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INSTALAÇÕES EM BOVINOS DE CORTE
Cláudia Damo Bértoli, Enga Agra , MSc. Professora do Colégio Agrícola de Camboriú / UFSC
1. CERCAS: Podemos ter dois tipos de cercas numa propriedade: Convencional ou Elétrica. A cerca convencional pode ser confeccionada com arame liso ou com arame farpado, dependendo das condições existentes e do gosto pessoal do produtor. 1.1. Cerca Convencional de Arame Farpado: São extremamente eficientes em terrenos de topografia irregular. Quando se utilizam lascas ou balancins pode-se obter soluções eficientes e econômicas para muitos casos. Para utilização em cercas para conter gado de corte o arame a ser utilizado deve ter diâmetro mínimo de 1,6 mm e alta resistência à ruptura (350 Kgf) De acordo com o tipo de terreno, o tipo de animal e o objetivo da cerca, o número de fios utilizados e o espaçamento entre eles variam. Veja a tabela abaixo: Utilização
Número de fios
Altura do primeiro fio
Distância entre fios (de cima para baixo)
Gado de corte, bezerros e divisas de propriedades.
5
1,35m
30 / 2x25 / 2x 27,5
Animais bravios e corredores de fazendas Gado de leite e lavouras
6
1,35m
25 / 5x22
4
1,35m
35 / 2x32,5 / 35
Vacas mansas em lactação
3
1,25m
45 / 2x40
Material Necessário para construção de uma cerca: Arame farpado: Diâmetro mínimo 1,6mm e resistência à ruptura mínima de 350 kgf. , galvanizado. Grampos galvanizados: Os grampos, assim como os arames devem ser galvanizados (que é uma fina cobertura de zinco) para prevenir ferrugem. Distanciadores de fios (balancins ou tramas): Utilizados quando se quer diminuir a quantidade de mourões intermediários ou lascas, facilitando a construção e diminuindo o custo. Mourões (postes, esteios ou esticadores): Devem ser de madeira de lei ou eucalipto tratado. Podem ser quadrados com 15cm de lado ou roliços, com diâmetro entre 15 e 20cm e com 2,30 ou 2,50cm de altura. O topo deve ser chanfrado para evitar infiltração de água. Lascas ou mourões intermediários: Devem ser da mesma madeira que os mourões. Quando serrados devem ter 10cm de lado e quando roliços devem ter diâmetro aproximado de 10cm. A altura é de 2,00 a 2,20m Tipos de Cercas de Arame Farpado:
A) Cerca convencional de 4 fios de arame farpado em terreno arenoso – Utilizada para gado europeu ou mestiço, pastagens de pouca qualidade, ou lavouras.
B) Cerca elástica de 3 fios de arame farpado em terreno compacto – Utilizada para gado leiteiro de alta produção
C) Cerca elástica de 4 fios de arame farpado em terreno compacto – Utilizada para gado de corte europeu, leiteiro manso ou lavoura.
D) Cerca elástica de 4 fios de arame farpado em terreno arenoso – Utilizada para gado de corte europeu, leiteiro manso ou lavoura.
E) Cerca elástica de 5 fios de arame farpado em terreno compacto – Utilizada para gado de corte mestiço ou zebuíno
Procedimento para construção de uma Cerca. Após decidir o tipo de cerca mais adequada à situação que dispomos e adquirir material de qualidade, o primeiro passo é: A) Alinhamento dos mourões e marcação dos intermediários: Primeiro marca-se o início e o final do lance (trecho reto de cerca a ser construído) com estacas ou balizas. Entre eles marca-se a posição dos mourões a cada 50 ou 100 metros com estacas, utilizando-se uma trena ou mesmo um foi de arame como gabarito. Na seqüência, aproveita-se o balizamento e marca-se a posição dos mourões intermediários, de acordo com o tipo de cerca a ser construído (2,0 ou 6,0 metros).
