AULA 6_TECNICAS DE REEXPANSÃO

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Aula 6 –

Técnicas e manobras cardiorespiratória: reexpansão e desinsuflação pulmonar DANIEL DA COSTA TORRES Discip. de Fisioterapia nos Distúrbios Funcionais do Sistema Cardiorespiratório

Manobras de reexpansão pulmonar • Posicionamento no leito • Inspiração profunda • Sustentação máxima da inspiração

• Respiração Fracionada ou em Tempos • Respiração com Soluços Inspiratórios

• Respiração com Expiração Abreviada • Manobra de Pressão Negativa / Compressão-descompressão • Manobra de Bloqueio Torácico / Transferência de fluxo • Propriocepção/Estimulação Diafragmática • Incentivadores Respiratórios

Definição • Série de manobras fisioterapêuticas com objetivo de aumentar a ventilação alveolar, evitando a hipoventilação e reduzindo o trabalho ventilatório; • Prevenção de atelectasias; • Manobras manuais, manobras orientadas pelo fisioterapeuta e manobras com utilização de aparelhos; • Aumento da pressão transpulmonar (Pp): Pp = Palv - Ppl Pressão alveolar (Palv) -  Pressão pleural (Ppl)

Objetivos • • • • • • •

 expansibilidade tóraco-pulmonar;  complacência;  ventilação pulmonar;  volumes e capacidades pulmonar; melhorar as trocas gasosas e oxigenação; reverter atelectasias;  força muscular respiratória.

Fisiologia Respiratória •

PRESSÃO TRANSPULMONAR

• Diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural

Ptrans= Palv-Ppl

Fisiologia Respiratória •

DIFERENÇA DE PRESSÃO

Fisiologia Respiratória



Posicionamento no leito • Objetivo otimizar a ventilação, favorecer a mecânica diafragmática e favorecer a troca gasosa; • Postura sentada favorece a mecânica de contração do diafragma e troca gasosa; • Decúbito dorsal é a pior postura: o Modificação da morfologia da caixa torácica, diafragma e pressão abdominal; o Redução da CRF; o Acúmulo de secreções.

• Relação ventilação x perfusão (V/Q) é melhor nas áreas pulmonares dependentes da gravidade  pulmão sadio; • Patologia pulmonar  posicionar a região afetada em decúbito não dependente.

Propriocepção/Estimulação Diafragmática • Respiração Diafragmática: Respiração lenta e profunda  cavidade nasal  mantendo as mãos no abdômen. • Facilitação Diafragmática: Pequena compressão manual  diafragma  expiração  libera-se o diafragma  reflexo de estiramento.

Inspiração profunda • Técnica mais simples de se realizar; • Paciente realiza incursões ventilatórias profundas; • Pode ser associada a cinesioterapia motora de mmss e mmii.

Sustentação máxima da inspiração • Manter apneia por 5 a 10 segundos; • Apneia = pausa ao final da inspiração; • Inspirações a médios e altos volumes; • Objetivo de manter o ar por mais tempo nas vias aéreas  melhor ventilação pulmonar e melhor distribuição do fluxo aéreo; • Interdependência alveolar.

Respiração Fracionada ou em Tempos • • • •

Inspiração nasal curta, suave; Curtos períodos de pausa pós-inspiratória; Programada para 2, 3, 4, 5 ou 6 tempos repetitivos; CPT.

Respiração com Soluços Inspiratórios • Inspiração é subdividida em inspiração curtas e sucessivas; • Até a capacidade máxima inspiratória.

Respiração com Expiração Abreviada • Ciclos intermitentes de inspiração profunda intercalados com pequenas expirações; • CPT.

Manobra de Pressão Negativa / Compressãodescompressão • Realiza o bloqueio no fim da expiração; • Retira-se bruscamente as mãos na metade ou na inspiração; • A técnica proporciona um aumento do fluxo expiratório com variação do fluxo de forma súbita; • As mãos devem ser colocadas na base inferior dos últimos arcos costais e durante a expiração aplicar uma compressão no tórax do pcte para dentro e para baixo;

• Assim que o paciente iniciar a inspiração deve-se realizar uma descompressão súbita; • Alguns autores preconizam que deve ser trabalhado um hemitórax por vez.

