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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão
Aula 05 – Segurança Corporativa Estratégica
Olá, caro aluno! Como estão os estudos? Espero que a todo vapor! Hoje trataremos de um assunto muito importante não só para o dia-a-dia de quem trabalha na área de segurança, mas, principalmente, para provas de concursos:
Segurança Física e Patrimonial de Instalações Identificação, emprego e utilização de equipamentos eletrônicos de segurança: sensores, sistemas de alarme, cercas elétricas, CFTV (circuito fechado de televisão).
Como a maior parte de nós (e você logo em breve!), profissionais de segurança, trabalha em corporações instaladas em estruturas prediais, é de extrema importância que tais patrimônios sejam salvaguardados da melhor forma. Eis então uma de suas futuras atividades primordiais como Técnico do MPU! Bom, tentei ser o mais objetivo e focado possível, diante de um assunto tão vasto. Mesmo com um conteúdo um tanto quanto extenso, você terá a feliz constatação de que as questões já elaboradas sobre o tema (estão praticamente todas aqui!) serão bastante tranquilas de se resolver. Quer ver? Sigamos em frente!
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I - A SEGURANÇA FÍSICA E PATRIMONIAL DAS INSTALAÇÕES 1.1. Generalidades
A Segurança de Áreas e Instalações, (também conhecida como Segurança Física e Patrimonial de Instalações) consiste na adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral, fiscalização e controle de acesso de locais considerados "perigosos", seja para visitantes, seja para os recursos humanos da empresa. Abrange, também, demarcação, bloqueio e rigoroso controle de acesso a locais considerados "sensíveis". Para tanto, avalia as necessidades de segurança de certas áreas, instalações, dependências e ambientes de interesse, o que vai depender do nível de sensibilidade ou periculosidade de cada local em relação ao processo institucional, às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade. Vamos logo às nossas primeiras questões!
[FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/2ª– 2008] Sobre a segurança das áreas e instalações, julgue os itens a seguir. 01. Consiste na adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral. 02. Consiste na fiscalização e controle de acesso a locais considerados “perigosos”, seja para os recursos humanos da empresa, seja para visitantes. 03. Abrange demarcação, bloqueio e rigoroso controle de acesso a locais considerados “sensíveis”. 04. Avalia a necessidade de segurança de certas áreas, instalações, dependências e ambientes de interesse, o que dependerá do nível de sensiblidade ou periculosidade de cada local em relação ao processo institucional, às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade. Comentário 01: Certa! Acabamos de ver que a Segurança de Áreas e Instalações (também conhecida como Segurança Física e Patrimonial) de fato consiste na adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral. Gabarito: Certo 2 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Comentário 02: Também correta! A Segurança de Áreas e Instalações também consiste na fiscalização e no controle de acesso de locais considerados "perigosos", seja para visitantes, seja para os recursos humanos da empresa. Gabarito: Certo Comentário 03: Exato. Também é finalidade da Segurança de Áreas e Instalações abranger a demarcação, bloqueio e rigoroso controle de acesso a locais considerados "sensíveis". Gabarito: Certo Comentário 04: Verdade! A Segurança de Áreas e Instalações realmente deve avaliar as necessidades de segurança de certas áreas, instalações, dependências e ambientes de interesse, adequando-as de acordo com o nível de sensibilidade ou periculosidade de cada local em relação ao processo institucional, às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade. Gabarito: Certo 05. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] Um plano de segurança física e patrimonial deve levar em conta os seguintes aspectos, entre outros: vias de acesso, adjacências do estabelecimento, barreiras perimetrais, portões, janelas, iluminação, corpo de vigilância, sistemas de alarme, estacionamento de veículos, número de empregados e pontos críticos. Comentário: É isso mesmo! Os dois parágrafos iniciais desse tópico já lhe dão subsídios para responder com tranquilidade essa assertiva. O conceito nela apresentado contempla e completa o que você acabou de ver, pois trata-se de fato daquilo que deve ser o foco de um bom planejamento de segurança de física e patrimonial (de áreas e instalações). Gabarito: Certo
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1.2. Áreas, Instalações, Dependências e Ambientes
As dependências e ambientes podem ser entendidos como pequenos espaços determinados dentro das instalações. As áreas, grandes espaços dentro dos quais se edificam instalações. Ambas recebem cuidados e prioridades diferentes, em termos de ações de segurança, as quais definirão o perfil de sua importância para o negócio.
1.2.1. Áreas e Instalações de Interesse
Considerando-se que a Segurança de Áreas e Instalações compreende um conjunto de ações voltadas para a segurança de determinados "locais", alguns deles exigem medidas peculiares, adequadas à singularidade de cada atividade desenvolvida e ao perfil das vulnerabilidades e deficiências existentes. Assim, residências, bancos, hotéis, hospitais, indústrias, shoppings, aeroportos, portos, estações, condomínios, estabelecimentos de comércio a céu aberto, espaços para grandes eventos, estádios, empresas – e nestas, suas presidências, diretorias, gerências, departamentos financeiros, CPDs, arquivos e inúmeros outros "locais" - constituem objeto de interesse especial para os profissionais de segurança.
