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FISIOTERAPIA DESPORTIVA PLIOMETRIA Prof. Dr. Mauro Henrique Moraes Vargas Faculdade CNEC Santo Ângelo
Pliometria • Exercício que visa a utilização dos músculos em movimentos rápidos e de explosão (potência máxima); • Sequências nas fases excêntricas e concêntricas da contração. • O método junta saltos e lançamentos, movimentos cíclicos de alongamento e encurtamento. A ideia é potencializar o uso dos músculos, com foco em explosão e velocidade.
Pliometria • É um método de treinamento e/ou reabilitação física que se utiliza de alta velocidade e alta intensidade de movimentos articulares. • Enfatiza o desenvolvimento de potência e coordenação muscular, utilizando o ciclo alongamento-encurtamento (CAE)
Pliometria • A maioria das atividades desportivas, como saltar e arremessar, utiliza uma alternância de contrações musculares, denominada de ciclo alongamentoencurtamento CAE, ou seja, um mecanismo fisiológico cuja função é maximizar a produção de força e/ou melhorar a performance esportiva.
Cormie, 2011
Tipos de exercícios
Fatores Importantes
Pliometria • A pliometria é indicada para esportes nos quais o sucesso depende do poder explosivo. • Não é necessário o uso de pesos para a execução desta atividade, podendo-se usufruir do peso do próprio corpo como sobrecarga. • Utiliza-se de energia elástica armazenada (acumula na fase excêntrica para utilizar na fase concêntrica). Exemplo
Pliometria • Um exemplo clássico é a flexão do quadril antes de um salto vertical. • Ao baixar o centro de gravidade de forma rápida, os músculos envolvidos no salto são momentaneamente esticados produzindo um movimento mais potente.
Pliometria Arremessos
Pliometria • Dois modelos podem contribuir para um mecanismo complexo, os quais resultam em uma acentuada produção de potencia durante a porção concêntrica do CAE. Modelo Mecânico Modelo Neuromuscular
Pliometria Modelo Mecânico •
Elementos contrateis •
•
Modelo Neuromuscular •
Actina e Miosina
Elementos não-contráteis
- Componentes elásticos em série •Unidade músculo-tendão –Componentes elásticos em paralelo •Endomísio, perimísio e epimísio
A pré-ativação de um músculo é parcialmente responsável pelo aumento da força e da potência durante a fase concêntrica do CAE
Fusos Musculares + OTG • Músculos e tendões têm uma quantidade abundante de fusos musculares e OTG. Principal diferença: Fuso: detecta o comprimento relativo do músculo. OTG: detecta tensão muscular.
Age sobre
Estiramento do Músculo
Provocando
Reflexo Miotático
Fuso Muscular Contração agonista Relaxamento antagonista Age sobre
Tensionamento do músculo
Provocando
OTG
Relaxamento Muscular
Contração antagonista Relaxamento agonista
DANTAS, 1999
Ciclo excêntrico-concêntrico (alongamento – encurtamento) Composto de três fases distintas: • Pré-alongamento ou excêntrica: estimula os receptores musculares e carrega os músculos com energia potencial elástica. • Amortização: consiste no tempo entre o final da contração excêntrica até o começo da contração concêntrica (Quanto menor o tempo mais potente será a contração). • Encurtamento ou concêntrica: gera o movimento explosivo (contração muscular).
Ciclo excêntrico-concêntrico (alongamento – encurtamento) Amortização = Tempo de contato • Tempo de contato curto: melhora a capacidade de armazenamento e retorno de energia através dos componentes elásticos. • Tempo de contato longo: força muscular é mais trabalhada, energia elástica se perde devido a maior duração
Ciclo excêntrico-concêntrico (alongamento – encurtamento) Essa sequencia de fases é denominada de ciclo de alongamento-encurtamento (CAE)
Importante!!!
Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v.5, n.17, p.198-204. 2013.
Objetivos do treino pliométrico • Ganho de força e melhora da explosão (potência) • Desenvolver impulso (aumento de desempenho) • Melhorar a agilidade • Aprender a minimizar a força de impacto (evitar lesão) • Aperfeiçoamento de técnicas e gestos
Variáveis que interferem • Intensidade • Volume • Frequência • Sentido de movimento corporal • Carga externa • Obstáculos • Repouso
Treinamento pliométrico Denominações (dificuldades): • Pliometria simples: quando os saltos sem peso adicional sem aparelhos de apoio (caixas ou obstáculos), ou com obstáculos de pequena altura. • Pliometria média: quando os saltos deste treinamento forem feitos sobre caixas e obstáculos de meia altura. • Pliometria intensiva: quando os obstáculos incluídos nestes treinamentos tiverem grande altura.
