CCM - MOD 1 - IGREJA MULTIPLICADORA

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Reconstruindo Vidas... Compartilhando o Amor de Deus...

PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM LUCILÂNDIA

Reconstruindo Vidas... Compartilhando o Amor de Deus...

APRESENTAÇÃO Em um movimento de retorno aos princípios do Novo Testamento, a Igreja Multiplicadora é uma visão de desenvolver a multiplicação intencional de discípulos baseada em cinco princípios bíblicos para crescimento: oração, evangelização discipuladora, plantação de igrejas, formação de líderes e compaixão e graça. Esses princípios, desenvolvidos com base nos Relacionamentos Discipuladores (RDs) e impulsionados pelos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs), resgatam o foco principal da Igreja de Cristo, que é investir em vidas, obedecendo à Grande Comissão de Cristo em nossa “Jerusalém” e até aos confins da Terra! Com o fim de facilitar a preparação dos membros para o alcance desse objetivo, apresentamos o Curso de Capacitação Ministerial, estruturado em módulos com duração de 10 semanas cada, conforme discriminado abaixo:

SÉRIE IGREJA MULTIPLICADORA Módulo 1 – Visão da Igreja Multiplicadora De volta aos princípios Módulo 2 – Evangelização discipuladora Aprofundando raízes Módulo 3 – Relacionamento discipulador Pequeno grupo multiplicador Módulo 4 – Liderança multiplicadora Autoridade e submissão

Como participante desse Curso, seu compromisso é realizar as atividades de aprendizagem semanalmente e manter-se assíduo aos encontros de sua turma. Fica a dica: faça as leituras diariamente e mantenha seu período regular de comunhão com Deus, através do estudo da Palavra, adoração e oração – não acumule em um único dia. Nosso alvo: multiplicar o amor de Deus!! Pra. Gleice Dorneles Silva Santos Primeira Igreja Batista em Magé-RJ

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

O INÍCIO DE TUDO O movimento de multiplicação de discípulos iniciado pelo Senhor Jesus há dois mil anos tem superado os mais diversos obstáculos e perseguições ao longo dos séculos, atravessando gerações e, finalmente, chegando aos nossos dias. A multiplicação de discípulos é a principal tarefa da igreja aqui na terra. Cada discípulo de Jesus foi capacitado e revestido de autoridade espiritual para se multiplicar em qualquer circunstância. Não podemos perder o foco. É tempo de avançar! É tempo de voltar aos princípios de multiplicação! “A igreja é o povo peregrino de Deus. Ela está em movimento correndo para os cantos da terra para implorar que todos os homens se reconciliem com Deus, correndo para o final dos tempos para encontrar o seu Senhor que reunirá a todos...” (Leslie Newbigin). Você consegue dimensionar o que foi para os discípulos não ter mais Jesus no meio deles? Como reagir quando esse amigo, além de boas lembranças da sua convivência, nos deixa uma missão? Os discípulos passaram por isso. Eles sabiam que eram os guardiões da verdade deixada pelo grande amigo Jesus e que seriam os semeadores da palavra de salvação ou reconciliação. Mas como fazer? Quais seriam os primeiros passos? A igreja começa a se reunir. Uma história começa a acontecer. Jesus foi muito claro em suas últimas instruções:

Atos 1.8: “Mas receberão poder quando o _______________________________ descer sobre vocês, e serão minhas _____________________________ em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. A igreja experimentou um crescimento extraordinário! Os discípulos, cheios do Espírito, começaram a viver intensamente os ensinos de Jesus. Assim era o estilo de vida desses irmãos como vemos em Atos 2.42-47: “Eles se dedicavam ao __________________ dos apóstolos e à ______________________, ao partir do _____________ e às ___________________. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava ________________________________________ os que iam sendo salvos”. O Espírito Santo teve um papel fundamental na expansão da igreja de Cristo. Você é fruto dessa expansão, porém precisa ser também parte da grande comissão, fazendo discípulos e plantando novas igrejas. Ore e peça ao Senhor o desejo de ter o mesmo estilo de vida dos primeiros discípulos. E mais do que desejo, comprometa-se com essa missão. *As semanas 1 a 4 foram extraídas e adaptadas de Freitas, Fabrício. De volta aos princípios: vivendo o jeito bíblico de ser igreja. Rio de Janeiro: Convicção, 2015. **As citações bíblicas utilizadas são da NVI (Nova Versão Internacional). Exceções serão sinalizadas com a sigla AA (Almeida Atualizada).

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

A GRANDE COMISSÃO A grande comissão era prioridade na vida dos discípulos de Jesus. A sua paixão era cumprir esse chamado. Eles eram motivados pelo poder do Espírito e pelo sentimento de urgência na proclamação da Palavra. Eles tinham pressa em compartilhar as boas novas. Queriam transmitir aos outros tudo aquilo que eles estavam experimentando. Com o coração cheio de compaixão, estavam todos os dias no templo e de casa em casa compartilhando Cristo. Atos 5.42: “Todos os dias, no ________________ e de _______________________________, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo”. Eles viviam com muita alegria e simplicidade de coração. A igreja caiu na graça de todo povo. Não existia um método, ou pelo menos não estavam preocupados com tal coisa. Eram cristãos vivendo naturalmente os ensinamentos de Cristo Jesus por onde quer que andassem. Jesus encarregou um pequeno grupo de pessoas para levar adiante a maior tarefa de todos os tempos. Mateus 28.18-20: “Então Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda ____________________________ no céu e na terra. Portanto, ___________ e _____________ _____________________ de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ________________ a obedecer a tudo o que eu lhes _____________________. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Eram pessoas comuns, sem qualquer reconhecimento, mas não olharam para as dificuldades. Apenas obedeceram à ordem do Mestre. João 4.35: “Vocês não dizem: Daqui a quatro meses haverá a _________________? Eu lhes digo: _________________ os olhos e _____________________________________! Eles estão maduros para a ________________________”. Essas ações, atitudes e pensamentos tornaram a Grande Comissão uma realidade e a multiplicação de discípulos e igrejas um projeto de vida. No livro de Atos, em especial nos dois primeiros capítulos, observamos que a chegada do Espírito Santo muda o rumo da igreja e impulsiona o avanço de uma geração. A partir dela, podemos repensar a nossa própria história como igreja. Devemos olhar para a vida dos nossos irmãos em Atos, confrontar o nosso “estilo de vida” e perceber que podemos permanecer nos princípios da Palavra de Deus, que são imutáveis. Pense nesse momento e depois escreva: De que precisamos para experimentar uma grande multiplicação de discípulos e igrejas? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

PRINCÍPIOS BÍBLICOS DE CRESCIMENTO PARA A IGREJA LOCAL Precisamos experimentar uma grande multiplicação de discípulos e igrejas, sermos cheios do Espírito Santo e resgatarmos os princípios das igrejas neotestamentárias que foram perdidos ou estão adormecidos. Gálatas 3.8: “Prevendo a Escritura que Deus justificaria pela fé os gentios, anunciou primeiro as ________________________ a Abraão: Por meio de ____________ todas as nações serão _______________________________”. Ser bênção, a partir de onde estamos, para alcançar as nações, por meio de um grande movimento de multiplicação de discípulos e igrejas, é o grande objetivo da visão da Igreja Multiplicadora. Igreja Multiplicadora trata-se de uma visão de multiplicação intencional, baseada em cinco princípios bíblicos de crescimento para a igreja local, com o objetivo de cumprir a Grande Comissão. Os cinco princípios são:

 Oração  Evangelização Discipuladora  Plantação de Igrejas  Formação de Líderes  Compaixão e graça O mais importante da visão de Igreja Multiplicadora é a sua fundamentação bíblica e a sua aplicabilidade em qualquer contexto ou modelo de igreja. Estar alinhado com essa visão é compreender o valor dos princípios bíblicos mencionados, que têm o objetivo de promover uma reflexão sobre o jeito de ser igreja das primeiras comunidades cristãs, especialmente em seu estilo de vida voltado para o relacionamento de mutualidade, vivenciado um a um e em grupos pequenos. Trata-se do resgate dessa forma de ser igreja, vivendo no “templo” e de casa em casa. Atos 2.46: “Todos os dias, continuavam a ___________________ no pátio do templo. Partiam o ___________ em suas ___________, e _______________ participavam das refeições, com _____________ e ______________________________________________”. Escreva os cinco princípios bíblicos de crescimento para a igreja local: ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ Agora, observe em qual deles você pode investir de forma mais intencional e ore por esse primeiro passo dessa visão multiplicadora.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

OS BATISTAS E A VIVÊNCIA DO JEITO BÍBLICO DE SER IGREJA Nós, batistas brasileiros, temos sido despertados a esse retorno aos princípios neotestamentários por meio de diversas publicações da Junta de Educação Religiosa e Publicações (JUERP) já faz algum tempo. Muitas publicações mostram a grande importância de um discipulado que envolva o cuidado efetivo um a um, isto é, um discipulado que acontece por meio do “relacionamento intencional” entre um discípulo e outro, com o objetivo de aperfeiçoar a multiplicação. O discipulado no nível pessoal, um a um, é a maneira mais rápida conhecida para desenvolver líderes espirituais capazes de multiplicar. O fundamento é a palavra de Paulo em 2 Timóteo 2.2: “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a __________________________ que sejam também capazes de ensinar a ______________”. Esse movimento tem como base o cuidado individual exemplificado por Barnabé para Paulo e por este para Timóteo, Tito e tantos outros. Atos 9.26-27: Quando (Saulo) chegou a Jerusalém, tentou reunir-se aos discípulos, mas todos estavam com medo dele, não acreditando que fosse realmente um discípulo. Então ______________________ o levou aos apóstolos e lhes contou como, no caminho, Saulo vira o Senhor, que lhe falara, e como em Damasco ele havia pregado corajosamente em nome de Jesus. Atos 11.25-26: “Então Barnabé foi a Tarso procurar ________________ e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ______________________________. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados __________________”. 1 Coríntios 4.17: “Por essa razão estou lhes enviando ________________, meu filho amado e fiel no Senhor, o qual lhes trará à lembrança a minha maneira de viver em Cristo Jesus, de acordo com o que eu ensino por toda parte, em todas as igrejas”. Tito 1.4: “a _____________, meu verdadeiro filho em nossa fé comum: Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador”. Os exemplos acima enfatizam a importância de passarmos horas com novos crentes, individualmente e em pequenos grupos que buscam estudar a Bíblia, orar, encorajar, aconselhar e ensinar aqueles que estão nos primeiros passos da caminhada cristã. É a transmissão de verdade e vida. É um chamado para assumirmos de uma vez por todas aquilo que temos praticado timidamente ao longo de todos esses anos. Reflita: “Quando uma igreja se satisfaz com os membros que tem e aqueles que espontaneamente se apresentam, não se interessando em alcançar as multidões, ela deixa de cumprir integralmente a sua missão como igreja” (Cathryn Smith). Você está disposto(a) a investir seu tempo, dons e talentos na vida de outro discípulo a fim de auxiliá-lo na caminhada com Cristo? ________

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS Ao olharmos para o Novo Testamento, aprendemos que adorar a Deus é tornar o seu nome conhecido e deve ser o nosso único propósito de vida. As demais coisas serão consequência de assumirmos de forma plena esse propósito. Responda a estas perguntas:  Por que precisamos retornar aos princípios do Novo Testamento?  Por que não podemos simplesmente permanecer como estamos?  Porque precisamos refazer algumas perguntas básicas sobre a missão da igreja ou até mesmo sobre o que é ser igreja? Essas perguntas são necessárias para renovar a confiança no que estamos fazendo ou a oportunidade para corrigirmos o rumo na direção certa.

Por que organizar a vida da igreja baseada em princípios em vez de modelos, métodos e estratégias? A resposta é simples: Os princípios são a base teológica que sustenta e dá sentido a tudo que fazemos. Os métodos são meios pelos quais os princípios são liberados na vida da igreja. Os princípios, por serem extraídos da Palavra de Deus, são imutáveis, estão disponíveis a todas as igrejas do mundo e em todas as eras, bastando que se tenha a Bíblia em mãos. Eles são o início de tudo.

Precisamos confiar que o Espírito Santo dirige as igrejas. Ao olharmos para os princípios presentes nas igrejas no Novo Testamento devemos desejar trazer para a nossa vida as verdades encontradas ali, sabendo que essas podem ser aplicadas em qualquer realidade. A obediência é o ponto inicial. Se não crescermos em obediência jamais veremos a expansão do Reino de Deus que está atrelado ao senhorio de Cristo. Somente um estilo de vida que produz frutos pode glorificar a Deus. Para sermos verdadeiramente embaixadores de Cristo, levando a mensagem de salvação, precisamos obedecer. “Se não há obediência, não há crescimento”. João 15.16: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem ______________, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome”.

João 15.8: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus ___________________________”. Mateus 28.19: “Portanto, ___________ e _________________ discípulos de todas as nações, _________________________ em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. 2 João 1.6: “E este é o amor: que andemos em __________________________ aos seus mandamentos. Nada adiantará mudar a estrutura de nossas igrejas se não houver primeiro uma mudança em nossa maneira de compreender e viver os princípios do Novo Testamento. Você considera que tem crescido na compreensão desses princípios? ______________

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

A FONTE DE AUTORIDADE PARA A IGREJA A fonte de autoridade para a igreja de Cristo não é a experiência nem a nossa tradição ou tradicionalismo, tampouco a razão; mas sim a Palavra de Deus. A visão da Igreja Multiplicadora não está baseada na experiência Nunca esqueça que o nosso Deus opera na sua multiforme (não uniforme) graça. 1 Pedro 4.10: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas _______________________ formas”. Nessa passagem, a Palavra esclarece que o nosso Deus tem maneiras diferentes de agir. Ele quer nos ensinar como Ele espera que coloquemos a Sua vontade em prática onde estamos. A experiência tem o seu valor, mas a maneira como Deus agiu em sua vida ou igreja pode não ser a única forma como Ele age ou deseja agir em outros lugares ou outras épocas. Veja os exemplos de Jesus ao curar: Marcos 8.23: “Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Depois de ________________ nos olhos do homem e _________________________ as mãos, Jesus perguntou: Você está vendo alguma coisa?”. Marcos 10.51-52: “O que você quer que eu lhe faça?, perguntou-lhe Jesus. O cego respondeu: Mestre, eu quero ver! – Vá, disse Jesus, a sua fé o curou. ____________________________ ele recuperou a visão e seguia a Jesus pelo caminho”. João 9.6: “Tendo dito isso, ele cuspiu no chão, misturou ________________ com _________________ e aplicou-a aos olhos do homem”. Veja que em cada circunstâncias Jesus agiu de forma diferente conforme sua multiforme graça. Assim também Ele faz com a igreja até os dias de hoje. A visão da Igreja Multiplicadora não está baseada na tradição ou no tradicionalismo Jaroslav Pelikan afirma que: “Tradição é a fé viva daqueles que já morreram. Tradicionalismo é a fé morta dos que ainda vivem”. A tradição é a transmissão de nossas doutrinas e práticas biblicamente sadias para as próximas gerações. Mas o tradicionalismo é apegar-se a métodos e costumes como se fossem eternos. Todas as vezes que valorizamos mais os métodos do que os princípios por trás deles, estamos, na realidade, valorizando mais o tradicionalismo do que a nossa verdadeira história. Muitos ainda olham com suspeitas para os pequenos grupos nas casas, visto que por longos anos a igreja centralizou suas atividades no “templo” e na figura do pastor. Por esse motivo, temos muita dificuldade de pensar uma maneira diferente de vivermos como igreja. O Novo Testamento, que é a nossa regra de fé e prática, apresenta um modelo de ser igreja que impactou o mundo da época. Leia o livro de Atos e observe como podemos aprender com aqueles irmãos com relação ao seu estilo de vida. Você considera que tem vivido com base no tradicionalismo ou na tradição? Faça uma análise da sua vida cristã e ore pedindo a Deus que te ajude a agir com base nos princípios eternos de sua Palavra.

