Língua Portuguesa 6° ano

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Leitura e Diversão - Aprendendo com quadrinhos

Maurício de Sousa. Chico Bento – Natureza. São Paulo: Globo

1.) A partir da leitura da HQ, pode-se concluir que: (A) Chico Bento associou a bela jovem à lenda folclórica de Iara. (B) Vó Dita é a única responsável pela má interpretação de Chico. (C) A garota fingiu ser Iara para impressionar o possível pretendente. (D) Cebolinha pregou uma peça no amigo dizendo ter visto Iara.

Conhecendo as lendas brasileiras

A lenda do Guaraná No meio da floresta Amazônica, viviam os índios Maués e entre eles um casal jovem, muito feliz e amado pela tribo, porém, a felicidade do casal era abalada pela tristeza de não terem filhos. Aconselhados pelo pajé, resolveram buscar ajuda de Tupã e pediram-lhe: - Tupã, nos dê um filho. Meses depois, a índia deu a luz a um menino. O pequeno índio crescia saudável e feliz. Era muito querido por todos, pois era muito bondoso, criativo, prestativo e cheio de alegria. O curumim era a verdadeira sensação da tribo e sua família muito admirada. A fama do curumim se espalhou pela floresta e chegou ao conhecimento de Jurupari, um espírito do mal. Jurupari cheio de inveja passou a acompanhar o pequeno índio. Como podia ficar invisível, ninguém o via. Certo dia, o curumim saiu sozinho para colher frutos na floresta. Jurupari aproveitou-se da ocasião e transformou-se numa serpente venenosa que picou o menino. O pequeno índio morreu quase que instantaneamente. O veneno da serpente era muito poderoso para o seu frágil corpinho de criança. Preocupados com a demora do curumim, vários índios da aldeia partiram pela floresta para procurá-lo. Quando encontraram o menino todos lamentaram o ocorrido. Neste momento, raios e trovões caiam do céu. Os índios diziam ser o lamento de Tupã. A tristeza pairou sobre a aldeia. A mãe do curumim morto recebeu uma mensagem de Tupã dizendo que deviam plantar os olhos da criança. Os índios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do curumim. Algum tempo depois no lugar em que haviam sido enterrados os olhos da criança, brotava uma linda plantinha, o Guaraná, com fruto vermelho e que por dentro pareciam os olhos do menino. Fonte: http://www.qdivertido.com.br/verfolclore. Adaptado.

1. Com base na leitura do texto, pode-se concluir que o tema central da narrativa é: (A) o dia a dia de uma tribo indígena. (B) o nascimento de um índio. (C) a lenda de origem do guaraná. (D) a inveja sentida por Jurupari.

2. No trecho “-Tupã nos dê um filho!” quem fala é: (A) Jurupari. (B) o pai de curumim (C) a mãe de curumim. (D) o casal.

Muitas histórias que hoje conhecemos tiveram sua origem nos relatos de nossos avós, tios, comunidade que buscavam transmitir ensinamentos, divertir e até causar um certo “arrepio”. Vamos conhecer uma delas?

“O defunto vivo” Em alguns arraiais do interior mineiro, quando morria alguém, costumavam buscar o caixão na cidade vizinha, de caminhão. Certa feita, vinha pela estrada um caminhão com sua fúnebre encomenda, quando alguém fez sinal, pedindo carona. O motorista parou. - Se você não se incomodar de ir na carroceria, junto do caixão, pode subir. O homem disse que não tinha importância, que estava com pressa. Agradeceu e subiu. E a viagem prosseguiu. Nisto começa a chover. O homem, não tendo onde se esconder da chuva, vendo o caixão vazio, achou melhor deitar-se dentro dele, fechando a tampa, para melhor abrigar-se. Com o balanço da viagem, logo pegou no sono. Mais na frente, outra pessoa pediu carona. O motorista falou: - Se você não se importa de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir. O segundo homem subiu no caminhão. Embora achasse desagradável viajar com um defunto num caixão, era melhor que ir a pé para o povoado. De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentavam-se respeitosos em silêncio, em volta do caixão, enquanto seguiam viagem. Avizinhando-se o arraial, ao passar num buraco da estrada, um tremendo solavanco sacode o caixão e desperta o dorminhoco que se escondera da chuva dentro dele. Levantando devagarinho a tampa do caixão e pondo a palma da mão para fora, fala em voz alta: - Será que já passou a chuva? Foi um corre-corre dos diabos. Não ficou um em cima do caminhão. Dizem que tem gente correndo até hoje. (Weitzel, Antônio Henrique.Folclore e contos linguísticos. Juiz de Fora, MG., 2011) 1. Localize, no texto, o estado brasileiro, que deu origem a essa narrativa popular . 2. Com o auxílio de um dicionário, encontre o significado das seguintes palavras: arraial:____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

