uma cintura. E enquanto ela olhava fixamente para o rosto de seu amado, soube que essa era sua base e seu maior propósito divino. Ser cheia com a semente, com um homem, com um bebê. O corpo, o coração e o espírito ficaram trêmulos ao mesmo tempo. —Matthew— ela respirou, —foda-me, por favor. —Sim. — Ele gemeu. —Repetidas vezes, e de novo e de novo. — Ele segurou os quadris dela imóveis, e começou a girar. Segurando-o com as pernas, Patience gemeu enquanto o pênis a mexia, e a cabeça circulava na abertura de seu útero e pressionava em seus recessos mais profundos. Como sempre, ele a tocava onde ela não podia. Mas ela não mais resistiu, porque era dele para ser possuído. Então ela balançou os quadris para cima em oferecimento, e ofegou quando ele a alcançou mais fundo. —Oh, meu amor. Sim… As feições duras, ele olhava fixamente para ela abaixo. A pressão do movimento era constante. Nunca liberando, nunca cedendo, aquecia com uma fricção deliciosa que arrebatou seus nervos. Patience tremeu e sua boceta cerrou. Ela ouviu Matthew gemer, mas tudo o que ela podia pensar foi que pela primeira vez ela não estava vazia. O cerrar não era um chamado, era uma resposta - uma resposta total e potente que enviava desejo erguendo por dentro para seu útero tanto quanto externo para o clitóris. —Oh, Deus, Matthew!— Ela olhou fixamente em seu olhar feroz enquanto ela o agarrava nos ombros. Quanto mais ele se movia, mais ele a feria. Tudo se juntava dentro dela - como se todo seu sangue e fluidos do corpo estivessem rodando e espiralando juntos em direção ao seu útero. Ela estremeceu e encolheu. Matthew se moveu mais rápido, erguendo até o topo as águas de seu desejo, mesmo enquanto o remoinho de água afundava - e o puxava, e ele, no centro de seu corpo até que, com uma arfada sufocada, ela foi sugada no remoinho de sua própria luxúria. Tudo ficou escuro e mudo enquanto ela girava e girava para o ponto onde a vida, a luxúria e o amor se fundiam. E o lugar era ao mesmo tempo tão pequeno e tão grande que ela não podia se ajustar nele ou enchê-lo - então ela estourou, os nervos explodindo. E girando em mil pedaços de felicidade, ela flutuou com as águas de seu útero, pequeno o suficiente para caber em um dedal, expansivo o suficiente para encher um universo.

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Ela ficou deitada quebrada e leve. Mas Matthew estava se movendo - empurrando agora. Movendo a maré com seu membro, juntando os pedaços dela de novo - empurrando e empurrando. E de repente ela podia ouvir seus gemidos e seus próprios gritos sem palavras. Prendendo suas nádegas e balançando os quadris, ela podia sentir a dor de sua carne sendo rasgada e, inchando embaixo dela, um prazer penetrante e afiado. Ela abriu os olhos e olhou fixamente em seus olhos pretos e ardentes. —Posso cheirar o seu sangue — ele grunhiu enquanto o corpo erguia contra o dela. —Seu sangue que é meu. Seu sangue que me diz para gozar. — As punhaladas urgentes aceleraram. —Eu quero você. Amo você. Patience mordeu o lábio enquanto o pau dele batia nela, forçando seu desejo em uma onda que ficava mais alta a cada punhalada. De novo, e mais e mais rápido ele a levava. Patience lamentou. Ela não precisava esconder o rosto ou prevenir as lágrimas. Então, enquanto Matthew arquejava e punhalada, ela as deixou cair - lágrimas de dor e de paixão. Lágrimas pelo vazio finalmente banido. Lágrimas de alegria, e lágrimas de amor - o amor batizado com sangue, e o amor que despejava dos olhos de Matthew enquanto ele clamava e a enchia, afinal, com o fluido da criação. Ele era dela. Para sempre dela. *** Ele queria fodê-la novamente, e de novo, e de novo. O coração de Matthew apertava incomparavelmente com a vista doce e sensual que ela apresentava. Eles estavam no lavabo ao lado do quarto de vestir, e ela tinha o pé descansando na extremidade da banheira. Os olhos verdes o consideraram ternamente, a juba de cachos vermelhos em desordem selvagem. Os cachos espirais e longos caíam em suas costas e ao redor de seus ombros, enquanto cachos pequenos caíam em sua sobrancelha e espiralavam sobre os olhos verdes brilhantes. Os lábios estavam inchados dos beijos e as bochechas vermelhas com o resíduo de sua paixão. Uma meia-calça preta ainda estava em sua perna esquerda, e a nudez pálida exibia seu traseiro ainda lindamente corado. Deus, ele a amava tanto. Ele limpou o sangue de suas coxas - seu doce sangue de virgem, o sangue que ainda manchava seu pênis. E enquanto fazia isso, agarrou suavemente o lado inferior de seu traseiro com a mão livre. Ela era tão linda, e ele amava a intimidade de limpá-la - mesmo as dobras delicadas. Ele apertou a esponja na bacia e, erguendo uma toalha espessa, bateu levemente cada gota enquanto acariciava seu traseiro. Finalmente, quando não podia adiar mais, foi para trás. —Pronto. Ela baixou a perna e, sorrindo para ele, pressionou contra o lado de seu corpo. —Obrigada, meu amor.

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Então, erguendo a esponja, ela prosseguiu para lavar o pau dele - muito bem - bem demais. Quando ela afagou as bolas e deslizou de volta seu prepúcio pela sexta ou sétima vez, ele estava mais do que meio duro. —Espero que você esteja preparada para abrir as pernas novamente, meu amor. Se fizer isso mais algumas vezes, serei forçado a fazer mais uma vez com você. Patience sorriu e corou enquanto torcia a esponja e agarrava a toalha. Ele tomou dela e passou em si mesmo enquanto ela assistia. A língua dela escapou para molhar os lábios. —Como posso evitar se você é tão magnífico? Puxando-a para perto, Matthew deu um beijo úmido em sua boca. —Obrigado. —De nada. — Com os braços ainda ao redor dele, ela deu uma olhada rápida para a água na bacia e então de volta para ele com um sorriso orgulhoso. —Bem, fui fodida de uma vez por todas. Matthew jogou a cabeça para trás e riu. —Você está fodida para sempre, certo. Mas te asseguro, não será apenas uma vez. — Ele arrastou os dedos sobre o quadril dela para a curva de sua cintura e então na curva de seu peito adorável. —De fato, acho que você achará que devo entrar em sua boceta apertada de maneira frequente. — Ele comprimiu o mamilo, produzindo uma arfada dela, e então deslizou os dedos sobre o umbigo delicado. Enquanto ele olhava fixamente para seu estômago tenso, de repente pensou que podia muito bem ter acabado de dar um bebê a ela. O coração saltou e ele apertou a palma contra a barriga lisa. Patience colocou a mão sobre a dele. —O que foi, meu amor? Matthew examinou os olhos verdes. —Estava apenas pensando que você pode estar esperando um bebê. Um rubor escureceu as bochechas de Patience e ela olhou para a própria barriga. Quando ela olhou de volta para ele, seus olhos estavam brilhantes. —Antes de você, não pensei que seria mãe. Mas agora, serei mais cedo ou mais tarde e acho extraordinário porque pensei que não aconteceria. Matthew sorriu. —Precisamos nos casar logo. Sugiro dezembro. Patience balançou a cabeça. —Mas Matthew, dezembro é uma hora muito ocupada para um casamento. —Eu gosto de dezembro. —Por quê? Ele encolheu os ombros. —Bem, à parte o fato de que prometi a Tia Matty que estaríamos casados pelo Natal, gosto do Natal. E já que não há nada eu quero mais do que você como presente, acho que o Natal é o tempo perfeito para nosso casamento. Patience olhou para ele através das sobrancelhas abaixadas. —Você prometeu a Tia Matty.

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—Sim, prometi a Tia Matty. Patience olhou para ele descrente. —Quando? —No dia seguinte à caça. Patience agitou a cabeça. —Deus do Céu, vocês dois são realmente um par de jarras. —Bem, quando a questão é a nossa determinação mútua de você se casar comigo, sim, somos. Agora, o que me diz de dezembro? Patience deixou as sobrancelhas erguerem e então caírem. —Até você pedir a permissão ao meu pai para se casar comigo, não posso falar de dezembro. Matthew tomou a mão dela na dele, lembrando de sua visita ao Reverendo Dare. Não tinha sido fácil agradar o homem alto, estoico. Ele tinha uma presença formidável e os mesmos olhos avaliadores de Patience. —Eu já pedi ao seu pai, meu amor. Patience fez uma careta com choque. —Você já— Ela cortou. —Quando? —Quando deixei a Mansão Hawkmore. Patience parecia perplexa. —O que ele disse? Não, espere, o que você disse? —Disse a ele que caí louca e inequivocamente apaixonado por você. Disse a ele que não podia viver a minha vida sem você, e que, ainda que levasse a vida toda, te cortejaria e a ninguém mais. — Ele curvou a mão contra a bochecha suave dela. —Disse a ele que você me dá esperança e alegria, e que amo apenas estar em sua presença. Disse que te admiro por sua força de caráter, lealdade e intelecto. — Ele apertou a mão contra o coração dela. —E disse que você faz meu coração bater forte e a minha respiração acelerar. Disse ainda que, sempre que estou com você, sinto que tenho asas. Olhos de Patience brilhavam. —E o que ele disse? —Disse que não sabia como conseguiria ficar sem você, mas que nunca a impediria de conseguir a sua felicidade. Então ele ficou pensativo e quieto por um longo momento. Finalmente, ele disse que amava você. Então, depois de outro momento, ele se ergueu por sobre a escrivaninha e agitou a minha mão. —Então ele te deu a bênção? —Na verdade, ele me disse boa sorte. Quando eu perguntei a ele se isso significava que eu tinha sua aprovação, ele me disse que a sua aprovação seria muito mais difícil de adquirir do que a dele. Se, porém, eu ganhasse a sua aprovação, então eu podia contar com a dele também. Sorridente, Patience se jogou em seus braços. —Então é dezembro, meu amor! Matthew segurou-a firmemente contra ele, o coração batendo rapidamente. —Tenho algo para você— ele murmurou em sua orelha. —Sim. — Ela balançou os quadris contra ele. —Posso sentir.

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Sorrindo amplamente, Matthew puxou-a de volta e a levou para seu quarto de vestir. —Não é exatamente a isso que estava me referindo, mas teria muito prazer em te dar mais tarde. — Ele alcançou na gaveta superior da cômoda e retirou a caixa aveludada preta que havia pagado tão afetuosamente. Girando, deitou-a nas mãos dela. —Para você, Sra. Matthew Morgan Hawkmore. A sobrancelha de Patience franziu com surpresa e incerteza. —O que é isto, Matthew? —Abra. Deslizando a mão sobre o topo da caixa aveludada, ela a abiu lentamente e ergueu a tampa. Os olhos alargaram em uma arfada. —Oh, Matthew! São lindas!— Ela deitou a caixa em sua cômoda e suavemente passou os dedos sobre o colar de joias cintilantes, brincos, pulseiras, anéis, cinto e pentes. Ele pensou que ela tentaria o anel primeiro, mas ela agarrou os pentes. Tirando-os de suas mãos, ele puxou de volta os cachos pesados e colocou um pente e então o outro, antes de levá-la para o espelho longo em seu armário embutido. Girando e virando, ela os admirou. Ele a admirou. Ela estaria excepcional no baile da Millford. Ele mal podia esperar para exibi-la - e estar em público com ela como seu escolhido. Os diamantes faiscavam em seu cabelo como estrelas, mas seu brilho não era nada comparado aos olhos dela quando ela olhou para ele através do espelho. —Nunca tive nada tão bom, meu amor. Matthew sorriu. —Não pude pensar em nada que se adaptasse melhor a você do que diamantes. Patience girou para enfrentá-lo. —Não estava me referindo às joias, Matthew. Estava me referindo a você. O coração de Matthew parou e então voltou a bater. —As joias são magníficas e, sendo um presente seu, são ainda mais valiosas para mim. Obrigada. Usarei com orgulho. — Ela jogou os braços ao redor dele. —Mas você é meu maior presente. — Ela ficou na ponta dos pés e tocou os lábios nos dele. —Obrigada por hoje - por tudo mais especialmente pelo seu amor, mas por sua sabedoria e compreensão também. — Os olhos eram tão suaves, tão tenros. —Eu amo você, Matthew, e nunca lamentarei a minha decisão de ficar com você. Obrigada por me dar o tempo para tomar essa decisão. Obrigada por sua paciência, confiança e honestidade. E obrigada por me dar o dia mais feliz da minha vida. Matthew a segurou em seu abraço trêmulo. —Obrigado a você, meu amor. Obrigado a você.

Capítulo Vinte e quatro - Amigos Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade… Cantares de Salomão 3:2 24

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Gwenellyn —Ela parece ser bastante popular entre os seus trabalhadores— Fitz Roy comentou. Matthew sorriu enquanto assistia Patience conversando com a esposa de outro mineiro. —Ela realmente é. Ele a considerou orgulhosamente. Ela usava um vestido simples de lã cinza escuro com um colarinho e punhos de manga pretos aveludados. Um gorro preto aveludado cobria a cabeça brilhante. Forrada com renda preta e amarrado com uma larga faixa escarlate embaixo de seu queixo, era uma armação perfeita para seu rosto magnífico. —Você acha que eu levarei aquela diabinha conosco para casa? Ela não parece nada disposta a soltar a Senhorita Dare qualquer hora cedo— Fitz Roy disse. Matthew considerou a criançinha que os acompanhava calada e viu seu aperto firme na saia de Patience pela aldeia inteira. A menininha mal tirava os olhos azuis largos do rosto de Patience, e, até agora, se movia com Patience para a casa da mulher com a qual ela estava conversado. Matthew suspirou. —A coisinha provavelmente nunca viu gente como a Senhorita Dare. —Mas que inferno— Fitz Roy disse lentamente—eu nunca vi gente como a Senhorita Dare. —Não. — Matthew ajustou seu chapéu. —Nem eu tinha. Os dois estavam sentados contra uma grande pedra cinza. Apesar de o dia estar sem sol e frio, eles caminharam pela aldeia inteira. Enquanto a presença deles se espalhava, pessoas vieram de todas as direções. Não era apenas por que ele tinha vindo seu rosto já havia se tornado familiar. E não era a presença esmerada de Fitz Roy. Eles vieram por Patience - pela beleza elegante de gorro escarlate. Mas quando vieram para vê-la, ficaram porque ela tinha muito mais a mostrar. Ela havia falado com os residentes de Gwenellyn com interesse e respeito genuínos. Ela os fez perguntas e escutou cuidadosamente suas respostas. Ela aceitou convites para entrar em suas casas dilapidadas, e não se negou a sentar nos bancos lascados ou cadeiras ásperas que foram oferecidos a ela. Ela não afastou uma única criança, embora elas pegassem em suas saias com as mãos imundas. E ela sorria para todo mundo com prazer genuíno. —Ela será um recurso real—Fitz Roy examinava suas unhas—mas acho que ela te custará também. Porque se estou observando sua noiva e suas perguntas corretamente, ela está compilando uma longa lista de melhorias para a pequena aldeia. Matthew ficou tenso. Ele sabia que Fitz Roy estava certo. —Quando uma pessoa se compromete com a filha de um vigário honrado, deve estar preparado para se tornar um filantropo. Fitz Roy deu uma olhada rápida abaixo para a rua estreita com casas periclitantes. —Sem ofensa, Hawkmore, mas levará muita filantropia prodigiosa para transformar este lugar em qualquer coisa apresentável. — Ele cruzou os braços sobre o peito enquanto enviava outro olhar avaliador na outra direção. Erguendo as sobrancelhas, ele se voltou para Matthew. —Possivelmente, mais filantropia do que um homem dispõe.

