Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o Anticristo - Uma Apostasia com Propósitos Prefácio Se cada um de nós pudesse viajar de volta no tempo para o final dos anos 1960, encontraria um período de grande contestação e agitação entre as principais denominações protestantes. O Movimento Ecumênico estava a pleno vapor e a Igreja de Roma tinha visões de trazer as "ovelhas afastadas" de volta ao aprisco da igrejamãe. Ao mesmo tempo, a vitória na Guerra dos Seis Dias deu aos israelenses o domínio sobre Jerusalém pela primeira vez desde que o general romano Tito destruiu a cidade no ano 70. Nos círculos fundamentalistas, muitos começaram a propagar a noção que a apostasia do "fim dos tempos", que tinha iniciado no século XIX, estava se aproximando da fase de produzir frutos. Alguns chegaram até a predizer que o Arrebatamento da Igreja ocorreria antes do bicentenário da Independência Americana, em 1976. Esses fatores combinados contribuíram para o crescimento explosivo das Igrejas Batistas Independentes, das Igrejas Bíblicas nãodenominacionais, e outros grupos, como aqueles afiliados ao Conselho Americano das Igrejas Cristãs, liderado pelo Dr. Carl McIntire. Na mente daqueles que estavam na linha de frente da "guerra contra a grande apostasia no fim dos tempos", Deus estava juntando os membros finais da verdadeira igreja para preparar a noiva de Cristo para a ceia das bodas do Cordeiro. Embora alguns tenham percebido a ameaça representada por grupos como a Associação Nacional dos Evangélicos (NAE), ninguém poderia ter imaginado a futura enganação da apostasia sorrateira que corromperia a própria fibra das igrejas que foram fundadas ou que cresceram a partir da apostasia dos anos 1960. Para aqueles de nós que viveram e passaram por essas experiências, é muito difícil compreender o fato que esses eventos ocorreram há mais de trinta anos. O Movimento Batista Independente começou a fraquejar a partir de meados dos anos 1970 e a década testemunhou o crescimento das Assembléias de Deus na segunda onda do Movimento Carismático. Gradualmente, a igreja local foi transformada de um lugar onde se ouvia um homem de Deus expor a Palavra de Deus ao povo, para um local de entretenimento religioso. A situação se deteriorou tanto que chegamos ao ponto em que a igreja agora precisa recorrer ao marketing profissional para alcançar o mundo e conseguir crescer mais. O crescimento de igreja tornou-se a ordem do dia, e os programas e esquemas precisam ser colocados em ação para atender aos objetivos estabelecidos para o crescimento. Essa é a base para a RELIGIÃO ORIENTADA PARA RESULTADOS. Muitos que lêem isto estão familiarizados com a Educação Orientada Para Resultados: "A Educação Orientada Para Resultados é uma filosofia que proclama que o fim justifica os meios. O conteúdo não é especificamente definido, mas escolhido com
base na percepção do professor. Nessa filosofia, a educação é uma experiência contínua e que dura a vida inteira, e não é uma preparação para a vida. É um processo para o governo dizer às nossas crianças como viver, o que dizer, o que pensar, o que saber, o que não saber." [1] A religião orientada para resultados baseia-se basicamente nos mesmos princípios. Ela também proclama a filosofia que o fim justifica os meios. O "fim", na maioria das vezes, é o crescimento da igreja e os padrões das Escrituras são subordinados ou ignorados quando observa-se que prejudicam esse crescimento. Os métodos para o crescimento da igreja também não são especificamente definidos e dependem principalmente dos aspectos demográficos e mercadológicos de uma determinada localidade. Usar uma diretriz específica "preto-e-branco", como as Escrituras, é um empecilho a esses esforços de marketing e, portanto, as percepções do pastor e da agência de consultoria precisam ser utilizadas para obter o resultado adequado. O ensino dogmático das doutrinas e da teologia também pode ser um empecilho ao crescimento da igreja, simplesmente por que a "doutrina divide". Portanto, a abordagem deve ser mais de um guia prático para tratar os problemas do dia a dia, como as finanças pessoais, relacionamentos, educação de filhos, e outras necessidades sociais daqueles que responderam aos programas de evangelização. Todos os programas, música e teatro devem ser coreografados com a noção de entreter com uma mensagem religiosa positiva, de modo a atrair mais pessoas aos serviços da igreja e, ao mesmo tempo, sem deixar ninguém de fora. Sob esses auspícios, a igreja evoluiu de uma fortaleza onde aqueles de mesma fé eram convencidos do pecado, repreendidos, nutridos, edificados, instruídos, e enviados ao mundo para alcançar os perdidos - para um palco aberto para que todos os presentes "experimentem Deus". Para garantir que essa seja uma experiência positiva para todos, as exposições negativas de qualquer grupo ou indivíduo visto como nominalmente "cristão" não podem ser toleradas e uma atitude de "religiosamente correto" deve prevalecer. A igreja também precisa ter uma equipe de "conselheiros cristãos" formados em "Psicologia Cristã" para atender às necessidades das pessoas que ficaram frustradas na busca de respostas para os "problemas complexos" do mundo de hoje nas páginas daquele documento antigo e simplista que chamamos de Palavra de Deus. Basicamente, todos os que estão envolvidos no ministério precisam ter em vista os RESULTADOS - TUDO O MAIS ESTÁ SUBORDINADO AOS RESULTADOS. Nota Final: 1. Marks, Debbie, "OBE: What is it?" Why Should We Be Concerned?", panfleto publicado pela Citizens for Quality Education, Columbia, SC, 5/3/94.
Capítulo 1: A Verdadeira Igreja Cristã Em seu livro Biblical Separation [Separação Bíblica], o Dr. Ernest Pickering faz a seguinte pergunta: "O que caracteriza uma igreja verdadeira?" Proposição: Uma igreja verdadeira é uma assembléia de pessoas que compartilham uma experiência comum de fé em Jesus Cristo. Quem é Jesus Cristo? Você se refere ao Jesus Cristo humano dos modernistas ou o Jesus Cristo, a teantrópica Segunda Pessoa da Trindade? Você se refere ao Jesus Cristo dos maometanos, dos gnósticos, dos aderentes da Nova Era, ou o neoortodoxo? Você se refere a este Cristo ou a algum outro Cristo? O que você quer dizer com compartilhar uma experiência? Essa experiência depende do recebimento de sacramentos, batismo, ou alguma outra ordenança religiosa? Depende da realização de um ato de caridade, filantropia, ou autoanulação? Você professa ter a experiência de "nascer de novo", mas o que quer dizer com "nascer de novo"? Até que ponto a sã doutrina é necessária para uma igreja ser verdadeira? Ao afastar-se da sã doutrina, em que ponto uma igreja cessa de ser uma igreja verdadeira? (1) A essência dessa linha de raciocínio baseia-se no fato que Lúcifer declarou uma guerra de enganação contra a igreja. Logo após a igreja primitiva ter sido formada, ela foi cruelmente atacada pela infusão cabalista, gnóstica e pagã. Os falsos mestres segmentaram e corromperam as doutrinas cruciais da igreja, o que levou às diversas filosofias heréticas adotadas até mesmo por muitos daqueles que eram contados entre os "Pais da Igreja". Como resultado dessa conspiração satânica, as advertências contra os falsos mestres aparecem em todas as epístolas do Novo Testamento. Uma dessas advertência é sucintamente apresentada em 2 Pedro 2:1-2: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade." A estratégia de Lúcifer desde os dias de Pedro não mudou. Os termos eram cristãos, mas as definições e práticas eram gnósticas ou pagãs. Esse sincretismo do puro cristianismo com as religiões ocultistas culminou com o advento de muitos grupos pseudo-cristãos e as seitas. O mais notável, é claro, foi evidenciado na ascensão da Igreja Católica Romana e do papado. Contrariamente à crença popular mal-orientada, os papas não são sucessores do apóstolo Pedro (não há uma evidência histórica verdadeira de que Pedro realmente esteve em Roma). Os papas são, entretanto, os sucessores do Imperador Romano Constantino. Foi Constantino quem legalizou o cristianismo com a esperança de unificar um Império fragmentado e decadente. Ele mudou a capital do império para Constantinopla em 330, deixando o bispo de Roma a cargo do Ocidente. (3) Ele próprio, entretanto, continuou adorando o deus-sol. Embora Constantino tenha permanecido pagão pelo resto de sua vida,
manteve influência sobre os negócios do que tinha se transformado a igreja "estatal" no Império. (Essa influência foi evidenciada pelo fato de ter ele mesmo convocado o Concílio de Nicéia.) Posteriormente, Teodósio, o Grande, tornou o cristianismo a religião oficial do Império, e a participação na igreja tornou-se obrigatória por lei. (Podemos apenas imaginar o efeito que isso teve sobre o caráter espiritual da igreja.) (4) Neste ponto, os templos pagãos foram transformados em igrejas, as estátuas de Júpiter tornaram-se estátuas de Pedro, as imagens de Ísis e Vênus tornaram-se imagens da "virgem abençoada", e a mistura do paganismo com o cristianismo resultou nas diversas doutrinas sem base bíblica e as tradições da Igreja de Roma. Justiniano I (527-565), o maior de todos os imperadores, regulamentava todas as questões teológicas definindo o Bispo de Roma como o "líder de todas as santas igrejas", lançando assim a base legal para a supremacia papal. (5) O papado envolveu-se em intrigas políticas internacionais a partir de 678, com o assassínio do rei merovíngio Dagoberto II. A Igreja orquestrou o fim da Dinastia Merovíngia em uma tentativa fracassada de garantir o título de "Rei de Jerusalém" para o papa. (6) A autoridade papal foi então grandemente expandida em 750 com a assim chamada "descoberta" de um documento conhecido como a "Doação de Constantino" (em 1440, Lorenzo Valla provou que esse documento foi uma falsificação) (7) Esse suposto documento do ano 312 dava oficialmente ao bispo de Roma os símbolos e as vestes imperiais do Imperador, que tornaram-se propriedades da Igreja. Ele declarava que o bispo de Roma era o "Vigário de Cristo" e oferecia-lhe o status de Imperador. As vestes foram supostamente devolvidas a Constantino, que as vestia com permissão eclesiástica, mais ou menos como um empréstimo. (8) Com esse documento em mãos, a Igreja reivindicou o direito de coroar e depor os monarcas, e o papa tornou-se o supremo mediador entre Deus e os reis. (9) A influência dos imperadores nos assuntos da Igreja para suportar uma máquina imperial que estava entrando em colapso resultou em uma profunda e rápida apostasia. Em poucos séculos, "o cristianismo transformou-se em algo totalmente diferente de seu início, como Jesus Cristo e seus apóstolos ensinaram. Tornou-se uma filosofia pagã sofisticada influenciada pelos ensinos sobre um Deus transcendente e onipotente." (10) Com essa infidelidade espiriitual veio uma espiral decadente na moralidade da hierarquia da Igreja Católica Romana. O poder absoluto começou a corromper absolutamente, e aqueles que se opunham aos ensinos da Igreja logo tornaram-se alvo da sua ira. A perseguição aos dissidentes tornou-se a ordem do dia, e a Igreja começou a encarcerar os "heréticos", e a confiscar suas propriedades. Em 1203, o papa Inocêncio III publicou um decreto da Inquisição para erradicar a heresia do sul da França e da Itália. (11) Inocêncio III, naquilo que chamou de "a realização que coroou seu papado", ordenou o massacre de 60.000 albigenses em um único dia. (12) Outros eventos documentados incluem o "Massacre da Noite de São Bartolomeu", em que 70.000 huguenotes (calvinistas franceses) foram assassinados em um único dia. (13) e o papa Martinho V (1417-31) ordenou que o rei da Polônia exterminasse os hussitas. (14) A Inquisição durou até 1870, englobando o papado de oitenta papas que nunca se arrependeram, nunca se retrataram, e nunca reconheceram qualquer erro por parte da Igreja em torturar e/ou assassinar milhões de vítimas inocentes. A Igreja de Roma tinha, na verdade, desde sua formação, cessado de ser uma igreja verdadeira. O Estado tornou-se a entidade controladora dessa organização, e a
sã doutrina foi substituída por uma síntese de paganismo com crenças cristãs. O resultado foi uma entidade em que um filho de Deus verdadeiramente redimido não poderia participar. Na verdade, muitos cristãos e igrejas individuais recusaram-se a participar no sistema de igreja/estado. Esses foram aqueles que ficaram conhecidos como anabatistas (rebatizadores), que mantinham o ensino bíblico do batismo após a salvação, rejeitavam o batismo infantil, o casamento civil, o governo religioso centralizado, e qualquer hierarquia eclesiástica acima da igreja local. Aqueles que defenderam essa posição e morreram por manter as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus eram os verdadeiros cristãos, e suas igrejas eram as verdadeiras igrejas. A Igreja de Roma é apenas um dos muitos exemplos de organizações que têm o nome de "igreja" mas exibem pouca ou nenhuma semelhança com a definição bíblica do termo. Entretanto, é preciso compreender que qualquer organização religiosa que afirme ser igreja precisa atender a certos critérios: 1. Uma igreja verdadeira tem somente Jesus Cristo como seu líder e legislador. 2. Uma igreja verdadeira somente deve aceitar como membro aqueles que professam fé salvadora em Jesus Cristo. No momento em que uma organização recebe como membro um único indivíduo que nega a fé em Jesus Cristo, essa organização deixa de ser uma igreja. 3. Uma igreja verdadeira, por meio da sua declaração de fé, precisa aderir às doutrinas fundamentais conforme ensinadas na Palavra de Deus. Essas doutrinas incluem a inerrância das Escrituras, a encarnação de Jesus Cristo, a divindade de Jesus Cristo, o sacrífico vicário de Jesus Cristo, a ressurreição física de Jesus Cristo, a justificação pela fé, e a promessa da vida eterna para aqueles que professam essa fé. (A Declaração de Fé de uma igreja verdadeira deve ser mais detalhada que essa relação, mas deve SEMPRE conter pelo menos esses princípios). 4. Uma igreja verdadeira precisa ser governada pelos métodos delineados nas Escrituras, com líderes, oficiais e administração conforme especificado no Novo Testamento. Sim, uma igreja verdadeira é uma assembléia daqueles que compartilham uma experiência comum de fé em Jesus Cristo. Entretanto, é preciso elaborar um pouco mais que essa experiência é o resultado da operação da graça soberana de Deus exercida pelo arrependimento de um indivíduo por meio da fé no sangue derramado de Jesus Cristo para total perdão dos pecados. Além disso, uma observação particular precisa ser acrescentada que essa operação de Deus não é de forma alguma dependente de ser membro de uma igreja, participar em sacramentos religiosos, participar em atividades religiosas, contribuir com dinheiro para as causas religiosas, moralidade geral, ou outras boas obras do indivíduo. Esses indivíduos "nascidos de novo" são além disso ordenados pelas Escrituras a aderir aos ensinos doutrinários encontrados na Palavra de Deus (incluindo aqueles da pessoa de Jesus Cristo), e não aceitar ninguém na comunhão do corpo de crentes cuja profissão de fé omita esses ensinos doutrinários. Entretanto, Lúcifer é um enganador sutil, e os falsos mestres que enganosamente professam cristianismo genuíno infiltram-se e corrompem uma igreja verdadeira. Isso freqüentemente leva à apostasia final das igrejas locais e das organizações eclesiásticas. A palavra "apostasia" (um afastamento da verdade por
parte daqueles que antes defendiam a verdade) encontra-se na Bíblia em 1 Timóteo 4:1: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." Os cristãos certamente não podem dizer que não foram avisados. Entretanto, surge a seguinte questão: O que os cristãos devem fazer quando forem controntados pela infiltração enganosa dos falsos mestres? Além disso, o que devem os cristãos fazer quando os falsos mestres tiverem desviado ou enganado seus líderes ou outros membros do corpo da igreja? O ataque de Lúcifer à igreja verdadeira desde o tempo da igreja primitiva tem sido enfrentado por duas estratégias distintas. A primeira é a idéia que aqueles que estão do lado da verdade devem permanecer no corpo eclesiástico e tentar reformálo, expondo o erro dentro da igreja. Isso é exatamente o que os líderes da Reforma Protestante tentaram fazer. O desejo deles era reformar a Igreja Católica; não desejavam se separar de Roma, mas a Igreja os excomungou. A segunda estratégia baseia-se na Doutrina Bíblica da Salvação. Quando um corpo eclesiástico afasta-se do ensino bíblico, aqueles que estão do lado da verdade escolhem obedecer as Escrituras e separar-se do corpo, em vez de tentar reformar a organização. Esse padrão pode ser visto durante toda a história da igreja organizada. Houve aqueles que tentaram reformar, e houve aqueles que se separaram. A Bíblia é bem clara que aqueles que erram na fé devem ser abordados e confrontados com relação ao erro, mas também é muito clara que chega um ponto em que aqueles que estão do lado da verdade precisam se separar: "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles." [Romanos 16:17] "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso." [2 Coríntios 6:1418] "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu." [2 Tessalonicenses 3:6] Charles Spurgeon escreveu: "A cumplicidade com o erro tirará dos melhores homens o poder de entrar em qualquer protesto bem sucedido contra o erro. É nossa convicção solene que não pode haver nenhuma comunhão espiritual real, nenhuma falsa associação. A associação com o erro vital e conhecido é participação no pecado. Assim que vi, ou
pensei que vi, que o erro tinha se tornado firmemente estabelecido, não vacilei, mas deixei o corpo imediatamente. Desde então meu conselho é, "Saí do meio deles". Acho que nenhum protesto poderia ser igual à separação distinta do mal conhecido. Para não tornar ridículo meu testemunho, afastei-me daqueles que se desviaram da fé, e até mesmo daqueles que se associam com eles. Custe o que custar, a separação daqueles que se separaram da verdade de Deus não é não apenas nossa liberdade, mas nosso dever." (15) A luta para manter uma verdadeira igreja foi e continuará sendo uma questão crítica para todos os cristãos até o arrebatamento. Ao tratarmos do tema "Pragmatismo na Igreja - Uma Religião Orientada Para Resultados", a doutrina bíblica da separação precisa ser enfatizada em toda a análise, pois uma vez que a apostasia da Religião Orientada Para Resultados seja reconhecida dentro do corpo eclesiástico, o único rumo de ação para aqueles que queiram permanecer fiéis à Palavra de Deus é a separação de tal corpo. Esse processo de separação pode ser mais difícil do que em muitas situações nos anos passados simplesmente porque muitas das igrejas envolvidas na Religião Orientada Para Resultados ainda pregam o evangelho, e ainda têm muitas boas qualidades baseadas na Bíblia. Entretanto, os cristãos modernos precisam adotar a mesma posição de Spurgeon, quando ele disse, "... afastei-me daqueles que se desviaram na fé, e até mesmo daqueles que se associam com eles." Notas Finais 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.
Pickering, Ernest, Biblical Separation, The Struggle for a Pure Church, Regular Baptist Press, 1979, pg 11 2 Pedro 2:1-2 David Hunt, A Mulher Montada na Besta, Chamada da Meia-Noite, pg 38 no original Chuck Missler, "Betrayal of the Chosen", fita de áudio, Koinonia House, 1997 Richard Bennett, "The Pattern of Papal Persecutions, Then and Now", www.jesus-is-lord.com, pg 7 Kathleen Hayes, "Prieure Aim: Produce the Grand Monarch Soon", NRI Trumpet, 5/91, pg 9 Bagient, Lincoln, and Leigh, O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, Editora Nova Fronteira, pg 282-84 no original David Hunt, pg 73 no original Ibidem Kathleen Hayes, pg 1 Richard Bennet, pg 9 David Hunt, Jerusalém, um Cálice de Tontear, Chamada da Meia-Noite, pg 117 no original Ibidem, pg 157 no original Ibidem Charles Hoddon Spurgeon, "A Espada e a Trolha"
Capítulo 2: As Origens da Moderna Apostasia A filosofia da Educação Orientada Para Resultados - o fim justifica os meios em si mesma não necessariamente a condena como uma pedagogia falha. A fonte básica de disputa sobre as origens questionáveis da EOPR provém dos resultados questionáveis e "politicamente corretos" que ensinam habilidades de aprendizagem afetivas, em vez de cognitivas. Embora resultados como cidadania, integridade e ética do grupo de trabalho possam parecer admiráveis à primeira vista, podem essas habilidades substituir a competência em línguas, matemática e ciências? Em outras palavras, quando se caracteriza a EOPR, nem mesmo o fim é justificado - muito menos os meios. Em contraste, a filosofia “o fim justifica os meios” é precisamente o que condena a Religião Orientada Para Resultados desde o princípio. Quando se envolve o trabalho de Deus, O FIM NUNCA JUSTIFICA OS MEIOS. Basicamente, o trabalho de Deus é para ser feito da maneira de Deus. Mesmo resultados claramente espirituais, como a evangelização em massa e o crescimento exponencial da igreja devem ser tratados dentro dos limites da metodologia esquematizada nas Escrituras. Como visto nas passagens ilustradas no Capítulo 1, a cooperação, colaboração, e/ou comparação com os ímpios em esforços religiosos são especificamente proibidas nas Escrituras, e usar os resultados desses esforços como justificativa do método é um sério desvio dos ensinos da Palavra de Deus. Além disso, a mentalidade “o fim justifica os meios” é o caminho certo para uma profunda apostasia. Um vez que as Escrituras são ignoradas em uma área, outro desvio logo ocorrerá. O “efeito bola de neve” evidenciado pela história então leva um corpo religioso após o outro de pequenas contemporizações a um completo afastamento da verdade. Essa apostasia sorrateira é muito sutil e deve-se olhar para a história e entender a batalha pela pura e verdadeira igreja para combater a natureza enganadora da apostasia. O forte domínio da Igreja Romana sobre a Civilização Ocidental durante a Idade das Trevas não pode ser apenas classificada como brutal. Qualquer ensino ou evidência contrária à doutrina de Roma foi destruído ou reprimido, e aqueles indivíduos que se opuseram foram forçados a viver na clandestinidade, ou foram exterminados. Como resultado, a Igreja Romana sufocou a aquisição generalizada do conhecimento acadêmico e conseguiu manter completo controle sobre uma sociedade intimidada. Esses membros da verdadeira igreja (valdenses, anabatistas, e outros) não somente foram forçados à clandestinidade, mas também foram virtualmente apagados das páginas da história secular (ou aparecem como uma mera nota de rodapé). Até mesmo as doutrinas desses primeiros fundamentalistas foram suprimidas e somente recentemente suas crenças doutrinárias, como o arrebatamento pré-milenar da igreja, foram evidenciadas por manuscritos encontrados. Além disso, as atrocidades do catolicismo fizeram do "cristianismo" uma praga na face da Terra, tanto para os historiadores, quanto para as pessoas praticantes de outras religiões. Para a população em geral, o controle severo do papado levou à sombra opressiva de ignorância, pobreza e miséria na Idade das Trevas. Todavia, a ambição do papado pelo poder levaria no final à diluição do impasse da Igreja Romana sobre a sociedade. Essa diluição começou quando o papa Urbano II estimulou o desejo de recuperar a Terra Santa para a Igreja. As cruzadas foram envidadas em 1099 para libertar a Terra Santa (especialmente Jerusalém) dos
infiéis que ocupavam a região. Assim, o desejo da Igreja por Jerusalém levou à criação de uma entidade concorrente pelo poder econômico e político do mundo, os Cavaleiros Templários. Não apenas a Ordem dos Templários emergiu das Cruzadas como os banqueiros internacionais, mas também trouxe de volta para a aristocracia da Europa as religiões ocultistas condenadas pela Igreja. O declínio do poder político da Igreja de Roma abriu a porta para o renascimento de filosofias da Grécia antiga, e culminou com o perído conhecido como Renascimento. Embora muitos se recordem dos estudos históricos da expansão das artes, as invenções e o avanço cultural dos anos de 1300 até 1500, poucos percebem que a então recém-descoberta libertação da opressão intelectual da Igreja Romana também produziu um crescimento do ocultismo, da magia e da astrologia. A Reforma Protestante terminou com o Renascimento, mas a infusão das ciências ocultas ressoou na mente e na alma da população ocidental. A fé religiosa ficou tão ferida em muitos que eles a abandonaram e adotaram o método científico de Aristóteles. Isso iniciou a ascensão da Idade da Razão e a corrupção da Reforma Protestante em meados do século XVIII. A Idade da Razão, liderada por homens como John Locke, na Inglaterra, e o francês Voltaire, foi um ataque direto às religiões cristãs. Na sombra da Reforma Protestante estavam aqueles conhecidos como batistas: “Os primeiros batistas apareceram na Suiça por volta de 1523, onde foram perseguidos por Zwinglio (o insigne reformador) e pelos romanistas. Eles foram encontrados nos anos seguintes, 1525-1530, com muitas igrejas grandes, totalmente organizadas, no centro e no sul da Alemanha, e no Tirol, na Áustria.” (1) Esses batistas não eram protestantes, pois tiveram muitas igrejas antes das Reforma. Mesmo assim, durante todo o século XVII, as perseguições aos batistas continuaram com carga total. Nesse tempo, a Alemanha era predominantemente luterana, a Escócia era presbiteriana, a Inglaterra era anglicana, e o restante da Europa era católica. Os reformadores deixaram de aprender os riscos de uma igreja vinculada ao Estado, e existia certamente grande risco de vida aos que se opunham à religião oficial do Estado - qualquer que tenha sido essa religião. A apostasia doutrinária entre os protestantes ergueu publicamente sua horrenda cabeça por volta de 1780. Frederich Schleiermacher, um jovem ministro alemão, apesar de ter negado a divindade e a morte vicária de Cristo, tornou-se conhecido como “O Pai da Teologia Moderna”: "... Como ministro e metafísico, Schleiermarcher entronizou em lugar da doutrina, 'o poder da própria consciência de Jesus' o qual estava difundido na comunidade dos fiéis e ensinava que a conversão é uma elevação da consciência universal de Deus. Como a unidade da igreja original era a "influência" do Salvador, na visão de Schleiermacher, 'a essência da igreja é a comunidade'." (2) (Neste ponto, a prudência recomenda um princípio de desenvolvimento no estudo da "apostasia". Esse princípio foi a primeira arma de Lúcifer contra a nova igreja, e ainda é estrategicamente utilizada hoje no caso da religião orientada para resultados. Esse princípio é simplesmente o abandono da superioridade da doutrina como essência da verdadeira igreja em favor da unidade. Isso é exatamente o que
estava por trás da "essência da comunidade" de Sheleiermacher e o mantra que "a doutrina divide" (e, portanto, prejudica a comunhão) é precisamente uma das motivações governantes que está por trás do movimento neo-evangélico hoje. Aqueles que abraçaram a Religião Orientada Para Resultados devem, portanto, diminuir a ênfase em doutrina e em teologia, a fim de evitar a perda daqueles que estão na lista de possíveis membros da igreja. O centro da questão é simplesmente esta: A DOUTRINA DIVIDE PORQUE A VERDADE DIVIDE. A apostasia vista na Alemanha em 1780 é exatamente a mesma vista hoje em dia. Claro, o gnosticismo luciferiano de Shleiermacher lhe deu fama, mas sua ênfase na comunhão acima da doutrina revela que seus métodos foram em princípio os mesmos que os dos "evangélicos" atuais que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados.) À medida que o século XVIII chegou ao fim, os princípios de "alta crítica" de Shleiermarcher, que rejeitava a autenticidade dos evangelhos, a inerrância das Escrituras e as doutrinas cardeais da fé foram igualados no fronte político pela Revolução Francesa. "A nação francesa tinha derrubado o governo de Deus... depondo o rei indicado por ele. Em seu lugar, os revolucionários elegeram um comitê de homens sem o temor de Deus para governar pela razão humana... Em 1793, a Assembléia Legislativa... renunciou unanimemente à crença na divindade. Mais tarde, ocorreu uma grande procissão... a deusa da Razão foi colocada em uma carruagem aberta ... virada para a catedral de Notre Dame. Ali, tomou seu lugar como divindade... elevada no altar maior... Seguiu-se a queima pública da Bíblia..." (3) Estranhamente, parece que as implicações espirituais da Revolução Francesa foram ignoradas por muitos historiadores. Todavia, quando essa revolução é acoplada com o crescimento da apostasia na Alemanha, a alta crítica do Método Científico e infusões do ocultismo dentro do pensamento dominante desde os tempos do Renascimento, o cenário ficou estabelecido para grandes agitações no século XIX. A história revela que o século XIX foi um grande ponto de mudança na evolução da sociedade. O Método Científico, nascido do Renascimento e da Idade da Razão, mais tarde levou ao nascimento de uma nova ordem mundial, liderada por homens como Marx, Engels, Hegel e Darwin. Além disso, a Revolução Industrial plantou as sementes do materialismo que dominaria no século XX. Politicamente, o século XIX foi o auge do Reino Unido e do Império Britânico. A rainha Vitória governava como a Grande Senhora de toda a terra e, apesar de ter ocorrido aquela pequena derrota que foi a Revolução Americana, no século XVIII, o "sol nunca se punha no Império Britânico". Na aurora do século XIX, os grandes reavivamentos do século anterior, o "Grande Despertar" nos Estados Unidos e os reavivamentos metodistas de John e Charles Wesley ainda estavam produzindo frutos com enormes resultados nos Estados Unidos e na Inglaterra. Os Wesleys defendiam o arminianismo evangélico, que insiste que Cristo morreu por todos os homens, em oposição à doutrina da expiação limitada, dos puritanos e presbiterianos de João Calvino. Além disso, muitos cristãos viam o império britânico e "o reinado justo da rainha Vitória" como o advento do reino de Deus na Terra. Assim o pós-milenismo tornou-se um sistema aceitável de
escatologia, forçando uma interpretação simbólica de muitas profecias do Antigo Testamento, ou vendo as promessas de Deus a Israel como cumpridas no império brintânico. Embora as teorias do Israel-Britânico não pudessem ser apoiadas pelas Escrituras ou pela história, o poder do Espírito Santo foi certamente evidenciado na Grã-Bretanha. Quando Henrique VIII enfrentou o papa, o cenário ficou preparado para a Inglaterra se separar do resto da Europa católica, e o papa perdeu seu poder nas ilhas britânicas (exceto durante o curto reinado de Maria, a Sangüinária, e na Irlanda católica). A chave para esse manifestar do poder de Deus na Inglaterra foi sem dúvida a tradução da Palavra de Deus na língua inglesa, e sua disponibilidade para o homem comum. Cópias da primeira edição do Novo Testamento traduzidas por Tyndale foram contrabandeadas para a Inglaterra em carregamentos de grãos e tecidos. As autoridades em Bruxelas logo executaram Tyndale, mas seu trabalho se tornou a base para todas as versões inglesas das Escrituras desde aquele tempo. Coverdale então levou o trabalho adiante, e a primeira edição inglesa da Bíblia foi concluída em 1535. (4) Foi essa disponibilidade da Palavra de Deus e seu profundo efeito nos corações dos homens que levou ao crescimento o puritanismo na Inglaterra. O Movimento Puritano baseava-se em três princípios: "A supremacia das Escrituras sobre a autoridade humana; a independência da igreja do Estado; e a própria natureza do governo da igreja." (5). Por volta de 1850, uma nova geração apareceu em cena na Inglaterra. Os pais e avós dessa geração foram aqueles que testemunharam as revoluções e os reavivamentos do fim do século XVIII à primeira metade do século XIX. Essa nova geração, entretanto, foi a do ceticismo: "O erudito alemão Shleiermacher estava nesse tempo moldando a teologia de Oxford e de Cambridge na tradição gnóstica... poetas do panteísmo, William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge eram muito lidos e venerados pela elite intelectual da universidade... O ceticismo baseado na ciência fluía e reforçava a antiga torrente de dúvidas que vinham de considerações históricas e éticas... Os extraordinários homens de Cambridge de 1840 - B. F. Westcott, C. B. Scott, J. Llewenllyn Davies, J. E. E. Mayer, Lord Alwyne Compton, E. H. Bickersteth, C. F. Mackenzie, Charles Evans, J. B. Lightfoot, E. W. Benson e F. J. A Hort... Os intelectuais dos anos 1870... Henry Sidgwick e Henry Jackson e incluindo Frederic Myers, G. W. e B. J. Balfour, Walter Leaf, Edmund Gurney, Arthur Verrall, F. W. Maitland, Henry Butcher e George Prothero - tendiam para o gnosticismo ou para o deísmo hesitante." (6) Lúcifer é muito inteligente. Ele encontra uma estratégia que funciona e continua repetindo-a muitas vezes. Por outro lado, a humanidade, em geral, é muito estúpida. O homem afirma que aprende com a história e com seus erros, mas continua caindo nas mesmas armadilhas ao longo do tempo. Isto posto, a descrição anterior da Inglaterra em meados do século XIX parece muito familiar. Na verdade, esse período exibe uma repetição do mesmo cenário mostrado na formação da igreja. Falsos mestres se infiltraram com doutrinas do gnosticismo, e as ciências ocultas do paganismo, o politeísmo pagão e o paganismo panteísta imediatamente atacaram a igreja primitiva. Isso é exatamente o que aconteceu na Inglaterra no século XIX. A
nação que distribuiu a Palavra de Deus e experimentou em primeira mão a operação do Espírito Santo nos grandes reavivamentos, começou a resvalar com a mistura da igreja com o Estado quando o puritanismo tornou-se um movimento político (a Igreja Anglicana - a Igreja da Inglaterra há muito tempo já era a igreja estatal. Todavia, o movimento político dos puritanos logo uniu aqueles que tinham crenças fundamentalistas com o Estado). Quando as filosofias de Schleiermarcher, Wordsworth, Coleridge, e Darwin foram infundidas na aristocracia intelectual nas Universidades de Oxford e Cambridge, o cenário ficou armado para os eventos críticos que levariam ao crescimento da moderna descrença religiosa. Todos os cristãos devem perceber que a essência básica de nossa fé encontrase na Palavra de Deus. Sem uma Escritura inerrante, não pode existir base para a fé. Portanto, faz sentido que Lúcifer tenha atacado o verdadeiro cristianismo exatamente em seu fundamento e tenha agido para implementar essa estratégia em 1853. Um comitê secreto foi formado para lançar uma nova tradução da Bíblia em inglês. Esse comitê confiou a B. F. Westcott e F. J. A. Hort o fornecimento de um Novo Testamento em grego para a nova Versão Revisada da Bíblia. Westcott e Hort começaram em 1853 e trabalharam em segredo durante vinte anos para produzir o Novo Testamento grego. O aspecto interessante desse trabalho foi o fato que eles não revisaram o texto usado por Tyndale ou por Coverdale na primeira tradução para o inglês, mas deram preferência a dois manuscritos completamente diferentes, textos alexandrinos corrompidos pelas filosofias arianas e gnósticas. O objetivo deles parece que foi apenas desacreditar o Texto Bizantino (Textus Receptus), que representava 98% das evidências dos manuscritos do Novo Testamento, em favor de 1% dos documentos de Alexandria. O estudioso dos textos Dean John William Burgon refutou as afirmações da teoria de Westcott-Hort como: "O resultado mais recente dessa violenta reação contrária ao Texto Grego Tradicional, - essa estranha impaciência de sua autoridade, ou melhor, a negação que ele tenha qualquer autoridade, que começou com Lachmann apenas cincoenta anos atrás (por volta de 1831), e prevalece desde então; seus promotores mais notáveis são Tragelles (1857-72) e Tischendorf (1865-72)... Os Drs. Westcott e Hort, de fato excederam seus prodecessores nessa corrida singular. O desprezo absoluto deles pelo Texto Tradicional e a veneração supersticiosa a alguns poucos documentos antigos (os quais, todavia, confessam que não são mais antigos que os 'Textos Tradicionais', que menosprezam) - não conhecem limites." [7 (ênfase adicionada)] O Novo Testamento Grego de Wescott e Hort foi uma tentativa maliciosa de destruir a integridade e infalibilidade da Palavra de Deus e, particularmente, a divindade de Jesus Cristo. Embora a Versão Revisada de 1881 tenha sido rejeitada, o Novo Testamento Grego de Wescott e Hort, foi usado para outras traduções posteriores da Bíblia inglesa, com a exceção da New King James Version [Nova Versão do Rei Tiago]. Esse ataque à infalibilidade da Palavra de Deus foi uma tentativa evidente de Lúcifer de destruir a verdadeira igreja. Aqueles que se desviaram da fé descartam a Versão Autorizada do Rei Tiago das Escrituras, e muitos, até mesmo nos círculos fundamentalistas, recusam-se a tomar uma posição nesse assunto. Todavia, a Versão Autorizada do Rei Tiago sobreviveu aos ataques de
seus inimigos e permanece como prova infalível da promessa de preservação por Jesus Cristo de que a Palavra de Deus não passará. Embora alguns não categorizem o Novo Testamento Grego, de Wescott e Hort, como fator contribuinte para a origem da moderna apostasia, os princípios e métodos de ambos foram especificamente direcionados à destruição do Texto Bizantino. Considerando-se isso em conjunto com os outros eventos em todo o século XIX, o plano de Lúcifer começa a se tornar mais discernível. Fazendo uma revisão, a seguinte seqüência de eventos deve ser considerada com atenção: 1. 2. 3. 4. 5.
6. 7. a. b. c.
O Renascimento tornou as ciências ocultas acessíveis ao público. A Reforma Protestante, embora piedosa em muitos aspectos, deixou de seguir todas as instruções das Escrituras. Aqueles que realmente seguiram os ensinos da Palavra de Deus foram apagados até das páginas da história e perseguidos tantos pelos católicos quanto pelos protestantes. A chegada da Idade da Razão, a Revolução Francesa e a adoção do método científico de Aristóteles deixou um grande vácuo na alma do homem, que tem uma necessidade inata de espiritualidade. Esse vazio foi preenchido por muitos nos reavivamentos da época de Wesley e do Grande Despertar, mas muitos outros preencheram essa necessidade de espiritualidade aderindo às práticas ocultistas, como o espiritismo e a teosofia. O conflito do cristianismo, o ocultismo e a Razão Humana levaram a um grande ceticismo religioso em meados do século XIX. Foram três os resultados desse ceticismo: O evidente ateísmo do darwinismo. O ataque à infalibilidade da Palavra de Deus pelos intelectuais da Universidade de Cambridge. A apostasia de muitos que anteriormente professavam as doutrinas fundamentais da fé.
Com a rejeição geral da verdade por parte dos intelectuais, muitas igrejas e organizações protestantes nos Estados Unidos começaram a ver traições dentro de suas próprias fileiras. Do outro lado do Atlântico, a batalha espiritual da Inglaterra parecia sombria e desanimadora no fim do século XIX. A nação que se tornara um bastião do cristianismo, sucumbia rapidamente para a apostasia. A batalha no século XX mudaria prncipalmente para os Estados Unidos, mas as origens da grande apostasia que começou no século XVIII, já vitimavam a maior parte da Europa por volta do ano 1900. Notas Finais 1. 2. 3.
Carroll, J. M., Rasto de Sangue, 1931, pg 39-40 no original Aho, Barbara. "Nineteenth Century Occult Revival", The Christian Conscience Magazine, julho-agosto, 1997, pg 16. Taylor, Ian, In the Minds of Men, TFE Publishing, Minneapolis, MN, 1984, pg 34.
4. 5. 6. 7.
American Bible Society, "Notes for the Notebook", Publication # PH-L3489-100M, July, 1972, pg G-533 Pickering, Ernest, Biblical Separation, the Struggle for a Pure Church, Regular Baptist Press, Schaumburg, IL, 1979, pg 57 Aho, pg 36 Ibidem, pg 77
Capítulo 3: A Apostasia no Século XX Até 1965
Os homens do século XIX que moldaram as filosofias que iriam permear o futuro da sociedade tinham pouco em comum: Charles Darwin era formado em teologia, Charles Lyall era advogado, Thomas Huxley tinha uma graduação duvidosa em medicina, Jean Baptiste Lamarck e Herbert Spencer não tinham nenhuma educação formal, Hegel e Marx tinham formação em filosofia. Entretanto, uma coisa que todos eles compartilhavam era o ódio a Deus e ao cristianismo bíblico. Até mesmo Wescott e Hort negaram a inerrância das Escrituras, e estavam determinados a remover a tradução do Textus Receptus do alcance do público. Esses foram os homens que lançaram o fundamento para as batalhas espirituais a serem travadas em todo o século XX - um século que veria organizações religiosas se desviarem da verdade, o surgimento da nação de Israel, as profecias do fim dos tempos tornaremse realidade, e a enganação da Religião Orientada Para Resultados. O mundo no início do século XX estava grandemente mudado em relação ao que existia no início do século XIX. As invenções e a produção em massa da Revolução Industrial provocaram uma transição rápida no mundo ocidental de uma sociedade agrária para uma sociedade consumidora e, com a deflagração da Primeira Guerra Mundial, a mecanização avançada do mundo foi exibida na tecnologia da guerra moderna. Esse "admirável mundo novo" retornou dos horrores da guerra mundial com a reação filosófica exibida em uma tentativa da elite de estabelecer um governo mundial por meio da Liga das Nações. Sem o apoio dos Estados Unidos, essa organização falhou, mas as sementes de globalismo tinham sido plantadas na psiquê moderna. Além disso, a idéia do Reino de Deus na Terra foi expandida além das fronteiras do Império Britânico para uma liga honrada de todas as nações: "'A Liga de Nações', disse o arcebispo de Canterbury em Genebra, 'pode fazer muito para tornar o Reino de Deus uma realidade em nossas vidas... 'A Liga de Nações', diz o Dr. Jowett, tem como alvo 'a transformação do reino deste mundo no Reino de Deus'" [1] No centro dessa nova mentalidade do "pensamento de grupo" estavam organizações ocultistas e iluministas muito bem financiadas, como a Sociedade Teosófica, a Lucis Trust, e a Sociedade Fabiana, que finalmente promoveram os conceitos de socialismo dentro do pensamento corrente. Em 1925, foi acrescentado o elemento de darwinismo na consciência pública, e o conceito de "sobrevivência da espécie" aumentou a noção do século XIX de "darwinismo social". Essas filosofias, quando misturadas dentro das atitudes e dos valores das massas humanas, diminuem a importância do indivíduo e elevam as virtudes do grupo. Biblicamente, isso está em contradição com os ensinos doutrinários do Novo Testamento, o amor de Deus e seu interesse pelo indivíduo e, finalmente, a salvação individual. Ao mesmo tempo, uma mentalidade de pensamento de grupo promove os falsos conceitos de "irmandade dos homens", unidade eclesiástica, globalismo político e o sacrifício de indivíduos a fim de assegurar a "sobrevivência da espécie" - até mesmo o genocídio em massa para eliminar os "deficientes mentais" e outros elementos
indesejáveis da sociedade que podem, posteriormente, tornar-se uma ameaça à espécie como um todo.
Modernismo x Fundamentalismo Quando essas filosofias começaram a se infiltrar no cristianismo, o modernismo produzido na Alemanha quase dois séculos antes começou a infectar as grandes denominações nos Estados Unidos como um câncer incurável. As heresias desovadas no século XIX e que escarneciam das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus culminaram no dogma do modernismo do século XX: • • • • • • • •
A Bíblia é o resultado de um processo evolucionário humano Negacão dos milagres Nenhuma validade para os relatos bíblicos históricos (por exemplo, Adão ou Eva não existiram, o Dilúvio não aconteceu) Muitos eventos do Velho Testamento são meramente mitos Não houve o nascimento virginal, negação da divindade de Cristo e da sua ressurreição física. As narrativas do Evangelho não são factuais Nenhuma idéia precisa de como Jesus realmente era Abordagem histórica-crítica para interpretar a Bíblia (2)
Não é necessário formação em Teologia para ver a correlação entre essas corrupções da verdade de Deus com a blasfêmia filosófica instigada no século XIX. As mãos de Hegel, Darwin, Marx, Wescott e Hort estão aparentes nessa clara aprovação contra o Deus Todo Poderoso. Nos anos 1900s, as filosofias desses homens estavam se alastrando como fogo entre as igrejas nos Estados Unidos, acendendo controvérsias ferozes dentro das denominações. Enquanto a maioria dos fundamentalistas tenha preferido lutar essas batalhas dentro de suas respectivas denominações até aproximadamente 1930, grupos separatistas mais tarde surgiram em todas as denominações, à medida que as lideranças caíam como pedras de dominó nas mãos dos liberais infiéis. A situação deteriorou-se ao ponto que algumas denominações recusaram-se até mesmo a produzir declarações doutrinárias oficiais que indicariam os hereges dentro de suas fileiras. Foi nesse clima que apareceu o termo "fundamentalista". Embora o termo tenha sido cunhado em 1920, foi explicitamente definido pelo Congresso Mundial dos Fundamentalistas, em 1976: "O fundamentalista é um crente nascido de novo no Senhor Jesus Cristo que: 1) Mantém uma crença inabalável na Bíblia, afirmando que a mesma é inerrante, infalível, e verbalmente inspirada por Deus; 2) Crê em tudo o que a Bíblia diz; 3) Julga todas as questões e a si próprio por meio da Bíblia;
4) Afirma as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a. A doutrina da Trindade b. A encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício vicário e expiatório, a ressurreição corporal, a ascensão ao céu e a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo c. O novo nascimento por meio da regeneração do Espírito Santo d. A ressurreição dos santos para a vida eterna e. A ressurreição dos perdidos para o julgamento final e a morte eterna f. A comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo. 5) Pratica a fidelidade a essa fé, e dedica-se a pregá-la à toda criatura; 6)
Expõe e separa-se de toda distorção eclesiástica dessa contemporização com o erro, e da apostasia da Verdade; e
fé,
da
7) Batalha diligentemente pela fé uma vez entregue aos santos. Portanto, o fundamentalismo é uma ortodoxia militante com um zelo para ganhar almas. Embora os fundamentalistas possam divergir em certas interpretações das Escrituras Sagradas, nós nos juntamos em unidade de coração e propósito comum para a defesa da fé e a pregação do evangelho, sem contemporização ou divisão. A não ser que um homem mantenha e defenda a fé das Sagradas Escrituras, e esteja interessado na salvação dos perdidos, ele não é um verdadeiro fundamentalista." [3] No mesmo Congresso, o Dr. Bob Jones Jr. eloqüentemente acrescentou: "A própria palavra carrega consigo o choque das armas e o brado da batalha." "Ela fala das ondas batendo contra uma rocha que está acima das águas marítimas uma rocha que fica firme no meio da tempestade. O fundamentalista é um homem que toma as armas da armadura da graça e avança firmado no Senhor e na força do seu poder para lutar pela fé." [4] Homens de Deus como esse ficaram firmes contra a tempestade furiosa do modernismo dentro de suas respectivas denominações até aproximadamente 1930. Isto foi devido ao fato de que as principais denominações protestantes estavam todas originalmente baseadas nas doutrinas cardeais essenciais mantidas por todos os fundamentalistas, e seus credos e declarações de fé oficiais confirmavam o fundamento teológico básico dessas organizações. Mesmo com o número crescente de liberais dentro dessas organizações, a maioria dos que defendiam a verdade ardentemente acreditava que Deus lhes daria a vitória; e a denominação seria resgatada da matança modernista. Mais realisticamente, "os pastores e leigos conservadores simplesmente deixaram de compreender a extensão em que modernismo já tinha permeado seus seminários e agências". [5] Nos anos 1920, liberais bem-patrocinados, como Harry Emerson Fodsdick, continuaram a ofensiva contra o fundamentalismo. Fodsdick, que era financiado pelo
bilionário John D. Rockefeller, dispararou um torpedo em 21 de maio de 1922 com seu sermão, "Os Fundamentalistas Vencerão?", em que afirmava que doutrinas como "O Nascimento Virginal", "A Inerrância das Escrituras", e "A Segunda Vinda" não eram essenciais e ele as rejeitava. [6] Esse sermão também serviu para sinalizar que a tolerância liberal com aqueles que defendiam a ortodoxia estava muito reduzida, e os credos e as declarações doutrinárias que denominacionais liberais tinham simplesmente ignorado por décadas agora se tornaram os objetos de crítica aberta. O foco principal desses ataques começou exatamente onde Lucifer atacou no século XIX - a inerrância das Sagradas Escrituras. Em 1924, um grupo de 149 ministros presbiterianos reunidos em Auburn, no estado de Nova York, redigiu a "Declaração de Auburn". Sob o disfarce de "apaziguadores", que simplesmente desejavam encerrar a divisão dentro da denominação, esse grupo explicitamente repudiou a doutrina da inerrância das Escrituras Sagradas. [7] A "Doutrina da Inerrância", que tinha sido a ponta de lança dos ataques dos intelectuais e seminários no século XIX, tornou-se o alvo de novos e ferozes ataques no campo público de todas as denominações. A verdade foi que Lucifer e seus cúmplices liberais compreendiam perfeitamente que se um grupo negasse a inerrância da Palavra de Deus, outras doutrinas essenciais seriam alvos fáceis. Uma vez que a inerrância das Sagradas Escrituras é questionada, a espiral descendente para a apostasia total torna-se um trem de carga descontrolado que não pode ser detido. A revista liberal Christian Century resumiu o clima dos anos 1920 muito bem quando afirmou: "Dois mundos se chocam … Há uma disputa aqui tão profunda e tão sinistra como entre o cristianismo e o confucianismo… O Deus do fundamentalista é um e o do modernista é outro (ênfase acrescentada.)… A incompatibilidade inerente desses dois mundos ultrapassa o estágio de tolerância mútua." [8] Finalmente, ao compreenderem que não haveria reavivamento na apostasia, os fundamentalistas seguiram o exemplo de Spurgeon, separando-se não apenas daqueles que negavam os fundamentos da fé, mas também daqueles que se associavam com eles. A. W. Tozer exemplificou esse princípio quando declarou, "Eu me afastei de pregar em quase todos os púlpitos da América do Norte." [9] Alguém deveria tomar nota neste ponto que Spurgeon e Tozer (para não mencionar Scofield, Gordon, Ironside, Jones, McIntire, Machen, e outros) não seriam muito apreciados em muitas igrejas evangélicas hoje. Não apenas seriam considerados muito divisivos, como não pregarariam muitos sermões sobre relacionamentos, finanças pessoais, métodos de criação de filhos, etc., para atrair uma multidão moderna grande o suficiente para garantir o pagamento das despesas com a manutenção do edifício da igreja. Além disso, exatamente como as novas e radicais visões políticas de centro da "Terceira Via" fizeram com que aqueles que são considerados como "politicamente incorretos" sejam objeto de escárnio, a "comunidade evangélica" basicamente rotulou os fundamentalistas de hoje como "religiosamente incorretos" (talvez não usem esse termo, mas cunharam outros termos depreciativos, como "xiitas"). Embora alguns que usam desonrosamente a insígnia de fundamentalista mereçam ser marcados, devido às suas atitudes indecentes e demagógicas, o rótulo "religiosamente incorreto" é reservado àqueles que, em defesa da fé (e de uma maneira bíblica), propagam coisas com um "espírito crítico" contra cristãos famosos, como Max Lucado, Paul Crouch, Chuck Colson, Pat
Robertson, Bill McCartney, Jack Van Impe, Billy Graham, ou o papa João Paulo II. Em defesa do fundamentalista bíblico, sua posição deveria ser conforme ordenado pela Palavra de Deus: "... noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." [Romanos 16:17-18] Os anos 1930 trouxeram mais mudanças arrebatadoras ao mundo ocidental. A Grande Depressão fez muitos rejeitarem a fábula modernista de que o homem estava no controle de seu próprio destino, e forçou os indivíduos a deixarem sua posição de auto-suficiência e de controle para a busca da simples sobrevivência. Esse mergulhar repentino no modo de sobrevivência tornou as famílias mais próximas e forçou os indivíduos a reformularem suas prioridades. Além disso, a deflagração da guerra na Europa dissipou a idéia de que a Primeira Guerra Mundial foi a guerra para terminar com todas as guerras; virtualmente extinguindo a teoria de que a Liga de Nações era um passo para tornar o "Reino de Deus" uma realidade. A Segunda Guerra Mundial também levou muitos a reavaliarem a escatologia do pós-milenismo, que ensinava que a humanidade estava realmente progredindo ao ponto de que o Reino de Deus seria revelado na Terra. Todos esses fatores impulsionaram o fundamentalismo prémilenista e separatista. Como resultado desses e de outros fatores, os separatistas no arraial fundamentalista fizeram grandes avanços nas décadas de 1930 e 1940 por meio da organização de Conferências Bíblicas, fundando Faculdades Bíblicas, Ministérios no Rádio, e organizações de largas bases fundamentalistas, como o Conselho Americano das Igrejas Cristãs e a Associação Nacional de Evangélicos. Líderes fundamentalistas, como Charles Woodbridge, Carl McIntire, John R. Rice, Bob Jones, Charles Fuller, M. R. DeHaan, Harry Ironside, R. G. Lee e muitos outros, estiveram à frente do subitamente vibrante movimento separatista.
O Neo-Evangelicalismo Exatamente quando o fundamentalismo parecia estar ganhando a maior parte do terreno, um novo movimento de dentro de suas fileiras lançou as sementes que iriam provocar sua futura decadência. Esse grupo de indivíduos chamava a si mesmo de "neo-evangélicos". Harold J. Ockenga, o primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller, cunhou o termo "neo-evangélicos" em 1947. Ele insistia que a palavra-chave para espalhar o evangelho não era mais a separação, conforme prescrito na Bíblia, mas a infiltração nas igrejas apóstatas. Ele se encarregou de detalhar as diferenças entre fundamentalismo e neo-evangelicalismo: 1. 2. 3.
Os neo-evangélicos enfocariam as questões sociais que os fundamentalistas evitavam. Os neo-evangélicos incluiriam com a salvação uma "filosofia social". Os neo-evangélicos não "se concentrariam nas personalidades que adotam o erro". O cristão não deve ser "obscurantista nas questões científicas, como a criação, a idade da humanidade, a universalidade do dilúvio, e outras questões bíblicas questionáveis".
4.
As questões intelectuais deveriam ser respondidas dentro da estrutura de aprendizagem moderna e deveria haver liberdade nas áreas menos importantes. [10]
Além disso, Ockenga especificamente designou e promoveu quatro agências para o progresso do neo-evangelicalismo: • • • •
A Associação Nacional de Evangélicos O Seminário Teológico Fuller A revista Christianity Today Evangelismo ecumênico encabeçado pelos Ministérios Billy Graham
[11] Embora o papel do Seminário Fuller se tornará ainda mais crucial na discussão posterior da Religião Orientada Para Resultados, Fuller se tornou não apenas a base de treinamento dos neo-evangélicos, mas também a principal fonte para instilar os princípios da Religião Orientada Para Resultados desde sua origem. Essa orientação do Seminário Fuller foi muito explícita: "Os primeiros líderes do Fuller estavam cientemente rejeitando os aspectos negativos do fundamentalismo da linha antiga … O fundamentalismo era caracterizado pela militância… uma disposição de lidar com os aspectos negativos, e por separação, e foi isso que trouxe à tona o movimento neo-evangélico." [12] Como presidente do Seminário Fuller, Ockenga também tornou suas metas bem claras: "Desejamos que nossos rapazes sejam tão treinados, que quando vierem de uma denominação, voltem para sua denominação adequadamente preparados para pregar o evangelho e defender a fé e prosseguir no trabalho de Deus." [13] De uma só vez, essa declaração revelou a essência do ecumenismo evangélico, declarou de forma sucinta a estratégia de infiltração no lugar da separação, e revelou a posição de que a aderência à doutrina está subordinada ao evangelismo. Todos esses pontos estão em conflito direto com a Palavra de Deus. 1. 2. 3.
A Bíblia exige separação - não infiltração. A Bíblia também diz claramente que cristãos não devem tolerar os falsos mestres e a falsa doutrina. Em contraste com a Religião Orientada Para Resultados, a Bíblia não ensina que o fim justifica os meios.
Em oposição à metodologia do Seminário Fuller, Francis Schaeffer declarou, "O evangelismo que não conduz à … pureza doutrinária é simplesmente tão falho e incompleto quanto a ortodoxia que não conduz a um interesse e uma comunicação com os perdidos." [14] O evangelismo não é mutuamente exclusivo de doutrina. Como pode a mensagem do evangelho coexistir com aqueles que negam a divindade de Cristo, o nascimento virginal, a ressurreição física, a justificação pela fé, ou a inerrância das
Escrituras Sagradas? A realidade é que em um ambiente de falsas doutrinas (como é o caso de uma organização religiosa cuja hierarquia professa os ensinos do modernismo ou do catolicismo) o infiltrador deve comprometer sua posição para evitar embaraço, exposição e/ou expulsão final. Quando o infiltrador segue esse roteiro até sua conclusão lógica, uma concessão aqui leva à outra ali até que a apostasia aberta uma vez mais controla a situação, e o infiltrador passa ele próprio a adotar a doutrina falsa. Isso foi evidenciado até mesmo em Fuller, pois no início dos anos 60, "o corpo docente estava dividido se a inerrância se aplicava às Escrituras Sagradas inteiras, ou somente às passagens que tratavam da redenção". [15] À medida que a situação deteriorou, em 1982 apenas 15% dos estudantes da Escola de Teologia Fuller "sustentavam a convicção dos fundadores do Seminário sobre a inerrância". [16] O Dr. Charles Woodbridge resumiu com exatidão a situação quando declarou: "O neo-evangelicalismo defende a tolerância ao erro. Ele segue o caminho descendente da acomodação ao erro, cooperação com o erro, contaminação pelo erro e, finalmente, capitulação ao erro." [17] O neo-evangélico compreendia o erro dos modernistas, mas ofendia-se pela militância dos fundamentalistas. Esses indivíduos estavam preocupados que a atitude separatista dos fundamentalistas era muito dura e sem amor. Isso pode provavelmente ser melhor exemplificado pelos métodos do evangelismo ecumênico de Billy Graham. Ninguém nega que o evangelho de Jesus Cristo seja apresentado de forma clara e correta nas cruzadas de Billy Graham. Entretanto, ao invés de trabalhar com os fundamentalistas que pregavam o evangelho, de meados dos anos 50 em diante, o Ministério Billy Graham alinhou-se com os católicos romanos e os modernistas que negavam ou pervertiam a própria doutrina de justificação pela fé apresentada por Graham da plataforma de suas cruzadas. Embora à primeira vista isso possa parecer contraditório, essa metodologia é a aplicação perfeita da estratégia de Ockenga de infiltração, em vez de separação das organizações apóstatas. Além disso, os convertidos dessas cruzadas eram então enviados para infiltrar as próprias organizações apóstatas que patrocinaram a cruzada. Em vez de a infiltração de indivíduos nascidos de novo dentro de organizações apóstatas inverter a infidelidade, os resultados trágicos dessa estratégia produziram uma geração inteira de indivíduos nascidos de novo cujo impacto à causa de Cristo foi virtualmente nulo devido à falta de crescimento e de maturidade cristã que ocorre somente com o ensino bíblico sadio, com comunhão cristã verdadeira e com a pregação expositiva da Palavra de Deus. O mais trágico é que os filhos dessa geração, que cresceram em um ambiente sem um testemunho do evangelho puro e dos princípios bíblicos, correm o risco de formar uma geração totalmente perdida. De uma perspectiva humana, o motivo era realmente nobre. O resultado declarado - a evangelização em massa - era louvável. Entretanto, a metodologia que contradizia ou completamente ignorava as instruções da Palavra de Deus estava seriamente furada. Na análise final, o evangelismo na ausência de sã doutrina deixa de perpetuar a si mesmo. A utilização dessa metodologia do neoevangelicalismo sufoca a passagem da "tocha do evangelho" às futuras gerações -
um exemplo da falha trágica da implementação inicial dos princípios básicos da Religião Orientada Para Resultados.
O Movimento Ecumênico O Movimento Ecumênico começou dentro das principais denominações protestantes como um ímpeto para a unidade global e cooperação entre as igrejas cristãs. Embora o evento historicamente percebido como a fundação do Movimento Ecumênico tenha sido a Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, essas tentativas tinham sido experimentadas já em meados do século XIX. [18] A unidade entre os crentes é absolutamente bíblica e deve ser encorajada. Entretanto, o Movimento Ecumênico moderno é claramente contrário à Bíblia. Esse movimento começou como um esforço de primeiro unir as denominações, foi expandido para trazer as ovelhas errantes nas denominações protestantes de volta para o aprisco da Igreja de Roma, e agora se desenvolveu ao ponto em que está sendo procurada uma base comum entre todas as religiões do mundo. O espírito do ecumenismo primitivo foi ilustrado com a fundação do Conselho Federal de Igrejas, em 2 de dezembro de 1908. Os membros originais consistiam das 31 principais denominações norte-americanas e, por volta de 1950, tinha crescido para 144.000 congregações locais com um total de 32.000.000 membros. [19] À primeira vista, alguém pode assumir que essa organização baseava-se no princípio da unidade bíblica. Entretanto, quando examinamos os fundadores da organização, vemos nomes como Harry F. Ward, um professor no Seminário Teológico União, que foi identificado sob juramento pelo ex-comunista Manning Johnson como "o arquitetochefe da infiltração e subversão comunista no campo religioso." [20] Outro fundador do CFI foi Walter Rauschenbusch, um professor batista no Seminário Teológico Rochester. Ele também era membro da socialista Sociedade Fabiana, e "conclamava os cristãos a construirem uma ordem social justa baseada na lei moral… Ele achava que os cristãos tinham falhado em levar a cabo o mandamento de Cristo de construir o reino de Deus na Terra…" [21] Em 1942, o Conselho Federal de Igrejas lançou uma plataforma propondo um "governo mundial, o controle internacional de todos os Exércitos e Marinhas, um sistema universal de dinheiro, e um banco internacional controlado de forma democrática." [22] Certamente então vem sem surpresa que em 1927, o congressista Arthur Free apresentou uma resolução na Casa de Representantes dos Estados Unidos especificando o Conselho Federal de Igrejas como "uma organização comunista que objetivava o estabelecimento de uma igreja estatal…" [23] Em 29 de novembro de 1950, o Conselho Federal de Igrejas fundiu-se com várias outras organizações interdenominacionais para formar o Conselho Nacional de Igrejas. O Conselho Nacional de Igrejas passou então a participar no Conselho Mundial de Igrejas. A história uma vez mais se repetiu depois da Segunda Guerra Mundial. Exatamente como o movimento para um governo mundial sob a Liga de Nações foi tentado depois da Primeira Guerra Mundial, a elite iluminista uma vez mais organizou um encontro mundial nas Nações Unidas. Esse movimento de um só mundo foi também simultaneamente duplicado no campo teológico com a fundação do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs. O CMIC foi formado em 1948 com 147 denominações de origem protestante e ortodoxas. (Ele atualmente cresceu para 293 denominações-
membro, representando 400.000.000 pessoas.) Essa organização tornou-se o novo bastião do liberalismo protestante e do modernismo. Fundado com base no princípio sem base bíblica da "'unidade das igrejas', a nova visão é pela unidade de todas as religiões - e, de fato, de toda a humanidade." [24] O encontro inaugural do CMIC (agosto de 1948) estendeu um convite de participação às "igrejas que aceitam nosso Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador", mas não se interessou em quantificar a interpretação dessa afirmação. [25] Nesse mesmo encontro, a meta da organização foi claramente declarada pelo Secretário Geral do CMIC, W. A. Visser't Hooft: "… pode haver e há finalmente apenas uma igreja de Cristo na Terra… estamos cientes da situação, que não a aceitamos passivamente, que nos movamos rumo à manifestação da SANTA IGREJA ÚNICA." [26] Para evitar qualquer mal-entendido, a Igreja Universal certamente existe. Essa igreja é o "corpo de Cristo", consistindo de todo aquele que foi redimido de forma vicária pelo sangue de Jesus Cristo. Entretanto, essa igreja universal NÃO inclui todos os membros de todas as igrejas e/ou religiões. Esse "corpo" também NÃO inclui aqueles que meramente afirmam o cristianismo mas nunca passaram pelo novo nascimento. Além disso, essa declaração particular paralelizou o sentimento por um governo único mundial com uma religião única mundial. A visão oposta do CMIC foi corretamente expressa pelo Dr. David Cloud: "Poderíamos descrever o erro da igreja cristã mundial em diversas categorias. Poderíamos falar de suas heresias doutrinárias, do modernismo…. do universalismo. O simples fato é que a Igreja Cristã Mundial falha em todos os testes bíblicos que poderiam ser aplicados. Claramente, ela não tem base nas Escrituras." [27] Em referência à Declaração de Fé do CMIC, até mesmo E. J. Carnell, presidente do Seminário Teológico Fuller, teve estas pouco lisonjeiras palavras (apesar de sua crítica, ele ainda enviou formandos do Seminário Fuller para se infiltrarem nas igrejas que participam do CMIC): (A Declaração de Fé do Conselho Mundial de Igrejas) "não é bastante digna de honras para se adequar à ortodoxia, porque a única heresia que pega é o unitarianismo. Os buracos na rede são tão grandes que um mar de erros teológicos pode seguramente passar por eles. Isso prova que o movimento ecumênico está mais interessado na unidade do que na verdade." [28] A premissa básica do CMIC é o estabelecimento desse místico "reino de Deus" na Terra. É a mesma velha canção cantada no mesmo velho tom. A idéia de estabelecer o "reino de Deus" é tão velha quanto a formação da Igreja de Roma. Essa torrente de pensamento flui pelas páginas da história da Igreja Romana, pelo Império Britânico e, no século XX, sob os auspícios da Liga de Nações. Entretanto, Deus não precisa da ajuda do homem para estabelecer seu reino na Terra, e o reino de Deus na Terra não é e não será revelado na igreja. O reino de Deus será estabelecido apenas na segunda vinda de Jesus Cristo. Ele só - sem a ajuda do homem - estabelecerá seu reino, e reinará então em toda a Terra a partir de Jerusalém por 1000 anos - o Milênio. Portanto, o reino socialista sonhado pelo Conselho Mundial de Igrejas é nada mais que uma fabricação luciferiana. Philip Potter, secretário geral do CMIC, declarou em 1969:
"Conclamamos as igrejas a se moverem… para a relevante e sacrificial ação que conduzirá a novos relacionamentos de dignidade e justiça entre todos os homens e para se tornarem os agentes para a reconstrução radical da sociedade… É necessária uma mudança radical das estruturas sociais, econômicas e políticas, e não a mera transferência prudente dos recursos e das tecnologias." [29] Sob a liderança dúbia dos Conselhos Mundial e Nacional de Igrejas, o Movimento Ecumênico tornou-se um alvo fácil para o fundamentalismo militante. Além da recusa continuada das doutrinas fundamentais da fé cristã, a longa lista de organizações e associações de frente comunistas dentro do CNI e o CMIC somaram novo fervor para as organizações fundamentalistas. Como resultado, durante os anos 1950 e os anos 1960, fundamentalistas de grande destaque, como o Dr. Carl McIntire, com o Conselho Americano de Igrejas Cristãs, Edgar Bundy, da Liga de Igrejas da América, e Billy James Hargis (mais tarde implicado em um escândalo sexual), da Cruzada Cristã, expuseram o ecumenismo e o comunismo do CNI e o CMIC tanto por meio das transmissões nacionais de rádio quanto de encontros patrióticos. "Eles enfocaram seus ataques no Conselho Nacional de Igrejas e no Conselho Mundial de Igrejas como 'apóstatas, anti-americanos, pró-comunistas e organizações eclesiásticas insurretas.'" [30] Os esforços desses e de outros fundamentalistas, junto com a disposição conservadora geral do povo americano nos anos 1950, levou a outro êxodo em massa das principais denominações nos anos 1960. Isso tudo parecia sinalizar o fracasso do movimento ecumênico mas, em 1963, a cavalaria chegou para tentar resgatar os infiéis religiosos.
