Farmacologia pdf

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ENFERMAGEM EM FARMACOLOGIA

MATERIAIS UTILIZADOS PARA O PREPARO DE MEDICAMENTOS

MATERIAIS UTILIZADOS PARA O PREPARO DE MEDICAMENTOS • Para a administração dos medicamentos é necessário a utilização dos materiais imprescindíveis para o preparo. • São eles: seringa, agulha, equipo, cateter/albocath, scalp, multivias/polifx/torneirinha.

SERINGAS

SERINGAS • A seringa é um recipiente utilizado para o preparo e administração do medicamento. Seus componentes básicos são: Êmbolo (local onde "puxamos" para aspirar e "empurramos" para injetar); Corpo (local que será preenchido pela medicação ou outro líquido); Bico (local onde se conecta a agulha). • A escolha da seringa deve ser realizada considerando-se o volume e via de administração.

BICO

CORPO

ÊMBOLO

GRADUAÇÃO DAS SERINGAS • Seringas de 20 ml: escala de 1 ml; • Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml; • Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml; • Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml; • Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U.

VIAS DE UTILIZAÇÃO DAS SERINGAS • ID: seringas de 1ml; • SC: seringas de 1ml; • IM: seringas de 3 e 5 ml; • EV: seringas de 10 ou 20 ml.

AGULHAS

13 x 4,0

20 x 5,5

25 x 6,0

25 x 7

30 x 7

25 x 8

30 x 7

40 x 12

AGULHAS • É uma haste metálica com um orifício que vai de uma extremidade a outra, para passagem de fluido. • Os componentes básicos da agulha são: Canhão (local onde se encaixa na seringa); Haste (corpo da agulha); Bisel (ponta com óstio em diagonal).

MEDIDAS E FUNÇÕES DAS AGULHAS • 40 x 12 – aspiração e preparo de medicações; • 30 x 7 – aplicação EV paciente adulto; • 25 x 7 – aplicação EV paciente adulto; • 30 x 8 – aplicação IM paciente adulto; • 25 x 8 – aplicação IM paciente adulto; • 20 x 5,5 - aplicação IM crianças; • 13 x 4,5 – aplicação ID e SC; • 13 x 4,0 – aplicação IC e SC.

EQUIPO

EQUIPO • Indicado para uso de profissionais da área da saúde com a finalidade de infundir soluções parenterais em paciente. Pode ser combinado com agulhas, scalps, cateter, torneirinha e outros dispositivos de infusão. Possui uma pinça rolete ou regulador de fluxo destinado ao controle de gotejamento.

CATETER - ALBOCATH

CATETER - ALBOCATH • São cateteres para infusão de soluções e drogas intravenosas, Possui um canhão colorido, produto de uso único (descartável) e estéril; • Possui numeração par, sendo que, quanto maior o número, menor é o calibre da agulha: 16, 18, 20, 22, 24 e 26.

SCALP

SCALP • São cateteres para infusão de medicações rápidas, numerados em números ímpares, sendo que, quanto menor o número, maior é o calibre da agulha. Devem antes de serem inseridos na veia (punção) ser totalmente preenchidos com solução SF 0,9%. • Numeração: 19, 21, 23, 25, 27

MULTIVIAS/POLIFIX/TORNEIRINHA

MULTIVIAS/POLIFIX/TORNEIRINHA • São dispositivos indicados para permitir o acesso do medicamento ou soluções entre o equipo e o cateter venoso. • O multivias e o polifix possuem mais de uma entrada para administração do medicamento; • A torneirinha possui uma haste giratória com rotação de 360º com indicação para o fluxo.