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

A FONTE DE AUTORIDADE PARA A IGREJA (PARTE 2) A visão da Igreja Multiplicadora não está baseada na razão O pragmatismo tem penetrado profundamente nas igrejas evangélicas, produzindo um estrago tremendo. Será que devemos usar certas coisas no culto e na vida cristã apenas porque elas funcionam? Ou vamos usar porque são bíblicas? O pragmatismo abre o caminho para outros erros e nos fará pensar que os fins justificam os meios. Planejamento estratégico, marketing, estatísticas e gráficos podem ser ferramentas úteis, mais jamais devem se sobrepor à ação do Espírito Santo. Um crescimento numérico não gerado pelo Espírito estará longe de ser uma real multiplicação de discípulos. Precisamos tomar cuidado para que o pragmatismo não nos leve a buscar crentes clientes, consumidores, que procuram apenas satisfação pessoal, sem compromisso com o verdadeiro discipulado. Provérbios 3.5: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se ______________ em seu próprio entendimento”. Provérbios 3.7: “Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao ______________ e evite o mal”. Zacarias 4.6: “Esta é a palavra do Senhor para Zorobabel: Não por força nem por violência, mas pelo meu ____________________, diz o Senhor dos Exércitos”. A fonte de autoridade para a visão de Igreja Multiplicadora é a Palavra de Deus

O que está em pauta é olharmos para o Novo Testamento e adotarmos em nosso viver diário os princípios ali encontrados. É muito mais que termos um programa de oração: é termos uma vida de oração. É mais que um programa de evangelismo e discipulado, é fazermos discípulos intencionalmente como nosso estilo de vida. É mais do que um programa social, é o exercício da compaixão e graça como expressão da vida de Deus em nós. Por isso, reafirmamos que a base da autoridade para a Igreja Multiplicadora é a Palavra de Deus, pois tudo isso era vivido pela igreja primitiva. Sermos bíblicos não é só uma questão de termos as doutrinas corretas, mas de termos as práticas corretas. Infelizmente temos muitas atitudes dentro de nossas igrejas locais que não se assemelham às da igreja do Novo Testamento. John Scott Horrell nos chama a atenção para esse fato: “Dizemos, como cristãos, que a Bíblia, em especial o Novo Testamento, é o fundamento da nossa fé e de nossa prática nas igrejas locais. Contudo nossa herança eclesiológica, como conduzimos a igreja com todas as nossas tradições e estruturas, revela uma mistura de práticas, algumas das quais encontramse, de maneira considerável, fora do domínio do Novo Testamento”. Atos 4.32: “Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração”. Esse é um chamado ao retorno às Escrituras e à forma bíblica de vivenciar a vida cristã como Corpo de Cristo.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

QUE É SER IGREJA? Uma igreja baseada unicamente em sua estrutura e em seus programas tem no prédio – e não nas pessoas – o seu centro de gravidade. Precisamos resgatar o conceito de que a igreja somos nós. 1 Coríntios 3.16: “Vocês não sabem que são _____________________ de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?”. 1 Coríntios 6.19: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do _____________________ que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?”. 1 Coríntios 12.27: “Ora, vocês são o ______________ de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo”. Colossenses 1.24: “Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a ____________________”. Segundo a Bíblia, as principais funções da igreja são adorar a Deus e cumprir a Grande Comissão. A igreja deve glorificar ao Senhor em todas as suas ações. Paulo disse: I Coríntios 10.31: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a _________________________________________.” Efésios 1.6,12,14: “Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o __________ da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. [...] a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o ____________ da sua glória. [...] que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o _____________ da sua glória”. O Senhor Jesus foi claro em dizer que a nossa missão é ir em busca do mundo perdido e fazer discípulos. Igrejas Multiplicadoras são resultado de vidas multiplicadoras. Mateus 28.19-20: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ___________________. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Para que isso aconteça hoje, também é necessário um líder liberador dos ministérios dos irmãos, um líder multiplicador. O princípio bíblico para a função pastoral e demais ministérios da igreja é que esses sirvam para treinamento e capacitação, conforme Paulo ensina: Efésios 4.11-12: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, _____________________ de preparar os santos para a obra do ______________________, para que o corpo de Cristo seja edificado”.

É tempo de desfrutarmos da mutualidade e da vida em comunidade tanto nas grandes celebrações quanto de casa em casa. Vamos orar e pedir a Deus que o nosso exemplo de vida contagie e provoque transformação nas pessoas ao nosso redor.

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

O QUE É SER IGREJA (PARTE 2)

Earle E. Cairns afirma que: “A igreja no Novo Testamento está ligada com um grupo de pessoas que acreditavam em Cristo. Eles geralmente se reuniam numa casa (Atos 12.5,12; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm 2) e não se consideravam uma organização ou denominação”. Quando falamos no retorno aos princípios neotestamentários, isso está diretamente relacionado com a missão de alcançar pessoas, não em construir estruturas; muito mais com relacionamentos do que com programas. Atos 12.5,12: “Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja ________________ intensamente a Deus por ele. [...] ele se dirigiu à ______________ de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muita gente se havia reunido e estava orando”. Romanos 16.3,5: “Saúdem Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus. [...] Saúdem também a _______________ que se reúne na _____________ deles”.

Colossenses 4.15: “Saúdem os irmãos de Laodiceia, bem como Ninfa e a ______________ que se reúne em sua ______________”. Filemom 2: “à irmã Áfia, a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à ____________ que se reúne com você em sua _______________”. O propósito de Jesus era que estivéssemos livres para experimentar e compartilhar o seu amor na vida comum. O nosso jeito de ser igreja tem que estar conectado com o que Jesus nos ensinou. A declaração doutrinária dos batistas brasileiros assim afirma: “Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”. A igreja de Cristo nasceu intencionalmente: Mateus 16.18: “...edificarei a minha ____________, e as portas do inferno não poderão vencê-la”. É um povo, um ajuntamento de pessoas redimidas pelo sangue do Cordeiro. Os discípulos entenderam isso e se mantiveram obedientes à ordem do Mestre. Atos 2.44: “Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum”. O resultado foi um grande progresso da igreja. Os discípulos impactaram o mundo da sua época. Viviam em unidade e estavam firmados na convicção do Cristo vivo. Eram perseverantes no ensino, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Tinha tudo em comum e muita alegria no coração. Isso tocava os de fora. Muitas pessoas conheceram o Cristo ressurreto por intermédio do estilo de vida deles.

Querendo ou não, há um contraste gigantesco entre o estilo de vida da igreja primitiva e o nosso. E não é porque estamos a séculos de distância, mas porque deixamos de lado os princípios e abraçamos a construção e a manutenção de estruturas como a nossa missão mais essencial. Infelizmente, temos hoje uma vida cristã voltada para consumir programas dominicais. “Vamos” à igreja muito mais do que “somos” a igreja.

O nosso conceito de igreja está bem fundamentado na Palavra. Mas uma coisa é saber, outra é viver. Reflita sobre como a igreja deve ser e como deve se expressar no dia a dia.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

COMO NOS TORNAMOS UMA IGREJA BASEADA EM PROGRAMAS? Como já observamos nas Escrituras, a igreja nasceu intencionalmente como projeto de Deus. Logo após a ascensão de Jesus, com o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, quando estavam reunidos 120 discípulos (Atos 1.15), houve a pregação do evangelho e 3.000 pessoas se converteram (Atos 2.41). Mais uma pregação de Pedro e outros 5.000 se convertem (Atos 4.4). Em pouco tempo eles não podiam mais ser contados (Atos 5.14). A igreja crescia (Atos 2.47), mesmo sob perseguição:

Atos 8.1: “Naquela ocasião desencadeou-se grande _____________________________ contra a ___________________ em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria”. Muitos cristãos tiveram que abandonar suas próprias casas a fim de salvar suas vidas, mas tal perseguição também provocou o avanço da igreja por onde quer que os cristãos andavam, chegando a expandir-se em todo império: “...Esses homens que têm causado alvoroço por todo o ______________, agora chegaram aqui” (Atos 17.6). A partir do século III, houve uma mudança radical no conceito e no funcionamento da igreja. Constantino (274-327 d.C.) já imperador nos territórios que hoje conhecemos como França e Inglaterra, em 312 d.C. expandiu seu reinado no Oeste quando venceu a batalha de Milvia contra seu inimigo Maxentius. Ele teve uma visão de uma cruz no céu com as seguintes palavras em Latim: “com esse sinal vencerás” (Earle Cairns, O Cristianismo Através do Séculos, p.100). Ele atribuiu sua vitória ao Deus cristão e conduziu o Império Romano pela primeira vez à uma política pró cristã. Em 313 d.C. juntamente com o imperador Licinius (naquela época haviam 2 imperadores romanos, um no oeste e outro no leste do império) formularam o Edito de Milão que introduziu uma política de tolerância ao Cristianismo. Somente em 380 d.C., o imperador Teodósio I baniu o paganismo e elevou o cristianismo ao status de religião oficial do império. Assim, com o fim da perseguição e a institucionalização do cristianismo, a igreja tinha mudado de reuniões regulares nas casas para quase exclusivamente em prédios especiais. Algumas distorções começaram a acontecer a partir daí, como menciona William A. Beckham:      

O cristianismo se alinhou com os sistemas políticos; Líderes profissionais passaram a dominar a estrutura da igreja; A liderança servidora deu cada vez mais lugar ao autoritarismo; A igreja se amoldou gradativamente ao mundo ; A igreja passou para a defensiva em vez de permanecer na ofensiva; Os grupos pequenos se tornaram suspeitos aos olhos do governo e declinaram.

Com todas essas mudanças o condicionamento da igreja a quatro paredes foi inevitável. A espiritualidade deu lugar à religiosidade. A disposição em forma de círculo em pequenos grupos foi substituída pelas fileiras de banco. O relacionamento intenso entre irmãos deu lugar ao contato de porta de templo. Um número pequeno de membros passou a trabalhar enquanto a maior parte tornou-se mera consumidora. A organização sufocou o organismo. Agora pare por um instante e leia o Apêndice 1 no final da apostila – Parábola da igreja de duas asas. Após ler o texto, se você está disposto,

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UMA IGREJA BASEADA EM PRINCÍPIOS “As igrejas são organizações cuja missão é estabelecer e estender o reino. Elas fazem isso: 1- Testemunhando das verdades históricas do Novo Testamento; 2- Proclamando o evangelho a todas as nações; 3- Pela exibição e divulgação dos princípios do cristianismo.” (Geo.W. MacDaniel)

A Igreja Multiplicadora é uma comunidade local onde todos os membros, vivenciando os princípios apresentados na Palavra de Deus, têm por objetivo glorificar a Deus e cumprir a Grande Comissão presente em Mateus 28.18-20. Algumas caraterísticas acompanham os líderes de igrejas assim:  O líder é um homem de oração “Busquemos ao Senhor logo cedo. Se o meu coração for temperado com a sua presença logo cedo, ele terá aroma de Deus durante o dia todo. Encontremos com Deus antes que nos encontremos com qualquer outra pessoa” (Horatius Bonar) Efésios 6.18: “Orem no Espírito em _____________ as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e ______________________ na oração por todos os santos”.

 O líder é servo Filipenses 2.8: “E, sendo encontrado em forma humana, __________________a si mesmo e foi _________________ até à morte, e morte de cruz!”. 1 Pedro 4.10: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros...”. Líderes de uma igreja que vivenciam os princípios bíblicos, antes de motivarem os que estão ao seu redor a terem uma vida de oração e serviço, são os maiores exemplos. A vida de Cruz é a vida de quem livremente aceitou ser servo.  O líder é um treinador Embora o Senhor chame pessoas para uma função diferenciada de liderança no Corpo de Cristo, pastores e membros são iguais em valor diante dele e perante o mundo. A formação de liderança deve ser prioridade no ministério do pastor e demais ministros da igreja. A capacitação do povo de Deus para o serviço glorifica a Deus. Efésios 4.11-13: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de _______________ os santos para a obra do ____________________, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à ____________________, atingindo a medida da plenitude de Cristo.

Temos diante de nós o grande desafio de fazermos da igreja uma oportunidade para as pessoas encontrarem abrigo e apoio diante de tantos dilemas do seu dia a dia. Mas também um lugar de treinamento e capacitação para o serviço a Deus.

