HEBRAICO A LÍNGUA SAGRADA

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HEBRAICO | A LÍNGUA SAGRADA ESCRITA | SUMÉRIOS ARAMAICO Não podemos falar do hebraico sem falar também do Aramaico. O alfabeto do aramaico é praticamente o mesmo conforme as imagens abaixo. Assim como a escrita do hebraico, ela sofreu mudanças no formato da escrita.

DEFINIÇÃO Antiga língua semítica, aparentada de perto ao hebraico e originalmente falada pelos Arameus. Com o passar do tempo, porém, veio a abranger diversos dialetos (alguns deles tidos como línguas distintas) e gozou de amplo uso, em especial no SO da Ásia. Usava-se o aramaico especialmente desde o segundo milênio AEC até por volta de 500 EC. É uma das três

línguas em que a Bíblia foi originalmente escrita. A palavra hebraica ʼAra·míth ocorre cinco vezes e é traduzida por “em sírio”, “na língua aramaica” ou “ao idioma aramaico”. O aramaico bíblico, anteriormente chamado caldaico ou caldeu, é encontrado em Esdras 4:8 a 6:18, e 7:1226; Jeremias 10:11; e Daniel 2:4b a 7:28. Expressões aramaicas aparecem também em outras partes da Bíblia, mas, muitas das tentativas de peritos de identificar fontes aramaicas para palavras hebraicas são simplesmente conjecturais. Os usos de algumas expressões aramaicas não surpreendem, pois os hebreus tinham por muito tempo um contato íntimo com os arameus e com a língua aramaica. Entre as mais primitivas versões das Escrituras Hebraicas em outras línguas acham-se os Targuns aramaicos, embora não fossem assentados por escrito senão alguns séculos depois de começar a produção da Septuaginta grega, por volta de 280 AEC. A Língua. O aramaico e o hebraico são ambos classificados como pertencentes à família de línguas semíticas do noroeste. Embora o aramaico difira consideravelmente do hebraico, é uma língua cognata, que possui as mesmas letras em seu alfabeto, com os mesmos nomes que no hebraico. Assim como o hebraico, é escrito da direita para a esquerda, e, originalmente, a escrita aramaica era consonantal. No entanto, o aramaico empregado na

Bíblia recebeu mais tarde pontos vocálicos por parte dos massoretas (COPISTAS), assim como eles colocaram pontos vocálicos no hebraico. O aramaico foi influenciado por seu contato com outras línguas.

O aramaico bíblico, além de conter vários nomes próprios hebraicos, acadianos e persas de localidades e de pessoas, demonstra influência hebraica nos termos religiosos, influência acadiana especialmente em termos políticos e financeiros, e influência persa em termos tais como os relacionados com assuntos políticos e jurídicos. O aramaico, além de ter a mesma forma de escrita que o hebraico, possui similaridade com ele em suas flexões verbais, nominais e pronominais. Os verbos possuem dois estados, o imperfeito (indicando ação incompleta) e o perfeito (significando ação completada). O aramaico emprega substantivos no singular, no dual e no plural, e possui dois gêneros, o masculino e o feminino. Difere das outras línguas semíticas por demonstrar preferência pelo som vocálico a, e, de outros modos, inclusive certas preferências consonantais, tais como d para z, e t para sh. Divisões básicas. O aramaico se divide geralmente em grupos ocidentais e orientais. No entanto, do ponto de vista histórico, tem-se reconhecido os seguintes quatro grupos: aramaico antigo, aramaico oficial, aramaico levantino e aramaico oriental. Tem-

se sugerido que, provavelmente, falavam-se vários dialetos aramaicos na região do Crescente Fértil e da Mesopotâmia, e em torno dela, durante o segundo milênio AEC. Uma diferença entre as formas primitivas do aramaico e do hebraico pode ser observada em Gênesis 31:47. Depois de Jacó e Labão se terem reconciliado, ergueu-se um montão de pedras como testemunha entre eles. Labão o chamou de “Jegar-Saaduta” em aramaico (sírio), ao passo que Jacó o chamou de “Galeede”, em hebraico, ambas as expressões significando “Montão de Testemunho”. Aramaico antigo é o nome aplicado a certas inscrições descobertas no norte da Síria, e que se diz datarem do décimo ao oitavo séculos AEC. Gradualmente, porém, um novo dialeto aramaico tornou-se a língua franca ou língua internacional auxiliar durante o tempo do Império Assírio, suplantando o acadiano como língua usada na correspondência governamental oficial com as regiões distantes do império. Em vista de seu uso, esta forma padrão de aramaico é chamada de aramaico oficial. Continuou a ser empregada no tempo em que Babilônia era a potência mundial (625-539 AEC), e depois disso, durante o tempo do Império Persa (538-331 AEC). Especialmente então, gozou de amplo uso, sendo a língua oficial do governo e do comércio numa ampla região, conforme atestam as descobertas arqueológicas. Aparece em registros feitos em tabuinhas cuneiformes; em óstracos, papiros, selos, moedas; em inscrições em pedra, e assim por diante. Esses artefatos têm sido encontrados em terras tais como a Mesopotâmia, a

Pérsia, o Egito, a Anatólia, o norte da Arábia; em regiões tão ao N como os montes Urais; e ao L, em lugares tão distantes como o Afeganistão e o Curdistão. O uso do aramaico oficial continuou durante o período helenístico (323-30 AEC). Parece que é este aramaico oficial que é encontrado nos escritos de Esdras, de Jeremias e de Daniel. As Escrituras também fornecem evidência de que o aramaico era uma língua franca daqueles tempos antigos. Assim, no oitavo século AEC, porta-vozes designados pelo Rei Ezequias, de Judá, apelaram para Rabsaqué, representante do rei assírio Senaqueribe, dizendo: “Por favor, fala aos teus servos em sírio [arameu, portanto, em aramaico], pois estamos escutando; e não nos fales no idioma judaico, aos ouvidos do povo que está sobre a muralha.” (Is 36:11; 2Rs 18:26) Os oficiais de Judá entendiam aramaico, ou sírio, mas, evidentemente, naquele tempo, este não era entendido pelo povo comum entre os hebreus em Jerusalém. Alguns anos depois de os judeus terem voltado do exílio babilônico, Esdras, o sacerdote, leu o livro da Lei para os judeus reunidos em Jerusalém, e diversos levitas o explicaram ao povo, Neemias 8:8 declarando: “Continuaram a ler alto no livro, na lei do verdadeiro Deus, fornecendo-se esclarecimento e dando-se o sentido dela; e continuaram a tornar a leitura compreensível.” Esta exposição ou interpretação talvez envolvesse a paráfrase do texto hebraico em aramaico, os hebreus tendo possivelmente adotado o aramaico enquanto em

Babilônia. Sem dúvida, a exposição envolveu também um esclarecimento, para que os judeus, mesmo que compreendessem o hebraico, discernissem o profundo significado do que era lido. Que Língua Falava Jesus? Nesta questão há uma considerável diferença de opinião entre os peritos. Entretanto, quanto às línguas usadas na Palestina na época em que Jesus Cristo estava na terra, o Professor G. Ernest Wright declara: “Podiam-se ouvir, indubitavelmente, várias línguas nas ruas das grandes cidades. O grego e o aramaico eram, evidentemente, as línguas comuns, e a maioria das populações urbanas podia provavelmente entender a ambas, mesmo em cidades ‘modernas’, ou ‘ocidentais’, tais como Cesaréia e Samaria, onde o grego era mais comum. Podiam-se ouvir soldados e oficiais romanos conversarem em latim, ao passo que judeus ortodoxos bem que podiam falar uma variedade posterior de hebraico, uns com os outros, língua que conhecemos não ser nem o hebraico clássico, nem o aramaico, apesar de suas similaridades com ambos.” Comentando ainda mais a língua falada por Jesus Cristo, o Professor Wright diz: “Tem-se debatido muito qual era a língua falada por Jesus. Não dispomos de meio seguro de saber se ele sabia falar grego ou latim, mas, em seu ministério de ensino, ele usava regularmente quer o aramaico, quer o hebraico popular, altamente aramaizado. Quando Paulo falou a uma turba no Templo, diz-se que ele falou hebraico (Atos 21:40). Os peritos, em geral, consideram isto como significando o aramaico, mas, é bem possível que um hebraico popular fosse

então a língua comum entre os judeus.” — Biblical Archaeology (Arqueologia Bíblica), 1963, p. 243. É possível que Jesus e seus primeiros discípulos, tais como o apóstolo Pedro, pelo menos às vezes falassem o aramaico galileu, dizendo-se a Pedro, na noite em que Cristo foi preso: “Tu certamente és também um deles, pois, de fato, o teu dialeto te trai.” (Mt 26:73) Talvez se dissesse isto porque o apóstolo usava na ocasião o aramaico galileu, embora não haja certeza disso, ou talvez falasse em hebraico galileu, num dialeto diferente do usado em Jerusalém ou em outras partes da Judéia. Anteriormente, quando Jesus veio a Nazaré, na Galiléia, e entrou na sinagoga ali, ele leu da profecia de Isaías, evidentemente conforme escrita em hebraico, e então disse: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” Não se diz nada sobre Jesus traduzir este trecho para o aramaico. De modo que é provável que, nesta ocasião, os presentes podiam prontamente entender o hebraico bíblico. (Lu 4:16-21) Pode-se também notar que Atos 6:1, referindo-se a uma ocasião pouco depois de Pentecostes de 33 EC, menciona judeus de língua grega e judeus de língua hebraica em Jerusalém. O Professor Harris Birkeland (The Language of Jesus [A Língua de Jesus], Oslo, 1954, pp. 10, 11) salienta que ser o aramaico a língua escrita da Palestina quando Jesus estava na terra não significa, necessariamente, que fosse falado pelas massas. Também, o fato de os Papiros Elefânticos pertencentes a uma colônia judaica no Egito ter sido

escritos em aramaico tampouco prova que esta era a língua principal ou comum na sua pátria, porque o aramaico era então uma língua literária internacional. Naturalmente, as Escrituras Gregas Cristãs contêm vários aramaísmos; por exemplo, Jesus usou algumas palavras aramaicas. Todavia, conforme Birkeland argumenta talvez comumente Jesus falasse o hebraico popular, ocasionalmente usando expressões aramaicas. Embora talvez não seja possível provar, conforme Birkeland contende que o povo comum era iletrado no que se referia ao aramaico, deveras parece que, quando Lucas, médico instruído, registra que Paulo falou aos judeus ‘em hebraico’, e que, quando o apóstolo disse que a voz do céu falou-lhe ‘em hebraico’, realmente se referisse a uma forma do hebraico (embora talvez não ao hebraico antigo) e não ao aramaico. Dando apoio adicional a que se usava uma forma do hebraico na Palestina quando Jesus Cristo estava na terra, há antigos indícios de que o apóstolo Mateus escreveu seu relato evangélico primeiro em hebraico. Por exemplo, Eusébio (do terceiro e quarto séculos EC) disse que “o evangelista Mateus transmitiu seu Evangelho na língua hebraica”. (Patrologia Graeca [Patrologia Grega], Vol. XXII col. 941) E Jerônimo (do quarto e quinto séculos EC) declara na sua obra De viris inlustribus (A Respeito de Homens Ilustres), capítulo III: “Mateus, também chamado Levi, e que de republicano se tornou apóstolo, primeiro de tudo produziu um Evangelho

de Cristo na Judéia, na língua e nos caracteres hebraicos, para o benefício dos da circuncisão que haviam crido. Ademais, o próprio em hebraico está preservado até hoje na biblioteca de Cesárea, que o mártir Pânfilo ajuntou tão diligentemente.” (Tradução do texto latino editado por E. C. Richardson e publicado na série “Texte und Untersuchungen zur Geschichte der altchristlichen Literatur”, Leipzig, 1896, Vol. 14, pp. 8, 9.) Portanto, Jesus Cristo, como homem na terra, podia muito bem ter usado uma forma de hebraico e um dialeto de aramaico.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ARAMAICO Aramaico é uma língua semítica pertencente à família linguística afro-asiática. O nome da língua é baseado no nome de Aram, uma antiga região do centro da Síria. Dentro dessa família, o aramaico pertence ao subgrupo semítico, e mais especificadamente, faz parte das línguas semíticas do noroeste, que também inclui as línguas cananitas assim como o hebraico e o fenício. A escrita aramaica foi amplamente adotada por outras línguas, sendo assim, ancestral do alfabeto árabe e hebraico moderno. Foi à língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Esdras e Daniel, assim como do Talmude.

O aramaico foi à língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria; e sua longevidade se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco, capital da Síria, entre elas reconhecidamente os vilarejos de Maalula e Yabrud, esse último "onde Jesus Cristo hospedou-se por três dias" além dessas outras aldeias da Mesopotâmia, como Tur'Abdin ao sul da Turquia, fizeram com que o aramaico continuasse a ser falado até os dias de hoje.

ORIGEM DO HEBRAICO A história secular não revela a origem do idioma hebraico — quanto a isso, nem a da maioria dos antigos idiomas conhecidos, tais como o sumeriano, o acadiano (assírio-babilônico), o aramaico e o egípcio. Isto se dá porque esses idiomas aparecem já plenamente desenvolvidos nos mais antigos registros escritos encontrados pelos homens. Os diversos conceitos apresentados pelos peritos sobre a origem e o desenvolvimento do hebraico — tais como os que afirmam que o hebraico

derivou do aramaico ou de algum dialeto cananeu — portanto, são conjecturas. O hebraico é notável pela sua brevidade, sendo que a sua estrutura permite tal concisão. Em comparação, o aramaico, a mais próxima ao hebraico dentre as línguas semíticas, é mais ponderoso, perifrástico e verboso. Na tradução, frequentemente é necessário usar palavras auxiliares para expressar a forma vívida, a qualidade pitoresca e a ação dramática do verbo hebraico. Embora isso diminua um pouco a brevidade, transmite mais plenamente a beleza e a exatidão do texto hebraico. A única fonte exata que fala sobre idiomas é a Bíblia. Alguns costumam dizer que a Bíblia é antiga e ultrapassada é porque nunca leram ou não sabem avaliar o seu conteúdo. Ela sobreviveu a todo tipo de ataque e conseguiu chegar até nós. Hoje ela pode ser lida em mais 2.800 idiomas. Toda a humanidade tem condições de conhecê-la caso queira. Ela descreve a formação da terra, a criação dos animais e a criação do homem.

O ato de escrever numa superfície letras ou caracteres que transmitem palavras ou ideias não teve seu inicio com o primeiro homem. O primeiro homem, Adão, foi dotado da capacidade de falar numa língua. Inicialmente, porém, haveria pouca ou nenhuma necessidade de ele escrever. Adão podia

então fazer todas as comunicações oralmente, e, como homem perfeito, não precisava depender de um registro escrito para compensar uma memória imperfeita. Não obstante, Adão deve ter tido a capacidade de inventar algum meio de fazer um registro escrito. Mas a Bíblia não fornece nenhuma prova direta de que ele tivesse escrito, quer antes, quer depois da sua transgressão. Apresentou-se a ideia de que as palavras, “este é o livro da história de Adão”, talvez indicassem que Adão foi o escritor deste “livro”. (Gên. 5:1) Comentando a frase “esta é a história” (“estas são as origens”), que ocorre frequentemente em Gênesis, P. J. Wiseman observa: “É a sentença concludente de cada seção, e, portanto, aponta para trás, para a narrativa já registrada.... Normalmente se refere ao escritor da história ou ao proprietário da tabuinha que a continha.” — New Discoveries in Babylonia About Genesis (Novas Descobertas em Babilônia Sobre Gênesis), 1949, p. 53. Um exame do conteúdo destas histórias lança bastante dúvida sobre a exatidão do conceito apresentado por Wiseman. Por exemplo, segundo este conceito, a seção que começa em Gênesis, capítulo 36, versículo 10, concluiria com as palavras de Gênesis 37:2: “Esta é a história de Jacó.” No entanto, quase todo o registro refere-se à descendência de Esaú e faz apenas referência incidental a Jacó. Por outro lado, a informação que se segue apresenta dados extensos sobre Jacó e sua família. Além disso, se a teoria fosse correta, isto

significaria que Ismael e Esaú eram os escritores ou donos dos documentos mais extensos sobre os tratos de Deus com Abraão, Isaque e Jacó. Isto não parece razoável, porque faria com que aqueles que não tinham parte no pacto abraâmico fossem os que tinham o maior interesse neste pacto. Seria difícil de conceber que Ismael se preocupasse tanto com eventos associados com os da casa de Abraão, que fizesse empenho para conseguir um registro pormenorizado sobre eles, registro que abrangia muitos anos depois de ele ter sido despedido junto com a sua mãe Agar. De modo similar, não haveria motivo algum para Esaú, que não apreciava coisas sagradas (He 12:16), ter escrito ou ter sido dono dum relato que tratava extensamente de eventos da vida de Jacó, eventos dos quais Esaú não fora testemunha ocular. (Gên. 25:19-36:1) Também, não parece lógico concluir que Isaque e Jacó na maior parte desconsiderassem os tratos de Deus com eles, contentando-se em possuir apenas um breve registro das genealogias de outra pessoa. A Escrita Antes do Dilúvio. Não há maneira de se saber definitivamente se algumas das histórias mencionadas no livro de Gênesis foram escritas antes do Dilúvio, e a Bíblia não contém nenhuma referência a escritos antediluvianos. No entanto, deve-se notar que a construção de cidades, o desenvolvimento de instrumentos musicais e o forjamento de instrumentos de ferro e de cobre tiveram início muito antes do Dilúvio. (Gên. 4:17,

21, 22) Portanto, é razoável que os homens teriam poucas dificuldades em também desenvolver um método de escrita. Visto que havia originalmente apenas uma só língua (que mais tarde passou a ser conhecida como o hebraico; veja HEBRAICO) e visto que se sabe que os que continuavam a falar esta língua, os israelitas, usavam um alfabeto, isto sugere que a escrita alfabética podia ter existido antes do Dilúvio. O rei assírio Assurbanipal falou sobre ler “inscrições em pedra da época anterior ao dilúvio”. (Light From the Ancient Past [Luz do Passado Remoto], de J. Finegan, 1959, pp. 216, 217) Mas estas inscrições talvez simplesmente precedessem a uma inundação local de proporções consideráveis, ou talvez fossem relatos que supostamente contavam eventos de antes do Dilúvio. Por exemplo, aquilo que se chama de “A Lista dos Reis da Suméria”, depois de mencionar que oito reis governaram por 241.000 anos, declara: “(Daí) o Dilúvio varreu (a terra).” (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por J. Pritchard, 1974, p. 265) É bem evidente que este registro não é autêntico. Segundo a cronologia bíblica, o Dilúvio global dos dias de Noé ocorreu em 2370 AEC. Arqueólogos têm atribuído datas anteriores a esta a numerosas tabuinhas de argila que desenterraram. Mas, estas tabuinhas de argila não são documentos datados. Portanto, as datas que se atribuem a elas são apenas conjecturas e não fornecem nenhuma base sólida para se determinar uma relação na corrente do

tempo com o Dilúvio bíblico. Não se sabe definitivamente de nenhum artefato desenterrado que date de tempos antediluvianos. Os arqueólogos que têm atribuído objetos ao período antediluviano têm feito isso à base de achados que, no melhor dos casos, só podem ser interpretados como evidenciando uma grande inundação local. A Escrita Após o Dilúvio. Após a confusão da língua original do homem em Babel, vieram à existência diversos sistemas de escrita. Os babilônios, os assírios e outros povos usavam a escrita cuneiforme (em forma de cunha), que se imagina terem sido desenvolvidos pelos sumerianos à base da sua escrita pictográfica. Há evidência de que se usava mais de um sistema de escrita numa mesma época. Por exemplo, uma antiga pintura mural assíria retrata dois escribas, um fazendo com um estilo impressões cuneiformes numa tabuinha (provavelmente em acadiano) e o outro escrevendo com um pincel em pele ou papiro (possivelmente em aramaico). A escrita hieroglífica egípcia consistia em representações pictóricas e formas geométricas distintas. Embora a escrita hieroglífica continuasse a ser empregada para inscrições em monumentos e murais, duas outras formas de escrita (primeiro a hierática e depois a demótica) passaram a ser usadas. Em sistemas não alfabéticos, a representação pictográfica (ou a sua posterior, muitas vezes irreconhecível, forma linear ou cursiva) podia representar o objeto retratado, uma ideia transmitida pelo objeto, ou outra palavra ou sílaba com a mesma

pronúncia. Para ilustrar, o simples desenho de um olho poderia, em português, servir para dar a entender um “olho”, o verbo “olhar”, ou os substantivos “visão”, “vigilância”. O sistema alfabético empregado pelos israelitas era fonético, cada símbolo consonantal representando determinado som consonantal. Os sons vocálicos, porém, tinham de ser supridos pelo leitor, sendo que o contexto determinava qual a palavra intencionada no caso de termos terem a mesma grafia, mas uma combinação diferente de sons vocálicos. Isto realmente não era problema; até mesmo modernos jornais, revistas e livros hebraicos omitem os sinais vocálicos quase que inteiramente. Alfabetização Entre os Israelitas. Sacerdotes de Israel (Núm 5:23) e pessoas de destaque, tais como Moisés (Êx 24:4), Josué (Jos 24:26), Samuel (1Sa 10:25), Davi (2Sa 11:14, 15) e Jeú (2Rs 10:1, 6) sabiam ler e escrever, e o povo em geral, com algumas exceções, também era alfabetizado. (Veja Jz 8:14; Is 10:19; 29:12.) Embora fosse aparentemente figurativa, a ordem de os israelitas escreverem nas ombreiras das suas casas, implicava em serem alfabetizados. (De 6:8, 9) E a Lei exigia que o rei, ao assumir o trono, escrevesse para si uma cópia da Lei e a lesse diariamente. — De 17:18, 19. Embora escritos hebraicos evidentemente fossem bastante comuns, encontraram-se poucas inscrições israelitas. Isto provavelmente se dá porque os

israelitas não erigiram muitos monumentos para exaltar suas realizações. A maior parte da escrita, inclusive dos livros da Bíblia, sem dúvida foi feita com tinta em papiro ou pergaminho, e, portanto, não duraria muito no solo úmido da Palestina. A mensagem das Escrituras, porém, foi preservada durante os séculos por estas serem meticulosamente copiadas e recopiadas. Já a própria história da Bíblia remonta ao próprio começo do homem e mesmo antes. (Gên. caps. 1, 2) Os registros gravados em pedra e os inscritos em tabuinhas de argila, prismas e cilindros, em alguns casos talvez sejam bem mais velhos do que o mais antigo manuscrito bíblico existente, mas esses registros realmente não afetam a vida das pessoas hoje em dia — muitos deles (como A Lista dos Reis da Suméria) contêm rematadas falsidades. Portanto, entre os escritos antigos, a Bíblia se destaca como sem igual na apresentação de uma mensagem significativa, que merece muito mais do que um interesse passageiro.

Um exame do conteúdo destas histórias lança bastante dúvida sobre a exatidão do conceito apresentado por Wiseman. Por exemplo, segundo este conceito, a seção que começa em Gênesis, capítulo 36, versículo 10, concluiria com as palavras de Gênesis 37:2: “Esta é a história de Jacó.” No entanto, quase todo o registro refere-se à descendência de Esaú e faz apenas referência incidental a Jacó. Por outro lado, a informação que se segue apresenta dados extensos sobre Jacó e sua família. Além disso, se a teoria fosse correta, isto

significaria que Ismael e Esaú eram os escritores ou donos dos documentos mais extensos sobre os tratos de Deus com Abraão, Isaque e Jacó. Isto não parece razoável, porque faria com que aqueles que não tinham parte no pacto abraâmico fossem os que tinham o maior interesse neste pacto. Seria difícil de conceber que Ismael se preocupasse tanto com eventos associados com os da casa de Abraão, que fizesse empenho para conseguir um registro pormenorizado sobre eles, registro que abrangia muitos anos depois de ele ter sido despedido junto com a sua mãe Agar. — Gên. 11:27b-25: 12. De modo similar, não haveria motivo algum para Esaú, que não apreciava coisas sagradas (He 12:16), ter escrito ou ter sido dono dum relato que tratava extensamente de eventos da vida de Jacó, eventos dos quais Esaú não fora testemunha ocular. (Gên. 25:19-36:1) Também, não parece lógico concluir que Isaque e Jacó na maior parte desconsiderassem os tratos de Deus com eles, contentando-se em possuir apenas um breve registro das genealogias de outra pessoa. — Gên. 25:13-19a; 36:10-37:2a. A Escrita Antes do Dilúvio. Não há maneira de se saber definitivamente se algumas das histórias mencionadas no livro de Gênesis foram escritas antes do Dilúvio, e a Bíblia não contém nenhuma referência a escritos antediluvianos. No entanto, deve-se notar que a construção de cidades, o desenvolvimento de instrumentos musicais e o forjamento de instrumentos de ferro e de cobre tiveram início muito antes do Dilúvio. (Gên. 4:17,

21, 22) Portanto, é razoável que os homens teriam poucas dificuldades em também desenvolver um método de escrita. Visto que havia originalmente apenas uma só língua (que mais tarde passou a ser conhecida como o hebraico; veja HEBRAICO) e visto que se sabe que os que continuavam a falar esta língua, os israelitas, usavam um alfabeto, isto sugere que a escrita alfabética podia ter existido antes do Dilúvio. O rei assírio Assurbanipal falou sobre ler “inscrições em pedra da época anterior ao dilúvio”. (Light From the Ancient Past [Luz do Passado Remoto], de J. Finegan, 1959, pp. 216, 217) Mas estas inscrições talvez simplesmente precedessem a uma inundação local de proporções consideráveis, ou talvez fossem relatos que supostamente contavam eventos de antes do Dilúvio. Por exemplo, aquilo que se chama de “A Lista dos Reis da Suméria”, depois de mencionar que oito reis governaram por 241.000 anos, declara: “(Daí) o Dilúvio varreu (a terra).” (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por J. Pritchard, 1974, p. 265) É bem evidente que este registro não é autêntico. Segundo a cronologia bíblica, o Dilúvio global dos dias de Noé ocorreu em 2370 AEC. Arqueólogos têm atribuído datas anteriores a esta a numerosas tabuinhas de argila que desenterraram. Mas, estas tabuinhas de argila não são documentos datados. Portanto, as datas que se atribuem a elas são apenas conjecturas e não fornecem nenhuma base sólida para se determinar uma relação na corrente do

tempo com o Dilúvio bíblico. Não se sabe definitivamente de nenhum artefato desenterrado que date de tempos antediluvianos. Os arqueólogos que têm atribuído objetos ao período antediluviano têm feito isso à base de achados que, no melhor dos casos, só podem ser interpretados como evidenciando uma grande inundação local. A Escrita Após o Dilúvio. Após a confusão da língua original do homem em Babel, vieram à existência diversos sistemas de escrita. Os babilônios, os assírios e outros povos usavam a escrita cuneiforme (em forma de cunha), que se imagina terem sido desenvolvidos pelos sumerianos à base da sua escrita pictográfica. Há evidência de que se usava mais de um sistema de escrita numa mesma época. Por exemplo, uma antiga pintura mural assíria retrata dois escribas, um fazendo com um estilo impressões cuneiformes numa tabuinha (provavelmente em acadiano) e o outro escrevendo com um pincel em pele ou papiro (possivelmente em aramaico). A escrita hieroglífica egípcia consistia em representações pictóricas e formas geométricas distintas. Embora a escrita hieroglífica continuasse a ser empregada para inscrições em monumentos e murais, duas outras formas de escrita (primeiro a hierática e depois a demótica) passaram a ser usadas. Em sistemas não alfabéticos, a representação pictográfica (ou a sua posterior, muitas vezes irreconhecível, forma linear ou cursiva) podia representar o objeto retratado, uma ideia transmitida pelo objeto, ou outra palavra ou sílaba com a mesma

pronúncia. Para ilustrar, o simples desenho de um olho poderia, em português, servir para dar a entender um “olho”, o verbo “olhar”, ou os substantivos “visão”, “vigilância”. O sistema alfabético empregado pelos israelitas era fonético, cada símbolo consonantal representando determinado som consonantal. Os sons vocálicos, porém, tinham de ser supridos pelo leitor, sendo que o contexto determinava qual a palavra intencionada no caso de termos terem a mesma grafia, mas uma combinação diferente de sons vocálicos. Isto realmente não era problema; até mesmo modernos jornais, revistas e livros hebraicos omitem os sinais vocálicos quase que inteiramente. Alfabetização Entre os Israelitas. Sacerdotes de Israel (Núm 5:23) e pessoas de destaque, tais como Moisés (Êx 24:4), Josué (Jos 24:26), Samuel (1Sa 10:25), Davi (2Sa 11:14, 15) e Jeú (2Rs 10:1, 6) sabiam ler e escrever, e o povo em geral, com algumas exceções, também era alfabetizado. (Veja Jz 8:14; Is 10:19; 29:12.) Embora fosse aparentemente figurativa, a ordem de os israelitas escreverem nas ombreiras das suas casas, implicava em serem alfabetizados. (De 6:8, 9) E a Lei exigia que o rei, ao assumir o trono, escrevesse para si uma cópia da Lei e a lesse diariamente. Embora escritos hebraicos evidentemente fossem bastante comuns, encontraram-se poucas inscrições israelitas. Isto provavelmente se dá porque os

israelitas não erigiram muitos monumentos para exaltar suas realizações. A maior parte da escrita, inclusive dos livros da Bíblia, sem dúvida foi feita com tinta em papiro ou pergaminho, e, portanto, não duraria muito no solo úmido da Palestina. A mensagem das Escrituras, porém, foi preservada durante os séculos por estas serem meticulosamente copiadas e recopiadas. Já a própria história da Bíblia remonta ao próprio começo do homem e mesmo antes. (Gên. caps. 1, 2) Os registros gravados em pedra e os inscritos em tabuinhas de argila, prismas e cilindros, em alguns casos talvez sejam bem mais velhos do que o mais antigo manuscrito bíblico existente, mas esses registros realmente não afetam a vida das pessoas hoje em dia — muitos deles (como A Lista dos Reis da Suméria) contêm rematadas falsidades. Portanto, entre os escritos antigos, a Bíblia se destaca como sem igual na apresentação de uma mensagem significativa, que merece muito mais do que um interesse passageiro. O idioma hebraico foi a língua que Deus deu para humanidade. Embora seja uma língua de poucas palavras em comparação com outras línguas, porém, ela com menos palavras supre o necessário. O Português tem mais de 300 mil palavras. Para que? Há palavras que não usamos, portanto são teoricamente desnecessárias.

O idioma hebraico era no princípio só falado. Após um tempo à medida que a população aumentava, os

fenícios começaram encontrar um meio de escrever o que eles comercializavam. Começou o alfabeto com apenas os desenhos dos produtos.