O Concílio Vaticano II Por mais de 1400 anos a Igreja Católica Romana não foi apenas correta aos seus próprios olhos, mas também aos seus próprios olhos possuía infalibilidade absoluta. Ela reinava sobre os monarcas, sobre os ricos e sobre os pobres com mão de ferro. Independente da posição social, se as crenças pessoais de alguém eram inconsistentes com as da Igreja, as conseqüências eram ou prisão, ou tortura, ou morte na fogueira, ou tudo isso. A partir do ponto de vista da Igreja, não havia salvação à parte de Roma, nenhum cristianismo à parte de Roma, e nenhum espaço para discussão. Entretanto, em 1962, alguma coisa muito estranha ocorreu, e muitas das atitudes que prevaleciam por mais de um milênio subitamente desapareceram. O Concílio Vaticano I foi adiado em 1870 depois de estabelecer definições para a "doutrina" da infabilidade papal. [31] O Concílio Vaticano II foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 pelo papa João XXIII e encerrado em 8 de dezembro de 1965 por Paulo VI. Os decretos e declarações do Vaticano II sinalizaram uma mudança de paradigmas no pensamento católico que não apenas resultou em uma guerra civil cismática dentro das fileiras do catolicismo, mas também levantou sérias questões quanto à verdadeira origem das mudanças. A essência dessas mudanças começou em 1959, quando João XXIII convocou o Concílio "para completar o trabalho do Concílio Vaticano I". (32) Em 1961, ele abriu um precedente histórico ao permitir que
observadores católicos participassem oficialmente da Terceira Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas e também ofereceu lugares de honra aos observadores protestantes e ortodoxos em todas as sessões do Vaticano II. [33] A bomba resultante, chamada de "Decretos do Ecumenismo", incluía os seguintes excertos: 1. 2. 3. 4.
5. 6. 7. 8.
Todos que foram "justificados em fé no batismo" são membros do corpo de Cristo; todos têm o direito de serem chamados cristãos; os fiéis da Igreja Católica os chama de irmãos. A Igreja Católica crê que as igrejas e comunidades separadas "são eficientes em alguns aspectos." O Espírito Santo faz uso dessas igrejas; elas são um meio de salvação para seus membros. Os católicos são encorajados a se unirem em atividade ecumênica e a se reunirem com cristãos não católicos em verdade e amor… Os católicos não devem ignorar seu dever para com os outros cristãos… mesmo assim… os católicos sinceramente acreditam que a sua é a Igreja de Cristo; tudo o que for necessário deve ser feito para que os outros claramente a reconheçam como a Igreja de Cristo. … os teólogos e outros católicos competentes devem estudar a história, os ensinos, e a liturgia de igrejas separadas… Em circunstâncias apropriadas, orações para a unidade devem ser feitas em conjunto com os cristãos não católicos… … Diferenças importantes permanecem… mas… o fato é que os cristãos crêem na divindade de Cristo e no fato da reverência pela palavra de Deus revelada na Bíblia. Na causa do ecumenismo, o católico sempre deve permanecer verdadeiro à fé que recebeu... [34]
Os novos conceitos iniciados pelo papa João XXIII e pelo Vaticano II foram um afastamento radical da posição histórica da instituição Católica Romana. Sugerir que protestantes e ortodoxos eram cristãos, e ainda usar o termo "irmãos" estava em contradição completa com a doutrina católica tradicional. Os tradicionalistas dentro da Igreja Católica acusaram os autores dos documentos do Vaticano II de "favorecimento da filosofia moderna sobre a doutrina católica tradicional"; favorecimento do humanismo, do naturalismo e da evolução; recusando-se a condenar o socialismo e o comunismo; e fazendo acordos com a "Maçonaria", com o Conselho Mundial de Igrejas, e com "Moscou". [35] O tempo provou que essas acusações estavam corretas, e alguns chegam a sugerir que o Vaticano II foi um afastamento tão radical do catolicismo estabelecido, que é possível considerar seriamente a possibilidade de um grande golpe no interior do Vaticano. Nas palavras do tradicionalista católico, R. P. Georges de Nantes: "No Concílio Vaticano II (1962-1965), dois homens apresentando-se como papas católicos, João XXIII e Paulo VI, lideraram o corpo inteiro de cardeais e bispos para fora da Igreja Católica e para dentro da seita Vaticano II…" [36] Embora alguém possa se perguntar o que aconteceu para causar tal mudança radical, [39] para os propósitos desta discussão, a resposta a essa pergunta é irrelevante. A questão importante agora é que exatamente quando o Movimento Ecumênico estava para ser sepultado, a Igreja Católica Romana apareceu em cena
como o cavaleiro em armadura brilhante para resgatá-lo. Não apenas a Igreja de Roma abraçou os "irmãos separados", mas também iniciou novas estratégias para aumentar os esforços do ecumenismo. (Essas estratégias serão discutidas em capítulos subseqüentes.)
Conclusão O século XIX testemunhou o assentar da fundação para os eventos das primeiras seis décadas do século XX. Por volta de 1965, o palco parecia armado para a aliança dos protestantes e católicos se unirem e formarem a Igreja Única Mundial. Os fundamentalistas nesse tempo estavam não apenas confusos com a batalha contra a aliança Modernista - Católica Romana, mas também encaravam a ameaça da Religião Orientada Para Resultados dos neo-evangélicos. Com o fundamentalismo empenhado na batalha em duas frentes, as mega-igrejas pareciam estar posicionadas para terminar a ameaça do fundamentalismo fragmentado. Entretanto, Deus tinha outros planos para a humanidade, e os eventos mundiais tomariam outro giro para lançar um grande ataque no coração do Movimento Ecumênico. Notas Finais 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23.
"Modernist Millennium", Perilous Times Newsletter, Vol. 2, número 16 Cloud, David, Fundamentalism, Modernism, and New Evangelicalism, http://www.wayoflife.org/fbns/fundamen1.htm, pg 2 Beale, David O., In Pursuit of Purity: American Fundamentalism Since 1850, Unusual Publications, 1986, pg 348 Ibidem, pg 347 Ibidem, pg 185 Ibidem, pg 154 Ibidem, pg 156 Ibidem, pg 157 Hunt, Dave, Sou um Fundamentalista?, The Berean Call Newsletter, agosto de 1998, pode ser sido em português em A Chamada da Meia-Noite, pg 1. Dollar, George. A History of Fundamentalism in America, Bob Jones University Press, 1973, pg 204. Woodbridge, Charles, The New Evangelicalism, Bob Jones University Press. Dollar, pg 207. Murray, Iain H., Evangelicalism Divided, The Banner of Truth Trust, Edinburgo, Reino Unido, 2000, pg 22. Ibidem, pg 77. Ibidem, pg 37 Ibidem, pg 190 Woodbridge, pg 15. "Movimento Ecumênico". Enciclopédia Columbia, 6ª Edição, http://www.bartleby.com/65/ec/ecumen-mo.html, 2001. Burns, Cathy, Billy Graham and His Friends, Sharing Press, 2001, pg 189. Ibidem, pg 142. Ibidem, pg 190. Ibidem, pg 194. Ibidem, pg 195.
24. Reynolds, Marion H., The Truth About the National Council of Churches [A Verdade Sobre o Conselho Nacional de Igrejas], http://www.fundamentalbiblechurch.org/tracts/fbcwcc.htm, pg 2. 25. Murray, pg 2. 26. "ENI News Highlights", Notícias Ecumênicas Internacionais, Conselho Mundial de Igrejas, dezembro de 1997, http://www.wcc_coe.org/eni [site inoperante] 27. Cloud, David, Way of Life Encyclopedia, (citado por Aho, Barbara, Watch Unto Prayer Ministries, http://www.watch.pair.com/pray.html) 28. Murray, pg 21. 29. Reynolds, pg 4. 30. Groupwatch. Interhemispheric Resource Center, 1988, www.irc-online.org, pg 2. 31. "O Concílio Vaticano II", http://www.christusrex.org/www1/CDHN/v1.html, pg 1. 32. "O Movimento Ecumênico". Enciclopédia Online Encarta, http://encarta.msn.com/index/conciseindex/55/05553000.htm?z=1&pg=2 &br=1, pg 3. 33. Ibidem, pg 4. 34. "O Concílio Vaticano II", pg 13-14. 35. Georges de Nantes, R. P., Summary of the Principal Errors of Vatican II Ecclesiology, http://www.truecatholic.org/v2ecclesio.htm, janeiro de 1984, pg 3. 36. Ibidem. 37. Jeffrey, Grant, Final Warning, Frontier Research Publications, 1995, pg 161. 38. Hayes, Kathleen, Black Virgin, Black Christ, NRI Trumpet, 5/91, pg 1. 39. Este aspecto é discutido em detalhes no artigo "Rome's Year 2000 Penance", disponível no site da Cutting Edge.
Capítulo 4: O Fundamentalismo nos Anos 1950-1975: Uma Casa Construída Sobre a Areia "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhálo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda." [Mateus 7:24-27] Como podemos medir o sucesso? A medição comum pelo padrão do mundo baseia-se em grande parte na riqueza monetária, ou na acumulação de patrimônio. Por outro lado, freqüentemente, a medida de sucesso para uma igreja local é um assunto de grande debate. Muitos medem o sucesso de uma igreja pelo número de indivíduos que freqüentam as reuniões agendadas. Outros poderiam argumentar que os batismos ou as conversões são uma medida mais precisa de uma congregação local. Alguns mesmo fariam tal avaliação baseando-se na estrutura física dos edifícios, o número de ônibus que recolhem as pessoas para a Escola Dominical, o montante de doações e ofertas, ou outros bens amealhados, como a medida final do sucesso. Entretanto, a utilização do padrão do mundo como instrumento de medição dos bens espirituais é totalmente inadequada para a avaliação dos esforços. Isso é reiterado pelo princípio das Escrituras que insiste que "o homem vê o que está diante dos olhos, porém Deus olha para o coração" [I Samuel 16:7b]. Portanto, se Deus olha para o coração, não deveria a verdadeira medida de sucesso da igreja local ser o caráter e o desenvolvimento espiritual de cada um de seus membros individuais? A história recente mostra que esse ponto não é apenas freqüentemente negligenciado, mas é também no mínimo parcialmente responsável pela decadência do caráter espiritual dos membros das igrejas em grande medida. Essa mesma omissão é também um fator adicional no desenvolvimento da moderna Religião Orientada Para Resultados. A fim de estabelecer uma clarificação completa neste ponto, deve-se compreender claramente que a missão da igreja é agora, e sempre foi, alcançar os perdidos para Cristo e, subseqüentemente, discipular e nutrir os convertidos para que alcancem a maturidade espiritual. A despeito das tendências ditadas pelos "psicólogos cristãos" de hoje, a missão da igreja não é agora (nem nunca foi) a provisão de uma fonte para a aquisição das habilidades necessárias para atingir relevância cognitiva em todos os aspectos da experiência humana. Falando de forma mais clara, a igreja hoje ainda está envolvida em uma guerra arriscada e as almas eternas dos homens correm perigo, mas a maioria dos membros das igrejas parece estar tão preocupada consigo mesma que se esquece completamente (ou prefere ignorar) desse fato vital. Além disso, se os cristãos como um todo encarassem com seriedade sua participação no Exército dos Céus, compreenderiam que Lúcifer não é um personagem de desenho animado; mas é um inimigo formidável, mortal e enganoso, com uma força e armas além do que a frágil imaginação humana pode compreender. É, portanto, crítico que os cristãos sigam as instruções em Efésios 6 e revistam-se "de toda a armadura de Deus" a fim de "estar firmes contra as astutas ciladas do diabo". O problema com os conceitos de Efésios 6 na sociedade de hoje
parece ser que as armas e a estratégia para a dita defesa não são detalhadas em um livro-texto de Psicologia, nas revistas semanais de informação, ou nos programas de auditório ou de variedades na televisão. Os métodos para derrotar Lúcifer também não são desenvolvidos descobrindo nossa própria auto-gerada "força interior" ou aumentando nossa própria "auto-estima". O simples fato da questão é que a estratégia para a vitória completa contra Lúcifer pode ser encontrada apenas dentro das páginas da Palavra escrita de Deus. É então a combinação de uma falta de implementação dessas estratégias bíblicas junto com a substituição pela metodologia humana que tem culminado na erosão completa da fibra espiritual de muitos membros de igrejas conservadoras. É de espantar então que a igreja está produzindo membros que não são soldados, mas cristãos fracos? É de espantar então que muitos daqueles que estão aquecendo os bancos até mesmo de igrejas conservadoras não tenham nenhuma idéia daquilo em que crêem, por que crêem no que crêem, ou não têm a mínima idéia do que significa "Defender a Fé"? Por que tantos deixam de compreender os seguintes fatos dessa guerra particular e suas profetizadas conclusões? 1. 2. 3. 4. 5.
Jesus Cristo, o Rei dos Reis, vencerá esta guerra no final. A guerra terá um "cessar-fogo" durante um período de 1000 anos. Enquanto isso, algumas batalhas serão vencidas e outras serão perdidas. Nem todos que se alistam no exército seguirão as ordens do comandanteem-chefe. Algumas vitórias aparentes - ou períodos de vitória - podem provar com o passar do tempo serem menos que vitórias completas, "Vitórias de Pirro", ou táticas enganosas do inimigo que deu apenas uma ilusão temporária de vitória.
A pergunta mais confusa de todas, entretanto, é esta: Como grandes segmentos da igreja do Deus Vivo degeneraram a esse nível? O fundamentalismo bíblico da primeira metade do século XX - liderado pelos grandes homens de Deus que combateram o aparecimento do Modernismo, da Neo-ortodoxia, e do Neoevangelicalismo - seguramente lançou um firme fundamento para a igreja de hoje. Como isso tudo pôde dar tão errado? As respostas para essas perguntas podem ser encontradas nas páginas de história escritas entre 1950 e 1975. Como foi discutido no Capítulo 3, a disposição do mundo ocidental (e particularmente do povo americano) nos anos 50 era muito conservadora, e essa disposição não era especialmente receptiva à tendência liberal dos Conselhos Mundial e Nacional de Igrejas. Com os esforços de homens como McIntire, Bundy, e Hargis, os anos 50 e o início dos 60 testemunharam um êxodo em massa das principais igrejas protestantes por aqueles que estavam convencidos que o CMIC e o CNI eram nada mais que organizações comunistas. Mesmo diante da ameaça exterior do Movimento Ecumênico, do Vaticano II, e da ameaça interna dos neo-evangélicos, por volta de 1965 o fundamentalismo em geral e os batistas independentes, em particular, estavam crescendo em uma taxa mais rápida que qualquer outro grupo religioso no mundo ocidental. Além disso, a derrota fragorosa das forças árabes combinadas por Israel em 1967 levou ao surgimento de novos "ministérios proféticos do fim dos tempos" e um novo foco no estudo do Apocalipse. Como resultado de todos esses fatores, quando parecia que esse renovado momento fundamentalista
continuaria crescendo como cogumelos além de toda compreensão humana, o movimento repentinamente entrou em rápido declínio. Por volta de 1979, a segunda onda do Movimento Carismático estava varrendo o globo, e as Assembléias de Deus substituíram os batistas independentes como as igrejas de mais rápido crescimento no mundo. Qual foi a razão para a queda do fundamentalismo de um precipício que requereu quatro décadas para ascender? Segundo o Dr. Bob Jones III, presidente da Universidade Bob Jones, a ascensão meteórica do Movimento Batista Independente dentro do fundamentalismo resultou em uma "Igreja Construída no Ar". Em uma entrevista pessoal com este autor, o Dr. Jones explicou que embora o sentimento anticomunista dos anos 50 e 60 fosse certamente fundamentado em fatos estabelecidos, esse sentimento não era uma base bíblica para a igreja crescer. [1] Como citado anteriormente, a missão da Igreja é alcançar os perdidos para Cristo e, subseqüentemente, nutrir esses convertidos para que alcancem a plena maturidade espiritual. Exatamente como aqueles que gostariam de transformar a igreja de hoje em uma sessão de aconselhamento de grupo têm métodos e metas errados biblicamente, o Dr. Jones destaca que a igreja construída com base em um sentimento anticomunista também estava errada biblicamente e, assim, faltava o fundamento bíblico para manter seus membros focados em sua missão bíblica. (No entanto, deve ser observado neste ponto, que milhares de verdadeiros convertidos, que cresceram e atingiram a plena maturidade espiritual, foram adicionados à igreja nesse período de tempo.) Entretanto, o Dr. Jones também aponta que o sentimento anticomunista se tornou uma técnica de publicidade sem uma fundação sólida, o que resultou em muitos membros cujas metas não eram consistentes com os ensinos bíblicos - daí a expressão "Igreja Construída no Ar". A analogia do Dr. Jones de uma "Igreja Construída no Ar" é perfeitamente coerente com a parábola de Jesus Cristo sobre a casa que o homem tolo construiu sobre a areia, e a igreja baseada em prioridades extra-bíblicas definitivamente se qualifica como tal. Ainda que a "casa" construída pelos fundamentalistas anticomunistas possa bem ter sido construída "sobre a areia", essa "casa", quando combinada com aqueles fundamentalistas que estavam solidamente alicerçados em princípios puramente bíblicos, possuía vigor suficiente para representar uma ameaça maior ao ecumenismo. Assim, por um lado, as aberturas ecumênicas do Concílio Vaticano II, que chamou os protestantes de "irmãos separados" não apenas eram um paradoxo histórico, mas exibiam mais de um descasamento de conceitos (algo semelhante a pedir uma pizza no horário de pico da manhã). Por outro lado, essa aliança enigmática do modernismo com o catolicismo exemplificou o próximo passo lógico na evolução do processo ecumênico. Além disso, a concessão filosófica necessária para alguma das partes alcançar tal aliança dá credencial à noção de que religiosos liberais (assim como políticos liberais) têm a capacidade inata de funcionar otimamente como um grupo. Os assim chamados liberais (como regra geral) estão aparentemente desejosos de pôr de lado as diferenças filosóficas ou doutrinárias intrínsecas para avançar a causa ecumênica do grupo. Por outro lado, os conservadores religiosos e políticos não se organizam bem. As organizações religiosas conservadoras enfatizam a salvação individual, a responsabilidade individual, os direitos individuais, e o espírito dos pioneiros do "individualismo rude". Os membros dessas organizações não estão ávidos ou desejosos de contemporizar a doutrina ou os princípios de modo a
alcançar uma síntese de pensamento que beneficie o grupo ou um movimento em particular. Como resultado, o fundamentalismo está particularmente fragmentado e as igrejas independentes têm dificuldades em evitar a divisão da igreja devido ao dogmatismo dos indivíduos até mesmo nas mínimas questões críticas. Visto que a organização de massa desses grupos individuais foi (e permanece) virtualmente impossível, a cooperação do modernismo e do catolicismo no Concílio Vaticano II apareceu como uma grande onda destinada a esmagar o crescente, porém fragmentado movimento fundamentalista. Os eventos mundiais, entretanto, promoveram o crescimento do fundamentalismo nesse período. Durante os anos do Concílio Vaticano II, o início dos anos 60 se tornou um campo de batalha espiritual em muitas frentes. A sociedade ocidental foi dilacerada pela "Revolução Sexual", a "Cultura das Drogas" e a "Nova Moralidade". Nos Estados Unidos, os anos 60 também trouxeram os novos dilemas morais apresentados pela agitação do Movimento de Direitos Civis e das passeatas de protesto por causa da Guerra do Vietnã. Foi a reação justa a esse período de agitação da sociedade que catapultou a causa do fundamentalismo bíblico acima da ameaça do ecumenismo. No fim dos anos 60, as igrejas batistas independentes (lideradas pela Primeira Igreja Batista de Hammond, Indiana, e seu pastor, Jack Hyles) se gabavam de ter os maiores números de pessoas em seus cultos em todo o mundo. Ironicamente, foi o sucesso aparente desses grandes ministérios que conduziu aos afastamentos adicionais da concordância absoluta com a missão bíblica da igreja. Muitas dessas grandes igrejas batistas independentes foram descritas pelo Dr. Jones III como "Igrejas Ganhadoras de Almas Superagressivas". Esses ministérios foram as igrejas que acentuaram muitas técnicas agressivas para "ganhar os perdidos para Cristo" enquanto pensavam pouco no crescimento espiritual desses novos convertidos. (Outra vez, deve-se notar que ganhar os perdidos é uma missão crítica da igreja, e não deve ser negligenciada de maneira nenhuma. Entretanto, essa não é a única missão da igreja e a metodologia de ganhar os perdidos para Cristo deve seguir as diretrizes bíblicas.) No fim dos anos 60 e início dos anos 70, certas publicações dentro dos grupos fundamentalistas definiram padrões irrealistas e sem base bíblica para as igrejas alcançarem e batizarem grandes números de pessoas. Por exemplo, o Dr. Jones informou que uma dessas publicações dizia que qualquer "igreja individual com menos de 200 batismos por ano estava em uma condição de 'desviada'". Além disso, o Dr. Jones acentuou que tais medições irrealistas e arbitrárias não tinham absolutamente nenhum fundamento bíblico e levavam a muitas profissões de fé falsas e que outra vez contribuíram para uma igreja "construída no ar". Outro desses exemplos fala de um homem que levou cem pessoas a Jesus Cristo em um único sábado; esse homem estava muito ávido para compartilhar essa sua grande realização, mas onde estavam os convertidos no dia seguinte, na semana seguinte, ou no ano seguinte? A despeito dessas questões, as "Igrejas Ganhadoras de Almas Superagressivas" continuaram a utilizar esses métodos, ao mesmo tempo em que retinham alguns poucos dos muitos convertidos para nutrir e discipular. O Dr. Jones diz que esses ministérios testemunharam "uma falta de frutos" nas vidas de seus membros. Assim, muitos ficaram desiludidos e se desligaram.
O Dr. Jones também observa que o foco dentro do fundamentalismo mudou duas vezes desde os anos 50. A exposição do comunismo se moveu para a postura superagressiva, e pelos meados dos anos 70, essa igreja "construída no ar" estava em decadência. Para tornar as coisas piores, o foco do fundamentalismo mudou outra vez no fim dos anos 70 e início dos 80. Essa troca foi liderada por um dinâmico pastor batista de Lynchburg, na Virginia, Jerry Falwell. Quando o pastor Falwell organizou a "Maioria Moral" como um movimento político, o foco de muitos no cristianismo fundamentalista mudou uma vez mais da missão bíblica da igreja para uma campanha política "Salvemos Nossa Cultura". Isso subseqüentemente levou à fundação de outros ministérios cujo único propósito era "preservar nossa herança cristã". A guerra cultural foi, em grande parte, bem intencionada e pode ter sido válido lutar em um nível estritamente político; além disso, as convicções do pastor Falwell eram certamente honrosas. Entretanto, fazendo um retrospecto, o movimento mais uma vez fez a igreja perder o foco de sua missão bíblica. Quanto aos esforços para preservar a "herança cristã da América", se os americanos reconhecessem sua verdadeira herança cristã, compreenderiam que a maioria dos ministérios nessa arena está muito enganada sobre quais exatamente foram os progenitores do cristianismo bíblico em seu país. Na realidade, o esforço para "Salvar nossa Herança Cristã" é exatamente outro aspecto da "Guerra Cultural". Entretanto, Jesus Cristo nunca mandou que salvássemos nossa cultura, e essa não é a missão da igreja. Além disso, como o Dr. Jones expressou com precisão, "a cultura não foi salva, os convertidos das igrejas superagressivas desapareceram, as promessas não foram mantidas, e a maioria ficou muito desiludida." Como resultado, muitos exfundamentalistas recém-afastados estavam agora maduros para a colheita. Uma entrevista com o pastor fundamentalista Jack Burgess dá uma análise mais introspectiva da decadência do fundamentalismo de meados até o fim dos anos 70 [2]. Ele crê simplesmente que a responsabilidade por essa decadência deva ser atribuída aos pastores. Em um corpo eclesiástico autônomo, a congregação é responsável unicamente diante de Deus. Portanto, quando a responsabilidade é passada na cadeia de comando de modo a atribuir a culpa pelo fracasso, a responsabilidade não pode ir além do pastor da congregação local. Não há uma hierarquia para acusar, um concílio ou sínodo para culpar, e não há nem mesmo um seminário para indiciar pelo fracasso. No caso do Movimento Batista Independente dos anos 60 e início dos anos 70, muitos de seus mais prolixos líderes locais esqueceram-se que as ordens básicas para um soldado no Exército de Deus é "Defender a Fé". Estimulados pelo crescimento do número de membros, ao invés de uma postura defensiva, muitos pastores passaram à ofensiva, ofendendo o governo com medidas que não apenas os separava, mas também os alienava do mundo perdido que deveriam alcançar, de acordo com o chamado de Deus. Essas medidas ofensivas então levaram muitos ao ponto em que seu dogmatismo retratava uma virtual infalibilidade. Essa virtual infalibilidade foi então suportada com emocionalismo, pregação sobre preferências pessoais, e previsões sobre o cumprimento das profecias bíblicas, como o arrebatamento da igreja. O resultado foi que muitos pastores locais simplesmente conseguiram criar um nome para si mesmos como servos consumados de Jesus Cristo. Tais ações orgulhosas estavam certamente sentenciadas a falhar e o declínio resultante veio com as regras e regulamentos difíceis de suportar que as igrejas fundamentalistas impuseram sobre seus membros espiritualmente imaturos, e as datas proféticas que passaram sem que os eventos
ocorressem. Muitos membros das igrejas fundamentalistas se tornaram desiludidos com os regulamentos e políticas da igreja e ficaram desanimados com as expectativas que não se cumpriram. A conclusão final é que a essência da medida de sucesso é a passagem no teste do tempo. Muitos no mundo dos negócios medem o sucesso com base em cotas semanais, mensais, ou trimestrais e concluem fazendo um relatório anual. O sucesso da companhia é então medido pelo desempenho da companhia no ano em curso comparado com o desempenho nos anos anteriores. Além disso, as previsões são feitas para anos futuros e a companhia é avaliada quanto ao seu desempenho em relação à previsão feita. Um exemplo explícito disso é a Panasonic, uma companhia gigante da indústria eletrônica. A Panasonic requer que seus executivos desenvolvam um plano de duzentos anos para prever o sucesso futuro da companhia. Embora alguns possam argumentar que esses métodos são um tanto extremos, ninguém pode discutir o sucesso financeiro dessa companhia multinacional. Embora a comparação da obra do Senhor com os aspectos mundanos do ramo da eletrônica de consumo ultrapasse os limites de viabilidade, a comparação reforça uma verdade inquestionável: O SUCESSO NÃO É MEDIDO EM ANOS, MAS EM DÉCADAS. Portanto, o sucesso da missão verdadeira da igreja deve passar pelo teste de tempo. Alguém poderia então argumentar que o sucesso daqueles primeiros guerreiros do fundamentalismo do fim do século XIX e do início do século XX suportou o ataque do tempo, mas uma nova geração surgiu e transformou aquilo que tinha sido construído em uma base sólida na "Igreja Construída no Ar", ou uma casa construída sobre a areia - uma Igreja que fracassaria no teste do tempo. A ascensão meteórica do Movimento Fundamentalista e dos Batistas Independentes nas décadas de 50 e 60 certamente careceu de um sólido fundamento bíblico. Embora muitas dessas igrejas ainda existam, e muitas ainda mantenham a mesma metodologia que trouxe grandes sucessos em seu apogeu, muitas tiveram o número de membros grandemente reduzido, ou o crescimento continuado é composto de uma rotatividade dos membros existentes. O Dr. Bob Jones III resumiu precisamente os resultados trágicos da "igreja construída no ar" quando relacionou as causas subjacentes para o declínio: 1. 2. 3. 4.
A sã doutrina bíblica foi negligenciada e/ou omitida; Esses ministérios não tinham uma base sólida; Esses ministérios eram orientados para o mercado, com nada para sustentá-los além de ar; Os membros não sabiam em que criam.
A avaliação do Dr. Jones da situação uma vez mais ensina que a humanidade mesmo o povo cristão - não aprende nada com a história. Sua lista de causas subjacentes é duplicada nos ministérios Orientados Para Resultados e "confortáveis aos adoradores " de hoje. Além disso, a avaliação do pastor Burgess da responsabilidade pastoral está finalmente no centro da cada vez mais desesperadora situação atual. O clima religioso volúvel dos Estados Unidos na segunda metade dos anos 70 foi a culminação da apostasia, do evangelismo ecumênico, do neoevangelicalismo, do fracassado Movimento Ecumênico, e a rápida ascensão e declínio do Movimento Batista Independente. Essa série de eventos criou não apenas os
vazios espirituais perfeitos para acomodar o surgimento de um novo (e neste caso renovado) movimento religioso de massa, mas também forneceu números adequados de indivíduos desencantados e desiludidos que estavam "maduros para a colheita". De modo a capitalizar a situação, um movimento religioso renovado precisaria ser apoiado por organizações bem financiadas, como a Igreja Católica Romana. Esse movimento precisaria incluir componentes do Ecumenismo e do Fundamentalismo. Esse movimento deveria ter uma ampla base de aceitação, indo dos católicos aos batistas. Esse movimento precisaria exercer uma profunda influência na "grande comunidade evangélica". Esse movimento finalmente faria uma grande contribuição para a Religião Orientada Para Resultados de hoje. A Segunda Onda do Movimento Carismático foi exatamente esse movimento. Notas Finais 1. 2.
Jones, Bob III, Entrevista pessoal, Bob Jones University, Greenville, SC, 17 de abril de 2002. Burgess, Jack. Entrevista por telefone, 10 de março de 2002.
Capítulo 5: O Movimento Carismático Os fatores que contribuíram para formar aquilo que veio a ser a Religião Orientada Para Resultados não apareceram da noite para o dia. Os capítulos anteriores descreveram os eventos desde os primóridos da igreja que se tornaram aspectos fundamentais da moderna Religião Orientada Para Resultados. À medida que os componentes remanescentes são colocados para formar o quadro completo, deve-se avaliar meticulosamente todos os principais movimentos religiosos, não somente aqueles que estão baseados de maneira geral no cristianismo, mas particularmente entre os da "Grande Comunidade Evangélica". Lembre-se disso, mesmo que o perigo manifesto do Ecumenismo tenha entrado em hibernação com o crescimento exponencial do fundamentalismo no fim dos anos 60, vê-se, entretanto, que por volta de 1975 o declínio do fundamentalismo já tinha iniciado e a verdadeira igreja estava abertamente vulnerável aos ataques de um engano em grande dimensão. Lúcifer estava muito atento quanto a essa vulnerabilidade e nos anos 70 iniciou aquilo que ficaria conhecido como a "Era do Engano". Esse engano foi caracterizado pela entrada dos princípios panteístas nos anos 60 que, em meados dos anos 70 foi infundido com 'termos cristãos' e, eventualmente, culminará na Religião do Mundo Unificado do Anticristo. Um fator importantíssimo que colaborou para esse engano foi a "Segunda Onda" do Movimento Carismático!, que se alastrou e começou a permear os círculos evangélicos e fundamentalistas. Embora as raízes do Movimento Carismático não estejam 'baseadas na Bíblia', como é ilustrado no exemplo a seguir, os perigos se estendem muito mais profundamente do que se possa imaginar. O pastor Burns notou o homem idoso com uma inquietação ansiosa. O pastor era o primeiro a admitir que aquele tinha sido um culto muito incomum - afinal de contas era a primeira vez que a igreja testemunhava a manisfestação dos "dons de línguas", mas com a "interpretação de línguas". Ele achava que todos os requisitos bíblicos tinham sido satisfeitos. Logo após a arenga de Roger Simpson tê-lo rendido imóvel no chão, Norm Turner interpretou as maravilhosas obras de Deus, descritas numa "linguagem angelical", desconhecida dos ouvidos da mesmerizada congregação. O pastor Burns podia perceber facilmente que aquele senhor idoso, que agora permanecia atrás do local onde o pastor costumeiramente cumprimentava as pessoas no final do culto, não iria elogiá-lo pela 'grande renovação espiritual' que ocorrera naquele culto singular. Esse senhor, entretanto, não era um membro comum da Igreja Batista do Calvário. Era um homem que tinha servido a Deus nas tribos dos caçadores de cabeças da Nova Guiné por mais de quarenta anos. Sua experiência e sabedoria eram reconhecidamente preciosas ao pastor Burns, e ele certamante não poupava palavras para aconselhar o pastor em certos assuntos que punham em risco a verdade da Palavra de Deus. O pastor Burns podia ver o fogo nos olhos do homem naquela ocasião, e recebeu seu firme aperto de mão em antecipação a uma severa repreensão. Entretanto, nem mesmo o pastor pôde prever o que estava prestes a ouvir.
"- O senhor sabe, pastor Burns, passei muitos anos entre as tribos selvagens das florestas da Nova Guiné. O poder dos lacaios demoníacos era abertamente manifesto entre aquelas pessoas e espíritos malignos dominavam os corações e as mentes de tribos inteiras. Com base na minha experiência ali, digo que o senhor deve pôr imediatamente Simpson e Turner para fora da igreja." "- Irmão Adams, compreendo que existem aqueles que ensinam que as línguas não são para agora - e assim as deixam fora da igreja… Mas o que isso tem que ver com a Nova Guiné?" "- Pastor, Roger Simpson falou exatamente no idioma de uma das tribos que procurei evangelizar; e as palavras que ele disse foram as mais vis blasfêmias contra nosso Senhor Jesus Cristo que já ouvi!" [1]
Conceitos Básicos do Movimento Carismático O Senhor Jesus Cristo advertiu claramente em João 8:44 que Lúcifer é mentiroso. Ele não somente espalha mentiras para toda a humanidade, mas também, como ilustrado anteriormente, seus falsos ensinos semeiam mentiras entre os cristãos da igreja. No início do século XX, Lúcifer começou a repetir as mesmas antigas mentiras que deram tão certo em seu plano no passado. Entretanto, sabendo que seu tempo é curto, levou sua estratégia apenas um passo à frente. Essas mentiras tornaram-se muito transparentes conforme o tempo passa, mas as massas crédulas da humanidade ainda parecem cair nas mesmas velhas mentiras. Algumas delas são: 1. 2. 3. 4.
O homem é um deus; O homem pode se tornar um deus; O homem pode se tornar como Deus; A fé é uma "lei" ou "força", que pode ser ativada por qualquer pessoa cristã ou não; 5. A habilidade de realizar milagres, sinais e maravilhas é um talento intrínseco em nós; precisamos apenas aprender as técnicas para ativar as leis espirituais em que a fé está baseada; 6. Deus está preso a essas leis espirituais, e deve responder a qualquer pessoa - mesmo aos seus piores inimigos - que usa tais conhecimentos; 7. Como "deuses" ("seres divinos"), temos o "direito divino" à saúde e à prosperidade; 8. Jesus é o nosso "irmão mais velho", que dominou as leis espirituais da natureza e é, portanto, nosso exemplo para que façamos o mesmo; 9. O homem pode se tornar espiritual e fisicamente perfeito quando aprende a dominar essas leis espirituais; 10. O Reino de Deus será estabelecido na Terra quando um número suficiente de pessoas tiver se aperfeiçoado. [2] Nenhuma dessas afirmações é verdadeira, mas essas são exatamente o alicerce em que se baseiam as modernas teologias carismática e do domínio. As notáveis celebridades carismáticas da atualidade - Benny Hinn, Kenneth Copeland e Kenneth Hagin estão expondo filosofias e doutrinas mais parecidas com o panteísmo,
misticismo oriental e ocultismo do que com o cristianismo. Por exemplo, sabe-se que Benny Hinn (foto 1) esteve nos túmulos de carismáticos famosos da primeira onda, entre eles Aimee Semple McPherson (foto 2) e Kathryn Kuhlman (foto 3) para receber uma unção de seus ossos [3]. Essa prática macabra e paranormal não é nada novo. Embora pareça ser uma prática originada por Mary Shelley, a autora de Frankenstien, na verdade, Adolf Hitler enviava suas tropas de elite SS para o cemitério com suas mulheres para conceberem filhos sobre os túmulos de personagens famosos da raça ariana. Ele acreditava que o espírito de uma criança concebida receberia uma unção especial dos ossos daqueles que jaziam nos túmulos. Essa prática paranormal e ocultista é agora repetida mecanicamente pelo famoso pastor e escritor carismático. Mesmo com ações inimagináveis e luciferianas como essa, o Movimento Carismático cresceu em três ondas, que progrediram de maneira gigantesca durante todo o século XX.
As Origens do Movimento Carismático Na virada para o século 20, ninguém no mundo usava os termos pentecostal ou carismático para descrever sua doutrina de fé teológica. Isso não quer dizer que não houvessem aqueles no passado que "falavam em línguas", chamando a si mesmos de "curandeiros da fé", ou que utilizavam os "manisfestos sinais e maravilhas". Na verdade, tudo isso era esporadicamente evidente nas religiões pagãs e nas seitas ocultistas desde os tempos do Antigo Testamento. Entre os mais notáveis que exerciam os metódos dos modernos carismáticos estava Joseph Smith e outros na hierarquia no início do mormonismo. O próprio Joseph Smith descreve: "… Em uma de nossas entrevistas, o irmão Brigham Young e John P. Greene falaram em línguas, … e eu mesmo recebi o dom (Joseph Smith, History of the Church, Volume 1, pg 295-97). Duas das mais de quarenta mulheres de Joseph Smith escreveram sobre suas experiências de falar em línguas. Foram elas Mary Lightner e Zina Huntington… Zina 'recebeu o dom de línguas'. Mais tarde, num povoado dos mórmons em Kirtland, Ohio, ela 'recebeu o dom de interpretação' (Andrew Jenson, LDS Biographical Encyclopedia, 1951, vol 1, pg 697). Mary Lightner testificou: 'Oliver Cowdery, John Whitmer e Thomas B. Marsh freqüentemente falavam em línguas ao pregarem às pessoas no dia do descanso… Uma noite os irmãos vieram à casa do tio para discutirmos a respeito das revelações que ainda
não haviam sido passadas para o papel. Enquanto eles estavam conversando, ficaram cheios com o espírito e falaram em línguas. Então, fui chamada para interpretar as línguas. Senti o espírito que estava ali num instante" ("Mary Elizabeth Rollins Lightner, "The Utah Genealogical and Historical Magazine", 17 de julho de 1926)." (ênfase adicionada) [4] Alguns pontos muito interessantes dessas citações precisam ser observados em detalhes: 1.
2. 3.
A doutrina mórmom NÃO É CRISTÃ. Os mórmons ensinam que todos os seres humanos nasceram como espíritos-filhos de Deus e de suas mulheres. O filho mais velho se tornou conhecido como Jesus, e o segundo mais velho como Lúcifer. Conforme os espíritos-filhos conquistaram determinadas posições no mundo espiritual, ganhavam um corpo e nasciam no mundo físico. Aqueles que seguem os ensinamentos da Igreja Mórmons e se casam em um Templo Mórmon se tornarão um "deus" ou a esposa de um "deus" e conceberão espíritos-filhos que se manifestarão fisicamente em seus próprios planetas. Essa doutrina nem mesmo se assemelha com os ensinos da Palavra de Deus, mas tem suas raízes no ocultismo. Assim, como pôde um ocultista como Joseph Smith e seus companheiros falarem em línguas como se estivessem sendo dirigidos pelo Espírito Santo? A única resposta que parece plausível é que Deus está obrigado a responder mesmo àqueles que confessam "doutrinas de demônios" e concede-lhes acesso aos dons do espírito. Entretanto, a Bíblia ensina que os cristãos devem se desviar daqueles que promovem "dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes" (Romanos 16:17). Como então aqueles que ensinam essas doutrinas contrárias à Palavra de Deus puderam receber os dons do Espírito Santo? Eles absolutamente não deveriam. Quando eles dizem que ficaram "cheios do espírito", com qual espírito ficaram cheios? O fato de que alguém presente possuía o "dom de interpretação" (justamente uma das dezenas de mulheres de um mesmo homem polígamo) não oferece nenhum crédito que confirme que tal fenômeno tenha sido iniciado por Deus ou pelo Espírito Santo.
Não é muito difícil discernir a verdade nessa situação. Se aqueles que sustentavam as crenças e práticas ocultistas do mormonismo falavam uma glossolalia incompreensível, que hoje é definida como "línguas", essa assim chamada manifestação do espírito não era a manifestação do Espírito Santo de Deus, mas algum outro espírito. Além do mais, se os primeiros mórmons e outros ocultistas falavam em línguas, como alguém poderia estar convencido que verdadeiros cristãos praticariam esse fenômeno? Com esse objetivo, uma análise minuciosa da progressão do Movimento Carismático revelará uma infinidade de anormalidades e contradições que de fato revelam a verdadeira fonte dessas doutrinas. A história do Movimento Carismático pode ser apresentada resumidamente como segue:
Primeira Onda - Pentecostalismo Antigo, ou Clássico: • •
1901, Topeka, Kansas, Seminário Bíblico Betel, - Agnes Ozman recebeu o que chamou de "batismo no Espírito Santo" e falou em "línguas". 1906, Los Angeles, Califórnia - Igreja da Rua Azusa
Segunda Onda - Renovação Carismática: • •
• • • • •
1960 - O Movimento Carismático Moderno começou na Igreja Episcopal de São Marcos, Van Nuys, Califórnia. 1962 - O fenômeno da glossolalia explodiu na Universidade de Yale [2] entre os membros da evangélica Comunidade Cristã Intervarsity. Ela incluía episcopais, luteranos, presbiterianos, metodistas e um católico romano. 1967 - Spring Vacation - Trinta católicos zelosos da área de Notre Dame receberam o "batismo do Espírito Santo". 1974 - 30.000 católicos carismáticos realizaram uma conferência em Notre Dame. 1977 - Conferência Carismática em Kansas City, 50.000 participantes quase metade deles eram católicos romanos. 1977 - A AP estima em 10 milhões o número de carismáticos nos Estados Unidos. 1983 - A edição de 18 de janeiro da revista Christianity Today informou que as Assembléias de Deus era a denominação que mais crescia nos Estados Unidos. Nessa época, ela tinha 1,7 milhão de membros e crescia rapidamente.
Terceira Onda - Movimento de Sinais e Maravilhas - enfatiza mais o dom de profecia e cura do que o de línguas: •
1983 - "Terceira Onda" - termo cunhado por Peter Wagner: "… estamos agora na terceira onda. Vejo a terceira onda dos anos 80 como uma abertura dos evangélicos tradicionais e outros cristãos ao trabalho sobrenatural do Espírito Santo que os pentecostais e carismáticos experimentaram, mas sem se tornarem carismáticos ou pentecostais."
A Primeira Onda A origem "oficial" do pentecostalismo moderno começou em 1901, no Colégio Bíblico Betel, em Topeka, Kansas, quando Charles Parham impôs as mãos sobre Agnes Ozman. Ela imediatamente começou a falar em "línguas". "Afirmou-se (apesar de que nunca foi confirmado com credibilidade) que ela falou em chinês durante três dias, incapaz de falar em inglês, e no segundo dia falou em boêmio. Logo, a maioria dos outros na escola estavam falando e cantando em 'línguas'… os jornais locais do dia descreveram o fênomeno como linguagem ininteligível… Em 1914, Charles Shumway procurou diligentemente por evidências para comprovar que as línguas dos primeiros pentecostais eram línguas reais, isto é,
línguas conhecidas. Ele não conseguiu sequer uma pessoa para confirmar as afirmações…" Um dos aspectos mais interessantes dos eventos no Colégio Bíblico Betel foi a tentativa dos participantes de provar que suas "línguas" eram na verdade línguas faladas. Eles achavam que de acordo com a Palavra de Deus, o dom de "Falar em Línguas" era a habilidade que um indivíduo tinha de falar numa língua que lhe era desconhecida para comunicar o Evangelho na língua de quem estivesse ouvindo. Tal tentativa cessaria muito cedo, pois aqueles que "falavam em línguas" não conseguiam produzir nenhuma evidência de que aquelas assim chamadas línguas, não eram nada mais do que uma linguagem sem sentido e obscura [3]. Assim, o incidente no Colégio Bíblico Betel era somente o precursor do que ainda estava por vir, a Primeira Onda Carismática começou com os cultos de avivamento na Missão da Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia. Essa Missão era pastoreada por William Seymour, que cria na necessidade de "duas obras da graça" para a salvação, que a verdadeira igreja estava sendo restaurada em um milagroso reavivamento dos últimos tempos, e (apesar que ele mesmo nunca ter falado em línguas) fortemente argumentava que as línguas eram a evidência do recebimento do Espírito Santo. Seymour raramente pregava, mas ao invés disso ficava atrás do púlpito com um caixote vazio cobrindo sua cabeça. Os cultos na Missão da Rua Azusa eram "caracterizados por confusão, dança, pulos, quedas no chão, transes, quedas no espírito, línguas, contorções, histeria, sons estranhos, e risada santa… descrito como 'demonstrações selvagens e histéricas". Charles Parham, conhecido como o Pai do Pentecostalismo e presidente do referido Colégio Bíblico Betel, fez uma avaliação menos que satisfatória em sua visita à Missão da Rua Azusa, em 1906: "Parham descreveu as 'línguas' de Azusa como 'confusas e inarticuladas, desenfreadas e exasperadas, falando absolutamente nenhuma língua existente'… De acordo com Parham, dois terços das pessoas que seguiam o pentecostalismo em seus dias foram 'ou hipnotizadas ou conduzidas à loucura (total falsa de senso)'… assim, o 'Pai do Pentecostalismo' rejeitou totalmente as reuniões da Rua Azusa como sendo uma imitação fraudulenta, manipulada e demoníaca, e mesmo assim praticamente todas as denominações pentecostais rastreiam suas origens a essas reuniões na Rua Azusa." A Primeira Onda continuou com aqueles que diziam ressuscitar os mortos (ninguém jamais provou isso), oravam sobre lenços, curavam os enfermos, caíam no espírito, garantiam prosperidade àqueles que contribuíssem com o ministério deles, e ainda desenvolviam o diálogo católico romano-pentecostal. Entretanto, os membros da Primeira Onda nunca receberam o respeito dos protestantes tradicionais ou da população em geral. O caráter moral de muitos de seus seguidores e líderes não ajudava muito. William Parham (o Pai do Pentecostalismo) foi removido do ministério depois de ser preso acusado de sodomia. William Branham profetizou falsamente que o arrebatamento ocorreria em 1977. Aimee McPherson (depois do divórcio e diversos relacionamentos amorosos) morreu de overdose. Kathryn Kuhlman envolveu-se romanticamente com um homem casado, com o qual se casou após ele se divorciar de sua mulher (posteriormente, ela se divorciou dele). [10] Benny Hinn, um dos atuais líderes da Segunda Onda, afirma que o manto de Aimee McPherson caiu sobre Kathryn Kuhlman; e então foi passado dela para ele. De acordo com Benny Hinn:
"… o dia virá, e digo isso a vocês, sei disso como sei meu nome, o dia virá em que não haverá nem um santo doente no corpo de Cristo. Ninguém ficará doente, ninguém será arrebatado de uma cadeira de rodas. Ninguém será arrebatado de uma cama de hospital. Todos vocês serão curados antes do arrebatamento." [12]
A Segunda Onda e Seus Resultados Os aspectos mais críticos do Movimento Carismático passarão completamente desapercebidos a menos que alguém pare para questionar os detalhes desse movimento. Essas perguntas se aplicam ao desenvolvimento do Pentecostalismo entre a Primeira e a Segunda Onda. A pergunta óbvia é esta: O que aconteceu para que se iniciasse a Segunda Onda no Movimento Carismático? As discussões nos capítulos anteriores nos dão alguns indícios dos fatores contribuintes: 1. 2. 3. 4.
O fracasso do Movimento Ecumênico O declínio do Movimento Batista Independente Divergências dentro da Convenção Batista do Sul O surgimento do Movimento das Igrejas Comunitárias
Entretanto, seriam apenas esses fatores capazes de servir de suporte para posições teológicas que há tempo tinham sido geralmente vistas como pertencentes a um segmento marginal e lunático dos "Bíblias"? O que faria um católico romano que tivesse sido criado em uma tradição de formalismo rígido interessar-se pelos atos extravagantes dos pentecostais? Como os batistas e os outros evangélicos poderiam ser atraídos às posições que foram tradicionalmente ensinadas como sendo descaradamente antibíblicas? Deve ter havido algo mais em ação aqui - algo quase como (Deus nos livre) uma conspiração. Mas quem ganharia com isso? E qual seria o resultado de tal conspiração? Historicamente, a primeira organização que vem à mente junto com a palavra "conspiração" é a Ordem dos Illuminati. Para os propósitos desta discussão, a história do Iluminismo não será discutida em detalhes exceto para dizer que a Ordem dos Illuminati (organizada em 1776) ainda existe nos dias de hoje, e essa organização compreende aqueles que literalmente governam o mundo. Esses indivíduos tambem têm um plano proeminente para instituir um Governo Mundial Unificado e uma Religião Mundial Unificada. De fato, é essa mesma organização que tem em seu poder a chave não somente para essa questão, mas também para o entendimento da Religião Orientada Para Resultados. Um relato (não confirmado) de uma testemunha ocular revela que os Illuminati se infiltraram intencionalmente entre os pastores pentecostais em 1946. Por que a "Elite Globalista" se incomodaria em se infiltrar nessa ramificação marginal do cristianismo? Para achar a resposta, é necessário considerar cuidadosamente este cenário:
1. 2.
1906-------- Fundação oficial do pentecostalismo 1906-60-- Os pentecostais são geralmente vistos como um segmento marginal e lunático dos "Bíblias" 3. 1946-------- Os pentecostais são intencionalmente infiltrados pelos agentes dos Illuminati 4. 1960-------- Nascimento repentino da Segunda Onda do Movimento Carismático 5. 1962-------- O Movimento da Glossolalia ocorre na Universidade de Yale. Nessa universidade está a sede da "Sociedade Caveira e Ossos" - o campo de treinamento dos Illuminati nos Estados Unidos. Esse fato suporta a hipótese que os membros da "Caveira e Ossos" possam ter se infiltrado facilmente na Comunidade Cristã Intervarsity, em Yale. O fato de que isso aconteceu em Yale é demais para ser apenas uma coincidência. 6. 1960-63---- O Vaticano II foi conduzido por papas que repentinamente embraçaram os conceitos do Governo Mundial Unificado e da Religião Mundial Unificada. Católicos tradicionais admitem que o papado foi infiltrado pelos Illuminati. Como resultado do Vaticano II, o Movimento Ecumênico Católico foi lançado. 7. 1963-67---- O fundamentalismo cristão continua em rápido crescimento e o Movimento Ecumênico católico fracassa. 8. 1967-------- Trinta zelosos católicos de Notre Dame quebram a tradição e receberam o "batismo no Espírito Santo". 9. 1973-------- 30.000 católicos carismáticos se reúnem em Notre Dame. 10. 1977-------- A Conferência Carismática da cidade do Kansas atrai 50.000 pessoas - metade delas católicas. 11. 1983-------- O fundamentalismo declina, as Assembléias de Deus são agora as igrejas que mais crescem no mundo, com mais de 10.000.000 de carismáticos nos Estados Unidos. Desde 1983, os laços entre carismáticos, Roma e os evangélicos têm se estreitado cada dia mais. Isso é resultado de vários fatores: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
O Movimento Salvemos Nossa Herança Cristã O Movimento Salvemos Nossa Cultura A Maioria Moral A Coalizão Cristã O Movimento Pró-Vida O Documento Evangélicos e Católicos Juntos Os Promise Keepers A Iniciativa das Religiões Unidas
Enquanto alguns desses movimentos e organizações são realmente conservadores e bem-intencionados (outros não são nem conservadores e nem bemintencionados), a trágica verdade é que essas "boas causas" fizeram vastas contribuições para enganar os verdadeiros cristãos a fim de abraçarem o Movimento Carismático, suportando assim a construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo.
Os fatos desse cenário exibem um chocante alerta para todos aqueles que estão dispostos a considerá-los até às conclusões lógicas: 1. 2.
3.
Os Illuminati viram o potencial de manipular os pentecostais, e se infiltraram em grupos pentecostais logo após a Segunda Guerra Mundial. O papado foi infiltrado pelos Illuminati nos anos 50 (1950), e não somente resultou em diretrizes contrárias ao catolicismo tradicional por ocasião do Vaticano II, mas publicamente acolheu os objetivos dos Illuminati numa abrangente Religião Mundial Unificada. Quando o Movimento Ecumênico fracassou, o solo fértil dos Illuminati na Universidade de Yale tornou-se um ninho de desova para os carismáticos católicos e protestantes.
Aqueles que acham a sugestão de uma conspiração nesse cenário uma idéia execrável não estão enxergando a visão de longo prazo dos Illuminati dentro (e não entre) das linhas apresentadas anteriormente. O plano é criar uma Igreja Mundial Unificada debaixo da liderança do papado e a Bíblia confirma o sucesso final desse plano em Apocalipse 13 e 17. O ponto principal nesse caso é o ataque contínuo aos cristãos fundamentalistas, que se mantêm em oposição ao sucesso do plano. Entretanto, a calamidade do fundamentalismo e do evangelismo é encontrada na Religião Orientada Para Resultados, que produz crescimento da igreja em detrimento da doutrina. Esses métodos produzem membros que não têm a menor idéia no que creêm ou por que creêm. Tais soldados mal-equipados são presas fáceis nas batalhas espirituais que aqueles que são verdadeiramente nascidos de novo no Espírito de Deus enfrentam. Esses membros de igreja que são produto da Religião Orientada Para Resultados são ainda engandos por causa da fama dos líderes carismáticos, que não podem ser criticados pelo fato de terem igrejas grandes e lotadas. Este autor presenciou isso em primeira mão em uma Igreja Batista Independente. No culto de domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, em Nova York, estaria pregando em uma mensagem gravada em vídeo. O pastor local declarou, "Podemos discordar desse homem em alguns pontos doutrinários "menos importantes", mas ele tem uma grande igreja, de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!". Essa é a essência da Religião Orientada Para Resultados - O pastor, nesse exemplo, estava disposto a violar os mandamentos das Escrituras sobre separação por que achava que a congregação se beneficiaria com as instruções sobre "a igreja em crescimento" que aquele homem podia transmitir.
A Terceira Onda A Terceira Onda do Movimento Carismático foi concebida no interior do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, na Califórnia, pelos professores de Crescimento de Igrejas Peter Wagner e o falecido John Wimber. Ambos lecionavam no curso "Sinais e Maravilhas e Crescimento de Igrejas", no Seminário de Pasadena. Evidentemente, eles nunca leram as palavras de Jesus quando disse: "Uma geração má e adúltera pede um sinal" [Mateus 16:11a]. Esses dois homens se tornaram os co-conspiradores em um plano de marketing para incitar o crescimento de igrejas por meio do livro de Wimber, "Evangelismo de Poder", que definia o conceito de poder do
Reino e sua relação com o evangelismo. Wimber afirmou, "Os primeiros cristãos claramente tinham uma abertura ao poder do Espírito, o que resultou em sinais e maravilhas e crescimento da igreja." [13]. Essa afirmação pode ser escrita de forma analítica para definir a essência exata da teologia da Terceira Onda Carismática: (Poder do Reino+Autoridade do Reino+Evangelismo do Reino) x (Sinais + Maravilhas) = Crescimento da Igreja Essa equação tem mais complexidades intrínsecas do que os nossos olhos podem ver. Em primeiro lugar, qualquer referência a uma frase como "Poder do Reino" já deveria ser imediatamente um alerta vermelho a qualquer indivíduo que estuda a Palavra de Deus. Biblicamente falando, não existe "Poder do Reino" nesta era, e não importa quão constantemente essa ou frases semelhantes como "Autoridade do Reino" apareçam nos textos de Wimber ou nos modernos hinos de louvor (veja o hino, Majesty, de Jack Hayford), esse é um conceito antibíblico. Em suas observações editadas nas salas de aula do Seminário, Wimber empregava grosseiramente mal o conceito do Reino de Deus à igreja. Sua tese inteira baseava-se em uma falsa premissa que como a igreja é o Reino de Deus, seus membros devem exercer os sinais e maravilhas que Jesus operava. Ele foi tão longe que atacou a onisciência (como também a fundamental deidade de Jesus Cristo) quando declarou: "Jesus frequentemente fazia perguntas sobre a necessidade de cura, indicando que (a) embora algumas vezes recebesse palavras de conhecimento, outras vezes não as recebia, e (b) queria ter seu foco exatamente no alvo." [14] Será que Wimber não percebeu que Jesus Cristo, quando andou aqui na Terra era Deus em carne? Será que não percebeu que Jesus Cristo era Deus, possuindo todos os atributos de Deus? A discrepância de que Jesus às vezes não tinha conhecimento de uma enfermidade e precisava de assistência do Espírito Santo é blasfêmia contra o Deus encarnado! No entanto, os métodos de crescimento da igreja nas aulas de Wimber e Wagner eram um exercício de Evangelismo do Reino, Princípios do Reino e Autoridade do Reino. Para que isso acontecesse o "Povo do Reino" deveria utilizar sua Autoridade do Reino para, entre outras coisas, "ressuscitar os mortos". Observe também a seguinte declaração de Wimber: "Deus usa nossas experiências para nos mostrar mais completamente o que ensina para nós nas Escrituras, muitas vezes derrubando ou alterando elementos de nossa teologia e da nossa cosmovisão." [15] Se esse é o caso, todo cristão que já andou na face da Terra deveria escrever crônicas de suas experiências como apêndices à inspirada Palavra de Deus. Se nossas experiências alteram nossa teologia, isso não faz com que a Palavra de Deus esteja subordinada à experiência humana? De onde nossa teologia deve se originar? A única fonte para a verdadeira teologia está dentro das páginas da escrita e preservada Palavra de Deus. A teologia não deve vir de visões, sonhos ou experiências humanas. Ela é derivada apenas do ensino doutrinário encontrado na Palavra de Deus.
Quando o clamor contra o curso de Wagner e Wimber no Seminário de Pasadena chegou ao ponto em que o curso foi cancelado (a despeito do fato de ser a maior classe do seminário), Wimber colocou sua teologia em ação e fundou a Comunidade Cristã Vineyard (Videira). As Comunidades Videira cresceram sob a liderança de Wimber para setecentas congregações no mundo inteiro, e tornaram-se o catalisador para a TERCEIRA ONDA do Movimento Carismático, que enfatizava os "sinais e maravilhas", sobre aqueles que no passado enfatizaram o falar em "línguas". O efeito torrencial do Movimento Videira incluiu a formação da organização do Promise Keepers (o fundador do Promise Keepers, Bill McCartney, é membro da Comunidade Videira, em Boulder, no Colorado, e os membros da Videira dominam o quadro dos PK) e o infame e sem base bíblica "Reavivamento do Riso", que varreu o mundo todo e foi originado na Comunidade Videira do Aeroporto, em Toronto, no Canadá. Embora Wimber tenha cortado relações com a Comunidade de Toronto por causa de extravagâncias como "o rugido do leão" em 1996, em 1995 a revista Charisma informou que em mais de 500 igrejas Videira nos Estados Unidos ocorria o fenômeno do Avivamento do Riso. [16] A Comunidade Videira em Kansas City tornou-se a casa dos infames "Profetas de Kansas City", liderados por Paul Cain. Hank Hanegraaf relata: "John Wimber, o fundador da Videira, acredita que Paul Cain é o principal profeta da Terceira Onda (ênfase adicionada)... que viria com sinais e maravilhas... nas palavras de Wimber, 'ele é muito parecido com Jeremias e com João Batista, separado antes do nascimento para o ministério que exerce agora.'" [17]
A Teologia do Domínio Um dos fios de ligação mais comuns que permeiam a teologia carismática de Seymour a Robertson é a idéia de que a verdadeira igreja está sendo restaurada (ou resconstruída) em um grande reavivamento dos últimos tempos. Parece que muitos, se não a maioria dos notáveis pregadores e evangelistas carismáticos acreditaram que foram chamados por Deus se não para iniciar, ou certamente para lançar tal reavivamento na criação erronêa de uma "coisa nova" baseando-se em Isaías 43:1819 "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo". Por exemplo, Alexander Dowie (que foi justamente o mentor de Charles Parham) proclamou-se "Elias, o Restaurador" e o "primeiro apóstolo da igreja dos últimos tempos" [18]. Embora o termo técnico para alguém que proclama tal coisa seja "paranóia esquizofrênica com mania de grandeza", proclamações desse tipo continuam nos círculos carismáticos até os dias de hoje. No momento que essa linha de pensamento alcançou o sistema da Videira, sob a liderança de John Wimber, os profetas da Videira estavam anunciando "que nos últimos dias o Senhor estaria restaurando ministérios quíntuplos, caracterizados por apóstolos, profetas, pastores, mestres e evangelistas para a igreja atual" para também iniciar um grande reavivamento no fim dos tempos. [19] A questão então deve ser perguntada: Aonde tão grande reavivamento nos guiaria? Quando levado a conclusões lógicas, a resposta é muito simples. Se tivesse de haver tão grande reavivamento que afetaria a humanidade, não seria então a condição mundial mudada drasticamente? A lei secular não se tornaria a lei do
próprio Deus? Não seriam os pastores a classe dominante a interpretar e estabelecer as leis de Deus? Isso não daria domínio à igreja de toda a humanidade? Isso não restauraria assim o sistema da Lei do Antigo Testamento como governante catalisador para iniciar uma nova era de paz e justiça? Isso não prepararia a Terra para sua apresentação a Jesus Cristo, para seu retorno físico e reinado? A resposta para todas essas perguntas é: SIM. Entretanto, essa linha de pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas: 1. A origem de um "Reino Cristão" terreno governado por homens de carne e sangue não-ressurretos foi a fabricação do sistema católico romano. A Igreja de Roma era (e é) antimilenar - rejeita o reinado literal de mil anos de Cristo, e vê as referências ao Reino terreno de Deus como manisfestas em si mesma - A Igreja Católica Romana. Sendo assim, algumas denominações protestantes (por exemplo, a luterana) retiveram a idéia que a igreja é a manifestação do Reino de Deus. 2. Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações. Essa visão pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e que os mil anos não eram anos literais, mas simbólicos. O sincretismo dessas posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino de Deus na Terra seria: a. b. c. d.
