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AVISOS • Olá, tudo bem? Eu me chamo Allana e estou aqui para te dar algumas dicas sobre Redação; • Primeiro gostaria de informar que essa apostila é apenas um “MANUSCRITO”, ou seja, é a versão dela sem estar diagramada. Mas, assim que ela estiver toda editada enviarei para você sem cobrar nenhum adicional por isso. Resolvi lançar logo o manuscrito dela porque o Enem está bem aí, então, o que importa é o conteúdo, não é mesmo? Hahaha Depois você pegará a versão mais lindinha dela! • Bem, desde 2016 resolvi fazer essas dicas aqui para algumas pessoas que vinham pedindo minha ajuda em redação e como, infelizmente, não dá para ajudar todo mundo, um por um, resolvi colocar tudo o que eu sabia em um só lugar para tentar ajudar o máximo de pessoas que conseguissem adquirir esse material; • Gostaria de dizer que NÃO sou professora de redação ou qualquer coisa semelhante. Sou apenas uma vestibulanda (como você) que aprendeu algumas técnicas de como escrever melhor; • Minhas notas de redação no ENEM foram as seguintes: 2015: 940, 2016: 940, 2017: 960; • Meu intuito aqui é te mostrar que redação não é um bicho de 7 cabeças, ela é apenas técnica e “malemolência”; • Essa é a minha 2ª apostila feita em 2018. A primeira foi um grande sucesso, devo dizer que fiquei surpreendida com isso. Por esse motivo decidi criar a 2ª Versão com assuntos novos, dicas novas e tudo mais, é um complemento do que falei na 1ª; • Algumas coisas que eu falar aqui para tentar te ajudar não serão de autoria plenamente minha, pois serão coisas que aprendi no cursinho online (DESCOMPLICA) e pesquisando em inúmeros outros lugares. No próprio material irei colocar todas as referências que eu utilizar, assim você poderá ler da fonte sobre o assunto, caso queira. • O meu método pode ou não funcionar para você, lembre-se de que toda aprendizagem é singular e nós devemos sempre adequá-las a nossa rotina; • Irei colocar no material algumas das redações escritas por mim esse ano, 2018. Além disso, assim que acabarem as temáticas, você encontrará uma série de anotações e mais dicas para você utilizar em seus textos, como filmes, filósofos, séries, enfim; • Sou imensamente grata pela sua confiança em adquirir o meu material. Saiba que ele foi criado com muito carinho, de Pequena Nerd para Pequenos Nerds • Tendo dito tudo isso: vamos começar. P.s.: Desculpem-me qualquer erro de português, concordância e essas paradinhas, ainda não consegui excelência na competência 1
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Olá, meus pequenos e minhas pequenas Nerds, tudo bom com vocês? Chegamos ao 2º semestre de 2018!!! Ainda não se sente preparado (a) para escrever um bom texto no dia do Enem??? Pensando nisso, eu resolvi escrever uma 2ª Edição da Apostila de Redação da “Vem pra mim Medicina”!!! Diferente da 1ª, aqui nós iremos trabalhar um pouco mais a técnica do texto Dissertativo-argumentativo exigido pelo ENEM. Vamos dar atenção a COMO escrever, mas também vamos falar sobre O QUE escrever, ou seja, essa apostila vai ser recheada de bastante conteúdo novo. Vamos nessa???
1. Nem sempre é “O QUÊ” você escreve, mas sim “COMO” você escreve que vai fazer toda a diferença! Estava pensando sobre esse assunto e percebi, analisando as competências, que apenas duas delas vão avaliar o CONTEÚDO que você está escrevendo, ou seja, o seu repertório, são a 2 e a 3, nas quais você precisa apresentar um amplo repertório sócio-cultural e interdisciplinar para deixar o seu texto diferente e original. Já as outras 3 competências verificam o COMO você escreve: irão ver a sua ortografia, pontuação, acentuação, coerência, coesão e como você resolve os problemas que foram apresentados no seu texto. Tendo essa noção, vamos trabalhar na definição da função de cada elemento do Texto Dissertativo-Argumentativo para entendermos todas as competências e o que elas nos exigem.
INTRODUÇÃO Começar um texto às vezes pode ser um pouco complicado, não é? Logo, saber quais são as funções de uma Introdução ajuda bastante para que nós não fujamos daquilo que é esperado. Em primeiro lugar, é necessário que você saiba que a sua introdução deve ter em torno de 5 a 6 linhas (pode ser 1 a menos que 5 ou uma a mais que 6 – mas aí já ficaria grande demais ou pequena demais). Esse espaço é suficiente para que você:
A. Contextualize: A contextualização pode ser feita de várias formas: Narrando um acontecimento, colocando uma alusão história, utilizando flash (palavras chaves sobre o tema), definindo algum termo que tenha a ver com o tema, colocando alguma citação, exemplificando alguma situação... Enfim, vai depender apenas de qual forma você se sente mais confortável em começar o seu texto, ou seja, qual a forma que você consegue fluir seus pensamentos melhor.
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B. Aborde o tema: É necessário que você deixe exposto sobre qual tema você está falando logo na sua introdução, isso vai contar na sua competência 2, a qual vai definir se você entendeu ou não a proposta de redação. Logo, deixar explícito o assunto que você vai abordar no resto do seu texto é fundamental. Algo muito legal de pensar quando você está escrevendo é: será que qualquer pessoa conseguiria entender o que eu estou tentando dizer? Ou, pense que quem vai ler a sua redação é uma pessoa que não faz ideia de qual tema você vai falar, logo, para que ela entenda o conteúdo que está lendo, no primeiro parágrafo você já deve falar sobre o que você vai escrever. Sendo assim, às vezes você pode deixar essa abordagem muito semelhante à proposta da redação, ou seja, dizer na íntegra as palavras chaves que contém no tema, ou você poderá parafrasear essas palavras, colocando sinônimos delas.
C. Deixe sua TESE exposta: A tese é o SEU ponto de vista sobre a proposta de redação: você concorda que haja um problema? Não concorda? É a sua tese que vai transparecer isso! Ela pode ser de várias formas, você pode fazer uma pergunta (que deverá ser respondida ao longo do seu texto), pode apresentar os problemas que você vai falar nos seus parágrafos de desenvolvimento, pode apresentar os agentes que você vai utilizar para resolver os possíveis problemas, pode deixar uma informação solta (que será concluída nos seus parágrafos de desenvolvimento)... Enfim, pode ser bastante coisa, vou mostrar para você com exemplos. Mas, é preciso que fique bem claro, antes de tudo, que a Tese, por ser a sua opinião, você vai fazer de tudo para defendê-la até o último parágrafo (literalmente). Logo, antes de criá-la, é preciso definir bem o que você vai falar sobre o tema, para que o seu texto fique coeso e coerente. Exemplo 1: E se o tema fosse sobre: Liberação de armas na sociedade brasileira. Vamos definir uma vertente para ser defendida: 1. Sou contra ou sou a favor? Sou contra! (sem juízos de valores, por favor, vamos prezar apenas pela redação aqui). 2. Quais problemas existem para que eu seja contra a liberação de armas para todas as pessoas da sociedade? a. A falta de conhecimento da população sobre os reais impactos dessa liberação; b. A falta de estrutura governamental para lidar com essa liberação. Levantados os problemas, agora posso pensar em estruturar uma tese para ser defendida durante todo o meu texto:
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Violência. Medo. Justiceiros. Não se pode negar que a instabilidade dentro de uma sociedade pode dar margem à sensação cada vez maior de insegurança. Dentro desse contexto, a liberação de armas para a população parece ser uma alternativa viável para modificar esse sentimento. Contudo, a falta de conhecimento das pessoas atrelada à precária estrutura governamental para lidar com a livre posse de armamentos torna essa alternativa mais em um problema do que em uma real solução. Diante disso, analisar o atual contexto é fundamental para que medidas apenas sintomáticas sejam evitadas.
Você conseguiu perceber o meu ponto de vista dentro dessa introdução? Então vamos destrinchá-la:
a. Em amarelo: Lembra que eu falei que a sua introdução poderia começar por “Flashes”, pois então, esse é um exemplo de Flash, você utiliza palavras-chave que caracterizam o tema que você vai abordar. É como se fosse uma “manchete de jornal” anunciando alguns elementos que será tratado no seu texto. Perceba que eu falei “Justiceiro”, contudo eu não expliquei isso na minha introdução. Esse recurso pode ser um gatilho para levar o leitor para o restante do texto, pois, ficará subentendido que em algum dos parágrafos do desenvolvimento você falará sobre justiceiros. b. Em azul: essa é a minha contextualização, estou sistematizando uma justificativa que seria dada por muitas pessoas que são a favor da liberação de armas. c. Em rosa: Abordei o tema da redação, o leitor já sabe que durante os próximos 3 (ou 4) parágrafos da minha redação eu falarei se sou a favor ou não da liberação de armas para a sociedade. d. Em verde: “Contudo”, eu já começo um período com um elemento coesivo de oposição, ou seja, esse recurso vai introduzir um argumento mais forte do que aquilo que eu havia falado antes, deixando claro que eu não sou a favor da livre posse de armas e que defenderei isso, de forma crítica, no meu texto. Já é uma pontinha da minha Tese. e. Em cinza: A Tese propriamente dita. Medidas sintomáticas são aquelas que não tratam a causa do problema, mas sim os sintomas, isso resolve a sua problemática? Não! Logo, para que a violência seja resolvida, não será a liberação de armas que solucionará isso, mas sim medidas eficazes que trabalham a raiz do problema.
Então, agora, para defender a minha tese, irei buscar por argumentos sólidos para persuadir o leitor a concordar com o meu ponto de vista sobre esse assunto. Isso é ter uma boa argumentação!
UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como o texto é Dissertativo-Argumentativo, expor o seu pensamento é fundamental para que o corretor veja o seu lado crítico ao abordar o assunto proposto pela banca. PORÉM, CONTUDO, Instagram: @vempramimedicina
TODAVIA (muita atenção nesses conectivos de ressalva, hein!!!), em momento algum ponha a sua ideia no texto na 1ª Pessoa do Singular (EU) – eu sei que você está cansado (a) de saber disso, mas não custa nada falar sobre isso mais uma vez – seu texto deve ser impessoal, com a sua posição crítica bem argumentada para convencer o corretor. Ao longo da apostila você vai entender melhor o que estou querendo dizer. Exemplo 2: E se o tema fosse sobre: Xenofobia. Preconceito. Medo. Ódio irracional. A globalização, apesar dos seus inúmeros impactos positivos, acirrou um problema existente desde o início da civilização: a xenofobia. Dentro dessa perspectiva, diferenças culturais, ideológicas e econômicas são as principais geradoras desse chauvinismo. Diante disso, analisar o atual contexto é fundamental para mitigar essa mazela social.
Em amarelo: Mais uma vez o meu texto começou por flashes! Os flashes são um recurso muito bacana, também, para quando você não tem uma ideia formada de como começar o seu texto, porque eles parecem dar um “start” para você conseguir fluir com o resto da sua escrita. Em rosa: estou introduzindo o tema que será abordado e depois eu o cito, após os dois pontos. Em verde: cito, também, apenas de maneira superficial, as causas para a existência dessa mazela (a intenção é explicar as causas no desenvolvimento, na introdução você apenas aborda alguns pontos, para deixar com “gostinho de quero mais”). Em azul: A tese!!! Analise a minha tese e veja se você consegue definir se sou a favor ou contra a xenofobia. Quando começar a perceber a opinião de um autor nas entrelinhas, você estará cada vez mais próximo de construir os seus próprios textos colocando as suas teses.
Exemplo 3: E se o tema fosse: Escravidão no século XXI “Presa nos elos de uma só cadeia/ A multidão faminta cambaleia/ E chora e dança ali”. Marcada pelo engajamento social, a poesia romântica do poeta Castro Alves já denunciava um problema que persiste até hoje: a escravidão. Dentro desse contexto, as precárias ações de políticas públicas atrelada a uma grande desigualdade social e educacional contribuem para a não resolução dessa problemática. Com isso, para mitigar essa mazela, faz-se necessária uma parceria entre governo e mídia.
Em azul: contextualização do tema. Aqui eu usei um recurso da literatura para enriquecer a minha competência 2 – Interdisciplinaridade.
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Esse recurso, às vezes, é um pouco mais difícil de ser usado, porque você pode não conseguir se lembrar de algum poema ou verso de música ou mesmo citação de algum autor para colocar na Íntegra no texto (e nem precisa ter tudo isso decorado), mas, quando você conseguir utilizar, também pode ser uma boa forma de começar a sua produção textual. Em rosa: a abordagem do tema. Citei sobre o que a minha redação irá falar. Em amarelo: coloco em discussão algumas das causas geradoras para que essa mazela ainda exista em pleno século XXI. Em verde: A tese. Essa tese é bem controversa porque muitas pessoas dizem ser errado você citar os agentes logo na sua introdução. Contudo, eu conversei com alguns professores e eles disseram que essa forma não está errada, que pode ser feita sim (apesar disso, eu não escrevo mais minhas teses colocando os agentes, recebi tantas críticas – de outros alunos – que acabei ficando insegura e resolvi modificar essa minha forma de escrever. No entanto, eu já usei essa forma no Enem de 2015 e tirei 940, então ela realmente não está errada). Moral da história: cuidado ao dar seu texto para outras pessoas lerem, nem sempre elas opinarão conforme as competências do Enem, mas sim farão julgamento com base na sua forma de escrever (o que não é muito legal, porque existem diversas formas certas de se escrever)! Agora vamos passar para próxima etapa? Você lerá mais introduções na parte dos temas, por enquanto vamos detalhar a estrutura do texto.
DESENVOLVIMENTO Como você já sabe, o desenvolvimento é onde você vai mostrar a sua mágica, trazendo argumentos que façam o leitor (corretor) concordar com a sua visão sobre determinado assunto. Uma forma de você conseguir melhorar seu desenvolvimento e sempre trazer algo diferente a ser discutido a cada parágrafo é fazer um ROTEIRO antes de escrever, ou seja, no momento que você pegar a sua prova de redação leia o tema e pense: “o que eu sei sobre isso?”. É bom saber, também, em se tratando de ENEM, que o tema sempre será uma problemática, um problema a ser resolvido, porque você precisará fazer uma proposta de intervenção. Diante disso, pergunte-se, ao ver o tema: “Quais são os problemas que envolvem esse tema?”, como fizemos lá na introdução, lembra? Feito isso, você pode reunir o que sabe sobre o assunto para mostrar que o que está sendo abordado no seu texto é real. Outro ponto necessário de falar aqui é o tamanho de cada parágrafo e quantos parágrafos são necessários. Bem, você pode fazer até 3 parágrafos de desenvolvimento, cada um contendo em torno de 4, 5 ou 6 linhas (no máximo). Contudo, para elaborar muito bem uma argumentação e conseguir expor tudo aquilo que você gostaria sem deixar seu parágrafo expositivo, às vezes, demanda mais que 6 linhas. Diante disso, eu te aconselharia a trabalhar com apenas 2 parágrafos de desenvolvimento, isso porque você teria espaço suficiente para falar tudo o que gostaria e, ainda, sobraria mais espaço para sua conclusão. Lembre-se de que a sua conclusão precisará ser bem detalhada, logo, ela demanda de um espaço bem considerável. Instagram: @vempramimedicina
É importante destacar, também, que o tamanho de cada parágrafo seu irá depender muito do tamanho da sua letra e do quão legível ela é. Não adianta diminuir sua letra ao ponto de ela ficar indecifrável, treine isso escrevendo muitas redações à mão, para que no dia da prova você tenha noção até mesmo do tamanho da sua letra. Mais uma coisa, as funções de cada parágrafo do desenvolvimento são: a. Tópico Frasal Cada parágrafo você deve interpretar como uma “mini-redação”, isto é, deverá ter “início, meio e fim”. Logo, o tópico frasal é a “introdução” de cada parágrafo. Esse tópico é uma síntese daquilo que você vai desenvolver. Ele será ideal se tiver um tamanho de 1 a 2 linhas, no máximo. b. Ampliação Como o próprio nome já diz você vai ampliar a ideia que você apresentou no seu tópico frasal e é justamente nesse ponto que a sua mágica argumentativa vai vir à tona, isso porque, para que você exponha a sua ideia e confirme que ela não é nenhum absurdo, serão necessários que sejam utilizados recursos argumentativos, como: exemplos, argumento de autoridade, alusões históricas, citações, fatos, pesquisas, dados estatísticos, enfim, um recurso interdisciplinar que some e que ratifique (confirme) aquilo que você está falando. Isso é importante porque você vai mostrar para o corretor que aquilo que você está falando sobre o problema é real e ainda vai mostrar verdades “hey, ta vendo? Isso não é coisa da minha imaginação não, fulano já disse isso... Olha essa pesquisa aqui!!!” (Não me venha colocar na sua redação esse diálogo que eu puxo sua orelha, viu??? Ai ai ai, nada de coloquialismo, primeira pessoa ou diálogo na sua redação!!!) c. Fechamento Essa parte é tão importante quanto às outras duas, tendo em vista que é justamente esse fechamento que fará com que o seu texto não seja expositivo, mas sim argumentativo. Nesse período você irá expor a sua opinião (impessoal, já sabe, né?) sobre o problema que você abordou no parágrafo. Existem várias formas de você fazer isso, só que, para mim, o que foi mais eficaz e deu certo com todos os meus textos foi citar a falta de ação de um determinado agente ou uma modificação que é necessária ser feita para mudar tal cenário. Vem comigo aqui que vou mostrar um exemplo para que fique bem claro o que quero dizer: Exemplo 1: E se o tema for: A importância dos movimentos sociais Desenvolvimento 2 (parágrafo 3): É válido ressaltar, ainda, que a burocracia contribui para a lenta modificação política e jurídica. Seguindo essa linha de raciocínio, a inércia legislativa dificulta a conquista de direitos, principalmente das minorias. Acerca dessa premissa, o movimento dos trabalhadores rurais luta para conseguir na prática a reforma agrária em terras que não cumprem sua função social, algo previsto pela lei, contudo, dificilmente aplicado. Sob esse aspecto, em consonância com o filósofo Aristóteles, o princípio de equidade, dar a cada um o que é devido, de acordo com a Constituição de 1988, não é respeitado na íntegra. Nessa perspectiva, tal conjuntura desencadeia inúmeros conflitos agrários entre aqueles que Instagram: @vempramimedicina
buscam por mudanças sociais e os que são contra, demonstrando a necessidade de reformulações jurídicas. Em amarelo: Esse é o tópico frasal, curto e simples, apenas uma síntese daquilo que irei abordar na ampliação. Em azul: Essa é ampliação! Perceba que fiz uso de alguns recursos nesse parágrafo: Figura de autoridade: Aristóteles Argumento de autoridade: Constituição Exemplo: Movimento dos trabalhadores rurais (MST), é um exemplo dentre os infinitos movimentos sociais que existem. Tudo isso para afirmar essa seguinte ideia: Allana: Hey, banca, olha só, deixa eu te falar, a Constituição Brasileira é uma maravilha, linda demais, a teoria dela, impecável, fala que terra sem uso deve ser usada para fazer reforma agrária, sabe? Dar um pedacinho de chão para galera mais necessitada, para que eles plantem e consigam se sustentar. Só que, a parada é a seguinte: mesmo tendo tudo escrito no papel e pá, o povo lá da política não dá a mínima pra isso e enrola, enrola e enrola para poder dar às minorias aquilo que já é previsto em lei! Banca: Não sei não, ainda não tô convencida! Allana: Como não? Quer um exemplo? Tudo bem, te dou um: o que você me diz dos trabalhadores rurais sem terra que há anos lutam para que aconteça a reforma agrária, hein? E mais, na antiguidade já tinha um tiozinho que falava do princípio de Equidade, ta ligada no que é isso? Quer dizer “dar a cada um o que é devido”, ou seja, se é devido dar terras para aqueles que necessitam, que assim seja, esse é um princípio defendido pela nossa Constituição, saca? É um dos pilares da democracia, não dá para ser ignorado assim não! Banca: verdade, né? Allana: claro que é! E sabe o que acontece quando esse princípio não é garantido? Tiro, porrada e bomba! O campo ta mega perigoso por causa dessa treta aí. Por isso que eu digo: é necessário reformular essas leis aí para funcionarem na prática. “Mas Allana, você não pode escrever assim na sua redação” Tudo bem, então deixa como estava na primeira forma que coloquei :D
Ah, detalhe importante: você não precisa colocar esse tanto de recurso em um só parágrafo, geralmente você só precisará utilizar um em cada parágrafo do seu desenvolvimento (de preferência que eles sejam diferentes). Em rosa: esse é o meu fechamento! Perceba que falei dos conflitos e depois disse que é preciso ter reformulações jurídicas. Essa é a minha opinião no final do parágrafo, para que ele não fique expositivo. Por exemplo, digamos que eu tenha escrito todo o parágrafo até o final da parte grifada em azul: É válido ressaltar, ainda, que a burocracia contribui para a lenta modificação política e jurídica. Seguindo essa linha de raciocínio, a inércia legislativa dificulta a conquista de direitos, principalmente Instagram: @vempramimedicina
das minorias. Acerca dessa premissa, o movimento dos trabalhadores rurais luta para conseguir na prática a reforma agrária em terras que não cumprem sua função social, algo previsto pela lei, contudo, dificilmente aplicado. Sob esse aspecto, em consonância com o filósofo Aristóteles, o princípio de equidade, dar a cada um o que é devido, de acordo com a Constituição de 1988, não é respeitado na íntegra. Você consegue sentir que falta algo? Você lê o texto e fica “sim, e aí? O que você quis dizer com toda essa informação? Cadê a conclusão do seu pensamento?” parece que falta esse algo, né? E é justamente isso que vai diferenciar o seu texto de ser expositivo ou um dissertativo-argumentativo. Deu para entender? Então vamos para mais exemplos. Mas, antes, gostaria de deixar uma dica aqui, que já falei na minha primeira apostila: você vai ler muitos textos e parágrafos que foram escritos por mim e eu tenho um tipo de escrita, em alguns momentos você vai concordar com o que eu escrevi, mas em outros você vai discordar e isso é muito normal. Diante disso, minha dica para você é: leia redações nota 1000, isso você consegue encontrar em sites, blogs e afins, vou deixar alguns links de redações nota 1000 para que você leia. Ah, em cima disso, tenho um dever de casa para você: toda redação nota 1000 que for lida, defina as funções da introdução, do desenvolvimento e da conclusão. No momento que você conseguir enxergar isso, você passará a ser um corretor e não apenas um escritor! E, sim, ainda dá tempo de você crescer muito em redação, no primeiro Enem que fiz (pós-faculdade – 2015), minha nota foi de 940, como já falei, e eu comecei a me dedicar mesmo à redação no período de agosto, logo, nada está perdido, basta dedicação, foco e técnicas de estudos. Tendo dito tudo isso, agora vamos para mais exemplos! Exemplo 2: O tema continua sendo sobre escravidão – abordado na parte da introdução (colocarei os dois parágrafos de desenvolvimento aqui). 1º Parágrafo de desenvolvimento: Na sociedade feudal, a existência do trabalho servil, exercido pela camada menos influente da população, era imposta por uma Política Estamental. De maneira análoga, apesar de contra lei, hoje, tal realidade ainda pode ser vista em países como a China, a Rússia, a Índia e o Brasil. Sob essa lógica, além de possuírem como semelhança a ascensão econômica, essas potências emergentes, também, têm em comum a grande desigualdade social e escolar, principais características para a exploração do trabalho da camada mais pobre da sociedade. Prova disso é a “Indústria da Seca” presente no Nordeste brasileiro, a qual aproveita-se das intempéries da região para explorar a população carente. 2º Parágrafo de desenvolvimento: Ademais, é válido ressaltar a precária estrutura governamental na luta contra o trabalho escravo atual. Apesar de ser garantida pela Constituição Brasileira de 1988, a integridade física e psicológica do trabalhador, pode-se constatar que a exploração laboral vai de encontro a essa premissa. Seguindo essa linha de raciocínio, de acordo com o Ministério do Trabalho, 46478 trabalhadores já foram libertos de trabalhos similares à escravidão. Nesse sentido, ainda que existam programas como o “Marco Zero”, responsável por fiscalizar e coibir contratos ilegais de trabalho, é nítida a necessária ação mais efetiva do Estado brasileiro. Instagram: @vempramimedicina
Em amarelo: são os tópicos frasais (só uma observação sobre os tamanhos dos parágrafos: todos parecem muito grandes quando estão aqui na apostila, mas, na minha letra, eles cabem em até 8 linhas e os tópicos frasais ocupam 2 linhas ou menos). Em azul: elementos que darão veracidade ao que estou escrevendo. Lembre sempre quando você for colocar um argumento na sua redação, é preciso por bases que os confirme, porque você nunca é a primeira pessoa a falar sobre o assunto e, não só por isso, serve para mostrar que a sua análise faz sentido e por esse motivo o corretor deve concordar com você sobre o assunto (e te dar uma boa nota). Uma boa argumentação é feita com bons argumentos, com conhecimento, com exemplos ou analogias e não com arrogância ou ataques a outras ideias, beleza? Então vamos para a próxima etapa do nosso texto.
Conclusão Chegamos a famigerada conclusão, o fechamento do seu texto e, geralmente, o bicho de 7 cabeças de muitas pessoas, mas não o seu, não mais! Muito bem, primeiro de tudo, a sua conclusão deve conter entre 7 a 9 linhas (mais que isso você corre o risco de perder pontos por causa da estrutura do seu texto e menos que isso pode fazer com que a sua conclusão não atenda a todas as funções que ela deve conter). Funções de uma conclusão: a. Retomar a tese: Um texto bom e “bem casado” é aquele que os professores chamam de “texto-circuito”. E o que significa isso, Allana? Significa que aquilo que você falou lá na sua introdução irá ser retomado na sua conclusão. Mas com as mesmas palavras? Não, você pode parafrasear a sua tese. Parafrasear? Trocando em miúdos, parafrasear significa: falar a mesma coisa, mas com palavras diferentes. Isso vai mostrar para o corretor que você planejou todo o seu texto. b. Lançar a (s) proposta (a) de intervenção: Esse é um dos pontos mais importantes do seu texto, está na hora de você resolver os problemas que você apresentou durante toda a sua escrita. Antes que você pire o cabeção e jogue tudo para o alto, calma, respira e segura minha mão que vai dar tudo certo. A sua proposta de intervenção não precisa ser algo ultra-mega-power inovadora, não tem como ganhar o prêmio Nobel em tão poucas linhas (infelizmente)! Você precisa pensar apenas em propostas viáveis e NÃO utópicas (impossíveis) para propor que sejam feitas. Daí você vai ter que dizer: 1. 2. 3. 4.
Como que essas propostas vão ser feitas Por quem elas vão ser aplicadas (Aqui você cita os agentes) O que eles vão fazer Para quê eles vão fazer
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Respondendo essas 4 perguntinhas você consegue deixar sua proposta super bem detalhada e sem precisar ter um aneurisma cerebral, não é mesmo? Ah, só lembrando algo MUITO IMPORTANTE: a sua proposta deve resolver APENAS aquilo que você citou na sua redação, nada a mais e nada a menos, caso contrário, aí mesmo que não terá espaço para que você fale tudo o que for preciso. Outro ponto: ano passado o Inep decidiu que apenas 1 das suas propostas precisa ser bem detalhada, respondendo as 4 perguntas, a outra (no caso de você ter apresentado 2 problemas no seu desenvolvimento – 1 e 2) pode conter menos detalhamento. Contudo, entretanto, todavia (olha os conectivos adversativos de novo, minha gente), eu tento detalhar cada uma das propostas que ponho, isso porque, muitas vezes, quando colocamos apenas um agente para resolver os problemas que falamos, a proposta fica completamente utópica e não tem como ser resolvida realmente. Logo, eu, Allana, sempre apresento mais de um agente para que eles trabalhem em conjunto, visando resolver aquilo que escrevi. Vou mostrar para vocês um pouco mais abaixo. c. Concluir o texto: Muitas pessoas cometem um erro de achar que a redação termina quando a proposta termina, mas não, a sua redação termina depois que você a conclui (dãããã, pelo amor de Deus, né, Allana!!!). Tá bom, dito de outra forma: a sua conclusão só termina quando você a fecha de forma a dar a entender que aquele é realmente o fim do seu texto. Lembra que eu falei sobre o texto-circuito? Então, essa parte conclusiva da sua conclusão (perdão pelo pleonasmo) você pode usar como a “chave-ouro” do seu texto, ou seja, é possível citar alguma passagem da sua redação, seja ela da introdução ou de algum dos desenvolvimentos. Por exemplo, se você citou um autor, você pode falar “Dessa forma, a premissa defendida por fulano de tal não fará mais parte da realidade brasileira” ou, se os pilares democráticos foram citados: “Dessa forma, os pilares democráticos serão aplicados na íntegra...”, entendeu? Um ponto importante: cuidado para esse fechamento não se tornar clichê ou previsível demais, do tipo: dessa forma a sociedade será feliz, ou, dessa forma a violência diminuirá, por exemplo. Podemos modificar esses clichês por: “Dessa forma, o fim último aristotélico será garantido na íntegra” (o homem busca pela Felicidade, segundo esse filósofo, logo, o fim último é a felicidade! ÓBVIO que para falar isso você precisa ter explicado em algum momento do seu texto, mas, deu para entender o que quis dizer?) Vou exemplificar melhor, para que não restem dúvidas, vamos lá: Exemplo 1: O Tema continua sendo Movimentos Sociais: Entende-se, portanto, que as manifestações sociais encontram entraves devido aos préjulgamentos atrelados à papelocracia existem no país. Diante disso, para mitigar essa problemática é fundamental uma ação conjunta, na qual a mídia será responsável por trabalhar o sentimento de empatia na população, por meio de ficções engajadas que mostrem o quão plural é a sociedade e a importância de respeitar cada grupo, afirmando a legalidade das manifestações populares na busca por garantir direitos constitucionais, a fim de mitigar os preconceitos. Concomitantemente, cabe ao Instagram: @vempramimedicina
Ministério da Justiça e Cidadania fazer valer aquilo que está previsto na lei, criando e fiscalizando regulamentos que respeitem as necessidades das minorias, atendendo as reivindicações dos movimentos. Dessa forma o país passará a respeitar os pilares democráticos na íntegra e a sociedade não será mais excludente. Em rosa: Essa é a retomada à tese com palavras diferentes (parafraseei o que havia escrito) Em amarelo: como eu havia falado, essa é a forma de envolver mais de um agente para resolver meus problemas. Os agentes: Mídia e Governo (no caso eu especifiquei qual membro do governo deve fazer isso – Ministério da Justiça e Cidadania). Ações: Mídia: trabalhar o conceito de empatia na sociedade Governo: criar leis (regulamentos) Como vai ser feito: Mídia: por ficções engajadas que trabalhem esse assunto. Governo: por fiscalização das novas leis e das antigas. Para quê?: para mitigar os preconceitos e para atender as reivindicações das minorias. Em azul: Esse é o fechamento do meu texto. Percebeu que o meu texto não acabou quando eu acabei a proposta? Isso que quis dizer sobre a sua redação não terminar quando a sua proposta terminar. Exemplo 2: E se o tem for: Escravidão no século XXI (sim, irei colocar a conclusão dessa redação para que você consiga analisar sua primeira redação de forma completa e passo a passo). É fundamental, portanto, um desempenho conjunto entre governo e mídia, na qual essa, por meio de programas como o “Fantástico” e campanhas como “Somos Livres”, deve informar a população sobre a importância de se combater o trabalho escravo, a fim de transformar a sociedade em um agente ativo na luta contra essa mazela. Ademais, o Ministério Público, junto à Polícia Federal, deve fiscalizar, coibir e punir de maneira mais eficaz os desviantes da lei, para, assim, evitar reincidências. Além disso, deve disponibilizar mais escolas e projetos educacionais, a fim de atenuar as desigualdades escolares e, consequentemente, sociais. Dessa forma, a poesia do Poeta dos Escravos fará parte apenas do acervo literário e não mais da realidade. Os agentes: Mídia e Governo (no caso eu especifiquei qual membro do governo deve fazer isso – Ministério Público). Ações: Mídia: trabalhar a informação, a denúncia e a empatia Governo: criar leis, fiscalizar mais, punir os desviantes da lei e disponibilizar mais escolas e projetos educacionais. Instagram: @vempramimedicina
Como vai ser feito: Mídia: Por meio de programas televisivos e campanhas Governo: por fiscalização das novas leis e das antigas. Para quê? Para mitigar os preconceitos, para transformar a população em um agente ativo na luta contra a escravidão, para coibir novos casos e para minimizar as desigualdades sociais. Em azul: perceba o fechamento do meu texto deixando ele circuito.
Exemplo 3: E se o tema fosse: Reforma da Previdência
É fundamenta, portanto, uma ação conjunta entre governo e mídia, na qual essa, por meio de programas como o “Fantástico” e o “Profissão Repórter”, deve informar à população sobre a necessidade de uma mudança previdenciária. Contudo, compete a ela, também, o papel de orientar sobre os pontos desfavoráveis da proposta, a fim de transformar a sociedade em um agente ativo na busca por mudanças justas. Concomitantemente, cabe ao Estado corrigir as inadequações da reforma, no intuito de torná-la mais legítima para toda população. Além disso, deve criar projetos de incentivos fiscais para empresas que contratem pessoas da terceira idade. Dessa forma, além de resolver a crise econômica, o país agirá consoante às sociedades menos complexas para com os anciões.
Nessa última conclusão faremos uma dinâmica diferente: Quero que você analise qual é a diferença entre a primeira conclusão que coloquei e as outras duas e quero que você defina elemento por elemento necessário nessa parte do texto: Os agentes:
Ações: . Como vai ser feito:
Para quê?
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Último tópico a ser falado aqui na parte da conclusão: Como fugir da utopia??? Parece algo surreal de difícil, mas, garanto a você que não é. Para melhorar a sua situação e deixar a sua escrita fácil, defina o que cada agente é responsável por fazer na sociedade. “Que agentes são esses que você está falando, Allana?” Se você ainda não os conhece (falei sobre eles na minha primeira apostila, porém, de forma diferente), irei apresentá-los para você agora – são os GOMIFES (sigla que aprendi com o Descomplica), que significa: G – Governo; O – Ong’s; M – Mídia; I – Indivíduos; F – Família; E – Escola; S – Sociedade “Entendi, mas, colocar eles assim ainda não deixa a redação muito geralzona não?” Sim, deixa, então, para que ela fique mais detalhada, vamos definir as possíveis ações que cada Ator Social poderia fazer para melhorar nossa problemática (na primeira apostila tem alguns órgãos do governo e de ONG’s que você pode utilizar na sua conclusão para deixar cada vez mais detalhado, além de conter um mapa mental explicando alguns tópicos importantes sobre a mídia e a função dos principais Ministérios do Executivo): GOVERNO: Está dividido em 3 grandes grupos: Legislativo; Executivo e Judiciário. São responsáveis por Criar lei, executá-las e julgá-las. Além disso, os órgãos derivados desses 3 poderes também são responsáveis por FISCALIZAR, fazer PARCERIAS com outros Atores Sociais, fornecer SUBSÍDIOS FISCAIS para que alguns outros agentes atuem em áreas que ele, sozinho, não consegue atuar e, ainda, aplicar SANÇÕES àqueles que não trabalharem para o bem comum da sociedade.
OGN’s (Organizações Não Governamentais): Quando falei no tópico anterior sobre dar subsídios (incentivos fiscais) a outros agentes, estava me referindo às ONG’s. Essas Organizações fazem parte do 3º Setor da Sociedade e são responsáveis por “tapar um buraco” que o governo não consegue atuar. Contudo, elas não podem assumir completamente o papel social do Estado. Elas podem atuar na parte de Assistencialismo, Capacitação, Defesa de causa, dentre outras áreas. Segundo uma reportagem da Revista Super Interessante: Para que serve uma ONG? “ONGs são as ferramentas que a população tem para participar da sociedade”, diz Plínio Bocchino, diretor de marketing da S Mata Atlântica, uma ONG fundada em 1986 para combater o Instagram: @vempramimedicina
desastre ecológico na mata que já ocupou 15% do território brasileiro e hoje mal chega a 2%. Até 20 anos atrás, participar da sociedade era sinônimo de votar ou ser membro de um partido político. Hoje, quem está insatisfeito pode entrar para uma ONG. Lá encontrará pessoas unidas por uma causa comum, lutando por ideais que consideram relevantes e, até por isso, focadas e especializadas nesses temas – sejam eles a utilização de bicicletas nas cidades, a construção de casas populares ecologicamente corretas ou a promoção do teatro nas periferias. Mas o poder de ação das ONGs é limitado. Todos os entrevistados para esta reportagem são unânimes em dizer que elas não podem – e não devem – substituir o Estado. Pegue-se o exemplo do rio Tietê. “Jamais vai surgir uma ONG capaz de limpar o rio. Ela não teria dinheiro nem autoridade política para isso”, diz Luiz Carlos Merege, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor da FGV. Cabe à ONG protestar, organizar a sociedade, apresentar propostas, pressionar o governo e até associar-se a ele na execução do projeto. Mas ainda assim seria do Estado a responsabilidade de colocar a mão na massa. Fonte: https://super.abril.com.br/comportamento/para-que-servem-as-ongs/
VOCÊ SABIA? O exemplo de uma parceria de sucesso entre: Governo, mídia e ONG’s: O Programa Criança Esperança, uma parceria da TV Globo e da UNESCO, contribui para empoderar pessoas, criar oportunidades e transformar vidas. Ao longo de 30 anos já beneficiou mais de 4 milhões de crianças, adolescentes e jovens em todo o Brasil. Doações da sociedade e também de empresas permitem apoiar projetos em diferentes áreas, como educação, esporte, cultura, cidadania, inclusão e juventudes, desenvolvidos por organizações nãogovernamentais, localizadas em diversas regiões do Brasil.
MÍDIA: Sabemos o quanto a Mídia pode ser decisiva em questões sociais, logo, ela pode muito bem ser utilizada como um forte Agente para modificar algumas ideias presentes na sociedade. Tendo em vista isso, Campanhas publicitárias, propagandas, ficções engajadas (novela, série, filme), programas televisivos, telejornais, redes sociais, são ótimos exemplos de meios pelos quais a mídia pode atuar como conscientizadora de determinados assuntos. Eu sei que o Enem não gosta muito da palavra “conscientizar”, então utilizaremos em seu lugar: Instigar, propagar, sensibilizar, despertar, trabalhar, divulgar. São verbos que trabalham bastante a importância da mídia dentro de um país. A mídia é tão importante que ela passou a ser chamada de “O 4º Poder”, logo, não é utópico que, ao sugerirmos a sua utilização como um dos atores sociais, ela consiga realmente mudar a sociedade para melhor. Prova disso são as discussões levantas depois que alguns assuntos “tabus” são levados às grandes mídias, como o aborto, o machismo, o feminicídio (que existe, e muito, infelizmente), a homossexualidade, o racismo, dentre outros, levando, em alguns casos, até mesmo, na diminuição do preconceito para com determinados grupos minoritários. Contudo, é necessário ter cautela, pois, os meios de comunicação, quando utilizado para fins ruins, podem ser completamente perigosos, como, por exemplo, aconteceu com os países do Oriente Médio, que tiveram suas populações, em grande parte, sendo associada a terroristas, sofrendo preconceito, xenofobia mundo afora. Instagram: @vempramimedicina
INDIVÍDUO: O papel de uma pessoa na sociedade é algo difícil de abordar na proposta de intervenção, porque ela precisará ser modificada por um fator externo, como as leis, a família, a cultura, a escola, a mídia, dentre outros. Entretanto, a sua participação como cidadã pode ser abordada quando ela atuar como voluntária em projetos sociais, apoiando ONG’s, sendo uma ativista dentro e fora das redes sociais e afins. É preciso ter cuidado ao abordar o indivíduo como um agente para que sua conclusão não fique utópica, pois, nenhuma pessoa muda suas concepções da noite para o dia, por exemplo: “nossa, hoje eu acordei menos preconceituoso, percebi que tava sendo muito babaca, preciso mudar!” Percebe que não faz muito sentido a pessoa mudar “do nada”? Para que haja essa mudança, deve ocorrer algum processo educacional envolvido, seja ele por uma educação formal (dentro dos locais de ensino) ou informal (fora desses ambientes educacionais). FAMÍLIA: O núcleo familiar é o primeiro contato com educação e com a sociedade que um indivíduo vai ter. Logo, inicialmente, a bagagem cultural de uma pessoa será a imagem da família que a cria. Mais uma vez, o papel da família, na proposta de intervenção precisa ser analisado em conjunto com outros agentes, pois ela não mudará caso não sofra uma interferência de outras visões externas e diferentes das dela, tendo em vista que é o diferente que nos causa a reflexão sobre os nossos conhecimentos e nossos valores. Existem alguns temas que a família pode ser mais utilizada, como a Depressão ou o Suicídio entre os jovens (tema abordado na minha 1ª apostila), a obesidade infantil e discursos de ódio. ESCOLA: O papel da escola é fundamental no processo de formação dos indivíduos de uma sociedade. Os ambientes educacionais irão ampliar o contato social de cada pessoa e, consequentemente, mostrarão visões diferentes daquelas que foram aprendidas no seio familiar. Essa é uma educação definida como formal. Logo, alguns conceitos, às vezes preconceituosos, advindos da família poderão ser desconstruídos, construídos ou reconstruídos pelo ambiente escolar por meio de debates, palestras, disciplinas (como História, Filosofia e Sociologia), projetos, como o Programa Semente, responsável por trabalhar uma Educação Socioemocional, dentre outras formas. Importante Destacar: Você sabia que existe um projeto chamado “Programa Semente” que pode ser utilizado na nossa proposta de intervenção para trabalhar conceitos como Política, Autorresponsabilidade, Bullying, Decisões Responsáveis, dentre inúmeros outros importantíssimos de se ensinar a uma criança, no intuito de formar cidadãos cada vez mais conscientes da sua importância dentro da sociedade? Link para conhecer mais sobre o projeto: http://programasemente.com.br/
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SOCIEDADE: A sociedade pode trabalhar por meio de Movimentos Sociais para conseguir melhores condições de vida, visando ter na íntegra os direitos constitucionais. Além disso, ela pode, e deve, trabalhar em parcerias com ONG’s, sendo voluntárias de projetos sociais, e com os ambientes de ensino, fiscalizando e exigindo uma melhor educação para os menos abastados.
Com essas definições de cada um dos Atores Sociais, acho difícil você não saber detalhar a sua conclusão, não é mesmo???
IMPORTANTE SABER: Você conhece a nossa Constituição??? Sabia que ela foi apelidada de “Constituição Cidadã”??? A Constituição brasileira mais recente é a de 1988 e foi promulgada com inúmeros direitos sociais, por isso passou a ser chamada de Constituição Cidadã! Existem 2 artigos, em especial, que colocarei aqui porque são interessantíssimos tanto para usarmos na nossa argumentação, quanto na conclusão e, claro, para a vida! São os Artigos 5º e 6º: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
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IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Último ponto a ser abordado na Conclusão: A defesa dos Direitos Humanos! No Enem de 2017 foi definido que o candidato não teria sua redação zerada ao desrespeitar os Direitos Humanos. PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, você pode até não zerar a sua conclusão, mas também dificilmente obterá os 200 pontos destinados a essa competência. Então, vamos combinar aqui que você NÃO desrespeitará os direitos humanos? Combinado? Eu ouvi seu sim daqui e não te dou opção de mudar de ideia! Lembre-se que os Direitos Humanos não são nossos inimigos, muito pelo contrário, se com eles nós já sofremos com várias coisas surreais, imagina sem eles, nada legal, não é? Pois é! Os direitos humanos são comumente compreendidos como aqueles direitos inerentes ao ser humano. O conceito de Direitos Humanos reconhece que cada ser humano pode desfrutar de seus direitos humanos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outro tipo, origem social ou nacional ou condição de nascimento ou riqueza. Os direitos humanos são garantidos legalmente pela lei de direitos humanos, protegendo indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. Estão expressos em tratados, no direito internacional consuetudinário, conjuntos de princípios e outras modalidades do Direito. A legislação de direitos humanos obriga os Estados a agir de uma determinada maneira e proíbe os Estados de se envolverem em atividades específicas. No entanto, a legislação não estabelece os direitos humanos. Os direitos humanos são direitos inerentes a cada pessoa simplesmente por ela ser um humano. Tratados e outras modalidades do Direito costumam servir para proteger formalmente os direitos de indivíduos ou grupos contra ações ou abandono dos governos, que interferem no desfrute de seus direitos humanos. Algumas das características mais importantes dos direitos humanos são: Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa;
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Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas; Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal; Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros; Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa. Desde o estabelecimento das Nações Unidas, em 1945 – em meio ao forte lembrete sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial –, um de seus objetivos fundamentais tem sido promover e encorajar o respeito aos direitos humanos para todos, conforme estipulado na Carta das Nações Unidas: “Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, … a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações…” Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948
ROTEIROS PARA REDAÇÃO Nessa área nós vamos trabalhar com alguns temas mais cotados para cair no Enem de 2018. Algumas dessas propostas conterão redações, escritas por mim, para que, com isso, fique mais nítido para você a ideia de como escrever um roteiro e depois como transformá-lo em texto. Já outras conterão apenas o Roteiro para poder direcionar você em uma escrita. É importante deixar claro, antes de começar, que na hora da sua redação escrever as palavraschave das suas ideias é importante para que você não as esqueça, mas não é preciso escrever cada uma detalhe por detalhe, farei isso aqui para que você consiga entender aquilo o que eu quis dizer colocando cada palavra destacada e para munir você com bastante informação sobre cada assunto. Outro ponto que gostaria que você ficasse ciente é: dentro de uma temática existem várias visões que podem ser abordadas e na apostila eu colocarei apenas algumas delas. Além disso, para munir você com dados, figuras de autoridade e fontes confiáveis, sempre buscarei fundamentar aquilo que estou falando com base em reportagens, sites e várias outras fontes, para que a apostila fique o máximo possível objetiva (e não subjetiva), como deve ser em uma redação. Prometo que é a última coisa: alguns temas são bem polêmicos e dos quais eu não estou no lugar de fala para poder debater na íntegra sobre cada um deles. Contudo, isso não me impossibilita de defender algumas causas e falar por elas do ponto de vista que me encontro, porque são assuntos necessários de serem debatidos, não só pelas camadas da sociedade que fazem parte do assunto diretamente, mas por todos os cidadãos (com fundamentação e sem intolerâncias, claro). Dito tudo isso, vamos trabalhar!!!
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1.