A primeira nação ou civilização que deu início foi o Egito. Na época do Egito a população aumentou muito, portanto eles tinham que se comunicarem uns com outros além da pronúncia, mas, também na escrita. É interessante notar que igualmente aos fenícios que usavam desenhos dos produtos que vendiam, os egípcios formaram um alfabeto com suas ideias pagãs, isto é, seus deuses. Isto se deu por volta de 1.500 antes de Cristo. Foi dado o nome de ProtoHebraico.

O povo hebreu ficou morando no Egito como cativo e escravizado por 430 anos. Deus designou Moisés a liderar a saída ou libertação deste povo e fazer deles uma grande nação. Isto não foi nada fácil. Pois, o Faraó não queria deixar o povo sair. Deus enviou em etapas 10 pragas sobre os egípcios, culminando com

a última que foi a morte de todo os primogênitos de cada família inclusive o primogênito do próprio Faraó e atingiu até o primogênito do reino animal.

Por fim, depois destas pragas que atingiu o próprio Faraó, ele deixou o povo sair. Toda aquela nação hebreia segundo se relata tinha 600 mil homens. Junto com as mulheres e crianças, calculam-se mais ou menos três milhões de pessoas.

Quando a multidão chegou perto do monte Sinai ficaram acampados por ali algum tempo. Deus deu os 10 mandamentos e mais uma série de requisitos normativos para que o povo tivesse um código de lei possibilitando a vida em comum e também o que deveriam fazer para obter o favor de Deus.

Deus disse a Moisés que ele deveria escrever tudo que ele ordenou. Interessante notar o que a Bíblia menciona sobre o primeiro mandamento descrito no livro de Êxodo no capítulo 20. Veja o que diz: “Então Deus disse todas estas palavras: 2 “Eu sou Jeová, seu Deus, que o tirou da terra do Egito, a terra da escravidão. 3 Não tenha outros deuses além de mim. 4 “Não faça para você imagem esculpida, nem representação de algo que há nos céus, em

cima, ou na terra, embaixo, ou nas águas abaixo da terra.5 Não se curve diante delas nem as sirva,pois eu, Jeová, seu Deus, sou um Deus que exige devoção exclusiva”.

Se Deus proibiu fazer imagens esculpidas de quaisquer representações do há no céu, na terra, e abaixo da terra, podemos perguntar: “Será que ele iria permitir que Moisés escrevesse o hebraico com representações de imagens idólatras do Egito que acabavam de sair”? Lógico que não. Portanto, o hebraico começou a ser escrito com desenhos que não lembrasse qualquer vestígio do pagão Egito. Moisés escreveu os mandamentos o que é chamado de Paleo-Hebraico.

Com o tempo o povo judeu desenvolveu uma forma de escrever no quais chamaram de Quadráticos. Esta forma tem esta denominação pela sua forma quadrada de escrever.

Todas as letras cabem dentro de um quadrado.

Hoje há também a escrita Cursiva. Esta escrita é quando ela é escrita à mão. Atualmente a povo judeu após a diáspora, conseguiu se estabelecer na sua antiga terra através de uma resolução da ONU em 14/05/1948.

ASSINATURA DE DEUS NA CRIAÇÃO DO HOMEM

DESIGN INTELIGENTE Após 150 anos de ensino sobre a teoria da evolução instituída por Charles Darwin em seu livro “Origem das Espécies”, nos Estados Unidos um grupo de pesquisadores afirma terem identificado uma sequencia de números que sempre se repetem no DNA humano. Seria uma espécie da assinatura de Deus. Então tiveram a ideia de substituir estes números por letras hebraicas conforme exemplificado abaixo.

No hebraico cada letra tem um valor numérico. Assim: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10. Depois assim: 10,20,30,40,50,60,70,80,90,100. Depois: 100,200,300,400,500,600,700,800,900,1000. Assim por diante.

10

5 6 5

Letras Hebraicas ‫ י‬yod ‫ ה‬heh ‫ ו‬vav ‫ ה‬heh, YHVH

5 | 6

| 5 | 10

Em hebraico lê-se da direita para a esquerda. Nesta sequencia numérica traduzindo para o português é JEOVÁ ou JAVÉ. Os lexicógrafos entendem que Jeová é mais adequado para o idioma.

Alfabeto Hebraico

Uma Professora e historiadora em hebraico explica que os primeiros escritos hebraicos, que se tornaram na Bíblia que temos hoje, não tinham números decimais como temos agora. Tanto os capítulos, versículos e paginas a contagem era por letras. A perfeição e a complexidade dos seres vivos e até mesmo inanimados comprovam a existência de um ser superior. Um super arquiteto e também um super engenheiro concluíram os doutorados em física. O DNA é um código que contém seis bilhões de informações condensadas numa estrutura microscopia extremamente eficientes. Nosso corpo possui mais 100 trilhões de células. Neste código genético é semelhante a um Software que contém todos os detalhes do corpo humano. Está tudo lá bem definido. A cor de seus olhos, de seus cabelos, o

formato de seu rosto e tudo que faz parte da pessoa. Podemos chamar de Software da vida. Um Software ou códigos só emanam de mentes inteligentes. Portanto, é totalmente impossível atribuir ao acaso à existência da vida na terra, sem mencionar a dimensão do universo com bilhões de galáxias e estrelas.

TERRA | HOMEM | SANGUE

‫אדמם‬ A palavra Terra possui quatro consoantes em Hebraico conforme supracitado: Álaf, Dálet, Meme no meio e Meme final. A pronúncia é mais ou menos assim: ráretz.

‫אדמם‬

A Bíblia refere ao primeiro homem dizendo que ele foi feito do pó. Os elementos químicos da terra estão presentes em nosso corpo. Interessante que o nome do primeiro homem Deus o chamou de Adão.

O nome dele possui três consoantes da palavra terra: Álaf, Dálet e Meme final. A pronúncia é mais ou menos assim: Adâm. Transliterado para o português; Adão.

‫א דם‬

Outro detalhe significativo são as consoantes utilizadas para a palavra sangue: Dálet e Meme final. A pronúncia é mais ou menos assim: Dâm.

‫דם‬

O que isto significa? A Bíblia menciona a proibição de utilizar o sangue de qualquer criatura. Seja ela do reino animal e com muito mais ênfase o sangue humano que tem muito mais valor. Veja o que Gênesis 9: 3, 4: “Todo animal que se move e que está vivo pode servi-lhe de alimento. Assim como dei a vocês a vegetação verde, eu lhes dou todos eles. Somente não comam a carne de um animal com seu sangue, que é a sua vida”.

No livro de Levítico Deus deu mais ênfase e as consequências para quem desobedecesse as suas ordens. Veja a seguir Levítico 17: 10-14. “‘Se algum homem da casa de Israel ou algum estrangeiro que mora entre vocês comer o sangue de qualquer criatura, eu certamente me voltarei contra aquele que comer o sangue, e o eliminarei dentre seu povo. 11 Pois a vida de uma criatura está no sangue, e eu mesmo o dei a vocês para que façam expiação por si mesmos no altar. Pois é o sangue que faz expiação por meio da vida que está nele. 12 Foi por isso que eu disse aos israelitas: “Nenhum de vocês deve comer sangue, e nenhum estrangeiro que mora entre vocês deve comer sangue.” 13 “‘Se algum israelita ou algum estrangeiro que mora entre vocês, ao caçar, apanhar um animal selvagem ou uma ave que se pode comer, ele terá de derramar o sangue e cobri-lo com pó.14 Pois a vida de todo tipo de criatura é seu sangue, porque a vida está no sangue. Por isso eu disse aos israelitas: “Não comam o sangue de nenhuma criatura, porque a vida de todas as criaturas é seu sangue. Quem o comer será eliminado”. 10

O sangue do ponto de vista de Deus pertence a ele porque ele é o Criador da vida. Sobre a doação e a recepção de órgãos é uma questão pessoal. Não há nenhum princípio bíblico sobre esta questão. O Sangue é inegociável.

É POSSÍVEL DETUPAR O HEBRAICO COM ENSINOS PAGÃOS? Quando Deus criou o ser humano sua intenção era que ele vivesse eternamente. Somente morreriam caso desobedecem a sua ordem que era o princípio de uma lei para que pudesse governar, visto que, ele criou os humanos com livre arbítrio. Infelizmente uma lei tão simples e nada de complicação, mesmo assim o primeiro casal desobedeceu à sua ordem. Veja a lei descrita em Gênesis 2:15-17: “15 Deus

tomou o homem e o estabeleceu no jardim do Éden, para que o cultivasse e tomasse conta dele. 16 Deus deu também esta ordem ao homem: “De toda árvore do jardim, você pode comer à vontade. 17 Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não coma dela,

porque, no dia em que certamente morrerá.”

dela comer,

você

Esta lei foi dada para estabelecer limites e para que o homem aprendesse a necessidade de ser submisso a Deus. Esta lei era muito simples de ser obedecida. Mas infelizmente, por um desvio de percurso, o casal desobedeceu e consequentemente herdou a morte.

O que aconteceu? Um anjo de Deus resolveu e deixou desenvolver em seu coração um desejo errado. Esse desejo era a inveja de ver a terra toda cheia de pessoas adorando a Deus. Ele tomou a pior decisão. Ele influenciou Eva da seguinte forma: Veja o relato de Gên. 3:1-24:

3 “A serpente era o mais cauteloso de todos os animais selvagens, que Jeová Deus havia feito. Assim, ela disse à mulher: “Foi isso mesmo que Deus disse, que vocês não devem comer de toda árvore do jardim?” 2 Então a mulher disse à serpente: “Podemos comer do fruto das árvores do jardim. 3 Mas, sobre o fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Não comam dele, não, nem toquem nele; do contrário, vocês morrerão.’” 4 Então a serpente disse à mulher: “Vocês certamente não morrerão. 5 Pois Deus sabe que, no mesmo dia em que comerem dele, seus olhos

se abrirão e vocês serão como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.” 6 Assim, a mulher viu que a árvore era boa para alimento e que era desejável aos olhos, sim, a árvore era agradável de contemplar. Então ela pegou do seu fruto e começou a comê-lo. Depois deu também do fruto ao seu marido, quando ele estava com ela, e ele começou a comê-lo. 7 Então os olhos de ambos se abriram, e eles perceberam que estavam nus. Por isso costuraram folhas de figueira para cobrir a sua nudez. 8 Mais tarde eles ouviram a voz de Jeová Deus, que estava andando pelo jardim, por volta da hora em que a brisa soprava, e o homem e sua esposa se esconderam da face de Jeová Deus entre as árvores do jardim. 9 E Jeová Deus chamava o homem e lhe dizia: “Onde você está?” 10 Por fim, ele respondeu: “Ouvi a tua voz no jardim, mas fiquei com medo porque eu estava nu, por isso me escondi.” 11 Com isso, ele perguntou: “Quem lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu da árvore de que lhe ordenei que não comesse?” 12 O homem disse: “A mulher que me deste para estar comigo, foi ela que me deu do fruto da árvore, por isso comi.” 13 Jeová Deus disse então à mulher: “O que você fez?” A mulher respondeu: “A serpente me enganou, por isso comi.” 14 Então Jeová Deus disse à serpente: “Por ter feito isso, você é maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens. Sobre o seu ventre você rastejará, e

comerá pó todos os dias da sua vida. 15 E porei inimizade entre você e a mulher, e entre o seu descendente e o descendente dela. Este esmagará a sua cabeça, e você ferirá o calcanhar dele.” 16 À mulher ele disse: “Aumentarei muito as dores da sua gravidez; em dores você dará à luz filhos, e terá desejo de estar com seu marido, e ele a dominará.”17 E a Adão ele disse: “Visto que você escutou a voz da sua esposa e comeu da árvore a respeito da qual lhe dei a ordem: ‘Não coma dela’, maldito é o solo por sua causa. Em dor você comerá dos produtos dele todos os dias da sua vida. 18 Ele produzirá para você espinhos e abrolhos, e você terá de comer a vegetação do campo. 19 No suor do seu rosto comerá pão, até que você volte ao solo, pois dele foi tirado. Porque você é pó e ao pó voltará.” 20 Depois disso, Adão chamou a sua esposa de Eva, porque ela se tornaria a mãe de todos os viventes. 21 E Jeová Deus fez vestes compridas de pele para Adão e para sua esposa, a fim de vestilos. 22 Jeová Deus disse então: “O homem se tornou como um de nós, sabendo o que é bom e o que é mau. Agora, para que ele não estenda a mão e pegue também do fruto da árvore da vida, e coma, e viva para sempre, . . .” 23 Com isso, Jeová Deus o expulsou do jardim do Éden para cultivar o solo de que tinha sido tirado. 24”

De forma que, ele expulsou o homem, e colocou ao leste do jardim do Éden e Deus colocou dois anjos querubins e a lâmina chamejante de uma espada que girava continuamente, guardando o caminho para a árvore da vida.

Caso o homem não comesse do fruto que levaria a morte, havia também outra árvore que após passar o período da prova ele comeria da árvore da vida. Esta dava a oportunidade de viver para sempre.

INICIO DA RELIGIÃO FALSA

Este anjo que disse para Eva que ela não morreria, veio a ser conhecido pelo nome em hebraico de Diabo e Satanás. Para muitas pessoas este nome assusta, porém elas significam; opositor e caluniador.

Como a morte veio, para cobrir uma mentira normalmente tem que haver outra mentira para tentar justificar a primeira. Foi isto que Satanás fez. Ele inventou que nós temos uma alma que não morre. Além da palavra alma há também a palavra espírito. Na mentira dele, ela inventou que alma não morre e nem o espírito. Quem é bom vai para o céu e

que não é vai para o inferno. Mas, não foi isso que Deus disse. Ele falou que o homem voltaria ao pó da terra, ou seja, deixaria de existir. Ainda mais, Deus não é cruel para deixar a pessoa sofrer num inferno eternamente.

O DESENVOLVIMENTO DA RELIGIÃO FALSA

Após a destruição dos homens maus no dilúvio, os filhos de Noé; Sem Cã e Jafé tiveram seus filhos e ao passo que a descendência deles aumentava em número, os habitantes da Terra de Sinear, uma planície, onde atualmente é o Iraque, iniciaram a construção de uma grande torre para fazerem um nome célebre. Deus confundiu a língua hebraica que eles falavam apagando totalmente da mente deles e foi implantada uma nova língua forçando eles desistirem da construção da torre que seria uma concentração da religião falsa. O hebraico continuou a ser falado somente pelos seus servos fieis.

Com o tempo, a humanidade foi aumentando e surgiu a primeira potência mundial; o Egito. O Egito desenvolveu também na crença de diversos deuses. Até mesmo o próprio Faraó seria um deus encarnado.

TRINDADE

Uma doutrina que mais deturpa a identidade de Deus é a doutrina da trindade. Nesta doutrina chamada de mistério é que O Pai, Filho e Espírito Santo são apenas um. Três em um.

O escudo acima ou diagrama tradicional Scutum Fidei do simbolismo medieval cristão ocidental, desde o século XII.

A Santíssima Trindade, por um mestre português desconhecido (século XVI). Museu Diocesano de Santarém, Portugal. Falando sobre as diversas religiões da humanidade levou as pessoas ficarem confusas sem saber onde está realmente a verdade. Por exemplo; os Induz acreditam em mais de 330 milhões de deuses. Não consigo entender o porquê de tantos deuses e como conseguiram contá-los.

A VERDADE CONTIDA NA BÍBLIA

A Bíblia começou a ser escrita em 1.513 a.C. Moisés foi o escritor dos cinco primeiros livros. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

Para uma melhor e a única compreensão, devemos entender a origem ou a raiz da palavra hebraica e também discernir o verdadeiro sentido de quem escreveu e como pensavam e entendiam os Israelitas e consequentemente os Judeus.

Não há nenhuma indicação que os Judeus criam em uma trindade. Eles acreditavam em só Deus. Todos usavam ostensivamente o nome dele Jeová.

Naquela época a identidade de Jesus Cristo nem era conhecida. A única coisa que eles sabiam e aguardava ansiosamente, era a vinda do Messias que seria o libertador da humanidade da escravidão do pecado e a morte. Alguns líderes judaicos acreditavam que o Messias iria libertá-los do jugo dos romanos. Talvez um Messias político.

A MORTE PARA OS JUDEUS

Falando de modo simples a morte é o contrário da vida. Os Judeus não tinham medo da morte e nem que sofreriam após a morte. Não há nenhuma evidência dessa possibilidade nas crenças judaicas.

Muitas vezes quando uma pessoa estava extremamente estressada e sofrendo, a pessoa queria morrer para ficar livre do sofrimento.

SEOL

O SEOL significa: Sepultura comum da humanidade, o domínio da sepultura; não um lugar de sepultamento ou sepulcro específico (hebr.: qé·ver, Jz 16:31; qevu·ráh, Gên 35:20), nem um túmulo individual (hebr.: ga·dhísh, Jó 21:32).

Embora se tenham oferecido diversas derivações da palavra hebraica sheʼóhl, pelo visto, ela deriva do verbo hebraico sha·ʼál, que significa “pedir; solicitar”. Samuel Peake, em A Compendious Hebrew Lexicon (Léxico Compendioso do Hebraico), declara que é “o receptáculo comum ou região dos mortos; chamado assim por causa da insaciabilidade da sepultura, a qual como que sempre pede ou quer mais”. (Cambridge, 1811, p. 148) Isto indica que o Seol é o lugar (não uma condição) que pede ou exige todos sem distinção, porque recebe em si os mortos da humanidade. A palavra hebraica sheʼóhl ocorre 65 vezes no texto massoretico. Na versão Almeida, revista e corrigida, é traduzida 28 vezes por “inferno”, 27 vezes por “sepultura”, 5 vezes por “sepulcro”, 2 vezes é deixada “Seol” e uma vez cada é vertida “terra”, “mundo invisível” e “enterrado”. A versão católica de Matos Soares verte a palavra 34 vezes por “inferno(s)”, 11 vezes por “habitação dos mortos”, 11 vezes por “sepulcro”, 4 vezes por “sepultura”, 2 vezes por “cheol” e uma vez cada por “abismo”, “morte” e

“perigos exiciais”. Além disso, em Isaías 7:11, o texto hebraico originalmente rezava sheʼóhl, e foi traduzido “Hades” nas antigas versões gregas de Áquila, Símaco e Teodócio, e como “terra” na versão de Matos Soares. Não há nenhuma palavra portuguesa que transmita o sentido exato da palavra hebraica sheʼóhl. Comentando o uso da palavra “inferno” na tradução da Bíblia, Collier’s Encyclopedia (Enciclopédia da Collier; 1986, Vol. 12, p. 28) diz: “Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.” Versões mais recentes transliteram a palavra como “Xeol”, “Cheol” ou “Seol”. — BJ, BMD, NM. A respeito de Seol, a Encyclopædia Britannica (Enciclopédia Britânica; 1971, Vol. 11, p. 276) observou: “Seol estava localizado em alguma parte ‘debaixo’ da terra. . . . A condição dos mortos não era de dor nem de prazer. Nem a recompensa para os justos nem o castigo para os iníquos estavam relacionados com o Seol. Tanto os bons como os maus, tiranos e santos, reis e órfãos, israelitas e gentios — todos dormiam juntos sem estarem cônscios uns dos outros.” Ao passo que, em séculos posteriores, o ensino grego da imortalidade da alma humana se infiltrou no pensamento religioso judaico, o registro bíblico

mostra que Seol se refere à sepultura comum da humanidade como lugar onde não existe estado consciente. (Ec 9:4-6, 10) Os que estão no Seol não louvam a Deus, nem o mencionam. (Sal 6:4, 5; Is 38:17-19) No entanto, não se pode dizer que simplesmente represente ‘a condição de se estar separado de Deus’, pois as Escrituras tornam tal ensino insustentável por mostrar que o Seol está “diante” dele, e que Deus, na realidade, está “lá”. (Pr 15:11; Sal 139:7, 8; Am 9:1, 2) Por este motivo, Jó, ansiando ser liberto do sofrimento, orou para que pudesse ir ao Seol e mais tarde ser lembrado por Jeová, e ser chamado para sair do Seol. — Jó 14:1215. Em todas as Escrituras inspiradas, o Seol continuamente é associado com a morte, não com a vida. (1Sa 2:6; 2Sa 22:6; Sal 18:4, 5; 49:7-10, 14, 15; 88:2-6; 89:48; Is 28:15-18; compare também Sal 116:3, 7-10, com 2Co 4:13, 14.) Ele é chamado de “a terra de escuridão” (Jó 10:21) e de lugar de silêncio. (Sal 115:17) Pelo visto, Abel foi o primeiro a ir para o Seol, e desde então incontáveis milhões de mortos humanos se juntaram a ele no pó do solo. No dia de Pentecostes de 33 EC, o apóstolo Pedro citou o Salmo 16:10 e o aplicou a Cristo Jesus. Lucas, citando as palavras de Pedro, usou a palavra grega haí·des, mostrando com isso que Seol e Hades se referem à mesma coisa, à sepultura comum da humanidade. (At 2:25-27, 29-32) Durante o Reinado Milenar de Jesus Cristo, o Seol, ou Hades, será

esvaziado e destruído pela ressurreição de todos os que estiverem nele. — Re 20:13, 14. Jonas e o Seol. No relato sobre Jonas, declara-se que “Jonas orou a Jeová, seu Deus, desde as entranhas do peixe e disse: ‘Na minha aflição clamei a Jeová e ele passou a responder-me. Do ventre do Seol clamei por ajuda. Ouviste a minha voz.’” (Jon 2:1, 2) Portanto, Jonas comparou o interior do peixe ao Seol. Ele a bem dizer estava morto dentro do peixe, mas Jeová fez subir a vida dele da cova, ou do Seol, por preservá-lo vivo e fazer com que fosse vomitado. — Jon 2:6; compare isso com Sal 30:3. Jesus comparou a estada de Jonas no ventre do peixe ao que aconteceria com ele mesmo, dizendo: “Porque, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do enorme peixe, assim estará também o Filho do homem três dias e três noites no coração da terra.” (Mt 12:40) Embora Jesus não usasse ali a palavra “Seol” (Hades), o apóstolo Pedro usou a palavra “Hades” ao se referir à morte e à ressurreição de Jesus. — At 2:27. Sobre a palavra “Seol”, disseram Brynmor F. Price e Eugene A. Nida: “A palavra ocorre muitas vezes nos Salmos e no livro de Jó para se referir ao lugar ao qual vão todos os mortos. É representado como lugar escuro, em que não há atividade digna de menção. Não há distinções de moral ali, de modo que ‘inferno’ (KJV) não é uma tradução apropriada, visto que sugere um contraste com o ‘céu’ como morada dos

justos após a morte. De certo modo, ‘a sepultura’, em sentido genérico, é um equivalente próximo, exceto que Seol é mais uma sepultura em massa, em que todos os mortos moram juntos. . . . O uso desta específica imagem retórica talvez fosse apropriado aqui [em Jonas 2:2], em vista do encarceramento de Jonas no interior do peixe.” — A Translators Handbook on the Book of Jonah (Manual do Tradutor Para o Livro de Jonas), 1978, p. 37. A origem para palavra sheʼóhl. Não se sabe exatamente quando ela começou a ser usada, porém o significado dela sobre a compreensão dos Judeus era de inexistência. A pessoa não estava em nenhum lugar. Somente seus ossos estavam no Seol ou sepultura. A palavra ALMA (Né·fesh) em hebraico, que as religiões ensinam como algo que sai da pessoa e vai para outro lugar e continua existindo, em hebraico de onde se originou a palavra não trás este sentido. Ela significa simplesmente PESSOA. Pessoa viva; alma viva, pessoa morta, alma morta. Também é usada para animais. Interessante como na língua hebraica verte o verdadeiro sentido de alma. Veja o que diz Ezequiel 18:4.

Pois todas as almas pertencem a mim. Tanto a alma do pai como a alma do filho pertencem a mim. A alma que pecar é a que morrerá”. “4

Aqui deixa claro que em hebraico a alma morre, portanto não está sofrendo em lugar nenhum. Outros textos digno de nota são estes: Eclesiastes 9:5 e 10: “5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem absolutamente nada, nem têm mais recompensa, porque toda lembrança deles caiu no esquecimento Tudo o que a sua mão achar para fazer, faça-o com toda a sua força, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria na Sepultura, { sheʼóhl }o lugar para onde você vai”. “10

Outro termo que gera polêmica é a palavra espírito. Escreve como abaixo e sua pronúncia. Muitas religiões ensinam que o espírito sai da pessoa a vai para o céu ou conforme a crença pode estar em um local intermediário. Limbo. Porém, esta palavra tem o sentido de fôlego ou respiração.

ESPÍRITO A palavra grega pneú·ma (espírito) deriva de pné·o, que significa “respirar ou soprar”, e crê-se que a

palavra hebraica rú·ahh (espírito) derive duma raiz que tem o mesmo sentido. Rú·ahh e pneú·ma, portanto, significam basicamente “fôlego”, mas têm significados ampliados além do sentido básico. (Veja Hab 2:19; Re 13:15.) Podem também significar vento; a força vital nas criaturas viventes; o espírito que a pessoa revela ter; pessoas espirituais, inclusive Deus e suas criaturas angélicas; e a força ativa de Deus, ou Seu espírito santo. (Veja Lexicon in Veteris Testamenti Libros [Léxico dos Livros do Velho Testamento], de Koehler e Baumgartner, Leiden, 1958, pp. 877-879; Hebrew and English Lexicon of the Old Testament [Léxico Hebraico e Inglês do Velho Testamento], de Brown, Driver e Briggs, 1980, pp. 924-926; Theological Dictionary of the New Testament [Dicionário Teológico do Novo Testamento], editado por G. Friedrich, traduzido para o inglês por G. Bromiley, 1971, Vol. VI, pp. 332451.) Todos estes significados têm uma coisa em comum: todos se referem a algo invisível para a visão humana e que dá evidência de força em ação. Tal força invisível é capaz de produzir efeitos visíveis. Outra palavra hebraica, nesha·máh (Gên 2:7), também significa “fôlego”, mas tem sentido mais limitado do que rú·ahh. A palavra grega pno·é parece ter um sentido limitado similar (At 17:25) e foi usada pelos tradutores da Septuaginta para verter nesha·máh. Vento. Consideremos primeiro o sentido que talvez seja mais fácil de compreender. O contexto, em muitos casos, mostra que rú·ahh significa “vento”,

como “vento oriental” (Êx 10:13), os “quatro ventos”. (Za 2:6) A menção de coisas tais como nuvens, tempestades, o vento levar palha, ou coisas de natureza similar, que aparecem no contexto, frequentemente torna evidente este sentido. (Núm 11:31; 1Rs 18:45; 19:11; Jó 21:18) Por se usarem os quatro ventos para significar as quatro direções — leste, oeste, norte e sul — rú·ahh às vezes pode ser traduzido ‘direção’ ou ‘lado’. — 1Cr 9:24; Je 49:36; 52:23; Ez 42:16-20. Jó 41:15, 16, diz a respeito das escamas bem ajustadas do leviatã que “nem mesmo o ar [werú·ahh] pode penetrar entre elas”. Aqui, novamente, rú·ahh representa ar em movimento, não apenas ar num estado parado ou imóvel. De modo que está presente a ideia de uma força invisível, a característica básica da palavra hebraica rú·ahh. Evidentemente, o único caso em que, nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra pneú·ma é usada no sentido de “vento” é em João 3:8. O homem não pode controlar o vento; não pode orientá-lo, dirigi-lo, restringi-lo ou possuí-lo. Por causa disso, “vento [rú·ahh]” freqüentemente representa aquilo que é incontrolável ou inalcançável pelo homem — algo elusivo, transitório, fútil, de nenhum benefício genuíno. (Veja Jó 6:26; 7:7; 8:2; 16:3; Pr 11:29; 27:15, 16; 30:4; Ec 1:14, 17; 2:11; Is 26:18; 41:29.) Veja uma consideração mais plena disso sob VENTO.