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UNIDADE E MUTUALIDADE Mutualidade é a prática do “uns aos outros” – expressão essa que de tão importante é repetida várias vezes no Novo Testamento. Veja alguns:  Suportar e perdoar uns aos outros – Efésios 4.2,32  Ser hospitaleiro e aceitar uns aos outros – Romanos 15.7; 1 Pedro 4.9  Consolar e ter cuidado uns dos outros – 1 Coríntios 12.25; 1 Tess. 4.18  Sujeitar-se uns aos outros – Efésios 5.21  Não julgar uns aos outros – Romanos 14.13  Ensinar e aconselhar uns aos outros – Colossenses 3.16  Saudar uns aos outros – Romanos 16.16  Confessar as culpas e orar uns pelos outros – Tiago 5.16

 Não irritar, mentir ou ter inveja uns dos outros – Col. 3.9; Gálatas 5.26  Levar as cargas uns dos outros – Gálatas 6.2  Servir uns aos outros – Gálatas 5.13  Ter o mesmo sentimento uns para com os outros – Romanos 15.5  Amar uns aos outros – João 13.34,35 Quando pensamos em relacionamentos discipuladores, pensamos na prática dessa mutualidade como geradora de verdadeira comunhão e edificação na vida da igreja. Essa é a forma de expressar hoje os princípios do Novo Testamento. Não podemos mudar uma estrutura sem mudar os valores. Mais uma vez afirmamos: o que precisamos não é de um programa novo e sim de uma prática nova. É ressaltar os valores neotestamentários do cuidado, da intercessão, do zelo, do ensino da Palavra e da solicitação de contas em uma vivência em pequenos grupos que se multipliquem. É muito mais do que falar de amor. É o partir do pão, as orações, a adoração e tudo isso com simplicidade de coração, como era no princípio. As verdades de Deus não mudam. Aquilo que éramos no Novo Testamento é o desafio que temos para hoje. Não diríamos que a forma atual de ser igreja está errada, mas está incompleta. A celebração no culto é maravilhosa, mas está faltando o “de casa em casa”. Uma coisa não exclui a outra. Nesse tempo de tanto individualismo, precisamos abrir nossa casa para receber as pessoas, pois ao abrirmos a nossa casa, abrimos a nossa vida. Podemos vivenciar a oração, a evangelização discipuladora, a plantação de igrejas, a formação de líderes, compaixão e graça. A Igreja Multiplicadora facilita essa vivência a partir dos Relacionamentos Discipuladores (RD’s) e dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGM’s). Isso é possível! Em Deus faremos proezas! Salmos 60.12 e 108.13: “Com Deus conquistaremos a vitória, e ele pisará os nossos adversários” ou “Em Deus faremos proezas, pois ele calcará aos pés os nossos inimigos” (AA). O inimigo de Deus não pode resistir à força da unidade em Cristo.

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O JEITO BÍBLICO DE SER IGREJA Uma igreja baseada em princípios tem o SER como mais importante que o TER. Manter uma visão bíblica de discipulado é fundamental. Discipulado é muito mais do que o ensino cognitivo. Discipulado é a transmissão de verdade e de vida. Discipular é partilhar a própria vida. Temos que admitir que muitas vezes estamos mais focados em nossas ações e em nossos programas do que em Cristo. Queremos resolver tudo na base de adicionarmos novas programações, gerando ainda mais ativismo. Mas isso nos traz sobrecarga. Retornar ao jeito bíblico de ser igreja começa com rever a nossa prática dos princípios. Fazer da Grande Comissão o centro da nossa missão e o ponto de convergência de todos os princípios neotestamentários é fundamental para um movimento de retorno sem acidentes. Nossa cultura de ativismo constante tem produzido mais “martas” do que “marias” (Lucas 10.38-42). As duas irmãs representam dois modelos de relacionamento com o Senhor. A igreja do século XXI apresenta características semelhantes aos dois. Na maioria dos casos somos mais parecidos com Marta do que com Maria. Estamos mais preocupados com o fazer para Deus do que o estar com Deus. Priorizamos nossas realizações e não o nosso relacionamento com Cristo. William A. Beckham descreve bem esses dois modelos: Modelo Marta: Realizações para Cristo

Modelo Maria: A pessoa de Cristo

 Realize o serviço para Cristo  Espere que outros ajudem você a fazer algo para Cristo  Faça alguma coisa acontecer para Cristo  Prepare-se para a presença ou vinda de Cristo  Organize tudo de maneira agradável a Cristo  Coordene a agenda de Cristo  Esteja tão ocupado para o Senhor a ponto de se distrair  Veja Cristo apenas de passagem, enquanto você faz seu trabalho  Reclame para Cristo acerca do serviço dos outros  Cumpra sua tarefa mesmo que os relacionamentos sofram  Acima de tudo, focalize o que é secundário

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Entre na presença de Cristo Assente-se aos pés de Cristo Olhe para a face de Cristo Ouça a voz de Cristo Receba o poder de Cristo Espere Cristo curar todas as tuas feridas Sinta o toque suave de Cristo Descanse no amor de Cristo Seja uma criança nos braços de Cristo Usufrua a liberdade de Cristo Entregue o medo a Cristo Lave os pés de Cristo (João 13.1-8) Realize a vontade de Cristo, transborde da presença dele Acima de tudo, focalize o que é melhor

De nada adianta sermos fazedores para Cristo se não tivermos antes de tudo um relacionamento íntimo com Ele. Faça uma reflexão: Você tem sido como Marta ou como Maria, depois ore.

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UMA IGREJA PERSEVERANTE Apocalipse 2.2: “Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança”. Uma das principais marcas da igreja de Éfeso era a perseverança. Era também uma comunidade com discernimento espiritual e muito zelo doutrinário, possivelmente por causa da formação discipular tão bem alicerçada na Palavra de Deus por intermédio de Paulo e Timóteo. Jesus Cristo elogiou a igreja de Éfeso por:  Trabalhar com afinco;  Perseverar com paciência;  Não tolerar pessoas más;  Questionar e não aceitar os falsos apóstolos. Todas as nossas igrejas deveriam ter essas características, e grande parte tem. Porém mesmo sendo detentores de tais características não estamos impedidos de, em algum momento, nos afastarmos daquilo que o Senhor Jesus espera de nós como igreja. O Senhor mostrou que aquela igreja necessitava mudar. O cenário era que os membros daquela igreja faziam muitas coisas, estavam muito ocupados, mas haviam perdido a essência do amor cristão. Por isso Jesus os exorta: Apocalipse 2.4-5: “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu ____________________ amor. Lembre-se de onde caiu! ____________________ e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. Essa é uma mensagem muito relevante para os nossos dias. Temos vivido momentos como a igreja de Éfeso, marcadas pelo labor, pela perseverança e pelo extremo cuidado pela Palavra de Deus, mas que muitas vezes têm demonstrado sinais de perda do primeiro amor. Nossas igrejas são fortes, sólidas e bonitas, mas frequentemente apresentam um estilo de vida consumidor de programas, deixando de lado as prioridades da Grande Comissão, da prática dos mandamentos mútuos. O que temos que fazer? Jesus já apontou o caminho: temos que nos lembrar de onde caímos, nos arrepender e retornar aos princípios do Novo Testamento. Mas, como podemos fazer essa curva de retorno? A implementação da visão de Igreja Multiplicadora pode ajudar. Os

quatro pontos Multiplicadora:

principais

de

implementação

da

 Estrutura  Estratégia

 Visão  Princípios Esses pontos necessitam ser respeitados, pois, caso contrário, podemos não ser bem-sucedidos. Vamos estudar cada um em seguida. Agora ore por todo o processo de implementação.

Igreja

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OS DEZ MANDAMENTOS DA IMPLEMENTAÇÃO I - Ore sem cessar – confie que o Espírito Santo de Deus vai direcionar todo o processo de implementação. II - Não delegue a visão – não transfira sua parte no processo de implementação para outros. III - Seja exemplo – viva o que prega antes de ministrar aos outros. IV - Faça o diagnóstico de sua realidade – conheça o lugar onde você está. V - Tenha uma visão clara do ponto aonde você deve chegar – defina o foco de suas ações. VI - Forme discípulos multiplicadores – invista tempo em sua liderança. VII - Concentre-se na mudança de princípios – estruturas são adaptáveis e seus ajustes serão a médio e longo prazo. VIII - Não crie uma expectativa irreal – não tenha pressa, pois os resultados virão no tempo de Deus. IX - Não confunda as coisas – a visão de Igreja Multiplicadora é o resgate de princípios bíblicos, não um modelo de igreja. X - Não tenha medo de crescer – O Senhor nos convida a dar muito fruto. 1 Tessalonicenses 5.17: “Orem ________________________________________”. Mateus 7.7: “Peçam, e lhes será ______________; busquem, e _____________________; batam, e a porta lhes será ___________________”. João 15.8: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem ______________ fruto; e assim serão meus discípulos”. Provérbios 16.3: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão _____________________________”. Isaías 54.2: "Alargue o lugar de sua tenda, estenda bem as cortinas de sua tenda, não o impeça; estique suas cordas, firme suas estacas. Pois você se estenderá para a ________________ e para a ___________________; seus descendentes desapossarão nações e se instalarão em suas cidades abandonadas”. Mateus 16.16-18: “Simão Pedro respondeu: "Tu és o _______________, o Filho do Deus vivo“. Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha __________________, e as portas do Hades não poderão vencê-la”. Mateus 28.20: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Temos o mandamento. Temos a promessa. Temos o caminho. Temos o Senhor. Nada nos falta.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA 4 PONTOS PRINCIPAIS MULTIPLICADORA

DE

IMPLEMENTAÇÃO

DA

IGREJA

1º PONTO – PRINCÍPIOS É bom recordarmos que estamos na contramão de muitos séculos de história e isso demanda uma ampla reflexão sobre quem somos como igreja e qual a nossa missão. Por isso, não subestime a dificuldade de estabelecer princípios. Por muitas gerações, a nossa matriz eclesiástica tem sido um modelo de adição e não de multiplicação. Estamos acostumados a combater a numerolatria, ou seja, a supervalorização dos números e, em contrapartida, caímos no oposto – a numerofobia – a aversão aos números, à multiplicação. Retornar aos princípios é poder olhar para João 15 (leia) e entender que o Senhor é glorificado quando damos muitos frutos. Esse é um grande privilégio que temos como filhos de Deus: fomos eleitos em Cristo para frutificar, para dar frutos que permaneçam! Mas não haverá uma grande produção de frutos se o nosso coração não estiver inflamado por Jesus como estava o dos nossos irmãos neotestamentários.

Precisamos resgatar o princípio da evangelização discipuladora, para alcançarmos muitas pessoas e cuidarmos delas assim como Barnabé cuidou de Paulo, investindo em sua vida. João 15.6-8: “Se alguém não _____________________ em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se vocês ___________________________ em mim, e as minhas _____________________ permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem ____________________________; e assim serão meus discípulos”. Outro ponto essencial é a convicção de que todos os cristãos são ministros e que a obra e o ministério podem ser desenvolvidos por todos. Se esse valor não tiver tomado o nosso coração, teremos muitas dificuldades em compreender os demais. Um dos nossos maiores desafios é a cada dia encurtar a grande distância que existe entre clérigos e leigos. Precisamos saber e colocar em prática que todos podemos fazer novos discípulos. Ao falar em princípios estamos nos referindo a convicções profundas que influenciam toda a nossa vida, desde o nosso falar até o nosso agir. Paramos e olhamos para Jesus e perguntamos? O que era importante para Ele? Uma forma de obter essa resposta é perceber quais os valores que Ele transmitiu para os seus discípulos e que foram absorvidos e praticados por eles de tal forma que impactaram o mundo da época. Vamos fazer uma pequena comparação entre as igrejas do Novo Testamento e as igrejas atuais. Baseado em Atos 2.42, responda: O que era importante para aquelas igrejas? O que é importante para as nossas igrejas? O cumprimento da Grande Comissão tem sido uma prioridade para nós como foi para a igreja primitiva? Atualmente, estamos mais presos às estruturas ou temos vivenciado o evangelho simples diariamente? Por esta pequena avaliação já percebemos que precisamos encurtar a distância entre o discurso e a prática, mas podemos retornar. Por certo, olhar para Jesus e estudar as igrejas do Novo Testamento tem gerado uma visão em seu coração, um desejo ardente de viver esses princípios de maneira efetiva em seu dia a dia. Vamos, então, ao segundo passo: a visão.

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PONTOS PRINCIPAIS MULTIPLICADORA

DE

IMPLEMENTAÇÃO

DA

IGREJA

2º PONTO – VISÃO Quando usamos a palavra VISÃO, nos referimos a esse desejo abrasado em nosso coração que aponta para onde queremos e devemos chegar. É algo que nos motiva. O termo nos remete a um dos cinco sentidos fundamentais que possuímos. Ao lado da audição, do olfato, do paladar e do tato, a visão envolve uma interação com o ambiente. Não estamos falando de visão como um método de crescimento da igreja. Para nós VISÃO é aquilo que enxergamos à nossa frente como fruto do desejo de vivenciar os princípios bíblicos. É onde queremos e devemos chegar. Podemos enumerar alguns desses objetivos: Glorificar a Deus Multiplicar discípulos e igrejas Cumprir a Grande Comissão

Formar líderes

Orar abundantemente

Ser relevante na comunidade

Com certeza, essa é uma lista maravilhosa, mas queremos resumir todos os pontos em uma única frase: Nossa visão é GLORIFICAR A DEUS E CUMPRIR A GRANDE COMISSÃO. Então é aqui que entra o papel do pastor como instrumento nas mãos do Senhor para mostrar ao seu povo o caminho a ser seguido. Visão não se delega, é o pastor o responsável em mostrar o caminho que a igreja deve trilhar, isso vai gerar confiança na igreja. A visão tem que ser clara tanto para o líder quanto para os seus liderados. Ter uma visão clara e ir em busca dessa visão é um projeto de vida. John Maxwell afirmou: “Qualquer um pode pilotar um barco, mas só um líder sabe traçar o percurso”. Algumas atitudes do líder na aplicação da visão:  O líder deve estar próximo dos seus liderados – Marcos 5.37: “E não deixou ninguém segui-lo, senão ______________________________________________”.  Deve pastorear e amar a todos – 2 Timóteo 2.24: “Ao servo do Senhor __________________________ brigar, mas, sim, ser _____________________ para com todos, apto para ensinar, paciente”.  Ter foco e perseverança nas ações – Se já elegemos como nosso objetivo final glorificar a Deus cumprindo a Grande Comissão, tudo o que fizermos tem que convergir para isso. A perseverança sem foco é inútil e só traz desgaste. A perseverança que queremos é aquela que mantém acesa a visão em meio às lutas, na certeza de que estamos no caminho certo. Ore nesse momento dispondo-se diante de Deus para ser um cooperador e um apoiador do seu líder nessa caminhada pelo cumprimento da GRANDE COMISSÃO.