Representado pela verdadeira igreja. A verdadeira igreja foi corrompida depois do primeiro século e entrou em um estado de semiletargia. A verdadeira igreja seria reconstruida nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de profetas e apóstolos, que se caracterizariam pela utilização dos sinais e maravilhas restaurados. Essa igreja reconstruída dos últimos tempos prepararia então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria o mundo.
4. Esse cenário requeriria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso requer um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a entidade legislativa para toda a humanidade. Em resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou de Domínio. Ela ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da Segunda Vinda para tornar o mundo um lugar perfeito para o reinado de Jesus Cristo. Os assim-chamados profetas e apóstolos do reavivamento dos últimos tempos criariam uma força tão forte que todos na Terra se renderiam ao controle da igreja. Quando o dominionista Pat Robertson declarou que a organização dos Promise Keepers era um "direto cumprimento da profecia bíblica", estava fazendo referência ao fato de que sentia que os Promise Keepers eram um dos primeiros passos em direção ao domínio cristão na Terra.
Para citar apenas algumas questões associadas com a Teologia do Domínio: 1. 2. 3. 4.
É grosseiramente antibíblica. DEUS NÃO ESTÁ FAZENDO UMA "COISA NOVA". Aqueles que estão procurando por essa coisa nova precisam voltar para a "Velha História" do Evangelho de Jesus Cristo. A Teologia do Domínio é uma armação para ligar os "evangélicos" e carismáticos de hoje na construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo. Os falsos conceitos da Teologia do Domínio estão entrando sorrateiramente nas igrejas conservadoras e fundamentalistas por meio das livrarias "cristãs", das redes de TV "cristãs" e da música "cristã". Os proponentes da Religião Orientada Para Resultados utilizam fortemente todas as formas de mídia descritas acima.
Análise Final Uma análise detalhada do Movimento Carismático nas três ondas leva a algumas conclusões muito significativas: 1. 2. 3.
4.
5.
6.
7.
Desde o começo do pentecostalismo moderno, o movimento esteve envolvido em práticas ocultistas e o fenômeno das línguas nunca se alinhou com a Palavra de Deus. O conceito de que a igreja é o Reino de Deus foi originado pelo catolicismo e não é ensinado no Novo Testamento. A teoria de que aqueles que guiaram os movimentos da teologia carismática e pentecostal eram profetas e apóstolos que conduziriam a esse elusivo grande reavivamento dos últimos tempos, o qual daria à igreja domínio político sobre o mundo, fazendo-o entrar no Milênio é biblicamente errônea. Devido ao fato de que os pentecostais criam nessa Teologia do Domínio e "Teologia Reconstrutivista", foram alvos fáceis para os autênticos ocultistas, cujo objetivo é construir uma Igreja Mundial Unificada sob o controle do Anticristo e do Falso Profeta. Como resultado da infiltração desses autênticos ocultistas dentro do Movimento Carismático, os números cresceram exponencialmente em toda a cristandade professa, desde os católicos, batistas e membros das Assembléias de Deus. Com essa influência pandenominacional, um novo espírito do ecumenismo permeou todos os grupos cristãos. Isso é acrescido pelos elementos carismáticos dentro de todas as denominações, que agora procurarão unidade com base unicamente nas "línguas" ou nos "sinais e maravilhas", enquanto que ao mesmo tempo descartam ou minimizam as diferenças doutrinárias. Devido ao pensamento popular carismático, as assim-chamadas "Livrarias Cristãs" oferecem agora uma avalanche de livros com "doutrinas" carismáticas. Além disso, a Música Cristã Contemporânea está sutilmente penetrando nos corações e nas mentes com teologias carismática e de domínio.
8.
Algumas "Redes de Televisão Cristã" como a TBN, infiltram a linha carismática e de domínio nos lares ao redor do mundo 24 horas por dia.
Contribuição Para a Religião Orientada Para Resultados Embora existam inumeráveis aspectos antibíblicos nas filosofias carismáticas e de domínio que poderiam ser exploradas, esta discussão deve ficar limitada aos efeitos e contribuições para a Religião Orientada Para Resultados. Ninguém precisa fazer mais nada do que apenas recordar as experiências pessoais deste autor para ficar grandemente preocupado com os efeitos do Movimento Carismático naqueles que se consideram "evangélicos" ou "fundamentalistas". Para reiterar a ilustração, este autor foi um membro de uma Igreja Batista Independente cujo pastor pelo menos uma vez chamou a si próprio de fundamentalista. O pastor dessa congregação se tornou obcecado com o crescimento da igreja e rapidamente se tornou completamente consumido pela Religião Orientada Para Resultados. No culto de um domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, Nova York, pregaria em uma mensagem gravada em fita de vídeo. O pastor local disse, "-Podemos discordar deste homem em alguns pontos doutrinários 'menos importantes', mas ele tem uma grande igreja - de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!" Aqueles que aderiram ao "Movimento de Crescimento de Igrejas" estão perfeitamente dispostos a fazer sua cama junto com tipos como Jim Cymballa, John Maxwell, Peter Wagner e até com o Seminário Fuller, de Pasadena, de modo a alcançar os resultados - o crescimento exponencial da igreja. Lembre-se, Peter Wagner, o progenitor da Terceira Onda, é um "especialista em crescimento de igrejas". A Religião Orientada Para Resultados foi a exata estratégia de Wimber e Wagner. Eles utilizaram sinais e maravilhas para atingir o resultado desejado. As congregações conservadoras, evangélicas ou fundamentalistas que iriam se levantar ostensivamente contra o Movimento Carismático estão diariamente se tornando mais e mais tolerantes com seus métodos, sua música e sua teologia, a fim de alcançar "aqueles que não freqüentam a igreja". Esse é o perigo intrínseco das filosofias carismáticas e de domínio: Algumas congregações tornaram-se tão cegas, enfocando os resultados (o crescimento da igreja), que não vêem problema algum com as pequenas contemporizações, o que depressa as conduzirá a um ponto sem base nas Escrituras e sem retorno, em que elas abertamente abraçarão o erro ao obterem o tão desejado resultado. Notas Finais 1. 2. 3. 4.
Esta ilustração, embora passada como fato real, não é confirmada. Dager, James. “Kingdom Now”, Media Spotlight, Vol. 8, #1. Hanegraaff, Hank, "Counterfeit Revival", Word Publishing, Dallas, TX. 1997, pg 57. Conforme citado por David Cloud. http://www.wayoflife.org/fbns/strange1.htm
5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19.
Zeller, George. “A Brief History of Pentecostalism”, www.rapidnet.com/~jbeard/bdm/Psychology/char/abrief.htm Wagner, Peter. “The Third Wave?” Pastoral Renewal, jul-aug 1983, pg 5 Goff, James, Jr. Fields White Unto Harvest, Fayetteville, Ark. Press, 1988, pg 7 Cloud, David, "The Strange History of Pentecostalism", http://www.wayoflife.org/fbns/strange1.htm, pg 7. Ibidem. Cloud, David, "From Asuza to Pensacola", Way of Life, Port Huron, MI., 2002, pg 60-64 Hanegraaf, pg 170. Ibidem, pg 171. Wimber, John with Kevin Springer, "Power Evangelism", Harper & Row, San Francisco, pg 31. Wimber, John. “Power Evangelism” Notes from MC501, “Signs and Wonders and Church Growth”, www.pastornet.net.au/renewal/journal10/bwimber.html, pg 3. Tillin, Tricia, “The New Thing”, www.banner.org.uk/res/newthing.html, pg 18. Cloud, From Azusa to Pensacola, pg 35. Hanegraaff, pg 145. Cloud, pg 57. Hanegraaff, pg X.
Capítulo 7: Novos Valores Para um Novo Milênio
Nota de A Espada do Espírito: A Parte 6 desta série, "A Ascensão e Queda da Direita Religiosa" não foi traduzida, mas pode ser lida no original em http://www.espada.eti.br/n1506cap-6.htm. Os membros da Igreja de Jesus Cristo devem se perguntar honestamente: "Como permitimos que isto nos acontecesse e onde foi que erramos tanto?" A profana e manipulada Guerra Cultural foi reconhecidamente perdida e houve uma óbvia inclinação à esquerda - na teologia, no estilo de vida, nas atitudes e nos valores - até mesmo nos círculos evangélicos e fundamentalistas. Na cena política, existem aqueles que se alegram por que muitos cristãos agora sentem que possuem um dos seus na Casa Branca e os republicanos conservadores dominam ambas as Casas do Congresso. No entanto, mesmo assim, as questões críticas diante das quais a nação se defronta não apenas continuam a descer a espiral moral, mas parece haver pouca ou nenhuma evidência de uma reviravolta nas tendências atuais. Existem aqueles, é claro, que ainda insistem que o mundo inteiro está diante de um grande reavivamento - existem alguns que até chegam o predizer que um novo e maciço exército de jovens cabeludos assumirá o voto de nazireu do Antigo Testamento e inspirará suas vidas no revolucionário original, Jesus Cristo (1). (Francamente, como um indivíduo que afirma ser um filho de Deus purificado em Seu sangue pode insinuar que o Deus encarnado foi um revolucionário está além de qualquer lógica, muito mais de qualquer possível compreensão erudita.) No entanto, essa atitude equivocada ocupa um grande espaço nos mesmos temas que ameaçam a igreja. Na análise final, o Seminário Teológico Fuller, a revista Christianity Today, os neoevangélicos, os modernistas, carismáticos, reconstrucionistas e dominionistas devem ser sarcasticamente parabenizados. Eles conseguiram alinhar-se cegamente com as forças obscuras de Lúcifer em um nível suficientemente sutil para seduzir toda a comunidade evangélica, dos fundamentalistas aos católicos carismáticos, e cair na armadilha que veio a caracterizar a religião orientada para resultados. Esse alinhamento com as forças luciferianas não ocorreu da noite para o dia. A transição foi tão sutil e gradual que pode ser comparada ao sapo que foi colocado no caldeirão de água e cozinhado lenta e mortalmente sem se dar conta. Nem ocorreu uma mudança de atitudes e valores em um cataclismo violento, catastrófico, destruidor ou transformador. As mudanças vieram à tona sutil, lenta, sistemática e intencionalmente. Sob o risco de uma análise histórica excessivamente longa, devese, no mínimo, examinar as metas e aspirações daqueles envolvidos diretamente com as forças luciferianas para alcançar uma compreensão minuciosa sobre o desejo não apenas por um novo paradigma político, mas também por aqueles que desejam uma "igreja do novo paradigma" que culminará na religião mundial única, tão sucintamente profetizada na Palavra de Deus. Inicialmente, deve-se entender que esse chamado por um novo paradigma político conhecido como a Nova Ordem Mundial está baseado primariamente nos antigos valores daqueles que sobreviveram ao Dilúvio de Noé e em seus desejos satanicamente inspirados de um retorno à civilização pagã que existia antes do
Dilúvio. Esse movimento foi liderado pelo bisneto de Noé, Ninrode, que tentou abrir o portão para o controle demoníaco de toda a humanidade. (O relato de seu fracasso e da destruição de sua religião global estão registrados em Gênesis 11.) Naquele ponto, Deus interveio para dispersar os homens pela face da Terra, confundindo seus idiomas e preservando uma linhagem justa por meio da qual emergiria Jesus Cristo o Redentor da humanidade perdida e sem condições de salvar a si mesma. (Essa ação de Deus também estabeleceu o fundamento para a estrutura política do estadonação soberano que tem sido predominante desde a queda do Império Romano.) Após a derrota inicial de Lúcifer pela morte sacrifical de Cristo na cruz, as forças demoníacas assumiram então o desafio de atacar a Igreja, buscando destruir o legado da ressurreição e, em última instância, obter a vitória para o senhor das trevas. O relato bíblico dessa batalha pode certamente ser discutido ao longo de muitas páginas, mas os eventos começaram a ganhar um impacto exponencial no início do século XX. Em seu livro The Externalization Of The Hierarchy, a ocultista Alice Bailey (por meio da escrita automática) registrou as palavras do seu espíritoguia demoníaco, Mestre Djwahl Kuhl: "1934 marca o início da organização dos homens e mulheres… o trabalho grupal de uma nova ordem… com o progresso definido pelo serviço… a obra da Fraternidade… as Forças da Luz… e a partir da destruição de todas as culturas e civilizações existentes, a nova ordem mundial deverá ser construída." (2) Mesmo antes de 1934, Alice Bailey certamente não tinha o monopólio dos poderes ocultistas. Um jovem pintor muito eloquente na Alemanha, discursando para as massas de cima dos barris de cerveja do lado de fora dos bares e usando os Protocolos dos Sábios de Sião como fonte de autoridade, proclamava: "A raça ariana é um salto no processo de evolução humana... para criar uma raça-raiz que viveria em novas condições no ambiente que seguiu à destruição da Atlântida (Nota: A veracidade da Atlântida de Platão é amplamente entendida como o mundo pré-diluviano real de Noé). (3) Ensinada a respeitar e proteger a pureza de seu sangue. (4) Sob o símbolo da "Roda Solar", ou Suástica, os novos iniciados assumirão a liderança... e se tornarão mediadores entre as massas e os elevados poderes invisíveis." (5) Esse mesmo indíviduo, Adolph Hitler, proclamou mais tarde: "… com a noção de raça, o Nacional Socialismo (Nazismo) usará sua própria revolução para o estabelecimento de uma nova ordem mundial." (6) Esses mesmos conceitos foram imitados nos EUA e na Grã-Bretanha pelo socialista fabiano e insigne autor H. G. Wells: "A organização disto que eu chamo de Conspiração Aberta... que irá, por fim, prover ensino e serviços públicos coercitivos e diretivos a todo o mundo, é a tarefa imediata diante de todas as pessoas racionais... um Estado-mundial planejado está surgindo em milhares de pontos... um 'estado global-coletivista', ou 'nova ordem mundial', composta pelas 'democracias socialistas'. ... o individualismo nacionalista... é a doença do mundo... A necessidade manifesta de um controle mundial coletivo para eliminar a beligerância e... a necessidade de um controle coletivo das vidas
econômica e biológica da humanidade, são aspectos de um único e mesmo processo." Proponho que isso seja alcançado por meio de uma 'lei universal' e da propaganda (ou educação)." (7) Com a Segunda Guerra Mundial surgindo no horizonte, os planos para um governo global aceleraram-se em um ritmo veloz. Conforme anunciou M. J. Bonn: "… o planejamento nacional significa anarquia internacional deliberada… Duvido que a ordem mundial de amanhã seja capitalista ou socialista. Ela provavelmente será as duas ou nenhuma... O gênio da História não marcha pelas eras no solene passo do ganso... Mas o tempo todo ele segue avançando, e a cada avanço um passo rumo à nova ordem mundial é dado." (8) Percebe-se o perigo envolvido quando os líderes do sistema público de educação aderem ao cenário ocultista: "A Associação de Educação Progressiva, organizada por John Dewey (o infame pai da Educação Progressiva), em 1947 dirigiu-se aos professores da nação, clamando pelo 'estabelecimento de uma ordem mundial genuína'... uma ordem na qual a soberania nacional esteja subordinada à autoridade mundial... uma ordem na qual a 'cidadania do mundo' assuma, assim, ao menos um status igual à cidadania nacional... A tarefa é experimentar técnicas de aprendizado que visem um consenso social inteligente. Conforme a antiga ordem vai se desmoronando, e há uma nova e gratuita ordem lutando para nascer... Há uma febre de nacionalismo... mas o Estadonação está se tornando menos e menos competente para exercer suas tarefas políticas internacionais... Essas são algumas das razões que estão nos pressionando para nos dirigirmos vigorosamente rumo à verdadeira construção de uma nova ordem mundial..." (9) A essência desse sentimento despertou suspeitas até mesmo no Congresso dos EUA. Em 24 de abril de 1954, o deputado republicano Usher Burdick, do Nebraska, relatou ao Congresso: "Sr. Presidente da Casa, não há dúvida de que agora existem uma compreensão e um acordo amplamente difundidos realizados entre os agentes deste governo e as Nações Unidas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte para construirem um governo mundial, e para tornarem as Nações Unidas uma parte dele - a despeito da nossa Constituição, das nossas leis e tradições... Isso será feito em nome da paz... mas resultará na destruição total das nossas liberdades. Os agentes que representam os EUA podem não estar tentando deliberadamente realizar esse trabalho desleal, mas o melhor que pode ser dito a respeito deles é que são uns tolos..." (10) Nos anos 70, as coisas haviam se agravado progressivamente. Richard Gardner escreveu na Foreign Affairs, a publicação oficial do Conselho de Relações Exteriores (CFR): "Em resumo, a 'casa da ordem mundial' terá de ser construída de baixo para cima em vez de cima para baixo... um ponto final na soberania nacional, erodindo-a
parte por parte, conseguirá muito mais do que o ataque frontal à moda antiga..." (11) Em 1975, na Assembléia Legislativa dos EUA, 32 senadores e 92 deputados assinaram a "Declaração de Independência". O documento afirmava: "… precisamos nos unir a outros para trazer à tona a nova ordem mundial… Noções estreitas de soberania nacional não devem se interpor a essa obrigação." (12) Em 1991, o presidente George H. Bush fez a seguinte declaração no discurso "O Estado da União": "… a crise no Golfo Pérsico oferece uma rara oportunidade para avançarmos rumo a um período histórico de cooperação. A partir destes tempos tumultuosos... uma nova ordem mundial poderá emergir..." (13) Quando a administração Clinton passou a controlar a burocracia de Washington, a situação deteriorada tornou-se ainda pior. O subsecretário de Estado, Strobe Talbot, membro dos Federalistas Mundiais, fez a seguinte declaração alarmante: "No próximo século, as nações como as conhecemos agora, serão obsoletas. Todos os Estados reconhecerão uma única autoridade global. Talvez a soberania nacional não tenha sido uma idéia tão boa assim, afinal." (14) Neste momento, o leitor precisa voltar atrás e reler atentamente as frases destacadas em vermelho. Primeiro, a frase "nova ordem mundial" é geralmente interpretada pelo cidadão comum como um termo usado por fanáticos da direita que vivem sob uma constante e opressora névoa de paranóia incurável e fatal. Entretanto, os fatos provam exatamente o contrário: o uso dessa terminologia pelos indivíduos específicos supracitados (em suas próprias palavras) atesta que de fato existe uma hierarquia ocultista que está se esforçando para construir uma sociedade socialista utópica baseada nos mistérios pré-diluvianos de origem luciferiana. Acusar esses indivíduos de praticar a religião do satanismo pode ser algo muito extremo, mas identificar suas motivações como inspirações luciferianas é certamente qualquer coisa menos extremo. As demais frases destacadas, além de "nova ordem mundial", também indicam alguns pontos relevantes para discussão: 1. "Surgindo em milhares de pontos": Alice Bailey, em The Externalization Of The Hierarchy, usou pela primeira vez essa frase de H. G. Wells. Ela também repetiu essa frase em sua obra Discipleship In The New Age, como "a vida dedicada ao serviço", "pontos de luz ininterruptamente brilhantes", e novamente em The Externalization Of The Hierarchy, como as "Forças da Luz". A Lucis (Lúcifer) Trust, em sua publicação "Becoming Sunlike", reiterou esse conceito com a declaração: "Entre todos os que se identificam com este grupo, buscando cooperar com seu propósito e aliando seus pequenos pontos de luz, o novo grupo de servos mundiais cumprirá sua promessa e se tornará o portador da luz planetária da Era de Aquário, a tocha radiante a iluminar o caminho para uma humanidade carente." Essa mesma frase
também foi repetida pelo presidente Bush em 1991 quando elogiou a Nova Ordem Mundial no discurso "O Estado da União": "O que está em jogo é mais do que um pequeno país, é uma grande idéia uma nova ordem mundial... para atingir as aspirações universais da humanidade... baseada nos princípios compartilhados e no império da lei... a iluminação de milhares de pontos de luz... os ventos da mudança estão conosco..." (15) Por que um presidente norte-americano usaria essa terminologia? Esses termos são elementos-chave da ideologia ocultista - serviço voluntário em milhares de pontos de modo a preservar e ampliar o grupo (sobrevivência da espécie) que resultará na nova ordem mundial. Se de fato deve haver um esforço para construir uma nova ordem mundial, ela deve substituir a antiga ordem mundial. Se a antiga ordem deve ser substituída, então os valores individuais devem se subordinar aos valores do grupo. 2. Quando M. J. Bonn afirmou que o mundo de amanhã não será socialista nem capitalista, estava apenas confirmando a declaração de Wells de que sua Nova Ordem Mundial seria composta de "democracias socialistas". Esse conceito se torna ainda mais esclarecedor quando percebemos que as declarações feitas por personalidades como Al Gore, Bill Clinton, George Bush, George W. Bush, e muitas outras, que falam em "tornar o mundo seguro para a democracia", transformando o Iraque em uma "democracia", etc., não fazem referência ao fato de que essas novas "democracias" serão governadas da mesma maneira que são os EUA. Em primeiro lugar, é preciso entender a definição de democracia: "Uma democracia é quando dois lobos e uma ovelha decidem o que terão para o jantar." (16) Os Estados Unidos da América não são uma democracia - são uma república representativa. Em uma república representativa, a maioria governa por meio de seus representantes, mas os direitos da minoria são protegidos pelo Estado de Direito. (O Estado de Direito equivale à Justiça - não à tolerância pós-moderna como base dos padrões morais.) A república representativa está baseada no sistema econômico do capitalismo. No outro extremo do espectro está o comunismo, o sistema que deriva do socialismo marxista. Quando alguém utiliza a dialética hegeliana para sintetizar a democracia e o socialismo, a síntese resultante é exatamente aquilo que M. J. Bonn e H. G. Wells vislumbraram - uma democracia socialista. Uma democracia socialista, portanto, é um sistema por meio do qual a maioria governa buscando a distribuição eqüitativa da riqueza da nação. Por que a maioria governaria para o socialismo? Simples - em uma democracia socialista a maioria está sob a caridade do governo, e votará para manter tal governo intacto. Um governo desse tipo seria tirânico, e as liberdades individuais seriam voluntariamente sacrificadas pela maioria votante para manter o caminhão de mantimentos do governo passando diante da sua porta. Essas são as novas democracias de Clinton, Gore e Bush. 3. "Nova Ordem Mundial": O conceito de uma Nova Ordem Mundial é bastante simples: o sistema político mundial deve ser revertido ao conceito de império
mundial, abandonando o atual sistema de Estados-nação. Quando Strobe Talbot afirmou que "talvez a soberania nacional não tenha sido uma idéia tão boa assim, afinal ", estava falando de um sistema de federalismo mundial - um governo global. A Bíblia é muito clara quanto ao fato de que essa busca por uma Nova Ordem Mundial eventualmente acontecerá. A profecia de Daniel é bastante clara ao demonstrar que um governo mundial composto por dez reinos individuais será o sistema político do líder mundial - o Anticristo.
Valores Comuns: Os Tijolos da Construção do Globalismo Se alguém ambiciona criar a unidade global na diversidade, que estratégia serviria para unificar aqueles que possuem histórias, religiões e culturas diferentes? A solução para essa questão é realmente muito simples (a implementação da solução não é tão simples, mas a solução em si é simples): buscar um terreno comum entre os que são diferentes e cultivá-lo. Uma vez que o terreno comum seja encontrado, construa sobre ele um sistema de valores comuns e, dessa forma, estabeleça a unidade. Assim que os valores comuns estiverem estabelecidos, aqueles cujos valores estiverem em oposição à maioria precisarão mudar (ou algo mais). O cerne da questão gira em torno do fato de que os valores globais estão em conflito direto não apenas com os cristãos fundamentalistas, mas também com as atitudes e valores daqueles que tornaram este país grandioso. Por exemplo, os valores básicos daqueles que forjaram uma nação a partir de uma terra selvagem estavam baseados no individualismo rude que exemplificava o "espírito pioneiro" daqueles indivíduos. De modo semelhante, a fé cristã também está baseada na salvação individual, na responsabilidade e na relação pessoal com o Deus Todo Poderoso. Em contraste, os valores do "novo paradigma" enfatizam o bem do grupo - não do indivíduo. É essa supervalorização do grupo copiada pelas organizações ocultistas e por outros globalistas que se infiltrou na psique das novas gerações. É esse mesmo sistema de valores de pensamento de grupo que sutilmente anuviou a igreja de Jesus Cristo e a maioria de seus membros nem sequer percebe o que aconteceu. Esses são aqueles que estão começando a se perguntar: "Como foi que isto aconteceu?" Entretanto, a maioria foi ludibriada a mudar suas atitudes a ponto de estar à beira do (ou ter mergulhado no) precipício de acolher a tolerância pós-moderna e rejeitar as verdades eternas da Palavra de Deus. Embora o movimento por uma mudança de valores seja aparentemente político, ele irá, por fim, resultar em mudanças espirituais avassaladoras. O aspecto político tem sido abertamente exposto em diversas frentes. A publicação das Nações Unidas, "Our Global Neighborhood" (Nossa Vizinhança Global), faz apelo após apelo por novos valores que enfatizem a necessidade de se criar uma nova ética global: "A nova ordem mundial precisa ser organizada em torno da noção de governo da diversidade, não da uniformidade; governo da democracia, não do domínio... construídos sobre o fundamento da primazia dos valores de convivência global sobre o nacionalismo da discórdia..." (17) O ex-premier russo Mikhail Gorbachev, falando como fundador do grupo ambientalista radical Green Cross, afirmou:
"... o século XXI será um século de crise total... ou da regeneração humana..." (18) Ele fez a seguinte afirmação em uma entrevista para uma organização ocultista chamada Instituto de Ciências Noéticas: "Hoje a humanidade está diante de uma escolha… precisamos encontrar um novo paradigma… que possa estar baseado em valores comuns… desenvolvido ao longo de muitos séculos... a busca por um novo paradigma deve ser a busca pela síntese, por aquilo que é comum e une as pessoas, os povos e as nações, em vez de aquilo que os divide." (19) Observe que o "novo paradigma" sobre o qual ele fala evoca a dialética hegeliana exatamente da mesma maneira como fez H. G. Wells: a busca pela síntese - o terreno comum que une o grupo - e, dessa forma, toda a humanidade. Esse, mais uma vez, é o mesmo plano executado por Ninrode - o plano que o Deus Todo Poderoso rejeitou. A humanidade, sob a influência e a orientação diretas de Lúcifer, está buscando adorar e servir a criatura ao invés do Criador ao construir uma nova torre de Babel - a preciosa Nova Ordem Mundial. Outras organizações estão seguindo a mesma estratégia. Por exemplo, a Carta da Terra, dirigida pelo Dr. Stephen Rockefeller, afirma: "… uma declaração de princípios fundamentais… clarificando os valores humanos compartilhados e desenvolvendo uma nova ética global por um modo de vida sustentável... A Terra está em um momento decisivo... crescimento dramático da população... modelo de dominação da produção e do consumo... meio-ambiente em degradação... extinção maciça de espécies... pobreza... criminalidade... violência... Mudanças fundamentais em nossas atitudes, valores e modos de vida... reconhecemos a necessidade urgente de uma visão comum de valores básicos que garantirá uma fundamentação ética para a comunidade mundial emergente... afirmamos os seguintes princípios para o desenvolvimento sustentável..." (20) Novamente, na Carta da Terra aparece o sistema de valores de pensamento de grupo. Um sistema de valores que estará baseado na nova tolerância e culminará numa visão de mundo pós-moderna - um sistema de valores que diminuirá a importância do indivíduo, das liberdades pessoais, da responsabilidade pessoal perante um Deus Todo Poderoso - tudo o que importa é o grupo. A tese da Carta da Terra é que a humanidade deve mudar seus valores ou enfrentar a destruição da Terra e a extinção da espécie humana. Como Wells afirmou, a humanidade deve avançar rumo à Era de Aquário - a era em que o homem perceberá que, de fato, é um deus. O que está em jogo aqui é um dos principais temas religiosos, pois esse movimento é tanto religioso quanto político. Esse fato é claramente evidenciado em muitas frentes. Como declara o documento "Nossa Vizinhança Global":
"Precisamos de um conjunto de valores comuns e centrais ao redor do qual possamos unir os povos, a despeito de seus históricos culturais, políticos, religiosos..." (21) Entretanto, se o objetivo é unir a humanidade com base em valores religiosos comuns, qual religião o mundo deve abraçar? A Boa Vontade Mundial, uma divisão da Lucis Trust, afirma: "… A preparação por homens e mulheres de boa vontade é necessária para introduzir novos valores de vida, novos padrões de comportamento, novas atitudes... de não-segregação e cooperação que conduzam a relações humanas adequadas e um mundo de paz. O vindouro Instrutor Mundial estará fundamentalmente preocupado com os requisitos para uma nova ordem mundial..." (22) "... O Novo Grupo de Servos Mundiais... pode ser referido como a personificação do emergente Reino de Deus na Terra, mas deve-se lembrar que esse reino não é um reino cristão ou um governo terreal." (23) Essa afirmação deve fazer gelar o sangue de qualquer um que esteja mesmo que apenas remotamente familiarizado com a profecia bíblica. A Lucis Trust e o Novo Grupo de Servos Mundiais estão, com toda a certeza, trabalhando em preparação para a vinda do governante mundial - nenhum outro senão o Anticristo. Além disso, a terminologia deles deve fazer qualquer cristão com discernimento tomar nota de todos os que falaram abertamente do chamado da Nova Ordem Mundial. Esses são os indivíduos que estão marchando segundo os tambores de Lúcifer, e preparando a Terra para o próprio Anticristo. A chave para as "novas atitudes de não-segregação e cooperação" está personificada no valor mais reverenciado do novo milênio - a tolerância. Cada aspecto dos valores alterados e das crenças alteradas da Nova Ordem Mundial pode ser resumido na total aceitação da nova tolerância. Para reiterar aquilo que foi afirmado no Capítulo 6, a definição da palavra "tolerância" foi modificada. No passado, a definição de tolerância estava baseada na valorização e no respeito às culturas, crenças, comportamentos e estilos de vida de um indivíduo, sem necessariamente aprovar ou participar dessas mesmas crenças e comportamentos. A tolerância diferenciava o próprio indivíduo do seu comportamento. Em termos claros, a tolerância costumava significar que alguém "tolerava aquilo de que não gostava ou do que discordava". (24) Entretanto, os anos 90 introduziram uma nova definição pós-moderna de tolerância. A definição está baseada no conceito de que, já que toda verdade é relativa, existem muitas verdades diferentes. Além disso, nem uma verdade é superior a alguma outra verdade. Todas as verdades são iguais. (25) Se todas as alegações de verdade são iguais, então todas as religiões são iguais. Se todas as religiões são iguais, então qualquer cristão que citar as palavras de Jesus Cristo: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" [João 14:6] está sendo preconceituoso e arrogante. Já que a nova tolerância permeia a cultura e o sistema jurídico, o cristão não terá o direito legal de propagar sua religião, cumprir a "grande comissão" ou até mesmo de expressar suas convicções.
Os Evangélicos e a Nova Ordem Mundial O parágrafo de abertura deste capítulo perguntava: Como o cristianismo chegou a este ponto? Como todo esse discurso da Nova Ordem Mundial e a nova tolerância se relacionam com o Movimento Carismático, o dominionismo, o Seminário Teológico Fuller ou a religião orientada para resultados? Qual possível correlação pode existir entre as facções ocultistas que regem este mundo e os evangélicos modernos? Os seis primeiros capítulos deste manuscrito detalharam o movimento do cristianismo conservador num contínuo desvio para a esquerda, e a igreja tem enfrentado uma batalha ininterrupta pela preservação da pureza desde o começo do século XX. Mal a busca pela verdade ganha força e outro ataque procura atingir o coração da verdade bíblica. Esses ataques se manifestam quando a igreja perde o foco de sua verdadeira missão e divaga em áreas fora dos mandamentos e preceitos das Escrituras. (A verdadeira missão da igreja é a edificação dos santos, alcançar os perdidos para Cristo e, subseqüentemente, educar esses convertidos para que atinjam a maturidade espiritual.) A grande tragédia da segunda metade do século XX e início do século XXI é o fato de que muitas das igrejas fiéis à Bíblia que foram organizadas em oposição e como resultado direto do Modernismo nos anos 60 e 70 estão agora sucumbindo ao neo-evangelicalismo e à religião orientada para resultados. A ascensão da religião orientada para resultados pode ser diretamente ligada à infusão dos valores mutáveis de pensamento de grupo do globalismo e da vindoura religião global. Na religião orientada para resultados, o foco torna-se o crescimento da igreja. Ao tornar o crescimento da igreja o resultado final, o foco da missão integral da igreja é subjugado ao ponto que aspectos críticos da missão da igreja são sacrificados, os ensinos doutrinários são minimizados, os padrões são ignorados para aumentar os números, e temas populares extra-bíblicos tornam-se o centro do dogma da igreja. Embora todos esses assuntos venham a ser discutidos em profundidade em capítulos subseqüentes, a falta de ensino doutrinário tem sido o principal catalisador a levar os evangélicos modernos à enganação. As seguintes estatísticas confirmam esse fato: • • • •
57% dos jovens que freqüentam a igreja não acreditam que exista um padrão objetivo de verdade; 53% daqueles que se identificam como cristãos conservadores não acreditam na verdade absoluta; 84% dos calouros de faculdades cristãs não são capazes de defender ou explicar suas crenças; 66% daqueles que dizem ser importante seguir os ensinos bíblicos rejeitam os absolutos morais. (26)
Todas as doutrinas bíblicas dependem da doutrina da inspiração das Escrituras. Os que aceitam essa doutrina acreditam que a Bíblia é inerrante e infalível. Assim, para aceitar a doutrina da inspiração, deve-se sustentar que a Palavra de Deus é a verdade absoluta. Portanto, se "cristãos conservadores" adultos ou "jovens freqüentadores" rejeitam a verdade absoluta, estão na verdade rejeitando a Palavra de Deus. Por que tal indivíduo rejeitaria a verdade absoluta? Uma pessoa rejeitaria a verdade absoluta caso abraçasse o valor predominante do novo paradigma - a
tolerância. Existem duas razões pelas quais alguém que se diz cristão abraçaria a tolerância pós-moderna: 1. Esse indivíduo não aprendeu a doutrina da inspiração em sua igreja. 2. O valor do pensamento de grupo da tolerância permeou sua psique ao ponto que esse indivíduo subordinou a verdade bíblica ao erro ocultista. O fato de 84% dos calouros de faculdades cristãs não serem capazes de defender ou explicar suas crenças é evidência incriminante de que a igreja não está ensinando doutrina aos jovens. O que as igrejas estão ensinando aos jovens? No caso da religião orientada para resultados, é inevitável concluir que as igrejas estão ensinando aquilo que atrai mais jovens ao grupo de jovens. Os marqueteiros condutores do crescimento da igreja dirão que a igreja deve ir de encontro às "necessidades sentidas" dos não-freqüentadores de modo a trazê-los ao redil. Esse é o caso tanto com os jovens quanto com os adultos. Ir de encontro às necessidades sentidas pode levar a animadoras sessões de terapia em grupo, mas não incluirá qualquer ensino de doutrinas. Dessa forma, esses jovens e adultos não têm idéia daquilo em que acreditam e jamais serão capazes de defender a fé. A experiência pessoal deste autor pode novamente ser utilizada nesta situação. Como membro de uma igreja batista independente, o pastor fez a seguinte declaração em referência ao programa da Escola Dominical da igreja: "Em nossa Escola Dominical ofereceremos um currículo interessante que irá de encontro às necessidades dos participantes. Não perderemos tempo ensinando teologia entediante." Quantos outros pastores evangélicos acham que teologia é entediante? Se a teologia é rotulada como entediante por um pastor, quantos membros da igreja dele tomarão a iniciativa de estudar teologia em casa? Se nenhuma teologia for ensinada na igreja ou estudada em casa, como um membro dessa igreja conhecerá aquilo em que realmente crê? Se um indivíduo não conhece aquilo em que realmente crê (ou se um indivíduo não sabe por que crê naquilo que crê), esse indivíduo é um alvo fácil para a enganação. O antigo adágio certamente se aplica nesse caso: "Aquele que não se atém a alguma coisa cairá por qualquer coisa." O ministério orientado para resultados evita o ensino da doutrina por que a DOUTRINA DIVIDE. Mais do que isso, A DOUTRINA DIVIDE POR QUE A VERDADE DIVIDE. Dessa forma, aqueles que subjugam tudo ao crescimento da igreja desencorajam a ênfase no ensino da doutrina porque tal divisão atrapalha o crescimento exponencial. É nesse ponto que os "agentes da mudança" do novo paradigma causam um impacto maior na igreja. A ausência de ensino de doutrinas na igreja abriu a porta para aqueles que procuram mudar os valores cristãos em valores de pensamento de grupo do novo paradigma. O fato duro e frio da questão é que acolher o valor da nova tolerância acabará minando todas as facetas do ensino bíblico. Os perigos do novo paradigma são aumentados ainda mais por aqueles que foram influenciados pelo Movimento Carismático e pela Teologia do Domínio. As
questões que surgem com aqueles que estão envolvidos no Movimento Carismático são a abertura para outra avenida de união com aqueles que rejeitam as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. Uma vez que alguém abrace a onda do "Movimento de Sinais e Maravilhas" (essa é a estratégia de marketing desenvolvida no Seminário Teológico Fuller por Peter Wagner e pelo falecido John Wimber) ou mesmo o falar em línguas, esse indivíduo tende a basear o ponto de camaradagem ou união em manifestações carismáticas, em vez de na pureza doutrinária. Isso é evidenciado pelo fato de pentecostais e católicos romanos se reunirem em conferências carismáticas, como a Conferência da Cidade de Kansas em 1977, onde 50% dos participantes eram católicos romanos. A Teologia do Domínio vai um passo além, pois ensina que a Igreja governará o mundo antes do retorno de Cristo. Já que a maioria dos que aceitam esse ensino desviante também abraça as manifestações carismáticas, a falsa união evidenciada nesse movimento prepara os envolvidos para a enganação da tolerância e do globalismo, como a manifestação do Domínio Cristão. Isso foi exemplificado pelo dominionista Pat Robertson em seus comentários a respeito da organização Promise Keepers. Robertson afirmou animadamente no Clube 700: "Os Promise Keepers são um cumprimento direto da profecia bíblica". Ao fazer essa afirmação, ele revelou no ato que fundamentalistas, evangélicos, mórmons e católicos romanos estavam todos se unindo em "nome de Jesus" e, assim, dando a oportunidade para grupos de diversas posições doutrinárias se unirem em torno daquilo que têm em comum. Obviamente, essa é a crença dos teólogos do Domínio. Para tornar as teorias dominionistas uma realidade, grupos distintos devem deixar de lado suas diferenças e se unirem em torno daquilo que têm em comum. Esse tipo de erro está preparando os carismáticos e os dominionistas para que caíam vítimas da enganação luciferiana dos valores e atitudes de pensamento de grupo que os levará a apoiar aquilo que todos os cristãos deveriam dogmaticamente rejeitar.
A Cosmovisão Pós-Moderna O pós-modernismo não é nada mais que o sistema de valores reprocessado dos valores de pensamento de grupo ocultistas da Nova Ordem Mundial com as definições alteradas. Um artigo no sítio da Xenos Christian Fellowship traz exemplos da cosmovisão pós-moderna conforme evidenciados em diversas facetas da vida: •
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Educação - Os professores não são mais transmissores de informação para as crianças, mas facilitadores à medida que as crianças constroem seu próprio conhecimento. Ciência - Muitos afirmam hoje que a Física prova que o mundo todo está interconectado, e alguns afirmam até mesmo que a Física Quântica mostra que o universo não é racional. A verdadeira ciência e a cultura ocidental também estão constantemente sob o ataque de Hollywood. Psicoterapia - Se o psicoterapeuta deve fazer um julgamento que resulte num melhor estado de espírito para o paciente, tendo em vista o pensamento pós-moderno, a questão é: "O que constitui um melhor estado de espírito?" Como um julgamento de valores desse tipo pode ser feito quando a realidade é construída na mente do paciente? Religião - A nova tolerância do pós-modernismo não permite o questionamento das visões religiosas dos outros. A única exceção é não
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apenas a permissão, mas o encorajamento à censura de qualquer religião arrogante o suficiente para pensar que conhece a verdade. História - Não olhamos mais para o que aconteceu na História. Aquilo jamais será conhecido e, além de tudo, a realidade de cada um era diferente na época, bem como agora. Na história cultural pós-moderna, cada grupo marginalizado teve sua própria experiência, sua própria realidade. O objetivo da história é dar voz às minorias silenciadas e marginalizadas. Literatura - O foco do significado literário passou do autor para o leitor, que produz ou constrói novos significados a partir do texto, como alguém que observa uma pintura. Interpretação Bíblica - Deus não tem mais a autoridade na Sua Palavra. Agora, o leitor constrói o significado: "O que isso significa para mim?" - é a única coisa que podemos saber. Lei e Governo - As pessoas são o produto da sua cultura e apenas imaginam que se auto-governam. Toda lei é vista como um engenho político planejado para conter os pobres, as mulheres, as minorias ou aqueles que têm preferências sexuais alternativas. (27)
O pós-modernismo é o ápice do curso natural da história. É o clímax da progressão natural da história conforme a humanidade desce a ladeira escorregadia que leva ao reino do Anticristo. A enganação associada necessária para trazer essa filosofia fatal à tona lançará os cristãos imprudentes em um estado de completa ineficácia - se não de total desilusão.
Conclusão O Dr. Rod Bell respondeu à questão "Como chegamos a esta situação?" observando um cisma no fundamentalismo durante a década passada devido às seguintes razões: • •
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Pregação superficial no púlpito - com a ênfase alterada da pregação do púlpito para a promoção na Escola Dominical. Evangelismo super-agressivo - O fim justifica os meios, espetáculos paralelos, gigantes do ringue, táticas carnavalescas vulgares - dependentes da motivação exterior ao invés do motivador -, supermétodos de venda com abordagem positiva: essas filosofias produziram a "crença fácil". Separação de segundo grau - "Somos apenas tão fortes e duradouros quanto somos biblicamente separados da contemporização." Filosofia da imagem de sucesso. Ignorância nas Escrituras quanto à separação bíblica. Humanismo secular - "A igreja está seguindo as opiniões dos homens, não a Palavra de Deus." Rejeição do suporte às missões. (28)
Essas questões se tornaram os tijolos de uma igreja fraca - uma igreja sem substância nem estrutura. Essa é a igreja fadada à enganação.
Quando um homem nasce de novo, ele não se torna misticamente imune à enganação. É a responsabilidade desse homem "sujeitar-se a Deus" (Tiago 4:7), estudando e prestando atenção aos preceitos da Palavra de Deus. Um cristão deve estudar para se estabelecer na Doutrina da Bíblia (2 Timóteo 2:15), pois somente a doutrina é a chave para discernir e combater a enganação. A igreja evangélica de hoje, sob a influência da religião orientada para resultados, está subordinando o ensino da doutrina aos assuntos sociais, ao desenvolvimento psicológico, à crise cultural, à adoração e ao louvor emocionalmente distorcidos e praticamente qualquer outro "ismo" pseudo-espiritual ou estudo imagináveis que apelem aos sentidos ou vão de encontro às necessidades sentidas para promover o crescimento da igreja. Esse curso de eventos produziu uma geração crescente de cristãos que não têm idéia daquilo em que crêem ou de como discernir a heresia. Como resultado, a tolerância pós-moderna dos novos paradigmas se incrustou na psique da igreja. É essa tolerância que arrastará a humanidade a uma Nova Ordem Mundial, a uma religião global e aos braços do Anticristo. A igreja de Jesus Cristo deveria posicionar-se de forma diametralmente oposta a qualquer indivíduo, grupo, filosofia ou movimento que promova ativamente a união ecumênica ou política que contribua de alguma forma para a construção da Nova Ordem Mundial. A igreja evangélica de hoje, porém, está descendo velozmente essa ladeira escorregadia. Nesse ritmo, "será apenas uma questão de tempo até que essa igreja moderna, tendo perdido sua mensagem, comprometido sua fé, confundido o sucesso numérico com as bênçãos de Deus, imploda, pois não restará nada que a sustente." (29) Notas Finais 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
Engle, Lou. "The Call to Nazirite Consecration", The Elijah Revolution, http://www.elijahrevolution.com/, 27/2/03. Bailey, Alice, "Externalization of the Hierarchy", Lucis Trust, Nova York, 1934. Rauschning, Herman, "Hitler Speaks", pg 241. Ibidem, pg 242. Ibidem, pg 243. Ibidem Wells, H. G., "The New World Order". Bonn, M. J. "The New World Order", Annals of the American Academy of Political and Social Sciences, julho de 1941. Dewey, John. Citação de um discurso à American Education Fellowship, 1947. Registros do Congresso, 24 de abril de 1954. Gardner, Richard. "The Hard Road to World Order", Foreign Affairs, abril de 1974. Commager, Henry Steele, "A Declaration of Interdependence", Assinado por 32 senadores americanos e 92 deputados. Bush, George H., discurso "The State of the Union", 1991. Talbot, Strobe, "The Birth of the Global Nation", Time Magazine, 20/7/1992.
15. Bush. 16. Fonte desconhecida. 17. Our Global Neighborhood, the Basic Vision. United Nations Commission on Global Governance, pg 46-47. 18. Jameson, Sam. "Mikhail Gorbachev, Environmental Warrior", The State Newspaper, 9 de maio de 1992, pg 1D. 19. Gorbachev, Mikhail. "A Call for New Values", Noetic Sciences Review, Autumn, 1995. 20. Earth Charter Benchmark Draft, www.earthcharter.org. 21. Our Global Neighborhood, the Basic Vision, pg 9. 22. "The New Group of World Servers". Panfleto publicado pela World Goodwill, Divisão da Lucis Trust, Nova York. 23. Ibidem 24. Marshall, Paul, "God and the Constitution: Christianity and Politics", Rowman & Littlefield, Lanham, Maryland, 2002, pg 119. 25. McDowell, Josh, "The New Tolerance", Tyndale House, Wheaton, IL, 1998, pg 18. 26. Ibidem, pg 116-117. 27. "Postmodernism and You", Xenos Christian Fellowship, www.xenos.org/ministries/crossroads/pmandyou.htm. 28. Bell, Rod. "Fundamentalism-How Did We Get In This Mess, and What Must We Do About It?", Tratado publicado pela Igreja Batista do Tabernáculo, Virginia Beach, VA. 29. Gilley, Gary, This Little Church Went to Market, Xulon Press, Fairfax, VA, 2002, pg 138.
Capítulo 8: Brincando de Igreja com o Jogo dos Números Parte 1 As crianças na Escola Dominical têm uma brincadeira em que fazem movimentos com as mãos e cantam uma rima que diz assim: "Aqui está a igreja e aqui está a torre, abra as portas e veja o povo!" Por mais interessante que seja, esse modo básico de brincar de igreja não é totalmente diferente do modo como muitos adultos brincam com a "grande igreja". Uma versão adulta dessa rima poderia realisticamente dizer, "Aqui está a igreja - veja um magnífico e confortável edifício religioso. Abra as portas, ouça a ótima música Rock com letra religiosa, emocione-se com as belas apresentações dramáticas, experimente Deus nos nossos grupos de enriquecimento pessoal; ouça uma mensagem que eleve sua auto-estima e que mostre como se tornar um cristão lhe trará saúde, relacionamentos perfeitos e uma completa realização psicológica; e observe como a casa estará lotada de gente todos os domingos." Esse jogo está se tornando mais comum a cada nova semana, e milhares de pastores estão comprando livros de auto-ajuda e participando de conferências onde aprendem a metodologia do plano do "novo paradigma". A verdade é que o plano de jogo para a igreja do novo paradigma funciona. Ele pode não funcionar tão bem em todas as implementações, mas realmente funciona. Combinado com o curso de eventos delineados nos capítulos anteriores deste manuscrito, o pragmatismo religioso está varrendo o país e está influenciando aqueles que chamam a si mesmos de evangélicos e até os fundamentalistas para aceitarem e promoverem os homens, métodos e programas que levarão toda a humanidade à Religião do Mundo Global do Anticristo. Como se pode suspeitar, esses métodos e programas estão baseados nos desejos e caprichos da cultura popular em vez de na Palavra de Deus. Basicamente, para ostensivamente ganhar a guerra cultural e levar multidões a Cristo, a igreja evangélica está se identificando, está sendo editada e fazendo concessões à cultura popular. A culminância dessas forças rejeita o plano de Deus para a igreja local, conforme prescrito nas Escrituras, e cria em seu lugar a Religião Orientada Para Resultados. Os sete primeiros capítulos deste manuscrito descreveram os fatores ao longo da história que contribuíram para a ascensão da Religião Orientada Para Resultados. Em resumo, toda a história da igreja foi caracterizada por múltiplos assaltos pelas forças luciferianas em sua tentativa de derrotar Deus. Esses assaltos ocorreram como emboscadas ao longo da margem do Rio da História, à medida que suas águas fluíram pelo paganismo, catolicismo, a Reforma Protestante e o modernismo, antes de chegar ao ponto atual da geografia cronológica. Além disso, fatores externos no curso da história secular e a paisagem política não somente exerceram influência, mas moldaram as atitudes e valores em preparação para a vindoura Religão do Mundo Global do Anticristo. Essa combinação de fatores contribuintes (especialmente desde a Segunda Guerra Mundial) está agora culminando na Religião Orientada Para Resultados. A apostasia da Religião Orientada Para Resultados não é tão facilmente detectável quanto a do modernismo e de outros ensinos claramente heréticos. O modernista nega abertamente (entre outras coisas) o nascimento virginal, o sacrifício expiatório de Jesus Cristo e a inerrância das Escrituras. Aqueles que se identificam com a Religião Orientada Para Resultados podem se opor à heresia do modernismo, mas estarão mais do que dispostos a contemporizar com os modernistas ou até
ignorar os claros ensinos da Palavra de Deus para atingir seu propósito final - o crescimento exponencial da igreja.
O Modelo Bíblico Para a Igreja Local Pode-se legitimamente perguntar, "Qual é o plano bíblico para a igreja local?" A resposta a essa pergunta pode ser encontrada em um único lugar - na inerrante, infalível e inspirada Palavra de Deus, e a busca pela resposta na verdade não é tão difícil. As epístolas de 1 e 2 Timóteo foram endereçadas a um jovem pastor, e Timóteo recebeu orientações relacionadas com os aspectos mais críticos do pastorado de uma igreja neotestamentária. Os princípios aplicáveis nessas epístolas são facilmente observáveis: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
O pastor deve estudar a Palavra de Deus [2 Timóteo 2:15] O pastor deve alimentar a congregação com a palavra da fé e da boa doutrina [1 Timóteo 4:6] O pastor deve manejar bem a palavra da verdade [2 Timóteo 2:15] O pastor deve pregar a palavra [2 Timóteo 4:2] O pastor deve redargüir, repreender, e exortar os membros da igreja com doutrina [2 Timóteo 4:2] O pastor deve confiar o depósito da verdade a homens fiéis e idôneos, de modo a garantir a perpetuação dessa verdade para as gerações seguintes [2 Timóteo 2:2] O pastor deve utilizar a inspirada Palavra de Deus para ensinar a doutrina, para repreender, corrigir e instruir em toda a justiça [2 Timóteo 3:16]
A segunda fase da busca pela resposta deve ser conduzida pesquisando-se o livro de 1 Coríntios. Essa epístola foi escrita para lidar com problemas específicos que surgiram na igreja de Corinto. Esses problemas na igreja de Corinto são melhor identificados quando os membros das igrejas compreendem os seguintes princípios: 1. 2. 3. 4. 5. 6.
A pregação da Palavra de Deus é loucura para os que perecem [2 Coríntios 1:18] Aprouve a Deus salvar aqueles que crêem pela loucura da pregação [1 Coríntios 1:21] Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias [1 Coríntios 1:27] O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus [1 Coríntios 2:14] A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus [1 Coríntios 3:19] Deus não é Deus de confusão [2 Coríntios 14:33]
Os livros de 2 Coríntios e 2 Tessalonicenses adicionam o conceito da separação bíblica: • •
O fiel cristão não deve se colocar em jugo desigual com os incrédulos [2 Coríntios 6:14] O fiel cristão deve se afastar de qualquer irmão que ande desordenadamente [2 Tessalonicenses 3:6]
Com base nesses princípios, o ensino da Palavra de Deus é muito claro: Quando os cristãos se reúnem no Dia do Senhor, a ênfase da reunião deve ser a pregação da Palavra de Deus. Essa pregação, por sua vez, deve enfatizar a doutrina. Outras passagens tratam de outros aspectos da reunião, como o canto, a oração, a comunhão, mas a ênfase majoritária do Novo Testamento está na pregação. É pela pregação expositiva que a Palavra de Deus é apresentada, explicada e detalhada. Destarte, a pregação da Palavra de Deus dever ser o ponto focal do serviço de adoração e tal pregação deve "redargüir, repreender e exortar", conforme o apóstolo Paulo delineou para Timóteo. Dessa maneira, os fiéis são corrigidos, edificados e equipados para enfrentar as provações e tentações que encontram fora das paredes da igreja. Na epístola de 1 Coríntios, Paulo fala também dos descrentes que podem estar presentes nas reuniões da igreja. [1 Coríntios 14:23] Portanto, a reunião dos crentes não está fechada aos incrédulos, de modo que o evangelismo precisa ser um componente vital do serviço da igreja. Entretanto, o foco principal da igreja reunida deve estar direcionado para os salvos - não para os perdidos. É também desnecessário dizer que (falando com base nas Escrituras) a participação como membro da igreja está reservada unicamente àqueles que nasceram de novo. Qualquer "igreja" que receba em seu rol de membros indivíduos que rejeitam a fé salvadora em Jesus Cristo não é uma igreja neotestamentária. A verdadeira igreja precisa também (de acordo com 2 Coríntios 6:14-18 e 2 Tessalonicenses 3:6-16) separar-se de qualquer outra organização religiosa que negue as doutrinas fundamentais da fé, ou de quaisquer cristãos ou "organizações cristãs" que andem desordenadamente.
Um Novo Modo de Brincar de Igreja A Religião Orientada Para Resultados ignora completamente os princípios acima mencionados da Palavra de Deus e emprega a inserção de filosofias humanistas e mundanas na igreja. A síntese dessas filosofias com o cristianismo bíblico produz os "novos modos de ser igreja" - ou, melhor ainda, um novo modo de "brincar de igreja". Se uma igreja subordina ou sintetiza o ensino das Escrituras aos métodos do homem, essa igreja cessa de ser uma verdadeira igreja [veja o Capítulo 1]. O processo de construir tal organização também cessa de ser um autêntico ministério e em seu lugar torna-se apenas um jogo religioso. Esse jogo não é para ser encarado com leviandade, pois envolve riscos mais elevados que qualquer outro jogo no mundo. Dependendo dos resultados desse jogo estão não somente as almas perdidas da geração atual e o crescimento espiritual dos membros das igrejas do novo paradigma, mas todo o legado do verdadeiro cristianismo. A Religião Orientada Para Resultados não se perpetuará. Quando a doutrina é colocada de lado como um ingrediente desnecessário ou um obstáculo ao crescimento da igreja, nenhum alicerce sólido é estabelecido - e a casa é construída sobre areias que se deslocam de forma violenta. O jogo pode realmente continuar em futuras gerações, mas todos os vestígios da verdade serão subseqüentemente perdidos com a passagem do tempo. Assim, chegamos à décima primeira hora e o futuro do verdadeiro cristianismo bíblico está pendurado de forma precária por um mero fiapo da corda. Mais do que
em qualquer outro tempo desde o primeiro século, aquilo que os indivíduos verdadeiramente nascidos de novo fizerem terá uma profunda diferença para o futuro do cristianismo. Além disso, se nada for feito, e se todos os verdadeiros cristãos continuarem a percorrer cegamente esse caminho precipitoso, estarão aqueles da geração seguinte, que chamarem a si mesmos de cristãos, preparados para um mundo movendo-se mais para perto da vinda do Anticristo? Serão os membros da igreja (ou os jogadores) da próxima geração verdadeiramente salvos, ou estarão totalmente enganados como resultado da falta de teologia, de doutrina e da pregação expositiva? E mais, o que a geração atual precisa fazer para trazer o navio de volta ao curso correto? Os cristãos de hoje que crêem na Bíblia compreendem o jogo, os jogadores, as novas definições, e as regras do jogo? A preparação para a guerra contra esse movimento precisa ser feita, e as batalhas precisam ser lutadas. Chegou a hora de os cristãos que crêem na Bíblia tirarem a cabeça da areia e se prepararem para fazer parar o rolo compressor da Religião Orientada Para Resultados.
A Luta Contra a Religião Orientada Para Resultados O modelo estereótipo do homem atual é o sujeito que senta-se diante de sua televisão toda tarde de sábado para assistir partidas de futebol. O "homem real" de hoje come, bebe e respira futebol, e qualquer macho da espécie que não faça a mesma coisa é considerado um frouxo, ou é conhecido por qualquer outro título depreciativo. Por outro lado, o estereótipo da esposa desse "homem real" é uma mulher que ignora totalmente o futebol. Ela não compreende o jogo, não tem vontade alguma de aprender o jogo, e detesta o início de cada novo campeonato. Entretanto, ocasionalmente, uma mulher decide que poderá se relacionar melhor com seu marido e passar mais tempo de qualidade com ele se aprender a gostar de futebol Essa tarefa não é fácil, pois ela está em uma desvantagem distinta. Ela nunca aprenderá o jogo fazendo perguntas ao marido - na mente do "homem real", futebol não é coisa para mulheres. Assim, para conseguir realizar essa tarefa gigantesca, ela precisa seguir a abordagem de entrar nesse território desconhecido em etapas. Ela precisa: 1) Aprender as definições antes de poder compreender as regras e, em seguida 2) Aprender as regras e, finalmente, para realmente gastar tempo de qualidade - isto é, discutir os fatos cruciais, por exemplo, quais jogadores dos dois times são os melhores - ela precisa 3) Aprender algo sobre os melhores atletas em campo. O mesmo é verdade com relação aos cristãos bíblicos que estão se preparando para a batalha contra a Religião Orientada Para Resultados. Muitos membros das igrejas do novo paradigma sentem que algo está muito estranho, mas não sabem como colocar exatamente o dedo no problema. Embora eles possam sentir um vago senso de desconforto com o modo como as coisas estão sendo feitas na igreja, são lentamente puxados para dentro de uma rede de enganação. Mesmo se alguns resistem ao ponto de lutar contra a transformação da igreja, são abertamente colocados em ostracismo por "não apoiarem o pastor" ou por fazerem oposição à "obra de Deus" no ministério. Aqueles que fazem objeção alto demais são isolados ao ponto de serem totalmente marginalizados e não terem influência alguma para fazer parar o rolo compressor. Portanto, todos os crentes precisam ser instruídos sobre a metodologia da Religião Orientada Para Resultados, pois nenhuma igreja está imune a essa nova e enganosa forma de apostasia. É necessário conhecer as
definições dos termos, conhecer as regras do jogo, e conhecer os líderes do movimento. Sem esse conhecimento, o combatente estará condenado ao fracasso e à derrota na batalha. Assim, cada uma das áreas será subseqüentemente detalhada para dar ao crente a artilharia necessária para ir à batalha.