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Mais filantropia do que ele podia dispor. —Possivelmente— Matthew disse, inspecionando a rua ele mesmo. Estava sem pavimento e, apesar do frio, as crianças se vestiam com trapos enquanto brincavam na poeira entre os buracos e caldeirões. Um pônei aposentado estava preso em uma carroça raquítica descansado em três pernas na frente de um estábulo decaído. A quarta perna estava erguia delicadamente como que em aversão ao chão áspero. As casas, pequenas e geminadas, estavam em variadas fases de abandono. Como mendigos velhos e tristes, elas pareciam se debruçar umas as outras para suporte - as paredes cinza rachadas e sapés ralos eram testamentos da vida dura de seus ocupantes. Claramente, Benchley não gastava nada de seus lucros prodigiosos para manter a moradia que era oferecida aos mineiros com suas famílias. E ainda assim—Matthew girou o olhar abaixo para a outra ponta da rua—apesar da condição pobre das casas, mulheres estavam varrendo suas calçadas inclinadas e quebradas e arrumando pequenos jardins escassos. Um homem velho, ajudado por um menino, estava tentando arrumando uma porta com correias de couro. Duas menininhas estavam colhendo frutos de uma horta com arbustos espinhosos. Matthew girou para Fitz Roy. —Podia ser pior. As sobrancelhas de Fitz Roy ergueram rapidamente. —Ele deu uma olhada rápida cheio de dúvida pela rua abaixo, então encolheu os ombros. —Se você diz. Os dois ficaram de pé enquanto Patience saía da casa. Ela se despediu da esposa do mineiro e saiu apressada, seu pequeno apêndice ainda firmemente preso a ela. —Oh, Matthew—ela apertou sua mão—obrigada por me permitir vir aqui hoje. Estou tão contente por ter visto este lugar, e ter encontrado estas pessoas boas. Há tanto que pode ser feito por elas, Matthew. — Ela ergueu as sobrancelhas. —Tanto que precisa ser feito. Eu não disponho do dinheiro. Matthew dobrou o braço de Patience no seu e os três - ou melhor, os quatro - passearam em direção à rua principal. —Como? —Primeiro, eles não têm nenhuma igreja e nenhum vigário. Se qualquer serviço religioso for exigido, inclusive casamentos, batismos e enterros, eles devem viajar para Gwenderry, que está a onze quilômetros de distância. E quanto a direção espiritual - bem, desnecessário dizer, as pessoas daqui muito mais provavelmente buscam conselhos na taverna do que no vigário em Gwenderry. —Meu amor, ainda que tivéssemos um vigário aqui, é mais provável que as pessoas buscassem conselho na taverna. —Talvez— Patience admitiu. —Mas se tivéssemos uma igreja, podíamos também ter uma escola nela. Oh, Matthew, muitas das crianças mais velhas aqui me lembram como era trabalhar no subterrâneo antes das reformas serem passadas. Por anos, eles não conheceram nada além de trabalho físico e escuridão. Nós não devemos a eles uma quantia pequena de saber - em recompensa, ao menos por suas infâncias perdidas? E as jovens? Comecei a tocar o violoncelo quando tinha cinco anos. — Ela deitou a mão na cabeça da menininha que caminhava ao seu lado. —Será que um dia ela virá um instrumento, e o que dirá tocá-lo?

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Matthew examinou o olhar sério de Patience. —Nós nem temos uma igreja, meu amor. —Sra. Jones, a mulher com quem eu estava falando da última vez, me disse que há uma construção antiga de pedra no fim da rua principal que leva à cidade. Matthew anuiu com a cabeça. —Sim, há. Está cheia de ferrovia antiga, trenós rachados, e outros equipamentos. —É uma igreja— Patience afirmou. Matthew fez uma careta. —Como você sabe? —Sra. Jones. Ela disse que há um cemitério atrás e um sino velho pendurado em algumas vigas expostas. — Patience sorriu enquanto abraçava mais o braço de Matthew. —Claro, nós teríamos que renová-la, reabilitá-la e construir uma casa modesta e dependências para quem vier atender às almas daqui. Eu não disponho do dinheiro. Os dedos tamborilavam em seu braço. —Sabe, estou pensando em um aluno de teologia que estudou por um tempo com o meu pai. É um galês grande e forte - e ficava tão confortável em uma cervejaria quanto em um altar. Ele já deve ter sido ordenado agora. Quero dizer, ele provavelmente deve ter sido atribuído a uma paróquia… Mas talvez, por causa destas pessoas, ele viria. Fitz Roy realmente riu. —Eu te disse— ele disse ironicamente. Merda. Patience se debruçou adiante para olhar ao redor de Matthew. —O que você disse a ele, meu lorde? Fitz Roy ergueu uma sobrancelha preta. —Eu disse a ele que suas aspirações para este lugar seriam caras. —Meu lorde, pelo que ouvi, frequentemente é gasto mais dinheiro em mesas de jogo em uma noite do que se levaria para consertar, caiar e recolocar sapé em todas as casas nesta aldeia. Porra. Fitz Roy enfiou as mãos nos bolsos do casaco. —Bem, ela nos pegou, não é? O pescoço de Matthew pareceu duro. —Realmente, sim. Patience sorriu para ele. —Sei que você já instituiu aumento de salário, Matthew. É tão bom de sua parte. Matthew juntou as sobrancelhas. —Minha decisão não tem nada a ver com bondade. Aumentei os salários porque estavam abaixo do padrão. Fiz isso porque preciso que estes mineiros queiram trabalhar para mim. Preciso da lealdade deles, e o melhor jeito de pegá-la rapidamente é comprando-a. Patience anuiu com a cabeça. Então um momento mais tarde:

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—Ouvi dizer que você colocou luminárias de segurança para todo e qualquer trabalho subterrâneo, e que você está abastecendo estas luminárias. Também ouvi que você vai mandar instalar ventiladores centrífugos para ventilar as minas. Maldição. Matthew parou de caminhar e examinou os olhos inteligentes dela. —Patience, estou fazendo essas coisas porque não posso deixar de fazer. Uma mina segura é uma mina produtiva. E eu preciso de uma mina produtiva. Patience sorriu para ele enquanto eles continuavam a caminhar. —Você é um homem de negócios muito sábio, meu amor. Não é nenhuma maravilha que você seja tão bem sucedido. Matthew fez uma careta e o estômago parecia instável. Ela parecia tão completamente feliz. —Sabia, meu amor—ela olhou além dele para Fitz Roy—e meu lorde, que aquelas amoraspretas crescem selvagens por toda esta região? Matthew anuiu com a cabeça. —Elas são bastante deliciosas. —São mesmo— Patience concordou. —E, aparentemente, existe um velho pomar de maçã perto também. Não seria maravilhoso se os moradores pudessem aprender a cultivar as maçãs e amoras? Como uma comunidade, eles podiam desenvolver e sustentar duas colheitas. — Ela suspirou enquanto dava uma olhada rápida ao redor. —E você não acha que embelezaria a cidade se plantássemos árvores e flores? Apenas pense o quão mais alegre pareceria. Matthew olhou para ela abaixo, e seu coração saltou em face de seu sorriso entusiástico. Ela queria tanto, para pessoas que tinham tão pouco. Ele forçou a tensão a sair do corpo. Assim que ele conseguisse ter a GEFO de volta a pleno vapor, ele a faria ter o que queria - a igreja, a escola, as casas caiadas e as flores. —Eu amo você. Patience corou e seus olhos brilhantes suavizaram. —Eu amo você. Deus, ele queria beijá-la. E fodê-la. Os olhos dela escureceram enquanto ela mordia o lábio inferior cheio. Fitz Roy se debruçou para perto, ganhando sua atenção. —Continue olhando para ele assim, Senhorita Dare. E ele te dará tudo o que você quiser. — Então ele trotou os degraus acima para os escritórios da Gwenellyn. Patience sorriu atrevidamente para Matthew enquanto eles seguiam. —Isto é verdade? —Bem, não sei— ele respondeu. —Sou, afinal, um homem muito exigente. O sorriso dela ficou coquete. —Felizmente, estou preparada para me submeter a tudo que você exigir. Fitz Roy segurou a porta para eles e enquanto ela passava na frente de Matthew, a parte de trás de sua mão deslizou em seu pau.

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Matthew ficou tenso e então agitou a cabeça quando Patience piscou para ele por sobre o ombro. —Farei você pagar por isso mais tarde— ele disse suavemente. Ela olhou para ele por sob as pestanas. —Promete? O sorriso de Matthew aumentou e seu coração pareceu cheio. —Garota abusada. —Aqui estão eles!— Tia Matty anunciou ruidosamente. Patience sorriu amplamente antes de seguir o som da voz da tia no escritório dianteiro. Matthew e Fitz Roy pausaram para retirar seus casacos antes de segui-la também. —Venham tomar chá vocês dois. — Sentada em uma mesa diante do fogo com Lorde Rivers, Tia Matty gesticulou para eles. —Vão acabar morrendo, por aí neste dia frígido. Enquanto Matthew cruzava a sala, ele assistiu Patience remover seu gorro e luvas. Uma vez que ela pôs os artigos no mantel, tocou o ombro da criança. —Sente-se e beba um pouco de chá, Lucy. Com as bochechas encardidas, e o vestido com a bainha alargada e o suéter muito pequeno, a criança parecia completamente fora de lugar. Mas Patience e Tia Matty agiam como se não houvesse nada incomum com a diabinha despenteada em sua mesa de chá. Depois de Patience se sentar ao lado da criança, Matthew tomou a cadeira restante ao lado de Fitz Roy. Ele assistia seu amor. Ela passou casualmente um guardanapo umedecido sobre as bochechas e mãos da menininha enquanto Tia Matty despejava o chá e tagarelava sobre as maravilhas da Loja Geral. —Lorde Rivers e eu a achamos extremamente bem provida. Não é, meu lorde?— Ela empurrou uma xícara de chá em direção Patience e outra na frente da criança. —Realmente achamos, Senhora Dare— Lorde Rivers concordou. —Atrevo-me a dizer que tem tudo que um mineiro possa precisar— Tia Matty continuou. Patience anuiu com a cabeça com interesse enquanto colocava açúcar no chá de Lucy e a servia um bolinho. —E quanto aos artigos domésticos?— Ela perguntou à tia, pondo um guardanapo através do colo da pequena menina. —Oh, sim. — Tia Matty despejou o chá para ele e Fitz Roy. —Creio que tem a maior parte dos artigos domésticos necessários. Embora, eu, por exemplo, simplesmente devo ter alcaçuz na minha casa, e não é necessário mais nada - nadinha sequer. Matthew permutou um sorriso com Patience antes de Tia Matty capturar sua atenção. —Matt querido, temo que a loja tenha pouquíssimos doces. —Sério, Tia Matty? —Hmm, sim - e para uma aldeia com tantas crianças… Se você não se importa, me conformaria com uma bala de limão. Mas não há nenhum desses também. — Ela suspirou. —Apenas menta que eu detesto. Fitz Roy virou os olhos pálidos para Matthew.

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—Você devia estar anotando isto— ele disse lentamente. —Alcaçuz e balas de limão - nada de menta. Matthew virou o olhar para ele. Patience sorriu amplamente atrás de sua chávena. —Mas eu adoro uma boa menta— Lorde Rivers comentou. Tia Matty recuou. —Sério, meu lorde? —Alcaçuz, balas de limão e mentas— Fitz Roy emendou. Matthew o chutou debaixo da mesa, que trouxe uma expressão surpreendentemente aturdida do lorde imperturbável. Patience deu uma risadinha e Lucy a assistia, cuidadosamente colocando as mãos em sua chávena de forma a imitá-la. —Sim, Senhora Dare. De fato—Lorde Rivers alcançou o bolso do casaco e tirou uma pequena lata—sempre mantenho algumas comigo. — Ele abriu a tampa. Dentro estavam pequenas balas vermelhas e brancas. Tia Matty olhou para elas e então de volta para Lorde Rivers. —Meu lorde, creio que esse é o primeiro assunto em que discordamos. —Espero que não vá afetar a nossa amizade, Senhora Dare— ele disse com a voz gentil. —Não por isso, meu lorde. — Tia Matty bateu levemente em seu braço. —O que é uma preferência de menta, ou a falta dela, entre dois indivíduos maduros como nós? Lorde Rivers sorriu enquanto olhava através da mesa para a criança. —E quanto a você, Senhorita Lucy? Gosta de mentas? A menininha não disse uma palavra. —Você gostaria de uma?— Lorde Rivers tentou novamente. Lucy olhou para Patience, mas seu amor apenas sorriu para ela, não oferecendo nenhum conselho. Finalmente, a criança anuiu com a cabeça. —Por que você não os leva todos?— Lorde Rivers empurrou a lata através da mesa. —Há muitos lá para eu comer. Matthew assistiu enquanto, novamente, Lucy contou com Patience. Novamente, Patience apenas sorriu e bebericou seu chá. —Talvez você pudesse compartilhar com a sua família— Lorde Rivers ofereceu. Com um último olhar para Patience, Lucy agarrou a lata de mentas. Uma vez que ela a teve com firmeza no bolso, olhou novamente para Patience. Desta vez, Patience deu um pequeno aceno com a cabeça e então, debruçando, sussurrou algo em sua orelha. Lucy olhou para cima e se banhou por um momento no sorriso de Patience antes de girar para Lorde Rivers e fazer com a boca a palavra obrigada. Lorde Rivers respondeu gesticulando também com a boca de nada, o que fez a criança sorrir timidamente para Patience.