Pessoas Espirituais. Deus é invisível aos olhos humanos (Êx 33:20; Jo 1:18; 1Ti 1:17), e ele está vivo e exerce insuperável força em todo o universo. (2Co 3:3; Is 40:25-31) Cristo Jesus declara: “Deus é Espírito [Pneú·ma].” O apóstolo escreve: “Ora, Jeová é o Espírito.” (Jo 4:24; 2Co 3:17, 18) O templo edificado sobre Cristo como pedra angular de alicerce é um “lugar para Deus habitar por espírito”. — Ef 2:22. Isto não significa que Deus seja uma força impessoal, incorpórea, assim como o vento. As Escrituras atestam inconfundivelmente que ele tem personalidade; possui também um lugar, de modo que Cristo podia falar de ‘ir para o Pai’, a fim de que pudesse ‘aparecer por nós perante a pessoa de Deus [literalmente: “face de Deus”]’. — Jo 16:28; He 9:24; compare isso com 1Rs 8:43; Sal 11:4; 113:5, 6; veja JEOVÁ (A Pessoa Identificada Pelo Nome). A expressão “meu espírito” (ru·hhí), usada por Deus em Gênesis 6:3, pode significar “eu, o Espírito”, assim como seu uso de “minha alma” (naf·shí) tem o sentido de “eu, a pessoa”, ou “minha pessoa”. (Is 1:14; veja ALMA [Deus Como Tendo Alma].) Ele contrasta assim a sua posição espiritual, celestial, com a do homem terreno, carnal. O Filho de Deus. O “filho unigênito” de Deus, a Palavra, era uma pessoa espiritual assim como seu Pai, portanto, ‘existindo em forma de Deus’ (Fil 2:5-

8), mais tarde, porém, “se tornou carne”, residindo entre a humanidade como o homem Jesus. (Jo 1:1, 14) Ao completar a sua carreira terrestre, foi “morto na carne, mas vivificado no espírito”. (1Pe 3:18) Seu Pai o ressuscitou, concedendo o pedido do seu Filho, de este ser glorificado junto ao Pai com a glória que tivera na sua existência pré-humana (Jo 17:4, 5), e Deus o fez um “espírito vivificante”. (1Co 15:45) O Filho tornou-se assim novamente invisível aos olhos humanos, morando “em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver”. — 1Ti 6:14-16. Outras criaturas espirituais. Anjos são chamados pelos termos rú·ahh e pneú·ma em diversos textos. (1Rs 22:21, 22; Ez 3:12, 14; 8:3; 11:1, 24; 43:5; At 23:8, 9; 1Pe 3:19, 20) Nas Escrituras Gregas Cristãs, a maioria dessas referências são a criaturas espirituais iníquas, demônios. — Mt 8:16; 10:1; 12:43-45; Mr 1:23-27; 3:11, 12, 30. O Salmo 104:4 diz que Deus “faz os seus anjos espíritos, seus ministros, um fogo devorador”. Algumas traduções preferiram verter isso assim: “Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros um fogo abrasador”, ou de modo similar. (Al, BJ, IBB, PIB) Tais traduções do texto hebraico não são inadmissíveis (veja Sal 148:8); no entanto, a citação deste texto pelo apóstolo Paulo (He 1:7) coincide com a da Septuaginta grega e se harmoniza com a primeira versão acima. (No texto grego de Hebreus 1:7, usa-se o artigo definido [tous] antes de “anjos”, não antes de “espíritos [pneú·ma·ta]”, tornando os

anjos o sujeito correto da oração.) Barnes’ Notes on the New Testament (Notas Sobre o Novo Testamento, de Barnes; 1974) diz: “Deve-se presumir que [Paulo], que tinha sido educado no conhecimento da língua hebraica, deve ter tido melhor oportunidade de saber qual era sua lídima construção [referindo-se ao Salmo 104:4], do que nós; e é moralmente certo de que ele empregaria este trecho, num argumento, conforme era comumente entendido por aqueles a quem ele escrevia — isto é, àqueles que estavam familiarizados com a língua e a literatura hebraicas.” — Veja He 1:14. Os anjos de Deus, embora capazes de se materializar em forma humana e de aparecer a homens, não são por natureza materiais ou carnais, e por isso são invisíveis. São ativamente vivos e capazes de exercer grande força, e os termos rú·ahh e pneú·ma, portanto, descrevem-nos aptamente. Efésios 6:12 fala sobre a pugna cristã, “não contra sangue e carne, mas contra os governos, contra as autoridades, contra os governantes mundiais desta escuridão, contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais”. A última parte do texto grego reza literalmente: “Para com as (coisas) espirituais [gr.: pneu·ma·ti·ká] da iniquidade nos [lugares] celestiais.” A maioria das traduções modernas reconhece que não se faz aqui referência simplesmente a algo abstrato, “iniquidade espiritual” (KJ), mas refere-se à iniquidade de pessoas espirituais. De modo que temos traduções tais como “as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”

(ALA), “as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes” (VB), “os Espíritos do Mal, que povoam as regiões celestiais” (BJ), “as forças sobrehumanas do mal nos céus” (NE). A Força Ativa de Deus; Espírito Santo. A grandíssima maioria das ocorrências de rú·ahh e pneú·ma está relacionada com o espírito de Deus, sua força ativa, seu espírito santo. Não é uma pessoa. Foi só no quarto século EC que o ensino de o espírito santo ser uma pessoa e parte da “Divindade” tornou-se dogma oficial da igreja. Os primitivos “pais” da igreja não ensinavam isso; Justino, o Mártir, do segundo século EC, ensinava que o espírito santo era ‘uma influência ou um modo de agir da Deidade’; Hipólito tampouco atribuiu personalidade ao espírito santo. As próprias Escrituras estão unidas em mostrar que o espírito santo de Deus não é uma pessoa, mas é a força ativa de Deus, pela qual ele realiza seus propósitos e executa sua vontade. Deve-se primeiro notar que as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um” (Al), encontradas em traduções mais antigas em 1 João 5:7, na realidade são acréscimos espúrios ao texto original. Uma nota de rodapé em A Bíblia de Jerusalém, uma tradução católica, diz que este acréscimo está “ausente dos antigos mss [manuscritos] gregos, das antigas versões e dos melhores mss da Vulg. [Vulgata]”. A Textual

Commentary on the Greek New Testament (Comentário Textual Sobre o Novo Testamento Grego), de Bruce Metzger (1975, pp. 716-718), delineia em pormenores a história dessa passagem espúria. Declara que a passagem é primeiro encontrada num tratado intitulado Liber Apologeticus, do quarto século, e que ela aparece em manuscritos do latim antigo e na Vulgata das Escrituras, a partir do sexto século. As traduções modernas, como um todo, tanto católicas como protestantes, não incluem essas palavras no corpo principal do texto, por reconhecerem sua natureza espúria. — IBB, MC, PIB. Personificação não prova personalidade. É verdade que Jesus falou do espírito santo como “ajudador” e falou de tal ajudador como ‘ensinando’, ‘dando testemunho’, ‘dando evidência’, ‘guiando’, ‘falando’, ‘ouvindo’ e ‘recebendo’. Ao fazer isso, o grego original mostra que Jesus, às vezes, aplicava o pronome pessoal masculino a este “ajudador” (paracleto). (Veja Jo 14:16, 17, 26; 15:26; 16:7-15.) No entanto, não é incomum, nas Escrituras, que aquilo que realmente não é pessoa seja personalizado ou personificado. A sabedoria é personificada no livro de Provérbios (1:20-33; 8:1-36); e formas pronominais femininas são usadas para ela no original hebraico, como também em muitas traduções. A sabedoria é também personificada em Mateus 11:19 e em Lucas 7:35, onde é apresentada como tendo tanto “obras” como “filhos”. O apóstolo Paulo personalizou o pecado e a morte, e também a benignidade imerecida, como ‘reinando’. (Ro 5:14, 17, 21; 6:12)

Fala do pecado como “recebendo induzimento”, ‘produzindo cobiça’, ‘seduzindo’ e ‘matando’. (Ro 7:811) Todavia, é óbvio que Paulo não queria dizer que o pecado era realmente uma pessoa. Assim, também, as palavras de Jesus sobre o espírito santo, no relato de João, têm de ser tomadas em harmonia com o contexto. Jesus personalizou o espírito santo ao falar daquele espírito como “ajudador” (que em grego é o substantivo masculino pa·rá·kle·tos). Portanto, João apresenta as palavras de Jesus corretamente como se referindo a este aspecto de “ajudador” do espírito com pronome pessoal masculino. Por outro lado, no mesmo contexto, quando usa a palavra grega pneú·ma, João emprega um pronome neutro para se referir ao espírito santo, a própria palavra pneú·ma sendo neutra. Assim, temos no uso que João faz do pronome pessoal masculino em associação com pa·rá·kle·tos um exemplo de concordância com as regras gramaticais, não uma expressão de doutrina. — Jo 14:16, 17; 16:7, 8. Não tem identificação como pessoa. Visto que o próprio Deus é Espírito e é santo, e visto que todos os seus fiéis filhos angélicos são espíritos e são santos, é evidente que, se o “espírito santo” fosse pessoa, as Escrituras deveriam razoavelmente fornecer alguns meios para diferenciar e identificar tal pessoa espiritual dentre todos esses outros ‘espíritos santos’. Seria de esperar que, pelo menos, se usasse o artigo definido para ele em todos os casos onde não é chamado de “espírito santo de Deus”, ou

não é modificado por alguma expressão similar. Isto pelo menos o distinguiria como O Espírito Santo. Mas, ao contrário, em grande número de casos, a expressão “espírito santo” aparece no grego original sem o artigo, indicando assim ausência de personalidade. — Veja At 6:3, 5; 7:55; 8:15, 17, 19; 9:17; 11:24; 13:9, 52; 19:2; Ro 9:1; 14:17; 15:13, 16, 19; 1Co 12:3; He 2:4; 6:4; 2Pe 1:21; Ju 20, Int e outras traduções interlineares. Como se batiza em seu “nome”. Em Mateus 28:19, mencionam-se “o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo”. Um “nome” pode significar algo diferente de um nome pessoal. Em português, quando dizemos “em nome da lei”, ou “em nome do bom senso”, não nos referimos a uma pessoa como tal. Por “nome”, em tais expressões, queremos dizer ‘aquilo que a lei representa, ou sua autoridade’, e ‘aquilo que o bom senso representa ou exige’. O termo grego para “nome” (ó·no·ma) também pode ter este sentido. Assim, ao passo que algumas traduções (KJ; AS; Tr) seguem literalmente o texto grego, em Mateus 10:41, e dizem que aquele que “receber um profeta no nome dum profeta receberá a recompensa dum profeta; e aquele que receber um homem justo no nome dum homem justo receberá a recompensa dum homem justo”, traduções mais modernas dizem: “Quem recebe um profeta na qualidade de profeta”, e: “Quem recebe um justo na qualidade de justo”, ou algo similar. (BJ, BMD, BV, NM) Neste respeito, Word Pictures in the New Testament (Quadros Verbais no Novo Testamento; 1930, Vol. I, p. 245), de Robertson, diz sobre Mateus 28:19: “O uso de nome

(onoma) aqui é um uso comum na Septuaginta e nos papiros para simbolizar poder ou autoridade.” Portanto, o batismo ‘em o nome do espírito santo’ subentende o reconhecimento deste espírito como tendo por fonte a Deus e como exercendo sua função segundo a vontade divina. Outra evidência de sua natureza impessoal. Evidência adicional contrária à ideia de personalidade atribuída ao espírito santo é o modo em que é usado em associação com outras coisas impessoais, tais como água e fogo (Mt 3:11; Mr 1:8); e fala-se de cristãos como batizados “em espírito santo”. (At 1:5; 11:16) Insta-se com as pessoas a ficarem ‘cheias de espírito’, em vez de vinho. (Ef 5:18) Assim, também, fala-se de pessoas como ‘cheias’ dele, junto com qualidades tais como sabedoria e fé (At 6:3, 5; 11:24), ou alegria (At 13:52); e espírito santo é inserido, ou intercalado, entre diversas de tais qualidades, em 2 Coríntios 6:6. É bem improvável que se fizessem tais expressões se o espírito santo fosse uma pessoa divina. Quanto a o espírito ‘dar testemunho’ (At 5:32; 20:23), deve-se notar que se diz a mesma coisa a respeito da água e do sangue, em 1 João 5:6-8. Ao passo que alguns textos se referem ao espírito como ‘dando testemunho’, ‘falando’ ou ‘dizendo’ coisas, outros textos tornam claro que ele falou por meio de pessoas, sem ter voz pessoal própria. (Veja He 3:7; 10:15-17; Sal 95:7; Je 31:33, 34; At 19:2-6; 21:4; 28:25.) De modo que pode ser comparado a ondas de rádio, que podem transmitir uma mensagem de alguém falando ao microfone e fazer sua voz ser

ouvida por outros a grande distância, na realidade, ‘falando’ a mensagem por meio dum alto-falante. Deus, por seu espírito, transmite suas mensagens e comunica sua vontade à mente e ao coração dos seus servos na terra, os quais, por sua vez, podem transmitir esta mensagem a outros. Diferençado de “poder”. Portanto, rú·ahh e pneú·ma, quando usados com referência ao espírito santo de Deus, referem-se à força ativa invisível de Deus, pela qual ele realiza seu propósito e vontade divinos. É “santo”, porque procede Dele, não duma fonte terrestre, e está livre de toda a corrupção, como “o espírito de santidade”. (Ro 1:4) Não é o “poder” de Jeová, porque esta palavra portuguesa traduz mais corretamente outros termos nas línguas originais (hebr.: kó·ahh; gr.: dý·na·mis). Rú·ahh e pneú·ma são palavras usadas em íntima associação, ou mesmo em paralelo, com esses termos que significam “poder”, o que mostra que há uma inerente interligação entre eles, e, ainda assim, uma nítida diferença. (Miq 3:8; Za 4:6; Lu 1:17, 35; At 10:38) “Poder”, basicamente, é a habilidade ou capacidade de atuar ou de fazer coisas, e pode ser latente, dormente ou inativamente residente em alguém ou em alguma coisa. “Força”, por outro lado, descreve mais especificamente energia projetada e exercida sobre pessoas ou coisas, e pode ser definida como “uma influência que produz ou tende a produzir movimento, ou a mudança de movimento”. “Poder” pode ser assemelhado à energia acumulada numa bateria, ao passo que “força” pode ser comparada à corrente elétrica que flui de tal bateria. “Força”,

portanto, representa mais exatamente o sentido dos termos hebraico e grego relacionados com o espírito de Deus, e isto é corroborado pela consideração das Escrituras. Seu Uso na Criação. Jeová Deus realizou a criação do universo material por meio de seu espírito, ou força ativa. A respeito do planeta Terra, nos seus primitivos estágios formativos, o registro declara que “a força ativa [ou “espírito” (rú·ahh)] de Deus moviase por cima da superfície das águas”. (Gên 1:2) O Salmo 33:6 diz: “Pela palavra de Jeová foram feitos os próprios céus, e pelo espírito de sua boca, todo o exército deles.” Igual a um poderoso sopro, o espírito de Deus pode ser enviado para exercer poder, embora não haja contato corporal com aquilo sobre o que age. (Veja Êx 15:8, 10.) Ao passo que um artífice humano usaria a força das suas mãos e dos seus dedos para produzir algo, Deus usa seu espírito. Por isso, fala-se de tal espírito também como “mãos” ou “dedos” de Deus. — Compare Sal 8:3; 19:1; Mt 12:28, com Lu 11:20. A ciência moderna chama a matéria de energia organizada, como feixes de energia, e reconhece que “a matéria pode ser transformada em energia, e a energia pode ser transformada em matéria”. (Enciclopédia Delta Universal, Vol. 9, p. 5140) A imensidão do universo que o homem já conseguiu discernir por meio de seus telescópios dá uma leve ideia da inesgotável fonte de energia encontrada em Jeová Deus. Conforme escreveu o profeta: “Quem

mediu as proporções do espírito de Jeová?” — Is 40:12, 13, 25, 26. Fonte da vida animada, da faculdade de reprodução. Não somente a criação inanimada, mas também toda a criação animada deve sua existência e vida à operação do espírito de Jeová, que produziu as criaturas viventes originais por meio das quais todas as atuais criaturas viventes vieram à existência. (Compare isso com Jó 33:4; veja neste artigo a seção “Fôlego; Fôlego de Vida; Força de Vida”.) Jeová usou seu espírito santo para reavivar as faculdades reprodutivas de Abraão e de Sara, e por isso se podia falar de Isaque como tendo “nascido na maneira do espírito”. (Gál 4:28, 29) Deus, por seu espírito, também transferiu a vida de seu Filho do céu para a terra, induzindo a concepção no ventre da virgem judia, Maria. — Mt 1:18, 20; Lu 1:35. Espírito Usado a Favor dos Servos de Deus. Uma das principais operações do espírito de Deus envolve sua capacidade de informar, de iluminar, de revelar coisas. Por isso, Davi podia orar: “Ensina-me a fazer a tua vontade, porque tu és o meu Deus. Teu espírito é bom; guie-me ele na terra da retidão.” (Sal 143:10) Bem antes, José havia fornecido a interpretação dos sonhos proféticos de Faraó, habilitado para isso pela ajuda de Deus. O governante egípcio reconheceu a operação do espírito de Deus sobre José. (Gên 41:16, 25-39) Este poder iluminador do espírito é especialmente notável nas profecias. As profecias, conforme mostra o apóstolo, não procederam de interpretação humana das

circunstâncias ou dos eventos; não resultaram de alguma habilidade inata dos profetas, de explicar o sentido e o significado destes, ou de predizer o aspecto de eventos futuros. Antes, esses homens “eram movidos por espírito santo” — induzidos, movidos ou guiados pela força ativa de Deus. (2Pe 1:20, 21; 2Sa 23:2; Za 7:12; Lu 1:67; 2:25-35; At 1:16; 28:25; veja PROFECIA; PROFETA.) Do mesmo modo, também as Escrituras inspiradas, na sua inteireza, foram ‘inspiradas por Deus’, expressão que traduz a grega the·ó·pneu·stos, que significa literalmente ‘sopradas por Deus’. (2Ti 3:16) O espírito operava de diversas maneiras na comunicação com esses homens e em orientá-los, em alguns casos fazendo-os ter visões ou sonhos (Ez 37:1; Jl 2:28, 29; Re 4:1, 2; 17:3; 21:10), mas em todos os casos operando sobre a mente e o coração deles, para motivá-los e guiá-los segundo o propósito de Deus. — Da 7:1; At 16:9, 10; Re 1:10, 11; Portanto, o espírito de Deus não somente dá revelação e entendimento da vontade de Deus, mas também energiza Seus servos a realizar coisas em harmonia com esta vontade. Este espírito atua como força impulsora que os move e impele, assim como Marcos diz que o espírito “impeliu” Jesus a ir para o ermo, após o seu batismo. (Mr 1:12; compare isso com Lu 4:1.) Pode ser como um “fogo” dentro deles, fazendo-os ficar “fervorosos” com esta força (1Te 5:19; At 18:25; Ro 12:11), em certo sentido aumentando neles ‘energia’ ou pressão para realizar certa obra. (Veja Jó 32:8, 18-20; 2Ti 1:6, 7.) Recebem “o poder do espírito”, ou “poder por intermédio de

seu espírito”. (Lu 2:27; Ef 3:16; compare isso com Miq 3:8.) No entanto, não se trata apenas dum impulso inconsciente, cego, porque afeta também a mente e o coração deles, de modo que podem cooperar inteligentemente com a força ativa que lhes é dada. O apóstolo podia assim dizer a respeito daqueles que haviam recebido o dom de profecia, na congregação cristã, que “os dons do espírito dos profetas hão de ser controlados pelos profetas”, a fim de manter a boa ordem. — 1Co 14:31-33. Variedade de operações. Assim como se pode usar uma corrente elétrica para realizar uma enorme variedade de tarefas, assim o espírito de Deus é usado para comissionar e habilitar pessoas a fazer uma ampla variedade de coisas. (Is 48:16; 61:1-3) Conforme Paulo escreveu a respeito dos dons milagrosos do espírito nos seus dias: “Ora, há variedades de dons, mas há o mesmo espírito; e há variedades de ministérios, contudo há o mesmo Senhor; e há variedades de operações, contudo é o mesmo Deus quem realiza todas as operações em todas as pessoas. Mas a manifestação do espírito é dada a cada um com um objetivo proveitoso.” — 1Co 12:4-7. O espírito tem força ou capacidade habilitadora; pode habilitar pessoas para um serviço ou para um cargo. Embora Bezalel e Ooliabe talvez conhecessem os ofícios antes da sua designação relacionada com a fabricação do equipamento do tabernáculo e das vestes sacerdotais, o espírito de Deus ‘encheu-os com sabedoria, entendimento e conhecimento’, para que a

obra fosse feita da maneira intencionada. Aumentou suas habilidades naturais e o conhecimento que já tivessem, e habilitou-os a instruir outros. (Êx 31:1-11; 35:30-35) O plano arquitetônico para o posterior templo foi dado a Davi por inspiração, quer dizer, pela operação do espírito de Deus, habilitando assim Davi a empreender uma extensa obra preparatória para o projeto. — 1Cr 28:12. O espírito de Deus agiu sobre Moisés e por meio dele para profetizar e para realizar atos milagrosos, bem como para liderar a nação e atuar como juiz dela, prefigurando assim o papel futuro de Cristo Jesus. (Is 63:11-13; At 3:20-23) No entanto, Moisés, como humano imperfeito, achou pesada a carga de responsabilidade, e Deus ‘tirou um pouco do espírito que havia sobre Moisés e o colocou sobre 70 anciãos’, para que ajudassem a levar a carga. (Núm 11:11-17, 24-30) O espírito tornou-se também ativo em Davi a partir do momento em que foi ungido por Samuel, guiando-o e preparando-o para o seu futuro reinado. — 1Sa 16:13. Josué ficou “cheio do espírito de sabedoria” como sucessor de Moisés. Mas o espírito não produziu nele a capacidade de profetizar ou de realizar obras milagrosas ao ponto que fizera com Moisés. (De 34:9-12) Todavia, habilitou Josué a liderar Israel na campanha militar que resultou na conquista de Canaã. De maneira similar, o espírito de Jeová “envolveu” outros homens, ‘impelindo-os’ como lutadores a favor do povo de Deus, lutadores tais como Otniel, Gideão, Jefté e Sansão. O espírito de

Deus energizou homens a falar a Sua mensagem de verdade com destemor e coragem perante opositores e ao risco da sua vida. — Miq 3:8. Ser o espírito de Deus ‘derramado’ sobre os do seu povo é evidência do Seu favor, e resulta em bênçãos e os torna prósperos. — Ez 39:29; Is 44:3, 4. Julgar e executar julgamento. Deus, por meio do seu espírito, faz o julgamento de homens e de nações; executa também o julgamento decretado — punindo ou destruindo. (Is 30:27, 28; 59:18, 19) Em tais casos, rú·ahh pode apropriadamente ser vertido por “sopro”, como quando Jeová fala de fazer ‘irromper um sopro [rú·ahh] de vendavais’ no seu furor. (Ez 13:11, 13; compare isso com Is 25:4; 27:8.) O espírito de Deus pode alcançar qualquer lugar, agindo a favor ou contra aqueles que recebem Sua atenção.

Em Apocalipse 1:4, os “sete espíritos” de Deus são mencionados como estando diante do Seu trono, e depois se dão sete mensagens, cada uma concluindo com a admoestação de que se “ouça o que o espírito diz às congregações”. (Re 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22) Estas mensagens contêm pronúncias de julgamento, esquadrinhadoras do coração, e promessas de recompensa pela fidelidade. Mostra-se o Filho de Deus como tendo esses “sete espíritos de Deus” (Re 3:1); e estes são chamados de “sete lâmpadas de fogo” (Re 4:5), e também de sete olhos do cordeiro que é

morto, “olhos que significam os sete espíritos de Deus, os quais têm sido enviados à terra inteira”. (Re 5:6) Visto que em outros textos proféticos se usa sete como representando totalidade, parece que estes sete espíritos simbolizam a plena capacidade ativa de observação, discernimento ou percepção do glorificado Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, habilitando-o a inspecionar toda a terra.

A Palavra de Deus é a “espada” do espírito (Ef 6:17), que revela o que a pessoa realmente é, expondo ocultas qualidades ou atitudes do coração, e induzindo-a a abrandar o coração e harmonizar-se com a vontade de Deus expressa por esta Palavra, ou então a endurecer seu coração em rebelião. (Veja He 4:11-13; Is 6:9, 10; 66:2, 5.) Portanto a Palavra de Deus desempenha um papel importante na predição de julgamentos adversos, e visto que a palavra ou mensagem de Deus tem de ser cumprida, o cumprimento desta palavra produz uma ação semelhante à do fogo em palha, e como a dum malho que despedaça o rochedo. (Je 23:28, 29) Cristo Jesus, como principal Porta-voz de Deus, como “A Palavra de Deus”, declara as mensagens divinas de julgamento e está autorizado a ordenar a execução desses julgamentos nos assim julgados. Sem dúvida, este é o sentido das referências a ele eliminar os inimigos de Deus “com o espírito [a força ativa] de sua boca”.

O espírito de Deus atua como “ajudador” da congregação. Conforme Jesus prometeu, quando ascendeu ao céu, ele solicitou ao Pai o espírito santo, ou a força ativa de Deus, e se lhe concedeu autoridade de usar este espírito. ‘Derramou-o’ sobre os seus discípulos fiéis no dia de Pentecostes, continuando a fazer isso depois para com aqueles que se voltavam para Deus por meio do Seu Filho. (Jo 14:16, 17, 26; 15:26; 16:7; At 1:4, 5; 2:1-4, 14-18, 32, 33, 38) Assim como tinham sido batizados em água, agora foram todos ‘batizados em um só corpo’ por este único espírito, como que sendo imersos nele, do mesmo modo em que se pode meter um pedaço de ferro num campo magnético e assim magnetizá-lo. (1Co 12:12, 13; compare isso com Mr 1:8; At 1:5.) Embora o espírito de Deus já antes tivesse operado nos discípulos, conforme se evidenciou por poderem expulsar demônios (veja Mt 12:28; Mr 3:14, 15), operava agora neles de maneira aumentada e mais intensa, e em modos novos, como nunca antes.

Cristo Jesus, como Rei messiânico, tem “o espírito de sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e de potência, o espírito de conhecimento e do temor de Jeová”. (Is 11:1, 2; 42:1-4; Mt 12:18-21) Esta força a favor da justiça é manifestada no seu uso da força ativa, ou espírito, de Deus, em dirigir a congregação cristã na terra, sendo Jesus, por designação de Deus, Cabeça, Dono e Senhor dela. (Col 1:18; Ju 4) Este espírito, como “ajudador”, deu então maior entendimento da vontade e do propósito de Deus, e esclareceu-lhes a Sua Palavra profética. (1Co 2:10-16;

Col 1:9, 10; He 9:8-10) Foram energizados para servirem como testemunhas em toda a terra (Lu 24:49; At 1:8; Ef 3:5, 6); foram-lhes concedidos milagrosos ‘dons do espírito’, habilitando-os a falar em línguas estrangeiras, a profetizar, a curar e a realizar outras atividades, que tanto facilitariam a sua proclamação das boas novas como serviriam de evidência de sua comissão e apoio divinos. — Ro 15:18, 19; 1Co 12:4-11; 14:1, 2, 12-16; compare isso com Is 59:21. Jesus, como Superintendente da congregação, usava o espírito de forma governamental — orientando a escolha de homens para missões especiais e para servir na superintendência, no ensino e no “reajustamento” da congregação. (At 13:2-4; 20:28; Ef 4:11, 12) Induziu-os, bem como restringiu-os, indicando em que lugar deviam concentrar seus esforços ministeriais (At 16:6-10; 20:22), e tornou-os escritores eficazes de ‘cartas de Cristo, inscritas com o espírito de Deus em tábuas carnais, em corações humanos’. (2Co 3:2, 3; 1Te 1:5) Conforme prometido, o espírito reavivou-lhes a memória, estimulou-lhes as faculdades mentais e tornou-os denodados em dar testemunho mesmo perante governantes. Quais “pedras viventes”, estavam sendo constituídos num templo espiritual alicerçado em Cristo, por meio do qual se ofereceriam “sacrifícios espirituais” (1Pe 2:4-6; Ro 15:15, 16) e se entoariam cânticos espirituais (Ef 5:18, 19), e no qual Deus moraria por espírito. (1Co 3:16; 6:19, 20; Ef 2:20-22; compare isso com Ag 2:5.) O espírito de Deus é uma força

unificadora de enorme potência, e enquanto esses cristãos lhe permitiam livre atuação entre eles, uniaos pacificamente em vínculos de amor e de devoção com Deus, com o Filho dele e uns com os outros. (Ef 4:3-6; 1Jo 3:23, 24; 4:12, 13; compare isso com 1Cr 12:18.) O dom do espírito não os preparava para atividades mecânicas, assim como fizera com Bezalel e com outros, que fabricaram e produziram estruturas e equipamentos materiais, mas equipavaos para obras espirituais de ensino, de orientação, de pastoreio e de aconselhamento. O templo espiritual que eles constituíam devia ser adornado pelos lindos frutos do espírito de Deus, e estes frutos de “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé”, bem como qualidades similares, era prova positiva de que o espírito de Deus operava neles e entre eles. (Gál 5:22, 23; compare isso com Lu 10:21; Ro 14:17.) Este era o fator básico e primário que produzia boa ordem e orientação eficaz entre eles. (Gál 5:24-26; 6:1; At 6:1-7; compare isso com Ez 36:26, 27.) Sujeitavam-se à ‘lei do espírito’, força eficaz a favor da justiça, que operava para manter afastadas as práticas da carne inerentemente pecaminosa. (Ro 8:2; Gál 5:16-21; Ju 19-21) Confiavam na operação do espírito de Deus sobre eles, não em habilidades carnais ou na sua formação.

Quando surgiam questões, o espírito santo era ajudador em chegarem a uma decisão, como no caso da circuncisão, decidido pelo corpo, ou conselho, de apóstolos e anciãos em Jerusalém. Pedro contou que se concedera o espírito a pessoas incircuncisas das

nações; Paulo e Barnabé relataram as operações do espírito no seu ministério entre tais pessoas; e Tiago, cuja memória, sem dúvida, foi ajudada por espírito santo, trouxe à atenção a profecia inspirada de Amós, que predizia que pessoas das nações seriam chamadas pelo nome de Deus. Assim, todo o impulso ou ímpeto do espírito santo de Deus apontava numa só direção, e, assim, reconhecendo isso, ao escrever a carta transmitindo sua decisão, este corpo ou conselho disse: “Pois, pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias.”

Unge, gera, dá ‘vida espiritual’. Assim como Deus ungira Jesus com o seu espírito santo, por ocasião do batismo de Jesus (Mr 1:10; Lu 3:22; 4:18; At 10:38), assim ungiu agora os discípulos de Jesus. Esta unção com o espírito era para eles “penhor” da herança celestial, para a qual foram assim chamados (2Co 1:21, 22; 5:1, 5; Ef 1:13, 14), e dava-lhes testemunho de que haviam sido ‘gerados’, ou produzidos, por Deus para serem seus filhos, com a promessa de vida espiritual nos céus. (Jo 3:5-8; Ro 8:14-17, 23; Tit 3:5; He 6:4, 5) Foram purificados, santificados e declarados justos “no nome de nosso Senhor Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus”, espírito que habilitara Jesus a prover o sacrifício resgatador e tornar-se sumo sacerdote de Deus. Por causa desta chamada e herança celestial, os seguidores de Jesus, ungidos com espírito, tinham

uma vida espiritual, embora ainda vivessem como criaturas carnais, imperfeitas. Foi evidentemente a isto que o apóstolo se referiu quando contrastaram os pais terrestres com Jeová Deus, o “Pai de nossa vida espiritual [literalmente: “Pai dos espíritos”]”. (He 12:9; compare isso com o versículo 23.) Eles, quais coerdeiros de Cristo, que hão de ser ressuscitados da morte em corpo espiritual, levando a imagem celestial dele, devem viver na terra como “um só espírito” em união com ele, sua Cabeça, não permitindo que os desejos ou as tendências imorais da sua carne sejam a força que os controla algo que talvez até mesmo resulte em se tornarem “uma só carne” com uma meretriz.

Obter e reter o espírito de Deus. O espírito santo é a “dádiva gratuita” de Deus, que ele de bom grado concede aos que sinceramente o buscam e pedem. (At 2:38; Lu 11:9-13) O fator-chave é o coração reto (At 15:8), mas o conhecimento dos requisitos de Deus e a conformidade com eles também são fatores essenciais. (Veja At 5:32; 19:2-6.) Uma vez que o cristão recebe o espírito de Deus, não deve ‘contristá-lo’ por desprezá-lo (Ef 4:30; compare isso com Is 63:10), adotando um rumo contrário à sua orientação, fixando o coração em objetivos diferentes daquele para o qual ele aponta e impele, rejeitando a inspirada Palavra de Deus e seu conselho e aplicação a si mesmo. (At 7:51-53; 1Te 4:8; compare isso com Is 30:1, 2.) Com hipocrisia, alguém poderia “trapacear” o espírito santo por meio do qual Cristo dirige a congregação, e aqueles que deste modo

‘fazem uma prova’ do poder do espírito santo tomam um rumo desastroso. (At 5:1-11; contraste isso com Ro 9:1.) A oposição deliberada contra a manifestação evidente do espírito de Deus e a rebelião contra ele podem significar blasfêmia contra este espírito, o que é um pecado imperdoável. — Mt 12:31, 32; Mr 3:29, 30; compare isso com He 10:26-31. Fôlego; Fôlego de Vida; Força de Vida. O relato sobre a criação do homem declara que Deus formou o homem do pó do solo e passou a “soprar [forma de na·fáhh] nas suas narinas o fôlego [forma de nesha·máh] de vida, e o homem veio a ser uma alma [né·fesh] vivente.” (Gên 2:7; veja ALMA.) Né·fesh pode ser traduzido literalmente por “alguém que respira”, quer dizer, “criatura que respira”, quer humana, quer animal. Nesha·máh, de fato, é usado para significar “coisa [ou criatura] que respira”, e, como tal, é usado como virtual sinônimo de né·fesh, “alma”. (Veja De 20:16; Jos 10:39, 40; 11:11; 1Rs 15:29.) O registro em Gênesis 2:7 usa nesha·máh para descrever como Deus fez o corpo de Adão ter vida, de modo que o homem se tornou “uma alma vivente”. Outros textos, porém, mostram que estava envolvido mais do que a simples inalação de ar, isto é, mais do que apenas introduzir ar nos pulmões e expeli-lo dali. Assim, em Gênesis 7:22, ao descrever a destruição de vida humana e animal fora da arca, por ocasião do Dilúvio, lemos: “Morreu tudo em que o fôlego [forma de nesha·máh] da força [ou: “espírito” (rú·ahh)] da vida estava ativo nas suas narinas, a saber, todos os que estavam em solo seco.” Nesha·máh, “fôlego”, é assim diretamente associado

ou relacionado com rú·ahh, que aqui descreve o espírito, ou a força de vida, que é ativa em todas as criaturas viventes — almas humanas ou animais.

