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Jianne Carlo
Vikings Warriors 5
O Sedutor
Tradução/Pesquisa: Celia Carvalho Revisão Inicial:Celia Carvalho Revisão Final/Formatação:Ana Paula G.
Vikings Warriors 1
- The Bear and The Bride Torsten, Jarl de Stjórardalr também conhecido como o Urso do Norte, vislumbra Ainslin de Durham, uma viúva recente com dois filhos, e imediatamente a cobiça para ser sua esposa. Após derrotar seu rival,recebe a bênção do rei, para casar com ela.Ainslin teme a reação de Torsten quando descobrir que ela é virgem.Como explicar sua virgindade e os filhos gêmeos? Ela deixa Mercia para casar-se com Torsten e viver na Noruega, para manter seus filhos seguros. Seus piores pesadelos se tornam realidade quando seu ex-vizinho, Earl Sigrid, chega a Noruega para a coroação do rei Cnut. O que Sigrid sabe? Torsten vai abandonar Ainslin e os meninos quando descobrir a verdade?
2 - The Dragon Slayer Ruard, o guerreiro viking conhecido como o Matador de Dragões, espera uma esposa obediente, com todos os dentes, uma mulher simples e humilde. Uma sereia sedutora que chama a atenção de todos os homens não tem utilidade para ele. Catriona espera por um guerreiro cruel, um homem fácil de envenenar. Não um Deus Thor com os cabelos dourados, olhos azuis da cor do céu e um lindo sorriso. Como ela poderá matar Ruard? Mas deve fazê-lo para salvar sua irmã.
3 - The Peacemaker É lamentável que Njal O Pacificador encontre sua noiva vestida em calças, exibindo uma espada, e coberta com sangue de javali.O que ele precisa é de uma mulher hábil com as palavras, uma mulher com modos refinados, uma mulher inteligente e capaz de manobrar as intrigas políticas da corte de um rei. Não uma mocinha que caça e cuja habilidade com armas rivaliza com a de qualquer guerreiro..Bettina quer um homem que pode frustrar os planos de seus inimigos. Um guerreiro Viking que chame a ira dos Deuses contra os homens que querem roubar sua herança. Não um homem que valoriza as palavras e a paz acima de tudo. Nem Njal nem Bettina esperavam a paixão que explode entre eles. O que vai prevalecer, palavras ou ações?Pode um pacificador domar uma noiva guerreira?
4 - The Destroyer Para o guerreiro viking Magnus, o casamento não é nada a não ser um contrato, um negócio para acumular terras e títulos. Despreza o amor, considerando coisa de homens fracos. Mas, três dias antes de se casar com uma princesa, ele vê uma bela serva. Seu encontro apaixonado o faz repensar seus conceitos, e ele luta para encontrar uma maneira de manter a sedutora Daisy e honrar o contrato de casamento que ele combinou com o pai de sua noiva. Deidra não pode dar um passeio na floresta, sem encontrar uma pomba ferida. Dedicada
a cuidar de uma variedade
de ursos feridos, pavões, e lobos, ela desobedece seu pai quando avista o guerreiro nórdico conhecido como o Destruidor.Até que, disfarçada como uma serva, ela é resgatada de um estuprador pelo próprio Magnus. Como pôde achá-lo mau ou cruel? Se ele a trata como se fosse feita do mais fino cristal, e ensina a ela os prazeres da carne? Mas Magnus fica furioso quando descobre que a mulher por quem está tão profundamente apaixonado não é outra senão sua noiva. Pois não há nada que ele despreze mais do que uma mulher mentirosa... exceto, talvez, duas delas ...
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5 - The Seducer Eogan, o tio de Elaina, assassinou seu pai e usurpou sua coroa.Desesperada para salvar a si mesma e suas i
rmãs mais novas,Elaina, filha de uma concubina, pega as meninas e desaparece no mundo. Mas quando conhece um Viking ousado conhecido como o Sedutor, descobre que o homem está determinado a tomá-
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a. Mesmo que tenha que usar de chantagem para conseguí-la. Irritada por ter sido descoberta e desesperada para proteger suas irmãs, Elaina concorda em casar-se
com Jarvik depois que ele ameaça revelar sua identidade. Ela ordena que ele se apresse e sacie seu desejo, mas Jarvik não vai aceitar nada além da total paixão de Elaina. Seu encontro é explosivo e mágico, mas como pode Elaina confiar em um homem conhecido como O Sedutor? E mesmo se for tão honrado quanto diz, será que uma manobra política dos reis rivais pode forçar Jarvik a abandonar a sua nova esposa para seu inimigo?
Sobre a autora: ‘Eu sou uma viciada em Iron Chef America e Law and Order que adora cozinhar, comer e ler. Eu queria poder queimar uma tonelada de calorias comendo e sendo sedentária. Você não? Casada há trinta e quatro anos com um homem incrível que ainda me surpreende a cada dia, eu também sou a mãe orgulhosa de três filhos fantásticos, todos agora maiores de idade. Cresci na ilha caribenha de Trinidade, onde a população é representativa de quase todas as raças e nações do planeta. Embora quando menina frequentei uma escola católica dirigida por freiras, eram ensinadas todas as religiões, o Hinduísmo, Islamismo, Budismo, e celebrado todos os feriados associados a essas religiões. Você sabia que muitos alimentos derivam de feriados religiosos? Machos alfa, heroínas fortes, lugares exóticos, e as diferenças culturais são o meu forte. De Mônaco, a Trinidade na época do carnaval, a rural Washington, para Denali National Park, no Alasca, para Sleeping Dog, Texas e na Noruega em 1028 AD, eu estou viajando o mundo através de meus livros, e compartilhando a minha visão com os leitores . Minha carreira de escritora começou em 2008, e desde então tive sorte o suficiente para ter nove livros publicados. Mais dois, incluindo o meu primeiro histórico, lançado no final de 2010, e atualmente tenho seis manuscritos em andamento. Um dos aspectos mais gratificantes da escrita é ouvir dos leitores, e nada faz meu dia mais feliz do que um e-mail de alguém que tenha lido um dos meus livros. Gosto de ouvir a fantasia que agrada as pessoas.
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Resumo Eogan, o tio de Elaina, assassinou seu pai e usurpou sua coroa.Desesperada para salvar a si mesma e suas irmãs mais novas,Elaina, filha de uma concubina, pega as meninas e desaparece no mundo. Mas quando conhece um Viking ousado conhecido como o Sedutor, descobre que o homem está determinado a tomá-la. Mesmo que tenha que usar de chantagem para conseguí-la. Irritada por ter sido descoberta e desesperada para proteger suas irmãs, Elaina concorda em casar-se com Jarvik depois que ele ameaça revelar sua identidade. Ela ordena que ele se apresse e sacie seu desejo, mas Jarvik não vai aceitar nada além da total paixão de Elaina. Seu encontro é explosivo e mágico, mas como pode Elaina confiar em um homem conhecido como O Sedutor? E mesmo se for tão honrado quanto diz, será que uma manobra política dos reis rivais pode forçar Jarvik a abandonar a sua nova esposa para seu inimigo?
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Comentário da Revisora Celia Carvalho: Este é o último livro da Série Vikings Warriors e conta a história de Jarvik, O Sedutor, o caçula dos cinco irmãos. Apesar de ser um arrasa corações em todos os outros livros, vocês irão descobrir que ele cultivou uma paixão durante um bom tempo e, no momento certo, ele vai em busca de sua amada. Uma amada bem diferente...rss. Tem cenas muito engraçadas e hots também, mas a grande sacada do livro é a reunião e união dos irmãos e suas respectivas famílias, onde podemos reviver a série toda. A conversa entre os irmãos falando sobre as mulheres é cômica, insinuando que não importa o poder ou tamanho do viking, todos são domados pelas esposas. Adorei um termo em inglês que o Jarvik usa para nominar os irmãos - que eles são puss-whipping....rssssssssssss Gente!! Corre lá no dicionário...rssssssssssssssssss
Comentário da Revisora Ana Paula G.:
Concordo com a Celia....adorei reviver as histórias dos outros irmãos...Gostei muito desta série:livros curtos, hots e conseguem prender a atenção pelo bom humor presente em todas as histórias!!Divirtam-se!! Vou sentir falta dos maninhos!! Este foi o último da série!E conhecer a mamãe destes fofos..huahaha..Quem sabe ela não tem mais um escondido por ai???A gente cria, sem problemas..kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Capítulo Um
Dedos de Loki! 5
Jarvik abafou uma série de maldições e aguçou os ouvidos, tentando avaliar o perigo que se aproximava. Suas armas e roupas estavam jogadas na margem oposta. O baque pesado de botas pisando em galhos secos e os murmúrios baixos de vozes masculinas ficaram mais altos. Tinha sido tolo em parar para tomar banho na lagoa. Mas ele manteve um ritmo duro, galopando por muitos dias na esperança fútil de conter seu temperamento em ebulição, e a tentação de um mergulho refrescante provou ser irresistível. Altos pinheiros e pedregulhos rodeavam a piscina rasa. Ele nadou para uma fenda estreita e esperou sentado sobre as pedras que revestiam o leito da lagoa. O sol da manhã brilhava, e uma brisa rápida jogava os ramos dos pinheiros através da alta rocha à sua direita. Uma lady apareceu no cume da pedra. Ele parou de respirar e se embriagou pela visão de sua silhueta.. Ela começou a despir-se, tirando a touca, as meia-botas, e o vestido marrom claro que usava. A moça tirou uma camada de tecido, enrolado do meio das coxas até um pouco acima dos seios. Ele fez tudo o que pode para deter um grunhido que irrompia de sua garganta. Um tecido similar que envolvia seu pescoço foi o próximo, então a camisa fina. No espaço de um canto de um pássaro da manhã, ela havia se transformado de uma gorda e lenta lagarta para uma borboleta, elegante e graciosa. Ele abafou o riso. Por Freya! Ele nunca havia visto tanta beleza. E ela era toda sua. Ou seria dentro de uma semana. Pernas de uma potranca, longa, magra e forte, terminando em uma bunda atrevida implorando por beliscões. Seus dedos coçavam para medir a cintura fina, moldá-la a ele, e encaixar sua vara no vão entre as coxas. Ela respirou e seus seios abundantes ergueram-se. Seu pau,o vigoroso amigo, exultou.
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O vento forte mudou de direção, balançando as tranças da cor do mogno, com um rico tom, afastando-as de seus quadris. Dando um vislumbre dos minúsculos caracóis que protegiam o tesouro que ele ansiava. Jarvik sufocou um gemido. A fome correu para sua virilha. A excitação rígida flutuando na água gelada pedia ação. Ele se levantou, as mãos fechadas em punhos, lutando contra o modo de ser de um viking e a vontade de sequestrá-la ali, e agora. Ela fechou os olhos, ergueu o queixo, jogou os braços, e arqueou, se alongando, subindo nas pontas dos dedos dos pés, como se capturasse cada raio de calor do solstício de verão. Uma borboleta recentemente saída de seu casulo, secando as asas e preparando-se para o voo. Quando ela ergueu as palmas das mãos acima da cabeça, ele percebeu sua intenção e berrou: — Não! É raso, lady! Ela meio que se virou para ele. O movimento brusco a fez perder o equilíbrio, e um pé escorregou. Jarvik mergulhou na água, nadando, observando conforme ela aterrissava, primeiro, de bunda na rocha. — Maria tenha misericórdia! — ela gritou. Seus dedos subiram buscando se agarrar em algo, mas não encontrou nada na pedra lisa. Ele nadou mais forte, mais rápido, pois ela caia e ricocheteava severamente na pedra dura. Os braços e pernas dele se impulsionando através da água gelada. Por Odin! Ele não iria perdê-la agora.
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A força do próximo impacto mandou-a para o ar. Suas mãos se debateram, e ela caiu como um faisão abatido. Andando com seu torso dentro d’água, ele abriu os braços e alcançou o corpo dela em queda livre. Ela aterrissou pesadamente, o seu traseiro bateu no ombro dele, um joelho sobre seu nariz. Os dedos da moça entrelaçaram e puxaram o cabelo de Jarvik. A dor explodiu em seu couro cabeludo. Ela torceu-se e se afastou dele, quase caindo na água. Jarvik ajustou seu abraço, pegando-a pelas costas e joelhos. Ela segurou apertado os cabelos dele, de novo, e ele sufocou uma maldição. Seu pau não se importou nada com a dor que lancetava sua cabeça, mas reagiu à seda da pele da garota, e endureceu mais que a lâmina de sua espada. — Lady, você vai tentar arrancar todos os fios de cabelo da minha cabeça? — Ele festejava a visão do delicioso pacote, saboreando a testa alta, o nariz arrogante, a carnuda boca, o traço teimoso de seu queixo. Um mamilo escuro aparecia entre os fios molhados de seus cabelos, e outro mamilo brincava de esconde—esconde com o cabelo e a água. A tentação demonstrou ser muito forte, e ele nada poderia fazer, exceto se render. Antes que seus lábios pudessem fechar-se sobre o delicioso beicinho, uma flecha cortou a água à sua esquerda, seguida por uma mais, numa sucessão rápida. Cada novo míssil caindo perto e mais perto de seus corpos. Remando com as mãos furiosamente, ele virou-se de costas protegendo-a. Ela esforçouse para ver por cima do ombro do homem, e os mamilos roçaram seu peito. A cabeça de Jarvik ergueu-se rapidamente, assim como o seu pau, se mexendo e empurrando contra a bunda da lady. Suas unhas cravaram-se na pele dele. Ela se encolheu, e seu traseiro flexionou-se para cima. — Desista. Eu não quero suas atenções, Idiota. Idiota? Ele parecia um idiota? 8
Despreocupado, pois ele bem sabia quem estava deitada em seus braços e quem a protegia na jornada, Jarvik olhou para a margem, longe agora. Ele reconheceu os três gigantes que miravam seus arcos sobre ele. — Deixe-a ir! — O berro fez andorinhas e estorninhos alçarem voo, gritando em um protesto furioso. — Elaina. Você pode nadar até a margem? Elaina. Curandeira da aldeia, filha de uma concubina, inimiga do novo Rei de Strathclyde. — Aye. Se o grosseiro soltar-me de seu abraço. — Ela fez uma careta para ele. Mesmo unidas, as sobrancelhas dela mostravam-se sedutoras. — Pare de brincar com meu traseiro, ladrão. E mantenha seus olhos na terra. Idiota? Grosseiro? Ladrão? Ele lhe deu uma sacudidela. Ela não tinha notado seu cabelo dourado? Seus olhos azuis? A amplitude dos seus ombros? — Não. Talvez eu vá libertá-la, mas tirar meus olhos de tanta doçura? Nunca. — Jarvik deu o sorriso que lhe valeu os suspiros de todas as mulheres que conheceu. Seus olhos se encontraram. Uma seta silvou através do ar, e ele ouviu o familiar zumbido. Mas nada, nem os longos anos passados no campo de batalha, nem os instintos insuflados dentro dele, dia após dia desde que começou seu treinamento de guerreiro poderia afastar sua atenção dos olhos grandes da jovem, da cor sedutora semelhante às moitas densas de pinheiros em torno deles. Um tom dourado brilhava junto à cor de esmeralda. O desejo queimou sua virilha, e suas bolas ficaram tensas contra sua carne. — Jarvik, seu asno! — A próxima flecha atingiu mais perto. — Solte-a agora! — O rugido cortou o torpor da luxúria que drogava sua mente. Ele olhou a margem. Um dos irmãos Ferguson arrancou sua túnica e empoleirou-se no alto de uma rocha para desamarrar as botas. 9
— Pare — Jarvik gritou, antes de voltar sua atenção para Elaina. — Você sabe nadar? — Melhor do que você. — Ela esmurrou seu braço, estremeceu, e se contorceu como um verme escapando do bico de uma andorinha. — Você está tonta? Bateu sua cabeça na pedra? — Ele moveu-se, segurando-a com um braço enquanto suavemente explorava seu couro cabeludo com a mão livre. Elaina acalmou-se e lhe lançou um olhar severo, em seguida, tocou-lhe o pulso. — Eu estou ilesa. — Tem certeza? Com a cabeça inclinada, ela estudou-o, seus olhos percorrendo-o da testa ao queixo. — Foram alguns poucos cortes e arranhões. Eu estou bem. Eu conheço você, guerreiro? Elaina inclinou a cabeça, os olhos verdes não demonstrando nenhum sinal de medo. Jarvik não se surpreendeu. Ele testemunhou sua coragem e determinação antes. Mas, que ela não se contorcesse em pânico em seus braços foi uma bênção que não esperava. Talvez não tivesse sido estuprada ou molestada como ele temia. — Deixe-me ir. — As palavras, ditas em tom calmo e tranquilo camuflaram o súbito arrepio que a atormentava. A jovem começou a socar seu peito e ombros com movimentos frenéticos. Ele deixou-a ir. Ela, de fato, nadava como um peixe, cortando a água com uma lânguida, suave graça. Suas ancas flexionando-se. Por Odin! Seu pau em chamas quase poderia fazer a água da lagoa ferver.
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Jarvik, absorto em estudar seu traseiro, não percebeu sua situação até que ela estivesse parada na água a uma boa distância da margem. Os idiotas dos Fergusons estavam entre ela e as suas roupas. — Vejo vocês no seu acampamento, Fergusons! Você não podem deixar Elaina manter sua modéstia? — E quanto a você, Viking? — O mais velho Ferguson, Patrick, cruzou os braços. — Saímos quando você o fizer. — Você vai para Laufsblað Fjǫllóttr? — Jarvik conhecia bem resposta de Patrick, pois ele estava na trilha dos irmãos Fergusons, esperando a hora certa, observando sua noiva, e planejando sua sedução. Que os Fergusons e Elaina tivessem conseguido chegar à frente dele e toma-lo de surpresa expressava sua exaustão. — O que é isso? – Patrick Ferguson não fez segredo de sua antipatia por Jarvik. — É o castelo do meu irmão. Eu tenho andado por toda a propriedade. Você trouxe a curandeira para o parto de Deidra? — Jarvik reprimiu um sorriso, por sua sugestão de que a esposa de seu irmão o mandou atrás de Elaina, a curandeira da aldeia. — O que é isso? Tire seus olhares de Elaina, Jarvik. Ela tem a nossa proteção. O destino de Elaina havia sido selado desde o momento em que ela começou sua jornada para Laufsblað Fjǫllóttr. — Eu estou congelando, meus lairds. — Elaina bateu a palma da mão na superfície d’água da lagoa fazendo-a espirrar em um amplo arco. — E o meu temperamento não está nem um pouco doce. Laird Patrick, você e seus irmãos se apressem para voltar ao acampamento. Mas, primeiro, acompanhem o garoto de sorriso enfeitado até a margem oposta. E, se uma flecha perfurar o seu couro grosso, seria agradável, de fato.
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Garoto? Garoto? Ele iria fazer sexo com ela tão frequente e vigorosamente que aquela moça nunca mais se referiria a ele como o garoto. Ele ignorou seu sarcasmo, e notou que quando ela levantou-se do rio para caminhar a passos largos para recolher suas roupas descartadas, nem olhou para ele. Bruxa! Claro, ela sabia que Jarvik não ia tirar os olhos dela. Ele esperou, andando na água, até que a moça recuperou as suas roupas e os estranhos enchimentos que usava por debaixo delas, e sumiu na linha dos pinheiros. Um estrondo baixo ricocheteou nas montanhas que encerravam o estreito vale. Uma rajada forte richicoteou na superfície lisa da lagoa. Densas nuvens galopavam pelo céu. Seriam meros minutos antes da tempestade explodir, tal era a natureza instável do clima ao longo da fronteira entre a Escócia e Cumbria. As alianças voláteis dos muitos reinos que ocupavam as terras espelhavam-se em seu clima. Jarvik não tinha tempo a perder se quisesse chegar antes de Fergusons e Elaina. Com a pressa ele deixou de lado a cautela habitual que tinha com seu garanhão, Haski. O cavalo malhumorado se aproveitou de um braço exposto para imprimir os dentes grandes na carne de Jarvik. Murmurando maldições em voz baixa, ele montou o poderoso cavalo, e instigou o animal obstinado em um galope. Jarvik conhecia a região como a palma da sua mão, e assim foi por um atalho traiçoeiramente íngreme que o faria chegar ao vale seguinte e ao castelo de seu irmão, antes do meio da tarde. Levando menos tempo do que o esperado, ele subiu o segundo conjunto de colinas e parou. Seu cavalo empinou no pico plano enquanto inspecionava o amplo vale abaixo. Caprichoso como sempre, o tempo tinha mais uma vez mudado, e o globo dourado do sol no meio do céu revestia os campos maduros de cevada com um brilho ofuscante. Quando chegou ao fundo do vale, Jarvik instigou o garanhão. Dobrando-se, Jarvik afundou as botas profundamente nos estribos. Ele mantinha sua atenção nas distantes, torres 12
brancas do castelo, e não retardou sua montaria até que os portões de Laufsblað Fjǫllóttr se aproximassem. O som melodioso de uma flauta carregado pelo vento trazia o odor de terra quente e madressilva. Ao longe, um grande contingente de guerreiros montava acampamento fora dos muros do castelo. Jarvik gemeu. Seu irmão, Magnus, não permitia que seus guerreiros o protegessem dentro das muralhas de seu castelo. Mas as regras não se aplicavam aos guerreiros dos Reis, e Jarvik reconhecia bem os brasões que os soldados ostentavam em seus ombros. Rei Máel Coluim. Por pura sorte, nesta primavera Jarvik tinha descoberto o paradeiro de Elaina, e foi ao seu encontro para a declaração dos votos de casamento. Ele havia planejado um casamento, uma cama e um bebê no ventre de Elaina, antes que se confrontasse com o Rei da Escócia. Porque Máel Coluim pretendia assinar um tratado com o novo Rei de Strathclyde, Eogan e este poderia desfazer todos os planos de Jarvik. Ele apertou sua mandíbula e as rédeas e cravou os calcanhares nos flancos de seu cavalo.
***
Elaina apertou os lábios. As muralhas do castelo estavam lotadas. Fogueiras expeliam nuvens de fumaça. Homens, mulheres e crianças corriam entre as tendas, cavalos, e pilhas de escudos brilhantes. O barulho agredia os seus ouvidos: bebês chorando, mulheres gritando, berrando e guerreiros, todos clamando em um barulho ensurdecedor. O cheiro de penas das aves 13
queimadas e de carne grelhada fez sua bílis subir a garganta. Ela franziu o nariz contra o mau cheiro e, tomou uma respiração curta pela boca. O cheiro e os sons de uma movimentada fortaleza, antes familiares e bem-vindos, lhe provocaram náuseas. O medo deixou os dedos de Elaina trêmulos, e ela teve que segurar as rédeas de couro até que marcassem as palmas das mãos. Sentindo o medo, a égua bufou e empinou suas patas traseiras. Ela não deveria ter vindo, apesar do refúgio que Deidra estava oferecendo. A atenção de Elaina foi atraída para a carroça ao lado de sua montaria e ela soltou um suspiro longo e aliviado. Kateri e Kitti, embrulhadas em cobertores estavam aconchegadas num canto, profundamente adormecidas, obviamente alheias a balburdia ao seu redor. Orava ao Senhor que ela não tivesse trazido as bebês para o perigo, mas a sensação de morte pesando sobre seus ombros e os arrepios na parte de trás do pescoço, diziam o contrário. — Elaina, Deidra enviou esta mulher para levar você e seus bebês até ela. Permita-me ajudá-la a descer. Ela não havia notado Laird Patrick desmontando, nem tinha percebido que havia chegado ao pátio. — Obrigado, meu laird. Suas pernas balançaram quando suas botas curtas bateram na terra suja. Elaina desmontou e virou-se para cumprimentar a angelical garota em frente aos degraus do castelo. — Eu serei sua criada enquanto estiver aqui, minha lady. Chamo-me Frieda. Posso ajudá-la com as bebês? — Eu ficaria muito grata, Frieda. – Cansada até os ossos, Elaina só queria instalar as meninas e desmoronar num colchão. — Muito mesmo.