B) Colocação dos mourões: B.1) Mourões esticadores: A colocação dos mourões pode se dar de duas formas: Ou se abre um buraco com 1 vez e meia o diâmetro do mourão e compacta-o dentro com a terra livre e um socador ou se abre um buraco do tamanho exato do mourão e crava-o com uma marreta. Este segundo método pode apresentar o inconveniente de rachar o mourão, o que o inutiliza por causa da infiltração de água e diminuição da vida útil do mourão. Depois de fincado no solo, o mourão deve estar a prumo (vertical ao chão e reto) e a 1,40m fora do solo. B.2) Escoras: As escoras são utilizadas para aumentar a resistência do mourão. São peças de 1,5 m de comprimento e 10 cm de diâmetro, colocada de forma inclinada no terreno para não deixar o mourão sair de sua posição vertical. Deve sempre ser colocada no sentido contrário à tensão do arame. Para perfeito encaixe da escora deve-se abrir um entalhe com formão a 40cm do topo do mourão bem como cortar a ponta da escora para encaixar um no outro. A escora também deve ser enterrada 10 cm no solo ou apoiada em uma estaca cravada ou pedra bem socada no chão.
No meio da cerca o escoramento deve ser duplo para que o mourão não ceda para nenhum dos lados:
Nas mudanças de direção este escoramento deve ser triplo, entrando uma nova escora, entre as duas laterais, impedindo que o mourão tombe para o lado interno da cerca.
B.3) Colocação dos mourões intermediários se dá da mesma forma que os mourões esticadores, socados ou cravados com a marreta, enterrando-os 60cm, obedecendo sempre ao alinhamento. C) Colocação do Arame: O primeiro passo é marcar em cada mourão a altura em que os fios serão fixados. A colocação dos fios sempre se dará de Cima para baixo, evitando que o arame se enrole. Para iniciar, dê duas voltas no esticador, arrematando com pelo menos 6 voltas ao redor do próprio fio, fazendo o acabamento das pontas com alicate. Firma-se com grampos. Na seqüência, desenrola-se o arame até o mourão do final do lance. C.1) Estiramento do fio: Numa cerca de arame farpado a tensão não pode ser muita para não comprometer a resistência. Por isto pode se usar apenas um alicate para esticar o fio. Uma alternativa para aumentar a firmeza da cerca é passar o fio ora por dentro ora por fora dos mourões intermediários. C.2) Fixação do grampo: A posição de fixação do grampo deve ser oblíqua, de cima para baixo do mourão.
D) Colocação dos distanciadores ou balancins: Após a pregação dos grampos em todos os mourões, esticadores ou intermediários, colocam-se os distanciadores a cada 2,0 m aproximadamente. Inicia-se a colocação pelo segundo fio (de cima para baixo) até o último. Encaixase então a extremidade no primeiro fio e torce as pernas da forquilha ao redor do fio. Desenrola a sobra da ponta inferior e torce as duas pernas no último fio da cerca. O balancim deve ser fixado no primeiro e último fios.
E) Outros detalhes: E.1) Passagem sobre lajeados: Quando não é possível enterrar o mourão, coloca-se mourões a cada 2,0m apoiados sobre a própria laje. Amarra-se então dois pedaços de 4,0m de arame e dá-se a volta no mourão, fixando-os com dois grampos. Cada perna é então firmemente amarrada a uma pedra pesada, afastada 80 cm do mourão, uma para cada lado. Pode-se também pregar uma travessa na base do mourão, colocando duas escoras nas laterais para dar firmeza. E.2) Passagem sobre valas:
E.3) Quebra Corpo:
E.4) Porteira:
E.5) Colchete ou tronqueira:
E.6) Proteção contra descargas elétricas: E.6.1) Aterramento:
E.6.2) Afastamento de mourões:
F) Manutenção de cercas: A manutenção das cercas é o maior fator de economia. Quando os reparos são feitos na hora certa, a durabilidade da cerca é aumentada. Vistorias periódicas, capina ao longo da cerca numa faixa de 2,0m, utilização de material adequado e correta colocação dos grampos farão a cerca durar muito mais tempo e ser muito mais eficiente. 1.2. Cerca Convencional de Arame Liso Conhecida também como Cerca Elástica, a cerca de arame liso é ótima solução para terrenos planos. É uma cerca bastante flexível e tem grande resistência ao impacto (avanço) dos animais. Não causa ferimentos ou lesões no couro ou no úbere, pois não contém farpas. Se for bem feita, conterá o animal sem machuca-lo, mesmo que ele invista sobre ela.