O Panorama de Descrença no sistema político brasileiro O que você falaria sobre esse assunto??? Bem, vamos fazer aquilo que propus a você, respira fundo e vem:
A. A primeira coisa que você precisa pensar é: O que eu sei sobre esse assunto?
Corrupção
Ética
Constituição
Escola
Jeitinho Brasileiro
Cidadania
Mídia Ong’s
Aristóteles
Habermas
Independência
Esse tópico serve para que você faça um “Brain Storm” sobre aquilo que você sabe e que poderia ser útil para contextualizar na sua redação. Como expliquei no início, essa é forma mais ideal de você fazer na hora da sua prova, para não se perder na hora de construir suas ideias, mas também para não perder tanto tempo nessa parte da produção do texto. (A explicação sobre Brain Storm foi feita na 1ª apostila)
Brain Storm o Um primeiro ponto a se discutir nesse tema é parar para pensar: por que estamos tão descrentes assim com a política? A história recente da política brasileira trouxe a tona vários casos explícitos de corrupção, armações, jogos políticos e impunidades, fazendo o cenário brasileiro se tornar cada vez mais caótico. Para confirmar tal pensamento, deixo essa reportagem do Estadão: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasileiro-e-quem-menos-confia-em-seus-politicos-nomundo-alerta-forum,70002017300 o Aristóteles e Política Um filósofo maravilhoso para trabalharmos nesse tema é o titio Ari, isso porque ele falava que o homem é um animal político e, para ser feliz, ele precisaria participar ativamente da política, pois, somente assim estaria cumprindo seu papel social. Contudo, para atingir essa felicidade, o homem precisaria aliar a ÉTICA à POLÍTICA, tal premissa foi chamada por ele de EUDAIMONIA. Para Aristóteles, um bom político deve ser possuidor da JUSTA MEDIDA, isto é, ele deve saber utilizar-se de suas virtudes para tomar atitudes éticas que visem o bem comum. Instagram: @vempramimedicina
Percebemos que o cenário político brasileiro vai de encontro a esse axioma aristotélico. o Habermas Na política, sua teoria é base para alternativas à democracia representativa, modelo que passa a ser cada vez mais contestado por eleitores que não se sentem representados pelos políticos e governantes. A defesa de outras formas de participação política, como comitês e audiências públicas, resgata, ainda que parcialmente, aspectos da democracia direta e dos plebiscitos, comuns na Antiguidade. Fonte: Guia do Estudante
o Cidadania Ser cidadão, em uma sociedade democrática, significa ter direitos e deveres para com o Estado, isto é, assim como o Estado deve dar ao cidadão todos os direitos previstos na Constituição, o cidadão tem o dever de seguir leis, pagar impostos e participar ativamente da política do país. Como vivemos em um contexto no qual a participação direta na política, como ir a debate público, é inviável, a democracia passou a ser em muitos países, REPRESENTATIVA. Essa representatividade é escolhida por meio do VOTO. Contudo, no Brasil, um problema muito sério tomou conta da nossa realidade: a compra de votos. Historicamente a compra de votos faz-se presente na nossa sociedade. Prova disso é o “Voto de Cabresto” da época da política do Café com Leite e que persiste até os dias atuais. Tal contexto enfraqueceu a importância da participação política de cada cidadão, gerando o quadro de descrença e pouca participação política que vemos hoje. (Esse é um comentário feito por mim kkkkk Tentando bancar a super entendedora de política. Mas, pelo que podemos analisar o cenário atual do Brasil, acredito realmente que essa realidade tenha influenciado bastante para essa política desacreditada que vemos hoje). Ah! Sabia que a Democracia Brasileira é Semidireta? Isso quer dizer que o governo pode solicitar a atuação mais direta da população em algumas questões políticas, utilizando-se de PLEBISCITO: convocado previamente à criação do ato legislativo (criação de uma lei) ou administrativo, ou um REFERENDO: convocado posteriormente ao ato, para validar ou rejeitar, como aconteceu em 2005 com o Referendo sobre a livre posse de armas por qualquer cidadão. https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/em-2005-63-dos-brasileiros-votam-em-referendofavor-do-comercio-de-armas-17786376 o Jeitinho Brasileiro Nós podemos realmente criticar a política e os políticos pelo caos que está acontecendo no nosso país. Contudo, é válido analisar o seguinte pensamento: a culpa é realmente só deles? De onde vêm os políticos corruptos? Esse cenário tem salvação? Para respondermos a essas perguntas, precisamos averiguar um pouco mais profundamente a cultura brasileira. Nesse sentido, um dos aspectos que define o povo do Brasil é o seu “jeitinho brasileiro”. Tal descrição, muitas vezes é caracterizada como um elogio, devido à esperteza do nosso povo. Diante disso, esse conceito foi sendo enraizado e naturalizado na nossa cultura e, em Instagram: @vempramimedicina
conseqüência disso, passamos a não notar que o “Jeitinho Brasileiro” nada mais é do que pequenos atos de corrupção praticados diariamente pela população. Sendo assim, podemos responder a primeira pergunta: de onde vêm os políticos corruptos? Do povo! Se a origem deles se dá na própria população, a culpa do caos é só de quem está no plenário? Não! Esse cenário tem salvação? Possivelmente sim, por meio da reestruturação cultural e com a eliminação da cultura negativa do Jeitinho Brasileiro. Eu sei que é muito polêmico dizer que a corrupção tem origens na própria nação. Todavia, se quisermos mudar a atual realidade política do país, é necessário que não haja uma isenção de responsabilidade por parte da sociedade, tendo em vista que os políticos não vieram de Marte, não é mesmo? Para corroborar essa ideia, vou deixar aqui um link para vocês do Politize: http://www.politize.com.br/jeitinho-brasileiro/ o O que fazer? O principal agente que podem intervir nessa realidade negativa da política brasileira, a meu ver, é a ESCOLA, a MÍDIA e ONG’s. Isso porque modificando a educação você consegue formar cidadãos mais éticos e conscientes da importância da participação política em uma sociedade. A mídia, como 4º poder, pode influenciar, informar e instruir a população de camadas mais carentes sobre os direitos e deveres dos cidadãos e falar sobre a importância do voto e de como ele pode mudar o cenário político brasileiro. As Ong’s podem trabalhar em parceria com os ambientes de ensino, dando palestras e fazendo debates, para instruir a população desde a base com a finalidade de formar cidadãos mais críticos, reflexivos e participativos da política do país. Um exemplo maravilhoso de Projeto que pode ajudar, e MUITO, em âmbito educacional é o PROGRAMA SEMENTE: http://programasemente.com.br Bem, essas foram algumas ideias que tive para aplicar nesse tema, espero que tenha ajudado de alguma forma a criar mais argumentos para que você possa discutir, agora vamos colocar a mão na massa!
ROTEIRO INTRODUÇÃO: Corrupção. Crise. Pouca representatividade. Não se pode negar que o atual cenário político brasileiro passa por um momento de inúmeras dificuldades. Dentro desse contexto, a não participação política da sociedade aumenta ainda mais a incerteza e desesperança na resolução desses problemas. Diante disso, analisar o atual panorama é fundamental para contornar a apatia política da população brasileira. (TESE) Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): O problema da corrupção no Brasil. Instagram: @vempramimedicina
Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): A histórica pequena participação popular na política do país. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia e Escola O quê eles vão fazer? A mídia vai instruir a população sobre os direitos e deveres do cidadão, sobre a importância do voto e da não venda deste. A escola deve instigar mais a criticidade do estudante, a sua reflexão ética e atuação na política do país. Como – utilizando quais meios? Palestras, campanhas educacionais, debates, campanhas televisivas instrutivas, abordagem de temas dentro de ficções engajadas, programas de TV, dentre outros. Para quê – com qual intuito essas ações devem ser feitas? Para evitar que casos como os que estão acontecendo perpetuem e para tornar os próprios cidadãos agentes fiscalizadores dos políticos, cobrando aquilo pelo qual foram eleitos, representar a vontade da população nas decisões políticas.
2. As manifestações populares no Brasil como ferramenta de mudança social Vamos discutir agora sobre Movimentos Sociais. Um ponto a se destacar aqui é: quero que você perceba como em muitos temas utilizarei os mesmos recursos argumentativos para debatê-los. Por exemplo, lembra que no primeiro tema nós falamos sobre cidadania e Aristóteles e o conceito de “Animal político”? Aqui nós também poderemos fazer uso desses conhecimentos.
Brain Storm o
O que é exatamente um movimento social?
Segundo Alain Touraine, sociólogo francês, os movimentos sociais são ações sociais que permitem um relativo progresso social. Esse sociólogo faz uma diferença entre as noções de “ação social” que é relativa aos atores e dos “movimentos sociais”, referentes à mudança. Para que um movimento social exista, segundo ele, é preciso ter bastantes indivíduos representando a sociedade, ter um movimento duradouro e algo onde as pessoas compartilhem uma relativa identidade. Então, segundo Alain Touraine, os movimentos sociais se caracterizam em três pontos fundamentais: – o princípio de identidade: Quem luta? – o princípio de oposição: Quem é o adversário? – o princípio de totalidade: Por que lutar? Instagram: @vempramimedicina
Quando os três princípios estão juntos, isso gera uma “consciência coletiva”. Segundo ele, nos nossos dias, não existe nenhum movimento que corresponda à sua definição de movimento social. o
Tipos de Direito:
Nesse debate podemos encaixar os DIREITOS POLÍTICOS (direitos de 2ª Geração, surgidos no século XIX), que dizem respeito a todos os cidadãos serem possuidores do direito de se organizarem em movimentos sociais para questionar as atividades políticas e exigir melhorias para a sociedade. o Os movimentos sociais passaram a existir, sobretudo, para lutar contra os governos autoritários de antigamente, a exemplo da Ditadura Militar. Hoje, esses movimentos tomaram novos parâmetros, lutando contra as Desigualdades sociais, como os movimentos feministas, os movimentos dos negros e os movimentos dos LGBTI+. Esse tipo de manifestação é fundamental para que o cidadão participe ativamente da vida política, já que o tipo de democracia que vivemos não é 100% direto, mas sim semidireto, Representativo com algumas possibilidades de participação (como já foi falado no tema anterior). Fonte: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/breve-historia-dosmovimentos-sociais-no-brasil/
o Um contexto histórico que pode ser utilizado nesse tema é a “PRIMAVERA DOS POVOS”, isso porque outras revoluções famosas, como a Revolução Francesa, Americana, Gloriosa, Industrial são sim movimentos que envolvem uma grande parcela da população, contudo, são movimentos que são comandados pela camada mais rica da sociedade, a burguesia, em sua maioria. Com isso, a Primavera dos Povos de 1848, Segundo o historiador Eric Hobsbawm, foi a primeira revolução potencialmente global, tornando-se um paradigma de “revolução mundial”. Fonte: teoriadourbanismo
Entre os anos de 1846 e 1848, uma sequência de péssimas colheitas provocou uma crise econômica responsável pela elevação súbita do preço dos alimentos. Ao mesmo tempo, a diminuição de consumo de produtos industrializados causou a demissão de operários nos centros urbanos. Com isso, toda a economia capitalista europeia enfrentava um delicado processo de estagnação que daria origem aos levantes que marcaram a chamada Primavera dos Povos. Reagindo a esse quadro desfavorável, membros do operariado e do campesinato passaram a exigir melhores condições de vida e trabalho. Aproveitando das novas tendências que surgiam, fizeram uma forte oposição ao regime monárquico por meio de uma série de levantes. Os revoltosos fizeram várias reuniões, mas a que mais se destacou foi o banquete público da oposição de 22 de Fevereiro de 1848, que o governo tentou impedir que se realizasse. A burguesia afastou-se dos operários, os quais juntamente com artesãos e estudantes, concentraram-se no local combinado. Milhares de pessoas insatisfeitas com o desemprego e ressentidas pelas injustiças de que foram vítimas sob uma legislação em que não têm voto, nem representação, desejando elevar o nível do trabalhador ao nível do proprietário e do cidadão (através do ensino, do salário e da assistência universal do Estado), queriam derrubar o governo do rei Luís Filipe, de seus ministros e de todo o sistema econômico que os enriquecia a custa dos trabalhadores, porém não tinham um programa político claro. No outro dia, o centro de Paris estava cheio de barricadas que assustaram os burgueses moderados da oposição. Fonte: teoriadourbanismo
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Os movimentos sociais mudaram o contexto de algumas situações:
http://blog.wearehuman.com.br/4-movimentos-sociais-que-valem-apena-acompanhar/ A. Primavera Árabe: derrubou inúmeros governos ditatoriais no Oriente Médio. Caras Pintadas – 1992: Impeachment de Collor B. C. Movimentos Feministas (Igualdade de gênero e de direitos) Ex: Marcha das Margaridas, Greve Internacional das Mulheres (2018), 8 de Março de 1857- Greve das mulheres e morte delas em uma fábrica nos EUA... D. Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST): busca por reforma agrária. Movimento Negro: Luta por igualdade social. E. Exemplos de Conquistas: São criados programas de cotas, iniciativas estaduais e municipais, e em 2003, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR). A “Lei Caó”, de 1989, tipificou o crime de racismo no Brasil. Hoje, esse crime é imprescritível e inafiançável no país. Além dessa lei, há a injúria racial (Art. 150, CP), que configura os casos de ofensa à honra pessoal, valendo-se de elementos ligados à cor, raça, etnia, religião ou origem. F.
Movimento LGBTI+: Luta por igualdades sociais e civis.
Exemplos de Conquistas: https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/06/17/A-trajet%C3%B3ria-e-asconquistasdo-movimento-LGBT-brasileiro o o o o o o
‘HOMOSSEXUALIDADE NÃO É DOENÇA’. ‘ORIENTAÇÃO SEXUAL’ VISIBILIDADE UNIÃO E CASAMENTO CIVIL REDESIGNAÇÃO SEXUAL NOME SOCIAL
É importante abordar, também, que os movimentos sociais atingiram outros patamares depois do surgimento da internet. Contudo, ao mesmo tempo em que as redes sociais podem ajudar a ampliar uma ideologia positiva e atingir mais pessoas, ela também pode gerar um quadro de pessoas que apenas participam online das movimentações. Tal comodismo pode acarretar em um menor envolvimento da população nas questões sociais, haja vista a ilusão de que se está praticando cidadania apenas ao clicar e compartilhar um determinado assunto. Esse comportamento faz com que a participação política real da sociedade entre cada vez mais em queda. o Zygmunt Bauman pode definir essa menor participação política como a liquefação das relações por causa das redes sociais. Bem, essas foram algumas ideias que tive para aplicar nesse tema, espero que tenha ajudado de alguma forma a criar mais argumentos para que você possa discutir, agora vamos colocar a mão na massa! Instagram: @vempramimedicina
ROTEIRO INTRODUÇÃO: Grupo Gay da Bahia. Primavera Feminina. Movimento Negro. Não se pode negar o crescente número de movimentos em busca de igualdades jurídicas, civis e sociais mundo afora. Dentro desse contexto, no Brasil, cada vez mais grupos minoritários organizam-se para obter tais conquistas. Contudo, um problema que vai de encontro a essa luta são os preconceitos sociais e a dificuldade de se obter aquilo que é previsto pela Constituição brasileira. Diante disso, analisar o atual panorama é fundamental para contornar essas desigualdades sociais. (TESE) Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): Preconceitos enraizados na sociedade machista e patriarcal brasileira. Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): a dificuldade burocrática enfrentada por esses grupos para conseguirem mudar sua realidade social. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia, Escola e Governo O quê eles vão fazer? A mídia vai instruir a população sobre os direitos e deveres do cidadão, sobre a importância de se cumprir aquilo que é previsto pela Constituição. A escola deve instigar mais a criticidade do estudante, a sua reflexão ética e trabalhar os diferentes grupos existentes em uma sociedade, instigando o sentimento de empatia nos estudantes, construindo uma população condescendente (tolerante; flexível; compreensivo) desde a base. O Estado deve trabalhar para minimizar a burocracia existente na conquista de novas leis que atendam os direitos das minorias. IMPORTANTE SABER: Quem trabalha com projetos de lei é o LEGISLATIVO, formado por Senadores, Deputados e Vereadores. Contudo, apesar de eles serem os responsáveis por debaterem e votarem novas leis, não são os únicos responsáveis por propor novas leis, até mesmo nós, como sociedade, por meio de uma INICIATIVA POPULAR, podemos propor novas regulamentações. Diante do exposto acima, os próprios Movimentos Sociais podem pressionar órgãos, como o Ministério da Justiça e Cidadania, para que os direitos Constitucionais sejam aplicados na íntegra. O Ministério da Justiça, órgão da administração pública federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos: Instagram: @vempramimedicina
I - defesa da ordem jurídica, dos direitos políticos e das garantias constitucionais; II - política judiciária; III - direitos dos índios; IV - políticas sobre drogas; V - defesa da ordem econômica nacional e dos direitos do consumidor; VI - nacionalidade, imigração e estrangeiros; VII - ouvidoria-geral dos índios e do consumidor; VIII- prevenção e repressão à lavagem de dinheiro e cooperação jurídica internacional; XIX - defesa dos bens e dos próprios da União e das entidades integrantes da administração pública federal indireta; X - articulação, coordenação, supervisão, integração e proposição das ações governamentais e do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas nos aspectos relacionados com as atividades de prevenção, repressão ao tráfico ilícito e à produção não autorizada de drogas e aquelas relacionadas com o tratamento, a recuperação e a reinserção social de usuários e dependentes e ao Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas; XI - atuação em favor da ressocialização e da proteção dos dependentes químicos, sem prejuízo das atribuições dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD; XII - política nacional de arquivos; e XIII- assistência ao Presidente da República em matérias não afetas a outro Ministério. Fonte: http://www.justica.gov.br/
Como – utilizando quais meios? Palestras, campanhas educacionais, debates Para quê – com qual intuito essas ações devem ser feitas? Para construir um sentimento de empatia na sociedade como um todo e fazê-la um agente ativo na busca pelo cumprimento dos pilares democráticos do país.
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REDAÇÃO A Importância dos Movimentos Sociais – Nota: 960 Parada gay. Primavera feminista. Movimento negro. Não se pode negar o crescente número de movimentos em busca de igualdades jurídicas, civis e sociais mundo afora. Dentro desse contexto, no Brasil, cada vez mais grupos minoritários organizam-se para obter tais conquistas. Contudo, um problema que vai de encontro a essas lutas é o preconceito e a dificuldade de se obter o que é previsto pela Constituição. Diante disso, analisar o atual cenário brasileiro é fundamental para modificar as desigualdades. É importante considerar, antes de tudo, a formação social das culturas, baseadas no patriarcalismo e no machismo. Sob essa lógica, o preconceito presente no atual contexto encontra raízes medievais. Prova disso é a persistência da ideia de inferioridade feminina, notória nas diferenças salariais entre homens e mulheres que assumem mesmos cargos e nos elevados números de feminicídio. Além disso, o Brasil é o país que mais assina LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) no mundo, segundo uma reportagem da revista Galileu, quadro que demonstra as discrepantes realidades presentes no panorama brasileiro e ratifica a importância das manifestações populares para modificar esse cenário segregacionista. É válido ressaltar, ainda, que a burocracia contribui para a lenta modificação política e jurídica. Seguindo essa linha de raciocínio, a inércia legislativa dificulta a conquista de direitos, principalmente das minorias. Acerca dessa premissa, o movimento dos trabalhadores rurais luta para conseguir na prática a reforma agrária em terras que não cumprem sua função social, algo previsto pela lei, contudo, dificilmente aplicado. Sob esse aspecto, em consonância com o filósofo Aristóteles, o princípio de equidade, dar a cada um o que é devido, de acordo com a Constituição de 1988, não é respeitado na íntegra. Nessa perspectiva, tal conjuntura desencadeia inúmeros conflitos entre aqueles que buscam por mudanças sociais e os que são contra, demonstrando a necessidade de reformulações jurídicas. Entende-se, portanto, que as manifestações sociais encontram entraves devido aos pré-julgamentos atrelados à papelocracia existente no país. Diante disso, para mitigar essa problemática é fundamental uma ação conjunta, na qual a mídia será responsável por trabalhar o sentimento de empatia na população, por meio de ficções engajadas que mostrem o quão plural é a sociedade e a importância de respeitar cada grupo, afirmando a legalidade das manifestações populares na busca por garantir direitos constitucionais, a fim de mitigar os preconceitos. Concomitantemente, cabe ao Ministério da Justiça e Cidadania fazer valer aquilo que está previsto na lei, criando e fiscalizando regulamentos que respeitem as necessidades das minorias, atendendo às reivindicações dos movimentos. Dessa forma, o país passará a respeitar os pilares democráticos na íntegra e a sociedade não será mais excludente.
Perdi 40 pontos na competência 1 dessa redação, mas já corrigi os erros que foram apontados pelo corretor. As marcações em azul servem para que você analise, não só nessa, mas em todas as outras redações que você vai ler, os recursos coesivos utilizados para manter a coesão entre os parágrafos e dentro deles também. A competência que irá analisar a sua coesão é a 4. Lembrando que, para você ter uma coerência na sua redação (relativo a competência 3), é imprescindível que você valorize a coesão do seu texto. Na minha primeira apostila tem uma lista de conectivos que você pode laçar mão no seu texto, mas deixarei aqui um link com outros recursos também: https://www.todamateria.com.br/conectivos/
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3.
Internet sem riscos, é possível?
Caraca, esse tema é bem interessante e difícil de falar, não acha? São vários os lados que podemos abordar e várias ideias já começaram a pipocar aqui na minha cabeça, então, chega de conversa e vamos trabalhar...
Brain Storm o Links:
https://cgi.br/lei-do-marco-civil-da-internet-no-brasil/ https://www.significados.com.br/marco-civil-da-internet/ https://monografias.brasilescola.uol.com.br/computacao/seguranca-na-internet.htm https://direitosbrasil.com/lei-carolina-dieckmann/ https://www.oficinadanet.com.br/artigo/internet/direitos-e-deveres-na-internet https://www.gazetadopovo.com.br/tecnologia/webcam-espia-ameaca-mostrada-na-serie-blackmirror-e-mais-comum-do-que-voce-imagina-3daa3lyhyu4ek7lv54h9gtqxe https://www.lumiun.com/blog/2017/11/crimes-ciberneticos-como-agir-em-caso-de-invasao-eroubo-de-dados/
Não sei você, mas toda vez que eu estudo coisas sobre o mundo cibernético me dá um calafrio na espinha com um tanto de coisas bizarras que vejo. Dentro desse contexto, vamos apontar alguns perigos que podemos encontrar nesse mundo para podermos argumentar na nossa redação. 1. Roubo de dados: É algo que, infelizmente, se tornou muito comum na internet e, informações que deveriam ser sigilosas, são repassadas para terceiros. A falta de informação para navegar no mundo cibernético contribui para que muitas pessoas caiam em armadilhas deixadas pelos sites e, com isso, acabam tendo seus dados roubados, situação que pode gerar, algumas vezes, em prejuízos econômicos ou, até mesmo, prejuízo pessoal, como o que aconteceu com a atriz global Carolina Dieckmann, a qual teve fotos íntimas vazadas na internet depois de ter seu computador hackeado. Tal caso, inclusive, deu origem a Lei Carolina Dieckmann, que tenta punir alguns crimes cibernéticos, porém, essa lei ainda tem muitas controversas. IMPORTANTE DESTACAR: A DIFERENÇA ENTRE HACKER E CRACKER "Hacker" e "cracker" podem ser palavras parecidas, mas possuem significados bastante opostos no mundo da tecnologia. De uma forma geral, hackers são indivíduos que elaboram e modificam softwares e hardwares de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas ou adaptando as antigas. Já cracker é o termo usado para designar quem pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança. Na prática, os dois termos servem para conotar pessoas que têm habilidades com computadores, porém, cada um dos "grupos" usa essas habilidades de formas bem diferentes. Os hackers utilizam todo o seu conhecimento para melhorar softwares de forma legal e nunca invadem um sistema com o intuito de causar danos. No entanto, os crackers têm como prática a quebra da segurança de um software e usam seu conhecimento de forma ilegal, portanto, são vistos como criminosos. As denominações foram criadas para que leigos e, especialmente a mídia, não confundissem os Instagram: @vempramimedicina
dois grupos. O termo "cracker" nasceu em 1985, e foram os próprios hackers que disseminaram o nome em sua própria defesa. A ideia era que eles não fossem mais confundidos com pessoas que praticavam o roubo ou vandalismo na internet. Apesar dos termos serem mundialmente conhecidos, chamar alguns de “bons” e outros de “maus” não agrada a todos. Há quem acredite que tanto o hacker quanto o cracker são habilidosos e podem fazer as mesmas coisas, como o programador Vinicius Camacho “Uma pessoa pode quebrar um software, como fazem os crackers, mas não usar as informações de forma antiética. O oposto também pode acontecer: um hacker usar sua habilidade de forma mal-intencionada”, conclui. O que isso quer dizer? Isso significa que, para ele, o termo cracker, criado para denotar um “Hacker do mal”, é bastante subjetivo. Para ele os termos mais corretos são os usados dentro da ética hacker : “White Hat” (Chapéu Branco), “Black Hat” (Chapéu Preto) e “Gray Hat” (Chapéu Cinza). Os hackers "Chapéu Branco" são pessoas interessadas em segurança e, na maioria das vezes, usam suas habilidades a favor das empresas, sendo 100% éticos em suas ações. São eles que ocupam os cargos de analista de sistema, especialista em TI ou outros empregos na área de informática. Já os hackers "Chapéu Preto" são criminosos e, normalmente, especializados em invasões maliciosas de sites. Os hackers "Chapéu Cinza" têm as intenções de um Chapéu Branco, mas suas ações são eticamente questionáveis. Apesar dessa contradição dentro do próprio cenário de profissionais da segurança, ainda muitos programadores aceitam os termos hacker e cracker como definições corretas. Diversos Fóruns sobre programação, blogs de tecnologia, sites como Wikipedia e até dicionários conceituam os hackers como profissionais do bem e crackers como criminosos. Fonte: https://olhardigital.com.br/fique_seguro/noticia/qual-a-diferenca-entre-hacker-ecracker/38024
2. Pedofilia: https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/delegada-faz-alerta-sobre-aumento-do-numero-de-casos-depedofilia-via-internet-no-rio-veja-dicas-para-os-pais.ghtml Não é de hoje que o acesso à internet está cada vez mais constante entre todas as faixas etárias da população. Contudo, um problema alarmante e cada vez mais crescente na sociedade mundial, inclusive no Brasil, é o crime de pedofilia. Em uma sociedade cada vez mais atarefada e sem tempo, as crianças são deixadas à mercê dos dispositivos eletrônicos e, devido à imaturidade infantil, essa camada acaba sendo alvo fácil no ambiente virtual para os pedófilos. A “Deep Web” é um território sem lei dominado por conteúdo ilícito de menores de idade feitos para esses pedófilos. É preciso uma orientação familiar muito grande e um controle parental para evitar que tal crime continue crescendo. 3. Terrorismo: Há alguns poucos anos fomos bombardeados de informações sobre como o Estado Islâmico utilizou-se da internet para aterrorizar o mundo. Nessa linha de raciocínio, o grupo terrorista fez uso Instagram: @vempramimedicina
das redes sociais para conquistar cada vez mais adeptos a sua ideologia no mundo todo. Esse cenário gerou um caos maior do que o já existia e desencadeou um crescente medo na população Europeia, uma das principais rotas dos imigrantes, aumentando, assim, os casos de xenofobia. https://www.dn.pt/mundo/interior/os-terroristas-exploraram-todas-as-vulnerabilidades-da-internet8511065.html http://www.raidbr.com.br/blog/conheca-o-poder-dos-terroristas-na-internet.html http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/11/hackers-declaram-guerra-ao-estado-islamico-vamosencontra-los.html 4. Ciberbullying: O termo “Bullying” não é tão recente e a prática é menos ainda. No entanto, com a internet e as redes sociais, o bullying passou a ser cibernético. Tão, ou até mais, destrutivo quanto o bullying físico, os ataques virtuais destroem o psicológico da vítima e, muitas vezes, pode gerar conseqüências graves, como o suicídio. Ao se sentir protegido atrás de uma tela de computador, celular ou tablet, os agressores não tem medo em atacar suas vítimas e, com as poucas leis que abarcam o mundo cibernético, esses transgressores, geralmente, saem impunes, dando margem para que pratiquem sempre mais e mais violências. o Agora vamos para a parte que mais gosto: usar filmes e séries para deixar nossa argumentação bem criativa. A. 13 Reasons Why Sério, não tem como não citar essa série kkk Porém, não irei me alongar em explicá-la porque você já a conhece. B. Cyberbully É um filme que trata muito bem dessa realidade. Vou deixar um link com uma análise sobre ele: http://www.gemeasescritoras.com/2015/07/dica-de-filme-no-netflix-cyberbully.html E aqui vai mais uma lista de 10 filmes que trabalham essa temática https://canaldoensino.com.br/blog/10-filmes-sobre-bullying-que-voce-deveria-assistir
Acredito que já dei inúmeras ideias de problemas que podem ser citados na sua argumentação, então agora vamos para o nosso roteiro!
ROTEIRO INTRODUÇÃO:
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Ciberbullying. Pedofilia. Terrorismo. O surgimento da internet trouxe inúmeras oportunidades para o mundo, a exemplo da maior integração entre os países e as pessoas e o aumento da velocidade dessas relações. Contudo, apesar de ser um avanço, o mundo cibernético ainda é pouco fiscalizado e isso contribui para a disseminação de muitos crimes que ultrapassam as barreiras virtuais. Diante disso, analisar as falhas presentes nesse novo ambiente é fundamental para torná-lo mais seguro. (TESE) Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): O desconhecimento da população para utilizar a internet de forma segura. Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): A falta de leis que abarquem o novo mundo de interações. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia , Escola e Governo O quê eles vão fazer? Instruir a população sobre os perigos que existem na internet, sobre os riscos que as crianças, e até mesmos os adultos, estão à mercê quando não conhecem a ferramenta que estão utilizando e acabam passando informações demais para possíveis criminosos. O governo é responsável por criar mais leis voltadas para o mundo da internet. VOCÊ SABIA??? Já existem algumas leis que abrangem o ambiente virtual, segue o link para que você as conheça melhor: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/12/leis-que-garantem-punicao-para-crimes-nainternet-sao-sancionadas https://istoe.com.br/354777_A+INTERNET+AGORA+TEM+LEI/ É interessante analisar, na sua argumentação e depois ratificar na sua proposta: “ué, se existe lei, por que há tanto crime no mundo virtual?” O que falta para essas leis funcionarem? Em cima dessa falha governamental você irá abordar a sua proposta.
Como – utilizando quais meios? Mídia: campanhas publicitárias, ficções engajadas, programas de TV, como o Fantástico, por exemplo. Escola: orientação aos estudantes e, principalmente, à família, o controle parental é essencial no combate de alguns crimes na internet, como o ciberbullying e a pedofilia. Governo: o Ministério da Justiça e Cidadania poderia ser um dos órgãos públicos citados para propor novas leis e fiscalizar as já existentes. Instagram: @vempramimedicina
Para quê – com qual intuito essas ações devem ser feitas? Governo: Para punir os desviantes das normas e, consequentemente, coibir reincidências dos crimes. Mídia e escola: informar à população sobre o ambiente que elas freqüentam, para, dessa forma, preveni-las de possíveis crimes nesse meio.
4.
A questão do lixo na sociedade brasileira
Esse tema envolve muito o assunto “Meio Ambiente”, um tema interessante, importante e muito cotado para cair no Enem! Então, vamos logo debater sobre ele
Brain Storm o Links:
http://www.comunicaquemuda.com.br/dossie-lixo/o-lixo-no-brasil/ https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/ambiente-se/brasil-produz-lixo-como-primeiromundo-mas-faz-descarte-como-nacoes-pobres/ https://exame.abril.com.br/brasil/os-numeros-malcheirosos-da-gestao-de-lixo-no-brasil/ https://www.otempo.com.br/capa/economia/brasil-perde-r-120-bilh%C3%B5es-por-ano-aon%C3%A3o-reciclar-lixo-1.1423628 https://novaescola.org.br/conteudo/6250/ilha-das-flores-o-descaso-com-o-lixo-e-a-ampladesigualdade-social https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-lixo.htm http://www.ambientelegal.com.br/catadores-de-lixo-parte-da-solucao/ http://www.politize.com.br/meio-ambiente-e-os-municipios-os-principais-desafios/ http://www.politize.com.br/direitos-e-deveres-cidadao/ https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-capitalismo-sociedade-consumo.htm https://www.infoescola.com/filosofia/o-fetichismo-da-mercadoria-na-obra-de-karl-marx/ https://projetocolabora.com.br/saneamento/festival-lixozero/?utm_source=Colabora&utm_campaign=751ca5f35aEMAIL_CAMPAIGN_2018_08_15_08_57&utm_medium=email&utm_term=0_7b4d6ea50c751ca5f35a-417973665
Haja informação, não é? É um tema muito amplo e que dá para falar tanta coisa, mas vou tentar afunilar mais essas opções! o Geografia Um tema que pode (e deve) ser abordado na questão do lixo produzido pela sociedade contemporânea é a OBSOLESCÊNCIA PROGAMADA. Instagram: @vempramimedicina
E o que seria isso? Bem, na 2ª Revolução Industrial os produtos eram feitos por uma linha de produção e a lógica era fazer muito de uma mesma coisa, só que, apesar de não haver tanta variedade de um mesmo produto, a qualidade deles era muito grande e a durabilidade era gigantesca, esse é o modelo produtivo de Henry Ford, o qual ficou conhecido como FORDISMO. Tal modelo produtivo, em termos qualitativos, era excelente, no entanto, economicamente falando, isso é péssimo para as indústrias (empresas), haja vista que uma vez que você adquire um produto e ele é útil para você por muito tempo, não faz sentido você comprar mais, correto? Então as empresas começaram a pensar nisso e no prejuízo que estavam tendo. Diante do exposto, em uma época depois da Grande Depressão de 1929 (que teve como uma de suas causas a super produção e estoques cheios), as empresas começaram a diminuir a vida útil dos seus produtos PROPOSITALMENTE, gerando na sociedade a necessidade de estar sempre trocando seus aparelhos. Outra coisa bizarra que também segue essa lógica é a OBSOLESCÊNCIA PSICOLÓGICA. Essa está atrelada muito à ideia de Propagandas e Indústria Cultural, ou seja, mesmo que você tenha um objeto bom, quando surge um novo, a necessidade de comprá-lo fala muito mais alto. Isso se deve, em grande parte, pela forte propaganda investida para induzir os consumidores a comprarem cada vez mais e mais. Okay, eu entendi os termos, sei que a gente estuda isso em Geografia e Sociologia, mas o que isso tem a ver com o lixo? Ué, TUDO!!! Quanto mais você consome, mais lixo você gera e se não existe uma coleta de lixo responsável no seu país, isso faz com que surjam vários lixões a céu aberto cheio de itens que podem contaminar solo, água e ar. Tenso, não é? E é exatamente isso que acontece! Existe um termo, trabalhado pelo autor Karl Marx, chamado Fetichismo de mercadoria que pode ser associado à obsolescência psicológica. Mas, quem fala mais sobre o termo de Fetichismo e indústria cultural é o Adorno (desculpa a intimidade de chamar pelo primeiro nome). Deixarei um link especialmente sobre isso abaixo: https://medium.com/@leonardo_vaz/o-fetichismo-na-ind%C3%BAstria-cultural-segundo-t-w-adornod771d3662f13 o Referências Culturais A. WALL-E Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último desses robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. Instagram: @vempramimedicina
O interessante desse filme é abordar tanto a temática do lixo, quanto a obsolescência dos eletrônicos, porque a Eva é uma versão bem mais nova e tecnológica que o Wall-E e o abandono desse robozinho na Terra exemplifica aquilo que falamos sobre a Obsolescência Psicológica. B. ILHA DAS FLORES Esse documentário é super antigo, porém, não deixa de ser uma boa referência, até porque, serve para que você faça uma comparação das décadas passadas e das atuais. Dentro disso, a gente se questiona: o que estamos fazendo para mudar essa situação? https://jornalggn.com.br/noticia/o-texto-completo-do-documentario-ilha-das-flores-de-jorge-furtado C. LIXO EXTRAORDINÁRIO A resenha desse filme nesse blog é muito boa, vale a pena dar uma conferida: http://helenfarias.blogspot.com/2013/10/resenha-do-filme-lixo-extraordinario.html o Política Nacional de Resíduos Sólidos A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-consumo. Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015. o Os 5 R’s (Reciclar, Reduzir, Reutilizar, Repensar, Rejeitar) Reciclagem é um termo utilizado para indicar o reaproveitamento ou a reutilização de um material que por algum motivo foi rejeitado. A partir da reciclagem diminuem a quantidade de
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lixo que é jogada na natureza e a quantidade de energia e de matéria-prima que é utilizada para a produção de novos produtos. No Brasil, cerca de 240 mil toneladas de lixo são produzidas diariamente, sendo que apenas 2% desse lixo é reciclado. Agora se somarmos toda a produção mundial de lixo diário, veremos números assustadores. É extremamente importante que nossos alunos se conscientizem e tenham ações práticas que reduzam o seu impacto sobre o planeta Terra. Para isso é imprescindível que eles saibam o que significam os 5 Rs (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar). Abaixo listaremos o significado dos 5 Rs e como o professor pode trabalhá-los em sala de aula. 1º R: Repensar. É muito importante repensar hábitos de consumo e descarte. Será que o que você está comprando é algo de que realmente necessita? Será que algumas vezes você consome por impulso e acaba cometendo desperdício? Ao invés de comprar algo novo, você não poderia reaproveitar algo que já tem? Você compra um tênis, um computador, uma peça de roupa nova, mas o que você faz com os antigos? Você os reaproveita ou joga no lixo comum? Como você descarta o lixo na sua casa? Você separa embalagens, matéria orgânica e óleo de cozinha usado, jogando no lixo apenas o que não for reutilizável ou reciclável? Essas e outras perguntas podem ser feitas aos alunos a fim de que eles repensem a maneira como estão consumindo e também como estão descartando o lixo que produzem. 2º R: Reduzir. Consumir menos produtos, dando preferência aos que tenham maior durabilidade. Uma forma de reduzir é: adquirir refis de produtos; escolher produtos que tenham menos embalagens ou embalagens econômicas; dar prioridade às embalagens retornáveis; adquirir produtos a granel; ter sempre sua sacola de compras ao invés de utilizar as sacolinhas de plástico; usar a criatividade e fazer bijuterias, brinquedos e presentes personalizados utilizando materiais recicláveis; utilizar pilhas recarregáveis ao invés de pilhas alcalinas; utilizar lâmpadas econômicas, etc. 3º R: Recusar. Quando você recusa produtos que prejudicam a saúde e o meio ambiente está contribuindo para um mundo mais limpo. Prefira produtos de empresas que tenham compromisso com o meio ambiente e sempre fique atento às datas de validade dos produtos. Recuse sacos plásticos e embalagens não recicláveis, aerossóis e lâmpadas incandescentes. 4º R: Reutilizar. Ao reutilizar, você estará ampliando a vida útil do produto, além de economizar na extração de matérias-primas virgens. Muitas pessoas criam produtos artesanais a partir de embalagens de vidro, papel, plástico, metal, cd’s, etc. Utilize os dois lados do papel e faça blocos de rascunho, pois, assim, você preserva muitas árvores. 5º R: Reciclar. Ao reciclar qualquer produto reduz-se o consumo de água, energia e matériaprima, além de gerar trabalho e renda para milhares de pessoas. Faça a coleta seletiva e contribua com um mundo mais sustentável.
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Após esclarecer e discutir com os alunos o significado dos 5 Rs, o professor pode propor um seminário, no qual os alunos apresentarão às outras turmas da escola o que aprenderam e quais atitudes práticas devemos tomar no dia a dia para termos um mundo mais sustentável. Fonte: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/educacao-ambiental-os-5-rs.htm
ROTEIRO INTRODUÇÃO: Na animação Wall-E é retratada uma sociedade que vive no espaço devido ao planeta Terra ter sido tomado por lixo e gases tóxicos. Apesar de ser uma ficção, o longa não se afasta muito da atual realidade mundial, tendo em vista que um dos maiores problemas contemporâneos é o descarte irregular de lixo. Nesse contexto, no Brasil, o consumo exagerado atrelado à ineficácia de políticas públicas contribui para a persistência dessa problemática. Diante disso, analisar as causas dessas falhas é fundamental para contornar essa realidade. (TESE) Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): O consumo exagerado atrelado ao pouco investimento na Educação ambiental dentro das escolas. Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): A ineficácia das leis existentes para lidar com essa problemática. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia , Escola e Governo O quê eles vão fazer? Mídia e Escola: Instruir a população sobre os perigos existentes em decorrência do descarte irregular de lixo: doenças, inundações, dentre outros. Além disso, o lixo contamina rios, solos e ar, contribuindo para a proliferação da poluição. Governo: O Ministério do meio ambiente é responsável por fiscalizar as leis já existentes e por implementar a Educação Ambiental dentro dos locais de ensino. Como – utilizando quais meios? Palestras, campanhas educacionais, debates, dando subsídios para OGN’s como a WWF, GrennPeace, dentre outras, fiscalizar as empresas, indústrias e todos os atores responsáveis pelo descarte irregular dos lixos. Deve, também, fazer parcerias com as prefeituras para aumentar a frota de veículos que recolham lixo por coleta seletiva. Para quê – com qual intuito essas ações devem ser feitas? No intuito de mitigar os impactos ambientais ocasionados por esse descarte irregular. Além de melhorar a saúde da população, haja vista que as doenças transmitidas por causa disso serão erradicadas e, ainda, melhorar a economia, já que a reutilização e reciclagem de materiais colaboram muito para diminuir gastos e para gerar lucros. Instagram: @vempramimedicina
REDAÇÃO A questão do lixo na sociedade brasileira – Nota: 960
Algumas redações eu deixarei digitada e outras colocarei a imagem dela com a minha própria letra, para que vocês acreditem que realmente cabe tudo em 30 linhas (eu sei que é difícil de acreditar!) Nesse tema perdi 20 pontos na competência 1 e 20 na competência 4 – o corretor disse que eu repeti o conectivo “Diante disso” – é importante ficar de olho nisso, porque geralmente passa despercebido por nós na hora da escrita. Em relação a 1ª competência, errei algumas concordâncias também.
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5. Preconceito Linguístico Esse é um dos temas mais difíceis que já escrevi, mas é importante falar sobre ele, porque é um dos Top Temas para o Enem desse ano!
Brain Storm o Links:
https://www.cartacapital.com.br/politica/preconceito-que-cala-lingua-que-discrimina https://plenarinho.leg.br/index.php/2017/04/23/todas-as-linguas-do-brasil/ http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=3053&catid=2 8&Itemid=39 https://www.vice.com/pt_br/article/7xda7a/corrigir-portugues-preconceito-linguistico https://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/1-minuto-com-augusto-nunes-depois-de-13-anos-obrasil-voltou-a-ser-governado-por-alguem-que-sabe-falar-portugues/ https://www.conjur.com.br/2012-abr-22/lima-barreto-republica-bruzundangas-formalismoliterario https://www.todamateria.com.br/etnocentrismo/
o Literatura: Esse assunto foi e é muito recorrente na Literatura, o que é muito bom para você utilizar como referência cultural no seu texto e, para, também, dar um “check” na 2ª Competência, responsável por avaliar a sua Interdisciplinaridade. Quais escolas literárias podemos utilizar? A. QUINHETISMO A literatura de 1500 não é bem uma escola literária, é mais um acervo historiográfico escrito pelos escrivães que viajavam nos navios para reportarem à Coroa europeia sobre as novas terras conquistadas. E por que ela é uma fonte para ser citada nesse tema de preconceito linguístico, Allana? Logo no início da colonização portuguesa os colonos portugueses ao chegarem às novas terras subjugaram as populações que já existiam nesse território. Prova disso foi a catequização dos índios aqui no Brasil. Nessa época, um dos mais notórios representantes dessa dominação foi o Padre José de Anchieta, o qual fez uso da Literatura jesuítica para educar os aborígenes de acordo com a cultura europeia. No início, a língua utilizada por esses Padres era a própria língua do índio, contudo, depois de certo tempo, o próprio português passou a ser utilizado como língua oficial da colônia, ação que contribuiu para o desaparecimento de vários falares nativos existentes. Nesse fragmento de texto escrito por Pero de Magalhães de Gângavo, um cronista português de 1576, demonstra o preconceito por parte do povo europeu ao lidar com novas culturas: A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida. GÂNGAVO, P M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado) Instagram: @vempramimedicina
B. PARNASIANISMO O Parnasianismo foi uma escola literária que surgiu por volta de 1882 e durou até meados de 1922. Essa geração de autores valorizava demais a Perfeição Formal, então, usavam e abusavam de uma métrica regular, rimas ricas e preciosas, versos e formas clássicas, dentre outras características. Diante de tais traços, é lógico imaginar que o português prezado pelos poetas dessa época era o mais culto e mais difícil possível. Nesse contexto, trabalhar com as palavras era o que se tinha de mais valioso, os artistas valorizavam a arte pela arte e nada além disso, ou seja, não havia envolvimento político ou social dessa camada (lógico que existem exceções à regra, contudo, falaremos da regra geral), logo, falar do próprio fazer artístico enaltecendo as palavras era bastante presente nesse momento. Achei interessante abordar essa escola pelo fato de ela engrandecer a escrita tipicamente difícil, como rimar classes gramaticais diferentes, planejar cada palavra de um poema a ponto de que ele fique com uma métrica perfeita. Tal ação, mesmo que não propositalmente, exclui os outros falares presentes no Brasil nessa época e perpetua uma característica presente desde a colonização, como vimos antes, o preconceito linguístico para com aqueles que não são falantes do português culto. Diferente do que aconteceu na Europa, o Parnasianismo foi uma escola que teve muito sucesso e durou um bom período aqui no Brasil. Muitas vezes as pessoas lotavam teatros para ouvir os poetas, sem, contudo, entender aquilo que eles diziam. Tal realidade demonstra uma cultura de “quanto mais difícil uma pessoa fala, mais valorizada e respeitada ela é”. Prova disso, nos dias atuais, foram algumas divulgações feitas elogiando o português do atual presidente, quando ele assumiu o governo, em detrimento dos outros líderes que já haviam estado no poder, a exemplo da fala do jornalista Augusto Nunes da Revista Veja, em 2017: “No primeiro discurso como presidente, Michel Temer mostrou que trata o idioma com bastante carinho. Eis aí uma notícia animadora: depois de 13 anos, o Brasil voltou a ser governado por alguém que sabe falar português.”
Na visão do sociolinguista Eduardo Cabulcci: "Afirmar que agora nós temos um presidente que sabe falar português é tão equivocado. Mesóclise é um tipo de construção ultraformal e completamente distante da realidade da população brasileira. Eu acredito que um presidente deva falar de uma maneira que ele seja compreendido pelas pessoas. Escolher uma mesóclise para se comunicar é dar um exemplo de autismo linguístico, ou seja, alguém que não soube escolher a expressão adequada à situação de comunicado. Isso é um erro muito mais grave do que escrever pretensioso com c."
Como podemos perceber o português culto ainda é muito valorizado. Todavia, a partir do momento que tal forma de falar subjuga outras, isso se torna preconceito e, muitas vezes, discriminação e marginalização de determinados grupos. Outros exemplos que corroboram tal premissa são os próprios comentários em algumas redes sociais que depreciam algumas pessoas apenas pela sua forma de falar, como, por exemplo, o seguinte: “deixei de ler sua opinião no momento que li ‘agente’ no lugar de ‘a gente’”. Tal conduta constitui-se como um ideal etnocêntrico, haja vista que ela perpetua posturas como as que os portugueses tiveram assim que chegaram ao Brasil.
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Quantas vezes nós mesmos, estudantes, não assumimos essa postura preconceituosa diante uma pessoa que não falava dentro das regras gramaticais “corretas” ou, até mesmo, diante de pessoas que possuíam um dialeto diferente do nosso? Algo a se pensar, não é mesmo?
C. MODERNISMO Não poderíamos, de jeito nenhum, falar sobre preconceito linguístico e não comentar sobre a escola Modernista. Iniciada com a Semana de 22, essa escola vem romper com todos os padrões estéticos trabalhados em todas as anteriores, principalmente o Parnasianismo e, algumas vezes, o Romantismo. Sabe aquele português culto e altamente trabalhado que vimos ser ultravalorizado pelos parnasianos? Esqueça! Os modernistas vão mostrar que valoroso mesmo é enaltecer o português falado pelo povo, aquele informal, coloquial, mas compreendido por todos. As temáticas mais abordadas por esse período: Dessacralização da Arte Nacionalismo Crítico Liberdade de criação: sem mais métricas, rimas, musicalidade, poesias cheias de palavras que combinam e que deixavam de lado a importância social ou pouco possuíam representatividade. A 1ª Geração do Modernismo é conhecida por sua agressividade, por demolir toda a arte clássica anterior e engrandecer o cotidiano brasileiro. A Semana de Artes Modernas, em 1922, é o marco inicial do Modernismo no Brasil e é vista como uma Independência Cultural do País, para se ver livre das dominações impostas pelos modelos europeus. Logo, os artistas dessa época trabalharão muito com o conceito de Poesia Antropofágica, ou seja: absorver tudo o que vem de fora “deglutir e vomitar” cultura brasileira. Como exemplo de tal conduta, Manuel Bandeira escreveu esse poema com uma crítica ao Lirismo Parnasiano e ao Lirismo Romântico: Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas. Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Instagram: @vempramimedicina
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo. De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar & agraves mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare. - Não quero saber do lirismo que não é libertação. Manuel Bandeira BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974.
