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Aula 11 - Sistema Bethesda ♦ Classificação Papanicolaou - 1943 • Classe I: Esfregaço normal. • Classe II: Esfregaço inflamatório. • Classe III: Lesões displásicas ou pré neoplásicas. • Classe IV: Provavelmente maligno (geralmente carcinoma in situ). • Classe V: Esfregaço com padrão de neoplasia maligna.
♦ Classificação histopatológica - Classificação de Reagan (OMS) - 1953 • Displasia leve - alterações celulares limitadas ao terço inferior do epitélio escamoso cervical • Displasia moderada - proliferação celular anormal atinge os 2/3 inferiores do epitélio escamoso cervical • Displasia acentuada - células anormais encontradas em mais de 2/3 da espessura do epitélio escamoso cervical • Carcinoma "in situ" (CIS) - células anormais em grande quantidade, preenchendo toda a espessura do epitélio escamoso cervical, sem invasão.
♦ Classificação de Richart - 1967 • Neoplasia intraepitelial cervical grau I (NIC I) - anormalidades celulares e figuras de mitose (raras) limitadas ao terço inferior do epitélio escamoso cervical. Alterações nucleares discretas • Neoplasia intraepitelial cervical grau II (NIC II) - células indiferenciadas e figuras de mitose atingindo os 2/3 inferiores do epitélio escamoso cervical • Neoplasia intraepitelial cervical grau III (NIC III) - perda da organização e diferenciação celular atingindo toda espessura do epitélio escamoso cervical, com numerosas figuras de mitose e anormalidades nucleares importantes. Não há invasão do estroma
♦ Sistema Bethesda - 1988 • Em dezembro de 1988, uma oficina de trabalho promovida pelo Instituto Nacional de Câncer (EDA), em Bethesda, Maryland, criou o sistema Bethesda (TBS) com revisões em 1991 e 2001. • Este tinha por objetivo desenvolver um sistema de descrição dos esfregaços de Papanicolaou que representaria a interpretação citológico de um modo claro e relevante para o clínico. O resultado deste primeiro encontro foi o sistema Bethesda de 1988.
• Consiste no conjunto de normas de laudos citológicos criados em 1988 para estudo de esfregaços cervicovaginais, na tentativa de padronização de laboratórios e serviços de citopatologia para melhoria da reprodutibilidade inter e intrapessoal, bem como de mais fácil comunicação com o ginecologista. • O sistema Bethesda de 2001 inclui alterações que se baseiam no acumulo de dados e nos avanços na compreensão da biologia do câncer cervical. A expressão “diagnóstico” é substituída por “interpretação” “resultado” no cabeçalho do laudo da citologia cervical. Os participantes da conferencia de Bethesda de 2001 concordaram que a citologia cervical deve ser considerada primariamente como um "teste de screening, que, em alguns casos podem servir como uma consulta médica, fornecendo uma interpretação capaz de levar a um diagnóstico".
1. Adequacia do espécime - satisfatório - insatisfatório - espécime rejeitado/ não processado - espécime processado e examinado 2. Categorização geral - Negativo para lesão intra-epitelial ou malignidade (NLM) - Anormalidades celulares epiteliais 3. Diagnóstico descritivo 3.1 NLM - organismos - outros achados não neoplásicos . Alterações reativas . Células glandulares pós-histerectomia . Atrofia 3.2 outros - células endometriais ( em mulheres com mais de 40 anos de idade ) 3.3 anormalidades celulares epiteliais - em células escamosas - em células glandulares
4. Outras neoplasias malignas ♦ Atípias em células de significado indeterminado (ASC - US) • Critérios citológicos para diagnóstico de ASC-US:
- Aumento nuclear de 2,5 a 3 vezes um núcleo de uma célula escamosa intermediária normal, com um leve aumento na relação n / c - Variação nuclear no tamanho e forma / binucleação - Leve hipercromasia possivelmente presente,com a cromatina mantendo-se bem distribuída e sem granularidade. - Bordas nucleares lisas e regulares; irregularidade muito limitada. - Células com alguns critérios (mas não todos), para infecção por HPV.
• O uso de termos equívocos deve ser evitado o máximo possível. • As taxas de diagnósticos equívocos podem ser reduzidos por: - Ênfase em educação e treinamento - Melhoria na coleta e preparação do esfregaço - Revisão e / ou reescrutínio de casos equívocos por mais de uma pessoa. - Monitoramento de taxas individuais e dos serviços - Correlação com histopatologias e evolução clínica. • O diagnóstico de ASC-US deve ser seguido por recomendações, tais como: - Repetir a citologia em 4 a 6 meses. - Tratar o processo inflamatório e repetir - Repetir a amostra quando clinicamente indicado. - Teste para HPV. - Colposcopia
♦ Critérios citológicos para diagnóstico de ASC-H: • Aumento nuclear de 2,5 a 3 vezes um núcleo de uma célula escamosa intermediária normal, com um leve aumento na relação n / c • Variação nuclear no tamanho e forma • Leve hipercromasia possivelmente presente,com a cromatina mantendo-se bem distribuída e sem granularidade. • Bordas nucleares lisas e regulares; irregularidade muito limitada. • Ocorrem em células profundas, podem simular uma lesão de alto grau (HSIL), daí ser impossível descartar esta possibilidade.
♦ Lesões intra-epiteliais de baixo grau (LSIL) Em tese, engloba lesões anteriormente classificadas como: ¨ efeito citopático por HPV ¨ e displasia leve ou NIC I. • Critérios citológicos: - Células isoladas ou agrupadas - Anormalidades nucleares confinadas a células maduras ( tipo intermediária ou superficial) - Aumento nuclear de pelo menos três vezes a área de um núcleo de célula intermediária normal - Moderados anisocariose e pleomorfismo nuclear - Bi e multinucleações podem ser observadas - Hipercromasia - Nucléolo não visível - Borda nuclear com eventual e sutil irregularidade - Coilocitose
♦ Lesões intra-epiteliais de alto grau (HSIL) Englobaria as lesões antes classificadas como displasia moderada (NIC II), displasia acentuada (NICIII) e carcinoma in situ (NICIII) • Critérios citológicos: - Células usualmente ocorrem isoladas, em lençóis ou agregados sinciciais - Anormalidades nucleares, semelhantes às descritas para LSIL, ocorrem predominantemente em células escamosas com características citoplasmáticas de imaturidade. Ocasionalmente, o citoplasma é maduro e densamente queratinizado. - De forma geral, o tamanho da célula com HSIL é menor que a com LSIL. - Hipercromasia é evidente - Nucléolo não visível -Bordas nucleares irregulares Papanicolaou
Reagan Displasia leve
Classe III
Displasia moderada Displasia grave Classe IV Carcinoma "in situ" Classe V Carcinoma invasor Classificação das lesões pré-malignas do colo uterino
Richart HPV NIC I NIC II NIC III
Bethesda
Carcinoma invasor
Carcinoma invasor
LSIL HSIL