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PONTOS PRINCIPAIS MULTIPLICADORA

DE

IMPLEMENTAÇÃO

DA

IGREJA

3º PONTO – ESTRATÉGIA A estratégia é o caminho que todos nós devemos percorrer para colocar em prática os princípios bíblicos. Como chegamos lá? É hora de apresentar de maneira clara o que se espera de um discípulo de Jesus. Muitas vezes, como discípulos de Jesus, queremos agir apenas de acordo com os nossos desejos. Porém, no fundo, fica uma pergunta: o que desejamos é o que verdadeiramente necessitamos, o que Jesus realmente espera de nós? Precisamos saber definir com clareza o que é DESEJO e o que é NECESSIDADE à luz da vontade de Deus. Nós já temos uma missão definida, que é fazer DISCÍPULOS. Por isso, devemos colocar o foco nela e não em oferecer às pessoas o que elas querem. Quais são as práticas de vida cristã que devem estar presentes em nossa vida para cumprirmos a missão? O que se espera de um discípulo multiplicador? Ter Vida Devocional

O que se espera de um discípulo multiplicador?

Ser Testemunha de Cristo

Estar integrado ao Corpo

Vamos destacar cada um desses pontos:  Ter vida devocional – hora silenciosa Precisamos resgatar o valor do tempo devocional com Deus. É por intermédio de experiência diária com Deus, lendo a Palavra, orando e ouvindo a Deus que todo discípulo de Jesus cresce na sua vida cristã. A igreja precisa de homens e mulheres a quem o Espírito Santo possa usar, homens e mulheres de oração, fervorosos e comprometidos com o Senhor. Atenção!!!!! Tudo começa com um tempo de encontro diário com Deus. Intensifique a sua intimidade com Ele.

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PONTOS PRINCIPAIS MULTIPLICADORA

DE

IMPLEMENTAÇÃO

DA

IGREJA

3º PONTO – ESTRATÉGIA (CONTINUAÇÃO)  Como discípulos de Jesus, também somos chamados à santidade. 1 Pedro 1.16: “pois está escrito: "Sejam ______________, porque eu sou __________”. Com um relacionamento íntimo com o Senhor estaremos cada dia mais sensíveis à sua voz. O discípulo de Jesus também se torna sensível ao pecado que, para muitos, é algo comum.  Estar integrado ao Corpo Outro ponto muito importante para o crescimento do cristão é o discípulo estar integrado à igreja, ao Corpo de Cristo. Estar integrado pressupõe estar envolvido com as ações empreendidas pela igreja. Numa Igreja Multiplicadora, essa integração se dá da seguinte forma:

 Participando de um Pequeno Grupo Multiplicador (PGM) Viver no contexto de um pequeno grupo ajuda o discípulo a aplicar os princípios aprendidos. Todos os membros da igreja devem ser motivados a vivenciar o “de casa em casa”. É no PGM que os relacionamentos serão aprofundados e o acolhimento acontecerá de forma eficaz. O PGM também é um espaço propício para o exercício dos dons espirituais. 1 Pedro 4.10: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir _________________, ministrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”.  Sendo um aluno da Escola Bíblica Discipular (EBD) A Grande Comissão nos ordena a proporcionar ensino bíblico a todos os discípulos. Mateus 28.20: “______________________ a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei...”. É importante que esse crescimento na Palavra seja vinculado à vivência dos relacionamentos discipuladores. Precisamos trazer para dentro da escola bíblica uma verdadeira revolução do cuidado, zelando e motivando-os a crescerem espiritualmente a cada dia. Também não podemos deixar de enfatizar que a escola bíblica deve ser um ambiente que potencialize a formação de novos líderes.  Participando dos cultos coletivos (celebração) Esse é o momento em que o discípulo poderá adorar a Deus em unidade com todo o corpo, num processo de edificação mútua. Hebreus 10.25: “Não deixemos de reunir-nos como _________________, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia”.  Ser testemunha de Cristo Este ponto é a força da visão da Igreja Multiplicadora: resgatar a prática neotestamentária de cada cristão fazer novos discípulos intencionalmente. Devemos aproveitar os relacionamentos que Deus nos presenteou para compartilharmos o evangelho com outras pessoas. Cada discípulo deve ser motivado a fazer um novo discípulo e também ser discipulado por alguém.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

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PONTOS PRINCIPAIS MULTIPLICADORA

DE

IMPLEMENTAÇÃO

DA

IGREJA

3º PONTO – ESTRUTURA Sempre estaremos “em obras”, trabalhando para ajustar a melhor estrutura a fim de executar os princípios do Novo Testamento em nossa realidade local. Podemos alterar o que for na estrutura, mas se nossa vida cristã não estiver focada em viver os princípios da Palavra de nada vai adiantar. Então, o que precisamos é ter foco em nossa vida cristã. Não é proposta da visão de Igreja Multiplicadora acabar com as estruturas. Ela não vem para acabar com o que já existe, mas para dar foco a partir da Grande Comissão, para que vivenciemos os princípios dentro e fora das organizações existentes. Agindo dessa maneira, nossas organizações serão fortes e multiplicadoras. É necessário entender que a organização é necessária, mas não é um fim em si mesma. Ela deve ser flexível e estar à disposição de Jesus Cristo, o Cabeça da igreja, por intermédio da atuação do Espírito Santo. É por isso que quando falamos de estrutura compreendemos que ela:     

É adaptável ao contexto; Está relacionada à disponibilidade das pessoas; Deve ser mais simples; É menos importante do que os princípios; Deve ser constantemente avaliada à luz da Grande Comissão

Algumas áreas da vida da igreja são essenciais para o cumprimento da missão dada a nós pelo próprio Senhor. Dentre essas áreas estão as cinco funções básicas da igreja: adoração, ensino, evangelismo, comunhão e serviço. Pensando nisso foi que nossa igreja se estruturou em torno desses ministérios, além dos ministérios que atendem aos diferentes perfis dos membros: crianças, jovens e adolescentes, homens, mulheres e terceira idade. A partir desses dez ministérios-base muitos outros ligados a eles são formados e podem surgir ao longo do tempo, como família, intercessão, aconselhamento etc. Nosso desejo é prosseguir mantendo a estrutura a serviço da edificação do Corpo de Cristo e da salvação de muitos.

Nunca se esqueça que a sua base será sempre a vida comunitária da igreja, equilibrada entre o grande e pequeno grupo. Esperamos que muitas vidas sejam alcançadas, novos líderes treinados, igrejas plantadas e, assim, que a nossa nação seja impactada pelo poder do evangelho. Como bem resume Paulo: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA QUINTA SEMANA – DIA 1* O PRINCÍPIO DA ORAÇÃO 1 – ORAÇÃO COMO ESSENCIAL A Bíblia está recheada de orações e recomendações para que oremos de forma constante. A igreja de Atos entendeu a importância da oração e desde o seu início a teve como estilo de vida. Em Atos 1.14, nós encontramos a igreja buscando intensamente a presença do Senhor. “Todos eles se reuniam sempre em __________________, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus”. O resultado foi uma poderosa proclamação do Evangelho. Em Atos 2.42, Lucas relata sobre os nossos irmãos que “(...) perseveraram no ________________ dos apóstolos e na ________________, no partir do pão e nas ___________________. 2 – ORAÇÃO – DEFINIÇÃO E FUNDAMENTOS “Orar é conversar com Deus”. A oração é um diálogo, não um monólogo. Essa idéia pode ser vista em Êxodo 33.11: “E o Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo”. Orar é muito mais que pedir; é um hábito que se torna mais precioso a cada instante de nossa vida.

Para uma vida de oração são necessários alguns fundamentos. • Reconhecimento – é a parte do reconhecimento de que Deus é Deus e da nossa condição humana de pecadores que precisamos nos prostrar diante do Senhor, carentes da sua graça e misericórdia. • Intimidade – Ter intimidade com Deus é poder chamá-lo de “Pai”, e amar estar na presença d’Ele em qualquer circunstância. • Santidade – Nossos pecados nos impedem de orar. • Humildade – Orar é se prostrar diante de Deus em total submissão e reverência, literalmente como faz um escravo diante do seu senhor. Lucas 5.8: “Quando Simão Pedro viu isso, ______________________ aos pés de Jesus e disse: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um ________________ pecador! • Fé – Pequena palavra, grande desafio – Marcos 11.24: “Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, __________________ que já o receberam, e assim lhes sucederá”. • Submissão à vontade de Deus – Jesus, nosso exemplo de oração, submeteu-se à vontade de Deus. Lucas 22.42: “Pai, se ____________________, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha ____________________, mas a tua”. *As semanas 5 a 9 foram extraídas e adaptadas de Brandão, Fernando (org.). Igreja multiplicadora: cinco princípios bíblicos de crescimento. Rio de Janeiro: Convicção, 2014.

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O PRINCÍPIO DA ORAÇÃO 3 – IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO PARA A IGREJA MULTIPLICADORA É impossível exagerar quando falamos da oração como fator determinante para multiplicação de discípulos e de igrejas. Somente através da oração podemos receber o necessário enchimento do Espírito Santo para essa multiplicação. Ao falar sobre a importância da oração, não podemos deixar de mencionar sua relevância estratégica para a obra missionária: • A oração é essencial na evangelização – Precisamos estar dispostos a investir tempo em oração por conversões, pois só o Espírito Santo pode convencer as pessoas de seus pecados (João 16.8). • Deus liberta os cativos em resposta à intercessão do Seu povo – Através da oração, nós assumimos o papel essencial de parceria com Deus. O apóstolo Paulo disse: “(...) o deus dessa era _________________ o entendimento dos _________________, para que não vejam a luz do ___________________ da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4.4). Se quisermos que as pessoas sejam salvas, precisamos ter um programa intenso de intercessão. • Todo crente pode participar da obra missionária por meio da intercessão Efésios 6.18-19: “Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda ____________ e _______________; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por _______________________________. Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do ____________________”. Envolver toda a igreja na obra missionária em oração é uma questão estratégica. • Obreiros serão enviados aos campos como fruto da oração Jesus nos ensinou a orar por vocacionados Lucas 10.2: “E lhes disse: A colheita é grande, mas os ___________________________ são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita”. • A oração é uma poderosa arma para a batalha espiritual A vida cristã é uma grande batalha espiritual. A recomendação bíblica é que usemos a armadura de Deus: Efésios 6.10: “Finalmente, __________________________________ no Senhor e no seu grande poder”. Para concluir a estratégia de guerra é que Paulo exorta acerca da oração, conforme Efésios 6.18: “com toda oração e súplica...”.

Hora de praticar:    

Ore pelo relacionamento familiar dos missionários; pelo relacionamento saudável com as famílias locais; por novas amizades necessárias para que o trabalho avance; por mais trabalhadores para a Seara do Senhor.

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O PRINCÍPIO DA ORAÇÃO 4 – A VIDA DE ORAÇÃO DO LÍDER MULTIPLICADOR Na liderança de igrejas multiplicadoras é essencial que os obreiros tenham uma vida de íntima comunhão com Deus e que os novos crentes sejam ensinados sobre a necessidade de orar sempre e não desanimar. Quando colocamos este relacionamento em segundo plano não conseguimos ter êxito de maneira completa.

Para orar existe uma simples orientação: entre no seu quarto e fale com Deus! (Mateus 6.6) Algumas ferramentas úteis que favorecem um ambiente devocional diário: • Tenha um tempo agendado para orar – a oração deve ocupar a primeira linha dos compromissos de nossa agenda diária. • Use a Bíblia na oração – começando pelos Salmos e passando pelas belíssimas orações registradas na Bíblia. • Faça um registro diário de oração – vá anotando cada pedido de oração, as datas, os nomes e outros dados, servindo como um registro de fé e de respostas de oração. Escreva a sua oração; faça uma lista de pedidos; use obras devocionais; ore em família; tenha um companheiro de oração. Cartão Alvo de Oração

O Cartão Alvo de Oração é uma estratégia para manter a intencionalidade nos relacionamentos com o alvo de conduzir nossos amigos a Cristo. 1º Passo – Escreva o nome das pessoas no Cartão. Ore por elas todos os dias. 2º Passo – Assim que começar a orar, diga a cada uma delas que você está orando por elas. 3º Passo – Pergunte às pessoas de sua lista se há algum pedido especial.

4º Passo – Convide as pessoas para irem à sua casa a fim de compartilharem uma refeição. 5º Passo – Convide as pessoas para a reunião do seu PGM ou culto na igreja. 6º Passo – Se a pessoa mostrar desinteresse, desistir ou simplesmente recusar o seu convite, não desista dela, nem desanime. Continue orando.

Após receber o seu cartão alvo de oração, ore ao Senhor pedindo direção para escolher as pessoas do seu círculo de relacionamentos e comece a usar o seu cartão diariamente para orar por elas.

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O PRINCÍPIO DA ORAÇÃO 5 – SER UMA IGREJA QUE ORA E NÃO APENAS QUE FALA SOBRE ORAÇÃO Segundo Charles Lawles, existe uma enorme diferença entre igrejas que falam muito sobre a importância da oração e igrejas que oram. Nosso alvo não é apenas que a igreja entenda a importância da oração, mas efetivamente seja uma igreja que ora. Vejamos algumas estratégias possíveis: 5.1 Usar diariamente o cartão alvo de oração 5.2 Famílias que oram e grupos de oração – pode ser executada pelas famílias da igreja, que terão um horário para interceder em favor de seus parentes, amigos e vizinhos. 5.3 Cultos de oração e vigílias 5.4 Minuto que impacta e transforma – MIT – onde os membros poderão marcar um horário diariamente, ou três vezes por semana. 5.5 Campanhas de oração – a igreja escolhe um tema e um período para que todos orem especificamente sobre esse tema. 5.6 Mobilizações de oração nas redes sociais 5.7 Rede de intercessores – Na igreja local, o trabalho pode ser realizado por seus membros e também por pessoas de outras regiões que desejem ajudar nesse ministério. 5.8 Dez minutos de oração – mobilizar a igreja para ter pelo menos dez minutos de oração diária. 5.9 Caminhada de oração – a igreja local sai pelas ruas do bairro ou cidade intercedendo em favor das pessoas e famílias que ali residem para que Deus as liberte de suas superstições e venham a crer em Jesus. Após a caminhada, reúna a equipe para uma avaliação do trabalho e para ouvir as experiências. 6 – ORANDO POR MISSÕES Tiago 5.16: “A _______________ de um _______________ é poderosa e eficaz”. • Ore especificamente • Ore pela região, pelo Estado e pelo país onde os missionários atuam • Ore regularmente • Ore pelo ministério de cada missionário • Ore pelo relacionamento dos missionários com Deus • Ore pelo relacionamento dos missionários com suas famílias • Ore pela vida física, emocional e social da família missionária Lucas 18.1: “Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar ___________ e nunca ____________________”. Vamos praticar: ore agora ao Senhor pela obra missionária.

