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Prof. Me. Roberto Siqueira
Período peroperatório: período que envolve a experiência cirúrgica; inclui as fases pré-operatória, intraoperatória e pósoperatória do cuidado de enfermagem; Período pré-operatório: período que começa quando se toma a decisão de realizar a intervenção cirúrgica e termina quando o cliente é transferido para a sala de operação; Período intraoperatório: período que se inicia com a transferência do cliente para a sala de operação e continua até que o cliente seja admitido na unidade de recuperação anestésica; Período pós-operatório: período que começa com a admissão do cliente na unidade de recuperação anestésica e termina após a avaliação de acompanhamento na clínica ou em casa.
Órgão sacular com volume de 1200-1500mL. Pode se expandir até 4 L. Inervação Vagal. 5 regiões anatômicas importantes: Cárdia, Fundo, Corpo, Antro e Piloro. Digestão das proteínas - enzima pepsina.
Mucosa Submucosa Muscular Serosa
Apresentam pregas (rugas) irregulares. Mucosa possui inúmeras glândulas = Criptas Gástricas – secretoras de Mucina (proteína que reveste o epitélio gástrico).
Inflamação do estômago onde a membrana gástrica torna-se edemaciada, hiperemiada e erosão superficial.
Acomete igualmente homens e mulheres e é mais frequente em indivíduos idosos.
A gastrite pode ser aguda, crônica (atrófica).
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Gastrite aguda: duração de várias horas a alguns dias, frequentemente é causada por imprudência alimentar: Alimentos irritantes excessivamente temperados ou de alimento contaminados; Uso de medicamentos AINE´s (ex. AAS – inibe a secreção de muco); Excesso de álcool, radioterapia; Refluxo biliar; Ingestão de ácidos – gangrena/perfuração da mucosa. Estresse intenso (traumas, cirurgias, queimaduras, ou até por fator emocional).
Gastrite crônica: inflamação prolongada do estômago que pode ser causada por úlceras benignas ou malignas ou pela bactéria
Helicobacter pylori;
A gastrite crônica causada por H. pylori está associada ao desenvolvimento de úlceras pépticas, câncer gástrico e linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT – baixo grau de malignidade).
Pode estar associado com doenças auto-imunes (anemia perniciosa – def. de vit. B12).
Gastrite crônica atrófica - situação em que os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago com diminuição das células da mucosa do estômago. Existe considerável redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a "esterilização" do que ingerimos e para a digestão dos alimentos.
Está relacionada com o aumento incidência de câncer de estômago.
da
Em resposta à ingestão de alimentos ocorre estimulação das células parietais (oxínticas) do fundo do estômago a secretarem ácido clorídrico e fator intrínseco (absorção de vit B12 no íleo).
As células principais do estômago secretam pepsinogênio, que se converte em pepsina (enzima) na presença do ácido clorídrico.
A pepsina atua na divisão do alimento, enquanto que as células duodenais do epitélio gástrico secretam muco para proteger a camada interna.
Por algum motivo, a mucosa gastroduodenal não pode resistir à ação digestiva do ácido gástrico e da pepsina - erosão.
Mucosa lesada
Gastrite aguda
Pode exibir início rápido dos sintomas; Desconforto abdominal, náuseas, anorexia, vômitos e soluços, que podem persistir por poucas horas a alguns dias; Gastrite erosiva que, possivelmente, provoca sangramento manifestado por fezes pastosas de cor escura e odor fétido (melena) ou fezes sanguinolentas de coloração vermelho vivo (hematoquezia).
Gastrite crônica
Pode ser assintomática; Queixas de anorexia, pirose após a alimentação, sabor amargo na boca ou náuseas e vômitos;
Desconforto epigástrico discreto, intolerância a alimentos condimentados ou gordurosos, ou dor que é aliviada pelo consumo de alimento; O cliente pode não ser capaz de absorver a vitamina B12 podendo levar à anemia perniciosa.
Escavação que se forma na parede mucosa do estômago, piloro, duodeno ou esôfago e tende a ser encontrada mais no duodeno que no estômago. Idosos acima de 65 anos.
Frequentemente é designada como úlcera gástrica, duodenal ou esofágica (refluxo HCL), dependendo de sua localização. A ruptura pode gerar uma comunicação anormal entre o TGI e a cavidade peritoneal
Emergência médica potencialmente mortal.
Desequilíbrio entre os fatores protetores e agressores da mucosa gástrica / duodenal: muco, secreção de bicarbonato, descamação constante da mucosa gástrica.