Oswald de Andrade também foi um dos artistas mais importantes dessa escola e falou em suas poesias sobre a dominação portuguesa sob os indígenas, subjugando toda uma cultura. Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português.
Andrade, O. In: Faraco & Moura. Língua e Literatura. v.3 São Paulo: Ática, 1995. p. 146-147. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. Oswald de Andrade ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
Passado um pouco a euforia da 1ª fase Modernista e todo o seu envolvimento com a estética, surge, por volta da Década de 1930, a 2ª Fase dessa corrente. Esse período vai ter um caráter bem mais social e político, devido a todo o contexto histórico vivido na época (Getúlio Vargas no Brasil, 2º Guerra Mundial, Nazi-Fascismo) e os artistas experimentam uma liberdade muito maior e aprofundam as conquistas da 1ª geração. Falar sobre o Modernismo no tema sobre Preconceito Linguístico é interessante porque foi a partir dessa corrente que os artistas começaram a discutir as diversas formas de falar do povo, não só da elite. Instagram: @vempramimedicina
É válido destacar aqui que em momento nenhum estamos defendendo uma forma de falar em detrimento de outra, é óbvio que o português culto é importante e necessário, até mesmo na nossa redação do Enem, já que é, inclusive, uma das competências da prova. Todavia, não é só porque estudamos e sabemos algumas regras gramaticais que isso nos dá o direito de discriminar pessoas que não tem a mesma oportunidade que estamos tendo. o Etnocentrismo e Xenofobia Lembra que falei no tópico do Parnasianismo sobre etnocentrismo? Vamos explicar o conceito agora: Etnocentrismo é um substantivo masculino de raiz grega, formado pelo prefixo "ethnos" que significa nação, tribo, raça ou povo, mais o sufixo "centrismo", que sugere centro. Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades. O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo que indica o centro. Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua própria cultura melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar um problema, porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias infundamentadas. Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos, atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas. Fonte: https://www.significados.com.br/etnocentrismo/ A xenofobia está relacionada com diversos tipos de conceitos que englobam a discriminação, formada pelo sentimento de superioridade entre os seres humanos. A xenofobia corresponde a um problema social baseado na intolerância e / ou discriminação social, frente a determinadas nacionalidades ou culturas. A xenofobia gera violência entre as nações do mundo, desde humilhação, constrangimento, e agressão física, moral e psicológica. Tudo isto promovido principalmente pela não aceitação das diferentes identidades culturais. Fonte: https://www.todamateria.com.br/xenofobia/
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Desigualdade Social e Dominação pela Língua
Um autor muito famoso que discute essa temática é o Marcos Bagno. Deixarei uma reportagem do site “Brasil de Fato” que fala exatamente sobre essa questão do Preconceito Linguístico ser derivado de diversos outros pré-julgamentos existentes e sobre como ele acarreta uma dominação política: Marcos Bagno, escritor e linguista brasileiro, deixa à mostra a ideologia de exclusão social e de dominação política pela língua, típica das sociedades ocidentais. “Podemos amar e cultivar nossas línguas,
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mas sem esquecer o preço altíssimo que muita gente pagou para que elas se implantassem como idiomas nacionais e línguas pátrias”. O preconceito linguístico é um preconceito social. Para isso aponta a afiada análise do escritor e linguista Marcos Bagno, brasileiro de Minas Gerais. No Brasil, tornou-se referência na luta pela democratização da linguagem e suas ideias têm exercido importante influência nos cursos de Letras e Pedagogia. A importância de atingir esse meio, segundo ele, é que o combate ao preconceito linguístico passa principalmente pelas práticas escolares: é preciso que os professores se conscientizem e não sejam eles mesmos perpetuadores do preconceito linguístico e da discriminação. Preconceito mais antigo que o cristianismo, para Bagno, a língua desde longa data é instrumentalizada pelos poderes oficiais como um mecanismo de controle social. Dialeto e língua, fala correta e incorreta: na entrevista concedida a Desinformémonos, ele desnaturaliza esses conceitos e deixa à mostra a ideologia de exclusão e de dominação política pela língua, tão impregnada nas sociedades ocidentais. “A língua é um dialeto com exército e marinha”, Max Weinreich O controle social é feito oficialmente quando um Estado escolhe uma língua ou uma determinada variedade linguística para se tornar a língua oficial. Evidentemente qualquer processo de seleção implica um processo de exclusão. Quando, em um país, existem várias línguas faladas, e uma delas se torna oficial, as demais línguas passam a ser objeto de repressão. É muito antiga a tradição de distinguir a língua associada ao símbolo de poder dos dialetos. O uso do termo dialeto sempre foi carregado de preconceito racial ou cultural. Nesse emprego, dialeto é associado a uma maneira errada, feia ou má de se falar uma língua. Também é uma maneira de distinguir a língua dos povos civilizados, brancos, das formas supostamente primitivas de falar dos povos selvagens. Essa forma de classificação é tão poderosa que se erradicou no inconsciente da maioria das pessoas, inclusive as que declaram fazer um trabalho politicamente correto. De fato, a separação entre língua e dialeto é eminentemente política e escapa aos critérios que os linguistas tentam estabelecer para delimitar dita separação. A eleição de um dialeto, ou de uma língua, para ocupar o cargo de língua oficial, renega, no mesmo gesto político, todas as outras variedades de língua de um mesmo território à terrível escuridão do não-ser. A referência do que vem de cima, do poder, das classes dominantes, cria aos falantes das variedades de língua sem prestígio social e cultural um complexo de inferioridade, uma baixa auto-estima linguística, a qual os sociolinguistas catalães chamam de “auto-ódio”. Falar de uma língua é sempre mover-se no terreno pantanoso das crenças, superstições, ideologia e representações. A Língua é um objeto criado, normatizado, institucionalizado para garantir a unidade política de um Estado sob o mote tradicional: “um país, um povo, uma língua”. Durante muitos séculos, para conseguir a desejada unidade nacional, muitas línguas foram e são emudecidas, muitas populações foram e são massacradas, povos inteiros foram calados e exterminados. No continente americano, temos uma história tristíssima de colonização construída sobre milhares de cadáveres de indígenas que já estavam aqui quando os europeus invadiram suas terras ancestrais e dos africanos escravizados que foram trazidos para cá contra sua vontade. Não podemos esquecer que o que chamamos de “língua espanhola”, “língua portuguesa”, ou “língua inglesa” tem um rico histórico, não é algo que nasceu naturalmente. Podemos amar e cultivar essas línguas, mas sem esquecer o preço altíssimo que muita gente pagou para que elas se implantassem como idiomas nacionais e línguas pátrias.
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Breve histórico linguístico da América Latina A história linguística da América Latina foi e é marcada por muita violência contra as populações nãobrancas, em todos os sentidos, dos massacres propriamente ditos, passando pela escravização e chegando aos dias de hoje com a exclusão social e o racismo. No caso específico das línguas, as potências coloniais (Portugal e Espanha) se empenharam sistematicamente em impor suas línguas. As situações variam de país a país. Na Argentina, por exemplo, depois da independência, o governo traçou um plano explícito de extermínio dos indígenas, a chamada “Conquista do Deserto”, pagando em dinheiro às pessoas que levassem escalpos como prova do assassinato. Com isso, a população indígena da Argentina, principalmente do centro para o sul, desapareceu quase completamente, e com ela suas línguas. No Peru e na Bolívia, a língua quéchua, que era uma espécie de idioma internacional do império inca, é muito empregada até hoje, havendo mesmo comunidades mais isoladas cujos falantes não sabem falar espanhol. No Brasil, o trabalho de imposição do português foi muito bem feito, de maneira que é a língua homogênea da população. O extermínio dos índios fez desaparecer centenas de línguas: hoje sobrevivem cerca de 180, mas faladas por muito pouca gente, algumas já em vias de extinção. Durante boa parte do período colonial, a língua mais usada no Brasil foi a chamada “língua geral”, baseada no tupi antigo, que os jesuítas empregaram para catequizar os índios. Com a expulsão dos jesuítas no século XVIII e a proibição do ensino em qualquer língua que não fosse o português, a língua geral desapareceu. É uma pena que não tenhamos uma riqueza linguística como no México, que possui mais de 50 línguas diferentes, sendo que o nahua é falado por cerca de 1 milhão de pessoas. Ainda assim, essas minorias linguísticas no Brasil estão cada vez mais reconhecendo seus direitos e lutando por eles. Quanto às línguas africanas no Brasil, elas não puderam sobreviver porque os portugueses tomavam cuidado para separar as famílias em lotes diferentes bem como os falantes de uma mesma língua, de modo que fossem obrigados a aprender o português para se comunicar entre si e com os brancos. Mesmo assim, as línguas africanas, sobretudo as do grupo banto, influíram fortemente na formação do português brasileiro, fazendo com que ele se tornasse o que é hoje, uma língua bem diferente do português europeu. No Paraguai, como não houve expulsão dos jesuítas, a língua geral empregada por eles, o abanheenga (guarani), permanece até hoje como elemento importante da vida dos paraguaios, que são bilíngues em sua maioria: espanhol e guarani. Falar errado? Para quem? Também existe uma ideologia linguística que não é oficializada, mas que ao longo do tempo se instaura na sociedade. Em qualquer tipo de comunidade humana sempre existe um grupo que detém o poder e que considera que seu modo de falar é o mais interessante, o mais bonito, é aquele que deve ser preservado e até imposto aos demais. Nas sociedades ocidentais as línguas oficiais sempre foram objetos de investimento político. As línguas são codificadas pelas gramáticas, pelos dicionários, elas são objetos de pedagogias, são ensinadas. Claro que essa língua que é normatizada nunca corresponde às formas usuais da língua, sempre há uma distância muito grande entre o que as pessoas realmente falam no seu dia-a-dia, na sua vida íntima e comunitária, e a língua oficializada e padronizada.
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A questão da língua é a única que une todo o espectro linguístico, ou seja, a pessoa da mais extrema esquerda e da mais extrema direita geralmente concordam, por exemplo, diante da afirmação de que os brasileiros falam português muito mal. É uma ideologia muito antiga, eu digo que é uma religião mais antiga que o cristianismo, porque surgiu entre os gramáticos gregos 300 anos antes de Cristo e se impregnou na nossa cultura ocidental de maneira muito forte. Entretanto, ao mesmo tempo em que as classes dominantes diziam que era preciso impor o padrão para todo o mundo, elas não permitiam às classes dominadas o acesso a ele. Havia essa contradição, que na verdade não é uma contradição, mas uma estratégia político-ideológica: “Você tem que se comportar assim, mas não vou te ensinar como”. Isso, para as classes dominantes terem, além de outros instrumentos de controle social, também o controle da língua. É o que Pierre Bourdieu chama de a ‘língua legítima’: as classes dominadas reconhecem a língua legitima, mas não a conhecem. Ou seja, elas sabem que existe um modo de falar que é considerado bonito, importante, mas elas não têm acesso a ele. O preconceito linguístico nas sociedades ocidentais é derivado principalmente das práticas escolares. A escola sempre foi muito autoritária, muitas vezes as pessoas tinham que esquecer a língua que já sabiam e aprender um modelo de língua. Qualquer manifestação fora desse modelo era considerada erro, e a pessoa era reprimida, censurada, ridicularizada. Outro grande perpetuador da discriminação linguística são os meio de comunicação. Infelizmente, pois eles poderiam ser instrumentos maravilhosos para a democratização das relações linguísticas da sociedade. No Brasil, por serem estreitamente vinculados às classes dominantes e às oligarquias, assumiram o papel de defensores dessa língua portuguesa que supostamente estaria ameaçada. Não interessa se 190 milhões de brasileiros usam uma determinada forma linguística, eles estão todos errados e o que apregoam como certo é aquela forma que está consolidada há séculos. Isso ficou muito evidente durante todas as campanhas presidenciais de que Lula participou. Uma das principais acusações que seus adversários faziam era essa: como um operário sem curso superior, que não sabe falar, vai saber dirigir o país? Mesmo depois de eleito, não cessaram as acusações de que falava errado. A mídia se portava como a preservadora de um padrão linguístico ameaçado inclusive pelo presidente da República. Nessas sociedades e nessas culturas muito centradas na escrita, o padrão sempre se inspira na escrita literária. Falar como os grandes escritores escreveram é o objetivo místico que as culturas letradas propõem. Como ninguém fala como os grandes escritores escrevem, a população inteira em teoria fala errado, porque esse ideal é praticamente inalcançável. Entretanto, isso é muito contraditório, porque os ensinos tradicionais de língua dizem que temos que imitar os clássicos, mas ao mesmo tempo somos proibidos de fazer o que os grandes autores fazem, que é a licença poética. Como aprendemos nas escolas, ela é permitida àquele que em teoria sabe tão bem a língua que pode se dar ao luxo de desrespeitar as normas. A diferença entre a licença poética e o erro gramatical é, basicamente, de classe social. Uma pessoa pela sua própria origem social se dá ao direito e tem esse direito reconhecido de falar como quiser, outra, também por sua origem social não tem esse direito. Cria-se um padrão linguístico muito irreal, muito distante da realidade vivida da língua. É a partir desse confronto entre a maneira de falar das pessoas e essa língua codificada, que surgem esses conflitos linguísticos. A pessoa, ao comparar seu modo de falar com aquilo que aprende na escola ou com o que é codificado, vê a distância que existe entre essas duas entidades e passa a achar que seu modo de falar é feio, é errado. Qualquer tipo de imposição linguística acaba gerando um efeito contrário que é a auto-rejeição linguística ou a promoção de um preconceito linguístico por parte das camadas sociais dominantes.
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Luta contra o preconceito linguístico Acabar com o preconceito linguístico é uma coisa difícil. É preciso sempre que façamos a distinção entre preconceito e discriminação. O que nós temos que combater é a discriminação, ou seja, quando esse preconceito deixa de ser apenas uma atitude ou um modo de pensar das pessoas e se transforma em práticas sociais. Primeiro é preciso reconhecer a existência do preconceito linguístico, conhecer os modos como ele se manifesta concretamente como atitudes e práticas sociais, denunciar isso e criar modos de combatêlo. Justamente pelo fato de o preconceito linguístico nas sociedades ocidentais ser derivado das práticas escolares, na minha opinião, o grande mecanismo para começar a desfazer o preconceito linguístico, a discriminação linguística, está também na pratica escolar. É muito importante que a escola, em sociedades letradas como a nossa, permita ao aluno esse processo do acesso ao letramento a partir de práticas pedagógicas democratizadoras, em que as variações linguísticas sejam reconhecidas como prática da cultura nacional, que não sejam ridicularizadas. E é claro que isso tem um funcionamento político muito importante, não só na escola, mas em toda a sociedade. Por isso que no Brasil, eu e um conjunto de outros linguistas e educadores estamos sempre atacando muito o preconceito linguístico e propondo práticas pedagógicas democratizadoras. Que a criança, ao chegar na escola falando uma variedade regional menos próxima do padrão, não seja discriminada. Nosso trabalho atualmente se centra muito na escola, nos materiais didáticos e na formação dos professores de português, para que não sejam eles mesmos perpetuadores do preconceito linguístico e da discriminação. Além disso, vale considerar que, em menos de meio século, a proporção mundial entre a população urbana e a rural ficou muito desigual, com a população mundial muito mais urbanizada. A urbanização implica o contato com formas linguísticas de maior prestigio, na televisão, na escola, na leitura etc. Isso vai implicar também uma espécie de nivelamento linguístico. Embora as variedades linguísticas se mantenham, quanto mais pessoas souberem ler e escrever e tiverem ascensão social, é mais provável que haja um nivelamento linguístico maior. No caso específico do Brasil, nos últimos oito anos, quase 30 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e com isso vão impor também sua maneira de falar. Outro dado muito importante é que a grande maioria das pessoas que se formam professores (de português, principalmente) vem dessas camadas sociais. Portanto, o professor que está indo para sala de aula já é falante dessas variedades linguísticas que antigamente eram estigmatizadas. Isso vai provocar um grande movimento de valorização dessas variedades menos prestigiadas. Estamos assistindo a um momento muito importante da história sociolinguística do Brasil. Fonte: https://www.brasildefato.com.br/node/5396/
Que texto!!! Tive que colocá-lo quase todo na íntegra, porque é um aprendizado para vida! •
O papel da escola como mantenedora do preconceito
Para falar do papel da Escola como perpetuadora ou não do Preconceito Linguístico, irei abordar alguns trechos de um artigo escrito por Mestrandos em Letras do estado de Minas Gerais:
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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), um ensino deve considerar a existência das várias situações comunicativas: •
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Utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade linguística valorizada socialmente, sabendo adequá-los às circunstâncias da situação comunicativa de que participam; Conhecer e respeitar as diferentes variedades linguísticas do português falado.
Apesar da orientação feita, é possível perceber que dentro dos locais de ensino as variantes linguísticas são deixadas de lado devido à imposição de um padrão culto da norma aplicado pela educação formal. Tal predomínio de apenas uma forma de falar desconsidera a formação dos estudantes e não leva em consideração a existência de uma diferença entre fatores geográficos, socioeconômico, etários, de gêneros e, nem mesmo, o canal que utilizam para se comunicar (se pela escrita ou pela fala). “A escola nega a existência dos vários dialetos ao apresentar o padrão culto da Língua Portuguesa como sendo o único Português aceitável. Esquecemo-nos que os alunos são falantes nativos da língua e, por tanto, conhecem e utilizam-na (mesmo que apenas na modalidade oral) muito antes de adentrarem a escola. Esses alunos já aprenderam a falar desde pequenos, conhecem a língua em sua essência, a lógica do funcionamento da língua. O que eles não dominam são as regras impostas pela norma padrão culturalmente valorizada em nossa sociedade.” A partir dessa negação da existência da variedade linguística, Nildo Viana (2004) passa a tratar disso como “preconceito linguístico”. Em um artigo denominado Educação, Linguagem e Preconceito Linguístico, o autor diz que “a linguagem é um fenômeno social e está ligada ao processo de dominação, tal como, o sistema escolar, que é a fonte da ‘dominação linguística’” (VIANA, 2004). Segundo Marcos Bagno (2008), o Preconceito Linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre a língua e a gramática normativa (...) e se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogadas nos dicionários (...). (BAGNO, 2008, p. 11). Segundo os PCN’s: “O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado na escola (...). Para isso, e também para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma “certa” de falar: a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala (...). Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno (...) denota conhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos, por mais prestigio que um deles tenha em um dado momento histórico.” (PCN’s, 2000, p 31). A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Ela sempre existiu e sempre existirá independentemente de qualquer ação normativa. Assim quando se fala em “Língua Portuguesa” está se falando de uma unidade que se constitui de variedades. (PCN’s, Língua Portuguesa 5ª a 8ª séries, 2000, p. 29) Embora Possenti (1996, p.17) afirme que “O objetivo da escola é ensinar o português padrão”, ressaltamos que é possível cumprir sua função considerando as variedades da língua, em um ensino reflexivo que contribua para a não perpetuação do preconceito linguístico. O que se constata, ao comparar os PCN e as pesquisas relativamente recentes publicadas sobre Instagram: @vempramimedicina
ensino de português, é que nem sempre é claro para o professor de nível fundamental e médio o que deve ser priorizado em sala de aula. Para que o ensino de língua materna não se concentre apenas nas regras rígidas da gramática normativa é preciso que o professor, a mídia, os gramáticos e a sociedade em geral compreendam que o ensino de Língua Portuguesa só será bem sucedido (só formaremos sujeitos realmente letrados) quando a escola estimular a capacidade cognitiva e linguística do aluno através da sua competência oral e escrita. É necessário que se entenda ainda que a língua é viva e sua dinamicidade é consequência das sucessivas transformações ocorridas ao longo do tempo. Fonte: http://travessiasinterativas.com.br/_notes/vol10/ana.pdf
“Quase me apetece dizer que não há uma língua portuguesa; há línguas em português” José Saramago
ROTEIRO INTRODUÇÃO: “A língua de que usam, por toda costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha F, nem L, nem R, coisa digna de espanto”. O escritor português Pero Gôndavo, no século XVI, já demonstrava um pré-julgamento que persiste na contemporaneidade: o preconceito linguístico. Nesse contexto, apesar de ser possuidor de uma boa fama de receptividade, devido a sua alta pluralidade, o Brasil ainda sustenta uma grande falha social decorrente de poucas políticas protetoras da sua diversidade cultural. Diante disso, é fundamental analisar o atual panorama para desconstruir essa realidade excludente. (TESE) Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): o preconceito enraizado na sociedade. Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): poucas políticas públicas existentes para modificar um preconceito histórico. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia, Escola e Governo O quê eles vão fazer? Escola: deve trabalhar na desconstrução da ideia de “certo e errado” e ensinar os estudantes a serem poliglotas no seu próprio idioma, sabendo adequar a sua forma de falar de acordo com o ambiente no qual se encontra. Governo e Mídia: orientar a população sobre a inconstitucionalidade da discriminação linguística e sobre a importância de se respeitar a pluralidade do país, haja vista que os variados tipos de falas são heranças das diversas culturas formadoras do país, logo, valorizá-las é prezar o Patrimônio Cultural Imaterial do país. Como – utilizando quais meios? Instagram: @vempramimedicina
O governo, por meio do Ministério da Educação, pode atuar dentro dos locais de ensino, formando profissionais capacitados para trabalhar tanto com a norma culta da língua, quanto com as outras variedades linguísticas. Além disso, em parceria com a mídia, deve promover campanhas que desconstruam a imagem caricaturizada de determinados grupos sociais e geográficos presentes no país. Pode, ainda, atuar na criação de acervos linguísticos linguísticos que projetam línguas que são faladas por poucas pessoas, protegendo-as as da extinção. Para quê? Para construir uma sociedade conhecedora de sua formação cultural e, consequentemente valorizadora de todas as suas origens, a fim de mitigar as discriminações discriminações existentes e formar indivíduos mais condescendentes uns com os outros. Dessa forma, os Parâmetros Curriculares serão aplicados na íntegra e a satisfação de José Saramago será compartilhada pela nação brasileira.
REDAÇÃO Uma das perguntas que mais me fazem é: como reescrever uma redação? Pensando em você, nesse tema em especial, colocarei uma redação com uma nota abaixo de 900 (tirei 840) analisada pela maravilhosa professora de português e redação, Maria Carolina Carol Coelho (@coelhocaarol) @coelhocaarol) e depois a colocarei reescrita reesc com uma nota mais elevada
Introdução:: Após a presença de uma citação direta, há uma breve explicação sobre como a literatura jesuítica avaliava as questões linguísticas no Brasil. Entretanto, faltou uma conexão conexão entre os dois períodos, pois, num primeiro momento, não fica claro como essas ideias estão relacionadas. Seria bem-visto bem visto revelar a autoria da citação ou, então, explicar o contexto (esta foi a opção escolhida!). Ao longo do parágrafo, a Allana opta por uma tese analítica (isto é, em que expõe os argumentos que serão aprofundados no desenvolvimento).
Desenvolvimento 1: O 1º tópico frasal reflete sobre a formação cultural brasileira. Para validar seu ponto de vista, a Allana usufrui de referências referên históricas ricas que visem confirmar as raízes do preconceito linguístico. Porém, ao mostrar que essa persistência reflete nos dias Instagram: @vempramimedicina
atuais, a comparação pecou na justificativa dos exemplos: no período de eleições presidenciais, como ocorreu a discriminação linguísticaa a partir de variações regionais? Essa pergunta precisa ser respondida. Mesmo assim, o caráter argumentativo fez-se fez se presente ao final do parágrafo, uma vez que ela apresentou as consequências de tal problemática, mostrando, ainda, a relação com o Patrimônio Cultural Imaterial do país (ótima referência!).
Desenvolvimento 2: O 2º tópico frasal associa o preconceito linguístico à desigualdade social. Por meio de uma referência cultural, o filme “Que horas ela volta?”,ela exemplifica um caso da ficção, ficção, mas que reflete no âmbito social. Ainda que a inserção do autor Marcos Bagno como argumento de autoridade, a referência histórica ao governo de Getúlio Vargas e a menção à Constituição Federal sejam pertinentes ao tema, há muitas informações expostas em um único parágrafo, o que acaba diminuindo o espaço para o teor argumentativo. Neste sentido, seria interessante selecionar as melhores referências para a defesa do ponto de vista. O único erro ortográfico está na linha 17 com otermo “subjulgando”, que não nã possui o –l,l, sendo então: subjugando.
Conclusão: Após a retomada da tese no primeiro período, temos, então, a apresentação das propostas interventoras. A primeira diz respeito ao poder midiático como ferramenta de comunicação e persuasão para desconstruir a visão conservadora e de senso comum sobre as variações riações linguísticas. Ademais, a segunda evidencia como a união dos Ministérios (Educação e Cultura) podem contribuir para valorizar e preservar os aspectos linguísticos culturais. A conclusão está super detalhada, como ainda, retoma retom a todas as problemáticas as abordadas anteriormente. Os erros estão relacionados com a competência 1 (domínio da norma culta) em: “socio-cultural” cultural” >> sociocultural e “atrelada à políticas”>> atrelada a políticas, pois não ocorre crase com o ‘a’ no singular diante de palavras no plural.
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REDAÇÃO Preconceito Linguístico – Nota: 960
Sem dúvidas esse tema realmente foi de longe o mais difícil que escrevi, foram 7 redações enviadas e mesmo assim não cheguei no que eu queria, mas vou colocar o texto com a maior nota para que você analise e veja se você concorda com o que o corretor falou: falou Perdi 40 pontos na 5ª Competência. Segundo o corretor: não detalhei a proposta como deveria ser feito. Lembrando: Observe se cumpri todos os requisitos que devem ser cumpridos em uma conclusão: Quem vai fazer, como, o que será feito e para quê será feito? Corrigir redações também é excelente para você aprender a fazer certo no seu próprio texto!
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REDAÇÃO Pr Preconceito Linguístico – Nota: 980
Acredito que você já percebeu que o 960 me persegue, não é? Bem, resolvi colocar 3 redações desse mesmo tema para você perceber como a mudança de algumas palavras, a forma de escrever e algumas modificações de ideia podem subir sua nota de 800 para 960 e até mesmo 1000. Nesse texto eu perdi 40 pontos na competência competência 1, apenas, pois escrevi errado “década” na segunda linha (haja falta de atenção). “Não modificada” deve ter hífen, na linha 12 e errei na concordância em “linguística”, deveria ser “linguístico”.
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6. Caminhos para combater a cultura de assédio no Brasil
Brain Storm o Sites indicados:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/18/deportes/1529354611_738461.html https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/13/ciencia/1528899877_715296.html https://www.cartacapital.com.br/diversidade/assedio-nao-e-brincadeira-no-brasil-videomachista-renderia-multa https://trt-10.jusbrasil.com.br/noticias/100607355/conceito-de-assedio-sexual-e-mais-amplona-justica-trabalhista http://www.politize.com.br/violencia-contra-a-mulher-questoes-vitais/ http://www.politize.com.br/cultura-do-estupro-como-assim/ https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/assedio-sexual-o-ilicito-silencioso/ https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/entenda-a-lei-do-feminicidioe-por-que-e-importante/ http://hbrbr.uol.com.br/desconstrucao-preconceito/
(Para esse assunto o que não falta são sites para serem indicados e coisas das quais podemos falar, tive que me conter aqui para não colocar a internet inteira hahaha) Infelizmente na nossa sociedade existe uma cultura enraizada que perpetua até os dias atuais quando se fala sobre assédio sexual, então, vamos levantar alguns pontos, históricos e atuais, que servirão como argumentações na nossa redação. Herança cultural Vivemos em uma sociedade na qual a base cultural foi formada pelo sistema Patriarcal, com o Homem como chefe de família, e machista, com a Mulher sendo inferiorizada diante o homem em diversos momentos da história.
Elementos históricos que nos permitem ratificar esse fato:
A. Na Grécia Antiga a importância da mulher estava atrelada à procriação. Em Esparta, por exemplo, apesar de ter uma maior liberdade sexual, a mulher era vista como objeto de reprodução, isto é, ela precisava dar filhos perfeitos ao Estado, para que fossem formados excelentes guerreiros.
Em Atenas a submissão feminina era ainda maior, como podemos ver em uma música escrita por Chico Buarque:
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Mulheres de Atenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos Poder e força de Atenas Quando eles embarcam soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam, sedentos Querem arrancar, violentos Carícias plenas, obscenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos Bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar um carinho De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas, Helenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas: Geram pros seus maridos Os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito, nem qualidade Têm medo apenas Não tem sonhos, só tem presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas, morenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos Heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas, serenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos Orgulho e raça de Atenas
B. Andando alguns milhares de anos: A mulher na Idade Média •
http://softwarelivre.org/feminismo/blog/a-mulher-na-idade-media
C. Abordando conceitos literários agora, acredito que existem 3 escolas literárias que podem ser evidenciadas quando se fala de mulher: • • •
Barroco: escola na qual a mulher é considerada como o pecado na Terra; Romantismo: a mulher é tratada como algo divino e puro; Naturalismo: a mulher é trabalhada de forma bem sexualizada.
D. Movimentos Femininos As mulheres lutam durante muito tempo pelo reconhecimento de seus direitos. Nesse contexto, é válido ressaltar que a Constituição Brasileira de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, fala que nem um indivíduo pode ser tratado de forma diferente, independente de Gênero, etnia, religião...
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Logo, as manifestações feministas lutam por uma igualdade e equidade que lhe são garantidas por lei e buscam apenas que se torne realidade na prática. Exemplos de movimentos atuais: • • • • • • • •
https://www.huffpostbrasil.com/2016/05/28/principais-movimentos-feministas-do-pais-vao-lutarcontra-os-ret_a_21682854/ https://istoe.com.br/revolucao-feminista/ https://www.todamateria.com.br/feminismo-no-brasil/ #NiUnaMenos na Argentina Primavera Feminista Greve Internacional das Mulheres #meuprimeiroabuso e #nãomereçoserestuprada https://calle2.com/5-movimentos-feministas-que-abalam-o-machismo-latino/
E. O Brasil é o 5º país mais perigoso do mundo para mulheres! o https://www.vix.com/pt/bbr/ciencia/4061/os-20-paises-mais-perigosos-para-as-mulheres F. Séries e Filmes: Acredito que pode ser um baita gancho nesse tema de assédio sexual: 13 reasons why !!! Hanna Backer e diversas outras meninas em sua escola são abusadas sexualmente por seus colegas de classe e a série gira em torno de abrir uma discussão do quanto a justiça é falha para punir os estupradores e assediadores, o que, apesar de ser uma série, mostra a verossimilhança com o que vivemos na realidade. Prova disso são os crescentes casos de feminicídio que acontece mesmo depois da mulher ter denunciado seu agressor à polícia ou a grande naturalidade com que as pessoas encaram o assédio sexual. Outra referência muito legal é o filme “Eu não sou um homem fácil”: Um cara totalmente machista tem a experiência de, depois de um acidente, acordar em um mundo ao avesso, ou seja, o mundo não é dominado por homens, mas por mulheres e são elas que passam a ter todas as atitudes que os homens têm no nosso mundo, inclusive agora são as mulheres que cometem assédio sexual, tanto no trabalho, na rua, quanto em ambientes como bares, festas, dentre outros. O mais legal desse filme é que ele faz você entrar em choque ao perceber o tanto de coisas que as mulheres passam diariamente e o quanto isso é naturalizado e banalizado na sociedade, tanto que você só se dá conta porque é um homem que está passando por tudo aquilo, não uma mulher. Super indico esse filme (tem uma analise bem mais detalhada sobre ele no “Espaço Nerd”).
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G. Se é tão naturalizado assim, como acabar com essa cultura do Assédio? As reivindicações femininas já são um enorme passo para que essa mudança ocorra. Os movimentos feministas, apesar de serem tão discriminados por uma parcela da população, são muito importantes no processo de conquistas de direitos das mulheres. Outro ponto que podemos abordar é a importância da mídia como forma de ratificar as lutas femininas, isto é, as grandes redes de comunicação e as mídias sociais são meios de transformações e podem modificar o olhar preconceituoso e machista da população ou podem maximizar essa cultura excludente. A escola também pode, e deve, ser um excelente agente de transformação, trabalhando em aulas, projetos, debates e palestras sobre igualdade de gênero e, ainda, trabalhar a desconstrução de valores arcaicos.
ROTEIRO INTRODUÇÃO: Não se pode negar a crescente importância da mulher dentro da economia, da política e da cultura mundial. Contudo, de encontro a esse avanço, um problema persistente, e que cerca a realidade do Brasil, é o assédio sexual sofrido por essas nos mais diversos ambientes. Diante dessa situação, muitos movimentos femininos começaram a surgir para lutar contra essa cultura patriarcalista enraizada. Dessa forma, analisar o atual contexto vivido pelas mulheres é fundamental para apoiar tais resistências. (TESE) Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): propagação e perpetuação de valores arcaicos baseados no machismo e no patriarcalismo. Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): banalização da violência sofrida pela população feminina. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem? Mídia e Ministério da Educação O quê? Mídia: Propagar o sentimento de empatia e alteridade; Governo: reformular a educação para a criação de uma sociedade menos misógina e mais cumpridora dos pilares democráticos do país. Como? Palestras, campanhas educacionais, debates, discussão em programas televisivos e novelas engajadas (malhação, novela das 9) Para quê? Instagram: @vempramimedicina
Para combater o preconceito, mitigando visões deterministas. Além de garantir a real inserção de todas as camadas da sociedade, cumprindo com os pilares democráticos garantidos pela Constituição.
7.
Fake News “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Atribui-se esta frase a Paul Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista. Polêmicaaaa!!!! Chegamos a outro tema super quente! Estamos na Era da Pós-verdade??? Você acredita em tudo o que lê na internet e na televisão? Vou logo avisar que esse tema vai gerar muitos debates, então, pega sua pipoca aí e vamos mergulhar nessas discussões!
Brain Storm o Links:
https://www.youtube.com/watch?v=lt8pWcrtzM0 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43797257 https://www.significados.com.br/falacia/ https://apublica.org/checagem/ https://g1.globo.com/politica/noticia/marcela-ross-nao-existe-pesquisa-nao-mostra-94-deapoio-a-intervencao-militar-e-pais-nao-esta-em-estado-de-sitio-como-funciona-uma-dasfabricas-de-fake-news-no-brasil.ghtml https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/ https://apublica.org/checagem/ https://www.psafe.com/blog/brasileiros-fake-news-2018/ https://www.youtube.com/watch?v=V4E0yXQeI2Y&t=62s https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43797257 http://www.abin.gov.br/ https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2018/03/08/interna_tecnologia, 664835/fake-news-se-espalham-70-mais-rapido-que-noticias-verdadeiras.shtml
O que não falta nesse tema também são links para ler, mas, vamos levantar os principais tópicos de discussões aqui: A. O que é Fake News e Pós-verdade? Fake news significa "notícias falsas". São as informações noticiosas que não representam a realidade, mas que são compartilhadas na internet como se fossem verídicas, principalmente através das redes sociais. Normalmente, o objetivo de uma fake news é criar uma polêmica em torno de uma situação ou pessoa, contribuindo para o denegrimento da sua imagem. Por ter um teor extremamente
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dramático, apelativo e polêmico, as fake news costumam atrair muita atenção das massas, principalmente quando estas estão desprovidas de senso crítico. Assim, os conteúdos falsos podem agir como uma "arma" ilegal contra algo. No âmbito político, por exemplo, as notícias falsas são usadas com o intuito de "manchar" a reputação de determinado candidato, fazendo com que perca potenciais eleitores. Pós-verdade é um neologismo criado para nomear o fenômeno social desenvolvido na internet onde notícias falsas (fake news) passam a ser consideradas verdades devido a sua massiva difusão. O termo "pós-verdade" foi eleito a Palavra do Ano em 2016 pelo dicionário Oxford. A pósverdade foi definida como a ideia de que um fato concreto tem menos significância ou influência do que "apelos à emoção e a crenças pessoais". Isso significa que, de acordo com o conceito da pós-verdade, torna-se mais importante acreditar que algo é verdade (mesmo não sendo) do que aquilo que de fato é verídico. Assim, o uso do prefixo "pós" remete a ideia de que o conceito de verdade passa a não ter o mesmo significado que em outrora. Fonte: https://www.significados.com.br/fake-news/
B. O impacto dessas notícias na política e na economia INFLUENCIANDO A POLÍTICA Nos últimos três meses da campanha à presidência dos EUA, as notícias falsas a respeito da eleição geraram 8,7 milhões de reações, compartilhamentos e comentários no Facebook – quase 1,5 milhão a mais do que as verdadeiras. O Buzzfeed News chegou a um resultado semelhante no Brasil: as dez notícias falsas mais populares sobre a Operação Lava Jato têm maior engajamento do que as dez verdadeiras mais populares. Metade das fakes vinham das mesmas páginas: Brasil Verde e Amarelo e Click Política.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-sao-fake-news-como-identifica-las/ Em 2016, 33 das 50 notícias falsas mais disseminadas no Facebook eram sobre a política nos Estados Unidos, muitas delas envolvendo as eleições e os candidatos à presidência. Durante a campanha presidencial, notícias falsas foram espalhadas sobre os dois candidatos: o republicano Donald Trump – depois eleito – e a democrata Hillary Clinton. No monitoramento de 115 notícias falsas pró-Trump e 41 pró-Hillary, os economistas Hunt Allcott e Matthew Gentzkow concluíram que as postagens pró-Trump foram compartilhadas 30 milhões de vezes, enquanto as pró-Hillary 8 milhões. Sobre Trump, a “notícia” de que o Papa Francisco havia apoiado sua candidatura e lançado um memorando a respeito foi a segunda maior notícia falsa sobre política mais republicada, comentada e a qual as pessoas reagiram no Facebook em 2016. Outra notícia falsa, diretamente relacionada com Trump, afirmava que ele oferecia uma passagem de ida à África e ao México para quem queria sair dos Estados Unidos – a postagem obteve 802 mil interações no Facebook. Quanto à Hillary Clinton, uma notícia falsa com alta interação no Facebook – 567 mil Instagram: @vempramimedicina
– foi de que um agente do FBI (órgão de investigação federal) que trabalhava no caso do vazamento de e-mails da candidata foi supostamente achado morto por causa de um possível suicídio. Quanto ao Brexit, houve diversas informações truncadas disseminadas pela campanha Vote Leave – em tradução livre, “vote para sair” – para a saída do Reino Unido da União Europeia. As questões envolviam principalmente as políticas de imigração da UE e questões econômicas. O jornal The Independent reporta que um dos líderes da campanha pelo Brexit afirmou que mais 5 milhões de imigrantes iriam ao Reino Unido até 2030 por conta de uma licença dada a 88 milhões de pessoas para viver e trabalhar lá – uma informação que não tem fundo de verdade. Um dos pôsteres da campanha clamava: “Turquia (população de 76 milhões) está entrando na UE” – quando, na verdade, o pedido de entrada na UE pela Turquia é antigo e não mostra sinal de evolução. Para as eleições de 2018, não se acredita que as notícias falsas poderão de fato mudar o resultado da eleição, como discutido num evento da Revista ÉPOCA. Mas é claro que os boatos enfraquecem e distraem a população do assunto que realmente importa: os planos de governo, as ideias de políticas públicas, o modelo de gestão… Essa questão é tão latente que até órgãos de defesa do governo federal, como o Ministério da Defesa e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), junto ao Tribunal Superior Eleitoral, preparam uma força-tarefa para combater as notícias falsas no período eleitoral em 2018. Fonte: http://www.politize.com.br/noticias-falsas-pos-verdade/ Ainda se investiga o real impacto das fake news e dos robôs no resultado da eleição americana, que elegeu Donald Trump. Mas é inegável que essas notícias irreais acabam afetando a percepção da população sobre candidatos e partidos. “O caso de Marielle é gravíssimo”, afirma Taís Seibt. “Envolve um parlamentar que, pelo cargo que exerce, tem grande impacto na formação da opinião pública”, explica. Os boatos difamatórios a respeito da figura de Marielle, entre áudios e fotos, acusavam a vereadora de ser apoiada pelo Comando Vermelho, “defender bandido” e ter sido vítima de uma queima arquivo do tráfico. Um desses textos foi parar no celular da Desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que afirmou em uma rede social que Marielle seria “engajada com com bandidos” e “cadáver comum”. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entraram com representações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora. Já o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), depois de publicar informações falsas em sua conta no twitter, e ser questionado por usuários e jornalistas, terminou desativando todas as suas contas em redes sociais. Uma matéria exclusiva do jornal O Globo rastreou a disseminação de notícias falsas que atacavam a vereadora do PSOL. Segundo a reportagem investigativa, que também usou dados colhidos pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), há envolvimento do grupo político Movimento Brasil Livre (MBL) e do site Ceticismo Político. O fundador do site, Carlos Augusto de Moraes Afonso, assumiu que usa a plataforma como uma ferramenta de “guerra política”. E que o método que ele desenvolveu “funciona que é uma beleza”.
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Na interpretação do presidente da Comissão Nacional de Estudos dos Cibercrimes da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (ABRACRIM), o advogado Luiz Augusto Filizzola D’Urso, mesmo que seja difícil configurar esses atos como crime de calúnia — por faltarem detalhes específicos nos ataques dirigidos à Marielle — a prática se configura como difamação. Ainda de acordo com o advogado, embora as postagens em relação à morte da Marielle não possam ser consideradas criminosas, ainda cabe processo: “como a família tem sofrido um dano moral reflexo, poderá acionar a justiça no âmbito civil com objetivo de recebimento de indenização”. Na quarta-feira, 28, o juiz Jorge Jansen Counago Novelle, da 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, acatou uma ação movida por Anielle Silva e Mônica Benício, respectivamente irmã e companheira de Marielle Franco, contra o Facebook, pela propagação de notícias falsas relacionadas à vereadora do PSOL. Segundo a ação, a empresa terá de retirar do ar, em até 24 horas, todas as publicações que ofendam a intimidade, honra e a imagem de Marielle Franco. Além disso, o Facebook será obrigado a fornecer dados sigilosos, como o número do IP, para que familiares possam processar os usuários que estão disseminando notícias falsas. Fonte: https://medium.com/revista-subjetiva/ataque-%C3%A0-imagem-de-marielle-francorevela-a-l%C3%B3gica-das-fake-news-f9c60999f07b
O impacto das notícias falsas dentro da política é notório, logo, fazer uma análise crítica sobre tudo aquilo que você lê é fundamental. Entretanto, não é apenas a política ou a economia que essas divulgações mentirosas afetam: C. O impacto social dessas inverdades o PRECONCEITO Vivemos em um mundo no qual cada vez mais se discute sobre preconceito de gênero, de etnia, de religião, geográfico, dentre outros. Dentro desse contexto, o uso das redes sociais pode aumentar exponencialmente um pré-julgamento, haja vista que o mundo virtual ainda é tido como um território sem leis. Seguindo essa linha de raciocínio, os “guerreiros dos teclados” sentem-se seguros atrás da telas de seus aparelhos eletrônicos e disseminam cada vez mais discursos homofóbicos, racistas, misóginos e por aí vai. o INTOLERÂNCIAS Acerca do abordado acima, os preconceitos passam a ser tão difundidos que chegam ao ponto de se tornarem-se intolerâncias. Sob essa lógica, o uso de Fake News para atacar determinados grupos torna-se frequente, como, por exemplo: BALI — Após a prisão de 14 pessoas na Indonésia, a polícia local acredita ter descoberto uma operação clandestina de divulgação de notícias falsas comandada pelo Exército Cibernético Muçulmano (ECB). Segundo matéria do jornal britânico "The Guardian", o grupo tinha como objetivo influenciar a política do país e desestabilizar o governo. Para isso, espalhava nas redes sociais notícias falsas e discursos de ódio contra diferentes grupos étnicos e religiosos. O presidente da Indonésia, Joko Widodo, também estava na mira do ECB. De acordo com investigação conduzida pelo jornal, as mensagens idênticas e em grande quantidade indicam o uso de uma rede de robôs e contas semiautomatizadas pelo grupo. O Instagram: @vempramimedicina
conteúdo das postagens, por sua vez, era elaborado para atrair atenção da comunidade islâmica do país, misturando notícias de perseguição a muçulmanos com textos de ódio e difamação contra chineses, comunistas, homossexuais e o governo. Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/robos-fake-news-viram-ferramenta-paraextremistas-na-indonesia-22485076#ixzz5PKvOCdWr
o XENOFOBIA Medo, preconceito, ódio irracional. A xenofobia, como já definida aqui em outro tema, é um sentimento negativo contra aquilo que é diferente. Sob essa perspectiva, em momentos de crises políticas e econômicas, esse dissentimento tende a aumentar consideravelmente e acarreta em ações catastróficas. Dentro dessa premissa, o uso de Fake News contribui para colocar mais “lenha na fogueira”, como podemos ver no exemplo a seguir: Surtos de violência e xenofobia contra os nicaraguenses fugindo do governo de Daniel Ortega e refugiar-se na Costa Rica, não só viveram nas ruas de San Jose, a capital, também em redes sociais. No Facebook, perfis criados quase exclusivamente para difamar os refugiados da Nicarágua, divulgar informações tendenciosas sobre situação na Costa Rica e designada como responsável por quase todos os males que afligem o país: roubo, assalto, estupro ... A lista de acusações infundada, na maior parte, preenche páginas inteiras que incitam o ódio e a violência contra os migrantes. A maioria dessas publicações é compartilhada milhares de vezes pelos usuários. Perfis como para um novo exército da Costa Rica [morto em Facebook após a publicação deste artigo], Alajuelita INFORMADO ou Costa Rica Guarda Nacional se tornou muito popular na rede social depois de espalhar informações falsas. Outras páginas exaltando o nacionalismo como Costa Rica Estados - gerida por David Segura, assessor da bancada legislativa do partido Restauração Nacional, a segunda força de oposição do país têm tido um papel forte nos dias de hoje levantando valores patrióticos tendenciosamente contra os imigrantes . Da mesma forma, a informação aumentou com uma forte carga xenofóbica em sites que passam pela mídia e que são responsáveis pelo barulho da informação e pela disseminação de notícias falsas que a Costa Rica e a Nicarágua estão vivendo. O jornal La Nación foi encarregado de verificar e negar as notícias errôneas que inundam as redes e fertilizam sentimentos nacionalistas e xenófobos. Através da hashtag #NoComaCuento, a mídia negou as informações sobre os migrantes que estão gerando muita tensão no país. Um grupo de jovens queima uma bandeira da Costa Rica Esta fotografia, compartilhada milhares de vezes, mostra como dois jovens queimam uma bandeira da Costa Rica. O texto que circulou ao lado da imagem dizia que eles eram nicaragüenses queimando o símbolo patriótico. No entanto, a imagem foi tirada em 2016 durante um concerto punk no distrito de Sabanilla, no cantão de Montes de Oca. Fonte: https://verne.elpais.com/verne/2018/08/21/mexico/1534819250_019538.html
Não precisamos ir muito longe para verificar os estragos feitos por Fake News. O caso mais recente aconteceu no estado de Roraima com a crise dos refugiados venezuelanos:
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Por Rodrigo Passoni Em São Paulo (SP) Uma conversa entre integrantes do SJMR (Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados) e migrantes venezuelanos em Boa Vista teve seu conteúdo distorcido e transformou a instituição – e um de seus integrantes, em especial – em alvo de ameaças e manifestações xenofóbicas em Roraima. De acordo com o SJMR, o diálogo ocorreu em junho passado, após a desocupação de venezuelanos de uma pousada que estava abandonada, e que os migrantes estavam no local há pelo menos quatro meses. Na ocasião, um representante da ONG orientava sobre como funciona o processo legal de desocupação – que requer uma ordem judicial para ser feito. No entanto, a conversa foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais como um suposto incentivo a que venezuelanos invadissem propriedades privadas. De acordo com o Estadão Verifica, serviço do jornal O Estado de São Paulo destinado a desmentir notícias falsas, o representante da ONG teve vazados seu perfil pessoal, telefone e inscrição na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A SJMR informa ainda que ele começou a receber ameaças de morte. Em entrevista publicada no jornal Folha de Boa Vista, o principal de Roraima, o presidente da OAB local, Rodolpho Morais, disse que o advogado será submetido ao Conselho de Ética da instituição para avaliar se a orientação dada aos migrantes foi certa ou errada. Fake news O dono da página no Facebook chamada “Roraima Sem Censura”, Ezequiel Calegari, escreveu que o representante da ONG foi “diagnosticado pela psiquatria como psicopata” e que “veio para o Estado de Roraima formar quadrilha e e implantar o terror às famílias e cidadãos de bem”. Dias depois, Calegari publicou um vídeo no qual foi até a sede da SJMR, desferindo ofensas aos funcionários e acusando o representante da ONG que apareceu no vídeo “de ter fugido de medo” de Roraima. Questionado pelo Estadão Verifica, Calegari disse acreditar que a ONG de fato incentivava invasões de terra. Quando perguntado se sabia da veracidade das acusações contra o representante da entidade, respondeu que “publica as coisas para agradar seus eleitores” – ele é candidato a deputado estadual pelo partido Patriotas e se diz apoiador do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Mais tarde, Calegari usou o Roraima Sem Censura para criticar a reportagem, dizendo que suas palavras foram distorcidas e que o jornal paulista “está a serviço da esquerda”. Apoio Em nota conjunta, 40 instituições de todo o Brasil e do exterior repudiaram as ameaças ao trabalho do SJMR em Roraima e do representante ameaçado de morte. Também reafirmou apoio e continuidade do trabalho junto aos migrantes venezuelanos. “Ainda causa rechaço a distorção feita por perfis, em redes sociais, com ameaça a instituições e profissionais que lutam pela execução dos direitos e garantias constitucionais de pessoas mais vulneráveis. Entendemos também que as entidades responsáveis pela realização da reintegração de posse são públicas e respondem à decisão de um Juiz de Direito. Qualquer outra forma de intervenção forçada frente a estas populações é arbitrariamente constituição de crime, desrespeito às leis republicanas e aos princípios fundantes do Estado Democrático de Direito”, aponta trecho da nota. Instagram: @vempramimedicina
A sede do SJMR chegou a ficar fechada por alguns dias devido à polêmica, mas vem normalizando suas atividades. Tensão O episódio relacionado à ONG está longe de ser um fato isolado. Na verdade, reflete uma tensão que tende a crescer em Roraima com a aproximação das eleições – e a persistência da crise na Venezuela e do fluxo de migrantes em direção ao Estado, que deve ser um dos assuntos principais na campanha.
