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AULA 6 SISTEMA DIGESTÓRIO
-ICAVIDADE ORAL A cavidade oral tem as seguintes funções:
1 – umidificar; 2 – triturar; 3–
Formada pela camada mucosa – formada por epitélio e tecido conjuntivo.
Epitélio – estratificado (várias camadas), pavimentado (células achatadas) e, a depender da região, queratinizado – gengiva e palato duro -, ou não queratinizado – palato mole, bochecha e assoalho da língua.
(*) as regiões queratinizadas estão próximas das partes que haverão atrito, assim a queratina vai trabalhar como proteção desse atrito.
Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) dará sustentação ao epitélio.
Logo, lâmina própria + epitélio = camada mucosa.
DA LÍNGUA
Massa
de
músculo
estriado
esquelético
–
essas
fibras
musculares vão se intercruzar em 3 planos diferentes, agrupando-se em feixes.
Revestindo essa massa muscular temos a camada mucosa (epitélio e lâmina própria). Esse tecido frouxo penetra nas fibras musculares, por isso ele se fixa bem forte.
A porção ventral da língua é lisa. Já a superfície dorsal (voltada para o céu da boca) é irregular.
A língua (3/3) é dividida pelo “v” lingual – que separa 2/3 anteriores da língua do 1/3 posterior.
Essas estruturas irregulares do dorso da língua – papilas linguais: são elevações do epitélio lingual e lâmina própria (não só do epitélio), vão ter várias formas e diferentes funções.
Papilas – filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas.
(a)
Papilas filiformes
Mais numerosas; Em toda região dorsal da língua.
Possuem formato cônico alongado. Não possuem botões gustativos.
Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado – pois a queratina reveste a papila.
FUNÇÃO – papel mecânico, pois ajuda na fricção em relação ao alimento.
(b)
Papila fungiforme
Segunda mais numerosa; Distribuídas entre as filiformes.
Já tem botões gustativos.
Epitélio estratificado pavimentoso NÃO queratinizado – pois possui botões gustativos.
FUNÇÃO – percepção de sabor.
(c)
Papilas foliadas
Pouco desenvolvidas no humano. Formadas por duas ou mais rugas separadas por sulcos. Dispersas entre as outras papilas.
Também
possui
epitélio
estratificado
pavimentoso
NÃO
queratinizado – pois possui botões gustativos.
FUNÇÃO – percepção de sabor.
(d)
papilas circunvaladas
Grandes. De sete a doze papilas circunvalaras; Ficam na região do “v” lingual.
Lateralmente a ela existe uma depressão que forma um sulco. Voltadas para om sulco existem glândulas serosas que ficaram expelindo
secreção no sulco, essas secreções possuem a função de permitir que o alimento não pare no sulco, para que novos sabores possam ser percebidos e impede a formação da “capa hidrofóbica” que alguns alimentos podem causar.
Muitos botões gustativos em sua lateral.
FUNÇÃO – percepção de sabor.
Os sabores que conseguimos perceber são:
Amargo; Ácido (ou azedo); Doce; Salgado; Umami (sabor do haji-sal – glutamato monossódico).
DO BOTÃO GUSTATIVO
O botão gustativo tem forma de cebola.
Composto de 50-100 células e é formado por três tipos diferentes de células:
(a)
células basais (célula tronco epitelial) – podem se tornar uma das outras duas células;
(b)
células de sustentação ou suporte;
(c)
células gustativas – as que percebem o sabor.
Em sua porção apical existe o poro gustativo, desse poro vão partir microvilosidades que são derivadas das células gustativas e vão aumentar a superfície de contato para a percepção de mais sabores.
DOS DENTES E ESTRUTURAS ASSOCIADAS
Podemos ter até 32 dentes permanentes, divididos em dois arcos, bilateralmente simétricos, inseridos nos ossos maxilar e mandibular.
Podem ser: incisivos, molares, pré-molares e caninos.
(*) a criança terá, no máximo, 20 dentes. Chamados de dentes decíduos.