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A noite já tinha caído sobre o vale antes que Elaina e Frieda estivessem com as meninas alimentadas, lavadas e deitadas sob um cobertor de lã em um colchão de palha. Elaina nunca deixava de se surpreender com a rapidez com que elas passavam do tagarelar contínuo para o abençoado sono. Ela não tinha adormecido facilmente ou profundamente por um longo tempo. E isso não mudaria nesta noite. — Temos que prepará-la, minha lady. O jantar será servido em breve e a senhora deve estar na sala antes da chegada do Rei. Eu desfiz o seu baú. Seus vestidos estão na câmara adjacente. Por favor, deixe-me ajudá-la na banheira. — Frieda apontou para a pequena alcova à direita. Elaina tinha arrumado todas as desculpas para não comparecer à refeição da noite sem sucesso. Parecia que todos, inclusive criadas, pajens,e mesmo os garotos da cozinha, deveriam participar do banquete para o Rei Máel Coluim. Frieda tinha mesmo insistido que as meninas deveriam estar lá também, mas Elaina não quis ouvi-la. Orando para que o jantar acabasse logo, Elaina disse: — Eu não preciso de banho, mas vou me lavar. Muito obrigada por sua assistência, Frieda. Você está liberada esta noite. — Não, minha lady. Devo levá-la até o salão. — Frieda parecia não ter se ofendido e deixou Elaina sozinha. Minutos depois, Elaina seguiu Frieda através das muitos corredores e escadas para o salão e para Laird Patrick. A criada deu boa noite à Elaina e saiu. — Minha irmã receberá você na mesa alta esta noite. — Laird Patrick ofereceu seu braço à Elaina.
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Seu estômago apertou-se. A mesa alta. Ela olhou para lareira de pedra maciça no centro do salão e o tablado que era da metade do comprimento da sala. Talvez ela pudesse sentar-se no final e ficar escondida entre os grandes guerreiros. Após sua fuga, Elaina conseguiu preencher seu vestido com enchimentos, e escondia os cabelos com uma touca longa e um véu escuro que obscurecia a maior parte de seu rosto. Ela engrossou as sobrancelhas com uma pasta de fuligem escura. Calcário moído misturada com banha empalidecia os lábios cor de rubi. Ninguém, exceto Deidra, tinha visto suas verdadeiras feições ou formas há várias estações. Ninguém exceto aquele o idiota que Laird Patrick havia chamado de Jarvik. Quando ela olhou nos olhos do guerreiro da lagoa, uma vaga lembrança a havia incomodado. Aqueles olhos azuis surpreendentes com seus reflexos de ouro pareciam tão familiares, tão seguros. Um vago mal-estar foi adicionado ao pesado fardo que eriçava seu pescoço e ombros. Mãe Maria! Ela nem mesmo tinha tentado fugir a principio, porque em seus braços se sentia no paraíso. Elaina tropeçou. Tola, tola. Ela não podia confiar em ninguém. Nenhuma segurança existia para ela e as bebês nessas terras. Um silêncio tomou conta do salão e afastou Elaina de seus pensamentos sombrios. Laird Patrick bateu em seus dedos. — Apresse-se, o Rei chegou. São mais alguns passos. Elaina baixou a cabeça, culpada, mas satisfeita. Ela tinha adicionado ao seu disfarce o andar coxo e tinha até adquirido uma bengala para uso ocasional. Ninguém prestou atenção à robusta matrona tomar seu assento na parte inferior da mesa alta. Elaina sentou-se entre o banco de um monge, grande, forte e careca e uma mulher igualmente grande, idosa, vestida em veludo fino de um tom vermelho. Com alivio, Elaina 16
relaxou a rigidez de sua coluna. Ninguém, nem mesmo uma criança, lhe daria a menor atenção. Um tambor soou, uma flauta tocou, e em meio a grande aclamação, o Rei Máel Coluim tomou seu lugar no centro do tablado. Elaina manteve seu olhar fixo nas finas linhas esculpidas na superfície da mesa, e levantou, sentou, rezou e esperou juntamente com a multidão que se amontoava no salão. Ela não relaxou sua vigilância, mas estudou aqueles que estavam sentados no tablado, na mesa alta. Deidra sentou=se dois lugares abaixo do Rei ao lado de um homem gigantesco com mechas de fogo nos cabelos que só poderia ser Magnus, O Destruidor, o guerreiro Viking com que se casou no último ano. Rei Máel Coluim sentou-se no que teria sido a cadeira de Magnus, que a ofereceu ao monarca nesta visita. O Rei escocês era de uma estatura igual à de Magnus, mas tinha o cabelo da cor da noite com mechas prateadas. Elaina não reconheceu um único rosto, olhando de Deidra para o monge ao seu lado, e suspirou aliviada. Esvaziou a taça de vinho na frente dela. A refeição transcorreu sem qualquer incidente desagradável. Seu apetite, reprimido na jornada pela preocupação com as meninas e seu disfarce, ganhou vida. No momento em que o prato final foi servido, ela estava empanturrada e um pouco tonta por ter bebido muito vinho. Suas pálpebras estavam pesadas. Ela se inclinou com os cotovelos sobre a mesa e segurou seu queixo. O murmúrio constante do salão abrandou-se. Repentinamente a imagem do guerreiro dourado preencheu sua mente. Era como se Deus tivesse escolhido dotar aquele Jarvik com todas as bênçãos que tinha para oferecer. Pele dourada, uma cabeleira abundante e cor de ouro, olhos de um azul tão penetrante que rivalizavam com o céu mais claro que ela já tinha visto. Inevitavelmente Deus havia concedido a ele ombros enormes, músculos esculpidos, e um órgão masculino de um tamanho que ela imaginava ser o dobro de qualquer homem normal, até mesmo um Viking. Alguém a cutucou. 17
Ela balançou a cabeça e abriu os olhos. Abriu a boca, sem querer. — Minha lady. — O guerreiro da lagoa estava diante dela. O que tinha acariciado sua bunda, coberto com a mão seu monte, e quase tinha mamado em seu peito. Que travessura aprontava Satanás? Que truque perverso o destino estava lhe pregando?
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Capítulo Dois
Jarvik não tinha pensado em conseguir a fácil aceitação de Elaina para o noivado deles, nem tinha esperado que ela aceitasse proferir os votos após a refeição da noite. Esperava resistência e protestos, mas ela não tinha escolha. Não se quisesse as bebês seguras. No final, os votos haviam sido proferidos, e eles se casaram. Ninguém poderia separá-los. Sua diversão crescia cada vez que Elaina remexia as mãos no colo, toda vez que recusava seu olhar e respondia às suas perguntas olhando em algum ponto acima do ombro. A altiva mulher fez o melhor para congelar suas bolas, franzindo o nariz como se ele fedesse e se afastando bruscamente caso seu braço esbarrasse em seu corpete. Deidra tinha insistido que as mulheres sentassem lado a lado, o que havia permitido a Jarvik e Magnus conversarem sobre os planos de sua apressada estratégia. Elaina recusou-se a dar mais de uma mordida ou duas nos muitos pratos apresentados, mesmo o de bolas de chocolate com especiarias, que Jarvik sabia ela tinha ensinado à Deidra como preparar. Ela conversou um pouco com Deidra, mas manteve-se pensativa a maior parte da refeição. As duas mulheres eram totalmente diferentes. Deidra, tão alegre e vivaz, com um halo de cachos refletindo o brilho do fogo, parecia um anjo, linda e radiante. Elaina com suas roupas desbotadas, lábios pálidos, e as sobrancelhas pintadas de fuligem lembrava a desmazelada, mal-humorada dona da taberna da aldeia. Morte e melancolia pareciam curvar seus ombros, seus olhos estreitados, suas bufadas e grunhidos frequentes. Agradeceu a Freya por saber a doçura e a beleza encoberta. — O que você acha, irmão? 19
Jarvik virou-se para encarar Magnus. — Parece que eu não tenho a menor chance de ganhar um sorriso da minha noiva nesta noite. — Uma aposta que eu faria. Sua lady parece um pouco sombria. — Se você entender por sombria ter as sobrancelhas estrondosamente escuras, olhares penetrantes e carrancas, e estreitar os olhos como se estivesse mirando com uma flecha envenenada... Aye, ela é um pouco sombria. — Ela lidou com isso bem. — Magnus acariciou o queixo. – Eu não esperava que concordasse em proferir os votos. — Foi Deidra. Se sua esposa não tivesse falado com Elaina não sei se ela teria se casado comigo. Quando ele apresentou Elaina ao Rei, como sua esposa, a mulher quase tinha desmaiado. Deidra veio rapidamente em seu socorro e escoltou Elaina para uma alcova onde as duas mulheres tiveram uma conversa que ninguém pode ouvir. — Eu vi o rosto dela depois que Máel Coluim anunciou que tinha convidado o Rei Eogan para vir aqui. Parece-me que foi o que a convenceu. — Magnus espetou um pedaço de peixe. — E talvez sua palavra ao Rei de que as duas bebês dela são suas. E seja o que for que você sussurrou para ela depois que ela falou com Deidra. Jarvik ignorou a testa franzida de Magnus. Não ameaçou revelar a verdadeira identidade de Elaina. — Os mensageiros foram enviados? — Aye. E ordenei que partissem rápido e imediatamente. Prometi uma recompensa. Você a tomará esta noite? 20
— Era a minha intenção, ela ficou desamparada por tanto tempo. — Jarvik não poderia expressar seu medo. — Deidra jura que Elaina é uma virgem. Que ninguém a tocou. — É uma longa jornada de Strathclyde ao castelo de Ferguson. Eu me preocupei com isso frequentemente. Não sei no que acreditar. Elaina falou com sua esposa sobre os prazeres de explorar o corpo de um guerreiro. Que virgem tem esse conhecimento? — E se ela não for uma virgem? Isso faz diferença para você? — Magnus arqueou uma sobrancelha. — Não. Ela é minha. Mas poderia fazer diferença na forma como vou tomá-la. Uma virgem merece um tratamento especial. — Há apenas uma maneira de saber. — Magnus tocou o ombro de Jarvik. — As mulheres estão se levantando. É hora de se retirar. Melhor você escapulir com sua noiva. Vou dar um sinal aos homens. — Feito. Jarvik levantou-se, oferecendo a mão para Elaina. — Minha lady, Posso conduzi-la até as escadas? Pela primeira vez nesta noite, ela encontrou seu olhar. Seus lábios apertaram-se, mas ela permitiu que seus dedos roçassem sua pele, e se levantou. Jarvik decidiu começar a derrubar os muros erguidos por ela. — Você ouviu o Rei declarar que todos podem testemunhar a consumação. Quer isso ou não? Suas unhas cravaram-se em sua pele. Ela engoliu em seco. 21
— Não. — Ande mais devagar. Sorria para mim, converse. Quando eu der o sinal, meus homens barrarão as escadas. Nós iremos para a torre. — O que o Rei dirá? — Ela baixou a cabeça. — É traição desobedecer à ordem do Rei. — Ah, mas era uma ordem? Pense nas exatas palavras. Será que ele não disse que todos
poderiam testemunhar a consumação? Ela franziu a testa, e a fuligem seca caiu em uma bochecha. Ele tinha em mente levá-la a um lago e lavar o que a moça fez para desfavorecer a si mesma. — Pode, ele disse pode testemunhar. — Ela mordeu o lábio inferior. — Mas há tantos aqui. — O castelo é do meu irmão. Seus homens e os meus superam os guardas do Rei. O Rei tem um jogo comigo. Um desafio se você quiser chamar assim. — Jarvik olhou por cima do ombro para ver se todos os seus homens e os de Magnus já estavam em posição. Ele relaxou. Máel Coluim tinha dado uma olhada na noiva de Jarvik e foi incapaz de parar de rir silenciosamente durante os votos de casamento. Jarvik não conseguia se lembrar de ouvir tantas piadas picantes do Rei. Todos os comentários do monarca foram relacionados ao título dado a ele pelas mulheres de muitas Cortes: Jarvik, O Sedutor. — Eu ainda não entendo por que e como este noivado foi arranjado. Jarvik olhou para os dentes de Elaina. Ela tinha escurecido dois deles? — Vou explicar tudo mais tarde. Apresse-se. — Nós não vamos escapar. — Elaina parou e virou o rosto para o salão. — Todos os guerreiros do Rei estão cercando mesas e bancos. 22
— Tão pouca fé, Elaina. — Jarvik aproveitou-se da posição dela e passando um braço sob seus joelhos, ergueu-a alto contra o peito, começou a correr a passos largos, então subiu as escadas de dois em dois degraus de uma vez. Nada o excitava mais do que um desafio. Ela passou as pernas em torno de suas costas e os braços ao redor do pescoço. Jarvik perdeu o ritmo de suas passadas e a prensou em um canto para firmar seu abraço sobre ela. A posição trouxe seus seios para perto de suas narinas, e ele ficou embriagado pelas lembranças dos orgulhosos seios que ele tinha visto quando ela arqueou as costas antes de cair na lagoa. — Seus homens estão barrando a escada. Você pode me descer. Eu posso correr. — Ela empurrou o peito dele e soltou as pernas. Seus pés tocaram o chão de pedra. Ele tomou a mão dela, e puxou-a. — Corra, minha lady! A fraca luz desapareceu, e ele tinha apenas um mero vislumbre da touca feia, sua tez pálida e um nariz arrogante antes que as sombras reivindicassem as feições de Elaina. Ele esperou uma eternidade para reclamá-la ou assim parecia. Ela cheirava a lagoa, às flores de cerejeira que flutuavam em torno das rochas, a primavera. Era a sorte, o destino, pois ela era dele e só dele. Foi à razão pela qual Jarvik havia nomeado sua novas terras de Skjebne, a palavra nórdica para Destino. Eles viraram um canto e chegaram à porta da torre. — Estamos seguros. Precisa de um momento para acalmar sua respiração? — Não. Não. Eu quero distância entre o Rei e eu. Vamos. Eu estou pronta. Depois de barrar a porta, ele apontou para a escada estreita. — Depois de você.
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Seus olhos se acostumaram à escuridão, e ele viu o vago contorno da cabeça dela, ouviu a respiração profunda, o ar movimentando—se quando ela se virou. Jarvik arrastou sua mão ao longo da curva da escada de pedra, procurando desajeitadamente o pulso dela, e segurando os dedos sobre o tijolo fresco. — É uma longa subida que temos. Por favor, vá na frente. Mantenha os braços apoiados nas paredes. Eu vou observar suas costas e a pego se você tropeçar. — Eu sou como um cabrito montês. — Ela avançou devagar, e ele pousou a palma de sua mão na parte baixa de suas costas. Ela subiu um degrau. Jarvik pensava em despi-la de seus disfarces antes deles alcançarem à torre. O véu escuro da touca roçava a parte de trás das pernas dela, então ele pegou as duas pontas do tecido, e puxou. — Aiii! A cobertura de sua cabeça caiu no chão. Seus longos cabelos deslizaram suaves sobre o antebraço nu dele. Uma onda de lavanda levantou o cheiro almiscarado na torre de pedra, e ele inalou, apreciando a forma como o aroma combatia o cheiro de mofo. Elaina voltou-se para enfrentá-lo,as mãos fechadas em punhos. — Por que você fez isso? — Gostaria de vê-la como estava na lagoa. — Ele passou um braço em volta da cintura e desamarrou seu vestido, trabalhando com uma destreza ganha durante incontáveis encontros lascivos. Seu suspiro cortou o silêncio lúgubre. — Não. Não entendo. Como você me conhece? 24
— Deidra. — Ela não me trairia. — Seu hálito quente cheirava a hortelã. Ele desejava provar sua doce boca. — O novo Rei de Strathclyde está caçando você. E as pequeninas. Ela encolheu-se, e Jarvik embalou suas costas, seu abraço firme. — Não. Ele acredita que estamos mortas. — Não mais. Esta é a razão pela qual nos casamos esta noite. Para proteger você e as bebês. — Por que? Por que você casou comigo? Para proteger minhas meninas? — Eu já desejava você há muitas estações, Elaina. — A luxúria não é um motivo para se casar, meu laird. — Ela não se esquivou ou se contorceu, mas ficou imóvel, embora sua respiração estivesse acelerada. Ele riu. — Aye. Mas adoça o pote. Eu vou ter você na minha cama. E você vai ter a minha proteção. Assim como as meninas. Estamos de acordo? — Está feito. Eu não tenho outra escolha. Nem as minhas meninas. — Aquele forte queixo ergueu-se, e ela balançou a cabeça. — Concordo. Será mais rápido se eu fizer a consumação. Ela puxou suas mãos, deixou o vestido solto, e desceu-o pelos ombros. Demorou mais tempo para arrastar o vestido sobre sua cintura e quadril com enchimento. A boca de Jarvik ficou seca. Ela começou a remover o enchimento de algodão que cobria suas curvas elegantes. 25
Jarvik recolhia o material conforme ela ia descartando cada rolo, não querendo deixar qualquer evidência para trás. Seria bastante questionado, no dia seguinte, uma vez que tinha enganado todos no salão para que não testemunhassem a consumação. Elaina parou diante dele com nada além uma camisa transparente com pequenas margaridas bordadas decorando o decote cavado. Ele estava duro e dolorido desde o lago e vê-la assim,com os mamilos marcados, seios orgulhosos e atrevidos, endureceu ainda mais suas bolas. Um passo e ele estaria perdido. — Está ao seu gosto? — Ombros para trás, ela enfrentou seu olhar sem vacilar. — Aye e muito mais. É um grande peso para carregar todos os dias. — Ele ergueu o preenchimento ela tinha retirado. — Mas muito quente nos meses frios do inverno. — Ela lhe lançou um olhar de soslaio, o ouro em seus olhos verdes mais proeminentes nas sombras. — Você não tem perguntas? — Muitas. Mas podem esperar. Eu a farei minha esta noite, Elaina. É a única maneira de mantê-la segura. — Ele cruzou os braços e se encostou na parede de pedra fria. — Posso ver pelo fogo em seus olhos que você também tem muitas perguntas. E muita raiva de mim também. — Você tem direitos. Ele acariciou-lhe o pescoço esguio maravilhado com a elasticidade da sua pele. — Deidra não lhe assegurou que tudo ficará bem? Ela mostrou os dentes em um grunhido. — Por favor, perdoe-me por não depender de outros para a segurança das minhas bebês. Eu não o conheço. E agora pertenço a você. 26
— Você escureceu seus dentes? — Ele esfregou a fuligem dos dois primeiros. — Eu entendo tudo isso, Elaina. O assassinato de seu pai. Sua fuga com as filhas dele. — Não. — O lamento ecoou na torre. Ela sibilou e empurrou seu peito com uma violência que ele não previa. — Como? Como você sabe? Deidra jurou que nunca iria revelar nada. — Eu entendo tudo isso. Reivindiquei as meninas, assim todos saberão que estão sob minha proteção. Ninguém, nem mesmo o Rei da Escócia ou o novo Rei de Strathclyde, pode fazer nada contra isso. — Ele ouviu seu suspiro abafado, sorriu e cutucou seu ombro. —Estará mais confortável na torre. Por favor, continue, minha lady. Por longo momento eles olharam um para o outro. — Eu quero saber agora. — Não. Teremos uma longa conversa. Primeiro, eu falo. Então, minha lady, você pode perguntar qualquer coisa sobre mim e eu responderei. — Ele proferiu a promessa com cuidado. Sua respiração rouca trovejava no silêncio. Contou-as. Um, dois, três. Ela bateu os dentes. — Assim seja. Eles retomaram a subida. No silêncio opressivo, misturavam-se os sons de sua respiração, o deslizar macio de seus chinelos na escada, e o ranger de suas botas encontrando a pedra. Elaina parou de repente, e seu nariz o traseiro dele. Jarvik segurou o punho da sua espada com ambas as mãos, a tentação de envolver seus braços em volta de sua cintura,
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levantar a camisa e prová-la era semelhante ao canto das sereias chamando os navios para as rochas. O rígido movimento dos ombros de Elaina mostrou sua raiva. — Posso pedir-lhe para se apressar e saciar seu desejo, uma vez que cheguemos à torre? Gostaria de ter esta obrigação resolvida, o quanto antes possível. Eu não tenho nenhuma necessidade de palavras doces ou beijos. Com que tipo de mulher ele tinha casado? Virgens, amantes, esposas... Todas as mulheres amavam beijar. E na verdade, ele desfrutava das doces preliminares, os tremores e o começo do conhecimento de uma nova amante, buscando o toque inesperado que a deixasse suspirando e se contorcendo. Elaina tinha desfrutado de seu primeiro beijo, ele sabia com absoluta certeza. Estendeu a mão para os ombros dela, voltou-a, e encontrou a sua boca. Ela enrijeceu-se e socou suas costelas. Recusando-se a ser intimidado, Jarvik acariciava sua coluna, tomando um lábio, roçando irresistivelmente em um dos cantos da boca da moça, e explorando a covinha no queixo de Elaina. Ele manteve seus movimentos suaves, tentando-a para se abrir mais. Suas costas rígidas amoleceram, e ele tocou a ponta da língua dela com a sua. Incapaz de resistir, ele segurou um seio e brincou com o mamilo. Elaina estremeceu e sua boca abriu. Jarvik engoliu seu surpreso xingamento, saboreando-a profundamente. Ela deixou-o seguir seu caminho, sossegando como uma pomba arrulhando, aninhando-se contra sua virilha. Suas pernas tremiam contra as dele, e Jarvik passou o braço em torno sua cintura. Elaina se esfregou contra ele, e deixou-o sugar seu lábio. Os dedos dela escorregaram em seu pescoço. Ele acariciou sua língua. Elaina agarrou sua túnica, e um som baixo saiu de seus lábios unidos, um suave, doce gemido.
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Lentamente, Jarvik soltou-a de seu abraço, beijou a ponta de seu nariz. Em seguida, passou os braços em torno de suas costas. — Você pode não precisar de palavras doces e beijos, Elaina, mas eu sim. Você está descansada o suficiente para continuar? Ele ouviu os dentes rangerem, sorriu e soltou-a. Tal fogo significava brincadeiras de cama apaixonadas. Ela sacudiu a camisa. — Eu não tenho necessidade de descansar de novo.Vou subir até o topo sem parar. — Tenha misericórdia de mim, lady, porque eu precisarei, definitivamente, recuperar o fôlego no início de cada lance. Elaina praticamente correu até a torre, e Jarvik acelerou seus passos. Jarvik temia que ela emaranhasse seus pés na bainha de sua camisa. Ele caminhou no mesmo passo que ela e abraçou-a por trás. Elainha tentou dar-lhe uma cotovelada, e ele apertou seu abraço. — E você , doce esposa? Eu gostaria de saber agora. Você tem estado sem a proteção de um homem por algum tempo. Alguém a tomou a força? — Ele prensou-a suavemente contra a parede, cheirando seu cabelo, e tocando um dedo em seu ombro. — Você é virgem ou não? Aye ou nay. Você não precisa dizer mais nada. — Aye. Ele beijou o topo de sua cabeça e encostou a face dela em seu peito. — Esta é uma bênção que eu não esperava. Um som abafado escapou dos lábios dela. 29
— Eu não sei por que você fez isso. Ele pegou-a pelos pulsos, virou as palmas das mãos para cima, e beijou primeiro uma depois a outra. — Foi um movimento no tabuleiro de Raposa e Ganso, nosso casamento esta noite. Um movimento que eu não havia previsto. — Então Máel Coluim lidera o jogo com o ganso sacrificado. Eu?