Fonte: http://migramundo.com/ongs-que-apoiam-venezuelanos-em-roraima-sao-alvo-dehostilidades-e-fake-news/ o As notícias falsas podem gerar inúmeras conseqüências não só para grupos sociais, mas também para indivíduos. Segundo uma reportagem do site G1: O que pode começar como algo pequeno em um grupo de Whatsapp ou em uma página na internet pode acabar com a vida das pessoas. A autônoma Sarah Monteiro, do Pará, ficou um mês sem sair de casa após uma falsa montagem pornográfica que circulou pelas redes. Já Aninha Moura, do Piauí, foi morar a 1.500 km de sua cidade natal para tentar recomeçar a vida após uma corrente que a acusava de espalhar o vírus HIV a homens. O comerciante Luiz Aurélio, do Rio, teve o seu carro incendiado após um boato de sequestro de crianças. A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de São Paulo, foi vítima de uma história semelhante e morreu espancada. O professor da FGV Direito Rio Pablo Cerdeira, coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade, destaca também as repercussões na vida social das pessoas. “Ela pode ter problemas psicológicos, desde os mais simples como ficar reclusa e parar de falar com amigos e família, até transtornos mais graves, como o suicídio.”
D. Fake News é algo novo? A história nos mostra que Notícias Falsas não são algo tão novo assim. Aristóteles, lá na Grécia antiga, já falava sobre isso, só que ele deu outro nome: Falácia. Nesse tópico vamos viajar em alguns casos famosos e impactantes que envolveram fake news. Falácia significa erro, engano ou falsidade. Normalmente, uma falácia é uma ideia errada que é transmitida como verdadeira, enganando outras pessoas. No âmbito da lógica, uma falácia consiste no ato de chegar a uma determinada conclusão errada a partir de proposições que são falsas. A filosofia de Aristóteles abordou a chamada “falácia formal” como um sofisma, ou seja, um raciocínio errado que tenta passar como verdadeiro, normalmente com o intuito de ludibriar outras pessoas. De acordo com a lógica filosófica aristotélica, a “falácia informal” difere-se da formal, principalmente pelo fato da primeira usar de raciocínios válidos, a princípio, para chegar a resultados que sejam inconsistentes e com premissas falsas. Ao contrário das falácias formais, que são mais fáceis de identificar, as falácias informais, por apresentar uma forma lógica válida, podem ser de difícil identificação.
Fonte: https://www.significados.com.br/falacia/ Instagram: @vempramimedicina
o A causa da Peste Negra Quando a Peste Negra surgiu durante a Idade Média, matando até um em cada três europeus, os judeus foram acusados de serem os responsáveis pela praga. Judeus já eram frequentemente massacrados por conta dos libelos de sangue, acusações de sacrificarem crianças em seus rituais. Como os judeus pareciam morrer menos que o resto, foram apontados como a causa, no maior libelo de todos. Acusados de envenenar poços e de serem protegidos pelo Satã, calcula-se que, no auge da Peste, 200 comunidades foram erradicadas. E os cristãos continuaram a nem fazer ideia de que os ratos eram culpados. o Na mira da Inquisição A série de julgamentos das Bruxas de Salém, entre 1692 e 1693, levou à execução de 20 pessoas – cinco outras morreriam aprisionadas. O episódio foi um dos muitos que surgiram com a circulação do livro Malleus Maleficarum, de 1487, que dizia, entre outras coisas, que toda mulher tinha tendência a se tornar bruxa. Não só elas como homens foram torturados e queimados no esforço de confessar que voavam ou que tinham relações sexuais com o diabo. o Nobres vampiros Dentre as inúmeras acusações que renderam a morte na guilhotina a Maria Antonieta, a mais célebre é a frase “Se eles não têm pão, que comam brioches!”. No entanto, a sentença nunca foi dita pela rainha da França. As palavras são um trecho da obra Confissões, de Jean Jacques Rousseau. Seu marido, o rei Luís XVI, também foi alvo de boatos. Ao assumir o trono em 1774, teve que lidar com a reputação manchada do avô, o rei Luís XV. Por sofrer de lepra, fora acusado de matar crianças para banhar-se com o sangue delas. o A campanha Antivacinação A polêmica em torno da vacina tríplice (caxumba, sarampo e rubéola) teve início quando o médico britânico Andrew Wakefield, um gastroenterologista, publicou um artigo no jornal Lancet, em 1998, a respeito do tratamento de crianças diagnosticadas com autismo. Wakefield afirmava que tais crianças desenvolveram o distúrbio neurológico após receberem a vacina. O médico era, na verdade, um vigarista que havia arquitetado a farsa após ser pago por um grupo que pretendia processar a indústria farmacêutica. O jornal retirou o artigo e Wakefiled foi impedido de exercer a profissão.
Nota da autora (eu, Allana): Vale ressaltar que isso é mais contemporâneo do que nós gostaríamos que fosse. O que mais vemos na mídia é a volta de doenças erradicadas devido, principalmente, a não vacinação das pessoas, em especial as crianças. Veja uma reportagem que ratifica essa atualidade: André Mello - 22/06/2018 (Pleno.News) PEDIATRAS EM ALERTA – A vacina contra a Tuberculose (BCG) é aplicada nas maternidades. Mas o movimento antivacinal e o defensores dos partos alternativos fizeram a cobertura da vacina BCG, que era de 110% em 2002, recuar para 91% em 2017. E a tendência é de recuo na curva vacinal. 10% das crianças correm risco, desnecessário, de contrair uma doença mortal. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atribui a queda da vacinação aos movimentos defensores de terapias alternativas e, principalmente, ao avanço de informações falsas nas redes sociais. Uma epidemia de fake news contagia whatsapp, facebook e twitter. A SBP e o Programa Nacional de Imunização apelam para que os pais procurem informações com os pediatras e desconfiem das “notícias falsas”, fantasiosas e boatos. A Sociedade Brasileira
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de Pediatria comunicou a todos os seus associados um alerta para que dobrem a atenção contra a Poliemolelite. A NOVA ERA CONTRA A VACINA – O movimento antivacinal, que atualmente ajuda a espalhar conceitos de que a vacina provoca doenças, estimula terapias alternativas e práticas “espirituais” que ficaram conhecidos na década de 80/90 como “Nova Era” (“New Age”). Defensores de parto fora da maternidade, de cristais e florais para “fortalecer a imunidade”, os movimentos antivacinais caíram no gosto de uma parcela da classe A no Brasil e no mundo. Sociedades Internacionais de Medicina – como a OPAS e OMS – já diagnosticaram o movimento, responsabilizando-o pela volta do Sarampo e da Pólio em locais onde essas doenças já haviam sido erradicadas. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que o Brasil corre o risco de perder o certificado de eliminação da pólio e sarampo – que o país conquistou em 2016. o A grande Conspiração Publicado pela primeira vez na Rússia em 1903, o Protocolo dos Sábios de Sião continha as (falsas) atas de uma reunião do fim do século 19, sobre uma conspiração que os judeus formariam para dominar o mundo, controlando a imprensa e a economia mundial. O conteúdo foi traduzido para vários idiomas e propagado freneticamente no século 20 – só nos EUA, 500 mil cópias foram impressas e distribuídas. Quando os nazistas ascenderam ao poder em 1933, o conteúdo foi usado como propaganda contra os judeus. o O PLANO COHEN Em 30 setembro de 1937, os ouvintes do programa de rádio Hora do Brasil foram surpreendidos com o anúncio de um plano que detalhava um golpe comunista contra Getúlio Vargas. Os direitos constitucionais foram suspensos. Era uma farsa criada por Olímpio Mourão, ex-general do Exército brasileiro, para garantir a permanência de Vargas no poder – que estabeleceria o Estado Novo. Morreu a democracia. E um número desconhecido de opositores. Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/10-fake-newshistoria.phtml
E. Fontes de dados Um estudo recente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), publicado na renomada revista Science, revelou que as fake news têm 70% mais chances de viralizar do que uma notícia real. Além disso, uma notícia falsa se propaga seis vezes mais rápido que uma notícia verdadeira. Segundo a doutoranda em Comunicação e Informação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Taís Seibt, o motivo da rápida circulação e aderência das fake news é o tom sensacionalista e emotivo dessas mensagens. “O que faz com que uma notícia falsa tenha um grande poder de viralização é justamente esse apelo exagerado à sensação — o sensacionalismo”, explica a professora de jornalismo e fundadora do Filtro Fact-checking. De acordo com a especialista, as notícias que são fabricadas para se tornarem virais geralmente lidam com temas que despertam emoções: surpresa, raiva, revolta, medo, alegria, ódio. Quem é que não gosta de ter seu ponto de vista reforçado? O impulso por mostrar que estamos certos faz com que o dedo aja mais rápido que a curiosidade e nos leva a compartilhar aquele post mentiroso antes mesmo de fazer uma busca no Google para verificar a solidez da informação. Ou, como explica a pesquisadora: “Se for uma informação que confirme uma expectativa ou uma convicção, também há uma tendência maior para que a pessoa compartilhe isso”. A quantidade de informação a que temos acesso também influencia na confusão entre boato e notícia. “A facilidade de distribuição de mensagens por meio de aplicativos e redes sociais, sem Instagram: @vempramimedicina
procedimentos de verificação ou checagem das informações, criou nos últimos anos uma verdadeira indústria informal da disseminação de boatos, da qual todos somos, em maior ou menor grau, contribuidores”, pontua o professor doutor Francisco Rolfsen Belda, que realiza pesquisas sobre credibilidade e pós-verdade. Fonte: https://medium.com/revista-subjetiva/ataque-%C3%A0-imagem-de-marielle-franco-revela-al%C3%B3gica-das-fake-news-f9c60999f07b F. Como combater as Fake News? A escola, a mídia e o governo podem ser ótimos agentes nesse tema, haja vista que uma das principais formas de combate a essa prática é informar a população sobre o que é fake news, seus impactos e possíveis punições para aqueles que compartilham sem checar as informações previamente. De acordo com o site “Significados”: Devido à facilidade com que informações podem ser criadas e compartilhadas na internet, torna-se imprescindível que o usuário tenha um elevado senso crítico quando se depara com qualquer tipo de conteúdo. Pode parecer difícil identificar fake news, mas seguindo alguns passos básicos fica fácil saber se a informação analisada é verdadeira ou não. Ler todo o conteúdo Um dos tipos mais comuns de fake news é quando o título da notícia é apresentado de modo desconexo com o restante da informação. Infelizmente, muitas pessoas compartilham conteúdos nas redes sociais, por exemplo, sem ler todo o texto e, assim, estão a disseminar ideias totalmente deturpadas sobre o que de fato ocorreu. Verificar a origem Notícias falsas são pobres de fontes. Quando uma informação não contém elementos jornalísticos básicos, como a referência daquilo que está sendo dito, por exemplo, a veracidade do texto passa a ser questionável. Confira os autores Outra dica é conferir a identidade dos autores do texto e procurar um histórico de trabalhos que já foram feitos por essas pessoas. Em muitos casos os autores de uma fake news podem ser falsos, por isso caso não haja nenhum indício de quem escreveu a informação, a probabilidade de se tratar de uma notícia falsa é alta. Pesquisar por outras fontes Quando recebemos alguma informação não devemos confiar exclusivamente na primeira fonte de notícias. O ideal é pesquisar por outros veículos de comunicação credíveis e verificar se o conteúdo também foi publicado e quais as informações contidas nos diferentes textos. Confira a data de publicação da notícia Pode ser que a informação seja verdadeira, mas esta está a ser usada fora do seu contexto original. Por isso, antes de compartilhar uma notícia, por exemplo, é importante verificar a data em que ela foi publicada. Senso crítico em alerta O mais importante é ter a capacidade de questionar as "verdades", não aceitando tudo como se fosse absolutamente real apenas porque "leu na internet". Instagram: @vempramimedicina
ROTEIRO INTRODUÇÃO:
A globalização proporcionou ao mundo uma maior integração virtual desde o surgimento da internet. Dentro desse contexto, informações passaram a ser amplamente disseminadas e acessadas. Entretanto, um problema que cerca essa realidade é a crescente propagação de notícias falsas, acarretando inúmeros transtornos. Diante disso, analisar o atual panorama é fundamental para a formação de uma população crítica e não compartilhadora de pós-verdades. (TESE)
Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): o impacto negativo das fake news na política.
Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): a falta de criticismo da sociedade e o crescimento de intolerâncias decorrentes do uso de pós-verdade.
Conclusão Proposta de Intervenção:
Quem – quais agentes utilizar? Mídia , Escola e Governo O quê eles vão fazer? Mídia: orientação, informação e desenvolvimento do olhar crítico dos cidadãos Governo e Escola: implantar projetos dentro das escolas que trabalhem uma educação socioemocial dos estudantes. Como – utilizando quais meios? Mídia: campanhas televisivas, como a que está sendo realizada agora pela Rede Globo (não interessa se você é contra ou a favor da Globo, ela é uma rede de comunicação altamente conhecida e servirá como figura de autoridade na sua redação, então seja imparcial, pelo menos na sua redação!), utilização de ficções engajadas que exemplifiquem os possíveis desdobramentos de uma falsa notícia e de programas, como o Profissão Repórter na divulgação de informações. Para quê? Para coibir o maior impacto dessas notícias, tendo em vista que se a população é bem informada, ela irá analisar melhor o conteúdo das reportagens e pensará duas vezes em curtir ou compartilhar algumas reportagens que podem ter fundos falsos.
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REDAÇÃO Fake News – Nota: 960
Nesse texto perdi 40 pontos na 4ª Competência, segundo o corretor, eu poderia ter utilizado melhores conectivos e fazer substituição de algumas palavras. OBS: Na introdução eu escrevi “raciocício” (ri demais quando o corretor marcou, nem tinha percebido), mas não perdi ponto porque foi o único erro que cometi e, claramente, por esse motivo, não fui penalizada, porque o corretor entendeu que foi falta de atenção nção e não um erro por falta de desconhecimento da norma culta. Por isso que revisar o texto depois de escrito é fundamental também! Instagram: @vempramimedicina
8. Homofobia em discussão no Brasil Esse não é o meu lugar de fala, contudo, esse é um assunto cada vez mais importante de ser tratado, não só pela comunidade LGBT, mas sim por toda a sociedade, haja vista que, perante a Constituição de 1988, somos todos iguais. Tendo em vista isso, como estudante e educadora não poderia deixar de levantar esse assunto aqui na apostila. Mas, para não falar nenhuma besteira sobre aquilo que não tenho vivência direta, irei continuar colocando várias reportagens, sites de confiança e figuras de autoridade para falar também. Então vamos lá!
BRAIN STORM o Links
https://www.youtube.com/watch?v=8ulJwx7w2Vw https://www.youtube.com/watch?v=guYD4uqi0do https://www.youtube.com/watch?v=nkEPIyvsM2A https://www.youtube.com/watch?v=rqi-UTb9f9Y https://www.youtube.com/watch?v=8zx8HXIZ-44 http://ramosdahistoria.blogspot.com/2009/04/homossexualidade-na-grecia-classica.html https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/o-combate-a-homofobia-nobrasil-e-no-mundo/ https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/homossexualidade-dna-e-a-ignorancia/
o Orlando: Terrorismo + Homofobia O atentado à boate Pulse, em Orlando (EUA), aconteceu em 2016. Na época várias suposições foram feitas para tentar explicar o motivo de o terrorista ter atacado uma das mais famosas boates LGBT da cidade. Uma das teorias foi a homofobia, como podemos observar na reportagem da Agência Brasil: Ativistas alertam que homofobia de massacre em Orlando não pode ser ignorada Orlando (EUA) - Em entrevista à imprensa, autoridades locais falam sobre o atentado em uma boate que deixou 50 mortos e 53 feridosRodrigo Lins/Correspondente do site Só Notícia Boa nos Estados Unidos Em meio ao clima de solidariedade e tristeza pelas vítimas do massacre que deixou 49 vítimas em uma boate gay nos Estados Unidos, ativistas do movimento LGBT no Brasil destacam que não se pode apagar do ataque a sua motivação homofóbica. Na madrugada de domingo (12), um atirador disparou com um rifle contra frequentadores da boate Pulse, na Flórida, e, além dos mortos, feriu 53 pessoas. A casa era voltada ao público LGBT e tinha cerca de 300 pessoas no momento do ataque. O atirador foi morto pela polícia, totalizando 50 mortos. Para o ativista Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais,Transexuais e Intersexuais (Ilga), a situação não era inesperada, já há um discurso recorrente de ódio aos LGBTs que circula nos Estados Unidos, no Brasil e em outras partes do mundo. Para ele, não se pode encarar o ato apenas como terrorista e se deve discutir os elementos que levaram a um ataque de ódio. "É muito fácil justificar como terrorismo, e isso leva à cultura do medo, à cultura da violência. Esse evento demonstra claramente uma situação de uma violência homofóbica extrema de uma Instagram: @vempramimedicina
pessoa que, por algum motivo ou com alguns motivos, desenvolveu esse ódio, desenvolveu essa necessidade de querer matar pessoas que se mostram diferentes dela", analisa Beto, que pondera que isso não significa ignorar o extremismo de grupos terroristas como o Estado Islâmico, cuja possível influência no episódio está sendo investigada. Para Beto de Jesus, é preciso criar e fortalecer instrumentos da sociedade para combater o discurso de ódio, como por exemplo a educação. "Tem uma questão que é muito séria: ninguém nasce homofóbico, ninguém nasce racista e ninguém nasce misógino. A gente aprende a ser e aprende em espaços que não deveriam ensinar isso. Se as escolas fossem espaços de respeito à diversidade em que você pudesse discutir de forma aberta as questões, você não teria ou teria de uma forma muito menor situações como essa, porque o entendimento das diferenças seria algo muito mais fácil", defende ele, que criticou o movimento político no Brasil que tem retirado dos planos municipais de educação a discussão sobre diversidade de gênero. "Quando a gente tem um discurso de ódio e cria dispositivos que retiram as possibilidades de discussão desses temas, a gente vai gerando a cultura e esse discurso de ódio, de não aceitação do que é diferente da gente". Coordenador do programa Rio Sem Homofobia, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Assistência Social do Rio de Janeiro, Cláudio Nascimento concorda que o debate sobre diversidade nas escolas pode ser uma das ferramentas para combater o discurso de ódio. Cláudio lembrou que o Brasil é um país que registra grande violência contra a população LGBT e pediu que o governo federal incentive a ação de todos os estados contra esse problema. "É necessário que o governo federal aponte para os estados um plano nacional de enfrentamento da discriminação contra LGBT", disse ele, que defende a discussão da diversidade de gênero nas escolas, a adoção de leis que criminalizem a homofobia e a adoção no resto do país de meios para denúncia, como o Disque Cidadania LGBT, um telefone 0800 que funciona 24 horas por dia no Rio de Janeiro. "É necessário que o governo federal faça uma grande campanha nos estados. Ele não pode ficar refém da posição dos fanáticos religiosos, que invadiram a política e querem fazer dela instrumento de seus posicionamentos religiosos". Claudio compara que esses mesmos grupos, nos Estados Unidos e no Brasil, tentam invisibilizar a motivação homofóbica do ataque à boate em Orlando. "Não tenho dúvida alguma de tudo que aconteceu teve motivação homofóbica. Não tem o que discutir. Se tem outras motivações, não se pode apagar, fingir que não teve essa motivação", diz ele, que completa: "[Apagam a motivação] para negar esse debate e não avançar nessa discussão no congresso americano, onde a maioria se omite nesse debate. É para invisibilizar e criar uma narrativa. Aqui no Brasil também passamos pela mesma situação". Orlando (EUA) - Em entrevista à imprensa, autoridades locais falam sobre o atentado em uma boate que deixou 50 mortos e 53 feridosRodrigo Lins/Correspondente do site Só Notícia Boa nos Estados Unidos Em meio ao clima de solidariedade e tristeza pelas vítimas do massacre que deixou 49 vítimas em uma boate gay nos Estados Unidos, ativistas do movimento LGBT no Brasil destacam que não se pode apagar do ataque a sua motivação homofóbica. Na madrugada de domingo (12), um atirador disparou com um rifle contra frequentadores da boate Pulse, na Flórida, e, além dos mortos, feriu 53 pessoas. A casa era voltada ao público LGBT e tinha cerca de 300 pessoas no momento do ataque. O atirador foi morto pela polícia, totalizando 50 mortos. Para o ativista Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais,Transexuais e Intersexuais (Ilga), a situação não era inesperada, já Instagram: @vempramimedicina
há um discurso recorrente de ódio aos LGBTs que circula nos Estados Unidos, no Brasil e em outras partes do mundo. Para ele, não se pode encarar o ato apenas como terrorista e se deve discutir os elementos que levaram a um ataque de ódio. "É muito fácil justificar como terrorismo, e isso leva à cultura do medo, à cultura da violência. Esse evento demonstra claramente uma situação de uma violência homofóbica extrema de uma pessoa que, por algum motivo ou com alguns motivos, desenvolveu esse ódio, desenvolveu essa necessidade de querer matar pessoas que se mostram diferentes dela", analisa Beto, que pondera que isso não significa ignorar o extremismo de grupos terroristas como o Estado Islâmico, cuja possível influência no episódio está sendo investigada. Para Beto de Jesus, é preciso criar e fortalecer instrumentos da sociedade para combater o discurso de ódio, como por exemplo a educação. "Tem uma questão que é muito séria: ninguém nasce homofóbico, ninguém nasce racista e ninguém nasce misógino. A gente aprende a ser e aprende em espaços que não deveriam ensinar isso. Se as escolas fossem espaços de respeito à diversidade em que você pudesse discutir de forma aberta as questões, você não teria ou teria de uma forma muito menor situações como essa, porque o entendimento das diferenças seria algo muito mais fácil", defende ele, que criticou o movimento político no Brasil que tem retirado dos planos municipais de educação a discussão sobre diversidade de gênero. "Quando a gente tem um discurso de ódio e cria dispositivos que retiram as possibilidades de discussão desses temas, a gente vai gerando a cultura e esse discurso de ódio, de não aceitação do que é diferente da gente". Coordenador do programa Rio Sem Homofobia, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Assistência Social do Rio de Janeiro, Cláudio Nascimento concorda que o debate sobre diversidade nas escolas pode ser uma das ferramentas para combater o discurso de ódio. Cláudio lembrou que o Brasil é um país que registra grande violência contra a população LGBT e pediu que o governo federal incentive a ação de todos os estados contra esse problema. "É necessário que o governo federal aponte para os estados um plano nacional de enfrentamento da discriminação contra LGBT", disse ele, que defende a discussão da diversidade de gênero nas escolas, a adoção de leis que criminalizem a homofobia e a adoção no resto do país de meios para denúncia, como o Disque Cidadania LGBT, um telefone 0800 que funciona 24 horas por dia no Rio de Janeiro. "É necessário que o governo federal faça uma grande campanha nos estados. Ele não pode ficar refém da posição dos fanáticos religiosos, que invadiram a política e querem fazer dela instrumento de seus posicionamentos religiosos". Claudio compara que esses mesmos grupos, nos Estados Unidos e no Brasil, tentam invisibilizar a motivação homofóbica do ataque à boate em Orlando. "Não tenho dúvida alguma de tudo que aconteceu teve motivação homofóbica. Não tem o que discutir. Se tem outras motivações, não se pode apagar, fingir que não teve essa motivação", diz ele, que completa: "[Apagam a motivação] para negar esse debate e não avançar nessa discussão no congresso americano, onde a maioria se omite nesse debate. É para invisibilizar e criar uma narrativa. Aqui no Brasil também passamos pela mesma situação".
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-06/ativistasalertam-homofobia-de-massacre-em-orlando-nao-pode-ser
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o LGBTfobia A homofobia é a repulsa ou aversão aos homossexuais. O preconceito em muitas sociedades impede que gays possam exercer livremente a sua cidadania ou viver em segurança. Alvo de discriminação, são constantemente ameaçados com insultos ou agressões físicas que muitas vezes levam à morte. O pior acontece quando o preconceito se torna uma política de Estado. Em pleno século XXI, a prática homossexual é considerada crime em mais de 70 países. Em oito deles, a punição para quem se relaciona com alguém do mesmo sexo é a morte: Mauritânia, Nigéria, Sudão, Iêmen, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Paquistão e Afeganistão. Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/o-combate-ahomofobia-no-brasil-e-no-mundo/
o Homofobia no Brasil: De acordo com a Agência Brasil: Levantamento aponta recorde de mortes por homofobia no Brasil em 2017 (Essa reportagem é do início de 2018) Em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma vítima a cada 19 horas. O dado está em levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que registrou o maior número de casos de morte relacionados à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos. Os dados de 2017 representam um aumento de 30% em relação a 2016, quando foram registrados 343 casos. Em 2015 foram 319 LGBTs assassinados, contra 320 em 2014 e 314 em 2013. O saldo de crimes violentos contra essa população em 2017 é três vezes maior do que o observado há 10 anos, quando foram identificados 142 casos. Também nesta quinta-feira (18) a organização não governamental Human Rights divulgou um relatório a respeito da violação dos direitos humanos no Brasil. O documento destaca que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu 725 denúncias de violência, discriminação e outros abusos contra a população LGBT somente no primeiro semestre de 2017. Levantamento O levantamento realizado pelo GGB se baseia principalmente em informações veiculadas pelos meios de comunicação. Na avaliação de Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e um dos autores do estudo, o fenômeno pode ser ainda maior, uma vez que muitos casos não chegam a ser noticiados. “Tais números alarmantes são apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, pois não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, tais mortes são sempre subnotificadas já que o banco de dados do GGB se baseia em notícias publicadas na mídia, internet e informações pessoais”, comenta. Causas violentas Das 445 mortes registradas em 2017, 194 eram gays, 191 eram pessoas trans, 43 eram lésbicas e cinco eram bissexuais. Em relação à maneira como eles foram mortos, 136 episódios envolveram o uso de armas de fogo, 111 foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32 Instagram: @vempramimedicina
ocorreram após espancamento e 22 foram mortos por asfixia. Há ainda registro de violências como o apedrejamento, degolamento e desfiguração do rosto. Quanto ao local, 56% dos episódios ocorreram em vias públicas e 37% dentro da casa da vítima. Segundo o GGB, a prática mais comum com travestis é o assassinato na rua a tiros ou por espancamento. Já gays em geral são esfaqueados ou asfixiados dentro de suas residências. Um exemplo foi o assassinato da travesti Dandara, de 42 anos. Ela foi espancada, apedrejada e depois morta a tiros por oito pessoas em Fortaleza no dia 15 de fevereiro de 2017. Os autores aidna registraram o crime em vídeo, que ganhou grande circulação nas redes sociais. Distribuição regional O estado com maior registro de crimes de ódio contra a população LGBT foi São Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43), Bahia (35), Ceará (30), Rio de Janeiro (29), Pernambuco (27) e Paraná e Alagoas (23). Entre as regiões, a maior média foi identificada no Norte (3,23 por milhão de habitantes), seguido por Centro-Oeste (2,71) e Nordeste (2,58).
o Homossexualidade x Homossexualismo O sufixo “ismo” é usado para indicar patologias, bem como doutrinas e ideologias. Portanto o uso de tal prefixo no termo “homossexual”, tornando-se “homossexualismo”, considera as homossexuais pessoas portadoras de patologias, distúrbios de natureza psíquica. Até o ano 1990, a Organização Mundial de Saúde considerava a homossexualidade como doença e por isso, entre a lista de doenças mentais da mesma, estava o “homossexualismo”. Foi graças a pesquisas e questionamentos de pesquisadores da área sexual que se pode retirar o “homossexualismo” da lista de doenças mentais. Mas por qual motivo foi retirado o termo? Os pesquisadores perceberam, por intermédios de pesquisas e testes de métodos terapêuticos, que não há teorias que provem a origem da homossexualidade; assim como não há teorias que provem a origem da heterossexualidade. Ora, uma vez que não se pode provar a origem de uma prática e nem “a cura da mesma”, tal prática não pode ser considerada oriunda de distúrbios mentais. Se fosse possível um método terapêutico que “curasse a homossexualidade”, nesta linha de pensar, este mesmo método deveria ser usado para “curar a heterossexualidade”. Uma vez que as relações homossexuais deixaram de ser consideradas oriundas de causas patológicas, importava-se a retirada do sufixo “ismo” da palavra. Por isso, não sendo um homossexual uma pessoa doente, não podemos usar o termo “homossexualismo”. Atualmente, embora tem-se prós e contras no que diz respeito ao uso do termo “homossexualidade” para remeter às pessoas que se relacionam com o mesmo sexo, homossexualidade é o termo mais utilizado e aceito. É importante conhecer os termos e suas origens, pois os mesmos podem dar continuidade ao preconceito quando mal usados. Fora o preconceito! Fora a homofobia! Não somos diferentes, não somos anormais! Fonte: http://movimentolgbt.com.br/homossexualidade-x-homossexualismo/
o Análise Histórica da Homofobia e da Homossexualidade (uma ressalva sobre essa reportagem, ela é de 2014 e ainda fala “Homossexualismo” em vez do termo correto, Homossexualidade):
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A. INTRODUÇÃO É comumente exposto nos meios de comunicação violências de todas as espécies e tendo como vítimas diferentes tipos de pessoas ou grupos sociais, dentre elas uma que está ganhando um destaque maior nos últimos tempos é a violência contra a liberdade de orientação sexual. De modo geral pode acentuar que as maiores vítimas dessa agressão são os homossexuais (gays, lésbicas, transsexuais e outros), tendo esta violência estendida para os heterossexuais que apóiam a liberdade da opção sexual. Tal violência contra a opção sexual vulgarmente é chamada de homofobia. O termo homofobia de acordo com Junqueira (2007) surgiu durante os anos 70 nos Estados Unidos, e basicamente consiste na aversão, ódio a pessoas que optam por ter relações homossexuais ou que de qualquer forma tenha uma orientação diferente da que é aceita pelo seio da sociedade. Dessa forma, seria o homossexual visto como anormal ou inferior em relação aos heterossexuais. B. HISTÓRIA DO HOMOSSEXUALISMO O fenômeno do homossexualismo que hoje é visto por algumas pessoas com certa repulsa, em sociedades antigas eram toleradas. Em certas comunidades como a grega, conforme asseverado por Silva e Bornia (2009, p.37), as relações homossexuais eram vistas em uma posição hierarquicamente superior às relações heterossexuais, tendo inclusive uma função civil, pois eram a partir delas que o jovem grego passava a ser visto como cidadão. Também durante o Império Romano a questão da homossexualidade sofreu modificações. Para Moreira Filho e Madrid (2008, p.5), no início do Império romano o homossexualismo entre romanos e jovens eram altamente aceitos, mas com o passar do tempo foi sofrendo restrições, podendo ser passível de multa, a depender de quem estivesse envolvido na relação. Importante ressaltar conforme exposto por Moreira Filho e Madrid (2008) que o fenômeno do homossexualismo não está limitado às sociedades ocidentais, já que em civilizações orientais como, por exemplo, a chinesa e a Indiana, seja por motivo religioso ou cultural, o homossexualismo era visto com naturalidade. Durante a Idade Média, de acordo com Silva e Bornia (2009, p. 38) a relação homossexual devido à influência de fatores religiosos passou a ser bastante oprimida, tendo sido o prazer sexual de um modo geral visto como pecado, uma tentação diabólica. De acordo com Silva e Bornia (2009, p. 39) outro período de bastante evidência das características homofóbicas foi durante a 2ª Guerra Mundial, onde homossexuais juntamente com ciganos, judeus negros e outros, foram vitimas de graves violências, em nome da “superioridade da raça ariana”. Após a 2ª Guerra Mundial segundo Toniette (2006), o Movimento dos Direitos dos Homossexuais começou a se estruturar nos Estados Unidos da América e na Europa, onde a principal proposta desse movimento era descriminalizar a homossexualidade e ter o reconhecimento dos seus direitos civis. Depois de séculos de repressão o homossexualismo visto antigamente como um pecado, ou uma doença, começou a ter no inicio dos anos 70 esse modo de pensar modificado, segundo Junqueira (2007), em 1973 a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade do seu Manual de Diagnóstico de Distúrbios Mentais, e em 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade do Código Mundial de Doenças. No Brasil, desde 1985 os Conselhos Federais de Medicina, e desde 1999 os Conselhos de Psicologia não consideram mais o homossexualismo como doença, distúrbio mental ou perversão. C. HOMOFOBIA Segundo Junqueira (2007), o termo homofobia surgiu durante os anos 70 nos Estados Unidos cunhado pelo psicólogo clínico George Weinberg[1], e basicamente consiste na aversão, ódio a pessoas que optam por ter relações homossexuais ou que de qualquer forma tenha uma orientação diferente da que é aceita pelo seio da sociedade, seria o homossexual visto como anormal ou inferior em relação aos heterossexuais. O surgimento da homofobia segundo Scola e Amaral (2007, p.7), está intimamente ligado à necessidade que alguns indivíduos têm de reafirmar os papéis tradicionais de seu gênero, onde muitas vezes essa necessidade tem seu fundamento em argumentos religiosos, políticos, culturais e etc. Essa aversão sofrida pelos homossexuais muitas vezes são manifestadas em simples piadas, ou graves insultos e pode chegar ao extremo das agressões físicas e ter como resultado morte. As pessoas que sofrem discriminação por motivo de opção sexual geralmente são receptoras de uma conduta que as Instagram: @vempramimedicina
tratam de modo pejorativo, e as que agridem, ou seja, os chamados de homofóbicos têm o argumento de impor sua sexualidade como superior às das demais pessoas. D. ANÁLISE DA HOMOSSEXUALIDADE SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO DE 1988 A atual Constituição Federal Brasileira, assim como os demais textos constitucionais, conforme asseverado por Silva e Bornia (2009, p.40) traz a previsão expressa dos direitos e garantias fundamentais. Importante ressaltar que atual Constituição Federal traz uma inovação em relação aos demais textos, uma vez que trouxe os direitos fundamentais antes mesmo de tratar da organização do estado. Em seu art. 5º afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Neste tocante, importante ressaltar que de acordo com Moraes (2005) a expressão residentes no Brasil deve ser entendida no sentido de que a Carta Magna só pode assegurar a fruição dos direitos fundamentais dentro do território brasileiro, estando incluso no rol de proteção da Constituição o estrangeiro, que transita em território nacional. Apesar de não estar expresso na carta magna a não discriminação pelo motivo de orientação sexual, seguindo Silva e Bornia (2009, p.41) o texto Constitucional não traz uma enumeração exaustiva de direitos fundamentais, podendo através de uma interpretação da constituição, abrir prerrogativas para a proteção de direitos implícitos, ou seja, que não estão expressos, levando-se em conta os princípios fundamentais de uma democracia que são a igualdade, dignidade e a não tratamento desumano ou degradante. E. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA O princípio da Dignidade da pessoa humana está expresso no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal de 1988, que fala sobre os fundamentos da Republica Federativa do Brasil. Este princípio traz unidade de direitos e garantias inerentes à personalidade humana, dessa forma: Concede unidade aos direitos e garantias fundamentais, sendo inerente às personalidades humanas. Esse fundamento afasta a idéia do predomínio das concepções transpessoalistas de Estado e Nação, em detrimento da liberdade individual. A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos.(MORAES, 2005, Ed.17, p.16). Desse modo, a possibilidade que dispõe o ser humano de fazer suas escolhas deve ser respeitada por todos, não podendo sofrer grandes intervenções. F. PRINCÍPIO DA IGUALDADE Também o princípio da igualdade está consolidado na Constituição Federal de 1988, e basicamente diz que todos os cidadãos têm o direito de um tratamento idêntico pela lei. Deste modo, esse princípio veda as discriminações absurdas, desproporcionais, pois segundo expõe Moraes (2005) o tratamento desigual dos casos desiguais na medida em que se desigualam está intrínseco ao conceito de justiça. Segundo Moraes (2005) este princípio traz uma limitação quanto ao legislativo e executivo, pois impede que estes criem tratamento diferente às pessoas em situações idênticas. Por outro lado, obriga que o intérprete da lei/ autoridade pública aplique a lei ou ato normativo de maneira igualitária, sem distinção por motivo de religião, sexo, raça ou classe social. Vedando ainda a aplicação da lei ou ato normativo nos casos concretos de forma a ampliar a desigualdade. G. NÃO TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE Ainda prevê a Constituição que ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante, estando intimamente ligado ao direito a vida, que segundo Moraes (2005) tem um duplo sentido, o primeiro está envolvido com o direito de continuar vivo, e o segundo consiste no direito de ter uma vida digna quanto à subsistência. Desse modo quaisquer atos discriminatórios que atentem, ainda que indiretamente contra a vida, honra deve ser passível de punição pelo ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, Silva e Bornia (2009, p.42) asseveram que toda pessoa, encontrando-se na sua qualidade de ser humano, deve ter sua dignidade respeitada de maneira mais ampla possível. Instagram: @vempramimedicina
H. CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA Tramita hoje no Congresso Nacional o projeto de lei 5003/2001, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, que visa alterar o rol de proteção da lei 7716 de 1989 que tipifica a discriminação por raça, cor, etnia, religião e procedência nacional. Com a possível aprovação do projeto de lei, irá especificar também a discriminação e o preconceito por gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Entretanto, para que alguma conduta seja passível de punição, é preciso que se respeitem os preceitos impostos na Carta Magna de 1988, dentre eles o da Reserva Legal (Art. 5º, inciso XXXIX). O princípio da legalidade é ponto fundamental do Direito Penal, pois é a partir dele que se pode criar normas que incriminam certas condutas que violam os bens jurídicos mais importantes de uma sociedade. O princípio basicamente diz que não existe crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, está explícito na Constituição Federal de 1988 e no Artigo 1º do atual Código penal Brasileiro de 1941. Nesse sentido, segundo Teles (2011) a lei penal deve ser certa, exata, precisa, proibida de fórmulas extremamente genéricas ou passíveis de muitas interpretações, devendo o legislador fazer o uso expressões claras, para que todos os interpretes da lei penal consigam enxergar o alcance da norma. Com tudo, verificamos que deve haver por parte do legislador um dever de cuidado na hora de elaborar um tipo penal, para que a sua aplicação se realize respeitando todas as garantias fundamentais. Tem-se ainda que se lembrar do princípio da lesividade, fundamental no Direito Penal, e que segundo Greco (2009, Ed.11, p.53) “o princípio da lesividade, limitando ainda mais o poder do legislador, quais são as condutas que poderão ser incriminadas pela lei penal.” Desse modo, não se pode punir condutas que não ultrapassem o âmbito de direitos de cada indivíduo, ou seja, atitudes internas ou estados e condições de existência. O projeto de lei 5003/2001 ainda não passou por todas as fases do processo legislativo, desse modo, a discriminação por orientação sexual, ainda não pode ser considerada crime pela legislação brasileira. Mas apesar da ausência de tal previsão expressa, importante salientar que de acordo com Silva e Bornia (2009, p.46) “é possível uma subsunção indireta, pois determinadas ações dirigidas à pessoa homossexual, mesmo não sendo tratadas por lei própria, são passíveis de punição.” Sendo assim, os atos de discriminação por orientação sexual devem ser passíveis de punição, tendo a lei o ideal de proteger tanto os homossexuais quanto os heterossexuais. Tendo em vista que no texto constitucional vem a previsão da punição de qualquer ato discriminatório, sendo assim condutas de caráter homofóbico deve ser punida e deve-se proteger qualquer forma de orientação sexual. I. CONCLUSÃO O fenômeno do homossexualismo está presente na história do ser humano desde as sociedades mais remotas, entretanto com o passar do tempo, por interferência de motivos religiosos, políticos e sociais de um modo geral passou a ser visto como se fosse uma doença, ou um pecado. O fato é que o problema de certos grupos de pessoas em nossa atual sociedade tem a necessidade de impor sua sexualidade perante os outros de modo agressivo, de modo a ultrapassar sua esfera de direitos, havendo assim necessidade de uma conscientização por parte das autoridades e das demais pessoas, seja através de programas sociais ou de criação de legislação, para assim poder amenizar, ou até extinguir essa violação ao direito fundamental de cada um ter sua opção sexual. Fonte: https://jus.com.br/artigos/32379/homofobia-analise-historica-do-fenomeno-homossexual-esua-possivel-criminalizacao
o A Homossexualidade retratada na literatura: https://www.webartigos.com/artigos/a-abordagem-da-homossexualidade-na-literatura-algumasreflexoes/58282 https://www.infoescola.com/livros/o-bom-crioulo/ Instagram: @vempramimedicina
ROTEIRO INTRODUÇÃO:
Adolfo Caminha, escritor naturalista do século XIX, em seu livro “O bom crioulo”, retrata pela primeira vez na literatura brasileira a homossexualidade entre dois homens, visando criticar a sociedade preconceituosa e purista da época. Nesse contexto, apesar de passados alguns séculos, a discriminação vivida pelos homossexuais persiste na contemporaneidade, acarretando uma das intolerâncias mais graves no Brasil: a homofobia. Diante disso, analisar as causas da perpetuação dessa mazela é fundamental para mitigá-la. (TESE)
Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): preconceito da sociedade diante a
homossexualidade.
Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): a tentativa de manter dentro da lei atitudes
intolerantes contra os LGBT.
Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia , Escola e Governo O quê eles vão fazer?
Mídia e Escola: Abordar a temática da orientação sexual dos indivíduos e a importância de respeitá-la. Governo: Criminalizar a homofobia e ampliar para todas as escolas projetos que trabalhem a questão da tolerância com o diferente. Como – utilizando quais meios?
Mídia: Campanhas televisivas, ficções engajadas, programas de TV. Governo: projetos de leis, fiscalização e punição. Para quê?
Para mitigar o preconceito enraizado na sociedade, garantindo na prática os direitos previstos na Constituição.
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REDAÇÃO Homofobia em discussão no Brasil – Nota: 960 Adolfo Caminha, escritor naturalista do século XIX, em seu livro “O bom crioulo”, retrata pela primeira vez na literatura brasileira a homossexualidade entre dois homens, visando criticar a sociedade preconceituosa e purista da época. Nesse contexto, apesar de passados alguns séculos, a discriminação vivida pelos homossexuais persiste na contemporaneidade, acarretando uma das intolerâncias mais graves no Brasil: a homofobia. Diante disso, analisar as causas da perpetuação dessa mazela é fundamental para mitigá-la. Deve-se pontuar, antes de tudo, que a relação entre duas pessoas do mesmo sexo não é algo surgido na contemporaneidade. Nessa perspectiva, na Grécia Antiga, a prática homossexual era amplamente aceita e incentivada em determinados grupos sociais. Hoje, contudo, o relacionamento homoafetivo sofre constantes ataques de discriminação, alguns até mesmo físicos. Prova disso foi o atentado a uma boate gay, em 2016, na cidade de Orlando (EUA), o qual deixou 50 mortos, motivado por preconceito a essa camada da população. Dentro desse contexto, no Brasil, de acordo com uma pesquisa do Grupo Gay da Bahia, o mesmo ano, 2016, foi o período com mais mortes de LBGT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), já registrados nas últimas três décadas. Sob esse viés, não criminalizar a homofobia gera uma sensação de impunidade, mantenedora dessa problemárica. Outrossim, é válido destacar que, na contramão de tanta desigualdade civil, o Conselho Nacional de Justiça aprovou a união homoafetiva. Todavia, apesar de ser um grande avanço, tal ação não configura-se como uma aceitação social desses casais. Seguindo essa linha de raciocínio, o projeto de lei 4931, “A cura gay”, parte da premissa de que a homossexualidade é uma escolha condicionada pelo meio e, sendo assim, os indivíduos poder ser curados por tratamento psicológico. Tal postura determinista, entretanto, segundo o Doutor Drauzio Varella, ignora que a homoafetividade é um fenômeno de natureza tão biológico quanto a heterossexualidade. Nesse sentido, tal proposta vai de encontro à liberdade e à igualdade que todos devem ter perante à lei, independente de orientação sexual. Tal quadro corrobora a intolerância com o diferente persistente na sociedade brasileira. Entende-se, por conseguinte, que a homofobia decorre do preconceito enraizado no país. Para mitigar essa problemática é necessária uma ação conjunta, na qual a mídia será responsável por abordar a temática da orientação sexual dos indivíduos e a importância de respeitá-la, utilizando-se de ficções engajadas e campanhas publicitárias para construir o sentimento de empatia na sociedade, no intuito de minimizar o preconceito. Nessa mesma linha de atuação, o Ministério da Educação, dentro das escolas, deve ampliar projetos, como o “Programa Semente”, responsável por formar socioemocionalmente os cidadãos ao trabalhar conceitos, como compreensão, tolerância, moral e ética, a fim de, por meio de debates e palestras entre alunos, família, escola e psicólogos, desconstruir a intolerância contra os LGBT. Concomitantemente, na esfera judicial, o Ministério da Justiça deve criminalizar a homofobia para coibir reincidência desse crime. Dessa forma, essa realidade fará parte apenas da literatura.
