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HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA NATAÇÃO, DOS NADOS FORMAIS E SEU ENSINO FABIO ALEXANDRE FERNANDES DA SILVA Professor Especialista de Educação Física CREF 00097 G/RN
Vamos fazer uma viagem no tempo...
É a mais antiga ilustração atualmente conhecida da arte de nadar... (Catteau e Garoff 1990)
... Os arqueólogos calculam que ela remonta a 9000 anos antes da nossa era. (Catteau e Garoff)
3000 anos antes da nossa era, o hieróglifo “nada” atesta um raro grau de acabamento da técnica que, mais tarde, receberá o nome de crawl... (Catteau e Garoff 1990)
HIPÓCRATES usava água no tratamento de doença e os romanos utilizavam com finalidades RECREATIVAS e CURATIVAS. (Skinner e Thomson - 1985)
A natação é popular desde a Grécia e Roma, onde fazia parte do treinamento dos soldados.
“... O homem que não sabe nadar não é educado.” Platão – Filosofo Grego.
NATAÇÃO PERDE O INTERESSE
IDADE MÉDIA Século V ao XV.
TEVE O SEU DESENVOLVIMENTO PREJUDICADO PELA IDEIA DE QUE AJUDAVA A DISSEMINAR EPIDEMIAS
METADE DO SÉCULO XIX • 1828 é construída a primeira piscina coberta em LONDRES. • 1837 a primeira competição organizada. • Até 1844 o estilo empregado era uma braçada de peito, executado de lado (braços submerso, com batidas lateral de pernas). • 1850 - “single over arm stroke” – braçada única á frente por cima da superfície (braçada lateral inglesa). • 1873 – John Turdgen surpreendeu a todos ao vencer com braçadas duplas emersas e alternadas. (braçada Turdgen)
EVOLUÇÃO DE CRAWL • 1874 – Association Metropolitan Swimming Clube (Londres) – 1º regulamento de natação. • 1893(Harry Wikham) – introduzi batida de pernas alternados baseado nos nativos australianos. Nesse mesmo ano Alik Wikham faz 66 jardas em 44 segundos, arrancando uma exclamação de um técnico australiano: “Veja que forte rastejar” (Crawl Australiano). • 1896 a 1908 (Jogos Olímpicos da era moderna) – variação dos calendários de provas e regulamento.
EVOLUÇÃO DE CRAWL • 1900 a 1908 - A família Cavill leva o estilo para Estados Unidos, onde Daniele Cavill o aperfeiçoou, criando o Crawl Americano. • 1908 surgiu a F.I.N.A. (Federation Internacional de Natation Amateur) – unifica as regras (natação/salto/polo), homologa os Recordes e Organiza as competições oficiais. Iniciou com a participação da Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria e Suécia.
EVOLUÇÃO DE CRAWL • 1924 em Paris – Johnny Weismüller (Tarzan) criador do Crawl moderno com respiração lateral. • 1928 em Amsterdam – Clarence Crabbe utilizou a respiração bilateral a cada três braçadas.
EVOLUÇÃO DE CRAWL “A RESPIRAÇÃO foi sacrificada na origem do CRAWL, para evitar o rolamento do tronco. O primeiro nadador a demonstrar a eficácia da respiração lateral foi Johnny Weismüller . A expiração na água foi executada primeiramente pelo nariz, depois pela a boca e nariz e finalmente pela boca apenas, deixando o ar escapar pelo nariz, sem preocupação de expeli-lo.” (Machado – 2004)
EVOLUÇÃO DE COSTAS • No século XIX, apenas o nado LIVRE era usado em competições. Somente 1900 foi que apareceram as provas de nado de COSTAS e PEITO CLÁSSICO. • No início o nado Costas usava os braços e pernas simultânea (peito de costas). • 1903 – Sinclair & Henry – no seu livro fala na possibilidade de executar braçadas alternadas.