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O PRINCÍPIO DA ORAÇÃO Prática e revisão 1 – Relacione seu alvo de oração:

2 – Apresente uma definição de oração: _________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________________ 3 – Explique a importância da oração para uma Igreja Multiplicadora: _________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________________________________ 4 - Para uma vida de oração são necessários alguns fundamentos. Relacione no mínimo seis fundamentos. 1

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O PRINCÍPIO DA EVANGELIZAÇÃO DISCIPULADORA 1 – A EVANGELIZAÇÃO À LUZ DA GRANDE COMISSÃO Para construirmos uma definição de Evangelização Discipuladora precisamos entender primeiro o que é evangelização. Faremos isso através do exame do que são: a essência, o propósito, as motivações, a fonte de poder e o alvo da evangelização. 1.1 – A essência da evangelização Evangelizar é, por essência, anunciar o evangelho, torná-lo conhecido. Para que alguém se converta e se torne um discípulo de Jesus, é necessário que ouça o evangelho pelo menos uma vez e o compreenda, recebendo-o em seu coração pela fé. O apóstolo Paulo chamou a atenção para a essência da evangelização: 1 Coríntios 1.21: “...agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da ______________________”. 1.2 – O propósito da evangelização Quanto ao propósito, evangelizar é oferecer às pessoas uma oportunidade válida de crer em Jesus Cristo. Atos 3.19: “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam ________________________”.

1.3 – A motivação para a evangelização A Bíblia nos orienta a fazer tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31). O apóstolo Paulo parece considerar a evangelização, antes de tudo, como um ato de adoração, como explica em 1 Tessalonicenses 2.4: “pelo contrário, como homens __________________ por Deus, a ponto de nos ter sido _________________ por ele o evangelho, não falamos para agradar a pessoas, mas a Deus, que prova os nossos corações”. 1.4 – A fonte de poder para a evangelização A fonte de poder para a evangelização é o Espírito Santo. Atos 1.8: “Mas receberão ___________ quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas __________________ em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".

1.5 – O alvo da evangelização O alvo da evangelização é persuadir as pessoas a crerem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, de modo a serem acrescidas à igreja mediante a profissão de fé e batismo, iniciando o seu amadurecimento em santidade. Mateus 28.19-20: “Portanto, vão e façam ____________________ de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Por muito tempo, muitos crentes pensaram que evangelizar era uma tarefa só para aqueles que possuem o dom de evangelismo ou para os pastores. O estudo da Bíblia tem mostrado que essa é a missão de todos os discípulos de Jesus (Efésios 6.14-15). Portanto, sua missão!

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O PRINCÍPIO DA EVANGELIZAÇÃO DISCIPULADORA 2 – O DISCIPULADO À LUZ DA GRANDE COMISSÃO 2.1 – O discípulo e o discipulado Discípulo quer dizer aluno, aprendiz; aquele que aprende, que segue e se entrega ao ensino de alguém. Discipulado é o alvo da expressão imperativa de Jesus: “fazei discípulos”! O discípulo de Cristo pode ser assim definido: Toda pessoa que, sendo salva por meio da fé em Jesus Cristo, passa a seguilo como seu Senhor. 2.2 – As três dimensões do discipulado Primeira dimensão: CHAMAR A primeira atitude do discipulado praticado por Jesus foi, na maioria absoluta dos casos, chamar pessoas para segui-lo. Mateus 9.9: “Passando por ali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: ______________. Mateus levantou-se e o seguiu”. A primeira ação no sentido de fazer discípulos é chamar pessoas para seguir a Jesus. Segunda dimensão: AGREGAR Atos 2.41: “De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” (AA).

Naturalmente, a expressão “agregaram-se” traz implícita a integração das pessoas na comunidade dos crentes, o que deve acontecer com todo convertido. Terceira dimensão: APERFEIÇOAR Colossenses 1.28-29: “Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem ____________ em Cristo. Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim”. 2.3 – O discipulado multiplicador e o envio dos discípulos O envio do novo discípulo com a missão de fazer outros discípulos não é uma etapa do discipulado que tenha lugar somente depois do “agregar” ou do “aperfeiçoar”, mas uma consequência do próprio chamado para ser um discípulo, pois todo discípulo de Jesus é comissionado a ser um multiplicador desde o nascimento! Mateus 4.19: “E disse Jesus: Sigam-me, e eu os farei _______________ de homens”. 2.4 – Definição de discipulado O processo de fazer discípulos multiplicadores por meio do relacionamento intencional de um discípulo com outra pessoa visando tornar essa pessoa um novo discípulo de Jesus.

Você certamente já é um discípulo do Senhor Jesus. A pergunta apropriada agora é: você já se tornou também um discipulador? Se sim, como pode ampliar sua missão? Se não, qual o próximo passo a fim de tornar-se um discípulo multiplicador? ___________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________

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O PRINCÍPIO DA EVANGELIZAÇÃO DISCIPULADORA 3 – Definição de evangelização discipuladora Evangelização e discipulado precisam ser unidos debaixo da autoridade da Grande Comissão. O cumprimento da Grande Comissão exige a aplicação conjunta dessas duas forças: a transmissão de verdades e a transmissão de vida por meio de um relacionamento. 4 – O que a evangelização discipuladora implica

ORAR – antes de qualquer coisa precisamos orar. IR – Somos nós, os discípulos de Jesus, que temos que criar oportunidades, ir intencionalmente na direção do perdido, e não ficar esperando até que as circunstâncias estejam perfeitas. ANUNCIAR – a ação de anunciar pode ser ilustrada com uma flecha atingindo um alvo, em que a flecha é a mensagem do Evangelho e o alvo é o coração da pessoa perdida. Para que essa flecha chegue ao seu objetivo, é necessário:

Abordagem – a abordagem deve ser conforme a receptividade. Quanto menor a receptividade, maior a necessidade de utilização de estratégias de acesso. Linguagem – deve ser contextualizada – o conteúdo da mensagem deve ser fiel, mas prezando a clareza na comunicação. Vínculo – é a conexão que se busca estabelecer entre o evangelista e o evangelizado. Oração – é a base de tudo. As expressões “toda criatura” e “todas as nações” deixam claro que o público-alvo da grande comissão inclui todas as pessoas: nossos familiares, amigos, colegas e conhecidos. Assim, a evangelização discipuladora implica criar e aprofundar Relacionamentos Discipuladores (RD). Todo o processo de comunicação do evangelho deve estar aliado a uma intencionalidade de criação e aprofundamento de relacionamentos discipuladores. 5 – Relacionamento Discipulador (RD): chamar, agregar e aperfeiçoar Em Icônio, Paulo e Barnabé foram na sinagoga e anunciaram a Cristo de forma que muitos creram (Atos 14.1). Esta é a dimensão do chamar. Em seguida, os missionários investiram muito tempo ali “falando corajosamente do Senhor” (Atos 14.3). Fácil perceber que houve da parte dos missionários a preocupação de investir no Relacionamento Discipulador dos interessados. Do ponto de vista da igreja local, esta deve estar preparada para receber bem as pessoas que estão sendo discipuladas pelos seus membros e até mesmo os visitantes sem qualquer vínculo com a membresia, criando um ambiente de reconhecimento dessas pessoas, interação e receptividade. Essa é a dimensão do agregar. Por princípio, o relacionamento discipulador nunca termina, uma vez que todos os crentes precisam ser discipulados até o fim. Essa é a dimensão do aperfeiçoar. Vamos dar o primeiro passo?

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O PRINCÍPIO DA EVANGELIZAÇÃO DISCIPULADORA 6 – Elementos do Relacionamento Discipulador O relacionamento discipulador pode ser sintetizado em seis elementos que formam um acróstico com a palavra RAÍZES:

Relacionar-se pessoalmente, o que inclui encontros regulares; Agregar à igreja – o discipulador deve incentivar a participação do novo discípulo em um PGM e à membresia ativa na igreja local;

Interceder – a cada dia intensificar a intercessão para que o novo discípulo experimente uma verdadeira transformação; Zelar pela pessoa – o discipulador deve exercer compaixão pela pessoa discipulada, zelando por sua saúde espiritual, física, emocional, familiar e até financeira, sem, entretanto, assumir suas responsabilidades. O caminho é de instrução, jamais de manipulação.

Ensinar o evangelho e suas implicações – Colossenses 1.28-29: “Nós o proclamamos, advertindo e __________________ a cada um com toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim”.

Solicitar contas – o discipulador deve constantemente impulsioná-lo a avançar em seu conhecimento de Deus, que é o alvo principal, solicitando contas sobre a sua prática de oração e leitura bíblica e o cumprimento de pequenas tarefas estabelecidas de comum acordo. 7 – Rede de relacionamentos discipuladores Os líderes deverão iniciar o discipulado com outras pessoas e estas, por sua vez iniciarão com outras pessoas e, assim, forma-se a rede de relacionamentos discipuladores, conforme 2 Timóteo 2.2: “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens __________ que sejam também capazes de ensinar _______________________”. 8 – O Pequeno Grupo Multiplicador (PGM) Pequenos grupos não são uma novidade para os batistas brasileiros. Em 1988, o Plano Nacional de Evangelização (PNE) promovido por Missões Nacionais disseminou com grande aceitação a estratégia de pequenos grupos, então chamados Núcleos de Estudos Bíblicos (NEBs).

O PGM coopera com os cinco princípios da visão de Igreja Multiplicadora: oração, evangelização discipuladora, plantação de igrejas, formação de líderes, compaixão e graça. Podemos definir o Pequeno Grupo Multiplicador como: um pequeno grupo de pessoas que se reúne regularmente para glorificar a Deus por meio do fortalecimento de relacionamentos discipuladores e da multiplicação de discípulos. Um antigo paradigma de evangelização se apresenta para todos nós como Igreja de Jesus – aquele proposto por Ele mesmo através da Grande Comissão (Mt 28.19-20). A pergunta que se repete é: você está disposto a se tornar um discípulo multiplicador?

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O PRINCÍPIO DA EVANGELIZAÇÃO DISCIPULADORA Revisão e exercícios 1 – O que é um discípulo? _______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2 – Qual é o propósito da evangelização? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3 – Quais as três dimensões do discipulado? 1 -_________________________________________________ 2 -_________________________________________________ 3 -_________________________________________________ 4 – Quais os elementos do relacionamento discipulador chamado de Raízes? R- ___________________________________________________________________________________ A- ___________________________________________________________________________________

I- ____________________________________________________________________________________ Z- ___________________________________________________________________________________ E- ___________________________________________________________________________________ S- ___________________________________________________________________________________ 5 – O Pequeno Grupo Multiplicador (PGM) coopera com cinco princípios: 1 - ________________________________________________ 2 -_________________________________________________ 3 -_________________________________________________ 4 -_________________________________________________ 5 -_________________________________________________

6 – Complete a definição de PGM Um pequeno grupo de _____________________ que se reúne ________________________ para glorificar a Deus por meio do _________________________ de relacionamentos discipuladores e da __________________________ de discípulos.

Reserve um tempo para orar em favor das pessoas que o Espírito tem indicado a você para se tornarem seus RD’s.

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O PRINCÍPIO DA PLANTAÇÃO DE IGREJAS A plantação de igrejas é uma marca significativa na história e expansão dos Batistas no Brasil. Desde que os pioneiros americanos iniciaram as primeiras igrejas em solo brasileiro, o foco na plantação tem solidificado o avanço da obra missionária e o crescimento das igrejas. 1 – REVISANDO: O QUE É UMA IGREJA? O termo “igreja” (do grego ekklesia) é composto pela preposição ek (para fora) e a raiz kaleo (chamar), o que forma o significado literal de “chamados para fora”. Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. No decorrer do Novo Testamento, o termo toma o sentido mais específico de uma comunidade dos santos ou de um agrupamento de discípulos. Vimos que a Evangelização Discipuladora apresenta três dimensões: chamar, agregar e aperfeiçoar discípulos. Mas, aonde agregar discípulos? A resposta é óbvia: à igreja, ao Corpo de Cristo! Esta foi a estratégia da igreja primitiva para cumprir a Grande Comissão, conforme se depreende facilmente no livro de Atos e nas epístolas. Atos 14.21-23: “Eles pregaram as boas novas naquela cidade e fizeram muitos ___________________. Então voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, _________________ os discípulos e ____________________ a permanecer na fé, dizendo: É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus. Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em ___________ igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado”. Precisamos resgatar em nossa geração este sentimento de urgência quanto ao cumprimento da missão, encorajando-a e capacitando-a para a plantação de novas igrejas. Ainda definindo o que é igreja, para termos a clareza do que vamos plantar, destacamos: • Igreja não é um prédio feito de pedras, tijolos ou madeira, mas é composta de pessoas, de discípulos. • Estamos falando de igrejas não como uma organização ou instituição, mas como um organismo vivo, dirigido pelo Espírito Santo, obediente a Jesus, o Mestre, e por isso multiplicador.

• Não podemos pensar na igreja como um grupo de pessoas que apenas se reúne dominicalmente no templo e que nos outros dias da semana se esquece da missão. • Plantar igrejas, portanto, não é apenas comprar terrenos, construir prédios, bancadas, instalar instrumentos e equipamento de som e multimídia. Plantar igrejas é investir em pessoas, fazer discípulos multiplicadores, agregá-los e aperfeiçoá-los.