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O amor dele não oferecia nenhum toque consolador, mas o olhar que ela deu a Lucy falava por volumes. E, naquele momento, Matthew teve um retrato do tipo de mãe que ela seria. Compreensiva e alerta, ela ensinaria por exemplo antes da palavra. Ela não forneceria a resposta a menos que fosse necessário, e não mimaria a timidez ou a falta de experiência. Mas não seria intolerante ou impaciente também. E a cada toque e sorriso, cada palavra e ação teriam amor. Ela ergueu o olhar suave para o dele e o coração dele inchou no mesmo tempo que seu pau. Ele não a tinha há quase uma semana, e a necessidade de esvaziar sua semente no útero dela o estava deixando duro. Ele tinha que tê-la antes de ela partir. —Você certamente conhece o caminho para o coração da criança, meu lorde. — A voz amável de Tia Matty chamou sua atenção de volta para a conversação. —Obrigado, Senhora Dare. — Lorde Rivers colocou a mão enrugada sobre a outra na mesa diante dele. —Enquanto envelheço, percebo que tenho uma avaliação renovada pela simplicidade honrada das crianças e da infância. As sobrancelhas pretas de Fitz Roy ergueram rapidamente. —Bom lorde, a ‘simplicidade honrada' delas é a coisa que acho mais aborrecedora. Uma das minhas jovens sobrinhas uma vez veio direto até mim e declarou que meu casaco era ‘feio’. —Bem—Matthew ergueu a sobrancelha—e era? Fitz Roy conseguiu parecer apenas moderadamente ultrajado. —Com quem você pensa que está falando?— Ele fingiu escovar um pelo imaginário de seu braço em direção a Matthew. — Verde-amarelado e turquesa ficam excelente contra cinza escuro. Matthew sorriu, e Patience riu. Ele amava assistir sua risada. Amava assisti-la fazer qualquer coisa. Ela agitou a cabeça e então considerou Lorde Rivers com uma gentileza nos olhos que estava se tornando cada vez mais consistente. —Minha irmã Primrose concordaria com você, meu lorde. Ela há muito dizia que as crianças veem o mundo com uma claridade que os adultos são incapazes. Ela diz que se a pessoas realmente quer um bom conselho, deve pedir a uma criança. —Ela diz mesmo— Tia Matty declarou. —E ela tem um jeito com crianças. Se—ela de repente se fixou em Fitz Roy—você a encontrasse, meu lorde, a acharia a jovem dama mais doce e encantadora. Ela tem o temperamento de um anjo, e sua beleza é incomparável, exceto por suas irmãs, claro. Fitz Roy nivelou os olhos pálidos em Tia Matty. —Senhora Dare, sou o filho mais jovem em uma família de dez crianças, seis meninos. Esta circunstância afortunada significa que eu não tenho nenhuma obrigação de me casar. Estou livre e pretendo ficar desse modo, então não desperdice seus esforços casamenteiros em mim. Tia Matty olhou para ele com pena. —Falo de uma família sua, meu lorde - com crianças. —Tenho vinte e oito sobrinhas e sobrinhos, Senhora, todos parecem sofrer, em graus variados, de um ou outro, ou de extrema falação ou de uma viscosidade extrema. Se fosse por mim, vários seriam devolvidos.

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Sem mostrar oposição, Tia Matty sorriu. —Sei que não queria dizer isto, meu lorde. Além disso, um homem sempre tem mais afeto pelos próprios filhos do que pelos de outro homem. Você sabia que um leão frequentemente mata os filhotes de outro macho, mas que é tão gentil quanto um cordeiro com os próprios filhotes? Fitz Roy considerou Tia Matty desconfiadamente. —Eu não sou um leão. —Oh, realmente, meu lorde. As crianças são uma grande alegria. Enquanto Fitz Roy protestava, Matthew debruçou o queixo na mão e falou com Patience. —Sabe, acho que vou sentir falta de ser o objeto de suas atenções. Patience sorria calorosamente para ele. —Eu sei. Logo estaremos comprometidos. —Eu ouvi isso, vocês dois— Tia Matty inseriu. —E não pensem que estão livres de mim ainda. Até que estejam casados, vocês não estão casados e… A expressão jovial dela enfraqueceu enquanto sua atenção era atraída para algo logo atrás de Matthew. A sala ficou quieta. Matthew girou. Um homem alto e magro estava de pé na entrada. Sério, ele usava um longo sobretudo preto e carregava uma pasta. O chapéu fazia com que ele parecesse muito mais alto e magro - e dava um mau pressentimento. —Estou procurando pelo Sr. Matthew Morgan Hawkmore. *** —Estou indo para Londres. — Matthew empilhou vários arquivos em sua escrivaninha. —Vou entrar com um processo e fazer uma apelação por uma decisão rápida. —Benchley tentará arrastar — Rivers observou. —Ainda que a decisão seja para o seu lado, ele seguramente apelará. Fitz Roy, que estava debruçando contra o painel de madeira das janelas dianteiras, cruzou os braços sobre o tórax e permaneceu mudo. Rivers estava certo. O processo estipulava que Matthew cessasse e desistisse de todas as operações na Mina Gwenellyn até que uma decisão relativa à propriedade legal fosse tomada. Benchley não tinha nem que ganhar. Ele apenas tinha que continuar lutando. Em uma questão de semanas, a GEFO seria incapacitada e Matthew estaria arruinado. Onde diabo estava Mickey? Ele compassou atrás da escrivaninha. —Preciso chegar ao tribunal para diminuir a proibição da produção. Ainda que tenha horas reduzidas, eles devem permitir que algumas operações continuem aqui. Meus motores podem sobreviver por algum tempo sem combustível. Ele pausou na janela atrás da escrivaninha. Ao ar livre no prado abaixo, Farnsby e Asher estavam jogando futebol com alguns meninos da aldeia. Enquanto ele assistia, Farnsby e um rapaz alto de cabelo loiro quase branco fizeram uma corrida para o gol juntos. Passando a bola, eles

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evitaram os defensores. E então o menino deu um chute brilhante que pareceu o arco em torno do arqueiro. Farnsby saltou no ar enquanto gritos estouravam dos meninos com o gol do time. O rapaz de cabelos claros, aparentemente não impressionado com a própria habilidade, recebeu as aprovações de seus companheiros de time com passos largos. A simplicidade honrada da infância. —Por que as pessoas de Gwenellyn devem sofrer enquanto Benchley e eu duelamos?— Ele perguntou alto. —O inverno está vindo. Como eles sobreviverão sem trabalho? Terão que partir - ir para outra mina. — Ele assistiu os meninos moverem a bola pelo campo. —A maior parte das crianças desta aldeia nasceu aqui. Viveram suas vidas inteiras aqui. — Ele girou para enfrentar Rivers e Fitz Roy. —Quantos passarão fome? Quantos serão forçados a ir para os abrigos para pobres? Rivers anuiu com a cabeça enquanto se debruçava adiante em sua cadeira. —Esse é o argumento que você deve usar no tribunal. Apele para a humanidade e decência comum - sua preocupação Cristã com o destino de um membro da raça humana. — Rivers ficou de pé lentamente. —Devo deixar sua apreensão clara para o povo de Gwenellyn, quanto mais a opinião pública ficar do seu lado, melhor. — Ele se apoiou em sua bengala. —A maioria das pessoas, em algum ponto, pensou para si mesmo: são coisas que acontecem, não há como evitar. Matthew assistiu o homem delicado cruzar a sala. —Obrigado, meu lorde— ele disse enquanto Rivers saía. O homem girou e piscou um olho aguado. —De nada, meu menino. Uma vez que ele partiu, Matthew abriu o arquivo de documentos legais que resumiam o processo de Benchley. O filho da puta estava competindo pela propriedade da mina baseado no fato de que o documento de transferência oficial da propriedade ainda não tinha sido feito quando Danforth usou a mina como aposta. Não importava que a sua assinatura de transferência estivesse na ação. —Dê-me o arquivo. — Fitz Roy cruzou a sala e então ofereceu a mão. —Cuidarei disto. —O que você quer dizer com cuidará disto? —O que você quer dizer, com o que eu quero dizer? Quero dizer que cuidarei disto— Fitz Roy repetiu. Quando Matthew não o deu o arquivo, Fitz Roy abaixou a mão e revirou os olhos. —Farei o argumento para a mina ficar aberta enquanto o processo é decidido. As despesas e lucros interinos cairão para o vencedor. —Você fará o argumento para quem? —Para alguém que tem certo poder. Matthew ergueu as sobrancelhas. —Sempre tive a compreensão de que a Rainha é desinteressada em assuntos sociais e econômicos. —Ela é. Mas o Príncipe Albert não. Matthew considerou o homem de olhos pálidos diante dele. Antes do escândalo, ele nunca teria achado que Roark Fitz Roy seria de qualquer ajuda substancial. —Por que está fazendo isto, Fitz Roy? Por que está aqui? Posso entender os outros. Farnsby e Asher - bem, eles são companheiros joviais que não parecem se importar com quem se associam.

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Lorde Rivers está próximo do fim de sua vida e não tem nenhum filho para agir como pai. Mas você - você é o único de meu antigo círculo que retornou. Por quê? Fitz Roy enfiou as mãos nos bolsos e pareceu pensativo. Finalmente, encolheu os ombros. —Estava entediado. Matthew fez uma careta. —Então eu sou um entretenimento? Fitz Roy encontrou seu olhar por um longo momento. —Sim, é - algo bom e decente. Algo que vale a pena em minha existência nada útil. — A preguiça demorada ainda estava em sua voz, mas o tom e os olhos pálidos estavam sérios. — Quando esta coisa aconteceu a você, e as coisas foram de mal a pior, não pensei que você sobreviveria. Mas quando falei com você no masque, você pareceu tão determinado - malditos-quevão-todos-para-o-inferno. Não sei. Você acordou alguma sensação oculta e subdesenvolvida de justiça em mim. — Ele encolheu os ombros novamente. —Talvez seja apenas o Fitz em mim - sabe, somos irmãos na bastardice, ou alguma tolice assim. —Tolice, realmente. Você é o descendente de um rei. Eu sou o descendente de um jardineiro. E nisso reside toda a diferença. —Ainda assim, você fez uma marca maior no mundo do que eu. Você construiu a GEFO, é um membro do Parlamento e agora possui esta mina. As pessoas podem contar com você, Hawkmore, e o fazem. — Ele pausou, os olhos pálidos avaliadores. —Você é um bom homem, sabe - sempre foi. Você merece derrotá-lo. E se eu puder te ajudar - bem, então talvez isso me faça um bom homem, também. — Ele ergue a sobrancelha. —Por associação pelo menos. Matthew olhou fixamente para Fitz Roy. Eles se conheciam há muito tempo - mas nunca assim. Ele entendia o sentimento de se sentir merecedor de algo - de alguém. Erguendo o arquivo, ele o estendeu. —Obrigado, meu amigo.

Capítulo Vinte e cinco - Inimigos …dura como a sepultura é a inveja… Cantares de Salomão 8:6 O baile da Millford —Você já se sentiu como o porco do prêmio na feira da cidade?— Patience perguntou. —Eu me sinto assim. Matthew sorriu para seu amor enquanto ele a girava na valsa. —Sério? Você não se parece nada com uma porca. Um prêmio, sim. Uma porca, não. Patience sorriu amplamente, e o coração de Matthew inchou. Ela era um prêmio - o prêmio dele. Ele deixou o olhar se mover sobre ela uma centena de vezes. Ela estava usando um vestido de 24

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tafetá dourado. Tinha decote baixo e os ombros tinham pregas invertidas e estreitas com um corte invertido minúsculo com renda dourada. A projeção ondulada saía delicadamente de dentro de seu justilho, dando a ilusão de que era um pedaço da roupa de baixo revelada. Fazia com ele quisesse deslizar os dedos para o lado de dentro. Luvas de pelica abraçavam seus braços graciosos, e os cachos gloriosos estavam presos no alto, mostrando o colar de diamante, brincos e pentes que ele havia dado a ela. Ela era uma beleza, e era sua. E, afinal, cada homem no salão sabia disto, pois o compromisso deles tinha sido anunciado. Ele a havia ganhado - ele, que todos desprezavam. Ele, que todos assumiriam, e até desejaram, que estivesse fugido e se enfiado em um buraco em algum lugar enquanto era despojado de seu dinheiro e poder. Ele, o bastardo. Olhando no rosto de Patience, ele a puxou para mais perto. Ela não se importava com quem o pai dela era, ou não. —Eles a olham fixamente porque nunca viram uma mulher mais linda do que você. O que eles não sabem é que o que te torna uma beleza tão grande são coisas que correm mais fundo do que a aparência externa. Sua compaixão e força. Sua moral e honestidade. Sua lealdade e paixão. Seu amor. O olhar de Patience era tenro. —Nós devemos ficar aqui por muito mais tempo? —Você não gosta de dançar comigo? —Amo dançar com você. Deixa-me molhada. Mas essa é apenas outra razão para irmos, não é? Matthew retraiu uma respiração enquanto seu pênis pulsava. —Você vai me deixar duro. E isto é muito devasso de sua parte. —É?— Os olhos dela escureceram. —Mas não posso evitar se dançar com você me faz querer rastejar sobre o seu corpo e montar no seu pau. A luxúria surgiu por ele. Ele lentamente balançou a cabeça. —Mais e mais devassa. Patience estremeceu em seus braços e sua pulsação tremulou nos diamantes cintilantes em sua garganta. —Meu amor…? Ele queria levá-la para o canto escondido mais próximo e fodê-la. Mas não havia nenhum canto escondido para eles hoje à noite. Todo mundo os assistia. —Sei que você se sente como se estivesse em exibição, mas essa é uma festa da qual não podemos sair cedo. —Não podemos? Por que nunca podemos? —Eu te disse antes - os Benchleys estarão aqui hoje à noite. —Sim, você me disse que eles estariam aqui. E eu o respeito por não permitir que a presença deles dite os eventos que frequentamos, meu amor. Mas isso não me diz por que devemos ficar por causa deles. — Ela ergueu as lindas sobrancelhas. —Eles nem parecem estar aqui. Matthew deixou os olhos chamejarem em torno do salão de baile lotado.