Por mais incrível que isso pareça, sim, isso tudo deu em 30 linhas :D Perdi 40 pontos na primeira competência, coloquei vírgulas além do necessário hahaha Mas consertei e agora está sem os erros marcados pelo corretor.
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9.
Conceitos de Família no século XXI Mais um tema polêmico?
Não deveria ser, contudo, ainda existem muitos desafios para serem enfrentados pelos modelos de família contemporâneos. Vamos analisar alguns deles!
BRAIN STORM o Links https://www.youtube.com/watch?v=1TDIImIA0GI https://www.youtube.com/watch?v=THzRytWcHHU http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/novas-familias-velhos-problemas-2/ https://jus.com.br/artigos/37521/os-novos-arranjos-de-familia-no-direito-brasileiro https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-familia-pauta-na-escolamudancas-seculo-xxi.htm
o Patriarcalismo e Preconceito Desde que nos conhecemos por gente e que estudamos na escola, em história, o modelo de família ensinado para nós é: pai, mãe e filhos, com a figura paterna como provedora da família e os outros submissos a ela. Durante séculos esse foi o único modelo considerado certo dentro da sociedade, qualquer ponto fora da curva era altamente discriminado e colocado à margem da sociedade. Parece que estou falando de século atrás, não é mesmo? Entretanto, o preconceito contra as novas formações ainda estão presentes na nossa sociedade. A evolução da família brasileira se deu de forma lenta. Em tempos mais remotos, homens e mulheres desempenhavam papéis diferentes perante a família, em que o papel do homem era sustentar a casa e o da mulher cuidar da casa e dos filhos. A mulher era considerada relativamente incapaz e precisava da autorização do marido para exercer certos atos, conforme preleciona Dias ((a) s.d.:1): “[...] a mulher ao casar perdia sua plena capacidade, tornando-se relativamente capaz, como os índios, os pródigos e os menores. Para trabalhar precisava da autorização do marido”. Além disso, o regime de bens obrigatório da época era o da comunhão universal de bens, conforme a ilustre doutrinadora Dias ((d) 2013: 44): “Ao casar, a mulher tornava-se relativamente capaz, não podia trabalhar nem administrar seus bens [...]. Duas pessoas fundiam-se numa só, formando uma unidade patrimonial, sendo o homem o elemento identificador do núcleo familiar”. Essa visão arcaica e engessada do direito de família se estendeu até o ano de 1.962 (mil novecentos e sessenta e dois), pois com o advento do Estatuto da Mulher Casada a mulher teve, ainda que timidamente, alguns direitos em relação a dependência do marido, de acordo com o artigo acima citado da ilustre doutrinadora Dias ((a) s.d.: 2): “O chamado Estatuto da Mulher Casada devolveu a plena capacidade à mulher, que passou à condição de colaboradora na administração da sociedade conjugal. Mesmo tendo sido deixado Instagram: @vempramimedicina
para a mulher a guarda dos filhos menores, sua posição ainda era subalterna. Foi dispensada a necessidade da autorização marital para o trabalho e instituído o que se chamou de bens reservados, que se constituía do patrimônio adquirido pela esposa com o produto de seu trabalho”. Somente 15 (quinze) anos mais tarde, em 1.977 (mil novecentos e setenta e sete), o divórcio tomou o lugar do desquite, porém, cada cônjuge poderia se divorciar uma única vez, tendo-se como regra nos casamentos, o regime da comunhão parcial de bens, iniciando mesmo que lentamente a questão da mudança no âmbito familiar, ficando visível a diferenciação e principalmente a evolução nos modelos familiares a partir desta época. De acordo com Dias ((d) 2013: 44): “Daí a Lei do Divorcio, que em 1.977 (mil novecentos e setenta e sete), consagrou a dissolução do vínculo matrimonial, mudou o regime legal de bens para o da comunhão parcial e tornou facultativa a adoção do nome do marido”, pois até então era obrigatória à aquisição do nome do marido pela mulher. Fonte: https://jus.com.br/artigos/37521/os-novos-arranjos-de-familia-no-direitobrasileiro
De acordo com uma reportagem da Revista Carta Educação: Novas famílias, velhos problemas: Apesar do empenho de escolas em aceitar novos tipos de famílias, preconceito entre pais, alunos e até mesmo professores ainda é obstáculo. O que é família? A primeira resposta à pergunta relativamente simples é a imagem clássica de pai, mãe e filhos. Mas esse próprio “conceito” já sofreu transformações importantes ao longo da história. Especialistas identificam três tipos de família na cultura ocidental: a tradicional, nas quais o casamento arranjado embutia a ideia de negócio; a moderna, que, a partir do fim do século 18, pauta a escolha do parceiro através do amor e desejo; e as contemporâneas, que se modelaram por uma série de transformações a partir dos anos 1960, tais como o divórcio, o feminismo, os direitos homossexuais, os métodos contraceptivos e a fertilização in vitro. Elementos que mostram, segundo o livro A Família em Desordem, de Elizabeth Roudinesco, que a imagem da “família Doriana” – aquela que povoava os comerciais de uma marca de margarina nos anos 1990 – é um tipo idealizado que dificilmente faz jus à realidade de hoje. No Brasil, por exemplo, o tripé pai, mãe e filhos vem dando espaço para novos formatos, nos quais mães e pais solteiros, casais homoafetivos, avós e tios cuidadores são os novos protagonistas. “A família hoje é mais livre, mais verdadeira, mais autêntica. Sua essência não é mais um núcleo econômico e reprodutivo, mas sim um locus da estruturação de um ser”, observa o advogado Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). “O casamento não é mais o legitimador das relações sexuais e a reprodução está cada vez mais desatrelada da sexualidade.” As novas maneiras de se relacionar e a queda de tabus em relação a, por exemplo, orientação sexual levaram a uma verdadeira revolução na composição familiar. Seus ecos são tanto produto da transformação social em curso quanto desafios para setores como as escolas, que ainda tateiam como absorvê-los. Ainda em um processo de adaptação às novas configurações, as instituições de ensino vêm se esforçando para assimilar alunos cujo núcleo primário foge à forma mais tradicional. A tarefa não tem sido das mais fáceis, revelam mães e educadores. Instagram: @vempramimedicina
Psicanalista com especialização em criança, adolescente e família, Luciana Pires observa que a sociedade, em geral, costuma ser conservadora no que diz respeito a formatos familiares. “Acho que temos algum apego, um resto da concepção infantil de papai e mamãe, que fica em um lugar mais idealizado”, opina. “Existe preconceito em todas as classes sociais e todos os tipos de escola. Escola tem, por princípio, um caráter conservador, pois se ocupa da transmissão da cultura, tradição e conhecimento acumulado. Acho curioso que no Dia dos Pais, por exemplo, apresentem uma figura mítica como se fosse o Papai Noel ou o coelhinho da Páscoa”. Ela explica ainda que as novas famílias têm tanto reflexo nos pequenos pertencentes a elas quanto naqueles oriundos de composições tradicionais. “Os novos formatos familiares têm tanto efeito sobre as crianças quanto a composição das famílias heterossexuais tem. O formato familiar dá trabalho para o filho, sempre, seja ele qual for”, esclarece. Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/novas-familias-velhos-problemas-2/
o Religião e novas famílias Lidar com alguns conceitos, não só dentro da sua redação, mas também na vida, algumas vezes é algo difícil, pois vai de encontro a nossa subjetividade, principalmente quando se trata de crenças religiosas. Mas é algo necessário de ser feito, até para que nós possamos entender a diferença entre aquilo que é subjetivo, nossos valores, daquilo que é objetivo, os direitos contidos na Constituição de 1988. Apesar de convivermos em um Estado laico, a opinião e os ensinamentos cristãos ainda têm muita relevância na vida da sociedade. Sendo entendimento predominante entre aqueles que seguem uma religião cristã, o modelo tradicional, aquele composto pelo pai, a mãe e os filhos e irmãos bilaterais. A família é considerada para os cristãos como a igreja doméstica, a primeira igreja, a igreja a qual se nasce, se tem ensinamentos acerca da religião e acerca de tudo o que se considera certo e errado para os seguidores de Cristo. Os católicos possuem uma doutrina de suma importância, chamada de Catecismo da Igreja Católica (CIC) (2000: 455) que explana que em seu parágrafo 1666 que: “O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. É por isso que a casa de família se chama, com razão, Igreja doméstica, comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e de caridade cristã”. A sociedade contemporânea, por conta da religião discrimina alguns dos novos tipos de entidade familiar alegando uma ofensa à família, pois as religiões cristãs veem o matrimônio como um sacramento que tem como objetivo a procriação. Considerando acima de tudo o casamento como união indissolúvel. Segundo a Bíblia, livro sagrado para os cristãos, baseando-se na ordem divina do livro de Gênesis, capítulo 1 (um), versículo 22 (vinte e dois), é possível enxergar que o objetivo divino era a procriação. Logo, os cristãos não poderiam viver um casamento sem a devida procriação. Dessa forma, as famílias contemporâneas sofreram certa discriminação por conta das atitudes da igreja. Porém para Maria Berenice Dias, o afrouxamento dos laços entre o Estado e a Igreja acarretou em uma profunda evolução social e com essa evolução muitos tipos de famílias surgiram sem que tivessem nomenclatura para elas. Porém algumas dessas famílias são alvos de discriminação. Segundo Dias ((f), 2005), a igreja fez com que as relações homoafetivas fossem alvo de preconceito, conforme se lê no trecho abaixo transcrito: “As uniões de pessoas do mesmo sexo sempre existiram, mas a partir do momento em que a igreja sacralizou o conceito de família, conferindo-lhe uma finalidade meramente procriativa, as relações homossexuais se tornaram alvo do preconceito e do repúdio social”. (p. 40) Ocorre que a igreja católica rapidamente se posicionou frente às evoluções nos modelos familiares. E isso é visível com as novas formas de interpretação do CIC, pelo Papa Francisco. Instagram: @vempramimedicina
Apesar de a igreja possuir uma doutrina visivelmente preconceituosa com as famílias contemporâneas, a forma de interpretar e transmitir essa interpretação aos fieis se tornou diferente. Como exemplo temos o discurso do Papa Francisco sobre as mães solteiras: “Pensem em uma mãe solteira que vai à igreja, à paróquia e ao secretário: 'Quero batizar meu filho'. E depois esse cristão, essa cristã lhe diz: 'Não, você não pode porque você não é casada!'. Mas, veja, essa jovem teve a coragem de levar adiante a sua gravidez e não devolver o seu filho ao remetente, e o que ela encontra? Uma porta fechada! […]”. Fonte: https://jus.com.br/artigos/37521/os-novos-arranjos-de-familia-no-direito-brasileiro
o Modelos de Família “Pai, mãe e filhos” já não reinam mais nos lares Formação clássica ‘casal com filhos’ deixou de ser maioria no Brasil: segundo o IBGE, representa 49,9% dos domicílios, enquanto outros tipos de famílias já somam 50,1% Desde o advento da Constituição Federal em 1988, passaram a ser reconhecidas outras formas de família, diferentes daquela vista por muitos como a forma “tradicional”. É claro que todas essas famílias já existiam antes e mereciam proteção. Porém, depois de 1988 elas passaram a ser juridicamente reconhecidas, tendo, portanto, seus direitos resguardados por lei. A sociedade vem a cada dia se adaptando às realidades vivenciadas pelas pessoas e, com isso, o conceito de família passou a ser visto de maneira plural. Podemos nos deparar com as seguintes modalidades:
• Família Matrimonial: aquela formada pelo casamento, tanto entre casais heterossexuais
quanto homoafetivos. • Família Informal: formada por uma união estável, tanto entre casais heterossexuais quanto homoafetivos. • Família Monoparental: família formada por qualquer um dos pais e seus descendentes. Ex.: uma mãe solteira e um filho. • Família Anaparental: Prefixo Ana = sem. Ou seja, família sem pais, formada apenas por irmãos. • Família Unipessoal: Quando nos deparamos com uma família de uma pessoa só. Para visualizar tal situação devemos pensar em impenhorabilidade de bem de família. O bem de família pode pertencer a uma única pessoa, uma senhora viúva, por exemplo. • Família Mosaico ou reconstituída: pais que têm filhos e se separam, e eventualmente começam a viver com outra pessoa que também tem filhos de outros relacionamentos. • Família Simultânea/Paralela: se enquadra naqueles casos em que um indivíduo mantém duas relações ao mesmo tempo. Ou seja, é casado e mantém uma outra união estável, ou, mantém duas uniões estáveis ao mesmo tempo. • Família Eudemonista: família afetiva, formada por uma parentalidade socioafetiva.
Fonte: https://direitofamiliar.com.br/voce-sabia-que-existem-varios-tipos-de-familia/
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o Projetos de Leis Vou colocar aqui, na íntegra, uma reportagem do site Jusbrasil que fala sobre dois projetos de lei que estão em discussão desde 2014. Achei importante colocar tudo porque existem muitos dados legais e duas visões opostas sobre o mesmo assunto, que servem, até mesmo, para você trabalhar dialeticamente. Dois projetos de lei em tramitação na Câmara e no Senado debatem formação dos lares e divergem sobre inclusão ou não de casais homossexuais e pais solteiros nessa legislação. A historiadora Regina Helena Alves da Silva e a psicóloga Sílvia Esteves estão juntas há 10 anos e têm um casal de filhos pequenos, que são a alegria da casa. Os dois são irmãos e foram adotados há cerca de três anos. Foram retirados dos pais porque eram vítimas de violência. Hoje, fazem parte de uma família como outra qualquer ou como muitas que existem no Brasil e no mundo e que não se encaixam naquele modelo tradicional formado apenas por pai, mãe e filhos. Porém, não para o Projeto de Lei 6.583/2013, em tramitação na Câmara dos Deputados, que cria o Estatuto da Família. De acordo com o texto, são consideradas entidades familiares apenas o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher ou por apenas um dos pais e seus filhos. Caso seja aprovado, casais homossexuais, netos criados por avós, irmãos criados sozinhos e todos os diversos tipos de unidades familiares já reconhecidas pela Justiça brasileira e por doutrinas de direito estarão à margem dessa proposta. Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010, o modelo familiar formado por pai, mãe e filhos deixou de ser maioria no Brasil. Os novos arranjos já representam 50,1% dos lares brasileiros, contra 49,9% da formação tradicional. No entanto, um outro projeto analisado pelo Senado tem orientação antagônica ao conceito de família que está sendo debatido pela Câmara, apesar de as duas propostas terem nomes praticamente idênticos. O projeto do Senado foi batizado de Estatuto das Famílias, no plural, ao contrário do texto analisado pelos deputados. Por essa proposta, são protegidas todas as unidades familiares, em qualquer de suas composições. Apesar de ter começado a tramitar depois do projeto da Câmara, o Estatuto das Famílias, de autoria da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), tem chances de ser aprovado primeiro, pois já está em fase de relatoria na Comissão de Direitos Humanos. Se isso ocorrer, deve seguir para a Câmara, onde será apensado ao Estatuto da Família. O texto do estatuto em tramitação na Câmara é de autoria do deputado Anderson Ferreira (PRPE), integrante da bancada evangélica e autor do parecer favorável ao projeto de cura gay, do parlamentar tucano João Campos (GO), arquivado ano passado pelo Congresso após diversos protestos e manifestações. Ele justifica sua proposta alegando a desconstrução do conceito de família no contexto contemporâneo. ENQUETE O projeto está sendo debatido em uma comissão especial criada na Câmara dos Deputados e já é um dos mais comentados no site da Casa. Uma enquete feita pelo portal sobre o conceito de núcleo familiar proposto pelo estatuto registra recorde de acessos. No ar desde fevereiro, já recebeu 1.130.218 votos, a maioria (61,15%) a favor da definição proposta pelo projeto, que inclui apenas famílias formadas por casais héteros. Em entrevista à TV Câmara, o relator do projeto, o pastor e deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS-DF), defendeu o conceito de família dado pelo estatuto e disse que ele tem respaldo na Constituição Federal, que reconhece o núcleo familiar como formado por homem e mulher ou por apenas um dos dois, em caso de morte ou separação conjugal. Segundo ele, um terceiro modelo, que é o da união homoafetiva, foi resultado de uma interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Precisamos debater para saber o que a população quer, o que está previsto na Constituição ou o que foi criado pelo STF. Na minha convicção, a Constituição Federal está correta no que propõe para a família brasileira. Para ele, as minorias também têm de respeitar o direito da maioria. Um outro estatuto da família já tramitou e chegou a ser aprovado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, em 2010, mas recurso apresentado pela bancada evangélica para que o texto fosse submetido ao plenário empacou sua tramitação. Ele também ampliava o conceito de família e reconhecia todas as suas modalidades, sem exceção. Instagram: @vempramimedicina
Para o presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Família (IBDFAM), Rodrigo da Cunha Pereira, o projeto da Câmara pegou carona na proposta de 2010 e o distorceu. Por isso, demos uma atualizada no texto que foi aprovado e decidimos tentar aprová-lo via Senado, por meio de uma proposta assinada pela senadora Lídice da Mata, afirma Rodrigo. O PL da Câmara é absurdo e desconexo com a realidade brasileira. É um retrocesso sem lugar no ordenamento jurídico brasileiro. É um estatuto religioso que quer impor à população conceitos morais e sexuais de um determinado grupo, critica. Entidades criticam fundamentalismo Para a assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) Fernanda Saboia, a definição proposta pelo estatuto exclui a pluralidade das famílias brasileiras. É um projeto fundamentalista, que faz oposição tardia à decisão do Supremo Tribuna Federal, que reconheceu a união civil entre pessoas do mesmo sexo, afirma. Segundo ela, esse conceito é conservador e não representa a doutrina de direito familiar, que já reconhece 11 tipos de família, entre elas a homoafetiva e as formadas não só pelos laços consanguíneos ou matrimoniais, mas pautadas também pelas mais diversas relações de afeto. Na avaliação de Fernanda, caso seja aprovado, o estatuto deve ser alvo de ações contestando sua constitucionalidade, pois todos são iguais perante a lei. Para ela, o projeto pode gerar insegurança jurídica a todas as famílias que não se enquadram na definição proposta pelo estatuto. O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT), Carlos Magno, considera o projeto um retrocesso. Para ele, a restrição do conceito de família, além de temerária, é imoral, ao fechar os olhos descaradamente e negar proteção de todas as estruturas familiares presentes na sociedade moderna. Não podemos ignorar que o conceito de família é cada vez mais plural, pois os núcleos criados não estão mais vinculados exclusivamente ao matrimônio, e sim aos laços de afetividade. Segundo ele, essa nova concepção retrata uma realidade mundial, que estabelece núcleo familiar como algo abrangente, recepcionando como famílias os núcleos homoafetivos, monoparentais, as adoções, comprovação de paternidade via testes de DNA, a paternidade socioafetiva, famílias de casais inférteis, os vínculos de tutelas e curatelas e outras diversas formas de relações familiares cujo principal elo é o afetivo. A historiadora Regina Helena diz que o texto do estatuto em tramitação na Câmara, caso seja aprovado, não vai interferir em nada na sua vida. Ela é casada há 10 anos com Sílvia Esteves e as duas têm, juntas, dois filhos. Vamos continuar sendo uma família e, espero eu, cada dia mais feliz. Para ela, a crença de cada um não pode ser imposta ao outro, por ninguém, muito menos por meio de leis. É preciso alertar os deputados que o Estado se separou da Igreja lá no século 19. Segundo ela, as leis não podem excluir pessoas ou famílias que não estão fazendo nada de errado apenas porque os legisladores não concordam com o modo como elas vivem. Os mesmos deputados que querem defender a família são os que não aceitam a lei da palmada, que protege as crianças de serem alvo de violência dentro de casa. O que dizem os projetos PL 6.583/13, batizado de Estatuto da Família, que tramita na Câmara dos Deputados Art. 2º Para os fins desta lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. PLS 470/13, batizado de Estatuto das Famílias, que tramita no Senado Art. 3º É protegida a família em qualquer de suas modalidades e as pessoas que a integram. Art. 4º Todos os integrantes da entidade familiar devem ser respeitados em sua dignidade pela família, sociedade e Estado. (UAI) Fonte: https://amp-mg.jusbrasil.com.br/noticias/124514593/congresso-polemiza-com-projeto-de-leisobre-conceito-de-familias
Outra reportagem interessante e mais atual (de 2017) mostra que o embate entre conservadores e progressistas continua dentro da Câmara: No Brasil de 2017, a responsabilidade de cuidar dos filhos não cabe mais exclusivamente à mãe. Isso se deve tanto à maior presença da mulher no mercado de trabalho e à crescente participação do pai no
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cuidado das crianças quanto às novas configurações das famílias, que já não são necessariamente encabeçadas por um homem e uma mulher — há famílias de casais gays, famílias chefiadas só pela mãe ou só pelo pai, famílias em que as crianças são criadas pela avó ou pelo tio. As novas leis tratam de acompanhar as mudanças. O conceito de família é discutido no Congresso. Em estudo no Senado, o PLS 470/2013 cria o Estatuto das Famílias. A proposta, da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), condensa numa única lei todos os temas relativos ao direito de família. O projeto contempla as famílias modernas ao não classificá-las como as resultantes da união entre homem e mulher. Segundo o psicólogo Luiz Felipe Silva, da Universidade de Brasília (UnB), o fato de os pais serem do mesmo sexo não afeta o desenvolvimento da criança: — O mais importante é a capacidade de os pais, sejam eles um casal homossexual, sejam um casal heterossexual, proverem o cuidado material e afetivo do filho. O tema, porém, está longe de ter unanimidade. O senador Magno Malta (PR-ES) avisou que não aceita a proposta: — Esse projeto tenta desconstruir a base da sociedade, que é a família. A Câmara analisa o PL 6.583/2013, que cria o Estatuto da Família. Apesar do nome quase idêntico ao do texto em estudo no Senado, o projeto vai na direção oposta e prevê como família só a formada a partir de um casal heterossexual. É por isso que a palavra “família” aparece no singular. Discussões A proposta provocou discussões acaloradas na Câmara. A deputada Maria do Rosário (PT-RS), integrante da comissão especial que analisou o texto, votou contra: — A família é um lugar de profundo respeito entre as pessoas. Existem famílias que são compostas por pessoas do mesmo sexo. Não podemos desconhecer isso e desprotegê-las. Além disso, há famílias formadas por uma mãe chefe de família e seus filhos, por uma avó e os netos, mas o projeto do Estatuto da Família não prevê esse tipo de família. O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), por sua vez, se manifestou favorável ao projeto: — Com meus valores e princípios, eu defendo família formada por pai, mãe e filho. Censo O Censo não contabiliza toda a variedade de composições familiares modernas. O IBGE só considera três tipos: o casal com filhos, o casal sem filhos e a família monoparental com filhos. De acordo com Censo de 2010, cerca de 9% das famílias brasileiras não se encaixaram nas três classificações. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu como família a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O então presidente do STF, ministro Cezar Peluso, pediu ao Congresso que aprovasse uma lei regulamentando a sentença. O casal de Brasília Osmir Junior, de 55 anos, e Carlos Eduardo dos Santos, de 56, oficializou a união civil em 2013 e dois anos mais tarde adotou quatro irmãos — o mais velho com 7 anos, e o mais novo com menos de 2 anos. Eles disseram ter sofrido preconceito no processo de adoção. — O funcionário que recebe o processo ou dá a decisão final pode até não aceitar, mas a opinião dele não pode interferir — afirma Osmir Junior. A lei determina que o afastamento remunerado do adotante varia conforme a idade do filho — quatro meses de licença para criança de até 1 ano, dois meses quando o filho tem entre 1 e 3 anos, e um mês para o adotado a partir de 4 anos. A legislação também prevê que as mulheres podem gozar de quatro meses de licença-maternidade, sem prejuízo do emprego e do salário. Quem trabalha num estabelecimento participante do Programa Empresa Cidadã tem a licença ampliada para seis meses. Em 2016, o Senado aprovou o projeto que deu origem à Lei 13.257, que aumentou a licença-paternidade de 5 para 20 dias, beneficiando os funcionários das “empresas cidadãs”. Adoção
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Entre os gays, são poucos os que obtêm licença-adoção, licença-maternidade ou licença-paternidade sem dificuldades. Foi o que aconteceu no caso dos quatro irmãos adotados em Brasília. O pedido de licença-adoção de Carlos Eduardo dos Santos, que é funcionário público, levou demorados oito meses para ser autorizado. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) apresentou uma proposta que facilita o processo, proibindo a discriminação. É a PEC 110/2011, apelidada de PEC da Natalidade. — No casamento homossexual, existe tanto a possibilidade da adoção quanto a da inseminação artificial. O mundo mudou e é natural que mudemos a lei — argumenta. A PEC da Natalidade faz a licença-maternidade virar licença-natalidade, durando seis meses e podendo ser usufruída ou pela mãe ou pelo pai. Assim, um benefício que hoje só pode ser gozado pela mulher que trabalha numa “empresa cidadã” seria estendido a todos os casos. A senadora explica: — O pai pode tirar a licença no lugar da mãe caso o homem tenha mais vocação para cuidar do bebê ou caso a mulher esteja num trabalho do qual ela não possa sair naquele momento. A proposta dá mobilidade. E o direito será extensivo aos casais homoafetivos e aos adotantes. Não fiz a proposta pensando no pai ou na mãe, mas na criança. Neste ano, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou a PEC 16/2017, que permite que a licença-maternidade seja compartilhada entre o pai e a mãe em períodos alternados. Uma estatística mostra que os pais ainda podem ter um papel mais ativo na criação dos filhos. No país, segundo o IBGE, 79% dos processos de guarda de filho beneficiam só a mãe após o divórcio. O índice é maior que os 13% que determinam a guarda compartilhada entre mãe e pai e os 5% que dão a guarda ao pai. Os 3% restantes se referem a casos em que a guarda ficou com outra pessoa e a processos sem informação. Guarda compartilhada A advogada Renata França, do Instituto Brasileiro do Direito da Família, destaca que a Lei da Guarda Compartilhada (Lei 13.058/2014), que tornou a divisão da guarda a regra no processo de divórcio, tem aumentado a participação do pai. — O pai está lutando por espaço. Quer passear com os filhos, acompanhar os estudos e ter uma presença marcante, não ser uma visita — ela afirma. O publicitário Fernando Lopes equilibra o trabalho com a criação da filha Ester, de 9 anos. Ele compartilha com a ex-mulher a guarda da menina. — Tento conciliar os meus horários para estar sempre em casa nos dias em que ela fica comigo — disse. Marta Suplicy conta que ouve questionamentos do tipo: “se são dois homens adotando uma criança, qual deles será chamado de mãe?”. Ela afirma: — Isso é tolice. Há casais heterossexuais nos quais o pai, não a mãe, é que é mais afetivo com a criança, dá colo. Não é por isso que o filho vai chamar o pai de “mãe”. A função maternal não depende do gênero. https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/congresso-avaliaFonte: projetos-para-atender-familias-modernas/familias-modernas
o O trabalho da Mídia Nós sabemos o quanto a mídia pode influenciar na construção ou desconstrução de valores dentro de uma sociedade. Sob essa premissa, a ideia é utilizar os meios de comunicação para que eles trabalhem a favor da disseminação do conceito de empatia para seus telespectadores, no intuito de mitigar preconceitos enraizados. “De acordo com a psicóloga e psicopedagoga educacional Marisa Irene Siqueira Castanho, conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), o modelo de família e de gênero que conhecemos teve origem no século 19, quando a sociedade passou a dar valor à Instagram: @vempramimedicina
criança e à sua educação associada a uma nova ordem social com a família nuclear, instituída pelo casamento e com papéis masculinos e femininos determinados. “O modelo heterossexual assumido nessa nova ordem social levou ao desenvolvimento de relações sociais dicotômicas que associam ao homem papeis masculinos de força, atividade, agressividade, trabalho, controle de emoções, e ao papel feminino, fragilidade, docilidade, passividade, aceitação.”, explica. Ou seja: o gênero é uma construção social, algo que pode variar de acordo com a cultura.” “Os procedimentos dessa pesquisa, se replicados no Brasil, trariam resultados semelhantes e provavelmente inesperados, uma vez que pela mídia não estamos sujeitos apenas a propagandas de roupas e brinquedos infantis, mas a programas que incitam violência e sexo explícito”, explica Marisa. E o problema é que as crianças entram em contato com essas ideias muito cedo, em um período em que estão construindo suas referências, solidificando paradigmas. Mais tarde, fica muito difícil de desconstruir esses padrões. Infelizmente, não há como blindar as crianças dessas influências. Mas é possível, sim, oferecer, em casa outras possibilidades, que fogem dos modelos reproduzidos por personagens na ficção. “A escolha da brincadeira e dos brinquedos pelas crianças funciona como uma espécie de tubo de ensaio daquilo que os homens e mulheres fazem no mundo adulto do trabalho e que pode ser experimentado por elas, ampliando suas experiências e vivências, treinando suas competências, apontando caminhos e escolhas”, explica a psicopedagoga. Deixe que seu filho experimente, explore, brinque e questione. E aproveite as oportunidades em que seu filho tiver contato com algum tipo de mídia – seja um filme, um desenho ou até uma propaganda – para ensiná-lo a questionar as informações que ele recebe. Comente as atitudes dos personagens, os enredos, estimule-o a pensar e a refletir. No mundo em que vivemos, o encontro com o outro, com o diferente, é inevitável. Inclusive com as ideias que são opostas aos nossos ideais. A grande questão é: como ensinaremos nossos filhos a lideram com elas? “As diferenças existem e não são elas o problema. O problema se instala quando, frente às diferenças, as relações de identidade ordenam-se em torno de oposições binárias: masculino/feminino, branco/negro, heterossexual/homossexual, usando-se um dos pares para identificar o que é normal e esperado, em detrimento do outro que é discriminado e tratado com preconceito”, completa Marisa. Tenha isso em mente e o coração aberto para que seu filho aprenda a aceitar o diferente e tenha confiança se ser ele mesmo, independente do que se espera dele por seu gênero. Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2017/07/preconce ito-pesquisa-comprova-que-midia-reforca-estereotipos-de-genero-para-criancas.html De acordo com um artigo da UFRGS, escrito por Inês Hennigen: A mídia processa conhecimentos produzidos nos diferentes campos de saber e apresenta, através de seus produtos, versões sobre formas de ser e de viver, fomentando valores, idéias e sentimentos. Por ser presença constante em nossa vida, pelos recursos e formatos de seus produtos, a mídia tem-se tornado mais do que um meio que veicula informações e promove mercadorias e serviços. Em seu espaço aprendemos modos de viver e estar no mundo, o que significa que a mesma assume um lugar decisivo no processo de subjetivação. E faz isso mobilizando afetos. Fonte: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/download/1493/3037 Instagram: @vempramimedicina
Diante do exposto, é importante analisar o papel da mídia na formação dos indivíduos, haja vista que ela assume, praticamente, o papel de uma Instituição Social, pois nela está incutida uma hierarquia específica, normas de conduta, função e valores próprios.
ROTEIRO INTRODUÇÃO: Família: pessoas do mesmo sangue ou não, ligadas entre si por casamento, filiação, ou mesmo adoção. A definição dada pelo dicionário Michaelis demonstra a possibilidade de diferentes núcleos familiares, descrição que vai ao encontro da atual realidade brasileira. Contudo, apesar dos avanços conquistados em prol das novas famílias, a persistência do conservadorismo gera um quadro de preconceito e não aceitação dessas formações. Diante disso, analisar as causas da manutenção dos pré-julgamentos é fundamental para mitigá-los. (TESE)
Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): esse é um tema que é possível fazer uso da dialética para trabalhar a argumentação. Logo, nesse primeiro parágrafo podemos falar das mudanças ocorridas durante os séculos na formação das famílias. Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): agora podemos falar que apesar dos avanços, ainda existem alguns setores da sociedade que tentam manter a cultura patriarcalista da família tradicional. Só para deixar claro: não estou dizendo que o modelo de família tradicional é errado ou que, com o surgimento de novos modelos, ele deixará de existir. O que há de erro é, mesmo diante da nítida mudança, impor apenas um modelo como o correto, subjugando todos os outros. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Mídia , Escola e Governo O quê eles vão fazer? Mídia e Escola: Mostrar a mudança nos últimos tempos e trabalhar a mudança no conceito de família, abordando a necessidade de respeitá-los. Governo: deve proteger por lei os novos modelos familiares, assim como os antigos e deve coibir propostas de leis que vão contra os direitos Constitucionais e Humanos. Como – utilizando quais meios? Mídia e escola: Campanhas publicitárias, ficções engajadas, programas de TV, palestras, debates, conversa com as famílias. Para quê? Para mitigar o conservadorismo dentro da sociedade e, com ele, todo o preconceito existente com os demais grupos que não se encaixam no padrão imposto por determinados grupos. Além disso, punir aqueles que fazem propostas que atacam os direitos constitucionais de todo cidadão. Instagram: @vempramimedicina
REDAÇÃO Conceito de família no século XXI – Nota: 960
Perdi 40 pontos na competência 1, segundo o corretor, porque eu deveria ter colocado entre parênteses as seguintes sentenças: Linha 7: (pai, mãe e filhos); Linha 20: (igualdade, equidade, justiça e liberdade) Além de não ter colocado no plural a palavra “deve-se”, “deve na linha 22.
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10. O poder de manipulação das mídias Importante destacar: abordei alguns conceitos sobre Mídia e Sociedade na minha 1ª apostila, mas vou aprofundar mais alguns conceitos aqui, porque a mídia pode ser um tema direto na prova ou ela poderá te ajudar a escrever um parágrafo de desenvolvimento e, ainda, você utilizá-la na conclusão, como um ator social.
BRAIN STORM o Links: http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-midia-realmente-tem-opoder-de-manipular-as-pessoas/ http://despertarcoletivo.com/10-estrategias-da-midia-na-manipulacao-da-opiniaopublica/ https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/imprensa-manipulacao-poder1.htm https://jornalggn.com.br/noticia/os-padroes-de-manipulacao-da-midia https://jornalggn.com.br/noticia/sociologo-diz-que-sociedade-esta-enfeiticada-pelamanipulacao-da-midia https://www.conjur.com.br/2017-dez-18/jorge-queiroz-manipulacao-midia-ameacademocracia https://desordemordeira.noblogs.org/titulos-recuperados/midia-noam-chomsky/
o O QUARTO PODER A ideia de quarto poder surgiu a partir de meados do século 19 como recurso no meio de sociedades democráticas: um órgão responsável por fiscalizar os abusos dos três poderes originais (Legislativo, Executivo e Judiciário). Esse poder, representado pela imprensa, teria como dever denunciar violações dos direitos nos regimes democráticos – o que ocasionalmente não acontece – nos quais as leis são votadas “democraticamente” e os governos são eleitos pelo sufrágio universal. Por muitos anos, o quarto poder recebeu o título de “voz dos sem vozes” e seus representantes sofreram grandes retaliações por diversos segmentos, o que não impediu que se mantivesse como forte contrapeso na balança social com os demais poderes. A mídia, com suas ferramentas de alcance e representatividade, seria “os olhos e ouvidos” da humanidade, a vontade e opinião do povo. Inclusive, as informações produzidas/veiculadas pelo quarto poder são o meio pelo qual a opinião pública se expressa. Ou seria o contrário? O quarto poder hoje é orientado por um feixe de grupos econômicos e financeiros planetários e de empresas globais. A revolução midiática agrupa uma imprensa centralizadora e por vezes totalitária, imprensa que já possui autonomia e autoridade e controla o fazer jornalístico, cinematográfico, editorial, como um tentáculo sem fim. Sendo assim, como um quarto poder poderá não alcançar e construir uma opinião pública nivelada? Uma democracia de faz de conta A informação surge, se desenvolve e limita-se às fronteiras de interesses comerciais dessas organizações. Mas o ponto positivo do cenário pós-moderno é que aos poucos os cidadãos enxergam Instagram: @vempramimedicina
mais claramente com olhos desconfiados as ações das grandes mídias – exemplo mais vivo são as últimas manifestações desencadeadas em junho no país. Até as ações do quarto poder foram questionadas. A desconfiança do povo surge do momento em que a contingência de informação põe em dúvida a sua autenticidade. O fenômeno é denominado por Ignacio Ramonet como uma “censura democrática”. Contrariamente ao que se pensava, a censura não é uma arma exclusiva de regimes autoritários, que agem por supervisão e amputação constante das informações. O quarto poder do século 21 instala entre a informação livre e o espectador obstáculos comunicacionais compostos por circulação de mais e mais informação, o chamado “bombardeio informativo”, recheado de novas roupagens que desviam a atenção e/ou superficializam o conteúdo, em uma espécie de “manobra” para que o receptor não perceba quais outras informações lhe são ocultadas e dissolvidas pela “censura”. Dessa forma, o amplo recebimento de numerosas informações limita o acesso à informação. Esse mecanismo atrofia inclusive o desenvolvimento intelectual da “massa”, bloqueando o caminho e a construção de uma opinião pública realmente formada e consistente. O quarto poder não representa mais – não em sua totalidade – o conceito de fiscalizar os poderes e nortear os cidadãos. Por ele agora passam filtros que são geridos por interesses particulares, amputando informações, direcionando olhares, minando o funcionamento intelectual, em uma verdadeira democracia de faz de conta. Fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/diretorioacademico/_ed765_o_quarto_poder_e_censura_democratica/ 11. Tecnologia e seu impacto na democracia Não podemos falar sobre mídia e meios de comunicação e não citar as mudanças sociais e políticas decorrentes do uso dessas ferramentas. Estamos no ano de 2018 e a vida virtual tornou-se quase uma extensão da nossa vida real. Prova disso são as inúmeras coisas que podemos fazer dentro da internet sem nem ao menos precisar levantar da nossa cama. Cabe ressaltar, contudo, que nem tudo são flores, da mesma forma que os meios de comunicação podem nos conectar com mais informações e nos transformar em pessoas mais conhecedoras de determinados assuntos, eles também viabilizam o comodismo. Sob esse viés, apenas clicar, comentar e compartilhar dentro das redes sociais não se configura inteiramente como um papel de cidadania, devido ao fato de que, algumas vezes, essa forma de ativismo gera uma ideia de Licença Moral e culmina na diminuição de ações mais significativas na vida real. Segundo uma reportagem do site “Uai”: “Algumas vezes tenho medo de ficar doente como minha mãe”, diz um garoto de rosto triste. O cenário é um quarto marcado pela pobreza, em que um menino menor aparece sentado ao fundo, sobre um colchão no chão. “Quem cuidaria do meu irmão mais novo? Mas acho que tudo ficará bem. Hoje, o Unicef Suécia tem 177 mil likes no Facebook”, completa a criança. A mensagem faz parte de uma campanha lançada em março passado no país europeu pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância. O objetivo era motivar as pessoas a não limitarem sua participação a uma simples curtida na mais popular das redes sociais on-line. No entanto, o comercial também conseguiu levantar uma questão que começa a atrair a atenção de especialistas: o apoio a causas pela internet motiva ações no mundo real?
