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Aprofundamento
Humanas Semana 3
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Geografia Liberalismo, Keynesianismo e Neoliberalismo Resumo O Liberalismo, o Keynesianismo e o Neoliberalismo são doutrinas econômicas que divergem a respeito do papel do estado na economia. Apesar dessas doutrinas possuirem seu viés político, a geografia irá se interessar pela forma na qual o estado atua na econômia dentro desses diferentes modelos. Essas doutrinas ficaram marcadas em determinados períodos históricos, acompanhando também o desenvolvimento da indústria, assim como a evolução dos meios de transporte e das tecnologias de comunicação, que alteraram a geopolítica a e as relações econômicas nos países.
Liberalismo O Mundo Liberal, ou seja, baseado no liberalismo teve início no século XVIII. O liberalismo foi uma filosofia que tinha como princípios básicos a liberdade, a igualdade e a fraternidade, mudando o então panorama da história, que era o absolutismo. Dito isso, podemos concluir que, diferentemente do absolutismo, o liberalismo pregava um governo com limites, com controle e redução do poder do governo. Além disso, o liberalismo defendia a economia de livre mercado, ou seja, uma economia que se “auto-regula”. Ele tinha também como características o individualismo e a defesa da propriedade privada, que estariam futuramente ligadas também à nova economia. Apesar de ter sido ainda no fim do século XVII, com John Locke, um filósofo inglês, que o liberalismo teve seu início, foi apenas com Adam Smith que o liberalismo se expandiu e atingiu proporções internacionais. Adam Smith ampliou o cunho político e filosófico da teoria também para a economia, criando então o Liberalismo Econômico.
Liberalismo Econômico Foi já na decadência do mercantilismo e com o firmamento do capitalismo que surgiu a teoria do liberalismo econômico. Essa teoria se baseava na não-intervenção de qualquer agente externo à economia (Estado, leis, políticas, reis). Apesar de terem existido teóricos anteriores, Adam Smith é considerado o pai do liberalismo econômico, com a teoria do trabalho livre sem nenhum regulador. Algumas das principais ideias do liberalismo são •
Mão invisível: seria a capacidade de o mercado se auto-regular sem a intervenção do estado a partir dos demais princípios básicos como a livre concorrência e a lei da oferta e da procura.
•
Livre concorrência: A econômia de regularia sem a presença do estado a partir do momento que as livre iniciativas privadas pudessem concorrer entre si. Se existe um monopólio, ou seja, uma única empresa ou iniciativa dominando um determinado setor da econômia, isso faz com que ela não tenha com quem competir e não busque melhorar seus produtos, nem suas condições de venda. Quando duas empresas dominam um setor, por exemplo, as duas tentarão superar uma a outra em busca de clientes, o que levaria a melhores produtos e dinâmicas. Se a concorrência é livre, que vença o melhor. Esse princípio é importante sobre o ponto de vista da evolução do mercado e dos produtos, sendo um valioso mecanismo de autoregulação do mercado sem intervenção estatal. Esse princípio estabelece ainda a perspectiva da vantagem comparativa, que leva a uma divisão do trabalho onde os países deveriam investir na produção do que eles naturalmente são capazes de produzir e competir com os produtos externos. Um país com 1
Geografia um ótimo potencial agrário portanto deveria investir nessa vantagem comparativa e não se especializar em produtos tecnológicos por exemplo, por não poder concorrer com os demais países que fazem isso. Essa divisão internacional do trabalho (DIT) é típica desse modelo. •
Lei da oferta e da procura: este princípio estabelece que os preços se auto regulam sem necessitar intervenção estatal. Se existe muita oferta, ou seja, muito de um produto disponível, e pouca procura, pouca demanda, baixar os preços desse produto para atrair a procura é uma excelente opção. Mas se existe pouca oferta, e muita procura, os preços podem subir pois isso garante a venda. Todo produto possui um valor mínimo no qual está embutido tudo que foi gasto para produzi-lo, sem contar o lucro. Se alguma loja tenta vender o produto por um preço caro demais, naturalmente as pessoas buscariam as lojas que vendem mais barato. Portanto o mercado se auto regula em seus preços e condições de venda. Algumas falhas nesse processo é que nem todas as iniciativas privadas possuem as mesmas condições de venda, além de que a formação de carteis ou de grandes marcas combinando preços pode ser um risco.
A forte atuação empresarial e um estado invisível na economia portanto são as ideias centrais desse modelo econômico, no qual o respeito a liberdade individual e a propriedade privada imperam. Estes princíos guiaram a econômia mundo da segunda metade do século XIX até a conhecida crise de 29. Esse período correspondeu ao desenvolvimento da indústria fordista que tinha como princípio a produção em larga escala. O consumismo era uma importante bandeira pregada nesse contexto no qual a capacidade de expandir o mercado consumidor estava limitada. Com estoques cheios, os bancos concediam crédito, empréstimos para que a população pudesse acessar a modernidade que estava sendo produzida. Outra característica de uma democracia liberal é a redução de direitos trabalhistas, uma vez que é o estado o responsável por asseguralos. Ou seja, havia cosumo sem que houvesse de fato poder de compra por parte dos trabalhadores. Essa foi a receita da crise de 29, uma crise do liberalismo que abriu os olhos para diversas críticas a esse modelo, bem como exigiu uma nova postura do estado a fim de reduzir o desemprego e fechamento de fábricas que a crise propiciou.
Os dizeres: "O melhor padrão de vida do mundo. Não há jeito melhor que o jeito americano" Em frente ao cartaz, desempregados na fila de alimentos durante a Grande Depressão
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Geografia Keynesianismo Com a crise de 29, entra em vigor um novo modelo econômico conhecido como Keynesianismo. O cientista econômico John Maynard Keynes já vinha apontando para a possibilidade de uma crise econômica devido a não interferência do Estado na economia. Ele defendia que o Estado deveria ser atuante (forte) na economia, para ajudar o capitalismo nos momentos de crise, naturais desse sistema. Após a crise do Liberalismo, Keynes, que já apontava para seu esgotamento, passou a ser um grande referencial na economia. Franklin Delano Roosevelt, inspirado nas ideias de Keynes, lançou o New Deal (Novo Acordo), em 1933, para recuperar a economia americana a partir do aumento do consumo. Lembre-se: a crise de 1929 tinha sido resultado da superprodução e estagnação do consumo. Muitas fábricas fecharam, causando desemprego e a quebra da bolsa de valores de Nova York. Era necessário que o estado intervisse, a fim de reaquecer a economia. Roosevelt fundamentou-se nas ideias de Keynes para recuperar a economia. Entre essas ideias, podem-se citar: •
Pleno emprego e estabilidade;
•
Aumento dos salários;
•
Menos horas de trabalho.
Todas essas ações buscavam o crescimento do número de empregos, da renda e do consumo, recuperando a economia americana. Esse Estado forte na economia ficou conhecido como Estado Keynesiano ou Estado do Bem-Estar Social. Nos Estados Unidos, foi responsável por consolidar o American Way of Life (estilo de vida americano), garantindo o auge do fordismo nos anos 50. Na Europa, está associado a diversos ganhos sociais pela população desse continente. De modo geral, um estado forte e responsável por garantir os direitos, e por realizar grandes obras, criando planos para distribuição industrial, permaneceu como modelo econômico imperante até o fim da Guerra Fria. Diversos sistemas políticos surgiram dessa lógica. Ao longo da Guerra Fria tinhamos um mundo dividido em dois pólos de poder. A corrida por desenvolvimento gerou novidades nas tecnologias de comunicação e transporte de modo que as relações geopolíticas tendiam para um momento de maior abertura dos mercados. O Toyotismo aparece como um modelo flexível e tecnológico correspondendo a esse momento. Além disso, no final da guerra, muitos estados estavam profundamente endividados. Com isso, houve uma abertura de mercados e uma reorganização da economia para uma lógica globalizada no que conhecemos como Nova Ordem Mundial. O neoliberalismo portanto retoma os preceitos liberais mas mantem o estado enquanto responsável por cuidar de setores estratégicos. Continua sendo de responsabilidade do estado garantir os direitos básicos da população e o acesso a serviços.
Neoliberalismo Durante a década de 1980, o modelo de crescimento adotado pela União Soviética já mostrava seu esgotamento. O fim da Guerra Fria e deste contexto de Velha Ordem Mundial já era observado no horizonte próximo. Nesse contexto, inicia-se o estabelecimento das bases da Nova Ordem Mundial, na qual todos os países seguiriam a mesma lógica econômica, o Neoliberalismo. O papel do Estado é alterado, passando a adotar políticas de desregulamentação da economia, privatizações, flexibilização de leis trabalhistas. Essas são as características do Neoliberalismo, que pode ser definido como um modelo no qual o controle da economia é empresarial e o Estado é mínimo. Margareth Thatcher (Reino Unido) e Ronald Reagan (EUA), surgem como símbolos da adoção dessa nova política econômica de Estado, embora a experiência neoliberal tenha começado, de fato, no Chile, durante as reformas ditatoriais de Augusto Pinochet. A crítica do Neoliberalismo ao sistema Keynesiano é a de que o “Estado forte” é muito custoso economicamente e limita assim as ações comerciais, prejudicando a chamada 3
Geografia “liberdade econômica”. Além disso, o aumento dos salários e o fortalecimento dos sindicatos são vistos como ameaças à economia, pois podem aumentar os custos com mão de obra e elevar os índices de inflação. Neste sentido, os neoliberais defendem a desregulamentação da força de trabalho, com a diminuição da renda e a flexibilização do processo produtivo. É nesse contexto que se observa o processo de desconcentração industrial fundamentado nas revoluções técnicas dos transportes e comunicações que possibilitaram, inclusive, a globalização. Para conseguir espalhar essa política econômica pela América Latina, principal área de influência dos Estados Unidos, foi criado o Consenso de Washington, que funcionava basicamente como uma receita de bolo para os países adotarem o Neoliberalismo. Algumas das recomendações econômicas são: disciplina fiscal; redução de gastos públicos; reforma tributária; juros de mercado; câmbio de mercado; abertura comercial; eliminação de restrições aos investimentos estrangeiros; privatização das estatais; e desregulamentação das leis econômicas e trabalhistas.
Mapa mental – Neoliberalismo. Confira nosso Quer Que Desenhe sobre Neoliberalismo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6wVyLGZMLOo
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Geografia Exercícios 1.
2.
(Fatec-SP) Entre os fatores que ocasionaram a crise de 1929 nos EUA destaca(m)-se: a)
o protecionismo rígido, a escassez de crédito bancário e a superprodução.
b)
a saturação do mercado, a crise na agricultura e o crash da bolsa de Nova York.
c)
a superprodução, a saturação do mercado e a expansão desmedida do crédito bancário.
d)
a adoção de programas de construção de obras financiadas pelo Estado para minorar o desemprego.
e)
a excessiva oferta de terras e o protecionismo rígido.
(UNESP) Encontrando-se o Estado em situação de poder calcular a eficiência (...) dos bens de capital a longo prazo e com base nos interesses gerais da comunidade, espero vê-lo assumir uma responsabilidade cada vez maior na organização direta dos investimentos. KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. 1936.
O ponto de vista de Keynes opõe-se a uma teoria econômica que predominou na política governamental dos Estados Unidos da América nos anos imediatamente anteriores à crise de 1929. Baseando-se nessas informações, responda:
3.
a)
A que teoria econômica Keynes se opunha?
b)
Exemplifique, com duas medidas implementadas pelo New Deal, o esforço do governo Roosevelt para superar os efeitos sociais da crise econômica de 1929.
(Ufrgs 2019) Não é novidade que, a partir do momento em que a neoliberalização foi violenta e repentinamente imposta em partes do sul global, nas décadas de 1970 e 1980, seja por conquista imperial, golpes de Estado internos, exigência do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou alguma combinação destes, o trabalho foi amordaçado e o capital, posto à solta. [...] De um lado, as indústrias estatais são privatizadas, proprietários estrangeiros são atraídos, a retenção de lucros é assegurada; de outro, as greves são criminalizadas e os sindicatos, limitados, por vezes até declarados ilegais. BROWN, Wendy. Cidadania Sacrificial: neoliberalismo, capital humano e políticas de austeridade. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2018. p. 24.
Considerando a história contemporânea, o texto aborda algumas práticas associadas à emergência de regimes neoliberais pelo globo, ao longo das últimas décadas. Assinale a alternativa que indica algumas dessas práticas. a)
A estatização de empresas privadas, a extensão das redes de proteção social e o controle social dos lucros das grandes corporações.
b)
A ampliação dos direitos democráticos, a crítica às políticas de austeridade e a introdução de reformas sociais em larga escala.
c)
A privatização de empresas públicas, a precarização das relações laborais e a introdução de políticas de austeridade em larga escala.
d)
A defesa do nacionalismo econômico, a quebra de grandes monopólios corporativos e o enfraquecimento do sistema de seguridade social.
e)
A criminalização da superexploração do trabalho, a ampliação do setor de serviços e a democratização das rendas nacionais. 5
Geografia 4.
(Mackenzie) Inspirado no liberalismo clássico e em clara oposição ao Keynesianismo, o neoliberalismo propõe, entre outras medidas: I.
a atuação do Estado como empresário, como mediador das relações capital-trabalho e como regulador de taxas e tarifas.
II.
o desenvolvimento de uma política de privatização das empresas estatais para reduzir o papel do Estado na economia.
III. a minimização do poder dos sindicatos e a redução dos direitos trabalhistas. IV. a redução das barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países, promovendo, assim, uma maior abertura econômica. Estão corretas:
5.
a)
apenas I, II e IV.
b)
apenas I, III e IV.
c)
apenas I, II e III.
d)
apenas II, III e IV.
e)
I, II, III e IV
(ENEM) Houve momentos de profunda crise na história mundial contemporânea que representaram, para o Brasil, oportunidades de transformação no campo econômico. A Primeira Guerra Mundial (19141918) e a quebra da Bolsa de Nova York (1929), por exemplo, levaram o Brasil a modificar suas estratégias produtivas e a contornar as dificuldades de importação de produtos que demandava dos países industrializados. Nas três primeiras décadas do século XX, o Brasil: a)
impediu a entrada de capital estrangeiro, de modo a garantir a primazia da indústria nacional. b) priorizou o ensino técnico, no intuito de qualificar a mão de obra nacional direcionada à indústria.
b)
experimentou grandes transformações tecnológicas na indústria e mudanças compatíveis na legislação trabalhista.
c)
aproveitou a conjuntura de crise para fomentar a industrialização pelo país, diminuindo as desigualdades regionais.
d)
direcionou parte do capital gerado pela cafeicultura para a industrialização, aproveitando a recessão europeia e norte-americana.
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Geografia Gabarito 1.
C A crise de 29 foi uma crise de superprodução. Com os estoques fordistas cheios, os bancos concediam créditos para estimular o consumo. A lógica de autoregulaçao do mercado estava dando sinais de esgotamento.
2.
3.
a)
Se opunha à teoria econômica liberal, que rejeitava a intervenção do estado na economia, por se estabelecer com base na ideia de que o mercado corrigia naturalmente seus eventuais desbalanços ou distorções. Num capitalismo baseado na concorrência, não é difícil imaginar que os preços dos produtos oscilavam em cima do valor real da produçao e das mercadorias, uma vez que as empresas que vendiam mais caro perderiam compradores para os concorrentes que vendiam barato, na chamada lei da oferta e da procura que é uma das bases do sistema capitalista, sendo um regulador econômico importante. Porém, com a crise de superprodução, concessão de créditos para estimular o consumo, e alterações no sistema capitalista como a formação de cartéis formados por grandes empresas que passam a controlar grande parte da produção, passam a ditar e combinar preços superiores ao valor real da mercadoria, reduzindo também o consumo.
b)
O presidente Rossevelt ficou conhecido por sua política economica chamada New Deal, com a finalidade de tirar os EUA da recessão. Suas medidas passavam por obras estatais de grande porte, subsídios a empresários com dificuldades gerando empregos e recontratação dos trabalhadores, aumento dos gastos sociais e direitos trabalhistas como auxílio desemprego. Essa base possibilitou que o consumo permanecesse girando e a economia fosse reaquecida, é o chamado "Estado de Bem Estar Social"
C O neoliberalismo se caracteriza por um novo momento de perda da atuação do estado, também por meio das privatizações das empresas públicas. A austeridade, ou seja, corte de despesas e precarização das relações de trabalho também são característicos desse momento.
4.
D O Estado não tem papel de mediar e regular a economia no neoliberalismo. Outro importante aspecto, é a abertura de mercados, compondo a nova economia global que fortalece as multinacionais.
5.
E Com a crise de 29 e a redução do consumo, o Brasil realizou a substituição de importações começando uma importante etapa da industrialização do Brasil. Os períodos de Vargas e JK corresponderam a um estado forte e presente na economia, assim como no período da ditadura marcado por grandes obras estatais. Posterior a esse momento, houve o endividamento dos estados e a abertura econômica que, no Brasil, veio junto com a democratização.
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História Grécia e Roma Resumo A Grécia antiga Os períodos da antiguidade grega A região que conhecemos hoje como a Grécia, no Mar Mediterrâneo, possui uma história milenar de formação civilizacional que chegou a construir um dos maiores impérios do mundo. Essa civilização, apesar de ser formada por diversos povos que se identificarem por um laço histórico, por uma cultura comum, pela semelhança linguística e pela mesma religião, não apresentaram durante séculos uma estrutura política e administrativa unificada. Assim, para estudar o passado dessa chamada civilização grega, a divisão em períodos históricos facilita a compreensão de sua construção. 1. Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.) - Entre os séculos XX e XII a.C., encontra-se a formação da chamada civilização cretense, berço do mundo grego, na ilha de Creta. Neste período, os povos cretenses se destacaram pelo intenso comércio mediterrâneo, pela construção de uma sociedade com tendência matriarcal e que cultuava a divindade conhecida como Grande Mãe. No entanto, por volta do século XV a.C., os cretenses foram dominados pelos aqueus, vindos do Norte, dando origem à civilização micênica, de tendência patriarcal. Posteriormente, outros povos também chegaram ao território e dominaram a Grécia continental, como os eólios, os jônios e, sobretudo, os dórios, que levaram ao fim a civilização micênica com a dispersão dos povos na chamada 1º Diáspora Grega. 2.
Período Homérico (XII – VIII a.C.) - Esta fase da civilização recebe o nome do grande poeta grego, pois foi o período em que o mesmo esteve em atividade e escreveu as obras Ilíada e Odisseia, pelas quais o autor conta histórias do passado grego, dos deuses e dos grandes heróis. Essas histórias até hoje são fontes importantes para os estudos sobre as civilizações cretense e micênica. Foi também neste mesmo período que as organizações dos povos da região grega voltaram a ser mais complexas, inicialmente com a formação da comunidade gentílica (geno), que eram pequenas unidades agrícolas autossuficientes dominadas pela figura do pater. Essas comunidades passaram a centralizar cada vez mais o poder em elites regionais, logo, alianças entre diferentes genos deram origem às fratarias, que se uniram formando tribos e, enfim, com a união de várias tribos, surgiram os demos. Nessa configuração, estabelecida pela aliança inicial dos genos, novos grupos sociais foram se formando, como os eupátridas (herdeiros dos pater) que monopolizavam as terras férteis. Assim, graças a escassez de terras, dominadas pelas elites, muitos gregos migraram para outras regiões, formando colônias e iniciando a 2º Diáspora Grega.
3.
Período Arcaico (VIII – VI a.C.) – Nesta fase, com a colonização de novos territórios e com a formação de demos e classes privilegiadas, uma nova estrutura administrativa se consolidou, a chamada pólis (cidade-Estado). Na pólis a vida urbana se intensificou, ampliando o contato entre os gregos e com outros povos, retomando assim o comércio, as navegações e o desenvolvimento intelectual, sobretudo filosófico. Desta forma, cada cidade-Estado possuía autonomia para ter sua própria administração, sua
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História elite local, suas leis e organização social, sendo na maioria delas adotado o regime oligárquico, ou seja, o poder nas mãos de poucos. No entanto, apesar dessa autonomia, as pólis gregas ainda compartilhavam entre si muito da cultura, da religião e da língua. Um grande exemplo dessa ligação entre as pólis eram as realizações dos jogos olímpicos, que se iniciaram por volta do século VIII a.C. Nesse período, as diversas cidades-Estados passaram a se reunir em eventos a cada quatro anos, realizados na pólis de Olímpia, para disputar provas em nome de seus deuses. 4.
Período Clássico (V – IV a.C.) – O período Clássico da civilização grega é o grande apogeu cultural e intelectual dessa sociedade. Durante estes séculos, grandes reformas foram realizadas por legisladores, pólis como Atenas viveram grande crescimento enquanto famosos filósofos circulavam pelas cidades. Entretanto, apesar dessas características do período, as guerras também assolaram as pólis gregas. Os maiores inimigos dos gregos, neste período, foram os persas, que formavam um grande império com o líder Dário I no oriente. Durante os anos de 490 – 479 a.C., os persas tentaram invadir o território grego nas chamadas Guerras Médicas, no entanto, foram derrotados por Atenas na Planície de Maratona. Em uma segunda ofensiva, desta vez com Xerxes I liderando os persas, os invasores chegaram a entrar em Atenas por volta de 480 a.C., mas, mais uma vez foram derrotados, desta vez por uma aliança formada entre atenienses e outras pólis, conhecida como a Liga de Delos. Com o poder desse exército e os impostos pagos pelas pólis para a manutenção das tropas, Atenas logo se tornou uma grande força militar e econômica, conquistando inclusive regiões no oriente e expandindo ainda mais as fronteiras gregas, em uma política conhecida como o imperialismo ateniense. Essa política, no entanto, logo passou a incomodar outras cidades que se encontravam oprimidas pelo poder ateniense e pelas altas taxas impostas para a manutenção da Liga de Delos. Desta forma, reivindicando um fim para o imperialismo ateniense e visando deter o poder hegemônico na Grécia, a pólis de Esparta, famosa pelos seus guerreiros, liderou um movimento de oposição que criou uma nova aliança militar, a Liga do Peloponeso. Com essa rivalidade estabelecida, uma guerra entre as duas ligas, lideradas por Atenas e Esparta, logo teve início em 431 a.C. Durante a chamada Guerra do Peloponeso, Atenas foi derrotada na batalha de Egos Pótamos, em 404 a.C., no entanto, as duas cidades acabaram derrotadas ao fim, pois as constantes guerras e o enfraquecimento da vitoriosa Esparta atraíram o interesse de outras civilizações. Assim, a Macedônia, que ficava ao norte da península balcânica, percebendo a situação instável das pólis gregas também invadiu a região, derrotando as cidades em 338 a.C., na Batalha de Queroneia e iniciando, enfim, o chamado Período Helenístico.
5.
Período Helenístico (IV – II a.C.) – O domínio grego sobre a macedônia construiu, enfim, um dos maiores impérios do mundo, primeiro comandado por Felipe II e, posteriormente, por seu filho Alexandre, o Grande, discípulo de Aristóteles. Durante esses anos, a cultura grega se fundiu com a cultura macedônica e se expandiu pelo oriente, sendo preservada e assimilada em diversas cidades orientais e dando origem ao que conhecemos como o helenismo. Apesar da formação deste grande império por Alexandre, as graves crises internas e a dificuldade de administrar um vasto território fizeram com que não sobrevivesse por muito mais que dois séculos. Com esses problemas, paralelos ao crescimento do império romano, a expansão do helenismo logo teve seu fim.
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História A pólis ateniense Dentre as cidades-Estados gregas mais importantes durante o período clássico, podemos destacar duas, Atenas e Esparta. Essas duas pólis, apesar de compartilharem uma cultura, religião e a língua, divergiam muito nas visões sobre política, filosofia e sociedade. Atenas, localizada na Ática (região sul da Grécia), não chegou a ser dominada pelos dórios no passado, mas foi ocupada pelos aqueus, pelos eólios e pelos jônios, que formaram a base inicial da cultura ateniense. No aspecto social, Atenas também era diversificada, com classes sociais bem definidas. A elite agrária era conhecida como os eupátridas, estando estes no topo da sociedade e detentores de privilégios; os trabalhadores livres, ligados ao comércio e sem muitos privilégios eram chamados de demiurgos; abaixo estavam os metecos, que eram estrangeiros livres, mas sem direitos e, enfim, os escravizados. Essa distinção de privilégios e poderes entre os eupátridas e os demiurgos geraram diversas crises internas, pois os demiurgos, com o desenvolvimento político ateniense, passaram a contestar cada vez mais a estrutura social existente. Essas tensões sociais pioraram ainda mais com a expansão ateniense, a conquista de novos territórios e a chegada de mais escravizados, o que tornava as terras férteis limitadas nas mãos de poucos e os trabalhos escassos. Diante deste cenário, muitos trabalhadores se endividaram e acabaram se tornando escravos por dívidas ou simplesmente migraram para outras regiões, logo, essa concentração de poder oligárquica passou a ser atacada. Para mudar essa conjuntura e apaziguar as tensões sociais que explodiam em Atenas, uma série de legisladores, a partir do século VII a.C. realizaram diversas reformas sociais na pólis. O primeiro deles foi Drácon, que organizou e registrou as leis atenienses, tornando possível o acesso público a elas. Depois de Drácon, o legislador Sólon aboliu a escravidão por dívida que tanto assolava os demiurgos e ainda criou a Bulé (conselho com representantes de todas as regiões atenienses), a Eclésia (assembleia popular que poderia aprovar as leis da Bulé) e, enfim, o Helie (um tribunal de justiça para os cidadãos). Apesar das reformas terem como objetivo conter as tensões sociais, elas acabaram tendo um efeito contrário, pois desencadearam guerras civis e ampliaram ainda mais o autoritarismo oligárquico que, com apoio dos eupátridas, iniciou um período de ditaduras em Atenas. Esta fase de tirania foi derrubada apenas em 510 a.C., com uma revolta liderada por Clístenes, que derrotou o último tirano, pacificou a pólis e iniciou a construção de um regime democrático baseado na Bulé, na Eclésia e no Helieu, com participação de todos os cidadãos. Assim, apesar de Atenas ter se formado como as outras cidades, através de comunidades gentílicas e demos, com a presença de uma monarquia e, posteriormente, de uma oligarquia, essa pólis, ao contrário da maioria, seguiu por um caminho político diferente, formando o que ficou conhecido como a democracia ateniense, com livre participação política de seus cidadãos. No entanto, seria considerado um cidadão ateniense, neste período, apenas os homens livres, nascidos em Atenas, com pai e mãe ateniense e com idade superior a 18 anos. Esse modelo de democracia, apesar de permitir uma participação direta dos cidadãos nas decisões públicas, excluía por fim mulheres, estrangeiros e escravizados da participação políticas.
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História A pólis espartana Até o século VII a.C. a sociedade espartana teve um desenvolvimento semelhante às demais pólis gregas, com dominação de outros povos (dórios) e formação de regimes oligárquicos com uma elite rural. Entretanto, diferente de Atenas, Esparta, durante o período expansionista grego, manteve-se isolada, fechada em suas terras férteis e na sua cultura militarista. Assim, Esparta não viveu as tensões sociais que assolaram Atenas e nem as transformações que visavam apaziguar as classes, mantendo essa pólis agrária e oligárquica até o fim. Com essa manutenção das classes sociais, Esparta se configurou como uma cidade extremamente escravocrata e com pouquíssima mobilidade social. Nesta hierarquia, podemos definir, portanto, no topo da pirâmide social o grupo dos esparciatas, que era uma elite militar descendente dos dórios. Estes eram responsáveis pela administração das terras comunais, agora estatizadas, e detinham poder econômico e direitos políticos. Em seguida vinham os periecos, que eram os cidadãos livres que se dedicavam à agricultura das terras periféricas, alguns inclusive sendo pequenos proprietários, comerciantes ou artesãos. Por último vinham os hilotas, que eram servos de propriedade do Estado e trabalhavam nas terras dos esparciatas, sem direitos políticos. Desta forma, sendo os espartanos uma classe social que formava a elite da pólis e detinha nas mãos de poucos o controle do Estado e das riquezas, eles logo se militarizaram como forma de ampliar o controle social. Através desse mecanismo a sociedade espartana se tornou extremamente militarizada, seja na educação ou na formação política do indivíduo. A própria legislação espartana, por exemplo, estava baseada em um conceito de cidadão-guerreiro e uma Diarquia, formada por dois reis, que eram responsáveis, por fim, pelas funções religiosas e militares.
Roma: monarquia, república e império. O Mito de fundação Até hoje, os marcos da fundação de Roma são debatidos por historiadores e arqueólogos, porém, é amplamente conhecido por estudiosos um mito de origem muito divulgado durante o império, principalmente pelo poeta Virgílio, em Eneida e por Tito Lívio, que contavam a história de Rômulo e Remo. No mito, a sacerdotisa Reia Silvia, obrigada a se manter virgem, engravida do deus Marte e nomeia seus filhos gêmeos de Rômulo e Remo, descendentes do antigo guerreiro troiano Enéas. Contrariado, o rei Amúlio, de Alba Longa, pune a sacerdotisa a prendendo em um calabouço e jogando as duas crianças no rio Tibre. Os bebês, no entanto, são salvos por uma loba aos pés do monte Palatino, que os amamenta sob as ordens do deus Marte. Em seguida, os dois irmãos são encontrados por uma família de pastores locais e crescem na região. Futuramente, após a vingança dos irmãos contra Amúlio e o retorno ao monte Palatino, os irmãos decidem fundar uma nova cidade, mas, por conta de um desencontro de ideias, Rômulo assassina Remo e funda Roma, em 753 a.C., tornando-se o primeiro rei. Apesar dos mitos difundidos, é conhecido pela historiografia que, inicialmente, a região da península itálica era composta por diferentes povos, como os sabinos, os latinos, os etruscos, os italiotas e, ao sul os próprios gregos com suas colônias. Visto isso, a partir deste período, a história da Roma Antiga pode ser dividida cronologicamente em três fases: a Monarquia, a República e o Império.
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História
Romulus and Remus – Wenceslaus Holla, Bohemian, 1652. Fonte: Met museum. Disponível em: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/360730
Monarquia (da fundação de Roma ao século VI a.C.) A região de Roma, sem muitas terras férteis, foi primeiro povoada por pastores e pequenas famílias, que passaram a centralizar o poder e desenvolver sistemas administrativos, mas logo foram dominados por outros povos, sobretudo os etruscos, que impuseram seu domínio militar e político. Neste período a divisão social já se destacava de forma hierárquica, com os chamados patrícios dominando as terras férteis e os privilégios políticos; os plebeus, que eram trabalhadores livres, mas sem direitos políticos; os clientes, que também eram trabalhadores livres, mas prestavam serviços aos patrícios e, por fim, os escravizados, que se encontravam nesta situação por dívidas ou por serem espólios de guerras. Este período monárquico durou até o século VI a.C., com uma predominância de reis etruscos no poder, sendo Tarquínio, o Soberbo, o último dos reis. Este, por sua postura audaciosa e tirânica e pelos conflitos causados com o senado e com a aristocracia local, logo foi derrubado em uma espécie de golpe articulado pelos patrícios e pelo próprio senado, que exilou Tarquínio e instalou em Roma uma república dominada pelos patrícios.
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História República (VI a.C. – I a.C.) No período republicano, Roma conquistou toda a península itálica e iniciou sua expansão territorial, dando forma ao seu modelo econômico baseado na escravidão e na conquista de novas terras. Os romanos nesse período eram governados por um Senado composto por homens que detinham cargo vitalício e decidiam as principais questões referentes ao Estado. Durante a república, o Senado manteve suas funções legislativas, mas também atuava nas partes administrativas e financeiras apoiando os magistrados, que se dividiam em: cônsules (encarregados do poder executivo), pretores (judiciário), censores (faziam o censo), edis (responsáveis pelo controle urbano) e os questores (administravam o tesouro público). Neste período a sociedade romana manteve a forte hierarquia, de difícil mobilidade, estando no topo ainda os patrícios, que eram proprietários de terras, cidadãos romanos, donos de escravos e responsáveis pelos altos cargos políticos. Desta forma, apesar de existir uma república como sistema político, o que na prática se adotava como regime era uma oligarquia, pois o poder continuava concentrado nas mãos de poucos privilegiados. Essa relação entre as classes e os privilégios do topo, assim como em Atenas, acabaram por gerar uma série de tensões sociais. Um dos momentos mais sensíveis aconteceu em 494 a.C., quando insatisfeitos com o sistema político romano os plebeus abandonaram a capital e passaram a exigir uma série de mudanças políticas, conquistando, enfim, o cargo de tribuno da plebe, que teria o poder de vetar decisões do Senado. Outras conquistas para os plebeus também vieram nesse período para amenizar as tensões entre as classes, como a criação da Lei das 12 Tábuas, em 450 a.C., que garantia a organização e registro das leis romanas; as Leis Licínias, que estabeleciam a obrigatoriedade de um cônsul ser plebeu; a Lei Canuleia, que autorizava o casamento entre membros de classes sociais diferentes. Entretanto, apesar dessas leis apaziguarem momentaneamente as tensões sociais, as crises internas não deixaram de existir. Muitos desses problemas se aprofundaram com a própria expansão romana, pois, com o domínio na península itálica e, posteriormente, com a conquista de Cartago nas chamadas Guerras Púnicas (264 – 146 a.C.), a República romana ganhou dimensões gigantescas, de difícil administração. Piorando ainda mais a situação, a massiva entrada de escravizados em Roma impossibilitou o trabalho de muitos camponeses, que migraram para as cidades e se tornaram massas famintas e desempregadas. Os pequenos proprietários, por sua vez, não conseguiam disputar com os grandes agricultores e os pequenos comerciantes pouco vendiam com a entrada cada vez maior de produtos estrangeiros e com a ascensão dos grandes comerciantes. Toda essa conjuntura de concentração de terras, má administração pública e empobrecimento da plebe acabou sendo responsável por acumular ainda mais problemas para o Senado e, por fim ampliar os conflitos sociais. Apesar dos irmãos Gracos tentarem elaborar propostas de reforma agrária e projetos para apaziguar os problemas sociais, a saída romana para a crise acabou sendo pelo recrudescimento do poder, com a instalação de uma ditadura militar na república. No ano 60 a.C., o Senado enfim iniciou um regime de triunvirato, que seria formado por três generais, sendo inicialmente Pompeu, Crasso e Júlio César. Deste triunvirato, uma crise política se instalou, levando César a se tornar um ditador vitalício e enfraquecendo o Senado que, insatisfeito, articulou um golpe com a elite romana que assassinou o ditador. Apesar de um segundo triunvirato ter se formado com a morte de César, composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido, mais uma vez uma crise interna levou os ditadores aos conflitos, que teve, por fim, a vitória de Otávio
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História e sua ascensão solitária ao poder. Recebendo o título de augustus (divino), Otávio logo deu início ao Império Romano.
Patrícios
Clientes
Plebeus Escravos Império (I a.C. – V a.C.) Nessa fase a vida política romana mudou consideravelmente, pois agora havia um Imperador associado a uma figura divina, que tinha o cargo vitalício e governava praticamente de modo soberano, mesmo com a existência de um Senado. O império foi um período de grandes mudanças na sociedade e na cultura romana, sendo instalados os famosos coliseus por todo o território dominado, fazendo um controle ideológico e social de sua população e distribuindo trigo para conter as revoltas locais. Essa medida ficou conhecida como a política do “pão e circo”, pois alienava a população com comida e diversão e mantinha a paz no império, mesmo com os privilégios da elite. O mercado de escravos continuou sendo uma grande fonte de renda para Roma, já que a força de trabalho em grande parte ainda era a escravizada, principalmente no meio urbano. Com Otávio Augusto a população escravizada cresceu ainda mais, pois a política expansionista se manteve e novos estrangeiros escravizados continuaram chegando ao Império. Com o crescimento romano e a entrada de diversos povos para essa civilização, naturalmente, novas religiões também começaram a se disseminar entre os romanos, dentre elas, o cristianismo ganhou muita força e passou a colocar em xeque a própria representação divina do Imperador. Os conflitos entre o império e os cristãos foram tão intensos que imperadores como Nero, por exemplo, levaram a perseguição religiosa a barbaridade, com o uso de cristãos em batalhas contra leões e gladiadores, para o divertimento dos romanos. O cristianismo se tornou então uma ideia subversiva em Roma, que conquistou principalmente os escravizados ao falar sobre amor ao próximo, ao pregar a não violência e ao profetizar uma vida melhor aos pobres após a morte. O crescimento dessa religião foi tão grande que, posteriormente, acabou conquistando inclusive a elite romana, com a conversão do Imperador Constantino em 313 d.C., que declarou a liberdade de culto no império e, em 391 d.C., o cristianismo se tornou a religião oficial de Roma, perseguindo todas as outras, consideradas pagãs.
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História A partir do século II d.C., o império romano passou a viver seus maiores momentos de crise, pois, com um território de proporções colossais, a administração já não conseguia mais alcançar todas as fronteiras, que cada vez mais eram pressionadas pelos chamados povos bárbaros. Esses grupos, que configuravam diversas tribos e etnias espalhadas pelas fronteiras do império passaram a invadir regiões distantes e fazer parte do império ou dominar territórios isolados. Sendo assim, a queda do império romano, ou melhor, seu desmantelamento, deve-se a uma série de invasões bárbaras nas fronteiras, à crise de desabastecimento de alimentos e mão de obra, aos próprios conflitos políticos internos e uma crise do escravismo. O seu fim foi marcado pelo saque à Roma promovido por Odoacro, o rei dos hérulos, em 476 d.C., que depois foi coroado Rei da Itália. Assim, portanto, começava o processo de transição da antiguidade para a Idade Média. A maioria dos governantes das províncias, que muitas vezes eram antigos líderes dos povos das regiões, devido às crises já não obedeciam mais às ordens de Roma, o que contribuiu, enfim, para o desmantelamento do império do Ocidente e para a formação do feudalismo.
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História Exercícios 1.
2.
Durante seu Período Republicano, Roma vivenciou diversos embates entre patrícios e plebeus que resultaram na fragilização do sistema político e em profundas mudanças sociais, dentre as quais é possível destacar: a)
A gradativa exclusão dos plebeus e a concentração de poder nas mãos da aristocracia patrícia.
b)
A substituição de todos senadores patrícios por plebeus, instaurando o momento mais importante da democracia romana.
c)
A instauração da Assembleia da Plebe e a destituição de uma das mais tradicionais instâncias decisórias, o senado romano.
d)
A conquista de certa igualdade de direitos pela plebe em relação aos patrícios, inclusive com o direito de participação na esfera da magistratura.
e)
O fim da escravidão após a revolta de Espartacos e a distribuição de terras entre a plebe.
Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia). M. I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.
Com base no texto, pode-se apontar corretamente: a)
a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.
b)
a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.
c)
a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político.
d)
a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.
e)
a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional.
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História 3.
Considere o texto abaixo: “O surgimento das moedas liga-se (...) a três transformações culturais notáveis da Grécia nos idos do século VII a.C. (...): o desenvolvimento da pólis (...) e da vida política (...), a complexificação crescente das trocas comerciais (...) [e] a alfabetização.” FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995, p. 50.
A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia antiga, assinale a alternativa que relaciona corretamente a pólis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas:
4.
a)
A pólis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, caracterizando a ocupação da Magna Grécia por Esparta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de escravos nas cidades-estados. Nas guerras realizadas no Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escravos e vendidos nas colônias gregas, o que intensificou a circulação de moedas.
b)
A pólis era um tipo específico de organização social encontrada em Atenas e Esparta. No período em questão, essas duas cidades-estados rivalizaram-se na expansão territorial, gerando a Guerra do Peloponeso. Ao final deste conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a circulação de moedas.
c)
A pólis foi a principal forma de organização social na Grécia, constituindo-se em cidades autônomas com governos e leis próprias. No século VII a.C., com o aumento demográfico e a concentração latifundiária, houve a expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, causando intensa circulação de moedas para o comércio marítimo e terrestre.
d)
A pólis surgiu como solução para os conflitos entre Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, constituindo-se como cidade autônoma fortificada, cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediterrâneo, levando à formação de colônias e ao aumento da circulação de moedas nas trocas comerciais.
e)
A pólis era um tipo de cidade-estado que se desenvolveu em decorrência da expansão comercial grega, ocasionando a fundação de colônias na Magna Grécia. Por conta de seu caráter autônomo, algumas cidades-estados uniram-se na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediterrâneo, gerando aumento na atividade comercial grega e o uso de moedas.
“A república conquistara para Roma o seu Império: as suas próprias vitórias a tornaram anacrônica”. ANDERSON, Perry. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1982.
Com base na sua leitura do texto acima, explique de que maneira as conquistas da República Romana levaram à sua própria crise.
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História 5.
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidadeestado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias. CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estados da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política: a)
Controle da terra.
b)
Liberdade de culto.
c)
Igualdade de gênero.
d)
Exclusão dos militares.
e)
Exigência da alfabetização.
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História Gabarito 1.
D As tensões sociais entre os plebeus e os patrícios acabaram resultando revoltas e guerras civis, que foram fundamentais para a conquista de direitos e de maior igualdade entre as classes. Dentre as conquistas, podemos citar também a permissão de casamento entre plebeus e patrícios, a obrigatoriedade de um Cônsul da plebe e até mesmo a organização das leis.
2.
D Ao afirmar, no fim do texto que: “Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia”, o autor contraria certos deslizes historiográficos que consideram o helenismo como uma formação nacional. A ideia de nação, devemos destacar, é um conceito moderno, logo, deve ser evitado para compreender a antiguidade.
3.
C O crescimento grego, causado pela expansão e pela conquista de novas colônias, proporcionou também a chegada de novos escravizados e o aumento das rotas comerciais. Com essas mudanças, a circulação de moedas entre as pólis e as colônias ganhou força.
4.
O expansionismo romano durante a república visava principalmente a conquista de novos territórios e de escravos, para a manutenção de uma sociedade que se baseava nesse tipo de trabalho. No entanto, a entrada massiva desses escravizados provocou também o empobrecimento da plebe e de camponeses que, sem trabalho, passaram a vagar nas cidades, morrendo de fome e questionando os privilégios aristocráticos, o que levou, naturalmente, às revoltas. Vale destacar também que a política expansionista romana custava caro, pois era necessário ampliar as despesas com militares e com a administração dos territórios, o que acabou gerando uma crise econômica e administrativa.
5.
A Nas oligarquias e aristocracias só votavam os cidadãos proprietários, ou seja, o controle da terra era um elemento para a participação política. Já na democracia, a participação política era confundida com a ideia de cidadania. Em Atenas, por exemplo, votavam todos os homens adultos, filhos de pais e mães atenienses.
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Português Classes variáveis e invariáveis (destaque a palavras que transitem de classe gramatical) Resumo Classes de palavras As classes gramaticais são classificadas em: •
Variáveis: são aquelas que sofrem flexão de gênero e número. São elas: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes e verbos. Vale destacar que os pronomes também assumem flexão de pessoa e que os verbos se flexionam em pessoa, modo e tempo.