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—Oh, eles estarão aqui. — Ele olhou de volta para Patience. Ela não entendia porque não sabia de tudo. Ele não queria que ela soubesse de tudo. —São negócios, Patience. Preciso demonstrar que posso estar no mesmo local que Archibald Benchley. Preciso demonstrar que ele é sem importância para mim. Ela pendeu a cabeça. —Mas se ficarmos, simplesmente para provar que Lorde Benchley não importa, não estaremos provando que ele importa? Matthew franziu o cenho. Na superfície, o ponto dela parecia irrefutável, mas ele não estava em um jogo governado pela verdade e lógica. —Isto é sobre percepção, meu amor. Não nossa, mas a dos outros. Patience anuiu com a cabeça mas então franziu o cenho. —Mas por que nós nos importamos com as percepções destas pessoas, Matthew? Pensei que a sua integridade e sucesso nos negócios continuaria falando mais alto do que ficar no mesmo local que Lorde Benchley. Além disso, Gwenellyn é sua. Então você já o derrotou. Apenas dias após Fitz Roy ter se encontrado com o Príncipe Albert, Matthew recebeu a notificação de que Gwenellyn deveria permanecer em completa operação pela duração do processo, e que a GEFO podia manter seu direito de compra do carvão da Gwenellyn com taxa de mercado. Durante a semana, Benchley havia desistido do processo. Matthew era agora o dono da Gwenellyn. E por isso era a hora perfeita para enfrentar Benchley. Ele deu boas-vindas à oportunidade. Os ombros elegantes de Patience ergueram em um pequeno encolher. —Talvez Lorde Benchley nem venha hoje à noite. Então teremos ficado para nada. — Os olhos verdes pediram graciosamente a ele, e os dedos tocaram sua nuca. —Vamos, meu amor. Matthew olhou fixamente nos olhos primorosos de Patience, tão cheios de amor e promessa sensual. Os lábios úmidos e separados imploravam um beijo, e o corpo debruçou para o dele. Ela sussurrou —Eu o amo. O tagarelar da multidão de repente aumentou, suprimindo as palavras sussurradas dela. Franzindo o cenho, Matthew olhou para cima. Através da pista de dança, ele olhou fixa e diretamente no rosto arrogante de Archibald Benchley. *** Virando, Patience viu Lorde Benchley, Lady Benchley e Lorde Danforth. Eles estavam de pé em linha, o patriarca entre sua filha e o futuro genro. O som pareceu enfraquecer e o tempo parar enquanto todos avaliavam um ao outro - o olhar de Lorde Benchley chocando com o de Matthew, enquanto o ela e Lady Rosalind mediam uma a outra. Patience virou, e no momento seguinte, o som retornou e o tempo voltou a andar. Os Benchleys e Danforth viraram à direita, enquanto Matthew a valsava à esquerda.

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O salão de baile zumbia como uma colmeia agitada. Uma parte dela ainda queria partir, mas o resto dela estava se preparando para a ocasião. Ela não era, afinal, do tipo de se curvar à intimidação - exceto por Matthew. Ajustando os ombros, ela sorriu para ele. —Bem, isso não foi tão ruim. Apesar de ela sentir tensão no ombro dele, a expressão estava tranquila e ele respondeu ao sorriso dela. —Eu amo você. Ela deixou o sorriso aumentar. —Não mais do que eu amo você. Duas horas mais tarde, Patience estava se sentindo muito menos flexível. Ela estava acostumada a ser olhada, estudada até. Mas hoje à noite era diferente. Cada olhar parecia descansar neles com uma espécie de expectativa. Era mais do que interesse ou curiosidade. Era como se… como se eles fossem o entretenimento. E desde a chegada dos Benchleys e de Lorde Danforth, o show havia definitivamente começado. Não que qualquer coisa dramática tivesse acontecido, porque ambas as partes pareciam apenas estar continuamente circulando em torno uma da outra - passando nos rastros um do outro, mas nunca se encontrando. Deixava-a tensa, porém, pois todos pareciam estar assistindo avidamente, esperando - não, antecipando - algum grande drama. Matthew tocou em seu braço. Tendo acabado de dar uma volta pelos cômodos públicos, eles estavam de pé com Tia Matty do lado de fora do salão de baile. —Preciso ir falar com Lorde Wollby, meu amor. Você e Tia Matty me dão licença? —Claro. — Patience anuiu com a cabeça, embora não gostasse de ficar longe dele por muito tempo. Mas talvez ela pudesse tomar a oportunidade para se refrescar… —Devemos subir para o aposento das damas, Tia Matty? —Você sabe que eu nunca me aposento, minha querida. Por que alguém quereria se aposentar - mas para o chá, claro que - eu simplesmente não sei. Quero dizer, como adivinhar a excitação que se pode perder ao se aposentar. — Ela sacudiu, abriu o leque e se abanou. — Aposentar? Francamente. Um dia, terei a eternidade para me aposentar. Mas até lá… Matthew sorriu para ela. —Tia Matty, sei que você não exige nenhum descanso para si mesma, mas poderia fazer o favor de acompanhar Patience? Ela precisa de um repouso breve desta multidão. —Oh! Claro, Matt querido. — Fechando seu leque com um estalo, ela ergueu seu monóculo, que estava pendurado com uma gargantilha ao redor do pescoço, e perscrutou Patience. —Por que você apenas não me disse que estava exausta, minha querida? —Porque não estou exausta — Patience insistiu. Soltando o monóculo, Tia Matty puxou seu braço pelo dela e bateu levemente em sua mão. —Claro que está. Agora venha comigo para o aposento das damas. Não há nenhuma vergonha em uma dama ocasionalmente precisar se aposentar. Apenas porque eu tenho mais energia do que você, não é nenhuma razão para você tentar esconder a sua própria fadiga.

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Dando uma olhada rápida por sobre o ombro, Patience permutou um sorriso de partida com Matthew. Ela deixou os olhos descerem lentamente. Ele estava incrivelmente bonito em seu traje de noite. Ela se luxuriou com seu olhar morno e escuro. Então Tia Matty puxou-a para uma esquina, e ele desapareceu. Deus, ela o amava tanto. —Diga-me, minha querida, o que você pensa desta casa?— Tia Matty perguntou enquanto elas subiam os degraus para o segundo pavimento. Ela estava falando no que era, para ela, um tom discreto. —Acho que ela não é nem de perto perfeitamente desenhada como o Solar Angel ou a Mansão Hawkmore. Não é? Patience sorriu enquanto anuía com a cabeça para os convidados que desciam pelo degrau. A tia nunca achava que qualquer coisa fosse tão boa quanto o que ela ou a família dela tinham. Elas podiam ter estado no Palácio de Buckingham 41 e ainda assim Tia Matty seguramente declararia que não o achava tão confortável quanto a sua própria casa, e os tapetes, as flores ou as armações das pinturas não eram mais perfeitos do que na casa de sua sobrinha, a Condessa de Langley. Patience deu uma olhada rápida para o lustre magnífico que reluzia sobre o hall de entrada principal. —Acho que é uma casa elegante, Tia Matty. A tia agitou a cabeça enquanto dava uma olhada rápida para o mesmo lustre. —Não, prefiro o lustre no hall da entrada da Mansão Hawkmore. E os degraus no Solar Angel são muito maiores do que estes aqui. Até o corrimão não parece tão confortável sob a minha mão. Patience puxou a tia em direção ao aposento das damas e falou tranquilamente. —Talvez devêssemos parar de comentar estas coisas até que estejamos no isolamento de nossa carruagem. —O quê? Mas, meu Deus, Patience, eu estava sussurrando— ela disse alto. —Senhor, nem eu mesma podia me ouvir, então não sei como qualquer outra pessoa possa ter me ouvido. Eu nem sei como você podia ter me ouvido— ela afirmou ruidosamente enquanto elas entravam no aposento quieto. Apenas algumas damas, principalmente de idade avançada, estavam na sala vagamente iluminada, mas com o som da voz de Tia Matty, todas olharam para elas com susto. Patience sorriu e anuiu com a cabeça cortesmente enquanto levava a tia para o canto mais distante da sala. —Você quer a poltrona ou a cadeira, minha querida?— Tia Matty sussurrou ruidosamente. Patience deu uma olhada rápida pelas portas francesas que levavam a uma sacada privada. Devido ao frio, ninguém estava lá. A cadeira estava próxima a ela. —Tomarei a cadeira— ela sussurrou de volta. —Oh, muito bem. Tomarei a poltrona. Mas não estou cansada. A única razão de eu não ter insistindo para que você a tome é que eu ainda tenho mais duas danças com Lorde Rivers, e eu realmente devia colocar meus pés para cima.

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Palácio de Buckingham - residência oficial da monarquia britânica em Londres, Inglaterra.[1] Somado ao facto de ser a residência onde a rainha Isabel II mora, o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as visitas oficiais de chefes de estado ao Reino Unido, e uma grande atração turística.

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—Ssshhhh!— Uma dama reclinada ao lado do fogo as encarou. —Bem!— Tia Matty sussurrou tão ruidosamente quanto sempre, então se esticou na poltrona da mesma maneira que uma jovem poderia. Patience teve que sorrir enquanto ajudava a tia a ficar de lado e se cobrir com as peles. Então, tomando sua mão, Patience sentou na cadeira ao lado dela. Sob a luz escura, o cabelo prata refletia e todas as rugas do rosto estavam suavizadas. Ela parecia tão tenra. —Você quer conversar?— Ela sussurrou mais tranquilamente do que Patience já a havia ouvido falar. Patience apertou a mão da tia suavemente. —Não, obrigada. Tia Matty anuiu com a cabeça e acariciou o dedo polegar sobre a mão de Patience. —Apenas quero dizer que você está se saindo maravilhosamente bem hoje à noite. Você me deixa orgulhosa de ser sua tia, Patience. O coração de Patience inchou. —Você me deixa orgulhosa de ser sua sobrinha. Tia Matty sorriu, e então abafou um bocejo. —Não estou sonolenta— ela murmurou. —Mas já que você quer ficar quieta, apenas vou fechar meus olhos um pouco. —Muito bem, Tia Matty. — Ela apertou sua mão novamente. —Eu amo você. —Eu a amo, também. Meio minuto mais tarde a tia estava roncando suavemente. Ficando de pé, Patience extraiu cuidadosamente sua mão da mão da de sua tia e a dobrou sob a pele. Então ela beijou o topo de sua cabeça e, depressa abrindo e fechando as portas francesas, saiu feliz para a sacada vazia. O ar da noite fria era tonificante. Ela inalou uma respiração funda e purificadora. Finalmente, um momento sozinha - um momento para reformar seu equilíbrio. Ela soltou a respiração e assistiua virar vapor. Ela estava agradecida pelo elogio de Tia Matty. Ela apenas esperava que a opinião da tia fosse compartilhada no geral - pelo menos por aqueles que eram bons. Porque apesar de muitas das pessoas que Matthew a havia apresentado fossem corteses e gentis, havia também muitos que abertamente os desprezavam. Não menos do que Lady Humphreys, que, seguida por uma linha de damas barulhentas havia rudemente parado entre Tia Matty e a mesa de refrescos. A chegada de Rosalind Benchley apenas fez as coisas piores. Ela era claramente bastante popular entre muitas das damas, inclusive Lady Humphreys e suas subordinadas, a presença de Lady Rosalind escalou o grau de hostilidade feminina na direção de Patience. Aqueles que os haviam ignorado mais cedo naquela noite estavam agora enviando seus clarões óbvios e olhares desdenhosos. Ela havia ignorado pacientemente toda a malícia dirigida nela, mas ainda assim tinha sido exaustivo. Inclinada contra a grade, ela olhou para fora sobre o jardim vazio abaixo e puxou um cacho que tinha deslizado sobre sua sobrancelha. Graças a Deus por Matthew. Sua presença forte e

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protetora ao seu lado era como um escudo. Sua confiança era palpável, e não apenas as damas rancorosas ousavam menos quando ele estava perto dela, como ele também sabia como ser receptivo a uma introdução e uma conversa agradável. Esse era, afinal, o círculo em que ele se movera antes do escândalo. Então ele sabia o que abordar e o que evitar, e várias pessoas realmente os abordaram. Andando de volta da grade, ela agitou as saias. Era como estar em uma gangorra. Ela desejou poder sair dela, mas aceitou que Matthew sabia o que era melhor - tanto para eles quanto para seus negócios. Deslizando as mãos no justilho, ela puxou uma respiração purificadora. Com o tempo, toda essa tolice passaria. Mas no momento, ela era forte o suficiente para aguentar a tempestade. Voltando em direção às portas, Patience começou a andar quando de repente abriram a porta e Lady Rosalind entrou na sacada. Um calafrio correu a pele de Patience enquanto a mulher mais jovem fechou as portas e então girou para enfrentá-la. Elas ficaram lá por um momento, mudas. Era interessante - a expressão de Lady Rosalind, que tinha sido tão doce e cheia de riso abaixo, estava com linhas mais frias e malignas do que Patience teria pensado que suas feições adoráveis eram capazes. Ela era uma linda mulher, com cabelo escuro e olhos cintilantes - mas agora, o rosto de boneca era uma máscara imprópria. —Vim para te dizer algo que você deve saber— ela silvou. Usando sua altura, Patience olhou para a mulher menor através do nariz e não disse nada. A careta de Rosalind mudou, e ela deu um passo para mais perto. —Matt não a ama. Ele me ama. — Ela se debruçou adiante. —Ele sempre me amou. Então não importa o compromisso público de vocês, eu sou aquela que possui o coração dele. Impassível, Patience agitou a cabeça. —Pobrezinha. — Pobrezinha?— Rosalind grunhiu. —Você é a pobrezinha. Patience suspirou então e nivelou o olhar no de Rosalind. —Lady Rosalind, este comportamento juvenil não é adequado. Você abandonou o meu amor em sua hora de maior necessidade, e então sumiu enquanto seu pai continuava a caluniá-lo. Como, em mil anos, você poderia acreditar que ele confiaria em você, muito menos a amaria?— Ela assistiu os olhos bravos de Rosalind encherem com lágrimas, mas a única condolência que ela sentiu foi pela dor em Matthew que Rosalind havia causado. —Você está comprometida com Lorde Danforth agora. Por que você não volta ao andar de baixo e começa a mostrar a lealdade que falhou em mostrar a Matthew? Talvez esteja lá para sua felicidade. Agora, se me dá licença, meu amor está me esperando. — Passando por Rosalind, ela agarrou a porta. —Nós nos encontramos secretamente. Patience congelou. O que ela dizia era uma coisa; implicar Matthew era outra muito diferente. —Não acredito em você.