carroceria:_________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ fúnebre:___________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3. Muitas palavras e expressões que utilizamos sofrem “variações”, quer dizer, são adaptadas de acordo com a região geográfica e os objetivos de quem as utiliza. Na narrativa “ O defunto vivo” identificamos algumas dessas expressões. Observe-as e, através de sua identificação no texto, explique seu possível siginificado. “Certa feita” ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

“De tempos em tempos” _________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ “ Corre – corre dos diabos” ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

4. Transforme a narrativa lida em uma tirinha.

Analise a tira a seguir

5.Com base na fala do personagem, podemos afirmar que: (A) o personagem utiliza uma linguagem formal. (B) o texto reproduz a variedade regional, informal. (C) representa uma linguagem culta . (D) segue regras da gramática padrão.

Escrever é uma atividade prazerosa para alguns, desafiadora para outros, mas muito importante para o nosso conhecimento e desenvolvimento. E para isto não se tem idade. Conheça, a seguir, a história de um garoto que aos sete anos de idade já é um escritor de sucesso.

Escritor de apenas 7 anos publica O Quartário Quarto+aquário= uma história pra lá de divertida! Colaborou Jennifer Mello

Você lê de gibis a livros enormes, de letreiros na rua a todas as páginas de sua revista preferida e, por isso, tem a cabeça cheia de histórias pra contar? O Francesco Zullino Yunes é assim! Ele é um escritor de apenas 7 anos que acabou de ter seu livro publicado por uma editora de verdade. E tudo começou porque o garoto também vivia com a cabeça no mundo da fantasia. Francesco diz que começou a ler e a escrever aos 6 anos e que um de seus livros preferidos é Doces Sonhos de Uma Princesa, escrito pela mãe, Cintia Yunes. “Desde que escrevi o meu livro leio muito mais, pelo menos um livro pequeno por dia para praticar minha leitura.” Acho que descobrimos o segredo do sucesso desse escritor tão novinho, né? [...] Adaptado de http://atrevidinha.uol.com.br/escritor-de-apenas-7-anos-publica-o-quartario/

1. O uso do diminutivo destacado no trecho “Acho que descobrimos o segredo do sucesso desse escritor tão novinho, né?” reforça, no texto, um tom de (A) (B) (C) (D)

dúvida. carinho. fantasia. surpresa.

Expressar ações através de palavras não é uma tarefa fácil. Para isso, nossa Língua Portuguesa conta com alguns recursos. Observe a tira a seguir.

2. No segundo quadrinho a expressão “SLURRRP” está escrita em letras maiúsculas (A) porque a palavra é pequena e sem sentido. (B) porque é uma expressão de outro idioma. (C) para reproduzir as ações do cachorro Odie. (D) para demonstrar a insatisfação de Garfield.

As histórias em quadrinhos (HQs) fazem parte da cultura leitora. Em geral, juntamente, com os contos de fadas são os primeiros textos, aos quais, se tem acesso desde a primeira infância e, muitas vezes, continuam a nos acompanhar na vida adulta. Leia a seguir um exemplo de HQ de um dos escritores brasileiros mais famosos desta literatura.

1. Com base na leitura desta HQ podemos deduzir que entre os principais objetivos das Histórias em Quadrinhos estão a: (A) instrução. (B)informação. (C) diversão. (D) argumentação.

2. O efeito de humor presente neste quadrinho deve-se principalmente: (A) a confissão de Chico Bento (último quadrinho). (B) à pergunta da professora (5ºquadrinho). (C) às expressões faciais da professora. (D) aos gestos de Chico Bento.

Vamos recordar o gênero textual Diário? Além de ser um instrumento importante para o registro de sentimentos e apreciações pessoais, ele pode ser um recurso de “desabafo” íntimo (diário pessoal); divertir através de personagens inusitados e ficcionais como o Greg que se tornou conhecido em “ O diário de um banana” e, também, ser de caráter histórico ajudando-nos a compreender fatos importantes da humanidade. A seguir conheceremos trechos do diário de Zlata, uma jovem, que sobreviveu à guerra. Seu registro nos ajuda a compreender os desafios de se viver em um período como este.

