Aula 2. Introdução à disciplina

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20/02/2016

SEMIOLOGIA

Graduação em Fisioterapia

Introdução à disciplina Bases, Métodos e Técnicas de Avaliação em Fisioterapia

Semeion

+

Lógos

Parte da propedêutica das profissões da saúde que Profa. Dra. Mariana K. Rampazo Lacativa [email protected]

estudam e interpretam os sinais e sintomas das doenças por meio do exame clínico subjetivo e objetivo.

SEMIOLOGIA EM FISIOTERAPIA PORQUE?

• Bases, Métodos e Técnicas de Avaliação (BMTA)

• Parte da propedêutica fisioterapêutica que estuda e

O QUE?

AVALIAÇÃO

FINALIDADE

interpreta os sistemas de avaliação em fisioterapia possibilitando, assim, identificar as disfunções primárias que acarretam ou contribuem para os sinais e sintomas presentes nas patologias neuromusculoesqueléticas.

QUANDO

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AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO

• Compreender ao máximo e de forma clara os problemas do paciente a partir:

“Somente por meio de uma avaliação completa e sistemática é possível estabelecer um diagnóstico correto”

Ponto de vista do paciente (anamnese / exame subjetivo)

Base Física (exame objetivo / físico) “Se bem avaliado, bem diagnosticado” (Hipócrates)

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO MÉDICO • Pode ser definido como a identificação ou o reconhecimento da doença do paciente pelos sinais e sintomas, achados laboratoriais ou de imagem. • É consensual que o fisioterapeuta não faz diagnóstico da doença no sentido de identificar uma condição patológica orgânica específica. (Dellito e Snyder-Mackler,1995)

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DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO • Descrito pela 1° vez na literatura por Sahrmann (1988) como o nome dado a uma série de sinais e sintomas relevantes associados com a disfunção primária para qual o fisioterapeuta direciona o tratamento. • Também chamado Diagnóstico Cinético-Funcional ou Cinesiológico - Funcional.

• Pré-requisito para o tratamento fisioterapêutico.

DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO • Definição atual É um rótulo cercando uma série de sinais e sintomas comumente associados com uma disfunção ou síndromes / categorias de disfunção, limitação funcional e incapacidade. (Guide to Physical Therapist Practice,2008)

(Goodman e Snyder,2002)

DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO

MODELO DE INCAPACITAÇÃO

Disfunção Limitação funcional Incapacidade

Diagnóstico

Prognóstico

Intervenção

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DISFUNÇÃO

DISFUNÇÃO ANATÔMICA

É definida como a perda e/ou anormalidade na estrutura ou na função. Esta perda ou anormalidade pode ser: • Anatômica • Fisiológica

Identificada com base nas informações obtidas a partir da história, sinais e sintomas, exame e testes que o fisioterapeuta executa.

DISFUNÇÃO ANATÔMICA

DISFUNÇÃO ANATÔMICA • Perda ou anormalidade da estrutura. • Não podem ser corrigidas com intervenção fisioterapêutica, porém podem ser feitas modificações que permitam uma melhor função. • O FT deve estar ciente da presença destas disfunções para ser capaz de estabelecer um prognóstico apropriado e determinar qual é o melhor plano de tratamento.

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DISFUNÇÃO FISIOLÓGICA • Perda ou anormalidade da função. • Tipo de disfunção onde as intervenções fisioterapêuticas conseguem modificar de maneira mais significativa. • São estas disfunções, pela qual o fisioterapeuta é chamado a atuar (esfera de ação).

DISFUNÇÃO FISIOLÓGICA Exemplos: •Dor •Redução da força muscular ou torque •Diminuição da resistência ou endurance muscular •Diminuição da mobilidade articular (hipomobilidade) •Aumento da mobilidade articular (hipermobilidade) •Diminuição do equilíbrio e coodernação •Alteração nos padrões de postura e marcha •Tônus muscular alterado

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

Pode ser definida como a restrição para a realização de atividades, tarefas ou ações de maneira eficiente e tipicamente esperada para um dado indivíduo.

Outros exemplos:

• Atividades Básicas de Vida Diária (AVDs): vestir-se, higiene pessoal, alimentação, transferências, continência.

• Tolerância reduzida a postura sentada ou

• Atividades Instrumentais de Vida Diária* (AIVDs): preparar as refeições, fazer os serviços domésticos, fazer compras no supermercado, atender telefone, usar meios de transportes. *Tarefas mais complexas associadas a uma vida independente na sociedade.

• Anormalidades da marcha;

ereta; • Dificuldade para subir e descer escadas; • Impossibilidade de alcançar um objeto acima da cabeça;

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INCAPACIDADE • Habilidade restrita ou impossibilidade de realizar atividades, tarefas e ações socialmente definidas como poderia esperar de um indivíduo dentro de um contexto sociocultural e físico. • Refere-se a padrões de comportamento que surgiram após um período de tempo, na qual as limitações funcionais foram severas o suficiente impedindo que o individuo as vencesse para manter a sua função normal.

INCAPACIDADE Interação entre a disfunção apresentada pelo indivíduo e a Disfunção

limitação de suas atividades, restrição na participação social e dos fatores ambientais que

Limitação funcional

podem atuar como

INCAPACIDADE

facilitadores ou barreiras para

Referente à execução de tarefas realizadas no cotidiano de um indivíduo;

CONCEITOS IMPORTANTES DEPENDÊNCIA É definida como a incapacidade ou impotência da pessoa funcionar satisfatoriamente sem ajuda, quer devido a limitações físico-funcionais, quer devido a limitações cognitivas, quer a combinação entre essas duas condições.

AUTONOMIA É a capacidade de decisão e de comando diante de uma atividade envolvendo iniciativa e motivação. EXERCÍCIO DO AUTO-GOVERNO

o desempenho de atividades e participação social;

BIBLIOGRAFIA

INDEPENDÊNCIA È a capacidade de realizar algo por seus próprios meios.

MAGEE, D. Avaliação musculoesquelética. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005. PORTO, C.C.; PORTO, A.L. Exame clínico. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

* são condições que não se excluem umas às outras, muitas vezes se entrelaçam, * presentes em todo o ciclo vital

VIEL, E. O diagnóstico cinesioterapêutico: concepção, realização e transcrição na prática clínica e hospitalar. 1.ed. São Paulo: Manole, 2001.

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