14 - POR - Aula 03

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Aula 03 – Função Sintática Curso: Português – AFRFB Professor: Bruno Spencer

Curso: Português – AFRFB Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 03

Aula 03 – Função Sintática Olá amigos! Vamos dar continuidade a nossos estudos com a análise sintática dos termos da oração. ATENÇÃO, pois esse assunto é essencial para fortalecermos a nossa base. Se assimilarem bem esta aula, terão muita facilidade no que virá a seguir. Então vamos lá. Confiança, força e coragem!!!

Sumário 1 – Frase, Oração, Período ....................................................................... 3 2 - Sujeito ............................................................................................... 5 2. 1 – Oração sem sujeito ......................................................................... 6 3 – Predicado .......................................................................................... 7 3.1 – Predicado Verbal ............................................................................. 7 3.2 – Predicado Nominal ........................................................................... 9 3.3 – Predicado Verbo-Nominal................................................................ 10 4 – Termos Integrantes da Oração......................................................... 10 4. 1 – Complementos Verbais .................................................................. 11 4. 2 – Complemento Nominal .................................................................. 12 4. 3 – Agente da Passiva ........................................................................ 13 5 – Termos Acessórios da Oração .......................................................... 14 5. 1 – Adjunto Adnominal ....................................................................... 14 5. 2 – Adjunto Adverbial ......................................................................... 16 5. 3 – Aposto ........................................................................................ 17 5. 4 – Vocativo ...................................................................................... 17 6 – Análise Sintática .............................................................................. 18 7 – Questões Comentadas ..................................................................... 19 8 - Lista de exercícios ............................................................................ 53 9 – Gabarito .......................................................................................... 74 10 – Referencial Bibliográfico ................................................................ 74

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1 – Frase, Oração, Período Primeiramente, vamos fazer uma breve diferenciação entre esses termos que muito utilizaremos daqui para frente.

Frase É um enunciado que transmite uma mensagem, podendo ou não conter verbos. •Ex. Eu estudei muito para passar no concurso. •Ai que dor!

Quanto à semântica (sentido), as frases podem ser: declarativas, interrogativas, imperativas (ordem), exclamativas (admiração), imprecativas (praga) ou optativas (desejo).

Classificação semântica das frases:

Classificação SEMÂNTICA

Declarativas

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João estava muito irritado com seu amigo.

Interrogativas

O que você quer?

Imperativas

Vá embora e não volte mais.

Exclamativas

Oh Deus!

Imprecativas ou Optativas

Até logo, fique em paz!

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Oração É uma frase que possui verbo e que, normalmente, estrutura-se com sujeito e predicado, que são os termos essenciais da oração.

•Ex. A vida é bela. •Há muitos carros estocados nas distribuidoras.

Os chamados termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Sujeito

Termos essenciais da oração Predicado

Analisando as orações abaixo:

A vida

é bela.

Sujeito

Predicado

Há muitos carros estocados nas distribuidoras. Predicado

Na oração acima, não há sujeito.

Período “É uma frase constituída de uma ou mais orações.” (D. P. Cegalla)

O período simples é constituído de uma oração, enquanto o período composto é formado por duas ou mais orações.

•Ex: Compramos pão e leite. (período simples) •Ele disse que viria amanhã. (período composto)

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2 - Sujeito

SUJEITO é quem pratica ou sofre a ação, ou simplesmente, aquele de quem se diz algo. •Ex. A casa dela é amarela. •As meninas brincavam no jardim. •Ela e suas amigas foram ao shopping.

O sujeito pode ser agente (quando age), paciente (quando sofre a ação) ou reflexivo (quando age e sofre a ação ao mesmo tempo). Exemplos: 

Pedro chutou a bola. (suj. agente)



A bola foi chutada por Pedro. (suj. paciente)



O velho olhou-se com atenção. (suj. reflexivo)

O sujeito é um dos termos ESSENCIAIS da oração.

Um substantivo ou pronome exerce a função de núcleo do sujeito, enquanto as palavras acessórias (artigos, adjetivos, numerais) são chamadas de adjuntos adnominais (acompanham o nome, determinando ou qualificando-o). Analisando os exemplos:

A

casa

Adj. Adnominal - AA

Núcleo

dela

é amarela.

Adj. Adnominal – AA

Sujeito

As

meninas

Adj. Adnominal - AA

brincavam no jardim.

Núcleo

Sujeito

Ela Núcleo

e

suas

amigas

Adj. Adnominal – AA

Núcleo

foram ao shopping.

Sujeito

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Repare que a frase logo acima possui dois núcleos (ela e amigas), por isso diz-se que o sujeito é composto. As demais, que possuem um só núcleo tem o sujeito simples.

O sujeito também pode vir oculto na oração, quando não está expresso mas podemos deduzi-lo. Exemplos: 

Ficamos até tarde na rua. (nós)



Fiz toda a tarefa. (eu)

O sujeito também pode não vir indicado na oração sem que tampouco seja possível deduzir quem é o agente da ação. Nesse caso temos o sujeito indeterminado. Isso acontece quando se flexiona o verbo na 3ª pessoa do plural (sem mencionar o sujeito) ou na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula “SE” (verbos intransitivos ou transitivos indiretos). Exemplos: 

Fizeram muita bagunça no desfile do dia da independência.



Vive-se bem aqui

Resumindo os tipos de sujeito:

Tipos de SUJEITO

Simples

João estava muito feliz.

Composto

João e Maria casaram-se.

Oculto ou Elíptico

(eu) Fiz a tarefa.

Indeterminado Oração sem sujeito

Quebraram o prato. Choveu muito.

2. 1 – Oração sem sujeito Há verbos conhecidos como impessoais, que indicam fato que não é atribuído a qualquer sujeito (não há sujeito na oração). Nesse caso, são flexionados na 3ª pessoa do singular. Prof. Bruno Spencer

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É o caso dos verbos HAVER (sentido de existir ou acontecer), SER, ESTAR, PASSAR, FAZER (sentido de tempo), ou mesmo verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como: CHOVER, VENTAR, TROVEJAR. Exemplos: 

Há muito o que se fazer por aqui.



Ontem estava muito frio.



Já passa das quatro horas.



Faz dez dias que ele viajou.



Choveu muito ontem.

3 – Predicado O predicado, termo ESSENCIAL da oração, é aquilo que se diz a respeito do sujeito. Ele pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

3.1 – Predicado Verbal Recebe esse nome pois tem em seu núcleo um verbo, que pode ser intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto.

Verbo Intransitivo Possui sentido completo, não exige complemento, podendo vir acompanhado de termos que lhe ampliem o sentido e detalhem melhor os fatos, tais como o adjunto adverbial. Exemplos: Choveu

muito.

verbo intransitivo

adjunto adverbial de intensidade

Predicado Verbal

Repare que a oração acima não tem sujeito!

A primavera sujeito

chegou. verbo intransitivo Predicado Verbal

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Verbo Transitivo Direto (TD) Necessita de um complemento para integrar o seu sentido. É introduzido sem necessidade de preposição. O complemento do objeto direto recebe o nome de objeto direto (OD). Exemplos: Ele sujeito

comeu

a pizza.

verbo transitivo direto - VTD

objeto direto - OD

Predicado Verbal

Todos

levantaram

a mão.

sujeito

verbo transitivo direto - VTD

objeto direto - OD

Predicado Verbal

Verbo Transitivo Indireto (TI) Tem o seu complemento - objeto indireto (OI) - introduzido por uma preposição. Exemplos: Crianças sujeito

gostam

de brincar.

verbo transitivo indireto - VTI

objeto indireto - OI

Predicado Verbal

O mestre Sujeito

falou

aos discípulos.

verbo transitivo indireto - VTI

objeto indireto - OI

Predicado Verbal

Verbo Transitivo Direto e Indireto (TDI) Há verbos que pedem dois complementos para expressar o seu sentido de maneira integral. Podendo, no entanto, em determinadas orações, usar-se apenas um dos dois complementos. Exemplos: Ele

pediu

sujeito

verbo TDI

um favor objeto direto - OD

aos seus filhos. objeto indireto - OI

Predicado Verbal

(Ele) sujeito oculto

Pagou verbo TDI

-

lhe objeto indireto – OI

a dívida. objeto direto - OD

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OBSERVAÇÃO - No pronome LHE está implícito a preposição “A”, pois é equivalente ao termo a ele(a). Os pronomes O(S), A(S) serão sempre OD. Já os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser OD ou OI, a depender do verbo que complementem.

3.2 – Predicado Nominal Tem esse nome porque o seu núcleo é um NOME – o predicativo do sujeito, que qualifica o sujeito da oração. O verbo da oração é chamado verbo de ligação, que constitui um elo entre o sujeito e o predicativo. •Ex. A vida é bela. •Maria parecia um anjo.

Análise sintática dos exemplos:

A vida sujeito

é

bela.

verbo de ligação - VL

predicativo do sujeito - PDS

Predicado Nominal

Maria sujeito

parecia verbo de ligação - VL

um anjo. predicativo do sujeito - PDS

Predicado Nominal

Seu pai sujeito

ficará

feliz.

verbo de ligação – VL

predicativo do sujeito - PDS

Predicado Nominal

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3.3 – Predicado Verbo-Nominal O predicado verbo-nominal tem dois núcleos, um verbo e um nome. Pode ser formado de duas maneiras: 

Verbo (intransitivo, TD ou TI) + predicativo do sujeito (PDS)



Verbo transitivo direto (TD) + predicativo do objeto (PDO)

Enquanto o predicativo do sujeito qualifica este, o predicativo do objeto qualifica o respectivo objeto direto da oração.

Exemplos: Todos

chegaram

sujeito

animados.

verbo Intransitivo -VI

predicativo do sujeito – PDS

Predicado Verbo-Nominal

A moça sujeito

abraçou

o namorado

verbo transitivo direto - VTD

satisfeita.

objeto direto – OD

predicativo do sujeito–PDS

Predicado Verbo-Nominal

Foram Sujeito indeterminado

VTI

felizes

ao parque.

predicativo do sujeito – PDS

objeto indireto - OI

Predicado Verbo-Nominal

Josué sujeito

achou

a casa

verbo transitivo direto – VTD

OD

bonita. predicativo do objeto – PDO

Predicado Verbo-Nominal

4 – Termos Integrantes da Oração São termos que integram o sentido da oração. Podem integrar verbos - complementos verbais (objetos direto e indireto); nomes – complemento nominal ou indicar o agente da voz passiva.

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Termos Integrantes da oração

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Objeto Direto - OD Complemento Verbal Complemento Nominal

(sem preposição) Objeto Indireto - OI (com preposição)

Agente da Passiva

4. 1 – Complementos Verbais São o objeto direto e o objeto indireto que complementam o sentido dos verbos transitivos. Vamos ver exemplos de casos especiais que podem ocorrer.

Objeto direto preposicionado

Pode ocorrer em determinados casos que um objeto direto venha precedido de preposição, a fim de dar mais clareza à oração ou ênfase à expressão. Normalmente isso ocorre com a preposição “A”. •Ex. Amava a ela mais que tudo. (OD é pronome oblíquo tônico) •Avistou seu adversário, a quem cumprimentou. (OD é o pronome relativo “QUEM”) •Amai uns aos outros. (expressão de reciprocidade) •Acertou ao alvo o atirador. (evitar confusão do sujeito com o objeto) •Teme a Deus, antes que seja tarde! (nomes próprios) •A mim, não me vencerá! (ênfase para OD antecipado) •Olhou a ambos com desprezo. (OD é o numeral “ambos”) •Presenteou a todos com sua presença. (pronomes indefinidos relativos a pessoas)

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Objeto direto pleonástico É usado no início da frase para enfatizá-lo. Depois, ele é repetido, sendo substituído por um pronome oblíquo.

•Ex. O amor, todos o trazem consigo. A dignidade, ele a tinha de sobra.

Objeto indireto pleonástico Ocorre de maneira similar ao objeto direto.

•Ex. A mim, o que me importa é ser feliz. Aos pais, nem todos lhes obedeçem.

4. 2 – Complemento Nominal Complementa o sentido de um NOME (substantivo, adjetivo ou advérbio) e é regido por preposição. Exemplos: Amor ao próximo Respeito aos pais Confiança na vitória

Trabalho pela paz Fé em Deus Feliz com o resultado

O complemento nominal só complementa substantivos abstratos e tem valor passivo.