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1.3. Conceitos de Sensibilidade e de Periculosidade
É bastante importante, caro aluno, que você saiba diferenciar logo de cara o que é SENSÍVEL do que é PERIGOSO em nível de segurança física e patrimonial. Vamos aos conceitos:
São SENSÍVEIS todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações, dependências e ambientes, cargos ou funções, dados, informações ou conhecimentos cujo valor, natureza ou importância exerça, direta ou indiretamente, grave influência sobre a regularidade, normalidade ou continuidade da atividade institucional. Ex: as centrais de vigilância, de telecomunicações, processamento de dados e de CFTV, geradores e tanque de GLP.
de
São PERIGOSOS todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações, dependências e ambientes, cargos ou funções cujo grau individual de perigo implique, direta ou indiretamente, risco ou ameaça para as instalações, as pessoas, o meio ambiente ou a sociedade. Ex: arquivos de processos, servidores de rede, cabines de energia e etc...
Veja como foi cobrado:
06. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/2ª– 2008] Na gestão da segurança das áreas e instalações, I. consideram-se sensíveis todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações, dependências e ambientes, cargos ou funções, dados, informações ou conhecimentos cujo valor, natureza ou importância exerçam, direta ou indiretamente, grave influência sobre a regularidade, normalidade ou continuidade da atividade institucional. 5 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão II. consideram-se perigosos todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações,dependências e ambientes, cargos ou funções cujo grau individual de perigo implique, direta ou indiretamente, risco ou ameaça para as instalações,as pessoas, o meio ambiente e a sociedade. III. consideram-se perigosos somente os dados, informações ou conhecimentos cuja natureza exerça diretamente grave influência sobre a regularidade, normalidade ou continuidade da atividade de determinados cargos ou funções estratégicas da instituição. Quanto à sensibilidade e à periculosidade de áreas e instalações, é correto o que consta em (A) I, II e III. (B) III, apenas. (C) II, apenas. (D) I e II, apenas. (E) I, apenas. Comentário: Esta questão trata exatamente dos conceitos de sensibilidade e de periculosidade acima estudados! Ela tem o intuito claro de confundir o candidato menos preparado. Não é o seu caso, é claro! Para não você não se esquecer, segue a dica:
Sensível
grave influência
Perigoso
risco ou ameaça
Logo, ao analisarmos os itens, temos que quanto à sensibilidade e à periculosidade de áreas e instalações, é correto o que consta em I e II, apenas. Gabarito: Letra “D” 6 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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1.4. Círculos Concêntricos p/ Áreas E Instalações
Antes de falarmos a respeito da aplicabilidade dos círculos concêntricos na segurança física e patrimonial (áreas, instalações, dependências e ambientes), vamos dar uma passada por conceitos importantíssimos sobre graus de sigilo. Com base no grau de importância, a organização deve normatizar critérios para proteger os conhecimentos produzidos assim como seus ativos. Como toda atividade de segurança, também a segurança de áreas e instalações parte do mais simples para o mais complexo, do mais próximo para o mais afastado e do mais baixo para o mais alto nível de segurança. Assim, podemos esquematizá-la por meio de CÍRCULOS CONCÊNTRICOS, sendo que o círculo central representa a área ou instalação com nível de segurança mais elevado:
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Como você pode bem perceber, conclui-se que conforme for a importância do local, podemos ter as seguintes gradações de ações de segurança, para áreas, instalações, dependências e ambientes:
Segurança excepcional: áreas e instalações de excepcional sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas estrita e institucionalmente envolvidas nas atividades aí desenvolvidas. Local onde são tratados conhecimentos cujo acesso normalmente exige credencial ultrassecreto. Segurança elevada: áreas e instalações de elevada sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas íntima e institucionalmente envolvidas nas atividades aí desenvolvidas. Local onde são tratados conhecimentos cujo acesso normalmente exige credencial secreto. Segurança mediana: áreas e instalações de mediana sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas que tenham relações institucionais com as atividades aí desenvolvidas. Local onde são tratados conhecimentos cujo acesso normalmente exige credencial confidencial. Segurança rotineira: áreas e instalações de baixa sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas que tenham necessidade de trato funcional ou de negócios com as atividades desenvolvidas nos locais, onde são tratados conhecimentos que não devam ser do domínio público. Normalmente, exigem credencial reservado. Segurança periférica: áreas e instalações isentos de sensibilidade ou periculosidade, que integram os limites do perímetro periférico, a partir dos quais se estabelecem limitações à circulação e ao acesso, seja para visitantes, seja para RH (funcionários). Não exigem credencial de segurança.
Às questões:
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07. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Com relação ao Planejamento de Segurança Corporativa, o conjunto de medidas de segurança especificamente direcionado para os locais onde são elaborados ou manuseados dados altamente sigilosos, bem como materiais ultra sensíveis, com a finalidade de salvaguardá-los, corresponde ao termo técnico designado Segurança Reservada. Comentário: A questão fala em medidas de seguranças para locais onde são elaborados ou manuseados dados altamente sigilosos, bem como materiais ultrassensíveis, com a finalidade de salvaguardá-los. Esse não é o conceito doutrinário de Segurança Reservada, e sim de Segurança de Área. Não confunda, ok?! Gabarito: Errado 08. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRF/5ª – 2012] O tipo de credencial de segurança que deve ser estabelecido para acesso de pessoas em área de baixa sensibilidade ou periculosidade é denominado de “Restrita”. Comentário: Para responder à questão, é só você se lembrar dos conceitos de círculos concêntricos de segurança acima estudados. Um deles diz exatamente o seguinte: Segurança rotineira: áreas e instalações de baixa sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é restrito a pessoas que tenham necessidade de trato funcional ou de negócios com as atividades desenvolvidas nos locais, onde são tratados conhecimentos que não devam ser do domínio público. Normalmente, exigem credencial reservado. Gabarito: Errado 09. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 – Adapt.] Resguardar as áreas onde são desenvolvidos procedimentos sigilosos ou onde são localizados aparelhos que merecem maior grau de segurança é um objetivo básico de um esquema de segurança física e patrimonial. Comentário: Fácil, não??
