Farmacologia - 2 etapa - Danielle Costa

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Danielle Costa Farmacologia do sistema nervoso autônomo Fármacos simpaticomiméticos - Agonistas/ Drogas adrenérgicas ou adrenomiméticas Efetores endógenos: catecolaminas - noradrenalina, adrenalina e dopamina. A noradrenalina é o efetor central principal, em termos periféricos, a maior produção é de adrenalina pela adrenal. SNC ̶> noradrenalina / SNP ̶> adrenalina Metabolismo das catecolaminas: É feito pelo sistema enzimático das MAO (monoaminoxidase) e COMT (catecol-o-metil-transferase). Esses sistemas estão localizados no trato gastrointestinal (estômago e intestino) e também no SNC (neurônios pré e pós ganglionar), dessa maneira, é necessário ser injetada por via parenteral, pois sofre metabolização no TGI e perde seu princípio ativo. A catecolamina também pode sofrer recaptação, pode ser degradada pelo sistema MÃO e que pode ser utilizado para formas novas substâncias e ser liberada novamente na fenda, ou ser redistribuído para rede sanguínea, para ser excretado. A liberação das catecolaminas é dependente de cálcio. Há diferença na afinidade das substancias pelo receptor. Os adrenérgicos (alfa 1 e 2), temos noradrenalina tendo uma afinidade maior que a adrenalina. A noradrenalina tem efeito bem maior sobre os receptores alfa 1, permite uma contração dos vasos muito maior que a adrenalina faz. Alfa 2 controla a liberação da noradrenalina por feedback negativo. Já os beta 1 a adrenalina tem efeito maior ou igual do que a nor, e os beta 2 adrenalina tem afinidade muito maior que a nor. 07/03

Danielle Costa Antigamente em mulheres grávidas com risco de aborto prematuro, usava-se aerolin (beta2) que causava um relaxamento na musculatura uterina, porém, causava consequentemente taquicardia nas grávidas. Hoje em dia é utilizado bloqueadores de canais de cálcio.

Ações do sistema simpático: aumento de PA, fluxo sanguíneo, metabolismo celular, glicólise, atividade mental, taxa de coagulação sanguínea, glicose no sangue, força muscular. Agonistas do SNS

1. Drogas de ação direta ̶> podem ser seletivas ou não seletivas - Não seletivas: Atuam em alfa e beta de maneira discriminada, como a epinefrina e pseudoepinefrina. Adrenalina possui maior afinidade por beta 1 e 2 quando comparados com alfa 1 e alfa 2. Noradrenalina possui maior afinidade por beta 1, alfa 1 e 2, quando comparados com beta2. - Seletivas: Alfa 1 e 2 ̶> são utilizados como vasoconstritores (descongestionantes nasais oximetazolina) * porque pacientes idosos ou cardíacos não podem utilizar esses descongestionantes - pois gera vasoconstrição e aumenta a pressão arterial*. Beta 1 e 2 ̶>

Danielle Costa

Agonista alfa2 pré-sináptico ̶> auto receptor inibitório ̶> diminui a atividade do SNS - utilizado como antihipertensivo de ação central, pois ele diminui a atividade do sistema nervoso simpático.

A dobutamina é chamada de catecolamina sintética.

Berotec - agonista beta2, bronquiodilatador. SNP dá resposta oposta, atua sobre M3 e bronquiconstrição. Utiliza-se o atrovent (ipratrópio) que é um antagonista muscarínico,, os dois medicamentos combinados (sinergismo) mantém a bronquiodilatação por mais tempo.

Danielle Costa A efedrina utilizada em grandes quantidades e continuamente gera problemas cardíacos. Os medicamentos antigripais possuem: antialérgico, antitérmico e analgésico.

A cocaína inibe o sistema de recaptação da noradrenalina, mantendo seus níveis aumentados na fenda sináptica. Seu uso crônico gera tolerância e depressão. Inibidores da MAO - antidepressivos e antiparkinsoniano. Inibem a metabolização. Inibidores da COMT - antiparkinsoniano.

Dor e inflamação Dor - 5º sinal vital. Uma criança que não sente dor e não for treinada a buscar o auxilio de um adulto após uma lesão, por exemplo, pode virar uma brincadeira. Ex: usar sangue para pintura, etc. Conceito - IASP. Uma experiencia sensorial e emocional desagradável, associada ao dano tecidual presente ou potencial, ou descrita em termos de tais danos. Tratamento da dor Considerando a origem (inflamatória por exemplo) e a intensidade ̶> Analgésicos de ação central e periférica Hipnoanalgésicos O ópio é derivado da papoula e antigamente era utilizado para tratamento de doenças e tinham propriedades anti tussígenas (pacientes com tuberculose). 14/06

Os opióides estimulam a via inibitória da dor. Os opióides endógenos tem a mesma ação do sintético ou o da papoula.