BURETA

BURETA • A bureta é um dispositivo utilizado para administrar medicações em pequenos volume e que necessitem de um rigoroso controle de seu volume com exatidão. • É um método para controle de volume que permite fornecer um volume de líquido relativamente pequeno e em quantidades exatas, no caso da neonatologia, pediatria e em clínicas para adultos, onde são usadas várias medicações que requerem rediluição.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS • A administração de medicamentos é uma das atividades mais sérias e de maior responsabilidade da enfermagem, e para realizá-la, faz-se necessário o conhecimentos dos princípios científicos que a fundamentam como a farmacologia, a terapêutica medica no que diz respeito à ação, à dose, aos efeitos colaterais, aos métodos e às precauções na administração de drogas.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS • O planejamento dessa ação engloba as técnicas pelas diferentes vias de administração, orientação e supervisão do pessoal técnico, interpretação terapêutica.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS • As principais vias de administração de medicamentos são: Tópica Mucosa Oral Inalatória Oftálmica Otologia Retal Geniturinária Parenteral

VIA TÓPICA

VIA TÓPICA • Utiliza-se essa via quando os medicamentos são administrados sobre a pele, de modos diferentes e em varias formas de apresentação farmacêutica, com o propósito fundamental de exercerem ações locais. • A possibilidade de absorção apreciável depende das condições em que se apresenta a pele, bem como do modo de uso e da natureza do medicamento – se seu vinculo é aquoso, oleoso ou alcoólico.

VIA MUCOSA - SUBLINGUAL

VIA MUCOSA - SUBLINGUAL • O poder absorvente das mucosas constitui uma de suas características fisiológicas, uma vez que encontramos nessa área uma rica rede de capilares que facilita a absorção dos fármacos aplicados. • Vale destacar que, na utilização dessa via, haverá uma seletividade na absorção do fármaco, permitindo em certas situações, que o efeito terapêutico deles sejam percebidos sistematicamente.

VIA MUCOSA - SUBLINGUAL • Teoricamente, podemos utilizar todas as áreas de mucosa externa do organismo, sendo a mais comum a sublingual, a nasal e a ocular. • É importante lembrar que os medicamentos administrados pela via mucosa não sofrem o fenômeno de primeira passagem no fígado. Por essa razão, seu efeito se dá quase imediatamente.

VIA ORAL

VIA ORAL • Os fármacos administrados por essa via utilizam o trato gastrointestinal, em particular as porções do estômago e intestino delgado, como áreas de absorção. Esses fármacos podem ser administrados pela boca, como acontece nos casos de clientes acordados e lúcidos, ou por sonda gástrica ou enteral. Essa via é utilizada tanto para fins terapêuticos como para diagnósticos.

VIA RESPIRATÓRIA - INALATÓRIA

VIA RESPIRATÓRIA - INALATÓRIA • Este método utiliza o trato respiratório para transportar o medicamento através da inalação ou da administração direta para dentro da árvore respiratória através do tubo endotraqueal. O medicamento, depois de inalado ou infundido, se move para dentro dos brônquios e, em seguida, atinge os alvéolos do paciente, sendo difundidos para os capilares pulmonares. Os medicamentos fornecidos através da via respiratória podem produzir efeitos locais ou sistêmicos.

VIA OFTÁLMICA

VIA OFTÁLMICA • Consiste na aplicação de pomada ou colírio na conjuntiva ocular com a finalidade de tratar infecções, proteger a córnea, dilatar ou contrair a pupila e anestesiar.

VIA OTOLÓGICA

VIA OTOLÓGICA • Introdução de medicamento no canal auditivo com fins terapêuticos, como amolecimento de cera e tratamento de processos inflamatórios.

VIA RETAL

VIA RETAL • A absorção do fármaco se da pela mucosa retal. Seu uso é apenas admissível esporadicamente e com indicações precisas, sendo justificável para obtenção de efeitos locais – como a lubrificação e proteção da mucosa do reto contra agentes irritantes, tratamento de determinadas infecções, lavagem intestinal, emulsificação e amolecimento de fezes, casos de fecaloma e para fins de diagnostico.