Para adequada contenção dos animais, os arames lisos a serem utilizados devem ter diâmetro mínimo de 2,2 mm e resistência igual ou superior a 600Kgf. (o dobro do arame farpado, por não possuir farpas). De acordo com o tipo de terreno, o tipo de animal e o objetivo da cerca, o número de fios utilizados e o espaçamento entre eles variam. Veja a tabela abaixo: Utilização Divisas de propriedades
Número de fios 5
Gado de corte europeu ou mestiço 5* Bezerros 5* Gado de leite e lavouras 3 ou 4 * O penúltimo fio de cima pode ser farpado
Altura do primeiro fio 1,35m
Distância entre fios (de cima para baixo) 27
1,35m 1,35 1,35m
25 / 5x22 2x30/3x25 45 / 2x32,5 / 35
Material Necessário para construção de uma cerca: Arame liso: Diâmetro mínimo 2,2 mm, resistência mínima à ruptura de 600 kgf e galvanizado. Grampos galvanizados: Os grampos, assim como os arames devem ser galvanizados (que é uma fina cobertura de zinco) para prevenir ferrugem. Distanciadores de fios (balancins ou tramas): Utilizados quando se quer diminuir a quantidade de mourões intermediários ou lascas, facilitando a construção e diminuindo o custo. Mourões (postes, palanques ou esteios): Devem ser de madeira de lei ou eucalipto tratado. Podem ser quadrados com 15cm de lado ou roliços, com diâmetro entre 15 e 20cm e com 2,30 ou 2,50cm de altura. O topo deve ser chanfrado para evitar infiltração de água. Lascas ou mourões intermediários: Devem ser da mesma madeira que os mourões. Quando serrados devem ter 10cm de lado e quando roliços devem ter diâmetro aproximado de 10cm. A altura é de 2,00 a 2,20m. As lascas podem ser perfuradas antes ou durante a construção da cerca, utilizando-se broca ” ou ½”. Tensionadores: Os tensionadores ou esticadores são utilizados para esticar o arame e é colocado um para cada fio no mourão inicial da cerca, permitindo o tensionamento desejado que é entre 158 e 180kgf. São feitos de metal e deve-se preferir os galvanizados em função da durabilidade. Existem vários modelos de tensionadores, exemplos abaixo:
Tipos de Cercas de Arame Liso: A) Cerca elástica de 3 fios de arame liso e 1 fio de arame farpado com ancoragem simples –
B) Cerca elástica de 4 fios, com ancoragem simples –
C) Cerca elástica de 4 fios, com ancoragem dupla –
Procedimento para construção de uma Cerca. Após decidir o tipo de cerca mais adequada à situação que dispomos e adquirir material de qualidade, o primeiro passo é: A) Alinhamento dos mourões e marcação dos intermediários: Dá-se da mesma forma que a cerca de arame farpado.
B) Ancoragem (início e fim do lance): Inicia-se colocando o mourão esticador (veja cerca de arame farpado) e a fêmea da ancoragem. Para lances curtos, de até 50m, por exemplo, em terreno firme, basta 1 escora e uma trava, conforme desenho:
Lances maiores, com 300m ou mais exigem esticador, fêmea, trava e morto, conforme figura: (OBS: O morto é uma peça de 10 cm de diâmetro com 1m de comprimento, enterrada a 1,40m de distância do esticador. A trava é uma peça de 5cmx6cmx1, 5m, colocada sob pressão entre o mourão esticador e a fêmea, encaixada em uma “caixa” aberta com formão a 10 cm do topo dos mourões).
Um outro modelo de ancoragem pode ser utilizado, utilizando um travesseiro (peça de 10cm x 1,0m colocado no pé do mourão principal) tencionado com um rabicho.
Para ancoragem em terreno arenoso utilizam-se outros métodos, conforme figuras a seguir:
C) Canto de Cerca: Deve ser feito como uma ancoragem normal, apenas utilizando-se o mesmo mourão esticador para dois lances de cerca.
D) Meio de Cerca: Quando o lance de cerca excede a 500m, deve-se colocar uma ancoragem no meio, aproveitando um só conjunto de peças para ancorar os dois lances que se formaram.
E) Mourões intermediários ou lascas: Coloca-se nos lugares marcados, da mesma maneira que na cerca de arame farpado. F) Passagem dos Fios: A ordem de colocação é: 1o o fio mais alto; 2o o fio mais baixo; 3o os demais, de cima para baixo. É importante desenrolar o fio pouco a pouco, cuidando para não desfazer o rolo. Chegando ao final do lance, dar uma volta abraçando o mourão esticador, retornando pelo furo e amarrando o arame.