Danielle Costa Opiopeptinas Classificação: Endorfinas - endógeno + morfina, Encefalinas e Dinorfinas. Principais proteínas precursoras: POMC (pró-opiomelanocortina), Pró-encefalina, Pró-dinorfina.

-

Inibem seu neurônio alvo. São seletivos para subtipos específicos de receptores opióides. Atuam junto com outros neurotransmissores. Atuam junto com outros neuro-peptídeos.

Analgesia: alteração da percepção da dor da reação do paciente a esta dor. Euforia: sensação agradável de flutuar e estar livre da ansiedade e do desconforto. Sedação: sonolência e turvação da consciência. Depressão respiratória: Inibição dos mecanismos do tronco cerebral (frequência respiratória, volume minuto e corrente). Receptores opióides: mu, capa, delta, sigma e N/OFQ. E esses receptores possuem subtipos.

Ex de agonista total: morfina, meperidina, fentanila. Agonista em capa e antagonista em mu: pentazocina.

Antagonistas de narcóticos: competição pelos sítios receptores. Evitam ou eliminam a depressão respiratória, overdose de morfina (naloxona). Naltrexona: uso no tratamento de dependentes - bloqueia os receptores e evita os efeitos da morfina em caso de recaída. Nalorfina: antagonista de mu e agonista fraco de k, efeitos alucinógenos (ligação ao receptor alfa). Benzomorfanos: 33% da atividade da morfina, curta duração, potencial de dependência muito baixa. 200 vezes mais ativa que morfina, maior duração, baixo potencial de dependência. Derivados fenilpiperridinicos: fentanila 100x mais potente que a morfina, uso em cirurgias (anestesia e analgesia). Etorfina: 10.000x mais potente que a morfina, atravessa a BHE muito mais facilmente e 20x mais afinidade pelo receptor. Usado em animais de grande porte. Uso clínico ̶> Analgesia para dores mais intensas, adjuvantes da anestesia, antitussígeno (inibe o centro da tosse).

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Mecanismo de ação ̶> Efeitos gerais: analgésico, antitussígeno, constipante (imosec), estimula o centro do vômito zona ZQR, inibe o centro respiratório. Efeito dos opióides sobre os órgãos e sistemas:

- Supressão da tosse (codeína) - Miose - Rigidez no tronco (aumento do tônus nos grandes músculos do tronco, interferindo na -

ventilação) Náuseas e vômitos (ativação da zona desencadeante quimiorreceptor do tronco cerebral), Sistema imune (em animas exarcebada infecções, reduz o número de leucócitos polimorfonucleares, macrófago e diminui o nível de atividade fagocítica). Reações anafiláticas são raras. Cardiovascular: hipotensão, estimulação vagal TGI: diminuição da motilidade, constipação, aumento do tônus, menor produção de secreção gástrica. Produz sintomas de refluxo pela diminuição do tônus do esfíncter esofagiano inferior. Contração do músculo biliar, cólicas biliares Trato urinário: aumento da produção do antidiuretico, retenção de fezes e urinaria, depressão da função renal. Útero: prolonga o trabalho de parto e pós parto tende a aumentar secreção de prolactina. Neuroendócrino: aumento de liberação do antidiuretico e prolactina, liberação de histamina.

Vias de administração

-

Via retal (supositórios) Via epidural (anestesia) Via transdérmica. (Efeitos sistêmicos) cataplasma de fentanil Via intranasal Analgesia controlada pelo paciente (CAME) - geralmente injeções endovenosas

Excreção

- Podem ser excretados em forma inalterada ou em compostos polares pela urina. - Os glicuronídeos são excretados na bile.

Danielle Costa Tipos de dor segundo a sua sensibilidade aos opióides

- Dor insensível aos opióides: dor central, dor por espasmo muscular, por distensão gástrica, tenesmo retal.

- Dor parcialmente sensível: dor neuropática, dor por metástases ósseas, dor por compressão nervosa.

- Dor sensível: dor somática, dor visceral - Dor sensível, que são inapropriados: cólicas intestinais. Tramadol Agonista dos receptores opióides mu. Inibe a recaptação da 5-HT (serotonina) e da noradrenalina nas vias espinhais descendentes (vias de controlo da dor), aumentando a eficácia das vias inibitórias. Origina muito pouca ou nenhuma dependência e depressão respiratória.

- Versatilidade no uso parenteral - Variedade de apresentações uso oral - Associação com paracetamol diminui os efeitos colaterais porque permite dose menor do tramadol, com efeito analgésico.