•
Invariáveis: são aquelas que não sofrem flexão. São elas: conjunções, preposições, interjeições e advérbios. 1. Substantivo: é a palavra com a qual se nomeiam os seres e as coisas. Ex.: Menina bonita. 2. Adjetivo: é a palavra que caracteriza substantivo ou termo equivalente. Ex.: Menina bonita. 3. Artigo: é o termo que antecede o subtantivo a fim de especificá-lo ou generalizá-lo. Ex.: A menina bonita./Uma menina bonita. 4. Numerais: são as palavras que indicam quantidade ou ordem. Ex.: Há duas laranjas na cozinha./Comi meia laranja. 5. Pronomes: são as palavras que acompanham ou substituem os nomes. Ex.: Ela é bonita./Minha amiga é bonita./A menina que é bonita foi à festa./Aquela menina é bonita. 6. Verbo: é a palavra que introduz estados, exprime ações ou representa fenômenos da natureza. Ex.: Estou doente./Joana correu ontem./Chove muito. 7. Conjunções: são as palavras que ligam orações ou termos de mesma função sintática. Ex.: Choveu, mas fui à praia./ Carlos e Henrique foram à praia. 8. Preposição: é a palavra que liga dois ou mais termos estabelecendo uma relação de sentido entre eles. Ex.: João chegou com Marina. (relação de companhia) 9. Interjeições: são palavras/expressões que são utilizadas para exprimir estados emocionais e sensações ou para realizar apelações ao interlocutor. Ex.: Ufa! Eita! Aff! Psiu! Ei! 10. Advérbios: são as palavras que modificam verbo, adjetivo ou advérbio para expressar uma circunstância. Ex.: Comi muito./Andei apressadamente./Ontem, fui ao jogo.
É muito importante que saibamos que as palavras podem transitar de classe gramatical. Veremos alguns casos a seguir: • Substantivação: os artigos podem transformar em núcleos nominais palavras que não desempenham essa função. Ex.: O andar da modelo é estonteante. O muito aborrece, e o pouco enobrece.
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Português Exercícios 1.
(ITA) Beber é mal, mas é muito bom. (FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.)
A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr, é: a) b) c) d) e)
2.
adjetivo substantivo pronome advérbio preposição
(FUVEST) Considere os textos para responder à questão. I. A tônica é que os pequenos jogadores da equipe de futebol Javalis Selvagens estão tranquilos e até confortáveis, bem cuidados na caverna pela numerosa equipe internacional que tenta retirá-los dali, e que têm muita vontade de voltar a comer seus pratos favoritos quando voltarem para casa. https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/07/internacional/1530941588_246806.html. Adaptado
II. Bem, minha vida mudou muito nos últimos dois anos. O mundo que explorei mudou muito. Eu vi muitas paisagens diferentes durante as turnês, e é realmente inspirador ver o quão grande é o mundo. Eu quero explorar e experimentar diferentes partes da natureza, mas eu não gosto do deserto, sinto muito pelas plantas! Ou talvez eu goste disso… te deixa com sede de olhar para ele... http://portalaurorabr.com/2018/09/16/eusoufeministaporquesoumulherdizauroraementrevistaaoindependent
III.
Quanto ao sentido, a palavra “bem”, destacada nos três textos, desempenha a mesma função em cada um deles? Justifique.
2
Português 3.
Leia, atentamente, o trecho extraído de Memórias Póstumas de Brás Cubas, abaixo transcrito: “a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi um berço” Identifique a classificação morfológica de autor e de defunto: I. No primeiro caso, autor é substantivo e defunto é adjetivo. II. No segundo caso, defunto é substantivo e autor é adjetivo. III. Em ambos os casos, temos substantivos compostos. Agora, identifique a alternativa correta: a) b) c) d) e)
4.
I e III corretas. todas são incorretas. I e II corretas. todas são corretas. II e III corretas.
(UERJ)
A Máquina
Faltando somente um minuto para a hora marcada, às onze e cinquenta e nove exatamente, Antônio entrou na máquina de sua própria morte, feita com suas próprias mãos, e todos os olhos, todos os ouvidos, todas as câmeras e todos os microfones do mundo apontaram para ele, um patrocínio Alisante Karina, ele vai morrer de amor por você. Se pudesse divulgar o que estava sentindo, sem trazer inquietação ao coração de Karina, talvez Antônio tivesse confessado ali mesmo, pro mundo todo ouvir, que estava com um medo desgraçado, sabe o verbo medo? Mas não parecia. Quem olhava para ele, ou seja, o mundo inteiro, não diria nunca que se tratava de um homem que sentia um frio no espinhaço. E foi então que deu a hora certinha que Antônio tinha marcado para partir, meio-dia em ponto, cinco, quatro, três, dois, um, Ave-Maria, e seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas Antônio não ouviu. E quando as setecentas lâminas da máquina da morte botaram para funcionar, todas elas ao mesmo tempo, na maior ligeireza, o mundo todo que estava esperando para ver tripa de Antônio, sangue de Antônio, osso de Antônio virar pó, não viu foi coisa nenhuma. Adriana Falcão. A máquina. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999.
No romance de Adriana Falcão, o narrador, dialogando com o leitor, faz a seguinte pergunta: “sabe o verbo medo?”. Na pergunta, o discurso do narrador provoca um estranhamento. Explique por que ocorre o estranhamento e indique o sentido que ele produz no contexto.
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Português 5.
(PUC-MG) O nome destacado funciona, respectivamente, como substantivo, adjetivo e advérbio em: a) A rapidez de seu discurso me confundiu. No seu discurso, ele pronunciava rápido as palavras. Confundiu-se porque seu discurso parecia rápido. b) A futilidade caracteriza-se pelo zelo demasiado ao pouco importante. O demasiado não nos pertence. Preocupa-se demasiado com questões difíceis. c) A monotonia marcava a paisagem. O cenário monótono nos entediava. Naquela paisagem, eu os ouvia falar monótono. d) O barato nos pode sair caro. Pagou barato pelo objeto, mas se arrependeu. O preço barato pode ser ilusório. e) O homem só não encontra companhia em si mesmo. O só é aquele que não se encontrou. O homem encontra companhia só em si mesmo.
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Português Gabarito 1. B Prototipicamente, a palavra “mal” é um advérbio. No entanto, nesse caso, podemos subentender o artigo indefinido “um” (beber é um mal, mas é muito bom). Dessa forma, “mal” exerce o papel de substantivo. 2. Não. No caso I, “bem” é advérbio de intensidade, que intensifica o adjetivo “cuidado”. No caso II, “bem” é um recurso fático, utilizado para estabelecer a comunicação. No caso III, “bem” é vocativo, uma forma de chamamento. 3. C Nesse caso, a posição das palavras é capaz de alterar suas classes gramaticais. Em “autor defunto”, o segundo vocábulo caracteriza o primeiro, sendo, portanto, um adjetivo. Em “defunto autor”, o mesmo acontece: autor (adjetivo) caracteriza o substantivo “defunto”. Por isso, as afirmações I e II estão corretas. 4. (Gabarito oficial UERJ) O estranhamento ocorre porque o narrador identifica o substantivo “medo” como verbo. O sentido produzido é o da intensificação da idéia de medo. 5. C No primeiro caso, “monotonia” está precedida do artigo “a”; portanto, é um substantivo. No segundo, “monótono” está qualificando o substantivo “cenário”; portanto, é um adjetivo. No terceiro caso, “monótono” está atribuindo uma circunstância de modo ao verbo “falar”; portanto, é um advérbio.
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Sociologia Surgimento da Sociologia Resumo Sociologia, uma filha das revoluções Oficialmente, a Sociologia se consolida como ciência no século XIX. Apesar disso, as discussões sobre as leis e o funcionamento da sociedade ocorrem no rastro das intensas transformações sociais na Europa. Isso significa dizer que a formação da Sociologia é também resultado da consolidação da sociedade capitalista. Sua origem se relaciona diretamente com as necessidades sociais do momento de seu nascimento. Quando afirmamos isso afirmamos, então, que, os eventos que tiveram grande influência no surgimento e consolidação do sistema capitalista também têm grande influência na formação da nova Ciência. O questionamento sobre como a sociedade se organiza é intensificado pelas profundas mudanças sociais causadas pelas revoluções Francesa e Industrial, e pelo Iluminismo. A Revolução Industrial alterou profundamente o modo de produção, alterando até a forma como os seres humanos se relacionam. Alguns fatores históricos determinantes dessa revolução são o aperfeiçoamento das técnicas e as inovações tecnológicas, a criação da máquina a vapor, a acumulação de capital por parte da burguesia em ascensão, o domínio inglês do comércio mundial e a liberação da mão de obra para as cidades, com o cercamento dos campos na Inglaterra, levaram a um acelerado crescimento da população e da produção. Esses eventos produziram uma intensa urbanização, tanto na demanda por mão de obra, quanto no impedimento do acesso à terra. Assim o capitalismo se consolidou através da propriedade privada dos meios de produção e busca incessante pelo lucro. A divisão técnica e social do trabalho não interferiu apenas na produção de bens, mas na forma como o conhecimento científico era produzido. As transformações de aspecto produtivo acabaram por ter grande influência na separação e especialização que justifica o surgimento de diversas ciências de âmbito social, como a Economia, A Antropologia, A Ciência Política e a própria Sociologia. O crescente poder econômico da classe burguesa permitiu que esse grupo alçasse voos mais ousados. Buscando maior participação política, essa classe pressionou o Antigo Regime até culminar na Revolução Francesa, que se tornou o grande símbolo de transformação social. O pensamento revolucionário introduziu ideias como liberdade e igualdade, além de organizar a vida social pela primazia da racionalidade lógica. A sociedade agora estava organizada por motivos racionais e não mais por tradições ou noções transcendentes. instância transcendente. Isso se dá pela forte influência do Iluminismo, que elegeu a razão como principal forma de explicar a realidade. O pensamento do Iluminismo impactou a produção de conhecimento, tanto para as ciências naturais como para o campo social, resultando desse movimento intelectual, por exemplo, a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão. O atual modelo político da maioria dos países do Ocidente segue, até hoje, premissas iluministas, como os direitos civis, a separação dos poderes, a criação do Estado-nação etc. As consequências da primazia da razão, além de produzir as profundas transformações culturais, políticas, econômicas, religiosas e artísticas, também influenciou a compreensão do homem sobre como a sociedade se organiza. Ora, se o mundo pode ser organizado de modo racional e se não estamos sob o jugo de entidades transcendentes, então somos capazes de mudar a forma como a sociedade funciona, fazê-la evoluir, aperfeiçoá-la. O sofrimento, as injustiças, os problemas sociais podem ser todos superados em nome de uma sociedade mais humana. Se o humano fez a sociedade então ele pode modificá-la. Essa ideia, gerada pelo
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Sociologia Iluminismo, culminou não só no avanço tecnológico e político, mas na gestão de uma nova ciência, a ciência da Sociedade. As ciências naturais já estavam consolidadas e exerceram forte influência nos primeiros pensadores sociais. Autores como Auguste Comte (1798 – 1857) e Herbert Spencer (1820-1903) pensavam a ciência da sociedade como uma física ou uma biologia social. Eram evolucionistas, consideravam que a sociedade está envolvida num processo permanente de evolução e que todas as sociedades chegariam ao mesmo ponto final de desenvolvimento e aperfeiçoamento, sendo diferentes por estarem em diferentes estágios de evolução. O positivismo buscava leis gerais que explicassem o funcionamento das sociedades e Comte afirmava que a mudança social aconteceria dentro da ordem, ou seja, para haver progresso (entendido como mudança para melhor), seria necessário preservar a ordem social.
Clássicos: Os arquitetos da Sociologia Vimos que muitos pensadores dedicaram seus estudos a compreender como a sociedade funciona, suas intensas transformações e onde elas nos levariam. Entretanto, três se destacaram na formulação da nova ciência, criando métodos de análise sociológica e da realidade social que permitiram uma construção de conhecimento digna de receber o nome de ciência, tal qual se almejava. O mais próximo das ciências naturais é o método comparativo, ou Funcionalismo, instituído por Durkheim. Grande defensor do estatuto de ciência dessa nova área do conhecimento (talvez o maior defensor) Durkheim acreditava que a legitimidade da Sociologia dependia da delimitação clara de seus objetos e métodos de análise. Não à toa publicou As Regras do Método Sociológico, onde apresenta uma discussão sobre como fazer Sociologia e qual seu objeto. No funcionalismo há a defesa de que tudo que existe na sociedade tem uma função, assim como os órgãos de um ser vivo. Nada é irracional ou sem significado. Sua corrente afirma que todos os elementos de um sistema social são interdependentes. Por isso, a análise deve ser holística, devemos compreender, a partir do ponto de vista do conjunto, cada fenômeno particular. Seu método de análise se aproxima bastante do método científico clássico, como observação, formulação de hipóteses e experimentação. Já O materialismo histórico e dialético está fortemente baseado na Filosofia da História de Hegel. Marx, um jovem hegeliano, desenvolve este método de análise combinando uma interpretação materialista da história e a análise dialética da realidade social. A sociedade então é um conjunto de relações que surgem a partir da produção dos bens necessários à vida humana. É um método que atribui dinamismo e agência aos humanos nas transformações históricas, fruto do conflito dos interesses diversos de grupos sociais que fazem surgir novos modos de produção. Há dois níveis de formação social, as relações que se constituem na produção, que determinam as formas de estar no mundo dos humanos envolvidos nesse processo em diferentes hierarquias sociais, a depender de quem controla os meios de produção; e o nível ideológico, que surge como um sistema de convicções que apaga ou esconde as contradições contidas nas relações sociais de produção e que dá coesão a sociedade por meio do exercício da dominação sem que a classe subalterna toma consciência do seu estado de exploração. Em determinadas condições históricas e materiais a classe oprimida toma consciência de sua situação e expõe as contradições da realidade, iniciando um conflito pela superação dos antagonismos e transformação social. Por fim temos o método compreensivo, um método focado na ação dos indivíduos e no sentido que eles são a sua agência no meio social. Max Weber é o principal expoente desse método e o responsável por consolidar a Sociologia como uma ciência ontologicamente diferente das ciências naturais. Não adiantava, para ele,
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Sociologia produzir um conhecimento nos moldes da ciência consolidada, já que agora o objeto de estudo é muito diferente do anterior. Enquanto a natureza apresenta, em seu aparente caos, regularidade e previsibilidade, o ser humano e suas interações são de ordem volátil e imprevisível, tanto pela característica do próprio ser humano, quanto pela quantidade de informações absurda que deve ser coletada para tentar dar alguma regularidade ao seu comportamento. Sendo assim, o pesquisador só consegue observar uma pequena parte daquilo que produz o fenômeno social. Por isso, deve expor suas limitações e buscar o significado do que está estudando. Weber defende que a ação humana tem intenção e sentido próprios, sendo a Sociologia responsável por interpretar essa maneira de agir, tornando-a compreensível. Sabendo as motivações, fica muito mais fácil entender o que, porque e como uma pessoa está realizando uma ação. Por isso, o método compreensivo weberiano ficou conhecido como individualismo metodológico, já que tem como ponto de partida o indivíduo como e seus sentidos como unidade de análise.
Quais são as Ciências Sociais? É possível afirmar que muitas ciências com foco no estudo e na produção de conhecimento científico sobre a sociedade surgiram no período a que nos referimos, a Economia é um exemplo destas. No entanto. Dada a suas especificidades, objetos de estudo e metodologias, costumou-se agrupar dentro da nomenclatura Ciências Sociais a Antropologia, a Sociologia e a Ciência Política. Essa interação varia conforme sociedade, cultura e momento histórico. Na França, por exemplo, nas ciências sociais era comum articular pesquisas sociológicas e antropológicas (Durkheim contribuiu também para Antropologia).
Antropologia Focada no ser humano, a Antropologia tenta compreender como a humanidade é capaz de produzir formas de viver tão diferentes. As diversas culturas produzem soluções diferentes para os mesmos problemas e são capazes de produzir uma maneira de estar no mundo profundamente adaptada a condições extremamente diferentes. Entre comunidades que vivem no deserto, na floresta e na tundra há, talvez, uma única coisa em comum, são seres humanos. Procurando identificar o que há de humano nessas profundas diferenças e como elas são produzidas, podemos dizer que a Antropologia foca na diversidade estonteante da experiência humana. Teve início no estudo das sociedades ditas “primitivas”, não oriundas do modo ocidental de viver. Foi usada amplamente como instrumento de dominação através do colonialismo, ajudando nações dominantes a compreender os grupos sob seu jugo. No século XX em diante, a Antropologia passou a advogar em nome do respeito e garantia dos direitos das sociedades e comunidades consideradas “diferentes”. Também buscou compreender, após uma crise paradigmática, o funcionamento das sociedades ocidentais, voltando seus olhos para si e para as sociedades que estabeleceram a Antropologia como ciência.
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Sociologia Sociologia Busca principalmente entender como as sociedades se estruturam: como produz bens, como os distribui, como essa distribuição impacta na concentração de poder, como o poder reforça ou combate a injustiça e a desigualdade, como o acesso à produção e distribuição forma classes etc. Busca entender como as instituições sociais se formam e interagem para formar a sociedade: Igreja, estado, Educação, Economia são algumas dessas instituições. Seu foco é tanto nos padrões que se repetem no interior dos grupos sociais quanto nas grandes transformações e rupturas, que produzem novas formas de estar no mundo em grupo. Nascida no rastro das sociedades capitalistas, focou principalmente no funcionamento das sociedades ocidentais.
Ciência Política Parece óbvio, pelo nome. Mas pode não ser. Antes de ler a definição dessa ciência se pergunte: “O que é Ciência Política?” Pode-se dizer que o objeto central de estudo da Ciência Política é o poder, como surge, como é conquistado, como é mantido e suas diferentes formas de manifestação. Daí Ciência Política, porque podemos definir – com alguma flexibilidade - a Política como a arte de ter poder, de decidir, de impor e de realizar. A Ciência Política busca então compreender as diferentes estratégias dos atores políticos na tentativa de conquistar seus objetivos, limitados pelos inúmeros constrangimentos (sociais, morais e culturais) que esse ator tem que lidar no interior de um grupo. O objetivo aqui é entender como as limitações operam, quais os caminhos percorridos para os superar, como os fins são alcançados. Busca entender as interações e motivações para além da racionalidade, como crenças e desejos de ordem cultural, como a ação da fé e de tradições na dinâmica da política.
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Sociologia Exercícios 1.
“O século XVIII constitui um marco importante para a história do pensamento ocidental e para o surgimento da sociologia. As transformações econômicas, políticas e culturais que se aceleram a partir dessa época colocarão problemas inéditos para os homens que experimentavam as mudanças que ocorriam no ocidente europeu.” (FERNANDES, Florestan. A herança intelectual da Sociologia. In: FORACHI, M. M.; MARTINS, J. S. Sociologia e Sociedade: Leituras de Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. p. 11.)
Que realidades daquela época passaram a constituir um problema e um objeto da Sociologia?
2.
“Na verdade, a sociologia, desde o seu início, sempre foi algo mais do que uma mera tentativa de reflexão sobre a sociedade moderna. Suas explicações sempre contiveram intenções práticas, um forte desejo de interferir no rumo desta civilização. Se o pensamento científico sempre guarda uma correspondência com a vida social, na sociologia esta influência é particularmente marcante.” (MARTINS, Carlos B. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 8).
Tendo como referência o texto acima e seus conhecimentos sobre o surgimento da sociologia, assinale o que for correto. (01) A análise da sociedade moderna se deu a partir de um debate harmonioso e consensual entre diferentes pensadores. (02) A sociologia tem uma dimensão política, e seus conceitos e suas teorias contribuem para manter ou alterar as relações de poder existentes na sociedade. (04) As duas Revoluções do século XVIII, a Industrial e a Francesa, são marcos importantes para pensar a instalação definitiva da sociedade capitalista. (08) As consequências da rápida industrialização e urbanização do capitalismo (prostituição, suicídio, alcoolismo, infanticídio, criminalidade, violência, epidemias etc.) não são objetos de reflexão sociológica. (16) As explicações sociológicas devem buscar a neutralidade científica, evitando interferir nos rumos escolhidos por determinados grupos sociais. Soma: (
)
5
Sociologia 3.
4.
A preocupação com os problemas sociais existe desde quando o homem é homem. A busca de soluções para estes problemas também. No entanto, o pensamento Sociológico está historicamente ligado às consequências das Revoluções burguesas. Neste sentido, o que distingue o pensamento sociológico, dos pensamentos sociais anteriores? a)
A capacidade do ser humano de relacionar as dificuldades sociais com a possibilidade de solução imediata dessa problemática.
b)
A possibilidade da sistematização, da elaboração de um método de análise e a definição de um objeto de pesquisa.
c)
A criação de uma técnica filosófica que prima pela valorização do indivíduo no todo social, ao mesmo tempo que prima apenas pelas relações do homem com a sociedade.
d)
A formação de uma elite de pensadores ligados ao processo de industrialização, que com técnicas matemáticas definiu a sociedade a partir de seus indivíduos.
e)
A transição do pensamento medieval para a criação de uma filosofia da problemática social com os iluministas no século XVIII.
Nos séculos XVIII e XIX, o mundo europeu passa por um período de transformações socioeconômicas e políticas provocadas pelos efeitos da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A emergência do Mundo Moderno também é marcada por uma revolução cultural e científica que expressa uma multiplicidade de correntes e pensamentos divergentes preocupados em compreender e explicar a originalidade dos fatos, acontecimentos e suas manifestações em diferentes sociedades. (Adaptado de: IANNI, O. A Sociologia e o Mundo Moderno. Tempo Social.(Revista de Sociologia da USP). 1989. n.1. v.1. p.7-27.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a emergência da Sociologia como Ciência, considere as afirmativas a seguir. I.
O pensamento científico e filosófico do século XVIII e do início do século XIX forma a base científica da Sociologia.
II.
A Sociologia é resultado dos desafios e dilemas impostos pelo mundo moderno e pela sociedade industrial capitalista.
III. A Sociologia é herdeira das novas maneiras de pensar e explicar o mundo, fundadas na razão e no progresso. IV. Em sua formação inicial, a Sociologia assume o conhecimento baseado nas percepções sensíveis sobre a sociedade. Assinale a alternativa correta. a)
Somente as afirmativas I e II são corretas.
b)
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c)
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d)
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e)
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
6
Sociologia 5.
Sobre a relação entre a revolução industrial e o surgimento da sociologia como ciência, assinale o que for correto. (01) A consolidação do modelo econômico baseado na indústria conduziu a uma grande concentração da população no ambiente urbano, o qual acabou se constituindo em laboratório para o trabalho de intelectuais interessados no estudo dos problemas que essa nova realidade social gerava. (02) A migração de grandes contingentes populacionais do campo para as cidades gerou uma série de problemas modernos, que passaram a demandar investigações visando à sua resolução ou minimização. (04) Os primeiros intelectuais interessados no estudo dos fenômenos provocados pela revolução industrial compartilhavam uma perspectiva positiva sobre os efeitos do desenvolvimento econômico baseado no modelo capitalista. (08) Os conflitos entre capital e trabalho, potencializados pela concentração dos operários nas fábricas, foram tema de pesquisa dos precursores da sociologia e continuam inspirando debates científicos relevantes na atualidade. (16) A necessidade de controle da força de trabalho fez com que as fábricas e indústrias do século XIX inserissem Soma: (
)
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Sociologia Gabarito 1. A sociologia se relaciona ao processo de modernização. Esse processo é caracterizado pelo surgimento de uma sociedade urbana, industrial, racionalista, capitalista e laica. Isso gerou um novo sistema de estratificação social e modificou as relações sociais, que passaram a ser objeto de estudo da sociologia. 2. 02+04=06 02: Apesar da proposta de neutralidade da ciência moderna, há de ser reconhecer que uma ciência que surgiu com a pretensão de aperfeiçoar a sociedade contém uma dimensão política, já que mudanças sociais interferem na esfera política e vice e versa. Mesmo hoje a Sociologia é mobilizada como ferramenta de manutenção e de transformação social 04: É impossível imaginar que a sociedade capitalista alcançaria êxito na sua manutenção sem transformar os modos de produção (que passaram a ser automatizados) e o sistema político (que impedia a participação da burguesia no exercício do poder) 3. B Questionar-se sobre a organização social, a maneira como os grupos se formam, o que dá estabilidade ao meio social etc. sempre foi uma questão para a humanidade. Apesar disso, vemos surgir um tipo de pensamento específico sobre a sociedade apenas a partir do século XVIII, consolidando-se no século seguinte, influenciado pela aposta na racionalidade lógica. Essa forma de pensar os problemas sociais adquire características de ciência, desenvolvendo seu método próprio e organização teórica e focado num problema específico que arroga ser exclusivamente seu. Assim, enquanto o pensamento social anterior a Sociologia sempre foi resultante de questões consideradas mais importantes (como na filosofia clássica), a partir do século XVIII se desenvolve a elaboração de uma questão tipicamente sociológica: “como funcionam as sociedades?” 4. D Apenas a afirmativa IV está incorreta. Amplamente influenciada pelas ciências naturais e pela filosofia positivista, a sociologia surge tomando emprestado não só os métodos, como o pensamento de ciências como a física e a biologia (especialmente as teorias de Darwin) 5. 01 + 02 + 08 = 11. O surgimento da sociologia está intimamente relacionado com a consolidação do capitalismo e com o fenômeno da industrialização. A partir dessas mudanças, os primeiros sociólogos se interessaram por compreender essas novas relações sociais. Entre os primeiros “sociólogos” está Karl Marx, que compreendeu esse fenômeno a partir das relações econômicas, sendo um grande crítico ao capitalismo. Vale ressaltar que a consolidação da sociologia como ciência está também relacionada com a existência de universidades onde esses pensadores puderam estudar e trabalhar nas suas pesquisas, não tendo qualquer relação com uma atividade eminentemente produtiva dentro das fábricas.
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Enem
Semana 3
ai! v a r o g A 20 0 2 m e En
Biologia Sais Minerais Resumo Os sais minerais são substâncias inorgânicas que ajudam a formar diversas moléculas e a participar de reações químicas no nosso organismo. Podem ser encontrados dissolvidos no plasma celular, associados a moléculas orgânicas ou mineralizados. Funções
Principais alimentos
Cálcio (Ca)
Participa na formação dos ossos e dentes, contração muscular e coagulação sanguínea. Sua falta provoca problemas nos ossos, como osteoporose e raquitismo.
Laticínios e folhas verdes (brócolis, espinafre, alface, etc.)
Fósforo (P)
Participa na composição das membranas da célula, na formação ATP, na formação de DNA e RNA e também auxilia na formação de ossos e dentes. Sua falta dá uma maior probabilidade de fraturas ósseas e problemas musculares.
Carnes, aves, peixes, ovos, laticínios e leguminosas
Flúor (F)
Fortalece ossos e dentes. A falta deste sal pode levar ao desenvolvimento de cáries e em certos casos, contribui para a osteoporose.
Água fluoretada, peixes e chás
Ossos com osteoporose são mais frágeis pois apresentam menor quantidade de sais mineralizados.
Cloro (Cl) Magnésio (Mg) Ferro (Fe)
Importante para a fabricação do ácido clorídrico presente no estômago. Sua falta causa deficiência na digestão de proteínas. Forma a clorofila, atua juntamente com enzimas e vitaminas, auxilia na formação de ossos e no funcionamento de nervos e músculos. Sua falta causa fraqueza e pode levar a casos de hipertensão. Participa na composição da hemoglobina. Sua falta pode causar anemia ferropiva.
Sal comum Folhas verdes, cereais, leguminosas, peixes, carnes, ovos e banana Fígado, carnes, gema do ovo, pinhão, legumes e folhas verdes 1
Biologia
Molécula de hemoglobina, presente nas hemácias e com ferro em sua estrutura, responsável pelo transporte de gases pela corrente sanguínea.
Sódio (Na) Potássio (K)
Importante no equilíbrio hídrico da célula, propagação do impulso nervoso e controle da pressão arterial. Sua falta causa uma menor atividade muscular, problemas de pressão e câimbras. Importante no equilíbrio hídrico da célula, propagação do impulso nervoso e controle da pressão arterial e frequência cardíaca. Sua falta causa uma menor atividade muscular.
Sal (de cozinha ou natural dos alimentos) Frutas, verduras, leguminosas e cereais
Esquema da bomba de sódio e potássio, importante exemplo de transporte ativo de nosso organismo.
Iodo (I) Zinco (Zn) Manganês (Mn) Cobalto (Cb) Selênio (Se)
Constitui os hormônios da tireoide, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Sua falta pode provocar o bócio e outros problemas metabólicos Participa na produção de proteínas, para o desenvolvimento do organismo, e ajuda também no sistema imune e na ação antioxidante. Sua falta é mais comum em idosos e reduz a atividade imunológica e a libido. Participa do metabolismo e transformação dos carboidratos. Age com a vitamina B12 estimulando crescimento e combatendo infecções cutâneas Atua junto com a vitamina E como antioxidante. É raro problemas pela falta deste sal (como doenças cardíacas), porém é possível haver intoxicação pelo excesso, causando queda de cabelos e unhas.
Sal de cozinha iodado, peixes e frutos do mar Carne de porco, iogurtes Castanhas, abacaxi e batata Vitamina B12 e tomate Castanhas, frutos do mar e cereais integrais.
2
Biologia Exercícios 1.
2.
3.
Os seres vivos necessitam de diversos tipos de sais minerais para o funcionamento eficaz das células. Na espécie humana, por exemplo, os íons de cálcio, dentre outras funções, participam da: a)
Contração muscular e da formação de ácido clorídrico no estômago
b)
Coagulação do sangue e das moléculas de ácidos nucleicos.
c)
Coagulação do sangue e da contração muscular.
d)
Composição do osso e da forma da hemoglobina.
e)
Forma da hemoglobina e da constituição dos hormônios da tireoide.
O iodo está entre um dos mais importantes sais minerais que necessitamos. Assinale abaixo a alternativa correta sobre a importância desse sal mineral. a)
Faz parte da molécula de ácido nucleico.
b)
Participa da transmissão do impulso nervoso.
c)
Proteção dos dentes contra as cáries.
d)
Participa nos processos de contração muscular.
e)
Faz parte das moléculas dos hormônios da tireoide que estimulam o metabolismo.
Os adubos inorgânicos industrializados, conhecidos pela sigla NPK, contêm sais de três elementos químicos: nitrogênio, fósforo e potássio. Qual das alternativas indica as principais razões pelas quais esses elementos são indispensáveis à vida de uma planta? a)
Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos nucleicos e proteínas; Potássio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas.
b)
Nitrogênio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Fósforo - É constituinte de ácidos nucleicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
c)
Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos nucleicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
d)
Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucleicos, glicídios e proteínas; Fósforo - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Potássio - É constituinte de proteínas.
e)
Nitrogênio - É constituinte de glicídios; Fósforo - É constituinte de ácidos nucleicos e proteínas; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
3
Biologia 4.
5.
Os sais minerais, encontrados nos mais variados alimentos, desempenham função importante na saúde do homem, podendo estar dissolvidos na forma de íons nos líquidos corporais, formando cristais encontrados no esqueleto, ou ainda combinados com moléculas orgânicas. A alternativa que relaciona CORRETAMENTE o sal mineral com sua função no organismo é: a)
K - participa dos hormônios da tireoide.
b)
F - constitui, juntamente com o Ca, o tecido ósseo e os dentes.
c)
P - participa da constituição da hemoglobina, proteína encontrada nas hemácias.
d)
Cl- fortalece os ossos e os dentes e previne as cáries.
e)
Ca - auxilia na coagulação sanguínea.
O petróleo é um tipo de combustível fóssil, de origem animal e vegetal, constituído principalmente por hidrocarbonetos. Em desastres de derramamento de petróleo, vários métodos são usados para a limpeza das áreas afetadas. Um deles é a biodegradação por populações naturais de microrganismos que utilizam o petróleo como fonte de nutrientes. O quadro mostra a composição química média das células desses microrganismos.
Para uma efetiva biodegradação, a região afetada deve ser suplementada com
6.
a)
nitrogênio e fósforo.
b)
hidrogênio e fósforo.
c)
carbono e nitrogênio.
d)
carbono e hidrogênio.
e)
nitrogênio e hidrogênio.
Entre os sais minerais descritos a seguir, marque a alternativa que indica corretamente aquele que faz parte da composição da clorofila. a)
Ferro.
b)
Flúor.
c)
Iodo.
d)
Magnésio.
e)
Potássio.
4
Biologia 7.
8.
Sabemos que o cálcio é um mineral bastante abundante no nosso corpo, sendo encontrado principalmente nos ossos e dentes. Além desse importante mineral, qual outro sal faz parte da composição e é considerado, juntamente com o cálcio, como principal componente de ossos e dentes? a)
Ferro.
b)
Magnésio.
c)
Iodo.
d)
Fósforo.
e)
Cloro.
Elementos que fazem parte da constituição das moléculas de ATP, clorofila e hemoglobina são, respectivamente:
9.
a)
magnésio, ferro e fósforo.
b)
ferro, magnésio e fósforo.
c)
fósforo, magnésio e ferro.
d)
magnésio, fósforo e ferro.
e)
fósforo, ferro e magnésio.
No Alasca, o salmão é capturado pelos ursos durante a desova. As partes do peixe não consumidas pelos ursos servem de alimento para outros animais e de fertilizante para as plantas. Já se observou que plantas ribeirinhas de regiões onde ursos se alimentam de salmão crescem três vezes mais do que plantas de outras áreas. Isso se deve ao fato de que as carcaças de peixes descartadas pelos ursos enriquecem o solo com um dos macronutrientes mais importantes para o crescimento das plantas. A que macronutriente o texto se refere? a)
Ao ferro
b)
Ao zinco
c)
Ao cloro
d)
Ao nitrogênio
e)
Ao manganês
10. Os sais minerais são reguladores e desempenham diversas funções relacionadas com o metabolismo. São considerados ativadores enzimáticos e essenciais para o funcionamento celular. Sobre isso, é correto afirmar-se que a) o sódio interfere na pressão arterial e no volume celular. b) a condução de impulsos nervosos nos nervos, nos músculos e no coração é desencadeada pelo ferro. c) o enxofre atua na produção de hormônios pela glândula tireoide. d) a coagulação sanguínea depende diretamente do potássio. e) o magnésio faz parte da hemoglobina.
5
Biologia Gabarito 1. C O fósforo é importante para a contração e relaxamento muscular. Além disso, é importante fator para a coagulação do sangue. 2. E O iodo é o principal constituinte dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que são hormônios reguladores do metabolismo. 3. C Nos ácidos nucleicos temos uma base nitrogenada (com nitrogênio) e um radical fosfato (com fósforo); o principal constituinte das proteínas são os aminoácidos (com nitrogênio). O potássio ajuda a regular o transporte passivo e a abertura e fechamento dos estômatos na planta. 4. E O cálcio participa da coagulação sanguínea, já que a presença deste sal no sangue, junto com a tromboplastina, estimula a protrombina a formar a trombina. 5. A O quadro presente na questão mostra a composição química média das células dos microrganismos. De acordo com o quadro, há percentuais de: carbono, hidrogênio, nitrogênio, fósforo, entre outros. Assim, para uma efetiva biodegradação na área afetada com derramamento de petróleo (hidrocarboneto) é necessário o suplemento de nitrogênio e fósforo, uma vez que o carbono e hidrogênio são componentes do petróleo, estando presentes na área afetada. 6. D A clorofila é formada pelo sal magnésio, e ele também participa dos processos metabólicos do cloroplasto. 7. D O fósforo é o outro sal importante para formação de ossos e dentes. 8. C ATP possui fósforo em sua constituição (adenosina tri-fosfato), a clorofila possui magnésio e a hemoglobina das hemácias possuem ferro. 9. D Durante a decomposição da matéria orgânica, é liberado nitrogênio em grande quantidade. Esse nitrogênio proveniente dos salmões mortos auxilia na nutrição das plantas. 10. A O sódio altera a pressão arterial, influenciando a reabsorção de água nos néfrons, e atua no controle osmótico, alterando o volume celular.
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Biologia Cadeias alimentares e teias tróficas Resumo As relações alimentares entre os seres vivos são chamadas de relações tróficas. Elas podem ser representadas como uma cadeia ou como uma teia alimentar. Nessas representações, as setas indicam o sentido do fluxo de matéria orgânica e de energia, que é do sentido do ser vivo que foi consumido para o que consumiu. Os níveis tróficos são as posições que os organismos ocupam em uma relação trófica, e podem ser: •
Produtor: Primeiro Nível Trófico → Organismos autotróficos, que produzem matéria orgânica a partir da fotossíntese ou quimiossíntese
•
Consumidor Primário: Segundo nível trófico → Animais que se alimentam de organismos produtores, podendo ser chamados de herbívoros
•
Consumidor Secundário: Terceiro nível trófico → Animais que se alimentam de consumidores primários, podendo ser chamados de carnívoros.
Os níveis dos consumidores serão sempre um a mais do que o nível anterior. A Cadeia alimentar é a transferência de matéria e energia representada de maneira linear, entre organismos em um ecossistema, onde o organismo é alimento de apenas um outro ser vivo.
Exemplo de cadeia alimentar, onde a planta é o produtor (1º nível trófico), o grilo é o consumidor primário (2º nível trófico), o sapo é o consumidor secundário (3º nível trófico) e a cobra é o consumidor terciário (4º nível trófico). Todos os seres podem ser decompostos pelos decompositores.
Os decompositores podem não ser mostrados em imagens de cadeias tróficas, porém possuem um papel importante na reciclagem de nutrientes, transformando a matéria orgânica em matéria inorgânica. Assim, os nutrientes são disponibilizados novamente no ambiente e retornam a cadeia alimentar. São exemplos de decompositores principalmente os fungos e bactérias. Esses organismos não possuem um nível trófico fixo, visto que eles podem decompor qualquer componente da cadeia alimentar. A Teia Alimentar é um conjunto de cadeias alimentares, e um organismo pode ser alimento para mais de um outro ser vivo, ou mesmo um consumidor se alimentar de mais de um tipo de organismo, fazendo com que 1
Biologia um mesmo indivíduo possa ocupar mais de um nível trófico. Neste caso, temos organismos onívoros, que podem se alimentar tanto de produtores quanto de outros consumidores.
Exemplo de teia alimentar. Importante lembrar que todos os níveis podem ser decompostos por decompositores.
Ciclo da Matéria Tanto nas cadeias quanto nas teias podemos ver o ciclo da matéria. Os organismos do primeiro nível trófico produzem matéria orgânica através da fotossíntese ou quimiossíntese utilizando nutrientes inorgânicos disponíveis no meio. Essa matéria será transferida ao longo da cadeia trófica no momento da alimentação. Quando os seres morrem, os decompositores são os responsáveis por transformar a matéria orgânica existente em matéria inorgânica, reiniciando assim o ciclo.
Esquema mostrando o ciclo da matéria
2
Biologia Transferência de Energia A energia entra no sistema pelos organismos produtores, e é armazenada nas moléculas orgânicas. Durante a vida, o metabolismo dos organismos gasta energia, então apenas parte da energia passa para o nível trófico seguinte no momento da alimentação. O fluxo de energia sempre seguirá um fluxo unidirecional, pois parte da energia é perdida ao longo da cadeia trófica.
Representação de uma cadeia alimentar indicando a concentração de energia ao longo dos níveis tróficos. Os decompositores não estão representados.
Pirâmides Ecológicas As cadeias alimentares podem ser representadas em pirâmides ecológicas, e elas podem ser •
de número: indica o número de organismos em cada nível trófico
•
de biomassa: indica o peso/a quantidade de matéria orgânica presente nos organismos de cada nível trófico
•
de energia: indica a quantidade de energia presente em cada nível trófico
Tanto as pirâmides de número quanto de biomassa podem ser diretas (com a base mais larga, reduzindo o tamanho a cada nível trófico) ou invertidas (com a base menor curta que o próximo nível). As pirâmides de energia sempre serão diretas, pois o fluxo de energia é unidirecional. Veja na página a seguir.
3
Biologia
Exemplos de pirâmides de energia. Pirâmides de biomassa invertidas são comuns em ambientes aquáticos. A letra “C”, nas pirâmides de biomassa, indica “consumidor”.
Quando há um acúmulo de substâncias não biodegradáveis ao longo de uma cadeia ou teia alimentar, temos a magnificação trófica, também chamada de biomagnificação. O último nível trófico é o que é mais afetado, acumulando uma maior quantidade destes componentes em seu organismo. Outro conceito é o de bioacumulação, onde há o acúmulo de substâncias tóxicas em apenas um organismo.
Esquema da magnificação trófica do pesticida DDT (diclorodifeniltricloroetano), mostrando os componentes da cadeia alimentar e uma representação em pirâmide de número.
4
Biologia Exercícios 1.
Os parasitoides (misto de parasitas e predadores) são insetos diminutos que têm hábitos muito peculiares: suas larvas podem se desenvolver dentro do corpo de outros organismos, como mostra a figura. A forma adulta se alimenta de pólen e de açúcares. Em geral, cada parasitoide ataca hospedeiros de determinada espécie e, por isso, esses organismos vêm sendo amplamente usados para o controle biológico de pragas agrícolas.
A forma larval do parasitoide assume qual papel nessa cadeia alimentar? a)
Consumidor primário, pois ataca diretamente uma espécie herbívora.
b)
Consumidor secundário, pois se alimenta diretamente dos tecidos da lagarta.
c)
Organismo heterótrofo de primeira ordem, pois se alimenta de pólen na fase adulta.
d)
Organismo heterótrofo de segunda ordem, pois apresenta o maior nível energético da cadeia.
e)
Decompositor, pois se alimenta de tecidos do interior do corpo da lagarta e a leva à morte.
5
Biologia 2.
Os personagens da figura estão representando situação hipotética de cadeia alimentar.
A figura representa um exemplo de cadeia alimentar Suponha que, em cena anterior à apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e grãos que conseguiu coletar. Na hipótese de, nas próximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparão, respectivamente, os níveis tróficos de:
3.
a)
produtor e consumidor primário.
b)
consumidor primário e consumidor secundário.
c)
consumidor secundário e consumidor terciário.
d)
consumidor terciário e produtor.
e)
consumidor secundário e consumidor primário.
Na goiabeira do quintal de uma casa, eram muitas as goiabas que se apresentavam infestadas por larvas de moscas. Nos galhos da árvore, inúmeros pássaros se alimentavam dos frutos enquanto, ao pé da goiabeira, pássaros iguais aos dos galhos se alimentavam das larvas expostas pelas goiabas que haviam caído e se esborrachado no chão. Pode-se afirmar que: a)
Os pássaros dos galhos e os pássaros do chão ocupam diferentes níveis tróficos e, portanto, a despeito da mesma aparência, não pertencem à mesma espécie.
b)
As larvas são decompositores, enquanto os pássaros são consumidores primários.
c)
As larvas são consumidores primários e os pássaros podem se comportar como consumidores primários e secundários.
d)
A goiabeira é produtor, os pássaros são consumidores primários e as larvas são parasitas, não fazendo parte de esta cadeia alimentar.
e)
As larvas ocupam o primeiro nível trófico, os pássaros dos galhos e os pássaros do chão ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro níveis tróficos.
6
Biologia 4.
O gráfico apresenta dados sobre a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a concentração de metilmercúrio na água em cinco trechos (1, 2, 3, 4 e 5) ao longo de um rio.
Ao compararmos os trechos 1 e 5 podemos afirmar corretamente que a quantidade de matéria orgânica em decomposição será:
5.
a)
Maior no trecho 1, onde os peixes do topo da cadeia alimentar terão a menor quantidade de metilmercúrio/kg do que os outros animais.
b)
Menor no trecho 5, onde os produtores apresentarão maior quantidade de metilmercúrio/kg em comparação aos demais níveis tróficos.
c)
Maior no trecho 1, onde os peixes dos níveis tróficos mais próximos dos produtores terão a maior quantidade de metilmercúrio/kg do que os animais mais distantes.
d)
Menor no trecho 5, onde os peixes do topo da cadeia alimentar terão a maior quantidade de metilmercúrio/kg do que os outros animais.
e)
Maior no trecho 5, onde os peixes do topo da cadeia alimentar terão a maior quantidade de metilmercúrio/kg do que os outros animais.