Conforme declara o Theological Dictionary of the New Testament (Vol. VI, p. 336): “Pode-se discernir o fôlego apenas pelo movimento [como pelo movimento do tórax ou pela expansão das narinas], e é também um sinal, uma condição ou agente de vida, que parece estar esp[ecialmente] ligado à respiração.” Portanto, nesha·máh, ou “fôlego”, tanto é produto de rú·ahh, ou força de vida, como também é um dos meios principais para sustentar esta força de vida nas criaturas viventes. Por exemplo, sabe-se, à base de estudos científicos, que a vida está presente em cada uma dos cem trilhões de células do corpo, e que, embora bilhões de células morram cada minuto, prossegue a constante reprodução de novas células vivas. A força de vida, ativa em todas as células vivas, depende do oxigênio que a respiração traz ao corpo, oxigênio que é transportado a todas as células pela corrente sanguínea. Sem oxigênio, algumas células começam a morrer já depois de alguns minutos, outras depois de um período mais longo. Embora a pessoa possa passar sem respirar por alguns minutos e ainda assim sobreviver, sem a força de vida nas células ela está praticamente morta. As Escrituras Hebraicas, inspiradas pelo Projetista e Criador do homem, evidentemente usam rú·ahh para denotar esta força vital, que é o próprio princípio da vida, e nesha·máh para representar a respiração que a sustenta.

Visto que a respiração está tão inseparavelmente interligada com a vida, nesha·máh e rú·ahh são usados em evidente paralelo, em diversos textos. Jó expressou a sua determinação de evitar a injustiça “enquanto estiver ainda em mim todo o meu fôlego [forma de nesha·máh], e o espírito [werú·ahh] de Deus estiver em minhas narinas”. (Jó 27:3-5) Eliú disse: “Se [Deus] ajuntar a si o espírito [forma de rú·ahh] e o fôlego [forma de nesha·máh] do tal, toda a carne expirará [isto é, “expelirá o ar”] juntamente, e o próprio homem terreno retornará mesmo ao pó.” (Jó 34:14, 15) De modo similar, o Salmo 104:29 diz a respeito das criaturas da terra, humanas e animais: “Se [tu, Deus] lhes tiras o espírito, expiram e retornam ao seu pó.” Em Isaías 42:5, fala-se de Jeová como “Aquele que estirou a terra e seu produto, Aquele que dá respiração ao povo sobre ela e espírito aos que andam nela”. A respiração (nesha·máh) sustenta a existência deles; o espírito (rú·ahh) energiza o homem e é a força de vida que o habilita a ser uma criatura animada, a mover-se, a andar e a estar ativamente vivo. (Veja At 17:28.) Não é como os ídolos sem vida, sem respiração, inanimados, de fabricação humana.

Embora nesha·máh (fôlego) e rú·ahh (espírito; força ativa; força de vida) sejam às vezes usados em sentido paralelo, não são idênticos. É verdade que o “espírito”, ou rú·ahh, às vezes é mencionado como se

fosse a própria respiração (nesha·máh), mas isto parece ocorrer simplesmente porque a respiração é a principal evidência visível da força de vida no corpo da pessoa.

Neste respeito, em Ezequiel 37:1-10, apresenta-se a visão simbólica do vale de ossos secos, ossos que se juntam, ficam cobertos de tendões, carne e pele, mas, “quanto a fôlego [werú·ahh], não havia neles nenhum”. Ezequiel foi mandado profetizar “ao vento [ha·rú·ahh]”, dizendo: “Entra dos quatro ventos [forma de rú·ahh], ó vento, e sopra sobre estes mortos para que revivam.” A referência aos quatro ventos mostra que vento é neste caso a tradução apropriada de rú·ahh. Todavia, quando este “vento”, que simplesmente é ar em movimento, penetrou nas narinas dos mortos da visão, ele se tornou “fôlego”, que também é ar em movimento. Assim, traduzir rú·ahh por “fôlego”, neste ponto do relato (v. 10), também é mais apropriado do que vertê-lo por “espírito” ou “força de vida”. Ezequiel também podia ver aqueles corpos começar a respirar, embora não pudesse ver a força de vida, ou espírito, energizá-los. Conforme mostram os versículos 11-14, esta visão foi simbólica da revivificação espiritual (não física) do povo de Israel, que por algum tempo estava num estado de morte espiritual por causa do seu exílio babilônico. Visto que já estavam fisicamente vivos e respiravam, é lógico traduzir rú·ahh por “espírito” no versículo 14, onde Deus declara que porá ‘seu espírito’ no seu povo, para que este revivesse, falando-se em sentido espiritual.

Uma visão simbólica similar é apresentada no capítulo 11 de Revelação. Apresenta-se o quadro de “duas testemunhas” que são mortas e cujos cadáveres são deixados na rua por três dias e meio. Daí, “entrou neles espírito [ou fôlego, pneú·ma] de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé”. (Re 11:1-11) Esta visão recorre novamente a uma realidade física para ilustrar uma revivificação espiritual. Mostra também que a palavra grega pneú·ma, assim como a hebraica rú·ahh, pode representar a força de vida da parte de Deus, a qual anima a alma ou pessoa humana. Conforme declara Tiago 2:26: “O corpo sem espírito [pneú·ma·tos] está morto.” Portanto, quando Deus criou o homem no Éden e soprou nas narinas dele “o fôlego [forma de nesha·máh] de vida”, é evidente que, além de encher de ar os pulmões do homem, Deus fez com que a força de vida, ou espírito (rú·ahh), vitalizasse todas as células do corpo de Adão. Esta força de vida é transmitida de pais para filhos por meio da concepção. Visto que Jeová é a Fonte original desta força de vida para o homem, e o Autor do processo de procriação, a vida da pessoa pode ser corretamente atribuída a Ele, embora seja recebida, não direta, mas indiretamente, por meio dos pais. A força de vida, ou espírito, é impessoal. Conforme observado, as Escrituras se referem a rú·ahh, ou força de vida, como existente não somente

nos humanos, mas também nos animais. (Gên 6:17; 7:15, 22) Eclesiastes 3:18-22 mostra que o homem morre do mesmo modo que os animais, porque “todos eles têm apenas um só espírito [werú·ahh], de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal”, quer dizer, quanto à força de vida comum a ambos. Sendo assim, é evidente que o “espírito”, ou força de vida (rú·ahh), conforme usado neste sentido, é impessoal. Como ilustração, poderse-ia compará-lo a outra força invisível, a eletricidade, que pode ser usada para fazer funcionar diversos tipos de máquinas — fazendo com que fogões produzam calor, ventiladores gerem vento, computadores solucionem problemas, televisores produzam imagens, vozes e outros sons — contudo, esta corrente elétrica nunca assume quaisquer das características das máquinas em que opera ou é ativa. Assim, o Salmo 146:3, 4, diz que, quando do homem ‘sai o espírito [forma de rú·ahh], ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos’. O espírito, ou força de vida, que estava ativo nas células do corpo do homem, não retém quaisquer características daquelas células, tais como as células cerebrais, e o papel que desempenham no processo do raciocínio. Se o espírito, ou força de vida (rú·ahh; pneú·ma), não fosse impessoal, então significaria que os filhos de certas viúvas israelitas, ressuscitados pelos profetas Elias e Eliseu, na realidade, tiveram existência consciente em outra parte, no período em que estiveram mortos. O mesmo se teria dado também com Lázaro, que foi ressuscitado uns quatro dias depois de seu falecimento. (1Rs 17:17-23; 2Rs 4:32-37; Jo 11:38-44) Neste caso, seria razoável que eles se lembrassem de tal existência consciente

durante aquele período, e, ao serem ressuscitados, teriam descrito, falando sobre ela. Nada indica que qualquer deles tenha feito isso. Portanto, a personalidade do morto não é perpetuada na força de vida, ou espírito, que para de funcionar nas células do falecido. Eclesiastes 12:7 declara que, ao morrer, o corpo da pessoa retorna ao pó, “e o próprio espírito retorna ao verdadeiro Deus que o deu”. A própria pessoa nunca esteve com Deus no céu; o que “retorna” a Deus, portanto, é a força vital que habilitou a pessoa a viver. Em vista da natureza impessoal da força de vida, ou espírito, encontrada na pessoa (como também na criação animal), é evidente que a declaração de Davi, no Salmo 31:5, citado por Jesus por ocasião da sua morte (Lu 23:46): “À tua mão confio o meu espírito”, significava que pedia a Deus que guardasse a força de vida, ou cuidasse dela. (Veja At 7:59.) Não é necessário que haja uma transmissão real ou literal, de alguma força, desde este planeta para a presença celeste de Deus. Assim como se disse que o cheiro fragrante de sacrifícios de animais era ‘cheirado’ por Deus (Gên. 8:20, 21), embora esse cheiro sem dúvida permanecesse dentro da atmosfera da terra, assim também, Deus podia “ajuntar a si”, ou aceitar como confiado a ele, o espírito ou a força de vida em sentido figurado, quer dizer, sem uma transmissão literal de força vital desde a terra. (Jó 34:14; Lu 23:46) Confiar alguém assim seu espírito a Deus evidentemente significa, portanto, que deposita Nele

a sua confiança, de receber no futuro o restabelecimento desta força de vida por meio da ressurreição. Impelente Inclinação Mental. Tanto rú·ahh como pneú·ma são palavras usadas para designar a força que induz a pessoa a demonstrar certa atitude, disposição ou emoção, ou a tomar certa ação ou adotar certo proceder. Ao passo que esta força dentro da pessoa é em si mesma invisível, ela produz efeitos visíveis. Este uso dos termos hebraico e grego traduzidos por “espírito” e basicamente relacionados com o fôlego ou o ar em movimento é em considerável grau paralelo a certas expressões em português. Assim, falamos de alguém ‘assumir ares’, ou demonstrar um ‘ar de tranquilidade’, ou ‘ter um mau espírito’. Falamos de ‘quebrantar o espírito de alguém’, no sentido de desencorajá-lo ou desanimálo. Conforme aplicado a um grupo de pessoas e à força prevalecente que as move, talvez digamos que ‘estão imbuídas do espírito da ocasião’, ou talvez mencionemos ‘o espírito de tumulto’ que as contagia. Em sentido metafórico, talvez falemos duma ‘atmosfera de descontentamento’ ou de ‘ventos de mudança e de revolução que varrem uma nação’. Com tudo isso referimo-nos a esta força ativante, invisível, que age nas pessoas, induzindo-as a falar e a agir do modo como o fazem. Similarmente, lemos a respeito da “amargura de espírito” de Isaque e Rebeca, por causa do casamento de Esaú com mulheres hititas (Gên 26:34, 35) e do espírito triste que sobreveio a Acabe, tirando-lhe o

apetite. (1Rs 21:5) O “espírito de ciúme” podia induzir um homem a encarar a esposa com suspeita, até mesmo acusando-a de adultério.

O sentido básico, de uma força que move alguém e o “impele” ou “induz” a ações e palavras, é também visto na referência a Josué como “homem em quem há espírito” (Núm 27:18), e a Calebe, como demonstrando ter “um espírito diferente” daquele da maioria dos israelitas, que haviam ficado desmoralizados pelo relatório mau de dez espias. (Núm 14:24) Elias era homem de muito impulso e força no seu serviço zeloso a Deus, e Eliseu procurou obter duas parcelas do espírito de Elias, como sucessor dele. (2Rs 2:9, 15) João, o Batizador, demonstrou ter o mesmo vigoroso impulso e enérgico zelo que Elias havia demonstrado, e isto resultou em João produzir um forte efeito nos seus ouvintes; por isso se podia dizer que ele saíra “com o espírito e o poder de Elias”. (Lu 1:17) Em contraste, a riqueza e a sabedoria de Salomão tiveram um efeito tão sobrepujante e emocionante sobre a rainha de Sabá, que “se mostrou não haver mais espírito nela”. (1Rs 10:4, 5) Neste mesmo sentido fundamental, o espírito da pessoa pode ser ‘incitado’ ou ‘despertado’ (1Cr 5:26; Esd 1:1, 5; Ag 1:14; compare isso com Ec 10:4), ficar “agitado” ou “irritado” (Gên 41:8; Da 2:1, 3; At 17:16), ‘acalmar-se’ (Jz 8:3), ‘afligir-se’, ‘debilitar-se’ (Jó 7:11; Sal 142:2, 3; compare isso com Jo 11:33; 13:21) ou ser ‘reanimado’ (Gên 45:27, 28; Is 57:15, 16; 1Co 16:17, 18; 2Co 7:13; compare isso com 2 Co 2:13).

Coração e espírito. Frequentemente, relaciona-se o coração com o espírito, indicando um vínculo específico. Visto que se mostra que o coração figurativo tem a capacidade de pensar e de ter motivação, e de estar intimamente relacionado com emoções e afeições, sem dúvida, tem uma grande participação no desenvolvimento do espírito (a inclinação mental predominante) que se demonstra ter. Êxodo 35:21 coloca o coração e o espírito em paralelo ao dizer que “todo aquele cujo coração o impelia, . . . todo aquele cujo espírito o incitava”, trouxe contribuições para a construção do tabernáculo. Inversamente, quando souberam das poderosas obras de Jeová a favor de Israel, ‘os corações dos cananeus começaram a derreter-se e em ninguém se levantou ainda espírito’, isto é, não havia incentivo para tomar alguma ação contra as forças israelitas. (Jos 2:11; 5:1; compare isso com Ez 21:7.) Fazem-se também referências ‘à dor de coração e ao quebrantamento do espírito’ (Is 65:14), ou expressões similares. (Veja Sal 34:18; 143:4, 7; Pr 15:13.) Evidentemente, por causa do poderoso efeito da força ativante sobre a mente, Paulo admoesta: “Deveis ser feitos novos na força que ativa [forma de pneú·ma] a vossa mente, e . . . vos deveis revestir da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade.” — Efe. 4:23, 24. Enfatiza-se fortemente a necessidade vital de se controlar o espírito. “Como uma cidade arrombada, sem muralha, é o homem que não domina seu

espírito.” (Pr 25:28) Quando provocada, a pessoa pode agir como aquele estúpido que impacientemente ‘deixa sair todo o seu espírito’, ao passo que o sábio “o mantém calmo até o último”. (Pr 29:11; compare isso com 14:29, 30.) Moisés deixouse provocar indevidamente, quando os israelitas, em certa ocasião, “amarguraram-lhe o espírito”, e ele “começou a falar precipitadamente com os seus lábios”, para o seu próprio prejuízo. (Sal 106:32, 33) Assim, “melhor é o vagaroso em irar-se do que o homem poderoso, e aquele que controla seu espírito, do que aquele que captura uma cidade”. (Pr 16:32) Para isso, a humildade é essencial (Pr 16:18, 19; Ec 7:8, 9), e “quem é humilde de espírito segurará a glória”. (Pr 29:23) O conhecimento e o discernimento mantêm o homem “de espírito frio”, controlando sua língua. (Pr 17:27; 15:4) Jeová faz “a avaliação dos espíritos” e julga aqueles que deixam de ‘guardar-se quanto ao seu espírito’.

Espírito demonstrado por um grupo de pessoas. Assim como uma pessoa pode mostrar certo espírito, assim também um grupo ou conjunto de pessoas pode manifestar certo espírito, uma inclinação mental predominante. (Gál 6:18; 1Te 5:23) A congregação cristã deve estar unida em espírito, refletindo o espírito da sua Cabeça, Cristo Jesus. O apóstolo Paulo menciona “o espírito do mundo” em contraste com o espírito de Deus. (1Co 2:12) O mundo, sob o controle do Adversário de Deus (1Jo 5:19), mostra o espírito de satisfazer os desejos da carne decaída, de egoísmo, resultando em inimizade

com Deus. (Ef 2:1-3; Tg 4:5) Como o Israel infiel, a motivação impura do mundo promove a fornicação, quer física, quer espiritual, junto com idolatria.

Como vimos o idioma hebraico desvenda o mito da ALMA, algo totalmente sem sentido, bem porque a intenção de Deus ao criar a humanidade era para viver nela. Não há nenhum indício que ele tenha mudado de ideia. Deus não erra, não desiste do seu intento e seus propósitos. Para que levar as pessoas para “encher” o céu que já tem milhões de anjos que foram criados para viver lá? Ele quer encher a terra de pessoas que o amam e quer ele como Pai e terão a oportunidade de viver para sempre. A Bíblia relata que os mortos que estão na memória de Deus serão ressuscitados e se forem obedientes ganharão a vida eterna na terra. Ela estará cheia e não superlotada. A palavra espírito tem diversos sentidos dependendo do contexto, porém, em nenhum deles sugere a ideia de algo que sai do corpo. Quando a Bíblia relata que o espírito volta para Deus é porque somente ele pode dar a pessoa que morreu o espírito ou fôlego novamente.

DETURPAÇÃO DA IDEIA ORIGINAL

A religião falsa que trouxe para as pessoas uma tremenda confusão ensinando cada uma delas assuntos e temas diferentes que naturalmente não há como estarem todos os conceitos certos, bem porque, são conflitantes. A pessoa vai para o céu ou não vai. Os mulçumanos acreditam que lá no céu existem 72 mulheres para cada homem. E para a mulher um homem só. Parece que a conta não fecha.

A Bíblia foi escrita numa linguagem que a pessoa tem que ser humilde para entendê-la. Caso alguém resolva fazer a sua própria interpretação pode cair na armadilha que o Diabo pretende. A Bíblia menciona que ele ‘desencaminha todas as pessoas’. Ele inverteu tudo aquilo que Deus é e fez e continua fazendo. Por exemplo, ele disse que Jesus é o Deus eterno e não o filho de Deus que teve um princípio ou veio a ser criado por seu pai. O espírito santo ele disse que é uma pessoa também.

A Bíblia auto se explica. Para obter a verdade tem estudá-la e não apenas ler. Assim como o médico não se torna médico somente lendo livros de medicina por melhor que sejam. Ele necessita de dissecar um cadáver para conhecer de fato o complexo corpo humano. Da mesma forma temos que “dissecar” a Bíblia com alguém que conhece como estudá-la.

Reforçando a ideia temos que estudar todos os 31.102 versículos que ela contém.

A DETURPAÇÃO CONTINUA Líderes religiosos têm usado a língua hebraica interpretando a Bíblia de um modo que não coaduna com a mesma ideia que foi transmitida por Deus na qual ele usou cerca de 40 homens que firam inspirados pelo espírito santo para escrever. Vamos dar alguns exemplos: Como já foi dito, o Diabo tenta apagar das pessoas o nome de Jeová e substituindo que Jesus cristo é o Deus todo poderoso que em hebraico é chamado de El Shaddai. Este termo é usado para designar o Deus todo poderoso.

TEXTOS EXPÚRIOS É possível ter alguém que faria acréscimos ou tiraria alguma dos textos originais? A Bíblia disse que sim. Veja Apocalipse 22:18, 19.

“Declaro a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste rolo: se alguém fizer um acréscimo a essas coisas, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas

neste rolo, e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do rolo desta profecia, Deus tirará sua parte das árvores da vida e da cidade santa, que estão escritas neste rolo”. Mateus 6:13 | parte| Mateus 17: 21

ACRÉSCIMOS POSTERIORES AO TEXTO INSPIRADO No entanto, alguém talvez pergunte: Quando os discípulos de Jesus não puderam compreender por que não foram capazes de expulsar certo demônio, não disse Jesus: “Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”? (Mar. 9:29, Almeida [9:28, Figueiredo]) Não, ele não disse isso, pois os manuscritos melhores e mais antigos não incluem as palavras “e jejum”. Estas palavras foram evidentemente acrescentadas pelos copistas da Bíblia. Parece que estes copistas advogavam e praticavam o jejum, e por isso acrescentaram repetidas vezes referências a ele, nos lugares onde não se encontrava nas cópias anteriores. Isto não só se dá em Marcos 9: 29, mas também em Mateus 17:21 (17:20, Figueiredo), onde inseriram toda a sentença acima citada; em Atos 10:30, onde se faz

que Cornélio diga que jejuou; e em 1 Coríntios 7:5, onde Paulo supostamente o recomenda aos casais.  Marcos 9: 29  Marcos 16:9-20 Um ponto de interesse é a conclusão de Marcos. Será que termina com Marcos 16:8, ou existem versículos adicionais como há em diversos outros manuscritos antigos? Caso Marcos 16:8 aparecesse no fim duma página, então seriam concebível que existissem mais versículos numa página que faltava. A página realçada por computador mostra Marcos 16:8 no meio da coluna do lado esquerdo. Daí existe uma fileira de pequenos círculos, seguidos por um pequeno espaço, e, embaixo disso, o início de Lucas. Isto mostra claramente onde é que o livro terminava. Não falta nenhuma página, nem quaisquer versículos. O que mencionamos aqui explica muitas das diferenças entre a Tradução do Novo Mundo e outras versões.

As diferenças mais notáveis são coisas que aparecem nas versões mais antigas, mas que não são encontradas nas mais novas, ou que aparecem apenas em notas ao pé da página. Por que se dá isso? Porque a maioria dos erros dos copistas são acréscimos ao texto, em vez de omissões. Assim, os eruditos bíblicos concordam hoje que os últimos doze versículos do Evangelho de Marcos (16:9-20) e os

primeiros onze versículos do capítulo oito do Evangelho de João não fazem parte dos escritos originais. O mesmo se dá com as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e esses três são um. E três são os que testificam na terra”, encontradas em 1 João 5:7, 8, nas versões Almeida e Figueiredo, e em outras. João 5:4 Note a travessão na citação acima de João 5:2-9. Algumas Bíblias incluem um trecho extra, numerado João 5:4. Este acréscimo diz mais ou menos assim: “Porque um anjo do Senhor costumava de época em

época descer ao reservatório e agitar a água, o primeiro que então entrasse nela após a agitação da água ficava bom de saúde, livre de qualquer doença de que padecesse”.

Contudo, várias Bíblias modernas, incluindo a Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagradas, omitem essa passagem. Por quê? Porque com toda a probabilidade ela não constava no Evangelho de João. Uma nota ao pé da página em A Bíblia de Jerusalém (na edição em inglês) diz que as “melhores testemunhas” omitem esse trecho. As “melhores testemunhas” refere-se aos antigos manuscritos gregos, como o Códice Sinaítico e o Vaticano 1209

(ambos do 4. ° século EC), e primitivas versões em siríaco e em Latim. Depois de mencionar ‘a falta do versículo 4 nos melhores manuscritos’, a obra The Expositor’s Bible Commentary acrescenta: “Ele é em geral considerado uma nota introduzida para explicar a intermitente agitação da água, que a populaça considerava ser uma fonte potencial de cura”. João 7:53-8:11.

O que mencionamos aqui explica muitas das diferenças entre a Tradução do Novo Mundo e outras versões. As diferenças mais notáveis são coisas que aparecem nas versões mais antigas, mas que não são encontradas nas mais novas, ou que aparecem apenas em notas ao pé da página. Por que se dá isso? Porque a maioria dos erros dos copistas são acréscimos ao texto, em vez de omissões.

Assim, os eruditos bíblicos concordam hoje que os últimos doze versículos do Evangelho de Marcos (16:9-20) e os primeiros onze versículos do capítulo oito do Evangelho de João não fazem parte dos escritos originais. O mesmo se dá com as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e esses três são um. E três são os que testificam na terra”, encontradas em 1 João 5:7, 8, nas versões Almeida e Figueiredo, e em outras. Atos 10:30.

ACRÉSCIMOS POSTERIORES AO TEXTO INSPIRADO No entanto, alguém talvez pergunte: Quando os discípulos de Jesus não puderam compreender por que não foram capazes de expulsar certo demônio, não disse Jesus: “Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”? (Mar. 9:29, Almeida [9:28, Figueiredo]) Não, ele não disse isso, pois os manuscritos melhores e mais antigos não incluem as palavras “e jejum”. Estas palavras foram evidentemente acrescentadas pelos copistas da Bíblia. Parece que estes copistas advogavam e praticavam o jejum, e por isso acrescentaram repetidas vezes referências a ele, nos lugares onde não se encontrava nas cópias anteriores. Isto não só se dá em Marcos 9:29, mas também em Mateus 17:21 (17:20, Figueiredo), onde inseriram toda a sentença acima citada; em Atos 10:30, onde se faz que Cornélio diga que jejuou; e em 1 Coríntios 7:5, onde Paulo supostamente o recomenda aos casais.

Atos 15:34: Nos manuscritos mais antigos e confiáveis não constam este Versículo. São acréscimos pelos copistas.

1 Coríntios 7:5 Trata-se da mesma situação semelhante em Atos 15:34

1 João 5:7 Por exemplo, quando o perito Erasmo, do século 16, traduziu seu “Novo Testamento” grego ele recorreu à autoridade do Códice Vaticano. para omitir as palavras espúrias no texto de 1 João, capítulo 5, versículos 7 e 8. Erasmo estava certo, não obstante, mesmo em 1897, o papa Leão XIII endossou o adulterado texto latino da Vulgata. Foi somente com a publicação de modernas traduções católico-romanas que esse erro textual foi reconhecido.

Quando o Códice Sinaítico foi revelado ao mundo, em fins do século 19, tornou-se evidente para as autoridades católico-romanas que o seu Códice Vaticano corria o risco de ser eclipsado. Na virada do século, finalmente tornaram-se disponíveis boas cópias fotográficas.

O manuscrito se compõe de 759 folhas. Falta a maior parte de Gênesis, alguns salmos, e as partes finais das Escrituras Gregas Cristãs. É escrito em excelente

pergaminho, fino, supostamente de pele de antílope, em estilo simples e elegante. A sua designação oficial é Códice B, e pode ser visto hoje na Biblioteca Vaticana. Não mais está oculto e, finalmente, o seu valor é entendido e apreciado em todo o mundo.

Todavia, alguns talvez sugiram que, embora Jesus nãoespecificasse a doutrina da Trindade, o apóstolo João fez isso em 1 João 5:7, texto que reza segundo a versão Almeida, edição revista e corrigida: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.” No entanto, versões mais modernas omitem esta passagem. Por quê? A Bíblia de Jerusalém, católica, explica numa nota ao pé da página que este texto não é encontrado em nenhum dos primitivos manuscritos gregos, nem nos melhores latinos da Bíblia. São expúrios. Sem dúvida, foi acrescentado na tentativa de dar apoio à Trindade.

VELHO TESTAMENTO VERSUS NOVO TESTAMENTO

A expressão velho testamento não é a melhor forma de definir. O correto é: Escrituras Hebraicas Aramaicas. Por quê? Porque primeiro que ele não ficou velho. Assim que acabou de escrevê-lo em

seguida começou a escrita do Novo Testamento. A descrição correta novo testamento é: Escrituras Gregas Cristãs. Isto é porque o “novo” foi escrito em grego e na era de Jesus Cristo.

O que está em questão é que Jesus cumpriu a lei. E por ocasião enquanto celebravam a Páscoa Judaica, após despedir Judas Iscariotes, o traidor, Jesus disse aos seus apóstolos que faria com eles um “novo pacto”. O pacto anterior foi feito com Abraão que foi o ancestral que deu origem à nação judaica. Neste novo pacto dava aos seus discípulos uma nova situação que naquele momento não entenderam plenamente o seu significado.

No quadragésimo dia após a morte de Jesus, 120 discípulos, incluindo os apóstolos, estavam reunidos num sobrado quando de repente apareceu uma coluna de fogo sobre a cabeça de cada um deles. Este fenômeno era o espírito santo que estava sendo derramado sobre eles. Era o dia de Pentecostes.

Jesus Cristo que era o Messias tão aguardado pelos os judeus, agora dali em diante ele se tornou a figura mais importe da qual teria que fazer parte das Escrituras. Mateus, Marcos, Lucas e João escreveram o Evangelho.

AS ESCRITURAS GREGAS CRISTÃS

As escrituras gregas cristãs faz parte da Bíblia como um todo. Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra”. “16

Veja que a expressão ‘toda escritura’ engloba tanto o chamado velho e o novo testamento. Tanto Jesus, seus apóstolos e os discípulos usavam as Escrituras Hebraicas Aramaicas e a citava nos 27 livros das Escrituras Gregas Cristãs.

Mateus escreveu seu livro primeiro em hebraico e depois foi escrito em grego também. Será que na língua grega houve deturpação assim como o hebraico? Houve.

A INTERPRETAÇÃO DE CERTOS TEXTOS

As religiões muitas vezes se adaptam conforme querem para afirmar certa doutrina. Eles costumam dizer que o velho testamento não precisa mais ser usado, somente o novo. Porém, para afirmar uma doutrina, daí eles usam. Vamos dar alguns exemplos: Em Gênesis 1:1 diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. Colossenses 1:13-20 que diz: Ele nos livrou da autoridade da escuridão e nos transferiu para o reino do seu Filho amado, 14 por meio de quem temos o nosso livramento por resgate, o perdão dos nossos pecados. 15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16 pois por meio dele foram criadas todas as outras coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis e as coisas invisíveis, quer sejam tronos, quer domínios, quer governos, quer autoridades. Todas as outras coisas foram criadas por meio dele e para ele. 17 Também, ele já existia antes de todas as outras coisas, e por meio dele todas as outras coisas vieram a existir. 18 E ele é a cabeça do corpo, que é a congregação. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para se tornar aquele que é o primeiro em todas as coisas; 19 porque Deus se agradou de fazer morar nele toda a plenitude 20 e, por meio dele, “13

reconciliar todas as outras coisas consigo mesmo, tanto as coisas na terra como as coisas nos céus, estabelecendo a paz por meio do sangue que ele derramou na estaca”.

Estes versículos estão falando de Jesus Cristo. A maioria das religiões costuma dizer que Jesus é Deus. Porém, o nome de Jesus em hebraico tem o mesmo significado de Josué.

Neste diagrama supracitado nos dá uma visão clara que Jesus não é o mesmo que Jeová. O nome Jesus significa em hebraico; “Jeová é salvação”. Portanto se trata de duas pessoas. Na primeira horizontal acima mostra o nome de Jeová com as consoantes: Yod. Hê, Vav, Hê. O nome de Jesus na horizontal abaixo veja como fica: três consoantes de Jeová e acrescenta mais duas. Yod, Hê, Vav | Shim e Ain | Portanto o nome de Jesus transliterado para a pronúncia em português fica assim: Yod, Hê, Vav, Shim, Ain.