Definindo os Termos As definições utilizadas pelos proponentes da Religião Orientada Para Resultados precisam ser avaliadas com cuidado. Como discutido em um capítulo anterior, as definições de certas palavras (como tolerância) foram modificadas pela cultura moderna. Assim, as palavras e termos com uma definição em uma geração anterior podem ter mudado completamente por uma cultura subseqüente. Embora na maior parte das vezes esse processo seja completamente inocente, a redefinição de termos também pode ser usada como um plano enganoso para manipular aqueles que estão operando usando a definição anterior ou fora de moda dos termos. Portanto, é fundamental que as definições adequadas sejam utilizadas ao interpretar as regras do jogo da igreja. A seguintes definições e explicações devem ser bem compreendidas: IGREJA DIRIGIDA POR PROPÓSITOS - Este termo foi inventado pelo pastor Rick Warren, da Igreja da Comunidade de Saddleback, no sul de Los Angeles. A idéia é que uma igreja deve colocar sua visão nos seus propósitos finais e estruturar sua metodologia de modo a alcançar esses propósitos. O termo "dirigida por propósito" é sinômino de "orientada para resultados". Em seu livro "Uma Igreja com Propósitos", Rick Warren relaciona o processo de se tornar "dirigida por propósitos". Para os objetivos desta análise, a palavra "resultado" foi substituída por "propósitos". O significado é o mesmo. O plano dele é como segue: • • • •
Defina o resultado Exija o resultado Baseie as atividades de modo a alcançar o resultado Inicie o programa para alcançar o resultado (1)
O resultado nesse caso é o crescimento exponencial da igreja. IGREJA DO NOVO PARADIGMA - Novamente, o pastor Rick Warren, em seu livro inovador, "Uma Igreja com Propósitos", diz que o escreveu para oferecer um "novo paradigma". (2) A definição básica do novo paradigma relaciona-se com um "novo modo de pensar". Nesse caso, um novo modo de pensar sobre como "fazer igreja". A razão determina que se esse é um novo modo de pensar no ministério, o modo antigo deve estar seriamente errado. Isso precisa então levar a pessoa a avaliar o "modo antigo" conforme criticado pelo pastor Warren em seu livro. O "velho modo de pensar", de acordo com Warren, é caracterizado em sua maior parte, por aqueles que continuam a tentar comunicar o evangelho para a cultura moderna em um "estilo fora de moda". (3) A filosofia de Warren exibe a superioridade do estilo sobre o conteúdo, o que é contrário ao ensino bíblico. A Bíblia diz que o homem deve "procurar apresentar-se aprovado... que maneja bem a Palavra da Verdade..." [4] A Bíblia também é clara que Deus fala aos seus filhos por meio de sua Palavra revelada. Os dias dos sonhos e visões (a despeito do ensino errôneo daqueles que estão
envolvidos no Movimento Carismático) já passaram. [1 Coríntios 13] Entretanto, quando alguém defende o estilo sobre a substância no caso de uma igreja, está basicamente dizendo que o processo usado para fazer a igreja crescer é mais importante que o ensino doutrinário da igreja. O pastor Warren rejeita qualquer problema com essa metodologia perigosa declarando, "... o estilo de adorar que você tem diz mais sobre sua origem cultural do que sobre sua teologia." [5] Se isso fosse verdade e se a cultura determinasse um estilo de adoração utilizando música Rock Acid, drogas e orgias - isso não implicaria em uma teologia furada? Essa ilustração pode ser absolutamente risível, mas claramente exibe os extremos que podem ser derivados da assim chamada abordagem "do novo paradigma" para o ministério. Em segundo lugar, a igreja do novo paradigma está intencionalmente projetada para rápido crescimento, pois o crescimento da igreja é o resultado desejado da Religião Orientada Para Resultados. Para alcançar esse objetivo, o projeto desse tipo de igreja baseia-se nos princípios da Administração de Empresas e nas pesquisas de mercado do Marketing. O problema que surge com essa metodologia é visto na revelação bíblica, "A palavra da cruz é loucura para os que perecem." [1 Coríntios 1:18] A Bíblia também ensina que o próprio Jesus Cristo é "uma pedra de tropeço e rocha de escândalo" [1 Pedro 2:8] Com base nessa aparente contradição, a pergunta precisa então ser feita, "Como então você coloca no mercado um produto que é tão ofensivo e louco?" A resposta é simples. Você precisa modificar o "apelo" do produto para distrair a percepção das pessoas de sua ofensa e loucura, de modo a atrair o público-alvo. Essas mudanças necessárias inevitavelmente resultam em um afastamento da Palavra de Deus e uma apostasia sorrateira que no final apagará o último traço de verdade em um período muito curto de tempo. Um aspecto final e muito preocupante do rótulo "novo paradigma" é o fato que o termo "paradigma" foi popularizado no fim dos anos 70 e início dos anos 80 por Marilyn Ferguson em seu livro "A Conspiração de Aquário". Esse livro foi outra obra de referência que caracterizou o trabalho interno do Movimento de Nova Era com o termo "Mudança de Paradigmas". A autora Ferguson afirmava que a nova espiritualidade produzida pelas filosofias de Nova Era eventualmente levaria a uma "massa crítica" na consciência humana para provocar uma grande Mudança de Paradigmas que iniciaria um novo nível de evolução do homo sapiens para o homo noeticus, o homem-deus. Equiparar Rick Warren com Marilyn Ferguson pode não parecer justo, mas algumas perguntas simples devem ser feitas: Por que um pastor batista utilizaria terminologia de Nova Era para descrever sua nova metodologia de crescimento de igreja? Deve qualquer cristão que crê na Bíblia utilizar qualquer tipo de terminologia que o equipare (justa ou injustamente) com aqueles que estão envolvidos com as práticas ocultistas? O senso comum não diria que tais comparações seriam feitas com a utilização dessa terminologia? Aqueles que estão envolvidos nas práticas ocultistas não veriam essa terminologia como um sinal que as coisas não são como realmente parecem no Movimento de Crescimento de Igrejas? Embora todas essas perguntas possam ser respondidas de uma maneira positiva, o simples uso dessa terminologia é no mínimo, desconcertante. OS SEM-IGREJA - Os indivíduos que não são membros ativos em alguma igreja são os "sem-igreja". Esses são os indivíduos que a Igreja do Novo Paradigma
busca alcançar para obter o verdadeiro crescimento da igreja. O pastor Rick Warren está posicionando a Igreja da Comunidade de Saddleback como "uma igreja para os sem-igreja" [6]. Se alguém perguntasse novamente: "O que é uma verdadeira igreja?" A resposta seria a mesma - Uma verdadeira igreja é um corpo de crentes nascidos de novo reunidos para a adoração, comunhão, e para estarem equipados para o serviço. Uma vez que uma igreja aceite um único membro que negue a salvação pessoal em Jesus Cristo, essa organização cessa de ser uma verdadeira igreja. Como então pode uma igreja tornar-se "uma igreja para os sem-igreja?" A própria frase não é um oximoro? Quando isso acontece, a igreja não é nada mais do que um clube, e o ministério não é nada mais que um jogo. PREGAÇÃO EXPOSITIVA - A pregação expositiva é a pregação verso por verso da Palavra de Deus. Esse não somente tem sido o método de pregação utilizado pelos mais notáveis pregadores desde a Reforma Protestante, mas também o método dado pelo exemplo de Isaías no Antigo Testamento: "A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado de leite, e ao arrancado dos seios? Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali." [Isaías 28:9-10] PRAGMATISMO - O pragmatismo cristão é a filosofia que declara, "Se algo funciona, está funcionando como resultado direto das bênçãos de Deus." Embora esse seja certamente o caso em muitas situações, uma afirmação ampla e genérica desse tipo simplesmente não é verdade. Se fôssemos assumir que esse é o caso, a Igreja Católica Romana e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (os Mórmons) seriam as duas organizações mais abençoadas na face da Terra. O teste do ácido para qualquer organização religiosa é muito simples: Essa organização ou metodologia obedece aos princípios da Palavra de Deus? Se esses princípios são violados, o sucesso, crescimento, ou qualquer outra medida positiva da perspectiva humana são resultantes de outra fonte que não a "mão de Deus" nesses assim chamados ministérios. ADORAÇÃO - Esse é um termo que foi redefinido pela cultura moderna. No Antigo Testamento, a palavra hebraica traduzida como "adoração" é shachah. No Novo Testamento, a palavra grega que foi traduzida como "adoração" é proskuneo. Em ambos os casos, a definição dessas palavras é "prostrar-se em humilde homenagem" [7]. Isso simplesmente transmite o conceito que a verdadeira adoração a um Deus Santo envolve total submissão e humildade. Em contraste, parece hoje que a influência carismática naquilo que é percebido como adoração é olhar para o alto e erguer as mãos para Deus enquanto balança o corpo ao som da música Rock "cristã". Dan Lucarni, em seu livro "Why I Left The Contemporary Christian Music Movement" [Por Que Deixei o Movimento da Música Cristã Contemporânea], relata o seguinte testemunho de sua experiência pessoal: "Eu me lembro de quando primeiro mudei meu estilo pessoal de adoração de abaixar minha cabeça para olhar para o alto. Fui influenciado pelos carismáticos que oravam em uma das nossas reuniões de oração em toda a cidade. Lembro-me da sensação boa que ela me proporcionou que eu era pela primeira vez um
participante na adoração com Deus, não um verme desprezível que tinha de se prostrar. Eu me senti melhor sobre mim mesmo" [8] A conclusão é esta: Adorar a Deus não tem que ver com o adorador, mas com Deus. A adoração a Deus não objetiva fazer o adorador sentir-se melhor sobre si mesmo, mas a verdadeira adoração a um Deus Santo fará o adorador ver a si mesmo como ele realmente é diante da magnificente e incompreensível santidade de Deus. A verdadeira adoração não é acompanhada por música Rock que apela à carne. A verdadeira adoração envolve a submissão à verdade da Palavra de Deus. "A verdeiro coração de adoração é o coração que se inclina diante de Deus e se submete à sua Palavra, nada mais, nada menos." [9] A adoração no novo paradigma é completamente o oposto do que acaba de ser descrito. Ela envolve a música carnal, de influência carismática, de olhar para cima para Deus, e fazer o adorador sentir-se bem consigo mesmo. Aqueles que promovem a Religião Orientada Para Resultados acham que os perdidos não têm problemas com Deus - eles têm problemas com a igreja local. Eles querem deixar o serviço da igreja "sentindo-se melhor consigo mesmos, em vez de serem chamados para o autoexame, o arrependimento sincero, e a fé em um Deus santo". [10] Portanto, o serviço precisa ser exatamente como descrito por Dan Lucarni - eles querem participar na adoração com Deus e elevar-se em uma pseudo-adoração carnal em vez de se humilhar na presença da santidade de Deus. SENSÍVEL AOS QUE PROCURAM - De acordo com os "especialistas em crescimento de igrejas", a população dos EUA está se tornando cada vez mais espiritual. A nova espiritualidade não é a espiritualidade coerente com os ensinos da Palavra de Deus, mas é mais uma busca interior por felicidade, realização verdadeira e propósito na vida. Os mesmos especialistas também revelam que o homem perdido sem-igreja mediano demostra interesse e amizade em relação a Deus, mas sente-se repelido pela igreja. [11] Esse indivíduo então está buscando um caminho para Deus, mas quer evitar a igreja tradicional. Ele acha que a igreja é irrelevante e fracassou em atender às necessidades de seus membros. Ele acha que a igreja não pode relacionar-se com ele onde vive e, portanto, não consegue se sentir à vontade em um serviço da igreja. A despeito de todas as inibições criadas pela igreja, ele ainda está buscando a Deus e a paz interior resultante que encontrar Deus trará à sua vida. As conclusões naturais obtidas a partir desse dilema é uma condenação da igreja por aqueles que desejam um novo paradigma. Eles defendem a idéia que a falha não é do indivíduo que está buscando a Deus, e certamente não é do próprio Deus. Portanto, de acordo com os proponentes do novo paradigma, o velho modo de "fazer igreja" não serve para o homem moderno. O homem moderno está buscando realização e felicidade, mas aqueles que são rígidos no modo antigo de pensar estão, na realidade, condenando a cultura atual por meio de uma completa falta de identidade e empatia com o mundo desse homem moderno. Assim, há realmente a necessidade de um novo paradigma - um novo modo de pensar, e um novo modo de "fazer igreja" que seja sensível às necessidades daqueles que buscam a Deus. A igreja precisa se tornar "sensível aos que procuram", ou então esta geração atual será perdida.
Em muitos modos, a igreja têm realmente falhado. A igreja falhou em cumprir a Grande Comissão. A igreja falhou em viver uma vida separada ao ponto em que os perdidos não podem ver Jesus Cristo exemplificado nas ações diárias da igreja. A igreja falhou em não estabelecer um padrão elevado de piedade. A igreja tornou-se tão distraída e enamorada com o mundo que é muito difícil discernir a maioria dos cristãos de seus vizinhos incrédulos. Os membros da igreja estão tão ocupados com seu emprego, com a família e com as atividades de lazer que não têm mais tempo para o Senhor. Sim, a igreja precisa mudar, mas essa mudança está longe de se tornar "sensível aos que procuram". Os membros da igreja de Jesus Cristo precisam obedecer as Escrituras. Em particular, os membros da igreja precisam obedecer ao mandamento "... sede santos porque eu sou santo." Esse é o mandamento mais repetido em toda a Palavra de Deus, porém a maioria dos cristãos o ignora completamente. A santidade pessoal é exemplificada por uma vida correta e separada. Se esse é o caso, os cristãos não devem se tornar como o mundo para ganhar o mundo. A abordagem "sensível aos que procuram" exige que o buscador sinta-se confortável quando vier à igreja. Como a igreja garante que o buscador sinta-se confortável? 1.
A igreja não deve ter bancos no estilo tradicional, nem parecer ser muito formal. 2. Os buscadores são incentivados a "virem como estão". Não há um código específico de traje apropriado e o uso de roupas casuais é incentivado. 3. Os trajes da equipe ministerial e do pastor também devem ser casuais. 4. O recinto deve incluir os recursos mais modernos em vídeo e áudio. 5. Produções dramáticas com temas espirituais devem ser usadas para sutilmente transmitir uma mensagem religiosa ou de conteúdo moral. 6. A pregação sobre o pecado, sobre mortificar o velho homem e sobre examinar a si mesmo realmente deixaria o buscador em desconforto. Portanto, os sermões devem ser voltados mais para as aplicações da vida, a redução do estresse, em atender às necessidades sentidas, os relacionamentos diários, a educação de filhos, a auto-estima, e outros assuntos baseados mais na psicologia moderna do que no "Assim diz o SENHOR". 7. A música tocada no serviço deve imitar o estilo musical que o buscador ouve diariamente em sua estação de rádio preferida. 8. A Bíblia na tradução de João Ferreira de Almeida, versão Corrigida e Fiel (Bíblia da Reforma, equivalente à King James Version, em inglês) não deve ser usada, mas uma das várias traduções modernas, que deixarão o buscador mais à vontade. 9. O buscador precisa ver que a mensagem da igreja é relevante para sua vida diária. 10. O buscador precisa ver que o cristianismo funciona e que lhe trará resultados imediatos. A verdade da questão é que as respostas procuradas pelo buscador não são as respostas fornecidas na Palavra de Deus. Deus nunca promete ao crente (muito menos ao homem perdido) que ele viverá em perpétua felicidade. Sim, o crente recebe os frutos da alegria, mas a verdadeira alegria e felicidade humanas não são termos sinônimos. De uma perspectiva humana, a felicidade e realização que o
buscador deseja tão fervorosamente podem não ter nenhuma conexão com Deus ou até com a realidade. Portanto, o único método pelo qual a igreja pode atender às necessidades percebidas do buscador é pela manipulação emocional e/ou pelo engano. Em outras palavras, a igreja precisa se conformar à cultura do buscador para tornar-se "sensível aos que procuram". A Palavra de Deus, porém, diz, ".. não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." [Tiago 4:4] Essa advertência das Escrituras exige a abordagem exatamente oposta para o ministério e, quando uma igreja desafia os mandamentos das Escrituras, essa igreja está simplesmente brincando com o jogo de igreja. DOUTRINA - A doutrina é um ensino fundamental na fé cristã. Sem doutrina, não existe o verdadeiro cristianismo. Os fundamentalistas acreditam que para ser salvo, o indivíduo precisa aderir sem reservas aos fundamentos da fé. Embora existam pequenas variações nesses pontos, os básicos são os seguintes: • • • • • • •
A inspiração das Escrituras (a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus). Criação do homem por um ato direto de Deus. A encarnação, o nascimento virginal, a morte vicária, a ressurreição física e a ascensão de Jesus Cristo aos céus, e sua segunda vinda futura. O novo nascimento por meio da regeneração do Espírito Santo. A ressurreição dos santos para a vida eterna. A ressurreição dos perdidos para o julgamento final e a morte eterna. A comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo.
Esses conceitos formam o núcleo da verdade bíblica, e um verdadeiro crente permanecerá firme nessas verdades. Aqui está o grande problema. Muitos (se não a maioria) dos buscadores sem-igreja não afirmam várias dessas crenças. Como resultado, as igrejas do novo paradigma minimizam o ensino da doutrina, pois a doutrina não somente divide, mas a pregação expositiva da doutrina pode deixar o buscador de felicidade e realização em um desconforto tão grande que ele nunca retornará novamente para assistir os serviços da igreja. Além disso, sob o modelo do novo paradigma, uma igreja não pode esperar crescer com base na premissa que oferece a verdade para aqueles que a procuram. A cultura moderna está convencida que toda a verdade é relativa e que as afirmações de verdade de todas as religiões são iguais. Se todas as afirmações de verdade são realmente iguais, a afirmação de exclusividade para a verdade é uma definitiva deterrência ao crescimento. Portanto, a visão doutrinária das igrejas do novo paradigma são editadas culturalmente para subordinar o ensino da doutrina às aplicações da vida, a atender às necessidades sentidas, os relacionamentos diários, a criação de filhos, a auto-estima e outros assuntos baseados mais na psicologia moderna do que em "Assim diz o SENHOR". PECADO - Bill Hybels, pastor sênior da Igreja da Comunidade de Willow Creek define pecado como "uma estratégia falha para obter realização" [12] Essa definição é muito parecida com a da ocultista Jean Houston, que descreve o pecado como "um comportamento não habilidoso". Ambas essas definições ficam aquém do retrato do pecado na Palavra de Deus. De acordo com as Escrituras, pecado é aquilo que afasta
o indivíduo injusto de um Deus que é santo. A Bíblia descreve o pecado como um crime contra Deus pelo qual o pecador será condenado ao tormento eterno nas chamas do Inferno. O retrato que a Bíblia faz do pecado é muito mais vívido que a versão simplificada e espojosa de Bill Hybels e Jean Houston. Entretanto, a Palavra de Deus é verdadeira e toda tentativa de suavizar o pecado é um jogo que resultará em trágicas conseqüências. EVANGELISMO - Os proponentes da Igreja do Novo Paradigma não estão totalmente errados quando dão uma alta prioridade à Grande Comissão. Como afirmado anteriormente, a igreja falhou na obediência a essa ordem do próprio Jesus Cristo. Entretanto, aqueles que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados não compreendem os verdadeiros propósitos e missão da igreja. A missão da igreja é a edificação e capacitação dos santos, alcançar os perdidos para Cristo e, subseqüentemente, nutrir esses convertidos para que alcancem a maturidade espiritual. O terceiro ponto dessa afirmação de missão poderia ser resumido como "evangelismo". O centro da questão vem à luz quando se percebe que a Igreja do Novo Paradigma transforma toda a missão da igreja em evangelismo e subjuga a edificação e a capacitação ao ponto da virtual eliminação. O ingrediente que falta nessa fórmula é a distinção da missão da "igreja reunida" e a missão da igreja "dispersa". Depois da santificação, o missão principal da igreja dispersa é o evangelismo - levar outros a Cristo. Entretanto, o evangelismo deve receber uma baixa prioridade quando a igreja está reunida. A igreja NÃO está ali reunida para o propósito de evangelismo, mas para a edificação, capacitação e fortalecimento de seus membros. Isso torna a afirmação de Rick Warren de "uma igreja para os semigreja" um total oximoro. Qualquer organização para os sem-igreja não é uma igreja. Qualquer pastor que afirme liderar tal "igreja" está simplesmente brincando com o jogo da igreja. ESTRATÉGIA DE MARKETING - De acordo com o pensamento do novo paradigma, um pastor local deve empregar os princípios de marketing das grandes empresas para alcançar seu bairro ou cidade para Cristo. Rick Warren, por exemplo, identificou os profissionais urbanos de colarinho branco jovens e financeiramente estáveis como seu mercado-alvo. A Igreja da Comunidade de Saddleback foi então construída com as necessidades desse segmento em particular em vista. A chave para a estratégia de marketing não é a população particular visada mas, em vez disso, a identificação e desenvolvimento de uma estratégia para atender às necessidades sentidas daqueles que residem dentro dessa área demográfica. A conclusão é que "Se pudermos convencer as pessoas que Cristo morreu para atender às necessidades delas, elas se alinharão diante da porta da igreja para adquirir nosso produto." [13] AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO - Aqueles que estão familiarizados com a Educação Orientada Para Resultados estão igualmente familiarizados com o termo "agente de transformação". Esse termo foi empregado por John Dewey e seus camaradas em sua tentativa de avançar as teorias da Educação Progressiva, que eventualmente foram implementadas na Educação Orientada para Resultados. Nessa situação, o professor da Escola Pública deve atuar como um agente de mudança para transformar o processo de pensamento dos alunos das crenças de seus pais para as "novas realidades" com as quais são confrontados no mundo moderno. De um modo
similar, o pastor Bill Hybels, da Igreja da Comunidade de Willow Creek, vê a si mesmo como um motivador e um "agente de transformação" [14]. A visão dele é como a de John Dewey. Ele precisa facilitar a mudança das antigas crenças para as novas crenças - de um modo antigo de pensar para um novo modo de pensar. O objetivo do agente de transformação é implementar uma mudança da mente sem que os indivíduos afetados percebam que uma mudança ocorreu. NECESSIDADES SENTIDAS - (O oposto das necessidades espirituais) Aliviar a dor, oferecer felicidade, realização, auto-estima. [15] RELEVÂNCIA CULTURAL - A Igreja de Jesus Cristo é definida e recebe suas instruções da Palavra escrita de Deus. A Bíblia é muito concisa em sua avaliação que a igreja deve se manter separada e não contaminada pelo mundo: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." [1 João 2:15-17] "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." [Romanos 12:2] "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." [Tiago 1:27] Essas e outras escrituras traçam uma linha distinta de demarcação entre o cristão e o mundo. É esse argumento que levanta bandeiras vermelhas ao avaliar as estratégias de marketing do movimento do novo paradigma. Na busca por relevância para alcançar o resultado do crescimento da igreja, a cultura do mundo começou a definir a igreja em lugar da Palavra de Deus. O que então define a cultura moderna? Embora a cultura de hoje seja com toda a certeza multifacetada, existem aqueles que reportam que o mundo de hoje (e os EUA, em particular) é dirigido de uma "cosmovisão psicológica" [16]. Essa cosmovisão não apareceu magicamente do nada. Ela cresceu em existência ao longo dos últimos oitenta anos do século XX, concebida com a geração da Segunda Guerra Mundial. Diz-se que a geração da Segunda Guerra foi a "Grande Geração". Essa afirmação faz um certo sentido, pois os rapazes e moças que atingiram a maturidade no início dos anos 40 presumivelmente viveram em um tempo de sublevação sem precedentes. As crianças que nasceram logo após a Primeira Guerra Mundial foram as crianças dos prósperos "Anos 20", em que houve uma grande ascensão social. Entretanto, muitos testemunharam em uma idade bem tenra seu mundo desabar nas profundezas da Grande Depressão dos Anos 30. Em seguida, como se isso não bastasse, foram obrigados a entregar suas próprias vidas no solo de um país estrangeiro ou nas praias de alguma ilha distante. A afirmação da Bíblia - "A tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança" [Romanos 5:3-4] é certamente adequada a essa geração que experimentou uma grande dose de tribulação. Eles foram arrancados de uma vida de
relativo conforto nos anos 20 para o "modo de sobreviência" na Grande Depressão. A mudança de lado para o modo de sobrevivência nem sempre é completamente negativa, pois o modo de sobrevivência (como afirmado em um capítulo anterior) tende a fazer as pessoas reavaliarem suas prioridades. Essa reavaliação levou muitas dessas pessoas jovens a Jesus Cristo e, como resultado, o fundamentalismo bíblico tornou-se imbuído na fibra moral de uma geração. Foi essa fibra moral que tornou-se a base para as atitudes e valores para a década mais amada em toda a história americana - os anos 50. Houve, entretanto, uma clara fraqueza na Geração da Segunda Guerra Mundial - a incapacidade de educar os filhos. Enquanto a Geração da Segunda Guerra estava alcançando o "Sonho Americano" de prosperidade material dos anos 50, seus filhos (chamados de Baby Boomers) estavam crescendo e se tornando a geração do Rock and Roll que se rebelaria abertamente contra a própria cultura que seus pais arriscaram a vida para preservar. Não que os pais dessa nova geração não tivessem suas culpas, pois não é necessário ter um diploma em astrofísica para ver em retrospecto as causas para a rebelião dos anos 60. A década dos protestos contra a guerra, dos levantes raciais, da revolução sexual, e da cultura das drogas podem ser pelo menos rastreadas aos pais que cresceram com poucos bens materiais durante a Grande Depressão e queriam que seus filhos tivessem mais - mais oportunidades, mais coisas, mais diversão. Assim, a geração dos Baby Boomers desenvolveu uma total obsessão pela auto-gratificação. À medida que essa geração teve seus próprios filhos, essa nova geração (chamada de Geração X) queria todos os benefícios materiais do Papai e da Mamãe - e queriam tudo imediatamente. O padrão agora está se repetindo com a geração mais nova - a Geração Y. Portanto, o materialismo dos Baby Boomers aumentou dramaticamente nas duas gerações sucessivas, e a paisagem cultural resultante consiste de três gerações cujas principais prioridades são o crescimento, a satisfação e a glorificação da pessoa que eles vêem no espelho. Assim, as três gerações que formam a sociedade do mundo ocidental hoje podem muito bem ser coletivamente rotuladas como as Gerações do EU. O que há para mim? Como posso me sentir melhor comigo mesmo? Tudo o que importa sou EU e ninguém mais. Ao dizer que a cultura está preocupada com o EU, existem diversos aspectos de agradar o EU que precisam ser explorados. Um membro da geração do EU pode ser alcançado por meio dos seguintes métodos: • • • •
Solucione os problemas dele atendendo às suas necessidades. Ajude-o a alcançar seus objetivos Construa seu ego Mantenha-o entretido e satisfeito
Os três primeiros aspectos podem ser tratados utilizando-se os instrumentos da psicologia moderna ou por meio da manipulação emocional. O aspecto do entretenimento e da satisfação é o mais fácil, por que existem muitos indivíduos talentosos que estão muito ansiosos para exibir seus talentos para qualquer público que esteja disposto a assistir. Adaptar o equilíbrio desses métodos nos serviços da igreja requer somente uma mudança na filosofia da verdadeira adoração para a gratificação da carne. Subitamente, Deus torna-se mais uma "fada madrinha dos
contos infantis" que o Deus das Escrituras. [17] Como resultado, a igreja torna-se subitamente relevante para o indivíduo dessa geração do EU, mas será se essa igreja continua sendo uma verdadeira igreja? Evidentemente, tais questionamentos no novo paradigma de hoje são irrelevantes, pois o resultado já foi alcançado - o crescimento exponencial da igreja. PSICOLOGIA CRISTÃ - John MacArthur diz que o termo "Psicologia Cristã" é um oximoro. [18]. Ele está absolutamente correto nessa avaliação. Não existe essa coisa de psicologia cristã. O que a Psicologia ensina está diametralmente em oposição aos ensinos das Escrituras. Esses princípios são como segue: • • • • •
A Psicologia está centrada no homem; a Palavra de Deus está centrada em Deus. O objetivo da Psicologia é a felicidade do indivíduo; a Palavra de Deus não garante felicidade a nenhum indivíduo. A Psicologia ensina que todas as coisas na vida (incluindo Deus) tornam-se meios para um fim - a felicidade da pessoa. A Psicologia ensina que a natureza humana é basicamente boa; a Bíblia ensina exatamente o contrário. A Psicologia ensina o relativismo, as respostas estão dentro de você mesmo, e as soluções para os problemas estão no passado - Novamente, a Palavra de Deus rejeita tudo isso. [19]
A despeito do fato de a comunidade evangélica ter sido na verdade tomada de assalto pela Psicologia, a igreja do novo paradigma usa a Psicologia como seu foco principal. Essa utilização é encontrada tanto no "aconselhamento cristão" e como base para os sermões no púlpito. Os perigos envolvidos nesses métodos tornam-se evidentes quando 1) A terapia é aceita como um aspecto necessário do ministério e 2) Os líderes da igreja começam a descrever as categorias psicológicas como princípios bíblicos. [20] Nesse ponto, os perigos ocultos do jogo de igreja são revelados. A nova geração reconhecerá os ensinos das Escrituras? Ou irão Freud, Jung e Rogers definir os padrões para a igreja do futuro? MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA - Rick Warren é taxativo em dizer que a música na Igreja da Comunidade de Saddleback é o estilo de música que seus membros ouvem no rádio. Como resultado, o serviço da sua igreja assemelha-se mais a um programa de variedades de Hollywood do que a uma reunião de adoração a Deus. O pastor Warren não deve receber todo o crédito (ou, mais precisamente, toda a culpa) por essa tendência. O movimento da Música Cristã Contemporânea surgiu no fim dos anos 60 com o Movimento Jesus. (Foi a partir das raízes do Movimento Jesus que o pastor Bill Hybels, da Igreja da Comunidade de Willow Creek, cresceu.) Uma análise mais detalhada da música será feita em um capítulo posterior, mas para os propósitos da definição, alguns pontos básicos e avaliações são relacionados aqui: • •
Os estilos musicais não são amorais - existem letras morais e imorais. Quando palavras religiosas são colocadas no lugar de letras imorais, os resultados não são morais
•
• • • •
A Música Cristã Contemporânea é fortemente influenciada pelo Movimento Carismático. Portanto, muitos dos assim chamados coros de louvor cantados nas igrejas que se opõem aos ensinos carismáticos estão proclamando exatamente os mesmos ensinos carismáticos. Uma igreja não deve fazer concessões na área da música como forma de atrair as multidões Esta música ensina teologia sólida? Esta música exorta a uma vida correta? Esta múscia adora a Deus em verdade? [21]
O EVANGELHO - O evangelho de Jesus Cristo, conforme ensinado nas Escrituras, não é complicado. Ele é simplesmente as boas novas da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo para realizar a redenção da humanidade. Em seu livro "This Little Church Went to Market", Gary Gilley explica que o evangelho na Palavra de Deus lida com: • • •
O problema do pecado A necessidade de justificação É loucura para aqueles que perecem [22]
O evangelho também reverencia a cruz, pois na cruz os crentes compreendem que: • • •
A cruz mostra aos homens que precisam morrer para si mesmos e viver para Cristo A cruz condena por causa do pecado A cruz destrói a confiança na carne [23]
Entretanto, sob o plano do novo paradigma, o evangelho foi redefinido: • • • • •
Libera da baixa auto-estima Liberta do vazio e da solidão É um modo de realização e motivação Um modo de receber os desejos do nosso coração Um modo de satisfazer às nossas necessidades. [24]
Os efeitos da cruz também foram redefinidos. A visão da cruz sob o novo paradigma é como segue: • • •
A cruz oferece entretenimento A cruz diverte A cruz encoraja a confiança na carne [25]
Em resumo, a verdade do evangelho está sendo erodida pelos jogos de igreja do novo paradigma e, assim, o impacto sobre o verdadeiro cristianismo é potencialmente catastrófico. Tudo isso nos leva a pensar se a pergunta de Jesus Cristo, "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?", foi retórica, ou se com a passagem do tempo terá uma resposta óbvia. Notas Finais
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
Warren, Rick, "Uma Igreja Com Propósitos", Editora Vida, pg 110 (no original). Ibidem, pg 80 (no original). Ibidem pg 65 (no original). 2 Timóteo 2:15. Warren, pg 241 (no original). Ibidem, pg 193 (no original). Lucarni, Dan. Why I Left the Contemporary Christian music Movement, Evangelical Press, Auburn, MA., 2002, pg 52. Ibidem Ibidem Pickering, Ernest. The Tragedy of Compromise, Bob Jones University Press, Greenville, SC, pg 153. Gilley, Gary E. This Little Church Went to Market, Xulon Press, Fairfax, VA., 2002, pg 86. Pritchard, G.A. Willow Creek Seeker Services, Baker Books, Grand Rapids, Michigan, 2001, pg 177. Gilley, pg 45. Pritchard, pg 28. Gilley, pg49. McMahon, T.A. “To Whom Shall We Go?”, The Berean Call newsletter, Bend, OR, Abril, 2003, pg 1. Gilley, pg 86. MacArthur, John., "Our Sufficiency in Christ", Word Publishing, Dallas, TX, 1991, pg 59. Gilley, pg 63 Pritchard, pg 229,274. Gilley, pg 131. Ibidem, pg 44. Ibidem, pg 59. Ibidem, pg 44. Ibidem, pg 59.
Capítulo 9: Brincando de Igreja com o Jogo dos Números Parte 2: Regras de 1 a 3 no Jogo da Igreja do Novo Paradigma Ninguém pode negar que o mundo hoje está em um estado de constante mudança. A vida na Terra muda e as pessoas mudam. Algumas mudanças são benéficas, enquanto outras são maléficas. Algumas mudanças prejudicam a humanidade e algumas mudanças beneficiam poucas pessoas. Como se diz, "a única coisa com a qual você pode contar é com a mudança". Entretanto, Deus nunca muda, e a Palavra de Deus nunca muda. Com base nesse fato das Escrituras, os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo devem não somente ser muito relutantes para "mudar com os tempos" mas, de acordo com os mandamentos das Escrituras - "andar de forma circunspecta, discernindo os tempos". (1) Isso não implica que a igreja de Jesus Cristo deva rejeitar a tecnologia e viver somente um estilo de vida agrário ou rebelar-se contra as novas realidades do mundo; mas os cristãos são instruídos a avaliarem todas as mudanças culturais à luz da Palavra de Deus. A despeito de qualquer relutância à mudança com base nessas avaliações, não há absolutamente validade alguma na noção que os fundamentalistas são categoricamente "defensores da cultura", como definem os críticos. (2) Bem ao contrário, o cristão de hoje não é menos estranho à cultura atual que os verdadeiros cristãos foram em qualquer tempo na história da igreja. Portanto, o indivíduo nascido de novo nunca assimilará uma cultura terreal; porquanto os cristãos são cidadãos de uma "cidade cujo artíficie e construtor é Deus" (3). Então, se a cidadania do cristão "não é deste mundo", o filho de Deus deve exercer discernimento bíblico em vez de se conformar totalmente à mudança cultural. Isso é especialmente verdadeiro à luz dos esforços realizados por organizações como a Boa Vontade Mundial. A Boa Vontade Mundial é uma divisão da Lucis Trust, uma organização não governamental registrada nas Nações Unidas. A Lucis Trust foi originalmente organizada como Lucifer Publishing Company e publicou os escritos da teósofa Alice Bailey. Os livros de Alice Bailey (na realidade escritos sob "escrita automática", ditados a ela por seu "espírito-guia" Dhwal Khul) foram posteriormente usados como currículo central para a Escola Arcana - também uma divisão da Lucis Trust. Hoje, a Escola Arcana é o centro de treinamento para os maçons escolhidos para se juntarem ao grupo distingüido de conhecedores a quem são reveladas as verdadeiras crenças da hierarquia maçônica). Indo ao ponto que nos interessa, o Boletim Número 2 do World Goodwill, de 1990, informou que a declaração das Nações Unidas da década de 1988 a 1997 como a "década mundial de desenvolvimento cultural". A Boa Vontade Mundial informou que essa década levaria à criação de uma nova cultura" (4). Em retrospecto, esse intervalo de dez anos foi exatamente o tempo de instabilidade crítica e mudança monumental - mas as mudanças foram feitas tão sutil e enganosamente que poucas pessoas tiveram alguma idéia do que estava acontecendo. Durante essa década, todas as forças que estavam ardendo e borbulhando desde o século XIX vieram a produzir frutos para criar os "tempos trabalhosos" preditos na Palavra de Deus. Os climas religioso, político e secular adotaram a cultura pós-moderna da psicologia e da tolerância - uma combinação mortal. A metodologia exercida por esse esforço que concebeu a atual cultura emergente é reminiscente da posição defendida pelo membro da CFR James
Gardner em seu artigo "O Difícil Caminho Para a Ordem Mundial", na edição de abril de 1973 da revista Foreign Affairs, do CFR: "Em resumo, a 'casa da ordem mundial' terá de ser construída de baixo para cima, em vez de cima para baixo. Ela se parecerá com uma 'grande e ruidosa confusão', para usar a expressão de William Tames ... a soberania, erodindo-a parte por parte, fará muito mais do que o assalto frontal fora de moda". (5) Enquanto essa nova cultura estava real e silenciosamente sendo implementada, a igreja de Jesus Cristo dormia durante todo o tempo. Houve alguns que entraram na guerra para "salvar a cultura" e restaurar a fé dos Pais Fundadores." Houve alguns que lutaram contra o politicamente correto e os grupos radicais gerados pela nova cultura. Houve até alguns que lutaram para salvar o sistema público de ensino da tomada total pelos educadores globalistas, da educação progressiva. A maioria dos que lutaram nessas batalhas foram rotulados como extremistas, fanáticos, intolerantes e uma pletora de outros adjetivos não adequados para consumo popular. Tragicamente, muitas dessas batalhas foram baseadas em valores "sem base bíblica, mal posicionados ou mal-aplicados" desde sua origem; mas a maioria dos que lutaram (e ainda estão lutando) essas batalhas sentiam sinceramente que estavam fazendo um esforço nobre para preservar a "verdade, a justiça e o 'modo americano'". Entretanto, mesmo aqueles que lutaram nessas batalhas estavam, como regra geral, tão ocupados com a batalha que avaliaram mal a estratégia global e o objetivo do inimigo. O objetivo do inimigo em todo esse processo foi (e é) a transição de todo o sistema para uma Sociedade Planetária. Para que a profecia seja cumprida, precisa haver uma transição sistêmica de uma sociedade de estados nacionais individuais para uma sociedade planetária socialista. O principal obstáculo a essa mudança sistêmica é a verdadeira igreja de Jesus Cristo. Os cristãos nascidos de novo que vivem de acordo com os mandamentos da Palavra de Deus não se encaixam nesse novo sistema e, assim, os cristãos verdadeiros se opõem de forma inflexível a tal mudança sistêmica. Portanto, para que a transição sistêmica da cultura seja bem sucedida, ela também precisa incluir a transição bem sucedida da igreja em completa conformidade com a cultura pós-moderna. Se um segmento predominante da igreja militante puder ser sutil e enganosamente transicionada para um estado não combativo, inócuo, pusilânime e contemporizado que se misture na cultura mais ampla, a oposição à transição de todo o sistema se derretará como um cubo de gelo diante de uma tenaz aquecida. Como pode essa transição ser realizada? O fato é que essa transição está ocorrendo com muito sucesso e se tornando uma realidade com o recrutamento de milhares de evangélicos e fundamentalistas para brincarem com o "Jogo da Igreja do Novo Paradigma" - daqui para a frente referenciada como Religião Orientada Para Resultados.
Objetivo do Jogo O Capítulo 8 deste manuscrito definiu os termos para a interpretação apropriada das regras do Jogo da Igreja do Novo Paradigma. Agora que os termos foram definidos, o processo de aprender as regras pode ter início. As regras neste capítulo vêm diretamente da boca de alguns dos principais astros no jogo, e não são o resultado das imaginações ou opiniões do autor. Entretanto, como acontece com qualquer jogo que alguém tente jogar, primeiro precisa haver uma declaração do
objetivo do jogo. Uma vez que o objetivo seja definido, pode-se então partir para as regras. O objetivo do Jogo da Igreja do Novo Paradigma é a total transição da igreja de uma posição tradicional, bíblica e separatista para se tornar mais alinhada e em sintonia com os ditames da cultura pós-moderna - assim iniciando o crescimento exponencial da igreja. Esse objetivo basicamente afirma o "resultado" na Religião Orientada Para Resultados. Esse resultado é duplo: 1. Alinhamento da igreja com a cultura pós-moderna 2. Crescimento exponencial da igreja. Os métodos usados para alcançar esse resultado são, na verdade, as regras do jogo. Aqueles que alcançam o objetivo (ou chegam ao resultado) ganham o jogo. As regras desse jogo foram estabelecidas a partir de uma base pragmática. Em outras palavras, se alguém seguir essas regras e jogar bem o jogo - esse indivíduo está seguindo um curso que comprovadamente produz resultados positivos. O Jogo da Igreja do Novo Paradigma está baseado em regras pragmáticas que enganosamente atacam a igreja fundamentalista e separada. Esse é o "novo modo de fazer igreja".
Regra 1 Precisamos "mudar nosso modo de pensar ... do que Deus está tentando fazer". (6) Essa afirmação, feita por um proeminente autor do "Crescimento de Igrejas", é alarmantemente intrigante. Em primeiro lugar, uma mudança no modo de pensar designa uma "mudança de paradigma" (veja o Capítulo 8). Segundo, uma vez que o modo de pensar é mudado, as crenças, atitudes e valores mudam subseqüentemente. Finalmente, o modo de pensar mudado leva a uma percepção modificada da realidade. O resultado final do homem é então tão distante de seu início quanto a luz está das trevas. Isso é melhor exibido seguindo-se a lógica que se o modo de pensar precisa ser alterado, faz sentido concluir que a mudança é necessária por que o modo de pensar daqueles que estão nas igrejas tradicionais ou fundamentalistas está seriamente errado. Isso nos leva a levantar algumas questões: 1. 2. 3.
O que está errado com o processo mental atual? Esse modo de pensar errado forçou uma mudança no plano original de Deus? Se tal modo de pensar força a necessidade de uma "mudança de paradigma", não faz sentido concluir que Deus está fazendo algo novo?
A resposta para a questão 1 está na revelação do pensamento passado e presente do plano de Deus. Da perspectiva da Religião Orientada Para Resultados, o modo de pensar do cristianismo fundamentalista e separatista resulta em ações que inibem seriamente o crescimento da igreja. Quais são alguns desses modos de pensar que atrapalham o crescimento?
1. 2. 3.
As igrejas precisam funcionar de acordo com a Palavra de Deus. Deus e sua Palavra NÃO MUDAM. Com base no caráter e na natureza de Deus, os membros da igreja devem ser responsáveis diante de Deus a aos seus princípios de santidade e vida correta - separados do mundo.
Se algum indivíduo mantiver essa forma de pensar, nunca ganhará o Jogo da Igreja do Novo Paradigma, pois tal indivíduo pensa teologicamente. De acordo com o novo paradigma, o pensamento teológico significa desastre na cultura pós-moderna. Isso, teoricamente, deve-se ao fato que aqueles a serem alcançados para Cristo não compreendem as ações que resultam do pensamento teológico. Por exemplo, se aquele que busca realização entrar em uma igreja e ouvir a exposição do pensamento teológico, esse buscador não retornará à igreja, pois a mentalidade teológica será estranha à sua cosmovisão. Portanto, se o pensamento teológico inibe ou ameaça esse indivíduo, o pensador teológico precisa mudar seu processo mental para aquele do pensamento estratégico de modo a alcançar o buscador. Para pensar de forma estratégica, é necessário levar várias coisas em consideração: 1. 2. 3.
O indivíduo perdido que visita a igreja não tem conhecimento algum dos dogmas cristãos. A igreja precisa adaptar seus métodos para então tornar esse indivíduo mais à vontade (sentindo-se menos inibido e menos ameaçado) quando estiver na igreja. Uma vez que esse indivíduo estiver se sentindo à vontade, poderá ser alcançado com o evangelho.
Portanto, todo o sistema de como o serviço da igreja é conduzido precisa entrar mais em sintonia com a cultura pós-moderna de modo a alcançar os indivíduos que podem se sentir intimidados por idéias fora de moda como as chamadas ao autoexame, a culpa associada ao pecado, o chamado ao genuíno arrependimento e a necessidade de transformação do indivíduo com base nas doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. Em essência, a mudança no modo de pensar precisa ser sistêmica não sistemática. De acordo com a teoria do novo paradigma, a igreja que tem obsessão com o pensamento teológico precisa ser completamente transformada, ou não conseguirá alcançar os cidadãos perdidos da cultura atual. Essa transformação somente pode ocorrer "pensando-se em termos de processo, não de conteúdo". (7) Essa afirmação em si mesma é uma linguagem amedrontadora. Subitamente, o processo estratégico usado para alcançar os perdidos para Cristo passa a ter maior peso que o conteúdo da mensagem. Essa metodologia despreza o aspecto mais importante de alcançar os perdidos para Cristo: A VERDADEIRA SALVAÇÃO VEM SOMENTE COM A CONVICÇÃO DO ESPÍRITO SANTO CONFORME REVELADO NA PALAVRA DE DEUS. É A PALAVRA DE DEUS QUE CONVENCE DO PECADO; É A PALAVRA DE DEUS QUE REVELA O AMOR DE CRISTO; É A PALAVRA DE DEUS QUE PERSUADE O PECADOR A CONVERTER-SE DE SEUS PECADOS A JESUS CRISTO. "A FÉ VEM PELO OUVIR, E O OUVIR PELA PALAVRA DE DEUS". (8)
Conclusão: A Regra 1 tem um erro sério: 1.
2.
3.
4.
A idéia que Deus está fazendo uma "coisa nova" vem diretamente de uma síntese de conceitos carismáticos incorretos de Deus e da teologia tolerante e aguada da "grande comunidade evangélica" (veja o Capítulo 5). Deus não está fazendo uma coisa nova - o plano de Deus para a igreja foi estabelecido em sua santa e eterna Palavra. O plano de Deus não mudou. O modo de pensar dos cristãos deve estar enraízado e estabelecido na Palavra de Deus. Se a Palavra de Deus não se alinha com a cultura, da mesma forma não deve o processo mental dos cristãos se alinhar com a cultura. Os cristãos devem SEMPRE dar prioridade em seu modo de pensar ao conteúdo em vez de ao processo teológico - pois quando o conteúdo do pensamento cristão está baseado na Palavra de Deus, o processo resultante do ministério, por sua vez, será bíblico. Colocar os processos ou sistemas acima do conteúdo da Palavra de Deus equivale somente à manipulação emocional pelos métodos do homem. A manipulação emocional não é um substituto para a convicção do Espírito Santo e nunca haverá CONVERSÃO GENUÍNA quando se dá prioridade ao método sobre o conteúdo.
Regra 2 "Desenvolva uma Estratégia de Mercado" Toda a cultura ocidental hoje está sendo manipulada e orientada pelos ditames dos gênios do marketing da indústria da propaganda e não há dúvida alguma que esses sistemas e métodos têm em uma certa extensão permeado o processo mental de todas as pessoas. Pode-se então concluir que um assalto da metodologia da indústria da propaganda na igreja seria certamente inevitável. Entretanto, o nível em que os proponentes do jogo do novo paradigma utilizaram esses métodos de manipulação é muito maior do que poderia ser imaginado. O autor deste manuscrito conhece os métodos e tátícas de propaganda e a implementação das táticas do marketing secular na estratégia de crescimento da igreja: "Possuo um diploma de Bacharel em Marketing pela Universidade Bob Jones e sou sócio em uma empresa que coordena vendas regionais e o marketing de vinte empresas nacionais e multinacionais. Portanto, ao participar de sessões sobre crescimento de igrejas alguns anos atrás, fiquei admirado com as táticas dos livros de marketing que estavam sendo defendidas pelo pastor e fiquei imaginando onde ele tinha obtido conhecimento daquelas informações. Naquele tempo, também raciocinei (pragmaticamente) que se aquelas estratégias funcionavam na minha empresa, por que não empregar esses métodos comprovadamente eficazes no ministério? Entretanto, a situação logo ficou fora de controle. A igreja começou a considerar a contratação de uma firma de consultoria em crescimento de igrejas que prometia que, por meros 40 mil dólares, eles garantiriam que o crescimento no número de membros geraria à igreja 300 mil dólares no segundo ano de implementação do
sistema. Todo aquele cenário era muito desconcertante e, com uma rápida pesquisa sobre a firma de consultoria, descobrimos que famosos carismáticos estavam não apenas vinculados àquela organização, mas também faziam parte da sua diretoria. Uma pesquisa adicional rastreou todo o conceito ao Seminário Teológico Fuller." "A verdade foi logo revelada que o pastor seguia as orientações de Rick Warren e Bill Hybels e jogava o Jogo da Igreja do Novo Paradigma. É desnecessário dizer que não participo mais daquela igreja - uma igreja que começou originalmente como batista fundamentalista e independente e está agora experimentando um crescimento exponencial, ao mesmo tempo que faz contemporização após contemporização para alcançar o resultado do crescimento da igreja." Antes de discutir as estratégias de marketing da igreja do novo paradigma, alguns aspectos do marketing precisam ser tratados. Primeiro, deve-se fazer uma definição apropriada de "marketing". Para isso, vamos a um livro-texto padrão de Marketing dos cursos universitários: "Marketing é um processo de uma sociedade pelo qual a estrutura de demanda ou o desejo por bens e serviços econômicos é previsto, aumentado e satisfeito por meio da concepção, promoção, troca e distribuição física desses bens e serviços". (9) Usando essa definição como uma linha de base, as seguintes etapas, copiadas das notas deste autor das aulas de Marketing na universidade fornecem um exemplo conciso de uma estratégia detalhada de marketing: 1. Defina um objetivo de longo prazo (resultado) e relacione os detalhes para atingir esse objetivo. 2. Identifique o mercado (os clientes potenciais) para seu produto. 3. Identifique as necessidades dos clientes e desenvolva uma estratégia para atender a essas necessidades. Qual é o problema real? 4. Não entregue um produto tangível, mas um padrão de vida: • • • • • • •
Conheça os motivos do comprador Anuncie a um mercado-alvo Venda satisfações Venda furiosamente Seja elástico às mudanças Inove Promova a partir do melhor ângulo
5. Selecione cuidadosamente bons vendedores. (10) A verdade da questão é que qualquer pessoa que leia o livro "Uma Igreja Com Propósitos", de Rick Warren, e também leia as notas deste autor das aulas de Marketing, ficará absolutamente convencido que o Dr. Warren e este autor copiaram as notas um do outro na mesma aula na universidade! Não somente isso, mas cada um dos conceitos de marketing mencionados anteriormente (copiados tintim por
tintim do caderno usado por este autor na universidade) espelha os conceitos dos principais proponentes do movimento da igreja do novo paradigma. Portanto, uma discussão ponto por ponto desses conceitos e de como eles se comparam com a filosofia do novo paradigma é bem apropriada. 1. Definição do Objetivo de Longo Prazo Os líderes do novo paradigma definem o objetivo de longo prazo como uma visão. Essa visão é geralmente o plano do líder da igreja para o crescimento - ou o resultado. Rick Warren descreve esse processo em detalhes, mas um livro complementar, escrito por Dan Southerland, "Transição: Conduzindo Pessoas Através da Mudança", gasta mais de cem páginas descrevendo a preparação, definição, plantação, compartilhamento e implementação da visão para fazer a transição de uma igreja local do modelo bíblico para a metodologia do novo paradigma. (11) Entretanto, tanto o Dr. Warren quanto o pastor Southerland fazem suposições para criar o terreno para essa "visão" que não estão necessariamente baseadas na Palavra de Deus: •
•
•
A suposição 1 pode ser descrita nas palavras do pastor Dan Southerland: "Deus está fazendo algo novo no mundo hoje" (12) - ou - Deus está fazendo uma "coisa nova". Este manuscrito já tocou anteriormente nesse assunto, mas como é uma parte fundamental do modo de pensar do novo paradigma, uma questão que precisa ser perguntada é: "Qual é a origem desse conceito?". A resposta é bem simples para aqueles que leram o Capítulo 5 deste livro. Esse conceito veio diretamente da Terceira Onda do Movimento Carismático, o Movimento dos "Sinais e Maravilhas" criado por John Wimber, Peter Wagner e o Seminário Teológico Fuller. Essa "coisa nova" foi então transicionada dos sinais e maravilhas manifestos do Espírito Santo para serem exemplificados no novo nível de louvor e adoração da música cristã contemporânea e agora, finalmente, no Jogo da Igreja do Novo Paradigma - que utiliza e sintetiza aspectos particulares de seus três predecessores. A suposição 2 diz que a transição para o novo paradigma é a "Visão de Deus Para a Igreja". (13) Todos precisam prontamente concordar que é a vontade de Deus que "nenhum se perca, mas que venham todos ao arrependimento", mas a Bíblia é também muito clara que a vontade de Deus para sua igreja precisa ser acompanhada pelos métodos de Deus. Como mostrado no Capítulo 8, o novo paradigma afronta diretamente os planos de Deus para a igreja local. A suposição 3 está baseada na aceitação da suposição 2. Pois se alguém aceita o fato que o novo paradigma é a "Visão de Deus Para a Igreja" esse indivíduo precisa também aceitar a posição de que a visão pode ainda ser a visão de Deus independente do que a Bíblia ensina. Nesse ponto, as coisas começam realmente a degringolar. A despeito de toda a retórica conservadora, qualquer pastor que baseie seu ministério em métodos ou elementos contrários ao ensino das Escrituras está agora criando uma religião híbrida - a Religião Orientada Para Resultados - uma síntese entre a Palavra de Deus e a cultura pós-moderna.
Em termos simples, o objetivo de longo prazo da igreja do novo paradigma é essa síntese que tornará a igreja mais confortável e menos ameaçadora àqueles que negam Jesus Cristo. O objetivo declarado dessa síntese é trazer os perdidos à igreja, alimentá-los com o evangelho, convertê-los a Cristo, e alcançar o crescimento exponencial da igreja. Entretanto, deve-se fazer as seguintes perguntas: O que essa síntese produz? A síntese preservará a integridade da obra de Deus? Poderá haver um chamado ao auto-exame e ao verdadeiro arrependimento do pecado quando se opera sob essa síntese? 2. Identifique o Mercado Para Seu Produto Este aspecto do jogo da igreja do novo paradigma soa como um paradoxo e uma auto-contradição. Os participantes nesse jogo da igreja do novo paradigma insistem que um determinado segmento da população deve ser visado como o alvo preferencial para uma determinada igreja local. Eles podem dizer que estão cumprindo a Grande Comissão, mas não têm a menor intenção de ir "a todo o mundo e pregar o evangelho", como Jesus mandou. Em vez disso, a regra do jogo da igreja do novo paradigma é que "você vá ao seu mercado-alvo estrategicamente identificado". O pastor Rick Warren é muito específico quando fala de planejamento estratégico e usa as Escrituras para defender sua posição de visar especificamente os "residentes jovens e de colarinho branco do Vale de Saddleback". Entretanto, a defesa que ele faz com as Escrituras chega a ser incrível. Ele defende a posição que Jesus visou estrategicamente um certo segmento populacional e pregou o evangelho do reino somente aos judeus, ignorando os gentios em seu ministério terreno. Ele também afirma que Jesus enviou seus discípulos "às ovelhas perdidas da casa de Israel" em vez de aos samaritanos e aos gentios por que os judeus eram o povo que os discípulos mais provavelmente alcançariam." (14) Além disso, Rick Warren também diz que Jesus estava "sendo estratégico, não preconceituoso" ao implementar esse ministério. (15). A resposta perfeita ao Dr. Warren a essa afirmação seria o velho adágio "Posso ser novo, mas não nasci ontem". Não somente as afirmações de Rick Warren descaradamente insultam a inteligência dos leitores de seu livro, mas também ignoram todo o Antigo Testamento, desconsideram todas as profecias messiânicas e diminuem a deidade do Deus encarnado. Rick Warren também ofusca a questão da deidade de Cristo quando diz, "Freqüentemente, Jesus sabia o que os outros estavam pensando." (16). A verdade bíblica é que Jesus não foi preconceituoso nem estratégico. Além disso, Ele conhecia exatamente aqueles que seus discípulos alcançariam, e sempre sabia o que os outros estavam pensando - pois Jesus Cristo é Deus em carne. Jesus fez o que fez por que é Deus. Ele agiu em justiça impecável em seu plano eterno e de acordo com as promessas para seu povo escolhido, Israel. O fato é que Jesus veio em cumprimento às promessas messiânicas de estabelecer o reino hebreu, conforme revelado a Davi. Se o Messias fosse aos gentios, estaria contradizendo o propósito de sua vinda para estabelecer o reino. Será se o Dr. Warren não compreende isso? Reduzir as ações de Jesus a pensamento estratégico e limitar seu conhecimento dos pensamentos dos corações não somente põe em questão a divindade de Cristo como também o caráter espiritual e os motivos do indivíduo que faz tais afirmações
questionáveis e teologicamente blasfemas. Que tipo de estratégia de marketing - ou melhor ainda, que conjunto de prioridades levaria alguém a defender essa posição? 3. Identifique as Necessidades do Cliente e Desenvolva uma Estratégica Para Atender Essas Necessidades É com este princípio do marketing que o "pneu pega a estrada" no Jogo da Igreja do Novo Paradigma. Essa é a questão que trouxe Bill Hybels e a Igreja da Comunidade de Willow Creek à linha de frente do Movimento de Crescimento de Igrejas e é a questão que tornou a Igreja da Comunidade de Saddleback a força que é hoje. A essência disso deve-se ao fato que "... as pessoas hoje estão sedentas não pela salvação pessoal... mas pela ilusão momentânea de bem-estar pessoal, saúde, e segurança psicológica." (16) Com base nisso, a igreja do novo paradigma trará pessoas pela porta da frente aos milhões e eles continuam a convencer as pessoas que Cristo morreu para atender às necessidades delas. É preciso admitir que essa é realmente uma excelente estratégia de marketing. A pesquisa feita na Igreja da Comunidade de Willow Creek indica que 80% dos americanos estão em busca da realização pessoal, (17) e que a igreja tradicional falhou miseravelmente em atender a essas necessidades associadas. Bill Hybels, o fundador da Igreja da Comunidade de Willow Creek, afirma ainda que o pecado "é uma estratégia falha para obter realização." (18) Ele insiste que enquanto a igreja tradicional e outras religiões falharam em suas tentativas de entregar essa elusiva borboleta da realização pessoal, a variedade de "cristianismo" de Willow Creek funciona e entrega o que promete. Essa abordagem pragmática ao ministério é ecoada pela Igreja de Saddleback e todo o Movimento da Igreja do Novo Paradigma e forma a plataforma básica para a nova estratégia de marketing do novo paradigma. Portanto, o jogo da Igreja do Novo Paradigma põe uma ênfase em atender às necessidades sentidas dos sem-igreja como um modo de trazê-los ao aprisco. Isso não é muito diferente dos políticos que conseguem se eleger distribuindo brindes e fazendo promessas aos eleitores como um modo enganoso de ganhar seus votos. Na política e no Jogo da Igreja do Novo Paradigma, a verdade precisa ser sacrificada para forçar esse tipo de manipulação das massas. Isso é evidenciado no jogo da igreja por uma falta distinta de ênfase na teologia. Lembre-se, o "Henrique sem-igreja" não pode ser convencido que suas necessidades humanistas e autosentidas serão incondicionalmente atendidas se ele for defrontado com o autoexame, o chamado ao arrependimento, ou à humildade diante de um Deus santo. Robert Schuller, o auto-proclamado pai do Movimento de Crescimento de Igrejas diz, "Devemos nos concentrar nas necessidades das pessoas, em vez de na verdade teológica." (19) Como resultado, a verdade teológica e o pensamento teológico são subordinados à manipulação emocional e ao pensamento estratégico. Rick Warren defende essa posição fazendo interpretações más, distorcidas e fora do contexto. Ele defende a posição que "muitos poucos vieram a Jesus buscando a verdade, eles estavam procurando alívio, de modo que Jesus atendia a essas necessidades sentidas." (20) É realmente verdade que a maioria dos que vieram a Jesus estavam em busca de cura ou de outras necessidades físicas. Também é verdade que por amor e compaixão, Jesus atendeu a muitas dessas necessidades. Entretanto, a aplicação desse aspecto ao ministério da Igreja do Novo Testamento é
totalmente risível. Durante o primeiro advento de Jesus Cristo, a verdade de Deus foi somente revelada àqueles de fé que vieram em busca da verdade e dispostos a fazer um compromisso de seguir a Jesus. (É preciso lembrar que isso foi antes do Pentecostes, e não havia a habitação permanente do Espírito Santo naquele tempo.) O atendimento das necessidades físicas somente nunca se traduziu em transformação espiritual, a não ser que Jesus perdoasse os pecados do indivíduo ao mesmo tempo. Entretanto, aqueles que vieram a Cristo em humildade, em arrependimento pelos pecados, reconhecendo e adorando sua divindade, receberam a chave para os "mistérios do Reino de Deus". Como resultado, muitos receberam o derramamento do amor de Deus por meio do atendimento de suas necessidades físicas temporárias, mas relativamente poucos receberam o dom espiritual eterno conforme exercido pela fé no próprio Messias - o Filho de Deus. Se esse era o caso no ministério do Filho de Deus encarnado, qual possível base aqueles que brincam com o Jogo da Igreja do Novo Paradigma têm em acreditar que podem forçar transformações eternas nas almas dos homens operando uma estratégia de filosofias mundanas e pragmáticas que baseiam seu sucesso na manipulação emocional? 4. Não Entregue um Produto Tangível, Mas um Padrão de Vida Este brilhante princípio do marketing afetou de alguma maneira toda a vida na sociedade ocidental. (Por exemplo, uma pessoa não compra um carro, compra aquilo que a propaganda do carro retrata - felicidade, apelo sexual, status social, etc.) Toda a cultura foi afetada por essa tática da indústria da propaganda e agora a igreja de Jesus Cristo está sob o assalto pelos provocadores dentro de suas próprias fileiras que querem tornar o evangelho de Jesus Cristo um item de consumo. O padrão de vida de auto-realização que está sendo promovido pela igreja do novo paradigma é uma ilusão. Essa ilusão é gerada por táticas furiosas de propaganda sutil e persuasiva que tentam transformar a pregação da cruz de Jesus Cristo de "loucura para os que perecem", para uma panacéia para todas as necessidades sentidas - imaginárias, carnais, ou o que for. No marketing, a percepção do público é 90% da batalha para alcançar o sucesso, mas esse sucesso é no máximo temporário. Em contraste, a Palavra de Deus oferece verdades espirituais que mudam eternamente a posição do homem diante de um Deus santo. Se a embalagem for mudada para tornar o produto mais apelativo, o produto também precisará ser alterado para fazer o consumidor retornar em busca de mais. A seguinte pergunta torna-se então apropriada neste momento: "Se o Henrique sem-igreja for atraído à igreja para receber e satisfazer a sua carne, será se estará por perto se um dia for chamado para dar sua vida por amor a Cristo?" (21) 5. Cuidadosamente, Selecione os Melhores Vendedores Este aspecto da estratégia de marketing será tratado posteriomente no "Salão da Fama do Novo Paradigma". Conclusão: Problemas sérios com a Regra 2: O problema geral com a Regra 2 é o simples fato que os participantes no Jogo da Igreja do Novo Paradigma estão tentando converter o sistema estrutural da igreja em uma entidade baseada mais nos princípios do mundo empresarial do que nas instruções da Palavra de Deus. Como resultado, a igreja começa a operar mais como
uma empresa e o pastor emula a personalidade de um executivo presidente de uma empresa. Quando a igreja opera com base nos princípios empresariais e não nas orientações da Bíblia, a tendência é tornar-se mais preocupada com os aspectos do crescimento das operações do que na prioridade bíblica de fidelidade à verdade da Palavra de Deus. À medida que a necessidade para financiar a estrutura e a pressão por especialização financeira aumentam com o crescimento resultante, a porta é então aberta para indivíduos poderosos que têm muito a ganhar fazendo a transição da igreja de sua posição separada, que militantemente desafia o sistema de valores globalista do novo milênio (veja o Capítulo 7), para uma participante disposta, altamente motivada e que se sente obrigada a fazer alguma coisa na cultura pósmoderna. Como será discutido em detalhes em um capítulo posterior, o dinheiro e a especialização para financiar o Jogo da Igreja do Novo Paradigma tem sido fornecido e subscrito por alguns benfeitores muito surpreendentes, mas a motivação para tal transição da igreja pode ser compreendida conhecendo-se o cenário orientado para resultados. O crescimento exponencial é então o resultado natural do cenário orientado para resultados, mas todo o processo está seriamente furado: 1. 2. 3. 4. 5.
Uma premissa furada: "Embora possamos fazer o marketing da igreja, não podemos fazer o marketing de Cristo, do evangelho, do caráter cristão e do significado da vida." (22) Um enfoque errado: "Enfoque aquilo que o consumidor deseja, ou pensa que deseja, em vez de aquilo que a Bíblia diz." Uma definição errada: "Permita que o mundo defina a igreja, em vez de a Palavra de Deus". (24) Uma fé errada: "Precisamos da Fé das Épocas em vez de uma fé comercialmente inspirada" (25) A conclusão: "Precisamos parar de reduzir o Deus do universo a algo que possamos vender." (26).
Regra 3 Construa Relacionamentos de Integridade Com Aqueles Que Estão Sem Igreja Esta não somente é outra abordagem não ortodoxa ao ministério da Palavra de Deus, mas quando executada até suas conclusões lógicas, essa metodologia é possivelmente a força mais destrutiva contra a qual o cristianismo se defronta atualmente. O modo de pensar do novo paradigma diz que os homens e mulheres mais provavelmente serão alcançados para Cristo por um indivíduo que eles conhecem e em quem confiam. Um pastor definiu o exemplo nessa arena ingressando em uma liga esportiva para construir esses relacionamentos. A idéia dele era participar da liga esportiva, não contar a ninguém sobre seu pastorado e tornarse amigo daqueles que não participavam de nenhuma igreja. Esses métodos certamente não deixam de ter seus méritos, mas ao mesmo tempo, essa abordagem é a aplicação dos livros-texto de "Relacionamento e Vendas". Essa é uma metodologia de marketing comumente utilizada por muitas empresas na área secular (incluindo a empresa que pertence a este autor) e, a partir de um ponto de vista
pragmático, realmente funciona. A posição defendida pelos expoentes do jogo do novo paradigma é que o cristianismo tradicional falhou na Grande Comissão por que os membros das igrejas tradicionais se separaram do mundo até o ponto em que a maioria dos cristãos não conhece pessoas sem-igreja que poderiam ser alcançadas com o evangelho. Essa teoria pode ter um certa credibilidade limitada para os pastores e outras pessoas que não trabalham na área secular, mas para a maior parte de nós, a teoria está baseada em uma idéia incorreta ou desinformada. Em primeiro lugar, todo cristão tem relacionamentos no trabalho, na família e na vizinhança com os assim-chamados sem-igreja. Existem muitos poucos cristãos que ainda não têm "relacionamentos de integridade" com muitas outras pessoas nesse segmento da população. Se esse então é o caso, qual é a base real para enfatizar o desenvolvimento desses relacionamentos em particular? Ao analisar a abrangência total do jogo do novo paradigma, existem vários aspectos que devem ser considerados: 1. 2.
3. 4.
O chamado para estabelecer relacionamentos de integridade é um ataque não tão sutil à doutrina da separação bíblica. Aqueles que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados acreditam que os obstáculos para alcançar os sem-igreja são sociais, não teológicos. Portanto, o envolvimento social entre o cristão que participa de uma igreja e os sem-igreja, se tornarão baseados em terreno comum entre as duas partes. Historicamente, isso resulta no enfraquecimento do mais forte dos dois indivíduos. A construção de relacionamentos torna-se então o foco interno principal da igreja. À medida que mais tempo na igreja é dedicado à construção de relacionamentos, o pastor transforma-se em um "facilitador de relacionamentos" (27).
