historia e tecnica da xilogravura

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Historia e Técnica da Xilogravura INSTITUTO DE ARTES UFRGS Núcleo de Arte Impressa Ppt ‘coletivo’ revisão Prof.ª Dr.a Helena Kanaan

A xilogravura é um processo de impressão que utiliza como matriz um taco de madeira. A superfície do taco é trabalhada com goivas (facas de corte) deixando em relevo a ‘figura’. Para se tornar gravura e ser impressa em um papel ou tecido, o taco recebe uma cobertura de tinta (normalmente composta de óleo e fuligem) com um rolo de borracha. Coloca-se o papel ou tecido sobre o taco entintado e pressiona-se com uma colher de pau ou com prensas de prelo ou cilindro. Etimologicamente, a palavra xilogravura é composta por xylon, do grego, e por grapho, também do grego. Xylon significa madeira e grapho se refere a gravar ou escrever.

A primeira xilogravura datada é o Sutra do Diamante. Trazendo um dos discursos do Buda, ele foi encontrado em uma caverna na região leste do Turquistão e impresso na China por Wang Chieh, por volta do ano 868.

Em 1418, a técnica da xilogravura foi introduzida na Europa. Naquele período a xilo era utilizada principalmente para a impressão de cartas de baralho, ilustrações para livros (Iluminuras) e também para ornar documentos religiosos.

Referencial artístico: Albrecht Dürer Em 1499 Abrecht Dürer inovou a xilogravura com a sua serie apocalipse. Foi através desta serie que ele elevou a técnica buscando extrair as potencialidades da madeira dando lhes uma linguagem plástica peculiar e notável. Em 1515 Dürer celebra a técnica com a imagem do emblemático rinoceronte até hoje um ícone da gravura na matriz de madeira.

Lucas Cranach

Thomas Bewick

Katsushika Hokusai

Utamaro Kitagawa

Hiroshige Ando

Xilogravura no campo das artes

Com o surgimento de novas técnicas de impressão, a xilogravura desaparece por um tempo do cenário artístico e das funções reprodutivas, condenando milhares de xilógrafos ao desemprego. Porem a gravura com matriz em madeira ressurge através do campo das artes, disjunta da velha submissão que os meios de comunicação impunha, a xilogravura a ser usada por artistas plásticos se expande nas mais criativas formas, explorando o potencial de expressão da mesma, com base nos contrastantes traçados em preto e branco. Os percursores dessa nova fase na Europa foram, principalmente, o suiço Felix Valloton, o frances Paul Gauguin, o norueguês Edvard Munch, o francês Matisse e o grupo alemão Die Brücke (expressionismo).

Matisse

Edvard Munch

Técnica Para preparar uma matriz xilográfica é preciso realizar trabalho de entalhe em um pedaço de madeira, deixando em relevo a imagem que se pretenda reproduzir. As partes altas (em relevo) receberão a tinta e transferirão a imagem para o suporte. Geralmente as xilogravuras são impressas em papel, mas também podem ser feitas por impressão em outros tipos de suporte. A impressão pode ser produzida por uma prensa de rosca (de parafuso vertical), ou uma prensa de cilindros, ou até sem prensa nenhuma. Com a pressão de uma colher de pau (ou outro instrumento arredondado, liso e sem arestas) exercida no verso do papel, pode-se pressioná-lo centímetro a centímetro contra a matriz, provocando a transferência da tinta da matriz para o papel.

Prensa de Rosca

Prensa de cilindros

Fio e Topo A xilografia desdobra-se em dois modos básicamente: xilografia ao fio e xilografia de topo. Na xilografia ao fio, também chamada de madeira à veio ou madeira vertical, isto é, um pedaço de madeira cujo corte se fez da copa à raiz, longitudinalmente ao tronco. Diferentemente, na xilografia de topo, também denominada madeira deitada. O xilógrafo faz a matriz entalhando na superfície de um disco de madeira obtido com o corte transversal da árvore. Ou seja, ao cortar o tronco, a lâmina da serra opera em um plano perpendicular à direção das fibras.

Xilogravura de Topo

Xilo Topo

Xilo fio

A impressão é feita com o emprego de tinta oleosa, ou especifica para xilogravura , que é previamente aplicada sobre a matriz. Há xilogravuras impressas sem tinta, nas quais o relevo provocado pela pressão da matriz sobre o papel é o bastante para que o observador possa distinguir a imagem, chama-se relevo seco.

Bibliografia básica (tem na Biblioteca do IA) CATAFAL, Jorge, OLIVA Clara. A Gravura. Lisboa: Estampa, 2003. HERSKOVITS, Anico. Xilogravura Arte e Técnica. Porto Alegre: Tchê , 1986. KANAAN, Helena (org). Manual de Gravura. Pelotas: EDUFPEL, 2004.
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