1) FCC/Delegado/DPE RS/2011 Atenção: Responda à questão com base no texto. TEXTO EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas Prof. Bruno Spencer

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nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. (http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu mataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) A palavra pronunciamento é transitiva e exige a) complemento nominal. b) objeto indireto. c) objeto direto. d) adjetivo. e) predicativo do sujeito. Comentários: Alternativa A – Correta – Assim como os verbos transitivos (TD e TI) necessitam de complemento, os NOMES também podem ser complementados, a fim de ampliar o seu sentido ou pormenorizar a situação. Repare que o complemento não qualifica o nome “pronunciamento”, mas detalha o fato. Alternativa B – Incorreta – Quem exige objeto indireto são os verbos transitivos indiretos (exigem complemento introduzido por preposição). Alternativa C – Incorreta - Quem exige objeto direto são os verbos transitivos diretos (exigem complemento não introduzido por preposição). Alternativa D – Incorreta – Não há qualquer qualificação no complemento “ao conselho diretor do Wall Street Journal”. Alternativa E – Incorreta – Quem exige PDS são os verbos de ligação. Gabarito: A

4. 3 – Agente da Passiva É quem pratica a ação expressa na voz passiva. É o complemento do verbo nessa voz. Passando a oração para voz ativa, seria o sujeito da oração. •Ex. O país seguia governado pelos mesmos. Era um homem abençoado por Deus.

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A oração passiva que não possui agente, terá sujeito indeterminado caso seja convertida para a voz ativa. Exemplo:  

O plano foi cuidadosamente executado. (voz passiva) Executaram o plano cuidadosamente. (voz ativa)

5 – Termos Acessórios da Oração São termos que têm funções auxiliares na oração, podendo determinar os nomes, explicar, expressar circunstâncias, enfim complementar os termos principais da oração. Adjunto Adnominal

Termos acessórios da oração:

Adjunto Adverbial

determinar os nomes; explicar;

expressar circunstâncias;

Aposto

complementar os termos principais da oração.

Vocativo

5. 1 – Adjunto Adnominal

São termos que determinam ou qualificam o NOME. Podem ter essa função os artigos, adjetivos ou locuções adjetivas, numerais e pronomes adjetivos.

•Ex. A bela moça abraçou o namorado. Exemplos: A

bela

AA

AA

artigo

adjetivo

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moça núcleo do sujeito

abraçou VTD

substantivo

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o

namorado

AA

núcleo do OD

artigo

substantivo

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Quando o adjunto adnominal é formado por uma locução adjetiva, é preciso tomar CUIDADO para não confundir o termo com um complemento nominal!!! Os adjuntos adnominais sempre qualificam os substantivos concretos e os abstratos quando em sentido ativo.

Exemplos: Máscara de ferro (adjunto adnominal) – subst. concreto Cara de pau (adjunto adnominal) – subst. concreto Discurso do rei (AA) – termo ativo – (o rei discursa) Amor de pai (AA) – termo ativo – (o pai ama)

Plantio de mudas (CN) – termo passivo – (as mudas são plantadas) Descoberta do ouro (CN) – termo passivo – (o ouro é descoberto)

Como já dissemos antes, se o termo determinado for um adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato (caráter passivo) seu complemento será um CN.

COMPLEMENTO NOMINAL Adjetivos Advérbios Substantivos Abstratos (PASSIVO)

ADJUNTO ADNOMINAL Substantivos Concretos Substantivos Abstratos (ATIVO)

2) CESPE/TEFC/TCU/2004 A EMBRAPA virou símbolo de excelência na administração pública. Em mais uma década, terá sido a responsável pela melhoria do padrão nutricional dos brasileiros, por meio de um programa para a produção de alimentos mais saudáveis. Os componentes de nossa dieta básica arroz, feijão, milho, soja estão sendo pesquisados para que adquiram teores mais elevados de vitaminas, proteínas e aminoácidos. Do projeto, há poucos anos surgiu a cenoura com mais procaroteno (que ajuda no combate à cegueira), já incorporada ao mercado. A presidente interina da EMBRAPA, Marisa Barbosa, acentua que outros resultados positivos serão alcançados nos próximos anos. Com isso, o índice de subnutrição Prof. Bruno Spencer

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e doenças dela resultantes serão gradativamente reduzidos. Alimentos denominados funcionais, proteicamente enriquecidos, estão sendo pesquisados para combater a diabetes e o envelhecimento. Nada a ver com transformação genética. A EMBRAPA tem 2.220 pesquisadores, sendo 1.100 com doutorado. Jornal do Brasil (Informe JB), 15/3/2004, p. A6 (com adaptações). Tendo em vista o texto acima e o tema nele focalizado, julgue os itens seguintes. Na linha referenciada em vermelho, as palavras "subnutrição" e "doenças" estão exercendo a função de complemento da palavra "índice". Certo Errado Comentários: Mais uma questão para se ter muito cuidado. Primeiramente, vemos que “doenças”, assim como “índice” é núcleo do sujeito composto da oração. Em segundo lugar, observamos que o termo “de subnutrição” é adjunto adnominal. A palavra “índice” é um substantivo concreto, pois não é qualidade, ação, sentimento, sensação ou estado. Por outro lado, podemos substituir a expressão “de subnutrição” pelo adjetivo subnutricional ficando mais claro o valor adjetivo da expressão. Gabarito: E

5. 2 – Adjunto Adverbial É como se chama um advérbio ou locução adverbial no contexto de uma oração. Modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio, indicando uma circunstancia de tempo, lugar, modo, intensidade, companhia, negação e etc. •Ex. Choveu muito. •Ele morava longe. •Às vezes ele acertava. Exemplos: Choveu

muito.

verbo intransitivo Oração sem sujeito - OSS

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adjunto adverbial de intensidade

Predicado Verbal

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Ele

morava verbo intransitivo - VI

Sujeito

muito

distante.

AAV de intensidade

AAV de lugar

Predicado Verbal

Às vezes

chega

AAV de tempo

VI

bem

cedo.

AAV de intensidade

AAV de tempo

suj. oculto (ele(a))

Predicado Verbal

5. 3 – Aposto Tem a função de explicar, especificar, enumerar ou resumir um termo substantivo.

Exemplos:

Explicativo

• Recife, capital de Pernambuco, é uma bela cidade.

Resumitivo ou Recapitulativo

• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas são belas cidades. • Só me arrependo de uma coisa, aquela que não fiz.

Especificativo

• Meu irmão Fernando é muito inteligente.

Enumerativo

• O melhor da vida são duas coisas: sonhar e realizar.

Distributivo

• Tinham grandes qualidades, ele o respeito e ela o carinho.

5. 4 – Vocativo É usado para chamar, nomear ou invocar uma pessoa ou algo a quem nos dirigimos na oração. O vocativo não é parte do sujeito nem do predicado. •Ex. Carlos, estou aqui! Olhai por nós, ó Jesus! Meu amigo, siga o seu caminho! Prof. Bruno Spencer

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6 – Análise Sintática Vamos analisar algumas frases para servir de base para que vocês possam praticar nos exercícios propostos. Aconselho vocês a fazerem esse tipo de análise antes de responderem as questões. Isso facilita muito a nossa vida na hora da prova, pois muitas vezes precisaremos fazer isso de maneira rápida e precisa.

A AA

descoberta núcleo

do

fogo CN

foi VL

um

marco

AA

sujeito

da

PDS

história. CN

Predicado Nominal

Os termos “do fogo” e “da história” são complementos nominais, pois complementam substantivos abstratos e têm caráter passivo (o fogo foi descoberto, a história foi marcada).

O

índice

AA

núcleo

de subnutrição e doenças AA

núcleo

sujeito composto

serão VL

reduzidos. PDS

Predicado Nominal

Pessoal, novamente estamos estudando um assunto básico (no melhor sentido – PORQUE É PARTE DA BASE), por isso, raramente cobrado pela nossa querida ESAF de maneira DIRETA. Atentem que essa nossa amiga adora exigir o conhecimento do candidato de maneira mais consolidada, por meio de questões mais complexas, que envolvem os conhecimentos básicos aliados a nuances mais avançadas do conhecimento linguístico. Porém este assunto é de FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA para o nosso estudo da Lingua Portuguesa. Sem o seu PERFEITO ENTENDIMENTO, não poderíamos seguir adiante para assuntos que certamente vão exigi-lo de maneira quase que automática. Nesse intuito, novamente, precisamos incluir bastantes questões de outras bancas para que vocês pratiquem e revisem bem este conhecimento. Vamos praticar!!!

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7 – Questões Comentadas 3) ESAF/ADA/SRFB/2016 Texto para a questão. ...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo: — Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez. — É verdade, concordou Honório envergonhado. Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem. [...] ASSIS, Machado de. A Carteira. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1974. v. 2, p. 961. Disponível em: Acesso em 25 fev. 2016. A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis” exercem, respectivamente, as funções de a) adjunto adnominal e aposto. b) predicativo de objeto e vocativo. c) predicativo de sujeito e aposto. d) adjunto adnominal e objeto direto. e) adjunto adnominal e adjunto adverbial. Comentários: “... concordou Honório envergonhado” Note que a oração acima está invertida. Façamos a seguinte pergunta: Quem concordou?? Honório. Pois este é o sujeito, quem praticou a ação do verbo CONCORDAR. Vamos reescrever a oração de forma direta: Prof. Bruno Spencer

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Honório (sujeito) concordou (V Intransitivo) envergonhado (PDS) Temos acima um caso de predicado verbo-nominal, em que o sujeito pratica uma ação descrita por um verbo intransitivo e ainda assim é qualificado por um predicativo. Vamos ao segundo termo: “Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil réis” Notemos que o termo “quatrocentos e tantos mil réis” explica o termo anterior “dívida”, podendo até mesmo substituí-lo na oração, sem qualquer prejuízo semântico. Essas são características fundamentais do aposto explicativo. • Recife, capital de Pernambuco, é uma bela cidade.

Explicativo

Resumitivo ou Recapitulativo

• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas são belas cidades. • Só me arrependo de uma coisa, aquela que não fiz.

Especificativo

• Meu irmão Fernando é muito inteligente.

Enumerativo

• O melhor da vida são duas coisas: sonhar e realizar.

Distributivo

• Tinham grandes qualidades, ele o respeito e ela o carinho.

Gabarito: C

4) ESAF/AFC/CGU/2002 A economia brasileira, há alguns anos, apresentava fortes barreiras protecionistas, e controles cambiais provocavam a valorização artificial do câmbio comercial, havendo ágio expressivo no mercado livre. A realidade hoje é outra. As barreiras tarifárias foram muito reduzidas, a taxa de câmbio é flutuante e não há diferença significativa entre o mercado oficial e o paralelo. Os modelos econométricos disponíveis, por menos precisos que sejam, são unânimes em apontar para uma desvalorização do real acima do seu equilíbrio de longo prazo, e não o contrário. Logo, onde está o problema? Por que gastar escassos recursos públicos pois não se faz política industrial sem eles para poupar divisas quando o mercado já está bem sinalizado nesta direção? Pode até haver outras razões para justificar a política proposta. Mas economia de divisas não é uma delas. (Adaptado de Cláudio Haddad) Assinale a opção em que as duas expressões exercem a mesma função sintática no texto.