VIA GENITURINÁRIA

VIA GENITURINÁRIA • As drogas introduzidas diretamente nesse aparelho destinam-se a exercer apenas atividade local. No entanto, por se tratar de também de uma mucosa, é possível que haja absorção do medicamento e consequentes efeitos sistêmicos desse no organismo, que poderão ser nocivos, principalmente nos casos de inflamação que facilitam sobremaneira a absorção. No aparelho genital feminino em particular, essa via é muito utilizada nos tratamentos das infecções vaginais, principalmente aquela causada por cândidas.

VIA PARENTERAL

VIA PARENTERAL • Refere-se ao modo de administração de medicamentos ou nutrientes por qualquer via venosa. As vias parenterais mais comumente utilizadas para administração de medicamentos no organismo são as vias intradérmica, subcutânea, intramuscular e intravenosa.

INJEÇÃO INTRADÉRMICA (ID)

VIA INTRADÉRMICA (ID) • A injeção intradérmica consiste na aplicação de solução na derme (logo abaixo da epiderme). Esta via é utilizada para realizar testes de sensibilização, diagnósticos e aplicar a vacina da BCG. • Os locais de aplicação de injeção ID em pediatria são: face interna do antebraço, região escapular, porção inferior do deltóide, locais onde a pilosidade é menor e há pouca pigmentação, oferecendo um fácil acesso a leitura da reação do alérgeno e da vacina. • Os efeitos adversos da injeção intradérmica são decorrentes da falha na administração da vacina como: aplicação profunda, da dosagem incorreta e da contaminação.

VIA INTRADÉRMICA (ID) • Indicação: todas as idades; • Contraindicação: lactentes com peso inferior a 1.500g; • Volume: 0,1 a 0,5 ml; • Ângulo da agulha: 15º até que o bisel desapareça; • Localização da punção: inserção inferior do deltóide; • Tipo de agulha: pequena 10 x 5 ou 13 x 4,5.

VIA SUBCUTÂNEA (SC)

VIA SUBCUTÂNEA (SC) • A injeção subcutânea consiste na aplicação de solução na região subcutânea, isto é, na hipoderme (tecido adiposo abaixo da derme). Esta via é utilizada principalmente para drogas que necessitam ser lentamente absorvidas. Vacinas como antirrábica, a tríplice viral e a insulina tem indicação especifica por esta via, pois caso a medicação atinja o músculo, ela chegará rapidamente na corrente sanguínea.

VIA SUBCUTÂNEA (SC) • Os locais para aplicar a injeção recomendados são: a parede abdominal (hipocôndrio direito ou esquerdo), a face anterior e externa da coxa, a face anterior e externa do braço, a região glútea e a região dorsal, logo abaixo da cintura.

VIA SUBCUTÂNEA (SC) • Indicação: todas as idades. • Contraindicações: em locais próximos as articulações, nervos e grandes vasos sanguíneos. • Volume: 0,5 a 1,0 ml. • Ângulo da agulha: agulha 13 x 4,5, crianças obesas: ângulo reto de 90º, criança magras: ângulo de 30º ou 2/3 da agulha introduzida. Agulha 25 x 6, crianças obesas: ângulo de 45º. • Localização da punção: padronizar o local da aplicação, estabelecendo o padrão de revezamento dos locais de aplicação e obedecendo a distância mínima de 2 cm da última. • Tipo de agulha: 13 x 4,5 ou 25 x 6.

INTRAMUSCULAR (IM)

VIA INTRAMUSCULAR (IM) • Consiste na aplicação de solução no tecido muscular. Trata-se de um procedimento muito comum no ambiente de cuidado, tem a finalidade tanto curativa quanto preventiva, mas provoca muito medo nas pessoas, especialmente homens e crianças.