***
Quando chegaram à sala circular que formava a torre, Elaina parou, desejando que soubesse como ser tímida, como flertar, mas não eram habilidades que alguma vez quis adquirir. O medo obstruiu sua garganta. Elaina fingiu uma calma que o sangue trovejando através de suas veias desmentia. Um gosto amargo afastou o sabor da hortelã que ela mastigou anteriormente, antes de entrar no salão. A hortelã dava-lhe coragem e limpava a sua mente. Ela precisaria de ambos esta noite. Satisfazê-lo, deixá-lo cumprir seu dever como marido, e procurar escapar. Ninguém sabia melhor do que ela como fingir ser uma mulher simplória. — Vinho, meu laird? Há cerveja também. — Vou seguir a sua preferência. Elaina examinou a câmara, e quase teve uma vertigem. A cama contra a parede parecia uma sombra. O céu noturno não tinha nenhum indício de lua ou estrelas. Nem as corujas piavam. Nada a fazer senão continuar com o defloramento. Sob uma janela aberta, havia um tapete com um jarro de vinho, duas taças e uma bandeja cheia de frutas, uma meada de queijo amarelo, e um pão redondo. O penetrante 30
cheiro do queijo sobrepunha-se a doce fragrância das maçãs e peras, e a acidez perturbava seus sentidos já turbulentos. Ela ponderou em atrasar a consumação, fingindo fome, mas não, era melhor fazer isso rápido. E quanto mais vinho melhor. Enquanto seus pensamentos pediam para ter que a consumação acontecesse imediatamente, uma ponta de medo levou-a a evitar estar em qualquer lugar perto da cama. Elaina deixou-se cair no tapete e colocou as pernas para um lado. Jarvik apoiou-se contra a parede e sob a janela aberta. Ele virou-a de modo que ela estava entre as pernas estendidas dele e Elaina tentou não enriquecer-se. O calor irradiava de seu corpo de guerreiro e as suas coxa tocavam as dela. Ela foi forçada a esticar as pernas ao longo das dele. — Gostaria de ver sua pele nua, esposa. — Ele apontou para uma tigela e pedaços de linho para limpeza. — Deidra disse que o sabão tiraria a fuligem e a banha de seu rosto e lábios. Suas bochechas pegaram fogo, mas ela rapidamente lavou a fuligem e o pó, esfregando a pele até queimar. — Chega. — Ele capturou suas mãos, deixando cair o pano dentro da tigela, pegou outro e suavemente secou sua pele. — Você não mudou, mas ficou mais linda se isto é possível. Ela não tinha mudado? Ficou mais bonita? O que ele quis dizer? Uma ponta de pânico a fez murmurar. — O vinho, meu Laird. Você queria vinho. — Aye. — Ele apoiou-se contra a parede. Elaina soltou um suspiro, colocou o vinho, e virou-se para dar-lhe a taça. Seus narizes roçaram. 31
— Segure a taça em meus lábios. Suas mãos tremiam. Ela agarrou a haste, colocando os dedos na base, e levou-a a sua boca. Jarvik tomou um gole, aliviando-a do copo de vinho, girou a borda, e ofereceu-lhe o mesmo local onde ele tinha bebido. Elaina estremeceu sob a intensidade do seu olhar, engoliu muito vinho, e tossiu. Seu polegar limpou uma gota vermelha que caia do queixo dela. Jarvik colocou a boca em outra pérola cor de rubi que ficou no lábio inferior e sugou, durante todo o tempo não permitindo que sua atenção se afastasse dela. O calor subiu pela garganta e o rosto de Elaina. A mão de Jarvik tocou um ombro dela. Ele deslizou um dedo sob a gola de sua camisa e traçou a curva de seus seios. Ela se acalmou, não esperando as pequenas brasas atingindo toda a sua carne com cada roçar de seu dedo calejado. Ele encostou em seu ouvido uma língua molhada e quente saboreando-a, e os dentes mordiscaram o lóbulo. Seus dedos dos pés se enrolaram nos chinelos. Quando os lábios de Jarvik deslizaram traçando uma trilha até o pescoço, Elaina choramingou. Sensação após sensação pulava como faíscas sobre sua pele. Era puro êxtase as estranhas ondas sobre ela. A atração que prometia provocar desconfortáveis desejos, um calor entre as pernas que clamava por ser resfriado ou incendiado, um peso nos braços e pernas em um langor insólito. Quando a palma quente de Jarvik cobriu seu monte, nenhuma ideia de fuga passou por sua cabeça. A necessidade da pressão, uma pressão firme e dura, a fez esfregar-se contra ele. — Dê sua boca para mim. — Jarvik cobriu seus lábios com os dele, e Elaina se rendeu a sua língua. Ele tinha gosto de vinho, e a atordoava com o seu aroma de macho, couro, fumaça, sabão, e o odor forte da lagoa. 32
Elaina ajudou-o a desamarrar a camisa, focada em sua cabeça inclinada, quando ele segurou seus seios, e soltou um longo suspiro. O ar precipitou-se sobre seus seios descobertos, e os mamilos, já duros e doloridos, inflamaram-se quando o frio bateu nos bicos. — Canela e cheiro de trevo. Estou no Valhalla. Elaina mal tinha tempo para saborear cada prazer, por tantas sensações emocionantes, atormentadas e frustrantes golpeando seus nervos, uma após a outra até que todo o seu corpo incendiou, e uma fina película de suor cobriu sua pele. A câmara tinha esquentado muito, parecia tão quente. Ruborizada de cima abaixo ela fechou as mãos e abriu os olhos para encontrar Jarvik olhando para ela. — Diga-me como se sente. — Isto é tão poderoso. Eu preciso. Eu quero. Ele deslizou as mãos quentes sob suas nádegas, e ela arqueou-se. — Levante sua camisa. Agora. Elaina balançou a cabeça, depois assentiu. Ela equilibrou a camisa até a cintura. Elaina sabia o que esperar. Jarvik iria agora tomar sua virgindade. Seu coração batia como asas de um falcão em sua garganta. Seus olhos se arregalaram quando ele enterrou o rosto em suas dobras, e lambeu-a. As pernas dela se abriram por sua própria vontade, a magia de sua língua demasiado poderosa para propiciar apenas uma entrega inebriante. A boca de Jarvik deliciavase em seu sexo, como se ele estivesse revestido com o doce chocolate que ela tanto gostava, sugando e lambendo, e fazendo sua carne se apertar em um doce tremor. Seus dedos a abriram, e ele beliscou seu centro delicadamente. Elaina choramingou, suas mãos amassando a pilha de panos, os dedos dos pés dobrados. As paredes de seu sexo se contraíram e agarraram a língua. Seus dentes roçavam seu botão e ele o mordeu. O prazer movia-se como um redemoinho através dela enquanto 33
cada convulsão desencadeava outra e mais outra. Elaina caiu no chão, ofegante, lutando para engolir o ar gelado. Muito confusa e perplexa para fazer algo além de recuperar o fôlego, Elaina observava seus movimentos, como se estivesse em um sonho, observando-o enquanto Jarvik despojavase de suas botas e armas. O modo natural como dobrou sua túnica a fez sorrir. O sorriso desapareceu com a visão dele de perfil: um guerreiro Viking em seu auge, o mais procurado amante e sedutor em todo o Reino, seu marido, o homem a quem ela agora pertencia. O luar acariciou seu corpo nu, varrendo os poderosos músculos da coxa com listras prateadas, lançando a sombra de seu torso e ombros enormes sobre o rosto dela. Seu órgão aumentou entre suas coxas, uma vara pulsando brilhando com umidade, as bolas abaixo cheias e redondas. Seu aroma de homem encheu seus pulmões, inebriando seu cérebro. Elaina rezava para ele se apressar e terminar com aquilo. O medo deixou suas mãos trêmulas. Ela cerrou os punhos, e quando Jarvik se ajoelhou, Elaina forçou as pernas abertas. — Calma, meu doce. — Ele lambeu os lábios. — Abra-se para mim. Acompanhe meu movimento para mover-se. — Sua língua entrou em sua boca e saiu. Timidamente, ela imitava suas ações, o escorregar e deslizar de línguas e lábios, o fogo e o gelo de cada contato tornando insuportável a pressão entre suas pernas, tornando seus mamilos ainda mais sensíveis a cada roçar do peito dele. Perdida naquelas sensações, ela agarrou os ombros de Jarvik quando ele esfregava seu rígido membro entre suas dobras escorregadias. Sua boca cobriu a dela. Ávida por mais da magia de sua língua, Elaina tomou seu queixo entre os lábios e sugou. Suas mãos agarraram sua bunda. Ele ergueu-a alto e entrou nela. Elaina congelou-se. A dor foi surpreendente e forte.
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— Ficará melhor. Seus olhos se encontraram. — Eu prometo. Eu não irei machucá-la novamente. — Eu acho que é fácil prometer. Não posso acomodá-lo, meu laird. Você certamente vai rasgar-me em duas. — Elaina se sentia cheia até a garganta, esticada a ponto de explodir, e seu membro parecia crescer ainda mais dentro dela. — Você não pode diminuí-lo? Sua gargalhada poderosa só serviu para aprofundar a penetração e a dor aguda. Ela golpeou seu braço. — É sério. Eu não acredito que seja uma ocasião para rir, meu laird. — Meu nome é Jarvik, Elaina. Estou enterrado profundamente dentro de você. Eu gostaria que dissesse o meu nome neste momento. — Ele beliscou seu lóbulo. Ela estremeceu. — Jarvik, você vai fazer o seu membro ficar menor? — Ah, meu doce! Meu pau cresce para saudar a sua buceta, e somente irá engrossar mais se você começar a falar do tamanho do vigoroso companheiro. — Ele tocou seus lábios molhados nos ombro dela e estendeu a mão entre seus corpos para pressionar o botão dolorido quase escondido em suas dobras. — Você está quente e lisa e eu quero muito me mover, para deslizar para dentro e para sentir sua buceta apertar meu pau. Suas palavras provocaram uma onda de umidade em seu sexo. Seu estômago apertouse, e seu cheiro viril tonteou seus pensamentos. Elaina piscou, e através de sua visão turva, observou os fios dourados de seu queixo quadrado. Quando ele recuou, tirando o pau da 35
entrada de sua buceta, sua carne prendeu-se em torno de seu membro inchado. Ela agarrou seus ombros, de uma só vez desprotegida e precisando de alguma coisa que nem mesmo sabia o que era. Jarvik balançou-se para frente, empurrando mais fundo, enchendo-a mais. Um leve e doce calor ateou fogo em sua virilha. O sexo dela respondeu, apertando a excitada ereção. Ele flexionou-se dentro dela, e um tremor sacudiu-a da cabeça aos pés. Ele pressionou para baixo, e o botão que tinha sugado ardeu de necessidade. Uma selvagem contração tomou conta dela. Elaina não conseguia respirar, não conseguia se concentrar em outra coisa além dos movimentos de Jarvik dentro dela, mais e mais até que ele jogou a cabeça para trás e rugiu seu prazer.
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Capítulo Três Jarvik inclinou-se sobre um cotovelo e se embeveceu nos traços exóticos de sua esposa. Ela tinha um braço atirado para o lado, o outro descansando sobre o coração dele. Seus olhos se abriram. Elaina o pegou olhando-a e se virou de lado, tocando o queixo no ombro. — Nunca irei machucá-la novamente.- Ele esfregou o queixo dela. — Como minha mãe disse, é muito estranho. — Que parte é estranha? Cada faceta dela o fascinava, particularmente o pequeno sinal de nascença na têmpora. Ele tocou com seus lábios a mancha escura e traçou a forma oval ligeiramente irregular. — Tudo isso. Quando ela tentou mover sua mão, ele apertou a palma da mão contra o peito. — Não, querida. Eu não vou deixá-la se safar tão fácil. Qual parte você acha estranha? Ela bufou. — Parece-me que você não deveria ser chamado de sedutor, mas de irritante. — Talvez. Ainda assim, eu quero uma resposta. Suas sobrancelhas se uniram, e Elaina concentrou o olhar no ombro dele. — É estranho ter outro dentro de você. É estranho ter tanta dor e prazer ao mesmo tempo. É estranho que você saiba das minhas meias-irmãs. 37
— Ah, chegamos ao ponto crucial. — Ele trouxe a palma da mão à boca e sugou o doce centro. — Você terá respostas para suas perguntas. Assim seja. Eu honro os meus votos. Uma pequena faixa de luar iluminava a sala redonda. As duas janelas abertas bateram contra as muralhas do castelo. Aromas de verão, flores, brotos de árvores e grama fresca crescendo perfumavam o ambiente. Ele tinha acendido a lareira para tirar o frio do ar, mas as chamas rugindo por muito tempo diminuíram e viraram fracas labaredas azuis. — Eu não preciso de suas respostas. Deidra nos traiu. É a única explicação. — Seus lábios cor de rubi inclinaram-se para baixo, e o nariz arrogante dilatou-se. Jarvik trouxe-a para mais perto. Ele acomodou-a seu corpo firme em seu colo e envolveu um cobertor sobre as costas dela. — Na lagoa, você perguntou se me conhecia. A cabeça de Elaina ergueu-se. Olhos maiores do que castanhas analisaram suas feições. Ela balançou a cabeça. — Eu me sinto como se o conhecesse. Como se já o tivesse visto antes. Está ali, mas não está... Uma lembrança. É como tentar pegar um floco de neve com sua língua. Você sente o frio, mas não há nada lá. Jarvik reprimiu um sorriso. Como tinha o lendário sedutor caído tão baixo? Que a única mulher cujo encantador sorriso seduzia seus sonhos, a mulher solitária cujos olhos verdes o haviam atormentado por tantas estações, tinha apenas uma lembrança fugaz dele? — Eu estive no castelo de seu pai alguns invernos atrás. Era um dos muitos convocados treinando para ganhar meu reconhecimento como guerreiro. — Ele brincou com um cacho sedoso. — Você me seguiu como um filhote perdido. Ela arqueou as sobrancelhas, balançou a cabeça e tocou no canto dos olhos dele. 38
— Eu vi olhos com este azul apenas uma vez. Seus lábios torceram-se. — Aye. Você queria que eu deitasse sob o céu para que você pudesse comparar os azuis. Ela socou o ombro dele. — Não! Você não pode ser ele. O irmão do Urso do Norte? — Aye. Aquele cujos beijos você procurou. — Jarvik soube o instante que sua completa lembrança retornou a ela, pelos tons rosados que se espalharam por seu rosto e pescoço. Um raio de luar acariciou as covinhas e o alto das bochechas. Ela gemeu e cobriu o rosto. — Eu era apenas uma tola e jovem menina. — Você era uma menina desabrochando em uma mulher. Se abrindo como uma flor de verão naquele inverno. Eu observei você, mas a honra me impediu de responder aos seus apelos. — Ele tinha revelado demais? Porque não queria que ela soubesse o quanto ele estava preso a ela, não até que ele houvesse assegurado o seu afeto e lealdade. — Eu fui descarada. Frívola. Implorando por beijos. Não posso acreditar que agora estou casada com você. Que estranha brincadeira do destino é esta? Jarvik afastou os dedos dela e colocou o punho sob o queixo de Elaina. — Naquele inverno depois que meu treinamento terminou, quando voltei para o castelo do meu irmão, pedi a ele que organizasse o nosso noivado. — Noivado? Eu não sei disso. Jarvik verificou a pulsação na base da sua garganta, contente quando encontrou a força da vida pulsando ferozmente nela. 39
— Sua mãe ficou doente naquele inverno, e nem você nem seu pai deixaram seu lado. — O que você diz, meu laird? — Que os acordos nunca foram concluídos. Seu pai estava... — Ele procurava as palavras certas. — Meu pai estava louco de preocupação. Ele vasculhou as terras atrás de curandeiros. — Ela puxou o cobertor de lã. — Em vão. — Eu vi o que havia entre seu pai, o Rei Crinán, e sua mãe. Ele saboreou sua nuca, lambendo a pele sensível, desfrutando ao vê-la estremecer ligeiramente quando a boca escorregou para seu ouvido. — Minha mãe, a concubina do califa. — Seus lábios torceram. — Eu sou filha da concubina. — Eu nunca tinha visto tal coisa entre um homem e uma mulher. Ele tratava sua mãe como igual. Procurava seus conselhos sobre todos os assuntos. — Jarvik abraçou-a mais perto, compartilhando seu calor, na esperança de aquecer seus membros. — Eu vim a conhecer a sua mãe. Eu a respeitava. As unhas de Elaina cravaram-se em seus ombros. Ela piscou rapidamente. — Você respeitava uma concubina? A escrava de um harém? Uma mulher treinada para apenas para dar prazer a um homem? — Aye. Ela me ensinou a jogar xadrez. Eu superei-a em mais de uma ocasião. Uma nuvem sombreou a lua. Ela inclinou a cabeça e sussurrou: — Eu não tinha paciência para o jogo. Mama me desesperava sempre ganhando. A tristeza em sua voz tocou o coração de Jarvik. 40
— Fale-me dela. — Meu pai, o Rei Crinán, roubou minha mãe do harém do Califa de Constantinopla. Ele se casou com ela pelo modo cristão. As mulheres escocesas nunca a aceitaram como rainha, ou a mim como uma delas. Ele sabia dos deslizes das nobres escocesas. — Você é minha mulher agora. Todos irão conceder-lhe o respeito que merece. Um sorriso triste curvou os lábios de Elaina. — Nada irá mudar. Isto não é algo que pode ser encomendado e entregue. — Deidra é sua amiga. — Não. — Ela balançou a cabeça. — Ela nos traiu. - Seus olhos se encontraram. — Ela é sua amiga. Foi só quando ouvimos que o seu tio havia enviado homens à sua caça e das bebês que Deidra me disse onde encontrá-la. Mas eu estava procurando por você desde a morte de seu pai. — O assassinato de meu pai, — ela cuspiu as palavras justas. — O assassinato de minha mãe. — Eu já suspeitava de ambos. Seus lábios tremiam, e ela respirava como se estivesse se recuperasse de um longo e difícil galope. Sua atenção vagou para a janela, o ombro dele, a escadaria. Ela apertou a carne exuberante de seu lábio inferior. — Deidra lhe disse? — Aye. — Elaina tentou afastar-se dele, mas Jarvik rolou-a, e colocou-a entre suas pernas. — Eu preciso saber de você, esposa, se eu estou protegendo você e suas irmãs. 41
Elaina encontrou seu olhar e não falou por longos instantes. Jarvik sabia que ela estava avaliando sua situação e julgando o quanto contar. Ele tinha se casado com uma mulher de grande inteligência. Quando Jarvik esteve no castelo de seu pai, ficou espantado com o número de tutores dedicados a uma filha. Estudiosos provenientes de terras longínquas tinham sido trazidos para as Highlands para ensinar Elaina. — No espaço de um inverno, mamãe passou de sã a doente. Eu era apenas uma menina de treze verões e preocupada com... Você. Eu não percebi até que seu cabelo começou a cair. Tínhamos o mesmo cabelo. — Aye. — Ele penteou seus cachos. — É glorioso. Eu sei porque você vestiu a touca. Nenhum homem poderia esquecer a visão de seu cabelo solto. Por favor, continue. — Meu pai convocou todos os curandeiros do Reino. — Sua voz vacilou, e ela desviou os olhos, e fixou o olhar na parede distante. — Se eu não tivesse sido uma menina tão frívola, mimada e egoísta, talvez pudesse ter evitado sua morte. — Não. Procure não se culpar. O que está feito está feito. Foi veneno? — Ele esfregou a lágrima que rolou pelo seu rosto. — O último curandeiro acreditava que sim, mas nunca foi provado. Meu pai ficou progressivamente mais fraco,triste e mais magro. Ele foi enfraquecendo a cada dia como se estivesse em uma névoa. Recusou-se a convocar encontros de treinamento. Rixas irromperam no Reino, mas ele não fez nenhuma tentativa para resolver as disputas. Seus conselheiros e eu o incentivamos a se casar novamente. — Sua mandíbula se apertou. — A Rainha Maude . Ela bufou.
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— Ela lhe deu as minhas duas meias-irmãs. Maude e eu não gostávamos uma da outra, e eu vim a odiar viver no castelo. Pedi ao meu pai para me deixar aprender com a nossa curandeira. Ele concordou, e eu fui morar em sua cabana na floresta do castelo. — Foi como você tornou-se uma curandeira. - seu pau se contraiu, mas ele ignorou o importuno companheiro. — Você estava lá durante a invasão nórdica quando seu pai e Maude foram mortos? — Ataque nórdico? Satanás seja amaldiçoado! — Ela revirou os olhos. — Foram meu tio e seus filhos. Eu tinha levado as meninas para a cabana sem ninguém saber. Maude não gostava que eu passasse algum tempo com elas, então eu escapava frequentemente com as bebês para fora do castelo. Nosso administrador enviou seu filho para me avisar. Eu sabia que meu tio iria nos matar, então peguei as meninas e fugi. Ele pegou a própria túnica. — Levante os braços, querida. Você está arrepiada. — Eu posso encontrar meu vestido. — Não. É o meu dever e meu prazer prover e proteger você e nossos descendentes. Ele puxou o linho macio sobre a cabeça dela e ajudou-a com as mangas. — Você está realmente encantadora, uma noiva vestida com nada além da minha túnica. Ela sacudiu os cabelos, e seus dedos rumaram para amarrar os cordões soltos. Jarvik segurou suas mãos. — Não. Eu cuido de você. Vou aquecer um pouco de água para limpar o sangue da virgindade de sua buceta, coxas e de meu pau. — É meu dever acompanhar você, meu laird. — Ela ajeitou a túnica e tentou se levantar. 43
— Eu sou o seu senhor, não sou? — Jarvik beijou a ponta do seu nariz e acariciou-a, mantendo-a segura ao seu lado. — Aye. - Ela franziu a testa. Ele cobriu um seio com a mão e brincou com o mamilo. — Então eu vou informá-la de seus deveres. E eu digo que o seu dever, neste momento, é me deixar cuidar de você. Elaina observou cada movimento de Jarvik, enquanto ele a deixava na cama, e ele não pôde reprimir um sorriso quando o olhar dela cravou-se em suas nádegas, passou por seu pau inchado, e fixou-se em suas bolas. Caminhando vagarosamente para a janela, sabendo que a mente rápida da jovem pensava em uma fuga, ele deu um sorriso largo. Elaina era sua, e ele nunca a deixaria longe de seus olhos. A noite caia plena, e a lua rendeu-se de sua posição dominante para ser coberta por nuvens pesadas. Ele arqueou-se, massageou a parte baixa de suas costas, e inclinou-se para fora da janela. O ar estava denso o que pressagiava uma forte tempestade. Um leve cheiro de enxofre dizia que Thor lançaria um trovão violento. Raios. Seus raios iriam afugentar a doçura do verão. Jarvik se agachou e pegou a taça ao lado das chamas.
— Não. — Ela se levantou nos cotovelos. — Use um pano, por favor. Tenha cuidado com suas mãos. — Minhas mãos são tão resistentes como o couro, mas eu agradeço a sua preocupação.
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Ele pegou um pedaço de pano, a taça, e colocou-a ao lado do colchão. Jarvik ansiava para iluminar o aposento e enganar as horas marcando a imagem da jovem em seu cérebro, saboreando seu mel, sugando o sabor de canela dos bicos de seus seios. Em vez disso, ele preparou um pano, umedeceu o tecido, ergueu o cobertor de seu corpo, e colocou-o sobre o sexo da esposa. Elaina suspirou, e ele olhou para cima para observar cada centímetro de sua carne. Um mamilo despontava através de cordões soltos da túnica, e sua boca encheu-se de água. Os lábios dela tremiam. Elaina escondeu a carne suculenta e rosada e desviou os olhos. — O que foi, lady? Peça o que quiser. É isso? Que eu limpe o mel mais doce que um homem pode saborear? Que eu contemple suas dobras como se eu tivesse o tesouro mais precioso que existe? — Minha mãe falava disto frequentemente. — Um dente branco mordeu o lábio. — Mas ela nunca se converteu à fé cristã, como eu fiz. Meu pai insistiu para eu aprender não só com os meus tutores estrangeiros, mas também com o padre. — É o mais imundo e perverso dos atos, disse o padre. Mas não é a verdade, pois é muito delicioso. Jarvik reprimiu um sorriso e torceu o linho. Elaina achou que fazer amor foi perverso e delicioso. Talvez ela pensasse da mesma maneira sobre sugar seu pau. Sua vara estremeceu em esperançosa antecipação. — Ouvi dizer que o papa mantém uma amante em cada porto. Que ele tem dezenas de bastardos espalhados em cada cidade. Você é uma fanática, Elaina? Você não se importa com nada além do que a igreja prega?