Nas margens de um rio, verificava‐se a seguinte cadeia trófica: O capim ali presente servia de alimento para gafanhotos, que, por sua vez, eram predados por passarinhos, cuja espécie só ocorria naquele ambiente e tinha exclusivamente os gafanhotos como alimento; tais passarinhos eram predados por gaviões da região. A lama tóxica que vazou de uma empresa mineradora matou quase totalmente o capim ali existente. É correto afirmar que, em seguida, o consumidor secundário a)
teve sua população reduzida como consequência direta do aumento da biomassa no primeiro nível trófico da cadeia.
b)
teve sua população reduzida como consequência indireta da diminuição da biomassa no primeiro nível trófico da cadeia.
c)
não teve sua população afetada, pois o efeito da lama tóxica se deu sobre o primeiro nível trófico da cadeia e não sobre o segundo.
d)
não teve sua população afetada, pois a lama tóxica não teve efeito direto sobre ele, mas sim sobre um nível trófico inferior.
e)
teve sua população aumentada como consequência direta do aumento da biomassa no segundo nível trófico da cadeia.
7
Biologia 6.
A pirâmide de biomassa é uma representação gráfica da quantidade de matéria orgânica acumulada nos diferentes níveis tróficos. Na figura abaixo, podemos observar duas dessas pirâmides.
Assinale a alternativa correta:
7.
a)
A pirâmide representada pela letra A é de um ambiente aquático (exemplo: oceano ou lago).
b)
A pirâmide representada pela letra B não é uma configuração possível para representação da variação da biomassa nos níveis tróficos.
c)
A pirâmide representada pela letra B é de um ambiente terrestre (exemplo: floresta ou savana).
d)
A pirâmide representada pela letra B é de ambiente aquático (exemplo: oceano ou lago).
e)
Observando-se as pirâmides, podemos concluir que os indivíduos do segundo nível trófico apresentam maior biomassa.
Suponha que um pesticida lipossolúvel que se acumula no organismo após ser ingerido tenha sido utilizado durante anos na região do Pantanal, ambiente que tem uma de suas cadeias alimentares representadas no esquema: PLÂNCTON –> PULGA-D’ÁGUA –> LAMBARI –> PIRANHA –> TUIUIÚ Um pesquisador avaliou a concentração do pesticida nos tecidos de lambaris da região e obteve um resultado de 6,1 partes por milhão (ppm). Qual será o resultado compatível com a concentração do pesticida (em ppm) nos tecidos dos outros componentes da cadeia alimentar?
a)
b)
c)
d)
e)
8
Biologia 8.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente os níveis tróficos dos organismos constituintes da teia alimentar representada ao lado.
a)
Plantas são produtores e águias e corujas são simultaneamente consumidores de 1a, 2a e 3a ordens.
b)
Coelhos, ratos e morcegos são consumidores de 1a ordem, enquanto raposas são simultaneamente consumidores de 2a, 3a e 4a ordens.
c)
Ratos e morcegos são consumidores de 1a ordem, enquanto a coruja atua simultaneamente como consumidor de 2a, 3a e 4a ordens.
d)
Cobras e corujas são simultaneamente consumidores de 2a e 3a ordens, enquanto águias atuam simultaneamente como consumidores de 2a, 3a, 4a e 5a ordens.
e)
Plantas são produtores, enquanto raposas e águias são simultaneamente consumidores de 2a, 3a, 4a e 5a ordens.
9
Biologia 9.
O DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) é um eficiente matador de insetos. Introduzido em grande escala durante a segunda guerra mundial, foi muito utilizado na agricultura brasileira para o controle de insetos considerados como pragas. O DDT é um inseticida sintético que conserva sua atividade química por muito tempo, ao invés de se decompor com facilidade. Por esse motivo, é um inseticida persistente, conforme demonstra a figura abaixo:
Conforme o texto e a figura, assinale a alternativa correta: a)
Na cadeia alimentar representada pela figura, os consumidores sustentam os produtores.
b)
O padrão de acumulação do DDT é diferente do fluxo de energia em uma cadeia alimentar. A energia é armazenada, e não transmitida de um nível trófico para outro.
c)
A concentração do DDT tende a aumentar no sentido dos produtores para os consumidores. Entre os consumidores, o acúmulo de DDT tende a ser maior em consumidores terciários do que em secundários.
d)
A figura demonstra que a concentração de DDT diminui ao longo da cadeia, reduzindo sua concentração de modo que, nas plantas, atinge níveis muito baixos.
e)
As plantas deveriam ocupar o topo da figura, enquanto os carnívoros ocupariam os níveis mais baixos da pirâmide.
10
Biologia 10. Observe, inicialmente, as duas cadeias alimentares: 1. árvore → preguiças → pulgas → protozoários. 2. milho → roedores → cobras → gaviões. Observe os modelos de pirâmide a seguir:
Analise a pirâmide I e II. É correto afirmar, com relação às cadeias 1 e 2 e aos modelos de pirâmides I e II, que: a)
a pirâmide I pode representar tanto o número de indivíduos como a quantidade de energia disponível em cada nível trófico da cadeia 2.
b)
a pirâmide II pode representar tanto o número de indivíduos como a quantidade de energia disponível em cada nível trófico da cadeia 1.
c)
a pirâmide II pode representar a quantidade de energia disponível em cada nível trófico da cadeia 2.
d)
a pirâmide I pode representar o número de indivíduos em cada nível trófico da cadeia 1.
e)
a pirâmide I pode representar o número de indivíduos da cadeia 2, e a pirâmide II, a quantidade de energia disponível em cada nível trófico da cadeia 1.
11
Biologia Gabarito 1.
B Como a lagarta é herbívoro, ou seja, um consumidor primário, o parasitoide então ocupará a função de consumidor secundário.
2.
C O tigre ao se alimentar do homem, e este homem se alimentando de plantas, este ocupa a função de consumidor secundário, enquanto os abutres serão então o consumidor terciário.
3.
C Ao se alimentarem de lagartas, e sendo as lagartas como herbívoros, os pássaros neste caso serão consumidores secundários. Já quando eles se alimentam de frutas, eles ocuparão a função de consumidor primário.
4.
D O mercúrio como não é biodegradável, ele tende a acumular ao longo da cadeia alimentar, sendo mais abundantes nos consumidores que estarão no topo da cadeia.
5.
B Com a toxicidade foi afetada no capim, isso influenciou toda a cadeia trófica, diminuindo a população do consumidor primário e consequentemente a do consumidor secundário.
6.
D A pirâmide B pode apresentar invertida em ambientes aquáticos devido à alta taxa reprodutiva dos produtores.
7.
C A questão fala sobre bioacumulação e magnificação trófica. Esses conceitos têm relação com o aumento de compostos tóxicos nos organismos, e sempre com um maior acúmulo nos organismos de maior nível trófico. Como o lambari possui uma concentração de 6,1, os organismos abaixo dele (plâncton e pulga d’água) na cadeia alimentar devem ter uma concentração menor, enquanto os indivíduos acima (piranha e tuiuiú) devem ter uma concentração maior do composto.
8.
B Coelhos, ratos e morcegos se alimentam da planta, sendo animais herbívoros (consumidores primários). As raposas podem ser consumidoras secundárias (ao comerem coelhos), terciárias (ao comerem uma coruja que comeu um morcego ou um rato) ou quaternárias (ao comerem uma coruja que comeu uma cobra).
9.
C O DDT, por não ser biodegradável, tende a se acumular ao longo a cadeia trófica causando a magnificação trófica. Os consumidores no topo de cadeia por sua vez terão maiores concentrações deste composto em seu organismo do que os seres que estão em níveis inferiores.
12
Biologia 10. A Tanto o número de indivíduos, quanto o fluxo de energia pode ser representado pela pirâmide I, pois ela é decrescente ao longo da cadeia.
13
Filosofia Teoria das ideias de Platão Resumo Discípulo mais importante de Sócrates, responsável por quase tudo que sabemos sobre seu mestre, Platão é tido por muitos como o maior filósofo de todos os tempos. De fato, produziu ele uma obra imensa, da qual nos restaram cerca de 28 livros, abrangendo e todos os temas possíveis para a investigação filosófica. Não obstante toda essa variedade, porém, a obra platônica possui uma unidade, um eixo central: a chamada Teoria das Ideias. Elaborada basicamente como um esforço de síntese entre o mobilismo de Heráclito e o imobilismo de Parmênides, a Teoria das Ideias de Platão era dualista: segundo ela, a realidade se encontra dividida em dois níveis: o mundo sensível e o mundo inteligível. No que diz respeito ao mundo sensível, Heráclito estaria correto, ao assinalar o devir e o conflito; no que diz respeito ao mundo inteligível, Parmênides seria o correto, ao ressaltar a permanência e a identidade. De acordo com Platão, o mundo sensível, realidade mais imediata e aparente, é o conjunto de tudo aquilo que percebemos com os cinco sentidos, através de nosso corpo; por sua vez, o mundo inteligível, realidade mais profunda, invisível aos sentidos, só é captável pela razão, pela inteligência, através da alma. Para esta divisão platônica, no mundo sensível se encontram as coisas, realidades concretas, palpáveis, determinadas; já no mundo inteligível se encontram as Ideias, essências abstratas das coisas. Enquanto as Ideias são eternas e imutáveis, as coisas são mutáveis e passageiras; enquanto as Ideias são unas e espirituais, as coisas são múltiplas e corpóreas; enquanto as Ideias inteligíveis são modelos perfeitos e acabados, as coisas sensíveis são cópias imperfeitas e corruptíveis. Em suma, neste mundo sensível em que vivemos se encontra apenas o reflexo imperfeito do mundo inteligível (ou mundo das Ideias) que só pode ser acessado pela alma. Lembrese sempre, é claro, que entre as próprias Ideias há uma hierarquia ontológica, e a Ideia suprema é a ideia do Bem. Esta diferença ontológica é que serve de base para a teoria do conhecimento de Platão. De fato, uma vez que o mundo inteligível é superior ao sensível, sendo perfeito e servindo de base para ele, apenas a razão, apenas a alma, que é capaz de alcançar o mundo das Ideias, pode efetivamente obter conhecimento genuíno, alcançar a verdade absoluta. Por sua vez, preso que é ao mundo sensível, o corpo, dotado dos cincos sentidos, só pode obter opinião, alcançar verdade relativa. Não à toa, para Platão, o método que dá ao homem condições de alcançar as Ideias é a dialética, isto é, a discussão racional - influência de Sócrates. Aliás, a diferença fundamental entre o filósofo e o homem comum, de acordo com Platão, é justamente que, enquanto o primeiro se guia por sua alma e, portanto, pelo que é eterno, o segundo se guia por seu corpo, sendo escravo de impulsos passageiros. Preocupado em expor sua teoria não apenas através de argumentos lógico-racionais, mas também por meio de imagens apropriadas, Platão elaborou uma história, uma fábula que representasse a Teoria das Ideias: a chamada alegoria ou mito da caverna. No mito da caverna, Platão nos pede para imaginarmos uma série de homens presos em uma caverna desde a sua infância. Tais homens, porém, encontram-se presos de um modo especial: estão algemados de uma maneira com que jamais conseguem olhar para entrada da caverna, mas apenas para o seu fundo. Do lado de fora da caverna, por sua vez, há uma mureta e, atrás dela, alguns transitando com objetos nas mãos. Mais além da mureta, há uma fogueira. Ora, a fogueira, projetando luz sobre os homens da mureta, gera sombras
1
Filosofia no fundo da caverna. Os prisioneiros, algemados desde a infância, capazes apenas de ver o fundo da caverna, naturalmente consideram as sombras, única realidade que conseguem ver, a única realidade verdadeira. Diz Platão: imaginemos, porém, que um dos prisioneiros se liberte, perceba que aquela realidade de sombras é apenas o reflexo imperfeito de uma realidade superior, se livre das algemas e saia da caverna. Obviamente, tal prisioneiro terá dificuldade, a princípio, de adaptar-se ao ambiente externo: a luz do Sol tenderá a cegá-lo, uma vez que ele estava acostumado à escuridão. Com o tempo, porém, ele se adaptará, diz Platão, verá com nitidez os homens da mureta e poderá enfim ver o próprio Sol de frente. Depois, alegre e satisfeito, sentindose na obrigação de esclarecer seus amigos, voltará à caverna para revelar o engano dos demais prisioneiros. Estes, porém, inteiramente acostumados às sombras, não o compreenderão, o verão como louco e o matarão. Como se deve imaginar, como um dos elementos deste mito é um símbolo. Os prisioneiros da caverna somos nós, seres humanos. As sombras representam o mundo sensível. A mureta e os homens da mureta, original do qual derivam as sombras, são o mundo inteligível ou mundo das Ideias. As algemas que aprisionam os homens e só os permitem ver as sombras são os sentidos. O homem que se liberta da caverna e volta para esclarecer os demais é o filósofo (sua morte pelos demais prisioneiros é uma referência à Sócrates). O exercício e a dificuldade do homem em adaptar-se à luz do ambiente externo é a dialética. O Sol é a Ideia suprema, a Ideia do Bem. Como se vê, tanto no mito da caverna quanto na Teoria das Ideias propriamente dita, Platão sempre apresenta o filósofo como uma figura superior e mais sábia do que o homem comum. Isto tinha implicações políticas. Com efeito, para o pensador grego, uma sociedade justa não seria uma sociedade democrática, onde todos têm igualmente acesso ao poder político, mesmo que não tenham capacidade de fazer bom uso dele. Não. Uma sociedade justa seria aquela em que apenas aqueles que têm competência para exercer o poder político, isto é, os sábios, teriam acesso a ele. Por isso, Platão defendia uma sociedade hierárquica, dividida em três classes: os trabalhadores, responsáveis pela subsistência da sociedade; os guerreiros, responsáveis pela proteção da sociedade; e os filósofos, responsáveis pelo governo da sociedade.
2
Filosofia Exercícios 1.
Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que de nada mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo. (PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é CORRETO afirmar que
2.
a)
a compreensão da beleza se dá a partir da observação de um indivíduo belo, no qual percebemos o belo em si.
b)
a percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma dimensão transcendente da beleza em si.
c)
a compreensão do que é belo se dá subitamente, quando partimos dele para compreender os belos ofícios e ciências.
d)
a observação de corpos, atividades e conhecimentos permite distinguir quais deles são belos ou feios em si.
e)
a participação do mundo sensível no mundo inteligível possibilita a apreensão da beleza em si.
Segundo a conhecida alegoria da caverna, que aparece no Livro VII da República, de Platão, há prisioneiros, voltados para uma parede em que são projetadas as sombras de objetos que eles não podem ver. Esses prisioneiros representam a humanidade em seu estágio de mais baixo saber acerca da realidade e de si mesmos: a doxa, ou “opinião”. Um desses prisioneiros é libertado à força, num processo que ele quer evitar e que lhe causa dor e enormes dificuldades de visão (conhecimento). Gradativamente, ele é conduzido para fora da caverna, a um estágio em que pode ver as coisas em si mesmas, isto é, os fundamentos eternos de tudo o que, antes, ele via somente mediante sombras. Esses fundamentos são as Formas. Para além das Formas, brilha o Sol, que representa a Forma das Formas, o Bem, fonte essencial de todo ser e de todo conhecer e unicamente acessível mediante intuição direta. Com base nisso, responda à seguinte questão: se chegamos ao conhecimento das Formas mediante a dialética, que é o estabelecimento de fundamentos que possibilitam o conhecimento das coisas particulares (sombras), é CORRETO dizer: a)
para Platão, a dialética é o conhecimento imediato (doxa) dos objetos particulares.
b)
o Bem é um objeto particular, que pode ser conhecido sensivelmente, de modo imediato e indolor, por todos os seres humanos.
c)
as Formas são somente suposições teóricas, sem realidade nelas mesmas.
d)
a dialética, que não é o último estágio do ser e do conhecer, permite chegar, mediante um processo difícil, que exige esforço, às coisas em si mesmas (Formas).
e)
a dialética, último estágio do ser e do conhecer, permite chegar, mediante um processo difícil, ao conhecimento do Bem
3
Filosofia 3.
Leia o texto a seguir sobre o tema Filosofia na História: A filosofia antiga grega e greco-romana tem uma história mais que milenar. Partindo do século VI a.C., chega até o ano de 529 d.C., ano em que o imperador Justiniano mandou fechar as escolas pagãs e dispersar os seus seguidores. Nesse arco de tempo, podemos distinguir o momento das grandes sínteses de Platão e Aristóteles. (REALE, Giovanni. História da Filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulinas, 1990, p. 25-26).
O autor na citação acima sinaliza a significância do período sistemático da filosofia antiga. No que tange à filosofia de Platão, assinale a alternativa CORRETA.
4.
a)
Enfatiza as ideias no mundo sensível, buscando a verdade na natureza.
b)
Retrata a doutrina das ideias e salienta a existência do mundo ideal para fazer possível a verdadeira ciência.
c)
Prioriza a verdade do mundo concreto com a confiança no conhecimento dos sentidos.
d)
Sinaliza o valor dos sentidos como condição para o alcance da verdade.
e)
Atenta para o significado da razão no plano da existência da realidade sensível.
Pensemos num cavalo diante de nós. Então perguntemos: o que é isso? Platão diria: “Esse animal não possui nenhuma existência verdadeira, mas apenas uma aparente, um constante vir-a-ser. Verdadeiramente é apenas a Ideia, que se estampa naquele cavalo, que não depende de nada, nunca veio-a-ser, sempre da mesma maneira. Enquanto reconhecemos nesse cavalo sua Ideia, é por completo indiferente se temos aqui diante de nós esse cavalo ou seu ancestral. Unicamente a Ideia do cavalo possui ser verdadeiro e é objeto do conhecimento real”. Agora, deixemos Kant falar: “Esse cavalo é um fenômeno no tempo, no espaço e na causalidade, que são as condições a priori completas da experiência possível, presentes em nossa faculdade de conhecimento, não determinações da coisaem-si. Para saber o que ele pode ser em si, seria preciso outro modo de conhecimento além daquele que unicamente nos é possível pelos sentidos e pelo entendimento.” (Arthur Schopenhauer. “Sobre as ideias”. Metafísica do belo, 2003. Adaptado.)
Schopenhauer compara as filosofias platônicas e kantianas, fazendo-as responder a uma mesma questão. Na perspectiva platônica, o cavalo presente “diante de nós” é a)
absolutamente igual a todos os cavalos do mundo.
b)
um ser imutável e eterno.
c)
a essência do cavalo real.
d)
a demonstração da inexistência do mundo inteligível.
e)
uma sombra da ideia do cavalo.
4
Filosofia 5.
No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
6.
a)
suspensão do juízo como reveladora da verdade.
b)
realidade inteligível por meio do método dialético.
c)
salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
d)
essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
e)
ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.
Segundo Platão, na sequência de Sócrates, a sociedade nasce do homem, isto é, de sua condição natural. O Bem e a Justiça se realizam no exercício da cidadania. PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis, 2006. p. 31.
Sobre esse assunto, está CORRETO o que se afirma na alternativa: a)
Compreender o que são o bem e a justiça proporciona subsídios para julgar melhor a concepção de cidadania.
b)
O bem e a justiça são categorias indiferentes para o entendimento e a prática da cidadania.
c)
O campo da justiça se configura como secundário para subsidiar o exercício da cidadania.
d)
O homem é um animal social, apenas dotado de individualidade. Isso se constitui questão singular no exercício da cidadania.
e)
A sociedade é a base de toda forma de existência humana. Nela, o bem tem um coeficiente ínfimo para o efetivo exercício da cidadania.
5
Filosofia 7.
Leia o texto a seguir sobre a filosofia e a ética.
Disponível em: .
Toda a obra de Platão tem um profundo sentido ético. Três poderiam ser os eixos centrais, que comandam a ética platônica: primeiro, a justiça na ordem individual e social; segundo, a transcendência do Bem; terceiro, as virtudes humanas e a ordem política presididas pela justiça. PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 25-26. Adaptado.
O autor mencionado demarca alguns pontos singulares dos temas centrais da ética de Platão. Sobre esse assunto, é correto afirmar que a)
as virtudes humanas estão em conexão com a transcendência do bem e desvinculadas da ordem política, presidida pela justiça.
b)
o sentido ético-político na filosofia de Platão prioriza a ordem individual em detrimento do plano social.
c)
Platão defende um ideal ético, centrado na sabedoria, declinando da ordem política presidida pela justiça.
d)
a justiça e o bem se realizam na ordem individual, e a virtude, na ordem política.
e)
na ética de Platão, a virtude é prática da justiça.
6
Filosofia 8.
No pórtico da Academia de Platão, havia a seguinte frase: “não entre quem não souber geometria”. Essa frase reflete sua concepção de conhecimento: quanto menos dependemos da realidade empírica, mais puro e verdadeiro é o conhecimento tal como vemos descrito em sua Alegoria da Caverna. “A ideia de círculo, por exemplo, preexiste a toda a realização imperfeita do círculo na areia ou na tábula recoberta de cera. Se traço um círculo na areia, a ideia que guia a minha mão é a do círculo perfeito. Isso não impede que essa ideia também esteja presente no círculo imperfeito que eu tracei. É assim que aparece a ideia ou a forma.” JEANNIÈRE, Abel. Platão. Tradução de Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.
Com base nas informações, assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento de Platão.
9.
a)
A Alegoria da Caverna demonstra, claramente, que o verdadeiro conhecimento não deriva do “mundo inteligível”, mas do “mundo sensível”.
b)
Todo conhecimento verdadeiro começa pela percepção, pois somente pelos sentidos podemos conhecer as coisas tais quais são.
c)
Quando traçamos um círculo imperfeito, isto demonstra que as ideias do “mundo inteligível” não são perfeitas, tal qual o “mundo sensível”.
d)
As ideias são as verdadeiras causas e princípio de identificação dos seres; o “mundo inteligível” é onde se obtêm os conhecimentos verdadeiros.
e)
Ideias são fruto da interação do ser humano com os objetos, que produzem fenômenos inteligíveis. Os objetos em si não podem ser conhecidos, apenas a reação que causam em nossos sentidos guiados por nossa razão.
Leia o seguinte trecho da Alegoria da Caverna. Agora imagine que por esse caminho as pessoas transportam sobre a cabeça objetos de todos os tipos: por exemplo, estatuetas de figuras humanas e de animais. Numa situação como essa, a única coisa que os prisioneiros poderiam ver e conhecer seriam as sombras projetadas na parede a sua frente. CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006, p. 50.
Com base na leitura do trecho e em seus conhecimentos sobre a obra de Platão (428 a.C. – 348 a.C.), assinale a alternativa INCORRETA. a)
Platão distingue o mundo sensível ou das aparências, onde tudo o que se capta por meio dos sentidos pode ser motivo de engano, e o mundo inteligível, onde se encontram as ideias a partir das quais surgem os elementos do mundo sensível.
b)
Platão tinha como principal objetivo o conhecimento das ideias: realidades existentes por si mesmas, essências a partir das quais podem ser geradas suas cópias imperfeitas.
c)
O pensamento de Platão deu origem aos fundamentos da ciência moderna graças ao seu método de observação e experimentação para o conhecimento dos fenômenos naturais.
d)
A obra de Platão está fundamentada em um método de investigação conhecido como dialética cujo objetivo é superar a simples opinião (doxa) e atingir o conhecimento verdadeiro ou ciência (episteme).
e)
Conhecer é relembrar as ideias que a alma contemplou no mundo inteligível, já que a alma é eterna e tem acesso a todo o conhecimento, mas se esquece do que viu ao encarnar 7
Filosofia 10. “SÓCRATES: Portanto, como poderia ser alguma coisa o que nunca permanece da mesma maneira? Com efeito, se fica momentaneamente da mesma maneira, é evidente que, ao menos nesse tempo, não vai embora; e se permanece sempre da mesma maneira e é ‘em si mesma’, como poderia mudar e mover-se, não se afastando nunca da própria Ideia? CRÁTILO: Jamais poderia fazê-lo. SÓCRATES: Mas também de outro modo não poderia ser conhecida por ninguém. De fato, no próprio momento em que quem quer conhecê-la chega perto dela, ela se torna outra e de outra espécie; e assim não se poderia mais conhecer que coisa seja ela nem como seja. E certamente nenhum conhecimento conhece o objeto que conhece se este não permanece de nenhum modo estável. CRÁTILO: Assim é como dizes.” PLATÃO, Crátilo, 439e-440a.
Assinale a alternativa correta, de acordo com o pensamento de Platão. a)
Para Platão, o que é “em si” e permanece sempre da mesma forma, propiciando o conhecimento, é a Ideia, o ser verdadeiro e inteligível.
b)
Platão afirma que o mundo das coisas sensíveis é o único que pode ser conhecido, na medida em que é o único ao qual o homem realmente tem acesso.
c)
As Ideias, diz Platão, estão submetidas a uma transformação contínua. Conhecê-las só é possível porque são representações mentais, sem existência objetiva.
d)
Platão sustenta que há uma realidade que sempre é da mesma maneira, que não nasce nem perece e que não pode ser captada pelos sentidos e que, por isso mesmo, cabe apenas aos deuses contemplá-la.
e)
Platão afirma que a dialética é uma síntese entre duas ideias. Foi o que seu pensamento tentou construir, articulando Heráclito e Parmênides numa corrente filosófica que tanto a mudança quando a permanência são verdade e realidade.
8
Filosofia Gabarito 1. B a) Incorreta. Observar alguém belo é apenas ter contato com certo grau de beleza, e não a conhecer em si mesma, pois, para se atingir esse em si, segundo Platão, é preciso abstrair das várias belezas do mundo da sensibilidade e acessar a beleza ideal, que é transcendente. b) Correta. Para Platão, só conhecemos algo verdadeiramente quando conhecemos o “em si”, ou seja, a essência de algo, que para ele explica a existência de diversos graus de beleza no mundo sensível. c) Incorreta. Compreendemos o belo em si, para Platão, partindo da compreensão dos vários belos ofícios, ciências e seres que percebemos no dia a dia e que são belos em certa medida. Não temos uma apreensão do em si antes do contato com as várias formas como ele aparece para nós no mundo sensível. Mas só acessamos o em si transcendendo o sensível via dialética, o que não ocorre subitamente. d) Incorreta. Observando a realidade que nos cerca, mesmo distinguindo coisas belas de feias, não as distinguimos de modo verdadeiro, já que apenas distinguimos certos graus de beleza e feiura. Só sabemos o que é belo e feio em si, para Platão, transcendendo os graus em que estes aparecem no sensível, ou seja, acessando o inteligível via dialética. e) Incorreta. A beleza em si, para Platão, tem existência transcendente no mundo inteligível, das ideias/formas, que, por sua vez, é o fundamento ou causa da realidade dos fenômenos sensíveis. O mundo da sensibilidade, ou mundo dos fenômenos, possui certos graus dessa beleza, por participação do em si, de modo graduado, na realidade sensível. 2. D De acordo com o pensamento de Platão, a dialética é o instrumento que possibilita ao indivíduo o alcance da verdade. A dialética platônica serve para mostrar as contradições e falhas fundamentais das ideias do senso comum. Assim, o método dialético admite as contradições para poder superá-las, através do questionamento das ideias pré-concebidas, para, a partir de então, poder buscar o conhecimento verdadeiro. 3. A Para responder à questão, o aluno deve conhecer o pensamento filosófico platônico, segundo o qual o verdadeiro conhecimento humano se daria a partir da passagem do “mundo das aparências” para o “mundo das essências” ou “mundo das ideias”. Para Platão, as formas e conceitos só existiriam em suas formas puras e imutáveis no plano das ideias, o que possibilitaria um conhecimento autêntico de todas as coisas. As impressões advindas dos sentidos, por sua vez, levariam a ideias ilusórias, de modo que no mundo sensível estariam presentes cópias imperfeitas e mutáveis dos conceitos, tal como indicado pela alternativa [A]. 4. E Para Platão, algo do mundo sensível só pode ser denominado por participar deste mesmo algo no mundo inteligível. Ou seja, o cavalo manifestado materialmente, que podemos tocar, cheirar e ver, é uma mera sombra, uma cópia imperfeita da ideia de cavalo que existe no mundo das ideias. Para ele, são essas ideias que devem ser alvo de nosso raciocínio e inteligência. Conhecer realmente é conhecer as ideias que estão no mundo inteligível.
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Filosofia 5. B Para Platão existem dois mundos – o inteligível e o sensível. No mundo inteligível ou das ideias, as coisas são perfeitas, verdadeiras, eternas. Já no sensível – o mundo material, onde o homem habita- convivemos com as cópias. Desta forma, para Platão o conhecimento verdadeiro se encontra no mundo inteligível – em cima. Por isso, Platão aponta para o alto. 6. A A questão trata das relações entre bem e justiça e seu papel na constituição da cidadania. O bem é um conceito filosófico amplo que aparece no campo da ética, assim como na filosofia platônica, na qual é visto metafisicamente como aquilo que confere verdade aos objetos cognoscíveis e ao homem o poder de conhecê-los, tornando-se uma dádiva e um meio para o progresso humano. A justiça, por sua vez, em termos filosóficos, pode ser vista como conformidade da conduta a uma norma ou como eficiência de uma norma ou sistema de normas. Mas devemos lembrar que, assim como o bem, trata-se de um conceito amplo. Normalmente, confunde-se justiça e bem, pois nem sempre o que leva ao bem pode ser considerado justo e vice-versa. É nesse sentido que a alternativa A está correta, porque é a compreensão desses dois conceitos que permitirão uma melhor consciência da cidadania, um espaço que visa ao bem coletivo, mas que busca isso por meio de normas comuns a todos, um universo regrado pela justiça. 7. E a) Incorreta. Na política também deve haver presença das virtudes humanas, da busca do bem e não apenas o crivo da dita justiça, que por ser impessoal pode levar ao prejuízo dos seres. b) Incorreta. Platão priorizava o bem coletivo e não a vantagem individual. c) Incorreta. Não existe essa separação entre sabedoria e justiça, sendo a primeira, elemento necessário ao exercício da segunda. d) Incorreta. Essa separação não é aceitável, tanto a ordem individual quanto a política devem possuir justiça, busca do bem e da virtude. 8. D A afirmativa A está incorreta, porque, para Platão, o verdadeiro conhecimento é o do "mundo inteligível", das ideias. O conhecimento do mundo sensível é, portanto, falho, como fica demonstrado na Alegoria da Caverna. A afirmativa B está incorreta, pois podemos entender percepção como sinônimo de sensibilidade ou empirismo, o que para Platão não leva ao conhecimento verdadeiro. A afirmativa C está incorreta, porque, ao traçar um círculo imperfeito, demonstramos que é impossível reproduzir no mundo sensível a perfeição existente no mundo das ideias. Por fim, a alternativa D está correta, pois trata-se da ideia platônica dos "conceitos" ou "universais". 9. C - A afirmativa C está incorreta porque se refere a Aristóteles. Foi ele o filósofo que se preocupou com métodos para observação e experimentação dos fenômenos naturais, sendo um precursor do desenvolvimento da ciência moderna. Como a filosofia de Platão era mais voltada ao conhecimento idealístico do mundo, ele não teve a preocupação de pensar as coisas em sua realidade concreta, sensível. 10. A A - Correta. Para Platão as ideias são perfeitas e imutáveis, e somente elas trazem o verdadeiro conhecimento a respeito das coisas, por isso, a teoria da dialética é a única maneira de sair da opinião, indo de ideia em ideia até intuir a ideia Suprema. B, C, D e E - Incorretas. Para Platão o mundo das coisas sensíveis é o mundo das aparências, das sombras, limitados à opinião, e por isso, não oferecem
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Filosofia conhecimento verdadeiro sobre as coisas. A única realidade imutável e que oferece, aos que a elas chegam, um conhecimento sobre as coisas, é a realidade das ideias, que podem ser
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Física Movimento retilíneo uniformemente variado (M.U.V) – Aceleração média e Equação da velocidade Resumo Movimento retilíneo uniformemente variado (M.U.V)
Figura 01 – Velocimetro
A figura 01 é uma iamgem classifca de filmes de ação como Velozes e Furiosos que demonstram um momento de ação! A função do velocimetro é medir a velocidade do carro durante a trajetória e, mostrar como essa velocidade pode mudar ou não. O Movimento retilíneo uniformemente variado (M.U.V) descreve um corpo que apresenta um movimento com aceleração constante (𝑎 = 𝑐𝑡𝑒), ou seja, esse corpo apresenta variações de velocidade com o passar do tempo.
Aceleração Antes de começarmos a monstrar as formulas, precisamos definir o que é aceleração. Para a Física, aceleração é a mudança do valor da velocidade de um corpo em função do tempo. Logo, podemos escrever aceleração da seguinte forma: 𝑎=
∆𝑉 ∆𝑡
Com essa definição de aceleração, já somos capazes de desenvolver as formulas do M.U.V.
Função horária da velocidade A função horária da velocidade é uma expressão matemática que descreve como a velocidade de um corpo pode ser alterada em função do tempo. Essa função é feita a partir da formula da aceleração e deixando ela da seguinte forma: 𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡
Função horária da posição A função horária da posição é uma expressão matemática que descreve a posição de um corpo em função do tempo. Essa função apresenta seguinte forma: 𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0 𝑡 +
𝑎𝑡² 2
1
Física Podemos modificar essa função para que ela não de a posição final do corpo, mas sim a deslocamento dele por completo. Com o objeto de encontrar o deslocamento, podemos utilizar a função horária da posição da seguinte forma: 𝑎𝑡² ∆𝑆 = 𝑉0 𝑡 + 2
Equação de Torricelli A equação de Torricelli é a unica equação do M.U.V que não utilizar a grandeza tempo para descrever a trajetória, sendo ela um trunfo para quando você não tiver tempo como dado do seu problema. Essa equação apresenta seguinte forma: 𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Com essas três equações, a duvida sempre aparece durante as questõa: Qual dessas formulas eu devo usar? Para responder essa pergunta, você precisa separar todos os dados que a questão forneceu e analisa-los. Os dados definem qual formula você deve utilizar.
Classificação do movimento Assim como foi feito em M.U, podemos classificar o movimento de um corpo em M.U.V a partir da direção e sentido da aceleração em relação a trajetória. O seu movimento será: •
Acelerado: Caso a aceleração apresente a mesma direção e sentido da trajetória.
•
Retardado: Caso a aceleração apresente a mesma direção, mas sentido oposto a trajetória.
Como pode ver, a classificação do M.U.V pode ser feita junto da classificação do M.U. Então, para facilitar a sua vida, montamos uma tabela para você entender como classificar o movimento. Velocidade
Aceleração
Movimento
Positiva
Positiva
Progressivo acelerado
Positiva
Negativa
Progressivo retardado
Negativa
Positiva
Retrógrado Retardado
Negativa
Negativa
Retrógrado Acelerado
Tabela 01 – Classificação do movimento
2
Física Exercícios 1.
Ao caçar, um guepardo - partindo do repouso - atinge uma velocidade de 72 Km/h em 2 segundos. Qual a sua aceleração nesse intervalo de tempo? a) a = 17 m/s² b) a = 15 m/s² c) a = 12 m/s² d) a = 10 m/s²
2.
Um avião parte do repouso e, com aceleração constante, atinge a velocidade de 450 Km/h em 25 segundos. Qual a aceleração do avião? a) a = 1 m/s² b) a = 3 m/s² c) a = 5 m/s² d) a = 8 m/s²
3.
Durante um trecho da corrida, um carro de fórmula 1 aumenta sua velocidade de 100 Km/h para 260 Km/h, fazendo isso em 4 segundos. Qual a sua aceleração média neste trecho? a) a = 11,11 𝑚/𝑠² b) a = 13,31 𝑚/𝑠² c) a = 14,21 𝑚/𝑠² d) a = 15,11 𝑚/𝑠²
4.
Um móvel que se afasta de um referencial, mas tem a sua velocidade reduzida a cada segundo de maneira constante executa um movimento do tipo a) regressivo e retardado. b) progressivo e retardado. c) progressivo e acelerado. d) uniforme e retilíneo.
5.
Um móvel realiza um movimento retardado com desaceleração constante de 2 m/s². Sabendo que a sua velocidade era inicialmente de 20 m/s, determine em qual instante de tempo o móvel inverterá o sentido do seu movimento. a) 1,0 s b) 5,0 s c) 10,0 s d) 3,0 s
3
Física 6.
Um veículo de passeio consegue acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de 11 s. Determine sua aceleração média em m/s² e assinale a alternativa correspondente a) 15,0 m/s² b) 2,0 m/s² c) 2,5 m/s² d) 5,0 ms²
7.
Um móvel tem a sua velocidade alterada de 36 km/h para 54 km/h, em um intervalo de tempo de 2,5 s. Calcule o módulo de sua aceleração média. a) 10,0 m/s² b) 2,0 m/s² c) 3,5 m/s² d) 5,0 ms²
8.
Ao avistar um obstáculo, um motorista pisa no freio e diminui sua velocidade a uma taxa de 2 m/s a cada segundo. Determine o intervalo de tempo necessário até que o veículo pare completamente, sabendo que a sua velocidade ao início da frenagem era de 30 m/s. a) 1,0 s b) 5,0 s c) 10,0 s d) 15,0 s
9.
Ao avistar um obstáculo, um motorista pisa no freio e diminui sua velocidade a uma taxa de 5 m/s a cada segundo. Determine o intervalo de tempo necessário até que o veículo pare completamente, sabendo que a sua velocidade ao início da frenagem era de 90km/h. a) 1,0 s b) 5,0 s c) 10,0 s d) 3,0 s
10. Um móvel parte do repouso e acelera a 3 m/s² durante um intervalo de tempo de 8 s. Determine a velocidade desse móvel ao final desse intervalo de tempo. a) 24 m/s b) 20 m/s c) 18 m/s d) 12m/s
4
Física Gabarito 1.
D Como ele parte do repouso, temos: 𝑉𝑖 = 0 𝐾𝑚/ℎ 𝑉𝑓 = 72𝐾𝑚/ℎ = 20 𝑚/𝑠 𝑡𝑖 = 0 𝑠 𝑡𝑓 = 2 𝑠 𝑎=
∆𝑉 ∆𝑡
𝑎 = 20/2 𝑎 = 10 𝑚/𝑠² 2.
C 𝑉𝑖 = 0 𝐾𝑚/ℎ 𝑉𝑓 = 450 𝐾𝑚/ℎ = 125 𝑚/𝑠 𝑡𝑖 = 0 𝑠 𝑡𝑓 = 25 𝑠 ∆𝑉 𝑎= ∆𝑡 𝑎 = 125/ 25 𝑎 = 5 𝑚/𝑠²
3.
A 𝑉𝑖 = 100 𝐾𝑚/ℎ = 27,8 𝑚/𝑠 𝑉𝑓 = 260 𝐾𝑚/ℎ = 72,2 𝑚/𝑠 𝑡𝑖 = 0 𝑠 𝑡𝑓 = 4 𝑠 𝑎=
∆𝑉 ∆𝑡
𝑎 = (72,2 – 27,8) / (4 – 0) 𝑎 = 44,4 / 4 𝑎 = 11,11 𝑚/𝑠² 4.
B Como o móvel afasta-se do referencial, o seu movimento é progressivo. Além disso, pelo fato de sua velocidade diminuir com o tempo, dizemos que o seu movimento é retardado. Portanto, o movimento em questão é progressivo e retardado.
5.
C Utilizaremos a fórmula da aceleração média para resolver esse exercício: ∆𝑉 𝑎= ∆𝑡 Para resolver esse exercício, é necessário perceber que, como o seu movimento é retardado, a sua aceleração é negativa (-2 m/s²). Além disso, como o exercício pede que determinemos o instante em que o sentido do movimento é invertido, esse instante corresponderá àquele quando a velocidade do móvel se tornará nula, além disso, consideraremos o instante inicial do movimento como 0. Observe o cálculo: 30 − 0 𝑎= = 6𝑚/𝑠² 5 De acordo com o resultado encontrado, o tempo necessário para o móvel inverter o seu sentido de movimento é de 10 s 5
Física 6.
C Para resolvermos esse exercício, devemos usar a fórmula da velocidade média, além disso, também é necessário converter a velocidade que está em quilômetros por hora para metros por segundo. Para tanto, devemos dividir a velocidade pelo fator 3,6. Observe os cálculos: 𝑣 = 100𝑘𝑚/ℎ ⟶ 𝑣 = 27,7 𝑚/𝑠 𝑎=
27,7 − 0 = 2,5𝑚/𝑠² 11
7.
B 𝑣 = 54𝑘𝑚/ℎ ⟶ 𝑣 = 15 𝑚/𝑠 𝑣 = 36𝑘𝑚/ℎ ⟶ 𝑣 = 10 𝑚/𝑠 15 − 10 𝑎= = 2 𝑚/𝑠² 2,5
8.
D 𝑣=0 𝑣0 = 30𝑚/𝑠 𝑎 = −2𝑚/𝑠² Δ𝑡 = ? 𝑣 − 𝑣0 0 − 30 𝑎= ⟶ −2 = Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡 = 15𝑠
9.
C 𝑣=0 𝑣0 = 90𝑘𝑚/ℎ = 25𝑚/𝑠 𝑎 = −5𝑚/𝑠² Δ𝑡 = ? 𝑣 − 𝑣0 0 − 25 𝑎= ⟶ −5 = Δ𝑡 Δ𝑡 Δ𝑡 = 5 𝑠
10. A 𝑣 =? 𝑣0 = 0𝑘𝑚/ℎ 𝑎 = 3𝑚/𝑠² Δ𝑡 = 8𝑠 𝑣 − 𝑣0 𝑣−0 𝑎= ⟶ 3= Δ𝑡 8 𝑣 = 3.8 = 24 𝑚/𝑠
6
Física Movimento retilíneo uniformemente variado (M.U.V) – Torricelli e Equação da posição Resumo Movimento retilíneo uniformemente variado (M.U.V)
Figura 01 – Velocimetro
A figura 01 é uma iamgem classifca de filmes de ação como Velozes e Furiosos que demonstram um momento de ação! A função do velocimetro é medir a velocidade do carro durante a trajetória e, mostrar como essa velocidade pode mudar ou não. O Movimento retilíneo uniformemente variado (M.U.V) descreve um corpo que apresenta um movimento com aceleração constante (𝑎 = 𝑐𝑡𝑒), ou seja, esse corpo apresenta variações de velocidade com o passar do tempo.
Aceleração Antes de começarmos a monstrar as formulas, precisamos definir o que é aceleração. Para a Física, aceleração é a mudança do valor da velocidade de um corpo em função do tempo. Logo, podemos escrever aceleração da seguinte forma: 𝑎=
∆𝑉 ∆𝑡
Com essa definição de aceleração, já somos capazes de desenvolver as formulas do M.U.V.
Função horária da velocidade A função horária da velocidade é uma expressão matemática que descreve como a velocidade de um corpo pode ser alterada em função do tempo. Essa função é feita a partir da formula da aceleração e deixando ela da seguinte forma: 𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡
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Física Função horária da posição A função horária da posição é uma expressão matemática que descreve a posição de um corpo em função do tempo. Essa função apresenta seguinte forma: 𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0 𝑡 +
𝑎𝑡² 2
Podemos modificar essa função para que ela não de a posição final do corpo, mas sim a deslocamento dele por completo. Com o objeto de encontrar o deslocamento, podemos utilizar a função horária da posição da seguinte forma: 𝑎𝑡² ∆𝑆 = 𝑉0 𝑡 + 2
Equação de Torricelli A equação de Torricelli é a unica equação do M.U.V que não utilizar a grandeza tempo para descrever a trajetória, sendo ela um trunfo para quando você não tiver tempo como dado do seu problema. Essa equação apresenta seguinte forma: 𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Com essas três equações, a duvida sempre aparece durante as questõa: Qual dessas formulas eu devo usar? Para responder essa pergunta, você precisa separar todos os dados que a questão forneceu e analisa-los. Os dados definem qual formula você deve utilizar.