Treinamento pliométrico Denominações (dificuldades) exemplos: • Pliometria simples: •
Saltos no lugar/ estáticos
•
Coordenativos corridas
• Pliometria média: •
Rebotes e saltos progressivos
•
Unilaterais com mudanças de planos
•
Obstáculos com alturas e quedas de 20 à 30 cm
• Pliometria intensiva: •
Multisaltos e barreiras acima de 30 cm
•
Saltos em profundidades
•
Deslocamentos unilaterais com saltos em obstáculos
•
Variações de MMSS e MMII
ANGULAÇÕES
TIPOS DE EXERCÍCIOS
Cuidados na prescrição de exercícios Pliométricos • Séries curtas • Estímulos intensos • Utilizar sistema ATP-CP • Recuperação passiva • Desenvolver a coordenação antes • Movimentos com boas amplitudes e amortização • Aquecimento articular anterior (mobilizações) • Cuidados com o calçado utilizado • Seguir uma progressão lógica de acordo com o paciente
Riscos de lesões • Há poucos dados na literatura para rejeitar ou confirmar. • Critérios: Estar apto a agachar 2x o peso corporal (MMII) e 1x peso corporal (MMSS). • Aterrissagem mal feita • Superfícies de aterrissagem inadequadas * • Saltos em profundidade de alturas muito elevadas • Distensões musculares • Tendinites.
Riscos de lesões Superfícies de aterrissagem devem possuir: • Propriedades de absorção de choque adequadas •
Grama
•
Tapetes de borracha
•
Pisos esportivos
• Propriedades não adequadas (porém utilizáveis) •
Concreto
•
Ladrilhos
•
Madeira dura
•
Colchões
Fatores de risco • Idade • Peso corporal • Força • Experiência • Superfície de pulo • Aquecimento • Progressão • Recuperação • Freqüência.
Quantificação e montagem da série Pliométrica 1º Passo: Seleção dos exercícios: Feita em função do gesto desportivo específico de MMSS e MMII nos quais deseja desenvolver a força explosiva de impulsão. 2º Passo: Determinação da intensidade: Feita através da qualificação de dois parâmetros: altura da queda e sobrecarga 3º Passo: Determinação do volume: De acordo com a capacidade do indivíduo
Indicações Programa de prevenção de lesões Programa de treinamento de atletas Reabilitação terapêutica estágios avançados (lesões ósseas, muscular, articular ou tendínea) Aumentar a velocidade, potência e habilidade de movimentos Melhora do condicionamento Melhora a coordenação intra e extra articular Vantagens: baixo custo, alta eficiência e fácil aplicabilidade
Indicações Avaliação da assimetria lateral Validação de retorno após lesão Muito utilizado em fase final de reabilitação de joelho (LCA) Pode ser utilizado na análise da performance Vantagens: baixo custo, alta eficiência e fácil aplicabilidade
Contra indicações Cirurgias recentes Inflamação aguda ou dor Instabilidades articulares Lesões recentes (devem ser muito bem avaliadas) Tendinites, fadiga muscular Atleta sem condicionamento físico Artrose severa Gravidez Etc...
Exemplos de Exercícios Pliométricos MMII Orientaçõe para um exercício pliométrico seguro: • Aterrise suavemente • Joelhos não devem ultrapassar os artelhos • Evitar curvaturas em valgo (joelhos) • Minimizar o tempo de contato com o solo • Ao agachar imagine que vai sentar em uma cadeira
Exemplos de Exercícios Pliométricos MMSS Utilização de bola (medicine ball) para atividades de MMSS • Movimentos rápidos utilizam bolas leves • Movimentos lentos utilizam bolas mais pesadas
VARIAÇÃO
1
3
2
Pliometria associada MMSS e MII Poderão ser executados exercícios pliométricos que trabalhe tanto MMSS e MMII Seria uma parte mais avançada da pliometria Necessita que o paciente consiga executar com perfeição os exercícios anteriores Entra muito na parte de recondicionamento e reinserção do atleta ao esporte
DÚVIDAS?