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— A igreja me chama de prostituta, uma escrava de imunda linhagem. Não, não me importo com o que os padres pregam. Embora eu não seja uma herege, não importa o que os outros dizem. — A heresia é um crime grave. Alguém a acusou de ser uma herege? — Não. Mas há comentários. Ela não se opôs quando ele a puxou para o seu colo, instalou-a entre suas coxas, e posicionou as pernas dela de cada lado da sua cintura. — Não mais. Qualquer um que falar sobre você terá a lâmina da minha espada em sua garganta. Eu não quero ver qualquer homem, mulher ou criança falando mal de minha esposa ou de suas irmãs. Erguendo o queixo, Elaina se atrapalhou com a túnica de renda. — Eu agradeço a você, meu Laird. — Na verdade, se você está realmente agradecida, eu gostaria de dois favores, Elaina—. Ele acariciou os montes de seus seios, passou o dedo até o pescoço, e encontrou o olhar dela. — Chame-me pelo meu nome. — Isto é fácil de fazer, meu Laird. — Ela sorriu e cobriu a boca. — Jarvik. —Eu gostaria que você me favorecesse com o seu sorriso deslumbrante frequentemente. Ela ficou séria, e curvou um pouco os lábios pressionados. — Eu não sou propensa ao riso, meu... Jarvik. Vou tentar. — Isto é tudo o que você tem a fazer. Tentar. Mas eu ainda tenho que pedir o meu segundo favor. Sua carranca aprofundou-se. Ele alisou as linhas de sua testa. 46
— Vou considerar seus sorrisos como um bônus. Meu segundo favor são vários beijos todos os dias. De sua própria vontade. Você vai roubar beijos de mim como um lobo rouba ovelhas. Um para me acordar, um para preparar-me para dormir, um cada vez que a luz do fogo fizer seu corpo parecer dourado. Como agora. Beije-me, Elaina. Cada músculo em seu corpo ficou tenso, suas narinas tremeram, mas ela se inclinou para frente e tocou seus lábios nos dele. Foi um leve roçar, um mero toque, mas uma conflagração de desejo percorreu as veias de Jarvik. Ele saboreou o momento, sua bravura, e a firme determinação em seu rosto, muito feliz de que não tivesse casado com uma megera. Ela reprimiu um bocejo, colocando uma mão sobre sua boca. — Você está cansada. Descanse. — Ele posicionou a cabeça dela sob seu queixo, explorando com os dedos seu rosto, acariciando a linha de sua coluna, habituando-a ao seu toque, seu cheiro, e a sensação de seu corpo nu debaixo dela. — Gostaria de saber de suas intenções, meu Laird. — Ele suspirou. Sua confiança não seria conseguida facilmente. — Fale-me do que a preocupa. — Onde eu e as minhas irmãs viveremos? — Skjebne. — Skjebne? — Significa destino em nórdico. Assim eu nomeei as terras que o Rei Cnut me concedeu. É um modesto castelo, metade de um dia à cavalo daqui. ***
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Uma esperança que Elaina não ousou demonstrar correu por suas veias. Um castelo dela. Um lugar para criar suas irmãs. Mas o que aconteceria no dia seguinte? Quando o Rei a visse, o que aconteceria então? E quando todos soubessem que ela era filha do Rei Crinán? E sobre este homem? Seu novo marido, que a segurava com tanta suavidade? Ela ousaria confiar nele? O guerreiro que todos chamavam de Forfører,O Sedutor. Ele tinha provado sua coragem esta noite. Diziam que passou quatro temporadas completas nos haréns do leste. Que as mulheres choravam e lamentavam quando ele deixava um harém para se deslocar para outro. Diziam nenhuma mulher que compartilhou sua cama saiu insatisfeita. Todos falavam de suas habilidades em dar prazer. Não haviam mentido. — Você está feliz de ter Deidra por perto? — Ele parecia precisar acariciá-la, beijar suas têmporas, tocar suas nádegas. E era quase impossível ignorar a maneira como sua pele queimava sob suas carícias. Elaina ficava sem fôlego quando ele brincava com um mamilo,os pensamentos errantes quando a língua de seu marido mergulhava em torno de uma orelha. O que ele perguntou? Elaina inclinou a cabeça para deixar exposta mais carne para acariciar. Seu sexo relaxou, preparado para sua invasão. A umidade banhava a carne entre as coxas. Sua língua causava estragos sobre os seus sentidos, e o sangue rugiu alto em seus ouvidos. Elaina apertou as mãos e tentou dizer algo coerente. — Você vai deixar que Deirdra me visite? Ele riu. — Você acha que eu poderia evitar tal coisa? Magnus teria minha cabeça em uma lança. Você sabe montar, Elaina? 48
Por um momento, uma tristeza profunda tomou seus pensamentos. Ela engoliu em seco. — Eu não tenho cavalo. — Esta não foi a pergunta que fiz a você. — Ele tocou seu cabelo. Elaina se inclinou sob suas carícias. — Eu sei montar, meu Laird. — Jarvik, Elaina. Terei um beijo ou uma sugada para cada vez que você se esquecer de me chamar pelo nome. — Ele piscou para ela e desceu a boca até seu seio, sugando forte o mamilo que endureceu sob o ataque de sua língua. Era um prazer doloroso e tão poderoso, Elaina tremeu e apertou a cabeça dele contra o peito. Ele enterrou o rosto entre seus seios. — Estou em chamas por você meu doce, mas é muito cedo. Meu pau é insaciável, um vigoroso companheiro, e você está muito sensível ainda. Nós termos uma viagem para Skjebne amanhã. Eu ainda tenho que explorar o castelo e as terras, pois passei um tempo considerável tentando encontrar, casar, e deitar-me com minha noiva, — Mas você disse que os acordos não foram assinados. Assim eu nunca fui sua noiva. Ele riu e piscou. — Quem vai negar a minha palavra? Ou a do Urso do Norte? Eu mal posso esperar para ver o rosto do Rei Máel Coluim, quando ver você amanhã... Porque ele realmente pensa ter me casado com uma bruxa. Elaina queria bater nele. — Você prefere que todos saibam que você se casou com a filha de uma concubina em vez de uma bruxa? 49
— É uma pobre tentativa de humor, esposa. Eu quero um de seus sorrisos deslumbrantes. — Ele cheirou o seu pescoço e roçou os lábios com a ponta do nariz. — Não? Nenhum sorriso deslumbrante para o marido que lhe deu prazer esta noite? Talvez possamos mudar o castigo... Em vez de beijos, que eu possa provar o seu mel antes de partirmos. O medo pareceu cair sobre os ombros de Elaina. — Você brinca sobre castigos. Eu temo que haja muitos castigos a serem aplicados. O que acontecerá quando o meu tio Eogan, descobrir que estamos vivas e residimos em Skjebne? — Não se preocupe, esposa. O terror travou sua língua. — Eogan vai caçar as bebês e a mim e qualquer um que nos defender. Eu não quero Deidra ferida. Pense em seu filho que está chegando. Eu lhe imploro. Deixe-me continuar disfarçada. Eu sei que Eogan tem muitos inimigos. Ouvi dizer que o primo dele procura tomar o castelo de meu pai. Se nós esperarmos um pouco, talvez ele seja morto. — Shh, meu doce. — Ele moveu-os e ajudou-a a ficar de pé. — Não fale mais sobre isso neste momento. Eu sei de muitas alianças que são forjadas e quebradas a toda hora. Peço que você coloque o seu destino em minhas mãos. Dê-me mais cinco dias para deixar tudo certo. Ela balançou a cabeça. — Eogan é o novo Rei de Strathclyde, e ele é o tio das meninas. Ele pode tirá-las de mim. — Não. Eu as reclamei e o Rei Máel Coluim validou o meu pedido. — Não estará o Rei furioso com nosso casamento? — Elaina desejava nunca ter saído de sua pequena cabana na floresta. 50
— Esta é a razão pela qual nós viajaremos para Skjebne pela manhã. —Jarvik enfiou uma mecha atrás de sua orelha. — No momento em que retornarmos, tudo estará preparado, e os meus irmãos e suas esposas estarão aqui. Vamos espalhar a história de que você usou um disfarce para testar o meu amor por você. Elaina bufou. — Ninguém vai acreditar em tal história. — Todos acreditarão na história. — Ele tinha mesmo o mais encantador sorriso e perfeitos dentes brancos. – Cnut. O grande; e Máel Coluim jogam um jogo de Raposa e Ganso com as terras de fronteira. Cada um procura ganhar domínio sobre o outro e ainda assim permanecer aliados. Com o nosso casamento, tanto Cnut e Máel Coluim podem reivindicar as terras do Rei Crinán nas Highlands. Será um benefício para Cnut em suas negociações sobre o novo tratado de paz. Confie em mim, Máel Coluim vai preferir ter a lealdade dos guerreiros vikings de Cnut a de seu tio assassino, Eogan. Suas palavras faziam sentido. As Highlands estavam cheias de contos de crueldade de Eogan e de sua ganância. Elaina pressionou dois dedos em suas têmporas, sentindo um latejar súbito. — Sua cabeça dói. — Jarvik puxou-a de volta ao seu peito e deslocou-se para frente da janela aberta. Ele massageava seu couro cabeludo. — Não se preocupe mais. Venha, vamos apreciar a aurora de um novo dia. Elaina encostou-se ao corpo forte. A tentação de deixar tudo nas mãos dele era inebriante. Que mal poderia haver se ela desfrutasse deste momento? Todas as preocupações ainda estariam lá no dia seguinte. Por muito tempo Elaina havia negado todo o prazer em troca de sua segurança. Ela tinha sido tão orgulhosa e tão determinada a manter sua virgindade que ninguém podia insultá-la como concubina, pois ela não tinha permitido que nenhum homem se aproximasse dela. 51
Depois que as regras de Elaina haviam chegado, a mãe lhe tinha ensinado como dar prazer a si mesma. Mama insistiu que não era um ato vergonhoso como a Igreja decretara. Elaina passou muito tempo desprezado muitos dos ensinamentos dos sacerdotes, depois de ter sido dito que ela nunca poderia alcançar o céu cristão pois era filha de uma concubina. Que tipo de Deus condenava uma criança ao nascer? Ela reprimiu um sorriso. Era mais do que gratificante exibir sua apreciação por aquilo que a igreja julgava pecado. Jarvik enfiou a mão sob a sua túnica, e as palmas quentes cobriram seus seios. Seu marido irradiava calor, cheirava a primavera, a cota de malha de couro que tinha usado antes. Ela havia provado seu próprio gosto nos lábios dele, quando Jarvik a beijou, e ficou muito excitada com tal ato perverso. Seria excitante para ele provar seu gosto nos lábios dela? Quando os polegares de Jarvik brincaram com seus mamilos, seu sexo esquentou. A vara dele inchou contra sua bunda e à tentação de deslizar as mãos atrás das costas e tocá-lo mostrou-se irresistível. Jarvik rosnou: — Não. Elaina. Não incentive meu vigoroso companheiro. Eu vi a dor em seu rosto quando tirei a sua virgindade. E jurei deixá-la em paz, ao menos hoje. Elaina voltou-se. Suas mãos exploraram a excitação túrgida, e ela concentrou-se na espessura do órgão rígido e pulsante ao seu alcance. — É assim que você chama seu pau? Um companheiro vigoroso? É como veludo e ferro. —Um líquido viscoso escapou da fenda na ponta. Ela apontou a abertura fina, maravilhando-se com mais duas gotas que saiam da cabeça inchada. — É de onde sua semente sai. Ele segurou os ombros dela com força suficiente para machucar. Elaina esticou o pescoço, e sua respiração parou. Jarvik sintetizava a imagem de um berserker Viking, dentes à mostra, cabeça atirada para trás. As veias azuladas do grosso pescoço pulsavam. Gotas de suor 52
salpicavam os pequenos fios de ouro da barba.Sua mandíbula apertou-se, e os músculos poderosos de seu peito ondularam. — Seu vigoroso companheiro pode explodir em minhas mãos ou na minha boca, não?
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Capítulo Quatro
Jarvik quase engoliu a língua. Explodir em suas mãos ou boca? Que sua nova esposa, uma virgem, dissesse tais coisas e o tocasse com tanta ousadia era sua ruína. Ele sabia, desde aqueles longínquos dias de treinamento, que Elaina seria uma amante incomparável. Ele beijou-a uma única vez, no dia em que deixou o castelo de seu pai para servir o Rei Cnut. Aye, mas a memória de seu sabor, a resposta ansiosa as carícias da língua dele, a maneira sensual como ela se esfregou contra seu corpo, nunca haviam desaparecido de sua mente. Por muitas razões era abençoava Odin por ter se casado com a filha de uma concubina. Ele tocou o queixo dela e ergueu-o. Seus olhares se encontraram. — É um prazer nós dois podermos desfrutar, ao mesmo tempo. Nossas bocas, um no outro. Ele já conhecia e congratulou-se pelos sinais da excitação de Elaina, porque suas narinas tremiam como uma égua no cio sentindo o cheiro do garanhão atrás dela, pronto para montar. Ela combinava o melhor do Oriente e do Ocidente. A tonalidade escura de sua pele, sua boca exuberante com lábios cor de rubi, aqueles olhos cor de esmeralda brilhando de desejo. Ela lambeu os lábios. — Minha mãe tinha um desenho de uma coisa dessas. Eu tenho estudado frequentemente enquanto dou prazer a mim mesma.
Prazer a si mesma? O sangue rugiu em seus ouvidos, seu pau endureceu e cresceu, e suas bolas apertaram-se como nozes. As palavras ficaram presas em sua garganta. Jarvik pegou54
a, deu dois passos largos até o colchão, e deitou-a. Apontando para a túnica, ele disse entre dentes, — Tire isso. Loki tenha misericórdia dele! Elaina sorriu, se contorceu, e puxou a roupa até as coxas, enviando-lhe um olhar ardente. Os cachinhos cor de mogno, enrolados, molhados e brilhantes deixaram-no salivando quando ela puxou a túnica acima da cintura. — Não. — Ele fechou as mãos. — Eu tomarei você primeiro, Elaina. Estou em fogo por você. — Eu acho que vou gostar disso, Jarvik. E mesmo que esteja dolorida, minha buceta anseia por ter você dentro de mim.
Buceta? Ele nunca tinha ouvido uma mulher falar tão ousadamente, e sua voz estava rouca de necessidade. Jarvik mordeu o interior de sua bochecha e forçou o olhar para o teto de madeira. Ele teria que contê-la. Jarvik respirou fundo antes de se concentrar na cama, e seu pau endureceu pela generosidade demonstrada por ela. Elaina estava nua, a túnica jogada para um lado. Seus seios atrevidos soltos, essas longas pernas esguias separadas. As dobras rosadas de sua mulher brilhavam. Jarvik agarrou a roupa, pegou as mãos delas em um das suas, e amarrou seus pulsos . Ela piscou e franziu a testa, seus lábios apertados. — O que está errado? Por que isso? Amarrou um pedaço da túnica na cabeceira da cama. — Você vai me castrar, mulher. Nunca deixei de dar prazer a uma mulher. Minha esposa não será a primeira.
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— Eu não sei o que você quer dizer. — Ela puxou as amarras. — Você não quer que eu o prove? Suas palavras poderiam castrá-lo. Seu pau estremeceu como um saco de areia espetado por uma lança. Aquele sorriso de sereia voltou.
O simples pensamento o fascina . Minha mãe me disse isso. Que um homem pega fogo com palavras faladas ousadamente. Ou com uma mulher tocando-se. Por Odin! Ela abriu as pernas e arqueou os quadris. Os lábios de sua buceta capturaram a luz do alvorecer. Carnudos, orvalhadas pétalas de rosa emoldurando seu centro. Sua vara pingou gotas abundantes. Ele caiu no chão, os joelhos batendo na pedra dura, e a dor aguda lhe permitiu recuperar um pouco de controle. Jarvik colocou os joelhos dela sobre seus ombros e se banqueteou em seu lindo sexo. Nunca tinha provado tanta delícia. E ele tinha provado muitas. Era um prazer que ele apreciava, saborear uma mulher, cobrir seu rosto com seu mel, mas nenhuma única fêmea jamais o havia afetado assim. A simples imagem, a débil lembrança de seu sabor em sua língua, deixava-o pronto. Jarvik baixou a cabeça, esfregou seus lábios escorregadios, e inalou a doçura picante de seu desejo. Ele a amou lentamente, longas lambidas, deixou seus lábios sugarem o broto escondido pelas dobras escarlates, mergulhou a língua em seu centro. O sexo de Elaina contraiu-se em sua língua, e Jarvik sentiu o saco apertar-se, quente e pesado. As mulheres do harém o tinham ensinado um movimento de roçar que as levava ao limite. Mas ele havia aprendido que um pinçar sobre o botão, combinado com a língua vibrando poderia fazer uma mulher chegar ao clímax várias vezes, até que ela quase desmaiasse. Elaina gritou quando ele a tocou daquela forma. Jarvik sorriu contra sua carne molhada quando ela gemeu seu nome. 56
Ele a amava novamente, desta vez suavemente, deixando suas mãos encontrarem as fendas que a faziam tremer e choramingar. Testou quantos dedos sua buceta ansiosa, três... Com o roçar do polegar em seu botão, e teve de mamar naquele pequeno broto quando Elaina travou suas pernas em torno do pescoço dele. Jarvik colocou as pernas dela de volta no colchão e desamarrou suas mãos. Ele se deitou ao lado dela e puxou-a para perto. Seus mamilos rasparam seu peito, e sua respiração ofegante desacelerou, até Elaina conseguiu voltar a respirar normalmente. Ela descansou o queixo em cima dele e tocou a barba no queixo. — É a minha vez. Suas mãos quentes fecharam-se em torno de sua ereção. Ela rolou de lado e sentou-se descansando seu traseiro em seus calcanhares. Elaina sorriu de novo, aquele sorriso de sereia, e seu pau ansioso contraiu-se. — É muito diferente do que eu imaginava. — Ela acariciou sua barriga. Seus dedos demoraram-se nos músculos rígidos de sua virilha e emaranharam-se nos pelos em torno de sua vara. Suas bolas se contraíram, e Jarvik sufocou um gemido. — Tão quente. — Ela beijou a ponta do seu pau. — Como pode um simples afago inflamar-me assim? E o seu cheiro que faz minha buceta se apertar. Quanto prazer pode ser encontrado tocando outra pessoa, provando outra pessoa. Quando ela se inclinou e tomou a ponta entre os lábios, Jarvik assoviou e agarrou a estrutura da cama. Ela lambeu-o delicadamente, como uma gatinha, inclinando a cabeça de um lado para outro, sua língua rosada dando pancadinhas em volta de sua vara. — Você tem um sabor salgado e cremoso. 57
O hálito quente zuniu sobre a trilha molhada que ela deixou na cabeça do pau. Relâmpagos incendiaram sua virilha e drenaram todo o sangue de seu corpo para o sexo. A boca de Elaina cobriu seu pau. Jarvik jogou a cabeça para trás e rugiu com o êxtase rasgando-o em pedaços. Sua semente saiu em jatos pulsantes. Ele não conseguia respirar. Lascas de madeira cravaram-se em seus dedos, as pontadas agudas adicionadas ao seu prazer. Tremores o percorreram e fizeram seus calcanhares cravarem-se no colchão. Os pensamentos o abandonaram e seus ossos derreteram. Ele já não podia suportar o seu peso nos cotovelos, mas a necessidade de segurá-la, acariciá-la, levou-o a uma última explosão de energia. Jarvik puxou o seu corpo e a abraçou com força. — É incrível. Os lábios dela moviam-se sob sua pele,e a cada leve toque faíscas o inflamavam, e seu pau meio duro sacudiu-se. — Eu não tinha pensado que apreciaria tanto isto. Nem que isso me faria sentir vazia e precisando de você novamente. É sempre assim? Jarvik conseguiu erguer as pálpebras. O deslizar dos cabelos de Elaina em seu peito confirmou ser tão atraente quanto ele havia imaginado, e o desejo inundou sua virilha. Ele já tinha visto uma mulher mais bonita? Mesmo o arco de suas sobrancelhas acima daqueles olhos rasgados e cor de esmeraldas o seduziam. — Nunca foi assim. Não até você. — Você teve muitas mulheres. — Sua voz hesitou. — Eu queria só você. — Ele embalou seu rosto. – Desde o primeiro beijo nos estábulos no dia em que saí do castelo de seu pai. — Você nega as outras mulheres? — Suas sobrancelhas franziram-se. 58
— Não. Eu sou apenas um homem, Elaina. Um homem vigoroso. — Ele encontrou seu olhar. — Você é minha mulher. Não vou procurar nenhuma outra a partir de hoje. Meu pau irá conhecer somente uma buceta. A sua. — E as mulheres que o procurarem? – O ciúme flamejou nela, inesperado. A vara de Jarvik inchou novamente. — Não quero outras. Somente você. E ele começou a provar isso à ela.
Já era manhã quando eles deixassem a torre. — Devo procurar as meninas. — Elaina parou quando eles chegaram às escadas. — Elas não estão aqui, esposa. Magnus e eu concordamos que as meninas vão ficar com Deidra hoje. Elas serão apresentadas ao Rei Cnut e ao Rei Máel Coluim na mesa alta esta noite. Ela torceu as mãos e lançou um olhar saudoso ao corredor. Jarvik puxou-a para ele, acariciou-lhe o pescoço, e cutucou seu queixo e ela teve que se concentrar nele. — Tudo bem. Muitos guerreiros as protegerão. — Elas vão sentir minha falta. Ele queria afastar as sombras dos seus olhos e as linhas de preocupação de seus lábios retorcidos.
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— Há trovadores na aldeia. As meninas vão apreciar as brincadeiras. Eu protejo o que é meu até a morte, Elaina. E você e as meninas são minhas. Reserve este dia somente para nós dois. Por um longo momento ela analisou o seu rosto e olhos, e depois um leve sorriso floresceu. — Nós? — Aye. Nós. Amanhã, vamos levá-las para Skjebne. Hoje é nosso dia. — Ele deslizou os dedos em seu ombro e esperou. — Então eu me rendo a sua sabedoria, marido. — Ela ficou na ponta dos pés e beijoulhe o queixo. — Parece que me casei com um homem que planeja tudo. Sufocando um rugido de vitória, Jarvik sorriu e pediu para ela descer as escadas. No momento em que retornassem ao castelo, ele a teria treinada pela mão dele como um mestre treinava um falcão. Garek os esperava no salão vazio. — Meu Laird, está tudo pronto. Os cavalos estão selados. — Bom dia. Elaina, este é o meu capitão, Garek. Ele e eu servimos o Rei Cnut juntos por muitos invernos. — Jarvik bateu no ombro de seu capitão. — Minha lady. — Garek inclinou-se. — Prazer em conhecê-lo, Garek. — Quando Elaina ergueu a mão para Garek beijar, Jarvik rosnou e agarrou seu pulso.
Maldição, se a mulher não deu a Garek seu famoso sorriso.
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— Podemos pedir bolo de aveia à cozinheira para apressar a nossa partida? — questionou. Garek sorriu. — Já está feito, meu Laird. — Jarvik reconheceu o sorriso de Garek. Agora, tanto ele quanto Elaina sabiam de seus ciúmes. Ele retrucou: — Tire esse sorriso do rosto. A última vez que você me chamou de Laird foi quando o Rei Cnut concedeu minhas condecorações. — Ele nunca é bem-humorado de manhã. — Garek dirigiu-se a Elaina e ofereceu-lhe o braço. — Posso levá-la até a sua montaria? — Toque-a e você vai sentir o corte da minha espada. — Jarvik passou a mão em volta da cintura Elaina e entrelaçou seus dedos com os dela. — Talvez você deva ir comigo, meu doce. Quanto tempo se passou desde a última vez que montou um cavalo? — Algum tempo, meu Laird. Acompanhando Elaina, ele a levou através do salão para onde três cavalos estavam selados. Jarvik baixou a voz. — Eu não gostaria que você se machucasse na sela. — Você pode levar nós dois em sua montaria? — Aye. Este é Haski. — Jarvik acenou para o forte garanhão. O animal bufou e remexeu a terra seca. — Haski? — Significa Perigo em nórdico. — Ele olhou para Elaina e o garanhão. — Eu vou montar primeiro e depois ajudá-la a subir na sela. 61
— Ele é uma beleza. — Ela estendeu a mão para acariciar o pescoço do cavalo. — Não. — Jarvik pegou a mão dela. — Ele morde. É por isso que lhe dei este nome. Ele é perigoso para montar e cavalgar. O cavalo relinchou e sacudiu a cabeça para o alto. — Dê um passo atrás. — Jarvik colocou-se entre o garanhão e Elaina, saltou para a sela, e ajeitou-se nos estribos. — Pise em minha bota, e pegue minha mão. Elaina obedeceu e logo ele a tinha sentada de lado, em seu colo. — Acho que gosto de ter você em meus braços, esposa. Tenho em mente parar para um mergulho em uma enseada que descobri nos limites das minhas terras. Eu gostaria que você me montasse nas margens. Por Odin! Seus olhos verdes se estreitaram e ela baixou a cabeça para se concentrar no local onde suas nádegas repousavam sobre a excitação dele. Saboreou o sorriso sensual que curvou os lábios de Elaina, e seu pau endureceu como aço. — Garek. — Jarvik não conseguia deixar de olhar para ela. — Fique bem atrás de nós na viagem. E tome outra rota, quando nos dirigirmos para a costa. — Como quiser, meu Laird. — Garek nem sequer tentou disfarçar o riso.