Portanto estas cinco consoantes em hebraico significa “Jeová é Salvação”. É digno de nota que Deus irá salvar a humanidade por meio de Jesus Cristo que veio a terra e morreu derramando seu sangue para nos resgatar. Para ajudar na lembrança veja o que significa estas duas consoantes:.‫דם‬

Dálet e Meme final. A pronúncia é mais ou menos assim: Dâm.

‫דם‬

Estas duas consoantes significa sangue. E Deus disse que não deveríamos comer qualquer animal sem derramar o sangue porque o sangue é a vida. A vida pertence somente a Deus. Portanto, Jesus nos deu a sua vida para nos salvar. Para uma melhor compreensão tanto Deus como Jesus estão envolvidos no processo da salvação.

A IDENTIDADE DE JESUS

Deus não teve princípio. Ele sempre existiu. Não é fácil para nós humanos entender esta eternidade de Deus. Nós só conseguimos ver as coisas em três dimensões; comprimento, altura e largura e que está na corrente do tempo.

Deus na sua existência tinha duas opções; continuar sozinho ou criar coisas. Ele decidiu tornar-se Criador. A primeira criação de Deus foi Jesus Cristo. É por isso que ele é chamado de primogênito, pois, ele foi à primeira criatura que veio a existência.

Então podemos entender como foi que deus usou Jesus em todo seu propósito. Deus como engenheiro faz o projeto. Jesus é como o mestre de obras que executa a construção. Desta forma quando a Bíblia se refere que toda criação veio por intermédio dele é por que ele teve um papel fundamental. Todas as criaturas espirituais, isto é, os anjos e todo o universo incluindo a terra e até o ser humano. Jesus esteve envolvido em todo este processo.

Para deixar claro e sem sombra de dúvidas a expressão do texto de Colossenses supracitado diz: “19 porque Deus se agradou de fazer morar nele toda a plenitude”. Veja que o próprio texto auto se explica. Porque Deus se agradou de fazer morar nele. Deus decidiu dar a Jesus a grande oportunidade de ajudá-lo na criação. Mas, isto não significa que se trata de uma só pessoa. Mas, onde entra o espírito santo? O espírito santo é a força ou como um braço junto com as mãos do ponto

de vista humano que Deus usa para realizar tudo o que faz. Ele não é uma pessoa.

Veja como estes textos mostram que Jesus não é o mesmo que Deus: João 14:6,13 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. 6

Porque vou embora para o Pai. 13 Também, tudo o que vocês pedirem em meu nome, eu farei, para que o Pai seja glorificado por meio do Filho. Veja como Jesus dava destaque ao Pai. Marcos 13:32 “A respeito daquele dia ou daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, mas somente o Pai. 32

Este texto deixa claro que Jesus não sabia enquanto na terra quando era o dia que este mundo chegaria ao fim. Ele disse que somente o pai sabia. Se fosse uma trindade que defende a tese que são iguais, então por que disse Jesus que não sabia. Este texto deixa a doutrina da trindade desmascarada. Mateus 26:36-44

Jesus chegou então com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse aos discípulos: “Sentem-se aqui enquanto eu vou ali para orar.” 37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a ficar triste e muito aflito. 38 Disse-lhes então: “Estou profundamente triste, a ponto de morrer. Fiquem aqui e mantenham-se vigilantes comigo.” 39 E, indo um pouco mais adiante, ele se prostrou com o rosto por terra e orou: “Meu pai, se for possível, deixa que este cálice se afaste de mim. Contudo, não como eu quero, mas como tu queres.” 40 Ele voltou aos discípulos e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: “Vocês não conseguiram se manter vigilantes comigo nem mesmo por uma 41 Mantenham-se hora? vigilantes e orem continuamente para que não caiam em tentação. Naturalmente, o espírito está disposto, mas a carne é fraca.” 42 Novamente, pela segunda vez, se afastou e orou: “Meu pai, se não é possível que isto se afaste de mim sem que eu o beba, seja feita a tua vontade.” 43 E voltou novamente e os encontrou dormindo, pois estavam com os olhos pesados. 44 Portanto, deixando-os, se afastou novamente e orou pela terceira vez, dizendo mais uma vez a mesma coisa. 36

Lucas 22:42-44. Se Jesus orou várias vezes para o Pai é porque não são a mesma pessoa.

E ele se afastou deles à distância de um arremesso de pedra, ajoelhou-se e começou a orar, 42 dizendo: “Pai, se tu quiseres, afasta de mim este cálice. Contudo, ocorra não a minha vontade, mas a tua.” 43 . Um anjo do céu apareceu e o fortaleceu. 44 Mas ele ficou tão angustiado que orou ainda mais intensamente; e o seu suor se tornou como gotas de sangue que caíam no chão.

Este texto supracitado mostra duas coisas: mais uma vez ele orou para o pai sentindo muito angustiado e um anjo do céu veio e o fortaleceu. Se Jesus fosse Deus, então por que um anjo veio fortalecê-lo? Não é incoerente?

INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA

Conforme vimos até agora e Bíblia contém informações mais que suficiente que Jeová, Jesus e o espírito santo são coisas distintas. Mas, os trinitaristas insistem em afirmar que são três em um.

Textos das Escrituras Hebraicas em que nomes no plural são aplicados a Deus. Muitos argumentam que a palavra Deus está plural, portanto significa mais do que um. Porém, veja a explicação sobre o motivo do plural. Em Gênesis 1:1 o título “Deus” é traduzido de ’Elo·hím, que é plural em hebraico. Os trinitários interpretam que isto indica a Trindade. Explicam também que Deuteronômio 6:4 (ALA) dá a entender a unidade dos membros da Trindade, dizendo: “O SENHOR nosso Deus [traduzido de ’Elo·hím] é o único SENHOR.” O plural aqui do nome em hebraico é o plural majestático ou de excelência. (Veja o Dicionário Bíblico da NAB, Edição de St. Joseph, p. 330, em inglês; também a New Catholic Encyclopedia, de 1967, Vol. V, p. 287.) Não dá a ideia de pluralidade de pessoas numa deidade. Nesse mesmo estilo, quando em Juízes 16:23 se faz referência ao falso deus Dagom, emprega-se uma forma do título ’elo·hím; o verbo acompanhante está no singular, o que indica que se refere a apenas um deus. Em Gênesis 42:30, fala-se de José como “senhor” (’adho·néh, o plural majestático) do Egito. O idioma grego não possui ‘plural majestático ou de excelência’. Portanto, em Gênesis 1:1, os

tradutores da LXX empregaram ho The·ós (Deus, no singular) como equivalente a ’Elo·hím. Em Marcos 12:29, onde se reproduz uma resposta de Jesus em que ele citou Deuteronômio 6:4, emprega-se similarmente o singular ho The·ós, em grego. Em Deuteronômio 6:4, o texto hebraico contém duas vezes o Tetragrama, e, portanto, deve rezar mais adequadamente: “Jeová, nosso Deus, é um só Jeová.” (NM) A nação de Israel, a quem isto foi dito, não acreditava na Trindade. Os babilônios e os egípcios adoravam tríades de deuses, mas esclareceuse a Israel que Jeová é diferente. O primeiro livro da Bíblia é o Gênesis. Esta palavra significa em hebraico; “Origem; Nascimento”. A pronúncia em hebraico é Bere’shíth. Alguns costumam escrever de um modo um pouco diferente; B’reshith alegando que este “B” é uma preposição: para, através de etc. Outros afirmam que Bereshíth é um nome pessoal e acreditam que se trata de Jesus. Em Gênesis 1:1 diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. Daí para aqueles que interpretam que Bereshíth é o nome pessoal de Jesus ficaria assim. “Jesus criou os céus e a terra”.

Jesus pode até ter criado os céus e a terra como o executador da obra, porém seu Pai é quem fez o projeto. Existe outro texto que costuma dar trabalho para entender porque foi escrito em grego. É João 1:1 que diz: “NO PRINCÍPIO era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Descrito desta forma acreditam os defensores da ideia que Jesus é o próprio Deus. Mas, será que em grego é assim? Quem Era “a Palavra”? Contudo, que dizer de João 1:1, que na tradução Almeida da Bíblia e na King James Version (Versão Rei Jaime) diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”? João 1:14 nos diz que “a Palavra [o Verbo] se tornou carne e residiu entre nós”. A cristandade afirma que esta “Palavra” (ló·gos, em grego) que veio à terra como Jesus Cristo era o próprio Deus Todo-poderoso. Todavia, note que mesmo na tradução Almeida e na Rei Jaime João 1:1 diz: “O Verbo estava com Deus.” Alguém que está com outra pessoa não é a mesma que aquela outra pessoa. Assim, mesmo nessas traduções indicam-se duas pessoas distintas. Também, não se faz menção alguma de uma terceira pessoa de uma Trindade.

Quanto à tradução Almeida e a Rei Jaime dizerem na parte final de João 1:1 que o “Verbo era Deus”, outras traduções dizem algo diferente. Alguns exemplos: 1808: “e a palavra era um deus”. The New Testament, in an Improved Version, Upon the Basis of Archbishop Newcome’s New Translation: With a Corrected Text, Londres. 1864: “e um deus era a Palavra’. The Emphatic Diaglott, de Benjamin Wilson, Nova Iorque e Londres. 1935: “e a Palavra era divina”. The Bible—An American Translation, de J. M. P. Smith e E. J. Goodspeed, Chicago. 1935: “o Logos era divino”. A New Translation of the Bible, de James Moffat, Nova Iorque. 1975: “e um deus (ou da espécie divina) era a Palavra”. Das Evangelium nach Johannes, de Siegfried Schulz, Göttingen, Alemanha. 1978: “e da sorte semelhante a Deus era o Logos”. Das Evangelium nach Johannes, de Johannes Schneider, Berlim. 1979: “e um deus era o Logos”. Das Evangelium nach Johannes, de Jurgen Becker, Würzburg, Alemanha. Também, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs (1950 em inglês e 1963 em português), publicada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque, traduziu assim essa frase: “E a Palavra era [um] deus.”

Harmonizam-se tais traduções com a construção gramatical de João 1:1 na língua grega? Sim. Em João 1:1 há duas ocorrências do substantivo grego the·ós (deus). A primeira se refere ao Deus todo-poderoso, com quem a Palavra estava — “e a Palavra [ló·gos] estava com o Deus [uma forma de the·ós]”. O primeiro the·ós é precedido de uma forma do artigo definido grego ho. O substantivo the·ós, com o artigo definido ho na frente dele, indica uma identidade à parte, neste caso, o Deus todo-poderoso — “e a Palavra estava com o Deus”. Mas, na parte final de João 1:1, traduções como as alistadas no parágrafo 8, vertem o segundo the·ós (um substantivo predicativo) por “divino” ou “um deus”, em vez de “Deus”. Por quê? Porque o segundo the·ós é um substantivo predicativo singular que ocorre antes do verbo e sem o artigo definido ho em grego. Neste versículo, esse tipo de construção de sentença aponta para uma característica ou qualidade de alguém. Traz à atenção a natureza da Palavra, que ele era “divino”, “um deus”, mas não o Deus todo-poderoso. Isto se harmoniza com os muitos outros textos que mostram que “a Palavra” era o porta-voz de Deus, enviado à terra por Deus. Como diz João 1:18: “Nenhum homem jamais viu a Deus; o deus unigênito [o Filho criado no céu pelo Deus todo-poderoso], que está na posição junto ao seio do Pai, é quem [veio à terra como o homem Jesus e] o [referindo-se ao Deus todo-poderoso] tem explicado.”.

Há muitos outros versículos bíblicos em que os que traduzem do grego para outra língua inserem o artigo “um” antes do substantivo predicativo, embora não exista artigo no texto grego. Essa inserção do artigo na tradução destaca a característica ou qualidade do substantivo. Por exemplo, em Marcos 6:49, quando os discípulos viram Jesus andando sobre a água, a Versão Rei Jaime diz “pensaram tratar-se de um espírito” (fán·ta·sma, em grego). A Tradução do Novo Mundo mais corretamente traduz a frase: “Pensaram: ‘É uma aparição! ’” Do mesmo modo, a correta tradução de João 1:1 mostra que a Palavra não era “Deus”, mas sim “um deus”. Dois exemplos similares são encontrados em João, capítulo 8, versículo 44. Ali, Jesus, falando a respeito do Diabo, disse: “Esse foi um homicida quando começou . . . ele é um mentiroso e o pai da mentira.” Similar a João 1:1, no grego original o substantivo predicativo em ambas essas expressões (“homicida” e “mentiroso”) precede o verbo e não tem artigo definido. Em cada caso, uma qualidade ou característica do Diabo está sendo descrita e, em muitas traduções em línguas modernas, é necessário inserir o artigo indefinido (“um”) a fim de transmitir isso. [Opcional em português.] De modo que a Versão Rei Jaime traduz assim essas expressões: “Ele era um assassino . . . ele é um mentiroso e o pai da mentira.” — Veja também Marcos 11:32; João 4:19; 6:70; 9:17; 10:1, 21; 12:6.

Portanto, conforme vimos diversas traduções da Bíblia entendem que se o verbo estava com Deus, “estar com” só pode ser duas pessoas e não somente um. Existe ainda mais um texto que foi modificado, porém não é difícil de explicar. 1 João 5:7, 8: A versão Almeida reza: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (So também inclui esta passagem trinitária.) Entretanto, NM não inclui as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra.” (PIB, BV, CBC, LR também excluem a passagem trinitária.) A respeito desta passagem trinitária, o crítico textual F. H. A. Scrivener escreveu: “Não precisamos hesitar em declarar a nossa convicção de que as palavras controvertidas não foram escritas por São João: que foram originalmente transpostas da margem para as cópias latinas na África, onde haviam sido colocadas como nota explicativa pia e ortodoxa referente ao versículo 8: que, do latim, penetraram em dois ou três códices gregos posteriores, e daí no texto impresso em

grego, lugar a que não tinham nenhum direito.” — A Plain Introduction to the Criticism of the New Testament (Cambridge, 1883, terceira ed.), p. 654. Uma nota ao pé da página da BJ diz que “o texto dos vv. 7-8 [a passagem trinitária] está acrescido na Vulg. de um inciso . . . ausente nos antigos mss. gregos, nas antigas versões e nos melhores mss. da Vulg., e que parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.” — Edições Paulinas de 1981, S. Paulo, Brasil, p. 1597. A obra A Bíblia Explicada diz: “Nos versículos 7, 8 devemos omitir as seguintes palavras: “No céu, o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra”, por não se encontrarem nos melhores manuscritos.” — S. E. McNair (Casa Publ. Assembl. Deus, Rio de Janeiro, Brasil, 1985), p. 489. Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p. 1580, em inglês. Outros textos que os trinitários dizem que expressam elementos do seu dogma. Note que o primeiro destes textos se refere apenas ao Filho; o outro a ambos, o Pai e o Filho; nem um nem outro menciona o Pai, o

Filho e o Espírito Santo, tampouco diz que constituem um só Deus. Diante de todos os textos citados fica claro uma coisa. A Bíblia auto se explica. Às vezes no mesmo texto já indica a explicação. Em outros casos às vezes precisamos pesquisar outros textos que ajudam no entendimento. A Bíblia toda foi inspirada por Deus, portanto não pode haver; dupla interpretação ou falta de coerência. Deus não faria isso porque é o desejo dele que nós entendamos a sua Palavra e nos alimente em sentido espiritual, e não para nos deixar confusos.

O MOTIVO DE DEUS ESCREVER A BÍBLIA UM REGISTRO ESCRITO É MAIS ÚTIL Mas, por que um livro? Por que não uma comunicação direta da voz de Deus ou por meio de anjos enviados por ele? É verdade que Deus, no começo, comunicou-se verbalmente com Adão, dando-lhe instruções. Mas, desde então, ele tem usado outros meios com igual eficácia, e ainda mais apropriados para pessoas imperfeitas. Na realidade, por causa da memória deficiente de todos os humanos, é bom que Deus fizesse com que suas comunicações fossem escritas, desde o tempo de Adão. Considere a sabedoria de Deus, de fazer com que sua comunicação à humanidade estivesse disponível em forma escrita. Trata-se certamente dum registro

muito mais fidedigno do que a mera palavra falada. A transmissão verbal de informação, de pessoa a pessoa, seria um método muito inexato. Deus teria de repetir todas as suas instruções a cada geração. E se Deus tivesse uma mensagem para toda a humanidade, teria de falar a certos homens, como seus representantes ou profetas, os quais a transmitiriam a outros. Senão, ele teria de falar a todas as pessoas em tons temíveis e trovejantes, desde o céu. Embora fosse muito impressionante, isto poderia ter efeitos indesejáveis conforme mostra Êxodo 20:18, 19. No entanto, na Bíblia possuímos “todo o conselho de Deus”, que todos podem ler. (Atos 20:27) Nada precisa ser acrescentado ou omitido. (Provérbios 30:5, 6) Os princípios que governam a humanidade são os mesmos, em todas as épocas e em todos os lugares. E por termos toda a comunicação de Deus para nós providos num livro pode convenientemente e à vontade recorrer a ele em consulta sobre qualquer problema humano. Temos de lembrar-nos também de que a Bíblia não só contém o conselho de Deus, mas também a história e as narrativas da vida individual daqueles que serviram a Deus e dos que não o serviram. Vemos o resultado na vida deles. A Bíblia nos fornece um relato dos tratos de Deus com a humanidade, a fim de sabermos o que ele pensa sobre certos assuntos. (Romanos 15:4) Dentre os milhares de acontecimentos da história, Deus escolheu certos eventos para serem registrados, a fim de ilustrar

princípios. Alguns dos eventos eram proféticos. (Gálatas 4:24) Outros eram exemplos tirados da vida real, que servem hoje para nossa orientação. — 1 Coríntios 10:11. Visto que temos estas narrativas e precisamos delas para ter a devida orientação, não é melhor que fossem escritas por pessoas reais, sobre pessoas reais, amiúde elas mesmas? E estas eram muito honestas e cândidas, não ocultando nem seus erros, nem seus pecados. Não nos toca o coração ao lermos sobre as experiências, as dificuldades, as alegrias, a coragem e a fé de pessoas reais? Essas coisas agradam ao coração e à consciência muito melhor do que um livro de regras. Pode visualizar na mente a cena dos acontecimentos registrados na Bíblia; de fato, pode até mesmo identificar-se pessoalmente com eles. Quando lemos sobre o que Moisés, Davi, Jeremias e Paulo passaram na vida real, não nos dá isso uma sensação de simpatia? E essas narrativas têm o tom da verdade. Não se sente comovido por causa da realidade e do vigor destas narrativas escritas?

O CONTEÚDO DA BÍBLIA

A Bíblia contém a narrativa da criação de Deus. As estrelas, os planetas e as galáxias, fazem parte do universo que não podemos imaginar o tamanho deste

universo. É demais para nossa mente. Os caminhos e projetos de Deus são inescrutáveis.

Deus colocou na Bíblia o suficiente para nos ajudar na aproximação com Ele. Nada mais e nada menos. Os 31.102 versículos foram escolhidos a dedo por Deus porque seriam impossíveis de relatar todos os acontecimentos. Dentre milhares de acontecimentos, Deus selecionou os pontos principais para colocá-los na Bíblia. É por isso que devemos dar o devido valor a cada um destes textos.

SÍNTESE DOS LIVROS DA BÍBLIA ESCRITOS EM HEBRAICO | 39 LIVROS |

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Torá ‫תורה‬ Torá é um termo que judeus se referem aos cinco primeiros livros sagrados. Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

‫אשית‬ ִׁ ‫בְּ ֵר‬ Gênesis | Bereshit

Gênesis (do grego Γένεσις, "origem", "nascimento", "criação”, "princípio") é o primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia cristã, antecede o Livro do Êxodo. Faz parte do Pentateuco e da Torá, os cinco primeiros livros bíblicos. Gênesis (do grego Γένεσις, "nascimento", "origem") é o nome dado pela Septuaginta ao primeiro destes livros, ao passo que seu título hebraico (Bereshit

‫אשית‬ ִׁ ‫בְּ ֵר‬,

B'reishit, "No princípio"). É tirado da primeira palavra de sua sentença inicial. Narra uma visão da criação do mundo na perspectiva de um olhar humano. Gênesis narra às genealogias dos Patriarcas bíblicos, tais como: Abraão, Isaque e Jacó, até à fixação deste povo no Egito através da história de José. A tradição judaico-cristã atribui a autoria do texto a Moisés.

‫ְּשמֹות‬ Êxodo | Shemot Livro do Êxodo ou simplesmente Êxodo (do em grego antigo: ἔξοδος, éxodos, "saída" ou "partida"; em hebraico: ‫שמֹות‬, ְׁ Shəmōṯ, "nomes", a segunda palavra do começo do texto: "Ora estes são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito") é o segundo livro da Torá e da Bíblia hebraica (o Antigo Testamento dos cristãos).

Ele conta a história do Êxodo, ou seja, de como os israelitas deixaram para trás a escravidão no Egito por sua fé em Jeová, que escolheu Israel como seu povo. Liderados por seu profeta, Moisés, eles viajaram pelo deserto até o monte Sinai, onde Jeová lhes promete a terra de Canaã (a "Terra Prometida") como recompensa por sua fidelidade. Os israelitas passam a fazer parte da aliança com Jeová, que lhes fornece suas leis e instruções para a construção do Tabernáculo. Segundo o relato, Jeová então desceu do céu e habitou com eles, liderando o povo na guerra santa para conquistar a terra e conseguir a paz. Ele foi escrito por Moisés.

‫וַיִׁ קְּ ָרא‬ Levíticos | Vaicrá Levítico (do grego Λευιτικόν, "Leuitikon", do original hebraico "torat kohanim") é o terceiro livro da Bíblia hebraica (em hebraico: ‫וַיִׁ קְּ ָרא‬, "Vaicrá" "Chamado por Deus") e do Antigo Testamento cristão. O termo em português é derivado do latim "Leviticus", emprestado do grego, e é uma referência aos levitas, a tribo de Arão, os primeiros sacerdotes judaicos ("kohanim"). Endereçado a todo o povo de Israel (Levítico 1:2), o livro contém algumas passagens específicas para os sacerdotes (Levítico 6:8, por exemplo). A maioria de seus capítulos (1-7; 11-27) são normas de Deus no monte Sinai a Moisés, que recebeu a missão de repeti-las aos israelitas, durante o Êxodo (Êxodo

19:1). O Livro do Êxodo narra como Moisés liderou os israelitas na construção do Tabernáculo (caps. 3540), que era uma tenda que servia como "templo" móvel dos judeus durante a jornada pelo exército, com base nas instruções de Deus (25-31). Seguindo a narrativa no Levítico, Deus conta aos israelitas e a seus sacerdotes como realizar as ofertas no Tabernáculo e como se comportar enquanto estavam acampados à volta da tenda do santuário. Os eventos no Levítico ocorreram durante o período de trinta a quarenta e cinco dias entre o fim da construção do Tabernáculo (Êxodo 40:17) e a despedida dos israelitas do Sinai (Números 1:1, Números 10:11). As instruções no Levítico enfatizam práticas rituais, legais e morais ao invés de crenças. Mesmo assim, elas refletem a visão de mundo da história da criação em Gênesis 1, quando Deus revela o desejo de viver entre os homens. O livro ensina que a realização fiel dos rituais no santuário tem o poder de tornar isto possível se o povo se mantiver longe do pecado e das impurezas sempre que possível. Os rituais, especialmente os relativos ao pecado e as oferendas decorrentes, são formas de se obter o perdão (caps. 4-5) e a purificaçãodas impurezas (11-16) para que Deus possa continuar a viver no Tabernáculo.

‫בְּ ִמ ְּדבַּ ר‬ Números | Bemidbar

Números (do grego Ἀριθμοί, "Arithmoi"; em hebraico: ‫בְּ ִמ ְּדבַּ ר‬, Bemiḏbar, "No deserto ou ermo" é o quarto dos cinco livros da Torá, a primeira seção da Bíblia hebraica, e do Antigo Testamento cristão. O nome em português é derivado do latim "Numeri" e é uma referência aos dois censos dos israelitas citados no texto. Este livro tem uma longa e complexa história, mas sua forma final provavelmente é resultado de uma edição sacerdotal. Foi escrito por Mosés em 1473 a.C. Números começa no monte Sinai, onde os israelitas haviam recebido suas leis e renovado a sua aliança com Deus, que passou a habitar entre eles no Tabernáculo. A próxima missão era tomar posse da Terra Prometida. A população é contada e os preparativos são realizados para reassumir a marcha até lá. Deus designou 12 espias para um reconhecimento do país. Porém, 10 deles trouxeram um relato negativo. Disseram ao povo que a terra era muito boa e tinha belas frutas. Mas. Ficaram com medo do tamanho dos homens que habitavam o país. Diante deste relato negativo desmotivou o povo que já era difícil lidar devido a sua falta de fé. Porém, dois espias, Josué e Calebe trouxeram um relato positivo dizendo que Jeová os ajudaria a conquistar o país. Devido a esta atitude, Deus condenou toda aquela nação no sentido de não permitir a entrada deles na terra. Somente seus filhos entrariam. Por causa desta atitude tiveram que peregrinarem durante 40 anos no ermo. Mas, além das provisões necessárias para a

sobrevivência, Deus não permitiu que as roupas e sandálias se desgastassem. Até mesmo os pés deles não ficaram inchados.

‫ְּדבָ ִׁרים‬ DEUTERONÔMIO | DEVARIN Deuteronômio (do grego Δευτερονόμιον, "Deutero nómion", "Segunda lei""; em hebraico ‫דבָ ִרים‬,ְׁ Devārīm. O nome Deuteronômio deriva-se do título da tradução grega Septuaginta, a saber, Deu·te·ro·nó·mi·on, nome composto formado de deú·te·ros, que significa “segundo”, e de nó·mos, “lei.” Significa, portanto, “Segunda Lei; Repetição da Lei”. Vem da tradução grega da frase hebraica em Deuteronômio 17:18, mish·néh hat·toh·ráh, corretamente traduzida ‘cópia da lei’. Não obstante o significado do nome Deuteronômio, este livro da Bíblia não é uma segunda lei, tampouco é mera repetição da Lei. Em vez disso, é uma explicação da Lei, que exorta Israel a amar e a obedecer a Jeová na Terra Prometida em que entraria em breve. ALGUNS PRECEDENTES JURÍDICOS EM DEUTERONÔMIO I. Leis pessoais e familiares Capítulos e Versículos A. Relações pessoais 1. Pais e filhos 5:16 2. Relações matrimoniais 22:30; 27:20, 22, 23 3. Leis sobre divórcio 22:13-19, 28, 29 B. Direitos de propriedade 22:1-4 II. Leis constitucionais A. Habilitações e deveres 17:14-20 do rei B. Regulamentos militares 1. Isenções do serviço 20:1, 5-7; 24:5

militar 2. Oficiais subalternos 20:9 III. O poder judiciário A. Deveres dos juízes 16:18, 20 B. Supremo tribunal de 17:8-11 recursos IV. Direito penal A. Crimes contra o Estado 1. Suborno, perversão 16:19, 20 da justiça 2. Perjúrio 5:20 B. Crimes contra os bons costumes 1. Adultério 5:18; 22:22-24 2. União ilícita 22:30; 27:20, 22, 23 C. Crimes contra a pessoa física 1. Assassínio e agressão 5:17; 27:24 2. Estupro e sedução 22:25-29 V. Leis humanitárias A. Bondade para com os animais 25:4; 22:6, 7 B. Consideração pelos 24:6, 10-18 desafortunados C. Código de segurança 22:8 de edificações D. Tratamento de classes 15:12-15; 21:10-14; dependentes, incluindo 27:18, 19 escravos e cativos E. Provisões filantrópicas 14:28, 29; 15:1-11; para os necessitados 16:11, 12; 24:19-22

‫יהושע‬ JOSUÉ | YEROSHUA O Livro de Josué (em hebraico: ‫יהושע ספר‬, Sefer Yĕhôshúa) é o sexto livro da Bíblia hebraica (e do Antigo Testamento cristão) e o primeiro livro da história deuteronômica, a história de Israel da conquista de Canaã até o exílio na Babilônia. Ele

narra às campanhas dos israelitas nas regiões norte, sul e central de Canaã, a destruição de seus inimigos e a divisão das terras conquistadas entre as doze tribos. O livro de Josué abrange um período de mais de 20 anos, desde a entrada em Canaã, em 1473 AEC, até cerca de 1450 AEC, provavelmente o ano em que Josué morreu. O próprio nome Josué (em hebraico: Yehoh·shú·aʽ), que significa “Jeová É Salvação”, é perfeitamente adequado, em vista do papel que Josué como líder visível em Israel desempenhou durante a conquista do país. Ele atribuiu toda a glória a Jeová, o Libertador. Na Septuaginta, o livro é chamado I·e·soús (o equivalente grego de Yehoh·shú·aʽ), e é desta palavra que se deriva o nome Jesus. Pelas suas excelentes qualidades de coragem, obediência e integridade, Josué foi realmente um maravilhoso tipo profético de “nosso Senhor Jesus Cristo”. — Rom. 5:1.

‫םיטפוש‬ JUÍZES | SHOFETIM Na Septuaginta, o livro é chamado de Kri·taí, e na Bíblia hebraica é Sho·fetím, que, traduzido, é “Juízes”. Sho·fetím deriva-se do verbo sha·fát, que significa “julgar, vindicar, punir, governar”, o que expressa bem a função destes homens nomeados teocraticamente por “Deus, o Juiz de todos”. (Heb. 12:23) Jeová suscitou esses homens em determinadas ocasiões para libertar seu povo do jugo estrangeiro.

‫רות‬ RUTE | RUT O Livro de Rute (em hebraico: ‫מגילת‬ ‫רות‬, Megilath Ruth "Rolo de Rute") é um dos livros da terceira divisão da Bíblia hebraica (Ketuvim). No caso da Bíblia cristã, é o oitavo livro do Antigo Testamento e é tratado como um dos livros históricos, posicionado entre Juízes e I Samuel, pois seus eventos transcorrem «nos dias em que os juízes julgavam» (Rute 1:1). Seu nome é uma referência à figura principal do relato, Rute, a bisavó de David. Ele conta como Rute aceitou o Deus dos israelitas como seu Deus e os israelitas como seu povo. Em Rute 1:16-17, ela diz a Noemi, sua sogra israelita: que "para onde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que tu pousares, pousarei eu: o teu povo será o meu povo, e o teu Deus o meu Deus. Onde quer que tu morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada. Isto me faça Jeová, e ainda mais, se outra coisa que a morte me separar de ti". É um livro muito estimado pelos judeus por escolha, como revelado pela considerável presença de Boaz na literatura rabínica. O Livro de Rute é um dos cinco megillot e é lido no feriado judaico de Shavuot ("Semanas").