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De fato, não tenha dúvidas de que é responsabilidade precípua da gestão da segurança de áreas e instalações o resguardo daquelas áreas onde se encontram dados e/ou materiais sigilosos. Gabarito: Certo
1.5. Pontos Críticos e Pontos de Risco
Assim como você aprende a diferenciar áreas sensíveis de áreas perigosas, chegou a hora de também conhecer e aprender como a doutrina diferencia pontos críticos de pontos de risco, para melhor adequação das ações a serem adotadas.
Pontos CRÍTICOS são determinadas áreas e instalações que podem sofrer danos reais que provoquem perdas. Ex: Um CPD (Centro de Processamento de Dados). Pontos DE RISCO são áreas e instalações que podem causar danos, ou seja, que constituem POR SI MESMAS, riscos ou ameaças contra os ativos, os funcionários ou a sociedade. Ex: Um depósito de inflamáveis.
Um ou outro sujeitam-se a perdas, logicamente. Não obstante, no caso dos Pontos Críticos a perda é sempre real, ou seja, em face de qualquer evento, haverá necessariamente perda. No caso dos Pontos de Riscos, entretanto, a perda é sempre eventual, isto é, salvo aquela estritamente relacionada com o bem sinistrado, podem ou não acontecer outras perdas em razão de um evento.
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Pontos Críticos áreas e instalações sensíveis.
são
normalmente
Pontos de Riscos são normalmente áreas e instalações periculosas.
Daí, torna-se extremamente importante relacionar um e outro pontos, de forma que se possa otimizar a relação custo versus benefício que se estabelece a partir da execução das medidas e procedimentos de segurança das áreas e instalações necessários em cada caso.
1.6. Vizinhança e Arredores
Algumas das mais recentes provas têm cobrado o conhecimento da diferença entre os conceitos de VIZINHANÇA e ARREDORES. São conceitos básicos, acredito que você saiba diferenciá-los, mas, por via das dúvidas, como já foram cobrados e como são importantes no contexto da segurança de áreas e instalações, vamos clarificá-los.
Vizinhança: são os vizinhos mais próximos, ou seja, aqueles cuja proximidade imediata faz com que exerçam influência direta sobre a atividade institucional e, consequentemente, sobre as ações da segurança de áreas e instalações. Arredores: são os vizinhos menos próximos, ou seja, aqueles cuja proximidade relativa faz com que exerçam influência indireta sobre a atividade institucional e, consequentemente, sobre as ações da segurança de áreas e instalações.
Um e outro poderiam ser abordados em qualquer segmento da Segurança Corporativa, posto que provocam repercussões em todos os níveis da atividade institucional. 11 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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"Vizinhos não se selecionam: temos de conviver com eles"
Com base nesse princípio, as ações de segurança devem se ocupar das potencialidades da comunidade onde se localiza a instituição, por mais inconveniente que ela seja, e explorar, ao máximo, todas as contribuições possíveis do relacionamento que, forçosamente, terá que se estabelecer. Assim, além de ter atualizado o perfil social, econômico e até político da vizinhança e dos arredores, via controles de indicadores - por exemplo, principais ilícitos, lideranças e facções criminosas atuantes na área, principais lideranças comerciais, comunitárias e políticas -, é imprescindível o estabelecimento de relações cordiais com os departamentos de segurança de outras empresas (para apoio mútuo), com autoridades e lideranças civis e comunitárias, segmentos da defesa civil, segurança pública e não-pública mais próximos, bem como órgãos públicos e instituições privadas de interesse. Embora não seja aconselhável o seu envolvimento com os problemas comunitários locais, as corporações precisam acompanhá-los e bem de perto, para se anteciparem a situações que lhes possam se tornar desfavoráveis ou até prejudiciais. Via de regra, no forçoso relacionamento que se estabelece, a tônica deverá recair sempre sobre a busca de uma relação equilibrada para que a comunidade veja na instituição mais um de seus membros.
1.7. Segurança Passiva de Áreas e Instalações
Começamos agora a adentrar na dinâmica da Segurança de Áreas e Instalações propriamente dita. Inicialmente explicarei o que significa segurança passiva e segurança ativa, mostrando suas diferenças.
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A segurança PASSIVA consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente DEFENSIVO, tomadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais.
Como exemplo de segurança PASSIVA temos: o emprego de animais, as equipes e equipamentos de filmagens, alarmes de intrusão e agentes descaracterizados. Embora de perfil evidentemente defensivo, a segurança passiva de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações ofensivas, mas, neste caso ainda assim há que prevalecer o caráter defensivo das medidas e procedimentos adotados.
1.8. Segurança Ativa de Áreas e Instalações
Já começo com um destaque:
Ao contrário da segurança passiva, a segurança ATIVA consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente OFENSIVO, tornadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais.