A partir de uma perspectiva de marketing estratégico, a construção de relacionamentos é uma fórmula para o sucesso numérico. Ela é muito similar aos conceitos de marketing de pirâmide em que um indivíduo constrói um relacionamento bem próximo com três outras pessoas, que constróem um relacionamento próximo com três outras, e a cadeia de relacionamentos é construída sobre si mesma por meio de uma série de pequenos grupos de relacionamento dentro da igreja até que essa "meta-igreja" (28) torne-se uma mega-igreja. O pastor-facilitador deve então transferir sua visão para a igreja (29) por meio de indivíduos estrategicamente colocados dentro dos grupos pequenos até que todos dos grupos estejam construíndo novos relacionamentos com base na visão do facilitador para a igreja. Como essa visão inicia-se com o pastor, o pastor-facilitador neste ponto está agindo como um agente de transformação para trazer o corpo da congregação a compartilhar e participar em avançar essa sua visão para a igreja. O processo então cria-se sobre si mesmo e resulta no resultado enfocado - o crescimento exponencial da igreja. Essa estratégia está bem comprovada e funciona - a igreja cresce. Entretanto, o terreno de prova, os "efeitos colaterais" subseqüentes e a ameaça de longo prazo ao cristianismo bíblico são absolutamente aterrorizadores. Como foi afirmado no capítulo anterior, o termo "agente de transformação" (ou "agente de mudança") teve
sua origem no mundo do comunismo e foi adotado pelos socialistas, globalistas, educadores progressivos na concepção da Educação Orientada Para Resultados (ou Educação Pragmática). Com essa estratégia, a terminologia desses mesmos indivíduos é levada à igreja, e agora a igreja está marchando ao som dos mesmos tambores que o decadente sistema público de ensino. Isso é claramente evidente na terminologia e metodologia da estratégia para crescimento da igreja. Por exemplo, não somente o termo agente de transformação foi tirado do glossário socialista, mas na Educação Orientada Para Resultados, os alunos são separados em grupos pequenos e recebem problemas controversos para solucionar dentro do grupo. O resultado ou resposta ao problema é predeterminado e o professor é o "facilitador" (essa é a terminologia exata usada nesses programas) para que o grupo alcance a conclusão preconcebida pelo professor. O grupo alcança essa conclusão via consenso sob a influência da manipulação do facilitador. Em todos os casos, o problema precisa ser solucionado em um nível significativamente mais baixo que o nível mais alto (moral ou intelectual) por que a resposta precisa ser aceitável no nível mais baixo do grupo, o menor denominador comum. Na Educação Orientada Para Resultados, o termo comum para esse processo é "emburrecimento", mas na terminologia oficial chama-se "Aprendizado Cooperativo". Na Religião Orientada Para Resultados, esse processo é oficialmente chamado "Construção de Relacionamentos", mas em essência não é nada mais do que inicialmente contemporizar e posteriormente destruir a fé na Palavra de Deus. A partir de um ponto de vista prático, o seguinte é o cenário "da vida real" desse processo: 1. 2. 3.
4. 5.
6.
Os indivíduos com igreja no grupo crêem que a Bíblia é a inerrante e verbalmente inspirada Palavra de Deus. Os indivíduos "sem-igreja" no grupo acreditam que a Bíblia é um bom livro com boas lições morais, mas que contém mitos e contradições. O desafio do facilitador é fazer os membros desse grupo pequeno chegar a um consenso em que todos possam concordar, trazer os "sem-igreja" para dentro da igreja, e evitar que aqueles que já estão na igreja saiam dessa igreja em particular. O facilitador então torna-se um agente de mudança, pois precisa mudar todos no grupo para uma posição de consenso de modo a alcançar uma síntese. O facilitador manipula o grupo para a posição que a Bíblia é inspirada mas somente inerrante nas passagens que tratam da salvação. (Essa é exatamente a posição sobre as Escrituras adotada pelo Seminário Teológico Fuller - o principal centro de treinamento para o modo de pensar do novo paradigma.) Todos no grupo concordam e o número de pessoas que freqüentam a igreja aumenta.
Entretanto, o que realmente aconteceu nesse exercício? 1. 2. 3.
Uma síntese foi alcançada. Houve uma contemporização no elevado terreno doutrinário. O caráter espiritual da igreja foi "emburrecido".
Para melhor ilustrar, esse processo pode ser escrito como uma fórmula matemática:
Outra terminologia sinônima para o processo seria esta: Com igreja = Tese Sem-igreja = Antítese Facilitador = Agente de Transformação Dinâmica de Grupo = Democracia, Consenso, ou Terreno Comum Resultado = Resultado manipulado e predeterminado, ou síntese Neste caso, há um resultado duplo: 1. 2.
Crescimento exponencial da igreja A pura mensagem bíblica não se aplica à cultura atual, de modo que a Bíblia precisa ser interpretada à luz da cultura.
Se esse processo for examinado atentamente, não é nada mais que a Dialética Hegeliana, conforme proposta por Karl Marx e Lênin - agora sendo implementada dentro das igrejas. (30). À medida que esse processo é repetido, enfraquece ou elimina completamente o cristianismo fundamentalista ao longo das duas próximas gerações. Conclusão: A implementação completa da Regra 3 é potencialmente letal ao verdadeiro cristianismo. Não é intenção deste autor acusar os proponentes mais conhecidos do jogo do novo paradigma de destruir intencionalmente o cristianismo fundamentalista. Entretanto, o curso irrestrito de suas ações tem o potencial de resultar na eliminação não somente do fundamentalismo, mas também de todo o verdadeiro cristianismo dentro de duas gerações. A implementação maciça do programa hegeliano resultará naturalmente no "emburrecimento" da verdade bíblica ao ponto que a única "verdade" doutrinária dos membros da organização do novo paradigma será a da tolerância. Isso novamente ilustra o princípio do "funcionalismo gradual" que erodirá a verdade uma pequena etapa de cada vez até que toda a verdade absoluta tenha sido absorvida no grande mar de tolerância e relativismo. As regras 4-6 serão discutidas no próximo capítulo. Notas Finais 1.
Efésios 5:15
2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31.
Falkenburg, Steve, "What is Fundamentalism and Why is it so www.newreformation.org/fundamentalism.htm, 2002, Dangerous?", (22/9/2003), pg 2 Hebreus 11:10 "A Decade for Cultural Development", World Goodwill Newsletter, 1990, No. 2, pg 1 Gardner, James, "The Hard Road to World Order", Foreign Affairs Magazine, abril, 1974, pg 557 George, Carl, "The Coming Church Revolution", Fleming Revell Publishers, Grand Rapids, MI, 1994, pg 32. Ibidem, pg 62 Romanos 10:17 Weldon Taylor and Roy Shaw, Marketing, Southwest Publishing, Dallas, TX, 1969, pg 7 Gallagher, Richard. “Marketing 201 Notes”, Bob Jones University, 1972. Southerland, Dan, "Transitioning, Leading Your Church Through Change", Zondervan Publishers, Grand Rapids, MI, 1999, pg 11-108. Ibidem, pg 14. Ibidem, pg 14. Warren, Rick, "The Purpose-Driven Church", Zondervan Publishers, Grand Rapids, MI, 1995, pg 187. Ibidem Ibidem, pg 188 Pickering, Ernest, "The Tragedy of Compromise", Bob Jones University Press, Greenville, SC, 1994, pg 138. Pritchard, G. A, "Willow Creek Seeker Services", Baker Books, Grand Rapids, MI, 1996, p.70. Ibidem, pg 170. Pickering, pg 131. Warren, pg 220. Gilley, Gary, "This Little Church Went to Market", Xulon Press, Eugene, OR, 1995, pg 82. Ibidem, pg 54 Ibidem, pg 56 Ibidem Ibidem, pg 82 Pickering, pg 132 George, pg 63. Ibidem, pg 26. Southerland, pg 84-96. Klenck, Robert, "What's Wrong With The 21st Century Church, (8.1.03), pg 2, www.crossroads.to/News/Church/Klenck1.html
Capítulo 10: Brincando de Igreja com o Jogo dos Números Parte 3: Regras 4 e 5 no Jogo da Igreja do Novo Paradigma Em 1996, metade dos americanos freqüentadores de igreja participava de somente 12% das igrejas do país (1) e a tendência de formação de mega-igrejas continua em ritmo crescente. Existem muitas razões para essa tendência, mas em grande parte, o crescimento das mega-igrejas está baseado na aposta que os membros dessas igrejas fazem parte de uma organização que exemplifica aquilo que é reconhecido como sucesso. Embora essas igrejas certamente tenham um impacto muito positivo em seus bairros e cidades e sejam vistas como virtuais centros de refúgio dentro do charco moral em grande parte decadente do novo milênio; é preciso novamente repetir a pergunta - O sucesso percebido de uma organização religiosa que recebe aplausos entusiásticos dos homens é necessariamente equivalente à aprovação de um Deus santo? Além disso, em que base se estabelece aquilo que Deus aprova? As respostas honestas a essas perguntas precisam depender unicamente da obediência aos ensinos doutrinários e aos métodos detalhados na Palavra de Deus; e pode-se chegar logicamente à conclusão que qualquer igreja ou organização religiosa em crescimento que afasta-se das instruções da posição bíblica está meramente experimentando crescimento com base nos mesmos conceitos utilizados por qualquer empresa secular em expansão. A partir da perspectiva do novo paradigma, a infusão desses conceitos seculares nas operações da igreja é classificada como "novo modo de pensar". Um conhecido pastor do novo paradigma deu um perfeito exemplo do novo modo de pensar quando afirmou, "As igrejas que se empenham para serem igrejas do Novo Testamento precisam buscar viver seus princípios e absolutos, não reproduzir os detalhes." (2) O que ele quer dizer com "princípios", "absolutos" e "detalhes"? A definição que ele faz desses termos ficaram claros quando também afirmou, "Estamos no negócio de construir o Reino de Deus." (3) Com base nessas duas declarações, pode-se somente assumir que ele quer dizer que a igreja precisa manter as doutrinas fundamentais da fé, mas esquecer-se das instruções para as igrejas dadas aos coríntios, a Timóteo (veja o Capítulo 8) e aos outros destinatários das epístolas do Novo Testamento em favor dos princípios empresariais do marketing discutidos na "Regra 1". O problema com essa abordagem é o simples fato que a metodologia da Palavra de Deus não pode ser ignorada e ao mesmo tempo a pureza de sua doutrina ser mantida. Como afirmado em um capítulo anterior - a obra de Deus precisa ser realizada do modo de Deus. Uma vez que os métodos do homem são empregados, a Palavra de Deus é contemporizada, e uma contemporização leva a outra até que o cristianismo autêntico deixa de existir. Quando levado até suas conclusões lógicas, esse é o ponto culminante da Religião Orientada Para Resultados. O fato é que a maioria das mega-igrejas afirma ser "orgulhosamente evangélicas". (É preciso observar que sob o guarda-chuva do termo 'evangélico' residem muitas tonalidades de igrejas não-denominacionais, interdenominacionais, conservadoras, carismáticas e independentes.) (mas)... geralmente não as fundamentalistas". (4). Essa declaração fundamental de posicionamento doutrinário é confirmada pela descrição, "... eles levam a Bíblia muito a sério, se não sempre literalmente". (5). Francamente, Lúcifer e seus anjos caídos encaram a Bíblia com muita seriedade, mas há um "grande abismo" que separa uma posição da inerrância
literal ou uma interpretação literal da Palavra de Deus e meramente "encarar a Bíblia com seriedade". Essa visão menos que literal da Palavra de Deus está levando muitos que usam o distintivo de "evangélico" a direções que continuam a alargar a distância entre as igrejas que mantêm a verdade bíblica e aquelas que estão simplesmente brincando de igreja. Essas direções são evidentes na declaração citada anteriormente de um pastor de uma dessas mega-igrejas quando ele disse, "Estamos no negócio de construir o Reino de Deus'". (6) Embora essa afirmação possa soar boa à primeira vista (e as intenções do pastor possam muito bem ser nobres - Deus é o juiz nesta matéria) há um erro insidioso e duplo nessa filosofia: 1. "Estamos no negócio de..." A essência dessa frase foi abordade na "Regra 2" do Jogo da Igreja do Novo Paradigma (veja o Capítulo 9). Muitos pastores de mega-igrejas vêem a si mesmos como o equivalente de um executivo presidente de uma grande empresa, e a igreja deve ser administrada como uma empresa secular. O empresário texano Bob Bufford, da Rede de Liderança, está intimamente envolvido nos aspectos de negócio do Movimento da Igreja do Novo Paradigma. A organização dele tem infundido as filosofias do consultor empresarial Peter Drucker no modelo de crescimento de igreja. Drucker acredita que as igrejas precisam fazer as seguintes perguntas: 1. 2. 3.
Qual é nosso negócio? Quem é o cliente? O que nosso cliente considera valor? (7)
Essas perguntas formam a filosofia central de participar no "negócio de construir o 'Reino de Deus'". Como afirmado no Capítulo 9, essa filosofia vem com crescimento - porque com crescimento vem um maior encargo financeiro e obrigações - para não mencionar a pressão para obter mais crescimento. Portanto, o pastor da mega-igreja que brinca com o Jogo da Igreja do Novo Paradigma precisa mudar sua posição de um líder espiritual, cuja principal responsabilidade é a fidelidade à Palavra de Deus, para a de um facilitador e executivo cuja principal responsabilidade é o crescimento numérico e financeiro. 2. "... construindo o Reino de Deus" •
A maioria dos cristãos não tem idéia do que envolve o "Reino de Deus", muito menos como "construi-lo". Isso se deve ao fato que a Igreja Católica Romana afirma ser a manifestação do Reino de Deus na Terra, com o papa como o "Vigário de Cristo", como seu líder. Isso surgiu da idéia que os judeus perderam o direito ao Reino Judaico quando crucificaram Jesus Cristo e a igreja os substituiu, ou suplantou, como herdeiros desse "reino". Entretanto, essa doutrina não somente é sem sustentação alguma na Palavra de Deus, mas é refutada pelo conjunto de Escrituras proféticas. Subseqüentemente, a retenção pela Reforma Protestante de muitos ensinos errôneos do catolicismo (veja o Capítulo 2), instilando a idéia da igreja como "Reino de Deus" ou encarregando os cristãos de expandirem
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ainda mais o Reino de Deus continua a ser ecoada por membros de igreja mal-orientados de todos os matizes. Essa "terminologia do Reino" também tem sido elevada nos anos recentes por carismáticos como Jack Hayford e Pat Robertson, dois dos principais expoentes da Teologia do Domínio. (Para uma descrição detalhada da Teologia do Domínio, veja o Capítulo 5.) Essa terminologia infiltrou-se na igreja por meio das livrarias "cristãs", a rede de televisão TBN, o Clube 700, e os "corinhos de louvor", como Majestade, cantados todos os domingos até mesmo em igrejas fundamentalistas e baseadas na Bíblia. A Palavra de Deus ensina a existência de dois "reinos". O primeiro é o "Reino de Deus" eterno, ou Reino dos Céus" (os dois termos são usados intercambiavelmente) onde está o trono eterno de Deus nos céus. Esse reino já está implantado e Deus certamente não precisa da ajuda de homem algum para construir seu reino. O segundo reino é o "Reino Milenar", que será presidido por Jesus Cristo em sua segunda vinda. É nesse reino que Deus cumprirá suas promessas feitas aos patriarcas de Israel e ao seu servo Davi. Embora a igreja arrebatada e glorificada estará envolvida nesse reino, o Reino Milenar não será "construído" até a segunda vinda de Cristo. A Palavra de Deus absolutamente não ensina que a igreja governará o mundo via um governo mundial teocrático antes da vinda de Jesus Cristo, como insistem os teólogos dominionistas.
Portanto, qualquer pessoa que declare "estar no negócio de construir o reino de Deus" não somente está demonstrando uma falta de compreensão da Palavra de Deus, caindo presa de ensinos errôneos, católico romano ou dominionista, mas também está brincando com Jogo da Igreja do Novo Paradigma. Essa afirmação praticamente resume as Regras de 1 a 3 do Jogo da Igreja do Novo Paradigma e leva os participantes ao próximo nível do jogo - as Regras de 4 a 5.
Regra 4 "Nunca critique aquilo que Deus está abençoando." (8) Esta regra baseia-se em duas suposições: 1. 2.
CRESCIMENTO = BÊNÇÃO OS CRISTÃOS DEVEM EVITAR AVALIAR FRANCA E PUBLICAMENTE OS MÉTODOS OU MOVIMENTOS NEO-EVANGÉLICOS
Uma vez que alguém pragmaticamente faça a primeira suposição que CRESCIMENTO = BÊNÇÃO, abre-se para as mais pavorosas conclusões. Por exemplo, a Associação Batista de Dallas, no Texas, ao promover a "Conferência de Transições da Igreja" declarou o seguinte: • • •
Deus está realizando uma nova coisa (veja os Capítulos 8 e 9) no mundo! 40 mil pessoas por dia estão confiando em Cristo na América Latina 70 mil pessoas por dia estão confiando em Cristo na China.
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As maiores igrejas na história do cristianismo estão sendo construídas agora. Países inteiros estão experimentando um reavivamento. Em todo o mundo, os líderes das igrejas estão tendo um novo sonho sobre como "fazer igreja". (9)
(A propósito, foi Dan Southerland quem ministrou esse seminário aos membros da ABD, em abril de 2003. Ele é o autor de Transição: Dirigindo Pessoas Através da Mudança e foi citado diversas vezes no Capítulo 9. Ele também é diretor e fundador da Church Transitions Inc. Essa organização ensina às igrejas o "Processo da Transição" de um modelo bíblico, separado e tradicional para o modelo do novo paradigma - posicionado para o crescimento exponencial. Como uma nota lateral, o boletim também faz a afirmação, "Venha e tenha comunhão com Dan, tenha comunhão com seus colegas no Reino..." (Novamente, a metodologia mal-colocada leva ao erro doutrinário.) Essa promoção está tentando vender a idéia que chegou o tempo de pular para dentro do vagão e provocar uma transicão em sua igreja de uma posição tradicional e separada para o modelo do novo paradigma porque Deus está abençoando o novo sonho de como fazer igreja com números que estão levando países inteiros ao reavivamento! Agora, quem em sã consciência não quereria receber esse derramamento das bênçãos de Deus? Qual cristão não gostaria de ver milhares de pessoas convertendo-se a Cristo? Qual pastor não gostaria que sua igreja fosse a maior igreja na história do cristianismo? Além de fazer essas perguntas, deve-se também ser muito cuidadoso para não ser nem um pouquinho crítico desses sucessos porque tal espírito crítico seria o mesmo que criticar o derramamento do Espírito de Deus. Além disso, se alguém conclui que CRESCIMENTO = BÊNÇÃO, a lógica diz que NENHUM CRESCIMENTO = MALDIÇÃO. Com base na conclusão que nenhum crescimento é o resultado da maldição de Deus sobre um dado ministério, existem milhares de pastores e missionários que trabalharam fielmente durante anos sem ver frutos visíveis de seus esforços que foram sem dúvida amaldiçoados por Deus. Poderia essa possibilidade ser verdadeira? Se o crescimento numérico deve ser a base para as bênçãos de Deus, não seriam a Igreja Católica Romana e a Igreja Mórmom as duas organizações mais abençoadas que "usam o nome de Jesus Cristo na face da Terra? Isso significa que qualquer pequeno trabalho é um triste fracasso à vista de Deus? Todos devem brincar de igreja com os números ou arriscar incorrer na maldição de Deus? Todos os verdadeiros pastores tementes a Deus estão sonhando esse "novo sonho'? De onde esse novo sonho se originou? Esse 'sonho' é o resultado da liderança do Espírito Santo de Deus, ou é a tática de marketing que alguém esquematizou para obter um determinado resultado? Embora todas essas perguntas mereçam uma resposta, outras questões precisam ser feitas primeiro: De onde a Associação Batista de Dallas obteve essas informações? Estão esses números de "pessoas que estão se convertendo a Cristo" vindo de igrejas bíblicas ou dos serviços carismáticos de informações? Os ministérios carismáticos têm um histórico de anunciar grandes reavivamentos em países do Terceiro Mundo, lotando os estádios com pessoas que desejam a cura para suas
enfermidades físicas ou testemunhar algum sinal sobrenatural. Foi exatamente o que aconteceu anos atrás no Brasil. De acordo com fontes como PTL (Praise The Lord) e TBN (Trinity Broadcast Network) houve um grande reavivamento no Brasil, mas contatos com missionários fundamentalistas bíblicos naquele país revelam que esse reavivamento foi uma total fabricação. A mesma dúvida precisa ser lançada nos números da Associação Batista de Dallas, e certamente ninguém em boa consciência poderia atribuir à metodologia do novo paradigma qualquer genuíno reavivamento pois há uma vasta diferença no verdadeiro reavivamento e um resultado numérico baseado nas táticas de marketing das agências de propaganda situadas na Avenida Madison, em Nova York. Isto posto, o terreno foi preparado pela Associação Batista de Dallas para que qualquer indivíduo em seu meio que venha a criticar o Seminário de Transições das Igrejas seja rotulado de divisivo ou cismático por criticar o derramamento do Espírito Santo. Os números são verdadeiramente convincentes e a evidência parece ser massacrante, de modo que por que alguém poderia pensar em criticar tal movimento? De modo a ganhar uma melhor compreensão, um exame mais de perto em alguns dos detalhes dessa transição precisam ser investigados. As seguintes são as orientações para fazer a transição da igreja conforme delineadas pelos principais pensadores do novo paradigma: 1. 2. 3. 4.
Faça tudo o que for necessário para alcançar as pessoas para Cristo. Esqueça as preferências pessoais para alcançar os perdidos. Enfoque os objetivos pragmáticos medidos em vez de os objetivos acadêmicos. Enfoque na experiência.
Cada um desses pontos pontos precisa ser tratado rapidamente para se compreender bem as direções do pensamento do novo paradigma. 1. Faça tudo o que for necessário para alcançar as pessoas para Cristo. Essa primeira orientação soa muito piedosa e espiritual. Aceitando-se essa afirmação como está, a maioria dos leitores deste manuscrito concordaria que tais esforços de evangelismo são requeridos desde que a metodologia esteja dentro do contexto bíblico. Entretanto, é preciso lembrar o contexto dessa afirmação. Ela deve ser lida assim: "Faça tudo o que for necessário para alcançar seu mercado-alvo para Cristo." Isso simplesmente significa que uma igreja precisa: A. B. C. D. E.
Fazer toda a pesquisa de marketing necessária para identificar os desejos e as necessidades do mercado. Desenvolver um plano sistemático para apelar a esses desejos e necessidades. Dar ao mercado-alvo aquilo que ele quer. Ler, traduzir e identificar-se com a cultura do mercado-alvo. Uma vez que os indivíduos visados estejam no edifício da igreja, manipulálos psicologicamente até o ponto em que recebam o evangelho de Cristo.
A distância desses conceitos dos princípios da Palavra de Deus devem "fazer gelar o sangue nas veias" de qualquer filho genuíno de Deus. Isso exemplifica,
entretanto, a transição da "Religião dos Velhos e Bons Tempos" para a Religião Orientada Para Resultados. 2. Esqueça as preferências pessoais para alcançar os perdidos. (12) Novamente, essa afirmação precisa ser vista em seu contexto. Por exemplo: A. B. C. D. E. F.
A preferência de um estilo de adoração tradicional sobre a escolha de um serviço contemporâneo de escolha do mercado-alvo. A preferência de hinos tradicionais para os "corinhos de louvor". A preferência da Bíblia Almeida Corrigida e Fiel [equivalente da King James Version] para uma pletora de traduções modernas. A preferência de um coro de igreja para uma "banda de louvor". A preferência da pregação expositiva para sermões curtos e práticos e/ou apresentações dramáticas. A preferência para buscar alcançar toda a cidade/bairro em vez de apenas o mercado-alvo.
Algumas dessas preferências serão discutidas em detalhes dentro da "Regra 5" e a lista poderia ser bem mais extensa; mas o ponto está claro. Muitas questões do serviço da igreja ou procedimentos operacionais da igreja vistos pelo modo de pensar do novo paradigma como meras "preferências" são vistos por aqueles que interpretam a Palavra de Deus literalmente como princípios bíblicos. A estratégia para atacar (ou marginalizar) aqueles que escolhem tomar uma posição nessas questões e em questões similares serão verbalizadas com a defesa: "Isto não é bíblico - é apenas sua preferência pessoal e você está fazendo que suas preferências impeçam a obra de Deus." 3. Enfoque em objetivos pragmáticos e medidos em vez de acadêmicos. (13) O foco nos objetivos pragmáticos está baseado na mesma posição que CRESCIMENTO=BÊNÇÃO. Os objetivos pragmáticos dizem que se um plano de ação resulta na execução bem sucedida de um determinado resultado, esse resultado (bem como os métodos usados para alcançar o resultado) precisam ser a vontade de Deus para o ministério e evidências da bênção de Deus. Além disso, para garantir a replicação do resultado, o processo precisa passar por precisas medições e procedimentos. Essas medições podem estar baseadas no número de respondentes, no dinheiro coletado nas ofertas, na venda de materiais relacionados, ou no crescimento mensurado da igreja. Essas mensurações podem ser equiparadas aos balanços de lucros e perdas ou gráficos de crescimento das receitas. Todo esse programa é muito similar aos modelos empresariais, como o Controle Estatístico do Processo, os procedimentos das normas ISO, ou o Gerencimento da Qualidade Total. A chave para o processo neste caso, entretanto, é a correlação do sucesso do programa com as bênçãos de Deus no próprio processo. Por outro lado, o "antigo modo de pensar" pode incluir objetivos acadêmicos e não-pragmáticos, como expor a verdade da Palavra de Deus, a edificação dos ouvintes, a comunhão dos crentes, o crescimento espiritual, o impacto da Palavra de Deus nos corações dos ouvintes, corações transformados, vidas transformadas e vida
santa. Todos esses objetivos acadêmicos e tradicionais não necessariamente resultariam em crescimento da igreja. As pessoas que porventura compareçam a um serviço de igreja que propague esses objetivos podem não tolerar a intrusão da Palavra de Deus em seus desejos carnais; e alguns indivíduos podem não lidar bem com a afronta ao seu estilo de vida pessoal. Além disso, muitos desses objetivos nunca poderiam ser medidos precisamente deste lado da eternidade. Entretanto, a obtenção desses objetivos colherá retribuições eternas em vez de garantir autosatisfação temporária do ouvinte ou o crescimento e enriquecimento da organização. 4. Enfoque na Experiência. (14) Os "Três Pilares" da igreja orientada para resultados são "Relevante, Animada e Prática". Esses três pontos focais são a fundação da implementação da metodologia do novo paradigma. Esses pontos serão tratados em mais detalhes na "Regra 5", mas é preciso compreender que qualquer coisa na cultura atual que é caracterizada por esses três princípios precisa estar baseada na experiência humana a partir de uma perspectiva secular. Nesse caso, se alguém desejar se relacionar com o Henrique e a Simone sem-igreja, precisa relacionar-se com a relevância contemporânea para as experiências de vida pessoais do Henrique e da Simone. Portanto, qualquer tentativa de alcançar o Henrique e a Simone com o evangelho em qualquer nível fora daquilo que eles reconhecem como sendo de relevância prática derivada da experiência pessoal é fútil, e o Henrique e a Simone nunca irão então adentrar pela porta da igreja. Se esse é absolutamente o caso, a abordagem ao ministério precisa estar baseada e em sintonia com a cultura pós-moderna. Um dos melhores exemplos da implementação desse método é o estilo de encontro de grupo do "Estudo da Bíblia" em que cada um dos participantes relaciona-se com uma determinada passagem das Escrituras com base em "O que esta passagem diz para mim?" A essência de tal "estudo" depende de uma interpretação das Escrituras com base na experiência individual da pessoa. Tais exercícios, na maior parte das vezes, simplesmente resultam em uma "acumulação da ignorância" (15) sem que ninguém deixe a sessão remotamente enriquecido com o alimento sólido da Palavra de Deus. Uma vez que esse estilo de metodologia seja adotado, questões mais sérias aparecem na igreja. Por exemplo, uma igreja pode adotar uma determinada posição em qualquer variedade de assuntos - divórcio e recasamento, participação em sociedades secretas, qualificações para os pastores e diáconos, homossexualidade, aborto, etc. ad nauseum com base nas experiências pessoais na vida do "facilitador da visão para a igreja" em vez de em "Assim diz o SENHOR". Conclusão da Regra 4: Se a Palavra de Deus é para ser obedecida, a busca por uma espiritualidade orientada pela experiência dentro da igreja precisa ceder lugar à vida dirigida e cheia com o Espírito Santo. Além disso, a vida cheia do Espírito somente pode ser derivada da total obediência à Palavra de Deus interpretada dentro de seu contexto. Do contrário, o foco na experiência é uma abordagem auto-centrada à espiritualidade com total ambivalência aos mandamentos da Palavra de Deus. A idéia da caminhada cristã baseada em "Como me relaciono com Deus e o que Ele faz por mim" é absolutamente risível. Essa teologia psicologizada tem levado muitas pessoas na igreja a adotarem uma atitude em relação a Deus e à Sua Palavra que caracteriza os
membros da igreja moderna como "filhos mimados de Deus" em vez de santos obedientes e altruístas e um Deus que é caracterizado mais como uma "mamãe ganso" (16) do que o Criador onipotente do universo, que exige obediência à Sua Palavra. A igreja precisa esquecer a abordagem fatal orientada para resultados no ministério, "retornar ao básico" da Palavra de Deus e seguir os princípios de governança da igreja, conforme prescritos nas epístolas de 1 e 2 Timóteo. (Veja o Capítulo 6.) O édito de "nunca criticar aquilo que Deus está abençoando" não somente leva o filho de Deus mais para fundo na precária e confusa teia da tolerância pós-moderna (veja o Capítulo 6), mas também leva o indivíduo a um caminho que está em oposição direta à Palavra de Deus. Um dos mais notáveis elogios em todo o Novo Testamento foi dado aos bereanos em Atos 17:11: "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim." Embora as palavras que os bereanos estivessem avaliando fossem verdadeiras, eles confirmaram tudo o que ouviram com a verdade da Palavra de Deus. Porventura o autor do livro de Atos os criticou por terem sido tão julgadores, divisivos ou intolerantes? O autor do livro de Atos os condenou por não aceitarem a palavra dos missionários sem nada questionar? Não, muito pelo contrário, os bereanos foram elogiados por manterem a Palavra de Deus como o padrão e a base da verdade exatamente como os cristãos de hoje deveriam também fazer, e exatamente como o apóstolo Paulo afirmou, "Mas o que é espiritual discerne bem tudo". (17) Usar a Palavra de Deus como o padrão final de medição não está muito mais na moda, e os verdadeiros cristãos estão enfrentando cada vez mais acusações de preconceito, arrogância e intolerância. Entretanto, existem algumas regras básicas que todo cristão deve seguir na preparação para encontrar qualquer diálogo religioso: • • • • • • •
Observar que a Palavra de Deus é exatamente isto - a Palavra de Deus. O Espírito Santo é o instrutor; somente Ele pode revelar a Palavra de Deus. Encher o coração e a mente com o conteúdo das Escrituras. Testar todos os mestres, como fizeram os bereanos. Gastar mais tempo em comunhão com o Senhor. Avaliar constantemente os sermões, estudos bíblicos, aulas na Escola Dominical, etc. Se quiser saber o que Deus quer que você saiba, permita que as Escrituras interpretem as Escrituras. (18)
Como Chuck Missler freqüentemente diz, "Não acredite em uma palavra do que eu digo... Vá para casa, compare minhas afirmações com o padrão da Palavra de Deus, e então faça uma avaliação da validade das minhas afirmações com base nesse padrão." Se os cristãos avaliassem honestamente o Jogo da Igreja do Novo Paradigma com base unicamente na Palavra de Deus, ninguém mais participaria nesse passatempo frívolo. O ponto crucial do problema reside no fato que a vasta maioria dos cristãos professos prefere seguir a visão que algum homem teve do que aquilo que Deus falou de forma bem clara em Sua Palavra.
Em resumo, a Regra 4 é meramente uma acusação velada de intolerância contra qualquer um que questione a validade da teoria de que CRESCIMENTO = BÊNÇÃO. Uma vez que os números impressionantes da Religião Orientada Para Resultados são medidos pelo padrão da Palavra de Deus, a Igreja do Novo Paradigma desaba do elevado pedestal da aclamação para as profundezas das tentativas humanas e mundanas de contornarem ou evitarem as instruções escritas de Deus.
Regra 5 Nunca Comunique a Palavra de Deus em um Estilo Fora de Moda. (19) O Dr. Rick Warren, da Igreja de Saddleback, é o originador dessa regra para a igreja do novo paradigma. Em seu livro, Uma Igreja com Propósitos, o Dr. Warren faz diretamente a pergunta, "Você está sendo fiel à Palavra de Deus se insistir em comunicá-la em um estilo fora de moda?" (20). Ele também diz, "Defendo a posição que quando uma igreja continua a usar métodos que não funcionam mais, isso é ser infiel a Cristo." (21). Para responder a essas acusações, é preciso primeiro fazer uma análise das perguntas com base na metodologia incorporada pela igreja do novo paradigma. Essa metodologia do novo paradigma, conforme ela se relaciona com os estilos fora de moda" e "métodos que não funcionam mais" podem ser discutidos sob os seguintes títulos: • • •
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A igreja deve se relacionar com a cultura popular. Escolha um nome neutro. Como a tradução Almeida Corrigida Fiel [equivalente da King James Version, em inglês] cria uma imensa barreira cultural, use exclusivamente as traduções modernas. Enfoque o atendimento das necessidades sentidas do mercado-alvo utilizando psicologia, aconselhamento e dinâmicas de grupos. Utilize a tecnologia e talentos disponíveis para obter impacto visual e emocional. Não seja enfadonho. A IGREJA DEVE RELACIONAR-SE COM A CULTURA POPULAR
Relacionar-se com a cultura popular é a base para o modo de pensar do novo paradigma, e é esse raciocínio furado que inicia mais uma descida à apostasia. Entretanto, é muito interessante (conforme registrado nos capítulos anteriores) que a batalha (mal-posicionada como possa estar) para "salvar a cultura e a herança cristã" deteriorou-se ao ponto que a igreja precisa agora relacionar-se com a cultura pósmoderna para experimentar crescimento. Se alguém pudesse viajar de volta no tempo para os anos 60 e examinar as origens da cultura pós-moderna de hoje, ver de primeira mão o movimento hippie, e estudar o estilo de vida dos "Malucos por Jesus" ninguém poderia ter imaginado que essas filosofias teriam um peso tão grande sobre o braço conservador da igreja evangélica na virada para o século XXI. A maioria dos cristãos conservadores (com algumas exceções notáveis, como Billy Graham) ficou horrorizada com o caminho cultural que aqueles jovens tinham começado a percorrer. Esse grupo, como regra geral, via o Filho de Deus como "um rebelde barbudo com uma causa, de 2000 anos atrás" (22). Porém, parcialmente
alimentados pelo apoio de homens como Billy Graham, "Malucos por Jesus", como Bill Hybels, conseguiram com sucesso integrar aquela mesma cultura no reino do evangelicalismo conservador. Para conseguir essa tarefa, a estratégia da infiltração, proposta com estardalhaço pelos neo-evangélicos (veja o Capítulo 3), foi brilhantemente executada para fazer a transição do evangelicalismo conservador e o de muitos fundamentalistas para o pensamento do novo paradigma. Esses aspectos do modo de pensar do novo paradigma são resumidos na seguinte afirmação do guru de crescimento de igrejas Donald McGavran, "Os maiores obstáculos para a conversão são sociais, não teológicos." (23) Essa afirmação, na verdade, abre a porta para a edição cultural do evangelho de Jesus Cristo até um ponto que o desfigura e o torna irreconhecível biblicamente. Se os obstáculos são sociais, os relacionamentos sociais e os princípios da psicologia humanista devem tomar precedência sobre o ensino doutrinário da Palavra de Deus. Em segundo lugar, se esse é então o caso, a igreja deve identificar-se com a cultura, abraçar a cultura, e realinhar suas prioridades para dar aos princípios da psicologia humanista domínio sobre os princípios doutrinários da Palavra de Deus de modo a ganhar convertidos e experimentar o crescimento exponencial da igreja. Os resultados finais de tal "ministério" produzirão pessoas que não terão mais a capacidade de discernir a diferença "nos ensinos das Escrituras e nos do psicólogo Carl Rogers". (24) Foi exatamente isso que aconteceu na Igreja da Comunidade de Willow Creek, pastoreada por ninguém menos que o ex-"Maluco por Jesus" Bill Hybels. Um exemplo dessa posição pode ser vividamente ilustrada analisando-se um sermão pregado em uma igreja do novo paradigma em um bairro residencial elegante de Atlanta, na Geórgia, em 2/11/2003. A estrutura em tópicos da mensagem foi anotada por este autor, que estava entre as estimadas 7.500 pessoas presentes naquele culto dominical. Mesmo sabendo o que deveria ser esperado em uma "igreja" como aquela, o conteúdo da mensagem foi muito pior do que poderia ser imaginado. Pelo menos o pastor preparou os ouvintes para o pior quando afirmou que compreendia que muitos dos presentes tinham crescido na igreja; e que alguns teriam problemas com a experiência. Entretanto, para deixar todos os presentes à vontade (com algumas poucas exceções - uma das quais pode ser você), ele afirmou, "Nós nos desfizemos da parte da igreja..." Todo o programa (que iniciou com uma solista cantando o sucesso do momento "Por que os tolos de apaixonam?") e sua mensagem em particular confirmou esse comentário além de qualquer sombra de dúvida: O tema do sermão foi "Fazendo a Coisa Certa". O veículo por meio do qual esse tema foi ilustrado foi o exercício de sabedoria na área da pureza sexual. A mensagem alinhou-se perfeitamente com os "Três Pilares" da igreja do novo paradigma mencionados anteriormente. Ela foi relevante, animada e prática. Entretanto, ela não foi bíblica. O resumo da estrutura em tópicos é o seguinte: A. Qual é a coisa sábia a fazer? 1. 2. 3.
Baseie suas decisões e ações em suas experiências passadas. Adicionalmente, considere sua situação atual. Considere o impacto das suas decisões no futuro.
4.
"Vemos a nós mesmos quando respondemos à pergunta e ao mesmo tempo consideramos essas diretrizes".
B. "A razão por que fazemos a coisa errada é por que nos recusamos a fazer a coisa certa." 1. 2. 3.
"A cultura nos atraiu a fazer moralmente a coisa errada." "Qual é a coisa sábia a fazer com base na minha experiência?" "O único modo de se guardar moralmente é perguntar a si mesmo "Qual é a coisa sábia a fazer?'"
C. Deus, como um bom pai, nos diz para fugirmos da imoralidade sexual (1 Coríntios 6:18). D. Ações que não são sábias levam à conseqüências sérias na vida mais tarde. E. Devemos estabelecer padrões pessoais que nos inibam de cruzar a linha para atos que não são sábios. Essa mensagem teria sido mais apropriada para uma palestra secular da Dra. Laura Schlessinger (que provavelmente também utilizaria mais referências religiosas). Entretanto, essa mensagem foi baseada estritamente na psicologia, e não na Bíblia. Uma análise dos pontos principais revela o seguinte: •
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A afirmação de que a sabedoria é derivada da experiência pessoal está em oposição direta e absoluta à Palavra de Deus. A Bíblia diz, "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus..." [Tiago 1:5] A verdadeira sabedoria vem de Deus, não da experiência humana. Fazer as pessoas buscarem sabedoria dentro de sua própria experiência de vida é uma direção para avaliar toda a verdade com base na experiência. A sabedoria não é algum conhecimento mais elevado ou inteligência especial. Sabedoria é como você olha para a vida e reage a ela. Buscar sabedoria a partir das próprias experiências é lançar Deus e Sua Palavra para o escanteio na busca da iluminação humanista. A primeira menção de Deus nessa mensagem ocorreu na quarta parte final do discurso. Quando Deus foi finalmente mencionado, não houve uma advertência que a imoralidade é uma afronta à sua santidade. Não houve menção das conseqüências eternas do pecado. Não houve evangelho da graça declarado para o perdão dos pecados. Não houve um chamado ao auto-exame e ao arrependimento, e também não houve uma convite à retidão. Deus foi descrito apenas como um pai preocupado que deseja que seus filhos afastem-se de algo que poderá lhes ser prejudicial. Na verdade, o pastor quase pediu desculpas ao referenciar coisas que poderiam mesmo que ligeiramente afrontar aqueles que "não eram religiosos". Finalmente, o pastor exortou a congregação a definir padrões pessoais para inibirem suas ações dentro de certos limites morais. Na realidade, a definição de "limites" é um método psicológico muito popular que está sendo defendido na sociedade atualmente.
Em conclusão, a afirmação do pastor sobre "desfazer-se da parte da igreja" certamente se aplicou à sua mensagem. De uma só vez, esse pastor do novo paradigma se livrou da igreja, das conseqüências eternas do pecado, da natureza de
Deus e do evangelho de Jesus Cristo. Em lugar de todos esses princípios bíblicos, ele apresentou psicologia humanista sob o disfarçe de cristianismo evangélico conservador. A despeito de mensagens que ignoram totalmente os ensinos da Palavra de Deus, milhares continuam a afluir para essa e outras igrejas do novo paradigma porque as massas são manipuladas emocionalmente a uma experiência religiosa nãoameaçadora que faz as pessoas se sentirem bem consigo mesmas. Se a cultura pós-moderna, que enfatiza mais a psicologia que a teologia, for usada para fazer uma igreja crescer, tal igreja logo cessará de ser uma verdadeira igreja (veja o Capítulo 2) - pois, como foi conclusivamente ilustrado, a mensagem precisa mudar para acomodar uma cosmovisão psicológica. O mesmo se aplica em outras áreas, como o ensino da evolução como um fato científico, a aceitação da homossexualidade, etc. Embora essas questões e filosofias estejam em contradição direta à Palavra de Deus, a igreja do novo paradigma precisa chegar a um consenso com o Henrique e a Simone sem-igreja sobre esses tópicos para que eles adentrem pela porta da frente da igreja. Como ilustrado em outros casos, Rick Warren novamente abusa da credulidade e insulta a inteligência de seus leitores no livro Uma Igreja com Propósitos, com a revelação esclarecedora, "Quando Jesus disse aos seus discípulos para comerem o que for colocado diante deles, estava instruindo-os a serem sensíveis à cultura local." Os discípulos viviam em Israel - a cultura judaica. Eles compartilhavam a cultura judaica baseada na Lei Mosaica como todos aqueles com quem se comunicavam. Em outras palavras, eles já faziam parte da mesma cultura, e para o Dr. Warren manipular as Escrituras em uma tentativa anêmica de justificar metodologia sem base escriturística é claramente enganoso. Com Rick Warren como o "menino poster" (e a despeito do ensino específico na Palavra de Deus exigindo santidade e separação), a igreja do novo paradigma convida as filosofias humanistas do mundo para se infiltrarem e permearem a teologia cristã até o ponto que a síntese resultante crie um ambiente de transição na igreja que deixe o descrente muito à vontade, em conforto. Como resultado dessa síntese, essa pseudo-igreja começa a buscar ao deus (a inicial minúscula é intencional) que deseja em vez de o Deus eterno e onipotente. À medida que essas filosofias começam a se construir uma sobre a outra e se multiplicar, igrejas como as das Comunidades de Willow Creek, Saddleback e Northpoint alcançam o resultado dual do crescimento exponencial e a erradicação do fundamentalismo fora de moda de seu meio.
ESCOLHA UM NOME NEUTRO A Igreja de Saddleback, pastoreada por Rick Warren, está afiliada à Convenção Batista do Sul dos EUA e o Dr. Warren foi educado em seminários da Convenção Batista. A igreja de Saddleback é uma igreja batista. Entretanto, o nome dela não é Igreja Batista de Saddleback, mas simplesmente Igreja da Comunidade de Saddleback. O Dr. Warren insiste que a eliminação de "Batista" do nome não é uma contemporização, mas uma estratégia de marketing. (25) Evidentemente, muitos outros pastores chegaram à mesma conclusão e o nome "Igreja da Comunidade" está se tornando cada vez mais comum nos últimos anos. Muitas dessas igrejas têm
tradicionalmente adotado um rótulo "não-denominacional", porém cada vez mais, as igrejas estão se movendo para uma posição "interdenominacional". A principal razão para deixar os estigmas denominacionais é evitar perder aqueles que discordam das posições de um determinado grupo ou denominação. Por exemplo, as igrejas batistas ensinam o batismo por imersão após a salvação, a segurança eterna dos crentes e a autonomia da igreja local. Isso difere das denominações protestantes que mantiveram as práticas católicas do batismo infantil, a perda da salvação por continuar a pecar, e a hierarquia eclesiástica. Como base nesses dois exemplos, a igreja não-denominacional, como regra geral, adota um sistema de crenças que cruza as barreiras denominacionais tradicionais. Por exemplo, uma igreja não-denominacional pode praticar o batismo infantil e ao mesmo tempo ensinar a segurança eterna do crente. Por outro lado, a igreja interdenominacional busca eliminar os credos teológicos e encontrar um terreno comum com todas as denominações com base em "Apenas ame a Jesus - a teologia só atrapalha." (26) A Igreja da Comunidade de Willow Creek identifica-se como interdenominacional. Isso simplesmente significa que Willow Creek aceita pessoas de qualquer matiz denominacional e, como outras igrejas do novo paradigma que usa um nome neutro, não é dirigida por um sistema de crenças ou por uma determinada teologia, mas sim por uma filosofia de marketing. A TRADUÇÃO DE ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL CRIA BARREIRAS CULTURAIS USE TRADUÇÕES MODERNAS Este autor tem uma posição totalmente pró-KJV (King James Version, equivalente da tradução Almeida, Corrigida e Fiel), mas também está muito ciente das dinâmicas potencialmente destrutivas do debate sobre as traduções. Antes de iniciar qualquer debate, qualquer discussão, ou apresentar argumentos sobre a questão da tradução, é preciso ser muito cuidadoso para lembrar que essas discussões giram em torno da Palavra de Deus e, assim, o assunto deve ser abordado com reverente conhecimento das palavras que se originaram muito além do nível humano. O fato é que a KJV e a NKJV (New King James Version) são as únicas traduções inglesas das Escrituras que estão baseadas exclusivamente no Texto Bizantino da igreja primitiva (não-católica) - o Textus Receptus (o Texto Recebido), e esse foi o texto usado pela verdadeira igreja por mais de 1.600 anos. Como discutido no Capítulo 2, todas as traduções modernas, com exceção da NKJV, utilizam o Novo Testamento de Wescott e Hort, e a história é conclusiva que as intenções de Wescott e Hort eram descontinuar (se não destruir) o Texto Recebido, os manuscritos usados por Wycliff, Tyndale e Coverdale em todas as primeiras traduções das Escrituras Sagradas para o inglês. Isto posto, aqui não é o local para entrar no debate sobre as traduções, e este autor também não adota a posição que os fundamentalistas de boa fé que optam por uma posição mais branda sobre a questão da tradução "afastaramse da fé". Entretanto, esses fundamentalistas precisam estar bem cientes do fato que a utilização de traduções modernas das Escrituras tornou-se uma estratégia crítica na criação da igreja do novo paradigma. Quando implementada em todos seus outros aspectos, essa estratégia resultará na criação de uma igreja para a cultura pósmoderna que desafia todos os aspectos do fundamentalismo e busca fazer a transição da igreja para uma religião híbrida que atraia um segmento populacional de nível social mais elevado. Com base unicamente nesse fato, as igrejas com a coragem de
seguir e preservar as instruções das Escrituras precisam também adotar uma política que exija que somente uma tradução baseada no Texto Recebido (como a Almeida Corrigida e Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana, ou a Almeida Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil) seja usada do púlpito, em todos os materiais para a Escola Dominical, por todos os professores que lecionam na Escola Dominical, e em todas as funções oficiais da igreja. Sempre haverá alguns que discordarão dessa posição, mas os seguintes aspectos precisam ser considerados: • •
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Deus fala a Seus filhos por meio de Sua Palavra pela iluminação do Espírito Santo. Como o Espírito Santo é sobrenatural, não precisa de uma tradução moderna para iluminar Seus filhos quando os corações deles estiverem receptivos à Sua direção. Como o pastor e os professores da Escola Dominical são chamados pelo Espírito Santo para pregar e ensinar a Palavra, precisam dedicar tempo ao estudo e em oração sob a direção do Espírito Santo para comunicar com exatidão a Palavra de Deus aos ouvintes. Sendo esse o caso, as questões de linguagem arcaica são eliminadas na pregação e o ensino sob a orientação e direção do Espírito Santo. Assim, quando o pastor e os professores da Escola Dominical trabalham sob a direção do Espírito Santo ao comunicarem a Palavra de Deus, qualquer vantagem percebida oferecida pelas traduções modernas torna-se irrelevante. Nenhuma ação precisa ser tomada com membros individuais que preferem as traduções modernas à ACF, mas a igreja precisa adotar um padrão, fixar uma estaca no chão e fazer uma declaração oficial em favor da ACF para repelir qualquer tendência à apostasia. (Logicamente, os membros da igreja precisam ser informados sobre as razões da tomada de posição da igreja.)
A história registra que uma vez que uma igreja começa a se afastar de uma posição de coragem e verdade bíblicas, a descida torna-se um efeito bola de neve que cresce sobre si mesmo até que um afastamento completo da verdade seja manifestado. Se uma igreja determinar recusar-se a contemporizar em qualquer questão, tal deslize para baixo bem pode ser evitado. Entretanto, uma vez que o deslize seja iniciado, torna-se um trem de carga descontrolado rumando em direção à apostasia e à infidelidade espiritual. Adotando uma posição firme em relação à tradução Almeida Corrigida e Fiel, uma igreja local estabelece de forma absoluta uma linha de base para a preservação da "fé uma vez entregue aos santos" para seus membros, e também servirá de farol para aqueles que estiverem procurando um ministério com a coragem de defender todos os princípios fundados firmemente na verdade e no poder da Palavra de Deus. ENFOQUE NAS NECESSIDADES SENTIDAS, UTILIZE A PSICOLOGIA E O ACONSELHAMENTO A cultura pós-moderna da sociedade ocidental tornou-se uma cultura da psicologia e, aparentemente, ninguém mais é responsável por seus próprios atos. Todos são vítimas: Meus problemas foram causados por outra pessoa; agi de uma
maneira imprópria por que sofri abuso na infância; tenho estes problemas por que passei por privações quando criança; sou simplesmente uma vítima do ambiente em que vivi; sou basicamente uma boa pessoa, mas não tenho auto-estima devido às ações de outras pessoas; preciso... preciso... preciso, e outra pessoa é a culpada. A reação popular a essa vitimização maciça da sociedade é o aconselhamento ou a terapia, e a "grande comunidade evangélica" não é exceção à regra. O fato é que a igreja evangélica foi "seqüestrada pela psicologia no fim dos anos 70" (27) e nunca mais retornou à sua habitação original. Como evidência disso, alguns dos evangélicos mais famosos são "psicólogos cristãos" que ganharam fama e dinheiro propagando uma síntese de ensino cristão com a psicologia popular. O problema intrínseco associado com tal síntese é o fato que (como indicado no Capítulo 8), os conceitos do genuíno cristianismo e da psicologia serem diametralmente opostos. Em resumo, a psicologia procura olhar dentro do indivíduo para encontrar bondade e força, ao mesmo tempo em que acusa as influências externas pelas deficiências do indivíduo. O cristianismo, por outro lado, ensina que o indivíduo é um pecador depravado sem justiça própria e cuja única esperança é a justiça imputada de Jesus Cristo. A psicologia procura formar a auto-estima do indivíduo, enquanto a Palavra de Deus declara que os indivíduos devem "considerar os outros superiores a si mesmo". [Filipenses 2:3] Em essência, a "Geração do EU" busca auto-justificação dentro de si mesmos em vez de buscar a justificação diante de Deus pela fé na obra consumada de Jesus Cristo. Assim, na busca de um caminho de auto-realização, a igreja evangélica hoje desenvolveu um "novo evangelho" que é mais apropriado para atender às necessidades sentidas do Henrique Sem-Igreja, da Simone Sem-Igreja, ou do típico residente do Vale de Saddleback, do que em tratar a questão das suas ofensas à justiça de um Deus que é santo. Esse "novo evangelho" precisa incorporar a terminologia da psicologia para garantir que os indivíduos sem-igreja possam relacionar-se em um nível prático, e precisam apelar ao atendimento das necessidades sentidas e emocionais dos sem-igreja, de modo a fazê-los compreender a necessidade de freqüentar regularmente a igreja. Os princípios desse "novo evangelho" são os seguintes: • • • • •
"Libertar da baixa auto-estima. Libertar do vazio e da solidão. Um modo de realização e de sentir emoções. Um modo de receber os desejos do coração. Um modo de atender às suas necessidades." (28)
Como ilustrado anteriormente pelo "sermão" em Atlanta, esses conceitos permearam totalmente a Igreja do Novo Paradigma. O conteúdo das mensagens nessas igrejas está baseado em vários princípios: • • • •
(Como já mencionado) A tradução Almeida Corrigida e Fiel nunca é usada. Categorias psicológicas tendem a ser descritas como princípios bíblicos. (29) As mensagens da igreja são mais de redução do estresse do que sobre a salvação. As mensagens são mais terapêuticas do que teológicas.
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A ênfase é mais sobre sentir-se bem consigo mesmo do que em lidar com as conseqüências do pecado individual.
O Jogo da Igreja do Novo Paradigma enfoca a manipulação emocional do Henrique e da Simone Sem-Igreja para o propósito de evangelismo. Bill Hybels, pastor da Igreja da Comunidade de Willow Creek, prontamente admite que "uma quantidade significativa do conteúdo da mensagem do fim de semana vem da psicologia" (30) e ele "tende a descrever as categorias psicológicas como princípios bíblicos". (31) Entretanto, esses métodos dão margem às seguintes perguntas: O Espírito Santo atrai homens e mulheres para a salvação por meio da manipulação emocional? Pode o genuíno reavivamento ocorrer por meio da terapia? Sermões como o pregado na igreja em Atlanta, em 2/11/2003, levam os indivíduos ao arrependimento e à fé, ou estão meramente fazendo a igreja crescer permitindo o auto-engano espiritual? A "psicologia cristã" realmente existe, ou está John McArthur correto quando diz que o termo é um oxímoro? (32) Existe realmente o "aconselhamento cristão? E, em caso afirmativo, exatamente o que ele envolve? (Essas perguntas foram apresentadas por este autor durante uma entrevista pessoal com um indivíduo que tem um diploma de Mestre em Ciências em Aconselhamento pela Universidade Bob Jones. As observações citadas nos parágrafos a seguir foram compiladas nessa entrevista. O psicólogo cristão defenderá a posição que: ESCRITURA + MÉTODOS PSICOLÓGICOS = AJUDA Entretanto, como pode a infusão do humanismo no cristianismo bíblico fazer algo senão corromper o cristianismo bíblico? A Bíblia é muito clara que todas as respostas aos problemas da vida são encontradas dentro da palavra revelada de Deus. Isso significa que se alguém estiver buscando a "coisa sábia a fazer", lidar com o pecado pessoal, lutar com relacionamentos interpessoais, ou determinar qual metodologia deve ser usada para alcançar os perdidos - as respostas não se encontram na experiência do homem, nas estratégias do marketing ou na psicologia. As respostas, entretanto, residem dentro das páginas da eterna e infalível Palavra de Deus. Portanto, ao buscar o aconselhamento cristão, a pessoa deve buscar aqueles que seguem as instruções da Palavra de Deus para encontrar as respostas para os dilemas da vida. Com base nessa verdade, a fórmula da psicologia cristã deve ser redefinida: ESCRITURA + MÉTODOS PSICOLÓGICOS = PERVERSÃO DA VERDADE Essa fórmula também precisa ser vista como outra implementação da Dialética Hegeliana: ESCRITURA (TESE) x PSICOLOGIA CLÍNICA (ANTÍTESE) = RESULTADO (SÍNTESE) Neste caso, o resultado é uma perversão da verdade ensinada pela Igreja do Novo Paradigma e pelos "psicólogos cristãos" em uma nova religião híbrida - a Religião Orientada Para Resultados. Esse aspecto da Religião Orientada Para Resultados é alarmante e foi discutida no Capítulo 9. Os resultados das múltiplas implementações do processo dialético hegeliano ameaçam a própria existência da verdadeira igreja e do genuíno cristianismo baseado na Bíblia e a infusão da síntese psicológica na igreja iniciou esse processo até o ponto em que ele agora está
operando a pleno vapor. O fato da questão é que a Igreja do Novo Paradigma permeou tanto o cristianismo evangélico que encontrar uma igreja baseada na Bíblia que ainda não tenha sido pervertida pela psicologia é quase impossível. Por outro lado, o aconselhamento bíblico cristão não buscará infundir o humanismo no cristianismo bíblico; mas, ao invés disso, o conselheiro cristão bíblico manterá as Escrituras em seus próprios méritos e princípios. Como a Palavra de Deus ensina que o cristão está em uma luta constante contra a velha natureza pecaminosa, os indivíduos precisam se confrontar com a fonte do problema e abordar cada questão a partir de uma posição de fraqueza humana e sob a ótica de um Deus Santo - em vez de procurar atribuir a culpa aos outros. O conselheiro cristão baseado na Bíblia forçará o indivíduo a ver a si mesmo como Deus o vê e a lidar com seus problemas a partir da perspectiva que eles são provavelmente conseqüência do pecado. Asim, a fórmula escriturística do aconselhamento está em oposição direta à fórmula proposta pela cultura pós-moderna da psicologia. (33) Quando a Igreja do Novo Paradigma infunde os métodos pseudo-científicos e a terminologia de Carl Rogers, Skinner, Jung, ou Freud nos princípios da Palavra de Deus, não existe mais convicção do pecado, a rebelião do Henrique Sem-Igreja contra Deus não é abordada e não ocorre nenhum evangelismo genuíno. Se os pastores acharem que precisam encaminhar membros de suas igrejas a terapeutas profissionais (seculares ou cristãos), devem primeiro considerar que esses terapeutas desenvolverão o amor a si mesmo em um indivíduo que pode estar precisando desesperadamente fazer uma auto-confrontação e lidar com questões em sua vida em um nível espiritual. Conforme T. A. McMahon afirmou: "O aconselhamento secular começa e termina com o eu: o aconselhamento profissional 'cristão' inicia e termina com o cristianismo interpretado por meio das teorias do 'eu'. O resultado de ambos é a antítese daquilo que a Bíblia ensina." (34) Mesmo que um pastor que está brincando com o jogo da Igreja do Novo Paradigma perceba as questões associadas com o encaminhamento dos membros de sua igreja à psicoterapia, ele criou um grande dilema para si mesmo: •
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Baseou o convite para seu ministério no pré-requisito que "o cristianismo funciona" e que todas as "necessidades" do indivíduos serão atendidas se ele se tornar parte do trabalho. Grandes multidões de pessoas entram na igreja convencidas que "Cristo morreu para atender às suas necessidades." Algumas dessas "necessidades" poderiam ser mais adequadamente chamadas de "luxúrias" - Como a igreja atende a essas necessidades? Algumas das necessidades poderiam ser mais adequadamente chamadas de "necessidades percebidas", não "necessidades reais". Está o ministério da igreja obrigado a atender a essas necessidades? E aqueles membros cujas "necessidades" não foram atendidas? Cristo não morreu por essas necessidades particulares? Os indivíduos são verdadeiros "convertidos"?
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A pergunta mais pertinente de todas foi feita por Gary Gilley: "O que acontecerá se um dia o Henrique Sem-Igreja for chamado para dar sua vida por amor a Cristo"? (35)
Para continuar com a charada, o pastor da Igreja do Novo Paradigma precisa se afastar das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus e apresentar o Deus da Bíblia como a "mamãe ganso" que atenderá a todas as necessidades se os membros continuarem a "ter fé" em sua igreja e a buscar o "aconselhamento sábio dos profissionais treinados". Isso novamente prova sem sombra de dúvida que a metodologia sem base nas Escrituras realmente leva a desvios doutrinários e, finalmente, a uma terrível apostasia. UTILIZE A TECNOLOGIA E OS TALENTOS PARA OBTER O MÁXIMO IMPACTO EMOCIONAL Como mencionado anteriormente neste manuscrito, a única coisa com a qual podemos contar é a mudança e não há um aspecto da sociedade do século 21 em que a mudança seja mais óbvia que na área da tecnologia. Considere o exemplo do agora desprezado videocassete. O videocassete tornou-se um aparelho de consumo popular no início dos anos 80, em meio a um grande grande entusiasmo geral. Agora, vinte anos mais tarde, o videocassete está se tornando obsoleto com o advento da tecnologia do DVD. Esse é apenas um dos muitos exemplos que confirmam o grande avanço em vídeo, telecomunicações, informática e muitas outras tecnologias que tornaram a vida do dia a dia muito diferente do que era nos anos 70, nos anos 80 e até mesmo no início dos anos 90. Esses avanços na tecnologia tiveram um impacto enorme na igreja e em sua capacidade de edificar e de evangelizar. A televisão via satélite permitiu que os ministérios cristãos transmitissem a mensagem do evangelho de Jesus Cristo a milhões de pessoas, que de outro modo não teriam ouvido a proclamação do evangelho. Embora a tecnologia tenha se tornado um maravilhoso instrumento no ministério da igreja, tornou-se também um ingrediente vital no crescimento da Religião Orientada Para Resultados. O vulcão da tecnologia entrou em erupção após a Segunda Guerra Mundial e os indivíduos que cresceram a partir dos anos 50 cresceram com a caixa mágica - a televisão. Antes da televisão, a vida era muito diferente: as crianças ocupavam seu tempo com atividades físicas, tarefas no lar, ou lendo livros; os vizinhos conversavam uns com os outros regularmente (ou até diariamente); e os membros das famílias passavam tempo conversando, trabalhando e brincando juntos. Entretanto, a "babá eletrônica" agora já formou e moldou três gerações de indivíduos com imagens que estabeleceram um padrão para o que é considerado verdadeiro entretenimento. Além disso, o padrão tem sido constantemente elevado para o que exatamente é entretenimento aceitável e o que é insanamente enfadonho; e os padrões definidos por Hollywood e que retratam o que constitui entretenimento válido entrou fundo na psiquê de todas as pessoas. É a infusão desse padrão em todas as facetas da vida que tornaram o ensino e o entretenimento inseparáveis; (36) e, como resultado, a televisão criou um clima em que os indivíduos "não mais pensam e analisam... mas simplesmente respondem à manipulação inteligente de suas emoções". (37). A influência da televisão exerce muitos efeitos profundos na igreja evangélica moderna,
e é esse Padrão de Hollywood [aqui no Brasil diríamos, o Padrão Globo de Qualidade] que a Igreja do Novo Paradigma aspira alcançar. A instilação de motivação para essa aspiração torna-se óbvia quando se compreende que os participantes no Jogo da Igreja do Novo Paradigma percebem que não somente podem se identificar, mas também assimiliar aquilo que há de mais avançado da cultura pós-moderna, de modo a obter o resultado do crescimento exponencial da igreja dentro de um mercado-alvo que está em ascensão na escala social. Ignorar o impacto da utilização da tecnologia que permite que o serviço da igreja imite o Padrão de Hollywood certamente (aos olhos do participante do novo paradigma) equivale a "comunicar a Palavra de Deus em um 'estilo fora de moda". Neste ponto, é preciso entender que os cristãos não devem confundir teologia com "estilo". A teologia baseia-se em substância, e o estilo está baseado nos desejos da cultura. Portanto, adotar a metodologia do novo paradigma de colocar o estilo sobre a substância equivale a colocar "as coisas deste mundo" sobre as coisas de Deus. Quando isso acontece, "o resultado final de confundir teologia com estilo é uma teologia confusa". (38) Muitas igrejas estão tentando fazer a ponte entre os diferentes estilos de adoração oferecendo um "serviço contemporâneo" para os jovens e um serviço mais tradicional para a "velha-guarda". Normalmente, o resultado de ficar em cima do muro e tentar agradar a todos é o desastre. Lembra-se do princípio do novo paradigma de alcançar um mercado-alvo específico? Essa metodologia somente confunde a questão por que as "igrejas" que recorrem a essas estratégias estão criando um cisma tentando "atender às necessidades sentidas" de diversas atitudes e cosmovisões sem nenhum denominador comum para manter a organização junta. Sim, existem aqueles que dirão, "Vamos esquecer a teologia e apenas amar a Jesus! - Você pode amar a Jesus no serviço tradicional, e eu posso amar a Jesus no serviço contemporâneo - Seremos todos uma grande e feliz família desde que apenas amemos a Jesus." Entretanto, sem teologia, a qual "Jesus" essas pessoas amarão? O argumento sempre retorna ao ponto que aqueles que jogam os resultados do Jogo da Igreja do Novo Paradigma estão realmente colocando o estilo sobre a substância, e qualquer sistema de crença que não tenha substância (neste caso, a sã doutrina) é meramente um jogo de conchas. Um provocador experiente do jogo de conchas certamente reunirá uma multidão e receberá os aplausos dos homens. Entretanto, por quanto tempo os aplausos dos homens ecoarão na eternidade? Quantas conversões genuínas advirão da manipulação emocional de um jogo de conchas? Como podem os santos reunidos serem edificados presenciando um jogo de conchas? Embora toda igreja deva buscar honrar a Deus e ao mesmo tempo edificar os santos com a ordem e o conteúdo de cada serviço da igreja, existe o já mencionado "grande abismo" entre aqueles que ministram segundo o modelo bíblico e aqueles que implementam o padrão de Holywood de produção e apresentação. Trazer o padrão de Hollywood para dentro da igreja é algo muito arriscado, mas o perigo certamente é percebido quando a igreja substitui ou confunde a edificação com o entretenimento. A maioria das pessoas compreende o entretenimento do estilo de Hollywood, mas o que exatamente é edificação? A palavra grega que foi traduzida como "edificar" na Bíblia pode ser melhor definida como "o processo de construir uma estrutura". Essa é exatamente a principal função da igreja:
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A igreja deve lançar um fundamento doutrinário sobre o qual o cristão possa construir sua vida espiritual. A igreja deve fornecer os materiais e fornecer a mão de obra para enquadrar e suportar a estrutura da vida espiritual do indivíduo. A igreja deve dar ao cristão o guia para a vida cristã prática (conforme encontrado em Romanos 12-16, por exemplo) para colocar os toques de finalização na estrutura de sua vida. A igreja deve fornecer ao cristão maduro as armas da guerra cristã para proteger a estrutura de sua vida dos ataques de Lúcifer.