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a) "controles cambiais" = "fortes barreiras protecionistas" b) "a valorização artificial do câmbio comercial" = "A economia brasileira" c) "há alguns anos" = "hoje" d) "a taxa de câmbio" = "diferença significativa" e) "escassos recursos públicos" = "o mercado" Comentários: Alternativa A – Incorreta – A primeira expressão é sujeito da oração que inicia. “controles cambiais (sujeito) provocavam (VTD) a valorização artificial do câmbio comercial (OD)” Por sua vez, a segunda é objeto direto da oração que conclui. “A economia brasileira (sujeito), ________, apresentava (VTD) fortes barreiras protecionistas (OD)”. Alternativa B – Incorreta – A primeira é objeto direto, complementando a forma verbal “provocavam”. Já “a economia brasileira” é sujeito da primeira oração do texto. Alternativa C – Correta – A expressão “há alguns anos” é adjunto adverbial de tempo, assim como “hoje”. Ambos situam acontecimentos no tempo. Alternativa D – Incorreta - “A taxa de câmbio” é sujeito da oração “a taxa de câmbio é flutuante”. O termo “diferença significativa” é objeto direto da forma verbal “há”. Repare que o verbo HAVER no sentido de existir não tem sujeito, pois é impessoal. Alternativa E – Incorreta – “Escassos recursos públicos” é objeto direto da oração “Por que gastar escassos recursos públicos“ (quem gasta, gasta algo). “O mercado” é sujeito da oração “o mercado já está bem sinalizado nesta direção”. Gabarito: C

5) ESAF/Procurador/BACEN/2001 Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas do texto abaixo. Temos uma legislação processual com dispositivos que permitem ao devedor, a pretexto de questionar uma cláusula contratual ou uma garantia dada em uma operação, deixar de pagar o principal. O que isso traz de conseqüência? Traz um aumento muito grande de inadimplência, que se traduz em um aumento de custo para o tomador. O prejuízo operacional sofrido pela instituição financeira, em decorrência dessa inadimplência, faz com que os bons pagadores acabem arcando com parte dessa conta, suportando uma taxa de juro maior e até Prof. Bruno Spencer

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desestimulando outros tomadores, que gostariam de expandir ou crescer seus empreendimentos com apoio no crédito. (Gabriel Jorge Ferreira, em entrevista à Resenha BM&F, com adaptações) a) A forma verbal "Temos", ao iniciar o texto, indica que autor e leitores partilham a situação que vem descrita a seguir. b) A oração "deixar de pagar o principal", apesar de não ter sujeito gramatical, refere-se semanticamente a "devedor". c) O pronome "que" refere-se a "inadimplência" e constitui o sujeito da oração em que ocorre. d) A oração reduzida "sofrido pela instituição financeira" corresponde à idéia que também pode ser expressa pela oração que a instituição financeira sofreu. e) "dessa inadimplência" constitui o sujeito da oração que tem como predicado "faz". Comentários: Alternativa A – Correta – Podemos inferir o sujeito oculto “nós”, o que está de acordo com o que afirma o examinador. Alternativa B – Correta – O verbo PERMITIR é TDI, pois permite-se algo a alguém. Na frase acima é permitido ao devedor (OI) deixar de pagar a dívida (OD). Repare que esta expressão é utilizada como objeto direto do verbo PERMITIR e que “ao devedor” é o objeto indireto. Realmente, a oração citada refere-se ao termo “devedor” (a ele é permitido deixar de pagar o principal), sem que esse seja sujeito da oração. Alternativa C – Correta – O termo “que”, nesse trecho, é pronome relativo, podendo ser substituido por “a qual”, faz referência a “inadimplência” e é o sujeito da oração. Para comprovarmos, podemos substituir o termo “que” por “a inadimplência”. Alternativa D – Correta – Veremos esse assunto na próxima aula, mas nada impede que façamos a substituição dos trechos e verifiquemos que ambos têm o mesmo sentido e encaixam-se perfeitamente no texto. Alternativa E – Incorreta - A expressão “dessa inadimplência” é complemento nominal de “decorrência”, pois completa o seu sentido. ATENÇÃO: Um sujeito NUNCA pode vir preposicionado. Devemos ler toda a frase para achar o sujeito, pois é comum o uso de orações e termos intercalados para tentar enganar o candidato. “Limpando” a frase, teríamos o seguinte: “O prejuízo operacional faz com que os bons pagadores acabem arcando com parte dessa conta”. Prof. Bruno Spencer

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Aí fica mais fácil percebermos que o sujeito é “o prejuízo operacional”. O predicado, por sua vez, é todo o restante da oração transcrita acima. Gabarito: E

6) ESAF/TSIET/DNIT/Estradas/2013 Considere o texto abaixo para responder à questão. Ônibus lotados, alguns em péssimo estado, engarrafamentos, demora em chegar ao local desejado. A péssima qualidade do transporte coletivo é(a) um problema que atinge muitas capitais brasileiras. Para especialistas em planejamento urbano, o crescimento desordenado pode ser apontado como o responsável por essa situação. Isso gera(b) uma fragmentação de espaços que exige(c) que as pessoas façam longos deslocamentos. Consequentemente, a maioria das grandes cidades hoje no Brasil, por terem essa característica, geram esses problemas de congestionamentos e transporte públicos lotados. Resolver estes problemas é(d) alguns dos grandes desafios dos prefeitos nas médias e grandes cidades. Cabe a eles garantir a mobilidade das pessoas nos lugares onde elas vivem. O transporte público coletivo é(e) responsabilidade das prefeituras e o usuário espera que funcione. (Adaptado de http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/08/vejaopapeldasprefeituras quantoaosproblemasdotransportecoletivo.html, acesso em 4/12/2012) Assinale a opção em que a flexão do verbo está no singular porque deve concordar com um sujeito sintático em forma de oração. a) “é” b) “gera” c) “exige” d) “é” e) “é” Comentários: Alternativa A – Incorreta – O sujeito é “a péssima qualidade do transporte coletivo”, onde “qualidade” é o seu núcleo. Note que não há verbo, logo, o sujeito não é uma oração. Alternativa B – Incorreta – O sujeito da oração é “isso”. Mesmo referindo-se ao que foi dito antes no texto, trata-se de períodos diferentes. Note que o enunciado fala em sujeito sintático (a análise limita-se à frase). No caso do sujeito semântico, o que importa é quem de fato pratica a ação, podendo levar em consideração todo o texto.

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Alternativa C – Incorreta – O pronome relativo “que” é o sujeito da oração e refere-se a “uma fragmentação de espaços” (sujeito semântico). Alternativa D – Correta – Realmente, o sujeito da oração é uma outra oração (assunto que detalharemos na próxima aula) “resolver estes problemas”. “Resolver estes problemas (= ISSO) é alguns dos grandes desafios...” Alternativa E – Incorreta – O sujeito é “o transporte público coletivo”. Gabarito: D

7) ESAF/AFRFB/Auditoria/2000 (adaptada) Leia o texto abaixo, para responder à questão Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio, que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do Milênio). Conseguiram barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ninguém menos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro. Há poucas semanas, o novo alvo da fúria antiglobalizante foi o Fundo Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, a bela capital da República Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e forçaram os organizadores do encontro a antecipar o fim da reunião. A voz rouca das ruas parece gritar em uníssono um sonoro não à globalização e ao liberalismo. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.136 ) Quanto às estruturas sintáticas do texto, assinale certo ou errado para a afirmativa abaixo. O sujeito de "conseguiram" e de "ridicularizaram" é "milhares de pessoas". Comentários: Apesar de os verbos estarem na 3ª pessoa do plural (o que caracteriza o sujeito indeterminado), pelo sentido do texto (análise semântica), podemos inferir que o sujeito da oração é de fato "milhares de pessoas". “Em dezembro do ano passado (AAV de tempo), milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio (AAV de finalidade), que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do Milênio)(oração explicativa). Conseguiram barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ninguém menos que o presidente americano Bill Clinton” Gabarito: C

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8) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 ... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) ... que já acabou com a garoa... b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira... c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia... Comentários: O verbo ADOTAR é transitivo direto – TD (adotar algo/alguém) Alternativa A – Incorreta – O verbo ACABAR, no sentido empregado, é transitivo indireto - TI (acabar COM algo). Alternativa B – Correta – Produziu o quê? Uma obra prima! (Produzir algo)-TD Alternativa C – Incorreta – ...se sobrepôs a quê? A (prep) + a (art) = à velha cidadezinha... ATENÇÃO – sempre que há crase, há preposição! Alternativa D – Incorreta – Observe que “um paulista” qualifica o sujeito “Adoniran Barbosa”. O PDS é ligado ao sujeito por um verbo de ligação. Alternativa E – Incorreta – O verbo FUGIR é intransitivo, por isso não pede complemento, no entanto, ele pode ser acompanhado de um adjunto adverbial que amplie ou modifique o seu sentido, como é o caso de “para a terra da poesia” (AAV de lugar) e “com ela e conosco” (AAV de companhia). Gabarito: B

9) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Sistemas/2012

Especializado/Programação

de

Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. b) A vertente é uma só... c) Pouco importam as fontes de onde procedem. d) ... seu caráter lustral as universaliza.

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e) Viajou a Portugal... Comentários: O verbo ENCARNAR, no sentido empregado, é transitivo direto – TD (encarnar algo). Alternativa A – Incorreta – O verbo REPERCUTIR é intransitivo, sendo “complementado” por um AAV de lugar (algo repercute). Alternativa B – Incorreta – O verbo SER é verbo de ligação, portanto o seu complemento é um predicativo do sujeito – PDS. Alternativa C – Incorreta – O verbo IMPORTAR significa ter importância, por isso é intransitivo (isso importa = isso tem importância). O verbo PROCEDER foi empregado no sentido de originar-se, portanto, também é intransitivo, sendo complementado por um AAV de lugar (as fontes procedem de algum lugar). Alternativa D – Correta – O pronome oblíquo “AS” substitui um termo com função de objeto direto. Alternativa E – Incorreta – Viajar a algum lugar – transitivo indireto Gabarito: D

10)

FCC/Aux FF II/TCESP/2012

... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em: a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ... b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ... c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ... d) ... de algo que está além de nossa compreensão ... e) ... ele o convoca constantemente. Comentários: Alguém interfere em algo, por isso o verbo INTERFERIR é transitivo indireto. “ela (sujeito) não (AAV negação) interfira (VTI) de forma excessiva (AAV modo) em seus projetos (OI)” Alternativa A – Incorreta – O verbo ANULAR é transitivo direto. As forças anulam o quê? Anulam (VTD) tudo aquilo (OD). Alternativa B – Correta – O verbo LIDAR é TI, pois sempre alguém lida com alguma coisa/outrem. “lidar com a realidade”

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Alternativa C – Incorreta – O pronome oblíquo “nos” tem a função de complementar a forma verbal “deixando”. O pronome “nos” exerce a função de objeto direto. Deixando (VTD) nos (OD) desarmados e atônitos (PDO) Alternativa D – Incorreta – O verbo ESTAR, na oração, é intransitivo! ATENÇÃO – nem sempre o verbo ESTAR será de ligação!!! Ex. Ele (sujeito) está (VI) em casa (AAV de lugar). Alternativa E – Incorreta – Os pronomes oblíquos A(S) e O(S) sempre serão objeto direto. Gabarito: B

11)

FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. Professor de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Wilson Mozena acredita que esse cenário de preocupação ambiental vem mudando, principalmente com projetos como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. O pesquisador explica que os sistemas de integração e de plantio direto promovem benefícios vitais para o solo. O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta, colocando, por exemplo, milho junto com eucalipto, auxilia tanto no “sequestro” do carbono como na manutenção de uma terra fértil. “Nesse sistema, junto com o milho, planta-se a semente da forrageira [planta usada para alimentar o gado]. O milho nasce e essa planta fica na sombra até quando o milho é colhido para o gado pastar, explica. Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Quando a terra é arada os restos são incorporados e os microorganismos que decompõem esses restos morrem sem alimento e o carbono vai para a atmosfera. “Quando se deixam nutrientes no solo, os micro-organismos aumentam para decompor os nutrientes e ficam na terra se alimentando. O carbono permanece com eles, não subindo para a atmosfera”. (Adaptado de: MARCELINO, Sarah Teófilo. “Fazenda em Goiás mantém a esperança da preservação do cerrado”. Disponível em: http://sustentabilidade.estadao.com.br. Acessado em: 25/09/14)

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Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão... O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado acima está também grifado em: a) Ao viajar pelo estado... b) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás... c) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. d) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. e) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. Comentários: o sequestro do carbono (sujeito) contribui (VTI) para diminuir a emissão (OI) Alternativa A – Incorreta – O termo “pelo estado” tem função de AAV de lugar. Alternativa B – Incorreta – O termo “o estado de Goiás” é objeto direto que complementa a forma verbal “cobre”. Alternativa C – Correta – Como o verbo VER é TD, a forma verbal “se vê” é uma forma passiva sintética. Vamos reorganizar a frase: Quando, lá no meio, se vê a coloração viva do ipê em um pasto imenso Agora, passando para a voz passiva analítica: Quando, lá no meio, a coloração viva do ipê é vista em um pasto imenso Aí fica mais evidente que o termo sublinhado é o sujeito passivo da oração. Alternativa D – Incorreta – A expressão sublinhada, que modifica a forma verbal “sofrendo”, é um AAV de causa (por causa do avanço das monoculturas). Alternativa E – Incorreta – “a monocultura (sujeito) é (VL) a maior vilã da terra (PDS)” Perguntamos então, qual a função sintática do termo sublinhado? O termo “Para o professor” trata-se de um dativo de opinião, termo raramente visto em provas de concursos, que serve para exprimir a opinião de uma pessoa. Ex. Para ele, a vida é uma aventura. Gabarito: C

12)

FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2007 (adaptado)

