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SIMULADO EPCAR TURMA CN-EPCAR
1º DIA
2.
“(...) sentou-se no chão da sala, junto à mesinha de centro, e, com um suspiro profundo, tirou a caixa do envelope.” (3º parágrafo). A emoção da mulher se justifica porque:
(A) (B) (C) (D)
gostava de apreciar em silêncio a beleza das pérolas. o conteúdo da caixa poderia estar desfalcado. talvez as joias valessem menos do que supunha. as joias da avó evocavam lembranças afetivas da infância.
3.
Sabe-se que a acentuação gráfica depende da forma como se constrói foneticamente a palavra. Sendo assim, assinale a alternativa em que as palavras possuam diferentes formas de acentuar.
(A) (B) (C) (D)
TÁXI –SILÊNCIO AVÓ –ALÉM TRÊS –CÁ ÍMPETOS – ÚLTIMOS
PORTUGUÊS Texto 1
Como Nós A mulher atravessou o foyer antigo, de paredes redondas, com o envelope nas mãos. Dentro dele havia uma caixa, e dentro da caixa as joias de sua avó, que acabara de resgatar do cofre do banco. A mulher desceu os três degraus de granito escuro que iam dar na calçada e olhou para os lados. Precisava tomar um táxi, talvez fosse perigoso andar com aquela caixa pelo Centro da cidade. Fez sinal para um que se aproximava. Durante o trajeto para casa, teve ímpetos de abrir o envelope e examinar a caixa, mas se conteve. Precisava fazer isso como se fora um ritual, em solidão e silêncio. Tinha das joias de sua avó uma lembrança vívida, múltipla, colorida. Não sabia se correspondia à realidade, mas era assim que sua memória decretara. Lembrava-se de quando ela e o irmão pediam à avó para manusear as pulseiras, os colares, os anéis. A ela, menina, aquelas joias pareciam um verdadeiro tesouro, principalmente por causa das pedras coloridas. Hoje, adulta, sabia bem que pedras coloridas em geral são semipreciosas e portanto de menor valor, mas quando era criança essa variação de cor é que mais a fascinava. Quando chegou em casa, sentou-se no chão da sala, junto à mesinha de centro, e, com um suspiro profundo, tirou a caixa do envelope. Era uma caixa de laca escura, com um fecho de encaixe, que se abriu com um estalo. E dentro, sobre o forro de um vermelho aveludado, surgiram várias outras caixas, em tamanhos e cores diferentes, além de pequenos volumes de papel de seda, tudo muito bem arrumado de forma a que as joias não ficassem soltas, batendo-se para lá e para cá. Fazendo espaço na mesa de centro, a mulher começou a abrir as caixinhas e os embrulhos de papel. Reconheceu quase todas as joias. A aliança de brilhantes, o anel de água-marinha com o engaste de ouro, meio bruto, sustentando a pedra enorme (embora lhe parecesse menor do que a lembrança que guardava), a pulseira de ouro trançada como pele de cobra, os brincos com gotinhas de rubi, o broche de pedras semipreciosas em várias cores, formando um buquê de flores. Ah, e as pérolas. O colar de três voltas, o anel, o par de brincos. Pegou nestes últimos e, depositando-os na palma da mão, examinou-os. Mas logo viu que havia algo errado: uma das pérolas estava menor que a outra, um tanto fosca, já sem o brilho liso e nacarado que faz o encanto das pérolas. A mulher ergueu-se com o brinco na mão e foi até o canto do sofá, acendendo o abajur. Era pena. A pérola estava murcha, a superfície se tornara enrugada e sem vida. Lembrou-se então de uma reportagem a que assistira na televisão sobre o cuidado que é preciso tomar com as pérolas. Ao contrário das outras gemas preciosas, capazes de atravessar séculos intactas, as pérolas são suscetíveis à ação do tempo, podem ser arranhadas, perder o brilho, murchar. Talvez por isso sejam tão especiais, pensou a mulher. Quase humanas. Porque há na beleza das pérolas uma centelha do efêmero. Elas são como nós. As pérolas morrem. SEIXAS, Heloísa. Contos Mínimos. Domingo, RJ, 01 fev. 2004.
1. (A) (B) (C) (D)
De acordo com o texto, as pérolas são como nós por serem: perenes. perecíveis. perfeitas. perduráveis.