***
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— Eu não chamaria isso de um modesto castelo. — Elaina examinou o enorme castelo à beira dos íngremes penhascos negros. — Tem seis torres. Quantas bocas nós temos para alimentar? — Muitas. Mas as fazendas são enormes, e são três aldeias prósperas. Você e as meninas terão tudo. — Ele apertou as rédeas. Haski parou e balançou sua cauda. O garanhão jogou a cabeça para trás na direção da bota esquerda de Jarvik e estalou os grandes dentes. Apenas por uma reação rápida Jarvik salvou os dedos dos pés. Elaina não pôde reprimir uma risadinha. — Eu não posso entender por que você tolera um cavalo tão mal humorado. Ele mordeu você duas vezes esta manhã, empinou quando paramos na enseada, e quase o derrubou quando escoiceou na praia. — Aye. — Jarvik desmontou e ergueu os braços para ela. Sua boca franziu-se e ele fez uma careta para a grande cabeça do garanhão. — Ele vive para me atormentar. Ele é todo doçura e suavidade com você. Simplesmente este cavalo não come na minha mão, e não posso deixar uma arma perto de seus cascos. Eu perdi duas espadas muito valiosas para seus cascos. Mas na batalha, não há garanhão que seja melhor do que ele. Ele parecia tão irritado e azedo que Elaina gargalhou. — Parece que ele prefere o suave toque de uma mulher. Elaina colocou as mãos no pescoço de Jarvik e sorriu. Como ele chegou a ser um paraíso em apenas uma noite e metade de um dia? Ele a tinha tomado duas vezes na enseada, uma vez nas águas quentes, com as ondas chocando-se contra seus corpos. E então, novamente na beira da enseada com o calor do sol escaldante sobre seus corpos nus. — Obrigada, Jarvik. Por este dia. Pela praia. 63
Elaina segurou seu queixo, traçou a linha de sua boca, e deu-lhe um suave beijo. Nem uma única vez nesse dia ela tinha verificado se alguém a estava seguindo. Nem uma vez ela tinha saltado com um ruído súbito, e maravilha das maravilhas, ela tinha adormecido nos braços dele. Um sono profundo, sem sonhos, que tinha claramente renovado seu espírito. — Sou eu quem deveria estar agradecendo a você, meu doce. — Jarvik acariciou seu rosto. — Temo que não possamos nos demorar por aqui. Demorei muito para amar você na enseada. Vamos nos encontrar com o administrador, visitar o castelo, então nos apressarmos para retornar. Se tudo correr bem, amanhã encontraremos as meninas. A alegria de Elaina aumentava a cada momento que passava. Ela adorou Skjebne. Uma brisa vinda do mar cruzava a propriedade, o seu aroma fresco e salgado permeando cada cômodo. O administrador e o cozinheiro estavam ansiosos para servir ao seu novo senhor e senhora. Todos os servos pareciam alegres, e o castelo fervilhava de atividade. Jarvik perguntava sua opinião sobre tudo: a qualidade e a quantidade dos frascos de especiarias, a lã, os teares, mesmo as tapeçarias nas paredes. Ele encantava a todos, dos cavalariços aos garotos da cozinha, as criadas. E ele tocou-a o tempo todo. Apoiando seu braço sobre o ombro de Elaina, colocando a palma da mão em suas costas para encorajá-la a prosseguir, e, se eles estavam sozinhos, lembrava-lhe para roubar beijos dele. Elaina ficava mais corajosa com cada beijo ousado, derretendo-se em seus braços quando Jarvik sugava sua língua, e sua buceta umedecia quando ele sussurrava o que pretendia para esta noite. Era a mais doce tortura que ela já tinha sofrido. E nunca se sentiu mais preciosa, mais segura, mais pronta para viver a vida. Até o final do dia, enquanto eles viajavam através das colinas, não só tinha se acostumado ao seu toque, mas ansiava por ele, e precisava acariciá-lo a cada momento. Quando o castelo se aproximava, a tensão voltou à Elaina. 64
— O que a preocupa, esposa? — Jarvik segurou as rédeas. Haski desacelerou d para uma galope leve enquanto eles cruzaram o fosso que levava a Laufsblað Fjǫllóttr. Ela ajeitou e alisou suas saias, sentindo-se nua sem o seu enchimento e touca. — Eu temo a reação do Rei Máel Coluim à minha aparência. — Pare de franzir a testa. Quantas vezes devo dizer que tudo ficará bem? — Jarvik cutucou seu ombro. – É hora de você encontrar meus irmãos e suas esposas. O Rei terá que esperar. Elaina piscou, virou na direção que ele olhava e seu queixo caiu ao ver uma multidão que os aguardava no topo das escadas do castelo. — Eu posso ver porque todos o chamam de O Urso do Norte. É ele, não é? O do meio? — Aye. Aquele é Torsten, o Urso. Ele é meu irmão mais velho. — Tio Jarvik! —o grito veio de uma menina com rostinho de elfo, com cachos soltos e dourados. Seu cabelo esvoaçou na brisa enquanto ela correu para eles. — Não, Gæierla. Pare! — Jarvik pulou fora do cavalo, e Haski prontamente mordeu-o na bunda. Ele manteve uma mão sobre a coxa de Elaina e abaixou-se para pegar a criança em seus braços. — Você é minha tia nova? — A menina envolveu as pernas longas e finas em volta da cintura de Jarvik e olhou para Elaina. — O que devo fazer agora? Todos os meus Thors se casaram. Você tem que encontrar-me outro prometido, tio. Pois eu tenho mais de dez verões e ainda não tenho noivo. A cabeça de Elaina girou.
Thors? Prometido? 65
Outra mulher se aproximou. — Você deve ser Elaina. Ajude-a desmontar, Jarvik. Não fique aí com a boca aberta. Temos muito a fazer. Eu sou Catriona, mulher de Ruard, O Matador de Dragões. A pirralha crivando Jarvik de perguntas e beijos é minha irmã, Gæierla. Elaina nunca tinha visto um cabelo como aquele, cor de fogo nem tal beleza em uma mulher. Ainda bem que ela já não usava seu enchimento e a banha de calcário. Elaina saltou do cavalo. — Catriona, tenho o maior prazer em conhecê-la. — Eu não sou uma pirralha. — Gæierla se contorceu, afastando-se do abraço de Jarvik. — Eu vou ser apresentada a dois Reis esta noite. E tenho um vestido novo. Você acha que algum dos Reis achará um marido para mim? — Gæierla, você deve parar com essa obsessão de casamento. Não é tudo o que parece ser, querida. — Uma mulher alta com negros cabelos soltos, chegando bem abaixo de seu traseiro chegou até eles carregando um bebê no colo. Atrás dela, um guerreiro vestido com uma cota de malha corria para acompanha-la. — Eu sou Bettina, casada com Njal, O Pacificador, o irmão do meio. E este é nosso filho, Saxski. — E como assim, o casamento não é tudo que parece ser, esposa? Eu sou Njal. — O guerreiro passou um braço em torno da cintura de Bettina, beliscou o nariz do bebê, e inclinou a cabeça para inspecionar Elaina. — O salão está fervilhando de fofocas sobre você, Lady Elaina. Todos estão curiosos para ver a mulher que enfeitiçou Jarvik, O Sedutor. Elaina esticou o pescoço para ver Njal melhor e fez uma reverência. — Meu Laird. — Não. Somos irmão e irmã agora. Eu sou Njal para você, Elaina. — Ele pegou a mão dela e beijou o dorso. 66
— Pare! — Jarvik tirou o pulso das garras de Njal. — Onde está Magnus? — Tentando convencer Deidra a colocar os gatos em seus estábulos. Elaina virou-se para o lado para encarar outra mulher, esta delicada, com pele de porcelana, enormes olhos, grandes e verdes, e a mais suave e doce voz que ela já tinha ouvido. — Eu sou Ainslin, casada com Torsten, o Urso do Norte. Esta é Inga. Cuide de suas maneiras, filha. A criança ao lado de Ainslin tirou um polegar de sua boca e murmurou: — Você tem uma maçã? — Irmão. – Torsten, O Urso se aproximou deles. — Eu vejo que Haski ainda arranca pedaços de sua pele regularmente. O coração de Elaina pulou em sua garganta. Nunca tinha visto um homem que irradiava tanto perigo e poder. Ela deu um passo para trás, para se proteger no corpo forte de Jarvik. Ele apertou seus ombros reconfortando-a. — Calma, esposa. Aye, o garanhão que você me presenteou quando ganhei minhas condecorações ainda me morde sempre que tem uma chance. Como você treinou-o para fazer isso, eu ainda não consigo entender. Torsten inclinou-se para pegar Inga. — Aqui está a sua maçã, queridinha. Não precisa roubar mais da cozinha. Ainslin, por que está aqui? Não concordamos que você não deve pegar o ar frio da noite? Ainslin revirou os olhos. — Não. Nós não concordamos. Você ordenou. — Foi uma sugestão, elska. Estou preocupado com você e com o bebê. 67
— Por que você não está supervisionando Rob e Brom em seus treinamentos? — com as mãos enfiadas nos quadris e o queixo se projetando para frente, Ainslin bateu o pé. Ver uma mulher desafiando um guerreiro perigoso, conhecido em muitas terras, agitou os pensamentos de Elaina. — Deixei os nossos filhos nas boas mãos de Magnus quando eu descobri que a esposa que eu pensava estar repousando decidiu ajudar a taberneira com os sacos de lúpulo. Ainslin, seja razoável. Você está grávida. Você não pode levantar um carretel de lã muito menos sacos de lúpulo. — Que desgosto! Salve-nos de todos os maridos guerreiros e estúpidos. E nem uma palavra, Njal. Você acredita nisso? Ele não me deixa cavalgar. Eu juro que a próxima vez que eu estiver esperando um filho, você não irá saber de nada até o nascimento. — Bettina estreitou os olhos. Njal aliviou Bettina de seu filho, Saxski. — Você sabe bem o que vai acontecer se eu a pegar montada em um garanhão. Amarraria Ainslin na cama se eu fosse você, Torsten. Levantando sacos de lúpulo. — Ele bufou. — Vamos escoltar nossas esposas e filhos para os seus aposentos? — Aye. Pois eu temo que elas sejam todas teimosas e pouco razoáveis. — Torsten olhou para sua esposa. — Você irá andando ou devo carregá-la? Elaina não se surpreenderia se visse chamas saindo das narinas de Ainslin quando ela encontrou o olhar do marido. Nem uma palavra soou no pátio. Elaina prendeu a respiração certa de que o Urso iria explodir. Mas Torsten soltou um suspiro pesado em seu vez disso. — Vá para a mama, Ingá.
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Ainslin piscou, mas tomou Inga dos braços de Torsten. Então ele levantou tanto Inga quanto Ainslin em seus braços. — Nem pense nisso. Eu andarei, Njal. — Bettina bufou sua declaração. — Irmã. — Gæierla puxou a manga de Catriona. — Posso ir ver os gatos? Por que o tio Njal quer que o tio Torsten amarre a tia Ainslin na cama? — Já é mais que hora de você crescer, Gæierla. Você pode ir ver os gatos, mas esteja de volta antes do sol se por. — Quando Gæierla virou-se , Catriona agarrou um pedaço do vestido marrom da menina. — E suas boas maneiras? — Perdão, tio Jarvik, tia Elaina, irmã. — Gæierla curvou-se em uma reverência graciosa. — Eu peço a sua licença. Todos eles assistiram quando Gæierla deu dois passos recatados. O terceiro se transformou em um passo mais largo e ela partiu numa corrida. Catriona balançou a cabeça. — Tantas perguntas e muita energia. Temo que ela manterá ambos, Ruard e eu, muito alertas. — Você não se preocupa mais com as lembranças dela nas masmorras? — Jarvik perguntou. Catriona virou-se e sacudiu a cabeça. — Jarvik confunde você com a sua pergunta, eu posso ver claramente isto, Elaina. Minha irmã foi aprisionada por um conde por um breve período. Njal resgatou-a e mimou-a terrivelmente na viagem de volta para o nosso castelo. Eu tenho certeza de que você vai ouvir a história contada frequentemente, Elaina. Gæierla acredita que ser uma escandinava. Catriona revirou os olhos, mas sorriu.
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— E as histórias do deus Thor provocam um grande fascínio em sua cabeça. Ela tinha a esperança de se casar com Thor, depois passou para Njal, e, uma vez que conheceu Jarvik, resolveu que ele seria dela. Ah, isso explicava o lamento da menina. Elaina não pode deixar de sorrir. — Com sua permissão, eu gostaria que Gæierla conhecesse as minhas meninas, Kateri e Kitti. Temos vivido isoladas e acho que elas precisam passar o tempo com outras crianças. — É uma ideia brilhante, Elaina. Gæierla irá pular de alegria com a ideia de ser mãe de dois bebês. Ela se sente muito aborrecida pelo fato de Brom e Rob serem mais velhos, e metade de uma cabeça mais altos do que ela. Vou providenciar para que todas as crianças passem a manhã no sótão. Fizemos o berçário lá. Elaina já gostava de Catriona. Ela era simples, olhando os outros diretamente nos olhos com honestidade. — Eu gostaria de encontrar as outras crianças também e passar algum tempo com elas. — disse Elaina. — Posso assegurar que não vou perder a chance de mostrar-lhe meu filho, Finn. Mas primeiro temos de nos preparar para passar essa noite. Jarvik, escolte Elaina para a câmara de Deidra. As mulheres virão para o salão depois que os homens estiverem sentados para a refeição da noite. Eu preciso encontrar Ruard e Magnus. Eu os verei logo, Elaina, Jarvik. Com isso Catriona voltou-se e partiu na direção da cozinha. Elaina pensou no que havia acontecido. — É comum para os maridos noruegueses amarrarem suas esposas na cama? Ele riu. — Eu não ouvi você reclamar esta manhã, docinho. 70
— E pode uma esposa amarrar o marido? – A ideia o atraiu muito. Jarvik gemeu. — Talvez. Se eu pudesse ver você dando prazer a si mesma antes. Ela virou-se, apoiou as palmas das mãos contra seu peito quente, e reunindo sua coragem, disse: — Gostaria de ver o seu prazer também. Eu adoro o seu pau e iria descobrir seus segredos. — Freya, me ajude! — Ele esmagou-a contra si. — Nunca mude, esposa. Nunca. — Jarvik. — Uma profunda voz masculina lançou o cumprimento. Quando ela tentou erguer a cabeça, Jarvik a apertou mais. — É meu irmão, Ruard. O Matador de Dragões. O que foi? — Leve sua esposa para sua câmara, em seguida, reúna-se conosco e com o Rei Cnut. E apresse-se. Temos problemas chegando.
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Capítulo Cinco
— O que houve agora? — Jarvik chutou as botas e pôs-se a desamarrar as calças. Magnus tinha construído a sua casa de banhos para atender às suas proporções gigantescas. A madeira e a estrutura de pedra tinham cinco metros e meio de altura, e a piscina cavada no chão era duas vezes maior em largura, comprimento e profundidade. Pedras lisas de um poço profundo lançavam nuvens de vapor perfumado ao redor da câmara. — O Rei Eogan chega amanhã. — Torsten, já despido e na água, descansou a cabeça em suas mãos. — Ele vai reivindicar as meias-irmãs de Elaina. — Como sabe isso? — Jarvik tirou a túnica. — O Rei Cnut decidiu apoiar o primo do Rei Eogan, Habren, em sua oferta pelo Reino de Strathclyde. Valan, A Víbora, o Chieftain das Highlands, tem espiões entre os homens de Eogan. Njal mergulhou um jarro na água. — Valan enviou uma carta para avisar-me. Ruard mergulhou no lado fundo. Ele se levantou entre Torsten e um canto. — É sorte que Eogan, o bastardo, não deixasse testemunhas quando assassinou o Rei Crinán e sua família. — Aye, ele não pode provar que as meninas não são de Elaina. Ou suas. — Magnus, nu como no dia em que nasceu, acendeu uma lamparina pendente. — E foi uma maldita sorte que a minha Deidra viu os lençóis manchados antes que qualquer um no castelo. Você 72
reclamou as meninas na noite passada, mas isso não será suficiente. Você deve alegar ser o pai delas. Uma ponta de remorso apertou o peito de Jarvik. Ele não tinha percebido o nível de sua obsessão por Elaina. Realmente queria que todos soubessem que ela era uma virgem e não a concubina da qual todos falavam. — Todos sabem que o Rei Crinán casou-se com Maude e que ela lhe deu dois bebês. — Aye. Mas ninguém vivo viu as meninas. — Njal entornou um jarro de água sobre as rochas quentes. O vapor sibilou espesso e úmido, subindo em espirais lentas para o telhado de madeira. — E Elaina não tem sido vista por dois verões. Quem vai negar se você reclamar as pequeninas como suas? Você esteve à procura de Elaina por todo esse tempo. Encontrou-a duas vezes e a possuiu. Ela não queria se casar com um viking e fugiu. — Você já espalhou esta história, irmão. — Jarvik estudou as feições estoicas de Njal. Várias vezes. Era impossível adivinhar os pensamentos de seu irmão, o que o tornava tão bem sucedido como o Pacificador do Rei. — Aye. Nós todos a espalhamos. E eu me encontrei com Máel Coluim hoje cedo. Ele não vai apoiar Habren. Há muita inimizade entre os dois homens. Cnut não vai apoiar qualquer outro além de Habren. — Njal passou as duas mãos pelos cabelos negros na altura dos ombros. — Eu temo não há muita concordância entre eles em várias áreas. Jarvik ajeitou-se contra uma pedra quente, lisa, deixando a água morna acariciar seus ombros. — E se nada acontecer?É uma ideia diabólica. Mas e se ambos, Habren e Eogan, foram assassinados pelos Moraemers?
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Seus quatro irmãos olharam para ele. Jarvik sufocou um grito. Não era comum que ele assumisse a liderança na elaboração de um plano. E ele não podia ver os furos em seu esquema. — Seria a oportunidade que Máel Coluim tem esperado. E Cnut, o Grande, não gosta nada das invasões dos Moraemers abaixo da fronteira. — Torsten esfregou a incipiente barba negra. — Njal, Magnus, Ruard, vocês tem alguma reserva quanto a este plano? — Salvo que significará não dormir nesta noite. Não. — Magnus sacudiu o cabelo molhado e lançou água por toda parte. — Quem ficará para manter os reis ocupados? — Você é o anfitrião. Você fica. — Eu concordo com Njal. — Torsten pegou o pano e enxugou o rosto úmido. – A sorte realmente sorri para nós. Cnut viaja com sua avarenta esposa, Ælfgifu, e ela gosta de Ainslin. Eu aprendi a nunca subestimar a influência de uma mulher sobre o seu marido. — Eu não ouvi nada mais verdadeiro desde que disse meus votos. — Ruard soltou um longo suspiro. — Nem eu. — Magnus fez um travesseiro para sua cabeça com as palmas das mãos. – Juro! Deidra e seus animais de estimação serão a minha morte. Viram como meu cabelo está mais ralo? É por arrancá-los pela raiz. — Pelo menos a sua esposa supervisiona as obrigações femininas. Bettina foge para caçar javalis. Ela é uma bruxa,esta minha esposa. Bettina carregou Saxski por três luas antes de me dizer. Se não fosse eu contar os dias entre as regras dela agora, juro que ela não teria me contado sobre o novo bebê até a barriga arredondar. — Njal balançou a cabeça. — Os fios grisalhos em meu cabelo crescem mais a cada novo amanhecer. — Você conta os dias de Bettina? — Jarvik olhou para o seu irmão mais velho. – Não é viril para um guerreiro admitir isso. 74
— Ele vai aprender. — Ruard revirou os olhos. — Você está casado há um dia e uma noite. E se Elaina for teimosa como Catriona ... Tenho pena de você, irmão. Eu prefiro lutar contra mil guerreiros do que passar por mais nove luas com Catriona grávida. Jarvik não acreditou que seus irmãos pudessem ser tão puss—whipping* — É dever de uma mulher gerar filhos. Eu não vejo qual a dificuldade. Depois que a semente de um guerreiro se enraizar não há nada para ele fazer. O restante é com a mulher. Risos, gargalhadas, e mais gargalhadas ricochetearam nas paredes de pedra. — Eu tenho algo para lhe dizer. — Njal balançou a cabeça. As bochechas bronzeadas de Ruard empalideceram. — Não diga a ele. Nem uma palavra, Njal. — Você acha que Catriona não irá conversar com Elaina? Todas as mulheres sabem sobre tudo. É quase impossível manter um único segredo entre os homens. — Njal bufou. — Quando Catriona está grávida, ela anseia por tortas de maçã. E desde seu envenenamento Ruard não pode suportar o cheiro de maçãs assando. Com a sugestão, Ruard realmente ficou esverdeado como um homem pronto a esvaziar seu estômago. — Tem que ser tortas? — Jarvik perguntou. — Ela pode comer a fruta em vez disso. — Ele vai aprender. — Njal trocou olhares com Torsten, Ruard, e Magnus. — Na verdade, eu vou gostar de ver O Sedutor obter o seu merecido castigo. — Ao contrário de vocês quatro, eu tenho Elaina em minhas mãos. As vaias de seus irmãos, assobios, gritos e rugidos quase levantaram as vigas do telhado. Jarvik prometeu mostrar—lhes como facilmente ele havia treinado Elaina. Esta noite, ela o 75
alimentaria escolhendo as melhores carnes, o elogiaria e agradeceria, e sorriria docemente para todos. Torsten ofereceu-se para contar às mulheres sobre o plano deles, enquanto Jarvik, Njal, e Magnus se reuniam com os dois Reis em particular. *** Os três irmãos esperavam os monarcas numa antecâmara adjacente ao Grande Salão, escolhida por suas paredes espessas e pela falta de mobiliário. Para Njal era o ambiente preferido para as negociações pois era um local propício para se defender caso precisassem. O desconforto tencionava os músculos do pescoço de Jarvik mesmo após a longa imersão na casa de banho. — Pacificador. — Cnut, O Grande, atravessou a porta, suas longas e poderosas pernas tornando nada a distância até Njal. – Matador de Dragões, Sedutor. Eu não vejo vocês há muitas luas. Onde está o Urso? — Supervisionando a visita de sua rainha. — Njal e Torsten tinha concordado em invocar a mesquinha esposa de Cnut como uma distração. — Ælfgifu gosta de Ainslin. Estou satisfeito com a decisão do Urso de ocupar sua propriedade em Cumbria. Isto irá ajudar a proteger a fronteira. — Cnut balançou-se nos calcanhares. – Aproxime-se Malcolm. Ninguém, a não ser o Rei Cnut, ousava dirigir—se ao Rei Máel Coluim pelo seu nome. — Cnut, O Grande. Não é frequente vê-lo viajar para a fronteira. — Máel Coluim, como Cnut, não usava armas, nem qualquer um dos outros homens. — O Pacificador acha que teremos problemas vindos de Moraemers. O Rei escocês parou. Suas narinas tremeram, e seus lábios apertaram-se. 76
— Gostaria de ouvir sobre isso depois de ter jantado. E depois de cumprimentar a mulher com quem se que casou na noite passada, Sedutor. Jarvik lutou com o Rei Máel Coluim por um inverno, e conhecia bem os sinais de raiva do monarca. O que tinha ouvido o Rei? — Sugiro irmos para o Salão Principal. — Cnut acariciou seu inseparável cavanhaque. — Aprendi que é melhor não arriscar a ira da minha rainha. Ela está bem satisfeita com a noiva do Sedutor. Eu, também ouvi os comentários sobre a moça, e gostaria de saber a verdade desta história. Cada fio de cabelo do corpo Jarvik se eriçou. Ele não podia arriscar-se a ira de ambos, seu Laird feudal e Rei Máel Coluim. Talvez ele devesse ter permitido que Elaina continuasse com seu disfarce. Os irmãos trocaram olhares desconfiados, mas nada tinham a ganhar e muito tinham a perder em recusar a ordem de um Rei. Jarvik esquadrinhou o salão lotado e notou que tudo estava em ordem. Acompanhou os monarcas e seus irmãos para a mesa alta, e tomou seu lugar, seus pensamentos sombrios. As mulheres ainda não tinham chegado e os homens começaram a falar de novas armas, táticas de batalha, e dos Moraemers. A conversa baixa na mesa contrastava fortemente com o burburinho crescente do salão cheio de homens; Nenhuma das mulheres estava à vista. Mesmo as criadas da cozinha tinham desaparecido. Os meninos da cozinha jogavam os pães nas mesas das cestas que transportavam. O apetite induzido pelo aroma de pão recém-assado competia com o cheiro de pinho que fluía do chão de juncos. Magnus examinou o salão. — Onde estão as mulheres? — Talvez a rainha as retardou, querendo saber dos comentários sobre Elaina. 77
Jarvik já tinha visto Ælfgifu retardar a corte por muitas horas. — Isto não tem importância. — Errado. Os pelos do meu pescoço eriçam como um coelho diante de uma matilha de lobos. — Magnus coçou a parte de trás do pescoço. — Sempre importa quando todas as mulheres desaparecem de uma só vez. — Por Odin! — Njal colocou sua taça sobre a mesa tão forte que o vinho derramou. — Eu o invejo, irmão. — O quê? — A cabeça de Jarvik voltou-se na direção do olhar de Njal. Suas bolas queimaram. Magnus agarrou o braço esquerdo Jarvik e Njal o direito. — Fique sentado! — Por Odin! Vou cobrí-la dos pés à cabeça amanhã. E vou bater no seu traseiro. – A pele de Jarvik queimava, gotas de suor brotavam nas têmporas e pescoço. Elaina estava vestida como uma concubina árabe. Ela usava um corpete, curto e estreito que mostrava os magníficos seios com perfeição. Seu umbigo descoberto tinha incrustada um rubi. Suas mãos fecharam-se em punhos. Depois que a mandíbula do Rei Cnut voltou à sua posição normal, ele tocou o cavanhaque, e perguntou: — O que temos aqui? Elaina ficou diante do estrado, em frente a Cnut e Coluim Máel, Ainslin de um lado, a Rainha Ælfgifu do outro.