O que tudo isso tem a ver com o uso da tecnologia na igreja? A igreja do novo paradigma utiliza a tecnologia e o talento no estilo de Hollywood para atrair os semigreja para o serviço e, uma vez que os indivíduos sem-igreja estejam no serviço, suas emoções são manipuladas por uma apresentação profissional que rivalizaria com um programa de televisão. Essas produções substituem as cantatas pelos concertos de Rock religioso, os coros ou orquestras pelas bandas de louvor, a exortação pastoral pelas apresentações dramáticas, e a pregação expositiva da Palavra de Deus por verdadeiras aulas de psicologia. O serviço da igreja subitamente foi transformado de um período santificado reservado para edificar e alimentar as ovelhas para uma apresentação de primeira categoria voltada a entreter os bodes. Essa sessão de entretenimento dos bodes pode conter princípios morais, receber aclamações religiosas, e até mesmo usar o nome de Jesus Cristo. A experiência inteira pode ser "relevante, animada e prática". As ovelhas bem como os bodes bem podem receber uma sensação de auto-realização, auto-estima, ou até uma sensação que suas necessidades sentidas foram ou serão atendidas. Mais importante para o "gênio visionário" que inspirou o espetáculo, uma multidão ainda maior voltará na semana seguinte para ser estimulada por outra sessão culturalmente relevante de "cristianismo prático". Além disso, o entretenimento (ao contrário da edificação) não constrói nada. O indivíduo vem à igreja, é entretido até o ponto em que vai embora sentindo-se bem consigo mesmo, mas não há mudança na vida - há somente um vazio mais profundo no espírito que quando ele adentrou pela porta da frente. O indivíduo pode sair exclamando "Esta igreja tem estilo!" - mas sem que a doutrina seja ensinada para convencer ou edificar, tal igreja tem falta de toda a substância transformadora de vidas. Finalmente, esse indivíduo simplesmente testemunhou um perfeito jogo de conchas - um jogo que poderia possivelmente resultar em ramificações eternas indescritíveis e horrorosas para sua própria alma. NÃO SERÁS ENFADONHO Aquele que comete o crime de apresentar algo enfadonho sem ser solicitado perde automaticamente o Jogo da Igreja do Novo Paradigma. De acordo com a filosofia do novo paradigma, enfadar o buscador em um serviço de igreja é o "pecado imperdoável" e aquele que apresenta a referida chatice está na realidade cometendo pecado. A implicação dos parágrafos anteriores indica que se alguém atende o Padrão Hollywood de entretenimento, o serviço da igreja não será chato. Olhando de forma lógica essa mentalidade, será se seguir uma abordagem alternativa ou até oposta ao ministério condena esse ministério primeiro à chatice e depois ao fracasso? A
resposta a essa pergunta está mais dentro do coração do ouvinte que na metodologia real usada no serviço da igreja. O Padrão de Hollywood, mencionado anteriormente, tem influenciado os indivíduos na cultura ocidental a se tornarem muito mais resistentes às coisas de Deus que os indivíduos nas gerações anteriores - os corações de cada nova geração parecem estar se endurecendo ao evangelho. Essa opinião é a base inteira para o argumento apresentado por Rick Warren, Robert Schuller, Bill Hybels e todas as demais "estrelas" do Novo Paradigma - que para efetivamente ministrar, é preciso "relacionar-se com a cultura popular" (39). Esse argumento soa não somente crível, mas altamente justificável na superfície, mas há um ingrediente vital que todo esse movimento parece desconsiderar: A obra de Deus não está sob o controle da metodologia, tecnologia, engenhosidade, sabedoria, ou direção do homem; e a obra de Deus não pode ser adequadamente executada usando-se práticas empresariais seculares. A obra de Deus está sob a direção do Espírito Santo, e o Espírito Santo de Deus opera dentro dos limites da palavra escrita de Deus. É claro que a Palavra de Deus deve ser apresentada com entusiasmo. Entretanto, os dois ingredientes necessários para o sucesso do ministério são muito simples: Os homens precisam depender totalmente do Espírito Santo de Deus para falar ao coração das pessoas por meio da apresentação da Palavra de Deus. Isso se aplica ao ministério de música, ao ministério da educação cristã, e à pregação expositiva da Palavra de Deus. • O coração do ouvinte precisa estar receptivo ao Espírito Santo de Deus. •
O Movimento do Novo Paradigma perdeu totalmente o foco desses dois fatos do ministério e tenta alcançar o indivíduo tornando-se "relevante, animado e prático". Entretanto, esses três princípios enfatizam a metodologia e a pseudo-ciência do homem e ao mesmo tempo minimizam o papel do Espírito Santo de Deus. Alguém já disse que a Igreja de Willow Creek comunica-se com o Henrique Sem-Igreja por meio da porta dos fundos das emoções". Essa tática psicológica e enganosa omite a arma mais poderosa contra o pecado em todo o universo - a Palavra de Deus. A Bíblia diz de si mesma: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medula, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (40). Uau! Como pode algo tão poderoso ser enfadonho? Se essa arma for utilizada como ela própria manda, por que deveriam os cristãos "comunicarem por meio da porta dos fundos" das emoções das pessoas? Por que os cristãos precisam de uma estratégia de marketing? O fato é que a Religião Orientada Para Resultados trouxe o mundo para dentro da igreja e mostrou ao Espírito Santo o caminho da porta de saída pelos fundos. Se os indivíduos endurecerem seus corações ao Espírito de Deus até ao ponto em que fiquem enfadados com a Palavra de Deus, nenhuma quantidade de manipulação, entretenimento, ou psicologia trará esses indivíduos aos pés do Salvador. Esses indivíduos poderão vir à "igreja" para serem entretidos, para
receberem orientações sobre como reduzir a carga de estresse, ou para construir sua auto-estima - mas até que abram seus corações para a direção do Espírito Santo, a condição espiritual de seus corações continuará a mesma. Conclusão da Regra 5: A seguir estão algumas citações que formam a base da "Regra 5" do Jogo da Igreja do Novo Paradigma: • • • • • • • • • • • •
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"A Igreja deve relacionar-se com a cultura que procura evangelizar" (41) "O estilo de adoração diz mais sobre sua formação cultural do que sobre sua teologia" (42) "Jesus era um pregador de aplicações práticas para a vida" (43) "Jesus nunca vestiu terno e gravata, de modo que isso não é necessário para o cristão". (44) "Devemos nos concentrar nas necessidades das pessoas, em vez de na verdade teocêntrica." (45) "O pecado é uma estratégia falha para obter realização." (46) "Todas as religiões contêm verdades - o cristianismo funciona." (47) "Não somos o povo do 'livro' ... somos o povo das 'pessoas' ... queremos fazer as coisas acontecerem." (48) "Estamos tentando quebrar o 'código cultural'." (49) "Nunca critique aquilo que Deus está abençoando, mesmo que seja um estilo de ministério que o deixe em desconforto." (50) "Defendo a posição de que quando uma igreja continua a usar métodos que não funcionam mais, está sendo infiel a Cristo." (51) "Quando Jesus disse aos seus discípulos, '... comei o que for colocado diante de vós...", estava mandando que eles fossem sensíveis à cultura local." (52) "Usar um nome neutro foi uma estratégia de evangelismo - não uma contemporização teológica." (53) "Pouquíssimas pessoas vieram a Jesus procurando a verdade; elas estavam em busca de alívio, de modo que Jesus atendeu às necessidades sentidas delas." (54) "A tradução King James Version [equivalente da Almeida Corrigida e Fiel] cria uma barreira cultural." (55)
Como ilustrado por essas citações, todos os aspectos da cultura pós-moderna a obsessão com a psicologia, o pragmatismo e o padrão de Hollywood de entretenimento, trajes casuais, etc. foram integrados na metodologia do Jogo da Igreja do Novo Paradigma em uma tentativa de tornar-se culturalmente relevante. Entretanto, a Bíblia nunca diz para um ministro ou um ministério tornar-se culturalmente relevante. A Bíblia chama um ministro e um ministério para serem fiéis. O que envolve a chamada para a fidelidade? Um exame na Palavra de Deus revela o seguinte (sem ordem significativa): • • •
Conservar e defender a verdade - 2 Timóteo 1:13-14 Estudar a Palavra de Deus - 2 Timóteo 2:15 Permanecer naquilo que aprendeu - 2 Timóteo 3:14
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Pregar a Palavra - 2 Timóteo 4:2 Redargüir, repreender, exortar - 2 Timóteo 4:2 Ser sóbrio em tudo - 2 Timóteo 4:5 Suportar as aflições - 2 Timóteo 4:5 Fazer o trabalho de um evangelista - 2 Timóteo 4:5 Alimentar o rebanho de Deus - 1 Pedro 5:2 Não enfatizar a unidade à custa da pureza doutrinária - Judas 3
Esta lista da Palavra de Deus choca-se contra a "Regra 5" porque está baseada em um conceito ministerial crítico que a Regra 5 prefere ignorar totalmente: O homem de Deus deve comunicar a Palavra de Deus com base unicamente no antigo padrão - a SÃ DOUTRINA. Não há a mínima implicação de relevância cultural ou estilo nessa relação anterior (ou em qualquer outra parte da Palavra de Deus). A curta sinopse da lista pode ser feita em uma simples declaração: O homem de Deus deve estudar a Palavra de Deus, defender e preservar a doutrina vital que ela ensina, alcançar os perdidos com essa verdade, alimentar as ovelhas com essa verdade, e confiar o depósito dessa verdade a homens fiéis que a perpetuem para as futuras gerações. Permitir a entrada do estilo ou da cultura na equação somente corrompe ou perverte a Palavra de Deus com a sabedoria do mundo. O homem de Deus deve manter as antigas verdades a despeito dos ditames e da sabedoria da cultura pósmoderna, e deve se firmar e pregar essas antigas verdades sem fazer quaisquer concessões ao mundo moderno que escarnece dessa posição "fora de moda". Notas Finais 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.
Trueheart, Charles, "The Next Church", Atlantic Montly Digital Edition, www.theatlantic.com/issues/96aug/nxtchrch.htm, agosto de 1999. Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem Rick Warren, "The Purpose-Driven Church" [Uma Igreja com Propósitos, Editora Vida], Zondervam Publishing, 1995, pg 62. Dallas Baptist Association, boletim Grace News, "Church Transitions Conference", www.dba.net/newsletter/viewarticle.asp?articleID=316, 17/6/03. pg 1 Ibidem Warren, pg 66 Ibidem, pg ?? Pritchard, G. A., "Willow Creek Seeker Service", Baker Books, 2001, pg 208. Ibidem, pg 286 Pickering, Ernest, "The Tragedy of Compromisse", Bob Jones University Press, pg 140
16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33.
34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55.
Gilley, Gary, "This Little Church Went to Market", Xulon Press, 2002, pg 86 1 Coríntios 2:15 McMahon, T. A., boletim "The Berean Call", novembro de 1994, pg 1 Warren, pg 65 Ibidem Ibidem Pritchard, pg 33 Pickering, pg 40 Giley, pg 75 Warren, pg 199 Pickering, pg 112 Giley, pg 74 Ibidem, pg 94 Pritchard, pg 274 Ibidem, pg 155 Ibidem, pg 274 MacArthur, John, Our Sufficiency in Christ, Word Publishing, Dallas, TX, 1991, pg 59. Rose, Eric, Entrevista pessoal com o autor. Eric Rose é pastor de jovens em Pickens, SC e possuiu um diploma em Aconselhamento pela Universidade Bob Jones. Os parágrafos precedentes que tratam do Aconselhamento Cristão foram baseados em informações fornecidas pelo sr. Rose durante essa entrevista em maio de 2003. McMahon, T. A., "To Whom Shall Men Go?", boletim The Berean Call, abril de 2003, pg 2. Gilley, pg 82 Ibidem, pg 34 Ibidem, pg 35 Payton, Leonard, "Congressional Signing and the Ministry of the Word", www.thehighway.com, julho de 1998, pg 1 Warren, pg 234 Hebreus, 4:12 Warren, pg 234 Ibidem, pg 232 Ibidem, pg 230 Ibidem, pg 273 Pickering, pg 131 Pritchard, pg 177 Ibidem, pg 157 Ibidem, pg 279 Ibidem, pg 70 Warren, pg 62 Ibidem, pg 65 Ibidem, pg 195 Ibidem, pg 199 Ibidem, pg 227 Ibidem, 297
Capítulo 11: Brincando de Igreja com o Jogo dos Números Parte 3: As Regras 6 e 7 do Jogo da Igreja do Novo Paradigma Regra 6 "A música na igreja deve ser no estilo que o público-alvo ouve no rádio." O vento que soprava nas plantações de algodão do Delta do Mississipi não conseguia aliviar a estranha opressão da noite e a lua pelejava contra as trevas para conseguir iluminar pelo menos tenuamente a solitária figura com uma guitarra na mão que se aproximava do cruzamento entre as Rodovias 61 e 49, perto de Clarksdale, no estado do Mississipi. Essa solitária figura tinha um encontro marcado com o destino e seu coração certamente pesava e palpitava tanto que o homem mal sentia o incômodo vento leste que soprava seu lamentoso uivo pela plantação. Quando chegou à desolada encruzilhada, recitou um antigo encantamento invocando o espírito de Legba para abrir o caminho para os espíritos apropriados canalizarem suas energias por meio de sua guitarra - exatamente enquanto o curandeiro do vodu que o tinha instruído canalizava um espírito usando seu próprio corpo. A figura solitária então se sentou na encruzilhada e começou a tocar a guitarra. Quando deu meia-noite, uma figura sombria de um enorme homem negro materializou-se diante de seus olhos, pegou a guitarra, afinou-a e entregou-a de volta ao músico solitário antes de desaparecer em pleno ar. Mais uma vez, o músico solitário começou a tocar, mas desta vez, o espírito de Legba permeou cada fibra do homem à medida que sua guitarra espontaneamente produzia o estilo musical que viria a ser conhecido como "The Blues". Tivesse o homem sido capacitado com clarividência para ver o futuro, certamente teria ficado arrasado com o fato que tinha acabado de ser o progenitor de um estilo musical que varreria toda a civilização ocidental - pois ao fazer um pacto com Legba, (que é a versão no vodu para aquele que os cristãos chamam de Lúcifer), Robert Johnson tinha acabado de se tornar o "Pai do Rock and Roll". Assim, pode-se afirmar que a música Rock é "uma derivação do vodu, a versão americanizada da religião africana". (1) Essa descrição deriva da lenda de Robert Johnson, o homem que recebe o crédito de ter criado o gênero musical que se tornaria a base para a música Rock contemporânea. Por essa distinção, o nome Robert Johnson está colocado de forma permanente no Salão da Fama do Rock and Roll em Cleveland, em Ohio. Embora o relato precedente seja parte de uma lenda, o fato é que o Rock and Roll realmente tem suas origens no vodu africano. Para evitar qualquer malentendido, essa observação não é uma acusação racista, mas simplesmente aponta para a música e os ritmos derivados das práticas profundamente ocultistas daqueles que estavam escravizados não somente pelos homens, mas também pelos poderes demoníacos em religiões que descendem diretamente das religiões cananitas no Velho Testamento. Esses escravos africanos trouxeram consigo para o Novo Mundo a adoração aos seus falsos demônios-deuses, suas danças rituais e suas batidas de tambores. De acordo com Eileen Southern:
"Não há dúvidas que o Haiti foi o local central em que as tradições religiosas africanas ... sincretizaram-se com as crenças do catolicismo romano para produzir o vodu... as cerimônias giravam em torno da adoração ao deus-serpente Damballa por meio do canto, das danças e da possessão espiritual". (2) Ela também diz: "Não se pode negar que há um forte relacionamento entre o que descobrimos no vodu haitiano demoníaco e seu correspondente na cidade de New Orleans e outras cidades do sul dos EUA. Não se pode negar também que o movimento do Rock and Roll moderno evoluiu parcialmente de algumas das danças descritas anteriormente, progredindo por diversos estágios: dança Rumba, Rhythm and Blues, Rock and Roll, Disco, Heavy Metal, etc... dizer que uma conexão africana com os ritmos do Rock não existe é igualmente enganoso e desonesto." (3) As origens da música Rock contemporânea não somente tiveram suas raízes no reino demoníaco do espiritismo e do vodu, mas também produziram exemplos morais como Marylin Manson, Janis Joplin, KISS (Knights in Satan's Service, ou Cavaleiros no Serviço de Satanás), Ozzy Osbourne e Black Sabbath, ACDC (Anti Christ Devil's Child, ou Anticristo Filho do Diabo), e outros numerosos demais para mencionar. Além disso, a cultura do Rock and Roll gerou o abuso generalizado das drogas, introduziu as religiões orientais na sociedade ocidental e facilitou a revolução sexual. O clímax da nova geração do Rock and Roll veio nas agitações sociais do final dos anos 60 quando aqueles que nasceram no período pós-guerra lançaram fora os padrões morais absolutos de seus pais em um esforço de criar uma sociedade baseada no relativismo "faça aquilo que você quiser e do modo como quiser". Como resultado da "nova moralidade" e da adoção generalizada das "novas realidades da vida", a fibra moral da geração da Segunda Guerra Mundial foi completamente perdida na nova contracultura (veja o Capítulo 4). O epicentro dessa nova cultura estava localizado nos campus universitários de todo o país e foi liderada por grupos de universitários radicais como os Estudantes Por uma Sociedade Democrática (SDS, de Students for a Democratic Society). A partir desse clima político e social emergiu um exército virtual de indivíduos jovens e contrários ao sistema, que ficou conhecido como hippies. A cultura hippie adotou um estilo de vida que promovia o anticapitalismo, a vida em comunidades, o abuso das drogas, o pacifismo, um estilo relaxado de se vestir, religião oriental, ambientalismo radical, e tudo o mais que parecesse estar em conflito direto com os padrões e valores da geração anterior - porque esses indivíduos viam a si mesmos como revolucionários com um "chamado justo" para mudar o mundo. O movimento hippie não era nem remotamente cristão, mas um segmento do movimento começou a ver Jesus Cristo como o "primeiro revolucionário". Eles viam o Deus encarnado como "um rebelde barbudo com uma causa de 2000 anos atrás" (4) Embora muitos tenham começado a professar fé em Jesus Cristo, havia um grande problema: Eles queriam possuir o dom eterno oferecido pelo Salvador, mas sem qualquer vestígio de santificação pessoal. Em essência, desejavam continuar em seu estilo de vida contrário à Bíblia, anti-sistema, ao mesmo tempo em que faziam profissão de fé em Cristo. Esses indivíduos ficaram conhecidos como "Malucos Por Jesus", ou "Povo de Jesus". Havia outros sinais dentro
do movimento Malucos Por Jesus que imediatamente começaram a levantar bandeirolas vermelhas para os fundamentalistas bíblicos. Por exemplo, em Seattle, "o Exército do Povo de Jesus" foi criado em resposta a uma visão recebida pela evangelista Linda Meissner, que viu um 'exército de adolescentes marchando para Jesus'." (5) Incidentes como esse introduziram as filosofias carismáticas no movimento e somente serviram para obscurecer ainda mais uma situação teologicamente confusa. Uma vez que pastores conservadores começaram a recrutar ligações com os hippies em suas equipes ministeriais, esses indivíduos tiveram efeitos dramáticos nas igrejas. Billy Graham começou a comparecer aos encontros do "Povo de Jesus" e instruía os jovens a "ficarem doidões por Jesus sem bloqueios e sem ressaca". (6) Alguns ministérios formados fizeram tentativas genuínas de alcançar esses jovens com o evangelismo bíblico autêntico, mas outros, como Billy Graham, usaram a filosofia neo-evangélica da infiltração (veja o Capítulo 3) e adaptaram seus ministérios para atenderem especificamente a esse segmento populacional. Para os propósitos desta discussão, o desenvolvimento mais dramático concebido dentro do "Movimento de Jesus" foi a criação de uma síntese da música Rock e com as letras religiosas que levou o Movimento Carismático (veja o Capítulo 5) para o evangelicalismo dominante até que essa síntese se transformou naquilo que é agora chamado de Música Cristã Contemporânea (MCC). Assim, a música do Movimento de Jesus que começou em cafés, clubes noturnos religiosos, grupos de igrejas como Son City (liderados por Bill Hybels, o pastor atual da Igreja da Comunidade de Willow Creek), deram à luz bandas de Rock religioso, e festivais organizados de Rock religioso tornaram-se o novo padrão para a música sacra para muitos milhares de evangélicos. A desculpa popular dada em todos os níveis para esse novo padrão paradoxal era comumente definido como "Eles estão combatendo a influência negativa da música Rock dominante". (7) Essa desculpa faz a falsa suposição que a música em si é amoral, como declarado no "Credo do Roqueiro Cristão": "Acreditamos que essas verdades são auto-evidentes - que toda a música foi criada igual - que nenhum instrumento ou estilo musical é em si mesmo maligno que a diversidade da expressão musical que emana do homem é uma evidência da ilimitada criatividade do nosso Pai Celestial" (8). Os "roqueiros cristãos" que redigiram esse credo deveriam ou estar caminhando adormecidos durante suas vidas inteiras, ou estavam sendo totalmente desonestos. A música não é amoral. Existem estilos de música, cultura ou arte que têm uma virtude intrínseca - virtude baseada na própria beleza". (9) Por outro lado, existem estilos musicais, culturais, ou artísticos que são intrínsecamente imorais imoralidade que não somente apela e exalta a carne, mas que produz comportamento inadequado nos indivíduos. Por exemplo, no caso do "Rap", esse tipo particular de expressão está associado com "matar policiais, estuprar mulheres, e vender bebida". (10). O fato é que não é a letra que constitui a imoralidade desta e de outras formas do gênero Rock, mas a música Rock tem uma imoralidade intrínseca e um apelo distinto à natureza carnal do homem. De acordo com o Dr. Max Schoen, em The Psycology of Music, "a não-neutralidade da música é tão esmagadora que francamente fico admirado que uma pessoa séria diga o contrário". (11) (O Dr. Schoen fez essa observação em 1940 - muito antes do advento do "Rock and Roll".)
Richard M. Taylor acrescentou, "Não podemos mudar o efeito básico de certos tipos de ritmos e batidas simplesmente inserindo algumas palavras religiosas ou semireligiosas." (12) Finalmente, até mesmo tipos como Frank Zappa (da banda Mothers Invention), na edição de 28/6/1969 da revista Life declarou, "O Rock é sexo. A batida combina com o ritmo do corpo." (13). A Bíblia, em total contraste, instrui os cristãos, na epístola aos Filipenses, a "pensar em tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama". [Filipenses 4:8-9] A pergunta que então precisa ser feita é: O gênero de Rock com letras "cristãs" produz conformação ou rebelião a Filipenses 4? De acordo com o Dr. Jack Wheaton, autor de Crisis in the Christian Music, existem muitos perigos em adotar o formato do Rock, adicionar letras cristãs e então pensar que você tem uma nova forma de música realmente sacra: • • •
O corpo estará recebendo a mensagem sensual da música Rock. A mente disparará a 'síndrome de voar ou lutar', estimulando a agressividade e aumento da energia. O espírito receberá uma mensagem aguada e simplista. (14)
Essa é precisamente a questão em muitos serviços contemporâneos. O serviço de adoração é transformado em uma experiência de grupo em que a música física e emocionalmente substitui a genuína adoração com uma experiência física que inibe não somente a mensagem da "letra cristã" mas também a mensagem do pregador após o serviço da música. Talvez esse fenômeno é que tenha levado o ícone da Música Cristã Contemporânea Michael W. Smith a expressar a seguinte opinião: "Odeio dizer desta forma, mas o cara da adoração precisa ter tanto prestígio quanto o pastor que está na liderança." (15) Infelizmente, no caso de uma Igreja do Novo Paradigma, a avaliação de Michael Smith está absolutamente correta. Quando o "líder de adoração" coreografa uma apresentação que inclui música Rock contemporânea com letras cristãs, "a repetição constante da corda de baixo pode produzir um estado hipnótico leve que torna o ouvinte menos ciente de sua individualidade e mais consciente de uma experiência grupal... quando isso acontece, falsa doutrina pode ser facilmente introduzida goela abaixo com pouco ou nenhum reconhecimento." (16). Existem diversas novas questões que podem ser levantadas nesse cenário: •
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Não existe o ofício de "líder de adoração" mencionado na Bíblia como um cargo da igreja do Novo Testamento e, assim, capacitar esse indivíduo além do controle do pastor é claramente antibíblico. Isso traz novamente o cenário do "pensamento de grupo", que é ocultista em sua origem (veja o Capítulo 7). Deus lida com o indivíduo, e perder a identidade individual de alguém no serviço da igreja resultará na falta de vidas transformadas a partir da convicção do Espírito Santo na vida do indivíduo. A Música Cristã Contemporânea está saturada com falsa doutrina. Uma razão básica para isso é o fato que a maioria dos ícones populares do movimento da MCC é carismática em sua teologia, e a música deles ecoa temas carismáticos e da Teologia do Domínio.
A despeito de tudo isso, Rick Warren novamente exerce sua filosofia pragmática nessa arena crucial dizendo o seguinte em seu livro Uma Igreja com Propósitos: "Rejeito a idéia que os estilos musicais possam ser julgados como música boa ou ruim... O tipo de música que que você gosta é definido pela sua formação e pela sua cultura." (17) A segunda sentença dessa afirmação pode ter alguma validade, mas a segunda sentença não tem correlação lógica alguma com a primeira. O estilo musical de preferência pode bem ser determinado principalmente pela formação e cultura do indivíduo, mas esse fato não neutraliza a moralidade ou imoralidade da música. Por exemplo, como no caso mencionado anteriormente do vodu, existem culturas inteiras que são inquestionavelmente controladas pelo ocultismo e pela feitiçaria; e, como resultado, o estilo musical preferido por um membro dessa cultura é com toda a probabilidade também demonicamente inspirado (Na verdade, o mesmo pode ser dito a respeito da cultura do Rock and Roll.) Além disso, a afirmação do Dr. Warren sobre a matéria do estilo musical e cultura é muito desconcertante; pois ao igualar a preferência de um estilo musical com base na cultura de um indivíduo, ele está essencialmente descartando qualquer forma de absolutismo. Dizer que "não existe estilos musicais bons ou maus, mas somente uma preferência cultural" equivale à idéia que "a 'verdade' da minha cultura é tanto 'verdade' quanto a 'verdade' da sua cultura". (ou) Nenhuma 'verdade' é superior à qualquer outra 'verdade'. Para mover a terminologia de volta à arena musical, essa visão está declarando a igualdade de todos os estilos musicais, e a tolerância pós-moderna (veja o Capítulo 6). Ele faz isso simplesmente para defender sua afirmação que "a música na igreja deve ser do mesmo estilo musical que a clientela-alvo ouve no rádio", e ele cria essa regra para o participante do Jogo da Igreja do Novo Paradigma como um veículo para alcançar o resultado do resultado exponencial da igreja. Para sermos honestos, Rick Warren realmente apresenta alguns pontos muito bons (juntamente com outros muito ruins) em seu livro Uma Igreja com Propósitos. Entretanto, não existem pontos bons no capítulo sobre música. Ele está tão preocupado com o crescimento da igreja que aparentemente se estende longamente em sua tentativa de justificar qualquer filosofia pragmática que resulte no crescimento exponencial. Ele insiste repetidamente que a música é amoral sem apresentar nenhuma documentação para essa sua posição, além de sua opinião pessoal. Além disso, ele novamente insulta a inteligência de seus leitores com sua enganosa "torção das Escrituras", destruindo completamente o contexto do Salmo 96:1. O salmo diz, "Cantai ao SENHOR um cântico novo". O Dr. Warren então utiliza essa Escritura para criticar as igrejas que entoam "cânticos antigos" (18). O contexto da Escritura reflete um "novo cântico" devido à mudança no coração, não um cântico contemporâneo para atrair os "sem-igreja" a um serviço de adoração que sirva para entreter e não seja ameaçador. Não somente Rick Warren abraça o relativismo cultural com base em correlações ilógicas e furadas e na distorção enganosa das Escrituras, mas também não corrobora nenhuma de suas opiniões sobre música na igreja com a Palavra de
Deus. Exatamente o que, então, é a base para suas opiniões? A resposta é óbvia - O fato que aquilo funciona! Novamente, o uso do pragmatismo obscurece a direção e os ensinos da Palavra de Deus. O Dr. Warren reconhece que "... a música é o comunicador principal dos valores da geração mais jovem." (19) Essa é uma afirmação com a qual este autor concorda plenamente, mas ainda permanece a pergunta, "Quais valores?" Será se Rick Warren quer dizer que as igrejas devam utilizar o estilo musical de Alice Cooper, Ozzy Osbourne, ou ACDC para comunicar os valores desses indivíduos aos jovens cristãos? Será se quer dizer que as igrejas devam garantir a presença da batida do Heavy Metal em todos seus cânticos e coros de louvor para efetivamente comunicar sensualidade, satisfação da carne, ou apenas transmitir os valores da música derivada do vodu demoníaco? Logicamente, ele realmente não quer dizer esses valores. Ao invés disso, quer usar a música contemporânea para difundir os valores de Deus para "... que Satanás não tenha um acesso irrestrito a toda uma geração." (20) Entretanto, com base em fatos em vez de em opiniões, essa estratégia produzirá resultados opostos em toda a Igreja do Novo Paradigma. Com base no fato da origem ocultista e dos efeitos físicos e emocionais da música Rock contemporânea, no fato dos valores e estilo de vida dos ícones famosos e mais conhecidos da música Rock contemporânea, e no fato que a Música Cristã Contemporânea é doutrinariamente deficiente ou contém erros, como alguém poderia querer trazer esse estilo musical para dentro da igreja? Isso não equivale a realmente fazer um convite para Lúcifer vir e participar na comunhão? O que aconteceu com "não dar a Satanás um acesso irrestrito"? Como também afirmado sucintamente pelo ex-líder da adoração da MCC Dan Lucarni, "Quando convidamos a música Rock, trazemos com ela um espírito de imoralidade com o que essa música está inevitavelmente associada." (21) Isso também leva a uma discussão sobre o conceito de adoração. Os animadores dos serviços contemporâneos acusam os "tradicionalistas" (a terminologia do tradicionalismo será discutida no final deste capítulo) de ignorância da verdadeira adoração, e assim colocam uma grande ênfase na "adoração e louvor". O problema, entretanto, é o conceito contemporâneo de adoração ser totalmente baseado na experiência. Dan Lucarni novamente afirma, "Nossa adoração precisa estar baseada na verdade 'conforme ela está escrita' e não na nossa experiência, nossas sensações ou emoções, as necessidades sentidas do consumidor, ou nossa versão da verdade centrada no homem." (22) Como a própria Bíblia diz, "Deus é Espírito, e importa que os que o adorem o adorem em espírito e em verdade." [João 4:24]. A adoração contemporânea baseada na experiência ignora a verdade da Palavra de Deus e traz o mundo para dentro da igreja. Essa nova redefinição da adoração resultou em uma assembléia que equivale mais a um programa de variedades do que uma preparação humilde para a pregação da Palavra de Deus. (Após uma visita à Igreja da Comunidade de Saddleback, este autor achou que tinha acabado de participar de uma versão religiosa do programa do Ed Sullivan na televisão. As questões dos serviços contemporâneo versus tradicional começam no coração da matéria (como novamente definido por Dan Lucarni): Propósito principal da adoração:
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Contemporânea - Trazer as pessoas à presença de Deus; Tradicional - Preparar os corações para a pregação da Palavra de Deus.
Enfâse da Adoração: • •
Contemporânea - Música; Tradicional - Pregação.
Motivo principal para a adoração: • •
Contemporânea - As pessoas gostam dela? Tradicional - Deus se agrada dela?
Indicador de sucesso: • •
Contemporânea - "Eu realmente adorei a Deus hoje." Tradicional: "Fui realmente convencido pela Palavra de Deus hoje." (23)
A verdadeira adoração a um Deus santo leva o indivíduo à prostração espiritual diante da justiça infinita de Deus. O serviço bíblico de adoração envolve uma atitude e uma atmosfera que exalta a santidade de Deus e mostra a indignidade do adorador. Uma análise muito rápida do Antigo Testamento revela que todos aqueles que se encontraram na presença de Deus prostraram-se em humildade, sentindo-se indignos diante da infinita magnificência e santidade de Deus. Os exemplos incluem alguns indivíduos muitos espirituais - Abraão, Moisés, Josué, e outros que se aproximaram de um Deus Santo em abjeta humildade. A adoração deles não terminou com o adorador proclamando suas emoções, sua auto-estima, e sua euforia sobre a ótima sessão de adoração que realmente agradou a Deus. Todos eles saíram da presença de Deus com temor, tremendo e com um profundo senso de sua própria indignidade não somente para entrar em Sua presença, mas também para serem escolhidos como Seus servos. Em contraste, o freqüentador assíduo do serviço de adoração do Novo Paradigma sai sentindo-se melhor consigo mesmo. A outra falácia que os contemporâneos precisam encarar é o conceito bíblico que as pessoas são salvas não pela música, mas sim pela pregação. A Bíblia não diz que os pecadores serão convertidos pela manipulação emocional e sensual da batida da música mais animada, mas a Bíblia diz enfaticamente, "... aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação." [1 Coríntios 1:21]. Historicamente, em algumas ocasiões, pessoas vieram a Cristo por meio dos grandes hinos da fé, como "Há Poder no Sangue", mas esses hinos literalmente pregam a Palavra de Deus ao pecador. Por outro lado, a Música Cristã Contemporânea é muito fraca sob o ponto de vista doutrinário. Essa fraqueza não é coincidência, pois essa música é feita para vender, não para convencer. A MCC é feita para despertar as emoções, não transmitir as coisas profundas de Deus. Como afirmado diversas vezes neste manuscrito, a doutrina divide porque a verdade divide - portanto, para que uma nova canção ou CD resulte no enriquecimento de seus produtores, precisa cruzar as fronteiras sociais e teológicas de modo a apelar a uma clientela maior. Por outro lado, as igrejas bíblicas estão incumbidas de guardar, viver e perpetuar as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. A Música Cristã Contemporânea é uma funesta deterrência a essas instruções para a igreja neotestamentária.
Conclusões da Regra 6 • •
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A música em si mesma não é amoral. A música Rock tem suas raízes nas religiões demoníacas de origem africana e pode ter sido introduzida no mundo ocidental pela influência direta do próprio Lúcifer. As letras religiosas não purificam a música Rock mas, ao invés disso, os valores instrínsecos da música Rock corrompem as letras religiosas e limitam a influência do ensino bíblico devido aos efeitos físicos da música sensual. Os serviços contemporâneos de adoração enfatizam uma experiência de grupo, como evidenciado nas religiões ocultistas em vez de uma responsabilidade individual diante de um Deus que é santo. O fato que a MCC utilizada nos serviços da igreja atraia uma multidão maior não significa que Deus esteja abençoando por meio desse gênero de música. Os ensinos doutrinários dos "grandes hinos da fé" são perdidos por aqueles que descartam esses hinos e os substituem pela Música Cristã Contemporânea, que é muito superficial sob o aspecto doutrinário. Embora potencialmente muito influente, a música não é o veículo principal para o evangelismo ou para a edificação no serviço da igreja. Essa distinção está reservada para a pregação da Palavra de Deus. A insistência que o estilo musical é uma preferência cultural ou da formação do indivíduo leva às filosofias do relativismo e da tolerância pósmoderna. Será se isso significa que toda a música cristã moderna é inapropriada para a igreja? Certamente que não. Existe uma vasta seleção de música cristã criada recentemente que não está baseada no gênero Rock and Roll, não utiliza as vãs repetições, não utiliza a batida característica do Rock, e é doutrinariamente sólida. (Um bom exemplo de música sacra sólida, bíblica e moderna é a produzida por Ron Hamilton e publicada pela Majesty Music, de Greenville, SC, EUA.)
Após toda essa reflexão, pode-se concluir que a MCC é um "cavalo de Tróia" moderno que entrou descaradamente na igreja e está sutilmente (ou não tão sutilmente) liberando os inimigos do evangelho em membros insuspeitos da igreja em um esforço de levá-los a fazer a transição para o pensamento do novo paradigma. Os cristãos que crêem na Bíblia devem estar plenamente cientes que como regra geral, a música é a primeira coisa a passar pelo plano de transição da igreja. Exatamente como discutido na questão da tradução Almeida da Bíblia, chegou o tempo para os pastores e indivíduos piedosos fixarem uma estaca no solo e se posicionarem pela verdade da Palavra de Deus e a defesa da fé. Embora isso não signifique necessariamente que as melodias geradas pelo coro, a orquestra, o piano e órgão sejam mais "sacras" do que a que pode ser produzida por outras formas de música; mas as igrejas precisam proclamar um enfático "não" às bandas de louvor, guitarras elétricas, baterias e outros instrumentos suspeitos de introduzirem o gênero do Rock no serviço da igreja. Outro aspecto que precisa ser tratado é o fato simples que se é errado ter música Rock com baterias, guitarras e teclados, etc. ao vivo -, é igualmente errado introduzir esses instrumentos e estilos na igreja por meio das fitas
cassetes de acompanhamento. Na verdade, toda essa tendência pode facilmente começar com solistas que utilizam fitas de acompanhamento de MCC em vez de fazer um esforço adicional de combinar com um pianista, organista ou orquestra o acompanhamento para seus solos. Como foi dito anteriormente neste manuscrito, mais do que qualquer outro mandamento nas Escrituras, Deus chama seu povo para a santidade pessoal - e a santidade envolve a separação do mundo. A inclusão da música Rock na igreja desafia o chamado à santidade convidando o mundo para entrar na igreja. Aqueles que estão trabalhando arduamente para fazer a transição da igreja para o modelo do novo paradigma não somente estão desconsiderando totalmente a Doutrina da Separação, mas também estão abraçando o mundo de modo a alcançar o resultado do crescimento exponencial da igreja sob o disfarce do evangelismo.
Regra 7 Aqueles Que se Opõem à Visão Para a Mudança Precisam Ser Marginalizados ou Eliminados Pedro e Marlene Guilhermino tornaram-se membros da Igreja Batista Beira-Rio cinco anos atrás. A seqüência de eventos que os levou à igreja começou quando compareceram a uma festa de Natal na empresa em que Pedro trabalhava. O presidende da companhia solicitou que André Gomes, um colega de Pedro, fizesse uma leitura bíblica referente ao Natal. André era membro da Igreja Beira-Rio e ficou entusiasmado com a oportunidade de testemunhar para seus colegas. Devido a esse desejo de compartilhar o evangelho, André preferiu ler João 1, em vez de um relato mais familiar, como Lucas 2. André terminou sua leitura com as palavras "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." [João 1:12-13] Essas palavras tiveram um profundo impacto em Pedro e em Marlene. Pedro tinha crescido em um lar secularizado e somente ia à igreja para assistir a casamentos e funerais. A família de Marlene freqüentava uma igreja protestante tradicional uma ou duas vezes por ano. Os dois abordaram André após o jantar e começaram a fazer perguntas sobre as razões para Jesus Cristo ter vindo ao mundo. André sugeriu convidar o pastor da igreja para fazer uma visita e responder à algumas das perguntas. Uma semana mais tarde, essa reunião resultou na salvação de Pedro e de Marlene. Em mais uma semana, ambos foram batizados e tornaram-se membros da Igreja Batista Beira-Rio. Pedro e Marlene estavam famintos pela Palavra de Deus, e André os convidou a freqüentar sua classe na Escola Dominical. O professor era tudo o que eles queriam ele fazia questão que seus alunos conhecessem não somente aquilo em que criam, mas por que criam. A classe da Escola Dominical consistia de lições bíblicas diretas da Palavra de Deus, e não lições enlatadas normais de literatura superficial de Escola Dominical que muitos na igreja ouvem desde os nove anos de idade. As aulas também não eram sobre questões sociais, políticas, relacionamentos ou psicologia. O professor fazia de tudo para tornar os estudos doutrinários em teologia interessantes
e não cedia às pressões daqueles que o criticavam por não seguir o currículo prescrito da igreja. Esse professor tinha a coragem de ser relevante tornando-se bíblico. Pedro e Marlene não estavam apenas motivados para estudar a Palavra de Deus em busca da verdade, mas também em aplicar essa verdade em todos os aspectos de suas vidas. Pedro e Marlene também aprenderam muitíssimo com a pregação da Palavra de Deus do púlpito. Entretanto, à medida que os meses foram passando, começaram a detectar uma mudança de direção por parte da liderança da igreja. A música na igreja deu uma notável guinada, dos hinos doutrinariamente sólidos que eles começaram rapidamente a amar para um estilo musical contemporâneo baseado no Rock que os faziam lembrar da música das emissoras seculares de rádio. A igreja logo acrescentou a bateria e uma guitarra baixo para ajudar na transição para um serviço contemporâneo de adoração, mais alegre e animado. O pastor sistematicamente começou a afastar-se da pregação expositiva da Palavra de Deus e acrescentou uma direção psicológica em seus sermões. Alguns domingos, eles saíam da igreja imaginando se o pastor tinha copiado seu sermão de uma palestra da Dra. Laura Schelsinger, em vez de prepará-lo sob a direção do Espírito Santo de Deus. Eles tinham a impressão de ouvir muito sobre a "visão do pastor para a igreja", sobre como financiar essa "visão", e como trazer os sem-igreja para os serviços. Eles achavam muito estranho que não eram instruídos a ir e proclamar o evangelho, mas ao invés disso, eram orientados a sair pelo bairro e exaltar as virtudes da Igreja Batista Beira-Rio. Contemporizações adicionais por parte da liderança da igreja os deixaram em um desconforto cada vez maior, mas a classe na Escola Dominical era como um oásis em um virtual deserto de contemporização. Quanto mais a igreja parecia ser levada pelo vento, indo à deriva, mais o professor da Escola Dominical insistia que eles se posicionassem pela verdade da Palavra de Deus. Ele usava unicamente a tradução Almeida Corrigida e Fiel da Bíblia, mostrava os problemas com a Música Cristã Contemporânea, e não arredava o pé do ensino expositivo das Escrituras. Entretanto, os rumores de que ele era divisivo, não estava disposto a seguir as diretrizes do superintendente da Escola Dominical, e que demonstrava falta de vontade de apoiar a visão do pastor para a igreja pareciam proliferar na congregação. Parecia que a classe era um navio sendo agitado em um mar vasto e turbulento e a maioria dos membros percebia que a proliferação dos rumores de um motim contra a liderança da igreja pelos alunos da classe fazia com que a influência deles na igreja como um todo tivesse de ser marginalizada até o ponto de se tornar irrelevante. O professor fundamentalista e seus seguidores (que incluíam Pedro, Marlene e André) que se firmavam na Palavra de Deus foram rotulados de "obstrucionistas" que estavam inibindo a operação do Espírito Santo. Eles sabiam que a hora de sua partida tinha chegado e não podiam mais continuar tendo comunhão naquela igreja. Esse cenário tornou-se hoje muito comum. De acordo com os proponentes da transição da igreja, todos eles enfrentam graus variados de oposição constante. Rick Warren, Dan Southerland, e outros, continuam a escrever e a proferir palestras em seminários a milhares de pastores sobre os modos mais eficazes de lidar com a oposição à mudança. Parece que eles vêem a si mesmos como Neemias durante a reconstrução dos muros de Jerusalém sob as mais adversas circunstâncias. Dan
Southerland chegou ao ponto de basear todo o seu livro Transição: Conduzindo Pessoas Através da Mudança usando o pano de fundo o livro de Neemias e suas experiências para reconstruir os muros. Entretanto, existem grandes diferenças entre o trabalho de Neemias e o desses proponentes do novo paradigma: 1.
2. 3.
4.
Neemias fez a obra de Deus do modo de Deus. A Igreja do Novo Paradigma não tem a menor disposição de seguir as instruções de Deus dadas aos pastores nas epístolas paulinas. O único padrão dela é o pragmatismo: CRESCIMENTO = BÊNÇÃO. Se uma interpretação literal das Escrituras contradiz os métodos que resultam no crescimento exponencial da igreja, então as Escrituras precisam ser distorcidas para suportar a metodologia pragmática. Neemias estava reconstruindo os muros; a Igreja do Novo Paradigma está derrubando os fundamentos do cristianismo bíblico. Neemias estava construindo muros que iriam proteger e separar os filhos de Israel das ameaças externas de uma cultura corrompida e preservar a fé de seus pais. A Igreja do Novo Paradigma dirige uma capitulação à cultura corrompida, produzindo uma síntese, ou um resultado, chamado de "uma coisa nova". Neemias recebeu a oposição daqueles que eram os inimigos de Deus. A Igreja do Novo Paradigma recebe a oposição daqueles que se posicionam em defesa da fé.
A própria natureza da maioria dos seres humanos resiste à mudança, e até mudanças que são vistas como boas podem causar estresse indevido. Entretanto, uma "mudança de paradigmas" pode ser definida como uma mudança completa no modo de pensar de um indivíduo. De acordo com os assim-chamados especialistas, as mudanças de paradigmas não ocorrem pacifica ou facilmente. Esse conceito foi exemplificado em uma afirmação sobre "evolução social" pelo globalista Ervin Lazlo quando disse, "Quando uma crise, descoberta, ou uma revolução de incríveis proporções ocorre, a sociedade existente é empurada para uma fase de instabilidade crítica, e uma nova sociedade evolui." (24) Tal revolução está ocorrendo no cristianismo evangélico e seus efeitos estão também influenciando tremendamente o fundamentalismo. A mudança de paradigmas que está ocorrendo realmente está produzindo um período de instabilidade crítica, mas como Rick Warren observa, é um movimento que está operando "sob o radar" (25) (É somente "sob o radar" por que tantos nas igrejas evangélicas e fundamentalistas estão adormecidos, apáticos, ou ignorantes dos ensinos da Palavra de Deus.) De modo a implementar essa "coisa nova", os agentes de mudança da transição da igreja introduziram conceitos para gerar essa instabilidade crítica que são também contrários aos seguintes ensinos da Palavra de Deus: • • • •
A ênfase do serviço da igreja é a pregação. A ênfase da pregação é a doutrina. O propósito principal da igreja reunida é a edificação dos santos A pregação deve redarguir, repreender e exortar.
Além de negar esses ensinos bíblicos, as filosofias pragmáticas da Igreja do Novo Paradigma fazem surgir falsos conceitos de adoração:
• • • • • •
O falso conceito que a música é amoral. O falso conceito que a igreja precisa identificar-se com a cultura popular. O falso conceito que o atendimento às necessidades sentidas é uma prioridade para a igreja. O falso conceito que a psicologia é um ingrediente necessário na pregação. O falso conceito da tolerância pós-moderna. O falso conceito que a freqüência à igreja dever dar ao freqüentador uma maior auto-estima e fazê-lo sair da igreja sentindo-se melhor consigo mesmo.
Finalmente, os resultados dos conceitos falsos e sem base bíblica engendram grandes questões doutrinárias: • • • •
Questões Questões Questões Questões
com com com com
a doutrina da divindade de Cristo. a doutrina bíblica da separação. a escatologia bíblica. os ensinos carismáticos e a Teologia do Domínio.
Em face de todas essas questões, não deve ser absolutamente surpresa que aqueles que desejam permanecer firmes na defesa da fé resistirão à matança da Religião Orientada Para Resultados em suas comunidades cristãs. Entretanto, as "estrelas" do novo paradigma têm a resposta para esse problema e estendem-se longamente para ensinar uma fórmula de marginalização e eliminação dos dissidentes aos leitores de seus livros e participantes de seus seminários. Eles informam que a comunicação apropriada da "visão para a igreja" é fundamental para o sucesso do processo de transição, e qualquer resistência será derrotada se o processo for implementado de acordo com o plano. Dan Southerland relata, "Quando você define a visão e mantém a rota, determina quem estará partindo." (26). O pastor Southerland experimentou e compreende que haverá oposição da parte dos fundamentalistas biblicamente militantes. Ele também compreende que aqueles que acreditam na Doutrina da Separação não permanecerão no rol de membros da igreja se o corpo da igreja adotar a filosofia baseada em resultados do novo paradigma. Ele não é o único que reconhece isso. Rick Warren fala do fato que haverá aqueles que são reconhecidos como "pilares da igreja" que abandonarão a comunidade devido à Religião Orientada Para Resultados e por propósitos. Logicamente, ele responde ao problema com sua típica analogia ilógica e distorcida, "Os pilares são pessoas que mantêm as coisas de pé... Você terá algumas benditas subtrações antes de ter as abençoadas adições." (27) Bill Hybels, pastor da Igreja da Comunidade de Willow Creek, acrescenta o seguinte comentário sobre essa questão: "Você tem somente lágrimas suficientes para um grupo de pessoas: aqueles que estão vindo em sua direção ou aqueles que estarão se afastando de você. Escolha por quem você vai chorar." (28) Não é possível deixar de imaginar se esses pastores dedicados que têm um desejo ardente de alcançar os "sem-igreja", construir igrejas para os "sem-igreja", e conquistar seu mercado-alvo para Cristo alguma vez já leram a Bíblia. Em caso afirmativo, eles devem estar cortando grandes porções das Escrituras que contradizem totalmente as filosofias desse novo paradigma. A Bíblia é muito clara que as pessoas levadas a uma determinada igreja devem ser pastoreadas pelo
pastor. A Bíblia também é muito prolixa em suas analogias que comparam o pastor e a congregação ao pastor de ovelhas e seu rebanho. Em termos bem claros, o pastor deve ser para a congregação como um pastor de ovelhas é para seu rebanho. Quando essas comparações são levadas um passo adiante, os ensinos de Jesus precisam ser incluídos. Eles descreveu a si mesmo como o "bom pastor que dá a vida pelas ovelhas." Além disso, Jesus contou a parábola do pastor que deixou as 99 ovelhas e arriscou a própria vida para trazer uma única ovelha perdida de volta ao aprisco. O reconhecimento desse ensino das Escrituras leva à seguinte pergunta: "Como marginalizar e eliminar membros do aprisco se equipara ao conceito do pastoreio altruísta, sacrificial e competente?" Como pode um homem amar a menor ovelha de seu rebanho e "decidir quem abandona definindo a visão"? Como uma atitude de marginalização e eliminação daqueles que querem preservar os ensinos fundamentais da Palavra de Deus se equipara no coração de um homem chamado para ser o pastor do rebanho que Deus lhe deu? Dan Southerland relata que a igreja que ele pastoreava iniciou o processo de transição com 300 membros. Ao longo do período de transição, a igreja perdeu 300 membros e ganhou outros 2000. Dos 300 membros originais, mais da metade abandonou a igreja. Dan Southerland informa, entretanto, que valeu a pena a troca de perder esses 300 para ganhar 2000 "semigreja" para o "reino". Em lugar dessa atitude, Dan Lucarni faz uma pergunta muito pertinente, "Que tipo de pastor é esse que decide que vale a pena perder algumas ovelhas?" (29) Isso não quer dizer que a Bíblia omita o assunto da eliminação de membros da igreja. Por exemplo, houve um homem na igreja de Corinto que cometeu adultério com sua madrasta. O apóstolo Paulo ordenou que aquele indivíduo fosse excluído da igreja.. O princípio da disciplina eclesiástica é muito bem definido nas epístolas de Paulo, e essa disciplina normalmente resultará na exclusão de um membro da comunhão na igreja local. Entretanto, em parte alguma da Palavra de Deus há qualquer indicação da expulsão de um membro por querer manter os princípios das Escrituras. Como informado anteriormente neste manuscrito, o livro de Atos elogia os bereanos por examinarem as Escrituras para confirmar as afirmações dos missionários de Antioquia. O desejo de marginalizar ou eliminar esses "pilares da igreja" que se opõem à visão do novo paradigma é completamente estranho às instruções da Palavra de Deus. Conclusões da Regra 7: 1. 2. 3. 4.
O pastor de uma igreja deve ser como o pastor de um rebanho e cuidar suas ovelhas. A estratégia de marginalização ou eliminação é contrária ao caráter pastor, conforme mostrado no Novo Testamento. A prática da disciplina da igreja neotestamentária permite a eliminação rol de membros somente em caso de pecado ou de heresia. Não há base no Novo Testamento para punir um membro da igreja por posicionar em defesa da fé.
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Em conclusão, os líderes do Jogo da Igreja do Novo Paradigma referem-se àqueles que se opõem aos seus esforços como "tradicionalistas". Isso é certamente verdadeiro no caso de muitos que se opõem aos esforços de transição da igreja, e
muitos nas igrejas evangélicas e fundamentalistas estão mergulhados no tradicionalismo. Entretanto, não é a esse grupo de indivíduos que este manuscrito se propõe a apoiar. Qualquer indivíduo que se agarra às tradições da igreja está se colocando na mesma posição que o católico romano que dá tanto ou até maior importância às tradições da igreja que à Palavra de Deus. Aqueles que se opõem ao Jogo da Igreja do Novo Paradigma para preservar os vitrais, os bancos da igreja, a liturgia, o ritual, ou qualquer um dos outros itens religiosos da igreja têm prioridades tão mal-colocadas quanto aqueles a quem se opõem. Entretanto, os agentes de transformação de transição da igreja tendem a classificar toda a oposição sob o rótulo de "tradicionalistas". A verdade é que esses que se colocam em defesa da fé não são tradicionalistas nesse sentido, pois não vale a pena lutar pelas tradições concebidas pelo homem. É o precioso tesouro da doutrina dentro das páginas da Palavra de Deus que precisa ser defendido a todo o custo a partir não somente da matança das filosofias orientadas para resultados, mas todas as outras formas de apostasia. Infelizmente, muitos que compreendem essa verdade não estão dispostos a pagar o preço associado com a oposição à "visão" do agente de transformação transicional. Como muitos não querem agitar o barco, ser divisivos, ou rotulados de "criadores de problemas", sucumbem à ameaça da estratégia da marginalização e da eliminação usada pelo novo paradigma. Eles têm uma compreensão do problema, mas faltam-lhes a coragem para se oporem abertamente à transição da igreja. Esses membros da igreja ponderarão sua posição de contemporização até que estejam totalmente auto-justificados na desobediência à Palavra de Deus e auto-conciliados diante do mandamento de se separar "dos irmãos que andam desordenadamente". A despeito do fato de reconhecerem o problema, eles eventualmente tornam-se parte do problema. Finalmente, a Regra 7 é a culminação das Regras de 1 a 6. É a Regra 7 que força o agente de mudança do novo paradigma a lidar com a realidade que estará perdendo aqueles que realmente se posicionam pelos princípios da Palavra de Deus. O jogo do pragmatismo está eliminando da igreja aqueles que realmente preservam os mandamentos das Escrituras que determinam a defesa das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus a todo o custo, e os agentes de mudança do novo paradigma compreendem perfeitamente que os indivíduos que se mantêm fieis ao Livro - e não os tradicionalistas - representam a maior ameaça ao sucesso deles. Assim, a ênfase precisa ser colocada em lidar com a oposição; pois aqueles que defendem a verdade mantêm a moral em um terreno elevado. A estratégia resultante de marginalização e eliminação é o plano perfeito. Aqueles que estão no ardor dessa batalha precisam orar e pedir coragem para enfrentar os que quererão desacreditar seus esforços. Entretanto, como Pedro, Marlene e o André descobriram, chega um momento em que a separação é o único recurso bíblico diante de tão grande apostasia. Notas Finais 1.
Scotese, David W, Did Robert Johnson Sell His Soul at the Crossroads? [Robert Johnson Vendeu Sua Alma na Encruzilhada?], revista Mudcat Café, www.mudcat.org, 1997.
2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29.
Southern, Eileen, The Music of Black Americans, W. W. Norton Publishing, Nova York, 1971, pg 159. Ibidem, pg 509 Pritchard, G. A., Willow Creek Seeker Services, Baker Books, Grand Rapids, Michigan, 2001, pg 33. DiSabatino, David, History of the Jesus Movement, McMaster Divinity College, Tese de Mestrado, 1994. Armstrong, Chris, Tell Billy Graham: The Jesus People Love Him, Christian History Newsletter, Christianity Today.com, 29/11/02, pg 1. DiSabatino Lucarni, Dan. Why I Left the Contemporary Christian Music Movement, Evangelical Press, Auburn, MA, 2002, pg 80 Payton, Leonard R., Congregational Singing and the Ministry of the Word, www.the-highway.com, julho de 1998, pg 13. Ibidem, pg 10 Schoen, Max, The Psycology of Music, The Ronald Press, Nova York, 1940 (conforme citação de David Cloud). Taylor, Richard M., The Disciplined Lifestyle, 1973, pg 86 (conforme citado por David Cloud). Life Magazine, 28/6/1968 (conforme citado por David Cloud). Wheaton, Jack, Crisis in Christian Music, Hearthstone Publishing, Oklahoma City, 2000, pg 64. Cloud, David, Friday Church News Notes, 29/8/2003, Vol. 4, Edição 33. Wheaton, pg 77. Warren, Rick, The Purpose Driven Church [Uma Igreja com Propósitos, Editora Vida] Zondervan Publising, Grand Rapids, MI, 1995, pg 281. Ibidem, pg 288. Ibidem, pg 280. Ibidem Lucarni, pg 42. Ibidem, pg 55. Ibidem, pg 120. Lalonde, Peter, One World Under the Antichrist, Harvest House Publishers, Eugene, OR, pg 131. Warren, Rick, "The Purpose-Driven Seminar", 1/98 (conforme citado por Dennis Costella). Southerland, Dan, Transitioning, Leading Your Church Through Change, Zondervan Publishers, Grand Rapids, MI, 1999, pg 127 Warren / Costella. Southerland, pg 127. Lucarni, pg 77.
Capítulo 12: A Galeria da Fama da Igreja do Novo Paradigma: Os Flautistas de Hamelin na Igreja do Século 21 Sinopse: À medida que a sociedade adota as filosofias pós-modernas, o conceito de verdade absoluta torna-se mais reduzido na mente das pessoas. Esse processo é chamado de "Mudança de Paradigma". Em oposição a essa mudança de mentalidade, a igreja cristã precisa se posicionar contra as mudanças que atacam a Palavra de Deus como verdade absoluta. Entretanto, a Igreja do Novo Paradigma busca justamente atrair aqueles que têm uma mentalidade pós-moderna por meio da aceitação da cultura pós-moderna. À medida que este manuscrito se aprofunda nas origens da metodologia usada no Movimento de Crescimento de Igrejas "com propósitos" e "sensível aos que procuram", as descobertas tornam-se não somente surpreendentes, mas também absolutamente chocantes. Este capítulo expõe a origem da metodologia, a fonte do financiamento e o trágico impacto da Religião Orientada Para Resultados do Novo Paradigma. O objetivo principal daqueles que brincam segundo as regras do Jogo da Igreja do Novo Paradigma é a transformação da igreja de Jesus Cristo. Essa transformação levará a igreja ao ponto da remoção completa de qualquer vestígio do fundamentalismo separatista e combativo e à plena aceitação do modelo do novo paradigma de relevância cultural, que é defendida pelo neo-evangelicalismo do século 21. Como foi discutido no Capítulo 3, desde sua formação, o neo-evangelicalismo buscou "manter a ortodoxia teológica histórica do fundamentalismo ao mesmo tempo em que rejeitava seu separatismo e militância." (1) Entretanto, a Bíblia é bem clara que a ortodoxia e a militância são inseparáveis, e qualquer tentativa de separar as duas resultará na corrupção da ortodoxia. Como explicado por Fred Moritz em seu livro Contending For The Faith, Judas exortou os cristãos "a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos." [Judas 1:3] O Dr. Moritz explica então que a palavra grega traduzida como "batalhar" na nossa Bíblia é definida como "lutar..., pelejar, guerrear". Portanto, Paulo, sob a direção do Espírito Santo, não estava simplesmente compondo uma bela prosa quando escreveu e exortou Timóteo a "suportar as aflições como um bom soldado de Jesus Cristo" [2 Timóteo 2:3]; e, acima de tudo, Timóteo foi instruído a "conservar o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido." [2 Timóteo 1:3] Como já foi enfatizado muitas vezes neste manuscrito, os ingredientes mais vitais do cristianismo bíblico são as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus e, de acordo com os mandamentos (não sugestões) das Escrituras, essas doutrinas devem ser mantidas, defendidas e preservadas pela igreja. Além disso, a revelação da história mostra que Lúcifer tem repetidamente atacado aqueles que buscam cumprir essa missão mandada por Deus. A estratégia implementada por Lúcifer em seus ataques à Palavra de Deus (bem como contra aqueles que procuram defendê-la) está também documentada no livro de Judas. Imediatamente após o chamado para a defesa da fé, Judas diz que "certos homem se introduziram sorrateiramente... homens ímpios... que convertem em dissolução a graça de Deus..." [Judas 1:3]. O aspecto mais interessante dessa afirmação é o fato que "homens ímpios...". Se esses indivíduos foram aceitos na comunhão dos santos, obviamente não foram reconhecidos como homens ímpios, mas, ao invés disso, foram totalmente aceitos como membros da igreja e,
possivelmente, foram também elevados à posição de liderança. No caso da igreja no século 21, muitos homens aparentemente iniciaram seus ministérios em um rumo bíblico e desviaram-se depois ao ouvirem a canção sedutora da fama, da riqueza e do poder. Em alguns casos, ou até na maioria deles, até a digressão para a estrada da contemporização pode ter sido pavimentada com as boas intenções - ou mesmo a visão de levar milhares de vidas a Jesus Cristo. Portanto, não é a intenção deste autor julgar os corações dos homens citados neste capítulo - o próprio Deus fará isso no devido tempo. Muitos desses indivíduos podem ter intenções nobres, ou talvez maldirigidas, ou podem até ser vítimas de instigações ocultas. Entretanto, o dever de todo filho de Deus inclui uma avaliação bíblica de todo ministro ou ministério que possa encontrar e, com base nessas avaliações, pode ser elaborada uma relação daqueles que são os membros empossados óbvios na Galeria da Fama do Novo Paradigma. A relação dos empossados na Galeria da Fama do Novo Paradigma está dividida em várias sub-seções: •
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Os precursores - Estes são os homens que podem não ser participantes óbvios no Movimento de Crescimento de Igrejas, mas lançaram os fundamentos com os conceitos orientados para resultados sobre os quais a Igreja do Novo Paradigma está sendo construída. Os Pais do Movimento de Crescimento de Igrejas - Estes indivíduos geraram os conceitos e prescreveram planos específicos não somente para implementar o crescimento exponencial da igreja com base em uma metodologia extrabíblica, mas também conseguiram suporte popular suficiente para suas metodologias para fazer avançar os conceitos em uma ampla base de recipiendários. Os Facilitadores - Estes são os homens que construíram igrejas enormes, ou ganharam fama e fortuna facilitando os processos que levam ao crescimento exponencial da igreja, com uma orientação aos resultados. Os Centros de Facilitação - Esta designação não é para os indivíduos, mas para as instituições de ensino superior que foram (ou são) componentes críticos na ascensão da Religião Orientada Para Resultados.