Embora de perfil evidentemente ofensiva, e mais propriamente voltada contra riscos ou ameaças reais, a segurança ativa de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações defensivas, prevalecendo sempre o caráter ofensivo das medidas adotadas.
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Como exemplo de segurança ATIVA temos: o emprego de animais, equipes de controle de distúrbios, circuitos eletrificados e agentes químicos. A mais importante medida ATIVA da Segurança de Áreas e Instalações é, sem dúvida, o acionamento dos órgãos de segurança pública e de defesa civil, sempre que oportuno, cabível e, principalmente, quando não for desaconselhável, pois há ocasiões em que convém não agir com publicidade. Assim, conforme anteriormente destacado, deve-se explorar ao máximo as possibilidades e potencialidades dos órgãos públicos competentes, reservandose à segurança de áreas e instalações apenas as situações em que a interferência do Estado não seja considerada adequada, oportuna, cabível ou suficiente. É preciso que fique bem claro para você, caro aluno, que a segurança das áreas e instalações da empresa deve procurar restringir suas atividades ao espaço privado, ou seja, à área intramuros, evitando tanto quanto possível agir fora dos limites das instituições, salvo nas situações de emergência (estritamente no decorrer destas) que possam causar perdas à instituição. Inúmeras que seguem:
outras
medidas
ativas
podem
ser
tomadas,
como
as
Reforço de vigilantes: aumento do número de postos fixos, do contingente de vigilantes em reserva ou em sobreaviso, do volume de rondas e/ou o número de rondantes, do número de vigilantes móveis, a pé ou transportados (automóveis e motocicletas). Reforço de armamento: aumento do poder de fogo dos vigilantes, pelo aumento da quantidade ou variedade da munição empregada e das armas disponíveis, ou pela substituição de calibres. Reforço de animais: uso ou aumento do número de animais na Segurança das Áreas e instalações, utilizando-os para o ataque (cães), para alarme (gansos, marrecos) ou ação (cavalos). Reforço de equipamentos: aumento da quantidade empregada de rádios, telefones, viaturas, motocicletas, helicópteros, coletes, bastões de ronda, binóculos, equipamentos de visão noturna, luzes de emergência, lanternas, alarmes e CFTV, entre outros.
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"Força de reação": baseados em locais compatíveis, dentro ou fora das áreas e instalações com a utilização de destacamentos treinados, equipados e armados para ação rápida e eficaz. Ação "tipo polícia": desencadeamento de ações propositadamente ostensivas, cujo perfil demonstre força e desencoraje a iniciativa de ações adversas contra as áreas e instalações. Rede de informantes: intensificação de ações de informantes e colaboradores.
A lista apresentada não esgota, mas exemplifica algumas medidas ativas que podem ser tomadas. É importante salientar, entretanto, que qualquer que seja a medida ativa adotada, esta não exclui o emprego das medidas defensivas que podem e devem ser tomadas em conjunto, especialmente ante alterações de cenário que modifiquem os níveis de segurança desejáveis, ainda que de forma pouco expressiva. E como foi cobrado? Vamos ver:
[FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010] Com relação à gestão de segurança das áreas e instalações, julgue os itens a seguir. 10. A segurança física possui na ostensividade sua melhor característica: dispositivos mecânicos, eletrônicos e até pessoas podem ser considerados elementos de segurança física, desde que perfeitamente identificáveis. 11. A segurança passiva é caracterizada por ações ou atividades com caráter defensivo contra riscos ou ameaças, sendo uma de suas medidas o acionamento dos órgãos de segurança pública, quando conveniente, uma vez que, dessa forma, não há exposição dos entes de segurança patrimonial da empresa. 12. A adoção de medidas e procedimentos de proteção de áreas e instalações deve seguir uma ordem gradativa, iniciando-se e priorizando as medidas mais simples até as mais complexas.