Texto 2
Direito à saúde
Dalmo de Abreu Dallari
Quando se fala em saúde, a primeira ideia das pessoas é que se tem saúde quando não se tem doença. E muitos acham que não adianta querer ter saúde ou querer que o governo garanta a saúde porque muitas doenças acontecem por motivos que não dependem da vontade das pessoas ou das ações dos governos e por isso não podem ser evitadas. Para os que pensam desse modo parece estranho falar em direito à saúde. Será possível que uma pessoa possa ter o direito de não apanhar uma verminose, de não ter bronquite, de não contrair tuberculose ou sarampo? Antes de tudo, para que se diga que uma pessoa tem saúde não basta que ela não sofra de alguma doença. Uma das organizações mais importantes do mundo especializada em assuntos de saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), adverte que não é suficiente a ausência de doenças. Para que se diga que uma pessoa tem saúde é preciso que ela goze de completo bem-estar físico, mental e social. Isso quer dizer que, além de estar fisicamente bem, sem apresentar sinal de doença, a pessoa deve estar com a cabeça tranquila, podendo pensar normalmente e relacionarse com outras pessoas sem qualquer problema. É preciso também que a pessoa não seja tratada pela sociedade como um estorvo ou fardo repugnante e que possa conviver com as demais em condições de igualdade e de respeito. Tudo isso faz parte da saúde. Assim, portanto, o direito à saúde, que deve ser assegurado a todas as pessoas de maneira igual, significa o direito de estar livre de condições que impeçam o completo bem-estar físico, mental e social. 4. “Será possível que uma pessoa possa ter o direito de não apanhar uma verminose, de não ter bronquite, de não contrair tuberculose ou sarampo?”; segundo algumas pessoas, referidas no primeiro parágrafo do texto, a resposta a essa pergunta seria: (A) (B) (C) (D)
sim, as pessoas podem ter esse direito; sim, na dependência das ações governamentais; não, já que as doenças são inevitáveis; não, pois as doenças dependem de contatos involuntários;
5.
O tema do direito à saúde é tratado de forma impessoal; esse tratamento é construído, no texto, por meio de muitos elementos. Assinale aquele elemento que NÃO é representativo desse tratamento no primeiro período do texto:
(A) (B) (C) (D)
a presença da terceira pessoa: se tem saúde; a construção negativa: não se tem doença. o uso de palavras gerais: pessoas; o emprego do pronome se: não se tem doença.
6.
Os pensamentos citados no primeiro parágrafo do texto:
(A) (B) (C) (D)
são combatidos pelos parágrafos seguintes; são apoiados pelo autor do texto; são comprovados com exemplos no restante do texto; são considerados como um correto saber popular.
Texto 3
7.
A criação dos emojis pelo japonês Shigetaka Kurita visava melhorar a comunicação entre a população japonesa. Sobre essa linguagem é correto afirmar:
(A) (B)
Os emojis são sempre utilizados para revelar emoções. Eles utilizam a linguagem mista em que há o uso da linguagem verbal e não verbal. (C) Representam uma linguagem verbal expressa por diversas figuras. (D) O emoji complementa a linguagem verbal e expressa as emoções dos emissores da mensagem. Texto 4
Era muita coisa contra o pequeno Fernando Roberto Pompeu de Toledo
O menino Fernando, de 4 anos, vinha brincando e pulando, esperto como sempre, pelo canteiro central de uma movimentada avenida de São Paulo, ao cair da tarde do domingo 18, quando, num passo em falso, caiu num buraco. Ou melhor, não propriamente num buraco, mas num bueiro. Ou, melhor ainda, nem bem num bueiro, mas numa espécie de poço. A mãe, que vinha com ele, viu o menino desaparecer debaixo do chão. Fernando foi tragado para o reino sombrio das galerias subterrâneas de água da cidade. Na quinta-feira passada, os bombeiros ainda escarafunchavam aquelas funduras. Não havia esperança de resgatar o menino vivo. Talvez nem morto. O escorregão que precipitou Fernando para dentro do poço foi apenas o último elo de uma cadeia de infortúnios que o levou ao encontro do fim ingrato. Recuperar, elo por elo, a cadeia que o vitimou é juntar as peças que compõem uma história típica do país em que vivemos. O primeiro elo é a condição de menino pobre. Fernando morava, com os pais, no Jardim Damasceno, na região desesperadamente pobre da Brasilândia. É uma brincadeira de mau gosto dos loteadores de lugares desse tipo darem o nome de “jardim”. Não há jardins neles. Também não há praças. O acidente ocorreu em outra região, longe de casa. Foi na Avenida Inajar de Souza, bairro da Freguesia do Ó, onde ele participara de uma festinha de criança. A freguesia do Ó é melhor, muito melhor, do que o Jardim Damasceno. Mas é pior, muito pior, do que a Vila Nova Conceição ou Higienópolis, bairros ricos, onde o equipamento urbano é menos deteriorado. O segundo elo é ter cabido a Fernando viver numa cidade historicamente especializada em rasgar avenidas onde antes corriam, a céu aberto, rios ou córregos. Instalamse as avenidas em cima e os córregos ficam aprisionados, embaixo da terra. É o caso da Avenida Inajar de Souza. Trata-se de situação que, entre outros efeitos indesejáveis,
