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13/02/2014
PÉ DIABÉTICO
Profa. Fernanda de Oliveira Soares
DIABETES Stewart, 2002 Relação entre diabetes e o acometimento de vários órgãos. Principais complicações macrovasculares Retinopatia, neuropatia autonômica e periférica, nefropatia, doença vascular periférica, aterosclerose, hipertensão e susceptibilidade a doenças e infecções periodontais.
DIABETES TIPO I
PROJEÇÕES GLOBAIS PARA DIABETES 1995-2010 26.5 32.9 14.2 17.5
24%
23%
84.5 132.3
57%
9.4 14.1
50% 15.6 22.5
44%
1.0 1.3
World 2000=151 million 2010=221 million Increase: 46%
33%
DIABETES TIPO II
NORMAL
DIABETES TIPO II
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DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE DIABETES CARACTERÍSTICAS
TIPO I
TIPO II
Outra denominação
Juvenil
Proporção entre os diabéticos
~ 10%
~ 90% > 40 anos
Adulto
Idade de início
< 20 anos
Desenvolvimento da doença
Rápido
Lento
Histórico familiar
Incomum
Comum
Necessidade de insulina
Sempre
Comum, mas nem sempre
Insulina pancreática
Nenhuma ou muito pouca
Normal ou elevada
Cetoacidose
Comum
Rara
Gordura corporal
Normal/magro
Geralmente obeso
PÉ DIABÉTICO Segundo o consenso internacional (1999), o pé diabético é a infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associados com anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no membro inferior
ETIOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Neuropatia Teoria Vascular: Microangiopatia da
vasa-vasorum Isquemia com lesão do tecido nervoso Teoria bioquímica: Redução da Insulina Alteração das céls. de Schwann Desmielinização e degeneração dos axônios Alterações de sensibilidade
PÉ DIABÉTICO Spichler, 2000 Nos EUA e Suécia, 50% e 32%, respectivamente, das amputações de MMII não traumáticas são decorrentes da diabetes. Spichler, 2000 No RJ e baixada fluminense ocorrem 180 amputações para cada 100.000 diabéticos enquanto na população normal este número é de 14 amputações para cada 100.000 indivíduos
ETIOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Neuropatia Doença Vascular Periférica Infecção
FISIOPATOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Neuropatia Sensitivo-Motora Perda de Sensibilidade Dolorosa Perda de Sensação Protetora Atrofia da Musculatura Intrínseca do Pé Alterações Osteo-MioArticulares Alterações dos Pontos de Pressão Ulcerações
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FISIOPATOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO
FISIOPATOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Neuropatia Autonômica Perda do Tônus Vascular Vasodilatação e Aumento das Aberturas Artério-Venosas Shunt Artério-Venoso Redução da Nutrição Tecidual Anidrose Pele Ressecada e Fissurada
FISIOPATOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO
ETIOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Doença Vascular Periférica Macroangipatia: Afeta vasos de maior
calibre Causada pela ateroesclerose Microangiopatia: Espessamento difuso das membranas basais Mais evidente nos capilares da pele, músculos esqueléticos, retina e rins
FISIOPATOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Lesões Estenosantes dos MMII
FISIOPATOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO
Redução de Fluxo Sangüíneo Claudicação Intermitente Dor de Repouso Ulceração Gangrena
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ETIOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Infecção - Celulite localizada – celulite
necrotisante
- Abcesso profundo- gangrena - Traumas - Ulceras - Lesões interdigitais e/ou peri-ungueais
DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO Exame clínico – anamnese e exame físico Investigação da Neuropatia 1) Nervos sensorias - Dores em queimação - Pontadas, agulhadas - Sensação de frieza - Parestesia - Hipoestesia e anestesia
“PÉ DE CHARCOT” Neuro-osteoartropatia FASE AGUDA- Inflamação FASE CRÔNICA – Deformidades Alteração da conformação do pé
ETIOLOGIA DO PÉ DIABÉTICO Infecção - Infecções leves – Cocos gram positivos