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—Aproximadamente as cinco da manhã no dia da caça na Mansão Hawkmore, ele veio me ver. Eu estava em Gillyhurst, a propriedade vizinha. Nos encontramos no antigo moinho. Foi um jovem servo com o nome de Mickey quem me levou até ele. Patience se voltou para Rosalind, um tremor de medo se movendo em suas costas. Era por isso que Matthew a havia deixado tão cedo. Na manhã em que ela se encontrou com Mickey no escritório de Matthew. Mas não podia ser. —Disse que não acredito em você. O queixo de Rosalind estava erguido e os olhos estavam brilhando. Não havia nenhum rastro de equívoco nela. —Ele admitiu que me amava, e me pediu para ir com ele para Gretna Green. Dor perfurou o coração de Patience. Não podia ser verdade! Matthew a amava. Os joelhos dela começaram a tremer. —Não. —Quando eu o disse não, ele confessou quanto ciúme tinha do meu compromisso. Foi quando concordamos em nos tornar amantes secretos - para sempre. Para sempre. Pequenos pontos brancos começaram a brotar na frente dos olhos de Patience. —Não. —Pergunte a ele, pergunte ao seu amor— Rosalind zombou, os olhos relampejando atrás das lágrimas. —Você pode estar comprometida com ele, mas eu sempre serei seu primeiro e único amor. Não! —Você é uma mentirosa— Patience conseguiu dizer, a voz rachando. —Realmente, ele é o mentiroso por não ter dito a você. — Rosalind se debruçou para mais perto. —Claro, eu o perdoarei por isto. — A cabeça dela balançou. —Mas você irá? *** —Você deve admitir, ela é como uma grande barcaça, arrastando atrás sua flotilha de pequenas barcaças— Fitz Roy comentou em referência a Lady Humphreys e suas companheiras. — Cada uma delas se decora mais do que a outra, mas nenhuma tanto quanto o grande navio na frente. Matthew riu. Elas se assemelhavam mesmo a uma armada. —E quem disse a ela que ela pode usar penas de avestruz? Meu Deus, a mulher é uma monstruosidade absoluta. Matthew riu novamente, e várias pessoas deram uma olhada rápida em sua direção. Ele não se importou. Deixe-os vê-lo rindo. Ele se sentia acima do mundo. Apesar da presença dos Benchleys e um pequeno número de caluniadores, ele estava certo de que havia ganhado a noite. Gwenellyn era sua e o carvão estava devagar alimentando a GEFO. Ele e Lorde Wollby haviam conversado, o segundo maior acionista da GEFO não tinha nenhuma intenção de vender suas ações e estava, de fato, interessado em investir na mina. Vários de seus antigos conhecidos o abordaram, quase como

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se nada tivesse acontecido. Ele tinha Fitz Roy e Rivers em suas costas e, a um grau menor, Farnsby e Asher. E, ao seu lado, ele tinha Patience. Apesar do escrutínio constante e a censura não reprimida, ela se erguia nobremente. Ele sabia que ela iria. Mas vê-la, tão elegante e graciosa, deixava-o intensamente orgulhoso. Assim que ela retornasse, eles teriam uma dança ou duas, se ela quisesse, e então eles se preparariam para partir. Ele tinha realizado o que precisava, e estava na hora de dar a ela o que ela queria - casa. —Você estará pronto para ir logo?— Ele perguntou a Fitz Roy. As sobrancelhas pretas do homem ergueram e os olhos pálidos reviraram. —Estou tão pronto para ir que já estou no dia de amanhã. Matthew riu e girou em direção aos degraus. —Assim que Patience e—o sorriso dele enfraqueceu— Tia Matty... — Ele franziu o cenho. Fitz Roy olhou para cima. —Algo errado? —Sim. — Matthew dirigiu-se aos degraus. Patience estava descendo, andando lenta e com o queixo bem alto, mas os olhos estavam suspeitosamente brilhantes e a expressão fixa, quase como se ela racharia se ela a mudasse. Tia Matty, menos capaz de esconder as emoções, estava franzindo o cenho com preocupação e continuava dando olhadas rápidas e preocupadas para sua sobrinha. O que havia acontecido? Se alguém a machucou… Matthew acelerou o passo e a encontrou antes de ela descer o último degrau. Ele olhou quase diretamente nos olhos dela enquanto tomava suas mãos frias. —Meu amor, o que houve? O que há de errado? Patience olhou abaixo e girou o ombro para longe dos convidados no hall de entrada. —Preciso falar com você reservadamente. O decoro desaprovava o isolamento, e eles eram assistidos a todo o momento. Ele precisava de um lugar público, mas privado. —O ninho para inquilinos— Fitz Roy ofereceu. Matthew puxou o braço de Patience para o dele. —Venham conosco— ele disse a Fitz Roy e a Tia Matty. Então ele levou Patience para a alcova alta e funda embaixo dos degraus. Algum antigo conde a havia esculpido de forma que quando fosse exigido se encontrar com seus inquilinos, a esposa não precisasse ser ofendida por sua presença áspera no hall de entrada imaculado. Em bailes, tendia a ser usado como retiro para os tímidos. Mas felizmente, um grupo de matronas estava apenas saindo de lá. Todos entraram, mas Tia Matty e Fitz Roy pausaram na entrada enquanto Matthew puxou Patience para os fundos do lugar. —O que foi, meu amor? Patience ergueu o olhar para o dele. Os olhos estavam nadando com lágrimas. Ele ficou tenso com raiva. —Alguém a machucou?— Retirando um lenço, ele o apertou em sua mão. —Danforth? Benchley? Patience apertou o linho com as mãos. —Espero que você me perdoe pela pergunta, mas tenho que perguntar. — A voz era ofegante.

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Uma pergunta? —O quê? Perguntar a mim? Os lábios dela tremiam. —Na manhã da caça, você se encontrou secretamente com a Rosalind? Gelo correu na espinha de Matthew. O rosto de Patience desintegrou. —Oh, Deus!— Ela ofegou. As lágrimas derramaram. —Patience. — Ele tentou tomar as mãos dela, mas ela as empurrou de volta. Os olhos estavam cheios de angústia. —Você a pediu para ir a Gretna Green com você? O coração de Matthew começou a bater forte. —Não. —Não?— Ela fungou, descrente. —Seu rosto me diz o contrário. Porra! Ele agarrou o pulso dela. —Eu disse as palavras, Patience, mas não como ou por que você pensa. Lágrimas desciam pelas bochechas. —Mas você as disse, Matthew. — Ela agitou a cabeça e tentou soltar os dedos dele de seu pulso. —Amantes secretos? Deus, eu confiei em você. Eu confiei em você! Deixe-me ir— ela pleiteou em uma arfada quebrada. —Não!— Matthew disse ferozmente. Ele apertou a outra mão dela. —Você precisa me escutar, Patience. Nada é o que parece. —Parece? E daí com o que parece?— Ela disse sufocada. —Você mentiu para mim! —Maldição— ele rosnou—deixe-me explicar! —Hawkmore. — A voz de Farnsby se intrometeu. —Pelo amor de Deus, deixe-me ir— Patience implorou em um sussurro. —Hawkmore! Matthew virou a cabeça em direção a Farnsby. Ele estava de pé entre Tia Matty e Fitz Roy. —Deixe-nos— ele silvou. Farnsby recuou, mas pareceu completamente distraído. Ele deu uma olhada rápida para Patience, e então de volta para Matthew. —Perdoe-me, mas não posso. Aconteceu algo. Patience soltou as mãos das dele e girou. —Patience, espere! Ela correu apressada para os braços de Tia Matty. —Eu amo você— ele disse fortemente. —Você sabe que eu amo você. Patience olhou para ele por sobre o ombro, e o coração dele partiu com a dor em seus olhos. O rosto de tia Matty estava cauterizado com confusão torturada, e o olhar pálido de Fitz Roy estava sombreado. Matthew examinou os olhos de seu amor. Por favor, não me deixe. —Patience…

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As entranhas dele apertaram enquanto ela girava e puxava Tia Matty com ela para fora da alcova. Não. Ela não podia ir. Ele tinha que explicar. Ela tinha que deixá-lo explicar. —Patience!— Ele foi apressado atrás dela. Fitz Roy e Farnsby o agarraram. —Deixe-a ir— Fitz Roy disse em sua orelha. —Os outros não devem ver isso. —Eu não me importo— Matthew silvou, escapando deles. —Espere— Farnsby chamou. Mas Matthew não pausou até que ele estava no centro do hall de entrada lotado. Não havia nenhum sinal da cabeça brilhante de Patience. Aonde ela havia ido? —Hawkmore!— Farnsby disse honestamente. Ele e Fitz Roy os haviam seguido. —Tenho notícias. —Droga, Farnsby! Agora não!— Matthew retrucou. As sobrancelhas ergueram rapidamente. Todo mundo estava olhando fixamente para ele? Ele não se importava. Ele tinha que achar Patience. Uma vez que ele explicasse… —Houve uma explosão, Hawkmore. Matthew girou. Alfinetes quentes entraram sob sua pele enquanto ele olhava fixamente para Farnsby. —O quê? —Em Gwenellyn.— Farnsby agitou a cabeça. —O mensageiro disse que houve um colapso catastrófico no túnel principal, de aproximadamente noventa metros, e colapsos secundários em dois outros túneis. —Não. — Matthew começou a tremer, e olhava fixamente para Farnsby por uma névoa de fúria e destruição crescente. —Quantos morreram? —Aconteceu entre os turnos, mas havia nove meninos limpando as ferrovias. Apenas dois saíram. — Farnsby abaixou os olhos. —Outro foi confirmado morto, e eles não tem esperança do resto. O que estava acontecendo? Algo não estava certo. Apenas alguns minutos atrás ele estava rindo e vitorioso. E agora… Morte. Desastre. Ruína. Não! Soltando Farnsby, ele foi até a porta, empurrando as pessoas sem pedir licença. Como podia ser? Ele tinha acabado de fornecer as luminárias de segurança. Que destino cruel - que ironia diabólica - era no trabalho que os meninos deveriam morrer quando ele estava fazendo tudo que podia para protegê-los? Assim que ele se tornou completamente responsável… Logo depois de Gwenellyn virar sua… Ele diminuiu a velocidade, então parou. Suspeita, quente e insistente, afluía em suas entranhas. Logo que ele foi premiado, isso aconteceu para derrotá-lo. Não era destino ou ironia - Benchley!

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Ele girou de volta, procurando o hall de entrada. Em apenas um momento ele olhou no olho de seu inimigo. De pé contra a parede distante, o olhar azul frio de Benchley estava fixo nele e, enquanto Matthew o olhava fixamente, os lábios do homem ergueram em um sorriso lento, vingativo. —Filho de uma… — Ira rugia nas veias de Matthew. Enquanto ele marchava através do hall de entrada, pessoas saíram de seu caminho. A cada passo que ele tomava, o queixo de Benchley erguia mais alto. —Cuidado— ele ouviu Fitz Roy o advertir. Mas ele já tinha se enchido de ser cuidadoso. Ele se aproximou de seu inimigo. A palavra cuidado estava completa e totalmente acabada! Ele ergueu o punho e o jogou adiante apenas para ser empurrado para trás. Gritos agudos de alarme ecoaram ao redor deles. Fitz Roy e Farnsby lutaram para contê-lo. Matthew lutou contra eles. —Maldito, ele terá prenderá por agressão física— Fitz Roy silvou, apertando sua alça. —Você não vai querer isto. Respirando duro, Matthew foi adiante e olhou fixamente para Benchley através da névoa quente de sua ira. —Havia meninos naquela mina, seu filho da puta! Um está morto! E mais seis estão provavelmente perdidos com ele! Benchley o considerou, os olhos indiferentes. —Não sei do que você está falando. Danforth, que estava debruçando à toa ao lado de seu futuro sogro, riu silenciosamente. Matthew lutou adiante novamente. Danforth e as damas vacilaram, mas Fitz Roy e Farnsby ainda assim o seguraram. —Agora não é a hora— Fitz Roy murmurou. Porra! Ele lentamente aliviou de volta enquanto encarava os olhos azuis glaciais de Benchley. —Eu ainda vou afundá-lo. — Matthew grunhiu. —Você não pode— Benchley disse, placidamente. E se debruçou para mais perto. —Porque eu o afundei primeiro.

Capítulo Vinte e seis - Paraíso perdido …as suas brasas são brasas de fogo, com labaredas veementes. Cantares de Salomão 8:6 Patience permaneceu rígida na janela do escritório de Matthew. Pela luz da lua minguante, ela assistia uma névoa descer no pátio central do Solar Angel. A névoa branca rolava sobre o jardim com formas cuidadas e furtivamente abordava a casa. O relógio no mantel bateu meia-noite. 24

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—Obrigada por descer— Matthew disse. —Você nem mesmo vai olhar para mim? Patience fechou os olhos. Estavam doloridos de chorar. Apesar da presença de Lorde Asher na carruagem, ela não pôde conter as lágrimas. Ela chorou tranquilamente, apertando a mão de Tia Matty por quase o percurso inteiro da volta. Matthew devia ter deixado o baile logo depois deles, porque assim que ela se sentou com Tia Matty no isolamento de seu quarto, a empregada entregou a convocação de Matthew. —Dói olhar para você. —Por favor, Patience. Eu preciso explicar. Abrindo os olhos, ela assistiu a névoa rastejar sobre a janela antes de girar e enfrentar Matthew. Sem a jaqueta, ele estava de pé ao lado do fogo, o olhar escuro tenso e sombrio. O cabelo estava separado e jogado adiante contra as têmporas. O coração dela constringiu, ela o amava tanto - ainda assim, ele havia mentido para ela, a traído. Os olhos doloridos afluíram e então ela ergueu o queixo para impedir as lágrimas de caírem. Mas ela não conseguiu. Algumas escaparam. O rosto de Matthew suavizou e ele andou em direção a ela. —Meu amor... —Não!— Ela advertiu, saltando para trás. A mandíbula dele cerrou, mas ele parou. Graças a Deus. Apesar do coração ferido, o corpo e a alma dela ainda ansiavam por ele. Ela engoliu mais lágrimas, e essa realização apenas aumentou sua miséria. —Diga-me o que você tem a dizer— ela persuadiu. —Patience… — Matthew a considerou por um momento mudo. —Archibald Benchley está tentando me destruir. — A raiva estava nos olhos e havia uma extremidade dura na voz. —Na manhã da caça, eu me encontrei com Rosalind para obter informações. Ela me mandou uma nota, implicando que queria se reunir comigo. Então eu a usei como a razão de nossa reunião. Eu não fui porque a amo. Eu não fui porque queria ir embora com ela para Gretna Green. E com toda a certeza não fui porque tive, ou tenho, qualquer intenção de me tornar amante dela. Patience o considerou. Algo estava fervendo sob sua pele - ela podia sentir sua tensão. De fato, ela a sentiu no momento em que ele entrou na sala. Ela fez uma careta. —Mas como você podia dizer essas coisas? Matthew começou a compassar diante do fogo. —Eu disse o que tinha que dizer, Patience. E para seu conhecimento, nunca disse a ela que a amava, ou que seria seu maldito amante. — Ele cuspiu na lareira. —O pensamento me enoja. —Sim, a mim também. — Ele parou de compassar e olhou para ela. Ela cruzou os braços. — Mas, para a sua informação, você a pediu para ir com você para Gretna Green. Matthew fez uma careta e descansou as mãos nos quadris. — Para a sua informação, não, eu não a pedi. Disse que podíamos ir lá. E disse isto simplesmente para mortificá-la, o que aconteceu. Ela não pôde me recusar rápido o suficiente. — Girando em direção ao fogo, ele esfregou a sobrancelha como se ela doesse. —Maldição, Patience, o tempo inteiro que eu estava com ela, estava pensando em você. Antes de ela vir, eu estava