facilita as enchentes, ao sufocar os escoadouros naturais debaixo de um leito de asfalto. A Inajar de Souza assenta-se sobre um córrego importante, o Cabuçu, afluente do Rio Tietê. Aquilo que de início chamamos de bueiro, e depois corrigimos para poço, na verdade não é uma coisa nem outra. O nome técnico é “posto de visita”. É um buraco pelo qual se esgueiram os operários e os engenheiros quando necessitam inspecionar as galerias de água, lá embaixo. Isso quer dizer que o menino Fernando teve o azar de cair num buraco grande, capaz de engolir com folga seu pequeno corpo, e ainda por cima acabou por mergulhar num fluxo de água volumoso, onde dificilmente escaparia ao afogamento. O próximo elo na cadeia de infortúnios é o menino ter nascido num país de ladrões. (...) Ele caiu no buraco porque estava destampado. E estava destampado porque roubaram a tampa. (...) O roubo de tampas decorre do feliz casamento da miséria com o crime organizado. A miséria fornece a mão de obra de que se aproveitam as redes de receptadores e o comércio de ferro-velho. (...) O último elo é a debilidade do poder público no Brasil. A polícia devia coibir os roubos, mas... Já se sabe. Havia fatores demais conspirando contra a sorte do pequeno Fernando, naquele momento fatídico em que ele pousou o pé no vazio e desapareceu debaixo da avenida. O secretário municipal Walter Feldman fez uma visita de solidariedade à família. Encontrou a mãe chocada, mas em todo caso capaz de manter um diálogo. O pai não. Permaneceu deitado o tempo todo, com uma toalha cobrindo o rosto. 8.
Leia atentamente o trecho: “É uma brincadeira de mau gosto dos loteadores de lugares desse tipo lhes darem o nome de “jardim”. “Não há jardins neles”. Semanticamente, entre os dois períodos desse fragmento do texto, o conectivo que poderia ser empregado é: (A) (B) (C) (D)
mas; pois. logo; embora;
9.
Ao dizer “fim ingrato” em lugar de “morte”, Roberto Pompeu de Toledo utilizou-se de um tipo figurada de linguagem denominada: (A) eufemismo. (B) pleonasmo. (C) metonímia. (D) hipérbole. 10. O texto pode ser definido, de forma mais adequada a seu conteúdo e à sua forma, como: (A) (B) (C) (D)
uma crítica às autoridades policiais; um lamento pela situação brasileira; um protesto contra injustiças; uma defesa da população pobre.
11. “caiu num buraco. Ou melhor, não propriamente num buraco, mas num bueiro. Ou, melhor ainda, nem bem num bueiro, mas numa espécie de poço”. Esse segmento do texto mostra, na mudança dos nomes (buraco / bueiro / poço) a tentativa do autor de: (A)
procurar caracterizar de forma precisa o local do acidente; (B) demonstrar o desprezo das autoridades pela segurança; (C) indicar a degradação do local onde caiu o menino; (D) mostrar amplo domínio do vocabulário de língua portuguesa.
Texto 5
Aos olhos de seus moradores Foi divulgado na semana passada o estudo “Condições de vida nas regiões metropolitanas e suas implicações econômicas”, realizado por pesquisadores da FGV – Fundação Getúlio Vargas. O trabalho mede o grau de satisfação dos habitantes de onze capitais em relação a doze variáveis que refletem a qualidade de vida. A pesquisa revela Brasília como o melhor local do país para viver, levando-se em conta a opinião dos moradores em relação a itens como renda familiar, qualidade dos serviços públicos de água, coleta de lixo e iluminação, problemas ambientais e violência. Avaliados os mesmos quesitos, o Rio de Janeiro figura como a quarta pior cidade brasileira em condições de vida. Belém, Recife e Fortaleza são as capitais com o menor grau de satisfação de suas populações. O resultado mais surpreendente diz respeito à percepção dos moradores em relação à criminalidade. A população de São Paulo e a do Rio de Janeiro, capitais em que os índices de homicídios, assaltos e sequestros são altíssimos, consideram satisfatório o nível de violência das duas cidades. (Revista Veja, 28/05)
12. O título do texto não equivale a: (A) (B) (C) (D)
segundo a visão dos moradores. na visão particular dos moradores. conforme o ponto de vista dos moradores. na obediência da visão dos moradores.