Uso de AINEs;
História familiar;
Presença do H. pylori;
Síndrome de Zollinger-Ellison: níveis aumentados do hormônio gastrina, fazendo com que o estômago produza ácido clorídrico em excesso - múltiplas ulcerações pépticas.
Álcool e tabagismo em excesso;
As úlceras gástricas são subdivididas em três tipos: - Tipo I: responde por mais da metade dos casos (57%) de úlceras gástricas, aparecem na pequena curvatura do estômago e não estão relacionadas ao excesso de acidez gástrica e merece mais atenção.
- Tipo II: é encontrada no mesmo local, mas aparece concomitantemente a uma úlcera duodenal em atividade ou cicatrizada. - Tipo III: úlceras que se desenvolvem a até 2 cm do piloro.
Podem durar alguns dias, semanas ou meses. Muitos clientes apresentam úlceras assintomáticas; Dor difusa e sensação de queimação na mesoepigástrica ou nas costas são características;
região
Dor das úlceras gástricas - imediatamente após uma refeição, enquanto a dor associada às úlceras duodenais ocorre mais comumente em 2 a 3 h após as refeições; A dor que não é aliviada pela alimentação ou pela ingestão de um antiácido é característica das úlceras duodenais;
Dor durante a noite; Pirose, vômitos (que podem aliviar a dor intensa e a distensão), constipação intestinal ou diarreia e sangramento (hematêmese ou melena) resultantes da dieta e dos medicamentos;
Exame físico (hipersensibilidade distensão abdominal);
Hemograma - perda de sangue (anemia);
epigástrica,
Endoscopia alta (biopsia das lesões suspeitas para exame histológico e teste para H. pylori - anticorpos dirigidos contra o antígeno de H. pylori; Exames complementares: análise de amostras de fezes para sangue oculto; exames de secreção gástrica;
O tratamento é relacionado ao agente causador;
Medicamentos que erradiquem a presença do H.Pylori;
Controle das secreções gástricas;
Dieta leve e/ou pastosa e equilibrada;
Casos especiais podem requerer eletrolítica e/ou reposição sanguínea;
Repouso e redução do stress;
Desestimular o tabagismo;
Intervenção cirúrgica – úlceras pépticas.
a
analgesia,
reposição
Antagonistas H2 - inibem a secreção ácida por bloqueio
Inibidores da Bomba de Prótons (H+) - Reduzem a produção
Antiácidos - Hidróxido de Magnésio, Gel de Hidróxido de
Fármacos que protegem a mucosa - Quelato de Bismuto,
competitivo da interação de histamina com receptores H2 da célula parietal gástrica. Cimetidina, Nizatidina, Ranitidina, Famotidina. diária de ácido. Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol Alumínio, Bicarbonato de Sódio. Sucralfato, Misoprostol.
Fármacos para o tratamento da Infecção por Helicobacter pylori Omeprazol + Amoxicilina (Tetraciclina) + Metronidazol (antimicrobiano).
Evitar o uso de medicações irritativas como os antiinflamatórios e aspirina; Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo; A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos), dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos.
Avaliação inicial: Hábitos alimentares; Etilismo e tabagismo; Dor em região epigástrica, pirose; Perguntar sobre inicio, duração, localização, frequência e intensidade da dor; Se o cliente vomitou, determinar com que frequência o vômito ocorre; Examinar as fezes para sangue oculto; Obter história familiar de doença ulcerosa.
Dor aguda relacionada com efeito da secreção de ácido gástrico sobre o tecido lesionado; Náusea Relacionada à dor, distensão gástrica e/ou da cápsula do fígado, evidenciada por aversão à comida, gosto amargo na boca, salivação aumentada, relato de náusea; Nutrição desequilibrada menor do que as necessidades corporais relacionada com mudanças na dieta.
Administrar o tratamento cpm e atentar para a sua eficácia e possíveis reações; Proporcionar alívio da dor com medidas farmacológicas e não farmacológicas (auxiliar na realização das AVD); Tranquilizar o paciente, explicando sobre o tratamento e efeitos para diminuir quadro de ansiedade; Fornecer pequenas refeições com frequência, para evitar a distensão gástrica;
Desencorajar o consumo de bebidas cafeinadas (aumento da atividade gástrica e a secreção de pepsina), de bebidas alcoólicas e fumo de cigarros (a nicotina inibe a neutralização do ácido gástrico no duodeno); Estar atento a sinais de hemorragia gástrica (hematêmese, taquicardia, hipotensão arterial) e, caso existam, notifique o médico imediatamente;
Dieta equilibrada livre de irritantes gástricos ou pastosa.