Ore pela igreja e pela plantação de novas igrejas.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

O PRINCÍPIO DA PLANTAÇÃO DE IGREJAS 2 – REVENDO O PROCESSO PARA PLANTAR UMA IGREJA 2.1 – Oração É impossível plantar uma igreja sem oração. Por várias vezes vemos o Senhor Jesus orando antes de iniciar uma nova etapa de seu ministério ou tomar uma decisão importante. A oração não é apenas a primeira etapa desse processo, mas uma atividade estratégica constante durante todo o processo de plantação e até de expansão e multiplicação da igreja. O apóstolo Paulo nos dá o exemplo de oração no seu processo de plantação de igrejas. Ele orava por oportunidade, por discernimento de novos campos, pelos que ouviam a palavra, pelos novos irmãos, pelas igrejas plantadas, pelos líderes e especialmente por aqueles gentios e judeus ainda sem Cristo. Atos 21.4-6: “Encontrando os __________________ dali, ficamos com eles sete dias. Eles, pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém. Mas quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade, e ali na praia nos ______________________ e ____________________. 2.2 – Escolha de um Grupo-Alvo O passo seguinte no processo de plantação de igrejas é definir uma determinada área da sociedade (cidade, bairro ou grupo étnico) onde a igreja será estabelecida. O plantador de igrejas precisa conhecer o campo onde atua mais do que qualquer outra pessoa. Num campo pioneiro, além de ser um dado importante a considerar na hora de definir um bairro ou cidade-alvo, essas igrejas poderão ser aliadas e parceiras em algumas atividades e eventos de cunho social, impactos evangelísticos, mídias ou mesmo para encontro de compartilhamento e oração. Podemos iniciar a plantação de novas igrejas com PGM em casas de famílias de crentes que já residam nesses locais, cidades e bairros. Colossenses 4.15: “Saúdem os irmãos de __________________, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua casa”. 2 Coríntios 1.1: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em __________________, juntamente com todos os santos de toda a Acaia”. 2.3 – Assimilação e adequação à cultura Não podemos negligenciar as enormes diferenças culturais e de cosmovisão que há entre as regiões do Brasil. Mesmo entre Estados de uma mesma região ou entre municípios próximos. Até dentro de uma mesma cidade, especialmente as grandes cidades, pode haver grandes diferenças culturais. O plantador de igrejas que deseja alcançar o coração das pessoas de sua comunidade precisará mergulhar na sua cultura. Alguns aspectos da nossa cultura brasileira que têm raízes na idolatria e na feitiçaria devem ser transformados pelo Evangelho. Vamos separar um tempo especial e interceder por nossa nação.

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O PRINCÍPIO DA PLANTAÇÃO DE IGREJAS 2.4 – Relacionamento relevante com o Grupo-Alvo Como Jesus, o plantador deve estar no meio do povo. Deve ter cheiro de gente. A comunidade precisa reconhecê-lo como alguém interessado em seu bem estar e não como aventureiro ou explorador da fé. Mateus 7.28: “Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam _____________________________ com o seu ensino”.

Mateus 19.13-14: “Depois trouxeram crianças a ____________________, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: Deixem vir a mim as ________________ e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. 2.5 – Evangelização Discipuladora A evangelização precisa ser abundante. Sua falta tem sido a maior barreira para a multiplicação de discípulos e, consequentemente, para a plantação de igrejas. A partir da conversão a Cristo, os novos crentes devem ser convocados para anunciar aos seus parentes, amigos e vizinhos as boas-novas do Evangelho, na tentativa de estabelecer RD’s e agregá-los aos PGM’s. Devemos aproveitar todas as oportunidades. Ao mesmo tempo, a igreja se torna conhecida, relevante e referência para a comunidade. O plantador de igrejas precisa ser ousado, criativo e dinâmico em seu trabalho. Atos 20.24: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de ___________ algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o _______________ que o Senhor Jesus me confiou, de ____________________ do evangelho da graça de Deus. 2.6 – Formação de Líderes O líder com visão multiplicadora forma novos líderes. Esse é um dos segredos para a multiplicação de igrejas. Jesus investiu muito na formação de líderes para dar sequência à proclamação das boas-novas. Da mesma forma, os apóstolos investiram na formação de líderes. A Bíblia é muito clara quando descreve que o papel do líder é a capacitação dos santos para a edificação do corpo de Cristo. Efésios 4.11-13: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de _____________________ os santos para a ___________________________________, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à _______________________, atingindo a medida da plenitude de Cristo”. Os dons são distribuídos ao Corpo para que todos sejam capacitados para a obra! A liderança compartilhada vai gerar líderes capazes, eficazes e seguros, ao mesmo tempo em que libera o plantador de igrejas para outras tarefas, como treinar outros líderes e iniciar novas igrejas. Oremos ao Senhor pelo despertamento de muitos líderes e vocações para que a obra do ministério seja completada.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA O PRINCÍPIO DA PLANTAÇÃO DE IGREJAS 3 – O PLANTADOR DE IGREJAS

Jesus nos ensinou a orar pedindo trabalhadores, pois a seara é grande e poucos são os ceifeiros (Mateus 9.37-38). A igreja deve estar atenta para identificar, entre as pessoas que estão sendo discipuladas, esses líderes em potencial para a plantação de novas igrejas. Antes que alguém se torne um plantador de igrejas multiplicadoras deve ser um discípulo que faça outros discípulos no âmbito da igreja local. 3.1 – O Perfil do Plantador de Igrejas Todo crente comprometido com Jesus pode ser um plantador de igrejas, independentemente de seu nível cultural ou social. Mas é preciso observar algumas características indispensáveis: a) b) c) d) e) f) g)

Forte convicção de chamado para esse ministério Vida com Deus Integridade Espírito ensinável Paixão pelos perdidos Disposição para o trabalho Visão multiplicadora

1 Coríntios 9.16: “Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não ______________ o ____________________”. 3.2 – O Plantador Autóctone O alvo para a plantação de igrejas em outras culturas é treinar as pessoas em seu lugar de origem para que elas assumam a liderança entre o seu próprio povo. Isso minimiza o choque cultural, os custos de sustento de obreiros e o prazo para a igreja alcançar autonomia financeira. 3.3 – O Plantador e a Visão Multiplicadora O líder que deseja ver sua igreja se multiplicando precisa ele mesmo ser um agente de multiplicação. Atos 4.1-2: “Enquanto Pedro e João falavam ao _______________, chegaram os sacerdotes, o capitão da guarda do templo e os saduceus. Eles estavam muito perturbados porque os ___________________ estavam _____________________ o povo e __________________________ em Jesus a ressurreição dos mortos”. O plantador de igrejas precisa ter uma visão bíblica de ministério, que não é apenas do pastor, mas de toda a igreja. Deve também compartilhar a visão com o grupo. Isso deve ser recordado periodicamente para que todo o grupo assuma como sua a visão multiplicadora. Uma das grandes dificuldades para o avanço da obra missionária é a ausência da visão multiplicadora. Plantar novas igrejas é uma tarefa de toda a igreja. Oremos pedindo auxílio ao Senhor para essa missão.

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O PRINCÍPIO DA PLANTAÇÃO DE IGREJAS Revisão e exercícios 1 – O que é uma igreja? ______________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ____________. 2 – Complete o processo de plantação de uma nova igreja local: 1 – Oração 2 – Escolha de um ___________________________________________________. 3 – Assimilação e adequação à _____________________________________. 4 – Relacionamento ____________________________ com o grupo-alvo. 5 – Evangelização ___________________________________________________. 6 – Formação de ____________________________________________________. 3 – Que características deve possuir o plantador de igrejas? a) __________________________________________________________________________________ b) __________________________________________________________________________________ c) __________________________________________________________________________________ d) __________________________________________________________________________________ e) __________________________________________________________________________________ f) __________________________________________________________________________________ g) __________________________________________________________________________________ Ao finalizar os estudos dessa semana, devemos ser capazes de: • Entender os fundamentos bíblicos da plantação de igrejas; • Compreender a importância da plantação de igrejas; • Identificar as fases do processo de plantação de igrejas; • Definir o perfil de um plantador de igrejas. Atos 15.22-26: “Então os apóstolos e os presbíteros, com _______________________, decidiram escolher alguns dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, dois líderes entre os irmãos. [...] Assim, concordamos todos em escolher alguns homens e enviá-los a vocês [...] homens que têm arriscado a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Atos 13.2: “Enquanto ________________ ao Senhor e ______________, disse o Espírito Santo: "Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado". Atos 17.10: “Logo que anoiteceu, _________ enviaram Paulo e Silas para Bereia. Efésios 6.19: “Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho”. Oremos.

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O PRINCÍPIO DA FORMAÇÃO DE LÍDERES Nesta semana vamos destacar a importância da formação de líderes no contexto da igreja de forma a compreendermos sua ligação com o avanço do ministério e com o cumprimento da Grande Comissão. Objetiva ainda relacionar a formação de líderes à visão de Igreja Multiplicadora, mais especificamente à proposta do Relacionamento Discipulador e ao Pequeno Grupo Multiplicador. 1 – A vida do líder e o exemplo de Cristo: Palavra, oração e amor O maior exemplo de liderança multiplicadora é o nosso Senhor Jesus. O cerne do seu trabalho com seus líderes em formação foi caminhar com eles, de forma que o seu interior fosse transformado e os valores do reino de Deus lhes fossem inculcados, passando a fazer parte da prática da vida deles. Marcos 3.13-14: “Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram _______________________ dele. Escolheu doze, designando-os como apóstolos, para que estivessem_____________________ com ele, os enviasse a pregar”. Mateus 5.1: “Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos ______________________________ dele”. Mateus 8.23: “Entrando ele no barco, seus _________________________ o seguiram”. Mateus 9.10: “Estando Jesus em casa, foram ____________ com ele e seus discípulos muitos publicanos e "pecadores“”.

Mateus 11.1: “Depois que terminou de ________________ seus doze discípulos, Jesus saiu para ensinar e pregar nas cidades da Galileia”. Ainda hoje Jesus deseja nos liderar dessa maneira para que, como líderes em formação, avancemos para mais próximo d’Ele, de forma que possamos amadurecer em nossa jornada e prepararmos outros para o ministério, edificando, assim, o Corpo de Cristo. Efésios 4.12: “com o fim de ___________________ os __________________ para a obra do ____________________, para que o corpo de Cristo seja edificado”. Podemos destacar três aspectos básicos da busca pela capacidade necessária para liderar centrados no exemplo de Cristo: 1 – Conhecimento da Palavra – é uma recomendação direta de Jesus. Mateus 22.29: “Jesus respondeu: Vocês estão enganados porque não conhecem as ________________________ nem o poder de Deus!”.

Podemos dizer que conhecer a Palavra é conhecer o próprio Senhor Jesus e comungar de Seu poder – Ele é o próprio Verbo! Ler, meditar e praticar sistematicamente a Palavra, nos capacita a liderar por meio de um repertório construído a partir dele mesmo. 2 – Vida de oração – é o exemplo de Jesus! Lucas 11.1: “Certo dia Jesus estava ________________ em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse: "Senhor, ensina-nos a orar”. 3 – Prática do amor – é o mandamento de Jesus. João 13.34: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. Para sermos líderes, precisamos primeiramente nos deixar liderar por Jesus.

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O PRINCÍPIO DA FORMAÇÃO DE LÍDERES 2 – DE LIDERADOS A LÍDERES: A ARMADURA DE DEUS O chamado de Deus para liderar é uma proposta de serviço. Esse serviço implica influenciar outros e multiplicar a visão que nos foi dada por Deus. Efésios 6.10-11: “Finalmente, __________________________ no Senhor e no seu forte ___________. Vistam toda a ___________________________ de Deus, para poderem ficar ________________ contra as ____________________ do diabo”. Podemos compreender que o poder de Deus do qual devemos nos revestir não é qualquer poder: é “forte” e vem exclusivamente d’Ele. Recomenda que vistamos o que ele chamou de a “armadura de Deus”. Na parte “b” do verso 11, é apresentado o motivo de nos vestirmos com a armadura: podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo. Precisamos entender que vivemos uma guerra espiritual, contra seres espirituais. Efésios 6.12: “pois a nossa luta ____________ é contra pessoas, _________ contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”. Para essa batalha precisamos utilizar as armas adequadas. Paulo nos apresenta detalhadamente cada uma dessas armas, incluindo dentre elas a oração, conforme Efésios 6.13-20: 13 Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. 14 Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da ___________________, vestindo a couraça da _______________________, 15 e tendo os pés calçados com a ________________________ do evangelho da paz. 16 Além disso, usem o escudo da ____________, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. 17 Usem o capacete da __________________________ e a espada do Espírito, que é a ____________________________________. 18 Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda _________________ e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. 19 Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador preso em correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com _______________________, como me cumpre fazer”. Uma das principais qualidades de um líder na Bíblia é a perseverança. A proposta do autor de Hebreus é que corramos a carreira que nos está proposta com perseverança, olhando firmemente para Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.2). Reflita: Você tem sido perseverante todo o tempo?

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O PRINCÍPIO DA FORMAÇÃO DE LÍDERES 3 – A IMPORTÂNCIA DO LÍDER MULTIPLICADOR É tarefa do líder multiplicador equipar os santos para que se tornem participantes da obra missionária, usando seus dons e talentos para a glória de Deus. O bom líder não é aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que divide as tarefas com outros líderes por ele preparados. Isso é excelente, é bíblico. Em um Relacionamento Discipulador, o exemplo de vida faz toda a diferença, pois o discípulo tende a copiar os exemplos do discipulador; não há como desvincular a vida de uma pessoa daquilo que ela ensina. O Relacionamento Discipulador, portanto, é o ponto de partida para a formação de líderes. Jesus convidou homens e mulheres para segui-lo; essas pessoas viveram, viajaram e comeram com Ele. Ao longo do caminho lhes ensinou a Palavra de Deus; compartilhou exemplos da vida diária; exemplificou para eles o tipo de vida que deveriam viver em oração, perdão, amor, compaixão, perseverança, zelo e obediência à vontade do Pai. O discípulo precisa ver como o discipulador faz as coisas, como se comporta em público, no lar, nos negócios e no trabalho. O processo de formação de discípulos e líderes compreende as seguintes ações: • Transmitir verdade e vida, por meio de ministração bíblica e exemplo; • Permitir que o discípulo auxilie o líder nas suas ações; • Observar o discípulo atuando, verificando se está indo bem; • Sair e acompanhar o discípulo de longe ou ter encontros menos frequentes. Em outras palavras, os passos para discipular alguém e torná-lo líder são: 1) eu faço e o líder em treinamento observa; 2) Eu faço e o líder em treinamento ajuda; 3) o líder em treinamento faz e eu observo (ajudo se necessário); e 4) o líder treinado faz e eu me coloco à disposição quando for necessário. Esse andar junto, lado a lado, é o que chamamos de treinamento em serviço. O conselho de Jetro para Moisés é válido ainda hoje: enquanto Moisés julgava o povo, Jetro observava e deu o seu parecer. Moisés trabalhava à exaustão, desde a alvorada até o pôr do sol, no que foi interrogado pelo seu sogro: Êxodo 18.14: “Quando o seu sogro viu tudo o que ele estava fazendo pelo povo, disse: “___________________________________________? Por que só você se assenta para julgar, e todo este povo o espera de pé, desde a manhã até o cair da tarde?”. Vejamos agora as qualidades que Jetro indicou como requisitos para a liderança. Ele disse: Êxodo 18.21: “Mas escolha dentre todo o povo homens _______________, tementes a Deus, dignos de _________________ e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez”. Um bom líder anda lado a lado com os seus liderados, compartilha com eles seus planos e objetivos, de forma a se comprometerem com a visão. É importante que líder e liderado façam planos comuns, compreendendo as implicações, limites e dificuldades na realização desses planos. Deus tem convocado você para guiar seu povo? Um bom começo é um relacionamento discipulador.