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Segundo uma pesquisa da Universidade de British Columbia, no Canadá, esse tipo de manifestação on-line pode ter, na verdade, um efeito inverso. Segundo o estudo, a sensação de dever cumprido provocada pelo clique no botão “curtir” estimula as pessoas a deixarem de lado ações mais significativas, como doar dinheiro a instituições ou se engajar de fato em um trabalho voluntário. O objetivo dos cientistas era investigar um fenômeno que ainda gera controvérsias entre estudiosos, conhecido como slacktivism. O termo em inglês, surgido em 1995, é formado pelas palavras slack (preguiçoso, negligente) e activism (ativismo). Na época, a expressão se referia às atividades feitas por jovens na internet para afetar a sociedade de forma progressiva. Atualmente, porém, é usada para definir atos de apoio que têm como único resultado real a satisfação pessoal de quem constrói uma falsa imagem de engajamento sem fazer muito esforço. Na investigação, os pesquisadores canadenses conduziram uma série de testes para verificar se, após demonstrarem apoio a uma instituição, as pessoas se sentiam mais ou menos dispostas a doar dinheiro a essa entidade. No mais significativo deles, um grupo de voluntários ganhou broches para mostrar apoio aos veteranos de guerra. Enquanto uma parte era convidada a usar o bottom, a outra era orientada a não exibi-lo. Depois, todos os participantes foram convidados a fazer uma doação. Entre os que ganharam as peças, mas não a penduraram na roupa, o índice de contribuição foi bem mais alto; já os que ostentaram o símbolo não doaram muito mais do que as pessoas que não receberam brinde. LICENÇA MORAL Para Kirk Kristofferson, principal autor do estudo, os resultados mostram que fazer demonstrações de engajamento, como curtir uma página na rede social, usar uma pulseira ou divulgar a assinatura de uma petição on-line, pode inflar o ego da pessoa a tal ponto que ela se abstém de ajudar de uma forma mais significativa. Isso pode ter relação com um efeito inconsciente chamado licença moral: se o indivíduo fez uma boa ação, ele se sente no direito de ser negligente ou de fazer algo ruim depois. É como quando uma pessoa se permite comer uma sobremesa depois de trocar o refrigerante por uma bebida light. “Se você recebe um pedido para dar um apoio mais significativo, que realmente ajudaria a caridade, não há muita possibilidade de fazê-lo quando já foi feito em público. As pessoas já pensam que você está fazendo o bem”, explica o estudante de doutorado. “Mas quando as pessoas ajudam de forma privada, essa motivação pela impressão causada é amenizada, e elas ficam mais motivadas a dizer sim para a ajuda”, completa. Kristofferson não condena o uso da rede por empresas de caridade, mas acha que as redes sociais não são a melhor forma de conquistar o apoio de um novo público. O espaço seria mais eficiente, segundo ele, para campanhas que tenham como objetivo a conscientização sobre alguma questão. Nesse caso, a finalidade são os próprios compartilhamentos das imagens, o que pode ser conquistado por meio do slacktivism. Fonte: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/11/28/noticiassaude,193399/apoio-a-causas-em-redes-sociais-produz-sensacao-de-dever-cumprido.shtml “Ah, Allana, quer dizer então que o ativismo na internet é ruim e que deveríamos parar com isso?” É necessário agir de maneira DIALÉTICA nesse assunto, ou seja, debater os dois lados da moeda: o ciberativismo é importante sim e já foi demonstrado várias vezes que a utilização das redes sociais de Instagram: @vempramimedicina
forma consciente leva milhões de cidadãos às ruas em busca de mudanças sociais e políticas. Todavia, não podemos deixar de levantar os defeitos oriundos dessa prática, haja vista que há sim a Licença Moral. Logo, a utilização de ONG’s, Escola e a própria Mídia é fundamental para orientar a sociedade para fazer o bom uso dessa nova ferramenta de cidadania. “Há especialistas, no entanto, que contestam a visão negativa sobre o ativismo virtual. O argumento mais comum é que as ações na internet não excluem ações na vida real. Ao contrário, elas seriam fundamentais para organizar encontros fora da rede, como ocorreu com a Primavera Árabe, o movimento Occupy, nos Estados Unidos, ou mesmo as manifestações populares que tomaram o Brasil neste ano. Nesses casos, os internautas não só divulgaram sua posição política, como também colocaram os planos em prática. O estudante de doutorado em ciência política Henrik Serup Christensen, da Universidade Åbo Akademi, na Finlândia, escreveu um artigo em que defende o valor das manifestações on-line. “As críticas, às vezes, supõem que as únicas ações políticas significativas são aquelas que exigem grandes sacrifícios pessoais. Eu diria o contrário, seria ótimo se elas exigissem o mínimo possível”, afirma. Ele lembra a diferença entre campanhas sérias e manifestações de ódio que costumam invadir a timeline das redes sociais. Reclamações sobre acontecimentos, acusações a políticos ou fotos de pessoas em situação de miséria até sobrevivem por um tempo na internet — e algumas chegam a colecionar um número considerável de curtidas. Mas, sem um objetivo específico, a ação costuma não dar em nada. “Essas atividades raramente têm sucesso e são parte da razão pela qual as campanhas na internet ganharam uma má reputação”, acredita Christensen. Diferenciação Por isso, os especialistas acreditam que é necessário separar o slacktivism das ações virtuais que fazem a diferença. Curtir uma foto de crianças em situação de risco, como o Unicef lembra, não vai comprar vacinas nem fazer qualquer diferença na vida delas (leia Três perguntas para). Mas, talvez, uma pessoa seja influenciada por uma imagem compartilhada por um amigo ou dê mais atenção a um post escrito em um blog de uma pessoa influente do que a um link patrocinado. “As organizações precisam pensar em como auxiliar seus apoiadores a cumprir o papel de narradores em seu benefício”, lembra Julie Dixon, diretora do Centro para Comunicação de Impacto da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos. Julie Dixon é autora de uma pesquisa na qual metade das pessoas entrevistadas se sentem motivadas a ajudar uma causa fora da internet depois de mostrar o apoio on-line. “Chamá-los de slacktivists ou implicar que o apoio deles não é tão valioso quanto dinheiro é uma forma fácil de encorajá-los a levar seu tempo ou dinheiro para outro lugar”, ressalta Dixon. Em outra pesquisa da mesma instituição, as pessoas que disseram se dedicar mais a causas pela internet também afirmaram ter a mesma disposição dos ativistas off-line, e duas vezes mais vontade para se voluntariar. Antonella Weyler, pesquisadora brasileira que participou dos estudos, concorda com o potencial da rede, mas alerta que o espaço deve ser usado com cautela, para não cansar o internauta. O levantamento da Georgetown mostrou que metade dos entrevistados acredita que recebe muitos e-mails e mensagens sobre diferentes causas. “Portanto, o importante não é a quantidade, é a relevância”, acredita Weyler, que hoje trabalha em uma agência de publicidade. TRÊS PERGUNTAS PARA... Instagram: @vempramimedicina
Jim Carlberg, oficial sênior de Marketing do Unicef Suécia. Por que a peça publicitária aborda a questão da quantidade de curtidas no Facebook? Os senhores notaram que o número de pessoas apoiando o Unicef na internet não era proporcional à ajuda que recebiam? Essa campanha foi uma afirmação, em meio à discussão sobre slacktivism, sobre o sentimento de contribuir para salvar a vida de crianças por meio de curtidas no Facebook. Nós fizemos um levantamento com o instituto de pesquisa em marketing YouGov perante o público sueco, e o resultado nos trouxe alguns insights: uma em cada cinco pessoas acha que um like no Facebook é uma boa maneira de apoiar uma organização, duas a cada três curtiram algo na rede social sem se importar com a mensagem ou questão e uma em sete acha que o apoio virtual é tão bom quanto a doação em dinheiro. Nós apreciamos muito os likes, e a mídia social pode ser um bom primeiro passo para alguém se envolver, mas não para aí. Curtidas não salvam vidas de crianças. É preciso dinheiro para comprar vacinas, por exemplo. Como foi a resposta à campanha? A maior parte foi extremamente positiva. Apenas alguns poucos comentaram que as mídias sociais são fundamentais para que o alcance, principalmente das organizações pequenas, seja ampliado. Nós ficamos especialmente felizes de receber uma resposta muito boa dos próprios fãs da página do Unicef Suécia no Facebook. A campanha teve mais de 650 mil visualizações do mundo todo e levou a mais de 1.700 tuítes, que espalharam a mensagem. Mas o mais importante: 540.053 crianças podem agora ser vacinadas graças às contribuições recebidas durante a campanha. Por que algumas pessoas que demonstram apoio on-line não transformam esse ato em prática? Mídias sociais são uma ferramenta muito boa para chamar a atenção para um tópico específico de forma imediata, para espalhar uma mensagem e defender uma causa. Mas, como mostrou nossa pesquisa, uma em cada sete pessoas acha que curtir no Facebook é uma ação tão boa quanto doar dinheiro. Nossa campanha pretendia justamente apagar essa concepção equivocada, e esperamos que as pessoas com boas intenções repensem o papel da internet na criação do bem social. Se elas fizerem isso, talvez elas se envolvam mais de outras maneiras. Fonte: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/11/28/noticiassaude,193399/apoio-a-causas-em-redes-sociais-produz-sensacao-de-dever-cumprido.shtml Com o surgimento das novas Tecnologias da Informação e Comunicação, mais destacadamente a internet, muitas são as discussões acerca da revitalização da democracia. Entre os novos conceitos gerados pelo novo espaço virtual, a Ciberdemocracia merece destaque e deve ser observada a partir da emergência da internet e da participação direta do cidadão na política mediante o uso das novas tecnologias. Em certo sentido, podemos até dizer que quem não estiver conectado a essa rede mundial, ficará fora da vida social, econômica, científica, que se desenrola em tempo real através dos caminhos da internet. Os extraordinários avanços tecnológicos dos últimos anos veem transformando significativamente o panorama das modernas sociedades democráticas. Estas transformações afetam não somente o modo substancial das relações sociais, mas também o funcionamento das atuais instituições e estruturas políticas. Neste sentido, a Ciberdemocracia consiste na criação de processos e mecanismo de discussão, a partir de um diálogo entre o Cidadão e o Estado, para se chegar a Instagram: @vempramimedicina
uma política de decisões, onde a participação popular se torna mais real em termos práticos. Este projeto pretendeu, portanto, usar um website através da rede mundial world wide web para divulgar informações, notícias, textos sobre como é possível exercer nosso papel de cidadão através dessas novas tecnologias além de utilizá-lo como uma importante ferramenta pedagógica, estimulando no leitor do website uma leitura crítica da política em seus mais variados aspectos: científico, filosófico, pedagógico, econômico, entre outros. Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/ciberdemocracia%3A-ademocracia-e-as-novas-tecnologias-de-informa%C3%A7%C3%A3o-ecomunica%C3%A7%C3%A3o/ 12. História: o uso de propagandas para doutrinação política NOAM CHOMSKY “O controle da mídia: os espetaculares feitos da propaganda” A propaganda foi fortemente utilizada para o controle das massas, bem como, manobra de convencimento, e porque não dizer, uma espécie de justificativa para os ataques e guerras que perpassam a história da humanidade. O primeiro capítulo do livro “O controle da mídia: os espetaculares feitos da propaganda”, aborda o contexto da Primeira Guerra Mundial como contexto, utilizando como exemplo as propagandas do governo americano de Woodrow Wilson. Wilson criou um comitê chamado “Comissão Creel”, que em seis meses transformou uma população que até então defendia a paz e a ordem, em um bando de histéricos à favor da hegemonia americana e exterminadores da Alemanha. Para o contexto da democracia, Chomsky não deixa de destacar a importância da mídia para a criação de um consenso político. Em síntese, o discurso criado pelos meios de comunicação, atrelados aos interesses do governo, levando uma nação a crer que querem ou precisam da mesma coisa. Tais manobras são facilmente executadas, pois, para o autor grande parte da população (população de massa) é estúpida demais para questionar a posição diante dos gestores políticos (p. 17). O autor destaca que para fabricarmos uma opinião, precisamos amedrontar a população, plantar uma ideia que destabilize a sociedade emocionalmente, democraticamente e moralmente(p. 27). Mesmo que grande parte da massa seja controlada por ideais e ideias fabricadas por toda manipulação forjada, existem aqueles que resistem e desafiam os discursos propostos. Existem tensionamentos e crises dentro de qualquer tentativa de manobras de massas. Por exemplo, vivemos hoje no Brasil um golpe político cujos argumentos e contextos criados, foram executados pela mídia, pela oposição ao governo e pelo judiciário. Mesmo que os grandes jornais estejam ao lado do discurso do impeachment da presidenta Dilma, existe uma grande parcela da população que vai contra, questiona e resiste a toda e qualquer tentativa de manipulação da informação e da verdade. Em síntese, é preciso deturpar a história, as verdades e alinhar muito bem o que a grande mídia veicula, atrelando o uso da força e da violência para controlar àqueles que resistem em acreditar no que lhe está sendo imposto. Noam utiliza muito como exemplo as grandes guerras e ataques aos muçulmanos para nos elucidar sobre os efeitos de um sistema político e democrático que se sustentam sobre fortes programas de controle e propagandas. É durante uma crise política ou momentos de enfrentamento militar, que conseguimos visualizar os efeitos e/ou poder dos embargos de informações que não sejam ataques sobre “os inimigos”, justificando assim, os motivos para Instagram: @vempramimedicina
determinada ação. Para o autor a alternativa mais fácil encontrada pelos governantes e pela mídia, é utilizar-se da hipocrisia. Por meio de ataques a moral, a supremacia, a democracia e aos direitos sociais, é que o discurso de controle se forma. Se um governo supre as necessidade intelectuais e econômicas de um povo, significa que as classes médias e altas não irão mais deter o controle sobre essa determinada parcela social. Logo, é possível criar um discurso que nos leva a crises políticas e enconômicas, que justifiquem por exemplo, cortes de gastos com assistência médica gratuita, educação e direito à moradia digna para os menos abastados. O controle da mídia por meio das propagandas é capaz de derrubar sistemas políticos, governos democráticos e cruzar a linha dos direitos humanos, patrocinando assim, a famigerada barbárie que vivenciamos nos quatro cantos do mundo. Fonte: https://www.jornalismo.ufop.br/criticademidia/?p=1547 o Vargas e a DIP O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) surge em 1939 como uma reorganização de órgãos que já existiam desde 1931. A primeira forma foi o DOP (Departamento Oficial de Propaganda), depois em 1934 é substituído pelo DPDC (Departamento de Propaganda e Difusão Cultural), quando então já no contexto do Estado Novo é substituído pelo DIP. O DIP tinha como principal objetivo disseminar as ideias do Governo ditatorial de Vargas iniciado em 1937 com o Estado Novo. Para efetiva propagação dos ideais nacionalistas o DIP detinha o controle de várias centrais de divulgação, controlando e censurando os conteúdos nos meios da radiodifusão, do teatro, do turismo, da imprensa e do cinema. As DEIPS eram as filiais ramificadas nos Estados, assim mantinha-se o monopólio nacional das divulgações e do controle da cultura nacional. O governo de Vargas tinha no DIP seu principal aliado para a construção da imagem do presidente para o povo. O governo que se inicia de maneira autoritária mediante um golpe sobre Júlio Prestes(presidente eleito no pleito de 1930), e se mantém no governo implantando uma ditadura em 1937, precisava formar sua imagem junto à população. Uma das principais ações do DIP, ainda até os dias de hoje existe. O rádio era a grande ferramenta de comunicação daquele momento e era por ele que as notícias e informações eram veiculadas de maneira mais ampla. Nesse cenário o DIP cria a “Hora do Brasil”, um programa de rádio de amplitude nacional, responsável por informar sobre o país e realizar a propaganda do Estado Novo. Até hoje a “Hora do Brasil” ainda é veiculada nas rádios de todo o Brasil, durante uma hora nos dias uteis (na faixa das 19 às 20 horas.). Pelo DIP passavam todo conteúdo midiático que seria reproduzido em território nacional. Fossem em material impresso (jornais, livros), fossem em espetáculos (musicais, peças de teatro, cinema), ou músicas. Tudo passava pelo crivo da censura, e qualquer forma notada de crítica ao governo de Vargas era censurada. Portanto esse órgão foi um grande entrave aos artistas que se viam podados pelas garras da ditadura varguista. Fonte: https://www.infoescola.com/era-vargas/departamento-de-imprensa-e-propagandadip/
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o A propaganda no III Reich Quando se estuda o Nazismo e o processo de instituição do Terceiro Reich por Adolf Hitler, uma das características mais evidentes é a retórica antissemita, isto é, o conjunto de discursos elaborados contra a população judaica europeia. Entretanto, é necessário ressaltar que a esses discursos estavam associados outros, que se referiam propriamente ao “sequestro” da consciência da própria população alemã, que foi progressivamente “inflamada” pela linguagem do nazismo, ou, como dizem alguns autores, a linguagem do Terceiro Reich. A função da propaganda e o uso dos meios de comunicação de massa foram cruciais nesse processo. Antes de tudo, é necessário compreender que não apenas o nazismo, mas também o Fascismo e as demais variações políticas totalitárias do início do século XX só foram possíveis em face da formação da sociedade de massas, advinda do processo de industrialização da Europa, completado no século XIX. Meios de comunicação como o rádio tornaram-se muito populares nesse contexto e sua utilização para transmissão de discursos políticos de líderes como Hitler foi peça chave para a cooptação das massas que viam em tal líder uma figura “redentora”, “messiânica”. O pesquisador Luiz Sérgio Krausz assinalou que: “A gradativa entrega ao fanatismo que se observa na Alemanha dos anos 1933-1945 revela-se como o triunfo de uma retórica e de uma língua cujo objetivo é conduzir à criação de hordas e não de um corpo de consciências individuais. (KRAUSZ, Luis Sérgio. Consciência e inconsciência do nazismo. Pandaemonium ger., São Paulo. n. 15, 2010. p 194.) No caso específico da propaganda nazista, a máquina de fabricação de discursos políticos que enalteciam os feitos do Terceiro Reich, a figura do Füher e a figura da raça ariana e, ao mesmo tempo, demonizavam os judeus, os poloneses, os comunistas, os cristãos, ciganos, deficientes físicos, etc., era habilmente controlada por Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da propaganda de Hitler. Goebbels ficou conhecido pela frase “uma mentira dita cem vezes torna-se verdade”, que sintetiza a proposta de implicação psicológica da propaganda nazista. A elaboração da máquina de propaganda nazista contava com a instrumentalização de intelectuais e pessoas ligadas às artes (arquitetos, escultores, pintores, músicos, cineastas etc.). Um dos exemplos mais notórios foi o da cineasta Leni Riefenstahl (1902-2003), que produziu o famoso documentário O Triunfo da Vontade, em 1934. Nesse filme, Riefenstal buscou retratar a formação da sociedade disciplinada e militarizada criada pelo III Reich. Dessa forma, além da gravação dos discursos de Hitler e seus ministros proferidos para centenas de milhares de pessoas em praça pública, em O Triunfo da Vontade, pode-se observar ainda soldados em treinamento exibindo os corpos atléticos que, segundo a linguagem visual do nazismo, encarnavam a essência da raça ariana. Os desfiles e paradas militares também foram retratados com uma linguagem visual que pretendia dar o “ar de triunfo”, de espetacularização do poder dominador nazista, que se preparava para a Segunda Guerra Mundial. Além de filmes e discursos apologéticos, outras formas comuns de disseminação da ideologia nazista foram cartazes e painéis com caricaturas ridicularizando os principais alvos nazistas, como os judeus, bem como panfletos com o mesmo conteúdo.
o Capitão América e a propaganda Norte Americana Fazendo uma relação cultural com esse tema, não tem como deixar de citar nosso querido Steve Rogers, Capitão América, que irá surgir no contexto da 2ª Guerra Mundial para lutar contra o Hitler. A imagem desse personagem demonstra a força da propaganda para combater um ideal e disseminar outro. A utilização das histórias em quadrinho e de personagens patriotas não foi utilizada apenas nesse contexto, como você pode ler nos links abaixo: https://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/capitao-america-um-heroi-menos-imperialista-do-queparece/n1597105942384.html
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https://ambrosia.com.br/quadrinhos/voce-precisa-saber-sobre-capitao-america-nao-tinha-pra-quemperguntar/ Além do Capitão América, podemos citar, ainda, a POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA, promovida na época da 2ª Guerra Mundial e altamente utilizada para promover a aliança entre as Américas. Prova disso foi a criação do Zé Carioca e Panchito, o galo mexicano, por Walt Disney, para propagar a ideia de união e camaradagem no continente americano. 13. A importância da Mídia: “O cão de guarda da sociedade”
“A função da imprensa é ser o cão de guarda público” Karl Marx Para o filósofo alemão uma imprensa estatal é nociva à sociedade, “O governo ouve somente sua própria voz; sabe que ouve somente a sua voz; entretanto tenta convencer-se de que ouve a voz do povo, e exige a mesma coisa do povo. O povo, portanto, cai parcialmente numa superstição política, ou isola-se totalmente da vida política, tornando-se uma multidão privada”. Marx condena também a censura à imprensa, “uma imprensa censurada é ruim mesmo se produzir bons frutos”. O filósofo fez ainda duras críticas ao Estado que restringe a informação, “a censura é a crítica como monopólio do governo…quando, finalmente, é tão pouco crítica que confunde ditames do poder com ditames da razão”. E por fim foi radical ao afirmar que “a lei da censura pune a liberdade…”. Marx defende a liberdade de imprensa como instrumento para vigiar o poder púbico e manter o Estado trabalhando a serviço do povo. Para ele “a função da imprensa é ser o cão de guarda público, o denunciador incansável dos dirigentes, o olho onipresente, a boca onipresente do espírito do povo que guarda com ciúme sua liberdade”. Estes são apenas alguns trechos de artigos de Karl Marx publicados no jornal alemão Rheinische Zeitung (Gazeta Renana), em 1842, que comprovam o repúdio do filósofo ao Estado que restringe o papel da imprensa. Deturpar o socialismo e o marxismo convertendo-os em regimes autoritários é o caminho mais curto para calar a imprensa. Enquanto jornalistas forem torturados e mortos com a aprovação de governos abusivos a população continua alienada da realidade e sem acesso a janelas que lhes permitam olhar para fora.
Fonte: https://oolharcidadao.wordpress.com/2010/05/12/%E2%80%9Ca-funcao-da-imprensa-eser-o-cao-de-guarda-publico%E2%80%9D-karl-marx/ 14. A propagação de Intolerância Mais uma vez irei te pedir para analisar o papel da Mídia de forma Dialética, porque, sim, ela é fundamental como “Cão de guarda da Sociedade”, entretanto, isso não quer dizer que ela também não seja responsável pela propagação de inúmeros preconceitos, pela perpetuação de conceitos que vão de encontro aos direitos humanos e pela ratificação de exclusões históricas presentes na sociedade. Logo, nossa missão aqui é ter essa visão crítica e bem embasada sobre como fazer um meio de informação funcionar sem compactuar com as intolerâncias presentes na sociedade. De acordo com uma reportagem da Carta Capital: A comunicação se configura como um direito humano a ser reivindicado, interferindo diretamente na garantia ou negação de outros direitos. Espaço político com capacidade de formar valores, propagar ideias e influenciar comportamentos, a mídia desempenha, historicamente, um papel duplo: por um lado, podem atuar como instrumentos estratégicos na construção de uma cultura de respeito aos direitos
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humanos; por outro, muitas vezes, reproduz e legitima violações desses direitos, fortalecendo, assim, a constituição de uma sociedade baseada no preconceito e na opressão. E no Brasil, como a mídia tem atuado em relação aos direitos humanos? Quantos programas nas emissoras de televisão debatem, com profundidade e de modo permanente, temáticas relativas aos direitos humanos? Quantas campanhas educativas nas emissoras de rádio incentivam mudanças de comportamento para conseguirmos, por exemplo, combater o racismo ou a violência aos/às homossexuais? Quantas propagandas de cerveja se utilizam das mulheres como objetos e a colocam em posição de inferioridade e sob assédio moral? Quantos programas disponibilizam mecanismos de acessibilidade para que pessoas com deficiência tenham acesso aos seus conteúdos? Em qual capital, de Norte a Sul do país, temos programa de TV que criminaliza negros e pobres das periferias? As respostas a essas e outras questões não deixam dúvidas: em nosso país, a mídia tem se revelado, indiscutivelmente, um eficaz instrumento de violação de direitos. Uma análise mais cuidadosa e ampla da produção midiática consegue escancarar uma dimensão ainda mais séria e preocupante dessa realidade, tendo em vista o poder de alcance dos meios de comunicação de massa e a manutenção de uma postura, se não sempre violadora, mas omissa, desde que o sistema de comunicação brasileiro foi implantado. A televisão aberta, assistida cotidianamente por 94% da população brasileira, segundo recente pesquisa da Fundação Perseu Abramo, coleciona programas campeões de violações. Dois exemplos são emblemáticos: os programas de auditório que exploram conflitos pessoais e abusam da exposição das mazelas de pessoas em situação de vulnerabilidade psicológica e social; e os programas policiais que violam direitos de crianças e adolescentes, criminalizam a pobreza, invadem domicílios e desrespeitam, de todas as formas, a dignidade humana. Em síntese, a mídia brasileira, de um modo geral, tem sido criminosa e irresponsável pela infinidade flagrante de reforços de intolerância e violência. Atento a este cenário e buscando intervir diretamente na construção de uma nova postura dos meios de comunicação de massa, o Intervozes está realizando o Ciclo de Formação Mídia e Educação em Direitos Humanos, um projeto do coletivo fruto de convênio com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Por meio de oficinas que discutem história, princípios e características dos direitos humanos, direitos de mulheres, negros e negras, população LGBT, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência e população idosa, o Ciclo busca capacitar – nas cidades de Brasília, Curitiba, Fortaleza, Salvador e São Paulo - militantes de movimentos sociais e comunicadores/as comunitários/as para a educação em direitos humanos e a multiplicação de uma cultura de paz e valorização da diversidade. Porém, mais que o debate sobre a relação entre mídia e direitos humanos ou a capacitação dessas lideranças sociais, o Ciclo visa incentivar denúncias de violações e a exigibilidade dos direitos humanos em diferentes espaços, incluindo os meios de comunicação, bem como ampliar o debate sobre o papel da mídia em temáticas relativas. Justamente por isso, as oficinas têm como público pessoas que lidam diretamente com direitos humanos ou que representam grupos que, cotidianamente, têm seus direitos violados. Com as oficinas em andamento, o Ciclo já proporcionou encaminhamentos que vão ao encontro destes objetivos, como a criação de um grupo de trabalho permanente formado pelas entidades participantes das oficinas e o Ministério Público, em Curitiba; e o envolvimento e participação dos grupos e coletivos presentes às oficinas em Salvador na Frente Baiana pela Democratização das Comunicações. Acreditamos que esse é um caminho essencial. O debate permanente, a qualificação de militantes sociais e a articulação para medidas efetivas de denúncia e exigibilidade de direitos são ações necessárias para que tenhamos, no Brasil, uma mídia que valorize e promova os direitos humanos de mulheres, da população LGBT, dos negros e das negras, das populações tradicionais, das crianças e adolescentes, das pessoas com deficiência e da população idosa. Fonte: https://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/midia-e-direitos-humanos-um-debatenecessario-9408.html
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ROTEIRO INTRODUÇÃO: O sociólogo Karl Marx, no século XIX, definiu a imprensa como um “cão de guarda” da sociedade, feita para vigiar o Poder Público, a fim de que este trabalhe a serviço do povo. Acerca dessa lógica, hoje a mídia assume um importante papel, não só como guardiã, mas também como um espaço de inúmeras discussões sociais. Contudo, a liberdade irrestrita aos meios de comunicação pode acarretar várias conturbações. Diante disso, analisar o atual panorama é fundamental para fazer o uso correto dessa ferramenta. Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): Nessa redação eu fiz uso da Dialética para trabalhar os dois pontos de visão que envolve esse assunto (como aconselhei que você fizesse também). Logo, o primeiro parágrafo não conterá um problema, mas sim um ponto positivo dos meios de comunicação: o papel de desconstruir preconceitos enraizados na sociedade. Um excelente exemplo para que fique bem nítido esse papel social importante desse meio, são as novelas globais: a Malhação e a das 20h (ou 21h não sei ao certo), elas sempre levantam temas polêmicos por abordarem em suas tramas: gravidez na adolescência, violência contra mulher, homofobia, crianças na rua, escola pública, racismo, enfim, é uma gama muito grande de assuntos que são tabus, mas que, ao serem abordados em horário nobre, para uma grande massa de telespectadores, essa rede de televisão torna possível o debate sobre esses assuntos. (Sim, eu sei que muitas vezes eles pisam na bola e tudo mais, mas, não podemos negar que eles são sim atores sociais e que moldam a visão de uma grande parcela da população). Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): Agora sim podemos levantar um problema dessa ferramenta: LIBERDADE IRRESTRITA. Sabemos que a Liberdade de Expressão é um direito Constitucional, CONTUDO, existe sempre aquela máxima “o seu direito acaba onde começa o meu” (algo assim), ou seja, a liberdade irrestrita aos meios de comunicação pode gerar atitudes e propagação de Intolerâncias e manutenção de valores discriminatórios. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? ONG’s e Governo O quê eles vão fazer? Ong’s: Fiscalizar os meios de comunicação, fazendo denúncia daqueles que não cumprirem com o seu dever social. Governo: o Ministério da Educação deve atuar, dentro das escolas, na formação dos estudantes, viabilizando a ampliação de Projetos que trabalhem com o desenvolvimento da criticidade, empatia e, ainda, tornar os próprios indivíduos em agentes fiscalizadores da imprensa, para que não compactuem com propagação de intolerâncias. Como – utilizando quais meios? ONG’s: vão monitorar a mídia como um todo e informar os órgãos governamentais sobre as infrações cometidas por algum meio. Instagram: @vempramimedicina
Governo: por palestras, debates, rodas de conversas, cursos. Para quê? Para que a mídia sirva cada vez mais para cumprir o seu papel social como um espaço esp de construção social e desconstrução de preconceitos enraizados na sociedade.
REDAÇÃO A mídia como espaço de debates na sociedade – Nota: 980 98
Perdi 20 pontos na competência 1, esqueci de colocar vírgula antes da palavra “como” na linha 27.
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11. MOBILIDADE URBANA Mais um tema “top temas” para o Enem de 2018!
BRAIN STORM o Liks: https://www.youtube.com/watch?v=6j9HXdNxO2o https://www.youtube.com/watch?v=Le8smUv1O6w http://www.politize.com.br/trilhas/mobilidade-urbana/ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana-no-brasil.htm https://exame.abril.com.br/tecnologia/os-aplicativos-de-corrida-sao-bons-paraa-cidade-este-estudo-diz-que-sim/
o O que é Mobilidade Urbana? O que é mobilidade urbana? É a condição que permite o deslocamento das pessoas em uma cidade. No dicionário, mobilidade significa “facilidade para se mover”. A ideia, então, é tornar esse movimento fluido e prático. Ônibus, metrô, outros transportes coletivos e carros fazem parte das soluções de mobilidade e tem o intuito de deixar a vida das pessoas mais fácil. Ou pelo menos, deveria. A questão é que cada vez mais as cidades estão perdendo a capacidade de permitir que as pessoas se movam com qualidade. Por este motivo, o tema mobilidade urbana passou a ser repensado. Há interesse em trazer de volta o seu sentido primário e original, para melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma sustentável. Isso inclui aspectos econômicos, sociais e políticos, como veremos mais abaixo. Para atingir esses objetivos, o poder público precisa se comprometer oferecendo à população um plano de mobilidade urbana, que traça providências e mira um espaço público no futuro com muito mais qualidade de vida, a chamada mobilidade urbana sustentável. O que é plano de mobilidade urbana? Plano de mobilidade urbana é um conjunto de diretrizes pensadas para melhorar o deslocamento das pessoas em uma cidade de forma sustentável e de olho em resultados positivos na qualidade de vida. Atualmente, cada cidade no Brasil pode desenvolver um plano de mobilidade urbana que tenha como base usar os meios de transporte para trazer rapidez no ir e vir das pessoas, sem agredir o meio ambiente. As propostas visam garantir acessibilidade, segurança, eficiência, qualidade de vida, e dinamismo econômico, além inclusão social e preservação do meio ambiente. Este último aspecto é importante por diminuir impactos sobre o meio ambiente em médio e longo prazo para as cidades. O que é mobilidade urbana sustentável? Sabendo o que é mobilidade urbana, resta conhecer o conceito de mobilidade urbana sustentável.
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Ele está diretamente ligado ao tipo de transporte usado para o deslocamento de pessoas. Somado a isso, está também a preocupação em facilitar trajetos, considerando amenizar impactos ambientais causados por combustíveis fósseis que degradam o ambiente, por exemplo. Neste aspecto, as soluções apresentadas incluem a implementação de sistemas de deslocamento sobre trilhos, como metrôs, bondes e ônibus “limpos”, que alternam entre motor elétrico e a diesel, e os VLTs (veículos leves sobre trilhos). Há também a preocupação na integração desses transportes com outros mecanismos facilitadores do deslocamento: ciclovias, esteiras rolantes com alta capacidade, elevadores de grande porte para suportar maior número de pessoas, bicicletas públicas e teleféricos. Má qualidade do transporte público no Brasil; Aumento da renda do brasileiro; Redução de impostos do Governo Federal para incentivar a compra de carros; Concessão de crédito ao consumidor; Herança rodoviarista no Brasil; Falta de planejamento urbano e arquitetônico. O que é mobilidade urbana e qualidade de vida? O ir e vir da casa para o trabalho dos brasileiros virou um problema nos últimos anos, prejudicando a qualidade de vida principalmente dos metropolitanos. O uso do carro é o principal vilão. Há 1 automóvel para cada 4,4 habitantes, causando congestionamentos problemáticos e impedindo o deslocamento fluído nas cidades. De acordo com o Numbeo, site internacional especializado em comparar metrópoles sob diferentes aspectos, há 7 capitais brasileiras entre as cidade com o trânsito mais lento do mundo, em uma lista de 163 metrópoles analisadas. Se sobra tempo no engarrafamento, falta tempo para buscar o filho na escola, jogar vôlei com os amigos na praia, curtir um jantar com a família e outras atividades de lazer que ficam prejudicadas. Para solucionar problemas de falta de tempo por causa do gigantesco conglomerado de carros, algumas cidades fazem um planejamento urbano que pode atender a demanda da metrópole, como é o caso de Belo Horizonte. A cidade ganhou o prêmio Transporte Sustentável do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), em Nova York, Estados Unidos, por implementar a ciclovia e o BRT, sistemas bem-sucedidos de mobilidade urbana que geram acesso mais rápido e sustentável, proporcionando qualidade de vida aos moradores. O que é acessibilidade e mobilidade urbana? Pessoas com deficiência física em geral passam um terço de qualquer deslocamento se locomovendo a pé ou em cadeiras de rodas, sem poder usar um transporte público. Por isso, as políticas de acessibilidade urbana passaram a repensar a maneira como construir uma infraestrutura capaz de dar fluidez ao deslocamento dessas pessoas. Parte do conjunto de soluções para obter um espaço público mais acessível são calçadas confortáveis e niveladas, sem buracos ou obstáculos, ruas com marcações para deficientes visuais, corrimão e outras alternativas que permitem o deslocamento seguro e estável. Mobilidade urbana e desenvolvimento urbano
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A urbanização no Brasil teve início no final do século XIX, a partir da chegada da industrialização, e se consolidou na década de 1930. Mas foi na segunda metade do século XX que a urbanização se fortaleceu devido ao surgimento da automatização mecânica das atividades produtivas no meio rural. Isso desencadeou o desemprego e a migração da área rural para as cidades. Por causa desse deslocamento em massa, o Brasil passou a ter cidades populosas e predominantementes urbanas. Em 1960, 80% dos brasileiros já moravam em cidades e não mais em espaços rurais. A concentração de migrantes foi direcionada para cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Esse desnível populacional causou importante desigualdade no número de habitantes nas áreas urbana e rural. Veio a falta de infraestrutura, a incapacidade de suportar os novos moradores das cidades e o déficit de desenvolvimento econômico. Em São Paulo e no Rio de Janeiro vivem 90% da população de toda a região Sudeste. Já no Nordeste e Norte, as taxas de urbanização são as menores do país. Pará, Maranhão e Piauí são os estados menos urbanizados do Brasil. Portanto, o planejamento é fundamental, tanto para as novas áreas que serão urbanizadas quanto para solucionar os problemas de desenvolvimento urbano nas metrópoles onde eles já se manifestam.
Mobilidade urbana e a arquitetura O que é mobilidade urbana sem arquitetura? O papel da arquitetura, palavra grega que significa “principal construção”, é crucial para se estabelecer o desenho adequado da cidade. Mas a própria arquitetura se sucubiu à progressão desenfreada da urbanização. Cidades viraram caixas de concreto sobre ruas de asfalto, despreocupadas com a ordem e a fluidez. A causa da péssima mobilidade está na falta de planejamento urbano e na administração ineficiente de projetos arquitetônicos, responsáveis por desenhar o espaço público. Muitas vezes, este desenho é mal distribuído, gerando mais complicações para a mobilidade urbana em um efeito dominó negativo. 290 km de congestionamentos e um contingente de carros que ultrapassa 20 milhões de veículos – quase metade da frota nacional – se encontram em apenas 12 cidades brasileiras. A aglomeração de construções impede a ordem e dificultam a mobilidade nas grandes cidades. E, sem dúvida, é papel dos arquitetos e urbanistas resolver esse problema, em conjunto com as autoridades de nosso país. Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/o-que-e-mobilidade-urbana/
o Modais e Juscelino Kubistchek Modais de transporte
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Para que os fluxos ganhem mobilidade, é possível distinguir, em função da adequação da malha viária aos produtos transportados, os seguintes meios de transportes: Rodoviário, Ferroviário, Aeroviário e Aquaviário. No Brasil, o Transporte rodoviário teve impulso a partir da década de 1920 do século XX por iniciativas de governantes brasileiros com objetivo de articular as regiões brasileiras. A predominância desse modal em território nacional deve-se ao modelo implantado na década de 50 por Juscelino Kubistchek, consagrado pela frase “governar é abrir estradas”, promovendo a adoção do Modelo Rodoviarista, ou seja, construção, ampliação e melhoramento de rodovias. Dentro do Planos de Metas, que visava avançar “50 anos em 5”, JK faz uso desse modelo como manobra político-econômica para incentivar/viabilizar a instalação de indústrias automobilísticas no Brasil. Durante os governos militares, a política rodoviarista foi mantida sob o propósito de “Integrar (o território) para não entregar (os recursos)”. O modelo rodoviário no Brasil adotou em muitos casos as privatizações, que podemos entender como concessões dadas a empresas privadas, que pagam tributações ao governo para explorar por período determinado trechos rodoviários. As privatizações encarecem os custos dos fretes e, por conseguinte, aumentam o custo final dos produtos, ainda mais pondo em análise a dimensão continental brasileira. O Transporte Ferroviário brasileiro totaliza aproximadamente 30.000 quilômetros de extensão, malha considerada de pequena extensão ao comparar com sua dimensão territorial. Existem, no Brasil, duas grandes empresas ferroviárias: a RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A), aberta a concessão na década de 1990, e a FEPASA (Ferrovias Paulistas S.A). As ferrovias brasileiras, em contexto com a década perdida de 1980, entram em estado de sucateamento e esterilização da ampliação da malha ferroviária nacional por motivos de austeridade fiscal. No entanto, visto a necessidade de sanar os gargalos logísticos, em 2011, validando a Lei 12.379 que dispõe do Sistema Nacional de Viação (SNV), busca-se trabalhar com o Programa de Aceleração Ferroviário (PAC Ferroviário). O Programa objetiva a expansão e o melhoramento da malha existente, além de buscar viabilizar trens de alta velocidade.Tais obras serão conexões dos principais centros urbanos do País proporcionando benefícios na mobilidade, na segurança, no tempo e no conforto dos usuários. O Transporte Aeroviário é bem recente, com desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial, estabelecendo uma nova referência de velocidade de deslocamento. Este modal é responsável pelo deslocamento de produtos de alto valor agregado e de baixo peso unitário, com intuito de entregas urgentes, como equipamentos médicos, transplante de órgãos, equipamentos científicos, entre outros. Para a aviação comercial de passageiros é economicamente mais rentável. O Brasil recentemente passa por crises aéreas devido à defasagem infraestrutural de seus aeroportos e carência de mão de obra qualificada para as operações de controle de tráfego aéreo. A modalidade aquática de transporte é a mais econômica, particularmente para grandes cargas e longas distâncias. Com a ampliação do processo de Globalização, torna-se cada vez mais necessária uma política de incentivos ao transporte marítimo, já que ele é o grande responsável pelo comércio internacional. O Brasil é privilegiado em termos de recursos hídricos em geral e de vias navegáveis, de modo que os trechos hidroviários mais importantes economicamente localizam-se no Sudeste e Sul do Brasil. Para o pleno aproveitamento de outras hidrovias, é preciso construir eclusas, fazer obras de dragagem e principalmente construir portos que possibilitem a integração intermodal (conceitos de unidade de cargas e conexão de infraestruturas). Os corredores de exportação, na face de postos específicos, correspondem ao ponto culminante de estruturação intermodal, onde as malhas rodoviárias e ferroviárias
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interconectam a pontos de transporte e armazenamento para escoamento de produtos de alta concentração e de grandes volumes, priorizando agilidade no escoamento para exportação ou consumo interno. MOBILIDADE URBANA A mobilidade urbana se apresenta como um desafio não só nos centros urbanos do Brasil, mas também nas grandes metrópoles do mundo. O deslocamento de pessoas, em busca de bens e serviços de qualidade, oportunidades de qualificação e empregos, acarreta, nas regiões metropolitanas e grandes capitais, localidades de concentração populacional. O notório inchaço urbano obriga com urgência a harmonia e agilidade o deslocamento de bens e pessoas com eficiência, conforto e segurança além de mitigar os impactos ambientais, visuais e de poluição sonora e atmosférica, ressaltando também modelos de minimização da exclusão social. É neste bojo que o planejamento em transportes em longo prazo é imprescindível, fato este que, explicado
pela
adoção
do
modelo
rodoviarista,
as
metrópoles
brasileiras
sofrem
com
os
congestionamentos e elevado custo no preço das tarifas, ao ponto de ofertas de serviços precários, ineficientes e defasados que acarretam significativa diminuição da qualidade de vida. Dentre as estratégias de melhoria e aperfeiçoamento da mobilidade em empreendedorismo intermodal, as iniciativas públicas e privadas devem priorizar o gerenciamento de transportes de massas, acima de tudo, transporte sobre trilhos, desenvolvendo logística de integração local, regional, nacional e internacional. Fonte: http://educacao.globo.com/geografia/assunto/atualidades/mobilidade-urbana.html
15. Alternativas De acordo com o site POLITIZE, essas são algumas das alternativas viáveis para contornar o problema da Mobilidade Urbana: A abordagem tradicional para aumentar a eficiência do trânsito é a construção de novas vias, mais modernas, projetadas para receber grandes quantidades de veículos. Entretanto, esse modelo, adotado com força total entre as décadas de 1960 e 1990 no Brasil, revela agora várias consequências perniciosas. Quanto mais estradas e faixas são abertas, pior parece ficar o trânsito. Isso porque, segundo especialistas, quanto mais espaço se dedica ao automóvel particular, maior o incentivo para que pessoas comprem carros e deixem de utilizar o transporte público ou meios alternativos de deslocamento. Isso significa mais carros nas ruas, mais espaço ocupado por pessoa e consequentemente, mais engarrafamentos e acidentes. E o que não faltou na última década foram incentivos à compra de automóveis. O crescimento da renda per capita, a isenção de alguns impostos e o acesso facilitado ao crédito são apenas alguns dos fatores que levaram a frota total de veículos particulares no Brasil passar de 24 milhões em 2001 para 51 milhões em 2012. Para além de continuar a investir na malha viária, que invariavelmente precisa crescer e demanda constante manutenção, quais outras soluções estão ao nosso alcance? Veja algumas opções para melhorar a mobilidade urbana e deixar o trânsito mais humano no Brasil:
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o
Transporte de Massa
Se o espaço nas ruas é limitado e a demanda só aumenta, é indispensável otimizar o seu uso. Para isso, não há como fugir de investimentos em sistemas de transporte coletivo mais eficientes e agradáveis aos seus usuários. A maioria das nossas cidades possui um sistema de transporte coletivo baseado em ônibus, que são invariavelmente mais lentos e desconfortáveis que os carros – além de estarem sujeitos aos mesmos congestionamentos dos automóveis. Em um mundo ideal, teríamos mais ônibus à disposição, mais horários e veículos menos lotados, o que aumentaria a adesão ao transporte coletivo. É o básico do que se espera de um bom sistema de transporte coletivo. Para além disso, uma medida de valorização do transporte coletivo que tem sido adotada nos maiores centros do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, é a abertura de faixas exclusivas para ônibus em certas vias e horários. Tal medida faz com que quem pega ônibus tenha uma grande vantagem nos horários de pico sobre os que estão de carro, diminuindo bastante o tempo de deslocamento. Por outro lado, essa medida gera reclamação nos usuários de carros, afinal as faixas exclusivas ficam subutilizadas. Para além do transporte coletivo rodoviário, ainda há outras opções que são pouco ou mal exploradas no nosso país: o modal ferroviário, por exemplo, é muito utilizado em grandes centros de países desenvolvidos. O metrô, apesar de ser uma solução cara, é capaz de movimentar grandes volumes de pessoas e oferecer rapidez e relativa comodidade. As malhas metroviárias de grandes cidades brasileiras têm se mostrado insuficientes para a demanda existente. Além dos metrôs subterrâneos, existem os chamados metrôs de superfície, mais baratos. Mesmo tomando espaço da estrutura viária, ainda são mais eficientes que carros ou mesmo ônibus. Essa opção é praticamente inexplorada no Brasil. Outro modal pouco explorado no país é o aquaviário. Em um país que concentra grande parte de sua população em cidades litorâneas, isso causa certo estranhamento. Os deslocamentos por mar ou por rios poderia distribuir melhor o trânsito, por custos razoáveis. o
Bicicleta
É cada vez mais comum ver pessoas se deslocando de bicicleta nas grandes cidades. Infelizmente, esse é um meio de locomoção ainda pouco priorizado no trânsito brasileiro: a extensão de ciclofaixas e ciclovias nos grandes centros ainda é muito menor que a extensão de vias dedicadas para veículos motorizados (para cada 100 km de vias para carros, existe apenas 1 km para bicicletas). Isso obriga muitos ciclistas a fazerem percursos por vias compartilhadas com carros, causando frequentes conflitos, quando não acidentes e mortes. A eficiência do uso das bicicletas como meio de superar o problema da mobilidade no Brasil ainda é questionada por muitos. Muitos não se convencem com exemplos de países desenvolvidos como Holanda e Dinamarca, já que estes seriam países em outro patamar de desenvolvimento e educação. Amsterdam, referência no uso de bicicleta, é uma cidade muito menor e mais plana do que São Paulo, por exemplo. Argumenta-se que é por isso que lá as pessoas andam mais de bike do que aqui. O fato é que a bicicleta é apontada como uma opção muito válida para deslocamentos curtos dentro das cidades, afinal elas ocupam um espaço muito menor que carros, demandam menos manutenção das vias e possuem um impacto ambiental praticamente nulo. Como se deslocam em menores velocidades, oferecem menos riscos aos pedestres. Sem contar que é uma ótima opção de atividade física. Ainda por cima, é importante notar que quanto mais ciclistas na rua, maior também a segurança para pedalar. o
Deslocamento a pé
É isso mesmo, andar pode ser de grande ajuda para o nosso trânsito. Boa parte dos deslocamentos no Brasil são feitos dessa forma. Ainda assim, não é nada agradável ser um pedestre em uma grande cidade Instagram: @vempramimedicina
brasileira: faltam calçadas adequadas (com largura suficiente e sem obstruções) e também respeito por grande parte dos motoristas, muitos dos quais não param na faixa de pedestres e não demonstram se preocupar com a segurança deles. O resultado é que os pedestres são geralmente as maiores vítimas do trânsito. Aumentar o tráfego de pedestres também tem relação com uma forma desejável de organização das cidades, em que grande parte das pessoas moraria perto de seu local de trabalho, diminuindo assim a necessidade do uso do automóvel no dia a dia. Quanto mais pedestres na rua, menos carros e mais segurança para os próprios pedestres. E de quebra, é sempre bom lembrar, caminhar faz muito bem à saúde. Fonte: http://www.politize.com.br/alternativas-mobilidade-urbana/
Além dessas ideias, no link abaixo você pode ler sobre 25 ideias para resolver o problema da Mobilidade Urbana: https://meiaum.wordpress.com/2013/10/08/25-alternativas-para-a-melhoria-da-mobilidade-urbana/ 16. Não é só por 20 centavos No ano de 2013 o Brasil viu uma das maiores manifestações já feitas em nosso território. O estopim para tais movimentos se levantarem foi o aumento da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo, que acabou gerando um efeito dominó para inúmeras outras capitais que passaram a abordar inúmeras outras reclamações. “Em junho de 2013 o Governo Federal autorizou os Estados e os Municípios a elevarem as tarifas dos transportes públicos (metrô, trem e ônibus) em todo o País. O que se viu foi um levante contrário ao aumento protagonizado por toda a nação, e que foi capitaneado por um grupo de jovens denominados “Movimento do Passe Livre” que conseguiu mobilizar o povo que marchou pela bandeira de redução de tarifa, e ao término de alguns dias de protestos populares, conseguiram o que almejavam”. O Movimento pela redução das tarifas só tomou força e visibilidade nacional porque a Policia Militar de São Paulo, “filha de uma concepção” advinda da ditadura militar, utilizou de forma desmedida a força para reprimir uma manifestação popular livre e pacífica organizada pelas redes sociais que ocorreu no dia 13/06/2013 na Avenida Paulista. Após o “vandalismo” perpetrado pela repressão estatal contra os direitos constitucionais que foram “saqueados” dos manifestantes, mais de 100 mil pessoas avançaram pelas ruas de São Paulo já no dia 17/06/2013. O movimento foi crescente e constante e no dia 18/06/2013 o país inteiro já estava mobilizado pela causa da redução das tarifas e inúmeras outras manifestações populares se sucederam em diversas cidades do país, quer capitais ou cidades interioranas. No dia 19/06/2013 após relutar e menosprezar o movimento das ruas os governadores e prefeitos de algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro recuaram politicamente e reduziram as tarifas dos transportes em R$ 0,20, que era a reivindicação inicial do movimento. Mas JÁ ERA TARDE. O povo brasileiro havia percebido que algo mais profundo estava em jogo, O FUTURO DA NAÇÃO! Desde então as pautas de reivindicações dos movimentos populares foram inúmeras e as manifestações não pararam, pois como se fez ecoar pela voz do povo: “não eram apenas os vinte centavos” e assim “o gigante acordou”! Porém, passados alguns dias dos fatos, possíveis algumas reflexões do cenário desenhado por jovens muito idealistas e um Estado repressivo ao extremo. Logo, destes fatos temos as seguintes considerações preliminares, quais sejam:
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1- A “VITÓRIA” do povo (re)unido, pois de forma abominável sob a ótica política e após muita truculência estatal, gratuitamente e sem qualquer contraprestação da população, os Governos revogaram os aumentos das tarifas dos transportes públicos, os R$ 0,20. Ponto positivo para o Movimento dos Jovens pelo Passe Livre, que escancararam a ausência de caráter dos governantes que repassavam para a população um custo que o Estado Brasileiro podia muito bem absorver, evidenciando a elevada carga tributária nacional; 2- “A VITÓRIA” continuou, pois imediatamente o Governo Estadual de São Paulo suspendeu o aumento das tarifas dos pedágios do Estado, que ocorreria no mês seguinte. Novamente o aumento não foi repassado de forma gratuita, sem qualquer contraprestação do Estado, o que evidencia o caráter político e econômico da decisão, além da sobrecarga fiscal dos contribuintes; 3- A “VITÓRIA” do direito de manifestação, pois, após a violência abominável da polícia militar paulista e a péssima repercussão “on line” e “full time” em toda a mídia sensata, o Povo Brasileiro marchou contra o terror e a subtração de direitos sociais, e quer em solidariedade pela “não violência e repressão estatal” ou pela revogação dos aumentos das tarifas dos transportes, a pauta das ruas eram: mais direitos sociais, efetiva liberdade, mais democracia. Fato é que o povo nas ruas fez com que os Governos cedessem a um direito que estava adormecido na Constituição Federal, qual seja, o direito fundamental da livre manifestação e do direito de reunião, em detrimento ao direito individual de “ir e vir”; 4- “A VITÓRIA” da liberdade de manifestação e da soberania popular foram tão expressivas, que após atos únicos convocados pelos Movimentos do Passe Livre, os jovens brasileiros em geral se sentiram à vontade para convocar pelas redes sociais da internet outras manifestações (micro ou macro manifestações em todo o País), e com isso, houve o início do pleno exercício do Direito Constitucional e a LIBERDADE BRASILEIRA foi fortalecida;
Reportagem na íntegra: http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13549 17. Direito à Mobilidade Você conhece os Pilares Democráticos de um país que tem a Democracia como forma de governo? Em algum momento você já deve ter escutado falar sobre eles, até mesmo aqui nessa apostila ou na primeira. Então, dentro desse contexto, a precariedade da Mobilidade Urbana vai de encontro a todos esses pilares, mas gostaria de destacar um em especial: a Liberdade. Nesse sentido, se você não tem um modelo de transporte eficiente e que abarque a necessidade de todos dentro de uma sociedade, você está negligenciando a Liberdade de ir e vir de todo cidadão. Sob esse aspecto, é fundamental analisar o impacto que gera dentro das despesas de uma família que recebe salário mínimo o aumento de uma tarifa do transporte público, o impacto social que “apenas 20 centavos” pode causar. Acerca disso, vejamos a fala de um Arquiteto, entrevistado pela revista Hypeness, sobre esse assunto: Augusto Aneas tem 33 anos, é arquiteto-urbanista autônomo formando pela FAU-USP, ativista do Parque Augusta, Rede Novos Parques e Hub Livre. Hypeness (H) –O que a mobilidade urbana representa do ponto de vista do direito à cidade? Augusto Aneas (AA) – A mobilidade urbana é uma das questões centrais do Direito à Cidade, principalmente a partir de 1970 com o crescimento dos grandes centros urbanos. No caso específico de São Paulo e dos grandes centros urbanos brasileiros pesa a herança do equivocado projeto de mobilidade rodoviarista, pautado no automóvel individual e que colocou em um plano secundário o desenvolvimento de
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uma política de transporte público com uma infraestrutura minimamente satisfatória, que é o que se espera ter em grandes centros urbanos. “A mobilidade urbana é uma das questões centrais do Direito à Cidade.” Mas a mobilidade urbana significa antes de tudo o direito de acesso à cidade. É um direito constitucional essencial, assim como a saúde, a educação e a cultura. É um dos caminhos para garantir tanto a qualidade de vida nas cidades quanto à inclusão social urbana, já que o acesso aos locais de trabalho aparece como uma necessidade fundamental dos trabalhadores, assim como o acesso à cultura e ao lazer. H – O preço da passagem pode afetar o acesso a esse direito? AA – Um estudo recente de economistas da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade Federal de Viçosa apontam que a tarifa de São Paulo e das grandes cidades brasileiras já estão entre as maiores do mundo. Por outro lado, a qualidade desse serviço ainda não é nem minimamente satisfatório. Então não faz o menor sentido esse crescente aumento do preço das passagens. A população que vive nas periferias é a mais vulnerável em relação a esse direito básico de acesso à cidade. É essa população que normalmente é obrigada a se deslocar por grandes distâncias para chegar ao trabalho e aos equipamentos urbanos. “As tarifas de São Paulo e das grandes cidades brasileiras já estão entre as maiores do mundo.” O aumento da passagem significa então o aumento da exclusão e desigualdade social. Significa que menos pessoas terão acesso aos seus trabalhos e aos equipamentos de cultura e de lazer e conseqüentemente que menos pessoas terão o Direito á Cidade garantidos. O artista Mundano tem um trabalho recente que explicita bem isso: Pão ou busão? H –Pensando o transporte público de uma maneira mais ampla, o que poderia melhorar em São Paulo na sua opinião? AA – É senso comum entre os arquitetos-urbanistas apontar que a melhoria do transporte vai no sentido de incentivar o uso do transporte público através da ampliação do malha metroviária, a criação de novos modais de transporte junto com medidas para a restrição do automóvel através da criação de rodízios e pedágios urbanos. Para os ambientalistas e os defensores das cidades sustentáveis é senso comum a defesa do caminhar e da bicicleta com objetivo de reduzir a emissão de poluentes. Na minha visão, todas essas frentes são importantes e devem ser consideradas na busca de um transporte público mais igualitário e com mais qualidade e eficiência, mas nenhuma delas toca o cerne da questão. “Hoje vivemos a pressão pela mercantilização de todas as esferas da vida, e a mobilidade urbana é umas esferas.” Hoje vivemos a pressão pela mercantilização de todas as esferas da vida, e a mobilidade urbana é umas esferas. A questão central da crise da mobilidade está na aliança velada do Estado com as grandes empresas de transportes, deslocando esse que deveria ser um direito constitucional essencial para o campo da mercadoria. De um lado, as empresas operam unicamente visando a mercantilização e lucro. Do outro lado, o Estado opera como um facilitador dessas empresas, dando privilégios visando o financiamento de apoio dos partidos políticos.
