Aula Diabetes Mellitus

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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22

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Olá, O tema de hoje é amplo e muito cobrado nas provas de concurso de Enfermagem, por isso precisamos estudá-lo de forma aprofundada, sem perder o foco. Então, fizemos uma abordagem teórica, baseada no que já foi explorado em provas e, no final, comentamos as questões das provas de concursos. Veja abaixo as principais fontes bibliográficas que as bancas utilizam para elaborar as questões sobre DM:  Manuais de Atenção Básica do Ministério da Saúde;  Caderno de Atenção Básica nº 16 (2006).  Caderno de Atenção Básica nº 36 de 2013 (atualizado com as novas diretrizes). Boa aula! Profº. Rômulo Passos Profª. Raiane Bezerra Profª. Sthephanie Abreu

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1 - DIABETES MELLITUS (DM) O termo “diabetes mellitus” (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina1. Os principais tipos de DM é o tipo 1 e 2. Vejamos as principais características deles:

As pessoas com DM tipo 1 ou DM tipo 2 que utilizam grandes doses de insulina e já não apresentam produção endógena, devem ter um maior controle glicêmico, observando alimentação e atividade física. Não é recomendado que a pessoa realize atividade física intensa em casos de cetoacidose. Nestes casos, a atividade física vigorosa pode piorar o quadro. Se a pessoa estiver com a glicemia menor de 100 mg/dl, pode ser orientada a ingerir um alimento com carboidrato antes de iniciar as atividades. O DM tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. Por outro lado, de acordo com o Ministério da Saúde2, o DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico. 1

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Brasil, 2013-B, p. 19, disponível em: http://goo.gl/506DyP. Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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A cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é ocasionada por infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente, permanecendo assintomática por vários anos.

A cetoacidose é mais comum no DM tipo 1, enquanto que o coma hiperosmolar está associado a DM tipo 21. A maioria dos casos de Diabetes tipo 2 apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina. O diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo 1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período pós-parto e pode frequentemente retornar anos depois. Hiperglicemias detectadas na gestação que alcançam o critério de diabetes para adultos, em geral, são classificadas como diabetes na gravidez, independentemente do período gestacional e da sua resolução ou não após o parto. Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal3. O diabetes tipo Lada4 é um termo que significa diabetes auto-imune latente do adulto. Esse tipo menos comum da diabetes acomete pacientes adultos (aproximadamente após 30 anos) que, em geral, não requerem insulina inicialmente, mas que apresentam autoanticorpos contra as células-beta e progressão mais rápida para insulino-dependência. A apresentação clínica inicial diferencia as duas formas de diabetes associadas aos auto-anticorpos no adulto: LADA e DM tipo 1. O primeiro se caracteriza por ausência de cetoacidose ou hiperglicemia acentuada sintomática nos primeiros 6 a 12 meses, não havendo requerimento de insulina nesse período, o que o assemelha ao DM tipo 2 clássico; enquanto o DM tipo 1 é definido na presença de sintomas típicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia e/ou perda de peso), cetonúria ou cetoacidose, com necessidade de insulina no diagnóstico ou imediatamente após. Em resumo, os principais tipos são os seguintes:

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Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v52n2/19.pdf

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2 - DIAGNÓSTICO DA DM O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g em duas horas (TTG) e, em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c)5, conforme descrição na tabela abaixo.

Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos Categoria

Glicemia normal Glicemia alterada

Glicemia de jejum*

TTG: duas horas após 75 g de glicose

Glicemia casual**

110 e
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