ADMINISTRAÇÃO - AULA 2

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Administração – Aula 02 (TGA, Taylor e Fayol) Teoria Geral da Administração (pg. 20) A administração recebeu diversas contribuições de diferentes autores formando assim a Teoria Geral da Administração. Cada um desses conceitos e pontos surgiu como uma solução para problemas industriais e corporativos da época em que foram criadas e muitas delas são utilizadas até hoje. Sabemos que as empresas estão em constante mudança, seja mudanças internas, mudanças entre os funcionários, mudanças externas e etc, e a teoria da administração serve para nos ajudar no entendimento, integração e resolução dos problemas que muitas vezes são causados por essas mudanças. A Teoria Geral da Administração ou TGA é o conjunto de conhecimentos sobre as organizações e o processo de administrá-las. São compostas por princípios, proposições e técnicas constantemente elaboradas. A Teoria Geral da Administração começou com a "ênfase nas tarefas", na Administração Científica de Taylor. Depois com a preocupação básica passou para a "ênfase na estrutura" com a Teoria Clássica de Fayol e outros princípios que deram origem a diversas teorias. Existem seis variáveis que fizeram com que diferentes teorias administrativas fossem desenvolvidas, marcando assim o desenvolvimento da TGA. São elas, tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade.

Principais Teorias da Administração (pg. 21 à 31) Administração Cientifica (1903) ou Taylorismo. Criada por Frederick Taylor e baseada no método científico da administração. Possui ênfase nas tarefas, buscando a racionalização do trabalho no nível operacional. Propôs esse método através de um estudo com cinco fundamentos, planejamento, preparo, execução, cargos, tarefas e padronização. Teoria da Burocracia (1909). Criada por Max Weber, um dos fundadores da sociologia. Possui fundamentos racionais, visando a análise de maneira formal e impessoal, apresenta ênfase Página 1 de 6

na eficiência e eficácia com relações extremamente autoritárias, hierárquicas e com divisão do trabalho. Teoria Clássica (1916) ou Fayolismo. Criada por Henri Fayol, surgiu com a Revolução Industrial e dava-se ênfase na estrutura organizacional buscando a eficiência. Acreditava na divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, unidade de comando e direção, disciplina, trabalho em equipe, ordem, centralização e hierarquia. Teoria das Relações Humanas (1932). É um conjunto de teorias administrativas e foi liderada por Elton Mayo. O homem não era mais visto como o "homem econômico" e sim como o "homem social", que não possuía comportamento mecânico, guiado pelo sistema social e possuía necessidade de aprovação, segurança, demonstração de afeto, etc. Teoria Estruturalista (1947). É uma mistura entre as teorias anteriores, surgindo assim o Homem Organizacional, que possuía características modernas como desejo de realização, flexibilidade e tolerância. Teoria dos Sistemas (1951) A teoria dos sistemas é uma abordagem que tem como objetivo entender as propriedades comuns entre organizações diferentes. Desenvolvida por Ludwig von Bertalanffy que buscava não só a resolução de problemas, mas produzir teorias aplicáveis na realidade empírica. Um conjunto de partes independentes formam um todo com o mesmo objetivo final. Abordagem Sociotécnica (1953). É uma abordagem que reconhece a interação humana e a tecnologia existente nas organizações, além de entender as estruturas da sociedade. Foi elaborada durante a 2ª Guerra Mundial pelos cientistas Eric Trist, Fred Emery e Ken Bamforth. Possui quatro princípios centrais: a autonomia responsável, adaptabilidade, tarefas inteiras e o significado da tarefa. Tinha como objetivo otimizar a produtividade e o bem-estar nas organizações. Teoria Neoclássica (1954). Considerada um conjunto de teorias onde as teorias clássicas foram reafirmadas, ou seja, ênfase na prática administrativa, gestão, objetivos e resultados. Teoria Comportamental (1957). Teve início em 1947, com o surgimento do livro "Teoria

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Comportamental na Administração: o comportamento administrativo". A teoria comportamental ou behaviorista trouxe uma nova concepção, criticando os princípios da teoria clássica e das relações humanas. Enfatizava as pessoas, a preocupação com o comportamento organizacional e os processos de trabalho, além do estudo sobre a motivação humana. Desenvolvimento Organizacional (1962). É um desdobramento prático operacional da abordagem comportamental, tendendo para a abordagem sistêmica. Leland Bradford indica a teoria como fusão de duas tendências nas organizações, o estudo da estrutura e o estudo do comportamento. Possui características como: orientações sistêmicas, processos em grupo, solução de problemas e interação. Teoria da Contingência (1972). É o ramo que enfatiza a relatividade, ou seja, tudo é relativo, tudo depende. Alfred D. Chandler e T. Burns são alguns dos autores dessa teoria. Novas Abordagens (1990). Como qualquer outra área, a administração passou por diversas mudanças ao longo do tempo, principalmente devido ao avanço tecnológico e a concorrência global. Fazendo com que as organizações fossem obrigadas a implementar novos recursos, modelos de produção, conceitos de qualidade, sistemas, novas filosofias e até a própria cultura administração.

Fayol (pg. 33) A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios Princípios Básicos. Página 3 de 6

Fayol relacionou 14 princípios básicos, são eles: 1 - Divisão do trabalho: Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. 2 - Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. 3 - Unidade de comando: Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens. 4 - Unidade de direção: O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 5 – Disciplina: Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização. 6 - Prevalência dos interesses gerais: Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. 7 – Remuneração: Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização. 8 – Centralização: As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. 9 – Hierarquia: Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. 10 – Ordem: Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. 11 – Equidade: A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. 12 - Estabilidade dos funcionários: Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. 13 – Iniciativa: Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. 14 - Espírito de equipe: O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. Página 4 de 6

Taylor (pg. 32) A administração científica é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele observou que os sistemas administrativos da época eram falhos. A falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada foram as principais falhas estudadas por Taylor. Assim, em 1903, ele publica o livro “Administração de Oficinas” onde expõe pela primeira vez suas teorias. Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. O trabalho deveria ser decomposto, analisado e testado cientificamente e deveria ser definida uma metodologia a ser seguida por todos os operários com a padronização do método e das ferramentas. Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executem da melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais. Taylor também desenvolveu quatro princípios fundamentais da administração científica. São eles: •

Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.

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Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.



Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.



Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira revolução nos sistemas de operações das empresas e foi aperfeiçoada ao longo dos anos apesar das críticas, além de ser a precursora da Teoria Administrativa.

Fontes https://www.portal-administracao.com/2017/08/principais-teorias-da-administracao.html https://administradores.com.br/artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo-henrifayol https://www.infoescola.com/administracao_/administracao-cientifica/

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