Os Precursores "Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do SENHOR, com a idade de cento e dez anos. E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel." [Juízes 2:8,10] Em poucas palavras, essa passagem do Velho Testamento diz muito sobre a tragédia de deixar de perpetuar a retidão para as gerações seguintes. Entretanto, no caso da igreja do século 21, as vitórias conquistadas por aqueles que defenderam a verdade desde a virada do século até o fim da Segunda Guerra Mundial (veja o Capítulo 3) começariam a ser solapadas pela rebelião dentro de suas próprias fileiras antes mesmo que a geração anterior passasse para a eternidade. Essa rebelião foi liderada por aqueles cujos pais podem ter sido evangélicos e/ou fundamentalistas "que batalharam pela fé" durante a matança do Modernismo na primeira metade do
século passado. Entretanto, a geração mais nova tinha vergonha da reputação de "atrasados", "de baixa escolaridade" e de "mentalidade estreita" do fundamentalismo. Esses jovens buscavam o respeito e o aplauso da comunidade intelectual, teológica e científica e tornou-se enamorada com as novas idéias de socialização e o papel do cristianismo em solucionar os problemas das questões sociais em sua cultura. Em resumo, embora a geração mais jovem ainda professasse a ortodoxia fundamental da Palavra de Deus, estava envergonhada dos estigmas associados com o fundamentalismo até ao ponto de não quererem mais ser chamados de fundamentalistas. Dois desses indivíduos que atingiram a notoriedade para serem empossados na Galeria da Fama do Novo Paradigma sob esses auspícios foram o falecido Harold J. Ockenga e Billy Graham. Harold Ockenga Harold J. Ockenga certamente tinha uma sólida compreensão da Doutrina da Separação. Como aluno da Universidade de Princeton, ele foi instruído por um dos maiores presbiterianos fundamentalistas da história, o Dr. J. Gresham Machen. Ockenga até se separou com o Dr. Machen da tomada modernista de Princeton para o Seminário de Westminster. Ele era um amigo íntimo e colega de classe de um dos fundamentalistas mais combativos daquele tempo, o Dr. Carl McIntire; e o Dr. McIntire serviu como chefe dos introdutores no casamento dele. Ockenga tornou-se um dos primeiros formados pelo Seminário de Westminster. Posteriormente, Ockenga assumiu o pastorado da Igreja Congregacional da Rua do Parque, em Boston, estado de Massachusetts. Ele foi um prestigioso, dignificado e conservador pastor presbiteriano com um ministério muito bem sucedido. A despeito de tudo isso, o Dr. Ockenga tinha algumas questões com sua herança fundamentalista e partiu para transicionar a igreja para uma nova posição dentro da era "moderna". Ockenga foi o fundador da Associação Nacional dos Evangélicos e, embora essa organização inicialmente incluísse fundamentalistas da antiga linha, como John R. Rice, Charles Woodbridge, Bob Jones Sr., e outros - isso iria mudar. Na verdade, as coisas mudaram drasticamente. Ockenga determinou criar um novo curso para os evangélicos modernos que incluia atitudes divergentes distintivas daquelas da ortodoxia fundamentalista. Em 1947, ele cunhou o termo "neo-evangélico" para descrever aqueles que seguiam sua liderança. Como discutido no Capítulo 3 deste manuscrito, Ockenga e seus seguidores rebelaram-se contra a combatividade e separação do fundamentalismo. Além disso, ele insistia que a palavra-chave para continuar expandindo o evangelho não era mais a separação bíblica, mas a infiltração nas igrejas apóstatas. Em 1948, ele detalhou os objetivos do neo-evangelicalismo: • • • •
Os neo-evangélicos enfocariam as questões sociais que os fundamentalistas evitavam. Os neo-evangélicos incluiriam com a salvação uma "filosofia social" Os neo-evangélicos "não investigariam as personalidades que adotam ou defendem o erro" O cristão não deve ser obscurantista em questões científicas como a Criação, a idade do homem, a universalidade do Dilúvio, e outras questões bíblicas discutíveis."
•
As questões intelectuais devem ser respondidas dentro da estrutura do aprendizado moderno e deve haver liberdade nas áreas menos importantes. (3)
Além disso, Ockenga designou e promoveu especificamente quatro agências para o avanço do neo-evangelicalismo: • • • •
A Associação Nacional dos Evangélicos, O Seminário Teológico Fuller, A revista Christianity Today e Evangelismo ecumênico encabeçado pelos Ministérios Billy Graham. (4)
Por volta de 1956, a lista de credenciais de Ockenga atingiu proporções que poderiam facilmente ser descritas como incríveis. • • • • • • •
O "pai" do neo-evangelicalismo Primeiro presidente da Associação Nacional dos Evangélicos Pastor da Igreja Congregacional da Rua do Parque Primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller Presidente da junta da revista Christianity Today Presidente da Escola Teológica Gordon-Conwell Diretor da Associação Evangelística Billy Graham (5)
Essencialmente, Ockenga foi um dos primeiros a propor que os cristãos conservadores e fundamentalmente ortodoxos adotassem certos aspectos da cultura popular. (Neste caso, esses aspectos eram aqueles da extremidade mais elevada da cultura popular - os atributos intelectuais, científicos e eclesiásticos da "camada superior" da sociedade). A base dessa posição originou-se como uma reação contra o fundamentalismo militante e "atrasado". Ele e seus cúmplices sentiam que a militância fundamentalista era ofensiva demais, e os indivíduos intelectualmente mais astutos afastavam-se do evangelho, em vez de serem atraídos a Cristo devido à falta de intelectualismo no fundamentalismo. Como reação a essa questão, a estratégia da infiltração incluía uma visão menos dogmática das doutrinas "não-essenciais", como a Criação recente e a inerrância das Escrituras. Como resultado da influência de Ockenga, os neo-evangélicos responderam ao sedutor chamado para o orgulho, o intelectualismo e o relativismo cultural. Em resumo: •
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Harold J. Ockenga e seus cúmplices criaram um movimento que retinha a aparência exterior de ortodoxia conservadora mas repudiavam doutrinas e preceitos bíblicos específicos - particularmente a inerrância das Escrituras e a Doutrina da Separação. Ockenga e seus seguidores expressavam um distinto desdém pelo fundamentalismo e buscavam uma síntese com a teologia moderna, o que no final os levou a uma "capitulação ao erro". A "estratégia da infiltração" como forma de alcançar os perdidos para o evangelho caracterizava-se por uma desobediência direta aos mandamentos da Palavra de Deus.
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A implementação dos processos para produzir a síntese de Ockenga e de outros neo-evangélicos deu precedência aos apausos dos homens (os nãosalvos, é claro) sobre o aplauso de Deus.
Os pontos acima formam os conceitos fundamentais da Religião Orientada Para Resultados da Igreja do Novo Paradigma. É verdade que a síntese do neoevangelicalismo do século 21 do novo paradigma busca um grupo ligeiramente mais populoso em vez de o grupo intelectual como seu alvo para o consenso, mas o princípio continua o mesmo. A estratégia de um consenso entre os com igreja e os sem-igreja, de modo a facilitar o resultado que destruirá o cristianismo fundamentalista, é precisamente a essência daquilo que o Dr. Ockenga prescreveu. Como evidenciado pelas informações apresentadas nos capítulos de 8 a 11 deste manuscrito, o processo para alcançar o "propósito" da Igreja do Novo Paradigma utiliza a mesma filosofia. Billy Graham Billy Graham iniciou seu ministério como um fundamentalista, participava de instituições fundamentalistas e adotava uma posição militante em defesa dos princípios da Palavra de Deus. Ele se alinhou com os grandes fundamentalistas dos anos 40 contra os ataques do modernismo e pregava "todo o conselho de Deus". Em 1949, Graham foi catapultado aos holofotes nacionais quando o barão da mídia William Randolph Hearst o ouviu pregar um sermão em uma conferência evangelística e de reavivamento em Los Angeles. Subseqüentemente, Hearst instruiu os editores de seus jornais a "inflarem Graham" (7) e logo histórias vibrantes sobre Graham enfeitaram as páginas dos principais jornais de todo o país. Os holofotes nacionais não tornaram Graham imune aos ataques dos inimigos do evangelho. Em uma carta de 23/10/1950 ao Dr. Bob Jones Sr., Graham relatava: "Os modernistas estão começando a escrever cartas contra mim... Estão começando a aparecer artigos em certos jornais atacando as coisas em defesas das quais eu luto." (8). Entretanto, como foi o caso com Harold Ockenga, as coisas começaram a mudar. Já em 1951, o Dr. Bob Jones Sr. advertia os jovens evangelistas sobre a atração do mundo: "A preocupação com o glamour, a ambição e o desejo de agradar a todos estão tão presentes em suas vidas que vocês estão cambaleando de um lado para o outro da rua." (9) Por volta de 1956, as associações de Graham com os modernistas levantaram questionamentos de fundamentalistas em todo o mundo. Em uma carta de 10/1/1956 a John R. Rice, o Dr. Graham defendia a direção ecumênica de seu ministério: "... negar a divindade de Cristo seria uma coisa; mas a questão de política, métodos e estratégia, é outra totalmente diferente. Certamente não vamos dividir a comunhão por causa de uma estratégia... desde que minha mensagem seja clara, acredito que tenho o direito de esperar seu suporte e suas orações." (10)
Essa defesa denota o conceito mais fundamental na Religião Orientada Para Resultados: o fim justifica os meios. O Dr. Graham achava que era merecedor do suporte e das orações daqueles que percebiam que ele estava em um caminho que incorporava um afastamento claro da fé porque obviamente achava que eles é que estavam errados em sua avaliação que o fim não justifica os meios. Em uma carta de 12/5/1956 a Billy Graham, o Dr. Bob Jones Jr. (um amigo pessoal íntimo de Graham) escreveu: "...você está enganando a si mesmo e sua posição ... é contrária aos ensinos da Palavra de Deus, e tudo o que é contrário à Palavra de Deus é errado." (11) Em 17/1/1956, o Dr. Bob Jones Sr. respondeu à carta de Graham a John R. Rice com a famosa repreensão, "Billy, não é correto agir de forma errada, nem mesmo para ter uma oportunidade de fazer o certo." (12) Não há absolutamente dúvida alguma que se o Dr. Jones estivesse vivo hoje, dirigiria a mesma repreensão a Rick Warren, Bill Hybels, Dan Southerland, Andy Stanley, e todos os outros participantes do novo paradigma que estão percorrendo exatamente o mesmo caminho. Sem qualquer dúvida, Billy Graham podia dar a si mesmo a chance de fazer o certo, e seu exemplo é muito impressionante. De acordo com a Biblioteca da História Cristã da revista Christianity Today, "Billy Graham pregou o evangelho de Cristo pessoalmente a mais de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e aproximadamente 3 milhões responderam aos apelos no fim dos sermões." (13) Mesmo assim, na citada carta a John R. Rice, Graham recorreu a uma distorção das Escrituras que rivalizaria com a mesma tática usada hoje por Rick Warren, quase cincoenta anos mais tarde. Graham defendeu o patrocínio de suas cruzadas pelos modernistas dizendo o seguinte: "Paulo foi patrocinado pelos estóicos e epicureus no Areópago". (14). Essa afirmação é tão risível e insultuosa quanto muitas afirmações feitas por Rick Warren que ele também não poderia defender biblicamente (veja os Capítulos de 8 a 10). Além disso, é difícil de acreditar que o Dr. Graham recorreria a essa defesa frágil diante de homens astutos em seu conhecimento das Escrituras. Entretanto, as ações e afirmações dele foram precursoras distintas ao curso seguido cincoenta anos depois pelos participantes no Jogo da Igreja do Novo Paradigma. Esse fato somente qualifica Billy Graham para ser empossado na Galeria da Fama do Novo Paradigma como o precursor do movimento de crescimento da igreja moderna. A Cruzada de Billy Graham na cidade de Nova York, em 1957 foi aparentemente a "hora da decisão" para o alinhamento com os modernistas e com os católicos romanos ao mesmo tempo em que afastava os homens de Deus que suportaram seus esforços desde o início de seu ministério. Aquela cruzada foi o ponto crítico em seu ministério que levou à total capitulação ao erro; e a descida da ladeira escorregadia da contemporização continuou a se acelerar, como Graham reportou em uma carta aos seus apoiadores em maio de 1958: "Não acredito que a base da nossa comunhão deva ser a inerrância das Escrituras, mas, ao invés disso ...., a deidade de Cristo." (15) Somente dois anos depois de declarar que as estratégias e métodos não deveriam ser a base para a separação, Billy Graham revela agora que a negação da
inerrância das Escrituras também não deveria ser uma linha de separação. As coisas se tornariam tão ruins que volumes precisariam ser escritos para detalhar as afirmações blasfemas e as associações contemporizadoras que vieram depois de 1958. (16) Embora as afirmações mais blasfemas de Graham são pontos que merecem um estudo adicional, este manuscrito não é o local para expor essas questões - mas ao invés disso, fazer advertências críticas àqueles que querem brincar com o Jogo da Igreja do Novo Paradigma: Estratégias, métodos e processos que não se conformam com os ditames da Palavra de Deus (veja o Capítulo 8) levam à heresias doutrinárias insidiosas e à infidelidade religiosa. • Essas heresias doutrinárias são os resultados trágicos de buscar o consenso com aqueles que mantêm sistemas de crenças que não estão de acordo com a Palavra de Deus. • Uma vez que tal consenso seja exercido, existe uma ameaça distinta à perpetuação do evangelho de Jesus Cristo para a próxima geração. •
O Dr. Graham levou muitas pessoas ao conhecimento da salvação em Jesus Cristo. No entanto, o resultado de seus métodos e estratégias é que muitos desses indivíduos tornaram-se totalmente ineficientes para a causa de Jesus Cristo falhando assim em perpetuar o verdadeiro evangelho para seus filhos ou com as pessoas em seu círculo de amizades (veja o Capítulo 3). Os jogadores no Jogo da Igreja do Novo Paradigma estão buscando um curso que segue exatamente esse exemplo, e irão com a passagem do tempo, colher o mesmo fruto corrompido.
Os Pais da Igreja do Novo Paradigma Os precursores da Igreja do Novo Paradigma não estavam necessariamente associados com o Movimento de Crescimento de Igrejas. Na verdade, os líderes do Movimento de Crescimento de Igrejas deliberadamente evitam a estratégia da abordagem do "marketing dos disparos de revólver" das cruzadas evangelísticas urbanas, preferindo a mais precisa abordagem do "marketing do fuzil" de ter um mercado-alvo pré-selecionado, ou, como veio a ser conhecido - uma Unidade Homogênea. Portanto, muitos podem discordar da inclusão de tipos como Billy Graham na Galeria da Fama do Novo Paradigma, mas a abordagem de Graham ao "evangelismo ecumênico" possibilitou sua entrada nesse mesmo grupo seleto via uma rota alternativa daqueles que foram selecionados como os "pais" do pensamento do novo paradigma. Os Pais da Igreja do Novo Paradigma são aqueles que lançaram os alicerces para o pensamento do novo paradigma em um plano intelectual, filosófico e em parte experimental. Os facilitadores atuaram então sobre esses conceitos para iniciar esses princípios em um nível prático. Dois indivíduos que atendem o critério para aceitação na Galeria da Fama do Novo Paradigma como os "Pais do Movimentos" são Donald McGavran e Robert Schuller.
Donald McGavran Donald McGavran, formado pela Escola Teológica de Yale, foi um missionário de terceira geração que tornou-se frustrado com as poucas conversões e a falta de crescimento nas dezessete igrejas sob sua responsabilidade na Índia. Ele determinou que somente haveria crescimento nessas igrejas se o trabalho da missão fosse conduzido de uma maneira nova e mais esclarecida. Portanto, ele se propôs a continuar a construir o ministério e ao mesmo tempo "descartar as teorias do crescimento de igrejas que não funcionavam, e aprender e praticar padrões produtivos que realmente discipulem as pessoas e façam aumentar a casa de Deus." (17) Ele buscou um processo de pensamento que argumentava que se existia uma metodologia para missões que produzia poucas ou nenhuma igreja, deveria haver uma metodologia para produzir muitas igrejas. Ele então passou a pesquisar diligentemente todas as avenidas disponíveis, não apenas na Índia, mas também em outros campos missionários. O plano funcionou e ele começou a ver muitas conversões e novas igrejas plantadas nas mesmas áreas que produziram resultados limitados por diversos anos. Como resultado desses sucessos, em 1955 ele escreveu o livro monumental, The Bridges of God, e posteriormente tornou-se deão emérito e professor de Missões, Crescimento de Igrejas, e Estudos do Sudeste Asiático na Escola de Missões Mundiais do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, na Califórnia. Os princípios de crescimento de igrejas conquistaram-lhe o título de "Pai do Movimento de Crescimento de Igrejas" (18) por aqueles que estudaram e implementaram seus conceitos. Entretanto, um estudo dos métodos de McGavran deixa um indivíduo fundamentado na Bíblia com tantas perguntas quanto respostas. Os conceitos básicos desses métodos podem ser sumarizados pelos seguintes pontos: A base da filosofia de McGavran é o pragmatismo. Como afirmado no Capítulo 8, o pragmatismo cristão é a filosofia que declara, "Se algo funciona, está funcionando como resultado direto das bênçãos de Deus". Entretanto, o pragmatismo não tem absolutamente lugar algum na análise do sucesso ou fracasso de um ministério. O princípio orientador de qualquer trabalho cristão deve iniciar com a pergunta: Este trabalho se alinha com os ensinos da Palavra de Deus em seus conceitos, métodos, implementação e resultados? O perigo de qualquer abordagem pragmática ao ministério é atrair princípios seculares ou até ocultistas que resultem no alcance dos objetivos e propósitos pré-determinados. Se a pessoa for totalmente pragmática, os fins sempre justificarão os meios se eles produzirem os resultados desejados - e esse conceito claramente não tem base bíblica. Em segundo lugar, uma abordagem pragmática ao ministério implica que se um ministério está lutando para crescer, deve haver uma falha em operar de acordo com a vontade de Deus. Essa implicação não considera o fato que Deus somente requer uma coisa de seus ministros: a fidelidade. Deus requer fidelidade absoluta à Sua Palavra e, portanto, qualquer metodologia que se desvie do plano prescrito de Deus, conforme revelado em Sua Palavra, não é de Sua vontade - independente do sucesso que possa aparentar na superfície. McGavran concluiu que multidões não estavam vindo a Deus por que os missionários ocidentais estavam pregando um evangelho individualista. (19) Neste ponto, Donald McGavran se aventurou a patinar sobre uma camada muito fina de
gelo. O fato da matéria é que toda a doutrina do Novo Testamento ensina um evangelho individualista. O evangelho de Jesus Cristo são as boas novas da morte, sepultamento e ressurreição de um homem - o Deus na forma de homem - que habilitou a extensão do dom gratuito da salvação a todo indivíduo - uma pessoa de cada vez. McGavran insistia que esse evangelho era uma afronta às leis sociais que governam toda a humanidade, e então propôs um "processo de conversão multiindividual e mutualmente interdependente por meio do qual famílias... clãs, vilas e tribos se tornariam cristãs ao mesmo tempo." (20) O conceito de "pensamento de grupo" envolvido por tal filosofia já foi tratado anteriormente neste manuscrito. Os exemplos citados incluem o "aprendizado cooperativo" como um conceito na Educação Pragmática e a facilitação dos relacionamentos com os sem-igreja (Capítulo 9). Esses métodos foram discutidos para expor as ameaças dialéticas apresentadas pela infusão das estratégias de "pensamento de grupo" na igreja. Além disso, os fatos ditam que as filosofias de pensamento de grupo têm sua origem no ocultismo. Se alguém tem qualquer dúvida sobre isso, deve tomar nota da seguinte citação da Boa Vontade Mundial, uma divisão da Lucis Trust (anteriormente chamada de Lucifer Publishing Company): "O terceiro objetivo é o crescimento da idéia de grupo com uma conseqüente ênfase geral sobre o bem do grupo, a compreensão do grupo, a inter-relação no grupo, e a boa vontade do grupo. O poder que o Novo Grupo dos Servos Mundiais eventualmente terá, será obtido de duas fontes: primeira, daquele centro ou governo mundial subjetivo.... Essas são as pessoas que estão construindo a nova ordem mundial. Todas estão definitivamente servindo à humanidade, e estão por meio do poder de suas respostas à maré de oportunidade e note, emergindo de toda classe, grupo, igreja, partido, raça e nação... elas envolvem todas as religiões, todas as ciências e filosofias. Suas características são: síntese, inclusividade, intelectualidade e excelente desenvolvimento mental... ... Por trás dessa divisão em quatro partes da humanidade estão aqueles Iluminados, cujo direito e privilégio é zelar pela evolução humana e guiar os destinos da humanidade. No ocidente chamamos-os de Cristo e Seus discípulos. Nas teologias do oriente eles são chamados por muitos nomes. Também são conhecidos como os Agentes de Deus, ou a Hierarquia das almas liberadas que buscam incessantemente oferecer assistência e ajuda à humanidade. Eles fazem isso por meio da implantação de idéias nas mentes dos pensadores do mundo..." (21) Essa citação deve fazer gelar o sangue de qualquer filho de Deus. Essa é a própria filosofia do inferno, e aderir a qualquer parte dessa filosofia deve levantar inúmeras bandeiras vermelhas. Além disso, quando a metodologia de qualquer ministério baseia sua filosofia principal nesses conceitos, o cristão baseado na Bíblia precisa se sentir compelido a levantar questões sobre a origem de tais filosofias. (Para evitar qualquer mal-entendido, esta não é uma acusação que o Dr. McGravan está intencionalmente envolvido ou que adere a quaisquer filosofias ocultistas. Entretanto, à medida que seus métodos são desdobrados, as similaridades são tais que geram perguntas concernentes à fonte das filosofias de todo o Movimento de Crescimento de Igrejas.
McGravan desenvolveu suas filosofias infundindo as ciências do comportamento na metodologia das missões. Esse foi um erro tão grave quanto a infusão da psicologia na igreja no final dos anos 1970 (veja o Capítulo 10). McGravan sumarizou sua defesa desses métodos quando afirmou: "Os maiores obstáculos à conversão são sociais, não teológicos. Podemos esperar uma grande conversão de muçulmanos e hindus assim que os caminhos forem encontrados para eles se tornarem cristãos sem renunciarem aos seus amados, o que parece ser uma traição." (22) A afirmação que os obstáculos à conversão são mais sociais do que teológicos é uma antítese direta do poder de convencimento do Espírito Santo, o poder da Palavra de Deus e uma subordinação da graça de Deus aos estratagemas do homem Além disso, a infusão das ciências sociais nas missões é similiar à aderência à evolução teísta de modo a acomodar a visão ateísta da criação da intelligentsia moderna. A pesquisa científica e a aderência ao método secular no ministério não é nada mais do que se atrelar à "sabedoria deste mundo", e assim reduzir o evangelho de Jesus Cristo à "mensagem do status quo social". É exatamente esse status quo que McGravan insiste que precisa ser mantido de modo a alcançar as multidões de muçulmanos ou hindus. Assumindo que os graduados em missões do Seminário Fuller estão implementando essas teorias desde 1957, esses métodos têm falhado miseravelmente - pois o Islã é atualmente a religião de mais rápido crescimento no mundo. As teorias sócio-missionárias culminaram com o desenvolvimento do Princípio da Unidade Homogênea. McGravan teorizou que "as pessoas querem se tornar cristãs sem cruzar as barreiras raciais, lingüísticas, ou de classe... e a conversão deve ocorrer com um mínimo de deslocamento social" (23) Ele achava que as unidades homogêneas eram relativamente isoladas e impermeáveis, e a estratégia missionária deveria ser a conversão de grupo de tribos, vilas, etc. Sua estratégia então era o uso das unidades homogêneas como "mercados-alvo", de modo a "colocar na igreja" toda a unidade com batismos em massa. Na verdade, a chave para o sucesso era visto como um "movimento popular", e batismos solitários deveriam ser evitados. Usandose esse método, levantes sociais e danos à dignidade do grupo seriam minimizados. Após McGravan ir para o corpo docente do Seminário Fuller, muitos alunos procuravam aplicar sua metodologia nos EUA. À medida que isso foi pesquisado, chegou-se à conclusão que os EUA são simplesmente uma vasta coleção de unidades homogêneas. Os alunos de Fuller já estavam treinados para essa abordagem intelectual ao evangelismo; e um indivíduo em particular, Win Arn, tomou o desafio com vigor suficiente para iniciar o Movimento de Crescimento de Igrejas. (24) Novamente, entretanto, a utilização de métodos mundanos levou à perversão doutrinária. Como evidência desse fato, uma frase em um livro escrito por Arn e por McGravan diz tudo: "... A verdade que a Bíblia revela não é totalmente exemplificada em uma igreja empírica. O caminho único nunca é o que qualquer igreja faz. Seus rituais, costumes, hinos e doutrinas são todos criação do homem e imperfeitos." (25)
A análise final do "Pai do Movimento de Crescimento de Igreja" gera questões que devem ser muito desconcertantes para qualquer cristão nascido de novo: •
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A infusão das ciências do comportamento no ministério equipara-se à subjugar o evangelho à "sabedoria do homem". A Bíblia ensina que a sabedoria humana é loucura diante de Deus, e ... "Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?" [1 Coríntios 3:19, 1:20]; Não é, então, essa infusão uma corrupção da verdade? A infusão das ciências sociais então "abre a porta para a ciência social ter um papel que nunca objetivou ter na igreja" (26) A doutrina é reduzida ao "ritual e mero resultado da cultura popular" (27) De modo a implementar o Princípio da Unidade Homogênea, a fé é reduzida ao menor denominador comum. (Exatamente como a Educação Orientada Para Resultados produz o "emburrecimento" do sistema público de ensino, esses princípios da Religião Orientada Para Resultados não somente enfraquecem ou contemporizam a pureza da Palavra de Deus, mas também enfraquecem os membros da igreja devido à falta de instrução doutrinária.) O desenvolvimento de dinâmicas de grupo utilizadas no Princípio da Unidade Homogênea é um bloco de construção no processo dialético que é fatal para o cristianismo fundamentalista. O Princípio da Unidade Homogênea não tem fundamento bíblico. O evangelho torna-se a mensagem do status quo social, relativizado para pouco mais que um símbolo sociológico da aderência do grupo a Cristo, em vez de uma força transformadora na cultura." (28)
Em conclusão, o Dr. Donald McGavran precisa receber votação unânime para essa indicação à Galeria da Fama do Novo Paradigma. Ele até recebe um voto de Rick Warren: "McGavran desafiou brilhantemente a sabedoria convencional do seu tempo sobre o que fazia as igrejas crescerem. Quando leio um artigo de McGavran, sinto Deus me dirigindo para investir o resto de minha vida para descobrir os princípios que produzem igrejas de crescimento saudável." (29) Seguindo o exemplo de Warren, os conceitos de McGavran estão agora sendo implementados em todos os EUA à medida que os pastores das igrejas do novo paradigma utilizam o Princípio da Unidade Homogênea ao buscarem alcançar seus "mercados-alvo" para Cristo. Os ministérios orientados para resultados implementam os princípios das ciências do comportamento à medida que buscam relacionar-se com a cultura popular na maximização dos esforços evangelísticos. O processo dialético para facilitar os "relacionamentos de integridade" com os sem-igreja via a "metaigreja" dos grupos pequenos está baseado em esforços que utilizam "dinâmicas de grupo". Finalmente, a doutrina bíblica é subjugada para praticamente todos os outros aspectos do ministério - e sem o ensino da sã doutrina - os membros da igreja estarão vulneráveis a todas as setas atiradas por Lúcifer.
Robert Schuller Robert Schuller não precisa de apresentações. Como fundador e pastor da famosa Catedral de Cristal, a Igreja da Comunidade de Garden Grove, em Garden Grove, Califórnia, a face de Schuller é vista em canais de televisão na América e em muitos outros países. Na verdade, ele agora tem a maior audiência entre todos os televangelistas. (30) Não há também dúvidas que Schuller merece aprovação unânime para indicação à Galeria da Fama do Novo Paradigma. A única questão é sua categorização. Embora Robert Schuller seja certamente um grande facilitador do pensamento do novo paradigma, ele próprio afirma ser o "fundador do Movimento de Crescimento de Igrejas neste país" (31). Portanto, após a devida consideração, o autor deste manuscrito concluiu que Schuller merece compartilhar o título de "Pai da Igreja do Novo Paradigma" com Donald McGravan. Robert Schuller, um maçom de Grau 33, é o homem que assumiu o manto de Norman Vincent Peale (também um maçom de Grau 33), o originador do evangelho da auto-estima. O igualmente famoso Norman Vincent Peale foi pastor da Igreja Marble Collegiate, na cidade de Nova York, até 1984. Ele foi o autor do livro O Poder do Pensamento Positivo e da revista Guidepost, com uma circulação de 4,5 milhões de exemplares. Peale foi o fundador e principal promotor do que veio a ser conhecido como "psicologia cristã" e foi o porta-voz principal para aquilo que veio a ser chamado de "evangelho da auto-estima" (32) Schuller modelou seu ministério com base no ministério de Peale e acrescentou a ele a "abordagem do marketing ao cristianismo". Quando Schuller fundou a Igreja da Comunidade de Garden Grove, iniciou com pouco dinheiro, mas conquistou a vizinhança perguntando às pessoas se elas freqüentariam a igreja. Se a resposta fosse não, Schuller então perguntava por que elas não iriam à igreja. Ele então perguntava o que os faria ir à igreja. Ele ouviu as respostas e decidiu "lançar o tipo de isca que eles gostariam de ver". (33) Sua filosofia básica de crescimento de igreja era simples: • • • • • • •
A percepção precisa ser modificada de ver as pessoas como "salvas" ou "perdidas" para "com igreja" e "sem-igreja". Descubra o que impressiona os sem-igreja na sua cidade/bairro e faça isso. Traga "heróis" populares para atrair as multidões. (34) Utilize os princípios bem sucedidos do varejo: Facilidade de acesso, farto estacionamento, estoque, serviço, visibilidade, e bom fluxo de caixa. Os pastores devem seguir os modelos dos homens de negócio e planejar de forma estratégica. Não pregue sermões expositivos, você precisa ganhá-los e construir relacionamentos." (35) Mude de uma abordagem teocêntrica ao ministério para uma "abordagem das necessidades humanas". (36)
Embora esses conceitos formem a própria essência do pensamento e estrutura do novo paradigma, a posição doutrinária de Robert Schuller coloca-o claramente na mesma posição que a política de Bill Clinton. Essa é a política da "Terceira Via" do centro radical. A partir de uma perspectiva religiosa, os métodos e doutrinas de
Schuller emulam essa mesma posição filosófica - reter a percepção dos evangélicos conservadores ao mesmo tempo em que adota métodos e doutrinas diametralmente opostos à teologia evangélica. Os pontos-chave da teologia de Schuller podem ser observados a partir das seguintes citações: • •
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"Precisamos começar a dizer, "Não estou tentando converter qualquer outra pessoa religiosa para o meu ponto de vista." (37) "Não há necessidade de uma pessoa reconhecer seu próprio pecado pessoal, não há necessidade de arrependimento, não há necessidade de crucificar o eu" (38) "O Espírito do Cristo habita em todo ser humano." (39) "Nada existe, exceto Deus." (40) "Cristo era a auto-estima encarnada" (41) "A coisa mais destrutiva que pode ser feita a uma pessoa é chamá-la de pecadora." (42) "Pecado é qualquer ato ou pensamento que rouba a mim mesmo ou outro ser humano de sua auto-estima." (43)
Já basta. Robert Schuller não é um cristão - com base nessas citações, ele pode precisa e inequivocamente ser classificado como um humanista espiritual e panteísta. No entanto, •
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O evangelista Billy Graham disse a respeito de Schuller, "Ele já fez algumas das maiores coisas para o Reino de Deus que qualquer outro homem em nossa geração." (44) A revista Christianity Today informou: ".. ele crê em todas as doutrinas de um fundamentalista tradicional." (45) Bill Hybels decidiu fundar A Igreja da Comunidade de Willow Creek após participar do Instituto de Liderança de Igreja, de Schuller, em 1975. Posteriormente, levou aproximadamente 25 líderes da Igreja de Willow Creek para uma conferência com Schuller, para serem treinados em sua metodologia. (46) Rick Warren também é graduado na Conferência de Liderança de Schuller. (47) O nome de Robert Schuller aparece nas páginas de endosso do livro Uma Igreja com Propósitos, de Rick Warren. Ali Schuller diz, "Minha oração é que todo pastor leia este livro, acredite nele... e mude de acordo com sua sabedoria sólida e baseada nas Escrituras." (48) Em seu livro, Uma Igreja com Propósitos, Rick Warren observa, "Não precisei passar muito tempo no sul da Califórnia para perceber que naquela região já existiam muitas igrejas sólidas e firmadas na Bíblia. Alguns dos pastores mais conhecidos no país ministravam a uma pequena distância de carro da nossa nova igreja... Robert Schuller... John Wimber, Jack Hayford..." (49)
O Seminário Para o Sucesso para as Igrejas "Hora do Poder", de 1995, de Robert Schuller, uma série com seis fitas de vídeo, inclui vídeos com Bill Hybels, Rick Warren, Robert Schuller, David Yongi Cho, e Bill Wilson. (50)
Com base nas informações precedentes, o argumento de Schuller de que ele é na realidade o "fundador do Movimento de Crescimento de Igrejas" tem uma certa validade. Entretanto, as perguntas que precisam ser feitas não se referem a Schuller, pois ele já tornou sua posição bem clara: Ele é um humanista espiritual que adere à idéia que o Espírito de Cristo habita em certa medida em todos os homens, e que Jesus de Nazaré simplesmente desenvolveu esse espírito a um nível de proporções messiânicas. As perguntas então precisam ser perguntadas a respeito daqueles evangélicos que louvam ou recomendam Schuller, e também daqueles que participam de suas conferências sobre liderança eclesiástica: • • •
Por que Billy Graham elogiou Schuller da forma como fez? Por que Bill Hybels baseou toda sua filosofia de operações na filosofia de Schuller? Por que Rick Warren freqüentou o instituto de Schuller, equiparou a Catedral de Cristal com igrejas bíblicas, e pediu que Schuller endossasse seu livro?
Em conclusão, Robert Schuller pode não ser o Fundador do Movimento de Crescimento de Igrejas, mas certamente deu uma importante contribuição para seu desenvolvimento e definitivamente é um personagem na Galeria da Fama do Novo Paradigma. Com relação às respostas às perguntas precedentes - podemos apenas citar um velho adágio de um ancião não identificado, mas muito sábio: "Há algo podre no reino da Dinamarca!" Esperemos que o quadro torne-se muito mais claro até as páginas finais deste manuscrito.
Os Facilitadores Em toda a história da humanidade, muitos indivíduos geraram novas idéias geniais em todos os aspectos da vida. Alguns desses indivíduos desenvolveram eles mesmos essas idéias, mas outros, ou por escolha própria ou por alguma outra razão, abriram mão do desenvolvimento de suas idéias para terceiros. Em muitos casos, o indivíduo que teve a idéia brilhante não teve a energia, o suporte financeiro, ou a capacidade de desenvolver plenamente sua idéia. Alguns estavam satisfeitos em passar a idéia adiante para que outros a desenvolvessem ao seu pleno potencial. Esta última situação é o que aconteceu com a Igreja do Novo Paradigma. Os precursores do movimento lançaram os fundamentos para a grande experiência filosófica, os pais do movimento realizaram a experiência tanto no nível intelectual quanto no protótipo, e os facilitadores implementaram (e continuam implementando) os princípios (as idéias) desenvolvidas por seus predecessores em uma escala macrocósmica na arena pública. Portanto, à medida que o sucesso futuro percebido do movimento se acelera, os facilitadores se tornarão os mais reconhecidos e aplaudidos pelos grandes sucessos do movimento plenamente desenvolvido (particularmente em um nível local). Devido ao número de empossados na Galeria da Fama do Novo Paradigma nesta categoria, o espaço alocado a cada um estará limitado a uma curta biografia e somente aos fatos mais pertinentes que levaram à indicação deles. Alguns já foram citados longamente nas seções anteriores deste manuscrito, e outros aparecerão de uma relativa obscuridade. Entretanto, cada um representou (ou representa) um papel vital no desenvolvimento da Religião Orientada Para Resultados.
C. Peter Wagner O Dr. Peter Wagner quase foi incluído na Galeria da Fama do Novo Paradigma como um "pai" da Religião Orientada Para Resultados, mas suas credenciais ficaram aquém das de McGavran e Schuller. Adicionalmente, ele próprio não reivindica para si essa paternidade. Entretanto, Peter Wagner exibe algumas outras credenciais muito impressionantes: 1. 2. 3. 4. 5.
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Possui múltiplos diplomas pelo Seminário Teológico Fuller. Lecionou durante 28 anos na cadeira Crescimento de Igrejas, na Escola de Missões Mundiais do Seminário Fuller, e trabalhou de mãos dadas com o Dr. Donald McGavran. Foi o originador do "Movimento Carismático da Terceira Onda" (veja o Capítulo 5). Esse foi o famoso movimento de "sinais e maravilhas" que teve início a partir dos anos 80. Foi co-instrutor, junto com John Wimber, de um curso no Seminário Fuller, "Sinais, Maravilhas, e Crescimento da Igreja". Quando o curso foi extinto, Wagner e Wimber colocaram suas teorias em prática. Wimber deixou o Seminário Fuller e fundou a carismática Vineyard Christian Fellowship (Comunidade Cristã Videira), que cresceu e formou mais de 500 congregações em todo o país. A partir da Comunidade Videira surgiu a organização ecumênica Promise Keepers, bem como o infame "Reavivamento do Riso". Em 1998, Wagner fundou o Global Harvest Ministries (Ministérios da Colheita Global) e o Wagner Leadership Institute. O Instituto foi fundado para atender às necessidades daqueles que eram líderes da "Nova Reforma Apostólica". O Instituto de Liderança tem como instrutores do novo paradigma tipos como John Maxwell e George Barna. Rick Warren
Como Rick Warren já foi o assunto de muita discussão anterior neste manuscrito, receberá pouco espaço nesta seção. Entretanto, existem alguns pontoschave que precisam ser mencionados ou revisados aqui. Rick Warren é o principal "garoto propaganda" da Igreja do Novo Paradigma. Ele tem o diploma de Doutorado em Teologia pelo Seminário Teológico Fuller e é pastor da Igreja da Comunidade de Saddleback, ao sul de Los Angeles. Ele é muito conhecido por seus livros de grande vendagem, Uma Igreja com Propósitos e Uma Vida com Propósitos. Embora a Igreja de Saddleback esteja afiliada à Convenção Batista do Sul dos EUA, o nome "batista" não é publicamente associado com a igreja para não criar um estigma que possa afastar muitos "buscadores" dos serviços religiosos. Para esse fim, Warren gosta de dizer que Saddleback é "uma igreja para os sem-igreja". Rick Warren tem feito mais do que qualquer outra pessoa não somente para criar uma Igreja do Novo Paradigma, mas também para fazer a transição de todo o evangelicalismo para o paradigma baseado em resultados.
Bill Hybels Billy Hybels é o fundador e pastor da Igreja da Comunidade de Willow Creek, em Barrington, Illinois. Ele é caracterizado no mesmo nível de Rick Warren no papel de liderança da Igreja do Novo Paradigma. Bill Hybels iniciou seu ministério em 1973 como líder dos "Malucos Por Jesus" (Jesus Freaks) de um grupo de jovens intitulado Son City. A abordagem de Son City era adaptar o ambiente, a música e a mensagem à cultura dos estudantes que eles procuravam alcançar. Portanto, o grupo estava perfeitamente adaptado à cena das faculdades do início dos anos 70. Eles retratavam Jesus como um "rebelde barbudo com uma causa de 2.000 anos atrás". Son City desenvolveu um relacionamento pragmático entre sua programação e a resposta dos estudantes. (51) Após o sucesso de Son City, Hybels participou da Conferência de Liderança de Robert Schuller na Catedral de Cristal. Ele pegou a mensagem de auto-estima de Schuller e a transformou em sua própria pedagogia de "realização pessoal" e "doutrina amigável ao usuário". A mentalidade do "Henrique sem-igreja em busca de realização" da Comunidade de Willow Creek, levou a uma grande ênfase em psicologia naquela igreja. De acordo com G. A. Pritchard, "A terapia e sua estrutura psicológica são aceitas como ferramentas necessárias na compreensão de Willow Creek ao ministério... e Hybels tende a descrever as categorias psicológicas como princípios bíblicos". (52) Em 1992, Hybels iniciou a Associação Willow Creek para treinar outros pastores e líderes no estilo de ministério adotado por sua igreja. A associação descreve sua visão em seu sítio na Internet: "Nosso desejo primordial é inspirar, equipar e encorajar os líderes cristãos a construírem igrejas biblicamente funcionais que alcancem números crescentes de indivíduos sem-igreja - não apenas com inovações da Associação Willow Creek ou da Igreja da Comunidade de Willow Creek, mas com rupturas dadas por Deus com potencial generalizado a partir de qualquer igreja no mundo. Um componente-chave desse movimento que honra a Deus é o fornecimento de uma visão estratégica e o treinamento prático." "Mais de 9.500 igrejas em todo o mundo fazem parte da Associação Willow Creek. Somente no ano passado, mais de 100.000 líderes de igrejas locais, equipes de apoio e voluntários - das igrejas-membro e de outras - participaram de nossas conferências ou de eventos de treinamento." (53) Esse cenário está se tornando muito comum. As igrejas que são bem sucedidas em construir uma mega-igreja estão treinando milhares de pastores na metodologia do novo paradigma. Independente se esses pastores são ou não bem sucedidos em construir suas mega-igrejas, estão levando os ensinos baseados em resultados para os membros de suas igrejas. O papel estrelar de Bill Hybels nesse movimento também lhe dá um voto unânime no processo de seleção para a eleição para Galeria da Fama do Novo Paradigma.
Jerry Falwell O Dr. Jerry Falwell é o renomado pastor da Igreja Batista da Estrada Thomas, em Lynchburg, na Virgínia. Ele também é o fundador e reitor da Universidade Liberdade. Como afirmado anteriormente no Capítulo 6 (não traduzido), o Dr. Falwell foi o fundador da Maioria Moral, é conhecido pelo público geral como um ferrenho fundamentalista e merece o respeito de todos por seu caráter pessoal que está acima de qualquer reprovação, até mesmo da mídia hostil. Embora o Dr. Falwell ainda chame a si mesmo de fundamentalista, muitos (incluindo este autor) discordam dessa classificação. Nos últimos 25 anos, ele se moveu continuamente da "ala esquerda" do fundamentalismo para o arraial neo-evangélico. Essa mudança pode ser rastreada pela sua aceitação e apoio da música cristã contemporânea, pelo fato de ter convidado muitos neo-evangélicos - incluindo Billy Graham e Tony Evans - para falar no campus da Universidade Liberdade, e a adesão de sua igreja à Convenção Batista do Sul. Entretanto, apenas esse movimento em direção à esquerda não teria qualificado o Dr. Falwell para se juntar às fileiras de Ockenga, Graham, McGavran e Schuller. Entretanto, o Dr. Falwell chegou à Galeria da Fama do Novo Paradigma com um único grande evento: Em 2003, a Conferência Anual da Universidade Liberdade deu destaque a um homem - Rick Warren. Nessa conferência, o patrocínio do Dr. Falwell permitiu que Rick Warren doutrinasse mais de 10.000 pastores de todo o mundo nos princípios da Religião Orientada Para Resultados em seu seminário para pastores "com propósitos". Dan Southerland Dan Southerland é pastor da Igreja da Estrada Flamingo, em Fort Lauderdale, na Flórida. Ele também é o fundador da Church Transitions Inc., e autor de Transição: Conduzindo Pessoas Através de Mudanças. Ele utilizou sua experiência de fazer a Igreja da Estrada Flamingo transicionar de sua posição de uma igreja tradicional de 300 membros para uma igreja do novo paradigma com 2.000 membros na criação de seus conceitos provados de mudança. O livro dele enfatiza a comunicação "da visão de Deus para a igreja" do pastor para os membros da igreja. Ele também enfatiza que a visão de crescimento de igreja do pastor é a visão de Deus. Além disso, o pastor Southerland mantém a mesma visão reduzida acerca da deidade de Jesus Cristo que Rick Warren. Ele diz em seu livro que Jesus separou um tempo para tecer um azorrague para expular os cambistas do templo "provavelmente para ter tempo de se acalmar e escolher suas palavras." (54) Para o autor deste manuscrito, o Deus encarnado não precisaria recorrer à confecção de um azorrague para ter tempo de se acalmar e escolher melhor suas palavras. Por que alguém acharia que o Criador do universo precisaria se acalmar e não estariam as palavras do Deus onisciente escolhidas desde a eternidade passada? A afirmação de Southerland deprecia o caráter santo de Jesus Cristo ao nível da humanidade pecadora. Será se um indivíduo que tem essa visão de Jesus Cristo deve ensinar um assunto religioso qualquer aos outros cristãos? No entanto, ele viaja muito, apresentando seu seminário de transição de igrejas em centenas de igrejas em todo o país e certamente conquistou seu lugar na Galeria da Fama do Novo Paradigma.
Bob Buford Bob Buford é o executivo presidente aposentado da Buford Television. Após sua aposentadoria, dedicou suas energias e recursos à missão de transformar a "energia latente da igreja americana em energia ativa". Ele então fundou a Leadership Network (Rede de Liderança), uma fundação privada que tem a função primordial de identificar, criar redes, e oferecer recursos aos ministros e equipes de liderança das congregações com mais de 1.000 membros. A Declaração de Missão e Valores da Rede de Liderança diz: "A missão da Rede de Liderança é acelerar o aparecimento da igreja do século 21. Acreditamos que o paradigma emergente da igreja do século 21 requer o desenvolvimento de novos instrumentos e recursos bem como equipar um novo tipo de líder da igreja do século 21, sejam pastores ou leigos. Esse novo paradigma não está centrado na teologia, mas, ao invés disso, está focado na estrutura, na organização e na transição de uma igreja baseada de forma institucionalmente para a igreja orientada para missões. (Enfase adicionada). Valorizamos a inovação que leva a resultados e o trabalho com líderes de igreja que tenham a perspectiva do Reino. Valorizamos ver os frutos nas árvores das outras pessoas. E, finalmente, valorizamos fazer "certo" para aqueles a quem servimos bem como para nossa equipe." (55) Bob Buford é também o presidente e fundador da junta de diretores da Fundação Peter Drucker Para a Adminstração Não-Lucrativa. Em essência, ele e sua organização servem como conduítes por meio do qual é fornecido o financiamento à Igreja do Novo Paradigma. Esse aspecto será melhor discutido no próximo capítulo, mas neste momento um ponto precisa ser feito: Bob Buford conquistou seu lugar na Galeria da Fama do Novo Paradigma por se tornar o catalisador para obter e distribuir não somente os recursos financeiros necessários, mas também as estratégias organizacionais para a Igreja do Novo Paradigma. John Maxwell John Maxwell, como Rick Warren, tem Doutorado em Teologia pelo Seminário Teológico Fuller. Maxwell é o ex-pastor da Igreja da Comunidade Skyline, em San Diego, Califórnia, mas é agora um membro proeminente da Igreja da Comunidade de Northpoint, em Atlanta, Geórgia, pastoreada por Andy Stanley. Maxwell deixou o ministério para fundar uma firma de consultoria para as igrejas - a Injoy Ministries. A Injoy está subdividida em três sub-ministérios e tem funcionários que vão de exexecutivos de marketing de empresas multinacionais até pastores e missionários carismáticos. Maxwell também tem participado como instrutor na Conferência de Lideranças de Robert Schuller e no Instituto de Liderança Wagner, de Peter Wagner. A divisão de mordomia da Injoy traz um programa completo para a igreja que promete um retorno de cinco vezes mais sobre o investimento monetário da igreja. (No caso da ex-igreja deste autor, a Injoy prometeu um retorno de 300 mil dólares sobre um investimento de 50 mil dólares.) Maxwell obteve seu lugar na Galeria da Fama do Novo Paradigma por seus esforços em construir as novas mega-igrejas combinando técnicas de marketing engenhosas com conteúdo bíblico suficiente apenas para fazer todo o programa parecer perfeitamente espiritual. A Injoy é apenas uma dentre muitas dessas organizações, mas é a mais proeminente desses
"ministérios" que estão provendo os meios para construir as Igrejas do Novo Paradigma. Carl F. George Carl F. George dirige o Instituto de Evangelismo e de Crescimento de Igrejas Charles E. Fuller e é professor de crescimento de igrejas no Seminário Teológico Fuller. Ele é um pastor ordenado, com interesses acadêmicos em psicologia social, sistemas, liderança e desenvolvimento organizacional, e estudos bíblicos. Ele também realiza eventos de treinamento para pastores e líderes leigos em muitas denominações. Além disso, serve como consultor para congregações locais e associações de igrejas em todo o mundo. Como um experiente plantador de igrejas, pastor, administrador escolar e professor, ele é autor e co-autor de muitos livros que delineiam a metodologia do crescimento de igrejas e, mais importante, o crecimento por meio da utilização dos grupos pequenos. Por meio do estudo dos grupos pequenos, George é responsável pelo desenvolvimento da sua assim-chamada meta-igreja. Ele tem compartilhado sua Oficina de Meta-Igreja com milhares de líderes de igrejas. "Como um analista congregacional, ele extrai princípios de ministério de igrejas eficientes e em crescimento e mostra como esses princípios podem ser aplicados inovando-se e renovando as igrejas em toda a parte. Atualmente ele está modelando uma nova geração de métodos de treinamento utilizando a Instrução Tutorial em Vídeo e Entrevistas Estruturadas dentro de um contexto de um novo Método de Treinamento facilitado para ajudar a equipes profissionais a aprenderem a efetivamente compartilhar o ministério com os líderes leigos, de modo a expandir o cuidado pastoral e o evangelismo nas igrejas locais." (56) Lee Strobel O ex-ateísta Lee Strobel é um autor ganhador de vários prêmios, um conferencista muito requisitado e pastor de ensino na Igreja da Comunidade de Saddleback. Ele fala a audiências regulares de 15.000 ouvintes na Igreja de Saddleback. Strobel era anteriormente pastor de ensino na Igreja da Comunidade de Willow Creek, onde falava regularmente a 17.000 buscadores e cristãos que visitavam a igreja todo fim de semana. "Com um diploma da Faculdade de Direito da Universidade de Yale, Strobel foi o editor de assuntos jurídicos do jornal The Chicago Tribune antes de sua conversão em 1981. Seus livros incluem dois ganhadores do Medalhão de Ouro: Inside the Mind of Unchurched Harry & Mary e Em Defesa de Cristo, que atingiu o posto de número 1 na lista dos mais vendidos. Outros livros incluem God's Outrageous Claims e What Jesus Would Say. Ele é membro fundador da Associação Willow Creek." (57) A biografia de Strobel, conforme apresentada pela CNN Online (parágrafo anterior) cita os pontos que o qualificam para a Galeria da Fama do Novo Paradigma. Ele já integrou as equipes ministerias das Igrejas das Comunidades de Willow Creek e Saddleback. Ele é um autor muito conhecido e que expressa o pensamento do Novo Paradigma. Finalmente, ele permanece como membro da diretoria da Associação
Willow Creek e aparece na plataforma nacional com outros representamentes da associação. Strobel, como aqueles mencionados anteriormente, está qualificado para a Galeria da Fama do Novo Paradigma com base em sua influência em milhares de indivíduos na Religião Orientada Para Resultados.
Os Centros de Facilitação Seminário Teológico Fuller A intenção dos reformadores com a Reforma Protestante não era nada mais do que reformar ou reestruturar o catolicismo romano. Lutero, por exemplo, percebeu as sérias questões no catolicismo com a doutrina da Justificação Pela Fé Somente, e partiu para reformar (ou modificar) o catolicismo para uma posição que se alinhasse com os ensinos da Palavra de Deus. Entretanto, a história revela que a hierarquia da Igreja de Roma não apreciou os esforços de Lutero e prontamente o excomungou, bem como aqueles que o apoiavam. Assim, a Igreja Luterana (bem como todo o "protestantismo") nasceu não como um ato premeditado de separatismo, mas, ao invés disso, como uma conseqüência inevitável. As organizações eclesiásticas que surgiram a partir dessa ação estavam então baseadas em muitos dos princípios fundamentais da Palavra de Deus, mas deixaram de cumprir a Palavra de Deus em outras questões doutrinárias e organizacionais, que mantiveram os ensinos errôneos do catolicismo (o batismo infantil, por exemplo). Essas questões que permaneceram foram fatores-chave que separaram esses corpos dos anabatistas mais conservadores e mais baseados na Bíblia, e de outros grupos que nunca fizeram parte da Igreja de Roma. À medida que novas gerações de protestantes surgiram, o racionalismo e o relativismo começaram a se infiltrar nos seminários e nas agências das principais igrejas protestantes. Quando esses processos de pensamento eventualmente se deterioraram para o modernismo escancarado, nasceu o movimento fundamentalista. O fundamentalismo do início dos anos 20 inicialmente começou como um movimento para reformar as denominações protestantes tradicionais, mas os fundamentalistas que lutaram nessas batalhas descobriram no final que o único curso bíblico de ação seria o da separação do erro (2 Coríntios 7:14). Assim, a Doutrina da Separação foi introduzida na psique religiosa - e acoplada com a Teologia Dispensacionalista - o fundamentalismo nos EUA começou a experimentar um crescimento explosivo tanto em números quanto em maturidade espiritual. (Veja os detalhes no Capítulo 3.) Entretanto, como detalhado na discussão sobre o Dr. Harold Ockenga, surgiu uma geração de homens que estavam envergonhados do estigma do fundamentalismo. Esses homens não apreciavam a Teologia do Dispensacionalismo e também não aceitavam a Doutrina da Separação. Eles não gostavam da falta de intelectualismo "atrasado" do movimento que nasceu nos bancos dos parques e nas reuniões de acampamentos. Eles queriam um retorno à "Ortodoxia Clássica" de Agostinho e Calvino e queriam reformar o fundamentalismo da mesma maneira como foi tentado pelos reformadores protestantes do catolicismo, e como o fundamentalismo tentava reformar espiritualmente o protestantismo adúltero. Eles queriam trazer de volta a erudição mais intelectual e a ortodoxia "mais generosa e gentil" da igreja protestante primeva. Em essência, esse grupo de indivíduos buscava um retorno ao protestantismo original como ele existia antes da infiltração do racionalismo e do
relativismo - um verdadeiro catolicismo reformado que incorporasse a teologia de Agostinho, Lutero e Calvino - sem as influências do dispensacionalismo dos anabatistas. Emanando desses desejos emergiu o sonho de Harold Ockenga de estabelecer um seminário que fosse um componente vital e um bastião do intelectualismo em tal reforma do fundamentalismo. Ao mesmo tempo, o Dr. Charles Fuller, um extremamente bem-sucedido evangelista do rádio, sonhava em abrir um seminário para o propósito distinto de treinar os missionários para a evangelização mundial. Em 1947, esses dois sonhos uniram o fundamentalismo, o evangelismo, o intelectualismo e o dinheiro de Fuller para fundar o Seminário Teológico Fuller - "um centro da erudição evangélica" em Pasadena, na Califórnia. Com Ockenga como seu primeiro presidente, o Seminário Fuller queria se tornar "um centro de excelência do mundo evangélico" e estabelecer uma cabeça de praia para o assalto intelectual aos "atrasados e combativos fundamentalistas." (58) A cabeça de praia que Ockenga e Fuller procuraram estabelecer não caiu em suas mãos sem sérias complicações, pois o Seminário Fuller esteve metido em um dilema desde o primeiro dia de sua existência. Os primeiros membros da junta e os professores defendiam a fundação doutrinária dos desprezados fundamentalistas, e já que Charles Fuller e seu ministério pelo rádio forneciam o capital necessário para a operação da escola, eles foram forçados a pisar de forma bem leve nas questões que poderiam ofender os patrocinadores fundamentalistas. No entanto, a própria essência do planos deles era o estabelecimento da filosofia da "Terceira Via" que iria "preparar um grande terreno intermediário onde uma saudável terceira força no protestantismo pudesse florescer." (59) Se o plano fosse bem-sucedido, um canal aberto de diálogo com figuras religiosas de importância ofereceria exponencialmente mais oportunidades evangelísticas; e eles seriam mais eficientes em evangelismmo, mais respeitados pelo intelectualismo, e ainda reteriam a teologia fundamentalista de seus pais. Em vez de gloriosamente colocar os neo-evangélicos sobre o lendário "pilar da sabedoria", essa estratégia resultou em ataques pesados dos fundamentalistas (liderados por Carl McIntire), que acusavam o Seminário de uma inclinação ao modernismo, e ataques dos modernistas com base na conexão do Seminário Fuller com o fundamentalismo. Um exemplo perfeito desse dilema foi ilustrado pela luta do Seminário Fuller de receber o reconhecimento do Presbitério Local de Los Angeles. Eles pediram, imploraram e se prostraram durante anos para terem seus professores e alunos ordenados como ministros da Igreja Presbiteriana dos EUA. Em 1949, Ockenga chegou ao ponto de contratar o famoso teólogo europeu Bela Vassady para o quadro de professores do seminário. (Vassady foi o fundador do Conselho Mundial de Igrejas). Entretanto, o tiro saiu pela culatra e o Seminário Fuller perdeu suporte financeiro e ficou sob fogo por causa da fraca posição de Vassady sobre a inerrância das Escrituras, e o Presbitério de Los Angeles ainda não aceitava a candidatura de Vassady para o presbitério. A contemporização no cenário de Vassady foi meramente a primeira manifestação da disposição da liderança de Fuller de abandonar os ensinos da Palavra de Deus de modo a alcançar seu objetivo de reestabelecer a elusiva Ortodoxia
Clássica. À medida que os anos foram passando, as situações ditaram uma progressão de uma contemporização para outra e eventualmente deram à luz uma atmosfera propícia para a capitulação diante da falsa doutrina. O seguinte é simplesmente uma lista parcial dos pontos mais importantes (ou mais tristes) na estrada para a completa apostasia: •
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A recusa em tomar uma posição sobre a inerrância das Escrituras e depois criar uma filosofia de "inerrância limitada" (O STF mantém a posição que nem Calvino nem Agostinho ensinaram a inerrância.) (60) A recusa de condenar Karl Barth e a neo-ortodoxia. (61) Uma posição intermediária com relação à tradução liberal RSV (Revised Standard Version) das Escrituras. (62). Uma filosofia "cristã" da tolerância. (63) Popularização da escatologia do arrebatamento após a tribulação. (64) Alinhamento com Billy Graham quando ele evitou os fundamentalistas na Cruzada de Nova York, em 1957. (65) (Em 1958, Graham tornou-se um membro da Junta do Seminário). Reconhecimento pela "Associação Americana das Escolas Teológicas". Avanço da filosofia de minimizar as ofensas do evangelho para a cultura secular (66), e assim construir pontes para o pensamento e a cultura modernas. (67) Endosso e avanço da Evolução Teísta. (68) Abertura de uma Escola de Psicologia, o que efetivamente iniciou a matança da "Psicologia Cristã" entre a "grande comunidade evangélica" (69). Nascimento do Movimento de Crescimento de Igrejas e a mistura das ciências do comportamento com a teologia. (70) Início de programas no Seminário patrocinados pela Fundação Rockefeller. Limitação dos requisitos doutrinários à Ortodoxia de Nicéia (72). (A Ortodoxia de Nicéia está baseada nas declarações de fé do Credo de Nicéia. Esse credo foi composto pelo concílio convocado pelo imperador romano Constantino e, em efeito, estabeleceu a Igreja Católica Romana.) Introdução e aceitação dos ensinos, manifestações e filosofias carismáticas. Isso foi evidenciado pelos ensinos de Peter Wagner, John Wimber, e outros carismáticos no quadro de professores; e pela aceitação de David J. du Plessis, o homem que foi instrumental na promoção e aceitação global do movimento carismático. (73) Um psicólogo de Fuller, Richard Foster, estabeleceu Renovare - que "implementa as virtudes 'contemplativas' de volta na igreja" - que é essencialmente uma síntese do hinduísmo com o cristianismo. Ele também acredita que Deus está trabalhando para "derrubar os muros que nos separam". Uma rápida visita ao sítio da Renovare na Internet (www.renovare.org) revela que esse é um esforço ecumênico e com influência ocultista. (74) Início de discussões ecumênicas e serviços comuns de adoração com os católicos romanos. (75). Por volta de 1982, somente 15% dos alunos de Fuller acreditavam na inerrância das Escrituras, e 44% consideravam a si mesmos como "um pentecostal ou um cristão carismático". (76)
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Em 1995, o Seminário Fuller tornou-se o anfitrião para um encontro do Conselho Mundial de Igrejas. (77) Em janeiro de 2003, "50 líderes de igrejas de trinta denominações (episcopal, ortodoxa, católica romana, pentecostal, evangélica, e protestante) reuniram-se no Seminário Fuller para lançar uma nova aliança ecumênica chamada 'Christian Churches Together USA'. (78)
Com base nessa relação, o leitor deste manuscrito não deve expressar absolutamente surpresa alguma com o tema recorrente nas biografias anteriores dos membros da Galeria da Fama do Novo Paradigma. Esse tema é a conexão da grande maioria desses indivíduos com o Seminário Teológico Fuller. (Ockenga, Billy Graham, Donald McGavran, Peter Wagner, Rick Warren, John Maxwell e Carl F. George) Aquilo que começou com uma nobre (porém maldirigida) tentativa de restaurar aquilo que era visto como Ortodoxia Clássica) resultou em uma clara infidelidade religiosa; e até mesmo Charles Fuller e Harold Ockenga certamente ficariam chocados com o abjeto fracasso de suas estratégias de reforma. A afirmação de Harold Lindsell, um exprofessor que se afastou do Seminário Fuller, em seu livro Battle for the Bible (A Batalha Pela Bíblia) realmente tornou-se profética: "No fim do caminho, passem cinco ou cincoenta anos, qualquer instituição que se afaste da crença em uma Escritura inerrante irá, da mesma forma, se afastar dos outros fundamentos da fé e no fim cessar de ser evangélica no sentido histórico do termo." (79) O Seminário Fuller tornou-se agora o centro mais prolífero em abrigar e produzir os membros da "Esquerda Evangélica" com a teologia da "Terceira Via" uma mistura de ensinos evangélicos, carismáticos e católicos que resultam em uma filosofia radical de centro. Embora seja possível argumentar que a "Ortodoxia Clássica" que Ockenga procurava restaurar era, essencialmente, uma síntese de ensinos católicos e evangélicos reformados, a infusão de crenças carismáticas levou aquilo que era na melhor das hipóteses um sistema de crenças questionável para a borda da completa infidelidade. Entretanto, a despeito das óbvias heresias que estão proliferando a partir dessa instituição, a grande comunidade evangélica aplaude sua posição "moderada e equilibrada", e segue cegamente os promotores e graduados dessa instituição, que são os superastros da Igreja do Novo Paradigma do Século 21. Por causa dos vastos números de pessoas que seguem atrás desses "flautistas de Hamelin", o radicalismo da Terceira Via tornou-se moderado - ou neutro. Como isso não é exposto como um total paradoxo? Como essas contradições podem co-existir? A resposta é bem simples: a população "cristã" da cultura ocidental esqueceu-se das "antigas veredas" da Palavra de Deus e está aceitando cegamente qualquer mentira que soe religiosa e que não interfira com seu estilo de vida. Assim, é do Seminário Fuller que a Igreja do Novo Paradigma emergiu das sementes da Religião Orientada Para Resultados que continuam a serem plantadas nas mentes férteis daqueles que buscam o terreno elevado moderado e intelectual de Pasadena.