EVOLUÇÃO DE COSTAS • 1912 – Estocolmo – o americano Henry Hebner apresenta um nado revolucionário braçada e pernadas alternadas. • 1936 – o treinador Bob Kiputh influencia a utilização do novo batimento, posição oblíquo do corpo e trabalho de braço mais profundo na água. • 1956 – o nadador David Thell apresenta nos J.J.O.O. uma posição mais sentada, os braços executando a puxada com uma flexão do cotovelo e os ombros um rolamento lateral.
EVOLUÇÃO DE COSTAS • 1960 – o japonês Tanaka volta ao antigo nado executado deitado. - o americano Tom Stock modificou a posição dos braços, fazendo que empurre as mãos em uma posição meio profunda e terminado com elas junto aos quadris. • 1980 – em Moscou, surgiu o batimento duplo de pernas como a borboleta de costas nas saídas e viradas. • 1988 – surgiu a virada do costas com a cambalhota frontal.
EVOLUÇÃO DE PEITO • Primeira forma que o homem encontrou para nadar, através de imitação da rã. Por permitir a manutenção da cabeça fora da água. • “braçada Inglesa” 1837 “braçada francesa”. • No inicio as pernadas eram ativadas partindo de um grande afastamento lateral (tesoura) e a braçada apenas na superfície (deslize). • À medida que o nado peito clássico evoluía, obrigava cada vez mais o nadador a obedecer um maior número de regras.
EVOLUÇÃO DE PEITO • 1924 – Erich Rademacher (alemão) adotou um posição baixa dos joelhos, que arredondava o movimento de pernas, bem como efetuava seu estreitamento, utilizando o mesmo movimento dos braços, com maior profundidade. Em 1927 começou a utilizar os braços foras d´água (precursor do borboleta). • 1930 Tsuruta (japonês) braçadas mais cadenciadas, tração profunda e braços flexionados. Abandonando a braçada com deslize.
EVOLUÇÃO DE PEITO • 1940 – Jacques Cartonnet (francês) um nado com um deslize de longuíssima de duração onde percorria os 50m com 9 braçadas. • 1953 – separação do borboleta e o peito clássico. • 1957 – limitação do nado submerso (filipina) • 1961 – o Treinador James “Doc” implanta um nado com movimentos mais curtos, de tração forte e cadência mais viva. A pernada continua arredondada e acrescenta o um empurram para trás.
EVOLUÇÃO DE PEITO • 1976 – o nadador inglês David Wilkie volta usar um movimento longo, porém procurando terminar com um movimento fechado dos membros inferiores e superiores. (a soma do nado peito antigo e o moderno) • 1980 – em Moscou os nadadores alemãs tentaram modificar o nado executando uma meia ondulação, mas sem sucesso.
EVOLUÇÃO DE BORBOLETA • É o mais novo dos estilos, tendo surgido devido a imperfeição existente nas regras da F.I.N.A.. • A primeira tentativa foi com Rademacher nas provas de peito em 1927, e retomada por norte-americano Myer na prova de 3 estilos (costas, peito clássico e crawl). Porém na se chamava Borboleta.
EVOLUÇÃO DE BORBOLETA • 1953 a F.I.N.A. acrescenta o nado borboleta com oficiais no quadro de provas de competição. • Nesse mesmo ano o húngaro Tompek inclui a pernada de golfinho no nado. • 1976 nos J.J.O.O. de Montreal os atletas das provas de borboleta campeões utilização o famoso estilo de “buraco de fechadura”.
REFERÊNCIAS •
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CATTEAU, R; GAROFF G. O ensino da Natação. São Paulo: Ed. MANOLE, 1990. COLWIN, C.M. Nadando para o Século XXI. São Paulo: Ed. MANOLE, 2000. FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO. Regras oficiais de natação. Rio de Janeiro: Sprint, 2009. MACHADO, David. C. Metodologia da natação. São Paulo: EPU, 2004. SAAVEDRA, J. M; ESCALANTE, Y; RODRIGUEZ, F.A. A EVOLUÇÃO DA NATAÇÃO. Artigo Científico – Buenos Aires, 2003. Disponível em: Acesso em: 01 ago. 2015.