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O PRINCÍPIO DA FORMAÇÃO DE LÍDERES 4 – O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS MULTIPLICADORAS Nossa recomendação é que o líder multiplicador leve em consideração na preparação de seu plano de multiplicação os seguintes princípios: a) Buscar a visão de Deus para o seu ministério, considerando sempre que a sua visão é parcial e incompleta, mas que, na dependência do Espírito Santo, pode se realizar de forma completa e plena;

b) Considerar que esse alvo somente será alcançado por meio de uma vida devocional que o leve cada dia para mais perto de Deus; c) Compreender que essa missão não é sua, mas de Deus, entretanto, Ele próprio o convidou para juntar-se a Ele nessa tarefa; d) Compreender, ainda, que o sentido de sua trajetória não tem um fim em si mesma, mas se constrói sob a orientação de Deus; e) Que seu trabalho não está circunscrito em si mesmo, mas busca influenciar outros a cumprir a visão de Deus; f) Que o seu trabalho de multiplicação deve ser contínuo, até que o Senhor venha. Efésios 4.13: “até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à ____________________________, atingindo a medida da _______________________________ de Cristo”. Filipenses 1.6: “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus”. O líder multiplicador deve, antes de qualquer coisa, conhecer bem: o contexto, a visão de multiplicação, os objetivos que deseja atingir, os recursos dos quais dispõe, as estratégias que utilizará e, fundamentalmente, as pessoas com as quais irá trabalhar, bem como a sua cultura. Somente depois disso deve utilizar o processo, fazendo as adaptações necessárias para que seja desenvolvido da forma mais apropriada. A formação de líderes requer, ainda, um relacionamento intenso, que demanda momentos de prestação de contas e correção de rumos. 5 – O PEQUENO GRUPO MULTIPLICADOR NA FORMAÇÃO DE LÍDERES MULTIPLICADORES O PGM é um celeiro de liderança, por permitir o exercício dos dons e ministérios por parte de todos os seus integrantes, o que leva à identificação e à multiplicação de novos líderes, que muitas vezes ficariam invisíveis nos bancos das reuniões de celebração. 6 – O CURSO DE CAPACITAÇÃO MINISTERIAL COMO APOIO À FORMAÇÃO DE LÍDERES MULTIPLICADORES O CCM é mais uma oportunidade de aperfeiçoamento do líder. Planejado para dar embasamento bíblico aos membros da igreja, o curso apresenta temas fundamentais da fé e da prática do cristão, além de ser elaborado no formato de devocionais diárias, contribuindo para uma disciplina de estudo contínuo. Como aluno do CCM seu compromisso é estudar diariamente os temas propostos e participar assiduamente dos encontros da sua turma. Como você avalia seu desempenho no CCM até aqui? ( ) fraco ( ) regular ( ) bom ( ) muito bom ( ) excelente

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O PRINCÍPIO DA FORMAÇÃO DE LÍDERES

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– O COMPROMISSO MULTIPLICADORES

DA

FORMAÇÃO

DE

LÍDERES

Assumir a responsabilidade, como líder, de formar outros líderes, requer alguns cuidados. Primeiramente, é preciso compreender e acreditar que a capacidade de liderar pode ser desenvolvida nas pessoas em quem se pretende investir. Também é necessário sensibilidade para identificar a direção de Deus em relação a este investimento pessoal. Segundo o exemplo do próprio Jesus, antes de definir os doze que seriam chamados de apóstolos, ele orou intensamente. Lucas 6.12-13: “Naqueles dias, Jesus se _______________ para um monte a fim de _____________; e passou a ___________ toda orando a Deus. Depois do amanhecer; ________________ seus discípulos e _____________________ doze dentre eles, aos quais também chamou de _______________________________”. Tanto o líder, quanto o líder em desenvolvimento, precisam estar comprometidos com Deus, consigo e um com o outro para que possam investir tempo nesse preparo dirigido. Revisão e exercícios 1 – Os três aspectos básicos para liderar centrados no exemplo de Cristo são: 1. Conhecimento da _____________________________ 2. Vida de _________________________________________ 3. Prática _________________________________________

2 – Quais são os elementos da armadura do cristão que todo líder precisa? 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Cinto da ___________________________________________________ Couraça da ________________________________________________ Calçado da ________________________ do evangelho da paz Escudo da _________________________________________________ Capacete da _______________________________________________ Espada do Espírito que é a _______________________________ E a __________________________________________________________

3 – Qual é o ponto de partida para a formação de líderes e por quê? __________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _______________________________________________ 3 – Segundo Jetro, que características os líderes deveriam ter (Ex.18.21)?

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O PRINCÍPIO DA COMPAIXÃO E GRAÇA 1 – A COMPAIXÃO E GRAÇA NAS IGREJAS DO NOVO TESTAMENTO As igrejas do primeiro século da era cristã se tornaram relevantes na sua comunidade através de suas ações de compaixão e graça. Além de orar e testemunhar de Jesus às pessoas, aquelas igrejas tinham um coração compassivo e buscavam atender às necessidades espirituais, físicas e emocionais das pessoas à sua volta. O texto que deixa tal característica mais evidente está em Atos 2.41-47 “Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino e à ________________, ao _______________________ e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em _______________________. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam _______________________________ conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. ________________________ em suas casas, e ____________ participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”. Nesse texto, vemos que a intensidade com que a igreja vivia o cristianismo e exercia o cuidado recíproco entre os irmãos era tão explícita que não passava despercebida da comunidade ao redor. O amor e a comunhão da igreja eram notórios, não apenas a todos os irmãos, mas também aos de fora, à comunidade, que percebia que eles tinham um só coração e um só propósito. Isso causou um grande impacto, resultando na multiplicação de discípulos. Atos 6.1: “Naqueles dias, crescendo o número de _________________, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na ____________________ diária de alimento”. Neste texto percebemos que o trabalho de cuidado com as viúvas cresceu tanto a ponto de tornar necessária a nomeação de homens – com critério altamente exigente – que fossem encarregados desse serviço. Isso demonstra a importância que a igreja dava àquela tarefa e o impacto que causava na comunidade. 2 – COMPAIXÃO E GRAÇA HOJE Vivemos em época e cultura muito diferentes, comparados com aquelas em que viviam as igrejas em Atos, mas o princípio da compaixão e graça permanece igual. Ter o coração voltado para as necessidades dos que estão ao redor, demonstrando a fé em Jesus através de ações, deve ser a nossa marca. Com isso, a igreja atrairá a simpatia e a atenção das pessoas, devendo aproveitar todas as oportunidades para testemunhar o Evangelho.

De que forma prática você, como representante da igreja de Jesus na terra, pode demonstrar compaixão e graça para alguém ao seu redor? Pense numa ação que possa ser demonstrada de fato e pratique-a.

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

O PRINCÍPIO DA COMPAIXÃO E GRAÇA

3 – COMO SER UMA IGREJA RELEVANTE NA COMUNIDADE A igreja não pode se deter em programações voltadas apenas para seu próprio bem-estar, mas deve estar atenta às pessoas de fora, exercendo influência no mundo ao seu redor. Obviamente que a igreja não terá, em si mesma, a solução para todas as questões. Contudo, deve ter uma escuta atenta, zelar pelas pessoas e, se for o caso, encaminhar à rede pública de serviços socioassistenciais para a resolução do problema. 3.1 – Interesse pela Comunidade A igreja precisa se identificar com a comunidade onde está inserida, conhecêla, saber quem são seus moradores e quais são as reais necessidades, se interessar por eles, saber como se relacionar com eles, ter empatia pela comunidade e não assumir uma atitude crítica, hostil e de rejeição porque ela vive no pecado. Mateus 9.36: “Ao ver as multidões, teve __________________ delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor”. 3.2 – Oração pela Comunidade Como resultado do conhecimento e interesse pela comunidade, surgirá necessariamente o desejo de orar por ela, por seus conflitos, flagelos, carências, desafios e oportunidades. A igreja passa a orar compassivamente pelas pessoas a quem conhece, com quem interage e por quem se interessa, pois quem ama, ora; e quem ora, faz. E o inverso também é verdade: quem não ama, não ora; e quem não ora, nada pode fazer pela comunidade. Jeremias 29.7: “Busquem a prosperidade da ___________________ para a qual eu os deportei e _____________ ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela”. A oração pela comunidade culminará com o clamor pela salvação eterna de vidas preciosas. 3.3 – Compaixão pela Comunidade Jesus é o nosso maior exemplo de compaixão e graça. Após um dia inteiro no meio do povo, pregando e ensinando, Jesus depara-se com uma multidão que não tinha pão para comer, nem onde comprá-lo. Os discípulos queriam despedir a multidão como estava, mas o Senhor reagiu com compaixão ocupando-se com a multidão. Marcos 6.34-37: “Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve ______________ deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas. Já era tarde e, por isso, os seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: Este é um lugar deserto, e já é tarde. Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer. Ele, porém, respondeu: “Deem-lhes ________ algo para comer”. A igreja de Cristo precisa sensibilizar-se com a situação das pessoas à sua volta; precisa chorar mais; precisa sentir mais; precisa se envolver mais; precisa demonstrar mais compaixão. Faça uma breve pausa e reflita: Como igreja de Jesus na terra, de que formas podemos demonstrar compaixão pela comunidade em que estamos inseridos?

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O PRINCÍPIO DA COMPAIXÃO E GRAÇA 3.4 Envolvimento com a Comunidade O primeiro e mais valioso recurso para que a igreja se torne relevante na comunidade é a atuação dos seus próprios membros no seu dia a dia. Estes precisam ser chamados e capacitados para servir e testemunhar, comunicando a ética do Reino em sua vida cotidiana. Hélcio Lessa, comentando a segunda multiplicação dos pães encontra no texto seis princípios de ação da igreja no mundo que ajudam a formar critérios sólidos para governar suas ações na comunidade onde atua: • Princípio de Presença – estar no cenário onde as coisas acontecem. O Messias não teria notado a necessidade da multidão se não fosse parte dela. • Princípio do Engajamento – a visão da necessidade gerou o senso de responsabilidade pessoal pela multidão; • Princípio da Universalidade – o Mestre não manifestou preocupação apenas com os domésticos da fé, mas com toda a multidão; • Princípio da Suficiência – a igreja precisa de pessoas que saibam buscar sua capacidade em Deus; somente Ele tem os recursos para suprir as necessidades da comunidade; • Princípio da Oportunidade – a necessidade das pessoas determina o conteúdo e a ocasião da ação cristã; • Princípio da Cooperação – a cooperação dos discípulos é outro fator imperativo: recolhendo os peixes, ajuntando os cestos, organizando o povo, distribuindo o pão, armazenando as sobras. Não podemos conceber um crescimento no número de evangélicos em nosso país sem que isto traga consigo uma transformação na ética de nosso povo, bem como uma resposta a tantas questões sociais. É importante atentar para o fato de que a relevância social da igreja não deve estar condicionada com a aceitação do povo à mensagem do Evangelho.

Devemos fazer o bem, independentemente de as pessoas crerem ou não em Jesus, tornarem-se ou não membros da igreja. Contudo, é importante também lembrar que o maior bem que podemos fazer a alguém é apresentar Jesus como Salvador e Senhor, de modo que fazer todo o bem físico, por meio de projetos e ações sociais, e negligenciar a apresentação do evangelho é a maior demonstração de desamor que alguém poderia fazer.

Reflita: Como membros da igreja estamos envolvidos e interagimos com nossa comunidade? Quais as necessidades prementes ainda sem respostas que poderiam ser atendidas pela igreja?

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O PRINCÍPIO DA COMPAIXÃO E GRAÇA 3.5 Projetos e iniciativas de impacto na comunidade A seguir, queremos trazer algumas ideias práticas sobre relevância social, que podem ser contextualizadas na realidade de sua igreja, ou ainda despertar sua criatividade para outros projetos que respondam às necessidades de sua comunidade: • Educação – Cursos pré-vestibular e preparatório para concursos; cursos de línguas; aulas de música; educação de jovens e adultos (EJA); PEPE – é um programa missionário para as igrejas locais que desejem compartilhar o evangelho através do desenvolvimento social, educacional e espiritual de crianças pré-escolares em áreas carentes. • Saúde – palestras sobre saúde em parceria com a rede SUS ou através de profissionais de saúde da igreja; consultório médico/psicológico/ nutrição/odontológico. Dia de ação solidária a fim de impactar a comunidade e levar serviços úteis; pode-se programar ações sociais ofertando os mais diversos serviços. • Esporte – esportes coletivos (futsal/futebol/vôlei/basquete/entre outros); ginástica para idosos para garantir a saúde e bem-estar, visando à melhora da qualidade de vida e do estado mental e psicológico dos idosos. • Profissionalização – Parceria com Sistemas (SESC, SESI, SENAC E SENAI) são alternativas para realização de cursos, na iniciativa de recolocação no mercado de trabalho ou melhora do desempenho profissional dos moradores da comunidade. • Dependência Química - Palestras nas escolas: a escola pode ser um espaço para que os alunos adquiram conhecimentos extracurriculares focados na prevenção ao uso de drogas. • Grupos de apoio: a igreja pode oferecer uma equipe especializada na abordagem e tratamento da dependência química aos que apresentem transtorno leve, ou seja, casos em que ainda não é indicada a internação, além de outros grupos de apoio a necessidades diversas. Ações de compaixão envolvem a criação de projetos que atendam necessidades específicas das pessoas, tornando os discípulos e a igreja relevantes à sua comunidade, o que ajuda a criar relacionamentos essenciais que permitam o testemunho do evangelho. A igreja precisa ser contagiante, conhecida e respeitada pela comunidade onde está inserida. Precisa enxergar a excelente oportunidade de fazer discípulos entre os excluídos e esquecidos socialmente, restaurando sua comunhão com Deus, com a sociedade e consigo. Sem dúvida, a maneira mais eficaz de influenciar e transformar uma vida e, consequentemente, toda uma realidade social, se dá pelo cumprimento da Grande Comissão: fazer discípulos. Colossenses 3.12-14: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda ______________________, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do ________________, que é o elo perfeito”. Quanta compaixão você está disposto a exercer como parte do Corpo?