aeróbios ( estreptococos e estafilococos áureos) - Infecções graves – flora polimicrobiana (estafilococos áureos, escherichi coli, Clostrídio sp, etc) pan-neuropatia, insuficiência vascular e disfunção imunológica INFECÇÂO
DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO Investigação da Neuropatia 2) Nervos motores - Atrofia da musculatura intrínseca - Deformidades osteoarticulares (dedo em martelo, halux valgo, dedos em garra) - Presença de calosidades 3) Nervos autonômicos - Diminuição da sudorese - Ressecamento de pele - Fissuras - Coloração rosa da pele
DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO TESTES E EXAMES AUXILIARES Avaliar Neuropatia a) Teste com monofilamento – incapacidade de sentir pressão no pé b) Teste com o martelo- sensação profunda c) Teste com diapasão Radiografia simples
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DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO
a) b) c) d)
TESTES E EXAMES AUXILIARES Avaliar Angiopatia Teste com Doppler – ITB Teste com o fotopletismógrafomedida da pressão do dedo Medida da tensão transcutânea de O2 Angiografia
Quadro 1. Resumo do quadro clínico (sintomas e sinais) da Angiopatia - pé diabético isquêmico a) dor / claudicação intermitente; b) dor de repouso; c) enchimento capilar > 15 segundos d) palidez Pé Diabético Cícero Fidelis 16/05/2003 Página 8 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro e) cianose f) hipotermia g) atrofia de pele / tcsc / músculo h) alterações de fâneros - pelos e unhas i) diminuição ou ausência de pulsos à palpação j) flictenas / bolhas k) úlcera isquemica l) necrose seca (isquêmica) m) gangrena seca (isquemica)
TRATATAMENTO DO DIABETES
DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO TESTES E EXAMES AUXILIARES Avaliar Infecção a) Cultura de amostras teciduais e hemocultura b) Radiografia, Cintilografia e RNM
Quadro 1. Resumo do quadro clínico (sintomas e sinais) da Paneuropatia - pé diabético neuropático a) ressecamento de pele b) fissuras de pele ( rachaduras) c) hiperemia / eritema ( "pé de lagosta") d) hipertermia e) vasodilatação dorsal f) alteração de sensibilidade g) hipotrofia de músculos dorsais h) deformidades ósteo-articulares (ex.: joanete, dedos em garra ou em martelo, proeminência de metatarsos, "pé de charcot", etc ) i) calosidades j) úlcera neuropática
TRATATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO
Mudança do estilo de vida
Neuropatia
Tratamento Medicamentoso
-Analgésicos
MEDICAMENTO MECANISMO DE AÇÃO
Quadro 1. Resumo do quadro clínico (sintomas e sinais) da infecção - pé diabético infeccioso a) edema b) secreção / pus ( fluxo espontâneo ou por expressão ou ordenha da área.) c) necrose infecciosa d) gangrena úmida ( infecciosa )
-Antidepressivos tricíclicos ( imipramine, amitriptyline, clomipramine)
Sulfoniluréias
Aumento da secreção de insulina
-Capsaicin
Repaglinida*
Aumento da secreção de insulina
Nateglinida*
Aumento da secreção de insulina
-Anticonvulsivantes (carbomazepine)
Metformina Aumento da sensibilidade à insulina predominantemente no fígado Glitazonas
Aumento da sensibilidade à insulina no músculo
Acarbose*
Retardo da absorção de carboidratos
-Deformidades- ósteo-artroplastias -Calosidades – retirada cirurgica -Úlceras – botas de gesso, órteses, palmilhas
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TRATATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO
MEDIDAS PREVENTIVAS 1) Inspecção e exame regular dos pés e calçados 2) Identificação do paciente de alto risco
Angiopatia
Infecção
a) Ùlcera ou amputação prévia
-Drogas vasodilatadoras
-Antibióticos
c) Carência de educação
-Drenagem
e) Alteração da percepção da vibração
-Prática de exercícios -Controle dos fatores de risco -Dor em repouso – intervenção cirurgica
b) Carência de contato social
d) Alteração da sensação de proteção
-Debridamento
f) Ausência do reflexo do tendão de Aquiles
-Cuidados da ferida
h) Deformidades
g) Calos
i) calçados inadequados j) Ausência dos pulsos podais 3) Educação do paciente, família e provedores de saúde 4) Calçados apropriados 5) Tratamento de patologia não ulcerativa
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