Lei de Responsabilidade Fiscal, correlação entre metas e riscos fiscais e o impacto dos déficits públicos para as gerações futuras (...) Nesse sentido, seria possível afirmar que poderiam surgir novas formas de alocação de recursos que eliminariam os déficits, não necessariamente impondo ônus adicionais às gerações futuras. Prof. Bruno Spencer

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(...) (Gilmar Ferreira Mendes, com adaptações. Disponível em: ) No trecho "não necessariamente impondo ônus adicionais às gerações futuras", o termo grifado exerce a função sintática de: a) adjunto adverbial. b) adjunto adnominal. c) complemento nominal. d) sujeito. e) objeto indireto. Comentários: Muito cuidado com esse tipo de questão, para não confundirmos o objeto indireto com o complemento nominal. O verbo IMPOR é TDI pois se impõe algo a alguém. Nesse caso, o “ônus” é imposto “às gerações futuras”. Note que “gerações futuras” é objeto indireto, mas refere-se ao objeto direto “ônus”, podendo ser facilmente confundido com um complemento nominal. Portanto preste atenção ao verbo e sua transitividade. É sempre bom fazer uma análise sintática geral da oração ou mesmo do período para se ver “quem é quem”. Gabarito: E

13)

FCC/AFTM/Pref SP/2007 Da impunidade

O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos. Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes Prof. Bruno Spencer

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apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações. Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por têla infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade. (Inácio Leal Pontes) O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção: a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social. b) É nessa condição que vivem os animais. c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das transgressões. d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade. e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica. Comentários: Alternativa A – Incorreta – Vamos lá pessoal! O verbo ENCONTRAR é transitivo direto – TD (encontrar ALGUÉM/ALGO). Portanto, sabemos que o “SE” faz o papel de pronome apassivador. Assim, temos que “uma forma definitiva de organização social” é o sujeito passivo da oração. Uma forma definitiva de organização social não foi encontrada. Alternativa B – Incorreta – A frase poderia ser reescrita da seguinte maneira: Os animais é que vivem nessa condição. A forma verbal “é”, assim como o termo “que” são palavras de realce, sem uma função sintática específica dentro da

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oração. O termo “nessa condição” é adjunto adverbial de modo, indicando a circunstância do fato. Alternativa C – Incorreta – O termo “estímulos” é objeto direto da forma verbal “tornando-se”. O sujeito da oração é “tais delitos”. Alternativa D – Correta – O examinador inverteu a frase para tentar confundir os candidatos. Na forma direta fica fácil. “Isso ocorre por conta das reiteradas situações de impunidade”. Alternativa E – Incorreta – O período está na voz passiva sintética (verbo reconhecer é TD). Passando para a forma passiva analítica e direta fica mais fácil perceber. “Um princípio da lei mosaica deve ser reconhecido na interdição.” Gabarito: D

14)

FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2011

Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. No período destacado acima, o SE classifica-se como a) pronome reflexivo. b) partícula apassivadora. c) parte integrante do verbo. d) pronome oblíquo. e) indeterminador do sujeito. Comentários: Alternativa A – Incorreta – temos casos em que o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, é o que chamamos de voz REFLEXIVA. Para formarmos a reflexiva, precisamos dos pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, que terão o valor de (a mim, a ti, a si, a nós, a vós) mesmo (s). Exemplo: O menino cortou-se ao brincar com a tesoura. (a si mesmo) Alternativa B – Incorreta – A voz passiva pode apresentar-se também na forma SINTÉTICA, com auxílio do pronome “SE”, que recebe o nome de pronome apassivador. Só admitem voz passiva os verbos transitivos diretos. Alternativa C – Incorreta – O SE não integra o verbo TRATAR. Alternativa D – Incorreta – Pronome oblíquo é a classificação morfológica da palavra SE quando ela substitui algum termo na oração.

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Alternativa E – Correta - O sujeito pode não vir indicado na oração sem que tampouco seja possível deduzir quem é o agente da ação. Nesse caso temos o sujeito indeterminado. Isso acontece quando se flexiona o verbo na 3ª pessoa do plural (sem mencionar o sujeito) ou na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula “SE” (verbos intransitivos ou transitivos indiretos). Exemplos: 

Fizeram muita bagunça no desfile do dia da independência.



Vive-se bem aqui.

Vamos à análise da questão: Quem trata, trata de alguma coisa. Portanto, verificamos que o verbo TRATAR é transitivo indireto – TI. Quando a partícula SE acompanha um verbo transitivo indireto ou intransitivo ela serve para indeterminar o sujeito. Gabarito: E

15)

CESPE/TJ/TRE- MS/Administrativa/Contabilidade/2013

Texto para a questão A soberania popular pode ser exercida, juridicamente, por meio de três modelos: democracia participativa ou direta, democracia representativa ou indireta e democracia semidireta. Na democracia direta, o povo participa diretamente da vida política do Estado, exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o povo exerce de modo imediato as funções públicas. Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo. A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições(d) que disciplinam a participação popular no processo político, que formam os direitos políticos(e) que qualificam a cidadania, como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim, mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo. Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação direta do povo nas funções de governo. Esses instrumentos de participação dão ao povo, conservadas, embora em parte, as formas representativas, a palavra final relativa a todo o ato governativo. Como exemplo desses instrumentos, podem ser citados o referendo e o plebiscito. Internet: (com adaptações).

O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam” é a) o pronome “que” imediatamente antecedente. Prof. Bruno Spencer

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b) oculto. c) indeterminado. d) a expressão “um conjunto de instituições”. e) a expressão “os direitos políticos” Comentários: Alternativa A – Correta – “A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições (d) que disciplinam a participação popular no processo político, que (sujeito) formam (VTD) os direitos políticos (OD) que qualificam a cidadania... “ O sujeito da oração indicada é o pronome relativo “que”, ele substitui o termo “um conjunto de instituições”. APROFUNDANDO o comentário... Aí você pergunta, como saber se o “que” está realmente se referindo a esse termo e não a “processo político”? Observe a concordância utilizada pelo autor. O verbo FORMAR está flexionado no plural, igualmente a “disciplinam”, formando orações paralelas. Alternativa B – Incorreta – O sujeito não está oculto. O sujeito oculto ocorre quando não está escrito mas podemos deduzi-lo. Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é determinado. O sujeito indeterminado não vem indicado na oração tampouco é possível deduzir quem é o agente da ação. Alternativa D – Incorreta – De fato, o agente da ação é realmente o termo “um conjunto de instituições” ao qual o pronome “que” se refere. Porém, quando se pergunta o sujeito da oração, está perguntando-se do sujeito SINTÁTICO que é o pronome “que”. Alternativa E – Incorreta – A expressão “os direitos políticos” é o objeto direto da oração. Gabarito: A

16)

FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012

... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) ... que já acabou com a garoa... b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira... c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia... Prof. Bruno Spencer

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Comentários: O verbo ADOTAR é transitivo direto – TD (adotar algo/alguém) Alternativa A – Incorreta – O verbo ACABAR, no sentido empregado, é transitivo indireto - TI (acabar COM algo). Alternativa B – Correta – Produziu o quê? Uma obra prima! (Produzir algo)-TD Alternativa C – Incorreta – ...se sobrepôs a quê? A (prep) + a (art) = à velha cidadezinha... ATENÇÃO – sempre que há crase, há preposição! Alternativa D – Incorreta – Observe que “um paulista” qualifica o sujeito “Adoniran Barbosa”. O PDS é ligado ao sujeito por um verbo de ligação. Alternativa E – Incorreta – O verbo FUGIR é intransitivo, por isso não pede complemento, no entanto, ele pode ser acompanhado de um adjunto adverbial que amplie ou modifique o seu sentido, como é o caso de “para a terra da poesia” (AAV de lugar) e “com ela e conosco” (AAV de companhia). Gabarito: B

17) FCC/TJ/TRE Sistemas/2012

SP/Apoio

Especializado/Programação

de

Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. b) A vertente é uma só... c) Pouco importam as fontes de onde procedem. d) ... seu caráter lustral as universaliza. e) Viajou a Portugal... Comentários: O verbo ENCARNAR, no sentido empregado, é transitivo direto – TD (encarnar algo). Alternativa A – Incorreta – O verbo REPERCUTIR é intransitivo, sendo “complementado” por um AAV de lugar (algo repercute). Alternativa B – Incorreta – O verbo SER é verbo de ligação, portanto o seu complemento é um predicativo do sujeito – PDS. Alternativa C – Incorreta – O verbo IMPORTAR significa ter importância, por isso é intransitivo (isso importa = isso tem importância).

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O verbo PROCEDER foi empregado no sentido de originar-se, portanto, também é intransitivo, sendo complementado por um AAV de lugar (as fontes procedem de algum lugar). Alternativa D – Correta – O pronome oblíquo “AS” substitui um termo com função de objeto direto. Alternativa E – Incorreta – Viajar a algum lugar – transitivo indireto Gabarito: D

18) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem Especialidade"/2011 A COP-16, em Cancún, no México, é mais uma rodada global sobre as ações para impedir uma catástrofe climática na Terra. Infelizmente, as expectativas de progresso estão muito aquém das necessidades. Achar uma notícia animadora em relação ao meio ambiente é tarefa árdua. Por exemplo, as emissões de CO2, o mais abundante dos gases-estufa, caíram 1,3% em 2009 devido à recessão mundial. Mas isso foi apenas a metade do esperado. E a previsão dos cientistas é de que a liberação, por queima de carvão, petróleo e gás, atinja o pico histórico já este ano. Além disso, a concentração de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso atingiu, em 2009, o maior nível desde a Revolução Industrial, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos. Todos os compromissos ali assumidos são voluntários. Os participantes da COP-16 bem poderiam, para avançar, inspirar-se na última reunião sobre biodiversidade, em outubro, em Nagoia, Japão. Ali, apesar de persistentes dificuldades, delegados de quase 200 países concordaram em frear a perda de espécies no planeta, com novas metas até 2020. O Globo, 28/11/2010. Acerca dos sentidos e de aspectos estruturais e gramaticais do texto acima, julgue o item seguinte. Em "inspirar-se", a partícula "se" indica que o sujeito da oração é indeterminado. Certo Errado Comentários: O sujeito pode não vir indicado na oração sem que tampouco seja possível deduzir quem é o agente da ação. Nesse caso temos o sujeito indeterminado.

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Isso acontece quando se flexiona o verbo na 3ª pessoa do plural (sem se mencionar o sujeito) ou na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula “SE” (verbos intransitivos ou transitivos indiretos). Exemplos: 

Fizeram muita bagunça no desfile do dia da independência.



Vive-se bem aqui

Essa questão exigiu um pouco mais de atenção do candidato, que, à primeira vista poderia achar que o “SE” trata-se de um pronome reflexivo. Na verdade, esse “SE” é parte integrante do verbo INSPIRAR-SE, ou seja, é um verbo pronominal, assim como formar-se, queixar-se, sentar-se e etc. Note que ninguém inspira (sorver o ar) a si mesmo. Já a forma INSPIRAR-SE tem o sentido de alcançar uma inspiração, que é o sentido do texto. O sujeito da oração, por sua vez é o termo “os participantes da COP-16”. Gabarito: E

19)

FUNCAB/AA/PRF/2014

Texto Falta de educação e velocidade Os anjos da morte estão cansados de nos recolher, a nós que nos matamos ou somos assassinados no tráfego das estradas, cidades, esquinas deste país. Os anjos da morte estão exaustos de pegar restos de vidas botadas fora. [...] Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício. [...] Outro dia observei na televisão um motorista, apanhado a quase 200 por hora, sendo entrevistado ainda dentro do carro. Fiquei impressionada com seu sorriso idiota, o arzinho arrogante, o jeito desafiador com que encarou a câmera num silêncio ofendido, quando perguntado sobre as razões da sua insanidade. Todo o seu ar era de quem estava coberto de razão: a lei e a segurança dos outros e a dele próprio nada valiam diante da sua onipotência. Atenção: os jovens são em geral, mas não sempre mais arrojados, mais imprudentes, têm menos experiência na direção. Portanto, são mais inclinados a acidentes, bobos ou fatais, em que a gente mata e morre. Mas há um número, impressionante de adultos mais homens do que mulheres, diga-se de passagem, porque talvez sejam biologicamente mais agressivos cometendo loucuras ao dirigir, avançando o sinal, quase empurrando o veículo da frente com seu parachoque, não cedendo passagem, ultrapassando em locais absurdos sem a menor segurança, bebendo antes de dirigir, enfim, usando o carro como um punhal hostil ou um falo frustrado.