G) Tensionamento dos fios: Um tensionamento perfeito e igual em todos os fios, entre 150 e 180 kgf é obtido com o auxílio de um tensiômetro. Conseguida a tensão desejada, firmar a ponta do arame com o tensionador escolhido. H) Ajuste Final dos Mourões intermediários ou lascas: Acompanhe a cerca ajustando a altura dos postes, podendo levantar ou enterrar (com marreta) um pouco, após o que se faz a compactação final. Para evitar estes ajustes pode-se fazer os furos com os postes já fincados. I) Colocação dos distanciadores: Acontece da mesma forma que na cerca de arame farpado. J) Proteção contra raios: A cerca deve ser interrompida a cada 400m mais ou menos, fazendo um fio terra para cada 50m, conforme figura.
K) Emendas de fios: Existe um emendador de fios lisos chamado emendador gripple. Para quem não utilizar estes emendadores, uma série de emendas é eficiente:
L) Outros detalhes: Como porteiras, colchetes, passagem por valas secas ou com enxurradas e quebra corpo seguem da mesma forma que as cercas de arame farpado.
1.3. Cerca Elétrica A cerca elétrica aplica-se em duas modalidades de pastoreio: Pastoreio Rotativo – utilizando Cercas Elétricas fixas Pastoreio em Faixas – utilizando Cercas Elétricas Temporárias A escolha do sistema dependerá de: Ø Topografia da área; Ø Distribuição das chuvas; Ø Lotação a ser utilizada; Ø Espécie(s) forrageira(s) implantada(s) na área; Ø Fertilidade do solo; Ø Temperatura ambiente; Ø Metodologia de pastoreio;
Ø Ø Ø
Localização e distribuição de aguadas e saleiros; Acesso e movimentação de máquinas e animais; Aspectos eletrotécnicos.
Vantagens da Cerca Elétrica em relação à Cerca Convencional Ø Mais eficaz, pois o efeito sobre os animais é psicológico; Ø Menor custo de implantação e manutenção; Ø Simples e rápida de construir; Ø Simples manejo para mover, retirar, modificar, recolher e guardar; Ø Maior vida útil devido o menor desgaste; Ø Evita machucaduras no couro e no úbere. Vantagens da Cerca Convencional Ø Mais eficiente em relevo acidentado ou de difícil acesso Cercas Elétricas fixas utilizarão postes de madeira distanciados 20 m um do outro, arames de aço galvanizado (mínimo 2,1mm) e baixa manutenção, ao passo que as temporárias podem ser feitas com postes de plástico, fibra ou ferro, com menos de 20m entre eles, fios de material flexível (fios de nylon trançados com aço), estendendo-se por, no máximo, 3km e exige alta manutenção, embora esta seja feita no momento da mudança de local. Para controlar um animal um choque deve ser suficiente e, para tanto, uma voltagem mínima de 2000 volts é necessária. Os fatores que afetam a intensidade do choque são: a voltagem e energia de saída do eletrificador; a qualidade do arame/fio; a qualidade do aterramento e as perdas de energia ao longo da cerca (isoladores deficientes, passagens subterrâneas mal feitas e vegetação encostando-se ao arame/fio). Os componentes de uma Cerca Elétrica são: Eletrificador: O eletrificador a ser utilizado numa cerca elétrica deve seguir as regras internacionais de segurança. Eletrificadores caseiros ou “arranjados” põem em risco a segurança das pessoas e dos animais envolvidos. Na escolha do eletrificador é importante levar em conta o comprimento (quilometragem de fio utilizada em toda a extensão da cerca – se for de dois fios, somar as duas distâncias) e o raio de operação (distância máxima do eletrificador ao ponto mais extremo) da cerca. O eletrificador pode ser ligado na rede elétrica, em baterias ou ainda possuir painel solar. Chave interruptora: Permite desligar o eletrificador de maneira rápida e eficiente. Arame: O arame deve ser galvanizado, pois a ferrugem interfere na condutibilidade elétrica e o diâmetro mínimo deve ser 2,1mm. Pode ser substituído por fios especiais para cercas elétricas. Esticadores de arame: Peças semelhantes às utilizadas em cercas convencionais de arame liso. Isoladores intermediários: Existem inúmeros tipos de isoladores disponíveis no mercado. O importante é que ele tenha pouco contato com a superfície do arame (não atrapalha o campo magnético e não enferruja o arame com o contato), situe-se a 2,5cm de distância do poste, seja fácil de instalar (não ter que furar o poste e seja fácil de passar o arame) e de fácil reposição (não precisar tirar todo o arame da cerca). Isoladores de canto: Precisa ser resistente, pois será ele que suportará a tensão do fio no final do lance de cerca. Isoladores para porteiras: idem ao isolador de canto.