‫סמואל‬ SAMUEL | SHEMUEL ÁLEF Os Judeus não usam a expressão primeira, mas sim, a letra que parece um “X” conforme a segunda letra supracitada. Álaf. É a primeira letra do alfabeto hebraico. No segundo Samuel eles usam a letra Bêth, que é a segunda letra. Primeiro Samuel, também chamado Primeiro Livro de Samuel ou 1 Samuel, é o primeiro de dois livros de Samuel, um dos Livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia, sendo apresentado depois do Livro de Juízes e antes de II Samuel. Originalmente, era um único livro na Bíblia Hebraica (a Tanakh), não estando separado no cânone da Bíblia hebraica original de seu consecutivo. Junto com II Samuel abrange um período de aproximadamente 140 anos (cerca de 1180 a 1078 a.C.).

Acredita-se que este livro formava originalmente uma só obra com II Samuel, I e II Reis conhecida como Livro do Reino. A primeira parte teria sido escrita por Samuel, mas o restante por Natã e Gade. O enorme tamanho deste único rolo, composto por um dos escritores, deve ter levado à sua divisão arbitrária em quatro partes, num tamanho de mais

fácil manuseio. Assim, tanto a Septuaginta grega como a Vulgata latina chamam I e II Samuel de "I e II Reis" respectivamente e I e II de "III e IV Reis", reconhecendo que se trata de uma divisão posterior. O nome Samuel significa “Nome de Deus”. Realmente eles jus ao seu nome, pois foi deveras um grande defensor do nome de Jeová. Ele foi entregue pela sua mãe Ana para servir a Jeová no tabernáculo assim que foi desmamado. Serviu fielmente a Jeová todos os dias de sua vida. Ele também ungiu o primeiro rei de Israel. O rei Saul.

SAUL.

Samuel abençoando e ungindo

‫סמואל‬ O livro de Segundo Samuel prossegue a narrativa da história bíblica exata depois da morte de Saul, o primeiro rei de Israel, até perto do fim do reinado de 40 anos de Davi. Assim, abrange o espaço de tempo desde 1077 AEC até cerca de 1040 AEC. O fato de o livro não falar da morte de Davi é forte evidência de

que foi escrito em cerca de 1040 AEC, ou pouco antes de sua morte.

‫מלכים‬ O livro de Reis era originalmente um só rolo, ou volume, sendo chamado em hebraico de Mela·khím (Reis). Os tradutores da Septuaginta o chamaram de Ba·si·leí·on, “Reinos”, e foram os primeiros a dividilo em dois rolos, para comodidade. Mais tarde, foram chamados de Terceiro e Quarto Reis, títulos que continuam até o presente em Bíblias católicas. Não obstante, são agora geralmente conhecidos por Primeiro e Segundo Reis. São diferentes de Primeiro e de Segundo Samuel, pois o compilador cita documentos anteriores como fonte de matéria. Nos dois livros, o único compilador se refere 15 vezes ao “livro dos assuntos dos dias dos reis de Judá” e 18 vezes ao “livro dos assuntos dos dias dos reis de Israel”, também ao “livro dos assuntos de Salomão”. (1 Reis 15:7; 14:19; 11:41) Embora estes antigos escritos tenham sido perdidos por completo, a compilação inspirada existe — a narrativa proveitosa de Primeiro e Segundo Reis. É Primeiro Crônicas simplesmente uma lista insípida de genealogias? É mera repetição dos livros de Samuel e Reis? Longe disso! Eis aqui uma parte esclarecedora e essencial do registro divino — essencial para os dias em que foi escrito, na reorganização da nação e de sua adoração, e essencial

e proveitoso em apresentar um padrão de adoração divina para dias posteriores, inclusive os dias atuais. O livro de primeiro Crônicas contém algumas das mais belas expressões de louvor a Jeová encontradas em toda a Escritura. Proporciona maravilhosos vislumbres do Reino de justiça de Jeová, e estudá-lo será de proveito para todos os que aguardam esse Reino. Os dois livros de Crônicas foram prezados tanto pelos judeus como pelos cristãos através das eras. Jerônimo, tradutor da Bíblia, tinha um conceito tão elevado sobre primeiro e segundo Crônicas, que os considerou um “epítome do Velho Testamento” e afirmou que “são tão momentosos e importantes, que quem julga estar familiarizado com os escritos sagrados, e não os conhece, apenas engana a si mesmo”. Os dois livros de Crônicas eram, pelo visto, originalmente um só livro, ou rolo, dividido mais tarde para conveniência. Por que se escreveram Crônicas? Considere a situação. O exílio em Babilônia terminara uns 77 anos antes. Os judeus tinham sido restabelecidos na sua terra. Entretanto, existia a tendência perigosa de se desviarem da adoração de Jeová no templo reconstruído em Jerusalém. Esdras fora autorizado pelo rei da Pérsia a nomear juízes e instrutores da lei de Deus (bem como da do rei) e a embelezar a casa de Jeová. Eram necessárias listas genealógicas exatas para garantir que apenas pessoas autorizadas servissem no sacerdócio e também para confirmar as heranças tribais, das quais o sacerdócio recebia seu sustento.

Em vista das profecias de Jeová sobre o Reino, era também vital ter um registro claro e fidedigno da linhagem de Judá e de Davi. Esdras tinha o desejo sincero de tirar os judeus restabelecidos de sua apatia e incutir neles o entendimento de que eles eram, deveras, herdeiros da benevolência pactuada de Jeová. Em Crônicas, portanto, apresentou-lhes uma narrativa completa da história da nação e da origem da humanidade, remontando até o primeiro homem, Adão. Visto ser o reino de Davi o ponto focal, ele ressaltou a história de Judá, omitindo quase inteiramente o registro absolutamente irredimível do reino das dez tribos. Descreveu os maiores reis de Judá como estando empenhados em construir ou restaurar o templo e em liderar zelosamente a adoração de Deus. Apontou os pecados religiosos que levaram à derrubada do reino, salientando também, ao mesmo tempo, as promessas de Deus de restauração. Frisou a importância da adoração pura, focalizando a atenção nos muitos pormenores concernentes ao templo, seus sacerdotes, os levitas, os mestres de canto, e assim por diante. Deve ter sido muito animador para os israelitas terem um registro histórico que enfocava o motivo de sua volta do exílio — a restauração da adoração de Jeová em Jerusalém. Visto que Esdras “subiu de Babilônia” no sétimo ano do rei persa Artaxerxes Longímano, que ocorreu em 468 AEC, e Esdras não registra a importante chegada de Neemias em 455 AEC, a escrita de Crônicas deve ter sido completada entre essas datas, provavelmente

por volta do ano 460 AEC, em Jerusalém. (Esd. 7:1-7; Nee. 2:1-18) Os judeus dos dias de Esdras aceitavam Crônicas como parte genuína de ‘toda a Escritura que é inspirada por Deus e proveitosa’. Chamavam-no de Div·réh Hai·ya·mím, que significa “Os Assuntos dos Dias”, isto é, a história dos dias ou dos tempos. Uns 200 anos mais tarde, os tradutores da Septuaginta grega também incluíram Crônicas como sendo canônico. Dividiram o livro em duas partes e, supondo ser suplementar a Samuel e Reis, ou à inteira Bíblia daquele tempo, chamaram-no de Pa·ra·lei·po·mé·non, significando “Coisas Passadas por Alto (Não Ditas; Omitidas).” Embora o nome não seja exatamente apropriado, contudo a atitude deles mostra que encaravam Crônicas como Escritura autêntica, inspirada. Ao preparar a Vulgata latina, Jerônimo sugeriu: “Podemos chamar [a esses] mais significativamente de Khro·ni·kón da inteira história divina.” É disto que o título “Crônicas” parece ter-se originado. Crônica é um registro de acontecimentos na ordem em que ocorreram. Depois de alistar as genealogias, Primeiro Crônicas se concentra principalmente no tempo do Rei Davi, de 1077 AEC até sua morte.

‫ֶעז ְָּרא‬ ESDRAS O Livro de Esdras (em hebraico: ‫עֶ זְׁ ָרא‬, Ezra) é um dos livros da terceira divisão da Bíblia hebraica (Ketuvim). No caso da Bíbliacristã, é o décimo-quinto livro do Antigo Testamento e é tratado como um dos livros históricos, posicionado entre II Crônicas e o Livro de Neemias.

Originalmente combinado com Neemias num único livro (Esdras-Neemias), os dois foram separados nos primeiros séculos da era cristã[1]. O tema é o retorno a Sião depois do cativeiro na Babilônia e o livro está dividido em duas partes, a primeira contando a história do primeiro retorno dos exilados, do primeiro ano de Ciro, o Grande (538 a.C.) até a finalização e de dedicação do novo Templo de Jerusalém no sexto ano de Dario I (515 a.C.); a segunda contando a missão subsequente de Esdras a Jerusalém e sua luta para purificar os judeus do que o livro chama de "pecado do casamento com não judeus". Juntamente com o Livro de Neemias, representa o capítulo final na narrativa histórica da Bíblia hebraica. Esdras foi escrito para se encaixar no padrão esquemático no qual o Deus de Israel inspira um rei da Pérsia a nomear um líder da comunidade judaica para realizar uma missão; três líderes sucessivos realizam três destas missões: a primeira é reconstruir o Templo, a segunda, purificar a comunidade judaica e a terceira, selar a cidade sagrada de Jerusalém reconstruindo a sua muralha (esta última missão, liderada por Neemias, não está no livro de Esdras). O programa teológico do livro explica os muitos problemas em sua cronologia. A primeira versão do livro provavelmente apareceu por volta de 460 a.C. e o livro continuou a ser revisado e editado por muitos séculos até ser aceito como parte do cânone bíblico no início da era cristã.

‫נְּ חֶ ְּמיָה‬ Neemias em hebraico: ‫נְׁ חֶ ְׁמיָה‬, Neḥemya, significa “Confortado por Deus” Jeová. É um personagem bíblico, figura importante na história pósexilo dos judeus, tal como registrada na Bíblia, e que, acredita-se, teria sido o autor primordial do Livro de Neemias. Era filho de Hacalias (Ne, 2:3), e provavelmente pertencia à Tribo de Judá; seus ancestrais residiam em Jerusalém antes de seu serviço na Pérsia (Ne, 2:3). Fez erigir os muros de Jerusalém e realizou importantes reformas religiosas exercendo papel fundamental na fixação da lei mosaica. O livro bíblico que traz seu nome, Livro de Neemias, redigido pouco antes dos 300 anos, juntamente com o livro de Crônicas e o livro de Esdras, relata a obra de restauração de Neemias. E no livro de Isaias fala sobre a reconstrução de Jerusalém a sua glória (Is,60:65).Já em Jeremias relata as profecias sobre Jerusalém antes de ser entregue ao rei Nabucodonosor, rei da Babilônia.

‫אֶ ְּסתֵ ר‬ O Livro de Ester (em hebraico: ‫ )אֶ ְׁס ֵּתר‬é um dos livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia, vem depois do Livro de Neemias e antes do Primeiro Livro dos Macabeus nas Bíblias católicas, ou antes,

do Livro de Jó, nas Bíblias protestantes. Possui 10 capítulos ou 16 na Vulgata que reuniu as adições ao texto em hebraico encontrados na Septuaginta em seis capítulos ao final. Conta como Ester, uma jovem judia que estava entre os deportados, tornou-se imperatriz da Pérsia, ao se casar com o imperador Assuero (geralmente identificado com Xerxes I), e como seu primo e tutor Mordecai. Descobriu um complô contra a vida do rei; como o grão-vizir Hamã procurou liquidar os judeus; como Ester interveio, arriscando a própria vida; como Hamã foi enforcado e os judeus autorizados a fazer um contra ataque para salvar os judeus de serem exterminados. Os judeus chamaram de Purim. Até hoje os judeus comemoram a festa de Purim. O título deriva do nome de seu principal personagem. Os judeus o chamam de Meghil-láth És-tér, ou simplesmente de o Meghil-láh, que significa "rolo", "rolo escrito", porque constitui para eles um rolo muito estimado, parte da seção dos "Escritos" (Ketuvim) da Bíblia hebraica. É um dos cinco megillot e é lido no feriado judaico do Purim. A celebração deste feriado é uma forte evidência da autenticidade do livro. Diz-se que uma inscrição cuneiforme, evidentemente de Borsipa, menciona um oficial persa de nome Mardukâ (Mordecai?), que estava em Susa (Susã) no fim do reinado de Dario I ou no começo do reinado de Xerxes I.

O Livro de Ester está de pleno acordo com o restante das Escrituras e complementa os relatos de Esdras e de Neemias, contando o que aconteceu com o exilado povo de Deus na Pérsia.

Rolo de Ester no Museu Judaico em Göttingen, Alemanha.

‫ִׁאיֹוב‬ Jó (em hebraico: ‫;אּיֹוב‬ ִ transl.: Iyyov. Em árabe: ‫ ;أيّوب‬transl.: Ayyūb) é um personagem do livro mais antigo da Bíblia, isto é, o Livro de Jó do Antigo Testamento. De acordo com a tradição, teria vivido na terra de Uz, localizada ao Norte da Arábia, perto dos edomitas, sabeus e caldeus. Prólogo do livro de Jó (1:1-5). Este nos apresenta Jó, homem ‘inculpe e reto, que teme a Deus e desviase do mal’. Jó é feliz, tendo sete filhos e três filhas. Éra um proprietário de terras rico em sentido material possuindo numerosos rebanhos e manadas. Tinha muitos servos e é “o maior de todos os

orientais”. (1:1, 3) Todavia, não é materialista, pois não se fia em seus bens materiais. É também rico em sentido espiritual, rico em boas obras, sempre disposto a ajudar alguém aflito ou angustiado, ou a dar uma vestimenta a alguém necessitado. (29:12-16; 31:19, 20) Todos o respeitam. Jó adora o verdadeiro Deus, Jeová. Recusa-se a prostrar-se diante do sol, da lua e das estrelas, como fazem as nações pagãs, mas é fiel a Jeová, mantendo a integridade a seu Deus e desfrutando uma relação íntima com Ele. (29:7, 2125; 31:26, 27; 29:4) Jó serve qual sacerdote para sua família, oferecendo regularmente sacrifícios queimados, para o caso de terem pecado. Satanás desafia a Deus (1:6-2:13). Abre-se de modo maravilhoso a cortina da invisibilidade, de modo que podemos visualizar coisas celestiais. Jeová é visto presidindo uma assembleia dos filhos de Deus. Satanás também comparece. Jeová traz à atenção seu fiel servo Jó, mas Satanás desafia a integridade de Jó, acusando Jó de servir a Deus por causa dos benefícios materiais recebidos. Se Deus permitir que Satanás lhe tire tais coisas, Jó se desviará da sua integridade. Jeová aceita o desafio, com a restrição de que Satanás não toque no próprio Jó. Muitas calamidades começam a sobrevir ao insuspeitoso Jó. Ataques-surpresa dos sabeus e dos caldeus levam suas grandes riquezas. Uma tempestade mata seus filhos e suas filhas. Esta prova severa fracassa em fazer com que Jó amaldiçoe a Deus ou se desvie dele. Em vez disso, ele diz:

“Continue a ser abençoado o nome de Jeová.” (1:21) Satanás, derrotado e provado mentiroso nesta questão, comparece outra vez perante Jeová e acusa: “Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela sua alma.” (2:4) Satanás afirma que, se lhe fosse permitido tocar no corpo de Jó, poderia fazer com que Jó amaldiçoasse a Deus na sua face. Com a permissão de fazer tudo menos tirar a vida de Jó, Satanás fere Jó com uma terrível doença. Sua carne fica “revestida de gusanos e de pó encrostado”, e seu corpo e seu hálito tornam-se fedorentos para sua esposa e seus parentes. (7:5; 19:13-20) Como indício de que Jó não violou sua integridade, a esposa insta com ele: “Ainda te aferras à tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre!” Jó a censura e não ‘peca com os seus lábios’. — 2:9, 10. Satanás suscita então três companheiros, que vêm ‘consolar’ a Jó. São Elifaz, Bildade e Zofar. De longe, não reconhecem a Jó, mas então passam a erguer a voz e a chorar e a lançar pó sobre a cabeça. A seguir, sentam-se diante dele em terra sem falar uma palavra sequer. Após sete dias e sete noites de tal ‘consolo’ silencioso, Jó finalmente rompe o silêncio ao iniciar um longo debate com seus pretensos consoladores. Julgamento e a bênção de Jeová (42:7-17). A seguir, Jeová acusa Elifaz e seus dois companheiros de não terem falado coisas verídicas sobre Ele. Precisam providenciar sacrifícios e é preciso que Jó ore por eles. Depois disso, Jeová reverte a condição cativa de Jó, abençoando-o com o dobro do que

tinha. Seus irmãos, suas irmãs e seus anteriores amigos retornam a ele com presentes, e ele é abençoado com o dobro do que possuía antes em matéria de ovelhas, camelos, gado e jumentas. Tem novamente dez filhos, sendo suas três filhas as mais belas mulheres de todo o país. Sua vida é milagrosamente prolongada em 140 anos, de modo que chega a ver quatro gerações da sua descendência. Morre “velho e saciado de dias”. — 42:17.

‫היליםת‬ SALMOS | TEHILIM Salmos (do grego Ψαλμός, Música, pois a palavra que intitula muitos salmos no texto hebraico é Mizmor ‫מזמור‬, Músical) ou Tehilim (do hebraico ‫תהילים‬, Louvores) é um livro do Tanakh (fazendo parte dos escritos ou Ketuvim) e da Bíblia Cristã, vem depois do Livro de Jó, pois este encerra a sequência (AOS 1943: sequencia) de livros históricos, e antes do Livro dos Provérbios, iniciando os livros proféticos e poéticos em ordem cronológica , sendo o primeiro livro a falar claramente do Messias (ou Cristo) e seu reinado, e do Juízo Final. É o maior livro de toda Bíblia e constitui-se de 150 (ou 151 segundo a Igreja Ortodoxa) cânticos e poemas proféticos, que são o coração do Antigo Testamento, é a grande síntese que reúne todos os temas e estilos dessa parte da Bíblia, utilizados pelo antigo Israel como hinário no Templo de Jerusalém, e hoje são utilizados como orações ou louvores,

no Judaísmo, no Cristianismo e também no Islamismo (o Corão no cap. 17, verso 82, refere os salmos como "um bálsamo"). Tal fato, comum aos três monoteísmos semitas, não tem paralelo, dado que judeus cristãos e muçulmanos acreditam nos Salmos que foram escritos em hebraico, depois traduzido para o grego e latim.

‫ִׁמ ְּשלֵי‬ PROVÉRBIOS | MISHLÉH

Provérbios (em hebraico: ‫ִמ ְׁשלֵּ י‬ , "Mish.léh hlomoh ou Provérbios de Salomão é o segundo livro da terceira seção (Ketuvim) da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã[1]. Quando ele foi traduzido para o grego e o latim, o título assumiu diferentes forms: Na Septuaginta grega, Παροιμίαι ("Paroimiai". "Provérbios"; Na Vulgata latina, o título é "Proverbia", do qual deriva o nome em português. Provérbios não é apenas uma antologia e sim uma "coleção de coleções" relacionadas a um padrão de vida que perdurou por mais de um milênio. O livro é

um exemplo da tradição sapiencial bíblica e levantam questões sobre valores, comportamento moral, o significado da vida humana e uma conduta direita. O tema recorrente é que "o temor a Deus — a submissão à vontade de Deus — é o princípio da sabedoria". A sabedoria é elogiada por seu papel na criação; Deus a manifestou antes de tudo e, através dela, ordenou o caos; e como os homens devem sua vida e prosperidade à conformidade com a ordem da criação, buscar a sabedoria é a essência e o objetivo da vida religiosa.

‫קהלת‬ ECLESIASTES | COHELET O livro de Eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica, vem depois do Livro dos Provérbios e antes de Cântico dos Cânticos. O Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na Bíblia hebraica é chamado Kohelet (‫)קהלת‬. Embora tenha seu significado considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador ou preletor. Faz parte dos escritos atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua vida.

Embora não se diga especificamente que Salomão foi o escritor, diversas passagens são bem conclusivas

neste sentido. O congregante se apresenta como “filho de Davi”, que ‘veio a ser rei sobre Israel, em Jerusalém’. Isto só se poderia aplicar ao Rei Salomão, pois os seus sucessores, em Jerusalém, reinaram apenas sobre Judá. Além disso, conforme o congregante escreve: “Eu mesmo aumentei grandemente em sabedoria, mais do que qualquer outro que veio a estar antes de mim em Jerusalém, e meu próprio coração tem visto muita sabedoria e conhecimento.” (1:1, 12, 16) Isto se ajusta a Salomão. Eclesiastes 12:9 diz-nos que ele “ponderou e fez uma investigação cabal, a fim de pôr em ordem muitos provérbios”. O Rei Salomão proferiu 3.000 provérbios. (1 Reis 4:32) Eclesiastes 2:4-9 fala do programa de construção do escritor; de seus vinhedos, dos jardins e parques; do sistema de irrigação; de ter adquirido servos e servas; de ter acumulado prata e ouro e de outras consecuções. Tudo isto Salomão fez. Quando a rainha de Sabá viu a sabedoria e a prosperidade de Salomão, ela disse: “Não se me contou nem a metade.”

O livro identifica Jerusalém com o lugar da escrita, ao dizer que o congregante era rei “em Jerusalém”. O tempo da escrita deve ter sido antes do ano 1000 AEC, perto do fim do reinado de 40 anos de Salomão, depois de se ter empenhado nos numerosos empreendimentos referidos no livro, mas antes de sua queda na idolatria. Por volta desse tempo, ele já havia adquirido conhecimento extensivo das atividades deste mundo e do empenho deste por

vantagens materiais. Nessa época, ele ainda estava no favor de Deus e sob Sua inspiração.

‫ִׁשיר הַ ִׁש ִׁירים‬ O CÂNTICO DE SALOMÃO | SHI HASHIRIM

O Cântico dos Cânticos, também chamado de Cantares, Cântico Superlativo. Em hebraico: ‫ הַּ ִש ִירים ִשיר‬transl. Šîr HaŠîrîm; na Septuaginta grega: ᾎσμα ᾎσμάτων, transl. Āisma Āismatōn; na Vulgata Latina: Cantĭcum Canticōrum ou Cântico de Salomão é um livro do Antigo Testamento. No judaísmo, é um dos cinco rolos da última seção do Tanakh, conhecida como Ketuvim ("Escritos"). É um dos livros poéticos do Antigo Testamento, posterior ao Eclesiastes e anterior ao livro da Sabedoria, na Bíblia católica e, na Bíblia protestante, antes de Isaías. Representa, em hebraico, uma fórmula de superlativo; significa o mais belo dos cânticos, Cântico por Excelência ou o cântico maior.

‫ישעיהו‬ ISAÍAS | YESHIAHÚ

O profeta Isaías, teria vivido entre 765 AC e 681 a.C., durante os reinados de Uzias. Jotão, Acaz e Ezequias, sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C. Isaías, cujo nome significa "Iahveh ajuda" , "Iahveh é auxílio" e mais precisamente “Salvação de Jeová” exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-SalalHás-Baz. O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-se profeta através de uma visão do trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua mensagem. Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos durante o reinado de Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39.A outra metade do livro do capítulo 40 ao final contém palavras de perdão, conforto e esperança.

Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo tempo como um "servo sofredor" que morreria pelos pecados da humanidade e como um príncipe soberano que governará com justiça. Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro seria o de número 53 que menciona o martírio que aguardava o Messias: "Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados". Isaías 53:5. Segundo um livro apócrifo do século I DC, Vidas dos Profetas, que foi escrito por um anônimo judeu da Palestina, o rei Manassés teria mandado serrar Isaías ao meio.

‫יִׁ ְּר ְּמיָהּו‬ JEREMIAS | IRMIAHU

O Livro de Jeremias é o segundo dos livros dos principais profetas da Bíblia, vem depois do Livro de Isaías e antes do Livro das Lamentações. Os capítulos 1 a 24 registram muitas das suas profecias. Os capítulos 24 a 44 relatam suas experiências. Os remanescentes contêm Profecias contra as nações. É provável que seu auxiliar, Baruque, tenha reunido e

organizado grande parte do livro. Na história de Babel, foi usado o método Atbash de criptografia. Jeremias em hebraico: ‫י ְִׁר ְׁמיָהּו‬, Yirmeyāhū foi um profeta hebreu conhecido por sua integridade e discursos duros contra o pecado. Filho do sacerdote Hilquias (ou Helcias), da Tribo de Benjamim, nasceu entre 650 a.C. e 640 AC em Anadote da Tribo de Benjamim, um pequeno povoado a nordeste de Jerusalém, e morreu no Egito, em 580 a.C.. Foi sacerdote do povoado de Anadote e previu, segundo a Bíblia, entre outras coisas, a invasão babilônica Nabucodonosor atacou Israel em 597 a.C. e novamente em 586 a.C. (ou 607 a.C., segundo a cronologia das Testemunhas de Jeová), quando os caldeus destruíram Jerusalém e queimaram o Templo. O significado do nome é incerto, existindo três teses aceitáveis: "Yehowah exalta", "Yehowah é sublime" ou "Yehowah abre (=faz nascer)", era um nome bastante comum nos tempos bíblicos, são conhecidos pelo menos sete personagens com este nome que é empregado 158 vezes na Bíblia. Embora de família sacerdotal, está ligado às tradições proféticas do Norte, principalmente a Oséias, e não

às tradições do sacerdócio e da corte de Jerusalém. Como Miquéias, ele pertence ao mundo camponês. De maneira crítica, ele traz consigo a visão dos camponeses sobre a situação do país.

‫איכה‬ LAMENTAÇÕES | EIKÁ O Livro das Lamentações ( ‫ איכה‬ʾēḫā(h), Eikha ou Eiká, cuja tradução literal é "Como!", ou ainda "Oh!" é um livro que faz parte da subdivisão da Bíblia chamada de Profetas Maiores. Livro cuja autoria é tradicionalmente atribuída ao profeta Jeremias, quando com os próprios olhos via a destruição da cidade de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia, por volta do ano 607 a.C. São cantos fúnebres que descrevem, de modo doloroso e poético, a destruição de Jerusalém pelos babilônicos em 587 a.C., e os acontecimentos que se sucederam a essa catástrofe nacional: fome, sede, matanças, incêndios, saques e exílio forçado. 2 Rs 24-25. As Lamentações são usadas na Liturgia da Igreja Católica por ocasião da Semana Santa, para lembrar o sofrimento de Jesus. A tradição popular conservou, durante a procissão da Sexta-feira Santa, no canto de Verônica, em que Verônica canta um trecho das Lamentações, posto na boca de Jesus: "Vocês todos

que passam pelo caminho, olhem e prestem atenção: haverá dor semelhante à minha dor?" (1,12).Os judeus recitam o livro no grande jejum que lembra a destruição do Templo de Jerusalém, no dia 9 do quinto mês do Calendário judaico (ab).

‫אסקיאל‬ EZEQUIEL | LEHEZKEL Ezequiel é um dos livros proféticos do Antigo testamento da Bíblia, vem depois do Livro das Lamentações e antes do Livro de Daniel. Possui 48 capítulos. Ezequiel era um sacerdote que foi chamado para profetizar durante o Exílio do povo judeu na Babilônia, tendo exercido sua atividade entre os anos 613 a 591 AC. Diz-se que fundou uma escola de profetas e que ensinava a Lei à beira do Rio Kebar que corta a cidade de Babilônia. São curiosas as visões que o profeta teve sobre a glória de Deus e os sinais que aconteceram em sua própria vida demonstrando que as ações de Deus são fortes e marcantes. Ezequiel perdeu a sua esposa como sinal da queda de Jerusalém. A comunidade, em meio à qual ele vivia, acreditava que em breve tudo voltaria a ser como antes, para seus contemporâneos o projeto de Deus era mero sistema que lhe dava segurança. Ezequiel, no

entanto, sabe que o sistema agonizando de maneira pois Jerusalém seria destruída.

passado estava irrecuperável,

Segundo ele, a sociedade sofria de doença crônica e incurável, pois havia abandonado o projeto de Jeová em troca de uma vida luxuosa e fascinante. Por isso, Ezequiel vê o próprio Deus deixando o Templo (11:22-24) e largando os rebeldes ao belprazer dos amantes. Isso era causa de sofrimento para o profeta, mas não de desânimo e desespero. Para ele, o futuro seria de ressurreição (caps. 36-37) e novidade radical. Com sua linguagem simbólica, Ezequiel indicava os passos para a construção do mundo novo: 





Assumir a responsabilidade pelo fracasso histórico de um sistema que se corrompeu completamente, provocando a ruína de toda a nação. Compreender que a simples reforma de um sistema corrompido não gera nenhuma sociedade nova; apenas reanima o velho sistema que, cedo ou tarde, acabará sempre nos mesmos vícios. Converter-se a Jeová, assumindo o seu projeto; e, a partir daí, construir uma sociedade justa e fraterna, voltada para a liberdade e a vida.

Com esse programa profético, vislumbrava-se um futuro novo: Deus voltaria para o meio de seu povo (43:1-7), provocando o surgimento de uma sociedade radicalmente nova. Aí todos poderão participar

igualmente dos bens e decisões que constroem a relação social a partir da justiça. Desse modo, todos poderão reconhecer que a partir desse dia, o nome da cidade será: Jeová está aí (48:35). A doutrina deste profeta tem por núcleo a renovação interior: é preciso criar para si um coração novo e um espírito novo (18:31); ou ainda, o próprio Deus dará "outro" coração, um coração "novo", e infundirá no homem um espírito "novo" (11:19; 36:26).Ezequiel dá origem à corrente apocalíptica, suas grandiosas visões antecipam as de Daniel e as do autor de Apocalipse.

‫דָ נִׁ יאֵ ל‬ DANIEL | DANIEL Daniel (em hebraico: ‫)דנִ ּיאֵּ ל‬, ָ ou Beltessazar, é um dos vários profetas do Antigo Testamento. A sua vida e profecias estão incluídas na Bíblia no Livro de Daniel. O significado do nome é "Aquele que é julgado por Deus" ou "Deus assim julgou", ou ainda, "Deus é meu juiz" Na narrativa, quando Daniel era um jovem, ele foi levado em cativeiro babilônico, onde foi educado no pensamento caldeu. No entanto, nunca se converteu aos costumes babilônicos. Pela Sabedoria Divina de seu Deus, YHVH, Jeová em português, ele

interpretou os sonhos e visões de reis, tornando-se uma figura proeminente na corte de Babilônia. Eventualmente, ele tinha visões apocalípticas que foram interpretadas como as Quatro monarquias. Alguns dos contos mais famosos de Daniel são: Sadraque, Mesaque e Abednego. Foi ele que interpretou a escrita na parede para o rei e dizendo sobre o fim do reinado de Babilônia. Ele também foi vítima de uns invejosos que armaram uma armadilha que por fim foi lançado na cova dos leões, porém Jeová enviou anjos para protegê-lo, portanto nem um fio de seu cabelo fora chamuscado.