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13. A segurança ativa é caracterizada por ações ou atividades com caráter ofensivo contra riscos ou ameaças, podendo tais atividades ser ostensivas e declaradas como, por exemplo, o emprego de vigilantes caracterizados e armados, bem como ações dissimuladas, como o uso de ações de inteligência, apoio de informantes, entre outras. 14. A prevenção deve ser considerada como a essência das atividades de segurança de áreas e instalações, sendo que uma de suas melhores representações se dá por meio dos dispositivos de segurança física. Comentário 10: Correta. Ser ostensivo é ser visivelmente identificado. Ao contrário do que pensa no senso comum, segurança física precisa sim ser ostensiva, a fim de que possa causar inibição àqueles mal intencionados. Vigilantes, câmeras e sensores devem ser ostensivos. Gabarito: Certo Comentário 11: Não é bem assim! Acabamos de estudar as diferenças conceituais entre segurança passiva e ativa. Você viu comigo que o acionamento dos órgãos de segurança pública é uma das principais medidas da segurança ativa. Gabarito: Errado Comentário 12: Em um bom planejamento de segurança, não há a necessidade de se começar logo de cara a implantação de medidas complexas. Na grande maioria dos casos, medidas simples podem ser (e são) até mais eficazes! Gabarito: Certo Comentário 13: Certíssima! Parece até que a questão foi tirada letra por letra de nosso material, não é mesmo? Mas é porque você está com o material certinho para a sua prova! (rsrs) Gabarito: Certo Comentário 14: Isso mesmo e nunca se esqueça: na segurança, a prevenção é essencial! 16 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Gabarito: Certo 15. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – MPU – 2010] Um portão que se fecha automaticamente quando acionado o alarme de invasão constitui exemplo de defesa passiva. Comentário: Vamos pensar: um simples alarme de invasão é um dispositivo que por si só não tem caráter ofensivo, e sim um caráter defensivo., pois ao disparar apenas avisa que algo de errado e pode ou não provocar alguma outra ação. Pois bem, no caso da nossa assertiva, essa outra ação é o fechamento automático do portão. Ao fechar-se, o portão impede a entrada de pessoas, agindo, portanto, de maneira ofensiva. Se a questão apenas citasse o disparo do alarme de invasão, sem citar a ação do portão, teríamos um tipo de defesa passiva. Acontece que o foco da questão é a atividade do portão que, como vimos, é ofensiva e, portanto, uma defesa ativa. Gabarito: Errado
1.9. Medidas de Segurança Estáticas e Dinâmicas
Outros dois conceitos relacionados com a segurança física e patrimonial de instalações e que ultimamente têm sido bastante cobrados em provas de concursos (em 2014 já tivemos algumas questões!) são os de: medidas de segurança estáticas e medidas de segurança dinâmicas. Tais medidas são necessárias para garantir a funcionalidade do sistema preventivo de segurança e constituem verdadeiros obstáculos, quer seja por barreiras e equipamentos, quer seja pela ação humana, para inibir, dificultar e impedir qualquer ação criminosa. São elas:
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Medidas ESTÁTICAS: são barreiras e equipamentos utilizados no sistema de segurança que visam inibir e impedir ações criminosas, bem como garantir maior eficiência da atividade de vigilância patrimonial. Exemplos: Barreiras perimetrais, circuito fechado de TV, sistemas de alarmes, portas giratórias detectoras de metais, catracas eletrônicas, portinholas (passagem de objetos), clausuras (espaço entre dois portões, que antecedem a entrada de veículos e pessoas, aparelhos de controle de acesso com base na biometria (impressão digital, íris) etc.). Medidas DINÂMICAS: é a atuação inteligente do agente de segurança, como pessoa capacitada para fazer a segurança física das instalações e dignitários. Exemplos: Identificação pessoal, abordagem à distância, contato telefônico com empresas fornecedoras e prestadoras de serviços para confirmar dados de funcionários, vigilância atenta, posicionar-se em pontos estratégicos (pontos que permitam visão ampla do perímetro de segurança), redobrar a atenção quanto aos pontos vulneráveis (pontos que permitam fácil acesso) etc.
1.10. O Serviço de Vigilância
Os serviços de vigilância têm previsão legal, subordinam-se a estatuto próprio e constituem instrumentos de trabalhos imprescindíveis, qualquer que seja o segmento da Segurança Corporativa. Têm, no homem, sua principal ferramenta. E mais:
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É especialmente na segurança de áreas e instalações que se mantém a importância e maior necessidade de seu emprego como um dos principais instrumentos das ações Segurança Corporativa.
da
Os serviços de vigilância não se limitam, como antigamente, a postar pessoal em pontos estratégicos das instituições, com a finalidade de "vigiar" o local. Hoje, participam da administração do sistema de segurança integrado, por intermédio de diversos níveis de colaboradores que operam os meios, empregam as técnicas e utilizam as tecnologias disponíveis, as quais, embora tendam a substituir o homem, dificilmente o farão completamente. No todo ou em parte, podem ser orgânicos, da própria empresa ou terceirizados. Ambos apresentam prós e contras e um dos principais parâmetros para determinar a escolha entre um ou outro tem sido os custos. Entretanto, convém que também sejam considerados outros fatores: a terceirização em áreas ou instalações consideradas sensíveis - especialmente nos "pontos críticos" -, o rodízio inevitável de pessoal terceirizado - que introduz estranhos nas instituições -, as dificuldades de seleção, formação, especialização e reciclagem, bem como o emprego de meios cuja tecnologia exija RH especializado, que sejam de alto custo ou de rápida obsolescência. Independentemente do sistema adotado, há que se exercer minucioso controle sobre os vigilantes selecionados (seleção, formação e reciclagem), sobre os locais destinados (alojamentos, reservas, postos etc.), as rotinas utilizadas (substituições, horários, quantidade de pessoal etc.), roupas e uniformes (apresentação, adequação, praticidade etc.), armamento e munição (necessidade ou não, tipo, local de guarda, condições de emprego etc.), meios especiais (automóveis, motocicletas, helicópteros, sistemas de comunicações, emprego de animais, algemas, coletes, cassetetes, bastões etc.), enfim, sobre todos os meios, atividades, itens, medida, e procedimentos do Serviço de Vigilância cujo emprego tenha desdobramentos sobre a segurança das áreas e instalações.