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pensando em você. Eu não queria estar lá. Apenas fiquei para ter a chance de tirar algumas informações dela. — Ele se voltou para ela, a sobrancelha curvada com remorso. —E, depois, eu me senti sujo - sujo por não dizer exatamente o que penso dela, e sujo até por ter me encontrado com ela, quando o meu coração, meu corpo e minha alma já pertencem a você. — Os olhos escuros a seguraram. —Ela me escreve desde então, Patience. Joguei fora cada nota sem abrir - como deveria ter feito com a primeira. —A boca era uma linha dura. —No masque, eu te disse que você era a única mulher que eu procuro. Era verdade então. É verdade agora. Sempre será verdade. — Ele pausou. —Eu amo você, Patience. Perdoe-me. Ela poderia? Assim? Patience tomou uma respiração longa e lenta e o considerou. Ela acreditava nele, mas ela havia chorado um balde de lágrimas e ainda sentia dor - mas, talvez, não tanto. *** Ele tinha muito mais para dizer a ela - e não tinha muito tempo. —Talvez, se você soubesse a extensão da malícia do Benchley, entenderia melhor por que eu me encontrei com Rosalind. —Talvez— Patience concedeu. —Essa é uma grande parte que ainda me deixa confusa sobre isso tudo, Matthew. — Ela agitou a cabeça. —Que necessidade havia de você se encontrar com a sua antiga noiva em segredo com o propósito de extrair informações sobre o pai dela? Matthew fez uma careta e sua fúria, tão próxima à superfície, ergueu. —Você faz soar tão abominável, mas não fui eu quem começou. Archibald Benchley é o imoral - o desprezível. — Ele cuspiu a palavra. —Eu apenas me defendi, como qualquer homem tem o direito de fazer, seja ele bastardo ou não! O franzir de Patience afundou e agora era uma sombra de preocupação. —Matthew, o que está acontecendo exatamente? Um exalar zombador escapou dele, ele passou a mão pelo cabelo. Onde ele devia começar pelo princípio ou pelo fim horroroso? —Ouvi boatos, Matthew. Mas pensei que fossem apenas isso - boatos. Ele olhou para ela sarcasticamente. —Sempre há um fundo de verdade nos boatos, Patience. É por isso que são tão perniciosos a fundação da verdade empresta suporte às mentiras que brotam dela, mentiras vistas pelas pessoas más que buscam se elevarem à custa dos outros. —Sei de tudo isso, Matthew. E é por isso que os boatos devem ser ignorados. —Sim, mas esse é o problema, Patience. — Ele começou a compassar. —Ignorar não os faz desaparecer. De fato, deixa-os piores. As pessoas tomam o silêncio como admissão de culpa. —Talvez. Mas a verdade aparecerá eventualmente, Matthew. Deve-se ter paciência. Ele parou de compassar e olhou para ela.

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—Paciência, Patience?— Por Deus! —Eu fui paciente. — Ele cruzou para ela. —Fui completamente paciente enquanto Benchley alimentava a verdade da minha ilegitimidade com a mentira que sabia sobre ela. — Ele começou a compassar novamente. —Permaneci paciente enquanto as pessoas me desprezavam nas ruas. Fui paciente enquanto os que eu chamei de amigos me abandonavam. E enquanto eu estava agindo com toda essa ‘paciência', você sabe o que aconteceu, Patience?— Ele parou e apoiou as mãos contra os quadris. —A malícia de Benchley contra mim aumentou. E suas mentiras abasteceram uma onda de má vontade em minha direção, e, creio, que até as pessoas que poderiam ter sido propensas ao meu favor foram levadas pela maré malévola do Benchley. E é assim que as coisas vão de mal a pior na minha pequena parábola de paciência. Com um consórcio de desdém contra mim, Benchley agora usou a sua influência repugnante para infetar meus associados nos negócios. Em pouquíssimo tempo, estou perdendo quantias volumosas de dinheiro. O franzir estava cauterizado profundamente na sobrancelha de Patience e ela estava muda. Mas ele não tinha terminado. —Vamos continuar com a minha reunião ‘secreta’ com Rosalind, onde eu ‘extraio' as informações de que Benchley quer muito mais do que a minha ruína - ele também quer a minha companhia. E por que não? Enquanto eu estou tentando viver como se nada tivesse acontecido, sendo ‘paciente’ e ‘ignorando' os boatos - ele está agindo. Antes que eu saiba, ele e todos seus camaradas das minas de carvão estão também se recusando a vender para mim, ou estão me cobrando demais. E o que eles concordam em me vender, de repente está atrasando, diminuindo ou até ‘se perdeu no transporte’. Como alguém perde dez malditas toneladas de carvão, Patience?— Ele esperou pela resposta dela. Patience estava muda, o único sinal de sua agitação era o subir e descer rápido do tórax. Os diamantes em sua garganta faiscavam. Matthew girou para a lareira e chutou a grelha pesada. Os troncos faiscaram e as faíscas voaram na direção dele. Segurando o mantel com ambas as mãos, ele olhou fixamente para as chamas que refletiam sua raiva. Então, forçando-se a abaixar a voz, ele continuou. —Quando eu ganhei a mina de Danforth, pensei que meus problemas tivessem sido resolvidos. Eu minaria meu próprio carvão, alimentaria os motores da GEFO, e enviaria para os clientes de navio quando temêssemos sermos incapazes do serviço. Era perfeito. Mas Benchley não podia permitir que eu me salvasse - arruinaria seus planos para minha ruína, e ele faz o impossível para roubar a minha companhia. Então ele competiu sobre a minha propriedade, nas esperanças de que uma decisão demorasse o suficiente para me quebrar. E quando isso não deu certo, ele agiu com seu último recurso. — Matthew girou para Patience. —Ele explodiu a mina. Patience puxou a respiração e os olhos alargaram com alarme horrorizado. Ela tomou um passo hesitante. —Quando? —Esta mesma noite - oito e vinte e seis, para ser exato. —Alguém estava— Ela apertou a mão no peito. —Alguém ficou ferido? —Nove meninos desciam no poço. Dois saíram. Um está morto. Seis estão desaparecidos.

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—Há esperança para os desaparecidos? —Não muita. Os olhos de Patience afluíram e, abaixando a cabeça, ela cobriu a boca com a mão. Apesar de sua própria ira e dor, o coração dele doía pela tristeza óbvia dela. Cruzando para ela, ele a tomou em seu abraço. —Saberei mais amanhã, quando eu mesmo avaliar a situação. Obviamente, me assegurarei de que todo o esforço seja feito para achá-los. Vivos ou mortos. Ela anuiu com a cabeça contra seu tórax e, depois de um momento, ergueu os olhos molhados para os dele. —Você disse que Benchley fez isto, Matthew? Ele anuiu com a cabeça. —Se apenas eu tivesse agido contra ele mais cedo. Poderia ter prevenido isso. —Não. — Patience agarrou os braços dele. —Não faça isto. Não é sua culpa, e não há nenhum modo de você pode predizer o que teria acontecido se tivesse agido diferentemente. Algo pior poderia ter acontecido. —Ou algo maravilhoso poderia ter acontecido. —Ou algo pior poderia ter acontecido— ela repetiu, segurando o olhar dele com o seu firme. —Sei que você se sente responsável pelas pessoas de Gwenellyn, meu amor, mas nós podemos apenas lidar com que é, e não com o que poderia ter sido. Matthew anuiu com a cabeça. —Muito bem. — Ele sabia que ela estava certa, mas isso não fazia com que ele se sentisse nada melhor. —Você deveria tê-lo visto quando eu o confrontei hoje à noite - tão orgulhoso de seu trabalho - ele cerrou a mandíbula - e Danforth enfeitando ao seu lado. —Devemos ir às autoridades. —As autoridades? — Matthew ridicularizou. —Haverá uma investigação formal, Patience, mas eu não tenho provas. Ainda que Fitz Roy, Farnsby e eu testemunhássemos sobre as palavras e o comportamento de Benchley hoje à noite - a responsabilidade implicada dele - ele simplesmente negaria. —Deve ser feito de alguma maneira, Matthew. As pessoas de Gwenellyn merecem justiça. Você merece justiça. —Oh, eu terei justiça. — Mas que porra, onde está Mickey? Patience foi para trás. —O que você quer dizer? Por que diz isso assim? Matthew olhou para ela. —Quero dizer apenas o que disse, Patience. — Ele girou e caminhou para a escrivaninha. —Você está muito perto disso, Matthew. Mas há uma razão para a justiça ser cega— ela disse, seguindo-o. —Sério?— Ele apoiou os punhos na escrivaninha. —Qual é a razão - já que eu realmente não acredito em sua imparcialidade? É soberba na teoria, mas pacientemente impossível na realidade.

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Você sabe o que eu penso que é a razão, Patience? Acho que a justiça é cega de forma que ela não precise ver o quanto maciçamente ineficaz é. —Oh, e você pode fazer melhor? Não creio nisto, Matthew. Disse na galeria e direi novamente: a vingança nunca é de graça. Sempre há um custo, Matthew - sempre. E você nunca saberá o que é, até que seja tarde demais. —E eu disse para você na galeria que eu não sou São Mateus. Um silêncio tenso caiu entre eles e então, como que em sugestão, uma batida soou na porta. Matthew fechou uma das gavetas de sua escrivaninha. —Não se preocupe, Patience. Diferentemente de Benchley, tenho apreço pela vida humana. — Ele se moveu para a porta. —Minha ‘justiça' é trivial se comparada aos crimes dele. —A vingança nunca é trivial. Maldição! Agarrando a maçaneta, Matthew abriu-a e achou Mickey Wilkes. Isso que é aparecer na hora certa! —Diga-me que você tem a prova. Mickey puxou uma pilha espessa de cartas do bolso do casaco e deu a ele. Matthew deu um passo para trás para Mickey entrar enquanto ele olhava fixamente para elas. O menino entrou. —Por que ‘tá’ todo ‘mundu’ acordado, Sr. 'Awkmore? Pensei que com certeza a casa ‘istaria’ ‘dorminu’. — Ele parou imediatamente ao ver Patience. —Boa noite, Senhorita Dare!— Os olhos de Mickey se moveram sobre ela avidamente. —Parece uma princesa. — Ele se curvou um pouco na cintura. —Sinto como se devesse ‘mi’ curvar. Patience deu a ele um pequeno sorriso, cansado. —Obrigada, Sr. Wilkes. Mas sou a mesma senhorita comum de sempre. Matthew deixou a porta fechar e caminhou de volta para a escrivaninha. —A casa está acordada, Sr. Wilkes, porque houve uma explosão na mina Gwenellyn. Estamos todos desesperados por causa disso, e — ele deu uma olhada rápida para Patience — algumas coisas aconteceram. —Oh. — Mickey anuiu com a cabeça. —Alguém ficou ‘firidu’? —Sim. — O tórax de Matthew constringia cada vez que tinha que dizer isto. —Um menino morreu e mais seis estão desaparecidos. Mickey empalideceu. —Oh. — Ele fez uma careta. —É coisa do Benchley? —Sim. — Matthew olhou para Patience. Ela olhou de volta para as cartas. —O que você tem aí? Matthew correu o dedo polegar sobre a tira vermelha desbotada que juntava as cartas. —A prova de que Rosalind Benchley é uma filha bastarda. Patience ofegou. Mickey agitou a cabeça. —Não é Rosalind.

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Os ombros de Matthew ficaram tensos. —Não é Ros...? Quem diabo é, então? Mickey olhou para ele e havia raiva nos olhos. —É o ‘própriu’ Benchley. Pontos vermelhos relampejaram diante dos olhos de Matthew. —O quê! —Sim. E tudo ‘qui’ a Biddlewick tinha ‘ditu’era sobre ele e não sua filha. Soube que ‘algu’ estava errado quanto vi MacQuarrie, ele é um homem ‘muitu’ ‘velhu’. Então depois de eu ‘cunhecer’ ele um pouco e da ‘genti’ conversar, ele me disse tudo ‘sobri’ ele e seu filho. Disse que o filho era um homem ‘importanti’, só que o homem que o criou o detestava por ele ’num’ ser ‘filhu’ dele. Um músculo puxou dolorosamente no pescoço de Matthew. —Bem isso explica muito— ele rosnou. —Sim. — Mickey anuiu com a cabeça. —MacQuarrie ‘dissi’ como partia seu coração o filho ser ‘maltratadu’ por ser quem era. Mas achava que ‘num’ podia fazer nada ‘pra’ mudar isto. Matthew olhou para Patience. Ele estava tremendo de fúria e o acalmava um pouco olhar para ela. —Porque o pai sabia e o havia castigado, Benchley não podia acreditar que o seu pai podia saber sobre você e não te punir, muito menos manter isso em segredo de você— ela ofereceu. —Não importa— Matthew disse firmemente. —Logo todo mundo saberá o hipócrita que ele é. Patience fez uma careta. —O que você está planejando fazer? Matthew a enfrentou. —Vou publicar estas cartas. Vou destruir Archibald Benchley antes que ele possa me destruir completamente. —Então você vai fazer com ele o que ele teria feito a você?— Patience agitou a cabeça. —Você não pode fazer isto, Matthew. Ele sentiu como se seu sangue estivesse se tornando fúria líquida. —Como, não entendi? —Eu disse que você não pode fazer isso. Matthew olhou para Mickey. —Fora. Com a cabeça abaixada, o menino partiu, ombros baixos e fechou a porta atrás de si. Matthew se voltou para Patience. —E por que é que eu não posso fazer isto? —Porque seria desonroso, Matthew. Você fez Mickey roubar essas cartas. Elas nem pertencem a você. E, diga-me, o que acontecerá com Rosalind quando você expor o pai dela? —E por que eu deveria me importar com Rosalind? Por que você se importa com Rosalind? Mais cedo hoje à noite ela estava jogando veneno em você. Agora você quer salvá-la de um escândalo?