‫הֹושֵ ַע‬ OSEIAS | HOSHÉA Oseias (em hebraico: ‫הֹושע‬, ֵּ transl. Hošeaʿ, tib. Hôšēăʿ, "Salvo por Jah; Jah Tem Salvo. Em grego: Ὠσηέ, transl. Ōsēe) foi um personagem bíblico, e um profeta em Israel no século VIII a.C., filho de Beeri. É um dos Os Doze Profetas Menores da Bíblia hebraica judaica, também conhecidos como profetas secundários no Antigo Testamento cristão. Não se sabe praticamente nada da vida ou do status social de Oseias. De acordo com o Livro de Oseias, teria se casado com a prostituta Gomer, filha de Diblaim, por ordem de Deus. Viveu no Reino do Norte durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, e

Ezequias, reis de Judá, e Jeroboão II, filho de Jeoás, rei de Israel. Entre 780 e 725 a.C.. Em Oseias 5:8 existe uma referência às guerras que levaram à captura do reino pelos assírios, ocorrida em torno de 804-745 a.C.; não se sabe ao certo se Oseias teria também vivido a destruição de Samaria, que é prevista em Oseias 13:1. A vida familiar de Oseias refletia a relação "adúltera" que Israel havia construído com os deuses politeístas. No ano de 740 a.C. o reino de Israel deixou por completo e foram dispersos onde deu origem aos samaritanos. Oséias foi designado por Jeová para ser profeta para a nação de Israel e não Judá.

‫ג'ואל‬ JOEL | IOÉL O Livro de Joel' , Yoh.él faz parte do Antigo Testamento; vem depois do Livro de Oseias e antes do Livro de Amós. Segundo a tradição, foi escrito pelo profeta Joel. Alguns sustentam que foi escrito no final da era monárquica, mas maioria dos exegetas sustenta que foi escrito após o Exílio na Babilônia e após a reconstrução do Templo, ou seja, aproximadamente em 820? AC, pois o livro não se refere a nenhum rei, nem ao Exílio.

A mensagem do livro é o "julgamento que Deus fará contra os inimigos de Israel e, de uma perspectiva escatológica, a vitória final do povo de Deus". As dúvidas sobre a época em que o profeta Joel viveu dificultam a interpretação do que ele escreveu. Pode-se dividir o livro em duas partes: Os dois primeiros capítulos narram uma terrível invasão de gafanhotos que devasta a plantação do país. Diante disso, Joel pede a participação de todos (profetas, sacerdotes e povo), numa grande manifestação de arrependimento e jejum, para suplicar a Deus que afaste a catástrofe; esta liturgia penitencial permite caracterizar Joel como um profeta cultual, ligado ao serviço do Templo. Deus mostra a sua misericórdia e anuncia a libertação da praga e as bênçãos para uma nova plantação. Como o profeta compara esses gafanhotos a um exército, talvez se possa pensar que ele esteja falando de uma invasão inimiga; Os dois últimos capítulos descrevem o julgamento de Deus sobre as nações e a vitória final; a efusão do espírito profético sobre todo o povo na era escatológica (3:1-5) responde ao anseio de Moisés em Num. 11:29.

Parece que a primeira parte não tem nada a ver com a segunda, mas uma expressão une o livro todo: o dia de Jeová. O que na primeira parte eram gafanhotos ou exército inimigo, na segunda se transforma em exército de Deus; a praga se torna apenas uma imagem do grande dia em que a humanidade prestará contas a Deus. Assim como afastou os gafanhotos, também a misericórdia de Deus, alcançada pelo arrependimento e jejum, transforma o julgamento em dia de libertação e salvação: arrasada a plantação, ressurge nova e viçosa. Desse modo, uma praga de gafanhotos observada atentamente serviu para que Joel anunciasse o dia de Jeová. A passagem mais destacada de Joel é o capítulo 3 (ou versículos 28 a 32 do capítulo 2, na versão Almeida que é citado por Simão Pedro no sermão de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2:17-21. Por isso, Joel é também chamado o profeta de Pentecostes, sendo também considerado o profeta da penitência, por causa da primeira parte do livro.

‫עמוס‬ AMÓS | AMÓS Amós significa “aquele que ajuda a carregar” o fardo ou nome que em hebraico significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa Deus levou foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. Ele é um dos doze Profetas Menores. Ele era nativo

de Tecoa, uma cidade a cerca de 20 km, nos limites do deserto de Judá (1:1), a sudeste de Belém.Também era um homem de família humilde. Era um vaqueiro e cultivador de sicómoros (7:14). Aproximadamente em 760 AC, deixou sua vida tranquila e foi anunciar e denunciar no Reino de Israel Setentrional, durante o reinado de Jeroboão II (1:1). Ele profetizou durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e foi contemporâneo de Isaías e Oseias, que viveram alguns anos a mais que ele. Sob Jeroboão II, o reino de Israel atingiu o máximo de sua prosperidade, mas isto foi acompanhado do aumento da luxúria, do vício e da idolatria. Nesse contexto, o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. Nesse momento, Amós foi convocado por Deus para lembrar ao povo da sua Lei, da retribuição da sua justiça e para chamar o povo ao arrependimento. Ele fê-lo, denunciava essa situação, com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de imagens típica de um homem do campo. A palavra de Amós incomodava porque ele anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também, e principalmente, o povo escolhido; este já se considerava salvo, mas na prática era pior do que os pagãos (1:3-2:16). Amós não se contentava em denunciar genericamente a injustiça social, ele denunciava especificamente:  Os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios (3:13-15; 6:1-7), criando um regime de opressão (3:10); as mulheres ricas que, para viverem no luxo,

estimulavam seus maridos a explorar os fracos (4:1-3); 



Os que roubavam e exploravam e depois ia ao santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para aplacar a própria consciência (4:4-12; 5:21-27); Os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos (2:6-7; 4:1; 5:7.10-13);

Os comerciantes ladrões sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo (8:4-8)

‫עבדיה‬ OBADIAS | OVADIÁ Obadias (em hebraico: ‫עבדיה‬, Ovadyah, "Servo de Jeová") é um profeta da Bíblia Hebraica. É considerado um dos “Profetas Menores” (o quarto, na ordem do cânone hebreu e na Vulgata, e o quinto na Septuaginta). O seu livro, constituído por apenas 21 versículos, é o menor do Antigo Testamento e trata do tema da falta de solidariedade do povo de Edom (descendentes de Esaú - Génesis 36:1) para com Israel, considerado como seu povo irmão. O livro se divide em duas partes: o "Profecia contra Edom" e a "Proclamação do Dia de Jeová". Obadias é um nome teofórico, que significa "servo de Jeová" ou "cultuador de Jeová". É cognato ao nome árabe ‘Abdullah. A forma do nome usada na

Septuaginta é Obdios, e em latim utiliza-se a forma Abdias. A Bíblia dos Bispos usa a forma Abdi.

‫יֹונָה‬ JONAS | IONÁ Jonas (do hebraico ‫ יֹונָה‬pronuncia Yonah em hebraico significa Pomba; em latim Ionas) foi, segundo a Bíblia, um profeta israelita da Tribo de Zebulom, filho de Amitai, natural Gete-Héfer. Profetizou durante o reinado de Jeroboão II, Rei de Israel Setentrional. (II Reis 14:25; Jonas 1:1) Crêse que tenha sido o escritor do livro bíblico do Antigo Testamento que leva o seu nome. Jonas é comissionado pelo Deus de Israel, segundo a Bíblia, para ir a Nínive, capital da Assíria. Será que Jonas ficou contente com sua designação? Não! Ele foge para Társis num navio.

A sua missão era admoestar (censurar) os assírios que devido a sua crueldade (segundo a moral israelita) e ao muito derramamento de sangue, iriam sofrer a ira divina caso não se arrependessem dentro de quarenta dias. Os assírios eram famosos, por exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e os esfolavam vivos.

Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece uma violenta tempestade. Esta só acaba quando Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego këtos]" (Jonas 1:17) e no seu estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação e arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa praia e segue rumo para Nínive. Pregando em Nínive (3:1-4:11). Jeová reitera sua ordem a Jonas. Jonas não mais foge de sua designação, mas vai a Nínive. Ali, ele anda pelas ruas da cidade e clama: “Apenas mais quarenta dias e Nínive será subvertida.” (3:4) A sua pregação é bemsucedida. Uma onda de arrependimento invade Nínive, e o povo passa a depositar fé em Deus. O rei proclama que tanto os homens como os animais têm de jejuar e vestir-se de serrapilheira. Jeová misericordiosamente poupa a cidade. Isto é demais para Jonas. Ele diz a Jeová que desde o início sabia que Ele havia de mostrar misericórdia e que foi por isso que fugiu para Társis. Sente vontade de morrer. Totalmente descontente Jonas acampa ao leste da cidade e espera para ver o que acontecerá. Jeová faz nascer um cabaceiro para servir de sombra para seu mal-humorado profeta. A alegria de Jonas com o cabaceiro dura pouco. Na manhã seguinte, Jeová faz com que um verme ataque à planta, de modo que o confortável abrigo de Jonas é substituído

pela exposição a um vento oriental abrasador e ao sol causticante. Novamente, Jonas deseja morrer. Virtuoso aos seus próprios olhos, ele justifica a sua ira. Jeová salienta a incoerência de Jonas: sentiu pena de um cabaceiro, mas está irado porque Jeová agora sente pena da grande cidade de Nínive.

‫ִׁמיכָיְּ הּו‬ MIQUÉIAS | MIHÁ Miquéias ou Michaías em hebraico: ‫מי ָכיְׁהּו‬, ִ Mikhayhu; em latim: Michaeas) é um personagem bíblico, profeta do século VIII a.C., morador de Morasti-Gat, na Shefelá em Judá, talvez tenha sido um líder (ancião, heb. zaqen) da comunidade. Atuou em Judá no período de Jotão, Acaz e Ezequias. O Profeta Miqueias denunciava os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria, prestava também assistência a usuários pobres e sem conhecimento. Estes estavam roubando o povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos. Miqueias também denunciou a cobiça, os ganhos imorais, a maldade planejada, a balança desonesta e o crime organizado. No livro atual de Miqueias existem também promessas e esperanças. Entre elas se destaca o anúncio do surgimento do Messias na pequena cidade de Belém (5:1-3). O Novo

Testamento retomará essa profecia e atribuirá ao nascimento de Jesus. Mateus 2:6.

‫נחום‬ NAUM | NAHUM Naum, cujo nome em hebraico significa Na.hhúm "o consolador", é o sétimo dos Profetas Menores, a quem se atribui a autoria do Livro de Naum, que conta sobre a destruição de Nínive, capital da Assíria, a cidade que Jonas advertiu. A origem da cidade remonta aos dias de Ninrode, o “poderoso caçador em oposição a Jeová”. Foi ele quem construiu esta cidade. Este livro é uma "pronúncia contra Nínive", capital do Império Assírio. Para os crentes, o cumprimento histórico daquela pronúncia profética atestaria a autenticidade do livro. O livro teria sido escrito algum tempo depois de a cidade egípcia de NôAmom (Tebas) sofrer uma derrota no Século VII a.C. e completado antes da predita destruição de Nínive em 632 a.C. Na história antiga, como na moderna, as grandes potências se sucedem e lutam na ânsia de dominar o mundo e os homens. Este livro contém a visão da queda de um desses impérios: a Assíria, o leão que enchia a toca de caça (2:13), o opressor de Israel

(1:12-13). É um canto do oprimido que sentia a que libertação se aproximava, porque o Império que dominava as nações estava prestes a vir abaixo. Um salmo inicial mostra Jeová como juiz que age na história (1:2-8). Ele é apresentado como o Deus ciumento e vingador, cheio de furor (1:2) e ao mesmo tempo como o Deus bom, o abrigo para os que são perseguidos (1:7). Já nesse salmo, Jeová aparece como o Senhor de tudo e de todos, oprimidos e opressores, mas de maneira diferente. Nas sentenças seguintes (1:9-2:1), dirigidas alternadamente ao oprimido (Judá) e ao opressor (Assíria), Jeová também se apresenta alternadamente, como vingador e bom. A ruína de Nínive, capital da Assíria (2:2-3:19), é descrita de maneira grandiosa e sem meios-termos, não deixando dúvidas sobre quem destrói a capital sanguinária e idólatra: é o próprio Deus (2:14; 3:5). Naum deixa claro que os grandes poderes do mundo não são eternos. Por mais que dominem e amontoem, por mais que oprimam e humilhem os pequenos, um dia eles ruirão como Nínive. Aliás, desaparecerão da história justamente porque agem dessa maneira. Sobre todos os opressores obstinados pesa o julgamento implacável de Deus, que toma o partido dos oprimidos.

É uma obra da época em que a compreensão de Deus estava associada a um nacionalismo violento, compreensão essa que vai ser superada a partir de obras do tempo do Exílio na Babilônia, como os capítulos 40 a 55 do Livro de Isaías, e pela pregação de Jesus relatada nos Evangelhos. Esse opúsculo alimentou as esperanças humanas de Israel em 612 AC, mas a alegria foi efêmera, pois a ruína de Jerusalém também estava próxima.

‫חֲבַ ּקּוק‬ HABACUQUE | HAVACUQ Habacuque (em hebraico: ‫ ;חֲ בּקּוק‬transl. Ḥavaqquq; hebraico tiberiano: Ḥăḇaqqûq) foi um profeta do Antigo Testamento. A etimologia de seu nome não é clara;[1] o nome possivelmente estaria relacionado com o acadiano khabbaququ, o nome de uma planta perfumada, ou a palavra ‫חבק‬, raiz hebraica que significa "abraçar". É o oitavo dos doze profetas menores, provavelmente, autor do Livro de Habacuque, que leva seu nome.

Praticamente nada se sabe sobre a história pessoal de Habacuque, exceto pelo que pode ser aferida a partir do texto de seu livro. No entanto, aparece também nos textos deuterocanônicos (Adições em Daniel), quando é ordenado por um anjo, enquanto preparava alimento, a levar a comida para Daniel (que se encontrava na cova dos leões), e Habacuque dizendo

que não sabia onde ficava a tal cova foi levado pelo anjo para a cova onde Habacuque entregou o alimento para Daniel que ali se alimentou. Habacuque também é mencionado em “Vidas dos profetas”, que também registra o seu tempo na Babilônia. O livro de Habacuque, é composto por cinco profecias sobre a Caldeia e uma canção de louvor a Deus. Desde a ascensão ao poder caldeu é datado de 612 a.C., supõe-se que ele era vivo naquela época, fazendo dele um contemporâneo de Jeremias e Sofonias. Fontes judaicas, porém, não o agrupam com estes dois profetas, que muitas vezes são colocados juntos, então é possível que ele fosse um pouco mais cedo do que eles. O último capítulo de seu livro é uma canção, que serviu de música no Templo de Salomão. É assumido na tradição judaica que ele era um membro do Tribo de Levi. Habacuque é único entre os profetas, em que abertamente questiona a Deus (1:3 a, 1:13 b). Na primeira parte do primeiro capítulo, o profeta vê a injustiça entre o seu povo e pergunta por que Deus não age: "01:02 Até quando, Jeová, clamarei eu, e tu não ouvirás? Grito a ti: Violência, e não salvarás." (Tradução Brasileira da Bíblia). O mausoléu na cidade de Toyserkan no oeste do Irã acredita-se ser o local de sepultamento de Habacuque. Ele é protegido pela Iran Cultural Heritage, que afirma que Habacuque é guardião para o Templo de Salomão, e que ele foi capturado pelos babilônios e permaneceu em sua prisão por alguns

anos. Depois de ser libertado por Ciro, o Grande, ele foi para Ecbátana, e lá permaneceu até sua morte e foi enterrado em algum lugar próximo à atual Toyserkan. Na Igreja Ortodoxa seu dia de festa é 2 de dezembro. Ele é comemorado com o outro Profeta Menor da Igreja Apostólica Arménia em 31 de julho.

‫צפניה‬ SOFONIAS | TSEFANIÁ Sofonias é um dos livros proféticos do Antigo testamento da Bíblia. Possui três capítulos. Sua pronúncia em hebraico é Tsefan.yáh. O nome Sofonias significa "o Senhor o escondeu" ou "Jeová escondeu-se". Ele era tetraneto de Ezequias, Sofonias 1.1. Caso este tenha sido o rei Ezequias, Sofonias foi um profeta de sangue real. O seu ministério ocorreu no tempo do rei Josias em 640 a.C. - 609 a.C. tendo profetizado, provavelmente antes da reforma desse rei em 621 a.C. O tema de sua mensagem é que Jeová ainda está firmemente em controle do Seu mundo, apesar das aparências contrárias, e que comprovará isso no futuro próximo ao aplicar um castigo terrível sobre a nação desobediente de Judá, e completa destruição sobre as nações pagãs gentias, somente através de um arrependimento em tempo é que haveria possibilidade de escape dessa ira. A adoração do deus Baal grassava e os “sacerdotes de deuses estrangeiros” tomavam a dianteira nesta adoração impura.

O profeta Sofonias viveu e exerceu a sua atividade num momento em que Judá era disputada pelas grandes potências da época. Dentro do país se formaram dois partidos: um querendo ficar sob a influência do Egito, outro da Assíria. Durante longo período, nos reinados de Manassés e Amon, a Assíria predominava. Uma tentativa de mudar a situação a favor do Egito, através de uma revolta de oficiais da corte, não obteve sucesso, porque cidadãos de grande influência econômica reagiram e colocaram no trono Josias, que ainda era menor de idade. Esse rei promoveu uma grande reforma, mas a situação voltaria a ser a mesma: o que era bom para a Assíria, era bom para Judá, inclusive a maneira de vestir. (1:8) Nesse contexto, Sofonias exerce seu ministério entre os anos 640-630 AC, durante a menoridade de Josias e antes de sua reforma religiosa e do ministério de Jeremias. Ele mostra como pesa, sobre toda essa situação, o Julgamento de Deus (1:2-18). O Dia de Jeová ou O Dia de Jeová não é essencialmente o fim do mundo e da história, mas a transformação do povo de Deus e o fim de uma era de idolatria. Para o profeta, são ídolos não somente as divindades estrangeiras, mas também a absolutização das grandes potências, do dinheiro e do poder. Esses ídolos estão presentes, tanto nas outras nações quanto na cidade de Jerusalém, seja no palácio real, seja no Templo e nos bairros da cidade (2:4-3:8). A única possibilidade de salvação que Sofonias vislumbra para escapar à ira divina são os pobres da

terra (2:3), isto é, os destituídos de poder e riqueza, que depositam sua confiança no verdadeiro Absoluto e clamam por justiça. São eles os únicos que poderão formar um resto para conduzir na história o projeto de Deus, e assim fazer com que o Dia de Jeová se torne dia de alegria e restauração, e não de destruição (3:9-20). A catástrofe anunciada atingiria tanto as nações quanto o Judá inspiradas pelo orgulho (3:1.11) o castigo seria uma advertência (3:7) que deveria conduzir o povo à obediência e a humildade (2:3), sendo a salvação reservada aos humildes, que põem em prática a vontade de Jeová. (3:12-13).

‫חַ גַי‬ AGEU | HAGAÍ Ageu (em hebraico: ‫חגַי‬, ַ Ḥhag.gaí "Hag-i", Koine Greek: Ἀγγαῖος; em latim: Aggeus) foi um profeta judeu durante a construção do Segundo Templo em Jerusalém e um dos doze profetas menores na Bíblia hebraica e autor do Livro de Ageu. Seu nome significa "meu aniversário". Ele foi o primeiro dos três profetas (com Zacarias, seu contemporâneo, e Malaquias, que viveu em torno de cem anos depois), que pertenceu ao período da história judaica a qual iniciou após o retorno do cativeiro na Babilônia.

Por que comissionou Jeová a Ageu? Pelo seguinte motivo: Em 537 AEC, Ciro havia emitido o decreto que permitia aos judeus retornar à sua terra natal para reconstruir a casa de Jeová. Mas já estavam em 520 AEC, e faltava muito para terminar o templo. Os judeus haviam permitido que, durante todos esses anos, a oposição dos inimigos, junto com sua própria apatia e seu materialismo, os impedissem de cumprir o próprio objetivo de seu retorno. — Esd. 1:1-4; 3:1013; 4:1-24; Ageu 1:4. Como mostra o registro, tão logo se lançou o alicerce do templo (em 536 AEC), “o povo da terra enfraquecia continuamente as mãos do povo de Judá e o desalentava com respeito à construção, e contratava conselheiros contra eles para frustrar seu conselho”. (Esd. 4:4, 5) Por fim, em 522 AEC, tais opositores não judeus conseguiram paralisar a obra por meio duma proscrição oficial. Foi no segundo ano do reinado do rei persa Dario Histaspes, isto é, em 520 AEC, que Ageu começou a profetizar, e isto incentivou os judeus a reiniciar a construção do templo. Nisto, os governadores vizinhos enviaram uma carta a Dario, solicitando uma decisão sobre o assunto; Dario fez vigorar outra vez o decreto de Ciro e defendeu os judeus de seus inimigos. Nunca houve dúvida entre os judeus quanto à profecia de Ageu pertencer ao cânon hebraico, e isso também é apoiado pela referência a ele em Esdras 5:1, como tendo profetizado “em nome do Deus de Israel”, bem como em Esdras 6:14. O que prova que sua profecia faz parte de ‘toda a Escritura inspirada

por Deus’ é que Paulo a cita em Hebreus 12:26: “Agora ele tem prometido, dizendo: ‘Ainda mais uma vez porei em comoção não só a terra, mas também o céu. ’” — Ageu 2:6. A profecia de Ageu consiste em quatro mensagens proferidas no decorrer de 112 dias. Seu estilo é simples e direto, e sua ênfase ao nome de Jeová é especialmente digna de nota. Em seus 38 versículos, ele menciona o nome de Jeová 35 vezes, 14 vezes na expressão “Jeová dos exércitos”. “Não deixa dúvida de que sua mensagem procede de Jeová: “Ageu, o mensageiro de Jeová, prosseguiu dizendo ao povo de acordo com a comissão de mensageiro da parte de Jeová, dizendo: ‘“ Eu estou convosco”, é a pronunciação de Jeová. ’”

Este era um tempo muito importante na história do povo de Deus, e o trabalho de Ageu revelou-se muitíssimo proveitoso. Ele não hesitou nem um pouco em cumprir sua tarefa como profeta, e não usou de rodeios com os judeus. Foi direto ao dizerlhes que já era tempo de pararem de procrastinar e hora de pôr mãos à obra. Era tempo de reconstruir a casa de Jeová e de restabelecer a adoração pura, se quisessem gozar de prosperidade às mãos de Jeová. O teor inteiro da mensagem de Ageu é que para se usufruir bênçãos da parte de Jeová, é preciso servir ao verdadeiro Deus e realizar a obra que Jeová ordena que seja feita.

‫זכריאס‬ ZACARIAS | ZEKHARIÁ

O Livro de Zacarias é um dos livros proféticos do Antigo testamento da Bíblia. Vem depois do Livro de Ageu e antes do livro de Malaquias e possui 14 capítulos. A primeira parte do livro, composta dos capítulos 1 a 8, contém os oráculos do profeta Zacarias, cujo nome significa "Jeová Lembrou-se". Zekhar.yáh é a pronúncia.

Apresentado como neto de Idô (1:1 e 1:7) ou como filho de Idô (Esd 5:1; 6:14 e Targum), deve ter sido chefe da família sacerdotal de Idô, por volta de 500 AC (Neemias 12:16), umas das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os profetas do AT, dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.

Contemporâneo de Ageu, foi um dos chamados "profetas" pós – exílicos, que viveu em uma época em que a comunidade judaica procura reconstruir as suas bases de fé e vida social. Sofrendo ainda as amargas consequências do Exílio na Babilônia, o povo sente-se desencorajado e tem dúvidas sobre a presença de Deus em seu meio.

Zacarias, em suas visões, mostra que Deus continua aí para realizar o seu projeto através da comunidade. O profeta reanima a esperança de um povo que passa por grandes dificuldades materiais e dúvidas de fé e que, por isso, é levado à resignação passiva. Zacarias estimula os compatriotas a arregaçarem as mangas para reconstruir o Templo. Já se passavam de 17 anos do retorno e a construção estava parada. (ver Esdras 6:14), símbolo da fé e unidade nacional. Zacarias, assim como Ageu se preocupa com a reconstrução do Templo de Jerusalém, mas dá maior destaque à restauração nacional e às suas exigências de pureza e moralidade. Essa restauração deve abrir uma era messiânica na qual o sacerdócio representado por Josué será exaltado (3:1-17), mas na qual a realeza será exercida pelo "Germe" (3:8), termo messiânico que o versículo 12 do cap. 6 aplica à Zorobabel. A segunda parte do livro, formada dos capítulos 9 a 14, foi escrita nos últimos decênios do século IV a.C, período em que os gregos dominavam a Palestina, depois da grande campanha de Alexandre Magno (333 AC). O autor olha para o futuro do povo de Deus. Anuncia também o aparecimento do Messias com três características: rei (9:9-10), bom pastor (11:4-17 e 13:7-9) e «transpassado» (12:9-14). Ao ler esta segunda parte, é impossível não lembrar Jesus entrando em Jerusalém montado num jumentinho.

‫מלאכי‬ MALAQUIAS | MALAHÍ O Livro de Malaquias é um livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação, Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia. ‫ ;מלאכי‬Mal.a.khí.

O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica. Os temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Messias. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais". No término do livro de

Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade. Outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico a contribuição das suas primícias (1/10), Provérbios 3: 9-10, a primeira parte da renda dos fiéis de uma organização religiosa. Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e viajantes. E isso fez com que o profeta (Malaquias) iniciasse uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo: "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda." (Malaquias 3:9) Tempo de Malaquias período de grandes provações vividas por uma sociedade ou povo. Ele foi escrito após 443 a.C.

DEUS ESTABELECEU UMA NAÇÃO Abraão “foi um patriarca que teve uma amizade com Deus e uma fé extraordinária que se tornou ‘pai dos que têm fé”. Deus chegou a chamá-lo de “meu amigo”.

Devido a este relacionamento, Deus prometeu a ele que faria dele uma grande nação. Ele teve um filho chamado Isaque que se tornou pai de Jacó. Deus mudou o nome de Jacó para Israel. Portanto, no devido tempo esta nação foi forma a partir do êxodo do Egito, cerca de três milhões de pessoas. Com a ajuda de Deus, eles conquistaram a terra de Canaã. O mapa abaixo mostra a extensão desta terra e como as 12 tribos foram formadas.

No mapa supracitado mostram as 12 tribos de Israel. Estas 12 tribos foram governadas pelos os reis, Saul, Davi e seu filho Salomão. No ano 997 a.C. o reino foi dividido. As tribos de Judá e Benjamim continuaram em Jerusalém. Com a morte de Salomão, Roboão seu filho começou a reinar sobre estas duas tribos.

As demais 10 tribos, Jeroboão se tornou rei sobre elas. Porém ele cometeu um grave erro. Ele fez um bezerro de ouro para o povo adorar para que eles não subissem até Jerusalém. Isto resultou numa apostasia que durou até o ano de 740 a.C. Com o tempo eles se tornaram os samaritanos. Este nome deriva-se da capital Samaria.

CONCLUSÃO A Bíblia toda contém 66 livros. Nestes relatados neste livro estão relacionados os livros escritos em hebraico. O restante, 27 livros, chamados de novo testamento foram escritos em Grego.

Pode não ser fácil entender a Bíblia, mas não quer dizer que é impossível. Por isso, devemos estudar a Bíblia que vai muito além de simplesmente lê-la. Você pode ler a Bíblia 20 vezes e não compreendê-la do modo que Deus quer. Devemos tirar tempo para pesquisa, meditar no que se lê, enfim, uma

dissecação parte por parte e levando em consideração o contexto. O contexto pode definir o verdadeiro sentido. Um exemplo pode ajudar:

A Bíblia diz que quem “ama o mundo o amor de Deus não está nele”. Em outro texto diz: “Deus amou tanto o mundo que enviou seu filho para todos os que nele creem ganhem a vida eterna”.

Portanto, “amar” nestes dois textos têm significado diferente. Não “amar” o mundo significa ter a conduta que está fora dos padrões de Deus. Mas, Deus “amou” o mundo, quer dizer a humanidade. É por isso que ele providenciou a vinda de seu filho na terra para nos resgatar do pecado e da morte. Neste caso o papel de Jesus cristo é muito importante porque é através do resgate é que podemos ser levados à perfeição e por fim herdar a vida eterna.

A LÍNGUA GREGA FAZ PARTE DA LÍNGUA SAGRADA

NOVO TESTAMENTO Na época de Cristo os Judeus falavam o Grego Koiné. Era um

idioma assim como é o inglês de hoje. Era uma língua utilizada devido às transações comerciais. O Novo Testamento foi escrito no Grego Koiné. A Grécia Antiga foi a quinta potência mundial. Ela derrubou o império persa em conjunto com os Medos. Quando se diz Grécia antiga é o termo geralmente usado para descrever o mundo antigo grego e áreas próximas (tais como Chipre, Anatólia, sul da Itália, da França e costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países, como o Egito). Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange desde 1 100 a.C. (período posterior à invasão dórica) até à dominação romana em 146 a.C., contudo devese lembrar de que a história da Grécia inicia-se desde o período paleolítico, perpassando a Idade do Bronze com as civilizações Cicládica (3000-2 000 a.C.), minoica (3000-1 400 a.C.) e micênica(16001 200 a.C.); alguns autores utilizam de outro período, o período pré-homérico (2000-1 200 a.C.), para incorporar mais um trecho histórico a Grécia Antiga. Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a seu país chamavam Hélade, nunca tendo chamado a si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia, pois ambas essas palavras são latinas, tendo sidolhes atribuídas pelos romanos. O país homônimo hoje existente descende desta, embora, como já dito acima, o termo Grécia Antiga abrange demais locais.

A cultura grega clássica, especialmente a filosofia, teve uma influência poderosa sobre o Império Romano, que espalhou a sua versão dessa cultura para muitas partes da região do Mediterrâneo e da Europa, razão pela qual a Grécia Clássica é geralmente considerada a cultura seminal da cultura ocidental moderna. Os gregos originaram-se de povos que migraram para a península Balcânica em diversas ondas, no início do milênio II a.C.: aqueus, jônicos, eólios e dóricos. As populações invasoras são em geral conhecidas como "helênicas", pois sua organização de clãs fundamentava-se na crença de que descendiam do herói Heleno, filho de Deucalião e Pirra. A Civilização Minoica surgiu durante a Idade do Bronze Grega em Creta e floresceu aproximadamente do século XXX ao XV a.C. O termo "minoico" foi cunhado por Arthur Evans, seu redescobridor, e deriva do nome do rei mítico "Minos". Arthur Evans e Nicolaos Platon, importantes arqueólogos minoicos, desenvolveram dois tipos de periodização para a civilização. Evans baseou-se nos estilos de cerâmica produzidos criando assim três períodos, o Minoano Antigo, o Médio e o Recente. Platon baseou-se no desenvolvimento dos palácios minoicos o que gerou os períodos pré-palaciano, protopalaciano, neopalaciano e pós-palaciano. Como resultado o Egeu e Mediterrâneo,

do comércio com no Minoano Antigo, os

minoicos viveram uma transição de uma economia agrícola para adentrar noutras economias, o resultado do comércio marítimo com outras regiões do Egeu e Mediterrâneo Ocidental. Com a utilização de metais, houve o aumento das transações com os países produtores. Os minoicos procuravam cobre do Chipre, ouro do Egito e prata.

