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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS Aula III – RESERVATÓRIOS
Maria Alice Venturini 2018
Reservatórios A NBR 5626:1998, referindo-se à capacidade dos reservatórios, estabelece: O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 horas de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio. No caso de residência de pequeno tamanho, recomenda-se que a reserva mínima seja de 500 litros. Nos casos em que tenham reservatórios, inferior e superior, a divisão da capacidade de reserva total deve ser feita de modo a atender às situações eventuais onde ocorra interrupção do abastecimento de água da fonte de abastecimento e às situações normais de manutenção e etc.
A NBR 5626:1998 em relação à operação dos reservatórios estabelece: Toda a tubulação que abastece o reservatório deve ser equipada com uma torneira boia (de acordo com a NBR 10137), ou qualquer outro dispositivo com o mesmo efeito no controle da entrada de água e manutenção do nível; ... instalação de um registro de fechamento na tubulação de alimentação, externamente ao reservatório, ou outro dispositivo ou componente que cumpra a mesma função; O nível máximo da superfície livre da água, no interior do reservatório, seja situado abaixo do nível da geratriz da tubulação de extravasão ou de aviso; ... a tomada de água da tubulação que alimenta o aquecedor deve se posicionar em nível acima das tomadas de água fria...
Elementos Complementares do Reservatório A NBR 5626:1998 estabelece que: As tubulações de aviso, extravasão e de limpeza devem ser constituídas de material rígido e resistente à corrosão. Tubos flexíveis (como mangueiras) não devem ser utilizados. Os trechos “horizontais” devem ter declividade adequada para desempenho eficiente de sua função e completo escoamento da água em seu interior; A superfície do fundo deve ter ligeira inclinação no sentido da entrada da tubulação de limpeza. Na tubulação de limpeza deve haver um registro de fechamento; O diâmetro interno da tubulação de aviso deve ser maior ou igual a 19 mm. Toda a tubulação de aviso deve descarregar imediatamente após a água alcançar o nível de extravasão no reservatório e, em local facilmente observável;
O diâmetro interno da tubulação de extravasão deve ser dimensionado de forma a escoar o volume de água em excesso. Em reservatório de pequena capacidade recomenda-se que o diâmetro da tubulação de extravasão seja maior que o da tubulação de alimentação do reservatório; A tubulação de aviso deve ser conectada à tubulação de extravasão em seu trecho horizontal e um ponto situado a montante da eventual interligação com a tubulação de limpeza do reservatório; No caso de edifícios com pequenos reservatórios individualizados, como é o caso de residências unifamiliares, o tempo de enchimento deve ser menor que 1 hora. No caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser até de 6 horas, dependendo do tipo de edifício.
Reservatório unifamiliar
Reservatório Superior
Volume dos Reservatórios No caso do sistema indireto de distribuição com reservatório inferior e superior, o superior recebe a água bombeada do inferior e a distribui por gravidade aos aparelhos de consumo. A reserva total, a ser acumulada nos dois reservatórios, segundo a NBR 5626:1998, não pode ser inferior ao consumo diário (CD). Recomenda-se que para casos comuns, as reservas destinadas somente para o suprimento do consumo diário (CD) sejam as seguintes: Reservatório inferior (RI): 60% do consumo diário; Reservatório superior (RS): 40% do consumo diário.
Reservatórios de maior capacidade devem ser divididos em dois ou mais compartimentos para permitir operações de manutenção sem que haja interrupção na distribuição de água. São excetuadas desta exigência as residências unifamiliares isoladas. Nos reservatórios em que há reserva de água para outras finalidades, como é o caso de reserva para combate a incêndios, deve haver especial cuidado com esta exigência. Quando a reserva de consumo for armazenada na mesma caixa ou célula utilizada para reserva de combate a incêndio, devem ser previstos dispositivos que assegurem a recirculação total da água armazenada.
Dimensões características dos componentes dos reservatórios, superior e inferior Os reservatórios de capacidade superior a 4000 litros devem ser divididos em dois compartimentos iguais, comunicantes através do barrilete provido de registros de fechamento (exemplo gaveta) para facilitar a limpeza, ou conserto de qualquer dos compartimentos, ficando o outro em uso. Os reservatórios superiores devem ficar com o fundo no mínimo a 0,80 m acima do piso dos comprimentos, sobre o qual estejam situados para facilidade de acesso ao barrilete e encanamento de limpeza. No caso de reservatório inferior, abertura deve ser dotada de rebordo com altura mínima de 10 cm para evitar a entrada de água de lavagem de piso e outras.
Reserva de Incêndio A reserva de incêndio deve ser prevista ara permitir o primeiro combate durante um determinado tempo até a chegada do Corpo de Bombeiros que utilizará a rede pública para o combate ao incêndio. Tipo
Esguicho
Mangueiras Diâmetro (mm)
1 2 3
Regulável Jato compacto Ø 16 mm ou regulável Jato compacto Ø 25 mm ou regulável
Comprimento máximo (m)
Saidas
Vazão (L/min)
25 ou 32
30
1
80(1) a 100(1)
40
30
2
300
65
30
2
900
Fonte: NBR 13714/2000 1) Para sistemas tipo 1, poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”) desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, e aprovado pela Órgão Competente. NOTA: 1) os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais; 2) as vazões correspondem a cada saída; 3) Tempo de 60 minutos para os sistemas dos Tipos 1 e 2 e de 30 minutos para o Tipo 3.
E)
Considere o volume mínimo de água da reserva de incêndio segundo a NBR 13714:2000, sistema 1. E1) Volume mínimo de água da reserva de incêndio L ⋅ t ⋅ (min) VInc = 2 (jatos) ⋅ Q ⋅ min L VInc = 2 ⋅ 80 ⋅ ⋅ 60 ⋅ (min) = 9600L ou 9,6 m3 min
E2) Volume do reservatório inferior. VRI = 0,6 ⋅ CD + VInc + Voutros VRI = 0,6 ⋅ 120,5 + 9,6 VRI = 81,9m 3
E3) Volume do reservatório superior. VRS = 0,4 ⋅ CD + VInc + Voutros VRS = 0,4 ⋅ 120,5 + 9,6 VRS = 57,8m3
E4) A dimensão do reservatório inferior admitindo a altura máxima do reservatório de 3,0 metros. 81,9 VRI = m 2 VRI = 40,95 m3 VRI = x ⋅ y ⋅ h, x=y (quadrado) 40,95 = x 2 ⋅ 2,80
x=
40,95 = 3,82 m 2,80
O reservatório inferior terá duas células de 3,85x3,85x3,0 m.
E4) A dimensão do reservatório superior admitindo a altura máxima do reservatório de 3,0 metros. VRS VRS
57,8 = m 2 = 28,90 m3
VRS = x ⋅ y ⋅ h, x=y (quadrado) 28,90 = x 2 ⋅ 2,80
x=
28,90 = 3,21 m 2,80
O reservatório superior terá duas células de 3,25x3,25x3,0 m.
“ A cultura é o melhor conforto para a velhice” Aristóteles
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 5626/1998 – Instalação predial de água fria. BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Instalações hidráulicas prediais. 3 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2010. CARVALHO JR., Roberto de. Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias: Princípios Básicos Para Elaboração de Projetos. Blücher, 2015. CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 1974.
MANCINTYRE, A. J. Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2012. SALGADO, Júlio Cesar Pereira. Instalação hidráulica residencial: a prática do dia a dia. São Paulo: Érica, 2013. SANTOS, Sérgio Lopes dos. Bombas & Instalações Hidráulicas. LCTE, 2007.