Farmacologia da dor e inflamação Se a causa da dor é o processo inflamatório, necessita o tratamento da inflamação e não da dor. Dessa maneira usamos os analgésicos e anti-inflamatórios hormonais (AINES) ou não hormonais (AINH). Pilares do processo inflamatória: - Dor (prostaciclinas/ prostaglandinas geram a dor). - Rubor, calor (vasodilatação) - Perda de função - Edema

Danielle Costa A lesão atinge o fosfolipídio de membrana, e há um estimulo para que a cascata do ácido araquidônico seja aumentada (lipooxigenases e ciclooxigenase) e formam as substâncias relacionadas ao sistema imune e a manutenção da função fisiológica do tecido respectivamente. Ciclooxigenase (COX): COX1, COX2 e COX3.

- COX1 - constitutiva: faz parte do tecido propriamente dito mantendo sua função fisiológica. - COX2 - constitutiva nos rins, vasos e SNC: A função dela é nos rins é controlar a excreção de sódio e potássio, nos vasos esta relacionada a relaxamento e contração e SNC relacionada ao aprendizado e cognição. É induzida pelo processo inflamatório. - COX3 - presente no SNC - hipotálamo: No centro termo regulador - a dipirona e paracetamol atuam nessa área como antitérmicos. Está envolvida no controle da temperatura corporal. 21/05 AINES ̶> inibidores da(s) COX Classificação:

- Quanto ao tipo de ligação com a COX: somente o ácido acetilsalicílico (AAS) faz ligação irreversível com a COX (ligação forte).

- Quanto a seletividade: As drogas podem se ligar de forma não seletiva, inibindo COX1 e COX2, a maioria das drogas atuam dessa maneira. Se ligar de forma seletiva, tendem a ser inibidoras da COX2 (ICOXibes - altamente seletivos para COX2). 3 tipos de aspirina: AAS + COX1 e 2 Cardio Dose: 80 a 160mg. Usada como antiplaquetário, anticoagulante. Inibe preferencialmente a COX1 plaquetária, diminuindo os níveis de tromboxano A2, inibindo a formação do trombo branco e diminui a agregação plaquetária. Somente o AAS é antiplaquetário, pois é o único que se liga de maneira irreversível à COX. Analgésica e antitérmica Dose: 500 a 700mg. Atua inibindo COX1 e COX2. Também possui ação anti-inflamatória. Reumatológica Dose: 1000mg. Ocorre uma inibição significativa de COX2, por causa da dose, diminuindo os níveis de COX2 na área de maior dor do paciente (reumatismo) reduzindo o processo inflamatório de forma duradoura (2 semanas), porém gera um efeito indesejado pela inibição da COX1 (dor de estômago). Diferença entre COX1 e COX2: 3 aminoácidos. Dessa maneira achar uma droga completamente seletiva para COX2 é muito difícil.

Danielle Costa Mecanismo da febre O pirogênio em concentração aumentada altera o centro termo regulador do hipotálamo e estimulando a COX3 a produzir mais prostaglandina, isso associado a prostaglandina E exarceba a reação. Uso de antimicrobiano - Reduz a quantidade de bactérias, isso faz com que a quantidade de pirogênio exógeno e endógeno também diminua.

Febre em paciente oncológico, com alterações de 2/3ºC, é extremamente significativa. Tratamento da dismenorreia

Danielle Costa Anti-inflamatórios esteroidais ou hormonais - corticoterapia É considerado somente anti-inflamatório, os efeitos são amplos e possuem uma amplitude alta de efeitos indesejados. Introdução - Fisiologia do cortisol/ substância endógena Órgão produz a substância endógena é a adrenal, as substâncias são cortisona/corticosterona e o cortisol. A produção é pulsátil ou circadiana, sendo os maiores níveis de produção pela manhã e os menores a noite.

Metabolismo de lipídios: aumenta a formação do tecido adiposo escuro/marrom, que tem uma relação intrínseca com a síndrome metabólica (alteração dos níveis de glicemia - diabetes tipo II). Mecanismo de ação Interação do cortisol com o receptor de glicocorticoide. Esse receptor é do tipo citosólico/nuclear. Após a interação, o receptor sofre dimerização e o complexo droga-receptor dimerizado, vai para o núcleo e lá altera a transcrição gênica, por meio de estimulo ou repressão da transcrição de alguns genes. O organismo demora 15 dias para fazer um novo DNA. Estimula osteoclasto e inibe osteoblasto, podendo gerar osteoporose.

Danielle Costa Efeitos colaterais agudos: alterações do sono, irritação gástrica e alterações no comportamento, alterações no crescimento e na distribuição da gordura e da pele, alterações ósseas, suscetibilidade a infecções, insuficiência adrenal.
Farmacologia - 2 etapa - Danielle Costa

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