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A sala barulhenta havia se calado. Nenhum cão rosnava, nem um gato miava. Mesmo o crepitar das chamas na lareira pareceu cessar. As três mulheres fizeram uma reverência e foi então que Jarvik viu as curvas das ancas de Elaina nas calças de harém, as nádegas se insinuando sobre o tecido, suas longas pernas reveladas pelo material diáfano preso nos tornozelos por correntes de ouro. Os sinos dos pés tilintaram quando o Rei acenou sua permissão para que as mulheres se levantassem. A Rainha Ælfgifu colocou sua forma robusta na frente das outras duas mulheres. — Ouvi a mais fascinante história, marido, Rei Máel Coluim. Eu apresento a vocês a princesa Elaina, filha do Rei Crinán de Strathclyde. Tenho as transcrições de cartas enviadas há muitos anos por Torsten Jarl, O Urso do Norte, ao Rei Crinán propondo o noivado de seu irmão com Elaina. Quase três anos se passaram desde que saqueadores nórdicos destruíram a fortaleza e o castelo de Strathclyde e mataram todos. Elaina escapou do massacre da fortaleza. Ela ficou tão perturbada que fugiu e encontrou refúgio com a princesa Deidra. — Sedutor, esta é a mulher com quem se casou na noite passada? O Rei Máel Coluim rugiu estrondosamente pelo salão silencioso. – Brinca com seu Rei como brinca com um idiota? — Não. Meu irmão jamais se arriscaria à sua ira, vossa majestade. — Torsten ficou em pé. — Ele está buscando a princesa há muitas estações. Duas vezes ele a encontrou. Duas vezes ele reclamou-a à maneira Viking. — Ele estuprou sua prometida? — A indignação da rainha era evidente em seus olhos brilhantes e mãos enfiadas em punhos sobre os largos quadris. O Rei Cnut encolheu os ombros. — É comum para os nórdicos, Ælfgifu, embora não seja para nós. O que você quer de mim, esposa? 79
— Eu queria que você pedisse ao papa para abençoar esta união. E também queria a sua aprovação nesta união. — E quanto a você, Princesa Elaina? Fugiu duas vezes deste homem. Você proferiu os votos na noite passada. Aos olhos da santa igreja está casada. — o Rei Cnut arqueou uma sobrancelha e fixou seus olhos azuis em Elaina. Jarvik prendeu a respiração. — Meu Laird Jarvik reclamou nossas filhas antes da cerimônia da noite passada. Era o que eu queria e que ele havia se recusado a fazer antes. Reforço as palavras de sua rainha. Que Vossa Majestade e Sua Santidade abençoem a nossa união. — Seus joelhos tremiam, e ela apertou as mãos com tanta força que a pele entre os dedos esbranquiçou. — As crianças são suas, Sedutor? — Cnut acenou chamando Jarvik à sua frente. — Aye. — Ele apoiou-se nos ombros de seus irmãos e saltou sobre a mesa, derrubando a taça de Njal . — Elaina e as bebês são minhas! Jarvik ficou entre Ainslin e Elaina. Ela ouviu a sua voz rouca, viu o reflexo em seus olhos, e estremeceu. — Posso pedir sua licença para levar minha mulher para a nossa câmara? — Jarvik perguntou. — Não! – O Rei escocês rugiu. – Explique sua vestimenta da noite passada. Elaina endireitou os ombros. — Eu sou filha de uma concubina. — A mulher e o Rei Crinán casaram-se diante de um sacerdote — Jarvik rosnou. Elaina se encolheu. 80
— Se alguém soubesse ou suspeitasse de minha identidade, temia ser assassinada. Eu acolchoei minha roupa, escureci minhas sobrancelhas e dentes, e usei calcário misturado com banha para empalidecer minha pele. Laird Jarvik não se importou com a minha aparência. Ele não me tomou à força. Ele é o Sedutor. Eu não sabia quem ele era da primeira vez, e quando descobri que ele era um viking, entrei em pânico. — Sua garganta tornou-se seca, e ela teve que engolir três vezes. Jarvik uniu seu braço ao dela. — Minha mulher me honra, vossa alteza. Eu a havia encontrado tomando banho em um lago e a vi sem seu disfarce. E desejei-a. Foi apenas quando tomei sua virgindade que soube quem ela era. Cnut gargalhou. — Sedutor, você nunca deixa de me surpreender. Roubou a virgindade que pertencia a você. E ainda assim, deixou que a moça escapasse? Jarvik apertou o antebraço dela com força. — Ela causou-me muitos problemas, vossa alteza. Passou uma estação inteira antes que eu ligasse a curandeira da aldeia com a sereia do lago. — E ainda assim você tomou o que pertencia a você? — O mau humor não demorou a ruborizar as maçãs do rosto de Máel Coluim. Ele afundou-se em sua cadeira e tomou um gole de vinho. Mas não afastou sua atenção de Elaina, e ela desejava a proteção de uma camisa, vestido e touca, qualquer outra roupa. — Eu achei que seria mais fácil manter uma mulher feliz do que uma relutante, vossa majestade.
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— Há a questão do Reino de Strathclyde. — Rei Malcolm mais uma vez olhou Jarvik e Elaina da cabeça aos pés. — Seu tio Eogan é o novo Rei. Por direito, ele deveria ter assinado os contratos de noivado. — Está feito, Malcolm. Se o Sedutor está certo de que as meninas são suas, não vou negar a união. Vocês dois irão renunciar a quaisquer direitos sobre Strathclyde. E eu vou querer seus votos de obediência,Jarvik, depois da missa da manhã. — o Rei Cnut não ousou contradizer o seu comando, seu olhar varrendo cada homem e mulher no salão. — E então, Sedutor? Vou vê-lo nos campos de treinamento de madrugada. – O sorriso perverso do Rei Máel Coluim provocou arrepios nas costas expostas de Elaina. — Dou permissão para levar sua esposa e retornar com um traje normal. — Como desejar, majestade. — Jarvik inclinou-se e deu vários passos para trás, arrastando Elaina com ele. Assim que eles não puderam mais serem ouvidos pelos monarcas, Jarvik sussurrou, sua voz baixa, mas feroz, — Vá para as escadas. Chegue a nossa câmara, troque suas roupas, e volte. Se você não estiver aqui no momento em que os pratos de carne estiverem sobre a mesa, irei buscá-la eu mesmo. E, Elaina? A busca envolverá a minha mão em seu tentador traseiro muitas vezes. O alívio acelerou seus passos. Elaina quase voou para sua câmara, atirou-se sobre um vestido velho que usava antes. Seus seios tinham florescido durante seu tempo como uma curandeira, e o corpete revelava muito mais do que Jarvik gostaria. Mãe Maria! O que ele faria quando eles estivessem sozinhos? Os olhos de Jarvik demonstraram seu aborrecimento no segundo em que ela entrou no salão. Ele não entendia o que era ser conhecida apenas como a filha de uma concubina. Agora que tinha reclamado Kateri e Kitti como suas filhas, as meninas poderiam ser insultadas como Elaina tinha sido. Jarvik acreditava que por ele ter se casado com Elaina ela seria aceita. Elaina sabia que não seria assim.
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Os sussurros começaram quando ela atravessou o corredor até a mesa alta. Seu queixo ergueu-se e ela apertou sua mandíbula. Ninguém saberia como ela tremia por dentro, como o cheiro da comida trazia a bile à boca, ou como ansiava por algemar os homens que riram quando ela passou por eles. Jarvik ergueu-se quando Elaina aproximou-se do banco. Ele ajudou-a a sentar-se, passou o braço em volta de sua cintura, e a puxou para perto. — Estou feliz por você deixar seus cabelos soltos esta noite. É glorioso. E tenho uma briga para terminar com você, mulher. Ela piscou, retorcendo os dedos, e baixou a cabeça. Ele iria brigar com ela na frente de todos esses nobres? A mão de Jarvik ergueu o queixo de Elaina. — Você não roubou sua cota de beijos hoje. Então, vou roubar muitos de você esta noite. Lágrimas não derramadas nublaram sua visão. — Você me queria agindo como a filha de uma concubina? — Não. Eu queria que todos, cada homem, mulher e criança nesta sala sabem que Jarvik, O Sedutor, não tem olhos para ninguém, somente para sua esposa. Olhe para mim, docinho. — Seu olhar penetrou no dela. Elaina sentiu sua determinação e sabia que ele fervia de raiva. — Quero que saibam que O Sedutor valoriza a Princesa Elaina acima de tudo. Que ele escolhe o melhor para ela. Que ele não vai saciar sua fome, até que a dela esteja satisfeita. Elaina piscou, e segurou seu queixo. Levou alguns momentos para que ela conseguisse falar.
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— Prometo a você que eu nunca vou lhe dar motivos para me deixar. Eu jamais colocarei meus olhos sobre outro homem. Jarvik roçou seus lábios nos dela.Ele não a deixou levantar um dedo durante toda a refeição. — Deidra me disse que você ensinou-a a comer sem carne ou galinha. — Eu como galinhas, mas Deidra reluta em comer qualquer animal. Desconfio que eu teria que convencê-la a saborear peixe, enguia, ou ostra. Posso oferecer-lhe um bocado, meu Laird? — Mais tarde. Em nossa câmara. — Ele espetou uma ostra. — Você tem que me alimentar com as bolas temperadas com chocolate que Magnus gosta tanto. Seu sexo ficou pronto para ele, para seu eixo, para a mais deliciosa fricção que alimentava seu êxtase. Suas palavras e o desejo ardente em seus olhos acenderam o fogo embaixo do ventre de Elaina, um incêndio que se espalhou para todos os lugares ao mesmo tempo, irradiando desde seus pés em seus finos chinelos até seu couro cabeludo formigando e, finalmente,chegando em suas dobras. — Você cora deliciosamente. Estou faminto por você, esposa. — Ele pegou um pedaço de alho poro coberto de creme amanteigado e colocou o pedaço entre os lábios dela. — Talvez pudéssemos levar conosco um pouco de creme e algumas frutas quando deixarmos o salão. Quanto mel de mulheres seu marido provou? Elaina observou a faca dele separando um pedaço de peixe de uma fatia de nabo. — Para mim, esposa. Elaina curvou os lábios enquanto encontrava seu olhar. — Meu Laird? 84
— Que sombra afugentou seu sorriso deslumbrante? — Ele capturou-lhe a mão e depositou um beijo molhado em seu pulso, uma intenção clara e escaldante em seus olhos azuis. — Nada. Foi um pensamento tolo. — Não. Você pensa no passado do Sedutor. Eu posso ver isso em seus olhos. Pense sobre ele desta maneira: é um passado que dará a você um grande prazer. Por eu ter passado os dias, desde que deixei o castelo de seu pai, me preparando para isso e só isso. — Você quer que eu acredite que é como um treinamento? — Aye, tenha certeza disso, esposa. Como poderia o sorriso de alguém ser tão perverso, tão tentador, tão cheio de promessas e de calor? Elaina não sabia se bufava, batia o pé, ou o beijava. Tão distraída estava pelos lábios macios que tinham lhe dado tanto prazer, ela ignorou os suspiros, gritos e um ou os dois assobios. — Eu creio que terei que passar o dia inteiro no campo de treinamento amanhã. Olhe lá, Elaina. — Ele sacudiu a cabeça indicando o pé da escadaria. Ela virou-se no banco e seu queixo caiu. Lá vinham, andando em direção aos dois Reis, Ainslin, Catriona, Bettina, Deidra e Gæierla, todas vestidas como Elaina tinha estado antes, como concubina de harém: calças, corpetes apertados, e umbigos à mostra com joias. Elaina levou as duas mãos a boca, mas foi em vão. Ela não pôde reprimir a risada que irrompeu de seus lábios. Jarvik ficou de pé, mas não pronunciou uma palavra ou fez qualquer movimento, simplesmente olhou para seus irmãos, que olhavam em sua direção, e então toda a fúria do inferno explodiu. Torsten pulou sobre a mesa, fazendo as tábuas de comida voarem. Magnus rugiu: 85
— Para mim, Deidra! Ruard bateu a cabeça na mesa. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Njal pulou do banco e perseguiu sua mulher. O burburinho estourou no salão. Gatos miavam quando meninos da cozinha, criadas, cavalariços, todos corriam para dentro do salão principal. Ambos os reis ficaram de pé. Cnut, O Grande bateu a mão na coxa, bateu o punho na mesa, e gargalhou. Mas sua alegria terminou com um grito quando a rainha Ælfgifu recatadamente seguiu as esposas dos guerreiros vikings. Todas as mulheres ficaram diante dos Reis na mesa alta. Máel Coluim, que não tinha mulher para se preocupar, caiu no banco, com lágrimas escorrendo por seu rosto, e segurando sua barriga, como se estivesse prestes a explodir. — Esposa! – O grito de Cnut ecoou no salão agora estridentemente. – Que brincadeira é essa? — Não culpe sua esposa, vossa majestade. — A voz musical de Ainslin e sua maneira suave de falar acalmou a balbúrdia da multidão. – A Princesa Elaina é agora uma irmã para mim, para todas as outras mulheres deste castelo, e para qualquer um que deseje a paz. Saibam todos que será tomado como um insulto pessoal a mim, a meu marido, ao Urso do Norte, a todos os seus irmãos e esposas, se uma única pessoa falar sobre a filha da concubina. — Todos sabem que Elaina se refugiou como curandeira na propriedade do meu pai. O Sedutor tomou sua virgindade lá, e eu guardei a prova. — Deidra apontou para o topo das escadas, onde dois meninos estavam. — Pendurem os lençóis. Lá está a prova da virgindade da
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Elaina. Ela foi para Jarvik como uma virgem e desse dia em diante, ela será conhecida como a Elaina, A Virtuosa. Enquanto Ainslin estava falando, cada guerreiro viking ficou de pé atrás de suas respectivas ladies. Elaina maravilhou-se pelo fato da ordem ser mantida e ninguém ter perdido a paciência. Será que as mulheres acreditavam que funcionaria? Ela balançou a cabeça. Mesmo que tudo falhasse ela podia agora contar com as quatro mulheres, ou melhor, cinco, porque a rainha era sua aliada. O silêncio reinou por alguns instantes. Então Máel Coluim, que se recompôs e já não explodia em ataques de riso, levantou-se. — Um brinde. Para as mulheres. Para uma rainha que corrige erros. Para as mulheres vikings e sua coragem! Louvado seja o senhor pelo fato de eu ter tomado uma boa lady escocesa como rainha. — Você não está surpreso. — Elaina estudou o rosto sorridente de seu marido. —Esta foi a razão pela qual não ficou furioso. Ele capturou sua mão e a puxou para que ficasse em pé. — Não, mulher. Eu fiquei furioso, mas Ainslin já havia decidido. Vou castigar você mais tarde por não ter me avisado de suas intenções. Venha. Vamos ficar com meus irmãos e suas mulheres. A situação não durou mais do que outro brinde do Rei Cnut. Elaina tentou não rir quando O Urso tentou jogar sua esposa sobre seu ombro. Ainslin colocou a mão em sua orelha e cochichou alguma coisa. Círculos duplos cor de beterraba marcaram o rosto do Urso. O mesmo aconteceu com cada irmão sucessivamente, e tudo que Elaina pode fazer foi olhar incrédula como cada guerreiro envolvia sua mulher com uma manta e saiam do salão em diferentes direções. 87
— Nós vamos para a torre. — Jarvik lhe empurrou para frente, a palma da mão quente na parte de baixo de suas costas. — O Rei ainda não deixou o salão. — Elaina apressou seu passo para seguir Jarvik. — Aposto que Cnut vai levar sua rainha para sua câmara. Ele é um homem vigoroso, e ela somente tem que sorrir de um determinado modo para que eles desapareçam. — Jarvik fez uma pausa no topo das escadas. — Magnus e Deidra arrumaram uma câmara para Cnut, assim eles irão para a casa de banhos. Torsten sempre preferiu a privacidade de uma das cabana da propriedade e é para onde ele e Ainslin vão. Njal e Bettina ocupam uma torre, e Ruard e Catriona estão na outra. — E o Rei Malcolm? Ele entrelaçou os dedos com os dela. — Ele nunca dorme dentro de um castelo. Deve ter uma tenda montada na colina. Não que eu espere que ele vá descansar. Sei de longa data que os dois Reis irão saciar os seus apetites e, em seguida, se reunirão de madrugada para concluir as negociações. — E você, meu Laird Jarvik? Pretende me bater?
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Capítulo Seis
Jarvik golpeou o traseiro de Elaina quando eles começaram a subida para torre. — Você acha que eu poderia bater na mulher que reclamei como minha? — Foi o que você disse antes. — Elaina segurou suas saias e apressou o passo. — Muitos maridos batem em suas esposas. — Seu pai batia? Ela bufou. — Não. Mama nunca teria sobrevivido a esse tratamento e meu Da sabia disso. Ele a abraçou por trás, uma vez que alcançou pequena sala da torre redonda. — E essa tristeza em sua voz, docinho. Por quê? — Mama nunca entendeu porque alguns a chamavam de prostituta... E muito mais. Mas as mulheres Highlands a chamavam de forma pior, porque ela teve dois Lairds. — Nem uma única vez durante o meu treinamento, eu ouvi qualquer referência à sua mãe além de lady do castelo e Rainha de Strathclyde. — Jarvik enfiou uma mecha do cabelo de Elaina atrás da orelha. Seu suspiro sincero tinha o peito dolorido. — E não ouviria mesmo, sob pena de morte. Era tudo tão bom quando não tínhamos visitantes. Mas quando eles vinham, os nobres lançavam olhares depreciativos para ela e para mim. Isso corroeu a sua alma. Ela nunca entendeu o que fez para ser tratada assim. 89
Jarvik puxou-a para a cama e sentou-se com ela em seu colo. — Eu estive na fortaleza de seu pai por duas estações, e nunca vi qualquer infelicidade entre sua mãe e seu pai. Na verdade, fiquei maravilhado com a forma como a relação deles parecia idílica. Inclinando a cabeça para vê-lo claramente, ela disse: — Minha Mama, desde seu nascimento, foi treinada para fazer apenas uma coisa: servir ao seu mestre. Fazer isso bem era o seu orgulho e alegria. Que os outros a desprezassem, a confundia. Mama não se defendia, apenas inclinava a cabeça e se retirava para a câmara. Eu realmente acredito que se não fosse pelas mulheres das Highlands, ela teria sido feliz. — E o que aconteceu esta noite? O que pensa sobre isso? — Jarvik tomou seu rosto e desejou ter acendido mais de uma lamparina, porque as sombras escondiam sua expressão. Quando Elaina não respondeu, Jarvik voltou o rosto da esposa em direção ao luar que entrava pela janela e viu o vestígio de lágrimas em seus olhos. Piscando, ela pigarreou. — Pela primeira vez, tenho esperança. Mas Jarvik, Eogan não vai deixá-lo em paz. Receio que errou muito em casar-se comigo e reivindicar as meninas. — Eu não disse que protejo o que é meu até a morte? Ela bateu-lhe no ombro. — Quero você vivo. Não lutando para me defender. Não estou preocupada com o que dirão sobre mim, mas me importo com Kateri e Kitti. E o que as pessoas dirão de mim as afetará. Ele beijou seu nariz, queixo, o canto de um olho, e sussurrou: — Você é Elaina, A Virtuosa, agora. Ninguém vai negar isso. Nosso povo, todos os que vivem no castelos dos meus irmãos, irão chamá-la de Elaina, A Virtuosa. Somos homens 90
poderosos e temos a lealdade do povo. E vamos viver longe das Highlands. Pode confiar em mim,Elaina? — Eu posso tentar. As esposas de seus irmãos... O que elas fizeram esta noite ... Nunca esperei isso. E a Rainha Ælfgifu... — Ela balançou a cabeça, e uma lágrima grossa rolou pelo seu rosto. Jarvik lambeu a lágrima de Elaina, seus pensamentos divididos entre a fúria e uma esmagadora vontade de protegê-la. Sua esposa não estava acostumada à bondade dos outros. E não era de se admirar, pois seu pai esteve muito ocupado com seu Reino, sua esposa,e em seguida,com a doença da mulher. Elaina teve de aprender a se defender por conta própria. Mas, pelos dedos de Loki! Não mais. Ainslin, Catriona, Bettina, e Deidra seriam uma muralha contra qualquer nobre que tentasse ferir Elaina. Ele e seus irmãos iriam lidar com os homens. Jarvik decidiu falar a sós com a rainha Ælfgifu antes da sua partida e dar-lhe seu eterno agradecimento. No momento, precisava abrandar a situação. — Saímos antes que as bolas de chocolate temperadas fossem servidas. Ela virou-se para ele e sorriu. — Os pensamentos dos homens estão sempre centrados nisso? — Não. Não em todos os momentos. Aye, talvez todos. Eu a alimentei com alho poro e pensei em suas coxas tentadoras. — Ele se inclinou para o lado e puxou o vestido dela até a cintura. — Eu a alimentei com uma cenoura pequena e minha língua ansiava para atormentar o seu sexo. — Jarvik roçou o nariz em sua barriga e lambeu-a deixando uma trilha molhado até seus cachos cor de mogno. Ele inspirou profundamente. — Ah meu doce, é o paraíso cheirar o seu mel. Valhalla pura, enterrar meu rosto entre suas coxas.