VIA INTRAMUSCULAR (IM) • Para que a técnica de injeção intramuscular seja realizada com êxito, é necessário conhecimento cientifico. A escolha do local deve respeitar os critérios baseados na quantidade e na característica da droga prescrita, condições da massa muscular, quantidade de injeções prescritas, locais livres de grandes vasos e nervos em camadas superficiais, acesso ao local e risco de contaminação, local apropriado a inserção necessária da agulha, o tamanho apropriado da agulha e o ângulo apropriado para a aplicação.

VIA INTRAMUSCULAR (IM) • Os locais de injeção IM são: vasto lateral da coxa, ventroglútea, dorsoglútea e deltóide.

VENTROGLÚTEA

VENTROGLÚTEA • Músculo: glúteo médio e mínimo. • Indicação: todas as idades. • Contraindicação: não tem, sendo apenas livre de nervos e estruturas importantes. • Volume/idade: até 2 anos: de 0,5ml até 1 ml; de 2 a 4 anos: 2,0 ml; de 5 a 10 anos: 3 ml; de 11 a 19 anos: 4 ml; Adultos: 5 ml.

VENTROGLÚTEA • Ângulo da agulha: 90º. • Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.

VASTO LATERAL DA COXA

VASTO LATERAL DA COXA • Músculo: vasto lateral • Indicação: todas as idades. • Contraindicação: locais mais dolorosos. • Volume: até 2 anos: de 0,5ml até 1 ml; de 2 a 4 anos: 2,0 ml; de 5 a 10 anos: 3 ml; de 11 a 19 anos: 4 ml; Adultos: 5 ml.

VASTO LATERAL DA COXA • Ângulo da agulha: 45º para crianças de 0 a 4 anos e 90º para idades acima de 5 anos. • Localização: terço médio da face Antero-lateral da coxa, entre o trocanter maior e a articulação do joelho. • Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.

DORSOGLÚTEA

DORSOGLÚTEA • Músculo: glúteo Máximo. • Indicação: idade acima de 2 anos. • Contraindicação: próximo do nervo ciático. • Volume: até 2 anos: de 0,5ml até 1 ml; de 2 a 4 anos: 2,0 ml; de 5 a 10 anos: 3 ml; de 11 a 19 anos: 4 ml; Adultos: 5 ml.

DORSOGLÚTEA • Ângulo da agulha: 90º. • Localização: quadrante superior externo do glúteo máximo. • Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.

DELTÓIDE

DELTÓIDE • Músculo: deltóide; • Indicação: idade acima de 10 anos; • Contraindicação: idades de 0 a 10 anos, pacientes com pouco desenvolvimento muscular; • Volume: até 2,0ml.

DELTÓIDE • Ângulo da agulha: 90º; • Localização: parte superior lateral do ombro; • Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.

INJEÇÃO ENDOVENOSA (EV)

VIA ENDOVENOSA (EV) ou INTRAVENOSA (IV) • É uma via de absorção rápida, pois o medicamento não passa pelo processo de absorção e por ser administrada diretamente na corrente sanguínea sua ação é imediata. • A administração de medicamentos ocorre através de um dispositivo intravenoso instalado por punção.

LOCAIS PARA PUNÇÃO VENOSA • Dorso da mão (veias metacarpianas dorsais, arco venoso dorsal);

• Antebraço (veia cefálica acessória, veia cefálica, veia basílica); • Braço (veia mediana cubital, veia mediana antebraqueal, veia basílica e veia cefálica);

LOCAIS PARA PUNÇÃO VENOSA • Dorso do pé como último recurso devido às complicações tromboembólicas. (arco venoso dorsal, veia mediana marginal); • Tornozelo (safena interna);

• Pescoço (jugular externa e jugular interna).

FORMAS DE ADM. DOS MEDICAMENTOS (EV) • Diretamente na veia: “em bolus”(conectando a seringa a um dispositivo intravenoso após diluição ou rediluição);

• Soluções: mistura-se a droga a grandes volumes de fluido. Geralmente eletrólitos, vitaminas adicionadas ao soro glicosado ou fisiológico infundidos em ate 24 horas.
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