Conclusão Toda a humanidade tem seus heróis, e os jogadores do jogo da Igreja do Novo Paradigma não são exceção a essa regra. Infelizmente, um exame do tempo e das
vidas desses indivíduos revela uma progressão de apostasia sorrateira de um ponto inicial do fundamentalismo para um estado final de total infidelidade. Esses indivíduos foram (ou são) realmente os verdadeiros "flautistas de Hamelin" que estão levando as massas sem discernimento do cristianismo evangélico ao mesmo abismo de apostasia que tornou-se o destino daqueles que seguiram os modernistas que negam a maioria das doutrinas fundamentais que esses mesmos evangélicos afirmam defender. Entretanto, todos os vestígios da teologia fundamentalista estão lentamente desaparecendo dos círculos evangélicos à medida que a metodologia da Religião Orientada Para Resultados, que adota e defende o relativismo cultural em uma cultura predominantemente pós-modena de tolerância engendra questões sérias: • • • •
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A supressão do ensino doutrinário forte de modo a apelar à cultura geral levará a uma falta de aderência, ou crença, na verdade absoluta. A ausência da verdade absoluta solapa os ensinos absolutos da Palavra de Deus. Assim, os evangélicos estão se colocando em uma sinuca ao acomodar a norma cultural. Como foi evidenciado pela história do Seminário Fuller, uma vez que a entrada em uma sinuca começa, ela se torna muito mais séria à medida que o tempo passa. Por exemplo, o neo-evangelicalismo de Harold Ockenga era muito mais próximo do fundamentalismo que o de Rick Warren, Bill Hybels, John Maxwell e Dan Southerland. Quando é feita uma acomodação ao erro, o passo para um erro maior e mais sério é dado mais facilmente do que a acomodação ao erro inicial. Portanto, podemos ter certeza que tanto a teologia quanto a metodologia da Igreja do Novo Paradigma continuará a se aventurar longe da origem doutrinária expressa por aqueles defensores da fé que se chamavam a si mesmos de fundamentalistas.
A maior tragédia em todo esse cenário é o fato que muitos daqueles que seguem os flautistas de Hamelin do Novo Paradigma são filhos daqueles que adotaram uma posição de combate contra o modernisno no início dos anos 70. Podemos apenas imaginar se não se dirá da próxima geração: "... e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel." Notas Finais 1. 2. 3. 4. 5.
Moritz, Fred. Contending for the Faith, Bob Jones University Press, Greenville, SC, 2000, pg 104. Ibidem, ppg 98-100. Dollar, George. A History of Fundamentalism in America, Bob Jones University Press, Greenville, SC. 1973. pg 204. Woodbridge, Charles. The New Evangelicalism, Bob Jones University Press, Greenville, SC. pg Cloud, David. “Fundamentalism, Modernism, and New-Evangelicalism” (Part 2), Revista O Timothy, Volume 12, Issue 1, 1995.
6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45.
Ashbrook, John E., The New Neutralism II, http://americanpresbyterianchurch.org., pg 2. Burns, Cathy. Billy Graham and His Friends, Sharing Press, Mt. Carmel, PA, 2001, pg 52. Carta pessoal encontrada no “Dossiê Billy Graham”, Bob Jones University, Greenville, SC. Usada com a permissão do Dr. Bob Jones III. Ibidem, Ibidem, Ibidem, Ibidem, Christianity Today Library, http://www.ctlibrary.com/ch/2000/65/1.12.html “Dossiê Billy Graham”. Ibidem, Por exemplo, Billy Graham and His Friends, by Dr. Cathy Burns. Wagner, Peter. Understanding Church Growth, Eerdmans Publishing, Grand Rapids, MI, 1970, pg ix. Ibidem, pg viii. Ibidem, pg x. Ibidem, World Goodwill Newsletter, New Group of World Servers, Lucis Trust, NY. McGavaran, Donald. Understanding Church Growth, Eerdmans Publishing, Grand Rapids, MI, 1970, pg 156. Wagner. pg x. Ibidem, pg xiv. McGavaran, Donald and Arn, Win. Back to Basics in Church Growth, Tyndale House, Wheaton, IL, 1981, pg 11. Koester, Robert, "The Law and Gospel in the church Growth Movement", Conferência Pastoral de 18-19 de setembro de 1984. Ibidem, Scherer, J. A., The Life and Growth of Churches in Mission, International Review of Missions, 60/237, 1971, pg 131. Fonte desconhecida Burns, pg 113. Pritchard, G.A., Willow Creek Seeker Services, Baker Book House, Grand Rapids, MI, 2001, pg 51. Ibidem, pg 52. Ibidem, pg 50. Ibidem, pg 51. Ibidem, Ibidem, pg 53. Burns, pg 119. Ibidem, pg 113. Ibidem, pg 114. Ibidem, Ibidem, Ibidem, pg 115. Pritchard, pg 54. Burns, pg 121. Ibidem, pg 116.
46. Pritchard, pg 54. 47. Christanity Today 11.18.02. http://www.christianitytoday.com/ct/2002/012/1.42.html 48. Warren, Rick. The Purpose-driven Church, Zondervan, Grand Rapids, MI, 1995, orelha da capa. 49. Ibidem, pg 58. 50. http://www.norcal.org/norcal/BRC.cfm 51. Pritchard, pg 53. 52. Ibidem, pg 229,274. 53. www.willowcreek.com/wca_info/ 54. Southerland, Dan, Transitioning, Leading Your Church Through Change, Zondervan Publishers, Grand Rapids, MI., 1999, pg 135. 55. www.leadnet.org 56. www.metachurch.com 57. www.ccnonline.net 58. Marsden, George. Reforming Fundamentalism: Fuller Seminary and the New Evangelicalism, Eerdsman Publishing, Grand Rapids, MI, 1987, pg 5355. 59. Ibidem, pg 57. 60. Ibidem, pg 285. 61. Ibidem, pg 111. 62. Ibidem, pg 137. 63. Ibidem, pg 148. 64. Ibidem, pg 151. 65. Ibidem, pg 167. 66. Ibidem, pg 181. 67. Ibidem, pg 266. 68. Ibidem, pg 206. 69. Ibidem, pg 233. 70. Ibidem, pg 241. 71. Ibidem, pg 256. 72. Ibidem, pg 268. 73. Ibidem, pg 292. 74. Aho, Barbara. "Filling in the Blanks with Fuller", http://watch.pair.com/fuller.html. 75. Cloud, David, "The Unbelief at Fuller Theological Seminary",
[email protected], pg 6 76. Marsden. ppg 268,269. 77. Ibidem, pg 7. 78. Ibidem, pg 9. 79. Lindsell, Harold. Battle for the Bible, Zondervan, Grand Rapids, MI, 1976, pg 120-121.
Capítulo 13: Vivendo em um Tempo de Mudança de Paradigma Sinopse: À medida que a sociedade adota as filosofias pós-modernas, o conceito de verdade absoluta torna-se mais reduzido na mente das pessoas. Esse processo é chamado de "Mudança de Paradigma". Em oposição a essa mudança de mentalidade, a igreja cristã precisa se posicionar contra as mudanças que atacam a Palavra de Deus como verdade absoluta. Entretanto, a Igreja do Novo Paradigma busca justamente atrair aqueles que têm uma mentalidade pós-moderna por meio da aceitação da cultura pós-moderna. À medida que este manuscrito se aprofunda nas origens da metodologia usada no Movimento de Crescimento de Igrejas "com propósitos" e "sensível aos que procuram", as descobertas tornam-se não somente surpreendentes, mas também absolutamente chocantes. Este capítulo expõe a origem da metodologia, a fonte do financiamento e o trágico impacto da Religião Orientada Para Resultados do Novo Paradigma. O que é uma "mudança de paradigma"? Melhor ainda, o que é um paradigma? O termo "mudança de paradigma" foi cunhado por Thomas Kuhn, em seu livro The Structure of Scientific Revolutions, publicado em 1962; e, de acordo com Marilyn Ferguson, as idéias de Kuhn "aumentam a compreensão do surgimento de novas perspectivas e analisam as causas da resistência às novas mudanças sistêmicas". (1) A própria Marilyn Ferguson então descreve a definição de Kuhn da palavra "paradigma" da seguinte maneira: "Uma estrutura de pensamento (do grego paradigma, "padrão"). Um paradigma é um esquema para a compreensão e explicação de certos aspectos da realidade ... "uma mudança de paradigma" é um modo completamente novo de pensar sobre antigos problemas." (2) (O contexto dos comentários da autora Ferguson é tirado de seu famoso livro A Conspiração de Aquário, publicado em 1980. Esse livro tornou-se conhecido como "a Bíblia da Nova Era" e está estruturado dentro de uma cosmovisão panteísta que dita que "tudo é deus". A autora Ferguson tornou-se bem conhecida como uma mestra da Nova Era.) É dentro dessa estrutura que a Igreja do Novo Paradigma e a Religião Orientada Para Resultados emergiram. A Igreja do Novo Paradigma reavaliou o cristianismo baseado na Bíblia e desenvolveu um "novo modo de pensar" sobre os velhos princípios da Palavra de Deus. A reação inicial a esses novos métodos discutidos até este ponto neste manuscrito podem ser candidamente resumidos como um afastamento dos "antigas veredas" da Palavra de Deus. Esse afastamento coloca em questão um conceito crítico da doutrina bíblica - o fato que o próprio Deus é imutável - Ele não muda. Deus não se adapta à cultura pós-moderna, de modo que por que deveriam se adaptar aqueles se afirmam serem seus seguidores? Deus nunca desenvolveu "um novo modo de pensar"; por que então deveriam Seus filhos adotar essas metodologias? Se a Palavra de Deus é inspirada, infalível e inerrante, por que deveriam os filhos de Deus acreditar que precisam desenvolver uma nova mentalidade quando na realidade possuem a "velha história?" Em essência, esse afastamento pode ser chamado de apostasia, mas o termo bíblico é infidelidade.
A ascensão da infidelidade espiritual dentro da Igreja do Novo Paradigma é apenas outro exemplo da incapacidade da humanidade de aprender com as lições ensinadas nas Escrituras do Velho Testamento. O Velho Testamento registra explicitamente a infidelidade espiritual da nação de Israel, que resultou no seu distanciamento de Deus e a adoração aos falsos deuses da cultura cananita. A Igreja do Novo Paradigma imita essas ações freqüentemente condenadas, distanciando-se da metodologia e dos padrões bíblicos de modo a abraçar a cultura pós-moderna atual. Portanto, a ênfase da Religião Orientada Para Resultados do novo paradigma pode ser resumida como uma transição das "antigas veredas" delineadas e determinadas pela Palavra de Deus para os "novos modos" detalhados na filosofia pós-moderna. É esse processo de transição que é considerado uma mudança de paradigma, e essa mudança de paradigma está ocorrendo bem diante dos olhos da igreja professa. Essa mudança na consciência não foi disparada por algum evento cataclísmico, mas está ocorrendo em "passos de bebê" - um pequeno passo de cada vez. A despeito dessa implementação gradual, a transição não está ocorrendo sem oposição, pois muitas vozes dentro dos círculos fundamentalistas e até mesmo no círculo evangélico estão clamando para fazer soar o alarme. Entretanto, os números do novo movimento estão crescendo como uma onda gigante que potencialmente abafa essas vozes até o nascer da próxima geração. Como disse o físico Max Planck, "Uma nova verdade científica (ou uma mentira - autor) não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo-os ver a luz, mas, ao contrário, por que seus oponentes eventualmente morrem, uma nova geração cresce que está familiarizada com ela." (3) Para interpretar esse comentário em um contexto bíblico, pode-se certamente acrescentar este exemplo: "... e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco as obras que ele fizera a Israel." [Juízes 2:10]
A Educação Progressiva e a Religião Orientada Para Resultados A mudança de paradigma que habilita a transição do passado para o futuro, das velhas estrutura para a nova, e de antigas crenças para novas cai nos ouvidos como ecos dos princípios que estão sendo promovidos pelos educadores progressivos há quase três quartos de século. Como os paralelos encontrados nas metodologias da Igreja do Novo Paradigma e a Educação Progressiva (Baseada em Resultados) têm sido referenciados diversas vezes neste manuscrito, é preciso lembrar que a mais fundamental de todas as similaridades é o objetivo central de ambos os movimentos - a transição. Como na Religião Orientada Para Resultados, a Educação Progressiva tem como objetivo principal uma completa transição do "antigo" para o "novo". O diagrama a seguir foi tirado de um relatório feito para a Secretaria da Educação da Carolina do Sul, propondo um plano de educação pragmática para as escolas estaduais. Ele ilustra muito sucintamente os dogmas básicos da pedagogia da educação progressiva como o veículo para levar o aluno a fazer a transição para um novo paradigma: (4)
Este documento é uma forte evidência do desejo de produzir uma mudança sistêmica completa nas atitudes e valores do aluno de modo a prepará-lo para um futuro percebido. O termo técnico para isso é "Educação Progressiva Tranformacional", conforme promovido pelo marqueteiro da educação progressiva William Spady. O processo implementado para obter essa transição está baseado no estabelecimento de uma série de objetivos (ou resultados) a serem alcançados por meio de um esforço cooperativo (dinâmica de grupo) por uma série de grupos pequenos (ou equipes) de alunos com o professor (o agente de mudança) funcionando como facilitador. O facilitador não ensina nada ao grupo pequeno, mas influencia-o a alcançar um consenso predeterminado introduzindo situações emocionais ou afetivas em conflito com conceitos cognitivos para alcançar o resultado especificado. Esse processo dialético de dinâmica de grupo é replicado na Religião Orientada Para Resultados por aqueles que querem obter o crescimento da igreja por meio da criação da assim-chamada meta-igreja, formada por grupos pequenos que podem ser facilitados por meios pragmáticos para o status de uma mega-igreja.
A Conexão Drucker / Demming Como a Educação Progressiva e a Religião Orientada Para Resultados compartilham aquilo que parece ser um número desproporcional de similaridades, é preciso questionar a origem desses princípios e buscar uma fonte comum para essas similaridades, ou então consigná-las à mera coincidência. Entretanto, não existem coincidências, porque a fonte desses pontos em comum pode ser prontamente descoberta e a busca inicia olhando-se para as vidas de dois homens, Edward Demming e Peter Drucker. Demming (já falecido) e Drucker (com aproximadamente 95 anos) estão entronizados como especialistas renomados internacionalmente na administração empresarial e como gurus da metodologia da administração. Esses dois indivíduos estavam entre os membros principais de um grupo seleto de americanos
(embora Drucker seja um cidadão americano, ele na verdade nasceu na Áustria) que são louvados como parte do esforço quase sobre-humano que desenvolveu filosofias de administração baseada em sistemas que começaram a ganhar reconhecimento público no Japão após a Segunda Guerra Mundial. A história popular é que americanos desenvolveram uma metodologia empresarial avançada que foi rejeitada pelas empresas ocidentais mas que foi avidamente adotada pelos japoneses. Quando essas filosofias foram postas em prática no Japão, o país derrotado se ergueu como a mitológica fênix de sua morte, devastação, desmoralização e destruição para se tornar um gigante industrial em pouco mais de uma década. Embora essa história seja parcialmente verdadeira, a realidade é que a abordagem de Demming está baseada principalmente em "processo" e "melhoria contínua do processo", e a "Administração Por Objetivos", de Peter Drucker, é inteiramente baseada em resultados. Entretanto, embora a abordagem dessas metodologias originem-se de um ponto-fonte diferente, as filosofias orientadas para resultados de Drucker podem se mapeadas com os mesmos princípios de processos incorporados por Demming. Por exemplo, o tema de Drucker de "construir comunidades" com "trabalhadores do conhecimento" é precisamente equivalente à busca de Demming para implementar um "espírito de equipe" de modo a "cultivar a lealdade corporativa e uma identidade compartilhada". (5) Essencialmente, Demming é menos baseado em resultados, mas Drucker incorpora processos que imitam ou são idênticos àqueles propostos por Demming para alcançar o resultado predeterminado. Portanto, a busca precisa continuar para uma origem comum desses métodos, pois os pontos filosóficos em comum são óbvios demais para serem apenas uma coincidência. Essa busca, entretanto, levará a pessoa para o lado mais tenebroso da administração empresarial. A "Administração por Objetivos" de Peter Drucker não foi uma idéia original, mas emanou de dentro das fileiras da filosofia esotérica alemã do século XIX. Os conceitos sistêmicos e orientados para resultados podem ser rastreados diretamente aos ensinos de Hegel, Marx, Nietzsche, Wellhausen, Blavatsky, e outros que foram fortemente influenciados pelo paganismo alemão. Por sua vez, esses mesmos princípios foram depois adotados pelos socialistas fabianos no início do século XX e facilmente comunicados a tipos como John Dewey, o "Pai da Educação Progressiva" (daí a origem do termo Educação Baseada em Resultados). (6) De forma muito preocupante, um exame mais profundo dos dogmas básicos desse sistema revela influências esotéricas e muito tenebrosas. Isto não é segredo nem mesmo para as fontes seculares da administração, que têm a coragem de fazer uma avaliação honesta do sistema. Por exemplo, em um artigo publicado pelo The Journal of Organizational Change Management, David M. Boje e Robert D. Winsor tratam do Gerenciamento da Qualidade Total (TQM, do acrônimo em inglês) - o ímã da metodologia de Demming / Drucker: "A tese deste artigo é que como um fenômeno econômico, a Administração da Qualidade Total tem sido posicionada como um conjunto cuidadosamente criado de modificações dos processos tecnológicos que objetivam levar a níveis avançados de qualidade do produto ou a custos menores e, dessa forma, fornecem a capacidade de alcançar e sustentar uma vantagem competitiva global. Entretanto, para alcançar esses objetivos, TQM direta e encobertamente altera os valores, a cultura e as
mentalidades dentro de uma organização. Como resultado, e em paralelo com essas modificações tecnológicas, TQM estabelece um programa cuidadosamente integrado de engenharia social e psicológica que é crítico para sua implementação "bemsucedida" e que tem um impacto significativo no comportamento e na consciência dos gerentes e dos funcionários." (7) Observe a frase que inicia no meio da citação, "... TQM direta e encobertamente altera os valores, a cultura e a mentalidade ... um programa integrado de engenharia social e psicológica...". Esse mesmo artigo diz, "TQM busca aperfeiçoar os sistemas de controle que produzem e impõem a uniformidade dentro dos produtos, componentes, trabalhadores, fornecedores e todo o sistema geral de produção. O problema é que uma maioria desse controle, em linha com os princípios de Taylor (1911), está direcionado aos corpos, almas e espíritos dos trabalhadores." (8) Compare essa observação de mudança sistêmica com o diagrama mostrado no início deste capítulo e que retrata a Educação Progressiva Tranformacional. Esse aspecto da metodologia de Drucker / Demming busca os mesmos resultados - uma mudança de paradigma - uma mudança da mente do velho para o novo, do passado para o futuro, do individualismo para a dinâmica de grupo, e do nacionalismo para o globalismo. Em seu livro de 1959, Landmarks of Tomorrow, Drucker estende-se longamente para descrever o que ele via com uma "mudança do sistema cartesiano linear de causa e efeito". (9) Ele não chama isso de "mudança de paradigma", pois Kuhn somente cunhou essa expressão em 1962. Entretanto, o dogma básico desse mesmo conceito é engenhosa e deliberadamente expresso nas filosofias de Drucker pré-1962. Por outro lado, o aspecto esotérico desta questão vem à frente quando começa-se a dirigir os princípios da administração para o corpo, alma e espírito. Essa metodologia cruza o limiar do secular para o religioso; e uma vez que a pessoa mergulhe em arenas religiosas com metodologias humanistas, a situação transiciona-se rapidamente do mundano para os níveis esotéricos. (Nos anos 50s, o público americano não estava exatamente estusiasmado em adotar o "druckerismo" ou o "demmingismo". Na verdade, as bases esotéricas mencionadas anteriormente foram componentes críticos para a rejeição dos métodos de Drucker pelos magnatas da indústria americana. Entretanto, os mistérios esotéricos estavam no centro das religiões orientais, de modo que esses aspectos foram mais um incentivo do que um obstáculo para a mentalidade japonesa. Portanto, Demming tornou-se o pai de um novo paradigma empresarial que floresceu no Japão vinte anos antes de dar grandes passos no ocidente, mas a sorte estava lançada para trazer o ocidente a bordo também. Com o sucesso de TQM e da "Administração Por Objetivos" no oriente, a General Motors abriu suas portas para Peter Drucker e a implementação de seu plano. Uma vez que as primeiras portas se abriram, as comportas foram abertas em seguida. Hoje, a pouca base industrial que resta nos EUA luta sob a maldição das filosofias de Drucker / Demming, e essas mesmas filosofias contribuíram grandemente para o êxodo maciço dos empregos industriais americanos para os polos de mão de obra barata nos países do Terceiro Mundo e do sudeste asiático.) Na realidade, existe uma explicação muito lógica para a natureza esotérica da metodologia de Drucker / Demming. Esses indivíduos basearam suas metodologia na "Teoria Geral dos Sistemas" (TGS). A TGS foi originalmente proposta pelo biólogo
húngaro Ludwig von Bertalanffy, em 1928. Ele propôs que "um sistema é caracterizado pelas interações de seus componentes e a não-linearidade dessas interações." (10) Kuhn, o criador da expressão "mudança de paradigma" aplicou a TGS à cultura e à sociedade, e via as culturas como sub-sistemas de interligação de uma sociedade planetária mais ampla. (11) Em 1980, o cosmólogo Stephen Hawking então expandiu o pensamento sistêmico para a plataforma global introduzindo a "Teoria do Caos" (12), que afirma a "interconectividade de todas as coisas" - (isto é, a batida das asas de uma borboleta na Ásia pode afetar o curso dos furacões no Atlântico). Como resultado, a Teoria Geral dos Sistemas tornou-se muito esotérica quando levada às suas conclusões lógicas: •
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TGS é sintomática de uma mudança na nossa cosmovisão. Não vemos mais o mundo em um jogo cego de átomos, mas ao invés disso, como uma grande organização." (13) De acordo com a TGS, nada pode ser compreendido em isolamento, mas precisa ser visto como parte de um sistema." (14) Se a pessoa aceitar a teoria que o mundo é um sistema holístico interconectado e interdependente (e dentro desse sistema há uma infraestrutura que é análoga de um sistema para outro), deverá logicamente concluir que a Hipótese de Gaia é verdadeira. "A Hipótese de Gaia, de James Lovelock, apareceu em 1979 e evoluiu para se tornar um livro - Gaia: A New Look at Life on Earth, publicado pela Oxford Press em 1982. A Hipótese de Gaia defende a posição que a própria Terra é um organismo vivo, a fonte de toda a vida, que tem a capacidade de regular-se, ou curar a si mesma sob condições "naturais". A posição de Lovelock é que a espécie humana desenvolveu a tecnologia para sobrepujar a capacidade de Gaia de "curar" a si mesma, e está, portanto, condenada à destruição, a não ser que a espécie humana interrompa esse assalto tecnológico." (15) Essencialmente, a Hipótese de Gaia não é nada mais do que a antiga adoração da deusa Mãe-Terra do paganismo antigo e da feitiçaria moderna.
Com base em tudo o que foi dito acima, pode-se concluir que a Teoria Geral dos Sistemas é um sistema de crenças esotérico baseado em uma fusão de darwinismo e do misticismo oriental - muito similar ao que agora é chamado de "Nova Era". A TGS afirma que o homem está se movendo para o próximo nível de evolução, mas para alcançar esse patamar mais elevado, a humanidade precisa adotar uma consciência universal e comum, ou sistema de crenças ("as velhas crenças" precisam fazer a transição para "novas crenças"). Peter Drucker confirmou sua adesão a esse conceito por meio do desenvolvimento do modelo do "banquinho de três pernas". As pernas representam o sistema empresarial, o estado e o "setor privado". O assento do banquinho representa o alcance daquilo que ele chama de "comunidade", ou consenso, desses três setores separados (ou sub-sistemas) da sociedade. Drucker gastou a última metade de sua vida concentrando-se nesse "setor privado" (igrejas e organizações não-lucrativas) porque esse segmento oferece a plataforma para o consenso dialético para unir toda a humanidade para produzir o "fenômeno do salto" (16) para o próximo nível de "evolução social". De acordo com a Teoria Geral dos Sistemas e a Hipótese de Gaia, o "antigo sistema" precisa ser quebrado para que o "novo sistema" possa irromper.
À medida que alguém se aprofunda nesse cenário, a ênfase de Drucker no setor não-lucrativo deve vir sem qualquer surpresa - especialmente se a pessoa compreender o que Barry Goldwater compreendia. Em seu livro, With no Apologies, o senador Goldwater descreveu a estratégia da Comissão Trilateral, o Conselho das Relações Exteriores, e outras entidades globalistas em uma tentativa de controlar os "Quatro Cantos do Poder" para fazer a transição do mundo para o modelo planetário que eles imaginavam. Ele descreveu esses "quatro cantos" como os campos político, econômico, teológico e intelectual; e defendeu a posição que aqueles que controlam os Quantro Cantos do Poder controlam o mundo. (17) O modelo do "Banquinho de Três Pernas" de Drucker simplesmente combina os cantos teológico e intelectual de poder na perna "setor privado / não-lucrativo", exatamente como o modelo de Drucker para alcançar a "comunidade" fará surgir uma nova sociedade. Contudo, o fato é que o setor não-lucrativo - e a igreja evangélica em particular - representa a maior ameaça para alcançar a síntese da "comunidade" - ou pelo menos representava - até que Bill Hybels, Bob Bufford, Rick Waren e Cia. Ltda. começaram a levar os membros das igrejas para a transição às centenas de milhares para uma posição de se alinhar com o modelo dos sistemas completos.
Peter Drucker & Cia. Ltda. na Igreja do Novo Paradigma Para trazer esses conceitos de volta ao contexto da Igreja do Novo Paradigma, o nome "Peter Drucker" aparece muitas vezes quando se investiga as fontes para a metodologia desse novo movimento religoso híbrido. De acordo com a revista Christianity Today, Drucker declarou à revista Forbes, "... as mega-igrejas pastorais são certamente o fenômemo social mais importante na sociedade americana nos últimos trinta anos." (18) No mesmo artigo, Drucker descreveu "administração" como um ministério para salvar nossa sociedade e assim direcionou os líderes de igrejas a adotarem suas filosofias da "Administração Por Objetivos" - essencialmente, a Religião Orientada Para Resultados. Entretanto, conforme o artigo da Christianity Today continuou, tornou-se muito aparente que o autor do artigo simplesmente não entendeu nada. Ele afirmou que Drucker fez todas as tentativas de prover "comunidade" por meio da implementação de seus princípios no local de trabalho - mas esses esforços fracassaram. Ele então admitiu que uma tentativa "de fornecer comunidade" dentro da estrutura do estado também fracassaria. Entretanto, Drucker conclui que "As organizações não-lucrativas são a comunidade americana". (19). Ele também afirmou que "uma nova forma de sociedade está tentando emergir", e as igrejas e as organizações não-lucrativas precisam representar um novo e central papel: "O pastor, como gerente, tem de identificar suas forças e especializações (os líderes na igreja), posicioná-los, equipá-los para o serviço e habilitá-los para trabalhar no todo harmonioso e produtivo conhecido como corpo de Cristo." (20) No contexto da plataforma da TGS do Peter Drucker, esse artigo da Christianity Today pode ser comparado com uma maravilhosa refeição temperada com arsênico. Ele exalta Drucker por seu reconhecimento da importância da igreja e o coloca em um pedestal como um "bom cristão" interessado nos negócios do reino. Entretanto, a falta de compreensão de Stafford das verdadeiras definições da terminologia de
Drucker e sua falta de pesquisa no sistema de crenças de Drucker fazem com que ele negligencie completamente o fato que a ênfase de Drucker na igreja e nas organizações não-lucrativas não é nada mais que uma afirmação que dentro do contexto da igreja pode ser alcançado o consenso dialético para conceber a nova sociedade emergente. Esse processo é descrito pelos globalistas como "Transição do Sistema Inteiro", e essa transição está sendo realizada pela "quebra do sistema" do sistema existente para iniciar a "ruptura do sistema" para um novo sistema e uma nova sociedade planetária. O artigo de Tim Stafford na Christianity Today ingenuamente confirmou esse fato quando disse, "Drucker vê uma nova forma de sociedade lutando para sair de sua crisálida, com as igrejas e as organizações nãolucrativas representando um novo e central papel." (21) Quando se lê Uma Igreja com Propósitos, de Rick Warren, e Transição - Conduzindo Sua Igreja na Mudança, de Dan Southerland à luz desses princípios, novas realizações vêm à frente tão distintamente quanto a observação da explosão de uma supernova. A dissertação acima na verdade não é suficiente para igualar Rick Warren e companhia com o Dr. Drucker. As similaridades estão lá, mas existe alguma prova sólida que Warren modelou sua metodologia com base na de Peter Drucker? Essa é realmente uma boa pergunta, mas antes de apresentar uma resposta, é preciso voltar ao Capítulo 12 e ver novamente a Galeria da Fama do Novo Paradigma. O indivíduo na Galeria da Fama que precisa ser tratado ao se discutir Peter Drucker é Bob Buford, o fundador da Rede de Liderança, uma fundação privada com a função principal de identificar, criar redes e capacitar os ministérios e equipes das congregações com 1.000 membros ou mais. Buford também é o presidente e fundador da Junta de Diretores da Fundação Peter F. Drucker Para a Administração Não-Lucrativa. No prefácio de seu livro, Halftime, Buford refere-se a Drucker como "o homem que formou minha mente". (22) A Organização de Bob Buford então identifica-se com Drucker e trabalha de mãos dadas com ele com esforços de fazer a transição da igreja para trazer as igrejas existentes para o modelo do novo paradigma. De acordo com o artigo referido da Christianity Today, a Rede de Liderança de Bob Buford "convidou Drucker para falar em conferências de líderes de grandes igrejas e o tem ligado a muitos pastores que buscam orientações." Esse artigo também diz que Drucker interagiu com "muitas igrejas 'pastorais'. Essas igrejas incluem mega-igrejas, como a Igreja da Comunidade de Willow Creek, de Bill Hybels, e a Igreja da Comunidade de Saddleback, de Rick Warren." (23) Portanto, de acordo com a Christianity Today, Rick Warren e Bill Hybels foram educados na metodologia de Drucker, conforme promovida por Bob Buford. Na verdade, Drucker já chamou Rick Warren de "o inventor do reavivamento perpétuo" (24), mas isso somente não confirma que Warren tem feito interface diretamente com Drucker. Entretanto, em um artigo escrito por Warren no site da The Southern Baptist Press, ele próprio diz, "Uma vez perguntei a Peter Drucker, o pai da administração moderna, com que freqüência uma organização crescente precisa se reestruturar..." (24). O Dr. Warren também faz referências de ter recebido Peter Drucker em sua residência. Quando se começa a somar esses incidentes e avaliar suas totais implicações, o quadro começa a se tornar muito claro. Esses flautistas de Hamelin evangélicos estão utilizando os métodos de homens cuja cosmovisão holística permeia seus estilos de administração e todos os demais aspectos de suas filosofias pessoais. Uma vez que eles começam a utilizar essa metodologia para criar
ou fazer a transição de uma igreja, essa igreja cai direto nas mãos dos engenheiros globalistas de sistemas que estão procurando uma avenida para fazer a ruptura do sistema e estabelecer a Igreja da Mudança de Paradigma. Como foi explicado anteriormente neste manuscrito, após somente uma geração de tal manipulação generalizada, a igreja não terá absolutamente nenhuma semelhança com a igreja daqueles que lutaram contra o modernismo, contra a infidelidade espiritual e contra o ecumenismo aberto nos anos 1960. O efeito da Teoria Geral dos Sistemas nesses líderes evangélicos fica ainda mais evidente pela própria terminologia usada pelo Dr. Warren em seu website, Pastors.com. Observe as seguintes afirmações de Dr. Warren no artigo "Como Pensar Como um Cristão de Classe Mundial" (esse artigo é um excerto de seu livro Uma Vida com Propósitos): •
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O sub-título inicial, "mudança do pensamento auto-centrado para centrado nos outros" - esta seção utiliza frases tais como "uma difícil mudança mental", "mudança de paradigmas", e fala de "orações com a respiração". O próximo sub-título é "Mudança do pensamento local para o global". Aqui ele diz, "Deus é um Deus global", diz que a maior parte do mundo já "pensa globalmente" e menciona conglomerados multinacionais. Ele então diz, "Estamos mais conectados do que percebemos." Ele também diz, "As pessoas são mais receptivas a Deus quando estão são sob tensão e transição." (26)
Todos esses pontos contêm uma certa dose de verdade, mas o leitor deste manuscrito precisa agora exercer o discernimento para analisar criticamente essas afirmações com o total conhecimento do que foi apresentado até aqui. Como um modo de revisão, os pontos para avaliação são como seguem: •
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A frase "mudança de paradigma" foi cunhada por Thomas Kuhn, um subscritor da Teoria Geral dos Sistema. A TGS, quando executada em suas conclusões lógicas, leva a pessoa a uma jornada para as crenças esotéricas e até ocultistas da deusa Mãe-Terra. Marilyn Ferguson, autora do livro A Conspiração de Aquário (juntamente com outros aderentes da Nova Era) popularizou o conceito de "mudança de paradigma" e a ruptura para um novo sistema que sinalizará o fim da Era de Peixes, a aurora da Era de Aquário e a vinda do novo nível de evolução humana, o homo noeticus. Peter Drucker baseia suas filosofias na TGS e utiliza o Processo Dialético Hegeliano na formulação de suas teorias da "comunidade" (consenso ou síntese). A abordagem holística dele dos princípios da administração deram origem ao seu sistema de "Administração Por Objetivos" - um modelo baseado em resultados que utiliza os processos de Edward Demming (outro discípulo da TGS) que mudam os valores e a cosmovisão daqueles que estão envolvidos no modelo holístico.
Com essas considerações em mente, no mínimo deve-se questionar o intento do Dr. Warren em fazer afirmações tão permeadas com implicações sistêmicas. Por exemplo:
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Todas as referências à mudança, transição, e mudança de paradigma do pensamento auto-centrado para o centrado nos outros faz alguém pensar exatamente o que ele tem em mente. Se o Dr. Warren está realmente falando de missões mundiais e trabalhando para o plano bíblico de Deus; ele certamente poderia ter escolhido a terminologia bíblica, em vez de uma terminologia holística e pós-moderna. Ao recomendar "orações de respiração", o Dr. Warren está se aventurando em um terreno perigoso. A oração de respiração incorpora uma oração de uma frase simples que é repetida com o ritmo da respiração. A técnica para isso é descrita como segue:
"Sente-se calado e repita a frase calmamente em sua mente por vários minutos. Permita que a oração tome o formato de sua respiração para que as palavras acompanhem sua respiração. Faça uma caminhada, repetindo a oração enquando você se mover. Observe como a oração molda suas percepções. Permita que a oração acompanhe o ritmo de seus passos e da sua respiração... os instrumentos da oração contemplativa são usados somente para ajudar a nos guiar a uma experiência de união com Deus..." (27) O artigo citado acima também mostra fotografias de adolescentes caminhando em um labirinto enquanto entoam essas orações repetitivas. Embora isso possa parecer ser muito espiritual, uma rápida leitura de revistas e boletins ocultistas de nova era mostram esses mesmos labirintos e falam de atingir os estados alterados de consciência via meditação transcendental. Essa é uma técnica utilizada por aqueles que desejam contactar os "espíritos-guia" em seus "lugares seguros". A "oração" repetitiva e a entonação originam-se nas religiões ocultistas, e não têm lugar na prática cristã. Não há absolutamente dúvida da natureza ocultista desses métodos quando se percebe o significado da afirmação, "ajudam a guiar-nos a uma experiência de união com Deus." Esse não é um conceito cristão, mas, ao contrário, é um princípio panteísta. O cristão nunca será "um com Deus". Somente Jesus Cristo é ou pode ser um com o Pai. Esse ensino está baseado nas religiões orientais e em ensinos ocultistas. Todavia, esse princípio está no website da Igreja Presbiteriana dos EUA, e Rick Warren promove e apóia "as orações com a respiração" em seu livro Uma Vida com Propósitos. O próprio Jesus Cristo advertiu que os cristãos não devem usar de "vãs repetições nas orações, como fazem os gentios" [Mateus 6:7] pois comprendeu perfeitamente os perigos envolvidos nessa prática. Todavia, o Dr. Warren defende isso que Jesus condenou claramente. •
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Sim, Deus ama a todos os indivíduos no mundo. Sim, Deus mandou os cristãos irem a todo o mundo e pregarem o evangelho. Sim, os cristãos devem ter a mente em missões e sentir amor pelos perdidos. Entretanto, dizer que "Deus é um Deus global" implica que Deus é favorável à ascensão do globalismo político e religioso tão proeminentemente exibido na cultura pós-moderna. Se a pesssoa ignora o treinamento que Rick Warren recebeu de Peter Drucker até poderia lhe dar o benefício da dúvida. Pode-se até acusar este autor de estar forçando demais em um ou dois desses pontos, e francamente, talvez o Dr. Warren mereceria que "déssemos um tempo" nessas questões se não fosse pela próxima afirmação que revela seus verdadeiros intentos. A afirmação dele,
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"Estamos mais conectados do que percebemos" oferece evidência suficiente para acusá-lo de adotar a filosofia da TGS, e circunstancialmente diz que ele engoliu a filosofia de Drucker "vara, anzol e linha". No mínimo, essa afirmação condena o Dr. Warren de tornar-se um inocente útil para as filosofias de "ruptura do sistema" de forças luciferianas em todo o mundo. Finalmente, essa afirmação de as pessoas se tornarem mais receptivas a Deus sob tensão ou transição contém algumas sementes de verdade... MAS... as filosofias da Teoria Geral dos Sistemas ensinam que a evolução ocorre em tempos de contestação e maciça agitação e tanto a contestação quanto a maciça agitação precisam estar presentes para a próxima fase da evolução social ocorrer.
Como observado anteriormente, Rick Warren, Bob Buford, Dan Southerland, Bill Hybels, e outros, agora já treinaram centenas de milhares de pastores na Religião Orientada Para Resultados. Muitos que verdadeiramente sentem amor e uma responsabilidade pelos perdidos têm sido sugados para dentro desses programas, e outras igrejas estão adotando muitos dos aspectos individuais dessa filosofia de modo a atrair os "sem-igreja" e construir seus ministérios. Entretanto, as filosofias holísticas e pós-modernas estão vindo para a igreja por influência das mega-igrejas e de seus seminários de treinamento; e infelizmente, as questões não param com essas preocupações - elas se tornam piores.
Siga o Rastro do Dinheiro Uma igreja autônoma geralmente não é iniciada com muito dinheiro no banco. Na verdade, algumas mega-igrejas informam em seus históricos que seus fundadores começaram a trabalhar com pouco ou nenhum dinheiro. (Alguns exemplos mais notáveis disso são Robert Schuller e Jerry Falwell.) Embora algumas igrejas sem afiliação possam começar como um programa missionário de outra igreja, ou grupo de igrejas, essas doações tendem a prover somente uma pequena parte dos recursos necessários para o sustento de um pastor em tempo integral. Muitos pastores de obras independentes e menores mantêm um emprego secular até que a igreja tenha condições financeiras de sustentá-los em tempo integral. O dinheiro é um tópico muito discutido na igreja local, e é também discutido com uma certa extensão na Palavra de Deus. Freqüentemente, é também um motivo de disputa quando envolve as questões da separação bíblica. Por exemplo, uma igreja firmada nas Escrituras não aceitará dinheiro de fontes abertamente hostis ao evangelho ou até mesmo de fontes questionáveis. Essa é uma questão até com alguns grupos conservadores, como a Convenção Batista do Sul, pois os seminários batistas sulistas que são membros da Associação das Escolas Teológicas pertencem a uma organização que é patrocinada pela Luce Foundation e pela Lilly Endowment (Fundo Lilly). Uma igreja independente, por outro lado, não pertence a qualquer instituição que é financiada ou patrocinada por organizações seculares em qualquer nível. Para ilustrar esse princípio, um fluxograma mostrará o caminho de financiamento de três igrejas. Duas serão imaginárias; a outra será a Igreja da Comunidade de Saddleback, do pastor Rick Warren.
O primeiro caminho de financiamento será uma igreja bíblica independente e não vinculada a uma denominação. O pastor dessa igreja é (por facilidade de ilustração) formado pela Universidade Bob Jones e o pastor assistente e ministro de música é graduado pela Universidade Cristã de Pensacola:
Nessa igreja, o pastor recebe sua direção diretamente do Espírito Santo de Deus, conforme é comunicada a ele por meio da Palavra de Deus. O financiamento para as atividades da igreja é recebido dos membros, à medida que eles contribuem de acordo com a proporção que Deus prosperou a cada um. O relacionamento do pastor e do pastor assistente com suas respectivas instituições de ensino é reduzida à associação e orientação; e neste caso, essas instituições recebem fundos de doações privadas e ofertas de fé. Além disso, a metodologia nas operações é também conforme especificado na Palavra de Deus, e não existem influências exteriores nas operações dessa igreja-modelo. Essa é a verdadeira posição bíblica. O próximo exemplo está baseado na Igreja da Comunidade de Saddleback, pastoreada por Rick Warren:
Esse diagrama torna-se extremamente complicado e confuso. Entretanto, em uma tentativa de preservar algum vestígio de simplicidade, não serão mostrados os pastores assistentes e outros membros da equipe ministerial. Tenha também em mente que a Igreja da Comunidade de Saddleback está afiliada à Conveção Batista do Sul dos EUA, e isso a vincula a todos os outros membros dessa organização. Além disso, devido ao vasto número de associações envolvidas na Igreja da Comunidade de Saddleback, a página é pequena demais para criar um diagrama detalhado. Entretanto, a extensão dessa ilustração será adequada o suficiente para comunicar a contemporização que é criada com essa situação. Como o Dr. Warren tem Doutorado em Ministério pelo Seminário Teológico Fuller, está ligado em rede à linha de financiamento de Fuller, que inclui a Fundação Rockefeller e a Luce Fundation. (Henry Luce foi um maçom de grau muito elevado), o Lilly Endowment (a Lilly é um grande laboratório fabricante de medicamentos para doenças mentais), bem como a Associação das Escolas Teológicas. Após uma análise crítica da situação da Igreja de Saddleback, as perguntas mais profundas podem ser simplesmente estas: Se a metodologia de Saddleback está baseada na Administração Por Objetivos, de Peter Drucker, onde é que a Palavra de Deus e suas doutrinas fundamentais entram na equação? Levando esse raciocínio ao próximo nível, se as doutrinas e a metodologia da Palavra de Deus ficam subordinadas a uma técnica gerencial, onde é que o próprio Deus realmente entra nesse cenário? Finalmente, para propósitos de comparação, um diagrama será mostrado para uma igreja afiliada à Igreja Luterana na América:
Os conceitos utilizados pelas igrejas protestantes tradicionais estão mais em linha com as metodologias católicas. O sínodo é colocado como um intercessor entre o pastor e Deus: o pastor local recebe seus sermões da ILA, a igreja local sustenta a ILA, e a ILA, por sua vez, redistribui a riqueza para as igrejas individuais de acordo com a necessidade estabelecida ou pré-determinada. Esse é um sistema hierárquivo que vai contra os princípios bíblicos, mas há definitivamente um movimento em andamento para adotar o modelo orientado para resultados do novo paradigma.
Juramentos, Pactos e Promessas de Fé Quando se começa a seguir o cheiro do dinheiro dentro da Igreja do Novo Paradigma e nas igrejas protestantes tradicionais, algumas coisas surpreendentes começam a se revelar - surpreendentemente, isto é, em comparação com o modelo bíblico encontrado no Novo Testamento. A visão tradicional dos cristãos bíblicos com respeito ao dinheiro e às ofertas é definido de forma simples: "Se Deus tiver o controle do coração de um homem, também controlará sua carteira." A Bíblia ensina especificamente que os cristãos devem ofertar para a igreja "conforme a sua prosperidade" [1 Coríntios 16:2] Como resultado, nas igrejas bíblicas, o dinheiro é discutido principalmente no contexto dos projetos especiais de construção, uma necessidade incomum de um membro da igreja, ou um projeto missionário especial entretanto, há (como regra) pouca menção de ofertas ou dinheiro do púlpito das igrejas bíblicas simplesmente por que tais sermões são sem sentido. Entretanto, nas igrejas que apenas se inclinam em direção ao modelo do novo paradigma, há no mínimo um "mês da mordomia" em que o único assunto discutido a partir do púlpito e na Escola Dominical é dinheiro e ofertas. Embora o "mês da mordomia" seja geralmente procedimento padrão para manter a oferta em um nível apropriado para atender aos requisitos mínimos do orçamento, as congregações do novo paradigma que alcançam um resultado de crescimento de igreja ótimo são forçadas a se envolverem em um programa de construção perpétuo. Isso freqüentemente toma mais dinheiro que o orçamento permite e, portanto, requer assistência que ultrapassa as paredes da igreja. Esse fenômeno deu origem às agências de consultoria em crescimento de igreja, como a
Injoy Ministries, de John Maxwell. A Injoy oferece programas que consistem de programas de liderança, compromissos, pactos e "promessas de fé" que têm um registro comprovado de aumentar grandemente a receita da igreja. Entretanto, existem várias questões com esses programas que não somente "forçam muito", mas vão a extremos que são claramente sem base bíblica. Os programas das agências de consultoria em crescimento de igrejas baseiam-se no fato que a maioria das igrejas do novo paradigma já tem uma declaração de missão, uma declaração dos valores fundamentais, e uma declaração de visão. Esses documentos vêm diretamente do mundo de Demming e Drucker e não são em parte alguma encontrados na Palavra de Deus. (A Bíblia não diz que sem uma declaração de visão o povo perece.) Usando como base esses documentos principais, esses programas também implementam uma série de juramentos e pactos que requerem a assinatura dos membros em geral e "da liderança da igreja" em particular. (A "liderança da igreja" nesse caso não é a equipe pastoral, mas, ao invés disso, pessoas leigas que ocupam "posições de liderança" dentro do corpo de membros. John Maxwell e outros estão conduzindo seminários muito caros e escrevendo livros para desenvolver a próxima geração de liderança da Igreja do Novo Paradigma.) A Injoy e outras firmas de consultoria em crescimento de igrejas baseiam-se nessa premissa e ajudam a "liderança da igreja" recém-treinada pela Injoy a estabelecer um sistema de "promessa de fé" que, em efeito, suga dinheiro das contas bancárias dos membros da igreja para erigir edifícios maiores e mais bonitos para abrigar com mais conforto a todos. Existem várias questões que saltam à vista com a implementação desse plano: •
Os juramentos são expressamente proibidos pela Palavra de Deus. Isso não somente é aplicável às ofertas, mas também à assinatura de pactos da igreja, declarações de visão, declaração de missão, e a declaração dos valores fundamentais.
"Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação." [Tiago 5:12] •
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O espírito bíblico de ofertar é aquele em se dá com alegria. As táticas de manipulação e intimidação não são apropriadas para a formação de pessoas que dão com alegria, que dão com amor para a obra do Senhor. Táticas de manipulação freqüentemente somente alcançam conformidade instilando culpa e medo nos indivíduos que são envergonhados ou intimidados a assinar o pacto ou a "promessa de fé".
O fato da matéria é que a igreja que baseia sua metodologia nos princípios da administração empresarial em vez de nos princípios da Palavra de Deus tem uma massacrante tendência de se tornar dependente da mesma droga intoxicante que vicia muitos no mundo corporativo. Esse vício é a busca por mais - mais dinheiro, edifícios maiores e mais suntuosos, mais administração do patrimônio, e mais crescimento financeiro. Embora nem todas as igrejas do novo paradigma enquadremse nessa categoria, o perigo de cair presa dessa tendência é muito mais provável nesse tipo de igreja pois, se o pastor vê a si mesmo como um executivo, o tesoureiro da igreja vê-se como um executivo financeiro, os "membros da "equipe de liderança"
são equivalentes a membros da diretoria de uma empresa, e a metodologia vem da "Administração Por Objetivos" - o todo-poderoso dólar ou real tem um papel muito mais significativo do que em uma igreja cujas finanças e ofertas são entregues a Deus sem coerção ou manipulações externas.
Escoamento das Mega-Igrejas Para as Congregações Menores Aqueles que são velhos o suficiente para se lembrar das eleições americanas em 1980 em que Ronald Reagan enfrentou o então presidente Jimmy Carter, também se lembram do remédio de Reagan para os desesperadores problemas econômicos da nação. Essa teoria econômica foi chamada de "escoamento econômico" por que Reagan defendia a posição que qualquer alívio nos impostos concedidos à classe social mais rica daria um alívio correspondente às famílias das classes trabalhadoras que se beneficiariam grandemente com a prosperidade dos ricos, cujas empresas iriam contratar mais funcionários e dar aumentos salariais à medida que os lucros aumentassem. Não é intenção deste autor defender a validade ou não dessa teoria na área econômica, mas o efeito dela existe nas igrejas do Novo Paradigma e nas tradicionais. Referenciando novamente os diagramas que ilustram os caminhos de financiamento que fluem pelas igrejas ilustradas nesses exemplos, uma análise "da base para cima" pode ser o método mais esclarecedor de explicar o efeito do "escoamento". Para ilustrar isso, inicia-se com o pastor ou com o pastor assistente da igreja. Observe que todos os três diagramas mostram uma linha pontilhada do pastor até a instituição de ensino superior ou seminário. A linha pontilhada, e não uma linha sólida, aparece aqui por que a igreja, como regra, não recebe ofertas monetárias das instituições em que o pastor estudou (embora o contrário freqüentemente aconteça). Entretanto, a conexão importante para a academia é o estabelecimento e suporte de redes que transmitem metodologias e relacionamentos comuns que contribuem para a formação de filosofias derivadas da experiência do indivíduo obtidas em uma determinada instituição. Os princípios centrais dessas metodologias e relacionamentos são então transferidos e disseminados entre os alunos formados por essas instituições. Portanto, se uma instituição é membro da Associação das Escolas Teológicas (que é patrocinada pela Lilly Endowment e pela Luce Foundation), que efeito isso terá nas igrejas individuais? Melhor ainda, por que iria a Lilly, que fabrica o Prozac e outras drogas para as doenças da mente, estaria interessada nas igrejas cristãs? O mesmo pode ser perguntado a respeito da Luce Foundation, já que Henry Luce foi um maçom de grau elevado. Como os efeitos práticos no ministério dos graduados pelos seminários que estão associados com a Associação de Escolas Teológicas são as redes de contatos, relacionamentos, e filosofiass que "escoam" pelos corredores da rede - onde é que as fundações filantrópicas da elite econômica se encaixam na missão da igreja? Como uma resposta a essa questão, os programas específicos que vêm por meio dessas duas fundações filantrópicas podem ser detalhados por suas próprias palavras:
Bolsistas em Teologia da Fundação Henry Luce III Estabelecido em 1993, o programa Bolsistas em Teologia da fundação Henry Luce III suporta a pesquisa de acadêmicos juniores e seniores cujos projetos ofereçam contribuições significativas e inovadorass aos estudos teológicos. O programa procura patrocinar a excelência em erudição teológica e fortalecer os vínculos entre a pesquisa teológica, as igrejas e o público mais amplo. O programa é gerenciado pela Associação das Escolas Teológicas, a agência que define os programas, regula e autoriza a educação teológica em nível graduado nos EUA e Canadá. Suas 235 instituições-membro são escolas teológicas católicas, ortodoxas, e protestantes, incluíndo seminários independentes e escolas teológicas vinculadas às universidades." (28) O Fundo Lilly "Lilly Endowment Inc. é uma fundação filantrópica privada baseada em Indianápolis, criada em 1937 por três membros da família Lilly - J. K. Lilly Sr. e seus filhos J. K. Jr. e Eli - por meio da oferta de ações de sua indústria farmacêutica, a Eli Lilly and Company. Mantendo os desejos dos seus três fundadores, o Fundo Lilly existe para suportar a causa da educação, o desenvolvimento comunitário e a religião. Os objetivos da divisão de religião do Fundo Lilly são: 1. 2. 3. 4. 5.
Aprofundar e enriquecer as vidas religiosas dos cristãos americanos, principalmente ajudando a fortalecer suas igrejas. Suportar o recrutamento e educação de uma nova geração de ministros talentosos e outros líderes religiosos; Encorajar a reflexão teológica e as práticas religiosas que recuperam a sabedoria da tradição cristã para nossa situação contemporânea. Suportar os acadêmicos e educadores que procuram ajudar o povo americano a compreender melhor a religião contemporânea e o papel que ela realiza nas nossas vidas públicas e privadas; e Fortalecer as contribuições que as idéias, práticas, valores e instituições religiosas fazem para o bem comum da nossa sociedade.
De todas essas formas, o fundo Lilly Endowment Inc. busca suportar as pessoas e as organizações que estão lutando para gerar conhecimento, comunicar visões, desenvolver as práticas, e renovar e sustentar as instituições que oferecem os recursos religiosos dos quais uma sociedade florescente e humana depende." (29) Depois de ler essas notas de marketing, mais algumas perguntas estão em ordem: Por que esses indivíduos ricaços estão tão interessados em religião e teologia? Eles possuem motivos ou agendas ulteriores? Estão esses indivíduos poderosos tentando moldar a direção dos movimentos religiosos ou simplesmente facilitando suas consciências culpadas? Estão genuinamente preocupados com os perdidos? Existe um aspecto financeiro a ser considerado? Estão eles simplesmente tentando comprar seu caminho para o céu? OU - Essas organizações aspiram chegar ao modelo do banquinho de três pernas de Peter Drucker; e percebem que de modo a
"alcançar a comunidade" ou realizar a "transição de todo o sistema" precisam controlar os "canto teológico do poder", conforme expressou o senador Goldwater? Pode-se somente especular quais são as verdadeiras respostas a essas perguntas. Por exemplo, uma indústria farmacêutica veria a igreja como um veículo para avançar o evangelho ou como um mercado potencial? Bem possivelmente a última, pois de acordo com G. A. Pritchard, a Igreja da Comunidade de Willow Creek faz centenas de encaminhamentos a cada ano para o atendimento psiquiátrico, (30) e com o surgimento da "Psicologia Cristã", esse mercado está se expandindo rapidamente. Além disso, quem se beneficiaria com um extenso banco de dados religioso? O Fundo Lilly está construindo um banco de dados religioso no Arquivo Religioso Americano. Um pastor estaria inclinado a oferecer suporte a uma organização que fornece a ele férias e retiros espirituais? O Fundo Lilly também financia um programa intitulado "Sustentando a Excelência Pastoral": "... o programa estabelecerá projetos para permitir que os ministros criem ambientes de contínuo estudo bíblico, reflexão teológica, renovação espiritual ..... identificar, nutrir, e educar uma talentosa nova geração de pastores suportando os excelentes que já temos.... Aprendizado com a pressão do grupo - este é um grupo de pastores que se reúne regularmente ... muitos programas incluem um componente de mentores ou liderança." (31) Independente de quais possam ou não ser as respostas, o efeito do escoamento das filosofias das fundações filantrópicas está chegando até a porta da frente das igrejas tradicionais e as do Novo Paradigma. Os efeitos dessas filosofias estão tendo um profundo efeito sobre a "grande comunidade evangélica" até ao ponto em que os aspectos doutrinários e metodológicos das igrejas estão mais rapidamente fazendo a transição do modelo bíblico para a total conformidade com a Religião Orientada Para Resultados. Além disso, e talvez ainda mais importante, esse processo é mais um componente da criação da mudança de paradigma - uma mudança no modo como os indivíduos pensam sobre a religião, os valores religiosos, as doutrinas bíblicas e sobre as igrejas.
As Areias da Mudança de Paradigma Produzem Bases Instáveis O tema recorrente deste manuscrito é o perigo imposto sobre o destino eterno das futuras gerações devido ao desejo de "fazer tudo o que for necessário" para aumentar os números de pessoas no rol da igreja. O Dr. Bob Jones Sr. advertiu contra esse princípio quando disse, "Nunca sacrifique o permanente no altar do imediato." (32) Embora o Dr. Jones nunca em seus mais lúcidos pesadelos pudesse ter visualizado uma igreja construída com base nas filosofias pragmáticas do "fim justifica os meios" dos flautistas de Hamelin do Novo Paradigma, a grande comunidade evangélica atual está sacrificando seus filhos no altar do pósmodernismo ao mesmo tempo em que proclama pragmaticamente seu grande sucesso na "construção do reino de Deus". Entretanto, quando se faz um exame mais atento naqueles que estão envolvidos na cena religiosa do ocidente, a triste verdade da condição desesperadora desta geração vem para o primeiro plano.
A evidência dessa questão generalizada é confirmada por uma pesquisa feita pelo Barna Research Group com 2.033 adultos em novembro de 2003. Os resultados são chocantes, para dizer o mínimo: • • • • • • • •
4% dos adultos pesquisados têm uma cosmovisão bíblica. 9% dos "cristãos nascidos de novo" pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 7% dos protestantes pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 2% dos protestantes tradicionais pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 0,04% dos católicos romanos pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 13% dos protestantes não-denominacionais pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 10% dos pentecostais pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 8% do batistas pesquisados têm uma cosmovisão bíblica
Barna então acrescentou: "Entre as cosmovisões alternativas prevalecentes estava o pós-modernismo, que parecia ser a perspectiva dominante entre as duas gerações mais novas... Para os propósitos da pesquisa, uma cosmovisão bíblica foi definida como: crer que existe uma verdade moral absoluta; que tal verdade é definida pela Biblia; e uma crença firme em suas visões religiosas específicas. Essas visões eram que Jesus Cristo viveu uma vida sem pecado; que Deus é o onipotente e onisciente criador do universo e que Ele ainda o governa hoje; que a salvação é um dom de Deus e que não pode ser obtida por meio de esforços próprios; que Satanás é real; que um cristão tem a responsabilidade de compartilhar sua fé em Cristo com outras pessoas; e que a Bíblia é correta em todos os seus ensinos." (33) Como as informações coletadas por essa pesquisa foram chocantes, Barna realizou uma segunda pesquisa. Nessa segunda pesquisa, que utilizou o mesmo conjunto de perguntas para determinar a cosmovisão, 601 pastores titulares foram entrevistados em todo o país. Os resultados foram igualmente surpreendentes. • • • • • • • • •
71% dos pastores batistas sulistas têm uma uma cosmovisão bíblica 59% dos pastores pesquisados e que não freqüentaram seminário têm uma cosmovisão bíblica 57% dos pastores batistas não vinculados à Convenção Batista do Sul pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 51% dos pastores protestantes pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 51% dos pastores protestantes não denominacionais pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 45% dos pastores pesquisados que são graduados em seminários têm uma cosmovisão bíblica 44% dos pastores carismáticos e pentecostais pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 35% dos pastores das igrejas de negros pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 28% dos pastores protestantes tradicionais pesquisados têm uma cosmovisão bíblica
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27% dos pastores metodistas pesquisados têm uma cosmovisão bíblica 15% das mulheres pastoras pesquisadas têm uma cosmovisão bíblica (34)
Embora esses números sejam absolutamente aterrorizadores para qualquer genuíno filho de Deus, o mais horrivel de todas essas estatísticas é o fato que somente 9% daqueles que foram pesquisados e que afirmam serem "nascidos de novo" professam uma cosmovisão bíblica. O verdadeiro crente compreende que a prova está feita e a maioria questionaria como qualquer indivíduo que respondeu negativamente a qualquer uma dessas perguntas de Barna poderia ser um cristão de acordo com os padrões bíblicos. Por exemplo: • • • • • •
Um indivíduo que nega a existência da verdade absoluta é salvo? Um indivíduo que nega que a verdade absoluta é definida pela Palavra de Deus, conforme encontrada na Bíblia, é salvo? Um indivíduo que nega que Jesus Cristo viveu uma vida imaculada é salvo? Um indivíduo que nega o poder onipotente de Deus como o criador do universo é salvo? Um indivíduo que crê na salvação por meio das obras é salvo? Um indivíduo que nega a existência de Satanás e a exatidão da Bíblia é salvo?
O fato da matéria é que ninguém pode conhecer o coração do homem, somente Deus; entretanto, a Bíblia diz claramente, "Pelos seus frutos os conhecereis" [Mateus 7:16]. Assim, qualquer um que negar uma dessas doutrinas fundamentais ou é muito ignorante da Palavra de Deus - ou esse indivíduo é um perdido. A única possível responsabilidade pela falha exibida nesses fatos aponta diretamente para o pastorado da cristandade professa. Se somente a metade dos pastores protestantes é doutrinariamente sólida o suficiente para ter a cosmovisão bíblica, o que se pode esperar dos membros de suas igrejas? Além disso, quando a luz é mostrada na cosmovisão desses pastores, a questão arrasadora torna-se óbvia: A falta de pregação doutrinária expositiva a partir dos púlpitos deste país está produzindo uma nova geração que é "cristã" nominal somente. Todavia, a despeito disso, a Igreja Evangélica proclama que existe mais "cristãos" no mundo hoje do que em qualquer outro período histórico. (Dificilmente pode-se resistir à tentação de imaginar se essa afirmação ainda soaria verídica se o número fosse dividido por dez de modo a refletir as proporções indicadas pela pesquisa.) De acordo com a pesquisa de Barna, menos de um em cada dez indivíduos que professa ser nascido de novo tem qualquer convicção doutrinária para suportar sua afirmação. Além disso, se homens como Robert Schuller, Rick Warren, Bill Hybels e outros continuarem a comunicar suas metodologias orientadas para resultados, mais indivíduos receberão pouca ou nenhuma instrução doutrinária, e milhares de "cristãos" do Novo Paradigma estarão condenados a ouvirem um dia as palavras, "Não vos conheço; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." Os números crescerão, o patrimônio financeiro aumentará, o antigo sistema morrerá, e as almas dos participantes serão enfraquecidas pela falta de ensino doutrinário. Como resultado, as mentes mudarão, o fundamentalismo desaparecerá, o novo sistema irromperá, e a nova sociedade de Peter Drucker emergirá.
Thomas Kuhn, em seu livro The Structure of Scientific Revolutions, diz: "O conhecimento aumenta para os limites do paradigma atual, e então é substituído por um novo paradigma. A mudança de paradigma que ocorre remodela o pensamento científico até que seja substituído por um novo paradigma." (35) Assim, com base na avaliação de Kuhn, agora é o tempo para a mudança de paradigma. O pensamento religioso está sendo remodelado mais do que a qualquer tempo desde o primeiro século. Todas as áreas enfocadas por este manuscrito: os frutos do modernismo, o neo-evangelicalismo, o movimento carismático, a agenda de mudança de valores daqueles que querem a transição de todo o sistema, a influência da política na igreja, o financiamento da elite secular e a tolerância pós-moderna estão vindo a dar seus frutos nas mentes dos membros doutrinariamente desnutridos da Igreja do Novo Paradigma que foram mesmerizados pelos flautistas de Hamelin da Religião Orientada Para Resultados. Notas Finais 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19.
Ferguson, Marilyn, The Aquarian Conspiracy, J. P. Tarcher, Inc., Los Angeles, CA, 1980, pg 26. Ibidem. Walonick, David S., Ph. D. “General Systems Theory”, www.surveysoftware-solutions.com/walonick/systems-theory.htm, pg 15. Thomas, Don. “Don Thomas Report: A Plan of Action for South Carolina”, Empowered Education Systems for the 21st Century, November 30, 1993, Chart 3. Boje, David M. &Windsor, Robert D. “The Resurrection of Taylorism: Total Quality Management’s Hidden Agenda”, The Journal of Organizational Change Management, Vol 6, 1993, pg 62. Blumenfeld, Samuel L., NEA,Trojan Horse in American Education, The Paradigm Company, Boise, Idaho, 1984, pg 44-47. Boje, pg 57. Ibidem, pg 59. Drucker, Peter. Landmarks of Tomorrow, Dimensions Publishing, 1959. Walonick, pg 1. Ibidem. Ibidem, pg 6. Ferguson, pg 157. Ibidem, pg 52. Lamb, Henry, “Rise of the Global Green Religion”, Eco-Logic magazine, 2/12/98. Houston, Jean, “Whole System Transition and the Rise of the Planetary Society”, audio tape, Association of Curriculum Management and Development, 1989. Goldwater, Barry, With No Apologies, William Morrow Publishing, 1979, pg 280. Stafford, Tim, "The Business of the Kingdom”, Christianity Today, 11/15/99. Ibidem
20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35.
Ibidem Ibidem Buford, Bob. Halftime, Zondervan Press, Grand Rapids, MI,Flyleaf. Stafford. Drucker, Peter, www.thepurposedrivenlife.com/rick.asp. Warren, Rick, “First Person: Stifled by Structure”, www.scbaptistpress.org/bpnews.asp, 9/22/03, pg 4. Warren, Rick. “How to Think Like a World Class Christian”, excerpt from The Purpose-driven Life, http://www.pastors.com/. “Contemplative Prayers”, http://www.pcusa.org/. www.hluce.org/4thhlfm.html. www.centerforcongregations.org/lilly.asp. Pritchard, G. A., Willow Creek Seeker Services, Baker Books, Grand Rapids, MI, 1996, pg 228. www.centerforcongregations.org/lilly.asp. Bob Jones Sr. “The Barna Update”, 12/1/03, http://www.barna.org/ “The Barna Update”, 1/12/04, http://www.barna.org/. Walonick, pg 15.