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— Um momento, marido. — Ela segurou seu queixo. — Você vai me tomar enquanto ainda está com raiva de mim? — Não. Eu nunca vou unir nossos corpos na raiva ou como um castigo. É muito precioso o que temos para desperdiçar desta forma. Eu estava furioso, porque você não contou o que planejou para mim. Duas cabeças pensam melhor que uma, Elaina. — Eu achei que você não se dirigiria a mim quando voltei para o salão. — Ela traçou, com os dedos, a mandíbula de Jarvik. — Ah, mas Ainslin conversou comigo enquanto você se trocava. Ela explicou o que as mulheres planejaram e sugeriu que eu agisse como o tolo apaixonado que todos sabem que eu sou. — Jarvik estudou-a com os olhos semicerrados. O olhar de Elaina cintilaram a menção da palavra apaixonado,e em seguida, baixou-o para o colchão. — Mas foi minha sugestão mostrar os lençóis. Brilhante, não? — Jarvik achou que já tinham conversado o suficiente. Em menos de uma hora, ele teria que sair, e fazer amor era seu plano imediato. — Eu pedi a meu pajem que trouxesse uma taça de creme de leite e morangos para a torre. Aquele sorriso de sereia curvou os lábios de Elaina. — E eu pedi a uma das criadas da cozinha para nos deixar duas bolas picantes. Ele pegou seu queixo. — Você temia a minha raiva? — Aye. Eu pensei em persuadi-lo a me perdoar. Puxando-a para mais perto, Jarvik roçou seu rosto, beliscou seu lóbulo, e saboreou a lavanda que emanava de seu cabelo. — Temo, Elaina, que eu nunca terei o suficiente de você. 92
— Nem eu de você, Jarvik. Posso pedir um favor? — Só um? — Aye. Posso trocar com você as bolas pelo creme e morangos? De alguma forma, Elaina convenceu Jarvik a tirar a palha para ver quem vencia. A sereia ganhou. Jarvik estudou sua mulher, nua, os cabelos soltos acariciando deliciosamente sua pele, enquanto espalhava um monte de creme na ponta de seu pau. — Isso não ficará ai... Informe ao seu companheiro vigoroso que pare de saltar. — Acho que ele precisa ser limpo e então começar tudo de novo. — Um. Eu gosto do sabor de creme de leite e, do sabor do mel de um homem. — Jogando os cabelos sobre um ombro, Elaina se curvou para colher delicadamente o creme de sua ponta. As bolas de Jarvik endureceram e seu companheiro vigoroso engrossou. Ele gemeu. — Me solte, docinho. — Por que ele tinha concordado com tamanha tortura? Porque os olhos verdes de Elaina brilharam de desejo com a ideia. — Vire-se, Elaina. Deixe-me ter a sua buceta. Sente-se no meu rosto. Ela olhou por cima do ombro, os olhos arregalados, e sorriu. — Isso podemos fazer. Aye. Temo que estou bem dolorida. Valhalla na terra! Sua buceta, seus cachos com seu perfume de mulher em seu rosto, o nariz dele enterrado em seu centro. Tentou ignorar a boca quente que cobria seu pau, a exploração lenta de seu comprimento, o modo como ela tocava suas bolas e rolava-as delicadamente. Mas quando ela pegou uma bola, numa úmida e quente sucção, Jarvik rasgou o linho fino que pendia do estrado da cama. 93
Pegando-a pela cintura, ele virou-a para posicioná-la em sua virilha. — Cavalgue-me. Dura e rapidamente. Eu não vou aguentar muito tempo. Ela usava aquele sorriso de sereia em todo o selvagem e tortuoso cavalgar. Os cabelos longos dela balançavam sobre a pele dele, roçando seus mamilos. – Venha aqui. — Ele a puxou para baixo para capturar seus seios. Sua boca fixando em um e massageando o outro com a mão, ele sugou forte seu mamilo. Elaina ditou o ritmo num galope rápido, e o atrito doce cresceu e cresceu até ele soube que iria gozar. Colocando a mão entre os seus corpos, Jarvik encontrou seu botão, e apertou, dando uma pinçada forte. Sua buceta contraiu-se em seu pau, ordenhando o sêmen dele. Embora ele quisesse acariciá-la, sentir a bunda de Elaina em suas mãos, roçar sua orelha, seu corpo estava exausto. Nem mesmo um dedo ele poderia levantar. Os seios úmidos de Elaina por terem sido sugados e os bicos rijos sobre seu peito aumentaram seu relaxamento. A seda de seus cabelos longos deslizou pelos lados do corpo de Jarvik quando ela se aconchegou mais perto, e ele conseguiu pousar sua mão na curva de sua cintura. Afastando o cabelo da esposa para um lado, ele levantou o queixo de Elaina e sorriu observando suas pálpebras pesadas e o sorriso sonhador. — Você encheu a barriga? Suas sobrancelhas franziram, e ela abriu uma das pálpebras. — Você está com fome? Não posso nem mesmo me mover. — Não. Eu só queria saber se você precisa de alguma coisa. — Jarvik arrastou seu dedo da ponta de um ombro ao outro. — Vou dormir. — Ela virou o rosto em seu peito e soltou um longo suspiro.
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Ela não precisava dele. Não tanto quanto Jarvik precisava dela, mas logo, logo ele a conquistaria totalmente. Logo Elaina iria lhe falar sobre seu amor. Jarvik revirou-se lentamente, e conseguiu escapar facilmente de seus braços sem acordá-la. Ele avaliou o horário e presumiu que devia ser quase meia-noite. Jarvik não esperava que seus irmãos concordassem tão prontamente com a morte de Eogan e toda a laia do bastardo, mas talvez tivesse calculado mal. Afinal, Ruard tinha abatido Laird Ulfric e seus guerreiros para garantir a segurança de Catriona e Gæierla, e Njal, embora fosse O Pacificador, não hesitou em matar o tio que tinha traído Bettina. Elaina não moveu uma pálpebra enquanto ele deixava a torre. Jarvik ordenou que Garek ficasse para protegê-la e às meninas, e encontrou o seu capitão esperando na entrada da torre. — Quando minha esposa acordar, leve-a para nossas pequeninas, e siga como um cão todos os seus movimentos. — Elas não devem deixar a fortaleza? Eu posicionei um homem do lado de fora da câmara das mulheres hoje cedo. Ele as ouviu falar de uma visita ao trovador pela manhã. Jarvik estudou os olhos cintilantes de seu capitão. — Eu sinto que há mais que você está deixando de mencionar sobre o que o homem ouviu. — Nada de importante. Sentei-me à mesa alta esta noite. Parece que todos os nobres ali planejavam solicitar uma roupa de harém para suas costureiras. Foi uma estratégia brilhante. — Garek bateu-lhe no ombro. Planejada pela esposa de seu irmão, mas Garek não precisava saber disso.
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— Quando meus irmãos e eu voltarmos, iremos a casa de banho. – Não teria qualquer testemunha sobre o que iriam fazer. — Aye. Seus irmãos e os outros guerreiros esperam por você na floresta com Haski.
*** Jarvik percorreu uma curta distância até a clareira na floresta. — Saudações, irmãos. — Jarvik montou Haski e segurou as rédeas. — Qual é o plano? — Você e eu vamos encontrar Eogan e seus guerreiros. Ruard e Njal irão batalhar com os Moraemers. Eles pegarão uma carroça para trazer de volta os corpos. — O garanhão de Torsten se contorceu e ele acalmou-o com um pequeno puxão nas rédeas. — Eu enviei alguns homens à frente, antes da refeição desta noite, para verificar o local. É uma península perto de Moray que faz fronteira com o novo castelo de Skjebne. Nós vamos encontrá-los lá. Njal passou a mão pelos cabelos. — Devemos estar de volta a Fjǫllóttr Laufsblað de madrugada, o mais tardar. Vou dar a notícia aos reis, enquanto você, Elaina, os bebês, Torsten, e Ainslin e seus filhos estarão a caminho de Skjebne. — Por que tantos para nos escoltar a Skjebne? — Jarvik esperava ter Elaina e os bebês, só para si nos primeiros meses.
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— Precaução, nada mais. Nós podemos não pegar todos os homens de Eogan e seria bom que todos soubessem que O Urso do Norte está no castelo. — Njal massageou suas costas. — Cavalguem com Thor, irmãos. — Torsten cavou seus calcanhares no garanhão e os guerreiros se separaram.
***
A brilhante luz do sol fluía através de janelas abertas da torre, despertando Elaina de um sono profundo. Ela se espreguiçou, lembranças da noite trazendo um sorriso ao seu rosto,e rolou na cama para encontrar Jarvik somente para descobrir que ele havia partido há algum tempo. Os lençóis estavam frio ao toque. Eles iriam para Skjebne hoje. A cabeça de Elaina estava cheia de planos para melhorar o castelo, fazer um jardim novo, escolher um espaço para moagem, mistura e secagem das ervas que ela precisava para cura, organizar um pavilhão para as mulheres, e tantas ideias mais. Um grande sorriso curvou seus lábios. Kateri e Kitti iam amar a praia, as ondas, e a nova câmara delas. Ela pulou da cama, vestiu-se e dirigiu-se para as meninas. — Bom dia, Elaina. — Catriona estava rodeada por crianças de todas as idades e sexos sentadas no chão. — Sua Kateri adormeceu na barriga de Bela, enquanto Kitti reclamou a Fera. Elaina analisou os dois lobos que ela e Deidra amamentaram quando filhotes, Bela e Fera. As meninas tinham aprendido a andar segurando a cauda dos lobos, e os dois animais haviam adotado os bebês como seus próprios filhotes. 97
— As meninas reconheceram-nos, então? — Elaina sentou no chão. — Aye. Eu não sei quem ficou mais animado, os lobos ou os bebês. Situada no terceiro nível da Torre, a creche era uma enorme câmara quadrada com três grandes janelas abertas em uma parede. As venezianas deixavam passar os raios da manhã, trazendo partículas de poeira e folhas de juncos numa dança cintilante. Brisas brincalhonas amenizavam o calor do sol, e o canto dos pássaros comemoravam o auge do verão e flutuavam pela sala. Todas as mulheres descansavam em diferentes cantos da câmara. Ainslin jogava Raposa e Ganso com seus filhos gêmeos. Elaina tinha conhecido os meninos, mas não podia dizer quem era Rob ou Brom. Gæierla, com Inga no colo, sentou-se ao lado de Ainslin e as duas meninas assistiram o progresso do jogo. Bettina seguia seu bebe, Saxski, enquanto ele se arrastava até os lobos, parando de vez em quando para pegar algo do chão e colocar na boca. — Saxski ele é muito ágil com as mãos. — Elaina se lembrava muito bem da curiosidade das meninas nessa idade. Bettina tirou uma mariposa das mãos da criança. — Ele será tão forte quanto seu pai. — E tão teimoso quanto sua mãe. – A voz profunda de Njal assustou Elaina, que saltou. Os ombros do guerreiro encheram o batente da porta, e seu olhar encontrou Bettina.Alguma coisa nos olhos do marido fez Bettina transferir Saxski para o colo de Elaina. — Alguma coisa errada? — Bettina foi até o marido, que sussurrou algo em seu ouvido. 98
A sensação de mau agouro rastejou por Elaina.
Jarvik. — Onde está meu marido? Njal pigarreou. — Ele foi na frente para Skjebne. Vamos todos acompanhá-la e às meninas até lá, quando o Rei Cnut e Máel Coluim partirem. Elaina lutou contra o impulso de encontrar um cavalo e voar através das milhas. Ela ficou de pé, segurando o menino. — E quando os reis partirão? — Eles estão se preparando para fazê-lo enquanto conversamos. Você pode aprontar suas meninas rapidamente? — Njal enroscou seus dedos com os de Bettina. O estômago de Elaina apertou-se. O que havia de errado? — Aye. Nós não temos muito que arrumar. — Ela abraçou Saxski e beijou sua testa antes de entregá-lo à Bettina. — Você e eu vamos na frente. Meus irmãos e suas esposas seguirão depois nas carroças. Se apresse, Elaina. Ela olhou para Njal, procurando em seu rosto pistas do que estava acontecendo. — Carroças? — Aye. Os pequeninos virão conosco. Isso só poderia significar que os irmãos planejavam permanecer em Skjebne por algum tempo. 99
Precisou de todo o controle para não perguntar o que tinha acontecido. Ela obedeceu as ordens de Njal, e antes que o sol chegasse ao meio do céu, eles estavam à caminho de sua nova casa, Skjebne. Elaina esperou até que tivessem galopado, colocando certa distância entre a fortaleza e Skjebne. Ela voltou-se sobre seu cavalo e parou, bloqueando Njal. — O que houve? — exigiu. — Jarvik está ferido. Precisamos chegar a Skjebne rapidamente. Ele precisa de suas habilidades de cura. — Njal parecia triste. As palavras dele enviaram o terror direto para seu estômago. — Muito ferido? — Uma espada em sua barriga. Um esfolado no ombro. Outros cortes. Se não fosse por Haski parar quando ele caiu... — Njal balançou a cabeça. — Rápido, Elaina. Ele perdeu muito sangue.
Nay. Nay. Ela não encontrou a felicidade apenas para perdê-la. Elaina cravou os calcanhares nos flancos do garanhão e instigou o cavalo em um galope feroz. As milhas passavam, e tudo o que podia ver era o rosto de Jarvik, aquele sorriso sedutor, aqueles incríveis olhos azuis, e seu cabelo dourado. Ele prometeu protegê-la e as bebês até a morte.
Por favor, senhor, não deixe acontecer. No momento em que Elaina desmontou, correu escada acima até a câmara principal, Estava louca de preocupação. Njal estava logo atrás dela.Elaina prendeu a respiração e se aproximou da cama. As cortinas estavam fechadas. A curandeira que havia nela e os anos cuidando dos ferimentos das pessoas acalmaram suas emoções. Ela inspecionou a câmara e sacudiu a cabeça. Não. 100
— Njal, precisamos de uma câmara menor. Ordene aos homens que a esfreguem de cima abaixo com água quente e sabão. Quero lençóis fervidos. — Ela pegou a cortina da cama, e puxou, abrindo-a, reunindo sua coragem. — Vá. Preciso ajudá-lo agora. Deus tenha misericórdia. Jarvik estava inconsciente. Ela despiu-o gentilmente, agradecendo mentalmente quem teve o bom senso de cortar sua cota de malha. O ferimento na barriga era superficial, mas já mostrava sinais de pus. A sujeira e folhas formavam uma crosta no centro. O esfolado em seu ombro ia se curar em poucos dias. A palidez de sua pele e o tom amarelado do branco dos seus olhos quando ela verificou sob as pálpebras a preocupavam...mas... O alivio percorreu suas veias. Ela inspirou profundamente para acalmar seus nervos. — Como ele está? — Torsten estava parado na porta. — A câmara está pronta e eu vou carregá-lo para você. — Não está tão ruim quanto eu temia, mas há infecção, e ele já está febril. Há uma aguardente escocesa, feita nas Highlands. Eu quero tanto quanto puder conseguir. A bebida limpa as feridas e infecções. Envie alguém para pegar musgo do mar e ervas. — Elaina parou, enquanto Torsten suavemente tomava Jarvik em seus braços. Ela manteve a mão no braço de Jarvik enquanto caminhavam. Torsten colocou Jarvik sobre um colchão de palha em uma câmara bem arejada com lareira e janelas no canto. Cheirava a sabão e água salgada do mar. — As criadas estão secando os lençóis e cobertores sobre os fogões da cozinha. Elas vão trazê-los em breve. A ferida está muito infectada? — Eu já vi piores. Preciso de você aqui para a limpeza, caso ele acorde. Vou ter que cortar um pouco da pele. Eu preciso de uma tigela, e eu quero um caldeirão com água fervendo no fogo constantemente. — Vou providenciar tudo. 101
Elaina estremeceu com o simples pensamento de usar uma faca na pele de Jarvik. Apesar de ter que ser feito, e ela já havia feito muito pior no passado, Era a primeira vez desde sua mãe que ela cuidava de alguém que amava. Um ruído fraco chamou sua atenção para a porta aberta. — Deidra. Agradeço ao Senhor. — Eu tenho todas às ervas e materiais que vai precisar, e a aguardente. Lave-o e limpe suas feridas. Vou providenciar o resto. — Deidra entrou na sala e entregou a Elaina um saco. — Tesouras, facas, agulhas, fios, tripas de porco secas, tudo que você precisa. Eu tenho as especiarias para os emplastros na cozinha e vou começar a fazê-los. Ela quase sobre explodiu em lágrimas de tão feliz por ter o apoio de Deidra. — Agradeço de todo o coração. Eu acabei de perceber que amo o idiota e não quero para perdê-lo para uma pequena ferida. Deidra abraçou Elaina e disse: — Preocupe-se somente com o seu marido. Vamos cuidar de todo o resto. Torsten, não se atreva a discutir com ela. Ela vai curá-lo. Durante dois dias e duas noites, Elaina trabalhou incansavelmente para livrar Jarvik da infecção que tinha se instalado. Ela não se atreveu a costurar e fechar a ferida até que todo o pus tivesse saído e o corte emanasse sangue puro e vermelho. No terceiro dia, se ela não estivesse tão cansada, teria saltado de alegria quando a infecção foi debelada. Jarvik recuperou a consciência várias vezes durante dois dias, e Elaina orou para que ele permanecesse adormecido até que ela terminasse de costurar a ferida. Ela percebeu a entrada de Deidra na câmara, mas não podia se dar ao luxo de perder a concentração ao amarrar o último ponto. Deidra fez o sinal da cruz. 102
— Graças ao Senhor. A ferida está limpa? — Aye. E o branco de seus olhos não está mais amarelado. A febre deve desaparecer em breve. — Então, é hora de você tomar um banho e descansar. — Deidra tocou o ombro de Elaina. — Kateri e Kitti precisam vê-la também. Embora estejam muito ocupadas para sentir saudades suas agora. — Muito ocupadas? — Elaina passou um pano umedecido e limpo em uma gota de sangue sobre o último ponto na barriga de Jarvik. — Aye. Catriona mandou os gêmeos de Ainslin, Rob e Brom prepararem um local para a creche. Mãe Maria, aquela mulher deveria ter sido um guerreiro. Ainda não ouvi um pio das crianças. Nem uma única briga. E você devia ouvir suas meninas. Falam, falam, falam. Elas repetem tudo o que ouvem. Levante-se agora. Mandei as criadas prepararem um banho para você na câmara principal. Elas vão trazer-lhe comida e depois as bebês. Depois, você vai dormir. Muito cansada para argumentar, Elaina fez o que Deirdra sugeriu. Kateri e Kitti visitaram-na enquanto ela comia. As bebês pareciam terem virado meninas durante a noite. Eles mexeram na comida de seu prato, em seguida, andaram pela câmara nomeando objetos, olhando para ela, pedindo aprovação. Seu último pensamento antes de adormecer foi que elas estavam crescendo muito rapidamente. — Elaina. Ela abriu os olhos para encontrar Deidra de pé ao lado da cama. A preocupação fez Elaina sentar-se na cama rapidamente. — O que foi? A infecção voltou? — Não. Jarvik está acordado e rugindo a todos que se aproximam.Ele quer ver você. 103
Elaina apoiou-se contra a cabeceira da cama — Graças ao Senhor! Me passe o vestido, devo me apressar. — Não. Fique à vontade. Não irá prejudica-lo esperar mais alguns momentos. — Deidra pegou um pente. — Você dormiu por um dia e meio. — Não. Como você pôde deixar-me dormir por tanto tempo? — Ela pegou a camisa, vestiu-a sobre a cabeça, depois se enfiou em seu vestido. — Você precisava deste descanso. E vai precisar de muitos mais, pois temo que seu marido não será um paciente fácil de cuidar. — Deidra acenou com a mão. — Não fique zangada comigo. — Eu não estou brava. Estou preocupada. — Ela se sentou na cama e vestiu seus chinelos. O colchão afundou quando Deidra se juntou a ela. — Você disse que ele está rugindo? — Aye. Todos os guerreiros ficam tensos quando estão feridos. Estou convencida disso. Magnus também. Jarvik acredita-se curado. — Deidra passou o pente através do cabelo de Elaina. — Agora, belisque suas bochechas, e deixe-me apertar os laços para ressaltar seus seios. Porque se Jarvik for como Magnus, nada irá acelerar sua recuperação mais do que o pensamento de montá-la novamente. — Deidra! Nunca a ouvi falar assim. E você nem sequer fica corada. — Elaina não pôde reprimir um sorriso. — Ah, mas eu descobri que tudo o que você falou é a pura verdade. É o maior prazer, de fato, conhecer um guerreiro através do toque, cheiro, boca, língua e dentes. Eu tenho, de fato, a sorte de ser casada com um homem muito vigoroso. E tão bonito. Juro, há mais de um ano que estamos casados, e nunca deixei de suspirar quando olho para ele.
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Elaina sofreu com os puxões nos laços do vestido por mais alguns momentos antes de pular da cama e correr para a câmara de Jarvik. Deliberadamente retardando seus passos, ela respirou fundo, cruzou as mãos em sua cintura, e entrou. A câmara estava vazia. — Onde ele está? — Eu tenho outras necessidades além de você, mulher. — A voz de Jarvik veio de trás. Ela se virou e correu para ele. — Por que está em pé? — Como eu posso ir a câmara privada? Elaina envolveu a cintura dele com um braço, Jarvik colocou a mão sobre o ombro dela, e ela ordenou, — Se apoie em mim. Quem deixou você caminhar sem ajuda? Vou ajudar a desamarrar suas calças. Lentamente, meu Laird. — Jarvik, esposa. Você me deve pelo menos seis beijos e vou tê-los , logo que colocar minha cabeça na cama. — Ele estava ofegante, e Elaina sabia que a viagem até a câmara privada cansou-o. Depois de tê-lo deitado no colchão, ela virou-se para pegar seus panos de limpeza, mas Jarvik agarrou a mão dela. — Deite-se comigo, Elaina. Eu preciso abraçá-la um pouco. Cuidadosamente, ela se ajeitou em cima da cama, e Jarvik a puxou para seu lado. Ele beijou sua fronte e colocou seu braço são no ombro dela, puxando a cabeça de Elaina contra seu peito. Jarvik inspirou o cheiro da esposa. Mesmo estando doente em uma cama por dias, se tranquilizou. 105
— Meu Doce. — Ele beijou a ponta de seu nariz. — Você e as meninas estão seguras agora. Elaina acariciou o queixo dele e sorriu diante da sensação dos pêlos macios que revestiam seu queixo. — É muito estranho. Desde o início sempre me senti segura com você. Mesmo quando era apenas uma menina pedindo beijos, nunca pensei que você ia me fazer mal. E na lagoa... Eu devia ter gritado. Estava nua nos braços de um guerreiro. Vigorosos braços, poderia acrescentar. E embora meu corpo me pedisse para fugir, minha mente dizia que não,que tinha encontrado um refúgio. — Você me honra com suas palavras, esposa. Mas irei valorizá-las sempre como faço com você. — Ele roçou a linha de seus lábios. — Meu pau está muito ansioso para mostrar o quanto, mas temo que o resto de mim ainda não. Ainda não estou completamente restabelecido. Elaina sorriu. — Por que isso? Eu bem conheço este sorriso de sereia. O mesmo acontece com o meu
companheiro vigoroso e minhas bolas. — Parece que uma barriga rasgada não impede o funcionamento do seu sexo. — Ela apoiou seu queixo no peito dele. — Eu vou pedir a eles que o levem para nossa câmara hoje. E esta noite, vou aliviar o sofrimento tanto do seu ansioso pau, quanto de suas bolas.