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1.11. A Segurança Física Propriamente Dita
A partir de agora apresentarei os recursos físicos mais utilizados na proteção de empreendimentos os quais têm a finalidade de proporcionar medidas capazes de minimizar os riscos no ambiente empresarial. É importante que partamos do princípio de que não existe segurança absoluta e que o sistema de proteção deve estar alinhado aos objetivos do negócio de forma a protegê-lo sem, no entanto, impedir a normalidade e desempenho das operações. Há que se considerar que segurança deve fazer parte do negócio, assim como as demais áreas do empreendimento. Conceitualmente, o emprego dos recursos físicos para a proteção de empreendimentos deve considerar os bens e instalações levando-se em conta o equilíbrio necessário para se evitar subdimensionamento ou superdimensionamento dos recursos, os valores a serem protegidos, o custo da proteção, assim como a motivação e o potencial agressivo do agente criminoso que geralmente são desconhecidos. Para que entendamos melhor, gostaria de apresentar-lhe o famoso triângulo do crime:
O triângulo do crime tem seus vértices (suas pontas) representados pela motivação do criminoso, a técnica por ele utilizada e a oportunidade por ele encontrada para perpetrar a ação criminosa. Isto significa que, para que o crime se consuma de fato, é necessário que haja a motivação, a técnica correta e, principalmente, a oportunidade. 20 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão De uma análise do referido triângulo, é preciso que se entenda que não podemos atuar nem na motivação nem na técnica do criminoso, pois são fatores intrínsecos e que fogem ao nosso alcance. Agora, quanto à oportunidade, é somente neste fator que as forças de proteção podem atuar preventivamente. Atuar sobre a oportunidade significa investir em recursos para reduzir a probabilidade de que o evento ocorra, desestimulando o criminoso a praticar a ação pela resistência que os recursos empregados possam lhe oferecer. Nesse sentido é importante considerar a motivação do criminoso para o seu intento e que no Brasil, geralmente, é voltada para a obtenção de alguma espécie de vantagem financeira ou patrimonial. Porém, cabe salientar que existem ainda as motivações que possam ser de origem terrorista, psicopatológica ou política. Para definir um sistema de proteção física é importante considerar o poder ofensivo do criminoso de forma a impedir sua atuação ou retardá-la, para que se possa permitir um tempo de reação antes mesmo da conclusão da sua ação. Como principais objetivos dos recursos físicos, temos:
Efeito psicológico inibitório; Impedir o acesso; Retardar o tempo de ação do invasor; Prover tempo de resposta.
Podemos dizer também que, em linhas gerais, as principais funções dos recursos físicos de proteção são:
Definir limites legais ou de área controlada; Impedir ou controlar acessos (de pessoas, volumes e veículos); Prover condições de defecção e; Prover condições de reação.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão A segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, os meios materiais empregados pelos gestores da segurança física e patrimonial para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes.
Esses instrumentos têm, portanto, existência devidamente localizável (OSTENSIVIDADE) e finalidade inequivocamente identificável, para bem cumprir sua destinação.
Todo e qualquer artifício, desde que fisicamente materializado nas áreas e instalações, pode ser considerado como meio de segurança física. Assim, o próprio serviço de vigilância, os controles de acesso e até os meios de segurança eletrônicos podem ser considerados instrumentos de segurança física, desde que ostensivos e perfeitamente identificáveis. Sem se expor demasiadamente para não comprometer sua própria integridade e finalidade, a segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar demasiadamente escondida ou camuflada. Assim, o simples fato de sua existência poderá agir como um elemento desestimulador ou, ao menos, como um instrumento ou agente que dificulte atividades, atitudes ou ações que possam provocar danos às áreas e instalações. Alguns meios são considerados como de segurança física apenas ocasionalmente - por exemplo, uma câmera ostensiva de circuito fechado de televisão (CFTV), enquanto outros são funcional e especificamente estabelecidos para agirem como tal. As PESSOAS podem ser consideradas como segurança física, desde que ajam caracterizados, ou seja, trajados com indumentária compatível, portando ou se utilizando de material que permita sua identificação e localização e que demonstre sua finalidade. Os MEIOS MECÂNICOS são normalmente a modalidade de segurança física mais conhecida e utilizada, em particular nas instalações (intraprédios). Nessa categoria incluem-se os diferentes tipos de portas, portões, janelas e basculantes, automatizados ou não, independentemente da forma de acionamento. A categoria abrange também as películas de todo gênero, cortinas e persianas, inclusive resistentes a projeteis de arma de fogo, as 22 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão cancelas, guaritas e seteiras, os "olhos mágicos", alarmes e sensores, bem como quaisquer outros itens com o mesmo perfil e finalidade. As FECHADURAS de diversos tipos tornaram-se, mais que outros meios mecânicos de segurança física, um autêntico instrumento de controle de acesso. Com essa finalidade, hoje largamente utilizada, alcançam elevados níveis de segurança quando associadas a outros meios, como a leitura de impressões digitais, da íris ou da face, por exemplo. As BARREIRAS, como meios de segurança física, internos ou externos, são acidentes naturais do terreno, construções ou artifícios normalmente mais apropriados para emprego em áreas (extraprédios). As barreiras subdividem-se em:
Barreiras NATURAIS: cursos e quedas d'água, lagos e lagoas, elevações, taludes, depressões ou abismos, mangues e alagados, matas, cerrados, áreas desertificadas, geladas ou inóspitas. Barreiras ARTIFICIAIS: os muros, cercas, grades, alambrados, tonéis, cavaletes, fossos, valas e valões, os próprios prédios e construções diversas. Barreiras ANIMAIS: as aquáticas, como peixes carnívoros (piranhas, tubarões), os voadores, como águias ou falcões, e os terrestres, como gansos, marrecos, galos, cães bravos ou animais selvagens domesticados.