Classificação do movimento Assim como foi feito em M.U, podemos classificar o movimento de um corpo em M.U.V a partir da direção e sentido da aceleração em relação a trajetória. O seu movimento será: •
Acelerado: Caso a aceleração apresente a mesma direção e sentido da trajetória.
•
Retardado: Caso a aceleração apresente a mesma direção, mas sentido oposto a trajetória.
Como pode ver, a classificação do M.U.V pode ser feita junto da classificação do M.U. Então, para facilitar a sua vida, montamos uma tabela para você entender como classificar o movimento. Velocidade
Aceleração
Movimento
Positiva
Positiva
Progressivo acelerado
Positiva
Negativa
Progressivo retardado
Negativa
Positiva
Retrógrado Retardado
Negativa
Negativa
Retrógrado Acelerado
Tabela 01 – Classificação do movimento
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Física Dilatação dos sólidos Resumo Introdução Observe as seguintes figuras:
Espaçamento entre trilhos consecutivos de uma estrada de ferro.
Fenda de dilatação de uma ponte (ou rodovia) para possibilitar a expansão da estrutura, evitando assim o aparecimento de trincas.
Situações como essas são explicadas pela Dilatação Térmica. No módulo de Temometria, a temperatura foi relacionada com o estado de agitação das partículas de um corpo. Um estado de agitação maior indica uma temperatura maior. Assim, ao aquecermos um corpo, aumentamos a agitação de suas partículas e, consequentemente, sua temperatura. De modo geral, o aumento da temperatura de um corpo provoca um aumento nas suas dimensões, fenômeno denominado dilatação térmica. Uma diminuição de temperatura produz, em geral, uma diminuição nas dimensões do corpo, uma contração térmica. Nos sólidos, observamos que o aumento ou a diminuição da temperatura provoca variações em suas dimensões lineares, bem como nas dimensões superficiais e volumétricas. No estudo da dilatação térmica dos sólidos, faremos uma separação em três partes: dilatação linear, dilatação superficiel e dilatação volumétrica. Para os líquidos, apenas estudaremos a dilatação volumétrica.
1
Física Dilatação linear dos sólidos Para o estudo da dilatação linear dos sólidos, consideremos um fio metálico com comprimento L 0 quando a uma temperatura θ0. Aquecendo esse fio até uma temperatura θ (θ > θ0), observamos que seu comprimento passa a ser L (L > L0). É fácil compreender que, sendo o fio homogêneo, cada unidade de seu comprimento deve sofrer a mesma dilatação por unidade de variação de temperatura. Em outras palavras, cada pedacinho do fio deve sofrer o mesmo aumento de comprimento, quando aquecidos igualmente.
Do exposto, podemos concluir que a variação total do comprimento ∆L sofrida pelo fio é diretamente proporcional ao seu comprimento inicial L0. Se um fio de 10 metros, ao ser aquecido, aumenta 1 centímetro em seu comprimento, outro de mesmo material, com 20 metros, deve aumentar 2 centímetros ao sofrer a mesma variação de temperatura do primeiro.
∆L ∝ L0b É evidente, também, que as partículas se afastaram de acordo com a variação de temperatura, isto é, para um maior aquecimento, obtém-se uma maior dilatação. Assim, L também é diretamente proporcional à variação de temperatura sofrida pelo sólido (aproximadamente).
∆L ∝ ∆θ Assim, temos que:
∆L ∝ (𝐿0 x ∆θ) O símbolo “∝” significa “proporcional a(ao)”. Na Ciência, para substitui o sinal de proporcionalidade “∝” pelo sinal de igualdade “=”, temos que acrescentar uma constante de proporcionalidade k, cujo significado físico dependerá do fenômeno físico estudado. Então,
∆L = k x (𝐿0 x ∆θ) Onde essa constante de proporcionalidade k, no contexto da dilatação térmica, a constante (ou coeficiente) de dilatação linear térmica do material, comumente simbolizada por α. Logo,
∆L = 𝐿0 α∆θ) O valor de α é uma característica do material e, na prática, não é rigorosamente constante, dependendo da pressão, de eventuais tratamentos térmicos e mecânicos e, principalmente, da temperatura. Entretanto, costuma-se usar o valor médio de α entre as temperaturas inicial e final consideradas.
2
Física Unidades de α: [α] = ℃−1 , ℉−1 𝑒 𝐾 −1 (𝑆𝐼). Tal conclusão é tirada de:
∆𝐿 = 𝐿0 𝛼 ∆𝜃 𝛼=
∆𝐿 𝐿0 ∆𝜃
Lembrando que ∆L = L – L0, também podemos fazer:
∆𝐿 = 𝐿0 𝛼 ∆𝜃 𝐿 − 𝐿0 = 𝐿0 𝛼 ∆𝜃 𝐿 = 𝐿0 + 𝐿0 𝛼 ∆𝜃 𝐿 = 𝐿0 (1 + 𝛼 ∆𝜃) A representação gráfica do comprimento L em função da temperatura θ está feita abaixo.
Abaixo, uma tabela de coeficientes de dilatação linear de alguns sólidos: Substância
𝛼 𝑒𝑚 𝑜𝐶 −1
Zinco Alumínio Latão Prata Bronze Cobre Ouro Ferro Concreto Platina Vidro comum Vidro pirex Porcelana Invar*
26 . 10-6 24 . 10-6 10 . 10-6 19 . 10-6 18 . 10-6 16 . 10-6 14 . 10-6 13 . 10-6 12 . 10-6 9 . 10-6 8 . 10-6 4 . 10-6 3 . 10-6 1 . 10-6
* Liga de níquel e ferro. Invar é redução do francês invariable (invariável), por causa de seu baixo coeficiente de dilatação térmica.
3
Física Lâminas bimetálicas Você já deve ter visto uma árvore de natal enfeitada com muitas lâmpadas pisca-pisca. Também já deve ter notado que de tempos em tempos a geladeira se desliga automaticamente, voltando a funcionar após alguns minutos. Nessas duas situações, é uma lâmica bimetálica que liga e desliga os circuitos elétricos. A lâmina bimetálica é constituída de duas lâminas de materiais diferentes, “coladas” um à outra, que incialmente possuem comprimentos iguais. Quando a corrente elétrica passa pela lâmica bimetálica, ela se aquece, o que provoca dilatações diferentes nos metais. Por exemplo, se usássemos alumínio (a = 24 . 10-6 ºC-1) em uma das faces cobre (a = 16 . 10-6 ºC-1) na outra, teríamos uma dilatação maior para o alumínio. A lâmina iria se encurvar, e o alumínio ficaria na face convexa. Isso seria suficiente para interromper a corrente elétrica, apagando as lâmpadas ou desligando a geladeira. Após algum tempo, a lâmina esfria, diminuindo de tamanho devido à contração térmica. O metal que se dilata mais ao ser aquecido é aquele que se contrai mais ao ser esfriado. Ao voltar ao comprimento inicial, a lâmina fecha o circuito, que volta a ser percorrido por corrente elétrica, até que um novo aquecimento provoque curvatura na lâmina.
Dilatação superficial dos sólidos Considere uma placa metálica de forma quadrada, com lado L0, a temperatura θ0 e de material cujo coeficiente de dilatação linear vale α.
Aquecendo-se a placa até uma temperatura θ (θ > θ0), o aumento de suas dimensões lineares produz um aumento na área da superfície, que, no entanto, permanece quadrada. No início, a área da placa é dada por:
𝐴0 = 𝐿02 Assim, a equação da dilatação superficial assume a forma aproximada:
𝐴 = 𝐴0 (1 + 2𝛼∆𝜃) É comum no ensino médio, fazer 2α = β, chamando β de coeficiente de dilatação superficial do material. Segue que:
𝐴 = 𝐴0 (1 + 𝛽∆𝜃) ou ∆𝐴 = 𝐴0 𝛽∆𝜃 Obs.: a superfície pode assumir outras formas (retangulares, triangulares, circulares).
4
Física Como se comportam os buracos em uma dilatação? Imagine uma placa metálica, quadrada, de zinco, por exemplo, material usado para a confecção de calhas de uma residência. Com uma tesoura adequada vamos cortar uma parte, no meio dessa placa.
Vamos agora colocar as duas partes no interior de um forno preaquecido. Depois de alguns minutos, usando luvas térmicas apropriadas, tentaremos encaixar no orifício a parte que foi retirada. Será que conseguiremos encaixá-la? Sim, conseguiremos! Ela encaixa! Isso ocorre porque, na placa, o aquecimento provocará uma dilatação “para fora”, isto é, tudo se passa como se o buraco estivesse preenchido do material da placa. Assim, o pedaço retirado irá se dilatar e o buraco também e, a qualquer temperatura que se aqueça o conjunto, placa e pedaço retirado, o encaixe ocorrerá. Do exposto acima podemos concluir que, no aquecimento, os orifícios encontrados em placas ou blocos aumentarão de tamanho e, no resfriamento , diminuirão de tamanho. Tudo acontecendo como se a placa ou o bloco tivessem buracos preenchidos do mesmo material existente ao seu redor. Nos cálculos para se determinar comprimentos, larguras, áreas ou volumes de buracos, usaremos as equações da dilatação e iremos considerar o coeficiente de dilatação do material do corpo que o forma o buraco.
Dilatação volumétricas dos sólidos Todo raciocínio construído na seção “dilatação superficial dos sólidos”, para chegar à equação da dilatação superficial, vale igualmente para chegar à equação da dilatação volumétrica e, portanto,
𝑉 = 𝑉0 (1 + 𝛾∆𝜃)
ou
∆𝑉 = 𝑉0 𝛾∆𝜃
Fica como exercício para o leitor a parte de chegar às equações! A relação entre os coeficientes de dilatação é dada por: 𝛼 1
=
𝛽 2
=
𝛾 3
O comportamento dos buracos nos sólidos volumétricos é semelhante aos sólidos superficiais!
5
Física Exercícios 1.
2.
Uma dona de casa resolveu fazer uma salada para o jantar, mas não conseguiu abrir o frasco de palmito, que tem tampa metálica. Porém, lembrando-se de suas aulas de Física, ela mergulhou a tampa da embalagem em água quente durante alguns segundos e percebeu que ela abriu facilmente. Isso provavelmente ocorreu porque: a)
reduziu-se a força de coesão entre as moléculas do metal e do vidro;
b)
reduziu-se a pressão do ar no interior do recipiente;
c)
houve redução da tensão superficial existente entre o vidro e o metal;
d)
o coeficiente de dilatação do metal é maior que o do vidro;
e)
o coeficiente de dilatação do vidro é maior que o do metal.
Uma régua de alumínio tem comprimento de 200,0 cm a 20 °C. O valor, em centímetros, do seu comprimento a 60 °C é: Dado: coeficiente de dilatação linear do alumínio = 2,5 · 10 –5 K–1
3.
a)
200 cm
b)
200,2 cm
c)
300,5 cm
d)
202 cm
e)
305 cm
Uma barra metálica, inicialmente à temperatura de 20 °C, é aquecida até 260 °C e sofre uma dilatação igual a 0,6% de seu comprimento inicial. O coeficiente de dilatação linear médio do metal nesse intervalo de temperatura é: a)
2,5 · 10–5 °C–1
b)
3,5 · 10–5 °C–1
c)
4,5 · 10–5 °C–1
d)
5,5 · 10–5 °C–1
e)
6,5 · 10–5 °C–1
6
Física 4.
5.
6.
Em uma atividade de laboratório, um aluno do IFCE dispõe dos materiais listados na tabela a seguir. Se o professor pediu a ele que selecionasse, dentre as opções, aquele material que possibilita maior dilatação volumétrica para uma mesma variação de temperatura e um mesmo volume inicial, a escolha correta seria
a)
alumínio.
b)
chumbo.
c)
aço.
d)
cobre.
e)
zinco.
Material
Coeficiente de dilatação linear (𝜶) em°𝑪−𝟏
Aço
1,1 ⋅ 10−5
Alumínio
2,4 ⋅ 10−5
Chumbo
2,9 ⋅ 10−5
Cobre
1,7 ⋅ 10−5
Zinco
2,6 ⋅ 10−5
Ao aquecermos um sólido de 20 °C a 80 °C, observamos que seu volume experimenta um aumento correspondente a 0,09% em relação ao volume inicial. O coeficiente de dilatação linear do material de que é feito o sólido vale: a)
5 · 10–6 °C–1
b)
6 · 10–6 °C–1
c)
7 · 10–6 °C–1
d)
8 · 10–6 °C–1
e)
9 · 10–6 °C–1
Um mecânico de automóveis precisa soltar um anel que está fortemente preso a um eixo. Sabe-se que o anel é feito de aço, de coeficiente de dilatação linear 1,1 · 10 –5 °C–1. O eixo, de alumínio, tem coeficiente 2,3 · 10–5 °C–1. Lembrando que tanto o aço quanto o alumínio são bons condutores térmicos e sabendo que o anel não pode ser danificado e que não está soldado ao eixo, o mecânico deve: a)
aquecer somente o eixo.
b)
aquecer o conjunto (anel + eixo).
c)
resfriar o conjunto (anel + eixo).
d)
resfriar somente o anel.
e)
aquecer o eixo e, logo após, resfriar o anel.
7
Física 7.
Um estudante ouviu de um antigo engenheiro de uma estrada de ferro que os trilhos de 10 m de comprimento haviam sido fixados ao chão num dia em que a temperatura era de 10 °C. No dia seguinte, em uma aula de Geografia, ele ouviu que, naquela cidade, a maior temperatura que um objeto de metal atingiu, exposto ao sol, foi 50 °C.
O espaço entre os trilhos possibilita sua dilatação.
Com essas informações, o estudante resolveu calcular a distância mínima entre dois trilhos de trem. O valor que ele encontrou foi de: Dado: coeficiente de dilatação linear do aço = 1,1 · 10–5 °C–1
8.
a)
2,2 mm
b)
4,4 mm
c)
5,6 mm
d)
9 mm
e)
55 mm
A cada ano, milhares de crianças sofrem queimaduras graves com água de torneiras fervendo. A figura a seguir mostra uma vista em corte transversal de um dispositivo antiescaldante, bem simplificado, para prevenir este tipo de acidente.
Dentro do dispositivo, uma mola feita com material com um alto coeficiente de expansão térmica controla o êmbolo removível. Quando a temperatura da água se eleva acima de um valor seguro preestabelecido, a expansão da mola faz com que o êmbolo corte o fluxo de água. Admita que o comprimento inicial L da mola não tensionada seja de 2,40 cm e que seu coeficiente de expansão volumétrica seja de 66,0x10-6 ºC-1. Nas condições acima propostas o aumento no comprimento da mola, quando a temperatura da água se eleva de 30 C, é de: a)
1,58x10-3 cm
b)
4,74x10-3 cm
c)
3,16x10-3 cm
d)
2,37x10-3 cm 8
Física 9.
A caminho da erradicação da pobreza, para poder contemplar a todos com o direito à habitação, as novas edificações devem ser construídas com o menor custo e demandar cuidados mínimos de manutenção. Um acontecimento sempre presente em edificações, e que torna necessária a manutenção, é o surgimento de rachaduras. Há muitas formas de surgirem rachaduras como, por exemplo, pela acomodação do terreno ou ocorrência de terremotos. Algumas rachaduras, ainda, ocorrem devido à dilatação térmica. A dilatação térmica é um fenômeno que depende diretamente do material do qual o objeto é feito, de suas dimensões originais e da variação de temperatura a que ele é submetido. Considere dois muros feitos com o mesmo material, sendo que o menor deles possui uma área de superfície igual a 100 m², enquanto que o maior tem 200 m². Se o muro menor sofrer uma variação de temperatura de + 20ºC e o maior sofrer uma variação de + 40ºC, a variação da área da superfície do muro maior em relação à variação da área da superfície do muro menor, é: a)
quatro vezes menor.
b)
duas vezes menor.
c)
a mesma.
d)
duas vezes maior.
e)
quatro vezes maior.
10. Uma lâmina bimetálica é constituída de duas placas de materiais diferentes, M 1 e M2, presas uma à outra. Essa lâmina pode ser utilizada como interruptor térmico para ligar ou desligar um circuito elétrico, como representado, esquematicamente, na figura I:
Quando a temperatura das placas aumenta, elas dilatam-se e a lâmina curva-se, fechando o circuito elétrico, como mostrado na figura II. Esta tabela mostra o coeficiente de dilatação linear α de diferentes materiais:
9
Física Considere que o material M1 é cobre e o outro, M2, deve ser escolhido entre os listados nessa tabela. Para que o circuito seja ligado com o menor aumento de temperatura, o material da lâmina M2 deve ser o: a)
aço.
b)
alumínio.
c)
bronze.
d)
níquel.
10
Física Gabarito 1.
D O coeficiente de dilatação do metal é maior que o do vidro. Ao ser mergulhada na água quente, a tampa de metal dilata mais do que o vidro, soltando-se.
2.
B ∆L = L0 α∆θ ∆L = 200,0 . 2,5 . 10−5 . (60 − 20)(cm) ∆L = 0,2cm Portanto: L = L0 + ∆L ∆L = 200,0 + 0,2 (cm) L = 200,2 cm
3.
A 𝐿0 → 100% ∆𝐿 → 0,6% ⇒ ∆𝐿 =
0,6 𝐿0 100
Como ∆𝐿 = 𝐿0 𝛼∆𝜃, Então: 0,6 . 𝐿0 = 𝐿0 𝛼∆𝜃 100 6 . 10−3 = 𝛼 . (260 − 20) 𝛼 = 2,5 . 10−5 °𝐶 −1
4.
B O material que possibilita maior dilatação é o de maior coeficiente, no caso, o chumbo.
5.
A O volume inicial V0 corresponde a 100% e a variação de volume V, a 0,09%. Assim, podemos escrever a relação: 0,09V0 ∆V = 100 0,09V0 Como: ∆𝑉 = 𝑉0 𝛾∆𝜃, então = 𝑉0 𝛾∆𝜃 100
Mas 𝛾 = 3𝛼 Portanto 0,09 = 3𝛼(80 − 20) 100 α = 5 . 10−6 °𝐶 −1
11
Física 6.
C Como αAl > αaço, ao resfriarmos o conjunto, o eixo de alumínio irá se contrair mais que o anel de aço, ocorrendo a separação.
7.
B ∆V = 𝐿0 𝛼∆𝜃 Como: 𝐿0 = 10m = 10000mm Vem: ∆L = 1000 . 1,1 . 10−5 . (50 − 10) ∆L = 4,4mm
8.
A A dilatação térmica da mola é dada por: ∆𝐿 = 𝐿0 . 𝛼 . ∆𝑇 São dados o comprimento inicial da mola L0, a variação de temperatura T e o coeficiente de expansão volumétrica . Este último dado é uma “pedaginha”, pois necessitamos é do coeficiente de dilatação linear do material , que é a terça parte do coeficiente volumétrico: 𝛼=
𝛾 66,0 𝑥 10−6 ℃−1 ⇒ 𝛼= ∴ 𝛼 = 22,0 𝑥 10−6 ℃−1 3 3
Agora calculando a dilatação linear, temos: ∆L = 2,40cm . 22,0 x 10−6 ℃−1 . 30 ℃ ∴ ∆L = 1,584 . 10−3 cm 9.
E Dilatação térmica do muro maior: ∆𝑆1 = 𝑆01 . β . ∆𝜃1 ⇒ ∆𝑆1 = 200m2 . β . 40 ℃ ∴ ∆𝑆1 = 800 m2 . β . ℃ Dilatação térmica do muro maior: ∆𝑆2 = 𝑆02 . β . ∆𝜃2 ⇒ ∆𝑆2 = 100m2 . β . 20 ℃ ∴ ∆𝑆2 = 2000 m2 . β . ℃ Razão das dilatações térmicas será: ∆𝑆1 800 𝑚2 . 𝛽 . ℃ ∆𝑆1 = ∴ =4 2 ∆𝑆2 2000 𝑚 . 𝛽 . ℃ ∆𝑆2 Portanto, a razão será 4 vezes maior.
10. B Para que a lâmina se curve com o menor aumento de temperatura, a lâmina M2 deverá ter o maior coeficiente de dilatação (o alumínio).
12
Geografia Crise do Fordismo Resumo A lógica fordista de produção em massa e consumo em massa foi perfeita para a recuperação econômica americana com base no New Deal (1933). Os anos seguintes foram caracterizados por um grande crescimento econômico do mundo, principalmente após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945). A estruturação do Sistema Bretton Woods, acordo para o gerenciamento da economia internacional, também foi fundamental para o crescimento econômico desse período. O Fordismo viveu seu auge (anos dourados) durante as décadas seguintes, de 1950 a 1960. Todavia, as características do Fordismo não se sustentaram por mais tempo e, com outros fatores econômicos, levaram a uma crise do modelo produtivo na década de 1970. A durabilidade dos produtos fordistas e sua padronização, necessária para a produção em massa, gerava uma estagnação do consumo. Os estoques lotados (falta de consumo) e a maior pressão sindical, facilitada pelo fato de a fábrica estar espacialmente concentrada, encareciam a produção fordista. Assim, somando-se essas quatro características e a crise do petróleo em 1973 e 1979, observou-se uma crise do Fordismo e do Estado Keynesiano. O avanço técnico nos transportes e comunicação (globalização) e o surgimento de métodos produtivos mais eficientes (Toyotismo) permitiram a redistribuição espacial da indústria pelo mundo, buscando as vantagens competitivas (mão de obra mais barata, legislação trabalhista e ambiental mais flexível). Tudo isso ainda será visto nas próximas aulas.
1
Geografia Exercícios 1.
2.
Detroit foi símbolo mundial da indústria automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões de habitantes entre as décadas de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de um milhão de habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com fábricas em ruínas, casas abandonadas, supressão de serviços públicos essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi decretada a falência da cidade. Essa crise urbana vivida por Detroit resulta dos seguintes processos: a)
ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento de indústrias para cidades vizinhas.
b)
consolidação do regime de acumulação fordista; protecionismo econômico e concorrência com capitais europeus; deslocamento de indústrias para outros países.
c)
declínio do toyotismo; liberalização econômica e concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para cidades vizinhas.
d)
ascensão do regime de acumulação flexível; concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para outros países.
e)
crise de superprodução; ascensão do regime produtivo rígido; mudanças nas estruturas e estratégias empresariais.
A expansão da produção capitalista, nos três primeiros quartos do século XX, esteve assentada principalmente no modelo de organização fordista. A partir dos anos 1970, esse modelo sofreu significativas alterações, decorrentes da dificuldade em enfrentar, através de ganhos de produtividade, a crise que atingiu o sistema capitalista. Impôs-se ao universo da produção a necessidade de profunda reestruturação econômica, expressa pela introdução de novas tecnologias, flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e dos padrões de consumo. Tais mudanças foram vistas por alguns como ruptura e, por outros, como continuidade do modelo fordista. De qualquer maneira, o mundo do trabalho real do século XXI já não é mais o mesmo. Sobre os impactos concretos que afetaram a produção e o trabalho no Brasil, no quadro das transformações comentadas no texto, é correto afirmar que houve: a)
consolidação do assalariamento regulamentado, através da expansão do emprego com carteira registrada para a totalidade dos trabalhadores.
b)
fortalecimento do poder de negociação dos sindicatos e elevação contínua da renda dos trabalhadores.
c)
extinção por inteiro das formas antigas de divisão do trabalho baseada na separação entre concepção e execução, em decorrência da alta qualificação intelectual dos trabalhadores.
d)
expansão de formas alternativas de organização do trabalho (trabalho informal, doméstico, temporário, por hora e subcontratação) em detrimento do assalariamento tradicional.
e)
redução drástica das jornadas de trabalho e ampliação do tempo de lazer desfrutado pelos trabalhadores.
2
Geografia 3.
4.
5.
O século XX anuncia profundas mudanças na relação capital/trabalho, e consequentemente, nas formas de acumulação de capital. Vamos observar um reestruturação dos modelos de produção. Tudo isto em decorrência da crise do capital que começará a se esboçar nos anos 60, sobretudo a partir: a)
Do declínio do Estado de Bem-Estar Social.
b)
Do declínio da globalização.
c)
Do declínio do império americano.
d)
Do declínio do Toyotismo.
e)
Do declínio do Fordismo.
Ao considerar o processo de reestruturação produtiva como uma resposta à crise de acumulação capitalista, esse processo encerra uma estratégia de reorganização da produção e dos mercados. Dessa forma, esse processo interfere diretamente no(a)(s) a)
Adoção de modelos de gerenciamento de recursos organizacionais e no sistema de inclusão social das empresas.
b)
Organização da sociedade e no conjunto das relações que se estabelecem entre o capital, o trabalho e o Estado.
c)
Modos de pensar e agir, cultural e socialmente, incentivando a organização coletiva e sindical dos trabalhadores.
d)
Formas produtivas alternativas oriundas do meio rural, como novas tecnologias artesanais de trabalho.
e)
Diagnóstico das relações sociais e na crise do Estado de Bem-Estar.
As transformações internacionais da década de 1970 significaram uma verdadeira revolução originária, cujas consequências foram os desequilíbrios nas balanças de pagamento, choque do petróleo, globalização do comércio, finanças e setor produtivo, crise do sistema fordista e substituição pela especialização flexível. Essas rápidas transformações implicaram sérias dificuldades para os países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, devido à dependência tecnológica e as consequentes dificuldades de competitividade no novo cenário. Nesse cenário, o Brasil reagiu, à época, de acordo com as recomendações dos organismos internacionais, alinhados com a(s) a)
Lógica keynesiana de ampliar o papel do Estado de maneira a constituir um novo patamar de proteção social.
b)
Medidas protecionistas, que iniciaram o processo de desconcentração interna de renda.
c)
Flexibilização do processo produtivo, que ampliou o mercado de trabalho interno devido ao aumento das exportações.
d)
Inovação tecnológica do parque industrial brasileiro visando superar a dependência externa e qualificar a mão de obra.
e)
Vertente neoliberal, que resultou, ao longo do tempo, na manutenção do processo de concentração de renda.
3
Geografia 6.
Transformações produtivas geram grandes consequências que vão além da lógica das indústrias. A crise que assolou o modelo fordista nos anos 70 trouxe reflexos para a organização das cidades em que as principais unidades fabris estavam localizadas. Podemos apontar como consequência da crise mencionada no texto
7.
a)
A ampliação do número de sindicatos e o fortalecimento de sua capacidade de negociação e de pressão.
b)
A emergência de um mercado de trabalho sólido decorrente de uma produção em escalas diferentes.
c)
A elevação de postos de trabalho nos países ditos desenvolvidos.
d)
A redução dos postos de trabalho e a ampliação dos níveis de proteção social dos empregados.
e)
A elevação dos níveis de desemprego e a precarização do trabalho.
Modelos produtivos (da 2a Revolução Industrial à Revolução Técnico-científica) Taylorismo - separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos - racionalização da produção - controle do tempo - estabelecimento de níveis mínimos de produtividade Fordismo - produção e consumo em massa - extrema especialização do trabalho - rígida padronização da produção - linha de montagem Pós-fordismo - estratégias de produção e consumo em escala planetária - valorização da pesquisa científica - desenvolvimento de novas tecnologias - flexibilização dos contratos de trabalho A posição central ocupada pela técnica é fundamental para explicar a atual fase do capitalismo em que se insere o pós-fordismo. Essa nova forma de organização da produção promove o seguinte conjunto de consequências: a)
Retração do setor de comércio e serviços; ampliação de um mercado consumidor seletivo, diversificado e sofisticado.
b)
Intensificação das estratégias de produção e consumo a nível internacional; redução do fluxo de informação e dos veículos de propaganda.
c)
Redução da distância dos estabelecimentos industriais e comerciais; acelerado ritmo de inovações do produto com mercados pouco especializados.
d)
Crescente terceirização das atividades de apoio à produção e distribuição; elevados níveis de concentração de capitais com formação de conglomerados.
e)
Crescente busca pela capacidade de produção, concentrando os esforços de desenvolvimento nos processos fabris.
4
Geografia 8.
Leia o texto abaixo: A eterna busca por reduzir custos pode levar o gestor a um dilema: centralizar os estoques e reduzilos ou manter estoques descentralizados privilegiando a velocidade da operação em detrimento dos custos. Para empresas que têm múltiplas unidades, fica o dilema, se estoque é custo e reduzir estoques significa colocar mais dinheiro no caixa, o ideal é sempre reduzi-los, portanto, centralizar é melhor, mas a centralização aumenta o risco de ruptura e pode até parar a operação, então, descentralizar é melhor, porém esta ação pode aumentar os estoques e, consequentemente, os custos, o que fazer? GRONSKI, Augusto. Estoques: centralizar ou descentralizar? Portal Administradores, 17 de abril de 2013. Disponível em: Administradores.com
A prática mencionada no texto de reduzir os estoques é operacionalizada pelas indústrias, que produzem apenas a quantidade de um dado produto de acordo com a demanda referente a ele. Tal prática é denominada por:
9.
a)
Oferta pela demanda
b)
Redução de estoque
c)
Timely delivery
d)
Just in Time
e)
Entrega sob pedido
“Nos períodos mais recentes, o capitalismo vem passando por nova transformação. O capital, na sua busca incessante de valorizar-se, e para fazer frente à profunda recessão que se agravou a partir de 1973, com a crise do petróleo, procurou novas formas de elevar a produtividade do trabalho e a expansão dos lucros. Assim, a partir da década de 1970, desenvolve-se uma nova fase no processo produtivo capitalista que poderíamos chamar de pós-fordismo ou a da acumulação flexível”. Tomazi, Nelson Dácio (coordenador). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000, p. 54.
Considerando o texto em questão, é possível afirmar que: a)
O processo produtivo capitalista chamado pós-fordismo caracteriza-se pela flexibilização dos processos de trabalho, incluindo a automação.
b)
Com a automação, intensifica-se o controle manual por parte do trabalhador que é assistido por tecnologias eletrônicas.
c)
No processo chamado fordismo, as atividades mecânicas são desenvolvidas por máquinas automatizadas, programadas para agir sem a intervenção de um operador.
d)
É preciso considerar que, na era da automação, o trabalhador ainda é fundamental nas tarefas repetitivas, pois os robôs não possuem destreza para realizar tarefas complexas, como soldar placas.
e)
Com os produtos e o consumo sendo flexibilizados, os objetos se tornam menos descartáveis e a propaganda não precisa estimular a sua troca por novos produtos.
5
Geografia 10. Falava-se, antes, de autonomia da produção significar que uma empresa, ao assegurar uma produção, buscava também manipular a opinião pela via da publicidade. Nesse caso, o fato gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas produzem o consumidor antes mesmo de produzirem os produtos. Um dado essencial do entendimento do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a produção dos bens e dos serviços. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado).
O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto pressupõe o(a) a)
aumento do poder aquisitivo.
b)
estimulo à livre concorrência.
c)
criação de novas necessidades.
d)
formação de grandes estoques.
e)
implantação de linhas de montagem.
6
Geografia Gabarito D Detroit cresceu como grande centro industrial americano, com destaque para o setor automobilístico. Assim como o crescimento da indústria gerou reflexos na cidade, o declínio do sistema gerou enorme impacto no centro americano. O passar do tempo mostrou a fuga de população, o desemprego, os altíssimos graus de violência e outros problemas urbanos. D Com o surgimento do Toyotismo, as relações de trabalho, que antes eram rígidas, se tornaram mais flexíveis para se adequar à demanda produtiva em um contexto em que a produção passou a ocorrer de acordo com o gosto do consumidor. Isso, por outro lado, favoreceu o empresariado, pois representou a diminuição dos custos e a maximização dos lucros. E Nos anos 60, o Fordismo começou a perder cenário, devido à sua estrutura rígida, para novas estratégias e técnicas de produção mais eficientes. B A organização do espaço social e natural é extremamente regulada pelas relações produtivas e de poder que se estabelecem no âmbito econômico. E Nessa época, o Brasil estava passando pela ditadura militar, que fazia alianças diretas com os chefes de poder dos Estados Unidos. A ditadura seguiu a tendência das políticas neoliberais de desenvolvimentismo e medidas que beneficiavam a burguesia. As consequências da crise no Brasil, portanto, foram no sentido de tentar manter o desenvolvimento dos polos industriais, fracassando e aumentando muito a dívida externa e o peso sobre a população. E O Pós-Fordismo e o Toyotismo contam com relações de trabalho mais líquidas, menos comprometidas. A terceirização, o trabalho temporário e a demanda por profissionais que se adequem a diversas mudanças são elevados. Isso indica um menor nível de permanência e crescimento nos empregos, permitindo, também, que as formas de contratação economizem, sendo mais positivas para a empresa que para o trabalhador. D As terceirizações começam a ficar intensas no Pós-Fordismo a partir do momento em que as partes da indústria estão fragmentadas no espaço, complexificando a produção. Um só produto pode ter sido feito em diversas indústrias, em diferentes países, a ponto de ninguém saber, de fato, cada etapa produtiva para realizá-lo. As formas flexíveis de contratação, como terceirizados, freelancers, ou trabalhos temporários são características dessa nova fase, assim como o aumento das multinacionais e oligopólios.
7
Geografia D O Toyotismo busca oferecer uma produção de acordo com a demanda a fim de evitar estoques desnecessários e possíveis gastos desnecessários. Just in time significa “em cima da hora” ou “no momento certo”. É o sistema de pronta-entrega. A O Pós-Fordismo caracteriza-se pela flexibilização da capacidade produtiva e do trabalho, além da maior automação na produção. A letra E está errada, pois o marketing é cada vez mais responsável por estimular a troca por novos produtos. C No Fordismo, a produção era o fato gerador de consumo. Com a crise desse modelo e a necessidade de mudança, o Toyotismo conseguiu atender bem a essa questão, pois, primeiro, cria a necessidade, antes mesmo de o produto existir.
8
Geografia Toyotismo Resumo O modelo de produção toyotista foi idealizado por Eiji Toyoda e Taiichi Ohno e difundido pelo mundo a partir de 1970. O Toyotismo, também conhecido como sistema flexível ou pós-fordista, foi desenvolvido em uma fábrica de automóveis da Toyota, no Japão, buscando atender às especificidades da produção e do território japonês.Todavia, suas características despontaram como alternativa ao Fordismo, que enfrentava sua crise na década de 1970. São características do Toyotismo: •
Produtos pouco duráveis: A durabilidade foi um problema para o Fordismo. Nesse sentido, a lógica do Ciclo de Obsolescência Programada, em que os produtos possuem uma data de “validade”, foi fundamental para superar as limitações do consumo fordista.
•
Diversificação: A produção diversificada, com muitas opções, buscando atender às características de cada mercado, foi importantíssima para oferecer uma maior variedade de produtos.
•
Just in time: Seguindo a lógica acima, produzir de acordo com a demanda e gosto do mercado permitiu reduzir os estoques e a possibilidade de perdas produtivas.
•
Mão de obra qualificada: Outra característica que possibilitava o amplo desenvolvimento desse modelo. Com uma mão de obra altamente educada e qualificada, toda melhoria no processo produtivo poderia ser mais rapidamente incorporada, ao mesmo tempo que esses trabalhadores contribuíam para esse progresso.
Diferença do fluxo de produção industrial fordista-taylorista e toyotista
1
Geografia
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2
Geografia Exercícios 1.
(UERJ 2013) Os diferentes modelos produtivos de cada momento do sistema capitalista sempre foram o resultado da busca por caminhos para manter o crescimento da produção e do consumo.
Disponível em: letras.terra.com.br
A crítica ao sistema econômico presente na letra da canção está relacionada à seguinte estratégia própria do atual modelo produtivo toyotista:
2.
a)
aceleração do ciclo de renovação dos produtos
b)
imposição do tempo de realização das tarefas fabris
c)
restrição do crédito rápido para o consumo de mercadorias
d)
padronização da produção dos bens industriais de alta tecnologia
e)
ausência de preocupação com a vida humana
(UERJ 2012) Quando os auditores do Ministério do Trabalho entraram na casa de paredes descascadas num bairro residencial da capital paulista, parecia improvável que dali sairiam peças costuradas para uma das maiores redes de varejo do país. Não fossem as etiquetas da loja coladas aos casacos, seria difícil acreditar que, através de uma empresa terceirizada, a rede pagava 20 centavos por peça a imigrantes bolivianos que costuravam das 8 da manhã às 10 da noite. Os 16 trabalhadores suavam em dois cômodos sem janelas de 6 metros quadrados cada um. Costurando casacos da marca da rede, havia dois menores de idade e dois jovens que completaram 18 anos na oficina. (Adaptado de Época, 04/04/2011)
A comparação entre modelos produtivos permite compreender a organização do modo de produção capitalista a cada momento de sua história. Contudo, é comum verificar a coexistência de características de modelos produtivos de épocas diferentes. Na situação descrita na reportagem, identifica-se o seguinte par de características de modelos distintos do capitalismo: a)
organização fabril do taylorismo - legislação social fordista
b)
nível de tecnologia do neofordismo - perfil artesanal manchesteriano
c)
estratégia empresarial do toyotismo - relação de trabalho pré-fordista
d)
regulação estatal do pós-fordismo - padrão técnico sistêmico-flexível
e)
estratégia comercial do machesterianismo - organização trabalhista rígida
3
Geografia 3.
(ENEM 2013) “Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder sobre o trabalhador, mais direto.” SENNETT, R. A corrosão do caráter, consequências pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
Comparada à organização do trabalho característica do taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe que
4.
a)
as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar as relações laborais.
b)
as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para o espaço doméstico.
c)
os procedimentos de terceirização sejam aprimorados pela qualificação profissional.
d)
as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização da especialização funcional.
e)
os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos para os resultados do trabalho.
(ENEM 2017) A diversidade de atividades relacionadas ao setor terciário reforça a tendência mais geral de desindustrialização de muitos dos países desenvolvidos sem que estes, contudo, percam o comando da economia. Essa mudança implica nova divisão internacional do trabalho, que não é mais apoiada na clara segmentação setorial das atividades econômicas. RIO, G. A. P. A espacialidade da economia. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R. L. (Org.). Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012 (adaptado).
Nesse contexto, o fenômeno descrito tem como um de seus resultados a a)
saturação do setor secundário.
b)
ampliação dos direitos laborais.
c)
bipolarização do poder geopolítico.
d)
consolidação do domínio tecnológico.
e)
primarização das exportações globais.
4
Geografia 5.
(UERJ 2011) O capitalismo já conta com mais de dois séculos de história e, de acordo com alguns estudiosos, vive-se hoje um modelo pós-fordista ou toyotista desse sistema econômico. Observe o anúncio publicitário:
Adaptado de Casa Cláudia, dezembro/2008
Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente neste anúncio é:
6.
a)
concentração de capital, viabilizando a automação fabril
b)
terceirização da produção, massificando o consumo de bens
c)
flexibilização da indústria, permitindo a produção por demanda
d)
formação de estoque, aumentando a lucratividade das empresas
e)
terciarização do trabalho, com a ampliação do setor de comércio
(ENEM 2016) A mundialização introduz o aumento da produtividade do trabalho sem acumulação de capital, justamente pelo caráter divisível da forma técnica molecular digital do que resulta a permanência da má distribuição da renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios viram sua produtividade aumentada graças ao just in time dos fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação molecular-digital com o puro uso da força de trabalho. OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas Boitempo, 2003.
Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões como emprego e renda, sendo possível explicar essas transformações pelo(a) a)
crise bancária e o fortalecimento do capital industrial.
b)
inovação toyotista e a regularização do trabalho formal.
c)
impacto da tecnologia e as modificações na estrutura produtiva.
d)
emergência da globalização e a expansão do setor secundário.
e)
diminuição do tempo de trabalho e a necessidade do diploma superior
5
Geografia 7.
(ENEM 2015) No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa globalização perversa. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).
Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão presentes, respectivamente, em:
8.
a)
Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral.
b)
Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.
c)
Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos qualificados.
d)
Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.
e)
Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de desemprego.
(ENEM 2013) Na imagem, estão representados dois modelos de produção. A possibilidade de uma crise de superprodução é distinta entre eles em função do seguinte fator:
Disponível em: http://ensino.univates.br. Acesso em: 11 maio 2013 (adaptado).
a)
Origem da matéria-prima.
b)
Qualificação da mão de obra.
c)
Velocidade de processamento.
d)
Necessidade de armazenamento.
e)
Amplitude do mercado consumidor.
6
Geografia 9.
(UNCISAL 2016) O chamado banco de horas é uma possibilidade admissível de compensação de horas, vigente a partir da Lei nº 9.601/1998. Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais flexível, mas que exige autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à empresa adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de serviços. Esse sistema de banco de horas pode ser utilizado, por exemplo, nos momentos de pouca atividade da empresa para reduzir a jornada normal dos empregados durante um período, sem redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando a produção crescer ou a atividade acelerar. Se o sistema começar em um momento de grande atividade da empresa, a jornada de trabalho poderá ser estendida além da jornada normal (até o limite máximo da décima hora diária) durante o período em que o alto volume de atividade permanecer e deverá ser compensada posteriormente com a redução da jornada de trabalho. Disponível em: . Acesso em: 03 nov. 2015.
O banco de horas é uma inovação que surgiu no modelo de produção a) fordista, buscando diminuir a formação de estoques. b)
toyotista, com o objetivo de adequar a produção à demanda.
c)
taylorista, que tenta aumentar a produção sem aumentar os custos.
d)
keynesiano, objetivando aumentar a influência do Estado na economia.
e)
socialista, buscando garantir os empregos e a continuidade da produção.
10. (UNCISAL 013) Os métodos de gestão atuam como disciplinadores do trabalho e extrapolam a dinâmica do processo produtivo. Fordismo, taylorismo e toyotismo são expressões particulares de um mesmo fenômeno: o controle do processo de trabalho pela dinâmica da acumulação capitalista. O Sistema Toyota de Produção, ou toyotismo, foi concebido para eliminar absolutamente o desperdício e superar o modelo de produção em massa americano. As bases desse sistema se ancoraram em dois pilares, sendo o Just in time o automação com um toque humano O just-in-time é o principal pilar do modelo de produção toyotista. Segundo esse princípio. a) a formação de estoques é necessária para garantir o abastecimento do mercado. b) a mão de obra é secundária e a tecnologia deve prevalecer na linha de produção. c) os desperdícios da linha de produção devem ter seu custo coberto pelo preço final do produto. d) os produtos devem ser feitos de forma padronizada, evitando variações que implicam em gastos. e) nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata.