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[...] Precisamos em quase tudo de autoridade e respeito, para que haja uma reforma generalizada, passando da desordem e do caos a algum tipo de segurança e bem-estar. Os motoristas americanos e europeus impressionam pela educação. Não por serem bonzinhos ou melhores do que nós, mas porque temem a lei, a punição, a cassação da carteira, a prisão, por coisas que aqui entre nós são consideradas apenas “normais", meros detalhes, “todo mundo faz assim". Autoridade justa, mas muito rigorosa, é o que talvez nos deixe mais lúcidos e mais bem-educados: em casa, na escola, na rua, na estrada, no bar, no clube, dentro do nosso carro. E os fatigados anjos da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco. (Lya Luft. Revista Veja, n° 2048, 20/02/2008.) Em uma das alternativas a seguir, o termo destacado do texto funciona como objeto direto da oração a qual pertence. Assinale-o, a) “cansados" (§ 1) b) “por todo esse desperdício" (§ 1) c) “ restos de vidas" (§ 1) d) “de autoridade e respeito" (§4) e) “Todo o seu ar" (§ 2) Comentários: Alternativa A - Incorreta – “Os anjos da morte (sujeito) estão ( verbo de ligação- VL) cansados (predicativo do sujeito – PDS)” Alternativa B - Incorreta – “anjos da morte (sujeito) suspiram (verbo intransitivo – I) por todo esse desperdício (adjunto adverbial – AAV)” Alternativa C - Correta – “pegar (VTD) restos de vidas (OD)” Alternativa D - Incorreta – “Precisamos (VTI) em quase tudo (AAV) de autoridade e respeito (OI) = de autoridade e de respeito” Alternativa E - Incorreta – “Todo o seu ar (sujeito) era (VL) de quem estava coberto de razão (PDS)” Gabarito: C

20) CESPE/TEFC/TCU/Apoio Técnico e Administrativo/Técnica Administrativa/2012 As discussões, no Brasil, sobre a criação de um tribunal de contas durariam quase um século, polarizadas entre os que defendiam sua necessidade — para quem as contas públicas deviam ser examinadas por um órgão independente — e os que a combatiam, por entenderem que as contas públicas podiam continuar sendo controladas por aqueles que as realizavam. Prof. Bruno Spencer

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Somente a queda do Império e as reformas político-administrativas da jovem República tornaram realidade, finalmente, o Tribunal de Contas da União. Em 7 de novembro de 1890, por iniciativa do então ministro da Fazenda, Rui Barbosa, criou-se, por meio do Decreto n.º 966-A, o Tribunal de Contas da União, que se nortearia pelos princípios da autonomia, da fiscalização, do julgamento, da vigilância e da energia. A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda por influência de Rui Barbosa, institucionalizou definitivamente o Tribunal de Contas da União, inscrevendo-o em seu art. 89. Idem (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item subsequente. O segmento "a primeira republicana" está entre vírgulas por ser um vocativo. Certo Errado Comentários: O VOCATIVO é usado para chamar, nomear ou invocar uma pessoa ou algo a quem nos dirigimos na oração. O vocativo não é parte do sujeito nem do predicado. Exemplos:   

Carlos, estou aqui! Olhai por nós, ó Jesus! Meu amigo, siga o seu caminho!

O termo entre vírgulas, “a primeira republicana” é um APOSTO explicativo que se refere ao sujeito da oração “a constituição de 1891”. Vocativo é um termo utilizado para chamar alguém. O APOSTO, tem a função de explicar, especificar, enumerar ou resumir um termo substantivo. Exemplos:

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Explicativo

• Recife, capital de Pernambuco, é uma bela cidade.

Resumitivo ou Recapitulativo

• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas são belas cidades. • Só me arrependo de uma coisa, aquela que não fiz.

Especificativo

• Meu irmão Fernando é muito inteligente.

Enumerativo

• O melhor da vida são duas coisas: sonhar e realizar.

Distributivo

• Tinham grandes qualidades, ele o respeito e ela o carinho.

Gabarito: E

21)

FCC/Técnico/INSS/2012

Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. Em vida, Gustav Mahler (18601911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do grande público. Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pósguerra. O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias. Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente Prof. Bruno Spencer

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abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006 > Acesso em: 22 dez. 2011) Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase: a) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias. e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais. Comentários: O termo “os meses de verão” é OD da oração (o compositor dedica os meses de verão à criação musical). Alternativa A – Correta – O termo “influência central” é OD da forma verbal “teve”. Alternativa B – Incorreta – O termo grifado é sujeito da oração. Alternativa C – Incorreta – O termo grifado é adjunto adverbial da oração. Alternativa D – Incorreta – O termo sublinhado é complemento nominal de “inspiração”. Alternativa E – Incorreta – O termo “essas casinhas” é o sujeito da oração. Gabarito: A

22) FGV/Analista Legislativo/SEN/Apoio Administrativo/Tradução e Interpretação/2008

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Técnico

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No texto, meu, mermão e véi funcionam como: a) apostos. b) vocativos. c) sujeitos. d) predicativos. e) adjuntos adnominais. Comentários: Alternativa A – Incorreta – O aposto explica, enumera, resume, distribui, especifica ou referencia um termo da oração. Alternativa B – Correta - Questão bem tranquila e direta para testar se o candidato conhece o conceito de vocativo, que é um termo usado para chamar ou nomear a pessoa para quem se fala. Alternativa C – Incorreta – Sujeito é quem pratica ou sofre a ação ou mesmo de quem se fala. Alternativa D – Incorreta – O PREDICATIVO complementa o objeto ou o sujeito da oração (PDO ou PDS). Alternativa E – Incorreta – Os adjuntos adnominais – AA são, em regra, artigos, pronomes adjetivos ou adjetivos que acompanham os nomes, determinando-os ou atribuindo-lhe qualidades. Gabarito: B

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23)

FGV/Téc. Juduciário/TRE PA/Administrativa/2011 Financiamento de partidos políticos

O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha(a). Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação da democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais de fortalecimento do partido. Enfim, as máquinas partidárias muitas vezes se tornam aparelhos ou feudos(d) controlados por poucos e financiados por todos nós. Seria uma verba bem utilizada se fosse integralmente destinada ao fortalecimento da instituição e não ao pagamento de dívidas de campanhas, que devem ser bancadas de forma específica. Aliás, o melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. Tais verbas deveriam estar claramente separadas e não poderiam se comunicar. Minha proposta é a de que o fundo partidário seja composto por uma quantia mínima para o partido manter uma estrutura básica. O resto deve ser obtido na militância, com base em atividades voltadas para a arrecadação de fundos. Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. Não é o caso hoje. Os partidos políticos transferem sua existência para o Congresso e só acordam às portas das eleições. Ficam hibernando à espera do momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública em busca de militantes e se expondo ao debate. No caso das campanhas eleitorais, a solução deve ser mais radical ainda. Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado. A campanha deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a partir de um limite universal. Todos podem contribuir até um determinado valor e declarar a doação na Justiça Eleitoral. Ambas as propostas visam trazer partidos e candidatos para as ruas, oferecendo suas propostas(e) e buscando recursos para a sua existência e para as campanhas eleitorais. É um modo de os partidos e candidatos se encontrarem com a cidadania em bases regulares. Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir − de verdade − em bases cotidianas. Devem promover eventos, debater propostas, acompanhar a gestão Prof. Bruno Spencer

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dos governos, discutir o exercício do poder. E não ser meros instrumentos de tomada do poder(b). No caso dos partidos políticos brasileiros, existe um agravante(c). Por conta de nossa herança patrimonialista, as organizações partidárias surgiram, em sua grande maioria, de dentro das estruturas do Estado. Assim, a tarefa de mobilizar os cidadãos e cobrar coerência ideológica dos eleitores e lideranças políticas é ainda mais complexa. Além de parcelas expressivas da sociedade estarem excluídas do debate político pelas mais variadas razões, o custo de fazer política é alto se comparado com os benefícios que ela pode trazer para o seu dia a dia. Obviamente, minhas propostas são românticas e inviáveis no atual momento da política nacional. No entanto, a questão do Ficha Limpa começou de forma inviável e romântica e, aos poucos, ganhou corpo e prosperou. O certo é que a questão do financiamento de partidos e de campanhas é essencial para o futuro da nossa democracia e deve ser objeto de séria reflexão. (Murillo de Aragão. Página 20, 21/1/2011) Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica ao do termo grifado no período acima. a) as dívidas de campanha b) meros instrumentos de tomada do poder c) um agravante d) aparelhos ou feudos e) suas propostas Comentários: O sujeito da oração pode ser agente (quando pratica a ação), paciente (quando sofre a ação) ou reflexivo (quando pratica e sofre a ação ao mesmo tempo). Exemplos: 

Pedro chutou a bola. (suj. agente)



A bola foi chutada por Pedro. (suj. paciente)



O velho olhou-se com atenção. (suj. reflexivo)

Primeiramente, vamos observar que o termo “de forma tão extraordinária” é um adjunto adverbial de modo, portanto vamos “retirá-lo” da oração para facilitar a nossa análise. O verbo “aumentar”, é um verbo TD (aumenta-se alguma coisa).

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Repare que ele vem acompanhado da particula “SE”. Isso (verbo TD + SE) indica que a oração está na voz passiva sintética. Passando para a voz passiva analítica teríamos o seguinte: “qual a razão para que a dotação dos partidos fosse aumentada”. Aí está a função do termo, é o sujeito da oração, que está na voz passiva. Alternativa A – Incorreta – O termo é objeto direto do verbo “pagarem”. Alternativa B – Incorreta – O termo é PDS, qualificando o sujeito da oração “partidos”. Alternativa C – Correta – O termo “um agravante” é sujeito da oração, cujo verbo “existe” é intransitivo. Na forma direta a oração seria a seguinte: Um agravante existe. Estranho, né?? Por isso é escrita de forma inversa, com o sujeito posposto. Alternativa D – Incorreta - O termo é PDS, qualificando o sujeito da oração “máquinas partidárias”. Alternativa E – Incorreta – O termo é objeto direto da forma verbal “oferecendo”. Gabarito: C

24)

FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2011 Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica

(...) Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. (...) (Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 com adaptações) A palavra sujeitas exerce, no texto, função sintática de a) complemento nominal. b) objeto direto. c) predicativo do objeto. d) predicativo do sujeito. e) adjunto adverbial de modo. Comentários: Prof. Bruno Spencer

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Questão de alto nível da FGV! Novamente precisamos organizar a frase para melhor nos situarmos. As matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas (PDS) às normas de seus países de origem (CN).

estando (VL)

Temos a primeira parte grifada o sujeito da oração. Em seguida temos o verbo ESTAR no gerúndio que é o verbo de ligação da oração. O termo “sujeitas” é o PDS, enquanto o restante da oração é complemento nominal de “sujeitas”. Gabarito: D

25)

FGV/Analista Legislativo/SEN/ Análise de Sistemas/2008 Desafios do crescimento econômico

A crise do sistema financeiro internacional, que ameaça lançar o mundo numa profunda recessão, revela a importância do papel do governo no funcionamento da economia em diferentes dimensões, sobretudo na promoção de uma melhor operação dos mercados, da estabilidade e do crescimento econômico. Entretanto, após algumas décadas de excessivo crescimento dos gastos governamentais e da crise financeira que se abateu sobre inúmeros governos, particularmente em países da América Latina, a eficiência da ação pública começou a ser questionada. Novamente vigoravam idéias de que as economias deveriam ser liberalizadas da ação governamental, de que, quanto menos governo, melhor e de que o setor privado por si só resolveria todos os problemas. Na realidade, o que se notou foi uma grande confusão. Em vez de defendermos um governo eficiente, comprometido com o crescimento econômico, acabamos por tentar excluir o governo das funções econômicas, esquecendo seu importante papel. Era muito comum a idéia de que a privatização e a liberalização dos mercados seriam condições eficientes para que os países entrassem numa rota de crescimento econômico. Entretanto, a realidade mostrou que essa bandeira não tem sustentação. A crise financeira que estamos atravessando e não sabemos ainda suas reais conseqüências sobre a economia mundial realça um fato inconteste: faltou a presença do governo, mediante uma regulação mais ativa do mercado financeiro. Recente estudo promovido pela Comissão para o Crescimento Econômico, cujo objetivo primordial é entender o fenômeno do desenvolvimento com base na experiência mais exitosa dos países durante as décadas de 1950 a 1980, transmite informações relevantes para o entendimento do momento que vivemos, ainda que seu objetivo seja totalmente distinto.