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—Quero salvar você de um escândalo - da desonra. —Desonra?— A risada dele foi um ganido severo que doeu a garganta. —Benchley é o desonroso! Ele é a pessoa que espalha mentiras sobre mim. É a pessoa que tentou falir a minha companhia e então roubá-la de mim. — Ele bateu o punho na escrivaninha. —Ele é a pessoa que explodiu a mina e trouxe morte! E você fala comigo de me desonrar? Você está enganada, Patience! Ela ergueu o queixo. —Não, não estou. E não estou comparando você ao Benchley. As ações dele têm sido mais do que desonrosas, têm sido criminosas. Mas essa é mais uma razão ainda para buscar a justiça pela lei. —Certo. — Matthew jogou as cartas na escrivaninha. —Diga-me o que você quer que eu faça então, Patience. Qual é o seu plano? Ela cruzou os braços sobre o peito. —Eu não finjo ter todas as respostas, Matthew. Mas é quando o mal parecer mais justificado que mais devemos resistir. — Andando para mais perto dele, ela apertou suas mãos. —Sei que nada parece fácil, Matthew, ou certo. Mas juntos podemos achar as respostas. Tenho fé na retidão. —Esse é o seu plano? Ter fé na retidão?— Matthew agitou a cabeça. —Aqui está o que eu vou fazer, Patience. Vou expor Benchley por ser um maldito hipócrita. Assim que eu fizer isto, a opinião pública virará ao nosso favor. E assim que a maré virar, os outros donos de minas voltarão a fazer negócios comigo. A GEFO será salva e, lenta, mas seguramente, retornará à sua antiga estatura. Patience cruzou os braços de volta no peito. —E quanto a Gwenellyn? Como ela se ajusta nos seus planos? O tórax de Matthew apertou novamente. —Não se ajusta. Não posso salvar Gwenellyn. Se o relatório é apenas meio preciso, não posso salvá-la. Tenho que me focar na GEFO agora. É a nossa única esperança para sobrevivência financeira e social. Patience olhou para ele como se ele tivesse perdido a cabeça. —Como você pode abandoná-los? Sem a mina não há nenhuma aldeia. O que eles vão fazer? —Terão que buscar emprego em outro lugar. —Não posso acreditar que você não vai ajudá-los. Porra! —Não posso acreditar que você não entenda a situação. Não tenho mais quase nada, Patience! Devo gastar a minha última nota de libra na Gwenellyn? Para quê?— Abrindo o livrorazão, ele o girou para que ela o visse. —O que eu tenho não é o suficiente para fazer a diferença. E nós precisamos de dinheiro para viver. Tudo custa, Patience - esta casa, as joias que você ama tanto. Vamos encarar, eu mal posso imaginar você morando em uma das choças de Gwenellyn. Patience ergueu os olhos para ele e eles estavam cheios de raiva e dor. Ela apontou para o livro-razão. —O que é isto? Matthew olhou e as entranhas apertaram enquanto ele olhava fixamente para a entrada Cavalli. Ele ficou mudo por um momento. Então:

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—Patience, eu... —Creio que esta data foi a noite da soirée musical— ela interrompeu. Os olhos estavam furiosos e brilhantes. —Por que você enviou quinhentas libras para Cavalli na noite da soirée musical? Eu tinha medo. —Eu não queria que você fosse embora. —Essa era a minha decisão, Matthew! Você não tinha que usurpar a minha vontade! Deus, agora vejo aonde seu dinheiro vai. — Erguendo a mão para a nuca, ela soltou o colar e então removeu os brincos. Ela os bateu sobre o livro-razão, e então retirou os pentes. Ela olhou para eles com desejo por um momento antes de deitá-los com as outras peças. —Amei ‘tanto’ estas joias porque foi você quem me deu. Teria usado bijuterias com igual orgulho. E quanto a esta casa - ela olhou a sala - eu nem mesmo gosto dela. Nunca gostei. — Os olhos dela encheram com lágrimas. — E não entendo por que é chamada de Solar Angel, não há anjos aqui. —Patience… Girando sobre os calcanhares, ela andou a passos largos em direção à porta. —Patience! Ela agarrou a maçaneta e a abriu. —Patience, fique!— Matthew rugiu. Ela congelou e então girou lentamente. Ela olhou para ele através do espaço que os dividia, e ergueu o queixo bem alto. As bochechas estavam molhadas e ela nunca tinha parecido tão fria e ainda assim tão desafiante. —Não, Matthew— ela disse —eu não posso obedecê-lo desta vez. A respiração de Matthew o deixou com um gemido. Ela girou e partiu. Tremendo incontrolavelmente, ele ergueu a pequena luminária a óleo da escrivaninha e a jogou no fogo. Ela colidiu e então explodiu com uma explosão de chama… Deixando-o de pé em um mundo escuro, iluminado apenas pelo fogo.

Capítulo Vinte e sete - Plutão sem Perséfone O meu amado tinha se retirado, e tinha ido… Cantares de Salomão 5:6 Matthew olhou fixamente para os sete montículos de Terra enquanto escutava padre Dafydd falar as palavras do salmo vinte e três42. O dia estava frio e o ar estava cheio com a respiração da

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Salmo 23 - [Salmo de Davi] O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guiame mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com

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cidade, enquanto cada residente de Gwenellyn tinha vindo para o antigo cemitério a fim de honrar os meninos mortos. O rico tom de barítono do padre Dafydd era tranquilizador, e Matthew estava agradecido por ele ter se disposto a vir fazer os serviços do enterro, sua presença parecia ser um grande conforto para as pessoas de Gwenellyn. Patience estava certa sobre ele. Ele teria sido perfeito para estas pessoas fortes, robustas. E ela também teria sido. Por que ela não havia retornado a ele? *** Quando ela retornaria para ele? Matthew desviou a vista de sua janela do escritório. Mark se juntou a ele. —Eu te disse para não machucar minha esposa, Matt. Passion está chateada e preocupada com vocês dois. — Ele pegou no ombro de Matthew. —Eu também. O que quer que tenha acontecido entre você e Patience, deixe de lado, faça as pazes, faça o que tem quer fazer, mas não a deixe ir. O que quer que ele tivesse que fazer? O que era? Ele nem mesmo sabia. *** Ele estava certo de que ela retornaria - quando ela pensasse sobre isto, quando considerasse todas as ramificações. Além disso, ninguém poderia dar a ela o que ele dava. Ele suspirou enquanto assistia a bola de tênis passar das raquetes de Farnsby para a de Asher e voltar. Mark, Fitz Roy e Rivers todos pareciam tão chateados quanto ele se sentia. Até Farnsby e Asher não estavam com seus modos divertidos habituais. Realmente, estava muito frio para jogar tênis. O inverno estava chegando. *** Matthew deixou a mão cair pela voluta de seu Montagnana. Fechando os olhos, ele evocou a memória de Patience tocando enquanto se debruçava contra ele. O coração saltou loucamente por um momento, então se acalmou. Sentando, ele puxou o instrumento para suas pernas. Ele o acariciou como havia ensinado a ela. Então ele tocou a Sarabande - lentamente. Quando ele terminou, os olhos estavam ardendo. Ele olhou a sala vazia e então olhou seu violoncelo abaixo. Ele pôs os braços ao redor dele. óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

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Se todo o Solar Angel pegasse chamas, ele salvaria apenas ele. Ela e a meia-calça preta de seda que Patience havia deixado em seu quarto no dia mais feliz de suas vidas. *** —Você parece infeliz, Sr. Wilkes. — Matthew se sentou ao lado do menino no banco situado no meio do pátio central do Solar Angel. A casa os cercava. Mickey olhou para ele. —Eu apenas ‘tava’ pensando o que poderia ter ‘acunticidu’ se eu tivesse ‘sidu’ mais rápido, se eu poderia ter ‘feitu’ alguma coisa. Sabe, ‘antis’ da explosão. — Os olhos encheram com lágrimas. —É que eu ‘num’ sei ler - então levei ‘pra’ um amigo ler. Sabe, ‘purque’ se ‘num’ tivesse nada nelas... —Ele colocou a cabeça entre as mãos. —Sou tão ‘estúpidu’! —Não. Você não é. — O tórax de Matthew estava apertado. Ele sabia o que Mickey estava sentindo. —Não faça isso consigo mesmo. A explosão não foi culpa sua. E você não pode saber o que poderia ter acontecido se qualquer coisa tivesse sido diferentemente. Ele se lembrou do rosto sincero de Patience e então olhou para Mickey. —Nós podemos apenas lidar com que é, Sr. Wilkes, não com o que poderia ter sido. Mickey anuiu com a cabeça. Matthew bateu levemente seu ombro. —Essas palavras podem não ajudar agora mesmo, mas irão. Ele se ergueu e olhou as paredes volumosas do Solar Angel - todo revestido por dentro e com janelas de vidro laminado que refletiam uma a outra. Como eram confinadoras. Este era realmente quem ele era? Um homem com uma face enorme de si mesmo sempre olhando para dentro, e ainda assim não se vendo realmente? Ele correu para casa. Ele não parou de correr até que alcançou seu quarto de vestir. Lá, ele ficou de pé, arquejando, diante de seu espelho longo. Com as mãos ao lado do corpo, ele andou para mais perto, de forma que pudesse ver apenas a si mesmo. Porque ele de repente não estava certo de como era sem um fundo. Quem ele era sozinho - com nada atrás de si? Ele se observou com seu próprio olhar escuro. Quem e o que você é, Matthew Morgan Hawkmore? Pinte o seu próprio fundo. Ele de repente teve uma visão de sua infância. Ele estava na frente de um espelho longo e estava cuidadosamente imitando o homem atrás dele que estava se barbeando. George Hawkmore sempre se barbeava. O homem alto sempre estava lá de pé com sua lâmina e tranquilamente fazia caretas divertidas e exageradas, e Matthew o imitava. Eles nunca conversavam, ele apenas se barbeava. Nós podemos apenas lidar com que é, e não com o que poderia ter sido.

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Ele era um bastardo, sim. Mas não como Benchley que tinha sido castigado por sua nascença. Não, ele havia recebido de George Hawkmore elogio e afeto. Apesar de o homem não havê-lo feito, havia ajudado a formá-lo. Matthew assistiu as próprias lágrimas caírem do rosto. Ele não as secou ou tentou preveni-las porque elas eram de gratidão pelo que havia sido, e não pelo que poderia ter sido. E de repente tudo estava simples e claro. O coração ergueu com felicidade e seu espírito se sentia leve. Ele sabia o que fazer. Porque ele sabia quem e o que ele era. Ele era filho de George Hawkmore, e era um homem honrado.

Capítulo Vinte e oito - Paraíso Reconstruído As muitas águas não podem apagar este amor, nem Rivers afogá-lo… Cantares de Salomão 8:7 Um mês depois —Devemos entrar logo e tomar um pouco de chá?— Prim perguntou. Patience dobrou a carta de Passion que estava lendo antes de olhar para a irmã caçula. Prim estava reclinada contra um toco de árvore largo, e Patience estavam reclinada, ao seu lado, contra ela. O dia estava fora da estação e morno, então elas tinham vindo à lagoa grande que tinha sido o retiro delas desde a infância e deitaram um cobertor na orla. —Devemos? —Não. — Prim sorriu e continuou a deslizar os dedos pelos cachos de Patience. —Podemos ficar aqui já que você gosta. Patience suspirou e se aconchegou contra a irmã caçula - algo que ela nunca se deixaria fazer antes. Ela havia abraçado Prim antes, mas apenas para dar conforto, nunca para tomar. Ela era uma mulher diferente agora. Fechando os olhos, ela deixou o calor do corpo da irmã e o calor leve do sol do inverno a confortarem. E, como sempre, no momento em que os olhos fecharam, memórias de Matthew encheram sua mente - e seu coração. —Minha bela. —Sim, Matthew? Ela sentiu os lábios tocarem os dela. —Desperte. Ela abriu os olhos e olhou fixamente no olhar escuro dele. Raios de sol fluíam por janelas gradeadas, iluminando seu cabelo dourado. Ele sorriu e então virou em direção à luz. As costas eram lisas e perfeitas. Suas asas bateram o ar.

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—Matthew— ela chamou. Ele a olhou por sobre o ombro. —Acorde, meu amor. —Acorde, Patience. Acorde. Patience sentiu Prim apertar seu ombro. Ela forçou os olhos a abrirem. —O que foi? Prim sorriu suavemente. —Alguém está aqui para vê-la. —O quê?— Patience fez uma careta com sono enquanto se sentava. —Quem?—Girando, ela se encolheu quando a luz do sol refletiu na lagoa. Erguendo a mão, ela sombreou os olhos. Matthew! —Oh, Deus. — As costas dela endireitaram e o coração começou a bater forte. A atenção dele estava fixa nelas enquanto ele circundava a lagoa. Ela se maravilhou com a visão dele, alto e gracioso. Ele tinha a jaqueta atirada por sobre o ombro e o jaleco ajustado enfatizava a largura dos ombros e a magreza de sua cintura. Ele não usava chapéu, e as mechas mais longas de seu cabelo dourado caíram contra as têmporas no modo que ela amava. Prim ficou de pé. Patience levou um longo momento, pois suas pernas estavam tremendo. E enquanto Matthew se aproximava, os lindos olhos fixos nela, o corpo inteiro começou a tremer. Prim avançou com um sorriso. —Oi, Matthew. — Ela deu a ele um abraço breve e um beijo na bochecha, como se o saudasse o tempo todo. —É tão bom vê-lo. A boca dele ergueu. —Oi, Primrose. Obrigado. — Ele ergueu o olhar de volta para Patience. —É bom estar aqui. Prim girou e ergueu seu gorro do cobertor. Ela pausou ao lado de Patience e deu um aperto gentil em sua mão. —Acho que verei o chá agora. Patience anuiu com a cabeça enquanto Prim beijava sua bochecha. Então a irmã foi embora, dando a Matthew um sorriso de despedida à medida que partia. Separados por cinco ou seis passos, eles ficaram lá tranquilamente. Os olhos de Matthew pareciam se mover sobre cada centímetro dela, e ela se embebia com a imagem dele também. Mas finalmente, Patience abaixou o olhar; porque quanto mais ela olhasse para ele, mais duro era não chorar. Tudo o que ela podia pensar era na esperança e na felicidade que eles compartilharam - e o amor. Mas isso estava quebrado. —Deus, senti tanto a sua falta— ele disse com desejo. Patience puxou a respiração para se firmar antes de erguer o olhar de volta para o dele. —Senti sua falta, também— ela conseguiu dizer calmamente. Os olhos dele estavam brilhando. —Você tem tocado?