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De nada adiantará os subsídios governamentais, que pesam no bolso da população junto com as altas tarifas, se a caixa preta dos custos e lucros não for aberta, permitindo um debate transparente com toda a sociedade. A solução mais eficiente para a crise da mobilidade depende da posição do Estado: Direito à Cidade ou “máfia dos transportes” ?
Fonte: https://www.hypeness.com.br/2016/01/mobilidade-urbana-e-um-direito-constitucionalcomo-saude-educacao-e-cultura-diz-urbanista/
12. A questão da Saúde Pública no Brasil Chegamos ao nosso último temaaaa (ahhhh!) ! Como essa e a minha Primeira apostila vêm abordando diversos temas possíveis, não poderia faltar um relacionado à saúde, não é mesmo? (Apesar de que na primeira apostila você encontre um eixo temático sobre Psicopatologias e outro sobre Obesidade) Então, simbora destacar os principais pontos a serem discutidos sobre esse tema!
BRAIN STORM 18. Links:
19.
https://noticias.uol.com.br/saude/listas/falta-medico-e-dinheiro-10-grandes-problemas-dasaude-no-brasil.htm http://www.politize.com.br/direito-a-saude-historia-da-saude-publica-no-brasil/ https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/30/O-que-impede-o-Brasil-de-melhorarainda-mais-seu-%C3%ADndice-de-doa%C3%A7%C3%A3o-de-%C3%B3rg%C3%A3os https://www.youtube.com/watch?v=91D5LI3gI8U https://saude.ig.com.br/minhasaude/2018-07-10/doencas-erradicadas-no-brasil-voltamassustar.html http://www.boasaude.com.br/noticias/360/doencas-erradicadas-voltam-a-se-manifestar-nopais.html http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2018/06/vacinacao-de-menores-de-um-ano-de-idadeatinge-menor-nivel-em-16-anos.html
Sistema Único de Saúde (SUS) Ministério da Saúde:
Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF-88), a “Saúde é direito de todos e dever do Estado”. Assim foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos de Instagram: @vempramimedicina
saúde do mundo, que abrange desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. No período anterior a CF-88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares, cabendo o atendimento aos demais cidadãos às entidades filantrópicas. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente os cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida. A CF-88 e posteriormente, a Lei Orgânica da Saúde, de nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, intensificam debates já existes acerca do conceito. Nesse contexto, entende-se que saúde não se limita apenas a ausência de doença, considerando, sobretudo, como qualidade de vida, decorrente de outras políticas públicas que promovam a redução de desigualdades regionais e promovam desenvolvimentos econômico e social. Dessa maneira, o SUS, em conjunto com as demais políticas, deve atuar na promoção da saúde, prevenção de ocorrência de agravos e recuperação dos doentes. A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõem o SUS é ampla e abrange tanto ações, como serviços de saúde. Ela engloba a atenção básica, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. Ministério da Saúde Gestor nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, em articulação com o Conselho Nacional de Saúde. Atua no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar o Plano Nacional de Saúde. Integram sua estrutura: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais. Princípios do SUS Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. Princípios Organizativos Instagram: @vempramimedicina
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” traz informações para que você conheça seus direitos na hora de procurar atendimento de saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado. 1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. 2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. 3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. 4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos. 5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu trata- mento aconteça da forma adequada. 6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos. Fonte: http://portalms.saude.gov.br/
o Os problemas da Saúde Pública Instagram: @vempramimedicina
A crise econômica brasileira chegou com tudo e, dentro desse contexto, o sistema privado de saúde perdeu inúmeros clientes, devido suas altas taxas de adesão dos planos. Diante essa situação, o SUS, já sobrecarregado, passa a ter que abarcar uma demanda muito maior de pessoas procurando por tratamentos, consultas e transplantes, situação que agrava cada vez mais a realidade calamitosa da saúde pública. A questão da Saúde é um dos principais desafios dos governantes e uma das maiores preocupações da população brasileira. Um levantamento do Ministério da Saúde, que avalia o nível de qualidade do SUS (Sistema Único de Saúde), em uma escala de 0 a 10, revelou que a média nacional ficou em 5,5. O sistema público de saúde, que tem como função atender à toda população, expõe falhas em seus principais programas, como por exemplo, o programa Saúde da Família, focado em prevenção de doenças. Em 20 anos, nenhum estado alcançou a cobertura completa e, somente Piauí e Paraíba ultrapassaram os 90% de cobertura. Por outro lado, sete estados têm apresentado atendimento abaixo da metade: Amazonas, Roraima, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, com 20%. A consequência destas falhas são hospitais lotados: de acordo com dados do TCU (Tribunal de Contas da União), 64% dos hospitais brasileiros estão sempre com superlotação e, somente 6% nunca estão cheios. Outro problema é a mão de obra, uma vez que faltam oportunidades para a capacitação de profissionais, além de infraestrutura e médicos para atuar no interior dos estados. "Os centros de formação formam profissionais para o mercado de saúde. O SUS é uma política pública de Estado, não é mercado. A saúde no SUS é vista como direito social, enquanto que no mercado é vista como mercadoria", afirma o consultor legislativo e Mestre em Saúde Pública, Geraldo Lucchese. Gestão e Financiamento Segundo especialistas, a gestão de recursos é um dos principais entraves da saúde pública no Brasil. "Não há gestão qualificada. Há fraude, há corrupção. Isso precisa ser resolvido e se resolve com um gerenciamento competente e também com um financiamento adequado", ressalta Roberto Luiz d’Ávila, médico e ex-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM). Além disso, a questão do financiamento do SUS também precisa ser resolvida. Embora o governo tenha prometido atender à todos, o Brasil ainda é um dos países que menos investe em saúde. "Não podemos manter o Sistema Único de Saúde com a missão para a qual ele foi criado com esse volume de recursos", disse Ana Maria Costa, presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde. No ano 2000, a Emenda Constitucional 29 definiu que os municípios investissem em saúde de, no mínimo, 15% do que arrecadam, já os estados, 12%. O Governo Federal deve investir a mesma quantia do ano anterior reajustado pela inflação. Fonte: https://www.domboscoead.com.br/pos-graduacao/noticias/gestao-e-financiamento-sao-osprincipais-problemas-da-saude-publica-no-brasil/307 QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELO SUS HOJE? O SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, são 190 milhões de brasileiros potencialmente usuários e 150 milhões que dependem exclusivamente desse sistema. Apesar de inúmeras conquistas e avanços desde a sua criação, a saúde pública no Brasil enfrenta diversos problemas. É
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comum pacientes esperarem horas para ser atendidos, hospitais sem leitos suficientes, estrutura precária e grandes filas para consultas e tratamentos. Muitos pesquisadores e especialistas na área têm se debruçado sobre o tema a fim de verificar os principais gargalos do sistema e há certa unanimidade em relação a dois aspectos: o sistema é mau gerenciado e o financiamento é insuficiente. Gestão e financiamento Não há como separar as dificuldades de gestão da saúde pública com o seu financiamento, pois em grande medida, eles são causa e consequência. O SUS tem um caráter de descentralização, o que visa dar mais autonomia aos entes federados. O grande problema é que descentralizou-se a gestão, porém os recursos não foram descentralizados de maneira proporcional. O que acontece na prática é: os estados e municípios possuem grandes responsabilidades em relação aos atendimentos em seu território, porém não recebem recursos suficientes para isso. Também é muito comum constatar incapacidade de municípios pequenos em estabelecer e gerenciar seus sistemas de atendimento. Como o município é responsável pela atenção básica, que pode resolver cerca de 85% dos problemas de saúde, as deficiências nesse nível podem comprometer em grande medida a qualidade da saúde da população. • Afinal, por que dizemos que o SUS é subfinanciado? O SUS é subfinanciado pois não recebe recursos suficientes para atender toda a população da maneira que propõe a Constituição. Dados de 2015 mostram que o Brasil gastava cerca de 3,1% do PIB em saúde pública. São em média 525 dólares por habitante gastos anualmente no Brasil. Em outros países onde há sistema de saúde pública como o Brasil, investe-se, em média, 3 mil dólares anuais. • Ainda temos alguns agravantes… Um dos principais agravantes é o envelhecimento da população brasileira. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que em 2016, 26 milhões de habitantes tinham mais de 60 anos. Como nessa faixa etária os problemas de saúde se tornam mais recorrentes, isso representa um alto custo para a saúde pública. Outro agravante é a PEC 241 aprovada em 2016 que limita os gastos públicos em saúde ao valor do ano anterior, corrigido pela inflação. • Considerando o subfinanciamento e a má gestão, quais seriam as soluções para melhorar o SUS? Reunimos as opiniões de alguns especialistas. Sérgio Piola, coordenador da área de Saúde do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) afirma que não há solução se não houver mais recursos, pois inclusive para a melhoria da gestão, seriam necessários investimentos. Segundo ele, também é preciso investir para que se resolvam as disparidades regionais; a população que depende do SUS nas regiões Sul e Sudeste, recebem muito mais serviços que os moradores do Norte e Nordeste. Para Gonzalo Vecina, médico e superintendente do Hospital Sírio Libanês, o modelo do SUS é bom e não precisa ser reformulado, é necessário melhorar a gestão administrativa, aumentando a produtividade do sistema. Drauzio Varella destaca que há mudanças importantes a serem feitas em relação à concepção do sistema. Segundo ele, a saúde está focada na doença, mas é preciso focar na prevenção, é preciso agir antes. Uma medicina preventiva reduz as chances de doenças e por consequência, reduz os gastos necessários com tratamento.
Fonte: http://www.politize.com.br/panorama-da-saude/ 20.
Doação de Sangue e Órgãos
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Conhecidos mundialmente pela simpatia com que tratam o visitante estrangeiro, os brasileiros são menos solidários com seus semelhantes ─ pelo menos quando o assunto é doar sangue. Dados da ONU apontam que o Brasil, apesar de coletar o maior volume em termos absolutos na América Latina, doa proporcionalmente menos do que outros países da região, como Argentina, Uruguai ou Cuba. As estimativas, referentes ao período entre 2012 e 2013 e obtidas com exclusividade pela reportagem da BBC Brasil, fazem parte de um estudo ainda não publicado pela OPAS (Organização PanAmericana de Saúde), braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) nas Américas. Quando se analisa a totalidade de doações no continente americano, o país também fica atrás de Estados Unidos e Canadá. Isso não significa, por outro lado, que o Brasil doe "pouco", mas sim que poderia "doar mais", argumentam especialistas do setor da saúde à BBC Brasil. "Não há notícia de que está faltando sangue ou de que cirurgias estão sendo suspensas por causa disso", diz Dimas Tadeu Covas, diretor-presidente da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto. "Mas sem dúvida alguma as doações poderiam aumentar, especialmente em períodos do ano em que o ritmo delas se reduz significativamente", acrescenta. A meta agora, segundo o Ministério da Saúde, é ampliar o número de doações dos atuais 1,8% da população para algo em torno de 2,2% a 2,3% nos próximos cinco anos. Mas para alcançar tal objetivo será preciso enfrentar desafios que ainda atravancam o potencial das doações. Confira quais são eles: Quais os requisitos para doar sangue?
Estar em boas condições de saúde e descanso; Ter entre 16 e 69 anos (menores, a partir dos 16 anos podem doar acompanhados de um dos pais ou responsável legal; maiores de 65 anos só podem doar se já doaram antes dos 60 anos); Pesar no mínimo 50 kg; Estar alimentado (evite ingerir alimentos gordurosos); Apresentar documento oficial de identidade com foto; Não ter tido hepatite após os 10 anos de idade; Não estar utilizando medicamentos; Não estar resfriado ou com gripe; Não ter tido doença de Chagas, Sífilis, Malária ou ser soropositivo de AIDS; Não ter feito tatuagem ou colocado piercing nos últimos 12 meses; Não estar grávida ou amamentando.
1) Falta de conscientização
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Especialistas apontam a falta de conscientização da população como um dos principais limitadores para o aumento da doação de sangue no Brasil. Eles defendem que campanhas de incentivo à doação sejam feitas desde os primeiros anos de vida e que o assunto seja discutido nas escolas para reverter o atual cenário. "O Brasil não se prepara para captar o doador desde criança. Sem essa política, não construímos o doador do futuro. É preciso formarmos doadores com responsabilidade social real", opina Yêda Maia de Albuquerque, presidente do Hemope (Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco), o principal do Nordeste brasileiro. Yêda queixa-se da falta de doadores voluntários, ou seja, aqueles que doam frequentemente sem se importar com quem vai receber o sangue. "Tenho muita doação de reposição (pessoas que doam para parentes e familiares em caso de urgência), o que não é ideal. Já o doador voluntário aumenta a qualidade do produto que a gente oferece, pois conseguimos monitorá-lo", acrescenta. Para Tadeu, da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, o entendimento de que a doação de sangue seja um ato "social e contínuo" ainda não está totalmente presente na mentalidade do brasileiro. "É preciso um esforço educacional em escolas e por meio de campanhas públicas para garantir que as pessoas entendam a necessidade e se disponham a doar sangue regularmente". Além disso, de acordo com os especialistas, muitas pessoas ainda buscam doar sangue com o intuito de "obter vantagens". "Tem gente que vem aqui com o simples objetivo de ganhar o dia de folga ─ previsto em lei. Ou mesmo para fazer um exame laboratorial e confirmar se tem alguma doença, como o HIV (vírus que transmite a Aids)", admite Joselito Brandão, diretor médico do Instituto HOC de Hemoterapia, ligado ao Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
2) Estigma Segundo Naura Faria, chefe de atendimento ao doador do HemoRio, hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro, a doação de sangue no Brasil ainda é cercada de "mitos". "Infelizmente, ainda existem alguns mitos em relação à doação de sangue. Há pessoas que acreditam que se doarem uma vez, vão ter de doar sempre. Outras acham que doar sangue engorda. Existem ainda aquelas que temem contrair alguma doença infecciosa durante a coleta", enumera. "É preciso desfazer esses mitos e informar a população sobre os benefícios da doação", argumenta.
3) Herança cultural Para Júnia Guimarães Mourão, presidente da Fundação Hemominas, hemocentro coordenador do Estado de Minas Gerais, o volume de sangue doado está relacionado "à cultura dos países".
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"Diferentemente de países desenvolvidos, como o Japão ou os Estados Unidos, o Brasil não se envolveu em grandes guerras ou passou por grandes catástrofes naturais, que, acredito, podem ter criado em suas sociedades a compreensão da importância da doação de sangue. O Brasil não se prepara para captar o doador desde bebê. Sem essa política, não construímos o doador do futuroYêda Maia de Albuquerque, presidente do Hemope (Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco) Ainda sob o ponto de vista histórico, ela lembra que até a década de 80, o Brasil remunerava doadores, prática que se tornou proibida pela Constituição de 1988, o que, em sua opinião, "levou a sociedade a não se envolver com a necessidade de realizar doações para garantir o tratamento de quem precisa" "Nesses quase 30 anos, temos visto mudanças, mas ainda há muito que caminhar", diz.
4) Deficiência estrutural Segundo especialistas, não basta apenas elevar o volume de doações, sem aumentar a "eficiência do produto". "Precisamos minimizar a possibilidade de um descarte eventual do sangue já que se trata de um material difícil de ser acondicionado", explica Yêda Maia de Albuquerque, do Hemope. Ela diz que muitos dos hospitais do Nordeste não tem as chamadas "agências transfusionais", espécie de filial dos hemocentros dentro dos centros médicos. Cabe a elas gerenciar o estoque das bolsas de sangue e fornecer assessoria técnica. "Imagine que o paciente que deveria receber uma bolsa de sangue venha a falecer. Se não soubermos disso, liberamos o material e ele será perdido. Por essa razão, quando não há essas agências, que funcionam como uma comunicação entre o hemocentro e o hospital, não tenho o alcance dessas condições", acrescenta.
É preciso um esforço educacional em escolas e por meio de campanhas públicas para garantir que as pessoas entendam a necessidade e se disponham a doar sangue regularmenteDimas Tadeu Covas, diretor-presidente da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto Para Tadeu, da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, o problema central está no "financiamento". "Os hemocentros trabalham numa lógica de financiamento que impede o oferecimento de serviços. Não há recursos para investir em agências transfusionais na maioria dos hospitais. Enfrentamos desafios não só na parte de capilarização quanto no controle de qualidade", afirma. "Como resultado, a heterogeneidade do serviço é muito grande. Temos sangue produzido em hemocentros que poderia ser tranquilamente usado nos Estados Unidos e na Europa; outro sem a mesma qualidade do ponto de vista técnico. Tudo isso decorre não só das dimensões continentais do país, mas também da insuficiência do financiamento", explica.
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Outra barreira, aponta Faria, do HemoRio, envolve a locomoção do doador até o centro de doação. "Temos apenas duas unidades móveis, capazes de fazer a coleta junto a potenciais doadores", lamenta.
5) Normas e proibições As normas e proibições ─ muitas delas polêmicas ─ também são consideradas por muitos um entrave ao aumento no número de doações no país. Até bem pouco tempo, por exemplo, segundo contam os especialistas, menores de 18 e maiores de 65 anos eram proibidos de doar. Desde novembro de 2013, a faixa etária passou de 16 a 69 anos. "É mais fácil colocar regras mais gerais para não cometer o equívoco de deixar a particularidade ser avaliada caso a caso", explica Tadeu, da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, acrescentando que as decisões são baseadas em "estudos epidemiológicos". "Sempre temos de trabalhar com o menor risco possível". "Mas as autoridades que deveriam estar fazendo revisões periódicas dessas orientações nem sempre as fazem", argumenta. "No caso do Brasil, as regras são similares às vigentes nos Estados Unidos e na Europa", lembra Tadeu. Uma dessas regras, por exemplo, impede pessoas que tenham permanecido mais de três meses, de forma cumulativa, no Reino Unido ou na Irlanda, entre 1980 e 1996. O veto foi motivado pela Doença de Creutzfeldt-Jakob, cuja variante ficou conhecida como "doença da vaca louca". A proibição, no entanto, não vigora na Inglaterra e no País de Gales, segundo confirmou o NHS, o SUS britânico, à reportagem da BBC Brasil. Outro veto polêmico envolve homens que se relacionaram sexualmente com outros homens no período de 12 meses anteriores à coleta. Para ativistas de direitos LGBT, a norma é "discriminatória". "O que deveria ser levado em consideração é o comportamento de risco e não a identidade sexual. Por que um gay que tenha um parceiro fixo não pode doar?", questiona Welton Trindade, ativista LGBT e coordenador de mídia do grupo Estruturação, sediado em Brasília. Na América Latina, México, Chile e Uruguai já permitem a doação de sangue por "homens que se relacionaram com homens". Outro lado Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não doa "nem muito nem pouco, mas o suficiente". "Não podemos colher mais do que a necessidade, senão desperdiçamos um bem tão precioso", afirma à BBC Brasil João Paulo Baccara, coordenador da área de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde.
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Baccara admite ser "crescente" a demanda por sangue "devido ao envelhecimento da população e ao aumento da complexidade da medicina", mas diz que órgão vem atuando para elevar o número de doações. "Não se trata de captar por captar, mas captar sangue de qualidade. Devemos trabalhar, sobretudo a consciência das pessoas". Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150812_sangue_doacoes_brasil_lgb
21. O preconceito em Palta na Doação de Sangue (Polêmico? DEMAIS! Mas, vou colocar uma reportagem aqui que fala sobre isso): “Homossexuais têm restrições para doar sangue no Brasil, EUA e outros países” No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira (14), a polêmica em torno da doação por homossexuais volta à discussão no cenário mundial. Isso porque, após atentado à boate gay em Orlando (EUA), no último domingo (12) – que culminou com 50 mortos e 53 feridos – muitos homossexuais, dispostos a ajudar, se viram impedidos por infringir as regras norte-americanas. Nos Estados Unidos, a legislação diz o mesmo que as normas do Brasil: “homens que tenham mantido relações sexuais com outro homem no último ano não podem doar”. A determinação faz com que, na prática, integrantes desse grupo sejam impedidos de fazer a doação. Uma campanha lançada em abril deste ano pela agência de publicidade Africa, em parceria com a ONG internacional All Out, quantificou em uma fila virtual o reflexo dessas regras. Contabilizando por meio de uma enquete online - homens homossexuais que gostariam de doar sangue e não podem, a Wasted Blood tem uma lista de 215.301 doadores em uma fila de espera fictícia. Segundo a campanha, os possíveis doadores têm, em sua maioria, entre 25 e 50 anos e poderiam ajudar 863.604 pessoas com um estoque simbólico de 97.155 litros de sangue. A regra de abstinência sexual de um ano para os homossexuais interessados em doar sangue é nova em solo norte-americano. Ela vale desde 2015, quando o FDA (Agência Federal de Drogas e Alimentos), órgão que equivale à Anvisa brasileira, derrubou a norma que bania homens gays de doar sangue por toda a vida e publicou as novas determinações similares às brasileiras. Para os brasileiros, por sua vez, a regra já vale desde 2004. No Brasil, a restrição está expressa na portaria 158/2016, do Ministério da Saúde, e na Resolução 43/2014, da Anvisa, as quais incluem na lista de 12 meses sem poder doar tanto os “homens que tiveram relações sexuais com outros homens”, como as “parceiras sexuais” desses. As regras brasileiras são questionadas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Na última semana, o ministro do STF, Edson Fachin, abreviou a tramitação da ação e decidiu que a questão será julgada diretamente no mérito, sem concessão de uma medida liminar. No entanto, ainda não há data para julgamento do processo. “Todo sangue recebido no país é testado para averiguar qualquer tipo de contaminação. Se existe risco, ele existe para todas as amostras, a orientação sexual não deve ser parâmetro para isso”, avalia o ativista LGBT e presidente fundador da ONG Grupo Dignidade, de Curitiba, Toni Reis . Voltada ao tema, a campanha Igualdade na Veia, criada pelo Grupo Dignidade, já reúne mais de 19 mil assinaturas em petição online contra a regra vigente no Brasil. “Não é a orientação sexual que deve eliminar um doador, mas sim o seu comportamento de risco, independentemente se falamos de héteros ou homossexuais”, avalia Toni Reis. A causa é apoiada pela Defensoria Pública da União (DPU). Em audiência pública sobre o tema, em maio deste ano, o defensor público federal Erik Boson classificou as regras vigentes como “discriminatórias” e apontou que a norma “ajuda a estigmatizar a população gay, atribuindo a esses o
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estigma de 'grupo de risco'”. “A previsão alimenta, reproduz e reforça a discriminação já existente na sociedade”, acrescentou. Recomendação mundial As normas brasileiras se apoiam em diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão, no entanto, destaca que a expressão “homens que fazem sexo com outros homens” descreve “um fenômeno comportamental e social em vez de um grupo específico de pessoas”. “É importante esclarecer que o critério de inaptidão temporária para doação de sangue para este grupo está fundamentado em dados epidemiológicos presentes na literatura médica e científica nacional e internacional, e não em orientação sexual”, destaca nota do Ministério da Saúde. Segundo dados da pasta, no Brasil, 1,8% da população brasileira entre 16 e 69 anos doa sangue. Para justificar a restrição aos homossexuais, o ministério explica que dados do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais no ministério apontam que a epidemia de Aids está concentrada em populações de maior vulnerabilidade, tais como “homens que fazem sexo com outros homens, usuários de drogas e profissionais do sexo”. O ministério destaca que essas populações apresentam maior prevalência de infecção por HIV quando comparadas à população em geral. “Atualmente, cerca de 718 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil, indicando uma taxa de prevalência de 0,4% na população em geral. Já nas populações de maior vulnerabilidade, a taxa é de 10,5%”. O presidente do Grupo Dignidade, Toni Reis, reconhece os números mas pondera que as estatísticas “não mostram que todos os homossexuais têm Aids”. “Precisamos promover uma discussão nacional, também queremos confiar no sangue que está nos bancos de todo o país, mas o que não pode é que as coisas continuem como estão. Temos relatos de homossexuais que nunca tiveram relações e mesmo assim foram impedidos de doar. A situação que existe hoje é de discriminação”, avalia. A OMS corrobora com as regras em vigor no Brasil e nos EUA. Segundo documento em que a entidade trata de doadores de sangue, estudos internacionais apontam que “diminuir a restrição por um período mínimo de 12 meses a homens que mantiveram relações sexuais com outros homens poderia levar a um aumento de 60% no número de doadores com o vírus HIV”. O dado levado em consideração é o de uma pesquisa realizada em 2003 no Reino Unido, que também aponta que esse mesmo risco subiria 500% caso não houvesse qualquer restrição. Já publicação da Organização Pan-Americana de Saúde, braço da OMS, deixa claro que “pessoas que se engajam em comportamentos sexuais de risco devem ser recusadas como doadores por 12 meses após a última ocorrência”. No mundo Segundo informações do Ministério da Saúde, na maior parte dos países da Europa, homens que tiveram relações sexuais com outros homens são considerados "inaptos permanentes para doar sangue". No Canadá, o prazo considerado como chamada janela imunológica - período em que o vírus pode ficar incubado no organismo - é de cinco anos. Além do Brasil e dos Estados Unidos, Austrália e França consideram o intervalo de restrição para doações de 12 meses. Já de acordo com informações da ONG Grupo Dignidade, “pelo menos outros 17 países não fazem distinção ou não estabelecem critérios específicos de exclusão de gays e outros homens que fazem sexo com homens como doadores de sangue”. Entre estes países estão Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Espanha, Itália, Portugal e Rússia. Outros critérios
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O Ministério da Saúde lembra que a realização recente de cirurgias e exames invasivos, vacinação recente, ingestão de determinados medicamentos, tatuagens nos últimos 12 meses, bem como histórico recente de algumas infecções também podem tornar qualquer doador inapto por certo tempo. Entram na lista, ainda, práticas variadas que deixem o candidato vulnerável a adquirir determinadas infecções, viagens a locais onde há alta incidência de doenças que tenham impacto transfusional, sintomas físicos e a temperatura do candidato no momento da doação.
Por Noelle Oliveira Edição:Amanda Cieglinski Fonte:Portal EBC Órgãos: Brasil é referência, mas ainda há problemas No primeiro trimestre de 2017 a fila de espera de doação de órgãos no Brasil era de 34.384 pessoas, entre rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e córneas. O estado com maior fila de espera é o de São Paulo, que totaliza 15.578 pessoas. O tempo de espera pelo transplante é de aproximadamente de 3 anos. Os dados são da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). No Brasil, cerca de 90% dos transplantes feitos todos os anos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas há problemas afetam a agilidade e um crescimento no numero de doadores. Alguns hospitais têm fragilidade nas aparelhagens e, muitas vezes, a família também não autoriza a doação. Ivonei Bittencourt é enfermeiro e trabalha há 10 anos como coordenador de equipe de doação de órgãos. Bittencourt também foi o criador da página do facebook “Doação de Órgãos", pois acredita que o principal motivo para as pessoas não doarem é a falta de informação. Para ele, muitos não sabem da importância e benefício em doar órgãos, e outros não acreditam no processo de doação do Brasil. Além disso, alguns fatores também colaboram para que a família se recuse a autorizar a doação, como a religião, por exemplo. Nesse sentido, especialistas apontam que é importante comunicar aos familiares o desejo de ser doador de órgãos, pois segundo a legislação brasileira a doação só é feita com autorização dos familiares mais próximos (pais, cônjuge, filhos). “Quando fica pronto o diagnóstico de morte encefálica, o médico anuncia a morte do paciente e a equipe de doação de órgãos oferece à família a oportunidade de doação. Como muitos não conhecem o desejo do falecido, concluem que ele era contrário à doação por não verbalizar. Por isso, é fundamental deixar claro para a família seu desejo em ser doador. Doação de órgãos é corrida contra o tempo e quanto mais cedo for concluído o processo, melhor a qualidade do órgão e a sobrevida do transplantado", aponta o enfermeiro. Como funciona a fila de espera? A fila de espera é organizada por ordem cronológica, mas alguns casos dependem da gravidade da doença. Segundo o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, menores de 18 anos têm prioridade nos transplantes, por isso, crianças e adolescentes têm maior chance de receber um órgão. Além da doação feita pela morte cerebral, alguns órgãos podem ser doados em vida. Por lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores em vida. Não parentes, somente com autorização judicial. A médica gastroenterologista Daphne Benatti Morsoletto explica como funciona o processo: “Um doador vivo pode doar um rim, parte do fígado e parte do pulmão. Um doador falecido pode salvar, em média, oito vidas. Se for doador de tecido musculoesquelético (ossos e pele), aí pode beneficiar mais de 100 pessoas.”
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No Paraná existe um grande número de hospitais que fazem a cirurgia de transplante de órgão, como coração, rins e fígado. Por isso, é comum pessoas de outras regiões do país viajarem, principalmente até a capital, para realizar o transplante. Para incentivar as doações de órgãos e, principalmente, a conversa com os familiares sobre o assunto, o Ministério da Saúde vem realizando campanhas em diversas mídias. A última campanha contou com atletas de diferentes esportes que precisaram de um transplante. Fonte: http://www.entreverbos.com.br/single-post/2017/11/20/Doa%C3%A7%C3%A3o-de%C3%B3rg%C3%A3os-Brasil-%C3%A9-refer%C3%AAncia-mas-ainda-h%C3%A1-problemas 22.
A volta de Doenças Erradicadas
Dentre os avanços no serviço de saúde no Brasil está a vacinação. Estamos entre os países mais avançados na área. Doenças como o sarampo, meningite, coqueluche, hepatite, entre outras, hoje, estão controladas graças ao elevado índice de imunização. Enfermidades que, há poucas décadas, registravam números de óbitos preocupantes, principalmente em crianças. No último ano, vivemos a chegada da vacina da dengue pelas redes particulares, o que foi um ganho enorme para o controle da doença. Além disso, o Brasil tem avançado na vacina brasileira, além de estar investido em pesquisas para o desenvolvimento de outras vacinas, como contra o zika e a chikungunya. Entretanto, nos últimos anos, uma das doenças erradicadas no Brasil alertou as autoridades de saúde. Trata-se do sarampo. Após o registrado 147 casos em quatro países das Américas, sendo 121 nos Estados Unidos, 21 no Brasil, quatro no Canadá e um no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiram um alerta ao continente Americano quanto ao risco de disseminação. Mas como uma doença controlada pode ganhar força novamente? É o que vou tentar responder. Em 2002, atingiu-se a impressionante meta de interromper a circulação do sarampo nas Américas. No entanto, desde 2003, e mais drasticamente em 2013 e 2014, houve um absurdo aumento do número de casos, não só nas regiões em desenvolvimento, como Brasil e México, mas também nos Estados Unidos e Canadá, o que trouxe maior preocupação às organizações de saúde. Entre 2003 e 2014 atingiu-se o número de 5.077 infectados. No Brasil, já são 971 casos em nove estados: Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Roraima. O Canadá recentemente teve duas epidemias nas províncias de Ontário e Quebéc. Os Estados Unidos vivem atualmente um surto epidêmico no estado da Califórnia, mas com casos em outros 17 estados. O sarampo é uma doença viral, de fácil disseminação, que possui altas taxas de mortalidade entre crianças menores de cinco anos. Até o final dos anos 70, era uma das principais causas de óbito no Brasil, dentre as doenças infectocontagiosas, sobretudo em menores de cinco anos, em decorrência de complicações, especialmente a pneumonia. Na década de 80, houve um declínio gradativo no número de óbitos. Essa redução foi atribuída ao aumento da cobertura vacinal e à melhoria da assistência médica ofertada às crianças com complicações pós-sarampo. Em 1992, o Brasil adotou a meta de eliminação do sarampo para o ano 2000, com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do
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Sarampo, cujo marco inicial foi à realização da primeira campanha nacional de vacinação. Mas se a doença estava controlada, onde retrocedemos? Os movimentos anti-vacina tem sido apresentados como os principais responsáveis. Atualmente, nos países que conseguem manter altos níveis de cobertura vacinal, a incidência do sarampo é reduzida. No entanto, a autonomia adquirida pela população para a prática não científica da medicina, baseada em fatos não comprovados, via redes sociais ou sites leigos, tem trazido prejuízos. Este movimento de desconstrução progressiva da autoridade médica tem contribuindo bastante para os extremos de negação das evidências científicas. Exemplo são os pais ideologicamente contra a vacinação na Califórnia/EUA, que gerou número suficiente de pessoas desprotegidas contra o vírus do sarampo, levando à epidemia. Hoje, os médicos se tornaram quase dispensáveis. Claro que a autoridade absoluta do médico não é saudável. Mas negá-la a ponto de colocar crianças em risco, como no caso dos movimentos antivacinas não é o caminho. A sociedade precisa voltar ouvir os argumentos científicos da medicina baseada em evidências para que não ocorra ressurgimento de outras doenças do passado. A vacinação continua sendo a forma mais segura de prevenção contra as doenças infectocontagiosas. Por isso fica o alerta: se informem antes de acreditar em boatos. As vacinas são seguras, desenvolvidas com base em estudos científicos. Atualizem o cartão de vacinas. Não coloquem a saúde em risco. Fonte: https://www.dm.com.br/opiniao/2017/06/por-que-doencas-controladas-estao-ressurgindono-seculo-21.html 23.
Série: Sob Pressão
Sob Pressão é uma série brasileira, derivada de um filme, que mostra a realidade de alguns médicos brasileiros que trabalham em hospital público. Nela irá ser abordado inúmeros desafios que esses médicos irão passar para salvar seus pacientes. Entretanto, não é só o hospital que será retratado, mas também a vida dos médicos e as suas dificuldades pessoais para lidar com determinados assuntos. Segue abaixo um link que fala sobre alguns assuntos polêmicos abordados nessa série: https://www.huffpostbrasil.com/2017/07/11/como-a-serie-sob-pressao-vai-retratar-o-sistemapublico-de-sau_a_23025701/
ROTEIRO INTRODUÇÃO: Falta de leitos. Estrutura física precária. Poucos recursos. A série brasileira “Sob Pressão” retrata o dia a dia de médicos que trabalham contra as adversidades dos hospitais públicos para salvar seus pacientes. A obra cinematográfica, apesar de ser uma ficção, não se afasta muito da realidade vivida no país, tendo em vista um dos maiores problemas contemporâneos do Brasil: o sucateamento da saúde pública. Diante disso, analisar as causas dessa mazela é fundamental para mitigá-la.
Problema 1 (Será discutido no 1º desenvolvimento): A falta de investimento, por parte do governo, na saúde pública brasileira.
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Problema 2 (Será discutido no 2º desenvolvimento): Desconhecimento, por parte da população, dos seus direitos de cobrar a funcionalidade desse sistema único de saúde. Conclusão Proposta de Intervenção: Quem – quais agentes utilizar? Governo e Mídia O quê eles vão fazer? Mídia: informar a população sobre seus direitos constitucionais. Governo: aumentar o repasse de verbas para melhorar o SUS, além de fiscalizar os órgãos responsáveis pela saúde. Como – utilizando quais meios? Mídia: por meio de campanhas publicitárias, por telejornais, por ficções engajadas, por programas televisivos, como o Fantástico e o Profissão Repórter. Para quê? Para que a população saiba de todos os seus direitos garantidos pela Constituição, transformando-a, assim, em um agente ativo na busca por melhorias do sistema (utilizando movimentos sociais e afins para conseguir isso). Além disso, fiscalizar e punir os infratores e desviadores de verbas da saúde inibe a reincidência do crime e possibilita uma melhoria na administração pública na área da saúde.
Área Nerd Muitas vezes nós pensamos que para ter interdisciplinaridade na redação do Enem é preciso decorar trocentas citações ou mesmo saber de toda a história, filosofia e sociologia existente na face da terra. Contudo, isso não é verdade, muito do que vou colocar aqui na “Área Nerd” você já conhece, ela só vai te direcionar a como tirar da sua cabecinha todo o conhecimento que está aí dentro e colocar na ponta do papel. Algumas séries, filmes e afins, eu assisti e farei a minha própria análise sobre alguns temas importantes que vi e que podem ser utilizados por nós. Outras são indicações bem famosas e que colocarei resenhas de outras pessoas para explicarem o conteúdo delas. Vamos nessa? Só uma coisa muito importante: se você não assistiu algo que irei citar aqui, sinto lhe informar que vai ter spoiler demais!!! Mas é por uma boa causa! Instagram: @vempramimedicina
FILMES E SÉRIES
o ANNE WITH AN E Se você ainda não assistiu essa série, recomendo fortemente que o faça, porque ela é o puro amorzinho!!! A história se passa em 1908 e é baseada no livro “Anne of Green Gables”. Nela você vai encontrar a discussão de inúmeros temas que se passavam naquela época e que podemos ver até hoje mundo afora, como: adoção, conceito de família, feminismo, racismo, homofobia, trabalho infantil, bullying, dentre outros. Vamos levantar aqui alguns desses tópicos para que você veja como essa série poderia ser abordada na sua redação: A. Adoção e conceito de família. A série retrata a adoção de Anne por um casal de irmãos. Contudo, no início, essa adoção era mais um negócio do que realmente a vontade de ter um novo membro na família, já que o casal queria um garoto para ajudar nas tarefas da fazenda em quem moram. Entretanto, acontece um engano e, em vez de enviarem um menino, o orfanato manda a garota Anne Shirley para a família. O interessante de abordar sobre conceito de família nesse caso é que Anne foi adotada por um homem e uma mulher que são irmãos, que, por algum motivo (não fica exatamente claro nas temporadas), não se casaram e envelheceram um cuidando do outro. É possível ver que essa família é um tanto quanto diferente, tanto que a mulher mais velha, Marilla, será alfinetada em alguns momentos da série, por sua vizinha, Rachel, pelo fato de nunca ter se casado, contrariando o contexto social daquela época, no qual toda mulher deveria se casar e ter sua própria família. Ainda sobre o conceito de família, no início é possível perceber o enorme preconceito para com Anne, que será destratada por todos da cidade e será chamada de “A órfã”. Um momento muito marcante é quando Rachel a destrata e a chama de feia, magricela e diz que ela será uma grande dor de cabeça para Marilla (sua mãe adotiva). Tal comportamento demonstra o quanto à sociedade era preconceituosa para aceitar novos formatos de família. (Parece que não mudou muita coisa hoje em dia, não é?) B. Feminismo É sutil, porém, é bem gostoso ver como as mulheres já começavam a questionar seu papel dentro da sociedade. “Por que ser apenas uma dona de casa?” A própria Anne é uma afronta à sociedade dessa época, pois ela não se enquadra nos padrões exigentes desse contexto. Em alguns momentos da série é possível ver como o papel da mulher é questionado, como quando a mãe de Diana, melhor amiga de Anne, obriga as filhas a deixarem de serem crianças antes da hora, dizendo a elas que é necessário saber regras de etiqueta, porque toda dama deve se portar de forma correta.
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Outro momento marcante dessa questão é quando uma menina da escola, com seus 15 anos, é pedida em casamento pelo seu professor e, antes mesmo do casamento do casamento ele exige que a moça largue seus estudos para que ela cuide apenas das tarefas destinadas a uma mulher casada. É nítido o desgosto da mãe dessa moça no momento que se passa uma cena na qual ela fala que esperava um futuro para filha diferente do seu, pois sonhava que a menina fosse para a universidade e, ao casar, ela estava jogando esse sonho no lixo. (Para saber se ela casou ou não, tem que ver a série :D) Mais momentos de feminismo são vistos: Anne se recusa a dar seu primeiro beijo só porque estava sendo mandada por seus colegas, ela fala que fará isso apenas quando for de sua vontade. Uma grande modelo para Anne passa a ser uma senhora, tia de Diana, que de início é julgada como rabugenta, mas logo depois surge uma amizade entre a pequena ruivinha e a mulher mais velha. A menina se encanta ao descobrir como a mulher é independente e dona de si e, ao decorrer da série, percebemos o quão “fora dos padrões” essa mulher realmente era, haja vista que vivia com sua melhor amiga, ou seja, de início nós desconfiamos que ela casou-se com outra mulher, mas não fica muito claro, somente depois fica realmente visível que a melhor amiga dessa mulher era na verdade sua alma gêmea. Para terminar (a minha fala, porque realmente tem muitas coisas para serem ditas sobre essa série), Anne encontra sua maior inspiração em sua nova professora. Viúva, professora, usando calças e sem espartilhos apertando seu corpo Ao chegar à cidade, Miss Stacy causa um grande alvoroço por ser completamente fora dos padrões femininos exigidos naquele tempo. Julgada antecipadamente e preconceituosamente por todas as mulheres da cidade, até mesmo aquelas que se diziam mais progressistas e sufragistas, Miss Stacy correrá grande perigo de perder seu emprego por causa de seus ensinamentos diferenciados. Entretanto, os alunos dela trabalham conjuntamente para reverter essa situação, assim como a própria professora e, ainda, Marilla, que, surpreendentemente, apóia a permanência da moça no cargo de educar as crianças do local. C. Preconceito Racismo, homofobia, padrões estéticos também fazem parte da série. Um dos personagens, Gilbert (que também é uma criança), depois que seu pai morre, viaja mundo afora e conhece um amigo, que é negro, e chama-o para morar junto com ele, para que construam um futuro promissor um com a ajuda do outro. Contudo, ao chegar à cidade, Sabastian percebe que não há negros como ele ali, a não ser quando estão trabalhando. Além disso, ele sofre inúmeros preconceitos por causa de sua cor, desde não conseguir comprar medicamentos até negarem a entrada dele dentro de um trem junto com passageiros brancos. Um momento que fica nítido essa discriminação é quando acontece uma briga entre Sebastian e outro personagem negro, o qual diz para ele que os negros não convivem com os brancos e que Sebastian sonha demais em achar que pode modificar isso. Outro preconceito abordado é a questão da homossexualidade ao explorar o personagem Cole sendo discriminado pelo seu próprio professor apenas por demonstrar sensibilidade e gostos diferentes daqueles que “meninos deveriam gostar”. Constantemente humilhado pelo educador, Cole não entende o motivo de o homem odiá-lo tanto. Até descobrir que seu professor também era homossexual, mas se negava a aceitar e maltratava o menino por causa disso. O menino vive um grande conflito interno, pois, assumir-se gay nesse cenário era até mesmo um crime. No entanto, sua vida dará uma reviravolta quando conhecer a tia de Diana (aquela que foi casada com sua melhor amiga) e finalmente consegue encontrar seu lugar com ela. Por último, mas não menos importante, a série discute os padrões femininos que as mulheres deveriam seguir naquela época e mostram como as mulheres eram discriminadas quando não seguiam esses moldes Exemplo disso foi a própria Anne, constantemente hostilizada por ser ruiva e muito magra. Além dela, Miss Stacy por não usar espartilhos, por não ter marido, por andar de calças e Instagram: @vempramimedicina
motocicleta, irá ser acusada de várias coisas que não são verdades. E, ainda, Marilla por não ser casada, passará também por questionamentos dentro da série, dentre outros exemplos. D. Bullying Como podemos perceber nos tópicos anteriores, Anne sofreu muito bullying ao chegar à pacata fazenda Green Gables, tanto de pessoas mais velhas, quanto das próprias crianças, como é visto em algumas cenas nas quais alguns garotos tentam “colocar ela no lugar dela porque ela se acha esperta demais!”.Entretanto, não foi apenas ao chegar à Green Gables que Anne sofreu bullying. Durante toda sua vida no orfanato a ruivinha era maltratada pelas outras crianças que viviam com ela, situações que deixaram marcas psicológicas na menina, como mostrado em vários momentos da série, nos quais ela se perde em seus pensamentos relembrando situações assombrosass de sua vida. Outra parte que chama bastante atenção em alguns episódios é o bullying praticado pelo próprio professor para com seus alunos, nos fazendo questionar o papel desse formador em sala de aula. E. Trabalho infantil Nessa época era bastante comum o trabalho infantil e as crianças trabalhavam como adultos para ajudarem em casa. O maior destaque para esse papel está no personagem Jerry, um pequeno francês que trabalha na fazenda Green Gables. Além dele, antes de chegar à fazenda, Anne foi adotada por diversas famílias que a fizeram de empregada da casa, sendo responsável por cuidar de tarefas domésticas e de outras crianças e, ainda, sofrendo constantemente castigos físicos e psicológicos quando não cumpria seu papel. Outras crianças aparecem trabalhando na série, também, como o Gilbert e o Cole. Como podemos perceber, essa série é riquíssima e pode ser abordada em vários temas diferentes, como: 1. 2. 3. 4. 5.