Manoplas para porteiras: Peças que servem para utilização das porteiras sem a necessidade de desligar a cerca. Pára Raio: Normalmente é um equipamento simples e barato, vendido junto com os eletrificadores. É ligado à cerca, ao eletrificador e aterrado de forma eficiente. Quando há uma descarga elétrica muito alta, ele desvia esta energia vinda da cerca para o fio terra, impedindo a queima do aparelho e incêndios eventuais. Hastes de aterramento: hastes de aço galvanizado (mínimo 3), de pelo menos 1m de comprimento, enterradas no solo com distâncias de 3m entre elas, em linha reta e ligada ao fio terra do aparelho. Cabo de aterramento: Deve ser um cabo isolado, ligando o aparelho às hastes de aterramento, fixado nestas com parafusos. Voltímetro: Aparelho para medir a voltagem em diversos pontos da cerca. Permite ver se o aparelho está funcionando de acordo com o esperado e se há ou não perdas de corrente ao longo da cerca. Placas de advertência: as normas internacionais exigem placas de advertência ao longo da cerca para prevenir acidentes com pessoas desavisadas.
2. CENTRO DE MANEJO Um Centro de Manejo, também chamado de Mangueira ou Curral de Manejo compreende um grupo de estruturas necessárias ao manejo de bovinos de Corte. As estruturas que o compõem são as seguintes: Ø Curraletes ou mangueiras: são espaços onde os animais ficam contidos ou armazenados, antes ou depois das práticas de manejo. Ø Seringa: estreitamento que conduz os animais de um curralete ou mangueira para o brete. Ø Brete: corredor onde podemos enfileirar de 4 a 12 animais, também chamado de tronco coletivo, onde podemos fazer alguns tratamentos simples com os animas. Ø Tronco: ou tronco veterinário ou tronco individual é uma estrutura onde podemos imobilizar parcialmente um animal para realizarmos várias atividades sobre ele, desde inseminações e medicações até tratamentos de casco ou cesarianas, com relativa segurança para o animal e para o homem. Ø Balança: pode ser para 1 ou vários animais ao mesmo tempo. É o que mede a produtividade da propriedade. Ø Embarcadouro ou Carregador: Corredor, geralmente localizado na seqüência da balança, com rampa que nivela com a carroceria do caminhão boiadeiro, para transporte do gado. Serve tanto para carregar quanto para descarregar o caminhão. Ø Farmácia: Local para armazenar medicamentos, vacinas e material veterinário. Pede ser uma sala ou simplesmente um armário, porém precisa ser trancado para evitar acesso de animais, crianças e pessoas não capacitadas. Ø Escritório: Local para armazenar os dados zootécnicos e escrituração da propriedade. Pode ser uma sala ou simplesmente uma escrivaninha. Deve ser preservado de pessoas não autorizadas. Tipos de Centros de Manejo: Existem alguns tipos padrões de Centros de Manejo que podem ser utilizados na íntegra ou modificados de acordo com cada situação. A) Curral Aguirre para 100 animais: Este curral é muito bom para um número pequeno de animais, embora não apresente local para colocação da balança. Esta facilmente pode ser colocada entre o tronco coletivo e o tronco individual. Pode ainda ser colocada após o tronco individual e antes do embarcadouro, embora deva ser prevista uma porteira apartadora após a balança.
B) Curral Água Amarela para 240 animais: Este módulo não apresenta tronco individual, que é muito importante para várias práticas de manejo, no entanto este pode facilmente ser alocado na parte final do tronco coletivo.
C) Curral Saladino para 500 animais:
D) Curral Stanley para 1000 animais:
OBS: A grande maioria das ilustrações utilizadas é proveniente de manuais informativos das empresas DeLaval e Cia. Siderúrgica Belgo Mineira