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Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem interferências externas, na alocação dos recursos. Entretanto, não podemos esquecer que as ações tomadas pelos diversos agentes econômicos se baseiam em perspectivas de retornos privados e, portanto, na ânsia de obter tais retornos, mercados como o financeiro podem gerar instabilidades. O papel da regulação, tarefa que deve ser executada por autoridades governamentais, não pode ser esquecido. Por outro lado, apesar da virtude dos mercados, não se pode esquecer que eles não são garantia para a promoção de desenvolvimento econômico ou a melhor distribuição de renda. O relatório da comissão enfatiza o papel do governo no processo de desenvolvimento econômico, mostrando inicialmente que o processo de desenvolvimento é um fenômeno complexo e difícil de ser entendido. "Não damos aos formuladores de políticas públicas uma receita ou uma estratégia de crescimento. Isso porque não existe uma única receita a seguir." Mais adiante, afirma: "Não conhecemos as condições suficientes para o crescimento. Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas." Certamente essas frases devem nos deixar algo perplexos, especialmente quando ouvimos as certezas que dominam a maioria dos analistas econômicos espalhados pelo mundo, em especial quando tratam de fornecer fórmulas prontas para o crescimento dos países. A comissão reconhece que a dificuldade do entendimento sobre o fenômeno do crescimento dificulta a ação governamental na definição das estratégias a serem seguidas. A recomendação dada é a de que o governo "não deve ficar inerte, por temor de malograr; os governos devem testar diversos programas e devem ser rápidos em aprender quando dão errado. Se dão um passo errado, devem tentar um plano diferente, e não submergir na inação ou recuar." Outra recomendação dada pela comissão se relaciona com a tentativa de adoção de receitas prontas de outros países: "Os planos de ação ruins de hoje em geral são os bons planos de ontem, mas aplicados por tempo demasiado." Em suma, a comissão defende um governo crível, comprometido com o crescimento e eficiente. Um governo forte, capaz de realizar investimentos na área de educação, saúde e infraestrutura a fim de elevar a rentabilidade dos investimentos privados. É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente poderemos promover o desenvolvimento dos países. (Carlos Luque. Folha de São Paulo, 30 de setembro de 2008.)

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Assinale a alternativa em que o termo indicado, no texto, não exerça função sintática de sujeito. a) a presença do governo b) os fatores c) idéias d) O papel da regulação e) a idéia Comentários: Alternativa A – Incorreta – Colocando a oração na forma direta: A presença de governo faltou. Veja que o verbo FALTAR é intransitivo no sentido de haver carência. Alternativa B – Correta – “Não podemos apontar os fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas. O termo “os fatores” repete-se duas vezes, sendo em cada uma delas núcleo do objeto direto (composto) da locução “podemos apontar”. O que podemos apontar? Os fatores... Alternativa C – Incorreta – Mudando a ordem dos termos para a forma direta teremos: Idéias de que as economias deveriam ser liberalizadas da ação governamental vigoravam novamente. Podemos notar que “ideias” é o sujeito da oração que tem o verbo intransitivo “vigoravam” determinado pelo adjunto adverbial “novamente”. Alternativa D – Incorreta – Separando a oração, teremos: O papel da regulação não pode ser esquecido. Fica claro que “o papel da regulação” é o sujeito da oração. Alternativa E – Incorreta – Passando para a forma direta: A idéia de que a privatização e a liberalização dos mercados seriam condições eficientes para que os países entrassem numa rota de crescimento econômico era muito comum. OU... ... a ideia de … era muito comum. Gabarito: B

26) FGV/Analista Legislativo/SEN/Apoio Administrativo/Administração/2008 Prof. Bruno Spencer

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Técnico

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Terra, território e diversidade cultural (...) É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra. Por isso mesmo, a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de propriedade, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o pertencimento delas à União e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade. A Constituição de 1988 selou a convivência harmoniosa entre duas culturas, uma que reconhece e outra que não reconhece a apropriação da terra pelos homens. (...) (Juca Ferreira e Sérgio Mamberti. Folha de São Paulo, 9 de setembro de 2008) No texto, à União exerce a função sintática de: a) adjunto adverbial. b) objeto indireto. c) adjunto adnominal. d) complemento nominal. e) agente da passiva. Comentários: Vamos reconstituir a oração, tirando os termos e orações intercaladas: “A Carta Magna Sujeito

atribuiu Verbo TDI

o pertencimento delas OD

à União.” OI

Lembre-se de examinar o verbo. Quem atribui, atribui algo (OD) a alguém (OI), logo é TDI (transitivo direto e indireto). Veja que a parte mais importante é a identificação da oração! Gabarito: B

27)

FGV/FRE/SEAD-AP/2010

Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro / o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência Quanto ao emprego de pronomes pessoais, os trechos sublinhados foram corretamente reescritos em: a) pode ser-lhes atribuído / as favorecia. b) pode ser a ele atribuído / lhes favorecia. c) pode ser atribuído a ele / as favorecia.

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d) pode-o ser atribuído / as favorecia. e) pode sê-lo atribuído / lhes favorecia. Comentários: Alternativa A – Incorreta – Quase correta! Porém, o trecho “a um suposto caráter emocional do brasileiro” está no singular, por isso deve ser substituído por lhe ou a ele. O trecho “boas relações de comércio e tráfico de influência” está corretamente substituído pelo pronome “as”. Alternativa B – Incorreta – O verbo FAVORECER é TD, exigindo como complemento um OD (“AS”). Alternativa C – Correta Alternativa D – Incorreta – O nome “atribuído” exige o pronome “lhe” ou “a ele”, em função de sua regência exigir a preposição “a” (VTI). Alternativa E – Incorreta – Quem pede complemento é “atribuído” e não o verbo “ser”. O trecho “boas relações de comércio e tráfico de influência” deve ser substituído pelo pronome “AS”. Gabarito: C

28)

FGV/Assist/DPE MT/Assistente Administrativo/2015 Horóscopo do signo de Virgem, do dia 01 de fevereiro de 2015.

“Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos.” “Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos”. Assinale a opção que indica o termo sublinhado que exerce a função de complemento e não de adjunto. a) “aos seus” b) “em Aquário” c) “mais” Prof. Bruno Spencer

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d) “em equipe” e) “diferentes” Comentários: Alternativa A – Correta – “Aos seus” complementa o adjetivo “semelhantes” (semelhantes a que ou a quem?), portanto trata-se de um complemento nominal – CN. Alternativa B – Incorreta – O termo “em Aquário” refere-se à posição do planeta Mercúrio, modificando o adjetivo “retrógrado”, por isso é classificado como adjunto adverbial de lugar. Alternativa C – Incorreta – O termo “mais” é adjunto adverbial de intensidade, pois modifica o verbo “ganhar” “ganha mais”. Alternativa D – Incorreta - O termo “em equipe” é adjunto adverbial de modo, pois modifica o verbo “trabalhar”. Podemos perguntar: trabalhar como, de que modo? Em equipe! Alternativa E – Incorreta – O adjetivo “diferentes” qualifica o nome “opiniões”, portanto é classificado como adjunto adnominal. Gabarito: A

29)

FGV/ADP/DPE-RO/Analista em Redação/2015

Comparando-se as formas “pintor inglês” e “inglês pintor” vemos que substantivos e adjetivos se diferenciam, de fato, por apresentarem, respectivamente: a) variabilidade mórfica / invariabilidade mórfica; b) possibilidade de derivação / impossibilidade de derivação; c) função de núcleo / função de adjunto; d) designação de seres / designação de conceitos; e) invariabilidade de grau / variabilidade de grau. Comentários: Nesta questão, não iremos comentar as alternativas incorretas para não ficarmos divagando aleatoriamente, portanto vamos direto ao ponto. Quando se invertem os termos acima, acontece também a inversão do núcleo do sujeito. Note que “inglês” e “pintor” são dois vocábulos que podem ser utilizados como adjetivo ou como substantivo. Neste caso, o primeiro vocábulo exerce a função de substantivo e o segundo de adjetivo. Veja abaixo:

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“pintor inglês” (núcleo e AA) e “inglês pintor” (núcleo e AA) Gabarito: C

30)

CESPE/TJ/TRE- MS/Administrativa/Contabilidade/2013

Texto para a questão A soberania popular pode ser exercida, juridicamente, por meio de três modelos: democracia participativa ou direta, democracia representativa ou indireta e democracia semidireta. Na democracia direta, o povo participa diretamente da vida política do Estado, exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o povo exerce de modo imediato as funções públicas. Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo. A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições(d) que disciplinam a participação popular no processo político, que formam os direitos políticos(e) que qualificam a cidadania, como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim, mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo. Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação direta do povo nas funções de governo. Esses instrumentos de participação dão ao povo, conservadas, embora em parte, as formas representativas, a palavra final relativa a todo o ato governativo. Como exemplo desses instrumentos, podem ser citados o referendo e o plebiscito. Internet: (com adaptações).

O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam” é a) o pronome “que” imediatamente antecedente. b) oculto. c) indeterminado. d) a expressão “um conjunto de instituições”. e) a expressão “os direitos políticos” Comentários: Alternativa A – Correta – “A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições que disciplinam a participação popular no processo político, que (sujeito) formam (VTD) os direitos políticos (OD) que qualificam a cidadania... “ O sujeito da oração indicada é o pronome relativo “que”, ele substitui o termo “um conjunto de instituições”. Prof. Bruno Spencer

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APROFUNDANDO o comentário... Aí você pergunta, como saber se o “que” está realmente se referindo a esse termo e não a “processo político”? Observe a concordância utilizada pelo autor. O verbo FORMAR está flexionado no plural, igualmente a “disciplinam”, formando orações paralelas com o mesmo sujeito. Alternativa B – Incorreta – O sujeito não está oculto. O sujeito oculto ocorre quando não está escrito mas podemos deduzi-lo. Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é determinado. O sujeito indeterminado não vem indicado na oração tampouco é possível deduzir quem é o agente da ação. Alternativa D – Incorreta – De fato, o agente da ação é realmente o termo “um conjunto de instituições” ao qual o pronome “que” se refere. Porém, quando se pergunta o sujeito da oração, este é o pronome “que”. Alternativa E – Incorreta – A expressão “os direitos políticos” é o objeto direto da oração. Gabarito: A

Valeu pessoal, bons estudos!!!

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8 - Lista de Exercícios 1) FCC/Delegado/DPE RS/2011 Atenção: Responda à questão com base no texto. TEXTO EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. (http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu mataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010)

A palavra pronunciamento é transitiva e exige a) complemento nominal. b) objeto indireto. c) objeto direto. d) adjetivo. e) predicativo do sujeito.

2) CESPE/TEFC/TCU/2004 A EMBRAPA virou símbolo de excelência na administração pública. Em mais uma década, terá sido a responsável pela melhoria do padrão nutricional dos brasileiros, por meio de um programa para a produção de alimentos mais saudáveis. Os componentes de nossa dieta básica arroz, feijão, milho, soja estão sendo pesquisados para que adquiram teores mais elevados de vitaminas, proteínas e aminoácidos. Do projeto, há poucos anos surgiu a cenoura com mais procaroteno (que ajuda no combate à cegueira), já incorporada ao mercado. A presidente interina da EMBRAPA, Marisa Barbosa, acentua que outros resultados positivos serão alcançados nos próximos anos. Com isso, o índice de subnutrição e doenças dela resultantes serão gradativamente reduzidos. Alimentos denominados funcionais, proteicamente enriquecidos, estão sendo pesquisados para combater a diabetes e o envelhecimento. Nada a ver com transformação genética. A EMBRAPA tem 2.220 pesquisadores, sendo 1.100 com doutorado. Prof. Bruno Spencer

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Jornal do Brasil (Informe JB), 15/3/2004, p. A6 (com adaptações). Tendo em vista o texto acima e o tema nele focalizado, julgue os itens seguintes. Na linha referênciada em vermelho, as palavras "subnutrição" e "doenças" estão exercendo a função de complemento da palavra "índice". Certo Errado

3) ESAF/ADA/SRFB/2016 Texto para a questão. ...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo: — Olhe, se não dá por ela; perdia-a de vez. — É verdade, concordou Honório envergonhado. Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem. [...] ASSIS, Machado de. A Carteira. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1974. v. 2, p. 961. Disponível em: Acesso em 25 fev. 2016. A palavra “envergonhado” e a expressão “quatrocentos e tantos mil-réis” exercem, respectivamente, as funções de a) adjunto adnominal e aposto. b) predicativo de objeto e vocativo. c) predicativo de sujeito e aposto. d) adjunto adnominal e objeto direto. e) adjunto adnominal e adjunto adverbial.