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Geografia Gabarito A Ao mencionar “Obsolescência programa, eles ganham a corrida antes mesmo da largada” o autor menciona uma importante característica do Toyotismo, que garante a renovação do consumo em menor tempo, uma vez que a durabilidade dos produtos, seja por quebra, seja por se tornar ultrapassado, é menor. C No trecho apresentado, observa-se a ocorrência de uma estratégia empresarial típica do Toyotismo, a terceirização de atividades produtivas, que é representada pela confecção de roupas. Ao mesmo tempo, as condições de trabalho são precárias, marcadas pela exploração da mão de obra e pela ausência de direitos trabalhistas, cenário parecido com aquele verificado no momento pré-fordista, correspondente ao modelo manchesteriano. E O trecho de apoio aponta para a questão do trabalho em um contexto flexível, ou seja, o trabalho no contexto toyotista, em que o trabalhador, muitas das vezes, não necessita ir à fábrica para trabalhar, como ocorre em um contexto fordista-taylorista, pois era o local de produção e, por sua vez, de controle do ritmo de produção através da linha de montagem. No Toyotismo, o trabalhador pode exercer suas funções remotamente. Desse modo, o empregador não mais exerce controle sobre o processo produtivo, mas sim sobre os resultados apresentados pelo trabalhador através de metas pré-estabelecidas. D Hoje, o desenvolvimento tecnológico é a principal vertente de crescimento econômico e está associado aos tecnopolos, universidades e setores de pesquisa das empresas, onde se encontra a mão de obra característica do modelo toyotista, a mão de obra qualificada e polivalente. Nesse sentido, os países desenvolvidos perdem as suas indústrias para países em que a mão de obra é mais barata, numerosa e pouco qualificada, porém, não deixam de desenvolver a tecnologia e, por isso, não perdem a posição de centro de comando. C A imagem evidencia uma das características do modelo produtivo industrial toyotista, a demanda regulando a oferta, ou seja, a produção de bens de acordo com a procura, de acordo com as demandas dos consumidores, evitando, assim, os desperdícios de investimentos e os estoques lotados. C O texto fala sobre o processo de desenvolvimento de novas lógicas de tecnologia e de localização industrial, típica do toyotismo e da terceira revolução industrial. Outro ponto bastante claro no texto é o fato da modernização industrial não ter promovido uma distribuição de renda e nem uma alteração das formas de trabalho. O enunciado pede os processos que geraram a situação descrita, logo, o advento de novas tecnologias e a reestruturação da indústria e da forma de produzir, constantemente atendendo à demanda de mercado. E A questão trata do mundo globalizado inserido em um contexto de crescente aplicação tecnológica. A mensagem do texto é de crítica em relação ao modelo que, ao criar possibilidades de substituição de mão de obra por máquinas, aumentou muito o nível de desemprego, o modelo toyotista de produção industrial.
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Geografia D Observando-se as duas imagens, é possível notar que a diferença entre elas é a necessidade ou não de estoque. No modelo 1, o armazenamento é originado pela produção em massa, característica do modelo fordista-taylorista de produção, enquanto no modelo 2, a produção ocorre quando é requerida, eliminando, assim, os estoques, característica essa que corresponde ao modelo toyotista de produção (just in time). B Com a demanda ordenando o momento da produção, surgiu a necessidade de flexibilização da carga de trabalho, pois, em um momento, essa demanda pode estar baixa e, em outro, alta. Visando sempre ao lucro, o empresariado busca uma mão de obra disponível e aberta a atender a essa demanda, trabalhando, se necessário, por horas além do estabelecido. Essa flexibilização é característica do modelo toyotista. E. O “Just in time” na sua tradução mais literal quer dizer “apenas no tempo” ou “apenas no tempo certo”, indica a ideia de que a produção deve ocorrer sob demanda, evitando desperdício e crise de estoques lotados como acontecia no fordismo.
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Guia do Estudo Perfeito Desenvolva um pré-ritual de estudos e tenha uma rotina de sucesso Resumo Quase metade das nossas decisões do dia a dia resultam do hábito. Ele é um recurso que nosso cérebro usa para tomar uma decisão sem gastar muita energia, é quase um piloto automático. Se criarmos o hábito de estudar, a execução dessa tarefa será mais fácil e menos cansativa.
Hábito e rotina É a partir da rotina que você irá conseguir adquirir um novo hábito. Imagine a rotina como uma série de instruções que devem ser executadas de forma encadeada. À medida que executa essas instruções repetidamente, você cria um determinado hábito.
Desenvolva
•
Desligue as notificações do celular e guarde-o na gaveta.
•
Feche a porta do seu quarto, silenciando o ambiente de estudos.
seu pré-ritual
•
Pegue seu caderno de anotações e se prepare para a aula.
•
Reveja seu cronograma e o quadro de objetivos diários.
de estudos
•
Que tal ouvir aquela música de campeão?
•
Ligue o cronômetro e BANG!! Foi dada a largada!!
Com o passar dos dias, seu cérebro será condicionado a sempre repetir essas mesmas tarefas, executandoas de forma mais natural e menos cansativa. Para entender mais sobre rotina, assista ao vídeo abaixo.
Entrevista sobre Hábito e Rotina
Você também deve criar uma rotina de estudos. Por exemplo, assistir aos módulos gravados, produzir um resumo, resolver a lista de exercícios e fazer o diagnóstico da lista. Com o tempo e da mesma forma, seu cérebro irá executar essas tarefas mais naturalmente. Porém, para essa rotina virar um hábito, você precisa adicionar alguns elementos, como a deixa e a recompensa, que são estratégias que te ajudam a fixar a rotina no seu dia a dia, criando definitivamente o hábito de estudar. Clicando na imagem abaixo, você irá assistir a um resumo animado do livro O Poder do Hábito, de Charles Duhigg, e descobrir como essa ferramenta pode transformar sua vida.
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Guia do Estudo Perfeito
Resumo ilustrado do livro O Poder do Hábito
Motivação para sair do zero Muitas vezes, a falta de motivação nos impede de começarmos alguma tarefa. Imagine que você tenha vontade de ler o portal de notícias antes de dormir, escrever uma redação todo fim de semana ou fazer no mínimo 100 exercícios. Esses são exemplos de hábitos positivos que temos uma dificuldade enorme para começar. E isso é muito comum. Nesse sentido, se liga como os mini-hábitos podem te ajudar nessa tarefa, clicando na imagem ao lado.
Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes
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Seja proativo. Comece com o objetivo em mente. Primeiro, o mais importante. Pense “ganha-ganha”. Primeiro, procure compreender, depois, ser compreendido. Crie sinergia. Afine o instrumento.
Para entender melhor sobre “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, assista ao vídeo abaixo e comece a transformar o modo como você se comporta.
Quer um exemplo real? Confira as dicas da ex-aluna Sarah Schollmeier, no grupo do DescomplicaVestibulares, no Facebook.
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Guia do Estudo Perfeito Exercício Pense em quais rotinas você poderia criar para adquirir o hábito de estudar. Elabore uma lista com essas instruções e indique como você gostaria de executá-las. Uma dica bem legal é compartilhar com seus amigos de turma e pedir uma opinião, além de ver como eles estão fazendo.
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História A formação do Mundo Moderno: A Reforma Resumo Chamamos de Reforma Protestante o surgimento de novas religiões cristãs que questionavam práticas do catolicismo. Durante a Idade Média, a Igreja Católica tinha grande poder e era detentora de muitas riquezas. No entanto, com a consolidação da Idade Moderna crescia a insatisfação de alguns grupos sociais em relação a isso. Enquanto os reis nutriam insatisfação em relação ao excesso de poder da igreja católica, a burguesia em ascensão incomodava-se com a condenação da usura (lucro) por parte da igreja. Somado a isso, práticas da Igreja passaram a ser criticadas, sobretudo após o Renascimento, movimento que valorizou a razão e permitiu o questionamento da lógica teocêntrica. Dentre as práticas da Igreja criticadas, estavam: • • •
A venda do perdão (indulgência); A venda de objetos supostamente sagrados (simonia); A nomeação de familiares para cargos eclesiásticos (nepotismo).
A reforma iniciou-se a partir de Martinho Lutero, um monge católico que estava insatisfeito com algumas práticas realizadas pela Igreja Católica. A atuação de Lutero teve como ponto de partida a divulgação das 95 teses, que rapidamente espalharam-se pela Europa e deram origem ao movimento reformista. A doutrina luterana defendia a ideia de “Justificação pela fé”, ou seja, de que a salvação é resultado essencialmente da fé em Deus. Diante de suas críticas à igreja Católica, Lutero foi excomungado pelo papa. Através da Confissão de Augsburgo, sintetizou os elementos da religião luterana: •
Livre interpretação da Bíblia;
•
Manutenção dos sacramentos do batismo e da eucaristia, suprimindo-se todos os outros;
•
Fim da proibição do casamento para os clérigos (celibato).
Martinho Lutero
Outro importante reformador foi João Calvino, que elaborou a Teoria da Predestinação, ou seja, a ideia de que viemos ao mundo predestinados por Deus à salvação ou a condenação. Os sinais da escolha divina se manifestariam na vida dos indivíduos. O trabalho e o cumprimento dos deveres seriam alguns desses sinais. No pensamento calvinista, consolidouse a ideia de que, com a vida dedicada ao trabalho era possível, por meio do progresso material, saber se o homem era ou não predestinado à salvação. O pensamento calvinista trouxe grande transformação na concepção de trabalho. Na Idade Média, o trabalho era visto como forma de penitência ou castigo. Segundo Max Weber, em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, a transformação operada pelo calvinismo foi central ao desenvolvimento do modo de produção capitalista, já que valorizava o trabalho e os ganhos materiais como sinais de graça divina. Não por acaso, o calvinismo se tornou uma religião essencialmente burguesa. João Calvino
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História Já que, ao contrário da igreja católica – que condenava a usura – João Calvino valorizava o trabalho e os ganhos materiais. Na Inglaterra os calvinistas ficaram conhecidos como puritanos. Foram perseguidos e imigraram em grande número para a América do norte. Na Escócia, ficaram conhecidos como presbiterianos, e na França como huguenotes. Ao contrário dos dois movimentos anteriores, a Reforma Religiosa na Inglaterra ocorreu a partir da iniciativa de um rei, e não de teólogos críticos às doutrinas e práticas do clero católico. Henrique VIII, monarca inglês rompeu com Roma sob a justificativa de que a Igreja não aceitou seu pedido de divórcio com Catarina de Aragão, nobre de origem espanhola, para casar-se com Ana Bolena. O então monarca desejava um filho homem e culpava a esposa pelo insucesso em lhes dar um herdeiro. Dos seis filhos de Catarina, apenas a princesa Maria Henrique VIII sobreviveu. Diante da negação do papa, já que o divórcio não era permitido pela Igreja, o rei separou-se de forma arbitrária e foi excomungado por Clemente VI. Após ser excomungado, foi decretado na Inglaterra o Ato de Supremacia, pelo qual o soberano inglês passava a ser o chefe supremo da Igreja na Inglaterra. Com essa medida, era criada a chamada Igreja Anglicana. O rei inglês passava a ter o poder de nomear os ocupantes dos cargos eclesiásticos, além de decidir sobre assuntos de ordem religiosa. Os historiadores defendem que as divergências com a Igreja eram anteriores a questão do divórcio e vinham desde a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). O monarca nutria insatisfação em relação ao excesso de poder e terras do clero na Inglaterra, utilizando-se do divórcio muito mais como uma justificativa para uma ruptura já desejada.
Contrarreforma Diante do surgimento de novas doutrinas cristãs na Europa através da Reforma Protestante, a Igreja reagiu reformulando instituições, assim como agindo de forma repressiva. A instituição havia perdido o poder religioso, econômico e político sobretudo nos reinos alemães e na Inglaterra, além da diminuição da influência nos Países Baixos, França, Áustria, etc. Entre 1545 e 1563 foi realizado o Concílio de Trento, na Itália. Reunindo as principais autoridades católicas, teve como objetivo redefinir o posicionamento da Igreja em relação à sua doutrina religiosa, bem como encontrar meios de frear o avanço do protestantismo pela Europa. Dentre as medidas tomadas no Concílio de Trento, estiveram: a proibição da venda de indulgências e a criação de seminários, instituição seria responsável pela formação eclesiástica do clero, buscando evitar, dessa forma, a venda de cargos na Igreja. No encontro, dogmas na igreja também foram reafirmados, como o culto aos santos e à virgem Maria. Outra importante medida tomada pela Contrarreforma foi a reativação do Tribunal do Santo Ofício, a Inquisição, com o objetivo de perseguir os praticantes das doutrinas cristãs protestantes. Milhares de pessoas foram torturadas e muitas mortas. Grandes nomes da ciência mundial, como Galileu Galilei, foram julgados como Livros destruídos pela Contrarreforma heréticos em decorrência de suas pesquisas, como a de a Terra girar em torno do Sol. Galileu foi obrigado a renegar suas próprias ideias para fugir da morte na fogueira. Foi criado, além disso, uma lista de livros proibidos - Index Librorum Prohibitorum - em uma época em que a imprensa criada por Gutenberg havia facilitado a difusão da cultura escrita. E, para atuar nas Américas, houve, ainda, a Criação da Companhia de Jesus, cujo objetivo era a expansão da fé e a catequização dos nativos através dos jesuítas.
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História Exercícios 1.
As reformas protestantes e a Contrarreforma católica do século XVI podem ser associadas, respectivamente a) à contestação da liderança do Papa e à valorização do livre arbítrio. b) à defesa da politização do clero e à extinção do Santo Ofício. c) à perseguição a judeus e hereges e à permissão de tradução da Bíblia. d) à reação contra a venda de indulgências e à criação da Companhia de Jesus. e) à valorização da pobreza do clero e à supressão da Ordem Franciscana.
2.
A Igreja foi uma poderosa instituição medieval. Porém, os conflitos e diferenças existentes, tornaramse tão intensos nos séculos XV e XVI, que acabaram gerando uma divisão na cristandade, por meio da Reforma Protestante. Dentre os fatores que contribuíram para a Reforma Protestante do século XVI, destaca-se:
3.
a)
a insatisfação de mercadores e comerciantes em relação à postura da Igreja, que condenava a usura e a cobiça.
b)
o apoio dos Estados Nacionais à Igreja, em virtude de sua influência política nas questões locais.
c)
a condenação da exploração feudal praticada por nobres católicos sobre os camponeses.
d)
a revolta da nobreza de Toga contra os abusos praticados pelo rei em relação à Igreja.
e)
a criação do Tribunal da Santa Inquisição para reprimir crimes cometidos contra o Estado.
As transformações religiosas do século XVI, comumente conhecidas pelo nome de Reforma Protestante, representaram no campo espiritual o que foi o Renascimento no plano cultural; um ajustamento de ideias e valores às transformações sócio- econômicas da Europa. Dentre seus principais reflexos, destacam-se: a)
a expansão da educação escolástica e do poder político do papado devido à extrema importância atribuída à Bíblia.
b)
o rompimento da unidade cristã, expansão das práticas capitalistas e fortalecimento do poder das monarquias.
c)
a diminuição da intolerância religiosa e fim das guerras provocadas por pretextos religiosos.
d)
a proibição da venda de indulgências, término do índex e o fim do princípio da salvação pela fé e boas obras na Europa.
e)
a criação pela igreja protestante da Companhia de Jesus em moldes militares para monopolizar o ensino na América do Norte.
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História 4.
“O justo viverá pela fé” São Paulo, Epístola aos Romanos
Essa frase serviu de ponto de partida para Martinho Lutero iniciar o movimento que resultou na divisão da cristandade ocidental. Constitui uma das ideias significativas do movimento reformista:
5.
a)
a crença na liberdade do homem e na sua possibilidade de alcançar o bem por si mesmo, o que fortalece o individualismo.
b)
o universalismo, em nome do qual a igreja reformada exerce sua autoridade em detrimento dos Estados Nacionais.
c)
a condenação da usura, que, segundo os calvinistas, era promovida pela igreja Católica quando da venda dos indulgências.
d)
a predestinação, segundo a qual a fé depende da vontade divina e não das obras realizadas pelos homens.
e)
a defesa, pelos luteranos, de uma leitura única do Evangelho, o que provocou diversas cisões dentro do movimento reformista, surgindo daí o Calvinismo e o Anabatismo.
“Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação de Deus. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico exige: o trabalho, a frugalidade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santifica de seu lado o mundo pelo esforço e sua ação é santa (...) o pobre é suspeito de preguiça, que é uma injúria a Deus (...). ” João Calvino apud MOUSNIER, Roland. Os séculos XVI e XVII. In: CROUZET, Maurice. História Geral das Civilizações. São Paulo: Difel, Tomo IV, v. I, 1973, p. 90.
Sobre a doutrina Calvinista e as alterações na sociedade europeia do séc. XVI, é correto afirmar que a) a descoberta de privilégios para o alto clero católico ao explorar os fiéis despertou nos calvinista a recusa dessa prática e o direcionamento da doutrina para o benefício dos pobres. b) a Reforma Protestante como reação à Igreja Católica encontrou na proposição Calvinista a disposição em fortalecer a nobreza europeia, expandindo-se também para as colônias inglesas na América. c) as relações de trabalho foram abrandadas nas regiões em que o Calvinismo se disseminou enquanto doutrina, haja vista o reconhecimento do esforço e vocação comunitária para a melhoria da sociedade. d) o acúmulo de terras pela Igreja Católica fez com que os camponeses encontrassem apoio nos Calvinistas para que a distribuição de terras fosse realizada para aqueles que abandonassem a preguiça e se dedicassem ao trabalho. e) a indicação da moralidade burguesa, com o princípio de esforço e dedicação espiritual que se materializa em conquistas terrenas, é utilizada como tentativa de explicar a desigualdade social, estabelecendo o princípio da predestinação.
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História 6.
“De pé, diante de Deus, o homem responderá por seus atos. E se a gente da Igreja invoca a obscuridade dos dogmas, as dificuldades de interpretação de uma religião em que apenas o sacerdote é qualificado para ensinar, responde-se que eles a complicaram intencionalmente, a fim de se tornarem indispensáveis. Na verdade religião Deus fala ao homem e o homem fala a Deus em uma linguagem clara, direta, e que todos compreendem.” Guilherme (org.). Febvre. 2a ed São Paulo: Ática, 1978. p. 90.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Reforma na Alemanha, é correto afirmar:
7.
a)
O monopólio da interpretação religiosa pela Igreja ficou assegurado a partir da reforma luterana.
b)
O apoio de Martinho Lutero às revoltas camponesas na Alemanha foi decisivo para a derrota da nobreza alemã.
c)
A tradução da Bíblia latina para o alemão, realizada por Lutero, fortaleceu a tese de que a leitura das Escrituras Sagradas estava ao alcance de todo homem motivado pela fé cristã.
d)
A defesa das atividades comerciais pela ética religiosa luterana estimulou o desenvolvimento da burguesia alemã.
e)
Os princípios teológicos de Lutero enfatizavam o livre-arbítrio e a importância das ações para a salvação humana.
“A Inquisição em Roma não foi objeto de uma verdadeira refundação, mas sim de uma reorganização, em 4 de julho de 1542, através da bula Licet ab initio. Ao contrário dos motivos invocados para o estabelecimento das Inquisições na Espanha e em Portugal, onde a difusão do judaísmo justificava a organização do tribunal, aqui era a heresia protestante o alvo da nova configuração do Santo Ofícioda Inquisição.” Francisco Bethencourt, História das Inquisições
A reorganização da Inquisição foi uma entre várias providências tomadas pela Igreja Católica em sua luta contra a “heresia protestante”. Assinale a alternativa em que aparece outra dessas providências. A convocação do Concílio de Trento, que, entre outras coisas, ratificou o dogma católico da transubstanciação e a doutrina da salvação por meio das obras. a) A tradução da bíblia para os idiomas modernos, de maneira a permitir ao fiel a leitura individual dos textos sagrados. b) O combate a práticas populares consideradas supersticiosas, como as romarias, o culto a imagens e as novenas. c) O afastamento dos religiosos em relação à vida secular, dando-se preferência à vida meditativa, retiradado mundo, como o faziam os jesuítas. d) A eliminação da hierarquia eclesiástica, passando a figura do Papa a ser mero título honorífico.
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História 8.
O Rei Henrique VIII rompeu com o Papa Clemente VII, em 1534 e aproveitando-se do seu desligamento da Igreja de Roma consolidou a) seu desejo de assumir as terras e riquezas da Igreja Católica e enfraquecer sua influência na Inglaterra. b) a exigência da revisão de todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a indissolubilidade do matrimônio, através do Ato dos Seis Artigos. c) sua negação quanto às 95 teses de Lutero, que denunciavam as irregularidades da Igreja Católica. d) o trabalho e a acumulação de capital que são manifestações da predestinação à salvação eterna. e) o Ato de Supremacia que submetia a Igreja Anglicana à autoridade papal.
9.
“Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia”. Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679) a)
ironiza uma das consequências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b)
alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma, instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia.
c)
elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem entre as várias igrejas.
d)
ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo monárquico.
e)
critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes.
10. “O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.” CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos. RevistaAnthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em a) promoção de atos ecumênicos. b) fomento de orientações bíblicas. c) apropriação de cerimônias seculares. d) retomada de ensinamentos apostólicos. e) ressignificação de rituais fundamentalistas.
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História Gabarito 1.
D A insatisfação com certas práticas da Igreja Católica – como o nepotismo, a venda de simonia e indulgências – impulsionaram a Reforma Protestante. Em contrapartida, a Igreja promove a Contrarreforma onde a Companhia de Jesus vai surgir com o intuito de promover missões de evangelização.
2.
A As ideias humanistas e o individualismo do renascimento influenciaram o protestantismo nas posturas da aceitação dos juros e do acumulo de capital. Deste modo, muitos comerciantes adeririam a Reforma, se convertendo principalmente ao Calvinismo.
3.
B A reforma rompeu com a unidade uma vez que criou outras religiões cristã, incentivou o capitalismo pois foi popular entre os burgueses, já que não condenava a usura, e fortaleceu as monarquias já que muitas romperam com a Igreja católica, insatisfeitas com seu excesso de poder.
4.
A A ideia de que a salvação só viria através da fé vai reduzir a importância da igreja enquanto intermediária e criar um novo tipo de individualismo, que vai se fortalecer nos séculos seguintes.
5.
E Apesar de defender a importância do trabalho como fonte de crescimento espiritual, Calvino propagava a doutrina da predestinação onde a riqueza material seria o indício daqueles que foram escolhidos para serem salvos por Deus, enquanto aqueles que são pobres viviam em tais condições por não terem sido eleitos. C Ao contrário dos católicos , os protestantes defendiam a leitura das escrituras por qualquer pessoa, a livre interpretação da bíblia e as missas rezadas em língua local.
6.
7.
A Tanto a reorganização da Inquisição quanto a Convocação do Concílio de Trento foram medidadas adotadas pela Igreja em um movimento conhecido como Contrarreforma, que, dentre outras coisas, buscava barrar a expansão do protestantismo na Europa, a conquista de novos fiéis e a reafirmação dos dogmas católicos.
8.
A Com o rompimento com a Igreja, Henrique VIII confisca os territorios e bens que pertenciam a Igreja Católica enfraquecendo seu poder no territotrio inglês e aumentando seu próprio poder ao se autodeclarar o novo líder supremo da Igreja Anglicana.
9.
A Naquele contexto, para muitos dos defensores do catolicismo a alfabetização e a leitura da Bíblia por fiéis era visto como algo inapropriado, já que estes acreditavam na importância da intermediação das autoridades eclesiásticas.
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História 10. C Em um contexto onde as práticas religiosas propagadas pela Igreja Católica Apostólica Romana estavam sendo questionadas pela Reforma Protestante, a Instituição decide fazer concessões a algumas práticas de origem pagã, incorporando-as ao seu culto para que houvesse uma maior conversão e aceitação a religião cristã.
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História Formação do Mundo Moderno: O Renascimento Resumo Quando estudamos a transição da Idade Média para a Idade Moderna, é necessário refletirmos sobre o Renascimento, período em que diversos elementos da cultura cristã se associaram a elementos da cultura clássica (greco-romana). Ao contrário do que muito já se afirmou, o Renascimento não foi uma ruptura drástica com a Idade Média. Essa perspectiva supõe uma visão negativa do mundo medieval, como período obscuro, apelidado de “Idade das Trevas”, que é cada vez mais questionada pelos historiadores. Podemos afirmar que o Renascimento iniciou-se na península itálica, espalhando-se, posteriormente, por outras regiões européias. Entre as principais cidades onde se desenvolveu o Renascimento italiano, destacam-se Florença, no século XV, e, posteriormente, Roma e Veneza, no século XVI. Para compreendermos o porquê a Itália foi o “berço” do Renascimento, precisamos compreender a associação de alguns fatores. O primeiro deles diz respeito ao desenvolvimento comercial urbano. As cidades italianas apresentavam significativo desenvolvimento comercial, sendo dirigidas por uma classe de poderosos mercadores. Com o comércio marítimo pelo Mediterrâneo, esses grandes mercadores burgueses acumularam enorme riqueza e sentiram necessidade da instauração da ordem econômica do capitalismo, que permitia a livre concorrência, o individualismo e a busca racional do lucro. Além disso, a burguesia italiana estimulava os artistas e intelectuais do Renascimento através do mecenato. Ou seja, os mecenas, dotados de poderes econômicos, financiavam e incentivavam as artes no período da Renascença. Outro fator importante foi a fuga dos sábios bizantinos para a Itália, após a queda de Constantinopla, em 1453, levando consigo muitos elementos da cultura clássica preservados em Bizâncio. E, por fim, o fato de que – na Antiguidade – a Itália fora a sede do Império Romano do Ocidente, existindo, ainda, nessa região uma série de elementos preservados como, por exemplo, alguns monumentos arquitetônicos da Roma Antiga. Como podemos perceber, o período que chamamos de Renascimento teve início na Baixa Idade Média, quando o renascimento comercial e urbano, o enfraquecimento dos laços servis e a constituição da burguesia promoviam transformações sociais na Europa. Nas cidades, a burguesia estimulava o florescimento de novas formas culturais que valorizavam cada vez mais a razão. Nesse processo, a retomada de ideais ligados à Antiguidade Clássica serviu como base para a crítica ao teocentrismo da Igreja e aos valores Medievais. As mudanças provocadas contribuíram para o surgimento de novas concepções filosóficas, como o antropocentrismo e o humanismo, que promoviam a valorização das potencialidades humanas. As grandes navegações e a chegada no que, para os europeus era o “novo mundo” (o continente americano) também foram decisivas para configurar o Renascimento como uma época de experiências novas e enriquecimento cultural. Foi durante o Renascimento que artistas como Michelângelo, Leonardo da Vinci, Giotto e Botticelli e escritores como Erasmo de Rotterdam e Thomas Morus viveram e expressaram as transformações pelas quais passava a Europa. 1
História No âmbito da ciência, o método experimental e a reflexão racional foram fundamentais. Galileu Galilei – nascido na península Itálica – propôs que o racionalismo matemático fosse a base de todo o pensamento científico. Em seus estudos, comprovou a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico, segundo a qual o centro do sistema solar é o sol e não a terra, como defendia a igreja católica. No auge do Renascimento, outros acontecimentos foram decisivos: a invenção da imprensa, por Johannes Gutenberg, o que facilitou a circulação das ideias e novas perspectivas e a Reforma Protestante, desencadeada por Martinho Lutero. Esses dois acontecimentos combinados mudaram, aos poucos, a relação dos homens com o conhecimento intelectual e o mundo a sua volta.
Se fossemos sintetizar os elementos mais importantes do Renascimento, teríamos: •
A valorização da cultura greco-romana, com o classicismo.
•
A valorização do homem, com o antropocentrismo e o humanismo.
•
A importância da natureza e de seus fenômenos;
•
O racionalismo e o espírito crítico.
Dica: LASSICISMO
NTROPOCENTRISMO
ACIONALISMO
NDIVIDUALISMO
ATURALISMO
UMANISMO / HEDONISMO
TIMISMO
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História Exercícios 1.
Para uns, a Idade Média foi uma época de trevas, pestes fome, guerras sanguinárias, superstições, crueldade. Para outros, uma época de bons cavaleiros, damas, corteses, fadas, guerras honradas, torneios, grandes idéias. Ou seja, uma Idade Média “má” e uma Idade Média “boa”. Tal disparidade de apreciações com relação a esse período da História se deve:
2.
a)
ao Renascimento, que começou a valorizar a comparação documental do passado, formando acervos documentais que mostram tanto a realidade “boa” quanto a “má”.
b)
à tradição iluminista, que usou a Idade Média como contraponto a seus valores racionalistas, e ao Romantismo, que pretendia ressaltar as “boas” origens das nações.
c)
à indústria de videojogos e cinema, que encontrou uma fonte de inspiração nessa mistura de fantasia e realidade, construindo uma visão falseada do real.
d)
ao Positivismo, que realçou os aspectos positivos da Idade Média, e o Marxismo, que denunciou o lado negativo do modo de produção feudal.
e)
à religião, que com sua visão dualista e maniqueísta do mundo, alimentou tais interpretações sobre a Idade Média.
Nos séculos finais da Baixa Idade Média europeia, a economia de subsistência e de trocas naturais tendia a ser suplantada pela economia monetária, a influência das cidades passou a prevalecer sobre os campos, e a dinâmica de comércio levou à mudança e à ruptura das corporações de ofício medievais. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1988, p.5. Adaptado)
Analisando as transformações citadas, conclui-se, corretamente, que elas:
3.
a)
evidenciaram o surgimento da nova classe social burguesa e a crise do sistema feudal.
b)
fortaleceram a Igreja Católica, que incentivava a prática comercial no período medieval.
c)
prejudicaram a burguesia comercial e favoreceram os proprietários das terras feudais.
d)
demonstraram a força do sistema feudal e dos mecanismos de subsistência no campo.
e)
enfraqueceram os reis absolutistas que dominaram a Europa durante o período medieval.
Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.
O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre: a) fé e misticismo. b)
ciência e arte.
c)
cultura e comércio.
d)
política e economia.
e)
astronomia e religião. 3
História 4.
O texto foi extraído da peça "Tróilo e Créssida" de William Shakespeare, escrita provavelmente, em 1601. "Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhecem graus, prioridade, classe, constância, marcha, distância, estação, forma, função e regularidade, sempre iguais; eis porque o glorioso astro Sol está em nobre eminência entronizado e centralizado no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corrige os maus aspectos dos planetas malfazejos, e, qual rei que comanda, ordena sem entraves aos bons e aos maus." (personagem Ulysses, Ato I, cena III). SHAKESPEARE, W. Troilo e Créssida. Porto: Lello & Irmão, 1948.
A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se aproxima da teoria:
5.
6.
a)
geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu.
b)
da reflexão da luz do árabe Alhazen.
c)
heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico.
d)
da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei.
e)
da gravitação universal do inglês Isaac Newton.
As ideias trazidas pelo Renascimento conseguiram expandir-se pela Europa, mudando hábitos, criticando tradições, renovando concepções de mundo. Em Portugal, a obra do poeta Luís de Camões: a)
construiu uma epopéia do povo português, exaltando seus feitos e aventuras.
b)
ressaltou as conquistas políticas portuguesas, com o fim do absolutismo.
c)
teve importância fundamental para a época, embora não tenha se destacado no mundo lusófono.
d)
imitou a estrutura da Divina Comédia de Dante e foi, por isso, pouco original.
e)
afirmou a literatura portuguesa como a mais importante do Renascimento.
Nas obras Comentariolus e Revolução das Orbes Celestes, Nicolau Copérnico formulou uma teoria que desafiou os dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, ao conceber um novo modelo. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os valores culturais do Renascimento: a)
Coloquialismo, fundamentalismo e escatologia.
b)
Formalismo, relativismo e misticismo.
c)
Gnosticismo, hermetismo e sofismo.
d)
Heliocentrismo, antropocentrismo e racionalismo.
e)
Teocentrismo, aristotelismo e quiliasmo.
4
História 7.
A Literatura apresenta, de imediato, uma novidade, que é a utilização das novas línguas nacionais, derivadas do latim: o espanhol, o português, o italiano, o francês. Tendo como tema central o Homem, os escritores, com profundo senso crítico, buscaram elaborar um novo conceito de vida e de homem. A época medieval foi profundamente satirizada em seus valores essenciais: a cavalaria, a Igreja, a nobreza. (FARIA et al, 1993, p. 51). FARIA, R. et al. História. Belo Horizonte: Editora Lê, v.3,1993.
As características da literatura renascentista, descritas no texto, estão associadas a um contexto histórico no qual se destacava:
8.
a)
o poder da nobreza feudal, responsável pelo governo das cidades e pela cobrança dos impostos das terras reais.
b)
a desagregação da economia da Baixa Idade Média, como resultado da atuação das Cruzadas no contato com o Oriente.
c)
a permanência do escravismo, paralelamente ao trabalho dos servos, como base da produção da riqueza na economia da Baixa Idade Média.
d)
o processo de urbanização, de ascensão da burguesia e da revolução comercial, que marcou a Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna.
e)
a formação do Sacro Império Romano Germânico e do Império Italiano, forças políticas controla doras da Europa na Idade Moderna.
A análise histórica do Renascimento italiano, caso das obras de Leonardo da Vinci e de Brunelleschi, permite identificar uma convergência entre as artes plásticas e as concepções burguesas sobre a natureza e o mundo naquele período. Acerca da relação entre artistas e burgueses, é correto afirmar que ambos: a)
convergiram em ideias, pois valorizavam a pesquisa científica e a invenção tecnológica.
b)
retomaram o conceito medieval de antropocentrismo ao valorizar o indivíduo e suas obras pessoais.
c)
adotaram os valores da cultura medieval para se contrapor ao avanço político e econômico dos países protestantes.
d)
discordaram quanto aos assuntos a serem abordados nas pinturas, pois os burgueses não financiavam obras com temas religiosos.
e)
defenderam a adoção de uma postura menos opulenta em acordo com os ideais do capitalismo emergente e das técnicas mais simples das artes.
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História 9.
As condições históricas que favoreceram a Renascença, na transição da Idade Média para a Moderna, foram: a)
a crise do poder da Igreja e a atrofia das cidades e do comércio, particularmente na Península Itálica.
b)
a preservação da cultura greco-romana nos mosteiros e o fortalecimento das relações feudais de produção.
c)
o enriquecimento das cidades italianas e o desejo de afirmação da burguesia com o patrocínio às artes.
d)
o mecenato praticado por papas e monarcas e a renovação da cultura devido à ênfase dada à religião.
e)
o desejo, por parte da nobreza, de glorificar o homem e a valorização da fé no lugar do racionalismo.
10.
Sant’Ana, a Virgem e o Menino com o cordeiro, óleo sobre madeira de Leornardo da Vinci (séc. XVI)
É correto afirmar que a figura expressa as seguintes características do Renascimento: a)
A busca de estabilidade e equilíbrio, bem como o uso da perspectiva na pintura.
b)
A dissociação entre os conhecimentos científicos e práticos, para melhor compreender o mundo e o próprio ser humano.
c)
A pintura de cenas religiosas para despertar nos fiéis o temor a Deus e levá-los a refletir sobre a vida após a morte e a salvação da alma.
d)
Destaca-se, dentre as novas técnicas da pintura renascentista, a pintura mural em substituição às telas com tinta a óleo.
e)
O desprezo à observação e ao método experimental nas representações sobre a natureza e o ser humano.
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História Gabarito 1. B A sociedade renascentista já iniciava um processo de desvalorização do pensamento e da cultura medieval durante o século XV, no entanto, com o iluminismo, a produção de conhecimento sobre o período medieval ampliou a visão pessimista desse passado. 2. A O contexto analisado revela o surgimento da classe burguesa e seu fortalecimento através do renascimento comercial e urbano. A circulação de moedas e a valorização do comércio nas novas cidades que surgiam foram características fundamentais para também para o renascimento cultural. 3. B A revolução científica e o renascimento artístico muitas vezes cruzaram seus caminhos, sobretudo através de personalidades como Michelangelo e Leonardo Da Vinci, que valorizavam a observação, os estudos científicos e a razão como ferramentas para se criar uma obra de arte. 4. C No trecho “eis porque o glorioso astro Sol / está em nobre eminência entronizado / e centralizado no meio dos outros”, o autor expõe sua visão da teoria de Nicolau Copérnico, que questionava a Igreja Católica ao afirmar que o Sol estaria no centro do universo, em um modelo heliocêntrico. 5. A Luís de Camões foi um dos grandes responsáveis pela construção linguística e identitária de Portugal, enaltecendo a história do país e as aventuras portuguesas pelo Atlântico. 6. D Dentre as alternativas apresentadas, heliocentrismo, antropocentrismo e racionalismo são características do renascimento, pois colocam o sol como centro do univerno, o ser humano como a grande criação divina e a razão como a forma de ver e entender o mundo. 7. D As características mencionadas demonstram uma ruptura do renascimento com o pensamento medieval, dominado pela Igreja Católica, pela servidão e pelo feudalismo. 8. A As ideias burguesas e o pensamento artístico do período se convergiam, pois a forma racional de ver o mundo e a valorização de ideais em comum ligava os dois grupos. Além do mais, os grandes financiadores das artes plásticas foram os burgueses, que ansiavam por representações artísticas deste novo mundo que desejavam construir. 9. C Com a reabertura do mar mediterrâneo e o renascimento urbano e comercial, as cidades italianas passaram a dominar as principais rotas comerciais da região e se tornaram grandes polos atrativos para burgueses, artistas e viajantes. Com essa conjuntura formada, o renascimento artístico e cultural logo aflorou nas cidades italianas, com a ascensão da própria burguesia como classe.
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História 10. A Uma das características do racionalismo e do classicismo renascentista é a busca pelo equilíbrio e a visão do mundo de forma racional, ou seja, equilibrada, bem distribuída e calculada. Assim, a perspectiva nas obras de arte se tornou uma forma de trazer essa racionalidade para dentro das pinturas.
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Literatura Gêneros literários: lírico Resumo O gênero lírico Os textos do gênero literário lírico costumam ser breves, pois, diferentemente dos épicos/narrativos, não há uma história sendo contada, há a supressão do enredo. Versam sobre sentimentos, divagações e expressões do eu-lírico e é por meio deles que o indivíduo extravasa suas emoções, por isso a subjetividade é uma das características principais desse modo de escrita. Os poemas são textos que se enquadram, em sua maioria, nesse gênero. Observação: eu-lírico é a voz que fala com o leitor dentro do texto. O poeta é autor do eu-lírico. É comum autores masculinos escreverem um eu-lírico do gênero oposto e vice-versa. Os textos poéticos representam muito o gênero lírico, que mantém relações estreitas com a música. Antigamente, as obras eram acompanhadas por instrumentos musicais. Recursos sonoros se fazem presentes nesses textos até a atualidade, como métrica, rima e figuras de linguagem moram neles.
Recursos sonoros Métrica: organização silábica de acordo com a fala e não com a ortografia que privilegia a sonoridade dos versos. Conta-se desde a primeira sílaba até a última tônica do verso. Exemplo: E/ra u/ma/ ca/sa Mui/to en/gra/ça/da Não/ ti/nha/ te/to Não /ti/nha /na/da
→ de acordo com a fala: é¹ ru² ma³ cá sa (paramos de 4
contar na última silaba tônica do verso). Vinicius de Moraes
Os versos acima têm 4 sílabas métricas. Os versos podem ser classificados de acordo com as sílabas métricas: Versos de 5 e 7 sílabas métricas são chamados de redondilhas. Os de 5 sílabas métricas são chamados de redondilhas menores e os de 7, redondilhas maiores. Esses versos são muito populares. Versos de 8, 9, 10, 11 sílabas métricas/poéticas, por exemplo, são classificados de acordo com a sua quantidade. Ex: 11 sílabas métricas – versos hendecassílabos. Além desses, há os versos de 12 sílabas poéticas, ou também conhecidos como versos Alexandrinos. São muito importantes para a criação de textos épicos.
1
Literatura Rima: repetições sonoras no final dos versos. Podem ser avaliadas quanto a disposição nos versos e quanto a qualidade. Quanto à “disposição” nos versos
Quanto à “qualidade”
Alternadas: ABAB
Pobre: rima de palavras pertencentes à mesma classe gramatical.
Emparelhadas: AABB Interpoladas: ABBA Misturadas (requer poemas longos para que possa existir)
Rica: rima de palavras pertencentes a classes gramaticais diferentes. Preciosa: rimas de palavras pertencentes a mais de duas classes gramaticais (ex: estrela / vê-la).
Obs.: versos brancos são os que não apresentam rimas.
Outros recursos sonoros: Anáfora: repetição de um mesmo termo no início dos versos, gerando um eco proposital dentro do texto. Aliteração: Repetição de sons consonantais. Exemplo: Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas Cruz e Souza
Assonância: repetição de sons vocálicos. Sou Ana, da cama Da cana, fulana, bacana (sacana)* Sou Ana de Amsterdam Chico Buarque
Refrão: não é uma figura de linguagem, mas um verso (ou conjunto de versos) que se repete a fim de criar ritmo.
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Literatura Textos de apoio As pombas Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas Das pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada. E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais, de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam Os sonhos, um a um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais. Raimundo Correia
Meus oito anos Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias De despontar da existência! – Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é – lago sereno, O céu – um manto azulado, O mundo – um sonho dourado, A vida – um hino d’amor! Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d´estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar! Oh! dias de minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã! Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã! Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberto o peito, – Pés descalços, braços nus – Correndo pelas campinas À roda das cachoeiras, Atrás das asas ligeiras Das borboletas azuis! Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar; Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo, Adormecia sorrindo E despertava a cantar! […] Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! – Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!
Casemiro de Abreu
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Literatura Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. Oswald de Andradre
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Literatura Exercícios 1.
Texto I No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
Texto II
DAVIS, J. Garfield, um charme de gato -7. Trad. De A gência Internacional Press. Porto Alegre: L&PM, 200.
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que a)
o texto I perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho.
b)
o texto II pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto I.
c)
a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero.
d)
os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas.
e)
as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como pertencentes ao mesmo gênero.
3
Literatura 2.
Primeira lição Os gêneros de poesia são: lírico, satírico, didático, épico, ligeiro. O gênero lírico compreende o lirismo. Lirismo é a tradução de um sentimento subjetivo, sincero e pessoal. É a linguagem do coração, do amor. O lirismo é assim denominado porque em outros tempos os versos sentimentais eram declamados ao som da lira. O lirismo pode ser: a) Elegíaco, quando trata de assuntos tristes, quase sempre a morte. b) Bucólico, quando versa sobre assuntos campestres. c) Erótico, quando versa sobre o amor. O lirismo elegíaco compreende a elegia, a nênia, a endecha, o epitáfio e o epicédio. Elegia é uma poesia que trata de assuntos tristes. Nênia é uma poesia em homenagem a uma pessoa morta. Era declamada junto à fogueira onde o cadáver era incinerado. Endecha é uma poesia que revela as dores do coração. Epitáfio é um pequeno verso gravado em pedras tumulares. Epicédio é uma poesia onde o poeta relata a vida de uma pessoa morta. CESAR, A. C. Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
No poema de Ana Cristina Cesar, a relação entre as definições apresentadas e o processo de construção do texto indica que o(a) a)
caráter descritivo dos versos assinala uma concepção irônica de lirismo.
b)
tom explicativo e contido constitui uma forma peculiar de expressão poética.
c)
seleção e o recorte do tema revelam uma visão pessimista da criação artística.
d)
enumeração de distintas manifestações líricas produz um efeito de impessoalidade.
e)
referência a gêneros poéticos clássicos expressa a adesão do eu lírico às tradições literárias.
4
Literatura 3.
Anoitecer A Dolores É a hora em que o sino toca, mas aqui não há sinos; há somente buzinas, sirenes roucas, apitos aflitos, pungentes, trágicos, uivando escuro segredo; desta hora tenho medo. [...] É a hora do descanso, mas o descanso vem tarde, o corpo não pede sono, depois de tanto rodar; pede paz – morte – mergulho no poço mais ermo e quedo; desta hora tenho medo. Hora de delicadeza, agasalho, sombra, silêncio. Haverá disso no mundo? É antes a hora dos corvos, bicando em mim, meu passado, meu futuro, meu degredo; desta hora, sim, tenho medo. ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005 (fragmento).
Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro “A rosa do povo” revela desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica demonstra um(a) a)
defesa da esperança como forma de superação das atrocidades da guerra.
b)
desejo de resistência às formas de opressão e medo produzidas pela guerra.
c)
olhar pessimista das instituições humanas e sociais submetidas ao conflito armado.
d)
exortação à solidariedade para a reconstrução dos espaços urbanos bombardeados.
e)
espírito de contestação capaz de subverter a condição de vítima dos povos afetados.
5
Literatura 4.
Esses chopes dourados [...] quando a geração de meu pai batia na minha a minha achava que era normal que a geração de cima só podia educar a de baixo batendo quando a minha geração batia na de vocês ainda não sabia que estava errado mas a geração de vocês já sabia e cresceu odiando a geração de cima aí chegou esta hora em que todas as gerações já sabem de tudo e é péssimo ter pertencido à geração do meio tendo errado quando apanhou da de cima e errado quando bateu na de baixo e sabendo que apesar de amaldiçoados éramos todos inocentes. WANDERLEY, J. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento).
Ao expressar uma percepção de atitudes e valores situados na passagem do tempo, o eu lírico manifesta uma angústia sintetizada na a)
compreensão da efemeridade das convicções antes vistas como sólidas.
b)
consciência das imperfeições aceitas na construção do senso comum.
c)
revolta das novas gerações contra modelos tradicionais de educação.
d)
incerteza da expectativa de mudança por parte das futuras gerações.
e)
crueldade atribuída à forma de punição praticada pelos mais velhos.
6
Literatura 5.
Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri, Irerê, meu companheiro, Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria? Ai triste sorte a do violeiro cantadô! Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô, Ah! Seu assobio é tua flauta de irerê: Que tua flauta do sertão quando assobia, Ah! A gente sofre sem querê! Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão, Ah! Como uma brisa amolecendo o coração, Ah! Ah! Irerê, solta teu canto! Canta mais! Canta mais! Prá alembrá o Cariri! VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e oito violoncelos (1938-1945). Disponível em: http://euterpe.blog.br. Acesso em: 23 abr. 2019.
Nesses versos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no(a) a)
uso recorrente de pronomes.
b)
variedade popular da língua portuguesa.
c)
eferência ao conjunto da fauna nordestina.
d)
exploração de instrumentos musicais eruditos.
e)
predomínio de regionalismos lexicais nordestinos
7
Literatura 6.
Casamento Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como “este foi difícil” “prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
O poema de Adélia Prado, que segue a proposta moderna de tematização de fatos cotidianos, apresenta a prosaica ação de limpar peixes na qual a voz lírica reconhece uma
7.
a)
expectativa do marido em relação à esposa.
b)
imposição dos afazeres conjugais.
c)
disposição para realizar tarefas masculinas.
d)
dissonância entre as vozes masculina e feminina.
e)
forma de consagração da cumplicidade no casamento.
Sobre o gênero lírico, estão corretas, exceto: a)
Gênero marcado pela subjetividade dos textos. Presença de um eu lírico que manifesta e expõe seus sentimentos e sua percepção acerca do mundo.
b)
As mais conhecidas estruturas formais do gênero lírico são a elegia, o soneto, o hino, a sátira, o idílio, a écloga e o epitalâmio.
c)
São longos poemas narrativos em que um acontecimento histórico protagonizado por um herói é celebrado.
d)
Nota-se, no gênero lírico, a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das palavras.
e)
Os poemas do gênero lírico podem apresentar forma livre ou estruturas formais.
8
Literatura 8.
A viagem Que coisas devo levar nesta viagem em que partes? As cartas de navegação só servem a quem fica. Com que mapas desvendar um continente que falta? Estrangeira do teu corpo tão comum quantas línguas aprender para calar-me? Também quem fica procura um oriente. Também a quem fica cabe uma paisagem nova e a travessia insone do desconhecido e a alegria difícil da descoberta. O que levas do que fica, o que, do que levas, retiro? MARQUES, A. M. In: SANT’ANNA, A. (Org.). Rua Aribau. Porto Alegre: Tag, 2018.
A viagem e a ausência remetem a um repertório poético tradicional. No poema, a voz lírica dialoga com essa tradição, repercutindo a a) saudade como experiência de apatia. b) presença da fragmentação da identidade. c) negação do desejo como expressão de culpa. d) persistência da memória na valorização do passado. e) revelação de rumos projetada pela vivência da solidão.
9
Literatura 9.
Carta ao Tom 74 Rua Nascimento Silva, cento e sete Você ensinando pra Elizete As canções de canção do amor demais Lembra que tempo feliz Ah, que saudade, Ipanema era só felicidade Era como se o amor doesse em paz Nossa famosa garota nem sabia A que ponto a cidade turvaria Esse Rio de amor que se perdeu Mesmo a tristeza da gente era mais bela E além disso se via da janela Um cantinho de céu e o Redentor É, meu amigo, só resta uma certeza, É preciso acabar com essa tristeza É preciso inventar de novo o amor MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).
O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor a)
compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano.
b)
troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade.
c)
façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro.
d)
tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina.
e)
aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos.
10
Literatura 10. À garrafa Contigo adquiro a astúcia de conter e de conter-me. Teu estreito gargalo é uma lição de angústia. Por translúcida pões o dentro fora e o fora dentro para que a forma se cumpra e o espaço ressoe. Até que, farta da constante prisão da forma, saltes da mão para o chão e te estilhaces, suicida, numa explosão de diamantes. PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos da produção literária contemporânea, que, no poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a): a)
reconhecimento, pelo eu lírico, de suas limitações no processo criativo, manifesto na expressão “Por translúcidas pões".
b)
subserviência aos princípios do rigor formal e dos cuidados com a precisão metafórica, como se em "prisão da forma".
c)
visão progressivamente pessimista, em face da impossibilidade da criação poética, conforme expressa o verso "e te estilhaces, suicida".
d)
processo de contenção, amadurecimento e transformação da palavra, representado pelos versos "numa explosão / de diamantes".
e)
necessidade premente de libertação da prisão representada pela poesia, simbolicamente comparada à "garrafa" a ser "estilhaçada".
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Literatura Gabarito 1.
D No caso, temos uma história em quadrinhos que retoma um poema de Drummond. Aliás, o conhecimento do poema é fundamental para a compreensão da paródia realizada nos últimos quadrinhos da história. Por fim, enquanto o texto 1 traz uma reflexão de caráter existencial e filosófica, o texto 2 tem um objetivo mais modesto, que é provocar humor. Atente-se para a intertextualidade.
2.
B O caráter didático do texto justifica seu “tom explicativo e contido”, embora seja discutível se somente esse tom é capaz de constituir “uma forma peculiar de expressão poética”.
3.
C No texto, o eu-lírico não demonstra qualquer tipo de esperança com relação ao fim da guerra - sente-se oprimido. Mesmo ao descansar, quando busca a paz, ou a morte, ainda ouve a continuidade da guerra, sugerida de forma metonímica por diversos vocábulos do texto, como sino (igreja), buzinas (trânsito), sirenes (ambulâncias).
4.
B A angústia do eu lírico tem a ver com o fato de ele pertencer à geração “do meio”, e ser “errado quando apanhou da de cima \ e errado quando bateu na de baixo”. No entanto, ela afirma que “apesar de amaldiçoados \ éramos todos inocentes”, já que o ato de bater nos filhos era visto como “normal” pelo senso comum.
5.
B Linguisticamente, percebe-se a manifestação da oralidade no texto escrito, o que fica exemplificado pelos termos “cantador”, “amô”, “querê”, “prá”. Com isso, o texto se apropria de expressões populares (que não são, necessariamente, regionais) do português.
6.
E No poema, fica evidente a cumplicidade de um casal. O eu lírico apresenta-se como uma esposa que, em vez de se revoltar com a tarefa de limpar peixes, como o fazem algumas mulheres, aproveita o momento para inteirar-se mais afetuosamente de seu marido, como se fosse um ritual íntimo dos dois.
7.
C As características descritas na opção “c” referem-se ao gênero épico.
8.
E O estado de abandono e solidão do eu lírico o fazem buscar novos rumos: línguas para aprender, a procura por um oriente ou por novas paisagens, travessias e descobertas.
9.
B É possível reconhecer pela semântica textual os tempos verbais no pretérito imperfeito e expressões interjetivas enfatizando o tom de nostalgia – valorização do passado.
10. D O texto trabalha gradativamente o processo de construção poética, associando a imagem final dos “diamantes” à riqueza da plurissignificação da palavras possibilitada pela poesia.
12
Matemática Grandezas proporcionais e escala Resumo Razões e proporções Razão é a fração determinada por duas grandezas, que visa a obter a relação que se estabelece entre as quantidades de cada uma delas em uma determinada situação. Assim, uma razão entre as grandezas a e b é dada por
𝑎 𝑏
.
Quando duas razões têm o mesmo resultado, ou seja, se elas são iguais, determinam uma proporção. Desse modo, a proporção dada por quatro números a, b, c e d é representada pela seguinte igualdade de razões:
𝑎 𝑐 = =𝑘 𝑏 𝑑 em que k é a constante de proporcionalidade.
Grandezas Diretamente Proporcionais Duas grandezas a e b são diretamente proporcionais quando a razão entre elas é constante, ou seja:
a =k b Assim, ao variar uma grandeza, a outra também varia na mesma razão. Exemplo: Um pai deixou para seus filhos André, Bruno e Cristiano uma herança de R$ 70.000,00 a ser distribuída em quantias diretamente proporcionais a 1,2 e 4, respectivamente. Quanto cada um dos três filhos recebeu? Chamemos por A, B e C as quantias recebidas por André, Bruno e Cristiano, respectivamente. A seguinte proporção pode ser montada:
A B C = = =k 1 2 4 Igualando-se cada razão à constante k de proporcionalidade, podem-se criar as seguintes equações:
A = k , B = 2k
e
C = 4k
Dessa maneira, sabemos que a soma das quantias recebidas por cada um é o valor total da herança, R$ 70.000,00:
A + B + C = 70000 k + 2k + 4k = 70000 7k = 70000 k = 10000 Assim, André recebeu R$ 10 000,00, Bruno recebeu R$ 20 000,00 e Cristiano, R$ 40 000,00.
1
Matemática Grandezas Inversamente proporcionais Duas grandezas a e b são diretamente proporcionais quando o produto entre elas é constante, ou seja:
a b = k Assim, ao variar uma grandeza, a outra também varia na razão inversa. Exemplo: Um pai deixou para seus filhos André, Bruno e Cristiano uma herança de R$ 70.000,00 a ser distribuída em quantias inversamente proporcionais a 1, 2 e 4, respectivamente. Quanto cada um dos três filhos recebeu? Chamemos por A, B e C as quantias recebidas por André, Bruno e Cristiano, respectivamente. A seguinte proporção pode ser montada:
A = 2B = 4C = k Igualando-se cada razão à constante k de proporcionalidade, podem-se criar as seguintes equações:
A=k , B =
k k eC= 2 4
Dessa maneira, sabemos que a soma das quantias recebidas por cada um é o valor total da herança, R$ 70.000,00:
A + B + C = 70000 k k + = 70000 2 4 4k + 2k + k = 70000 4 7 k = 280000 k+
k = 40000 Assim, André recebeu R$ 40 000,00, Bruno recebeu R$ 20 000,00 e Cristiano, R$ 10 000,00.
Escala Escalas de mapas e miniaturas são exemplos de razões entre grandezas de mesma natureza (neste caso, comprimento). Uma escala (e) é a razão entre o comprimento do desenho ou da miniatura (d) e o comprimento real (r).
E=
Medida do desenho d = Medida Real r
Escalas de mapas e miniaturas geralmente são representadas na forma de 1 : R , ou seja, 1 unidade de comprimento do desenho representa R unidades de comprimento no real. Existem também escalas de áreas, que é o valor da escala ao quadrado, e escalas volumétricas, que é o valor da escala ao cubo.
2
Matemática Exercícios 1.
Para uma temporada das corridas de Fórmula 1, a capacidade do tanque de combustível de cada carro passou a ser de 100 kg de gasolina. Uma equipe optou por utilizar uma gasolina com densidade de 750 gramas por litro, iniciando a corrida com o tanque cheio. Na primeira parada de reabastecimento, um carro dessa equipe apresentou um registro em seu computador de bordo acusando o consumo de quatro décimos da gasolina originalmente existente no tanque. Para minimizar o peso desse carro e garantir o término da corrida, a equipe de apoio reabasteceu o carro com a terça parte do que restou no tanque na chegada ao reabastecimento. Disponível em: www.superdanilof1page.com.br. Acesso em: 6 jul. 2015 (adaptado).
A quantidade de gasolina utilizada, em litro, no reabastecimento, foi: a) b) c)
2.
20 0,075 20 0,75 20 7,5
d)
20 × 0,075
e)
20 × 0,75
Comum em lançamentos de empreendimentos imobiliários, as maquetes de condomínios funcionam como uma ótima ferramenta de marketing para as construtoras, pois, além de encantar clientes, auxiliam de maneira significativa os corretores na negociação e venda de imóveis. Um condomínio está sendo lançado em um novo bairro de uma cidade. Na maquete projetada pela construtora, em escala de 1 : 200, existe um reservatório de água com capacidade de 45 cm³. Quando todas as famílias estiverem residindo no condomínio, a estimativa é que, por dia, sejam consumidos 30 000 litros de água. Em uma eventual falta de água, o reservatório cheio será suficiente para abastecer o condomínio por quantos dias? a) 30 b) 15 c) 12 d) 6 e) 3
3
Matemática 3.
O resultado de uma pesquisa eleitoral, sobre a preferência dos eleitores em relação a dois candidatos, foi representado por meio do Gráfico 1.
Ao ser divulgado esse resultado em jornal, o Gráfico 1 foi cortado durante a diagramação, como mostra o Gráfico 2.
Apesar de os valores apresentados estarem corretos e a largura das colunas ser a mesma, muitos leitores criticaram o formato do Gráfico 2 impresso no jornal, alegando que houve prejuízo visual para o candidato B. A diferença entre as razões da altura da coluna B pela coluna A nos gráficos 1 e 2 é: a)
0
b)
1 2
c)
1 5
d)
2 15
e)
8 35
4
Matemática 4.
A mensagem digitada no celular, enquanto você dirige, tira a sua atenção e, por isso, deve ser evitada. Pesquisas mostram que um motorista que dirige um carro a uma velocidade constante percorre “às cegas” (isto é, sem ter visão da pista) uma distância proporcional ao tempo gasto ao olhar para o celular durante a digitação da mensagem. Considere que isso de fato aconteça. Suponha que dois motoristas (X e Y) dirigem com a mesma velocidade constante e digitam a mesma mensagem em seus celulares. Suponha, ainda, que o tempo gasto pelo motorista X olhando para seu celular enquanto digita a mensagem corresponde a 25% do tempo gasto pelo motorista Y para executar a mesma tarefa. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 21 jul. 2012 (adaptado).
A razão entre as distâncias percorridas às cegas por X e Y, nessa ordem, é igual a: a) b) c) d) e)
5.
5 4 1 4 4 3 4 1 3 4
Um pesquisador, ao explorar uma floresta, fotografou uma caneta de 16,8 cm de comprimento ao lado de uma pegada. O comprimento da caneta (c), a largura (L) e o comprimento (C) da pegada, na fotografia, estão indicados no esquema.
A largura e o comprimento reais da pegada, em centímetros, são, respectivamente, iguais a a)
4,9 e 7,6.
b)
8,6 e 9,8.
c)
14,2 e 15,4.
d)
26,4 e 40,8.
e)
27,5 e 42,5.
5
Matemática 6.
A figura apresenta dois mapas, em que o estado do Rio de Janeiro é visto em diferentes escalas.
Há interesse em estimar o número de vezes que foi ampliada a área correspondente a esse estado no mapa do Brasil. Esse número é
7.
a)
Menor que 10.
b)
Maior que 10 e menor que 20.
c)
Maior que 20 e menor que 30.
d)
Maior que 30 e menor que 40.
e)
Maior que 40.
Em uma cantina, o sucesso de venda no verão são sucos preparados à base de polpa de frutas. Um dos sucos mais vendidos é o de morango com acerola, que é preparado com 2/3 de polpa de morango e 1/3 de polpa de acerola. Para o comerciante, as polpas são vendidas em embalagens de igual volume. Atualmente, a embalagem da polpa de morango custa R$ 18,00 e a de acerola, R$ 14,70. Porém, está prevista uma alta no preço da embalagem da polpa de acerola no próximo mês, passando a custar R$ 15,30. Para não aumentar o preço do suco, o comerciante negociou com o fornecedor uma redução no preço da embalagem da polpa de morango. A redução, em real, no preço da embalagem da polpa de morango deverá ser de a)
1,20.
b)
0,90.
c)
0,60.
d)
0,40.
e)
0,30
6
Matemática 8.
9.
Em um jogo on-line, cada jogador procura subir de nível e aumentar sua experiência, que são dois parâmetros importantes no jogo, dos quais dependem as forças de defesa e de ataque do participante. A força de defesa de cada jogador é diretamente proporcional ao seu nível e ao quadrado de sua experiência, enquanto sua força de ataque é diretamente proporcional à sua experiência e ao quadrado do seu nível. Nenhum jogador sabe o nível ou a experiência dos demais. Os jogadores iniciam o jogo no nível 1 com experiência 1 e possuem força de ataque 2 e de defesa 1. Nesse jogo, cada participante se movimenta em uma cidade em busca de tesouros para aumentar sua experiência. Quando dois deles se encontram, um deles pode desafiar o outro para um confronto, sendo o desafiante considerado o atacante. Compara-se então a força de ataque do desafiante com a força de defesa do desafiado e vence o confronto aquele cuja força for maior. O vencedor do desafio aumenta seu nível em uma unidade. Caso haja empate no confronto, ambos os jogadores aumentam seus níveis em uma unidade. Durante um jogo, o jogador J1, de nível 4 e experiência 5, irá atacar o jogador J2, de nível 2 e experiência 6. O jogador J1 venceu esse confronto porque a diferença entre sua força de ataque e a força de defesa de seu oponente era a)
112.
b)
88.
c)
60.
d)
28.
e)
24.
Para contratar três máquinas que farão o reparo de vias rurais de um município, a prefeitura elaborou um edital que, entre outras cláusulas, previa: •
Cada empresa interessada só pode cadastrar uma única máquina para concorrer ao edital;
•
O total de recursos destinados para contratar o conjunto das três máquinas é de R$ 31 000,00;
•
O valor a ser pago a cada empresa será inversamente proporcional à idade de uso da máquina cadastrada pela empresa para o presente edital.
As três empresas vencedoras do edital cadastraram máquinas com 2, 3 e 5 anos de idade de uso. Quanto receberá a empresa que cadastrou a máquina com maior idade de uso? a)
R$ 3 100,00
b)
R$ 6 000,00
c)
R$ 6 200,00
d)
R$ 15 000,00
e)
R$ 15 500,00
7
Matemática 10. A resistência mecânica S de uma viga de madeira, em forma de um paralelepípedo retângulo, é diretamente proporcional à sua largura (b) e ao quadrado de sua altura (d) e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os suportes da viga, que coincide com o seu comprimento (x), conforme ilustra a figura. A constante de proporcionalidade k é chamada de resistência da viga.
A expressão que traduz a resistência S dessa viga de madeira é a)
𝑆=
b)
𝑆=
c)
𝑆=
d)
𝑆=
e)
𝑆=
𝑘⋅𝑏⋅𝑑2 𝑥2
𝑘⋅𝑏⋅𝑑 𝑥2
𝑘⋅𝑏⋅𝑑2 𝑥 𝑘⋅𝑏2 ⋅𝑑 𝑥 𝑘⋅𝑏⋅2𝑑 2𝑥
8
Matemática Gabarito 1.
B
2.
C
3.
E
4.
B
5.
D
9
Matemática 6.
D A escala apresenta a relação entre duas medidas , a do desenho e a real. No mapa do brasil, 1 unidade do desenho equivale a 25 000 000 do real. Já no mapa do Rio de Janeiro, 1 unidade equivale a 4 000 000 do real. Logo a escala é
25000000 4000000
=
25 4
25 2 4
Como a escala é de área então seu valor é ( ) =
625 16
=
39,0625.Então, o número de vezes que foi ampliada a área é um número maior que 30 e menor que 40. 7.
E
8.
B Sejam d e a, respectivamente, a força de defesa e a força de ataque. Logo, sendo n o nível e ℓ a experiência, temos d = 𝛼 . n . ℓ² e a = 𝛽 . n² . ℓ. Desse modo, segue que 1 = 𝛼 . 1. 1² ⇔ 𝛼 = 1 e 2 = 𝛽 . 1² . 1 ⇔ 𝛽 = 2. Portanto, sabendo que J1 ataca J2, podemos concluir que a resposta é dada por 2 . 4² . 5 – 2 . 6² = 160 – 72 = 88
9.
B Sejam x, y e z, respectivamente, os valores recebidos pelos contratos das máquinas com 2, 3 e 5 anos de idade de uso. Logo, temos 2x = 3y = 5z = k, com k sendo a constante de proporcionalidade. Em consequência, vem x + y + z = 31000 ⇔
k 2
+
k 3
+
k 5
= 3100
⇔ 𝑘 = 30000. A resposta é z =
30000 5
= R$ 6.000,00
10. A De acordo com as informações, segue que S = k.
𝑏 .𝑑² 𝑥²
10
Matemática Produtos Notáveis e Fatoração Resumo Produtos Notáveis Por serem frequentes no cálculo algébrico, alguns produtos são chamados de produtos notáveis são eles: a) Produto da soma pela diferença de dois termos: (x+y).(x-y) b) Quadrado da soma de dois termos: (x+y).(x+y)=(x+y)² c) Quadrado da diferença de dois termos: (x-y)(x-y)=(x-y)² Desenvolvendo esses produtos temos (aplicando a distributiva): a) (x+y).(x-y)=x²+xy-xy-y²=x²-y² b) (x+y).(x+y)=(x+y)²=x²+xy+xy+y²=x²+2xy+y² c) (x-y).(x-y)=(x-y)²=x²-xy-xy+y²=x²-2xy+y² Alguns exemplos de aplicação : •
(3+x)²=9+2.3.x+x²=9+6x+x²
•
(2x-3y)=(2x)²-2.2x.3y+(3y)²=4x²-12xy+9y²
•
(4x+2)(4x-2)=16x²-4
Fatoração Fatorar uma expressão diz respeito a transformação em fatores de um produto. Por exemplo: A forma fatorada de x²+2x+1 é (x+1)², a forma fatorada de x²-5x+6 é (x-2).(x-3). Fatorar muitas vezes é útil para simplificações algébricas. Por exemplo:
𝑥²+2𝑥+1 𝑥+1
=
(𝑥+1).(𝑥+1) (𝑥+1)
= (𝑥 + 1).
Fator comum em evidência Uma técnica muito útil é a de fatorar pelo fator comum em evidência. Como por exemplo: 2x+2y. Note que 2 é fator comum em ambos os termos, logo podemos reescrever 2x+2y como 2(x+y). Caso efetue a distributiva chega-se ao termo original 2x+2y. Alguns exemplos de fatoração pelo fator comum em evidencia. •
a+ab = a(1+b). Nesse caso o fator comum é o a
•
10x-20y= 10(x+2y).Nesse caso o fator comum é o 10 que é o maior divisor comum entre 10 e 20.
•
x³+3x= x(x²+3). Nesse casos o fator comum é o x
•
x³y²-xy²+xy. Repare que o fator comum é xy, pois reescrevendo os termos temos que: o x³y²=xy.x²y o xy²=xy.y
Dessa forma x³y²-xy²+xy = xy(x²y-y+1) 1
Matemática Agrupamento Essa outra técnica é usada quando o fator comum é um grupo comum. Por exemplo: 2x+2+ax+a. Nesse caso podemos fatorar pelo fator comum ficando com 2(x+1)+a(x+1). Note que x+1 é comum logo usando o agrupamento: (x+1)(2+a). Efetuando a distributiva volta ao 2x+2+ax+a. Outros exemplos: •
x²+ax+bx+ab=x(x+a)+b(x+a)=(x+a)(x+b)
•
x³-x²+x-1=x²(x-1)+1.(x-1)=(x+1)(x²-1)
2
Matemática Exercícios 1.
2.
3.
4.
2
Se x −
a)
0.
b)
1.
c)
5.
d)
6.
1 = 3 , então x
+
1
é igual a:
Se x + y = 13 e x · y = 1, então x² + y² é a)
166.
b)
167.
c)
168.
d)
169.
e)
170.
O valor da expressão a)
– 0,25.
b)
–0,125.
c)
0.
d)
0,125.
e)
0,25.
, para x = 1,25 e y = 0,75, é:
O produto (4x + y)(4x – y) equivale a: a)
16x² – y².
b)
8x² – y².
c)
4x² – y².
d)
16x² – 8xy + y².
e)
8x² – 4xy + y².
3
Matemática 5.
O valor da expressão (a–1 + b–1)–2 é:
a)
ab (a + b)2 .
b)
ab (a2 + b2 )2 .
c)
a2 + b2.
d)
6.
7.
8.
a 2b 2 (a + b)2
.
O valor da expressão x²y + xy², no qual xy = 12 e x + y = 8, é: a)
40.
b)
96.
c)
44.
d)
88.
e)
22.
A expressão (x – y)² – (x + y)² é equivalente a: a)
0.
b)
2y².
c)
–2y².
d)
–4xy.
e)
–2(x + y)².
Simplificando a expressão a)
6x.
b)
–6x.
c)
x −3 x+3
d)
x+3 x −3
x² + 6x + 9 , obtém-se: x² − 9
4
Matemática 9.
Fatorando a expressão ac + 2bc – ad – 2bd, obtemos: a)
(a – 2b)(c – d).
b)
(a + 2b)(c – d).
c)
(a – 2b) (c + d).
d)
(a + c)2(a – b).
e)
(a – c)(a + 2b).
10. Qual é o fator comum a todos os termos do polinômio a) b)
5
9
8
−
9
9
+
5
. .
c)
36x 9 y 9 .
d)
3x 9 y 9 .
e)
6x 9 y 9 .
5
Matemática Gabarito 1.
C 2
1 − = 2.
1
−
+
1
=
− +
1
=
+
1
=
B
+
=
+
=
+
+
=
x.y = 1 + + 3.
=
+
=
E x 2 − y 2 x 2 − 2xy + y 2 (x + y)(x − y) (x - y)² · = · = (x − y)² = x+y x−y x+y x−y
= (1,25 − 0,75)² = (0,5)² = 0,25 4.
A (4x + y)(4x − y) = (4x)² − (y)² = 16x² − y²
5.
D
(a
–1
+ b
–1
)
−1
–2
−1 −1 1 1 2 2 1 a²b² 1 b² + 2ab + a² = + = + + = = a b a²b² (a + b)² a² ab b²
6.
B x²y + xy² = xy(x + y) = 12.8 = 96
7.
D ( x – y) ² –
8.
D x² + 6x + 9 (x + 3)² x+3 = = x² − 9 (x + 3)(x − 3) x − 3
9.
B ac + 2bc – ad – 2bd = a(c − d) + 2b(c − d) = (a + 2b)(c − d)
(x
+ y ) ² = x² − 2xy + y² − x² − 2xy − y² = −4xy
10. A 8 9
=
5
9
=
5
5
=
5
7
4
6
Matemática Quadriláteros notáveis: Paralelogramos (definição e área) Resumo Definição: Quadriláteros são polígonos de 4 lados e que possuem certas características especiais: • Soma dos ângulos internos é igual a 360° • Possuem apenas duas diagonais. Os quadriláteros que mais estudamos são:
Retângulo: É o quadrilátero equiângulo, ou seja, possui os quatro ângulos iguais a 90°.
Área: A = b h Propriedade: 1. Uma propriedade interessante do retângulo é que suas diagonais têm o mesmo comprimento, ou seja,
AC = BD . Quadrado: É um quadrilátero regular, ou seja, possui os quatro lados e os quatro ângulos iguais.
Área do quadrado: A = l
2
1
Matemática Losango: É o quadrilátero equilátero, ou seja, possui os quatro lados iguais.
Sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor, temos que Área: A =
Dd 2
Propriedade: 1. Suas diagonais são perpendiculares e são bissetrizes dos ângulos internos, dividindo o losango em quatro triângulos retângulos.
Paralelogramo: É o quadrilátero que possui os lados paralelos.
Área: A = b h Propriedades: 1. Os lados opostos são congruentes, assim como os ângulos opostos. 2. Os ângulos adjacentes são suplementares. 3. As diagonais se cruzam no ponto médio.
2
Matemática Exercícios 1.
Dadas as afirmações: I.
Quaisquer dois ângulos opostos de um quadrilátero são suplementares.
II.
Quaisquer dois ângulos consecutivos de um paralelogramo são suplementares.
III. Se as diagonais de um paralelogramo são perpendiculares entre si e se cruzam em seu ponto médio, então este paralelogramo é um losango. Podemos afirmar que:
2.
a)
Todas são verdadeiras
b)
Apenas I e II são verdadeiras
c)
Apenas II e III são verdadeiras
d)
Apenas II é verdadeira
e)
Apenas III é verdadeira
O proprietário de um restaurante deseja comprar um tampo de vidro retangular para a base de uma mesa, como ilustra a figura
Sabe-se que a base da mesa, considerando a borda externa, tem a forma de um retângulo, cujos lados medem AC = 105 cm e AB = 120 cm. Na loja onde será feita a compra do tampo, existem cinco tipos de opções de tampos, de diferentes dimensões, e todos com a mesma espessura, sendo: Tipo 1: 110 cm x 125 cm Tipo 2: 115 cm x 125 cm Tipo 3: 115 cm x 130 cm Tipo 4: 120 cm x 130 cm Tipo 5: 120 cm x 135 cm O proprietário avalia, para comodidade dos usuários, que se deve escolher o tampo de menor área possível que satisfaça a condição: ao colocar o tampo sobre a base, de cada lado da borda externa da base da mesa, deve sobrar uma região, correspondendo a uma moldura em vidro, limitada por um mínimo de 4 cm e máximo de 8 cm fora da base da mesa, de cada lado.
3
Matemática Segundo as condições anteriores, qual é o tipo de tampo de vidro que o proprietário avaliou que deve ser escolhido?
3.
4.
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
No retângulo a seguir, o valor, em graus, de α + β é:
a)
50
b)
90
c)
120
d)
130
e)
220
Diariamente, uma residência consome 20160 Wh. Essa residência possui 100 células solares retangulares (dispositivos capazes de converter a luz solar em energia elétrica) de dimensões 6 cm u 8 cm. Cada uma das tais células produz, ao longo do dia, 24 Wh por centímetro de diagonal. O proprietário dessa residência quer produzir, por dia, exatamente a mesma quantidade de energia que sua casa consome. Qual deve ser a ação desse proprietário para que ele atinja o seu objetivo? a)
Retirar 16 células.
b)
Retirar 40 células.
c)
Acrescentar 5 células.
d)
Acrescentar 20 células.
e)
Acrescentar 40 células
4
Matemática 5.
Os ângulos internos de um quadrilátero medem
3x − 45 , 2x + 10 , 2x + 15 e x + 20
graus. O menor
ângulo mede:
6.
a)
90º
b)
65º
c)
45º
d)
105º
e)
80º
Considere as afirmações: I.
Todo retângulo é um paralelogramo.
II.
Todo o quadrado é um retângulo.
III. Todo o losango é um quadrado. Associe a cada uma delas a letra V, se for verdadeira ou F, caso seja falsa. Na ordem apresentada temos:
7.
a)
FFF
b)
FFV
c)
VFF
d)
VVF
José somou as medidas de três dos lados de um retângulo e obteve 40 cm. João somou as medidas de três dos lados do mesmo retângulo e obteve 44 cm. Com essas informações, pode-se afirmar corretamente que a medida, em cm, do perímetro do retângulo é a)
48.
b)
52.
c)
46.
d) e)
56.
58
5
Matemática 8.
A figura abaixo exibe um retângulo ABCD decomposto em quatro quadrados.
O valor da razão
9.
a)
5 . 3
b)
5 . 2
c)
4 . 3
d)
3 . 2
AB BC
é igual a
(Ucs 2015) No losango abaixo dois ângulos medem 120 e o lado
mede 4 cm.
Qual das expressões a seguir, corresponde à soma das medidas das diagonais do losango? a)
4(1 + 3)
b)
1+ 3
c)
1+ 3 2
d) e)
3 4 1+ 3 4
6
Matemática 10. Em um paralelogramo, as medidas de dois ângulos internos consecutivos estão na razão 1: 3 . O ângulo menor desse paralelogramo mede a)
45°
b)
50°
c)
55°
d)
60°
e)
65°
7
Matemática Gabarito 1. C I.
Quaisquer dois ângulos opostos de um quadrilátero são suplementares. Isso é falso: isso não acontece por exemplo, com o trapézio retângulo.
II.
Quaisquer Verdade!
dois
ângulos
consecutivos
de
um
paralelogramo
são
suplementares.
III. Se as diagonais de um paralelogramo são perpendiculares entre si e se cruzam em seu ponto médio, então esse paralelogramo é um losango. Verdade! 2. C As medidas dos lados AC = 105 cm e AB = 120 cm poderão variar em 4 cm e 8 cm por cada lado. Logo, as medidas mínimas e máximas desses lados, serão respectivamente: AC = 113 cm (105 + 8) valor mínimo e AC = 119 cm (105 + 16) valor máximo. AB = 128 cm (120 + 8) valor mínimo e AC = 132 cm (120 + 16) valor máximo. Portanto, o único tipo que satisfaz essas condições é o tipo 3. 3. D Observe a figura:
40 + 180 – α + 90 + 180 – β = 360 130 – α – β = 0 α + β = 130. 4. A A cada retângulo de dimensões 6 cm x 8 cm, temos uma diagonal de 10 cm. Assim, por dia, cada célula produz 10 . 24 = 240 Wh e 100 células produzem 100 x 240 = 24000 Wh. Desse modo, temos 3840 Wh a mais que o consumo inicial, logo, percebemos que 3840 Wh / 240 Wh = 16. Assim, devemos retirar 16 células. 5. B 3x - 45°+ 2x + 10° + 2x +15° + x +20° = 360 3x + 2x+2x +x = 360+45-10-15-20 8x = 360 x = 45
8
Matemática 3x - 45°= 3.(45)-45= 135-45 =90° 2x + 10°=2(45)+10=90+10=100° 2x +15° = 2(45)+15= 90+105° x +20° = 45+20= 65° 6. D I e II) Paralelogramo é todo quadrilátero que tem dois pares de lados opostos paralelos. VERDADEIRO. III) Todo losango tem 2 ângulos maiores que 90º e dois menores que 90º, e no quadrado todos os ângulos tem 90º. FALSO 7. D Sejam a e b as medidas da base e da altura do retângulo, em centímetros. Logo, supondo a b, podemos escrever a + 2b = 40 e 2a + b = 44. Dessa forma, somando as equações, encontramos
3a + 3b = 84 e, assim, vem a + b = 28. A resposta é 2a + 2b = 56. 8. A Há três tipos de quadrados, com 3
=
1+ 2
= 3 1. Portanto, temos
1
AB BC
=
2
3
3
+ 3
2
sendo os seus lados. É fácil ver que
2
= 2
1
e
5 = . 3
9. A Se dois ângulos do losango medem 120, então cada um dos outros dois mede
360 − 2 120 = 60. 2 Logo, a diagonal menor divide o losango em dois triângulos equiláteros congruentes de lados 4cm. Portanto, a diagonal menor mede 4cm e a maior mede 2
4 3 = 4 3 cm. 2
A resposta é 4 + 4 3 = 4(1+ 3)cm. 10. A Se os ângulos estão em uma razão
1: 3 , significa que um é o triplo do outro. Assim, sejam x e 3x os ângulos internos consecutivos. Como sabemos, eles são complementares, ou seja x + 3x = 180 . Resolvendo a equação, encontramos x = 45 .
9
Matemática Quadriláteros notáveis: trapézio (definição e área) Resumo Já conhecemos os paralelogramos, agora falta conhecer os trapézios!
Trapézio É um quadrilátero que possui dois lados paralelos, que são chamados de bases.
A base média de um trapézio pode ser calculada através da semi-soma de suas bases, ou seja, Bm =
Área: A = Bm h =
B+b 2
( B + b) h 2
Existem 3 tipos de trapézios: 1.
Trapézio isósceles: É aquele cujos lados não paralelos são congruentes.
Propriedade: Os ângulos da base também são congruentes.
1
Matemática 2.
Trapézio escaleno: É aquele cujos lados não paralelos têm comprimentos distintos.
3.
Trapézio retângulo: É aquele em que a altura é o próprio lado.
Mediana de Euler Mediana de Euler é o segmento que une os pontos médios das diagonais de um trapézio e fica localizada sobre sua base média, conforme é mostrado no desenho:
Ela é expressa pela fórmula
B −b . 2
2
Matemática Exercícios 1.
2.
A respeito da definição e dos elementos de um trapézio, assinale a alternativa correta: a)
Trapézios são quadriláteros que possuem dois pares de lados paralelos.
b)
Trapézios são figuras planas formadas por quatro lados e um par de lados adjacentes paralelos.
c)
Todo trapézio possui diagonais congruentes.
d)
Trapézios são quadriláteros que possuem um par de lados opostos paralelos.
Um marceneiro deseja construir uma escada trapezoidal com 5 degraus, de forma que o mais baixo e o mais alto tenham larguras respectivamente iguais a 60 cm e a 30 cm, conforme a figura.
Os degraus serão obtidos cortando-se uma peça linear de madeira sujo comprimento mínimo, em cm, deve ser:
3.
a)
144
b)
180
c)
210
d)
225
e)
240
Sabendo-se que, em um trapézio, a soma da base média com a mediana de Euler é igual a 12 cm e que a razão entre as bases do trapézio é 2, a base menor desse trapézio mede: a)
5 cm
b)
6 cm
c)
7 cm
d)
8 cm
e)
9 cm
3
Matemática 4.
Os lados de uma folha retangular ABCD de papel medem 10 cm e 6 cm, como indica a figura 1. Essa folha, que é branca de um dos lados e cinza do outro, será dobrada perfeitamente de tal forma que o vértice A irá coincidir com o vértice C, como mostra a figura 2.
A área do trapézio cinza indicado na figura 2, em cm², é igual a
5.
a)
23
b)
30
c)
25
d)
40
e)
45
Na figura abaixo, temos um trapézio retângulo cujas bases medem 9 cm e 12 cm e cujo lado não perpendicular às bases mede 5 cm.
Qual é o perímetro, em cm, desse trapézio?
6.
a)
26
b)
29
c)
30
d)
31
e)
48
Sabendo que as diagonais de um trapézio medem
7 x −125 e 4x + 43 , qual é o valor de x para que
esse trapézio seja isósceles? a)
56
b)
128
c)
168
d)
199
e)
256 4
Matemática 7.
Sejam A, B, C e D os vértices de um trapézio isósceles. Os ângulos A e B ambos agudos são os ângulos da base desse trapézio, enquanto que os ângulos C e D são ambos obtusos e medem cada um, o dobro da medida de cada ângulo agudo desse trapézio. Sabe-se ainda que a diagonal
AC é perpendicular
ao lado BC . Sendo a medida do lado AB igual a 10 cm o valor da medida do perímetro do trapézio ABCD, em centímetros, é:
8.
a)
21
b)
22
c)
23
d)
24
e)
25
A vazão do rio Tietê, em São Paulo, constitui preocupação constante nos períodos chuvosos. Em alguns trechos, são construídas canaletas para controlar o fluxo de água. Uma dessas canaletas, cujo corte vertical determina a forma de um trapézio isósceles, tem as medidas especificadas na figura I. Neste caso, a vazão da água é de 1.050 m³/s. O cálculo da vazão, Q em m³/s, envolve o produto da área A do setor transversal (por onde passa a água), em m², pela velocidade da água no local, v, em m/s, ou seja, Q = Av. Planeja-se uma reforma na canaleta, com as dimensões especificadas na figura II, para evitar a ocorrência de enchentes.
Na suposição de que a velocidade da água não se alterará, qual a vazão esperada para depois da reforma na canaleta? a)
90 m³/s.
b)
750 m³/s.
c)
1.050 m³/s.
d)
1.512 m³/s.
e)
2.009 m³/s.
5
Matemática 9.
A figura representa um trapézio isósceles ABCD, com AD = BC = 4cm. M é o ponto médio de AD, e
ˆ é reto. o ângulo BMC
O perímetro do trapézio ABCD, em cm, é igual a a)
8.
b)
10.
c)
12.
d)
14.
e)
15.
10. No trapézio ABCD, o ângulo ADC tem o dobro da medida do ângulo ABC e os lados paralelos AB e CD valem respectivamente 50,6 m e 33,8 m.
A medida do lado AD é: a)
33,8 m
b)
25,3 m
c)
18,5 m
d)
16,8 m
e)
15,6 m
6
Matemática Gabarito 1. D a) Incorreta! Os trapézios são quadriláteros que possuem um par de lados opostos paralelos. b) Incorreta! Os trapézios não possuem um par de lados adjacentes paralelos, mas, sim, um par de lados opostos paralelos. c) Incorreta! Apenas os trapézios isósceles possuem diagonais congruentes. d) Correta! 2. D Duplicando a figura dada, como na figura a seguir, podemos observar 5 degraus de 90cm cada.
Logo a soma dos comprimentos dos degraus da escada é
5 .90 2
= 225cm. Portanto, será necessária uma
peça linear de no mínimo 225cm. 3. B Segundo os dados do enunciado, temos:
B +b B −b + = 12 2 2 B +b+ B −b 2B = 12 = 12 B = 12 cm 2 2 Como a razão entre as bases é 2, temos que a base maior é o dobro da base menor, ou seja, b = 6 cm.
7
Matemática 4. B Abrindo-se novamente a folha de papel, tem-se
5. C Considere a figura, em que H é o pé da perpendicular baixada de A sobre CD.
6. A Um trapézio isósceles possui diagonais congruentes. Assim, o valor de x que faz com que esse trapézio seja isósceles pode ser encontrado pela equação: 7x – 125 = 4x + 43 7x – 4x = 43 + 125 3x = 168 x = 168 3 x = 56 7. E Se ABCD é isósceles, então os ângulos agudos são congruentes, bem como os obtusos. Além disso, A e D são suplementares, o que implica em A = 60°. Por outro lado, sendo ponto médio de
é fácil ver que
e
e chamando de
o
são losangos congruentes. Portanto, o resultado
pedido é
8
Matemática 8. D
9. C Seja N o ponto do segmento BC tal que MN é paralelo a AB. Logo, MN é a base média do trapézio ABCD e, portanto, segue que MN =
triângulo BMC. Daí, vem MN =
AB + CD . Além disso, MN é a mediana relativa à hipotenusa BC do 2
BC = 2cm. 2
Em consequência, podemos afirmar que o perímetro do trapézio ABCD é igual a 12cm. 10. D Traçando a bissetriz DE do ângulo ADC, temos:
Podemos observar que o quadrilátero BCDE é um paralelogramo, por apresentar ângulos opostos congruentes. Assim, DE é paralelo a BC e os ângulos ADE e CBE são correspondente, ou seja, congruentes.
Por fim, vemos que o triângulo ADE é isósceles, ou seja, AE = AD = 16,8 m:
9
Português Demonstrando no Vestibular Exercícios 1.
Leia os versos de Drummond: “No meio dia branco de luz uma voz que aprendeu A ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu. Lá longe meu pai campeava No mato sem fim da fazenda.” As palavras sublinhadas são, respectivamente,
2.
a)
advérbio e advérbio.
b)
advérbio e adjetivo.
c)
adjetivo e advérbio.
d)
substantivo e advérbio.
e)
substantivo e adjetivo.