O Diário de Zlata Sábado, 19 de outubro de 1991. Um dia infecto, ontem. A gente estava se preparando para subir a Jahorina (a montanha mais linda do mundo) e passar o final de semana. Quando cheguei da escola, encontrei mamãe chorando e papai de uniforme. Me deu um nó na garganta quando papai anunciou que tinha que ir reunir-se a sua unidade de reserva da polícia porque havia sido chamado. Me abracei a ele chorando e supliquei para ele não ir, para ficar conosco. Papai disse que era obrigado a ir. Aí ele partiu e ficamos nós duas, mamãe e eu. Mamãe, que não parava de chorar, telefonou aos amigos e à família. Todos eles vieram imediatamente (Slobo, Doda, Keka, Braco – o irmão de mamãe –, tia Melica e não sei mais quem). Todos vieram para nos consolar e oferecer ajuda. Keka me levou para a casa dela para passar a noite com Martina e Matej. Quando

acordei esta manhã, Keka me disse que tudo estava bem e que papai ia voltar dentro de dois dias. Voltei para casa, tia Melica está conosco, parece que tudo vai se ajeitar. Papai deve voltar depois de amanhã. Obrigada, meu Deus! [...] Quarta-feira, 23 de outubro de 1991. Em Dubrovnik é guerra de verdade. Bombardeios terríveis. As pessoas estão em abrigos, sem água, sem eletricidade, o telefone está cortado. Na televisão aparecem cenas terríveis. Papai e mamãe estão muito preocupados, não é possível que deixem destruir uma cidade tão fantástica. Eles têm uma ligação toda especial com Dubrovnik. Foi lá, no Palácio do Governo, que eles assinaram com uma pena de ganso o “sim” à futura vida em comum. Mamãe fica dizendo que Dubrovnik é a cidade mais bonita do mundo e que não pode ser destruída. Estamos preocupados com o padrinho Srdjan (ele trabalha e mora em Dubrovnik, mas tem toda a família em Sarajevo) e também com os pais dele. Como eles fazem para aguentar tudo o que está acontecendo? Será que ainda estão vivos? A gente tenta falar com eles pelos radioamadores mas não consegue. Bokica (a mulher de Srdjan) está desesperada. Tudo o que a gente faz para descobrir alguma coisa dá em nada. Dubrovnik está cortada do mundo. [...] Terça-feira, 12 de novembro de 1991. Em Dubrovnik a coisa vai de mal a pior. Conseguimos saber pelos radioamadores que Srdjan está vivo e que está bem, os pais dele também. O que se vê pela televisão é horroroso. As pessoas estão passando fome. Procuramos descobrir um jeito de mandar provisões para Srdjan. Com certeza vai ser possível pela Caritas. Papai continua seu serviço na reserva, volta para casa cansado. Quando isso tudo vai acabar? Segundo papai, talvez na semana que vem. Obrigada, meu Deus. [...] Zlata Filipovic. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. Trad. Antônio de Macedo Soares e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 22-4; 26.

Registrando conhecimentos sobre a leitura 01 Qual a função de um diário? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02 Que tipo de dificuldade, além das relatadas no diário de Zlata, as pessoas enfrentam na guerra? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

03 Você já tinha ouvido falar da cidade de Dubrovnik e da montanha Jahorina _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 04 Nos diários, por que é importante incluir a data? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 05 No dia 19 de outubro de 1991, o que deixou a família de Zlata triste e desesperada? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 06 No dia 12 de novembro do mesmo ano aparece a expressão “a coisa vai de mal a pior”. A que Zlata se refere? _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 07 Quais são as características do texto que nos remetem ao gênero textual diário? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 08 Nem sempre um diário relata somente ações de seu autor. Ele também serve para reflexões a respeito de sua vida. Copie um trecho em que Zlata demonstre essa reflexão. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 09 Quem é o interlocutor de Zlata? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 10 Como Zlata se sente em relação à guerra? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 11 Qual o momento que mais choca Zlata no meio à guerra? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 12 Pesquise sobre Sarajevo e a Guerra da Bósnia (1992-1995) e escreva pelo menos 5 linhas a respeito delas. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

13 Procure saber um pouco mais sobre Zlata Filipovic. Onde mora, o que faz hoje, se já visitou o Brasil, se possui outros livros publicados. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________
Língua Portuguesa 6° ano

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