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Capítulo Sete
Três semanas depois, Jarvik estava perto de mandar todos embora. Queria sua esposa e filhas só para si. — O que o aflige? — Magnus lançou um golpe com a espada ao lado de Jarvik. Jarvik aparou-o. — Já é hora de todos partirem. — Não. — Magnus rebateu rápido. Jarvik pulou para trás e por pouco evitou que a espada de Magnus tocasse seu joelho. — Aye. Eogan e seus homens estão mortos. — Ele limpou o suor que escorria por seu rosto com uma mão. — Máel Coluim reclamou a coroa de Strathclyde. Cnut e Coluim concordaram em assinar um tratado. Estou bem o suficiente para treinar com você. É hora de partir. — Você recuperou sua força mais rápido do que eu esperava. Temo que quando sua esposa souber que estivemos treinando, vai me agredir. — Magnus embainhou sua espada. — Eu gosto dessa enseada. Jarvik também. Ele tinha boas lembranças de possuir Elaina ali. Jarvik examinou a baía isolada delimitada por altos penhascos escuros em cada extremidade. Ondas tocavam a praia, deixando espuma na areia sob os raios do sol. — Você não está ansioso para retornar ao seu próprio castelo? — Jarvik colocou sua espada em uma pedra grande e tirou as botas e as calças. 107
Magnus já tinha tirado seus sapatos e roupas. — Aye. Mas Deidra não irá embora até que seu novo animal de estimação esteja curado. Jarvik sorriu antes de mergulhar em uma onda. Deidra fez amizade com uma foca ferida para desgosto de Magnus. Não tinha sido fácil a construção de uma piscina protegida, alimentada pelo mar, de modo que a criatura ferida pudesse ser amamentada. Jarvik emergiu e boiou de costas. Embora o sol brilhasse e os dias fossem mais longos, a água do mar mantinha o frio do inverno. — Njal deve chegar hoje. — Magnus espirrou água ao lado dele. — Será um alívio saber que o tratado foi assinado. — Aye. — Jarvik começou a nadar para a costa. — Embora eu tema que teremos apenas algumas estações de paz, já que a guerra está irrompendo no Reino nórdico. Haverá muitos que procuraram novas terras. É um alívio ter Torsten aqui conosco e saber que os planos de Njal deram frutos. — Seus pés tocaram a areia, e ele parou. Magnus veio andando através das ondas. Ele apertou o ombro de Jarvik. — Que melhor posição para estarmos caso venha a guerra? Nossas terras perto umas das outras. O litoral é fácil de ser defendido contra uma invasão. As terras de Valan, A Víbora limitam nossas fronteiras e ele não erguerá armas contra nós. — Não, não com a gêmea de Deidra como sua esposa. Como você pode diferenciar uma gêmea da outra eu não sei. Mas acontece o mesmo com Brom e Rob. Eles nos enganam o tempo todo, só Ainslin e Torsten sabem quem é quem. Magnus deitou-se na parte plana de uma pedra. 108
— Talvez seja o amor que torna as diferenças óbvias. — Nunca pensei que iria ouvir você falar de amor. — Jarvik sentou-se na mesma pedra e ergueu o rosto para o sol. — Você fala disso facilmente com Deidra? — Aye. Contudo eu não falarei mais disso com você. — Magnus sempre foi o silencioso, mas Deidra arrancava as palavras dele constantemente. Jarvik ouviria as palavras de Elaina em breve. — Apesar de que vou lhe dizer o que sua esposa disse para Deidra quando chegamos. — Magnus levantou-se em seus antebraços, e lançou-lhe um sorriso torto. — Ela disse que não tinha acabado de descobrir que amava o idiota para perdê-lo para um pequeno ferimento. O coração de Jarvik cantou com alegria e o sangue pareceu correr mais rápido em suas veias. Ele precisava retribuir a Magnus por tal notícia maravilhosa. Elaina o amava. — Não é fácil dizer, mas eu vi sua mulher chorando esta manhã. Magnus pulou da pedra. — Que horas? Que loucura o impediu de dizer isso antes? Jarvik encolheu os ombros. — Ela me fez prometer não contar nada a você. E, na verdade, me assegurou que não era nada. — Nada! Nada! — Magnus vestiu-se enquanto rugia. — E se eu tivesse encontrado Elaina chorando? Você é realmente um idiota! Um idiota! Ohh, idiota! As palavras trouxeram de volta a lembrança de Elaina e da lagoa. Laird
Patrick
certamente fez todos saberem do encontro de Jarvik com Elaina na lagoa e conseguiu espalhar 109
a história de que Jarvik parecia um bobo da corte. Mas ele teve sua vingança. Ele e Garek tinham espalhado folhas de urtiga seca no colchão de Patrick. Mensageiros de Laufsblað Fjǫllóttr escreveram detalhadamente sobre o sofrimento do Laird, e Magnus tinha lido para Jarvik durante os longos dias que ele ficou na cama. Magnus amaldiçoou Jarvik enquanto montava em seu garanhão e partia a galope pela praia. Jarvik esperou até que já não pudesse ver Magnus e seu cavalo antes de juntar suas roupas. Três semanas. Por três longas semanas, ele não tinha colocado seu pau na buceta doce de Elaina. Cada noite e cada manhã eles se amavam, mas ela não iria deixa-lo entrar dentro dela até que estivesse totalmente curado. E, de fato, até recentemente, uma hora de esgrima deixava-o esgotado pelo resto do dia. Mas, o seu vigor e força tinham retornado com a prática diária, e nesta noite ele pretendia amarrar sua doce mulher na cama. Foi puro prazer regressar ao seu castelo. Não somente Skjebne era uma magnífica propriedade, mas quase impossível de invadir e sitiar. Ao entrar no pátio, Haski empinou. Torsten contou a Jarvik sobre a defesa do garanhão, quando ele tinha caído. E o comportamento do cavalo melhorou desde a batalha. Os lábios de Jarvik torceram-se enquanto olhava para o cavalo. Pois, na verdade, Haski agora tolerava Jarvik por causa de Kateri. No segundo em que a menina pôs os olhos em Haski, estes se iluminaram, e antes que Jarvik pudesse pegá-la, a menina tinha se enroscado nas patas dianteiras do cavalo. Jarvik estava preparado para matar o garanhão, mas o animal ficou surpreendentemente calmo, em seguida, delicadamente cheirou Kateri. A partir desse momento, a criança insistia em levar uma maçã ao cavalo pela manhã e à noite. O garanhão parecia fascinado e intrigado com Kateri. De tarde, eles repetiam um estranho jogo: sempre que Haski estava no pátio. Kateri esbarrava numa das patas dianteiras do animal, dava alguns passos, e depois lançava-lhe um 110
olhar travesso por cima do ombro e esperava o cavalo alcançá-la para então acariciar seu pescoço. Jarvik balançou a cabeça. Nunca iria entender esta amizade entre o cavalo e a criança. As mulheres planejaram uma festa para o retorno de Njal e o pátio fervilhava de atividade. Mulheres e homens iam para lá e para cá. Crianças brincavam com uma bola de palha em um canto. Ele espiou Kateri e Kitti cambaleando e derrubando uma cesta cheia de margaridas amarelas e brancas. Jarvik desmontou, evitou os dentes arreganhados de Haski, e atirou as rédeas para um cavalariço. Haski relinchou seu desgosto. Kateri voltou-se e voou para a cesta. Kitti tropeçou. Jarvik pegou-a em seus braços. — Haski. — Kateri gritou, e pulou com os braços estendidos para o garanhão. O cavalo ficou calmo, nem mesmo sacudindo o rabo, e quando a menina abraçou a perna dianteira, gentilmente aninhou-a sob seu pescoço. Dedos de Odin! Kateri antes de dizer
papa, já tinha aprendido o nome do cavalo. O garanhão seguia a menina por todos os lugares. Jarvik fez uma careta. — Papa? — Kitti, colocou as palmas das mãos gorduchas em concha no rosto dele. Sua filha queria sua atenção exclusiva. – Minhas magalidas estão estagadas. Quando ele estava muito fraco para fazer qualquer coisa, deitado na cama, as duas meninas, fizeram de tudo para que ele não se sentisse sozinho. Entravam na câmara, subiam na cama, e lhe traziam troncos para esculpir brinquedos. Ele adorava crianças e mimava sua sobrinha e sobrinhos, mas não tinha imaginado o feroz orgulho que sentiria por suas duas filhas. Nunca imaginou que as duas crianças fossem tão diferentes. Kateri, teimosa, se atirava em todos os perigos. Kitti era contida e observadora, mas seguia o exemplo de Kateri.
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— Aye, podemos colocar as flores de volta na cesta. — Ele beijou o rosto macio de Kitti e colocou-a no chão. — O que você vai fazer com as margaridas? — Jarvik alcançou a cesta e começou a juntar caules e flores. — É para o nosso cabelo. Alguns momentos depois, Jarvik segurou ambas as meninas e a cesta arrumada em seus braços, em seguida, aventurou-se para o Salão Principal. Torsten e Ruard sentavam-se em uma mesa com chifres de cerveja na mão. Gæierla, em seu passo rápido, se aproximou deles, apontando para a cesta e as meninas do colo de Jarvik. — Tio Jarvik, Catriona quer que eu leve as meninas para a câmara das crianças. Iremos fazer as crianças descansarem para que elas possam estar presentes na festa. Ninguém desobedecia os editais de Catriona, nem mesmo Ruard. Jarvik colocou as meninas no chão, deu a cesta para Gæierla, em seguida, se juntou a seus irmãos. Ele se sentou em um banco e esquadrinhou a enorme sala antes de se concentrar em seus dois irmãos. — Magnus? — Apareceu aqui rugindo para Deidra. A última vez que o vimos estava levando a esposa para a sua câmara. — Torsten ostentava um sorriso presunçoso. — Eles irão embora amanhã. O pau de Jarvik se contraiu alegremente. Enfim, sós! — Como sabe disso? — Encontrei Deidra chorando ontem a noite. — Torsten tomou um gole de cerveja. Por toda sua vida Jarvik nunca conseguiu seguir o raciocínio de seu irmão, mas, novamente, ele também viu Deidra chorando. 112
— Isso significa que você vai me torturar e ficar aqui até Ainslin chorar? — Não. — Torsten balançou a cabeça. — Você vai aprender logo. As mulheres ficam choronas quando estão grávidas. — Magnus não vai sobreviver ao parto dela. — Ruard bateu na mesa. — Talvez Catriona e eu fiquemos por algum tempo somente para desfrutar vendo a tortura dele. Você acha que ele vai permitir a ela toda a liberdade que tem agora? Jarvik gargalhou. — Ele já fica em cima dela como uma galinha em torno de seus pintinhos. O que pode além disso? — Aye. Ela o tem nas mãos – disse Ruard. — Como se você fosse diferente. Ruard também irá partir amanhã. – O sorriso maroto de Torsten poderia iluminar uma noite tempestuosa. Ruard franziu a testa e limpou a espuma dos lábios. — Você está nos mandando embora? — Não. Ainslin me disse esta manhã que Catriona ordenou à cozinheira que assasse uma dúzia de tortas de maçã. Ruard cuspiu cerveja sobre a mesa. Ele ficou verde. — Ela está grávida! — Com isso ele saltou do banco e correu para as escadas. — É estranho. — Jarvik olhou para Ruard enquanto ele subia dois degraus de cada vez. — Eu não vou ficar assim quando Elaina estiver grávida. Vou ser como você, irmão, calmo e razoável. Onde está Ainslin?
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— Presa em nossa câmara. — Torsten chamou a criada para trazer outro chifre de cerveja. A algazarra no pátio abafou os sons de panelas ressoando nas cozinhas. Um dos meninos da cozinha colocou um jarro e dois chifres sobre a mesa. Torsten encheu um, entregou a Jarvik, encheu o seu próprio, e largou o jarro. — E por que você trancou sua esposa em sua câmara? — Com o cenho franzido, Jarvik olhou para a porta aberta. — Ainslin precisa de descanso. E ela é muito teimosa e irracional, quando está grávida. Jarvik abafou uma gargalhada, bebeu a cerveja, se engasgou com o líquido, e cobriu a boca. — Ela já descansou o suficiente. — A doçura da voz Ainslin desmentiu a fúria que vincava sua testa, seus olhos apertados, e as narinas tremendo. Torsten virou-se abruptamente e saltou do banco até ficar em frente a Ainslin. — Por que você não está descansando? Jarvik verificou se o telhado tinha resistido ao grito de Torsten. — Há mais de cinco luas você tenta me fazer descansar constantemente; — Ainslin ficou na ponta dos pés e colocou um dedo no peito enorme do marido. — Eu o proíbo de me trancar em qualquer câmara. Elaina nunca o envergonharia assim, publicamente. Ainslin proibindo O Urso do Norte? Torsten olhou para a porta. — Eu tenho até medo de perguntar. Como é que você veio pelo pátio? 114
Ainslin abanou as mãos. — Fiz como uma cabra montanhesa. — Você desceu. — Torsten estremeceu e segurou a cabeça. — Você desceu três andares. Com uma rapidez impressionante, Torsten colocou sua esposa sobre um ombro, e caminhou na direção das escadas antes que Jarvik pudesse piscar. Ele não conseguia parar as gargalhadas. Jarvik gargalhou tanto e tão alto que logo chamou a atenção de vários meninos da cozinha e criadas. Quando ele estavam secando as lágrimas que escorriam do rosto de tanto rir, Njal atravessou a porta. — O que o diverte, irmão? Ah, cerveja! Estou seco. — Njal esvaziou o chifre abandonado de Torsten e serviu mais antes de sentar no banco em frente à Jarvik. — Parece que uma mulher esperando um filho deixa um homem enlouquecido. — Você não sabe da missa a metade, mas em breve vai aprender. — Njal tomou o segundo chifre. Jarvik encolheu os ombros. — Catriona está no berçário, ou estava antes de Ruard ir atrás dela. Ela mandou cozinhar uma dúzia de tortas de maçã esta manhã. E eu encontrei Deidra chorando. — Ele riu de novo. — Por Odin! Todos eles? Ao mesmo tempo? Eu quase desejo que o tratado não tivesse sido assinado. É mais fácil lutar em um campo de batalha do que ter que assistir uma mulher grávida. — Njal estremeceu. — Onde está Bettina? Outro burburinho veio do pátio 115
Curioso demais para esperar, Jarvik foi andando para a porta. — Torsten não teria sido tão estúpido a ponto de deixar a corda pendurada. — Corda? — Njal o seguiu. — Torsten? — Torsten trancou Ainslin em sua câmara, porque ela precisava de descanso. Ela descobriu que tinha descansado o suficiente e saiu pela janela. Njal tropeçou nele. — Não. — Jarvik segurou-o. Njal tinha ficado com mesmo tom de verde que Ruard anteriormente. — Vou pedir-lhe para não nos visitar. Se Bettina ouvir o que Ainslin fez ... — Njal balançou a cabeça. Outro som, mais alto ainda, com gritos e comentários de incentivo surgiu no pátio. Jarvik voltou-se e quase correu para a entrada. Bettina, vestida com calças e túnica e ostentando uma aljava de flechas, estava montada em Haski. O garanhão empinava e escoiceava chutando para trás, enquanto Bettina controlava-o, a cabeça jogada para trás, os cabelos negros esvoaçando em torno dela. Jarvik não pode reprimir uma risada histérica. — Eu... vou ... matá... matá-la... — Njal, com as mãos em punhos desceu as escadas duramente. Bettina avistou-o. Seus olhos se arregalaram. Sem um momento de hesitação, ela girou o cavalo e instigou-o ao galope. Njal saltou sobre o cavalo que havia deixado no pátio, e cavalgou na direção de sua mulher. 116
— O que o diverte tanto, marido? — Dois braços finos enrolaram-se em torno da cintura de Jarvik. Ele virou-se e se embeveceu com a visão de sua esposa. Ela parecia radiante. Sua pele morena brilhava. Seus olhos puxados pareciam maiores e o verde neles parecia mais brilhante. — Esta noite, esposa. Não vou esperar mais. — Aye. Está na hora. — Ela tocou os laços de sua túnica, e suas unhas roçaram o peito dele. — Embora goste de nossas explorações, anseio por ter você dentro de mim. Seu pau ficou duro como uma pedra, e suas bolas apertadas. Por que esperar por esta noite? Ele pegou-a e correu para as escadas. — Agora? — Elaina apenas ronronou as palavras. — Eu tenho que cozinhar bolas de chocolate picante. Era parte da surpresa que eu tinha planejado para depois da festa . — Vamos fazer isso também, mas eu penso em montar você o dia inteiro. — Jarvik chutou a porta, correu para a cama, e a colocou no meio do colchão. O sorriso de sereia que ela deu o fez enlouquecer, e Jarvik decidiu jogar roupas e botas. Quando passou a túnica sobre sua cabeça, tropeçou e teria caído de joelhos, se não tivesse se agarrado à cabeceira da cama. Pois ela estava ali nua,de pernas abertas, e seu monte... Ele engoliu em seco, mas a câmara ainda girava. — Esta é outra surpresa. As mulheres do leste depilam sua buceta. Gosta? Estava próximo de anoitecer antes que qualquer um deles estivesse saciado. Jarvik não conseguia mover um músculo. Elaina estava em seus braços, seu rosto suave descansando em seu coração enroscada em torno de sua virilha. — Estamos de acordo... Eu estou curado?
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— Aye. Eu sei que você tem sido paciente, e agradeço-lhe por manter a promessa de esperar até que eu tivesse certeza de sua recuperação. — Ela se aninhou nele. — Uma coisa é tratar de um estranho ou até mesmo de um aldeão que você conhece. Mas cuidar daquele que você ama, é pura tortura. Eu nunca estive tão temerosa com cada movimento seu. Foi quase impossível não falar nada, quando percebi que você tinha começado o treinamento. Jarvik prendeu a respiração. Pela misericórdia de Odin! Ela disse as palavras. Ele tinha que fazer isso direito. Embora tentasse se mover como se não tivesse sido atingido por um dos raios de Thor, suas mãos tremiam quando rolou sobre ela e emoldurou seu rosto. Como ele amava essa mulher. Nunca a vida tinha sido tão preciosa. — Elaina? — Jarvik? — Ela apoiou as mãos sobre as dele, e foi então que Elaina notou o brilho nos olhos dele. Uma lágrima, e ele nunca havia derramado nenhuma em sua vida. — Eu troco uma das bênçãos que você me deu na nossa noite de núpcias. Ele alisou as sobrancelhas franzidas dela. — Você pode me chamar de qualquer nome que desejar. Tolo. Idiota. Bobo. Mas
garoto nunca mais. Os longos cílios dela tremeram. — Foi porque você me deixou nervosa. Eu concordo. O que mais quer de mim? — Eu quero quatro palavras de você a cada manhã e a cada noite. E vou devolvê-las à você. Ela estendeu a mão para delinear a boca de Jarvik. 118
— Eu te amo, Jarvik. Eu acredito que sempre o amei, e sei em meu coração,que sempre amarei. Jarvik mordeu a língua e agradeceu até mesmo a dor, seus olhos úmidos. Ele engoliu em seco. — Essas são as quatro palavras que eu ansiei por uma eternidade. Eu te amo, Elaina. E não havia mais nada a fazer, só amá-la novamente.
*** A noite já tinha caído. Corujas piavam e o e fogo na lareira ardia afastando o frio do início da noite. Com a cabeça aninhada em suas mãos, Jarvik apreciava a visão do traseiro de sua esposa nua enquanto ela acendia as lamparinas penduradas e ele mastigava uma fatia de queijo. Por alguma razão, o queijo cheirava mais forte do que o normal. Sua barriga apertouse. — Posso servi-lo de mais cerveja e queijo? — Elaina jogou-lhe um olhar atrevido sobre um ombro. — Não. Talvez cerveja. Elaina moveu-se com graça, suas longas pernas retas e firmes quando trouxe a cerveja para ele. Jarvik sentou-se contra a cabeceira da cama para pegar o chifre. — Eu acho, esposa, que gosto de suas duas surpresas. — tinham enviado para eles uma dúzia de bolas temperadas. 119
— Três. — Ela subiu em cima do colchão e deitou a cabeça no ombro dele. — Três? — Ele a aconchegou nos braços. Elaina tomou a mão dele e colocou-a em sua barriga. Jarvik lentamente acariciou o ventre, que parecia mais arredondado do que ele se lembrava. — Estou grávida. A cerveja subiu de volta a sua garganta. Ele tentou engolir, mas a bebida tinha vontade própria. Jarvik saltou da cama e correu para vasilha debaixo da cama antes de vomitar. Toda cerveja que ele havia consumido, as bolas temperadas, tudo voltou. Elaina correu para seu lado. Pegou um pano e enxugou o rosto dele. Ela umedeceu o pano com água fria, e colocou sobre a testa de Jarvik. — Na verdade, Jarvik, essa não é a reação que eu esperava. Você não está feliz? — Aye. Mulheres morriam no parto muito frequentemente. — Não.
Mas ela teria um bebê encantador. Um bebê como Kateri ou Kitti. Uma garota. Uma menininha. Uma bebezinha. Ele respirou, sentiu o cheiro do queijo, e vomitou bile.
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Epílogo
Jarvik observou seus quatro irmãos, um de cada vez, com um olhar ameaçador. Apesar de ter recebido o apoio deles na semana passada, enquanto ele e Elaina aguardavam o nascimento de seu primeiro filho, ultimamente a arrogância deles em relação a suas experiências com a paternidade começava a irritá-lo. — Teria sido melhor se você tratasse Elaina como eu tratei Ainslin quando ela estava grávida. — Torsten olhou para o seu vinho com especiarias. — E fazer o parto, como eu fiz com Catriona. — Ruard adicionou. — Você desmaiou. — Njal revirou os olhos. — Eu não. — Você chorou como um bebê e orou a Odin, ao Deus cristão, e a muitas divindades orientais. — Magnus acrescentou outra lenha no fogo. — E quanto a você? Você rachou lenha para duas cabanas com as mãos nuas de noite e no inverno. Jarvik correu o olhar pelo tranquilo Salão Principal e viu que estava vazio, exceto por dois meninos que limpavam as cinzas da lareira apagada. — Fomos todos melhor do que Magnus. — Torsten fez um sinal pedindo mais cerveja. — Aye. Você é capaz de comer ou beber alguma coisa? Jarvik olhou para seus irmãos. — Não. Talvez, depois de eu ter visto o bebê.
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A primavera finalmente proclamava sua vitória sobre o inverno que foi uma estação fecunda. No outono, Ainslin deu a Torsten um filho, Leiknir. Bettina deu a luz a uma menina, a sua própria imagem, no início do inverno, a quem deram o nome de Dalla. Poucos dias depois que o Ano Novo irrompeu, Catriona presenteou Ruard com seu segundo filho, Grani. Durante uma tempestade feroz e furiosa, tinham nascido os gêmeos de Deidra, um menino e uma menina, Olvir e Maria. E minutos antes, Elaina tinha lhe dado um filho que eles decidiram chamar de Peyton, como o pai dela. Passos suaves chamaram a atenção de Jarvik. Ele olhou para a porta, e quando viu Ainslin, pulou. — Elaina e Peyton estão prontos. Ele,provavelmente, é o maior recém-nascido que eu já vi. — Ainslin atuou como parteira para Elaina quando Magnus se recusou a deixar Deidra e os gêmeos viajarem.
O maior recém-nascido. Ele teve que se apoiar na cadeira para permanecer de pé e duvidava que seus pés ainda obedecessem os comandos de sua mente. Jarvik engoliu em seco. — Está tudo bem? — Aye. Vá até eles. Tenho que cuidar do meu bebê. — Eu agradeço a sua ajuda. Não sei o que teríamos feito sem você. Nenhuma parteira atende nesta região. — Jarvik acenou para todos e deixou o salão. Ele subiu as escadas lentamente. Seu pedaço de terra permanecia pacífico e próspero, embora a guerra continuasse em quase toda a parte. Poucos homens confiavam em outros, e muito frequentemente, irmãos assassinavam irmãos. Mas ele, Magnus, Ruard, Njal, e Torsten confiavam e contavam uns com os outros. E agora ele entendia a razão. 122
Suas esposas e filhos. Na honra e na família estava o valor de um guerreiro. Nada mais havia além disso.
Fim * puss—whipping – seria algo como escravos das esposas.Um homem que faz tudo o que a mulher manda.Na íntegra,significa escravos de uma determinada parte da anatomia feminina, muito citada neste livro!
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