Conceito de família no século XXI: A importância do empoderamento feminino na sociedade brasileira Homofobia no século XXI A persistência do Racismo na sociedade brasileira A questão da adoção no Brasil do século XXI
Alguns desses temas já caíram no próprio Enem, mas outros podem aparecer similares a esses. Mas, como abordar uma série na sua redação? Algo muito legal de fazer é uma ANALOGIA, ou seja, fazer comparações entre a ficção e a vida real, ou mesmo fazer uma comparação na história, ou seja, como você pode perceber, todos os temas levantados pela série são muito atuais ainda hoje. Logo, você pode citar a série e depois trazê-la para o nosso contexto: Exemplo: A série “Anne com E” retrata em sua história uma menina que sofre com os padrões limitantes impostos às mulheres no final do século XIX. Sob essa lógica, apesar de ser uma ficção, a realidade vivida pela protagonista ainda é vigente na contemporaneidade, haja vista as dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao tentarem conseguir na prática os direitos garantidos pela Constituição de 1988. Diante desse contexto, é necessário analisar os principais entraves enfrentados pela população feminina para mitigar os pré-julgamentos de gêneros. Instagram: @vempramimedicina
o MEU MALVADO FAVORITO “Meu malvado favorito? Como assim você quer que eu coloque Meu Malvado Favorito na Redação? O que pode ter demais nesse filme que eu possa citá-lo no meu texto”? Sim, dá para citar animações no seu texto, porque lá no fundo, apesar de esses desenhos serem destinados ao público infantil, eles possuem muitas críticas e reflexões por trás do humor e esse filme não é diferente, vamos analisar: Gru tinha tudo para ser mais um vilão odiado dos desenhos animados, mas, surpreendentemente, para conseguir ter sucesso nos seus planos maldosos, ele acaba adotando três meninas, que são irmãs. Nesse contexto, o que ninguém contava era com o fato de que ele fosse se apegar às garotas e se tornar um excelente pai para elas, deixando até mesmo a vilania de lado por causa das crianças. Olhando em um primeiro contexto, o que teria demais nessa história, não é mesmo? Entretanto, Analisando mais atentamente, é possível fazer um paralelo entre a história de ficção e a realidade ao abordarmos a modificação do conceito de família nos últimos tempos. Gru é um homem solteiro que, sozinho, adota três meninas e passa a criá-las como se fossem suas filhas. Em qual momento da história da sociedade isso seria possível de acontecer sem ser mal visto? Vamos combinar que ainda hoje é questionável, por algumas pessoas, a educação dada por pais solteiros aos seus filhos. Dentro desse contexto, o modelo patriarcal de família é colocado em discussão: será que ele é o único correto ou existem outros modelos tão bons quanto esse que podem ser postos em prática? Não falaremos da questão religiosa que envolve essa temática, até porque, aqui nesse espaço estão sendo colocados exemplos que você pode utilizar para contestar a existência de um único modelo vigente, sem, contudo, desrespeitar as crenças que você ou outras pessoas possuem. Tendo em vista isso, o filme pode ser abordado em temas como: 1. O conceito de Família no século XXI: Exemplo: Na animação “Meu malvado Favorito”, o personagem Gru, um homem solteiro, adota três meninas e as cria sozinho. É importante destacar que, apesar de tratar-se de uma ficção, o modelo familiar do desenho não se afasta da atual conjuntura vista na sociedade. Dentro desse contexto, o modelo caracterizado como monoparental, formado por um dos pais e seus descendentes, cresce, sobretudo, com mulheres como chefes de suas famílias, como pode ser constatado no senso brasileiro de 2010, realizado pelo IBGE. Tal realidade demonstra a mudança histórico-cultural sofrida pelo conceito de família, antes vista apenas dentro do modelo patriarcalista como possível.
o ATLANTA Essa é uma série que nunca vi, mas o tanto que já ouvi sobre ela e sobre o criador dela, Donald Glover, me fez colocá-la aqui no catálogo de indicações, porque o cara é, UAU, muito inteligente, altamente genial. A temática principal do autor da série vai ser sobre RACISMO, mas abordado de maneira leve, irônico e bem satírico. Instagram: @vempramimedicina
Earn (Donald Glover) é um jovem que abandonou Princeton (sem dar muitas explicações) e agora está entre a busca pelo sonho de fazer algo importante com sua vida e a necessidade de se manter e criar uma filha que teve com a ex-namorada Vanessa (Zazie Beetz), que por igual quer crescer na vida mas encontra muitos obstáculos. Zazie tem uma belíssima interpretação, e vai ganhando destaque ao longo dos episódios, sendo um ótimo referencial de mulher jovem, pobre e negra, mas cheia de determinação e dúvidas. Uma das melhores coisas na série é mostrar a complexidade da comunidade negra, que no geral possui papéis estereotipados. Essa ideia que o cidadão branco comum americano tem sobre os negros é satirizada no programa, como no 9º episódio “Juneteenth”, onde o anfitrião da festa, um homem branco de meia idade, quer ditar o que é ou não cultura negra, e que todos os negros deveriam “voltar a sua terra natal para conhecer suas raízes”. É algo comum na cultura ocidental e principalmente norte-americana achar que os negros ainda são africanos e possuem alguma conexão com a África. Se quiserem ir, ótimo, mas a terra natal deles é onde nasceram e não de onde vieram seus ancestrais. Nesse mesmo episódio, o anfitrião tem o álbum “Awaken, my love!”, do pseudônimo de Donald Glover, bem posicionado em sua prateleira. “Atlanta” é cheia de referências. O humor da série vem justamente dessas cenas comuns em uma sociedade historicamente racista, e apenas quem tiver muita empatia não sendo negro é que considerará “Atlanta” um humor. Para os que olham de passagem e que não possuem um senso crítico, talvez o programa seja na realidade um drama. É uma mistura dos dois, é certo, mas diferentes olhares perceberão em “Atlanta” tendências de determinado gênero. Comédia e assuntos importantes se misturam, e constroem uma narrativa nova, se passando justamente em uma cidade que pertence a um dos últimos estados a abolir a escravidão, a Géorgia – o tom opressor do sul está presente o tempo todo. Os problemas dentro da própria comunidade são discutidos ao longo dos 10 episódios, como a violência e o alto índice de assassinatos de homens negros por outros homens negros, algo pouco falado em tempos de #BlackLivesMatter e violência policial, mas uma constante na vida em periferias. Fonte: https://www.portalitpop.com/2017/11/atlanta-e-um-retrato-real-da-juventude.html Essa série pode ser abordada em temas como: 1. Caminhos para combater o racismo (preconceitos) na sociedade brasileira.
o Insatiable Essa é uma das mais novas séries daquela rede de catálogos que possuem vários filmes e séries (não, não vou falar o nome dela, porque não estou sendo patrocinada, mas você sabe de quem estou falando,obrigada, de nada!), enfim. Essa nova ficção nem tinha estreado e já estava causando polêmica. “Por quê?” Digamos que a série deu a entender que viria com uma proposta de abordar um velho clichê “a garota gorda que emagrece e vira a popular da escola” e todos ficam felizes para sempre. A crítica em cima disso foi que a grande empresa vermelha traria uma temática preconceituosa e gordofóbica que só serviria para corroborar um problema existente na nossa sociedade.
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Contudo, depois de lançada e assistida (sim, maratonei a série, porque eu precisava formar minha opinião sobre ela – vamos fingir que acreditamos nisso :D) podemos perceber que a série aborda tanto assunto que acaba deixando a gente um pouco perdido para acompanhar. Mas, como a nossa intenção aqui é falar sobre o que podemos utilizar na nossa redação, deixarei alguns temas que foram citados nessa ficção: Gordofobia; Pedofilia; Alcoolismo; Abuso sexual, LGBT, Padrões de beleza excludentes; consumo de drogas; Família desestruturada; Transtornos alimentares. Vou deixar um link do canal Alexandrimos que fez uma crítica maravilhosa sobre a série e todos os temas que perpassam por ela: https://www.youtube.com/watch?v=Cl-utTV9JnQ Essa série pode ser abordada em temas como: 1. 2. 3. 4.
Culto a padronização corporal Obesidade e Gordofobia Assédio Sexual LGBIfobia
Foram os principais temas que consegui associar a essa ficção.
o Eu não sou um homem fácil Esse filme é completamente surpreendente! Se você ainda não o viu, corra para assistir antes que eu te dê um baita spoiler, porque já deu para perceber que estou trabalhada nos spoilers por aqui e não pretendo parar O site NerdPoltrona fez uma análise incrível desse filme, irei colocar alguns trechos aqui: O Filme Damien é o típico estereótipo de um homem machista. Além de ser um conquistador, trata mulheres como objetos e pensa existir exclusividades de gênero, como roupas e tipos de bebida. Conforme caminhava pelas ruas, a vida resolve lhe dar uma lição e recorre a uma maneira nada gentil de fazer isso. Damien bate a cabeça em um poste, literalmente, e acorda em um mundo invertido (não o de Stranger Things). Nele, homens e mulheres têm seus papéis trocados em todos os sentidos. A vida do protagonista não mudou, visto que ele ainda tem seus amigos e seu emprego de antes. Entretanto, todos estão adaptados ao mundo novo. Enquanto seu melhor amigo se tornou dono de casa, sua chefe passou a usar terno para trabalhar. O corpo masculino passou a ser tratado de maneira exageradamente sexual, bem como o corpo feminino passou a ser coberto por calças. De maneira cômica e irônica, mulheres passaram a classificar os homens como sexo frágil. Depilação se tornou algo destinado (e quase obrigatório) ao gênero masculino. O romantismo se tornou raro entre as garotas, que apresentam a fama de serem infiéis. Os cargos de importância e liderança são todos ocupados por mulheres, que correm pelas ruas sem camisa e sem a preocupação de serem assediadas. Além disso, para desespero de Damien, a moça por quem ele tinha se interessado antes da mudança, se transformou em uma versão feminina dele mesmo. Alexandra objetifica os homens, tratando-os como meros pedaços de carne para seu bel-prazer. Ele passa, então,
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a sentir a consequência de seus atos na pele. E o longa desenvolve isso da melhor e mais divertida maneira possível. Eu Não Sou Um Homem Fácil? O objetivo principal do longa é mostrar que não é fácil viver na sociedade em que vivemos. Uma vez que você tenha nascido como membro do gênero feminino, tais dificuldades se multiplicam. Quando Damien perde “os privilégios” de ter nascido homem, ele passa a entender como é ruim viver no lado “desprivilegiado”. Suas roupas confortáveis e largas passaram a ser substituídas por peças curtas e extremamente apertadas. Sua chefe exibe absorventes internos em cima da mesa, sem a menor preocupação de mencionar o assunto “menstruação”. Ela por sua vez, oferece uma oportunidade de trabalho para Damien em troca de favores sexuais. Chocante não? No momento em que mulheres começam a olhar para suas pernas e sua bunda, Damien acha graça. Não demora, porém, para ele não aguentar mais viver no “mundo feminino”. Eu Não Sou Um Homem Fácilexagera – ou não – nos estereótipos para construir sua trama. As personagens femininas arrotam, não se preocupam com a aparência, só bebem cerveja, gostam de futebol e são experts em trair seus parceiros. Mesmo que nem todos os homens sejam assim na “realidade”, sabemos que o objetivo principal do longa é criticar a sociedade patriarcal em que vivemos. Para fechar com chave ouro, temos também os gays do mundo invertido. No novo cotidiano de Damien, os homossexuais são pessoas que se vestem da forma que a “normalidade” do protagonista exige. Mulheres de vestido e homens de blazer se escondem em festas exclusivas e reservadas aos olhos do público. Apesar das diferenças, algo permanece: independente do mundo, a sociedade irá marginalizar o diferente. O Que Achamos? Apesar de todas as risadas que damos ao longo do filme, Eu Não Sou Um Homem Fácil não deve ser classificado apenas como uma “comédia romântica invertida”. A diretora e roteirista Eleonore Pourriat optou por uma forma divertida e sútil de criticar o machismo intrínseco na sociedade. E em tempos de grandes denúncias de assédio em Hollywood, o filme não poderia ter vindo em melhor hora. Ao final da trama, o público tem a certeza de que uma sociedade matriarcal é tão ruim quanto a patriarcal, tendo apenas os papéis invertidos. Para conseguir o efeito desejado, o roteiro apela para os clichês tradicionais do gênero. A protagonista cafajeste muda de opinião ao conhecer o homem da sua vida e vice-versa. Algumas cenas ganham destaque em meio as outras. O momento de dar à luz, por exemplo, é bizarro. Embora a responsabilidade de gerar um filho ainda caiba a elas, são eles que se preocupam com as frivolidades. Um outro exemplo acontece na cena em que Damien é assediado física e verbalmente em um bar. Em nosso mundo, basta assistir a poucos minutos de um telejornal para observarmos casos piores com mulheres em todo o mundo. Por que o contrário é chocante? Talvez porque não estejamos acostumados a igualdade entre os gêneros, nem mesmo as mulheres. E é por isso que Eu Não Sou Um Homem Fácil se tornou extremamente necessário. O filme é sem dúvidas, mais um acerto da Netflix. Só nos resta esperar que seja aceito pelo lado masculino do público. Fonte: https://poltronanerd.com.br/filmes/critica-eu-nao-sou-um-homem-facil-um-filme-queprecisa-ser-visto-69354 Depois dessa análise, em qual tema podemos utilizar esse filme? 1. Caminhos para combater a cultura do assédio no Brasil 2. Diversidade de Gênero em questão no Brasil Instagram: @vempramimedicina
3. A cultura do estupro Esses foram os principais temas que consegui associar essa ficção. Exemplo: No filme “Eu não sou um homem fácil”, o protagonista representa uma sociedade fundamentada no machismo ao subjugar a figura feminina em diversos ambientes. Dentro desse contexto, apesar de ser uma ficção, o longa retrata a persistência de um preconceito de gênero que cerca a realidade mundial na contemporaneidade. Sob esse aspecto, um dos maiores problemas enfrentados pela população feminina é o assédio sexual. Diante disso, é fundamental analisar o atual panorama para encontrar as causas da permanência de tal impertinência.
o Explicando É uma série da Netflix, estilo documentário, que explica alguns conceitos um pouco complexos da atualidade (alguns são complexos, outros nem tanto, outros são tabus). Aqui não farei spoiler, é mais um indicação de uma série que pode contribuir para você conseguir ter bastante repertório sobre diversos temas.
o Orange is the new Black Essa série trabalha diversos conceitos, é muito interessante também. Sistema Prisional: A série se passa em uma prisão feminina dos EUA e vai apresentar várias temáticas polêmicas, como a violência dentro dos presídios, o abuso de poder da polícia, o assédio sexual às mulheres, o tráfico dentro dos presídios, a qualidade de vida das prisioneiras, racismo, homossexualidade feminina, emponderamento das mulheres, machismo, dentre outros. Análise do site Universia Brasil: Racismo O racismo, infelizmente, ainda existe e está enraizado em muitas pessoas. Um algoritmo que analisou as redes sociais dos brasileiros, em 2016, identificou 393.284 mil menções negativas sobre temas sensíveis – 84% delas expunham preconceito e discriminação racial. Isso não acontece só na internet. Um negro ganha 56% do rendimento médio de um branco. Apenas 0,4% dos cargos executivos no Brasil são ocupados por mulheres negras. Somente 12,8% dos jovens negros de 18 a 24 anos estão cursando o ensino superior. Atualmente, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Sim, os dados são realmente impactantes e foram colocados aqui para nos fazer pensar. Assim como nos sentimos quando a série aborda, em seu enredo, os impactos negativos do preconceito e da segregação racial. É de extrema importância que uma trama que possui milhares de espectadores coloque esses questionamentos em pauta e nos faça refletir a respeito de como a sociedade precisa evoluir – e muito – nessa questão. Instagram: @vempramimedicina
Visibilidade LBGT Orange is the New Black tem um papel importante na conscientização da sociedade acerca da necessidade de combater o preconceito com a comunidade LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). A homofobia e a transfobia impedem, infelizmente, que muitas pessoas exerçam seus direitos de cidadania e vivam com mais liberdade e em segurança: no Brasil, mais de 300 pessoas são assassinadas por ano vítimas de crimes homofóbicos. Mas a série não teve medo de botar o assunto em pauta. Explora, constantemente, os relacionamentos homoafetivos entre as detentas e aborda, por meio da personagem Sophia Burset (interpretada pela atriz trans Laverne Cox), o drama de ser uma mulher transexual dentro – e fora – de uma prisão. Larvene, inclusive, é a primeira protagonista trans de uma série de TV nos Estados Unidos e também a primeira indicada ao Emmy. Machismo Alguns personagens e diálogos durante a série representam como o machismo está presente em nosso dia a dia. Abandono de paternidade, relacionamento abusivo do homem para com a mulher, cultura da violência e do estupro e culpabilização da vítima são alguns dos temas que Orange is the New Black não hesitou abordar na trama. Ao menos uma vez por episódio, algum diálogo entre as personagens critica o machismo, a misoginia e a sociedade patriarcal em que ainda vivemos. Exagero? Não! No Brasil, um em cada três brasileiros culpam a mulher em caso de estupro e 85% das mulheres brasileiras afirmam ter medo de serem vítimas de violência sexual. Machismo mata. Machuca. E as pessoas precisam ser cada vez mais conscientizadas a respeito dos seus danos na vida de uma mulher. Empoderamento Feminino A série é escrita e protagonizada por mulheres. Aborda, de forma direta e explicativa, suas lutas diárias e os preconceitos que enfrentam diariamentepelo simples fato de ser mulher. Também explora e destaca a desconstrução de estereótipos, a independência feminina, a mulher como líder e a importância da sororidade na sociedade (união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo).
Mais um tema que eu gostaria de abordar nessa questão do empoderamento é a temática do Aborto trabalhada em um episódio da série. É um tema muito sensível, mas que a série nos põe para refletir diante do seguinte diálogo:
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Big Boo: Já leu o livro "Freakonomics"? Pennsatucky: Não. É sobre mulheres barbadas e anões? Big Boo: Quase. É sobre teoria econômica. Causa e efeito. Pennsatucky: Parece chato. Big Boo: Na verdade, é uma boa leitura. Tem um capítulo chamado "Aonde foram parar os criminosos". Na década de 1990, o crime caiu dramaticamente e o livro atribui isso à aprovação do aborto. Pennsatucky: A escuridão de 1973. Big Boo: É bem ao contrário, na verdade. Os abortos ocorridos após a legalização eram crianças indesejadas. Crianças que, se suas mães fossem forçadas a ter, terminariam pobres, negligenciadas e maltratadas, os três ingredientes mais importantes ao se produzir um criminoso. Só que eles não nasceram. Então, 20 anos depois, quando estariam no auge do crime, eles não existiam. E a taxa de crime caiu drasticamente. Pennsatucky: O que você quer dizer? Big Boo: Quero dizer que você era uma 'bostinha' entupida de metanfetamina, e se seus filhos tivessem nascidos, também seriam 'bostinhas' entupidas de metanfetamina. Ao interromper estas gestações, você poupou a sociedade do flagelo de sua prole. Pennsatucky: Nunca havia pensado desta forma. Big Boo: Talvez você deva. Talvez você deva parar de punir a si mesma.
Na cena acima, Tiffany 'Pennsatucky' Doggett (Taryn Manning), afastada da festa, criou um 'mini' cemitério com palitinhos de sorvete, simbolizando os cinco abortos que fez ao longo da vida. É quando Boo se aproxima para consolá-la. Por meio da lógica do livro Freakonomics, de Steven D. Levitt de Stephen J. Dubner, Boo explica e retoma um dos principais assuntos do livro, em que os autores mostram como a descriminalização do aborto pode diminuir drasticamente a taxa de criminalidade nos Estados Unidos -- e talvez, no mundo. Após a conversa, Tucky -- que ironicamente é a personagem mais religiosa e reacionária da série - fica aliviada e confortada com o discurso de Boo. Por isso, talvez esta tenha sido o melhor diálogo da série até agora -- sem menosprezar nenhum dos outros momentos emblemáticos, claro. Esta talvez seja a temporada em que Tucky está mais próxima da realidade em vários aspectos -- e distante do fanatismo religioso de sempre. O que se viu ao final da cena, foi uma mulher religiosa disposta a entender questões que vão muito além do que a discussão sobre acreditar ou não em Deus ou no que uma religião impõe. Fonte: https://www.huffpostbrasil.com/2015/06/15/esta-cena-de-orange-is-the-new-black-explica-aimportancia-de_a_21682839/ É uma visão que pode ser abordada nessa temática sobre legalização ou descriminalização do aborto. Instagram: @vempramimedicina
o Black Mirror Vou confessar uma coisa aqui, não tive estrutura psicológica para assistir a todos os episódios dessa série, porque eles mexem com a sua mente de uma forma que te assusta, basicamente porque tudo o que acontece nos episódios não são tão impossíveis de acontecer na vida real, apesar de serem surreais. Deixarei aqui alguns episódios que podem nos ajudar na hora da redação: 1. Manda quem pode As pessoas estão cada vez mais paranóicas na Era da Informação e com bom motivo. Muitas de nossas vidas estão na "nuvem" e há criminosos com habilidades técnicas e conhecimento para nos manipular com essas informações. Nós não somos pessoas perfeitas e há momentos de nossas vidas das quais nos envergonhamos. Este episódio leva essa noção ao extremo com Kenny, e é por isso que a segurança cibernética acaba se tornando tão importante. 2. Urso Branco Como retratado no episódio, estamos familiarizados em ver pessoas gravando coisas terríveis ao invés de tentar ajudar. O efeito de espectador é um fenômeno que aparentemente sempre existiu, mas foi piorando com a tecnologia. E há muitos exemplos disso acontecendo hoje em dia que parece não haver muita esperança de mudar. 3. 15 milhões de mérito Já pensou em viver numa sociedade onde shows de televisão e sua publicidade imperam, manipulando as pessoas da forma que bem entender? No final do episódio, vemos Bing em sua audiência no show de talentos, colocando pra fora toda sua raiva pelo mundo escravo à sua volta. Mas essa não é apenas a sua raiva, seria a nossa também, já que vivemos num mundo parecido. 4. Arkangel Na cena final, sabemos que, apesar de tudo, Marie só quis proteger sua filha como qualquer mãe faria. Mas ao mesmo tempo, podemos simpatizar com a raiva de Sara. Sua mãe acabou indo longe demais e invadiu a sua privacidade em quase todos os sentidos. E isso é um aviso de como a tecnologia pode levar um relacionamento saudável a ruínas se não tivermos cuidado. 5. Natal Branco No episódio, a esposa de Matt, ao descobrir o que ele tem feito, acaba o bloqueando de sua vida através do Z-Eye, se tornando um borrão de pixels, que não pode ser visto ou ouvido. Apesar de parecer surreal, nós já vivemos essa realidade nas redes sociais, onde bloquear alguém vem se tornando algo cada vez mais comum. 6. Volto Já O episódio gira em torno de Martha, que através de um chatbot com uma Inteligência Artificial, consegue conversar com seu falecido namorado, afim de superar a dor de sua perda. Podemos entender o quão tentador seria usar essa tecnologia para que possamos sentir a presença de um ente querido mais uma vez, mesmo que talvez discordamos dessa idéia. 7. Queda Livre
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Assim como Lacie fez ao tirar a foto de seu ursinho para impressionar um amigo no episódio. Nós também fazemos coisas para chamar a atenção de alguém, em uma tentativa de parecer diferente ou mais felizes do que realmente somos, manipulamos coisas, para simplificar momentos inesquecíveis, mas que acabam não tendo a verdadeira emoção por trás deles. 8. Toda a sua História Liam podia até estar certo em suas suspeitas de traição de sua esposa no final do episódio, mas ainda podemos ver quão destrutivo foi sua obsessão na luta para descobrir a verdade, como se realmente o levasse à autodestruição. E nesse caso, a tecnologia só vem a atrapalhar ao invés de ajudar. 9. O hino nacional Este episódio é infame por seu final chocante no qual o primeiro ministro britânico para salvar a princesa de um sequestrador é obrigado a fazer atos obscenos com um porco numa transmissão ao vivo. Mas o enredo em si, fala sobre o perigo da influência das redes sociais na vida das pessoas. E isso não é muito diferente das circunstâncias que vivemos hoje.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/126114-9-episodios-black-mirror-pensar-nossarealidade.htm Prova disso foi o jogo Baleia Azul, responsável pela morte de inúmeras crianças e adolescentes, que veio a tona em 2017. Outro link que analisa alguns temas levantados pelo Black Mirror: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/01/10-previsoes-de-black-mirror-quepodem-se-tornar-realidade-ou-ja-sao.html Temas que podemos abordar: 1. 2. 3. 4. 5.
Caminhos para combater o crime de pedofilia na internet Internet segura, é possível? Riscos de compartilhar mentiras e boatos na rede Sociedade de aparências Relacionamento abusivo
Dentre outros, existe um mundo de possibilidades para essa série, porque cada capítulo aborda um assunto. Mas, algo em comum entre ele é que sempre tem algo relacionado à tecnologia.
o Tal mãe, Tal filha (GILMORE GIRLS) É uma série bem antiga que retrata a realidade de uma menina que engravidou aos 16 anos e teve sua filha sem ser casada. Dentro de uma pacata cidade, Lorelai e Rory passarão por inúmeras situações que demonstram o preconceito contra a gravidez na adolescência e contra a mãe solteira. Lorelai Gilmore fez algumas escolhas erradas em sua vida, mas tem feito o melhor que pode para educar a sua filha Rory e colocá-la na faculdade. Lorelai teve Rory com apenas dezesseis anos e isto causou muita fricção com seus conservadores pais, Richard e Emily Gilmore. Esta família de classe alta decidiu que Lorelai teria de se casar com o pai de Rory e, devido a imensas discussões, Lorelai decide fugir de casa, emancipar-se e criar Rory sozinha. Encontra refúgio na pequena cidade de Stars Hollow, Instagram: @vempramimedicina
onde o povoado é tudo menos usual. A pequena cidade, que parece ter saído de um livro de contos infantis, é um local agradável para se viver. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gilmore_Girls Essa série pode ser citada em: 1. Conceito de Família no século XXI 2. Emancipação e empoderamento feminino
o Extraordinário Extraordinário é um filme extraordinário (perdão pelo trocadilho). É uma cinematografia doce e que vai te tocar do início ao fim com a história do pequeno Auggie Pullman e de sua família. Auggie tem uma doença genética raríssima e isso faz com que ele tenha uma aparência fora dos padrões considerados belos pela sociedade. Educado pela mãe até certa idade, o menino usa um capacete de astronauta para esconder seu rosto das outras pessoas. O mais interessante de observar é que enquanto ele usa um capacete gigante de astronauta na rua ninguém o olha. Contudo, no momento que ele tira o capacete vira o centro das atenções. A trama começa quando a mãe do menino decide que está na hora de ele frequentar uma escola de verdade e, a partir daí, Auggie será alvo de outras crianças que passarão a cometer bullying contra ele, chegando ao ponto de dizer que se tivessem nascido como ele se matariam (muito forte). No decorrer do filme percebemos quanto a família influencia na formação do caráter da criança e a importância da escola em combater o bullying. É o filme mais amorzinho da vida e indico muito que você o assista. Conselho: pegue um lenço para te acompanhar! Temas que podemos abordar: 1. Bullying 2. O papel da família na formação dos indivíduos 3. O papel da escola na desconstrução de preconceitos
o 3% É uma série brasileira que faz uma crítica social bem legal: para você conseguir ir para um lugar melhor, “subir” na vida, é preciso que você passe por um processo seletivo antes e se você não passar, você está fadado a ter uma vida marginalizado, sem direitos sociais e completamente injustiçado. Em uma mistura de "Jogos Vorazes" e "Black Mirror", a narrativa se desenrola em um futuro distópico, onde a cisão da sociedade em classes é bastante clara: o Lado de Cá e o Lado de Lá. O Lado de Lá é o Maralto, uma ilha de abundância e progresso, onde não existe dinheiro ou criminalidade. O Lado de Cá, no continente, é devastado pela miséria. A única maneira de ir para o Maralto é passando pelo Processo. Todo jovem de 20 anos pode se inscrever para participar no Processo, mas apenas 3% dos inscritos passam. Os candidatos passam por uma série de provas, físicas e psicológicas, das quais nem
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sempre saem com vida. Sob um discurso meritocrático, alimenta-se nesta sociedade uma intensa fé no Processo. Mas nem todos compram essa ideia. A Causa é um grupo revolucionário que vê no Processo um sistema injusto e busca destruir a divisão social entre Lado de Lá e Lado de Cá, lutando pela igualdade entre as classes. A facção é brutalmente reprimida pelo Maralto e este conflito é pano de fundo para 3%. Fonte: Gente - iG @ https://gente.ig.com.br/2016-12-02/critica-serie-3.html Temas que podemos abordar: 1. Desigualdade Social 2. O mito da Meritocracia 3. Inclusão social de pessoas com limitações físicas
o Cara gente Branca Depois de várias produções denunciando o racismo de formas subliminares, a Netflix resolveu comprar de vez essa luta e lançou Dear White People, série onde o antagonista principal não é um vilão com superpoderes ou um político higienista, mas uma estrutura social invisível e ao mesmo tempo absurdamente sólida. O serviço de streaming já faz sua parte na representação étnica e na discussão com sensatez de problemáticas raciais com programas como The Get Down, Luke Cage e Chewing Gum, mas Dear White People finalmente levou para a televisão uma aula didática sobre como, onde, como e o que é preconceito racial. A série é uma adaptação do filme Cara Gente Branca, premiado em 2014 no Festival de Sundance, e gira em torno de um grupo de alunos negros que se sentem frequentemente desrespeitados em uma universidade onde a maioria dos estudantes são brancos - como qualquer instituição com caráter elitista. Justin Simien, diretor do filme e roteirista da adaptação, conseguiu na série ter mais tempo para discutir e se aprofundar pedagogicamente em outras problemáticas relacionadas ao racismo de forma absolutamente brilhante. A premissa da inquietação na trama é uma festa blackface, onde os estudantes brancos usam seus referenciais de pessoas negras de formas alegóricas e satíricas como fantasia. A série, inclusive faz questão de pontuar que esse é um hábito comum: brancos ocidentais frequentemente usam outras manifestações culturais, sejam elas asiáticas, latinas, indígenas, negras, ou qualquer coisa que não seja branca (ou alguém já viu uma festa à fantasia cuja temática fosse a de imitar pessoas brancas?), de forma caricatural para se divertir sem se preocupar com o tipo de estereótipos que estão ajudando a alimentar nesse processo. Infelizmente, o próprio assunto-base do programa impede que os principais beneficiários dessa discussão sejam atingidos - as pessoas que mantém comportamentos preconceituosos, mas que se recusam a ouvir e aceitar isso. Como a própria série mostra, existe um incômodo no agente do preconceito em ser identificado como preconceituoso - ninguém, ou quase ninguém, quer estar do lado dos vilões de uma equação binária. Na trama, quando o personagem interpretado por Marque Richardson pede que seu amigo branco não use a palavra “nigga” em função do histórico pejorativo que ela carrega, ele automaticamente se ofende por ser identificado como alguém com potencial de ser ofensivo. A cultura racista faz com que o jovem branco se incomode menos com a possibilidade de ter ofendido o amigo e mais com o fato de ter sido alertado pelo comportamento racista. E é isso que a série mostra que o tempo todo dá combustível ao racismo: uma escala de poder onde as pessoas estão acostumadas a toda e qualquer necessidade branca se sobrepor às demandas negras. De forma genial, a cena que começa com uma discussão onde negros pedem para não serem ofendidos e brancos dizem estar se sentindo censurados por, resumidamente, não poderem ofender, termina com a polícia invadindo a festa e escancarando até onde vai o racismo. Um policial interrompe a briga e direciona todos os questionamentos para o primeiro negro que encontra, Instagram: @vempramimedicina
colocando em dúvida que o rapaz pudesse mesmo ser um estudante daquela instituição e apontando uma arma para ele após sua revolta ao ser o único obrigado a se identificar. A situação acontece no quinto episódio da trama, que começa com os amigos de Reggie cobrando que o rapaz esfrie um pouco a cabeça e pare de viver cada segundo de sua vida em prol da militância. O que a cena mostra é que é impossível se desligar da luta quando ela está estampada na pele o tempo inteiro: sair na rua é um ato político para um indivíduo que a qualquer momento pode ser discriminado em função de uma característica intrínseca sua. Além disso, a série faz um trabalho magistral ao conseguir tratar com certa ironia alguns dos comportamentos dos envolvidos na militância em ambiente acadêmico sem deslegitimar nenhum dos inúmeros mecanismos de quem luta por igualdade. Samantha White (Logan Browning), Reggie (Marque Richardson), Troy Fairbanks (Brandon P Bell), Colandrea “Coco” Conners (Antoinette Robertson) e Lionel (DeRon Horton) são os cinco negros protagonistas da trama e, de certo modo, cada um deles lida com a opressão de uma forma diferente - todas elas justificadas pelas suas experiências prévias. Quando se condena Samantha por ser supostamente exagerada, a própria série pontua que é necessário que pessoas como ela existam para que moderados como Troy, o filho perfeito do reitor, sejam vistos como o meio-termo razoável e a luta por direitos, pelo menos, avance. Se a postura da estudante de audiovisual não existisse e as demandas de Troy fossem o máximo exigido, seria ele o radical da história. Outro ponto interessante da série é que pode parecer fácil, por exemplo, acusar Coco de ser uma vítima passiva em um primeiro momento, mas a acusação que se mostra superficial quando, no quarto episódio, é revelado que a jovem viu amigos e parentes serem mortos em função da etnia e, em função disso, optou por lidar com o racismo de outras maneiras. Coco, aliás, é uma das melhores personagens da trama. A jovem ambiciosa aborda questões próximas de quem é envolvido na militância negra, como a discussão do colorismo (a ideia de que quanto mais escura for a pele de alguém, mais a leitura social afasta o indivíduo dos privilégios sociais dos brancos, mas que, se não for bem discutida, pode gerar sectarismo dentro do próprio movimento negro) ou a questão da solidão da mulher negra (quando Coco amarga sozinha enquanto se vê sendo preterida em relação às suas amigas brancas em uma festa). Antoinette Robertson faz um ótimo trabalho ao mostrar as contradições da personagem sem deixar que as justificativas delas soassem levianas ou menores do que deveriam. A forma como Coco lida com o racismo é um modo de defesa fruto de como a sociedade fez ela se sentir em inúmeras outras situações. Dear White People aborda ainda outras questões referentes ao complexo universo do racismo, como relacionamentos interraciais e apropriação cultural. Não é por menos que a série é tão certeira: o time de diretores que colaboram com a atração já tocam em temas vitais ao debate do preconceito racial há algum tempo. A diretora do quarto episódio é Tina Mabry, responsável pelo longa Mississippi Damned, que fala sobre a vida de três crianças negras lidando com o ciclo de abuso, vício e violência familiar. No quinto episódio, temos a direção de ninguém menos que Barry Jenkins, nome à frente do ganhador do Oscar Moonlight. Como ser vítima de um sistema de opressão não impede ninguém de ser o agente da opressão em outro, infelizmente a série esbarra em alguns problemas ao falar, por exemplo, de orientação sexual. Ainda que isso não tire a legitimidade de Dear White People em todos os debates que levanta, ela desliza quando resume a jornada de autodescoberta de Lionel, um dos melhores personagens da trama, ao clichê do gay tímido apaixonado pelo amigo hétero com o qual nunca terá chance - é esse tipo de estereótipo que faz com que heterossexuais desenvolvam a lógica preconceituosa e arrogante de que gays, lésbicas e bissexuais vão atacá-los na primeira oportunidade. Aliás, falando em bissexuais, a série elimina qualquer possibilidade de bissexualidade ser vista como algo normal quando um dos diálogos da trama diz que a professora que mantém um caso com Troy “não é lésbica quando está na cama com ele” e retrata a dupla de estudantes de teatro dentro de uma lógica dicotômica. Apesar disso, tendo em vista que a série é sobre conflitos raciais, é interessante como Dear White People pincela feedbacks de como outros grupos étnicos se sentem perante estereótipos criados por Instagram: @vempramimedicina
brancos. As manifestações dos asiáticos na trama são tão certeiras quanto a dos negros. O próprio ponto de vista de Gabe Mitchell (John Patrick Amedori) é interessante por mostrar que ele, ainda que ocasionalmente se desagrade com algumas coisas, entende que o seu incômodo pontual é muito menor do que o conjunto de privações e constrangimentos vividos pelos seus companheiros negros o tempo todo. E (importante!) a série não o glorifica por isso, nem o eleva ao status de herói só por ser alguém razoável. A série talvez atinja muito mais quem já está familiarizado com a discussão do que quem precisa urgentemente se inteirar sobre o assunto. Dear White People tem o poder de desobstruir ouvidos brancos para a voz de pessoas negras. A série mostra que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, estruturas de poder são menos sobre indivíduos e mais sobre grupos sociais. Se o rapaz branco na festa decidisse não falar mais a palavra “nigga” não por ter sido proibido, mas por simplesmente não estar disposto a ofender alguém de forma gratuita, certamente não veria o amigo na mira de uma arma unicamente por ele ser negro. O drama da série está muito mais no fato de que, ao contrário das fantasias na festa blackface, os brancos do programa não são caricaturais: existe muita gente que, assim como o editor do Pastiche, não entende que não há horizontalidade em comparar atacar negros e atacar brancos pelo simples fato de que negros já estão sendo atacados o tempo inteiro, ainda que seja difícil ver isso do alto da zona de segurança branca. E Dear White People ainda vai precisar de muitas temporadas para fazer isso claro na cabeça dos inúmeros potenciais leitores da Pastiche que existem por aí - que venham as próximas. Fonte: https://www.omelete.com.br/series-tv/criticas/dear-white-people-1a-temporada-critica Essa crítica do site Omelete está lindíssima e aborda tudo aquilo que há de temática social na série. Temas que podemos abordar: 1. 2. 3. 4.
Racismo (essa temática tem um conteúdo danado) Apropriação Cultural Elitização do Ensino Superior O mito da meritocracia (de novo)
o Batman e Homem de Ferro DC e MARVEL trabalharam bem nos seus homens ultra ricos e inteligentes que investem em tecnologia para se transformarem em Super-Heróis. Nós conhecemos bem a história dos dois, então, sem mais delongas, a ideia de utilizar esses personagens é falar sobre: JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS ou LIBERAÇÃO DE ARMAS PARA A SOCIEDADE. Um tema importante de ser analisado e que passa longe de ser heróico como é abordado nos filmes. (Inspiração: Débora Aladim)
o Shrek É um filme antigo, eu sei, mas, é um dos primeiros filmes de princesa da Disney que começa a quebrar o Tabu da Princesa perfeita que espera pelo seu príncipe encantado em uma torre até o fim de seus dias. Além disso, o padrão de beleza também é quebrado quando Fiona prefere ficar como uma Ogra a ser transformada em humana novamente, sendo que se ela voltasse a ser humana o Shrek também seria humano, o que não é da natureza dele. Nesse filme o príncipe lindo é um mau caráter e o Ogro ganha o coração da princesa. Instagram: @vempramimedicina
Nessa mesma linha de quebrar o tabu, podemos citar outros filmes modernos da Disney que começam a valorizar o empoderamento feminino: Enrolados, Frozen e Valente. Logo, podemos abordar esses temas em: 1. Empoderamento feminino 2. Quebra de padrões de beleza
FILÓSOFOS, SOCIÓLOGOS, ESCRITORES E AFINS
o
Oswald de Andrade - Preconceito Linguístico
“A língua sem arcaímos. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros.” Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/165737 o
Frans Boas – Etnocentrismo
Em suma, Boas defende uma antropologia que enxergue a cultura como um conjunto de diversos fatores, como uma totalidade. Como algo impossível de ser resumido em leis, tais como ocorre muitas vezes nas ciências biológicas. Fonte: http://www.reflexaogeral.com.br/2011/06/franz-boas-rompendo-com-o-evolucionismo.html
o Kant e a Ética utilitarista de Bentham “Age sempre de tal modo que o teu comportamento possa vir a ser princípio de uma lei universal.” “Age de modo que consideres a humanidade tanto na tua pessoa quanto na de qualquer outro, e sempre como objectivo, nunca como simples meio.”
x “Todo o acto de bondade é demonstração de poder.” ― Jeremy Bentham Fonte: https://www.pensarcontemporaneo.com/etica-kantiana-em-poucas-palavras-filosofia-moralde-immanuel-kant/
o Zygmunt Bauman 1. “As redes sociais são uma armadilha”. Instagram: @vempramimedicina
2. “O velho limite sagrado entre o horário de trabalho e o tempo pessoal desapareceu. Estamos permanentemente disponíveis, sempre no posto de trabalho”. 3. “Tudo é mais fácil na vida virtual, mas perdemos a arte das relações sociais e da amizade”. 4. “Esquecemos o amor, a amizade, os sentimentos, o trabalho bem feito. O que se consome, o que se compra, são apenas sedativos morais que tranquilizam seus escrúpulos éticos”. 5. “O movimento [espanhol] de 15 de março é emocional, carece de pensamento”. 6. “Os grupos de amigos ou as comunidades de bairro não te aceitam sem dar razão, mas ser membro de um grupo no Facebook é facílimo. Você pode ter mais de 500 contatos sem sair de casa, você aperta um botão e pronto”. 7. “Foi uma catástrofe arrastar a classe média à precariedade. O conflito não é mais entre classes, é de cada um com a sociedade”. 8. “As desigualdades sempre existiram, mas de vários séculos para cá se acreditou que a educação podia restabelecer a igualdade de oportunidades. Agora, 51% dos jovens diplomados estão desempregados e aqueles que têm trabalho têm empregos muito abaixo das suas qualificações. As grandes mudanças na história nunca vieram dos pobres, mas da frustração das pessoas com grandes expectativas que nunca se cumpriram”. 9. “A possibilidade de que o Reino Unido funcione sem a Europa é mínima”, disse em 2011.
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Habermas
“O agir comunicativo fundamenta-se na força sem violência do discurso argumentativo.” Habermas visa a fundar uma “ética da discussão”: em vez de um sujeito buscar fazer valer uma lei universal, é preciso buscar uma discussão na qual as questões morais sejam objeto de debates, dando lugar a acordos. Uma norma ética, para ele, só é válida quando for objeto de uma livre discussão. Só o agir comunicativo, que tende ao entendimento entre os atores, pode ser a base ética de uma sociedade. Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/jurgen-habermas/
o Montesquieu Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos. A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios. Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte. A ignorância é a mãe das tradições. Instagram: @vempramimedicina
o Nietzsche O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte. Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.
o Helen Keller A ciência poderá ter encontrado a cura para a maioria dos males, mas não achou ainda remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos. A mente que vê sempre o lado positivo, isto é, otimismo, é a base para realizar o que quer seje. Sem esperança, nada poderá ser conseguido O resultado mais sublime da educação é a tolerância.
o Maquiavel O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta. Para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo. “Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios.” “Poucos vêem o que somos, mas todos vêem o que aparentamos.” “As armas devem ser usadas em última instância, onde e quando os outros meios não bastem.”
o John Locke Onde não há lei, não há liberdade Quando o homem nasce, sua mente compara-se a um papel em branco, que vai sendo preenchido conforme suas experiências. Toda a humanidade aprende que, sendo todos iguais e independentes, ninguém deve lesar o outro em sua vida, sua saúde, sua liberdade ou seus bens.
“Os pais se perguntam porque os riachos são insalubres, quando eles mesmos envenenam a fonte.”
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TEORIAS
1. O crescimento de Intolerâncias diante de crises econômicas Origem do fascismo Diante da agitação social e política e da consequente ameaça de uma revolução socialista, o fascismo fortaleceu-se com o apoio da classe média e o financiamento de grandes banqueiros, industriais e latifundiários. Nas eleições de 1921, o Partido Fascista conseguiu eleger 35 deputados. Os camisas negras fascistas invadiam e destruíam sindicatos, assassinavam líderes socialistas, dissolviam manifestações espancando os participantes e arrasavam as instalações dos jornais que os criticassem. A ação terrorista dos camisas negras foi possível devido à conivência do Exército, da polícia e do Poder Judiciário. O rei Vitor Emanuel III, o primeiro-ministro Giolitti e as instituições do aparelho estatal fechavam os olhos à agressão contra os socialistas, pois imaginavam mais tarde poder destruir os camisas negras, retomar o controle sobre os fascistas e manter o poder com mais estabilidade. Enganaram-se. A violência fascista rapidamente atingira também os liberais. Nas eleições de 1921, quatro diferentes partidos conquistaram forte representação na Câmara. Os dois maiores, o Partido Socialista e o Partido Popular (católico) não entravam em acordo, inviabilizando a estabilização do governo parlamentar. Aproveitando a total desorganização do regime parlamentar, Mussolini ordenou aos camisas negras a Marcha sobre Roma, em outubro de 1922. Cerca de 30 mil fascistas desfilaram pela capital e exigiram a entrega do poder. O rei Vitor Emanuel III, pressionado por militares, pela alta burguesia e pelos latifundiários, convidou Mussolini para ocupar o cargo de primeiro-ministro. Sob a aparência de uma monarquia parlamentarista, o líder fascista detinha plenos poderes e convocou um novo ministério. Estava formado um novo governo, cujos cargos essenciais eram dominados pela maioria fascista. Mussolini passou a se servir das instituições do Estado como instrumento de destruição da democracia parlamentar e de instauração da ditadura fascista. Fonte: Hexag 2017
2. Antropofagia Cultural O Manifesto Antropófago ou Antropofágico foi um manifesto literário escrito por Oswald de Andrade, publicado em maio de 1928, que tinha por objetivo repensar a dependência cultural brasileira. O Manifesto foi publicado na primeira edição da Revista de Antropofagia, meio de comunicação responsável pela difusão do movimento antropofágico brasileiro. A linguagem do manifesto é majoritariamente metafórica, contendo fragmentos poéticos bem-humorados e torna-se a fonte teórica principal do movimento. Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/manifesto-antropofagico/
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3. Aculturação A aculturação é um conceito antropológico e sociológico que está relacionado com a fusão de elementos pertencentes a duas ou mais culturas. Ela é determinada por um processo dinâmico de mudança social e cultural que acontece pelo contato (direto ou indireto) entre grupos sociais distintos. Esses grupos são influenciados por elementos diversos, e assim, vão criando novas estruturas. Como exemplo, podemos citar a fusão entre a cultura grega e romana que gerou a cultura grecoromana. Lembre-se que cultura é um conceito muito amplo que envolve conhecimentos, valores, costumes, modos de fazer, práticas, hábitos, comportamentos e crenças de determinado povo. Ela não é estática, estando, portanto, em um processo contínuo de modificação. Fonte: https://www.todamateria.com.br/aculturacao/
4. Empatia e Alteridade Um dos princípios fundamentais da alteridade é que o homem na sua vertente social tem uma relação de interação e dependência com o outro. Por esse motivo, o "eu" na sua forma individual só pode existir através de um contato com o "outro". Quando é possível verificar a alteridade, uma cultura não tem como objetivo a extinção de uma outra. Isto porque a alteridade implica que um indivíduo seja capaz de se colocar no lugar do outro, em uma relação baseada no diálogo e valorização das diferenças existentes. Fonte: https://www.significados.com.br/alteridade/ Empatia significa a capacidade psicológicapara sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo. A empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar. Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais. A capacidade de se colocar no lugar do outro, que se desenvolve através da empatia, ajuda a compreender melhor o comportamento em determinadas circunstâncias e a forma como o outro toma as decisões. Fonte: https://www.significados.com.br/empatia/
5. Homem Cordial Homem cordial é um conceito desenvolvido pelo historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda em seu livro "Raízes do Brasil", cuja primeira edição foi publicada no ano de 1936. De acordo com esse conceito, virtudes tão elogiadas por estrangeiros como hospitalidade e generosidade representam “um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece viva e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano”.[1] Logo, as raízes do caráter brasileiro se encontram no meio rural e patriarcal do período colonial. O “homem cordial” é, segundo essa definição, “a forma natural e viva que se converteu em fórmula”.[1] Mas essas virtudes não são Instagram: @vempramimedicina
sinônimos de bons modos, muito menos de bondade ou amizade. No fundo, a nossa forma de convívio social é “justamente o contrário da polidez”.[1] Ou seja, a atitude polida equivale a um disfarce que permite cada qual preservar sua sensibilidade e suas emoções e, com essa máscara, “o indivíduo consegue manter sua supremacia ante o social”[1]. A “cordialidade” descrita por Holanda faz com que o brasileiro sinta, ao mesmo tempo, o desejo de estabelecer intimidade e o horror a qualquer convencionalismo ou formalismo social. Na prática, isto faz com que as relações familiares continuem a ser o modelo obrigatório de qualquer composição social entre nós. Por isso, em geral, os indivíduos não conseguem compreender a distinção fundamental entre as instâncias públicas e privadas, principalmente entre o Estado e a família. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_cordial
THE END!!! UHULLLL!!! Chegamos ao final de mais uma apostila!!! Você esperou que daria tudo isso? Nem eu pensei que fosse falar tanto. Preciso admitir que me superei hahaha Mas, espero que essa nova apostila tenha te ajudado de alguma forma, seja para tirar alguma dúvida de algo que você já sabia, seja para te ajudar do zero, seja para te dar novas ideias, enfim, espero ter feito parte de um momento positivo enquanto você esteve lendo que escrevi especialmente para você! Saiba que estou torcendo pela sua vitória e que acredito que você é capaz de fazer muita coisa, só basta que você mesmo acredite! VAMOS DOMINAR O MUNDO, MEU (MINHA) PEQUENO (A) NERD!!! Super beijos e bons estudos