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4) ESAF/AFC/CGU/2002 A economia brasileira, há alguns anos, apresentava fortes barreiras protecionistas, e controles cambiais provocavam a valorização artificial do câmbio comercial, havendo ágio expressivo no mercado livre. A realidade hoje é outra. As barreiras tarifárias foram muito reduzidas, a taxa de câmbio é flutuante e não há diferença significativa entre o mercado oficial e o paralelo. Os modelos econométricos disponíveis, por menos precisos que sejam, são unânimes em apontar para uma desvalorização do real acima do seu equilíbrio de longo prazo, e não o contrário. Logo, onde está o problema? Por que gastar escassos recursos públicos pois não se faz política industrial sem eles para poupar divisas quando o mercado já está bem sinalizado nesta direção? Pode até haver outras razões para justificar a política proposta. Mas economia de divisas não é uma delas. (Adaptado de Cláudio Haddad) Assinale a opção em que as duas expressões exercem a mesma função sintática no texto. a) "controles cambiais" = "fortes barreiras protecionistas" b) "a valorização artificial do câmbio comercial" = "A economia brasileira" c) "há alguns anos" = "hoje" d) "a taxa de câmbio" = "diferença significativa" e) "escassos recursos públicos" = "o mercado"

5) ESAF/Procurador/BACEN/2001 Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas do texto abaixo. Temos uma legislação processual com dispositivos que permitem ao devedor, a pretexto de questionar uma cláusula contratual ou uma garantia dada em uma operação, deixar de pagar o principal. O que isso traz de conseqüência? Traz um aumento muito grande de inadimplência, que se traduz em um aumento de custo para o tomador. O prejuízo operacional sofrido pela instituição financeira, em decorrência dessa inadimplência, faz com que os bons pagadores acabem arcando com parte dessa conta, suportando uma taxa de juro maior e até desestimulando outros tomadores, que gostariam de expandir ou crescer seus empreendimentos com apoio no crédito. (Gabriel Jorge Ferreira, em entrevista à Resenha BM&F, com adaptações) a) A forma verbal "Temos", ao iniciar o texto, indica que autor e leitores partilham a situação que vem descrita a seguir. b) A oração "deixar de pagar o principal", apesar de não ter sujeito gramatical, refere-se semanticamente a "devedor".

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c) O pronome "que" refere-se a "inadimplência" e constitui o sujeito da oração em que ocorre. d) A oração reduzida "sofrido pela instituição financeira" corresponde à idéia que também pode ser expressa pela oração que a instituição financeira sofreu. e) "dessa inadimplência" constitui o sujeito da oração que tem como predicado "faz".

6) ESAF TSIET/DNIT/Estradas/2013 Considere o texto abaixo para responder à questão. Ônibus lotados, alguns em péssimo estado, engarrafamentos, demora em chegar ao local desejado. A péssima qualidade do transporte coletivo é(a) um problema que atinge muitas capitais brasileiras. Para especialistas em planejamento urbano, o crescimento desordenado pode ser apontado como o responsável por essa situação. Isso gera(b) uma fragmentação de espaços que exige(c) que as pessoas façam longos deslocamentos. Consequentemente, a maioria das grandes cidades hoje no Brasil, por terem essa característica, geram esses problemas de congestionamentos e transporte públicos lotados. Resolver estes problemas é(d) alguns dos grandes desafios dos prefeitos nas médias e grandes cidades. Cabe a eles garantir a mobilidade das pessoas nos lugares onde elas vivem. O transporte público coletivo é(e) responsabilidade das prefeituras e o usuário espera que funcione. (Adaptado de http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/08/vejaopapeldasprefeituras quantoaosproblemasdotransportecoletivo.html, acesso em 4/12/2012) Assinale a opção em que a flexão do verbo está no singular porque deve concordar com um sujeito sintático em forma de oração. a) “é” b) “gera” c) “exige” d) “é” e) “é”

7) ESAF/AFRFB/Auditoria/2000 Leia o texto abaixo, para responder à questão Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio, que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do Milênio). Conseguiram barrar a negociação, que ficou Prof. Bruno Spencer

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para um futuro para lá de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ninguém menos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro. Há poucas semanas, o novo alvo da fúria antiglobalizante foi o Fundo Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, a bela capital da República Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e forçaram os organizadores do encontro a antecipar o fim da reunião. A voz rouca das ruas parece gritar em uníssono um sonoro não à globalização e ao liberalismo. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.136 ) Quanto às estruturas sintáticas do texto, assinale a opção incorreta. a) O sujeito de "conseguiram" e de "ridicularizaram" é "milhares de pessoas". b) "os organizadores do encontro" tem a função de objeto direto. c) A expressão "a bela capital da República Tcheca" tem a função de aposto de "Praga". d) "o anfitrião do encontro" tem a função de objeto direto. e) "a antecipar o fim da reunião" funciona como objeto indireto.

8) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 ... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) ... que já acabou com a garoa... b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira... c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia...

9) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Sistemas/2012

Especializado/Programação

de

Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. b) A vertente é uma só... c) Pouco importam as fontes de onde procedem. d) ... seu caráter lustral as universaliza. Prof. Bruno Spencer

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e) Viajou a Portugal...

10)

FCC/Aux FF II/TCESP/2012

... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em: a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ... b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ... c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ... d) ... de algo que está além de nossa compreensão ... e) ... ele o convoca constantemente.

11)

FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. Professor de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Wilson Mozena acredita que esse cenário de preocupação ambiental vem mudando, principalmente com projetos como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. O pesquisador explica que os sistemas de integração e de plantio direto promovem benefícios vitais para o solo. O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta, colocando, por exemplo, milho junto com eucalipto, auxilia tanto no “sequestro” do carbono como na manutenção de uma terra fértil. “Nesse sistema, junto com o milho, planta-se a semente da forrageira [planta usada para alimentar o gado]. O milho nasce e essa planta fica na sombra até quando o milho é colhido para o gado pastar, explica. Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Quando a terra é arada os restos são incorporados e os microorganismos que decompõem esses restos morrem sem alimento e o carbono vai para a atmosfera. “Quando se deixam nutrientes no solo, os micro-organismos aumentam para decompor os nutrientes e ficam na terra se alimentando. O carbono permanece com eles, não subindo para a atmosfera”. (Adaptado de: MARCELINO, Sarah Teófilo. “Fazenda em Goiás mantém a esperança da preservação do cerrado”. Disponível em: http://sustentabilidade.estadao.com.br. Acessado em: 25/09/14)

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Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão... O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado acima está também grifado em: a) Ao viajar pelo estado... b) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás... c) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. d) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. e) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra.

12)

FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2007 (adaptado)

Lei de Responsabilidade Fiscal, correlação entre metas e riscos fiscais e o impacto dos déficits públicos para as gerações futuras (...) Nesse sentido, seria possível afirmar que poderiam surgir novas formas de alocação de recursos que eliminariam os déficits, não necessariamente impondo ônus adicionais às gerações futuras. (...) (Gilmar Ferreira Mendes, com adaptações. Disponível em: ) No trecho "não necessariamente impondo ônus adicionais às gerações futuras", o termo grifado exerce a função sintática de: a) adjunto adverbial. b) adjunto adnominal. c) complemento nominal. d) sujeito. e) objeto indireto.

13)

FCC/AFTM/Pref SP/2007 Da impunidade

O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os Prof. Bruno Spencer

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animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos. Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações. Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por têla infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade. (Inácio Leal Pontes) O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção: a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social. b) É nessa condição que vivem os animais. c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das transgressões. d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade. e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica.

14)

FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2011

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Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. No período destacado acima, o SE classifica-se como a) pronome reflexivo. b) partícula apassivadora. c) parte integrante do verbo. d) pronome oblíquo. e) indeterminador do sujeito.

15)

CESPE/TJ/TRE- MS/Administrativa/Contabilidade/2013

Texto para a questão A soberania popular pode ser exercida, juridicamente, por meio de três modelos: democracia participativa ou direta, democracia representativa ou indireta e democracia semidireta. Na democracia direta, o povo participa diretamente da vida política do Estado, exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o povo exerce de modo imediato as funções públicas. Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo. A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições(d) que disciplinam a participação popular no processo político, que formam os direitos políticos(e) que qualificam a cidadania, como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim, mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo. Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação direta do povo nas funções de governo. Esses instrumentos de participação dão ao povo, conservadas, embora em parte, as formas representativas, a palavra final relativa a todo o ato governativo. Como exemplo desses instrumentos, podem ser citados o referendo e o plebiscito. Internet: (com adaptações).

O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam” é a) o pronome “que” imediatamente antecedente. b) oculto. c) indeterminado. d) a expressão “um conjunto de instituições”. Prof. Bruno Spencer

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e) a expressão “os direitos políticos”

16)

FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012

... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) ... que já acabou com a garoa... b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira... c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia...

17) FCC/TJ/TRE Sistemas/2012

SP/Apoio

Especializado/Programação

de

Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. b) A vertente é uma só... c) Pouco importam as fontes de onde procedem. d) ... seu caráter lustral as universaliza. e) Viajou a Portugal...

18) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem Especialidade"/2011 A COP-16, em Cancún, no México, é mais uma rodada global sobre as ações para impedir uma catástrofe climática na Terra. Infelizmente, as expectativas de progresso estão muito aquém das necessidades. Achar uma notícia animadora em relação ao meio ambiente é tarefa árdua. Por exemplo, as emissões de CO2, o mais abundante dos gases-estufa, caíram 1,3% em 2009 devido à recessão mundial. Mas isso foi apenas a metade do esperado. E a previsão dos cientistas é de que a liberação, por queima de carvão, petróleo e gás, atinja o pico histórico já este ano. Além disso, a concentração de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso atingiu, em 2009, o maior nível desde a Revolução Industrial, segundo a Organização Meteorológica Mundial.

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Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos. Todos os compromissos ali assumidos são voluntários. Os participantes da COP-16 bem poderiam, para avançar, inspirar-se na última reunião sobre biodiversidade, em outubro, em Nagoia, Japão. Ali, apesar de persistentes dificuldades, delegados de quase 200 países concordaram em frear a perda de espécies no planeta, com novas metas até 2020. O Globo, 28/11/2010. Acerca dos sentidos e de aspectos estruturais e gramaticais do texto acima, julgue o item seguinte. Em "inspirar-se", a partícula "se" indica que o sujeito da oração é indeterminado. Certo Errado

19)

FUNCAB/AA/PRF/2014

Texto Falta de educação e velocidade Os anjos da morte estão cansados de nos recolher, a nós que nos matamos ou somos assassinados no tráfego das estradas, cidades, esquinas deste país. Os anjos da morte estão exaustos de pegar restos de vidas botadas fora. [...] Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício. [...] Outro dia observei na televisão um motorista, apanhado a quase 200 por hora, sendo entrevistado ainda dentro do carro. Fiquei impressionada com seu sorriso idiota, o arzinho arrogante, o jeito desafiador com que encarou a câmera num silêncio ofendido, quando perguntado sobre as razões da sua insanidade. Todo o seu ar era de quem estava coberto de razão: a lei e a segurança dos outros e a dele próprio nada valiam diante da sua onipotência. Atenção: os jovens são em geral, mas não sempre mais arrojados, mais imprudentes, têm menos experiência na direção. Portanto, são mais inclinados a acidentes, bobos ou fatais, em que a gente mata e morre. Mas há um número, impressionante de adultos mais homens do que mulheres, diga-se de passagem, porque talvez sejam biologicamente mais agressivos cometendo loucuras ao dirigir, avançando o sinal, quase empurrando o veículo da frente com seu parachoque, não cedendo passagem, ultrapassando em locais absurdos sem a menor segurança, bebendo antes de dirigir, enfim, usando o carro como um punhal hostil ou um falo frustrado. [...] Prof. Bruno Spencer

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Precisamos em quase tudo de autoridade e respeito, para que haja uma reforma generalizada, passando da desordem e do caos a algum tipo de segurança e bem-estar. Os motoristas americanos e europeus impressionam pela educação. Não por serem bonzinhos ou melhores do que nós, mas porque temem a lei, a punição, a cassação da carteira, a prisão, por coisas que aqui entre nós são consideradas apenas “normais", meros detalhes, “todo mundo faz assim". Autoridade justa, mas muito rigorosa, é o que talvez nos deixe mais lúcidos e mais bem-educados: em casa, na escola, na rua, na estrada, no bar, no clube, dentro do nosso carro. E os fatigados anjos da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco. (Lya Luft. Revista Veja, n° 2048, 20/02/2008.) Em uma das alternativas a seguir, o termo destacado do texto funciona como objeto direto da oração a qual pertence. Assinale-o, a) “cansados" (§ 1) b) “por todo esse desperdício" (§ 1) c) “ restos de vidas" (§ 1) d) “de autoridade e respeito" (§4) e) “Todo o seu ar" (§ 2)