Manobra de Bloqueio Torácico / Transferência de fluxo • Realiza o bloqueio no segmento ou hemitórax durante a inspiração; • Desvio do fluxo para o hemitórax contralateral.

Incentivadores Respiratórios • • • •

Espirometria de incentivo; Estimular o paciente a realizar inspirações profundas; Feedback visual; Incentivadores à fluxo: fluxo turbilhonar – trabalho ventilatório – altos fluxos – uso da musculatura acessória; • Incentivadores à volume: gera menos trabalho ventilatório – menor alteração da mecânica ventilatória – menor fluxo – intervalo de tempo maior – uso de musculatura diafragmática.

Incentivadores Respiratórios • Coach: o Incentivador respiratório à volume (4000 ml); o Mensura o volume de ar inspirado. • Voldyne: o Usado na prevenção de atelectasias; o Diminuição do trabalho respiratório.

Incentivadores Respiratórios • Respiron: o Desobstrução brônquica; o Reexpansão pulmonar; o Indicação: Atelectasias; Prevenção de infecções pulmonares; Expansão dos alvéolos pulmonares; Exercita os músculos respiratórios.

Pressão positiva nas vias aéreas (EPAP) • Expiratory Positive Airway Pressure;

•  PEEP; • Maior resistência; • Promove reexpansão pulmonar e higienização brônquica.

Manobras de desinsuflação pulmonar TEMP

Objetivos • • • • • • •

Diminuir a resistência das vias aéreas; Reduzir trabalho respiratório; Reduzir sensação de dispneia; Melhorar a eficiência ventilatória; Combater a hiperinsuflação dinâmica; Combater o auto-peep; Melhorar o recuo elástico.

Terapia Expiratória Manual Passiva - TEMP • As mãos devem ficar posicionadas na base inferior dos arcos costais e imprimir uma compressão no tórax, para baixo e para dentro, durante a expiração; • Esta variação súbita do fluxo facilita a expectoração e a desobstrução brônquica. • TEMP Lenta: compressão Manual Lenta durante toda a fase expiratória. • TEMP Brusca: compressão Manual Brusca durante o final da expiração.

Terapia Expiratória Manual Passiva - TEMP • Melhorar a ventilação através da distribuição da ventilação reequilibrando as pressões alveolares; • Facilitar a limpeza brônquica por meio do deslocamento e migrações nos tampões mucosos; • Manter a elasticidade pulmonar através da solicitação das fibras elásticas no seu limite, estimulando de maneira seletiva de acordo com a lei da ação e reação; • Controlar a abertura da caixa torácica; • Melhorar gradativamente a difusão alvéolo capilar; • Desinsuflação pulmonar adequada com consequente e eficaz diminuição do tempo expiratório.

Terapia Expiratória Manual Passiva - TEMP • Indicações: TEMP de compressão lenta: Hiperinsuflação pulmonar; Broncoespasmo; Dispnéia; Pós-operatórios. TEMP de compressão brusca: Doenças hipersecretivas.

Terapia Expiratória Manual Passiva - TEMP • Contra-Indicação: TEMP de compressão brusca: Fraturas de costela; Fístula bronquíolo pleural; Hemorragia pulmonar; Osteoporose; Enfisema subcutâneo; Tumorações; Dispnéia moderada ou grave; Cardiopatia descompensada.

Terapia Expiratória Manual Passiva - TEMP • Descrição do procedimento: TEMP lento: O paciente inspira suavemente, procurando insuflar o máximo os seus pulmões. Faz em seguida uma breve apnéia pós-inspiratória, iniciando após, uma expiração suave e lenta acompanhada em toda a sua duração pela compressão manual do fisioterapeuta que vai procurar desinsuflar os pulmões.

TEMP brusco: Efetiva-se o mesmo procedimento empregado na compressão manual lenta, com a única diferença que a compressão deve ser brusca no final da expiração.
AULA 6_TECNICAS DE REEXPANSÃO

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