Os portos estavam crescendo tornando-se grandes centros sob influência do aumento das atividades comerciais com a Ásia Menor, sendo que a parte oriental da ilha mostra a preponderância do período. Centros na parte oriental (Vasilicí e Mália) começam a notabilizar-se e sua influência irradia-se ao longo da ilha dando origem a novos centros; aldeias e pequenas cidades tornaram-se abundantes e as fazendas isoladas são raras.

Pintura mural em Cnossos

No final do milênio III a.C., várias localidades na ilha desenvolveram-se em centros de comércio e trabalho manual, devido à introdução do torno na cerâmica e na metalurgia de bronze, a qual se acrescenta um aumento da população (densamente povoada), especialmente no centrooeste. Além disso, o estanho da Península

Ibérica e Gália, assim como o comércio com a Sicília e mar Adriático começaram a frear o comércio oriental. No âmbito da agricultura, é conhecido através das escavações que quase todas as espécies conhecidas de cereais e leguminosas são cultivadas e todos os produtos agrícolas ainda hoje conhecidos como o vinho e uvas, óleo e azeitonas, já ocorriam nessa época. O uso da tração animal na agricultura é introduzido.

Em torno de 2 000 a.C., foram construídos os primeiros palácios minoicos. Cnossos, Mália e Festo, sendo estes a principal mudança do minoano médio. Como resultado, houve a centralização do poder em alguns centros, o que impulsionou o desenvolvimento econômico e social. Estes centros foram erigidos nas planícies mais férteis da ilha, permitindo que seus proprietários acumulassem riquezas, especialmente agrícolas, como evidenciados pelos grandes armazéns para produtos agrícolas encontrados nos palácios. O sistema social era provavelmente teocrático, sendo o rei de cada palácio o chefe supremo, oficial e religioso. A realização de trabalhos importantes são indícios de que os minoicos tinham uma divisão bem sucedida do trabalho, e tinham uma grande quantidade deles. Um sistema burocrático e a necessidade de melhor controle de entrada e saída de mercadorias, além de uma possível economia

baseada em um sistema escravista, formaram as bases sólidas para esta civilização. Com o tempo, o poder dos centros orientais começa a eclipsar, sendo estes substituídos pelo ascendente poderio dos centros interioranos e ocidentais. Isto ocorreu, principalmente, por distúrbios políticos na Ásia (invasão cassita na Babilônia, expansão hitita e invasão hicsa no Egito) que enfraqueceram o mercado oriental, motivando um maior contato com a Grécia continental e as Cíclades.

Cerâmica do estilo Camares, 21001700 a.C. Museu Arqueológico de Heraclião

No final do período MMII (1750 - 1 700 a.C.), houve uma grande perturbação em Creta, provavelmente um terremoto, ou possivelmente uma invasão da Anatólia. A teoria do terremoto é sustentada pela descoberta do Anemospília pelo arqueólogo Sakelarakis, no qual foram encontrados os corpos de três pessoas (uma delas vítima de um sacrifício humano) que foram surpreendidas pelo desabamento do templo. Outra teoria é que havia um conflito dentro de Creta, e Cnossos saiu vitorioso. Os palácios de Cnossos, Festo, Mália e Cato Zacro foram destruídos. Mas, com o início do período neopalaciano, a população voltou a crescer os

palácios foram reconstruídos em larga escala. No entanto, menores que os anteriores e novos assentamentos foram construídos por toda a ilha, especialmente grandes propriedades rurais. Este período (séculos XVII e XVI a.C., MM III/neopalaciano) representa o apogeu da Civilização Minoica. Os centros administrativos controlavam extensos territórios, fruto da melhoria e desenvolvimento das comunicações terrestres e marítimas, mediante a construção de estradas e portos, e de navios mercantes que navegavam com produções artísticas e agrícolas, que eram trocadas por matérias-primas. Entre 1700 e 1 450 a.C., a monarquia de Cnossos deteve a supremacia da ilha. Essa monarquia, apoiada, pela elite mercantil surgida em decorrência do intenso comércio, criou um império comercial marítimo, a talassocracia.

Após cerca de 1 700 a.C., a cultura material do continente grego alcançou um novo nível, devido à influência minoica. Importações de cerâmicas do Egito, Síria, Biblos e Ugarit demonstram ligações entre Creta e esses países. Os hieróglifos egípcios serviram de modelo para a escrita pictográfica minoica, a partir da qual os famosos sistemas de escrita Linear A e B mais tarde se desenvolveram.

Disco de Festo, com signos desconhecidos. Museu Arqueológico de Heraclião

A erupção do vulcão Tera (atual Santorini) foi implacável para o rumo de Creta. A erupção foi datada como tendo ocorrido entre 1639 e 1 616 a.C., por meio de datação por radiocarbono; em 1 628 a.C. por dendrocronologia; e entre 1530 - 1 500 a.C. pela arqueologia. O leste da ilha foi alcançado por nuvens e chuva de cinzas que possivelmente alastraram gases nocivos que intoxicaram muitos seres vivos, além de terem causado mudanças climáticas e tsunamis, o que possivelmente fez com que Creta se tornasse polo de refugiados provenientes das Cíclades, o que minou, juntamente com os cataclismos naturais prévios, a estabilidade da ilha. Além disso, a destruição do assentamento minoico em Tera (conhecido como Acrotíri) poderia ter impactado, mesmo que indiretamente, o comércio minoico com o norte. Em torno de 1 550 a.C., um novo abalo sísmico consecutivo às catástrofes do Santorini, destruiu outra vez os palácios minoicos, no entanto, estes foram novamente reconstruídos e foram feitos ainda maiores do que os anteriores.

Em torno de 1 450 a.C., a Civilização Minoica experimentou uma reviravolta, devido a uma catástrofe natural, possivelmente um terremoto. Outra erupção do vulcão Tera tem sido associada a esta queda, mas a datação e implicações permanecem controversas. Vários palácios importantes em locais

como Mália, Tílissos, Festo, Hagia Triada bem como os alojamentos de Cnossos foram destruídos. Durante o MRIIIB a ilha foi invadida pelos aqueus da Civilização Micênica. Os sítios dos palácios minoicos foram ocupados pelos Micênicos em torno de 1 420 a.C. 1 375 a.C. de acordo com outras fontes.

CIVILIZAÇÃO MICÊNICA

Máscara de Agamémnon, da Civilização Micênica.Museu Arqueológico Nacional de Atenas.

Os minoicos viriam a influenciar a história da Grécia através dos micênicos, que adotam aspectos da cultura minoica. O nome "micênico" foi criado por Heinrich Schliemann com base nos estudos que fez no sítio de Micenas, no nordeste do Peloponeso, onde outrora se erguia um grande palácio e uma das principais cidades além de Tirinto, Tebas e Esparta. Julga-se que os micênicos se chamariam a si próprios aqueus. De acordo com vários historiadores, os micênios eram chamados de Ahhiyawa pelos hititas. A sua civilização floresceu entre 1600 e 1 200 a.C. Os micênicos já falavam gregos. Não tinham uma unidade política, existindo vários reinos micénicos. À semelhança dos minoicos, o centro político encontrava-se no palácio, cujas paredes também

estavam decoradas com afrescos. Para além de praticarem o comércio, os micênicos eram amantes da guerra e da caça. Por volta de 1 400 a.C. os micênicos teriam ocupado Cnossos, centro da cultura minoica.Por volta de 1 250 a.C. o mundo micénico entra em declínio, o que estaria relacionado com a decadência do reino hitita no Oriente Próximo, que teria provocado à queda das rotas comerciais. Sua decadência envolveu também guerras internas. É provável que a destruição da cidade de Troia, fato que se teria verificado entre 1230 e 1 180 a.C., possa estar relacionado com o relato literário de Homero na Ilíada, escrita séculos depois.

PERÍODO HOMÉRICO Dá-se o nome de período homérico ao período que se seguiu ao fim da Civilização Micênica e que se situa entre 1100 e 800 a.C. Durante este período perdeu-se o conhecimento da escrita, que só seria readquirido no século VIII a.C.. Os objetos de luxo produzidos durante a era micênica não são mais fabricados neste período. A designação atribuída ao período encontrase relacionada não apenas com a decadência civilizacional, mas também com as escassas fontes para o conhecimento da época. Outro dos fenômenos que se verificou durante este período foi o da diminuição populacional, não sendo conhecidas as razões exatas que o possam explicar. Para, além disso, as populações também se movimentam, abandonando antigos povoados para

se fixarem em locais que ofereciam melhores condições de segurança para o mundo grego durante o século VI a.C. O Período Arcaico tem como balizas temporais tradicionais a data de 776 a.C., ano da realização dos primeiros Jogos Olímpicos, e 480 a.C., data da Batalha de Salamina. A Grécia era ainda dividida em pequenas províncias com autonomia, em razão das condições topográficas da região. Cada planície, vela ou ilha é isolada de outra por cadeias de montanhas pelo oceano.

A origem das cidades gregas remonta à própria organização dos invasores, especialmente dos aqueus, que se agrupavam nos chamados ghené (ghenos, no singular). Os ghené eram essencialmente comunidades tribais que cultuavam seus deuses na acrópole (local elevado). A vida econômica dessas grandes famílias era, a princípio, baseada em laços de parentesco e cooperação social. A terra, a colheita e o rebanho pertenciam à comunidade. Havia uma liderança política na figura do pater, um membro mais velho e respeitado. Diversos ghené agrupavam-se em fratarias, e diversas fratarias em tribos.

Com a recuperação econômica após o interlúdio dórico, a população grega cresceu além da

capacidade de produção das terras cultiváveis. Diante desse desequilíbrio, e procurando garantir melhores condições de vida, alguns grupos teriam se destacado, passando a manejar armas e a ter domínio sobre as melhores terras e rebanhos. Esses grupos acumularam riqueza, poder e propriedade como resultada da divisão desigual das terras do ghené, considerando-se os melhores — aristos (aristoi), em grego. Assim, foram diferenciando-se da maioria da população e dissolvendo a vida comunitária do ghené. Essas transformações sociais estavam na origem da formação da pólis, a cidade grega. A partir de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo de expansão, firmando colônias em várias regiões, como Sicília e sul da Itália (a chamada Magna Grécia), no sul da França, na costa da Península Ibérica, no norte de África e nas costas do mar Negro. Entre os séculos VIII e VI a.C. fundaram aí novas cidades, as colônias, as quais chamavam de apoíkias—; palavra que pode ser traduzida por nova casa.

São muitas as causas apontadas pelos historiadores para explicar essa expansão colonizadora grega. Grande parte dessas causas relaciona-se a questões sociais originadas por problemas de posse de terra e dificuldades na agricultura. Antiga moeda ateniense do século V a.C., representando a cabeça da deusa Atena e de uma coruja no verso.

As melhores terras eram dominadas por famílias ricas (os aristos, também

conhecidos por eupátridas - bem nascidos). A maioria dos camponeses (georgoi) cultivava solos pobres cuja produção de alimentos era insuficiente para atender às necessidades de uma população em crescimento. Uma terceira classe, que não possuía terras, dedicar-se-ia, mais tarde, ao comércio; eram chamados de tetas (thetas), marginais. Para fugir à miséria, muitos gregos migravam em busca de terras para plantar e de melhores condições de vida, fundando novas cidades. Assim, no primeiro momento, a principal atividade econômica das colônias gregas foi à agricultura. Posteriormente, muitas colônias transformaram-se em centros comerciais, dispondo de portos estratégicos para as rotas de navegação. A Hélade começa a dominar linguística e culturalmente uma área maior do que o limite geográfico da Grécia. As colônias não eram controladas politicamente pelas cidades que as fundavam, apesar de manterem vínculos religiosos e comerciais com aquelas. Predominava entre os gregos sempre a organização de comunidades independentes, e a cidade (cada uma desenvolveu seu próprio sistema de governo, leis, calendário e moeda) tornou-se a unidade básica do governo grego.

CONSEQUÊNCIAS DE COLONIZAÇÃO

Cidades e colônias gregas por volta de 350 a.C. Socialmente a colonização do mar Mediterrâneo pelos gregos resultou no desenvolvimento de uma classe rica formada por mercadores (o comércio internacional desenvolverase a partir de então) e de uma grande classe média de trabalhadores assalariados, artesãos e armadores. Culturalmente, os gregos realizaram intercâmbios com outros povos. Na economia, a indústria naval se desenvolveu, obviamente, passando a consumir crescente quantidade de madeira das florestas gregas. As evidências arqueológicas indicam que o padrão de vida na Grécia melhorou acentuadamente (o tamanho médio das áreas do primeiro andar de residências encontradas por arqueólogos aumentou cinco vezes, de 55 metros quadrados para 230 metros quadrados); a expectativa de vida e a estatura média também mostram evidências de melhoria. A população aumentou de 600.000 no século VIII a.C. para em torno de 9 milhões, no IV a.C.. E tudo isso fez com que no século IV, a Grécia já possuísse a economia mais avançada do mundo e com um nível de desenvolvimento extremamente raro para uma economia pré-industrial, estando em vantagem em alguns pontos se comparada às economias mais avançadas antes da Revolução Industrial, aos países baixos do século XVII e à Inglaterra do século XVIII.

Apesar disso, houve concentração fundiária, em algumas cidades essa concentração levou a revoltas e tiranias, em outras a aristocracia manteve o controle graças a legisladores inclementes. Outras cidades permaneceram relativamente igualitárias na distribuição das terras, em Atenas é estimado que entre 7,5-9% dos cidadãos, o grupo abastado, fosse proprietários de 30-35% de todas as terras, e 20% dos cidadãos tinham pouca ou nenhuma terra e os restantes 70-75% dos cidadãos era proprietários de 60-65% das terras, uma distribuição com índice Gente menor do que a renda dos EUA hoje e comparável à distribuição de renda de Portugal.

PERÍODO CLÁSSICO

O Período Clássico estende-se entre 500 e 338 a.C. e é dominado por Esparta e Atenas. Cada um destas desenvolveu o seu modelo político (a oligarquia militarista em Esparta e a democracia aristocrata em Atenas). Ao nível externo verifica-se a ascensão do Império Aquemênida quando Ciro II conquista o reino dos medos. O Império Aquemênida prossegue uma política expansionista e conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor. Atenas e Eritreia apoiam a revolta das cidades gregas contra o domínio persa, mas este apoio revela-se

insuficiente já que os jônios são derrotados. Mileto é tomada e arrasada e muitos jônios decidem fugir para as colônias do Ocidente. O comportamento de Atenas iria gerar uma reação persa e esteve na origem das Guerras Médicas (490-479 a.C.). Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas de Dario I, que já tinham passado por Eritreia , destruindo esta cidade. O encontro entre atenienses e persas ocorre em Maratona, saldando-se na vitória dos atenienses, apesar de estarem em desvantagem numérica. Dario prepara a desforra, mas falece em 485 a.C., deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que invadiu a Grécia em 480 a.C. Perante a invasão, os gregos decidem esquecer as diferenças entre si e estabelecem uma aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar. As forças espartanas lideradas pelo rei Leônidas I conseguem temporariamente bloquear os persas na Batalha das Termópilas, mas tal não impede a invasão da Ática. O general Temístocles tinha optado por evacuar a população da Ática para Salamina e sob a direção

desta figura Atenas consegue uma vitória sobre os persas em Salamina. Em 479 a.C. os gregos confirmam a sua vitória desta feita na Batalha de Plateias. A frota persa foge para o mar Egeu, onde em 478 a.C. é vencida em Mícale. Guerras Médicas, Guerras Greco persas, Guerras Persas ou Guerras Medas são designações dadas aos conflitos bélicos entre os antigos gregos e o Império Aquemênida durante o século V a.C. Ocorrera entre os povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medos-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa.

Esta região da Jônia era colonizada pela Grécia, mas durante a expansão persa em direção ao Ocidente, este poderoso império conquistou estas diversas colônias gregas da Ásia Menor, entre elas Mileto. As colônias lideradas por Mileto e contando com a ajuda de Atenas, tentaram sem sucesso libertar-se do domínio persa, promovendo uma revolta. Estas revoltas levaram o imperador persa Dario I a lançar seu poderoso exército sobre a Grécia continental, dando início às Guerras Médicas. O que estava em jogo era o controle do comércio marítimo na região.

Império Aquemênida em seu apogeu em 500 a.C.

Após a derrota da Lídia frente aos persas (provavelmente em 546 a.C.), as cidades gregas da Jônia passaram ao domínio persa. Em 499 a.C., com o apoio de Atenas e Eritreia revoltaram-se, mas foram vencidas entre 497 e 494 a.C. Em 490 a.C., Dario I (522/486 a.C.) decidiu enviar à Grécia continental uma expedição punitiva. Eritreia foi arrasada e saqueada, mas os atenienses e platenses, chefiados por Milcíades (550/489 a.C.), conseguiram rechaçar os persas na planície de Maratona.

Xerxes I (486/465 a.C.), filho de Dario, comandou dez anos depois (480 a.C.) uma invasão à Grécia em grande escala. Algumas cidades gregas, lideradas por Atenas e Esparta, formaram uma coalização para enfrentar o invasor. Outras, como Tebas, submeteram-se aos persas.

Mapa das Guerras Médicas. A campanha de Dátis e Artafernes é a linha marrom; os vassalos persas estão em amarelo, estados neutros em cinza e inimigos gregos em laranja. Inicialmente, os persas venceram os gregos no desfiladeiro das Termópilas e em Artemísio; a seguir, invadiram e saquearam Atenas. A frota ateniense, porém, comandada por Temístocles (524 a.C./459 a.C.), conseguiu destruir a frota persa em Salamina e mudou o rumo da guerra. Meses depois, comandada pelo espartano Pausânias (510/467 a.C.), o exército da coalização grega venceu o exército persa em Plateia e pôs fim à invasão. Os gregos conseguiram, certamente, impedir a presença dos persas em seu território. Eles continuaram, porém, influindo no relacionamento entre as cidades gregas durante todo o período clássico. Nesse primeiro confronto (a primeira guerra médica), surpreendentemente, cerca de dez mil gregos, liderados pelo ateniense Milcíades, conseguiram impedir o desembarque de mais de vinte mil persas (alguns autores falam em 50 mil, outros em 250 mil, não se sabe precisamente o efetivo persa), vencendo-os na Batalha de Maratona em 490 a.C. Para se defenderem dos persas, algumas cidadesestado gregas organizaram a liga de Delos, da qual se aproveitou Atenas para se sobrepuser no mundo grego, pois era responsável pelo dinheiro da

Confederação e passou a usá-lo em benefício próprio. Com isso, impulsionou sua indústria, seu comércio e modernizou-se, ingressando numa era de grande prosperidade, e impondo sua hegemonia ao mundo grego. O auge dessa época ocorreu entre 461 e 431 a.C., durante o governo de Péricles, por isto o século V a.C. é também chamado o "Século de Péricles".

Os persas, entretanto, não desistiram. Dez anos depois, voltaram a atacar as cidades gregas (segunda guerra médica). Estas, por sua vez, esqueceram as disputas internas que existiam entre elas e uniramse, vencendo os persas na Batalha de Salamina(480 a.C.) e na de Plateias (479 a.C.).

Após as guerras médicas, os gregos voltaram a enfrentar-se internamente e, de 431 a 404 a.C., decorreu a Guerra do Peloponeso, entre a Confederação de Delos (liderada por Atenas) e a Liga do Peloponeso (liderada por Esparta).

Após tantas guerras, as cidades gregas ficaram debilitadas e foram conquistadas por Filipe II da Macedônia, em 338 a.C. na batalha Filipe II foi sucedido por seu filho Alexandre, que ampliou consideravelmente o domínio macedônico conquistando a Síria, a Fenícia, a Palestina, o Egito, a Pérsia e parte da Índia.

A Grécia Antiga nasceu na região sul da Península Balcânica e também dominou outras regiões vizinhas como a Península Itálica, a Ásia Menor e algumas ilhas do Mar Egeu. Com o passar do tempo, várias cidades politicamente autônomas entre si apareceram e fundaram diversas práticas que influenciaram profundamente os costumes que hoje definem a feição do mundo ocidental. Do ponto de vista geográfico, o espaço que deu origem ao Mundo Grego é repleto de vários acidentes geográficos. A variação no relevo teve enorme importância para que cada cidade consolidasse uma cultura própria e impedisse a formação de um possível Estado unificado. Além disso, por conta

dessa mesma característica, vemos a impossibilidade de uma atividade agrícola extensa. Após vivenciarem uma experiência social centrada na utilização coletiva das terras, observamos que o desenvolvimento de uma aristocracia empreende a fixação dos primeiros núcleos urbanos. Por conta de sua já citada independência, compreendemos que a Grécia Antiga deve ser observada como um amplo mosaico de culturas que se desenvolvem de forma diversa. Sumariamente, as cidades-estados de Atenas e Esparta atestam a existência de tal diversidade cultural e se mostram dotadas de práticas e costumes que influenciaram a cultura Ocidental. Entre os atenienses, concedemos destaque especial à organização do regime democrático. Com passar do tempo, a ideia de se construir um sistema político representativo ganhou espaço e novas ressignificações ao longo do tempo. Em dado momento, as diferenças entre as cidadesestados promoveu o acirramento dos interesses políticos entre as mesmas. Com isso, apartadas entre as Ligas de Delos e do Peloponeso, as cidades da Grécia Antiga se desgastaram em uma prolongada guerra que acabou abrindo portas para a dominação de outros povos sobre esta civilização. Primeiramente, temos Alexandre, O Grande, como o primeiro dominador da região.

Mesmo promovendo sua hegemonia militar contra os gregos, o imperador Alexandre assumiu o papel de grande entusiasta da cultura grega. Nos vários centros urbanos e territórios que controlou, fez questão de disseminar os elementos da cultura grega por meio de manifestações diversas. Ao fim, a ação do imperador macedônico foi de suma importância para que os valores helênicos perdurassem ao longo do tempo. Quando o império macedônico foi conquistado, percebemos que vários elementos da cultura grega influenciaram o desenvolvimento político, social e econômico do Império Romano. Mais uma vez, a cultura grega consolidava-se como elemento formativo de um novo conjunto de ideias e valores historicamente preservados e portadores de referenciais que balizam a compreensão da cultura Ocidental atual.

ALFABETO | TRANSLITERAÇÃO

ALFABETO COM LETRAS MAIORES

ALFABETO COM LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

Língua grega (em grego Ελληνική γλώσσα, transliteração gráfica: Ellenikh glwssa, transliteração fonética: Elinikí glóssa) deriva do ramo indo-europeu e conta com mais de três mil anos de história documentada. Língua dos poemas homéricos, o grego antigo em suas várias formas, foi usado na Antigüidade clássica, no início da doutrinação cristã e em muitas regiões do Império Romano, seguindo a

expansão da cultura helênica promovida pelas conquistas de Alexandre, o Grande. Devido à grande influência no latim, o grego é origem de muitas palavras e afixos do português e de outras línguas latinas. O alfabeto grego, que teve origem no alfabeto fenício, deu origem ao alfabeto latino, utilizado pela maioria das línguas faladas na Europa. O Novo Testamento foi escrito em koiné, lingua franca na metade oriental do império Romano.

GREGO MODERNO O Grego moderno (ou, historicamente também conhecido por (Romaico) refere-se ao quinto estado de evolução da Língua Grega, isto é, às variedades do Grego falado no presente). Hoje, o Grego é falado, aproximadamente, por 17 milhões de pessoas, principalmente na Grécia e no Chipre, mas também por comunidades minoritárias ou imigrantes e muitos outros países. O início do período da língua grega conhecida por "Grego Moderno" é simbolicamente atribuído à queda do Império Bizantino em 1453, embora rigorosamente se deva atribuir a sua gênese ao Século XI. Desde então, a língua permaneceu numa situação de diglossia, com dialetos regionais falados, que existiam conjuntamente com as formas arcaicas escritas. Notavelmente, esta situação durou até ao Século XX com uma versão

reconstruída do grego antigo denominado Katharevousa. Atualmente, o Grego Moderno Padrão, uma forma padronizada de Demótico, é a língua oficial, tanto da Grécia como de Chipre.

DIALETOS Os dialetos mais importantes eram os seguintes:  Grego-Macedônio – dialeto usado de helenomacedônios na Macedônia.  Grego-Chiprio – dialeto usado de Grecocipriotas em Chipre.  Grego-Crético – dialeto usado de Greco-critas na Creta.  Grego-Trácico – dialeto usado de Grecotráciotas na Trácia.

SISTEMA DE ESCRITA O alfabeto utilizado para escrever a língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C., utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego moderno como também na Matemática, Astronomia, etc. Anteriormente, o alfabeto grego (Ελληνικό αλφάβητο) foi escrito mediante um silabário, utilizado em Creta e zonas da Grécia continental como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI a.C. e XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que reproduz parece uma versão primitiva dos dialetos Arcado-cipriota e Jônico-ático, dos quais

provavelmente é antepassado, habitualmente como Micênico.

e

é

conhecido

Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios. Dado que o alfabeto semítico não necessita de notar as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais. Este fato pode considerar-se fundamental e tornou possível a transcrição fonética satisfatória das línguas Europeias.

DESENVOLVIMENTO DO ALFABETO

CINCO PERÍODOS HELENISTÍCOS

AREÓPAGO

Areópago visto a partir da Acrópole de Atenas

Areópago (em grego antigo: Ἄρειος Πάγος areios pagos, "Colina de Ares") era a parte nordeste da Acrópole em Atenas e também o nome do próprio conselho que ali se reunia. Além de supremo

tribunal, o conselho também cuidou de assuntos como educação e ciência por algum tempo.

Cristianismo Por volta de 50 da era cristã os filósofos epicureus e estoicos que discutiam com o apóstolo Paulo o levaram ao Areópago para que lhes contassem a respeito de sua nova doutrina. Ali ele proferiu seu famoso Discurso no Areópago.

DISCURSO DO APÓSTOLO PAULO Enquanto esperava por eles em Atenas, Paulo ficou profundamente irritado ao ver que a cidade estava cheia de ídolos. Assim, começou a raciocinar na sinagoga com os judeus e com as outras pessoas que adoravam a Deus, bem como na praça principal, todo dia, com os que estivessem ali. Mas alguns filósofos, tanto Epicureus como estoicos, começaram a discutir com ele; uns diziam: “O que é que este tagarela está querendo dizer?” Outros: “Ele parece ser pregador de divindades estrangeiras.” Diziam isso porque ele declarava as boas novas sobre Jesus e a ressurreição.

Assim, eles o pegaram e o levaram ao Areópago, dizendo: “Podemos saber qual é este novo ensinamento de que você fala? Porque você está apresentando algumas coisas que soam estranhas

para nós, e queremos saber o que elas significam.” De fato, todos os atenienses e também os estrangeiros que estavam morando ali não usavam seu tempo livre com outra coisa a não ser contar ou escutar novidades. Então, Paulo ficou em pé no meio do Areópago e disse: “Homens de Atenas, eu vejo que em todas as coisas vocês parecem ter mais temor às divindades do que outros. Por exemplo, ao passar e observar cuidadosamente os seus objetos de adoração, encontrei até um altar com a inscrição: ‘A um Deus Desconhecido’. Pois bem, aquele que vocês adoram sem conhecer, esse é o que eu lhes estou proclamando. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, Ele, sendo Senhor do céu e da terra, não mora em templos feitos por mãos humanas, nem precisa ser servido por mãos humanas, como se lhe faltasse algo, porque ele mesmo dá a todos vida, fôlego e todas as coisas. E ele fez de um só homem todas as nações dos homens, para morarem na face de toda a terra, e fixou os tempos determinados e estabeleceu os limites da habitação dos homens, de modo que eles buscassem a Deus, que tateassem à procura dele e realmente o achassem, embora, na verdade, ele não esteja longe de cada um de nós. Pois por meio dele temos vida, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Pois nós também somos filhos dele.’ “Portanto, visto que somos filhos de Deus, não devemos pensar que o Ser Divino é semelhante a ouro, prata ou pedra, como

algo esculpido pela arte e imaginação do homem. É verdade que Deus não levou em conta os tempos de tal ignorância; mas agora ele está dizendo a todos, em toda a parte, que se arrependam. Porque ele determinou um dia em que vai julgar a terra habitada com justiça, por meio de um homem a quem designou. E ele deu garantia disso a todos os homens por ressuscitá-lo dentre os mortos. ” Quando ouviram falar em ressurreição dos mortos, alguns começaram a zombar, enquanto outros diziam: “Nós o ouviremos falar novamente sobre isso.” Assim, Paulo se retirou, mas alguns se juntaram a ele e se tornaram crentes. Entre eles estava Dionísio, que era juiz do tribunal do Areópago, uma mulher chamada Dâmaris, além de outros.

CONCLUSÃO Como vimos, Deus cuidou muito bem de preservar a Bíblia que em grau superlativo é o único livro que atinge toda a humanidade. Atualmente em 240 países e quase 3.000 línguas só não tem um exemplar senão quiser. A Bíblia contém informações que nos ajuda em tudo. Ela deve ser lida todos os dias. Além disso, ler somente não resolve. Ela deve ser estudada.

A Bíblia toda contém 66 livros. 39 livros são das Escrituras Hebraicas e Aramaicas e 27 das Escrituras

Gregas Cristãs. Pode não ser fácil entender a Bíblia, mas não quer dizer que é impossível. Por isso, devemos estudar a Bíblia que vai muito além de simplesmente lê-la. Você pode ler a Bíblia 20 vezes e não compreendê-la do modo que Deus quer. A leitura deve ser diariamente. Ela é nosso manual de vida.

Devemos tirar tempo para pesquisa, meditar no que se lê, enfim, uma dissecação parte por parte e levando em consideração o contexto. O contexto pode definir o verdadeiro sentido. Um exemplo pode ajudar:

A Bíblia diz que quem “ama o mundo o amor de Deus não está nele”. Em outro texto diz: “Deus amou tanto o mundo que enviou seu filho para todos os que nele creem ganhem a vida eterna”.

Portanto, “amar” nestes dois textos têm significado diferente. Não “amar” o mundo significa ter a conduta que está fora dos padrões de Deus. Mas, Deus “amou” o mundo, quer dizer a humanidade. É por isso que ele providenciou a vinda de seu filho na terra para nos resgatar do pecado e da morte. Neste caso o papel de Jesus cristo é muito importante porque é através do resgate é que podemos ser levados à perfeição e por fim herdar a vida eterna.

BY ANTONIO ALVES

Teólogo
HEBRAICO A LÍNGUA SAGRADA

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