20) CESPE/TEFC/TCU/Apoio Técnico e Administrativo/Técnica Administrativa/2012 As discussões, no Brasil, sobre a criação de um tribunal de contas durariam quase um século, polarizadas entre os que defendiam sua necessidade — para quem as contas públicas deviam ser examinadas por um órgão independente — e os que a combatiam, por entenderem que as contas públicas podiam continuar sendo controladas por aqueles que as realizavam. Somente a queda do Império e as reformas político-administrativas da jovem República tornaram realidade, finalmente, o Tribunal de Contas da União. Em 7 de novembro de 1890, por iniciativa do então ministro da Fazenda, Rui Barbosa, criou-se, por meio do Decreto n.º 966-A, o Tribunal de Contas da União, que se nortearia pelos princípios da autonomia, da fiscalização, do julgamento, da vigilância e da energia. A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda por influência de Rui Barbosa, institucionalizou definitivamente o Tribunal de Contas da União, inscrevendo-o em seu art. 89. Idem (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item subsequente. Prof. Bruno Spencer

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O segmento "a primeira republicana" está entre vírgulas por ser um vocativo. Certo Errado

21)

FCC/Técnico/INSS/2012

Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. Em vida, Gustav Mahler (18601911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do grande público. Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pósguerra. O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias. Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006 > Acesso em: 22 dez. 2011) Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase: Prof. Bruno Spencer

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a) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias. e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.

22) FGV/Analista Legislativo/SEN/Apoio Administrativo/Tradução e Interpretação/2008

Técnico

e

No texto, meu, mermão e véi funcionam como: a) apostos. b) vocativos. c) sujeitos. d) predicativos. e) adjuntos adnominais.

23)

FGV/Téc. Juduciário/TRE PA/Administrativa/2011 Financiamento de partidos políticos

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O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha(a). Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação da democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais de fortalecimento do partido. Enfim, as máquinas partidárias muitas vezes se tornam aparelhos ou feudos(d) controlados por poucos e financiados por todos nós. Seria uma verba bem utilizada se fosse integralmente destinada ao fortalecimento da instituição e não ao pagamento de dívidas de campanhas, que devem ser bancadas de forma específica. Aliás, o melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. Tais verbas deveriam estar claramente separadas e não poderiam se comunicar. Minha proposta é a de que o fundo partidário seja composto por uma quantia mínima para o partido manter uma estrutura básica. O resto deve ser obtido na militância, com base em atividades voltadas para a arrecadação de fundos. Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. Não é o caso hoje. Os partidos políticos transferem sua existência para o Congresso e só acordam às portas das eleições. Ficam hibernando à espera do momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública em busca de militantes e se expondo ao debate. No caso das campanhas eleitorais, a solução deve ser mais radical ainda. Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado. A campanha deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a partir de um limite universal. Todos podem contribuir até um determinado valor e declarar a doação na Justiça Eleitoral. Ambas as propostas visam trazer partidos e candidatos para as ruas, oferecendo suas propostas(e) e buscando recursos para a sua existência e para as campanhas eleitorais. É um modo de os partidos e candidatos se encontrarem com a cidadania em bases regulares. Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir − de verdade − em bases cotidianas. Devem promover eventos, debater propostas, acompanhar a gestão dos governos, discutir o exercício do poder. E não ser meros instrumentos de tomada do poder(b). No caso dos partidos políticos brasileiros, existe um agravante(c). Por conta de nossa herança patrimonialista, as organizações

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partidárias surgiram, em sua grande maioria, de dentro das estruturas do Estado. Assim, a tarefa de mobilizar os cidadãos e cobrar coerência ideológica dos eleitores e lideranças políticas é ainda mais complexa. Além de parcelas expressivas da sociedade estarem excluídas do debate político pelas mais variadas razões, o custo de fazer política é alto se comparado com os benefícios que ela pode trazer para o seu dia a dia. Obviamente, minhas propostas são românticas e inviáveis no atual momento da política nacional. No entanto, a questão do Ficha Limpa começou de forma inviável e romântica e, aos poucos, ganhou corpo e prosperou. O certo é que a questão do financiamento de partidos e de campanhas é essencial para o futuro da nossa democracia e deve ser objeto de séria reflexão. (Murillo de Aragão. Página 20, 21/1/2011) Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica ao do termo grifado no período acima. a) as dívidas de campanha b) meros instrumentos de tomada do poder c) um agravante d) aparelhos ou feudos e) suas propostas

24)

FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2011 Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica

(...) Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. (...) (Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 com adaptações) A palavra sujeitas exerce, no texto, função sintática de a) complemento nominal. b) objeto direto. Prof. Bruno Spencer

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c) predicativo do objeto. d) predicativo do sujeito. e) adjunto adverbial de modo.

25)

FGV/Analista Legislativo/SEN/ Análise de Sistemas/2008 Desafios do crescimento econômico

A crise do sistema financeiro internacional, que ameaça lançar o mundo numa profunda recessão, revela a importância do papel do governo no funcionamento da economia em diferentes dimensões, sobretudo na promoção de uma melhor operação dos mercados, da estabilidade e do crescimento econômico. Entretanto, após algumas décadas de excessivo crescimento dos gastos governamentais e da crise financeira que se abateu sobre inúmeros governos, particularmente em países da América Latina, a eficiência da ação pública começou a ser questionada. Novamente vigoravam idéias de que as economias deveriam ser liberalizadas da ação governamental, de que, quanto menos governo, melhor e de que o setor privado por si só resolveria todos os problemas. Na realidade, o que se notou foi uma grande confusão. Em vez de defendermos um governo eficiente, comprometido com o crescimento econômico, acabamos por tentar excluir o governo das funções econômicas, esquecendo seu importante papel. Era muito comum a idéia de que a privatização e a liberalização dos mercados seriam condições eficientes para que os países entrassem numa rota de crescimento econômico. Entretanto, a realidade mostrou que essa bandeira não tem sustentação. A crise financeira que estamos atravessando e não sabemos ainda suas reais conseqüências sobre a economia mundial realça um fato inconteste: faltou a presença do governo, mediante uma regulação mais ativa do mercado financeiro. Recente estudo promovido pela Comissão para o Crescimento Econômico, cujo objetivo primordial é entender o fenômeno do desenvolvimento com base na experiência mais exitosa dos países durante as décadas de 1950 a 1980, transmite informações relevantes para o entendimento do momento que vivemos, ainda que seu objetivo seja totalmente distinto. Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem interferências externas, na alocação dos recursos. Entretanto, não podemos esquecer que as ações tomadas pelos diversos agentes econômicos se baseiam em perspectivas de retornos privados e, portanto, na ânsia de obter tais retornos, mercados como o financeiro podem

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gerar instabilidades. O papel da regulação, tarefa que deve ser executada por autoridades governamentais, não pode ser esquecido. Por outro lado, apesar da virtude dos mercados, não se pode esquecer que eles não são garantia para a promoção de desenvolvimento econômico ou a melhor distribuição de renda. O relatório da comissão enfatiza o papel do governo no processo de desenvolvimento econômico, mostrando inicialmente que o processo de desenvolvimento é um fenômeno complexo e difícil de ser entendido. "Não damos aos formuladores de políticas públicas uma receita ou uma estratégia de crescimento. Isso porque não existe uma única receita a seguir." Mais adiante, afirma: "Não conhecemos as condições suficientes para o crescimento. Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas." Certamente essas frases devem nos deixar algo perplexos, especialmente quando ouvimos as certezas que dominam a maioria dos analistas econômicos espalhados pelo mundo, em especial quando tratam de fornecer fórmulas prontas para o crescimento dos países. A comissão reconhece que a dificuldade do entendimento sobre o fenômeno do crescimento dificulta a ação governamental na definição das estratégias a serem seguidas. A recomendação dada é a de que o governo "não deve ficar inerte, por temor de malograr; os governos devem testar diversos programas e devem ser rápidos em aprender quando dão errado. Se dão um passo errado, devem tentar um plano diferente, e não submergir na inação ou recuar." Outra recomendação dada pela comissão se relaciona com a tentativa de adoção de receitas prontas de outros países: "Os planos de ação ruins de hoje em geral são os bons planos de ontem, mas aplicados por tempo demasiado." Em suma, a comissão defende um governo crível, comprometido com o crescimento e eficiente. Um governo forte, capaz de realizar investimentos na área de educação, saúde e infraestrutura a fim de elevar a rentabilidade dos investimentos privados. É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente poderemos promover o desenvolvimento dos países. (Carlos Luque. Folha de São Paulo, 30 de setembro de 2008.) Assinale a alternativa em que o termo indicado, no texto, não exerça função sintática de sujeito. a) a presença do governo b) os fatores c) idéias

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d) O papel da regulação e) a idéia

26) FGV/Analista Legislativo/SEN/Apoio Administrativo/Administração/2008

Técnico

e

Terra, território e diversidade cultural (...) É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra. Por isso mesmo, a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de propriedade, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o pertencimento delas à União e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade. A Constituição de 1988 selou a convivência harmoniosa entre duas culturas, uma que reconhece e outra que não reconhece a apropriação da terra pelos homens. (...) (Juca Ferreira e Sérgio Mamberti. Folha de São Paulo, 9 de setembro de 2008) No texto, à União exerce a função sintática de: a) adjunto adverbial. b) objeto indireto. c) adjunto adnominal. d) complemento nominal. e) agente da passiva.

27)

FGV/FRE/SEAD-AP/2010

Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro / o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência Quanto ao emprego de pronomes pessoais, os trechos sublinhados foram corretamente reescritos em: a) pode ser-lhes atribuído / as favorecia. b) pode ser a ele atribuído / lhes favorecia. c) pode ser atribuído a ele / as favorecia. d) pode-o ser atribuído / as favorecia. e) pode sê-lo atribuído / lhes favorecia.

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28)

FGV/Assist/DPE MT/Assistente Administrativo/2015 Horóscopo do signo de Virgem, do dia 01 de fevereiro de 2015.

“Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos.” “Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos”. Assinale a opção que indica o termo sublinhado que exerce a função de complemento e não de adjunto. a) “aos seus” b) “em Aquário” c) “mais” d) “em equipe” e) “diferentes”

29)

FGV/ADP/DPE-RO/Analista em Redação/2015

Comparando-se as formas “pintor inglês” e “inglês pintor” vemos que substantivos e adjetivos se diferenciam, de fato, por apresentarem, respectivamente: a) variabilidade mórfica / invariabilidade mórfica; b) possibilidade de derivação / impossibilidade de derivação; c) função de núcleo / função de adjunto; d) designação de seres / designação de conceitos; e) invariabilidade de grau / variabilidade de grau.

30)

CESPE/TJ/TRE- MS/Administrativa/Contabilidade/2013

Texto para a questão A soberania popular pode ser exercida, juridicamente, por meio de três modelos: democracia participativa ou direta, democracia representativa ou indireta e democracia semidireta. Na democracia direta, o povo participa Prof. Bruno Spencer

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diretamente da vida política do Estado, exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o povo exerce de modo imediato as funções públicas. Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo. A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições(d) que disciplinam a participação popular no processo político, que formam os direitos políticos(e) que qualificam a cidadania, como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim, mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo. Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação direta do povo nas funções de governo. Esses instrumentos de participação dão ao povo, conservadas, embora em parte, as formas representativas, a palavra final relativa a todo o ato governativo. Como exemplo desses instrumentos, podem ser citados o referendo e o plebiscito. Internet: (com adaptações).

O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam” é a) o pronome “que” imediatamente antecedente. b) oculto. c) indeterminado. d) a expressão “um conjunto de instituições”. e) a expressão “os direitos políticos”

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9 – Gabarito

1

A

7

C

13

D

19

C

25

B

2

E

8

B

14

E

20

E

26

B

3

C

9

D

15

A

21

A

27

C

4

C

10

B

16

B

22

B

28

A

5

E

11

C

17

D

23

C

29

C

6

D

12

E

18

E

24

D

30

A

10 – Referencial Bibliográfico 1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008. 2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2009.

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