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1. Introdução Aspectos como fuga total ao tema; não obediência à estrutura dissertativo-
argumentativa; texto com até sete linhas; impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte desconectada do tema (item acrescentado na Guia do participante – Enem 2013); desrespeito aos direitos humanos; e folha de redação
em branco (ainda que você tenha elaborado um rascunho) são observadas na produção. Neste módulo vamos falar dos dois primeiros aspectos. Fique atento, também, à fuga parcial do tema, designada pelo Enem
tangenciamento, deslize que pode prejudicar a nota da competência 2. Nesses casos, sua redação não receberá mais de 40 pontos, e isso afetará ainda a pontuação da competência 3, que avalia se você defende ou não um ponto de vista sobre o tema. Disponível em: . Acesso em: 09 maio 2017.
2. Vamos lembrar Competência2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
3. A proposta de redação
A proposta de redação do Enem vem logo abaixo dos textos motivadores.
4. Os números não mentem
Muita atenção: a proposta de redação, desde 2009, mantém-se inalterada, exceto no trecho sublinhado, que diz respeito ao tema da redação. Pode parecer exagero, mas, de fato, tem aumentado consideravelmente o número de candidatos que zeram na redação do Enem, e um dos motivos principais tem sido a “fuga ao tema”. Em 2014, 8,5% dos participantes do Enem obtiveram nota zero na redação por não compreenderem a proposta de redação (ANTUNES; SALES; LIMA, 2017). Em 2016, edição passada, esse número atingiu 3%, um número ainda elevado, considerando-se que a redação tem o peso de uma área do conhecimento.
5. Compreensão da proposta Tudo começa quando você compreende pouco ou nada sobre a
proposta de redação do Enem. Por isso uma leitura atenta é fundamental. Para tanto, os textos motivadores funcionam, segundo Leal e Motta (2017, p. 72), como mecanismos de suporte para a escrita; uma maneira de o participante refletir sobre a temática da proposta e desenvolver sua escrita. Estes textos motivadores são, entre outras coisa, subsídios para que o participante reflita, organize e selecione os argumentos que não fujam do tema e, portanto, constituem-se uma base/estrutura para a escrita da redação.
Mas não se apavore, ainda há tempo de estudar!
6. Fuga PARCIAL ao tema Também conhecida como tangenciamento, diz respeito à menção do assunto geral da proposta de redação, sem considerar possíveis
delimitações já dadas pelo Exame. Por exemplo, em 2015 o tema da redação foi a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. Houve uma recorrência grande de candidatos que não consideraram essa informação, logo, abordaram o tema de maneira tangencial. Não bastava apenas falar da violência, ou da violência contra a mulher, mas era necessário discutir a recorrência desse crime na sociedade. A chave do tema era entender que a violência contra a mulher é um fato que AINDA ocorre na sociedade. E por isso mesmo torna-se uma questão que deve ser, afinal de contas, questionada.
Persistência foi uma das palavras-chave do tema.
7. Fuga TOTAL ao tema Abordar um tema completamente distinto daquele que foi proposto zera incondicionalmente a redação do Enem. O Guia do participante do Enem – 2012, por exemplo, deixou claro, em
relação ao tema daquela edição, “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”, que a não abordagem daqueles limites (ou seja, redações que apenas discutiram sobre
“tecnologia” de modo amplo) foi considerada fuga ao tema. Dica: procure ler os “guias” e “cartilhas”, elaborados pelo Inep, das edições passadas do Enem. Esses materiais analisam propostas de redação anteriores embasados em dados concretos e confiáveis emitidos pelo MEC.
Basta pesquisar no Google
8. Pare!
“O candidato que não adequar sua produção à estrutura dissertativo-argumentativa será penalizado com a nota 0 (zero) na redação, mesmo que atenda às exigências dos outros critérios de correção” (PAULINELLI; FORTUNATO, 2016, p. 289). Em outras palavras: PRESTE ATENÇÃO NAS DICAS DESTE MÓDULO. Disponível em: . Acesso em: 09 maio 2017.
9. Não atendimento ao TIPO TEXTUAL Já abordamos no módulo 1 e 2 que o tipo textual da redação do Enem é o dissertativo-argumentativo, redigido em modalidade formal
da língua portuguesa. Então, qualquer outro tipo textual caracteriza não atendimento da estrutura da redação – que compreende introdução (exposição da tese), desenvolvimento (argumentação distribuída em
parágrafos)
e
conclusão
(proposta
de
intervenção),
não
necessariamente nessa ordem. Textos em prosa (narrativas) ou em verso (poemas) “[não] passarão”, parafraseando o poeta. Letras de
música,
receitas
informativos,
culinárias,
notícias,
peças
depoimentos
teatrais, pessoais,
textos
meramente
crônicas,
contos,
anedotas, infográficos (haja criatividade!) não atendem ao tipo textual.
Todos esses que aí estão Atravancando meu caminho, Eles passarão… Eu passarinho! (Mario Quintana)
Assista aos vídeos desse módulo e saiba mais sobre o assunto!
Referências ANTUNES, Ciro Carlos; SALES, Kamilla de Souza; LIMA, Maria Caroline Figueredo. Reflexão do desempenho e dificuldades na escrita ortográfica de alunos do terceiro ano do ensino médio na escola estadual elisa de oliveira campos em palmeirinha – MG. Revista Eletrônica S@aber, v. 38, 2017. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2017. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). A redação no Enem 2013: Guia do participante. Brasília, 2013. LEAL, Amilton Flávio Coleta; MOTTA, Ana Luiza Artiaga. Rodrigues da Política nacional de avaliação do Enem: a proposta de redação e o imaginário de escritor ideal. Revista do GELNE, v. 19, n.1, 2017. QUINTANA, Mário. Poeminha do contra. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2017.