(UERJ)
1
Português “a violência em psiquiatria é sobretudo a violência da psiquiatria.” (l. 6-7) A relação entre “violência” e “psiquiatria” é destacada pelos dois termos sublinhados, que expressam, respectivamente, as noções de
3.
a)
substância e causa.
b)
posse e matéria.
c)
foco e assunto.
d)
área e agente.
“O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário apenas um disparo; o assaltante recebeu a bala na cabeça e morreu na hora.” No texto, os vocábulos em destaque, são respectivamente:
4.
a)
preposição e artigo
b)
preposição e preposição
c)
artigo e artigo
d)
artigo e preposição
e)
artigo e pronome indefinido
(UFRJ) Analfomegabetismo Os assuntos da coluna de Caetano Veloso no domingo passado me tocam. O reconhecimento do precário letramento médio brasileiro tem sido um dos meus bordões por aqui. Caetano identifica num certo analfabetismo difuso a força de gravidade da nossa vida mental, presente na desatenção e no desaproveitamento escolar, e até no estilo errático de escrita dele mesmo, Caetano. Para ele, a incultura difusa se reflete tanto na importância abusiva dada à música popular (em que me incluo) como naqueles seriosos que reagem de maneira menor à força poética da canção e às qualidades literárias de Chico Buarque, por exemplo (...). No bem e no mal, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, estamos casados historicamente com um analfabetismo de fundo. WISNIK, José Miguel. O Globo. Segundo Caderno. 18 de dez de 2010.
O uso de advérbios, numa oração, identifica uma situação específica. Da mesma forma, a presença de metáforas pode ampliar o alcance dessa situação. Sendo assim, na oração destacada, os adjuntos adverbiais estabelecem, metaforicamente, o panorama de um analfabetismo a)
endêmico.
b)
episódico.
c)
recente.
d)
parcial.
e)
atávico.
2
Português 5.
Leia o poema de Mário Quintana: De gramática e de linguagem E havia uma gramática que dizia assim: “Substantivo (concreto) é tudo quanto indica Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta”. Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!... As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso. As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém. Uma pedra. Um armário. Um ovo. (Ovo, nem sempre, Ovo pode estar choco: é inquietante...) As cousas vivem metidas com as suas cousas. E não exigem nada. Apenas que não as tirem do lugar onde estão. E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta. Para quê? não importa: João vem! E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão. Amigo ou adverso... João só será definitivo Quando esticar a canela. Morre, João... Mas o bom, mesmo, são os adjetivos, Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto. Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso. Sonoro. Lento. Eu sonho Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais. Ainda mais: Eu sonho com um poema Cujas palavras sumarentas escorram Como a polpa de um fruto maduro em tua boca, Um poema que te mate de amor Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido: Basta provares o seu gosto... “Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.” Referindo-se à linguagem das plantas e dos animais, o poeta a)
ironiza a ideia de que ela seja composta apenas por adjetivos.
b)
nega que ela seja composta apenas por adjetivos.
c)
mostra que, em muitas situações, ela deve ser composta de adjetivos.
d)
põe em dúvida o fato de que ela seja composta apenas por adjetivos.
e)
indica a possibilidade de que ela seja composta apenas por adjetivos.
3
Português 6.
No contexto deste grafite, as frases “menos presos políticos” e “mais políticos presos” expressam
7.
a)
uma relação de contradição, uma vez que indicam sentidos opostos.
b)
uma relação de consequência, já que a diminuição de um grupo conduz ao aumento de outro.
c)
uma relação de contraste, pois reivindicam o aumento de um tipo de presos e a redução de outro.
d)
uma relação de complementaridade, porque remetem a subconjuntos de uma mesma categoria.
Examine este cartaz, cuja finalidade é divulgar uma exposição de obras de Pablo Picasso.
Nas expressões “Mão erudita” e “Olho selvagem”, que compõem o texto do anúncio, os adjetivos “erudita” e “selvagem” sugerem que as obras do referido artista conjugam, respectivamente, a)
civilização e barbárie.
b)
requinte e despojamento.
c)
modernidade e primitivismo.
d)
liberdade e autoritarismo.
e)
tradição e transgressão.
4
Português 8.
Pela primeira vez um filme catarinense concorreu à vaga para representar o Brasil no Oscar. “A Antropóloga”, dirigido por Zeca Pires, disputou vaga com outros quatorze filmes, numa lista que incluiu “Tropa de Elite 2”, de José Padilha, e “Bruna Surfistinha”, de Marcus Balbini. Zeca Pires considerava suas chances remota, mas avaliava que, ao participar da disputa, o filme seria visto por um grupo de profissionais de reconhecida competência, que provavelmente não iriam assistir ao longa em outra situação. (...) Candidatura que vale ouro. Diário Catarinense. Caderno Variedades. 14/08/2011.
Com relação ao texto, assinale a alternativa CORRETA. a)
O adjetivo “remota”, no segundo parágrafo, refere-se ao substantivo “chances”; deveria, portanto, ser usado no plural.
b)
Segundo o texto, os filmes “A Antropóloga”, “Tropa de Elite 2” e “Bruna Surfistinha” vão representar o Brasil na disputa do Oscar.
c)
O trecho “Zeca Pires considerava suas chances remota” indica que ele acreditava que havia pouca possibilidade de seu filme ser escolhido.
d)
No primeiro parágrafo, encontram-se dois numerais ordinais: “primeira” e “quatorze”.
e)
No trecho “o filme seria visto por um grupo de profissionais de reconhecida competência”, ocorrem dois artigos, os quais antecedem os dois únicos substantivos do trecho.
9.
Assinale a única alternativa correta quanto à classificação das palavras, feita a partir da análise do uso destas no diálogo entre a avó e os netos. a)
“Levado” é o infinitivo do verbo levar, que se classifica, no texto, como adjetivo do substantivo menino.
b)
O pronome indefinido “isso” é um elemento de coesão, que retorna o conteúdo da fala da garota, expressa no primeiro quadrinho.
c)
Em “Menino levado!!!”, o substantivo e o adjetivo funcionam como uma locução interjetiva, isto é, têm natureza de uma interjeição.
d)
A forma nominal “Querida” é o gerúndio do verbo querer que, na fala da avó, classifica-se como substantivo.
e)
O adjetivo “legal” funciona, no texto, como uma interjeição, expressando uma ideia apreciativa, cujo sentido é “conforme ou relativo à lei”.
5
Português 10. A onda
a onda anda aonde anda a onda? a onda ainda ainda onda ainda anda aonde? aonde? a onda a onda Manuel Bandeira
No poema, há o emprego do advérbio aonde. Segundo as gramáticas normativas, esse advérbio deve ser utilizado para indicar o local ou destino para o qual se vai, ou seja, expressa a ideia de movimento. Assinale a alternativa em que o emprego do advérbio aonde está de acordo com as gramáticas normativas. a)
Nunca sei aonde te achar.
b)
Esta é a casa aonde eu moro.
c)
Informe aonde você está agora.
d)
Não sei aonde o avião aterrissou.
e)
Aonde você pretende levar sua amiga.
6
Português Gabarito 1.
D A palavra “longes” vem precedida de artigo, portanto, é um substantivo. Já a palavra “longe” indica um advérbio de lugar.
2.
D No primeiro caso, a preposição “em” indica na área da psiquiatria (área de atuação... estudo...); já no segundo, a preposição “de” indica a psiquiatria como agente.
3.
A No primeiro caso, “a” é preposição indicativa de modo. No segundo, temos um artigo definido.
4.
A Os advérbios presentes “No bem e no mal, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença” demonstram que o analfabetismo, segundo Caetano, é uma situação “típica” e “característica” da nossa sociedade.
5.
E A palavra “decerto” faz com que a alternativa correta seja a letra E.
6.
C Neste cartaz, a mudança na posição das palavras “presos” e “políticos” implica mudança em suas classes gramaticais e no seu sentido. Em “presos políticos”, “presos” é substantivo e “políticos” é adjetivo, indicando pessoas que estão presas por motivos políticos (como, por exemplo, divergência de opinião em relação ao governo). Já em “políticos presos”, a ideia é que políticos corruptos estejam na prisão.
7.
E Os termos “mão” e “olho” sugerem, respectivamente, a técnica e o estilo pictórico de Picasso. Assim, os adjetivos “erudita” e “selvagem” associam, simultaneamente, a técnica tradicional e a ruptura com a forma de representar a realidade que caracterizam a obra do pintor.
8.
C O termo “remota” é um advérbio relacionado com o verbo “considerava”; Os filmes “A Antropologa”, “Tropa de Elite 2” e “Bruna Surfistinha” concorreram à vaga para representar o Brasil no Oscar; O termo “quatorze” é numeral cardinal; Há inúmeros substantivos no excerto, por exemplo, “vez”, “filme”, “vaga”, “Brasil”.
9.
C “Menino levado” é uma locução interjetiva formada por substantivo e adjetivo que expressa indignação. “Levado” é o particípio passado do verbo levar com valor de adjetivo; “isso”, um pronome demonstrativo; “querida”, um adjetivo formado pelo particípio passado do verbo “querer” e “legal”, uma gíria que exprime uma apreciação positiva, o que invalida as demais opções.
7
Português 10. E A alternativa (E) é a única que expressa ideia de movimento: “quem leva alguém, leva a algum lugar”. A presença de preposição “a” índica que o pronome relativo deve ser antecedido pela mesma preposição. Assim, temos a forma “aonde” (a+onde).
8
Português Palavras Invariáveis Denotativas)
(Preposições,
Interjeições
e
Palavras
Resumo Palavras denotativas As palavras denotativas recebem essa nomenclatura por não se enquadrarem em nenhuma classe gramatical convencional,mas por serem capazes de expressar valores semânticos. Embora elas se assemelhem, em alguns aspectos, aos advérbios, não mantêm as mesmas relações que eles. Do ponto de vista semântico, elas são importantes no contexto em que se encontram e são classificadas de acordo com a ideia que expressam. Algumas dessas idéias são: designação, exclusão, inclusão, realce, retificação, situação, afetividade, explanação e limitação. Sinto que ele me escapa, ou melhor, que nunca me pertenceu. (retificação) Da família só elas duas subsistiam. (exclusão) Tudo na vida engana, até a Glória. (inclusão) Ainda bem que o orador foi breve! (afetividade)
Preposição É a classe gramatical responsável pela coesão textual no nível vocabular; ou seja, cumpre a função de conectar vocábulos/palavras (de funções sintáticas diferentes) para estabelecer entre elas, em geral, um nexo semântico. Na frase “Vou a Roma”, por exemplo, a preposição “a” conecta o substantivo “Roma” à forma verbal “Vou”. Dessa forma, relaciona dois termos da oração, subordinando o segundo termo ao primeiro. O termo que precede a preposição é chamado de regente e o termo que sucede recebe o nome de regido. Quando um conjunto de palavras estiver funcionando como preposição, receberá o nome de locução prepositiva. É o caso das expressões: abaixo de, acerca de, a fim de, de acordo com, junto de, etc. Algumas preposições podem aparecer unidas a outras palavras. Se na união da preposição com outra palavra não ocorrer alteração fonética, dizemos que houve combinação da preposição; caso ocorra alteração fonética, dizemos que houve contração da preposição. Os exemplos mais comuns são: Combinação: ao (preposição a + artigo o). aos (preposição a + artigo os). aonde (preposição a + advérbio onde). Contração: do (preposição de + artigo o). desta (preposição de + pronome esta). naquela (preposição em + pronome aquela).
1
Português Além disso, as preposições denotam diferentes significados dependendo do contexto em que estão inseridas. Elas podem possuir valores semânticos de posse, causa, matéria, assunto, companhia, finalidade, instrumento, lugar, origem, tempo, meio, conformidade, modo e oposição. Os objetos que foram comprados são feitos com porcelana. (matéria) Viajaremos nas férias para descansar. (finalidade) Os visitantes vinham do Maranhão. (origem) Recebemos as visitas com muita alegria. (modo)
Interjeição A interjeição é a expressão com que traduzimos uma reação emotiva ou um sentimento. Uma mesma interjeição pode corresponder a sentimentos variados e, por isso, deve-se estar atento ao contexto e à entoação dessa palavra. Assim como os advérbios, as interjeições também são classificadas de acordo com o sentimento que denotam. Veja os exemplos mais comuns: alegria: oba! oh! ah! aplauso: bis! bravo! viva! dor: ai! ui! espanto ou surpresa: ah! ih! oh! ué! puxa! invocação: alô! ô! ó! olá! psiu! silêncio: psiu! silêncio! Há, com menos frequência, interjeições de papel apelativo: • •
Psiu! Venha aqui. "Ei, você aí, me dá um dinheiro aí"
Destaca-se, também, que a interjeição pode ser classificada como locução interjetiva quando for expressa por um grupo de palavras. Por exemplo: Ora bolas!; Cruz credo!; Puxa vida!; Valha-me Deus!; Se Deus quiser!, entre outros.
2
Português Exercícios 1.
(QUINO, Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 229.)
No último quadrinho, a expressão “DROGA!” refere-se a: a) b) c) d) e)
2.
um substantivo que nomeia o objeto que o menino deveria comprar. um adjetivo que qualifica o modo como a mãe deu a ordem para o menino. um advérbio que acompanha o verbo esquecer, modificando-o em seu valor original. uma interjeição que indica um julgamento negativo do menino sobre sua própria ação. uma conjunção subordinativa que imprime valor de circunstância concessiva ao trecho seguinte.
Bode no pasto Quase ninguém duvidou do saber do homem, do seu poder mágico, pois andava com uns livros de história, de magia, com versões sobre fatos reais, mistérios, ciências ocultas. Até mesmo os céticos, críticos, admitiam sua condição de mestre, de domínio da arte, da mágica, reflexo de vivências no país e no mundo. Então visto como sábio, senhor de poderes ocultos, o homem prometeu uma façanha, ou seja, domar bodes, mudar o hábito da espécie. Aí pegou umas folhas, esfregou na venta dum cabrito, e garantiu que a praga estava eliminada, nunca mais faria estragos naquela terra. (…) (Nagib Jorge Neto. Diário de Pernambuco. 20/11/98)
As palavras destacadas no texto estabelecem, respectivamente, as seguintes relações lógicas: a) b) c) d) e)
explicação, soma, comparação, soma, conclusão causa, inclusão, comparação, explicação, situação causa, exclusão, conformidade, retificação, tempo conclusão, soma, conformidade, ratificação, tempo explicação, inclusão, causa, retificação, conclusão
3
Português 3.
Impressionista Uma ocasião, meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante. Por muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia, constantemente amanhecendo. (Adélia Prado)
Sobre aspectos gramaticais, assinale a opção correta:
4.
a)
O vocábulo “uma” (verso 1), por singularizar uma ocasião especificada ao longo do poema, deve ser tratado como numeral, e não como artigo.
b)
No segundo verso, o vocábulo “toda” possui a mesma classificação morfológica que “alaranjado”.
c)
A preposição “por”, genericamente, introduz uma indicação de tempo, já que participa de uma expressão adverbial de valor durativo.
d)
O advérbio “constantemente” empresta, além de uma noção de modo, uma de frequência ao verbo “amanhecendo”, que ele modifica.
Observe o fragmento a seguir do “Sermão do Bom Ladrão” de Antônio Vieira: Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma. reinando nela Neto; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos. ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca. e que se não podem ofender: e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [..] Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais afta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, Já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam. (Essencial. 2011.)
Os termos destacados constituem, respectivamente, a)
artigo, uma preposição e uma preposição.
b)
uma preposição, um artigo e uma preposição.
c)
um artigo, um pronome e um pronome.
d)
um pronome, uma preposição e um artigo.
e)
uma preposição, um artigo e um pronome.
4
Português 5.
Leia esta tira de Orlandeli e assinale a alternativa incorreta.
Disponível em: http://www.orlandeli.com.br//novo/wordpress/index.php/tag/quadrinhos/
a)
Ainda que flexione o verbo ver no imperativo, o personagem do primeiro quadrinho, ao fazê-lo na primeira pessoa do plural, faz uma espécie de convite ao colega para conhecerem juntos as novas regras ortográficas. É como se dissesse: Vamos ver as novas regras.
b)
O termo Nossa!!, no segundo quadrinho, não funciona como um pronome possessivo, mas como uma interjeição, não só porque exprime uma sensação do personagem, como porque, na escrita, as interjeições vêm, via de regra, acompanhadas de ponto de exclamação.
c)
Embora apresente um valor semântico de admiração, de surpresa, a expressão Que coisa..., no segundo quadrinho, não se configura uma interjeição, pois vem seguida de reticências, que somente indicam suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.
d)
Pode-se inferir do terceiro quadrinho que as regras ortográficas são imposições decorrentes do uso que os falantes fazem da língua, ou seja, como a maioria dos usuários desconhecia a função do trema e não sabia empregá-lo na escrita, o sinal tornou-se obsoleto, não havendo razão para continuar existindo nas regras ortográficas da língua.
e)
O significado das interjeições está sempre vinculado ao uso, por isso qualquer palavra ou expressão da língua pode atuar como interjeição, dependendo do contexto e da intenção do falante. Assim, conclui-se que, por expressarem espanto, as três falas do personagem no segundo quadrinho são interjeições.
5
Português 6.
Pela Internet Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve um oriki do meu velho orixá Ao porto de um disquete de um micro em Taipé Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve meu e-mail até Calcutá Depois de um hot-link Num site de Helsinque Para abastecer Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut De Connecticut acessar O chefe da Macmilícia de Milão Um hacker mafioso acaba de soltar Um vírus pra atacar programas no Japão Eu quero entrar na rede pra contactar Os lares do Nepal, os bares do Gabão Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular Que lá na praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar (Gilberto Gil, 1997.1)
Em “Num site de Helsinque para abastecer”, as preposições sublinhadas expressam as noções, respectivamente, de: a)
origem e finalidade.
b)
localização e causalidade.
c)
pertencimento e objetividade.
d)
causalidade e conclusão.
6
Português 7.
As matas ciliares são tão importantes para os rios e lagos, como são os cílios para a proteção dos nossos olhos. (...) Sem as matas ciliares, as nascentes secam, as margens dos rios e riachos solapam, o escoamento superficial aumenta e a infiltração da água no solo diminui, reduzindo as reservas de água do solo e do lençol freático. As consequências são dramáticas para o meio ambiente: a poluição alcança facilmente os mananciais e a vida aquática é prejudicada, rios e reservatórios transformam-se em grandes esgotos ou lixões. Na primeira frase do texto, a preposição “para”, na oração destacada, foi empregada com o valor semântico de:
8.
a)
finalidade
b)
conclusão
c)
explicação
d)
concessão
e)
proporcionalidade
O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional de Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado por visitantes desatentos. (Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia.)
A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do folheto é: a)
entre.
b)
por (por visitantes).
c)
em.
d)
por (pela poluição).
e)
desde.
7
Português 9.
O MENDIGO SEXTA-FEIRA JOGANDO NO MUNDIAL Lhe concordo, doutor: sou eu que invento minhas doenças. Mas eu, velho e sozinho, o que posso fazer? Estar doente é minha única maneira de provar que estou vivo. É por isso que frequento o hospital, vezes e vezes, a exibir minhas maleitas1 . Só nesses momentos, doutor, eu sou atendido. Mal atendido, quase sempre. (...) Desta feita, porém, é diferente. Pois eu, de nome posto de Sexta-Feira, me apresento hoje com séria e verídica queixa. Venho para aqui todo desclaviculado, uma pancada quase me desombrou. Aconteceu quando assistia ao jogo do Mundial de Futebol. Desde há um tempo, ando a espreitar na montra2 do Dubai Shopping, ali na esquina da Avenida Direita. É uma loja de tevês, deixam aquilo ligado na montra para os pagantes contraírem ganas de comprar. (...) É ali no passeio que assisto futebol, ali alcanço ilusão de ter familiares. O passeio é um corredor da enfermaria. Todos nós, os indigentes ali alinhados, ganhamos um tecto3 nesse momento. Um tecto que nos cobre neste e noutros continentes. Só há ali um no entanto, doutor. É que sou atacado de um sentimento muito ulceroso enquanto os meus olhos apanham boleia4 para a Coreia do Sul. O que me inveja não são esses jovens, esses fintabolistas, todos cheios de vigor. O que eu invejo, doutor, é quando o jogador cai no chão e se enrola e rebola a exibir bem alto as suas queixas. A dor dele faz parar o mundo. Um mundo cheio de dores verdadeiras para perante a dor falsa de um futebolista. (...) Eu sei, doutor, lhe estou roubando o tempo. Vou directo no assunto do meu ombro. Pois aconteceu o seguinte: o dono da loja deu ontem ordem para limpar o passeio. Não queria ali mendigos e vadios. Que aquilo afastava a clientela e ele não estava para gastar ecrã5 em olho de pobre. Recusei sair, doutor. O passeio é pertença de um alguém? Para me retirarem dali foi preciso chamar as forças policiais. (...) Pois eu, conforme se vê, vim ao hospital não por artimanha, mas por desgraça real. O doutor me olha, desconfiado, enquanto me vai espreitando os traumatombos. Contrariado, ele lá me coloca sob o olho de uma máquina radiográfica. Até me atrapalho com tanta deferência. Até hoje, só a polícia me fotografou. (...) E logo me desando, já as ruas deságuam. Chego à loja dos televisores e me sento entre a mendigagem. (...) O que eu vi num adocicar de visão foi isto, sem mais nem menos: eu e os mendigos de sextafeira estamos no mundial, formamos equipa com fardamento brilhoso. E o doutor é o treinador. E jogamos, neste momento preciso. Eu sou o extremo esquerdo e vou dominando o esférico, que é um modo de dominar o mundo. Por trás, os aplausos da multidão. De repente, sofro carga do defesa contrário. Jogo perigoso, reclamam as vozes aos milhares. Sim, um cartão amarelo, brada o doutor. Porém, o defesa continua a agressão, cresce o protesto da multidão. Isso, senhor árbitro, cartão vermelho! Boa decisão! Haja no jogo a justiça que nos falta na vida. Afinal, o vermelho é do cartão ou será o meu próprio sangue? Não há dúvida: necessito de assistência, lesionado sem fingimento. Suspendessem o jogo, expulsassem o agressor das quatro linhas. Surpresa minha – o próprio árbitro é quem me passa a agredir. Nesse momento, me assalta a sensação de um despertar como se eu saísse da televisão para o passeio. Ainda vejo a matraca do polícia descendo sobre a minha cabeça. Então, as luzes do estádio se apagam. (MIA COUTO. O fio das missangas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.) 1 Maleitas – doenças de fácil resolução. 2 Montra – vitrina. 4 Boleia – carona. 3 Tecto – teto. 5 Ecrã – tela.
No trecho “Até me atrapalho com tanta deferência. Até hoje, só a polícia me fotografou.”, a palavra “até” indica, respectivamente, valores de: a) limite – intensidade b) intensidade – restrição c) restrição – ênfase d) ênfase – limite
8
Português 10. Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados, Um garbo senhoril, nevada alvura; Metal de voz que enleva de doçura, Dentes de aljôfar, em rubi cravados; Fios de ouro que enredam meus cuidados, Alvo peito que cega de candura; Mil prendas e (o que é mais que formosura) Uma graça, que rouba mil agrados; Mil extremos de preço mais subido Encerra a linda Márcia, a quem of’reço Um culto, que nem dela inda é sabido; Tão pouco de mim julgo que a mereço, Que enojá-la não quero de atrevido Co’as penas que por ela em vão padeço. (Filinto Elísio)
No verso “Metal de voz que enleva de doçura”, a preposição “de” ocorre duas vezes, formando expressões que indicam, respectivamente, relação de: a) posse e consequência. b) causa e posse. c) qualificação e causa. d) modo e qualificação. e) posse e modo.
9
Português Gabarito 1.
D A palavra “droga” foi utilizada para expressar uma emoção de seu emissor.
2.
B As palavras “pois” e “como”, considerando o contexto no qual foram inseridas, estabelecem, respectivamente, relação de causa e de comparação; já as demais são palavras denotativas e estabelecem as seguintes relações lógicas: “até mesmo” (inclusão); “ou seja” (explicação) e “aí” (situação).
3.
C A preposição “por”, seguida da expressão “muito tempo”, apresenta a ideia de passagem de tempo, ação de valor durativo.
4.
B A preposição “a” antecede o pronome relativo “quem”, que não admite artigo; o artigo “a” antecede o substantivo feminino “pobreza”; e a preposição “a” antecede o pronome demonstrativo masculino “este”.
5.
C A interjeição não é definida pela pontuação que a sucede, e sim pelo seu uso. Considerando que “Que coisa...” exprime espanto, pode-se classificar a expressão como uma interjeição.
6.
A De acordo com a música de Gilberto Gil, pode-se perceber que as preposições “de” e “para” possuem, respectivamente, o sentido de origem de um site, ou seja, o site é proveniente de Helsinque e tem como objetivo abastecer.
7.
A No fragmento apresentado, a preposição “para” indica a finalidade dos cílios, ou seja, para a proteção dos olhos.
8.
E A preposição “desde” apresenta, no fragmento, o sentido que o projeto começou em 1992 e até os dias de hoje continua existindo no Parque Nacional de Itatiaia.
9.
D No primeiro caso, “até” serve para enfatizar a ideia de que o enunciador se atrapalha com tanta deferência. No segundo, “até” indica um limite temporal.
10.
C Na expressão “metal de voz”, a preposição rege o adjunto que determina metal. Trata-se, na verdade, de uma transposição, pois o sentido é de “voz de metal”, que qualifica, metaforicamente, o timbre da voz (soa como se fosse metal). Em “que enleva de doçura”, a preposição indica relação de causa: enleva por causa da doçura.
10
Química Atomística Resumo A estrutura de um átomo é formada pela eletrosfera, onde encontramos os elétrons e pelo núcleo onde encontramos os prótons e nêutrons.
A massa do isótopo de um átomo pode ser encontrada pela soma do número de prótons(p) e nêutrons(n). A massa dos elétrons(e-) de um átomo é desprezível pois é muito pequena em relação aos prótons e nêutrons.
O número de massa (A) é a soma de prótons e nêutrons no núcleo de um átomo.
A=p+n Obs.: A massa atômica(MA) encontrada na tabela periódica é uma média dos isótopos existentes do elemento. Pode ser encontrada por: (A1 . %1)(A2 . %2) + . . . + (An . %n) MA = 100 Número Atômico (Z) é o número de prótons presentes no núcleo de um átomo.
Z=p Quando um átomo está em seu estado fundamental (eletricamente neutro), o seu número de prótons (cargas positivas) é igual ao seu número de elétrons (cargas negativas).
p = e– Portanto, para um átomo, o número de prótons é também igual ao número de elétrons.
Z = p = e–
1
Química Tais partículas subatômicas possuem cargas características. Próton: carga positiva Nêutron: neutro Elétron: carga negativa
Íons Quando um átomo eletricamente neutro, ou seja, no estado fundamental perde ou recebe elétrons, ele se transforma em um ÍON. Quando perde elétrons → íon positivo → Cátion Quando ganha elétrons → íon negativo → Aniôn Exemplo: Cátions: 11Na+1; 12Mg+2, 13Al+3 Ânions: 8O-2; 9F-1, 16S-2 Obs.: Repare que todos os íons dos exemplos acima têm 10 elétrons em sua camada de valência, o que os tornam isoeletronicos. Obs2.: Íons monovalentes possuem carga +1 ou -1. Íons bivalentes possuem carga +2 ou -2. Íons trivalentes possuem carga +3 ou -3.
Isótopos, isóbaros e isótonos. São átomos que possuem o mesmo numero de prótons, de massa e de nêutrons, respectivamente. Prótons
Massa
Nêutrons
Isótopos
=
≠
≠
Isóbaros
≠
=
≠
Isótonos
≠
≠
=
Exemplo: Isótopos: mesmo número de prótons.
28 12A
30 12A
Isóbaros: mesmo número de massa
28 12A
28 14B
Isótonos: mesmo número de nêutrons
28 12A
30 12B
2
Química Exercícios 1.
2.
Uma amostra de um elemento E tem isótopos AE e BE com abundâncias 75% e 25%, respectivamente. Considerando-se que a massa atômica do isótopo AE é 34,97 e que a massa atômica média do elemento E, nessa amostra, é 35,47, o número de massa B é: a)
35
b)
36
c)
37
d)
38
e)
39
O desastre de Chernobyl ainda custa caro para a Ucrânia. A radiação na região pode demorar mais de 24.000 anos para chegar a níveis seguros. Adaptado de Revista Superinteressante, 12/08/2016.
Após 30 anos do acidente em Chernobyl, o principal contaminante radioativo presente na região é o césio-137, que se decompõe formando o bário-137. Esses átomos, ao serem comparados entre si, são denominados:
3.
a)
isótopos
b)
isótonos
c)
isóbaros
d)
isoeletrônicos
e)
isomeros
Um fogo de artifício é composto basicamente por pólvora (mistura de enxofre, carvão e salitre) e por um sal de um elemento determinado, por exemplo, sais de cobre, como CuC 2, que irá determinar a cor verde azulada da luz produzida na explosão.
Observe as representações dos elementos enxofre e cobre presentes em um fogo de artifício:
32 16 S
e
64 29 Cu.
A partir da análise dessas representações, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o número de massa do enxofre e o número de nêutrons do cobre. a)
32 e 29
b)
32 e 35
c)
16 e 29
d)
16 e 35
e)
16 e 64 3
Química 4.
Cientistas de cinco centros de pesquisa sobre o câncer nos EUA concluíram que cigarros “light” são mais perigosos para a saúde que os normais e têm contribuído para um forte aumento de um certo tipo de câncer de pulmão, devido aos seus filtros serem perfurados. Entre as substâncias presentes na fumaça do cigarro, podemos citar nicotina, CO, materiais particulados, como polônio, carbono, arsênio, níquel, chumbo e cádmio, entre outros. Disponível em: http://www.uol.com.br. Acessado em 23/05/2017
Considerando as informações acima, assinale a alternativa correta.
5.
a)
A fumaça do cigarro é uma mistura homogênea formada somente por substâncias simples.
b)
Entre os elementos citados, isótonos.
c)
A queima do cigarro é considerada um processo físico.
d)
O monóxido de carbono representa uma substância simples.
e)
Os compostos polônio e carbono são representados pelos símbolos P e C, respectivamente.
74 207 , 28 Ni58 , 48 Cd112 , 84 Po209 33 As , 82 Pb
e
14 6C ,
há um par de
Em 2016 a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) confirmou a descoberta de mais quatro elementos, todos produzidos artificialmente, identificados nas últimas décadas por cientistas russos, japoneses e americanos, e que completam a sétima fila da tabela periódica. Eles se chamam Nihonium (símbolo Nh e elemento 113), Moscovium (símbobo Mc e elemento 115), Tennessine (símbolo Ts e elemento 117) e Oganesson (símbolo Og e elemento 118). As massas atômicas destes elementos são, respectivamente, 286, 288, 294, 294. Com base nas afirmações acima assinale a alternativa correta.
6.
113 115 117 286 Nh, 288Mc, 294 Ts
e
188 294 Og.
a)
Esses elementos são representados por
b)
Os elementos Tennessine e Oganesson são isóbaros.
c)
Estes elementos foram encontrados em meteoritos oriundos do espaço.
d)
Os elementos Tennessine e Oganesson são isótopos.
e)
Os quatro novos elementos são isótonos entre si.
Os isótopos radioativos do cobalto apresentam grande importância na medicina, sendo utilizados na destruição de células cancerosas. O isótopo na forma de cátion bivalente, 60Co27 apresenta os seguintes números de prótons, elétrons e nêutrons, respectivamente: a)
27 – 27 – 35
b)
27 – 25 – 33
c)
60 – 29 – 33
d)
60 – 27 – 35
e)
59 – 27 – 32
4
Química 7.
O elemento selênio (Se) tem massa atômica igual a 78,96 u.m.a. Os dois isótopos mais abundantes do selênio são o
80
Se e o 78 Se. Sobre estes isótopos de selênio, é correto dizer que eles têm
Dado: Se (Z = 34).
8.
a)
o mesmo número de massa.
b)
abundâncias percentuais iguais.
c)
o mesmo número de nêutrons.
d)
Não são o mesmo elemento
e)
o mesmo número de prótons.
Um ânion de carga 1− possui 18 elétrons e 20 nêutrons. O átomo neutro que o originou apresenta número atômico e de massa, respectivamente, a) b) c) d) e)
17 e 37 17 e 38 19 e 37 19 e 38 20 e 39
Texto para a próxima questão: Cinco amigos estavam estudando para a prova de Química e decidiram fazer um jogo com os elementos da Tabela Periódica: •
cada participante selecionou um isótopo dos elementos da Tabela Periódica e anotou sua escolha em um cartão de papel;
•
os jogadores Fernanda, Gabriela, Júlia, Paulo e Pedro decidiram que o vencedor seria aquele que apresentasse o cartão contendo o isótopo com o maior número de nêutrons.
Os cartões foram, então, mostrados pelos jogadores. 56 26
Fe
Fernanda
9.
16 8
O
Gabriela
40 20
Ca
Júlia
7 3
Li
Paulo
35 17
C
Pedro
Observando os cartões, é correto afirmar que o(a) vencedor(a) foi a)
Júlia.
b)
Paulo.
c)
Pedro.
d)
Gabriela.
e)
Fernanda.
5
Química 10. Na figura, é representado o espectro de massa dos isótopos naturais do elemento gálio.
A abundância isotópica, em percentual inteiro, do isótopo do Ga-69, é: Dado: Ga = 69,7 a)
50%.
b)
55%.
c)
60%.
d)
65%.
e)
70%.
6
Química Gabarito 1.
C A massa atômica de um elemento químico é dada pela média ponderada das massas atômicas de seus isótopos, então: A
E 75%; A = 34,97 u
B
E 25%; B = ?
M.A. = 35,47 u 35,47 = 0,75 34,97 + 0,25 B B = 36,97 u Número de massa de B = 37 2.
C Césio-137 e bário-137 são isóbaros, pois apresentam o mesmo número de massa, ou seja, 137 (soma da quantidade de prótons e de nêutrons presentes no núcleo).
3.
B
4.
32 16 S
64 29 Cu
A = p + n = 32
64 − 29 = 35 nêutrons
B a) Incorreta. A fumaça do cigarro é uma mistura formada somente por substâncias simples e compostas. b) Correta.
82 Pb
207
e
84Po
209
são isótonos.
74 74 − 33 = 41 nêutrons 33 As 207 207 − 82 = 125 nêutrons 82 Pb 58 58 − 28 = 30 nêutrons 28 Ni 112 112 − 48 = 64 nêutrons 48 Cd 209 209 − 84 = 125 nêutrons 84 Po 14 6C
14 − 6 = 8 nêutrons
c) Incorreta. A queima do cigarro é considerada um processo químico, pois ocorrem reações químicas e rearranjos atômicos neste fenômeno. d) Incorreta. O monóxido de carbono ( CO ) é exemplo de uma substância composta pelos elementos carbono e oxigênio. e) Incorreta. Os elementos químicos polônio e carbono são representados pelos símbolos Po e C, respectivamente.
7
Química 5.
B 286 288 294 113 Nh, 115 Mc, 117 Ts
e
294 188 Og.
a)
Incorreta. Os elementos possuem as seguintes representações:
b)
Correta. Os elementos Tennessine e Oganesson, apresentam o mesmo número de massa, sendo, portanto, isóbaros.
c)
Incorreta. Todos os elementos citados no texto, são artificiais, ou seja, criados em laboratório, sob condições específicas.
d)
Incorreta. Os elementos Tennessine e Oganesson apresentam o mesmo número de massa, sendo, portanto, isóbaros.
e)
Incorreta. Isótonos são elementos que apresentam o mesmo número de nêutrons, os elementos citados no texto apresentam, respectivamente, 173, 173, 177 e 106. Portanto, apenas os elementos Nihonium (Nh) e Moscovium (Mc) são isótonos.
6.
B 60 +2 27 Co
p = 27 e− = 25 n = A − Z = 60 − 27 = 33 7.
E a) Incorreta. O número de massa dos dois isótopos é diferente, ou seja, 80 78. b) Incorreta. As abundâncias percentuais dos isótopos são diferentes. 78,96 = x% 80 + (1 − x%) 78 78,96 = x% 80 + 78 − x% 78 2 x% = 78,96 − 78 2 x% = 0,96 x% =
0,96 = 0,48 2
x% = 0,48 = 48 % ( 80 Se) 100 % − 48 % = 52 % ( 78 Se)
c) Incorreta. Os isótopos do selênio possuem números de nêutrons diferentes. 80 34 Se Número 78 34 Se Número
de nêutrons = 80 − 34 = 46. de nêutrons = 78 − 34 = 44.
d) Incorreta. São o mesmo elemento e) Correta. Átomos isótopos são aqueles que possuem o mesmo número de prótons (número atômico). 8.
A O átomo ganhou 1 e− e ficou com 18 e− , então, o átomo neutro tem 17 e− . Para o átomo neutro: p+ = e− Assim, o átomo neutro apresenta 17 prótons e massa: A = Z+n
Z = 17 + 20 = 37. 8
Química 9.
E Sabendo que A = Z + n, teremos que: Fernanda: n = 56 − 26 = 30 Gabriela: n = 16 − 8 = 8 Júlia: n = 40 − 20 = 20 Paulo: n = 7 − 3 = 4 Pedro: n = 35 − 17 = 18 A vencedora será a Fernanda com 30 nêutrons.
10. C Sabemos que a massa média ponderada das massas dos isótopos é 69,7 (tabela periódica), fazendo x igual a porcentagem do isótopo do Ga-69, teremos: 68,9 u x% 70,9 u y% 68,9 x + (100 − x) 70,9 69,7 = 100 x = 60%
9
Química Evolução dos modelos atômicos Resumo Evolução dos modelos atômicos A ideia de átomo na antiguidade não corresponde à mesma que se tem hoje. No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito imaginaram que a matéria não poderia ser infinitamente divisível, daí a palavra “átomo”, a = negação e tomo = divisível, ou seja, se partida variadas vezes, chegaria a uma partícula muito pequena, indivisível e impenetrável, e assim concluíram que toda matéria era constituída por pequenas partículas indivisíveis, os átomos. Essa teoria se manteve por longos anos. Somente no século XIX, um novo modelo, proposto por Dalton, foi apresentado para explicar de que se constituía a matéria.
O Modelo atômico de Dalton (1803) John Dalton (1766-1844), cientista britânico retomou a ideia do átomo como constituinte básico da matéria. Dalton considerou os átomos como partículas pequenas esféricas maciças, impenetráveis, indivisíveis e indestrutíveis. Seu modelo ficou conhecido como “Bola de Bilhar”. Esse modelo foi considerado por cerca de 100 anos, até que um novo modelo surgiu.
Representação do modelo atômico de Dalton: A bola de bilhar
O Modelo atômico de Thomson (1903) Em 1903, o físico britânico Joseph John Thomson (1856-1940) concluiu, após um estudo com raios catódicos (emitidos de uma fonte de cátions), que o átomo não era apenas uma esfera indivisível como tinha dito Dalton. Em seu estudo, percebeu a existência de partículas carregadas negativamente, determinando sua relação entre a carga dessas partículas (que foram denominados inicialmente como corpúsculos) e a massa.
O experimento de Thomson com raios catódicos.
1
Química Para medir a razão entre a carga e a massa do elétron, um feixe de raios catódicos (elétrons) passa através de um campo elétrico e de um campo magnético. De modo que o campo elétrico provoca desvio em um sentido, enquanto o campo magnético desvia o feixe no sentido oposto. Posteriormente, deduziu a existência de uma carga positiva. Seu modelo consistia em uma esfera maciça carregada positivamente, na qual se encontravam incrustadas as cargas negativas, chamdas de elétrons. Se modelo foi conhecido como pudim de passas.
Thomson e seu Modelo atômico: Esfera maciça carregada positivamente incrustada de cargas negativas, semelhante a um “pudim de passas”.
O Modelo atômico de Rutherford (1911) Após a descoberta da Radioatividade, em 1911, o físico da Nova Zelândia Ernest Rutherford (1871-1937) e seus colaboradores realizaram, dentre outras, uma experiência cujo objetivo era determinar as propriedades das partículas alfa e sua interação com a matéria. O experimento consistiu em bombardear uma finíssima lâmina de ouro com partículas alfa, emitidas por polônio radioativo em uma chapa fotográfica. Com o experimento, ele percebeu que algumas partículas atravessavam a lâmina sem sofrer desvio, enquanto outras eram desviadas e uma parte delas era ricocheteada.
Experimento de Rutherford: Partículas alfa (emitidas por Polônio radioativo) bombardeando uma fina lâmina de ouro para uma chapa fotográfica (detector de partículas). O físico chegou à conclusão de que a maioria das partículas atravessou a lâmina sem desviar, pois o átomo é constituído em grande parte por espaço vazio. As outras partículas que sofreram desvio provavelmente foram repelidas pelo núcleo, devido à positividade de suas cargas. E, por fim, as que ricochetearam foram também repelidas pelo núcleo.
Conclusões de Rutherford a respeito do desvia de algumas partículas.
2
Química Baseado nesta experiência, Rutherford elaborou um modelo que ficou conhecido como “Modelo planetário”, em que o átomo possuía um núcleo, onde estaria concentrada a maior parte da massa do átomo, e era envolto por elétrons girando em elipses (a eletrosfera, isto é, a maior parte de volume atômico). núcleo
nêutron Elétron próton Elétron
elétron
eletrosfera Modelo planetário de Rutherford: o átomo com um núcleo, onde está concentrada a maior parte de sua massa, envolto por elétrons girando na eletrosfera. A principal falha no modelo de Rutherford foi não considerar que os elétrons, como partículas carregadas girando ao redor do núcleo, gradativamente perderiam energia e atingiriam o núcleo. O próximo modelo estava baseado nesta hipótese e em estudos da teoria quântica.
O Modelo atômico de Bohr (1913) O físico dinamarquês, Neils Bohr (1885-1962) propôs um modelo que seria formado por um núcleo positivo com uma parte periférica, onde giravam os elétrons. Ainda semelhante ao modelo de Rutherford, a diferença entre estes era que para Bohr, os elétrons giravam, sem emitir ou absorver energia, em órbitas circulares, as quais ele denominou níveis de energia ou camadas.
Modelo atômico de Bohr: um núcleo positivo com uma parte periférica, onde os elétrons, sem emissão ou absorção de energia giravam em órbitas circulares (camadas ou níveis de energia). Além do já dito, Bohr disse que ao ganhar energia um elétron é capaz de saltar para um nível mais energético(mais externo) e que ao cessar essa energia o elétron retorna para o seu nível original, liberando a energia absorvida anteriormente sob forma de luz, esse fenômeno foi denominado Salto quântico.
3
Química
O Modelo atômico de Sommerfeld (1915) O físico alemão Arnold Johannes Wilhelm Sommerfeld, em 1915, estudando os espectros de emissão de átomos mais complexos que o hidrogênio, admitiu que em cada camada eletrônica (n) havia 1 órbita circular e (n-1) órbitas elípticas com diferentes características. Essas órbitas elípticas foram então chamadas de subníveis ou subcamadas e caracterizadas por l,onde l=0, l=1, l=2 e l=3 são respectivamente os subníveis s, p, d e f. Por exemplo, na 4ª camada há uma órbita circular e três elípticas.
Modelo dos orbitais atômicos •
Princípio da dualidade partícula-onda (De Broglie)
•
Princípio da incerteza de Heisenberg: não é possível calcular a posição e a velocidade de um elétron, num mesmo instante.