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O PRINCÍPIO DA COMPAIXÃO E GRAÇA

Revisão e exercícios 1 – Quais as características de uma igreja relevante em sua comunidade? 1. ______________________________ pela comunidade

2. ______________________________ pela comunidade 3. ______________________________ pela comunidade 4. ______________________________ com a comunidade 2 – Como a Grande Comissão se relaciona com a relevância social da Igreja?

____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________ 3 – Como ser uma igreja relevante? ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________ 4 – No contexto da sua igreja, quais são as necessidades sociais presentes na comunidade: ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________ 5 – Relacione algumas ideias que poderiam tornar a igreja mais relevante na sua comunidade: ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________ Ao terminar os estudos dessa semana, devemos ser capazes de:

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

SER IGREJA MULTIPLICADORA – EU DIGO: SIM! Atos 20.24: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o _____________________________ que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”. Dizer SIM... parece uma frase referente às cerimônias de casamento, não é? Mas não deixa de ser. O apóstolo Paulo já dizia: “grande é este mistério” ao referir-se à afirmação: “os dois serão uma só carne”... e disse isso referente a Cristo e sua igreja. Nossa relação com Cristo é uma relação de “dois se tornando um” – o NOIVO e sua NOIVA – a CABEÇA e o CORPO. Assim como no casamento, também no relacionamento entre CRISTO e sua IGREJA, dizer SIM tem implicações para toda a vida. Com respeito à visão da Igreja Multiplicadora não é diferente. Se cremos que viver segundo esse projeto, praticando essa forma de ser igreja, é o estilo de vida que Jesus planejou para nós desde o início e que, para o experienciarmos, precisamos retornar aos princípios do Novo Testamento, necessariamente temos que estar dispostos a dizer “SIM” à visão que impulsiona tal empreendimento. Vamos, então, refletir um pouco sobre as implicações desse SIM. 1. Convicção do Chamado Sim... “ao ministério que recebi do Senhor Jesus”. Todos nós somos ministros – é o que se afirma quando pensamos nos salvos por Jesus. A primeira carta de Paulo aos Coríntios 12.7 afirma que o Espírito Santo distribui dons a cada um. E Efésios 4.12 diz ainda que esses dons têm em vista o “aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério”. 1 Pedro 2.9 afirma que nós (todos nós) somos “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”. Sim, TODOS somos ministros, mas cada qual ministra naquilo em que foi chamado. Antigamente perguntávamos: “Você é pastor de tempo integral ou parcial”? Hoje já entendemos que não existe tal coisa. Todos nós devemos exercer nossos dons em tempo integral – ao menos é assim que Cristo deseja. “Se é ensinar, que haja dedicação ao ensino”, disse Paulo em Romanos 12.7, não importa se ensino na igreja, numa escola, num curso de culinária ou no lar. Que haja dedicação. “Aquele que exerce misericórdia, faça isso com liberalidade” (Rm 12.8), em todo lugar, em todo tempo. Tempo integral ao ministério. Se você trabalha em uma empresa, ou escola, ou órgão público; se estuda; se cuida do lar; onde quer que esteja e com quem esteja, deve exercer seu ministério em tempo integral. Somos chamados para servir a Cristo e anunciar a sua mensagem “a tempo e fora de tempo” (2 Timóteo 4.2). É claro que o que pretendíamos saber com aquela pergunta era se a pessoa dedica todo o seu expediente ao serviço da Igreja. E, sim, são necessários ministros que dediquem toda a sua carga horária à Igreja, mas “a obra é muito grande e poucos são os trabalhadores” (Lc 10.2) por isso se requer que os discípulos de Jesus exerçam seu ministério em todo tempo e em todo lugar. Ter convicção do chamado de Cristo é o primeiro passo para assumir esse chamado. Você está certo do chamado de Deus para que sua vida se transforme numa semente multiplicadora de outras vidas?

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA SER IGREJA MULTIPLICADORA – EU DIGO: SIM! 2. Clareza da Missão Sim... “para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24). Primeiramente, o evangelho que pregamos é o evangelho da graça de Deus. Hoje se prega um outro tipo de evangelho: o evangelho da troca, da barganha. Um evangelho neoliberal que busca seus próprios interesses. Outros acham mais seguro voltar à lei e se apegam ao legalismo como prática de vida cristã. Mas não é esse o evangelho da nova aliança, antes é o evangelho da graça, oferecido gratuitamente a todo aquele que crê. Somos chamados a pregar esse evangelho! 2 Coríntios 11.3-4: “O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se _____________ da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um ___________________________ diferente do que aceitaram, vocês o suportam facilmente”. Gálatas 1.6-8: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem ______________ evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho ______________ daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!”. Em segundo lugar, ocupe o lugar de TESTEMUNHA. Atos 1.8 declara a promessa de Deus para aqueles que seguem a Jesus: “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas ___________________ em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Esteja atento à sua posição em Cristo. Enquanto estivermos aqui nessa terra, jamais devemos nos assentar no lugar de juízes, nem mesmo de advogados do evangelho, porque não o somos, e muito menos de acusadores. O lugar de Juiz pertence a Deus (2 Tm 4.8, Tg 5.9). O Advogado é Jesus (1 Jo 2.1) e o acusador é o diabo (Apoc. 12.10). 2 Timóteo 4.8: “Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo _____________, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”. Tiago 5.9: “Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. O ______________ já está às portas!”.

1 João 2.1: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, ___________________, o justo”. (AA) Apocalipse 12.10: “Então ouvi uma forte voz do céu que dizia: "Agora veio a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, pois foi lançado fora o ______________________ dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso Deus, dia e noite”.

Portanto, nossa missão está bem definida: somos testemunhas! Para desempenhar bem o seu papel, fica a dica: “Não perca o foco, mesmo quando o foco do outro for você”. Coloque seus olhos em Jesus e tenha clareza da missão que Ele lhe confiou.

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SER IGREJA MULTIPLICADORA – EU DIGO: SIM! 3. Perseverança na Jornada Sim... “contanto que complete a minha carreira”. Atos 20.24: “Mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (AA). Filipenses 1.6 afirma que “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai _____________________________ até o dia de Cristo Jesus”. O chamado é até o fim. É preciso cumprir a missão. Completar a carreira. Haverá pedras no caminho? Certamente. Obstáculos a serem vencidos? Muitos. Desafios a conquistar? Todos os dias. Mas é necessário perseverar até que...! (Fil 1.6) Missão dada é missão cumprida. O apóstolo Paulo afirmou: “Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver ________________________ em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.12-13). Posso suportar! A palavra usada atualmente para esse conceito é RESILIÊNCIA. A resiliência (em física) é a capacidade que um material tem de suportar altas temperaturas ou atritos violentos e, mesmo depois de ser desfigurado, voltar ao seu estado original. Outro exemplo que pode ser dado é o da vara do atleta na modalidade olímpica do salto com vara; mesmo envergando até quase o chão, ela ainda é capaz de se erguer e erguer junto o atleta, sem se quebrar. Isso é resiliência. Se você tem convicção do seu chamado e clareza da missão que recebeu do seu Senhor, estará em boas condições para perseverar na jornada até o fim. Mateus 28.18-20: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinandoos a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, __________________________________________________________". A certeza da companhia do Senhor durante toda a jornada deve ser mais que suficiente para nos animar e fortalecer. Sabemos que pelo caminho podem surgir lobos devoradores (Mt 7.15), vales da sombra da morte (Sl 23.4), ou mesmo acusadores (Ap 12.10) que tentem nos fazer desistir... “mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Isaías 40.31). Persevere meu irmão. Até o fim. A recompensa virá da parte do Senhor!

MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

SER IGREJA MULTIPLICADORA – EU DIGO: SIM! A quarta implicação do SIM que se pode destacar no texto de Atos 20.24 (ainda que hajam outras) é: 4. Renúncia e Sacrifício Sim... “em nada tenho a minha vida como preciosa para mim” O Senhor Jesus afirmou que “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12.24 – AA). O apóstolo Paulo foi o primeiro a enxergar cinco cruzes no Calvário, pois além das três que lá estavam, ele afirmou: Gálatas 6.14: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o ____________________ foi crucificado para mim, e ______________ para o mundo”. Gálatas 2.20: “Fui crucificado com __________________. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Portanto, dizer SIM ao chamado de Cristo implica em muitos NÃOS. Assim como no casamento quando, ao dizer SIM para a amada, o noivo está dizendo NÃO para todas as outras (e vice-versa), assim também o salvo, ao dizer SIM para Cristo, está dizendo NÃO para o mundo, para a carne e para o diabo. Jesus, como nosso Modelo maior, tanto é descrito como Sumo-Sacerdote (Hebreus 3.1), quanto como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Ele é o Sacerdote, mas também é o Sacrifício. Assim nós também, seu povo escolhido, fomos feitos sacerdotes (1 Pedro 2.9) e isso é uma honra, mas também somos o sacrifício (Romanos 12.1). No Antigo Testamento, o sacerdote tinha a incumbência de preparar o altar. Diariamente ele tinha que tirar as cinzas e colocar a lenha (Lev. 6.10-13). Essa é uma bela figura da nossa atitude diária diante do Senhor: tirar as cinzas (confessar pecados) e colocar a lenha (adorar, consagrar, orar). Mas ainda será sempre necessário lembrar que além de sacerdotes, somos intimados a nos entregar como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é nosso culto racional”. Dizer SIM à Cristo implica em renúncia e sacrifício. Por conseguinte, dizer SIM à obra de Cristo também implica em renúncia e sacrifício. Se você está pronto a morrer para si mesmo, então está pronto para assumir seu ministério. Jesus afirmou: “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará” (Mc 8.35). Você está disposto a morrer para si mesmo?

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MÓDULO 1 – VISÃO DA IGREJA MULTIPLICADORA

CONSIDERAÇÕES FINAIS O foco desse módulo foi apresentar a Igreja como uma comunidade local onde todos os membros, vivenciando os princípios apresentados na Palavra de Deus, têm por objetivo glorificar a Deus e cumprir a Grande Comissão. Para tanto, suas ações não se baseiam em estruturas e programas, ainda que essas possam existir para alcançar esse alvo.

No próximo módulo estudaremos o Plano de Redenção – presente de Deus para cada homem e mulher – bem como o Plano Mestre de Evangelismo, que visa alcançar a todos com a mensagem da salvação. Contamos com você para prosseguirmos na caminhada e sermos capacitados para o exercício do ministério que dele recebemos. Vamos conferir novamente o que nos aguarda: Módulo 1 – Visão da Igreja Multiplicadora De volta aos princípios

Módulo 2 – Evangelização discipuladora Aprofundando raízes Módulo 3 – Relacionamento discipulador Pequeno grupo multiplicador Módulo 4 – Liderança multiplicadora Autoridade e submissão

Como essa é uma caminhada de fé, mantenhamos firmes nossos olhos no Senhor que nos chamou, aguardando com ardente expectativa aquilo que Ele mesmo fará em nós e através de nós. E que Deus continue a abençoar abundantemente sua vida e ministério. Cordialmente, Pra. Gleice Dorneles Silva Santos Primeira Igreja Batista em Magé RJ

Apêndice A parábola da igreja de duas asas

Era uma vez uma igreja criada com duas asas. Uma asa era a celebração em grupos grandes e a outra era a comunidade dos grupos pequenos. Utilizando ambas as asas, a igreja conseguia voar alto e se aproximar da presença de Deus e ainda sobrevoar graciosamente toda a terra, preenchendo o propósito do Criador. Um dia, uma enciumada e malvada serpente, que não tinha asa alguma, desafiou a igreja a voar apenas com a asa do grupo grande. A serpente aplaudiu efusivamente quando a igreja conseguiu levantar voo (mesmo que de forma desajeitada) e a convenceu de que, com muito exercício, ela conseguiria voar utilizando apenas uma asa. Enganada desde aquele dia, a igreja de duas asas começou a se satisfazer com apenas uma asa. Isto aconteceu durante o reinado de Constantino, 300 anos depois de o Criador ter usado a igreja de duas asas para frustrar os planos da serpente malvada que não tinha asas. A asa do grupo pequeno se tornou cada vez mais fraca por falta de exercício, até atrofiar e tornar-se um apêndice sem vida e sem utilidade ao lado da asa exagerada do grupo grande. A igreja de duas asas que havia planado nas maiores alturas se tornou agora uma igreja de uma asa, um pouco melhor do que a serpente malvada que não tinha asa alguma.

O Criador da igreja ficou triste. Ele sabia que o projeto das duas asas permitia à igreja voar aos céus, até a sua presença e obedecer aos seus comandos na terra. Agora, com apenas uma asa, a igreja tinha que fazer um esforço extra para conseguir levantar voo. Mesmo dando um jeito de permanecer alada, ela tendia a voar em círculos não muito longe do seu ponto de partida. Gastando mais e mais tempo na segurança e no conforto de sua gaiola, ela ficou gorda, preguiçosa e satisfeita com sua vidinha terrena. De vez em quando, a igreja lembrava que já havia voado com duas asas e sonhava com a possibilidade de fazê-lo novamente. Mas agora, a poderosa asa do grupo grande se tornou tão dominante que não aceitava nenhum tipo de auxílio da parte mais fraca. Parecia tarde demais. Mas, como nada é capaz de frustrar os planos do Criador, finalmente a igreja percebeu que poderia voltar a voar alto se exercitasse suas duas asas. Deixando de lado sua vida cômoda e apática, a igreja passou a trabalhar nesse projeto, que jamais deveria ter abandonado. Outra vez podia voar até a presença do Criador e sobrevoar a terra cumprindo os propósitos dEle.
CCM - MOD 1 - IGREJA MULTIPLICADORA

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