13. No primeiro período do texto, a informação omitida é: (A) (B) (C) (D)
a responsável pela divulgação do estudo. a responsabilidade do estudo. a época da divulgação do estudo. as pessoas que realizaram o estudo.
14. Analisando-se o trecho grifado na frase retirada do texto 5 “(...) CONSIDERAM SATISFATÓRIO O NÍVEL DE VIOLÊNCIA DAS DUAS CIDADES”, pode-se concluir que existe uma figura de linguagem denominada (A) (B) (C) (D)
HIPÉRBOLE METÁFORA PERÍFRASE METONÍMIA
15. Das alternativas retiradas do Texto 5, aponte a alternativa cuja frase fuja do conceito oracional. (A)
“Foi divulgado na semana passada o estudo ‘Condições de vida nas regiões metropolitanas e suas implicações econômicas’.” (B) “Belém, Recife e Fortaleza: as capitais com o menor grau de satisfação de suas populações.” (C) “O trabalho mede o grau de satisfação dos habitantes de onze capitais em relação a doze variáveis.” (D) “O resultado mais surpreendente diz respeito à percepção dos moradores em relação à criminalidade.” 16. As palavras coletadas do Texto 5 são acentuadas pelas mesmas razões e especificações, exceto uma da alternativa (A) (B) (C) (D)
ÁGUA VIOLÊNCIA VARIÁVEIS ÁGUA
RASCUNHO
(A) (B) (C) (D)
MATEMÁTICA 17. Se
x, y
e z
são três algarismos distintos que pertencem ao conjunto {1, 2, 3, ,9} e n é a quantidade de números primos positivos que são divisores do número
p xyzxyz,
então,
Observações: 1. O número
p
é um número natural.
2. Veja que 1001 7 11 13. (A) (B) (C) (D)
n 3.
n é sempre maior do que quatro. n é sempre um número par formado por seis dígitos. n 4.
18. Seja N um número natural de dois algarismos não nulos. Trocando-se a posição desses dois algarismos, obtém-se um novo número natural M de modo que
N M 63.
A soma de todos os números naturais N que satisfazem as condições dadas é (A)
156
(B)
164
(C) 173 (D) 187 19. Considere os seguintes conjuntos numéricos �, �, �, �, � = � − � e considere também os seguintes conjuntos: �= �∪� − �∩� �=�− �−� �= �∪� ∪ �−� Das alternativas abaixo, a que apresenta elementos que pertencem aos conjuntos A, B e D, nesta ordem, é 5 (A) –3; 0,5 e 2 (B) (C) (D)
20;
10 e
5
10; –5 e 2 3 ; 2 3 e 2,31
20. Considere um ponto A equidistante de outros dois
ˆ pontos B e C. Sabe-se ainda que o ângulo BAC é 10
menor que seu complemento. A bissetriz do
ˆ ângulo ABC intercepta o segmento AC em D e, ao traçar uma ceviana CE, E
sobre o segmento AB,
ˆ notamos que o ângulo AED
é o dobro do ângulo
ˆ BCE. Além disso, o triângulo CDE é semelhante ao triângulo CEA. Então podemos afirmar que o número que expressa a
ˆ medida do ângulo EDB, em graus, é um
quadrado perfeito. múltiplo de 3. múltiplo de 7. cubo perfeito.
RASCUNHO
RASCUNHO
1
3 1 2 25 2 25
1 2(1000) 3
e b
21. Se a = é igual a (A) (B) (C) (D)
1 10 1 a 3 ( 3)1 , então, 3 b
10 25 40 55 A
2n 4 2n 2 2n 1
Bn
31n
2 2 31n , com 22. Sendo e n N * , então, o valor de A+B é igual a
(A)
2 3
n2
n1
n
n
(B) 2 (C) 4 (D) 16
23. O valor da expressão 37 (0,243243243... 1,8) 0,656565... 6,6 3 11 (1,353535... 0,383838...) 8 é (A) (B)
4,666666... 4,252525...
(C) 4,333333... (D) 4,5 24. Observe a figura.
Os pontos A e M pertencem à reta r e os pontos B e N
pertencem à reta s, que são paralelas. Se as bissetrizes dos
(D) 9,5 cm
ˆ ˆ ângulos AMP e BNP se interceptam no ponto Q, então a ˆ medida do ângulo α MQN é igual a (A) 100 (B) 120 (C) 130 (D)
RASCUNHO
140
1
a
1 1 2 32 4 36 2 4
25. Se
1 10000 4
, (25) b 2
1 25
e c = [3–1– (–3)–1]–1, então, é correto afirmar que (A) (B) (C) (D)
c