•
Orbital: região do espaço ao redor do núcleo onde é máxima a probabilidade de encontrar um elétron.
l=0
l=0
l=0
l=0
l=1
l=1
l=2
l=2
l=1
l=3 n=1
n=2
n=3
n=4
Disponível em: www.portaissaofrancisco.com.br/alfa/modelo-atomico-atual-/modelo-atomico-atual-8.php.
Ele propôs este modelo através na teoria da relatividade de Einstein e da teoria quântica, assim podendo explicar detalhes dos espectros. Como ele complementou o que Bohr não conseguia explicar satisfatoriamente para átomos além dos hidrogenóides, o modelo ficou conhecido como Bohr-Sommerfeld. A energia do elétron seria determinada pela distância em que se encontrava do núcleo e pelo tipo de órbita que descreve.
4
Química Exercícios 1.
2.
Um teste de laboratório permite identificar alguns cátions metálicos ao introduzir uma pequena quantidade do material de interesse em uma chama de bico de Bunsen para, em seguida, observar a cor da luz emitida. A cor observada é proveniente da emissão de radiação eletromagnética ao ocorrer a a)
mudança da fase sólida para a fase líquida do elemento metálico.
b)
combustão dos cátions metálicos provocada pelas moléculas de oxigênio da atmosfera.
c)
diminuição da energia cinética dos elétrons em uma mesma órbita na eletrosfera atômica.
d)
transição eletrônica de um nível mais externo para outro mais interno na eletrosfera atômica.
e)
promoção dos elétrons que se encontram no estado fundamental de energia para níveis mais energéticos.
Desde a Grécia antiga, filósofos e cientistas vêm levantando hipóteses sobre a constituição da matéria. Demócrito foi uns dos primeiros filósofos a propor que a matéria era constituída por partículas muito pequenas e indivisíveis, as quais chamaram de átomos. A partir de então, vários modelos atômicos foram formulados, à medida que novos e melhores métodos de investigação foram sendo desenvolvidos. A seguir, são apresentadas as representações gráficas de alguns modelos atômicos:
Assinale a alternativa que correlaciona o modelo atômico com a sua respectiva representação gráfica. a)
I - Thomson, II - Dalton, III - Rutherford-Bohr.
b)
I - Rutherford-Bohr, II - Thomson, III - Dalton.
c)
I - Dalton, II - Rutherford-Bohr, III - Thomson.
d)
I - Dalton, II - Thomson, III - Rutherford-Bohr.
e)
I - Thomson, II - Rutherford-Bohr, III - Dalton.
5
Química 3.
Analise a seguinte charge:
As estudantes Eugênia e Lolita estão falando, respectivamente, sobre os modelos atômicos de
4.
a)
Dalton e Thomson.
b)
Dalton e Rutherford-Bohr.
c)
Thomson e Rutherford-Bohr.
d)
Modelo Quântico e Thomson.
e)
Rutherford-Bohr e Modelo Quântico.
Em 1808, Dalton publicou o seu famoso livro o intitulado Um novo sistema de filosofia química (do original A New System of Chemical Philosophy), no qual continha os cinco postulados que serviam como alicerce da primeira teoria atômica da matéria fundamentada no método científico. Esses postulados são numerados a seguir: 1. A matéria é constituída de átomos indivisíveis. 2. Todos os átomos de um dado elemento químico são idênticos em massa e em todas as outras propriedades. 3. Diferentes elementos químicos têm diferentes tipos de átomos; em particular, seus átomos têm diferentes massas. 4. Os átomos são indestrutíveis e nas reações químicas mantêm suas identidades. 5. Átomos de elementos combinam com átomos de outros elementos em proporções de números inteiros pequenos para formar compostos. Após o modelo de Dalton, outros modelos baseados em outros dados experimentais evidenciaram, entre outras coisas, a natureza elétrica da matéria, a composição e organização do átomo e a quantização da energia no modelo atômico. OXTOBY, D.W.; GILLIS, H. P.; BUTLER, L. J. Principles of Modern Chemistry. Boston: Cengage Learning, 2012 (adaptado).
Com base no modelo atual que descreve o átomo, qual dos postulados de Dalton ainda é considerado correto? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
6
Química 5.
Para termos ideia sobre as dimensões atômicas em escala macroscópica podemos considerar que se o prédio central da Universidade Estadual de Goiás, em Anápolis, fosse o núcleo do átomo de hidrogênio, a sua eletrosfera pode estar a aproximadamente 1000 km. Dessa forma, o modelo atômico para matéria é uma imensidão de vácuo com altas forças de interação. Considerando-se a comparação apresentada no enunciado, a presença de eletrosfera é coerente com os modelos atômicos de
6.
a)
Dalton e Bohr.
b)
Bohr e Sommerfeld.
c)
Thompson e Dalton.
d)
Rutherford e Thompson.
e)
Dalton e Sommerfeld
Trata-se de um modelo no qual os átomos de um mesmo elemento químico possuem propriedades iguais. A união desses átomos na formação de compostos ocorre em proporções numéricas fixas e a reação química dos mesmos envolve apenas combinação, separação e rearranjo. Essa descrição refere-se ao modelo atômico de a)
Bohr.
b)
Dalton.
c)
Thomson.
d)
Rutherford.
e)
Lavoisier
Texto para a próxima questão: Um aluno recebeu, na sua página de rede social, uma foto mostrando fogos de artifícios. No dia seguinte, na sequência das aulas de modelos atômicos e estrutura atômica, o aluno comentou com o professor a respeito da imagem recebida, relacionando-a com o assunto que estava sendo trabalhado, conforme mostra a foto.
7
Química
7.
8.
9.
Legenda das cores emitidas Cu Sr Ti
Na
Ba
amarelo
verde
azul
vermelho
branco metálico
O aluno comentou corretamente que o modelo atômico mais adequado para explicar a emissão de cores de alguns elementos indicados na figura é o de a)
Rutherford-Bohr.
b)
Dalton.
c)
Proust.
d)
Rutherford.
e)
Thomson.
As investigações realizadas pelos cientistas ao longo da história introduziram a concepção do átomo como uma estrutura divisível, levando à proposição de diferentes modelos que descrevem a estrutura atômica. O modelo que abordou essa ideia pela primeira vez foi o de a)
Bohr.
b)
Dalton.
c)
Thomson.
d)
Rutherford.
e)
Sommerfeld
Um fato corriqueiro ao se cozinhar arroz é o derramamento de parte da água de cozimento sobre a chama azul do fogo, mudando-a para uma chama amarela. Essa mudança de cor pode suscitar interpretações diversas, relacionadas às substâncias presentes na água de cozimento. Além do sal de cozinha (NaC ), nela se encontram carboidratos, proteínas e sais minerais. Cientificamente, sabe-se que essa mudança de cor da chama ocorre pela a)
reação do gás de cozinha com o sal, volatilizando gás cloro.
b)
emissão de fótons pelo sódio, excitado por causa da chama.
c)
produção de derivado amarelo, pela reação com o carboidrato.
d)
reação do gás de cozinha com a água, formando gás hidrogênio.
e)
excitação das moléculas de proteínas, com formação de luz amarela.
8
Química 10. Um laboratório brasileiro desenvolveu uma técnica destinada à identificação da origem de “balas perdidas”, comuns nos confrontos entre policiais e bandidos. Trata-se de uma munição especial, fabricada com a adição de corantes fluorescentes, visíveis apenas sob luz ultravioleta. Ao se disparar a arma carregada com essa munição, são liberados os pigmentos no atirador, no alvo e em tudo o que atravessar, permitindo rastrear a trajetória do tiro. Adaptado de MOUTINHO, Sofia. À caça de evidências. Ciência Hoje, maio, 24-31, 2011.
Qual dos modelos atômicos a seguir oferece melhores fundamentos para a escolha de um equipamento a ser utilizado na busca por evidências dos vestígios desse tipo de bala? a)
Modelo de Dalton.
b)
Modelo de Thompson.
c)
Modelo de Rutherford-Bohr.
d)
Modelo de Dalton-Thompson.
e)
Modelo de Rutherford- Thompson.
9
Química Gabarito 1.
D De acordo com o modelo de Böhr, a cor observada é proveniente da emissão de radiação eletromagnética ao ocorrer a transição eletrônica de um nível mais externo (mais energético) para outro mais interno (menos energético) na eletrosfera atômica.
2.
D I.
Dalton, que propôs uma ideia de átomo: maciço, indivisível e indestrutível, semelhante a um “bola de bilhar”.
II. Thomson, sua proposta era que o átomo seria uma esfera positiva, com cargas negativas incrustadas. III. Rutherford-Bohr, baseado no experimento, onde bombardeou com partículas alfa, uma fina lâmina de ouro, constatou que o átomo era composto por imensos espaços vazios, onde os elétrons orbitam ao redor de um núcleo pequeno e positivo, numa região chamada de eletrosfera. 3.
C No caso da Eugênia, o modelo atômico a qual se refere é o de Thomson que ficou conhecido como “pudim de passas” , modelo que introduziu a natureza elétrica da matéria, pois para ele o átomo era uma esfera positiva com cargas negativas incrustadas. Para a estudante Lolita, a ideia de “cebola” remete a ideia dos níveis de energia propostos por Rutherford-Bohr.
4.
E (1) Incorreto. A matéria é constituída de átomos divisíveis (existem subpartículas). (2) Incorreto. Os átomos de um dado elemento químico não são idênticos em massa e em todas as
10
Química outras propriedades, pois a quantidade de nêutrons pode variar nos isótopos. (3) Incorreto. As massas atômicas de elementos diferentes podem coincidir devido à existência dos isóbaros. (4) Incorreto. Os átomos são destrutíveis (existe a possibilidade de fissão nuclear), além disso, o número de oxidação de um elemento químico pode variar em uma reação química. (5) Correto. Átomos de elementos combinam com átomos de outros elementos em proporções de números inteiros pequenos para formar compostos (vide o cálculo estequiométrico). 5.
B Para Thompson e Dalton o átomo não tinha eletrosfera. Somente a partir do modelo de Rutherford foi constatado que o átomo possuía um núcleo denso e pequeno e os elétrons ficariam girando ao redor desse núcleo na eletrosfera. Este modelo foi aperfeiçoado por Niels Bohr que afirmou que os elétrons giravam em níveis definidos de energia. Para Sommerfield a energia do elétron poderia ser determinada pela distância em que se encontrava do núcleo e pelo tipo de órbita que descreve.
6.
B Segundo Dalton os átomos eram esferas maciças, indivisíveis e indestrutíveis, semelhantes as “bolas de bilhar” e ainda segundo esse cientista átomos de um mesmo elemento são iguais em suas propriedades, se unem em proporções definidas na formação de novas substâncias e não podem ser criados ou destruídos apenas reorganizados na formação de novas substâncias.
7.
A Böhr intuiu que deveriam existir muitos comprimentos de onda diferentes, desde a luz visível até a invisível. Ele deduziu que estes comprimentos de onda poderiam ser quantizados, ou seja, um elétron dentro de um átomo não poderia ter qualquer quantidade de energia, mas sim quantidades específicas e que se um elétron caísse de um nível de energia quantizado (nível de energia constante) para outro ocorreria a liberação de energia na forma de luz num único comprimento de onda.
8.
C Thomson verificou que os raios catódicos podem ser desviados na presença de um campo elétrico.
11
Química Observe que na figura anterior o feixe de partículas que sai do polo negativo (cátodo) sofre um desvio acentuado em direção à placa positiva. Thomson concluiu com um experimento semelhante ao descrito na figura anterior que as partículas do raio catódico têm carga negativa. Essas partículas são chamadas de elétrons, e a ideia do átomo divisível foi provada. 9.
B No caso da abordagem da questão, para chegar-se a uma alternativa deve-se fazer a associação com o único metal citado no enunciado, ou seja, o sódio, pois outras possibilidades para a mudança da cor da chama, como a ocorrência de uma combustão incompleta do gás utilizado devido ao derramamento da água de cozimento, não são citadas. Pressupõe-se, então, que na água de cozimento estejam presentes cátions Na+ dissociados a partir do NaC . O elemento metálico sódio, mesmo na forma iônica, libera fótons quando sofre excitação por uma fonte de energia externa e a cor visualizada é o amarelo.
10. C O modelo de Böhr oferece melhores fundamentos para a escolha de um equipamento a ser utilizado na busca por evidências dos vestígios. A partir das suas descobertas científicas, Niels Böhr propôs cinco postulados: 1º) Um átomo é formado por um núcleo e por elétrons extranucleares, cujas interações elétricas seguem a lei de Coulomb. 2º) Os elétrons se movem ao redor do núcleo em órbitas circulares. 3º) Quando um elétron está em uma órbita ele não ganha e nem perde energia, dizemos que ele está em uma órbita discreta ou estacionária ou num estado estacionário. 4º) Os elétrons só podem apresentar variações de energia quando saltam de uma órbita para outra. 5º) Um átomo só pode ganhar ou perder energia em quantidades equivalentes a um múltiplo inteiro (quanta).
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Redação Interpretação do Tema e Planejamento do Texto Resumo Você já esteve ou se imaginou em uma situação-limite como o momento da realização da prova de Redação no vestibular? É fácil imaginar os “estágios” dessa ocasião tão peculiar em nossas vidas: certa tensão no ar, o silêncio imperando na sala, os minutos do relógio passando tão lenta e, ao mesmo tempo, tão rapidamente, num paradoxo angustiante. Nesse contexto, apenas um aspecto vem a sua mente: resolver a prova a todo custo! Escrever é a regra do jogo, e você deve fazer isso de forma consciente, constante e organizada. Então, você começa a escrever tudo aquilo que foi aprendido, todas as referências lidas, todas as reflexões feitas em sala de aula... Enfim, tudo o que você sabe e que diga respeito ao tema proposto pela banca. Desse modo, a nota atribuída pelo corretor será boa, certo? Errado. Infelizmente, a melhor estratégia não é a descrita acima. De fato, uma prova de Redação só será corrigida se houver um “caderno de respostas” devidamente preenchido. No entanto, os alunos têm a (falsa) impressão de que somente no momento em que a caneta é utilizada na folha de prova é que esta está sendo resolvida. Na verdade, a tarefa de produção textual é muito mais complexa, e necessita de uma fase “pré-textual” talvez até mais demorada que a fase de escritura em si. Explique-se: do mesmo modo que um edifício ou uma viagem, para darem certo, devem ser pensados e planejados com antecedência (quantos pavimentos vão existir, o perímetro a ser construído, a disposição dos cômodos, entre outros, no caso do edifício; o meio de transporte utilizado, o número de dias, a programação a ser “conferida”, no caso da viagem), um texto também só produzirá o efeito esperado se tiver passado por uma fase de preparação. Essa fase pode ser dividida, para fins didáticos, em quatro etapas distintas, que, se percorridas com o devido cuidado, permitirão ao candidato um gigantesco salto de qualidade no que tange à apreciação da banca. Vamos a elas?
As Etapas de Preparação Etapa 1: Interpretação da proposta de tema. É preciso ressaltar, antes de tudo, que a primeira etapa talvez seja a mais importante de todas. Isso porque, se o candidato não tiver conseguido apreender na totalidade aquilo que a banca colocou em discussão, sempre será aplicado algum tipo de penalidade. Essa “falha” do vestibulando é o que chamamos de fuga ao tema. A fuga pode ser total ou parcial: no primeiro caso, a redação é anulada pela banca (como corrigir um texto que não versa sobre o que foi pedido? Como compará-lo com os demais?) e, obviamente, a nota correspondente é zero; no segundo caso, as possibilidades de erro são inúmeras, com as penalizações variando na mesma medida. Para que esse tipo de problema não ocorra, é preciso que nos atenhamos a aspectos extremamente importantes, abaixo discriminados. 1. Dê atenção total a cada uma das palavras que compõem o tema. A banca teve cerca de um ano para pensar na proposta e, se aquelas palavras foram utilizadas, cada uma delas desempenha uma função específica dentro do contexto. Para que a apreensão dos sentidos da proposta seja completa – impedindo que ocorra fuga ao tema – esses sentidos específicos devem ser inter-relacionados para a composição do todo. 2. Muito cuidado para não confundir tema e assunto. A falta de distinção pode levar o aluno a uma falha bastante grave. O assunto pode ser uma referência genérica ou um fato específico; o que o diferencia do 1
Redação tema é que este último é uma discussão direcionada, construída a partir do assunto escolhido. Para maior entendimento, observe os exemplos abaixo: Ex. 1 – Assunto: educação dos surdos Tema: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. (ENEM 2017) Ex. 2 – Assunto: intolerância religiosa Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. (ENEM 2016) Em ambos os exemplos, fica clara a distinção entre tema e assunto. No primeiro, o assunto vem com uma referência genérica (educação dos surdos), enquanto o tema traz uma discussão mais direcionada, um recorte em que se questionam os desafios na formação educacional dos surdos, delimitando o Brasil como o espaço de análise. No segundo, os casos de intolerância religiosa divulgados em 2016 é o assunto usado como pretexto para trazer à tona a verdadeira discussão: os caminhos para combater, nos dias de hoje, a intolerância religiosa no Brasil. Etapa 2: Listagem de ideias, exemplos, referências e argumentos. Em síntese, nesta etapa você deve elencar em uma folha de ‘rascunho’ toda e qualquer referência que sobrevier acerca do tema abordado. É o que chamamos de brainstorm – tempestade cerebral. Esse trabalho possui dupla função: primeiro, impedir que uma boa ideia seja esquecida no momento de escritura do texto; segundo, permitir ao candidato que suas referências sobre o tema sejam mais bem visualizadas e, com isso, a organização das mesmas possa ser mais eficiente. Etapa 3: Organização e seleção das ideias. Neste momento, você já “passou para o papel” todo o seu conhecimento sobre a proposta de tema. Como você está bem preparado, as referências são muitas e é praticamente impossível que todas elas façam parte do texto final, sob pena de este tornar-se muito superficial. Por isso, deve-se proceder à seleção das melhores ideias, organizadas e associadas entre si, de modo a que a máxima coerência possível seja obtida. Etapa 4: Roteiro da redação. Trata-se do último momento pré-textual. Depois de todo o processo anterior, você já deve ter percebido que alguns “parágrafos” começam a se definir. Agora, é necessário preparar as linhas gerais da introdução, a ordem mais adequada para os parágrafos argumentativos que vão compor o desenvolvimento e o encaminhamento da conclusão. Somente depois de observadas essas quatro etapas é que o candidato deverá começar a escrever. Lembrese: quanto mais tempo for investido no planejamento do texto, menos tempo será gasto na escritura propriamente dita. Isso porque um texto bem planejado “flui” muito mais do que aquele feito “na hora” - em que o aluno acaba “empacando” inúmeras vezes. Dica: O “descanso" do texto
2
Redação Nos meios acadêmico e literário, fala-se muito do processo de “deixar o texto dormir” ou “colocar o texto para descansar”. Em poucas palavras, isso significa que devemos, em certo momento, deixar a nossa produção de lado por um instante, a fim de avaliá-la com certo distanciamento, certa frieza, facilitando a identificação de erros. Na redação do vestibular, essa estratégia é bem interessante, uma vez que o aluno, depois de tanto ler o mesmo texto pronto, não percebe muitos defeitos na argumentação e na própria forma (letras “comidas”, pontuações equivocadas, palavras repetidas, etc). O processo é simples: o candidato pode finalizar a etapa de rascunho, deixar o texto de lado e se dedicar a certo número de questões da prova. Depois de algum tempo, pode, por fim, voltar ao texto e, com certeza, perceberá os problemas antes escondidos e deixará a redação mais “polida”. Experimente fazer isso. No link a seguir, há um exemplo de como os professores do Descomplica sugeriram o planejamento textual para o tema de 2016: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Link:
https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2016/segundo-dia/caminhos-para-combater-
intolerancia-religiosa-no-brasil/ Veremos, também, como seria uma ideia de um planejamento textual para o tema “O perigo dos “stalkers virtuais” no século XXI I. Análise da frase tema: Os perigos dos “stalkers virtuais” no século XXI 1. Perigos = efeitos negativos; riscos; ameaças; malefícios 2. “Stalkers virtuais” = perseguidores que bsucam informações utilizando a internet e as ferramentas virtuais; 3. Século XXI = atualidade; contemporaneidade. II.
Listagem de ideais, referências e argumentos −
Série “You”
−
1984 (George Orwell)
−
Fotos intimas vazadas: Lei “Carolina Dieckmann”
−
Pessoas se expõem demais em redes sociais atualmente
−
Além da perseguição virtual, os “stalkers” podem usar as informações para cometer crimesd de pedofilia, feminicídio e roubos
−
Difícil controle do que acontece na rede;
III. Seleção das ideias que serão utilizadas e roteiro do texto Introdução: Contextualização: Série “Você”; Tese: é necessária uma análise crítica sobre a exposição no ambiente virtual, além de pensar em formas de combater os “stalkers”. Desenvolvimento 1: Exposição exagerada + paralel entre 1984 e a vigilância nas redes sociais + consequências; Desenvolvimento 2: Banalização do ato de “stalker” + não há muitas leis para o uso da internet + argumento de autoridade (Hannah Arendt) + consequência; Conclusão: Retomada da tese + Propostas de intervenção:
3
Redação PI (1): Mídia + Ministério da tecnologia: campanhas informativas – informar sobre os perigos da exposição virtual – conscientizar a população e prevenir os abusos e assédios. PI (2): Congresso Nacional – criação e leis que punam as perseguições virtuais.
Não se esqueça de fazer o rascunho, após planejar o roteiro do texto, e deixa-lo “descansar” antes de passar a limpo.
4
Redação Exercícios Levando em consideração as etapas aprendidas, como se estivesse em uma prova de vestibular, produza um planejamento de texto de acordo com os seguintes temas: TEMA 1 A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto I No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumière desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière enganou-se. Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias, de geração em geração, durante já quase um século? BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema. In BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo, O que é Editora, O que é Cinema. São Paulo: Brasiliense, 1993
Texto II Edgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a existência e a restitui como tal, porém levando em consideração o indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando a participação do espectador. GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, 11, 2006 (adaptado).
Texto III
Disponível em: www.meioemensagem.com. Acesso em: 12 jun. 2019 (adaptado)
5
Redação Texto IV O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas. Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2 200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior. Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br.
TEMA 2 A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público. Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda propaganda dirigida à criança que tem “a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças. Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de controlar e evitar abusos. IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014 (adaptado).
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Redação Texto II
Texto III Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo. SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).
A partir da leitura dos temas apresentados: Identifique o assunto das propostas temáticas. Faça a interpretação dos temas. Liste ideias, argumentos, referências e exemplos. Organize as ideias selecionadas. Esboce o roteiro de um dos temas.
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Redação TEMA 3 A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Texto I CAPÍTULO IV DO DIREITO À EDUCAÇÃO Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação. Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: [...] IV – oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; [...] XII – oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação. BRASIL Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 9 jun. 2017 (fragmento).
Texto II
Texto III
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Redação Texto IV No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom Pedro II, que criou a primeira escola de educação de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, na antiga capital do País, o Rio de Janeiro. Hoje, no lugar da escola funciona o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines). Por isso, a data foi escolhida como Dia do Surdo. Contudo, foi somente em 2001, por meio da sanção da Lei nº 10.436, que a Língua Portuguesa de Sinais (Libras) foi reconhecida como segunda língua oficial no País. A legislação determinou também que devem ser garantidas, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Libras como meio de comunicação objetiva. Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 9 jun. 2017 (adaptado).
A partir da leitura da coletânea de textos e da frase-tema: Identifique o assunto da proposta temática e faça a interpretação do tema. Sintetize as informações presentes no texto I, II, III e IV. Liste ideias, argumentos, referências e exemplos. Organize as ideias selecionadas. Esboce o roteiro da redação.
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Redação Gabarito Tema 1: Assunto cinema e democratização Tema 2: Assunto – publicidade infantil Tema 1: Por meio da leitura da frase-tema é possível perceber o recorte feito pela banca. O assunto é sobre o cinema, mas o tema pede que seja analisado os limites e a facilitação do acesso ao meio de cultura na atualidade, de modo a garantir uma crítica sobre a desigualdade. como assunto a publicidade infantil e o tema possui apenas o recorte no cenário brasileiro. Dessa forma, o aluno deveria, com auxílio da coletânea de textos, identificar um caminho a ser seguido. No primeiro texto da coletânea, fala-se sobre as publicidades persuasivas direcionadas às crianças que são consideradas abusivas. O texto II apresenta um gráfico sobre a publicidade para as crianças no mundo e informa que no Brasil há uma autorregulamentação, pois como não há leis nacionais, o setor cria normas e faz acordos com o governo. Já no texto III, aborda sobre como a criança deve ser preparada para receber informações para poder tornar-se um consumidor no futuro. Levando em consideração as informações analisadas, deveria ser pensado sobre como o Brasil não possui leis para a publicidade infantil e a propagandas abusivas que visam persuadir os seus leitores (crianças). Tema 1: o acesso ao cinema não é igualitário, uma vez que na atualidade se disponibilizam em shoppings e locais de difícil acesso; não há cinema em todos os estados do país; as regiões NO e N são as mais afetadas. Tema 2: excesso de publicidades infantis persuasivas em mídias (TV, internet); comerciais de produtos infantis com referência à personagens infantis; restaurantes fast-foods com brinquedos; falta de leis que regulamentem a publicidade para crianças no Brasil. Tema 1: Devido à captação de espaços culturais em shoppings, o acesso ao cinema se tornou cada vez monetizado e difícil, uma vez que atualmente possui um valor agregado sobre a disseminação do meio de arte e é atrelado aos grandes espaços de consumo, que não residem em todo o território brasileiro, gerando desigualdade. Tema 2: falta de regulamentação das publicidades infantis, excesso de publicidade voltada para as crianças. Tema 2: Introdução – existem, hoje, muitas propagandas voltadas ao público infantil seja de alimentos à brinquedos. Argumento 1 – não há regulamentação de leis sobre as publicidades direcionadas às crianças; Argumento 2 – devido à falta de maturidade, as crianças não conseguem bloquear a persuasão feita pelas publicidades. Solução – o governo deve criar uma lei efetiva e é papel da família promover o senso crítico da criança como futuro consumidor. Tema: Educação dos surdos. A frase-tema apresentada faz um recorte para que seja abordado os desafios que os surdos enfrentam na formação educacional e apresentando o Brasil como o espaço de análise acerca desse problema.
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O texto I é um fragmento da Lei nº 13.146 que aborda os direitos à educação. Nela é previsto que a educação é um direito da pessoa com deficiência assegurado em um sistema inclusivo sendo dever
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Redação do Estado, da família e da comunidade escolar assegurar educação de qualidade a eles. Além disso, deve-se garantir educação bilíngue, em Libras como primeira língua; oferta de ensino do Sistema Braille e uso de recursos de tecnologia com o objetivo de promover a autonomia e participação dos alunos. •
De acordo com o gráfico apresentado no texto II, desde o ano de 2011 há uma queda no número de matrícula de surdos na Educação Básica tanto em classes comuns, quanto em classes especiais ou em escolas inclusivas.
•
A publicidade do texto III apresenta a informação que um homem surdo possui pós-graduação, ou seja, conseguiu uma continuidade em sua formação, entretanto, questiona se nas empresas há espaço para pessoas com deficiência (PCD).
•
No texto IV é apresentado informações sobre o percurso percorrido ao longo dos anos pelos surdos. Apresenta o dia 26 de setembro como Dia do Surdo, visto que, em 1857, essa data foi importante pela criação da primeira escola de educação de meninos surdos, hoje, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), além de apresentar que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a segunda língua oficial do país desde 2012.
Constituição - liberdade e igualdade; Princípio de Equidade de Aristóteles; uma escola específica para surdos no RJ - Ines; licenciatura - disciplina de libras obrigatória; poucas escolas oferecem Libras como disciplina aos alunos do Ensino Fundamental; Paulo Freire – escola como instituição integradora e crítica aos estudantes. Liberdade e igualdade não são aplicadas na prática; o futuro professor precisa saber Libras, mas não adianta somente o professor se os alunos não forem bilíngues também; poucas escolas especializadas no ensino de alunos surdos além de serem restritas à região metropolitana; falta de oportunidades para continuar a formação acadêmica. Introdução: Pilares da democracia (liberdade e igualdade) + as máximas não são aplicadas; Argumento 1: Obstáculo na formação dos profissionais especializados. Argumento 2: Barreiras na inclusão dos surdos no ambiente escolar. Solução: Ensino de LIBRAS obrigatório desde o EFII e capacitação e formação contínua aos profissionais da educação.
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Sociologia Auguste Comte e o positivismo Resumo O surgimento da sociologia: Comte O filósofo francês Augusto Comte (1798 – 1857) é considerado um dos fundadores da Sociologia e o pai de uma corrente de pensamento denominada de positivismo. Essa corrente de pensamento defendia, em grande medida, a aplicação de métodos científicos baseados na experimentação como única forma de proporcionar um conhecimento verdadeiro sobre a sociedade. Assim, Comte se esforça por delimitar o campo de estudo da Sociologia, tendo sido influenciado profundamente por acontecimentos históricos de sua época, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Comte observou esse processo de formação dos grandes centros urbanos, podendo refletir sobre fenômenos sociais absolutamente novos que surgiram em razão das modificações ocorridas na sociedade europeia da época. De acordo com a teoria de Comte, o estudo da sociedade deve ser tão rigoroso quanto, por exemplo, o estudo empreendido pelas ciências naturais. Assim, a ciência da sociedade deve ser rigorosa, baseando-se sempre na experimentação a fim de explicar corretamente os fenômenos sociais. Nos seus primeiros escritos, Comte já esboçava formar uma nova ciência, a Sociologia, que recebeu inicialmente o nome de Física Social. O objetivo primeiro de Comte com sua recém-criada área do conhecimento não era apenas interpretar os fenômenos sociais e as transformações abruptas observadas em seu tempo, ele pretendia criar uma ciência capaz de produzir soluções para os problemas sociais que causavam o mal-estar das revoluções, principalmente a Revolução Industrial, que teve como consequência imediata a explosão demográfica, o desemprego, a miséria, a violência e o acirramento da desigualdade social. A partir de um método científico afinado com o praticado nas ciências da natureza, Comte acreditava que seria possível encontrar as leis que regiam o funcionamento da sociedade e assim a ajustar. Essa visão da dinâmica social é fruto da visão de Comte sobre o que homem havia criado de mais profundo e organizado, a observação e o trabalho científico. Essa corrente de pensamento recebe o nome de positivismo. Comte defende que a história do pensamento humano progredia em estágios. O espírito humano, então, desenvolve-se através de três fases principais, a saber: a teológica, a metafísica e a positiva. No estágio teológico, o espírito humano ainda está muito mais voltado para crenças do que propriamente para o uso da ciência como forma de construção do conhecimento. A fase teológica, então, está relacionada com uma tentativa de explicação do mundo a partir da imaginação, apelando comumente para deuses e entes sobrenaturais a fim de explicar a realidade. A fase metafísica, exemplificada pelo período histórico do Renascimento, está relacionada com uma explicação da realidade não em termos imaginativos, como na fase teológica, mas em termos naturais. No lugar da imaginação, surge a argumentação metafísica, que questiona as explicações que se baseiam em entes sobrenaturais. Já o estado positivo, é marcado pela observação como forma de entendimento da realidade, o que ocorre através da experimentação própria do método científico. Para Comte o conhecimento científico é superior e o único válido para organizar a sociedade e as relações humanas.
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Sociologia Exercícios 1.
2.
Dentre os principais autores articuladores da Sociologia na sua fase inicial de desenvolvimento, é CORRETO citar os nomes de a)
Marx e Foucault.
b)
Comte e Durkheim.
c)
Descartes e Marx.
d)
Aristóteles e Comte.
e)
Durkheim e Chartier.
O evolucionismo social do século XIX teve um papel fundamental na constituição da sociologia como ramo científico. Sobre essa corrente de pensamento, que reunia autores como Augusto Comte e Herbert Spencer, assinale o que for correto. a)
O evolucionismo define que as estruturas, naturais ou sociais, passam por processo de diferenciação e integração que levam ao seu aprimoramento.
b)
O evolucionismo propõe que a evolução das sociedades ocorre em estágios sucessivos de racionalização.
c)
O evolucionismo considera o Estado Militar como a forma mais evoluída de organização social, fundamentada na cooperação interna e obrigatória.
d)
O evolucionismo rejeita o modelo político e econômico liberal, baseado na livre iniciativa e no laissez-faire, considerando-o uma orientação contrária à evolução social.
e)
O evolucionismo defende a unidade biológica e cognitiva da espécie humana, independente de variações particulares.
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Sociologia 3.
Até o século XVIII, a maioria dos campos de conhecimento, hoje enquadrados sob o rótulo de ciências, era ainda, como na Antiguidade Clássica, parte integral dos grandes sistemas filosóficos. A constituição de saberes autônomos, organizados em disciplinas específicas, como a Biologia ou a própria Sociologia, envolverá, de uma forma ou de outra, a progressiva reflexão filosófica, como a liberdade e a razão. QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. BH: UFMG, 2002.
Com base nos conhecimentos sobre o surgimento da Sociologia, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a relação entre conhecimento sociológico de Auguste Comte e as ideias iluministas.
4.
a)
A ideia de desenvolvimento pela revolução social foi defendida pelo Iluminismo, que influenciou o Positivismo.
b)
A crença na razão como promotora do progresso da sociedade foi compartilhada pelo Iluminismo e pelo Positivismo.
c)
O Iluminismo forneceu os princípios e as bases teóricas da luta de classes para a formulação do Positivismo.
d)
O reconhecimento da validade do conhecimento teológico para explicar a realidade social é um ponto comum entre o Iluminismo e o Positivismo.
e)
Os limites e as contradições do progresso para a liberdade humana foram apontados pelo Iluminismo e aceitos pelo Positivismo.
O positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social, destacando-se, entre seus principais teóricos, Augusto Comte e Émile Durkheim. Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no positivismo do século XIX, é correto afirmar: a)
A busca de leis universais só pode ser empreendida no interior das ciências naturais, razão pela qual o conhecimento sobre o mundo dos homens não é científico.
b)
Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem objeto do conhecimento científico, haja vista sua incompatibilidade com os princípios gerais de objetividade do conhecimento e a neutralidade científica.
c)
Apreender a sociedade como um grande organismo, a exemplo do que fazia o materialismo histórico, é rejeitado como fonte de influência e orientação para as investigações empreendidas no âmbito das ciências sociais.
d)
A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida coletiva, o que demanda a necessidade de entender suas regras de funcionamento e suas instituições forjadas historicamente.
e)
O papel do cientista social é intervir na construção do objeto, aportando à compreensão da sociedade os valores por ele assimilados durante o processo de socialização obtido no seio familiar.
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Sociologia 5.
A sociologia surge em um período em que o fazer científico encontrava-se influenciado por algumas teses desenvolvidas durante o século XIX. Herbert Spencer, Charles Darwin e Auguste Comte, por exemplo, tiveram grande importância para o pensamento sociológico. O primeiro, por aplicar às ciências humanas o evolucionismo, mesmo antes das teses revolucionárias sobre a seleção das espécies do segundo. Com relação a Comte, houve a influência de seu “espírito positivo” na formação dos muitos intelectuais do período. Sobre as ideias de evolução e progresso e seu impacto no pensamento sociológico, podemos afirmar que:
6.
a)
A ideia de progresso, apesar de ter grande influência na área das ciências naturais, não teve impacto decisivo na constituição da sociologia.
b)
A ideia de evolução foi uma das palavras de ordem do período, mas a sociologia rejeitou a sua adoção, assim como qualquer comparação entre seus efeitos no reino natural e no mundo social.
c)
A explicação sociológica procurou, desde o seu início, afastar-se de qualquer forma de determinismos, fossem biológicos ou geográficos, pois se contrapunha fortemente às explicações de cunho evolucionista.
d)
Em sua busca por constituir-se como disciplina, a sociologia passou pela valorização e incorporação dos métodos das ciências da natureza, utilizando metáforas organicistas, assim como conferindo ênfase à noção de função.
Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx identificam imperfeições na sociedade industrial capitalista, embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o positivismo de Comte, os conflitos entre trabalhadores e empresários são fenômenos secundários, deficiências, cuja correção é relativamente fácil, enquanto, para Karl Marx, os conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais importante das sociedades modernas. A respeito das concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar: a)
Comte pensava que a organização científica da sociedade industrial levaria a atribuir a cada indivíduo um lugar proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a justiça social.
b)
Comte considera que a partir do momento em que os homens pensam cientificamente, a atividade principal das coletividades passa a ser a luta de classes que leva necessariamente à resolução de todos os conflitos.
c)
Marx acredita que a história humana é feita de consensos e implica, por um lado, o antagonismo entre opressores e oprimidos; por outro lado, tende a uma polarização em dois blocos: burgueses e proletários.
d)
Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo manifesta-se no fato de que o crescimento dos meios de produção se traduz na elevação do nível de vida da maioria dos trabalhadores embora não elimine as desigualdades sociais.
e)
Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordam que a sociedade capitalista industrial expressa a predominância de um tipo de solidariedade, que classificam como orgânica, cujas características se refletirão diretamente em suas instituições.
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Sociologia 7.
8.
9.
Comte acreditava que os problemas sociais e as sociedades, em geral, deveriam ser estudados com o mesmo rigor científico das demais ciências naturais. A partir dessa premissa, Augusto Comte cunhou o nome “Sociologia”, que seria dado à nova área de estudo que se dedicaria às sociedades. Qual era o objetivo principal da sociologia de Comte? a)
transformar o meio social fixo e imutável do século XIX, de forma a inserir perspectivas relativistas acerca do pensamento humano
b)
demonstrar que o mundo é um lugar violento e degenerado, em que a busca pelo pensamento positivo é impossível
c)
entender os efeitos do estranhamento cultural entre diferentes indivíduos em sua convivência com suas diferenças culturais
d)
entender as leis que regem nosso mundo social, ajudando-nos a compreender os processos sociais e dando-nos controle direto sobre os rumos que nossas sociedades tomariam
e)
promover a paz e a harmonia social através da compreensão e respeito mútuos entre os povos de diferentes culturas e sociedades
A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado por Augusto Comte. As características do pensamento comtiano são: a)
a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.
b)
a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico, o empírico e o teológico, no qual predomina a religião positivista.
c)
a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser neutra porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente.
d)
o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que necessariamente levaria a uma sociedade comunista.
A filosofia da História – o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte – foi sistematizada pelo próprio Comte na célebre “Lei dos Três Estados” e tinha o objetivo de mostrar porque o pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a “Lei do Três Estados” formulada por Comte, é correto afirmar que a)
Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvemse na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a metafísica.
b)
na “Lei dos Três Estados” a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo.
c)
o estado teológico, segundo está formulada na “Lei dos Três Estados”, não tem o poder de tornar a sociedade mais coesa e nenhum papel na fundamentação da vida moral.
d)
o estado positivista apresenta-se na “Lei dos Três Estados” como o momento em que a observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos fenômenos observáveis.
e)
para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem.
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Sociologia 10. Para Augusto Comte, uma das funções da Sociologia ou Física Social era encontrar leis sociais que conduzissem o progresso da humanidade. Sobre os estágios do progresso social discutidos pelo autor, é correto afirmar: a)
O estágio teológico nega a existência de apenas uma explicação divina para os fenômenos naturais e sociais.
b)
O positivismo é o estágio superior do progresso social, porque se sustenta nos métodos científicos.
c)
O estágio mais simples é o mítico, seguido pelo teológico e pelo científico, que é o mais elaborado.
d)
O primeiro estágio do conhecimento é o metafísico, em que conceitos abstratos explicam o mundo.
e)
A Europa exemplificava uma sociedade em estado de desenvolvimento teológico.
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Sociologia Gabarito 1.
B O autor fundante da sociologia como ciência, apresentando método e pressupostos próprios para o estudo científico da sociedade, é Durkheim. Por sua vez, suas ideias e maneiras de enxergar a análise social derivam dos estudos de Auguste Comte e de sua filosofia positiva. São, portanto, esses dois autores considerados primordiais no primeiro momento do estudo sociológico.
2.
B A alternativa “B” é a correta. O evolucionismo social define que os estágios anteriores de primitivismo social só são superados mediante a racionalização do mundo e do ser humano, em uma lógica eurocêntrica que via o restante do mundo como “bárbaros” ou “primitivos”.
3.
B Correta, pois, para Norbert Elias, a sociedade é formada por redes de funções que as pessoas desempenham umas em relação às outras por meio de sucessivos elos. Elias contrapõe-se, assim, tanto às teorias que estipulam a superioridade do social sobre o individual quanto às teorias que concebem que os indivíduos formam livremente uma sociedade. Coloca-se, portanto, contra o estruturalismo e o individualismo metodológico.
4.
D Alternativa “d”. Comte propunha uma ciência da sociedade, capaz de explicar e compreender todos os fenômenos sociais da mesma forma que as ciências naturais buscavam interpelar seus objetos de estudo.
5.
D A afirmativa A está errada. A sociologia surge justamente na busca de soluções para conciliar o progresso humano (com sua consequente diferenciação) e sua efetiva harmonia social, junção defendida inclusive pelo positivismo; A afirmativa B também está errada, pois as teorias evolucionistas foram largamente adotadas nos primórdios da sociologia como meios de explicação de vários fenômenos sociais; A afirmativa C está errada, pois o determinismo também foi usado para explicar as ações sociais, especialmente o biológico e o geográfico. As ideias de meio, momento histórico e antecedentes biológicos do individuo eram elementos definidores das ações destes para os primeiros sociólogos. Dessa forma, a resposta correta é a letra D.
6.
A A alternativa A está correta. Segundo o pensamento positivista, cada indivíduo tem um papel na sociedade e deve aceitá-lo para o bem comum. A alternativa B está incorreta, pois mistura conceitos positivistas e marxistas. Para Comte, o pensamento científico levaria à harmonia e não ao conflito de classes. A alternativa C está incorreta porque é contraditória (se a história humana é feita de "consensos", porque há antagonismo e polarização?). Além disso, atribui a Comte pressupostos teóricos de Marx. A afirmativa D está incorreta porque não há elevação do nível de vida dos trabalhadores no raciocínio marxista. Eles sempre seriam explorados pelos capitalistas o máximo possível. Por fim, a alternativa E está incorreta porque Marx não acreditava em uma sociedade capitalista orgânica (na qual as partes se completam em harmonia), mas sim em uma sociedade baseada no conflito dialético dos meios de produção (desse conflito resultaria uma solução, que daria início a um novo conflito, sempre por motivos econômico-produtivos).
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Sociologia 7.
D Como positivista, Comte acreditava em leis gerais regentes da organização social na possibilidade de controle dos rumos da sociedade através da ciência, tal qual se iniciava o domínio sobre a natureza produzido pelo conhecimento científico. Assim almejava a evolução e o progresso pela Sociologia
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A A alternativa [A] é a única que condiz totalmente com o positivismo. Vale ressaltar que, segundo essa corrente de pensamento, os três estágios são o teológico, o metafísico e o positivo, a sociologia deve ser neutra e a sociedade não caminha para o comunismo.
9.
D A afirmação correta é a da letra “D”. O estado positivo caracteriza-se, segundo Comte, pela subordinação da imaginação e da argumentação à observação. Isso quer dizer que o processo de construção do conhecimento humano ocorre a partir da experimentação própria do método científico.
10. B Auguste Comte desenvolveu a sua teoria baseada em três estágios: teológico, metafísico e positivo. O último seria marcado pelo apogeu dos anteriores. Seria sua característica a busca por conexões regulares através da observação dos fenômenos com o objetivo final de estabelecer leis racionais sobre eles, tendo como base a perspectiva científica das ciências exatas.
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