As barreiras, naturais ou não, podem ser "agravadas", isto é ter seus efeitos fortalecidos. É o que acontece, por exemplo, quando se coloca cacos de vidro sobre um muro, quando se explora em conjunto barreiras artificiais e animais (aprofundamento ou alargamento de um lago, seu povoamento com peixes ou animais carnívoros, piranhas, jacarés, outros) ou se integra sistemas de barreiras com outros meios (CFTV, alarmes de intrusão, controle de acesso etc.). Aos trabalhos:
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16. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] São fatores pessoais considerados pelo agressor na prática de um crime contra as instalações a oportunidade, a habilidade e a técnica. Comentário: A questão nos pede exatamente o conhecimento do triângulo do crime, que acabamos de estudar! Bem simples de responder:
Erra, portanto, a questão ao afirmar que a habilidade é fator pessoal considerado pelo agressor, na prática de um crime contra as instalações. Se você substituir a habilidade pelo motivo, a questão fica certinha! Gabarito: Errado [FCC – TECNICO JUDIC. ESPEC. SEGURANÇA – TRF/1ª– 2011 – Adapt.] Com relação ao planejamento da segurança corporativa, julgue os itens a seguir. 17. Não cabe à segurança física a atenção e interferência nas questões de prevenção e combate a incêndios, uma vez que são preocupações inerentes às brigadas de incêndio. 18. A dissimulação é uma das características mais importante da segurança física; com a utilização dessa estratégia, os equipamentos não ficam expostos, os agentes de segurança são preservados, não há agressão visual, nem intimidação ao ambiente da empresa com a presença ostensiva de tais entes. 19. O acionamento dos órgãos de segurança pública é um dos últimos serviços a ser empregado na execução de atividades de segurança; cabendo a interferência da segurança física e patrimonial em situações nas quais a atuação não seja adequada, como nos casos de exposição da imagem ou quando já foram esgotados os meios próprios da empresa.
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Comentário 17: Tenho certeza de que você não teve dúvidas do equívoco desse item! Dizer que a segurança física não deve dar atenção e interferência nas questões de prevenção e combate a incêndios é no mínimo uma ingenuidade. A segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, os meios materiais empregados pelos gestores da segurança de áreas e instalações para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. Gabarito: Errado Comentário 18: Eita, eita! Totalmente errada! A segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, os meios materiais empregados pelos gestores da segurança física e patrimonial para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. Esses instrumentos têm, portanto, existência devidamente localizável (ostensividade) e finalidade inequivocamente identificável, para bem cumprir sua destinação. Todo e qualquer artifício, desde que fisicamente materializado nas áreas e instalações, pode ser considerado como meio de segurança física. Assim, o próprio serviço de vigilância, os controles de acesso e até os meios de segurança eletrônicos podem ser considerados instrumentos de segurança física, desde que ostensivos e perfeitamente identificáveis. Sem se expor demasiadamente para não comprometer sua própria integridade e finalidade, a segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar demasiadamente escondida ou camuflada. Gabarito: Errado Comentário 19: A mais importante medida ativa da Segurança de Áreas e Instalações é, sem dúvida, o acionamento dos órgãos de segurança pública e de defesa civil, sempre que oportuno, cabível e, principalmente, quando não for desaconselhável, pois há ocasiões em que convém não agir com publicidade.
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Assim, devem-se explorar ao máximo as possibilidades e potencialidades dos órgãos públicos competentes, reservando-se à segurança de áreas e instalações apenas as situações em que a interferência do Estado não seja considerada adequada, oportuna, cabível ou suficiente. O acionamento desses órgãos, portanto, não deve ser um dos últimos serviços a serem empregados. Errada a assertiva! Gabarito: Errado [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2003] No trabalho de segurança física e patrimonial de instalações, um dos recursos utilizados é a barreira física. Acerca desse tipo de recurso, julgue o item a seguir. 20. Sabendo que o triângulo do crime é formado por motivação e racionalidade do criminoso e pela oportunidade propiciada pela situação, é correto afirmar que as barreiras físicas garantem controle integral sobre os elementos formadores do referido triângulo. Comentário: Dizer que um tipo específico de recurso de segurança de área seja integralmente eficaz, é incorrer em um GRAVÍSSIMO ERRO. Hoje, faz-se necessário que as corporações planejem, no âmbito de sua segurança patrimonial, ações e instrumentos diversos de defesa, a fim de que o conjunto como um todo possa dificultar e impedir ao máximo as ações criminosas. Gabarito: Errado 21. [CESPE – AUXILIAR SEGURANÇA – PETROBRAS – 2007] Barreiras artificiais — portões e muros, por exemplo — podem ser utilizadas para delimitar o acesso a determinada área. Todavia em nenhuma hipótese é aceitável que essa delimitação e essa proteção sejam efetuadas utilizando-se barreiras naturais como rios, lagos e precipícios. Comentário: Brincadeira não é? Você acabou de estudar que o uso de barreiras naturais, quando possível, pode ajudar e muito na composição dos recursos utilizados pela empresa, quando do planejamento e da implementação de ações e recursos para sua segurança patrimonial. Gabarito: Errado 26 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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22. [CESPE – ANALISTA SUPERV. SEGUR. FISICA E PATRIM. – CEARAPORTOS – 2004] Na figura mostrada, a catraca que aparece em primeiro plano é um exemplo de barreira física artificial do tipo eclusa.