Coroa – parte do dente que está pra fora da gengiva; Esmalte – reveste a coroa; Raiz – porção inserida dentro da gengiva. Dependendo do dente, poderá haver 2 raízes; Semento – reveste a raiz.
A maior parte do dente é a dentina. No meio da dentina existe uma cavidade que vai ser preenchida pela polpa dental.
Nessa polpa dental, existirá uma abertura, o forame apical onde passarão os nervos e vasos do dente.
O ligamento entre dente e osso – existe o ligamento periodontal.
Histologia dentária:
Dentina – tecido mineralizado, formada por fibras de colágeno do tipo 1, sais de cálcio, glicosaminoglicanos, fosfolipídios e fosfoproteínas. A dentina é produzida pelos odontoblastos.
Os odontoblastos, localizados na periferia da polpa dental, circundando a polpa dental, voltados para dentina.
Esses odontoblastos emitem prolongamentos em direção à dentina. Assim, na dentina se formam os tubos dentinários que garantirão a entrada dos prolongamentos do odontoblastos.
Os odontoblastos, primeiramente, irão produzir a parte orgânica da dentina, composta de proteínas. Assim, quando os odontoblastos secretam essa parte orgânica, ela é chamada de pré-dentina, pois ainda não está mineralizada.
Pré dentina – parte orgânica; Dentina – parte orgânica + mineralização.
A mineração ocorre a partir dos odontoblastos que susgem vesículas membranosas – as vesículas da matriz -, que irão liberar íons de Ca e P. Esses íons vão se agrupar formando pequenos cristais, a junção desses cristais dará origem aos CRISTAIS DE HIDROXIAPATITA.
Por ser mineralizada, a dentina não possui muitas fibras, assim, as sensações são quase sempre de dor, sem diferenciação de sensações.
Esmalte – componente mais duro do corpo, pois é formado 96% de mineral, 1% de matéria orgânica e 3%
Também há a formação dos cristais de hidroxiapatita.
Formado por colunas alongadas que recebem o nome de prisma do esmalte. Entre essas colunas há o esmalte interprismático, que garantirá a ligação do prisma – ambos são compostos de cristais de hidroxiapatita.
A parte orgânica é formada pelos ameloblastos.
A matriz orgânica é formada por amelogeninas e anamelinas. (proteínas).
Esses
ameloblastos,
são
células
que
também
possuem
alongamentos com porção apical. Essa extensão recebe o nome de processo de Tomes.
Nesses prolongamentos existem muitos grânulos de secreção que secretarão essas duas proteínas (amelogeninas e anamelinas).
Os ameloblastos também formam uma proteção para proteger o esmalte do dente quando penetram a gengiva.
Polpa dental – formada por t.c.frouxo.
Na periferia – odontoblastos; além dos fibroblastos, fibras de colágeno e GAGs.
Muito
vascularizada,
com
a
presença
de
muitos
vasos
sanguíneos e nervos.
Periodonto – estruturas responsáveis por manter o dente ligado ao osso.
Composto de:
Semento; Ligamento periodontal; Osso alveolar; Gengiva.
O semento envolve a raiz do dente. Dentre as composições do dente, é o mais parecido com osso. É produzido pelo semetócito, que estão localizados em lacunas. Também é um tecido mineralizado.
Não possui vasos sanguíneos.
Lig. Periodontal, por sua vez, liga o semento ao osso alveolar. Esse lig. É formado por tecido conjuntivo – o tecido conjuntivo especial, pois as fibras desse tecido se agrupam em feixes, com o nome de fibras de Sharpey (colágeno).
Já o osso alveolar é o mais próximo das raízes dos dentes. É osso imaturo (primário), permitindo assim a locomoção e mobilidade dos dentes.
Passando por esses ossos existem os vasos perfurantes.
Por fim, a gengiva é uma membrana mucosa (epitélio + tecido conj.). Está em contato com o dente, essa região de contato recebe o nome de epitélio juncional.
Entre a gengiva e o dente, também há o sulco gengival que tem que ter, no máximo, 3mm de profundidade, sendo certo que qualquer alteração nesse número acusa o desenvolvimento de processo patológico.