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No Solar Angel, ele havia dado a ela seu Giuseppe Guarneri43 - o instrumento dourado vermelho alaranjado que ela havia visto em Gwyn Hall. Quando ela o deixou, deixou o instrumento também. Mas ele o enviou com uma nota dizendo: é seu. Ela amava tocá-lo. —Sim, adoro o Guarneri. Obrigada por tê-lo enviado. Toco todos os dias. — Ela apertou as mãos contra as saias. —E você? Ele agitou a cabeça. —O Montagnana ficou mudo ultimamente. Tenho estado muito ocupado. Patience ergueu as sobrancelhas. —Mesmo? —Sim. — Os olhos dele se moviam lentamente sobre as feições dela. —É por isso que não pude vir para você antes. Patience anuiu com a cabeça enquanto dobrava os braços sobre o tórax. —E como seu esquema está progredindo? Ainda não vi nenhuma das cartas no jornal. —Fiz Mickey devolver as cartas, Patience. Ela lentamente desdobrou os braços. —Você fez isso? Matthew anuiu com a cabeça. —Sim, todas. Um choque feliz desceu pela espinha dela. —Mas e quanto a GEFO? Como você a segurará sem destruir Benchley? —Eu não irei. Vendi todas as minhas ações da GEFO para Lorde Wollby. Patience agitou a cabeça para limpá-la. Ele realmente tinha acabado de dizer que tinha vendido suas ações? —E-eu não entendo. Um sorriso chamejou na esquina da boca de Matthew enquanto ele enfiava as mãos nos bolsos. —Informei Lorde Wollby do plano de Benchley de assumir o comando da GEFO, de forma que ele pudesse implementar um plano próprio, e então renunciei à diretoria. A Grande Estrada de Ferro do Oeste não é mais minha preocupação. — Matthew encolheu os ombros. —E comigo fora da cena, Benchley terá problemas em convencer os outros donos de minas a ficarem do lado dele. Recusar vender para o filho bastardo de um jardineiro é uma coisa. Recusar vender para um dos lordes mais poderosos do reino é outra bem diferente. Patience tentou tranquilizar a batida do coração. —Mas eu pensei que a GEFO fosse tudo para você. —Eu também. — Matthew segurou o olhar dela, e era tão tenro. —Mas com os acontecimentos percebi que não era nem perto de significar tudo para mim. — Ele tomou um passo para mais perto dela e então outro. As pestanas tremularam. —Devo dizer a você o que significa tudo? 43

Giuseppe Guarneri - foi rival de Antonio Stradivari (o mais famoso dos luthier) no que se refere ao respeito e reverência concedido aos seus instrumentos, e chamado de melhor fabricante da linha de violino Amati.

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Patience puxou respirações rasas enquanto esperança a enchia e apertava contra seus pulmões. —Sim. —Ser merecedor de você. Patience puxou uma respiração estremecendo. Matthew tomou outro passo em direção a ela. —E ser merecedor de mim mesmo. Os olhos de Patience encheram de lagrimas. Ela queria se jogar em seus braços, mas não conseguia se mover. Ela tinha medo de que se o fizesse, o feitiço se quebraria - que ela despertaria do sonho que isto seguramente deveria ser. Ele cobriu a mão dela com a sua. —Vendi o Solar Angel, Patience - a mobília, a arte, tudo. E convenci Mark, Fitz Roy e Rivers a investirem em Gwenellyn comigo. Vamos cavar a explosão. Levará meses, mas assim que a consertarmos, dará lucro bastante depressa. As lágrimas de Patience deslizavam pelas bochechas enquanto ela olhava fixamente nos seus olhos de pomba. Erguendo a mão dela, ele tocou seus dedos suavemente. —O padre Dafydd concordou em ficar. Ele e Mickey Wilkes já esvaziaram a antiga igreja. Mickey está trabalhando em troca de aprender a ler, o que, no final das contas, ele sempre tinha desejado. Farnsby e Asher vão fundar escola. Aparentemente, todas aqueles apostas que eles faziam um com o outro eram reais. Eles estão juntando o dinheiro desde a infância, então devemos ser capazes de construir uma escola separada, em vez de usar a igreja. E, finalmente, quero que você diga a Tia Matty que a loja geral está provida com um grande sortimento de doces particularmente alcaçuz e balas de limão. Então ela deveria ir pegar algumas. Oh, e comprei Gwyn Hall do Mark, Patience. Patience começou a soluçar. Matthew apertou o lenço em sua mão e então ficou de joelhos. —Senhorita Patience Emmalina Dare. Sou inequívoca e loucamente apaixonado por você. Não posso viver minha vida sem você, e ainda que leve a vida toda, te cortejarei e a ninguém mais. — Ele ergueu a mão para a bochecha dela. —Você me dá esperança e alegria, e amo apenas estar em sua presença. Admiro a sua força de caráter, sua lealdade e seu intelecto. — Ele beijou os dedos dela. —Você faz meu coração bater forte e minha respiração acelerar. E quando estou com você, sinto como se tivesse asas. Os olhos estavam nadando com lágrimas. —Case-se comigo, Patience. Tenho muito menos a te oferecer materialmente. Mas te ofereço um bom homem. Um homem honrado. Um homem que te amará para sempre. Com um soluço, Patience caiu de joelhos e se jogou em seus braços. —Sim! Sim! Sim, meu amor!— A sensação do corpo dele contra o dela, o vetiver contra o cheiro de sua pele, e a suavidade de seu cabelo sob a mão fizeram com que ela sacudisse com necessidade.

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Ele a beijou urgente e profundamente, e então a puxou de volta. —Tenho algo para você— ele murmurou contra os lábios dela. Ele puxou uma caixa pequena e um envelope do bolso do casaco e colocou ambos na mão dela. —Para você, Sra. Matthew Morgan Hawkmore. Patience abriu a caixa. Dentro estavam seus pentes de diamante embrulhados em uma tira de cetim cor de creme. O coração balançou e ela não pensou ter mais lágrimas ou mais felicidade. —Vendi o resto das joias, Patience. O dinheiro está no envelope. Patience olhou o lado de dentro. Há centenas de libras. —Isto é o dinheiro para seu sapé, sua cal e suas árvores e flores. Patience embreou a caixa e o envelope no peito. Então curvou a mão dele contra sua bochecha. —Por que demorou tanto, meu amor? Estava esperando por você. Matthew olhou fixamente em seus olhos e seus próprios olhos estavam molhados. —Estou aqui agora. — Ele deslizou a mão em seu cabelo e ela a sentiu trêmula. —Você está preparada para me dar o que eu quero? Ela sorriu. —O que é que você quer? As lágrimas caíram, mas a luz dominante estava em seus olhos. —Eu quero você, Patience, para iluminar meu mundo escuro. Patience se aproximou e beijou suas lágrimas. — Então me roube e leve às escondidas sob sua sombra, meu amor. Acorrente-me ao seu lado e exija a minha submissão. — Ela beijou sua boca doce. —Tome tudo de mim e, ao fazer isso, dême tudo o que eu desejo. Matthew a esmagou em seu abraço. —Para sempre, meu amor—para sempre!

Epílogo

16 de janeiro de 1852. Minha querida Henrietta, Eu te disse que ficasse na Inglaterra pelo inverno! Não disse? Eu não disse, ‘Henrietta, fique na alegre e velha Inglaterra onde você pertence'? Mas você me escutou? Não! Honestamente, em mil anos eu não poderia ter inventado uma história tão chocante quanto a verdade que está se desdobrando. Eu te perguntaria que verdade poderia ser, mas você nunca (adivinharia), então eu te contarei tudo. Não deixe de ter uma xícara de chá forte por perto a fim de se fortalecer, porque uma vez que ouvir… Bem, então é isto: Lorde Benchley foi preso por suspeita de conspiração e assassinato!

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É verdade, minha querida! É realmente verdade! Você se lembra do acidente horrível com o carvão das minas do Sr. Hawkmore - em que pobres meninos foram mortos? Bem, não foi acidente mesmo! Descobriram que o Lorde Benchley contratou alguns vilãos para explodir a mina de forma que o Sr. Hawkmore, sem fonte de carvão para a GEFO, fosse forçado à bancarrota e absoluta ruína. Aparentemente, Lorde Benchley até mesmo pretendia assumir o comando da GEFO assim que conseguisse deixá-la completamente na lama. Você consegue imaginar maquinações tão desprezíveis? Claro, a vingança nunca é uma seta direta, não é, minha querida? Lorde Benchley não podia ter sabido que seu esquema tomaria a vida de inocentes. Mas deve ter sabido que era horrivelmente perigoso - que alguém poderia ter saído machucado, ou morto. E que todas aquelas pobres pessoas dependiam da mina para seus sustentos. Eu te digo, Henrietta, tínhamos uma serpente no nosso meio em Lorde Benchley. A propósito, você deve estar se perguntando como tudo isso veio a se iluminar. Parece que Benchley admitiu tudo para seu novo genro, Lorde Danforth, que, incapaz de viver com o pensamento de manter um segredo tão vil, foi às autoridades. E se, ele apenas tivesse sabido antes do acontecido, poderia ter prevenido a morte dos meninos. Mas pelo menos pôde fornecer certos detalhes e até alguns dos nomes dos reais perpetradores contratados por Benchley (que também foi preso). Entretanto Lorde Danforth está, é claro, chocado e desanimado por se achar casando em uma família manchada com tal maldade, e é oportuno que, como marido de Lady Rosalind, ele possa assumir o comando da administração da propriedade do Benchley e seus interesses financeiros que agora passaram completamente para seu controle. Entretanto, apenas entre nós, Henrietta, não posso evitar e pensar que não demorará muito antes da fortuna do Benchley ser muito reduzida pela propensão lamentável de Lorde Danforth a jogar - e gastar. Desde a prisão do Benchley, ele já fez inúmeras compras extravagantes, e Lady Rosalind parece estar com o mesmo fervor. Noutro dia, ouvi dizer que ela está comprando um novo guardaroupa inteiro, e que está planejando um suntuoso baile de gala de uma semana que será no Benchley Hall no verão que vem. Lorde Tuttleworth e eu estamos incertos se devemos ir. Mas chega de Lorde e Lady Danforth. O casal excitante do momento continua a ser o Sr. e a Sra. Matthew Morgan Hawkmore. Eu te disse que obteria os detalhes do casamento muito privado, e então eu os tenho - e de ninguém menos do que a tia da noiva! Sim, Henrietta, eu a encontrei completamente por acaso quando me choquei com Lorde Rivers e ela na casa de chá em St. James. Então aqui você recebe, minha querida, praticamente de primeira mão: Os dois se casaram na capela minúsculo de sua nova casa em Gwyn Hall. O dia estava cinza e frio, e apenas a família e os amigos próximos estavam presentes. Assim como o casamento do Conde de Langley, o pai da noiva apresentou a formalidade com licença especial. A irmã mais jovem da noiva cantou (sim, aparentemente há mais uma destas irmãs Dare), e o Conde e a Condessa de Langley estavam do lado de seus irmãos respectivos. A noiva (que é uma grande beleza, posso te dizer) usou um vestido simples de seda cor de creme e translúcido. Além disto, usava uma jaqueta ajustada com mangas longas e um capuz em vez do véu. Ela levou um buquê de folhas e romã florescidas, aparentemente, era algo como peônia e da cor de seu cabelo vermelho claro. O noivo, como você sabe, é sombriamente bonito e pelo que dizem não podia tirar os olhos da noiva enquanto ela recitava e jurava -amar, apreciar e obedecer. Depois da formalidade, uma neve leve atacou o casal e seus convidados enquanto eles caminhavam para casa (não é romântico?). Oh, e a noiva removeu sua jaqueta para o banquete 24

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do casamento e exibiu um justilho elegante tomara-que-caia. Tinha uma cintura aguçada e uma camada pregueada com linhas de ouro e pérolas em torno do decote. O outro adorno que ela usava era uma tira cor de creme no pescoço e pentes de diamante no cabelo. O banquete do casamento foi uma refeição de inverno, e servida no jantar com todos acomodados em torno da mesa. O bolo de casamento tinha especiarias e Madeira (estou tentando obter a receita). Finalmente, a noiva e o noivo dançaram, junto com alguns convidados e a família e, com o acompanhamento de Lorde Fitz Roy ao piano. Aparentemente ele é muito bom, ainda assim ninguém que eu pergunto já o ouviu tocar. E então a noite terminou com todo mundo cantando canções Natalinas alegremente. Isso não soa como um casamento adorável, Henrietta? Todo mundo que ouve falar, acha. Certamente é um total contraste com as núpcias grandes e suntuosas de Lorde e Lady Danforth, que você e eu fomos privilegiadas em frequentar. Mas saiba, Henrietta, apesar da magnificência daquela ocasião, acho que preferiria um pequeno casamento no bosque. Ah, bem… Alguns estão dizendo que o casamento do Hawkmore começará uma nova tendência. Realmente, parece que os Hawkmores podem influenciar muitas tendências novas, inclusive um interesse renovado em reforma, e a noção de bons trabalhos sendo bom negócio. Eu te digo, Henrietta, ninguém pode acreditar que Matthew Hawkmore foi embora da GEFO e vendeu praticamente tudo que possuía para salvar a mina Gwenellyn. Mas até aqueles que não entendem ou concordam com sua decisão o admiram por isto. E ele parece que já está fazendo progresso com a aventura. Um poço temporário está sendo cavado, e ele empreendeu investidores. Enquanto isso, a Sra. Hawkmore está vendo melhorias na cidade, e até reabilitou uma igreja lá. Ela também teve sucesso em levantar dinheiro para o estabelecimento de bolsas de estudos musicais e educacionais para as crianças da aldeia. De verdade, Henrietta, eles liberam todos os seus esforços e recursos pessoais em direção à salvação e a melhoria desta aldeia aparentemente pequena e incoerente - quando todo bom senso dita que eles vão embora. Desejo que eles sejam recompensados pessoal e financeiramente. E não sou a única a torcer. O Sr. e a Sra. Hawkmore já foram colocados em várias listas de convidados importantes - e, agora, desde a prisão do Benchley, a maré social girou completamente a favor deles. Todo mundo os quer. O único problema é que o novo casal recusa mais convites do que aceitam, e parecem ser muito seletivos quanto a seus amigos - o que está apenas fazendo com que sejam ainda mais procurados. E então há jantares que eles dão, que dizem ser alegres e informais. Henrietta, a Rainha e o Príncipe foram convidados na casa deles! Foi completamente não premeditado, e vieram com Lorde Fitz Roy. Dizem que eles se divertiram, e que decidiram comprar uma casa no bosque também - Balmoral, que eles têm visitado. Então, aí está, minha querida. Quem poderia ter imaginado, apenas meses atrás, que as coisas terminariam tão bem para Matthew Morgan Hawkmore? Ele parecia então condenado a um mundo sombrio. Mas agora… Bem… Agora, você deve se considerar afortunada se for convidada para um chá ou jantar na velha casa Tudor na floresta. A festa será pequena, mas os amigos são próximos. E, mais importante de tudo, o anfitrião e a anfitriã são pessoas de qualidade e do caráter mais nobre… Sua, 24

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Augusta

i

Crinolina - armações usadas sob as saias para lhes conferir volume, sem a necessidade do uso de inúmeras anáguas.

ii

Espelho cheval.

iii

Bootjack - pequeno instrumento que ajuda na retirada das botas. É composto de uma boca em formato de 'U' que agarra o salto da bota, e uma área chata à qual o peso deve ser aplicado. Para que funcione, o usuário coloca o salto da bota na boca do bootjack, pisa na base no dispositivo com outro pé, e puxa o pé livre para frente. O processo então é repetido até que ambas as botas sejam retiradas.

Comunidade: http://www.orkut.com.br/Community?cmm=94493443&mt=7 Grupo: http://groups.google.com.br/group/tiamat-world?hl=pt-BR Blog: http://tiamatworld.blogspot.com/

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