Comentário: Veja como uma questão da nossa querida banca (e de nível superior!) também nos cobra apenas conceitos elementares! As catracas são de fato barreiras superficiais. Até aí tudo bem. Acontece que não têm nada a ver com as eclusas. As eclusas, também chamadas de clausuras ou gaiolas, têm outra função: a de salvaguardar e garantir com segurança a triagem do acesso das pessoas. A eclusa é um instrumento de controle de acesso constituído por duas ou mais portas que se abrem alternadamente, evitando com isso o contato direto entre duas áreas adjacentes. Em geral, uma eclusa funciona assim: a pessoa entra pela primeira porta, que se trava logo em seguida, e aguarda a autorização de entrada. Só depois dessa autorização é que a segunda porta é destravada e então fica permitido o acesso definitivo dessa pessoa ao ambiente desejado. Bem diferente das catracas, cuja função principal é a de controle simples de acesso, por meio de digitação de senhas, de biometria ou de aproximação magnética ou eletrônica (crachás inteligentes, por exemplo). Gabarito: Errado
1.12. A Importância da Iluminação
A iluminação de ambientes, bem mais do que algo que embeleza e faz parte da arquitetura de uma empresa, pode ser uma forte aliada da segurança de áreas e instalações. 27 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Embora a instalação e a conservação da iluminação sejam, sem dúvida, atribuições da administração patrimonial, seus reflexos sobre as atividades corporativas são de particular interesse para a segurança de áreas e instalações. Assim, se a sua existência diz respeito à administração, suas eventuais deficiências são de interesse da segurança, a quem cabe minimizar riscos e ameaças que podem propiciar uma má iluminação. A permanente avaliação das condições e do estado da iluminação normal e de emergência nas instituições, bem como de seus componentes (geradores, chaves, circuitos etc.), faz parte das atribuições da segurança de áreas e instalações, que deverá estabelecer uma rotina de inspeções, verificações e checagens. Essa sistemática vai assegurar a luminosidade necessária para a manutenção de excelentes padrões de segurança em situação de normalidade, ou, pelo menos, padrões mínimos desejáveis, em situações de sinistros ou emergência. Mais do que simplesmente cuidar das condições de luminosidade, à segurança de áreas e instalações compete zelar por toda a segurança do sistema de iluminação. Além de garantir a melhor utilização da própria luz natural, responsabiliza-se pelas luzes de emergência, plantas de distribuição, comandos de acionamento, postos de controle, geradores, pessoal responsável, procedimentos normais e em situações de sinistros ou emergência. Engloba, enfim, todos os itens da iluminação que possam, de forma direta ou indireta, contribuir para minimizar ou aumentar riscos ou ameaças às áreas e instalações. Interessam à segurança de áreas e instalações, por exemplo, as condições de acesso e segurança de locais como: o de instalação do gerador, os de instalação dos postos de controle de luz ou de dispositivos de acionamento, dos locais onde são guardados plantas, esquemas ou congêneres. Interessam informações sobre responsabilidades e limites de competência: quem responde, opera ou controla determinado dispositivo ou função, como deverão ser realizados reparos ou desencadeados determinados procedimentos, listagens com endereços e telefones dos responsáveis, instruções sobre acionamento, operação e desligamento de sistemas etc.
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A localização, a instalação, a manutenção, a operação e a administração ou até mesmo a modificação de qualquer item procedimental do sistema de iluminação, constituem objeto de inequívoco interesse da Segurança de Áreas e Instalações.
Desta feita, você pode concluir que uma ligação clandestina ("gato"), uma fiação em mau estado ("gambiarras") ou uma instalação mal feita, por exemplo, embora careçam de uma avaliação eminentemente técnica, não deixam de ser, também, responsabilidade da segurança de áreas e instalações, em razão dos riscos ameaças que sua simples existência agrega para as áreas e instalações. É importante então que você saiba que, em termos de iluminação, cabe à segurança de áreas e instalações não só cuidar das condições de luminosidade das áreas e instalações, visando prevenir principalmente o furto, roubo, desvio de material, ações de vandalismo ou sabotagem, como também atuar intensamente na operação propriamente dita do sistema, visando prevenir a imprudência e a negligência, bem como, principalmente, orientar e adequar os procedimentos do exercício da atividade técnica aos parâmetros de Segurança Corporativa em vigor. Portanto, a ILUMINAÇÃO servirá como mais um elemento dissuasor, empregando a luminosidade adequada, ou até mesmo sua inexistência, contra possíveis ações adversas, passíveis de serem perpetradas por funcionários da própria empresa ou pessoal estranho à instituição. Particular atenção deve ser dispensada à continuidade da iluminação e à manutenção de uma luminosidade mínima, proporcionada por geradores, luzes de emergência, baterias, nobreak etc. Outro aspecto a ser considerado é o tempo para acionamento de gerador ou para acendimento ou reacendimento de algumas lâmpadas, que o pode influenciar significativamente na segurança de determinados locais. Para finalizar nosso estudo sobre a relevância da ILUMINAÇÃO para a segurança de áreas e instalações, é necessário levar em conta às seguintes características e emprego:
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Iluminação OFENSIVA - é quando o sistema de iluminação trabalha de dentro para fora do empreendimento, de forma a ofuscar a visão de quem está fora para observar dentro do empreendimento e ainda melhora as condições de segurança no perímetro. Iluminação DEFENSIVA - é quando a iluminação privilegia as instalações internas da empresa, áreas adjacentes aos edifícios, onde fica mais visível de dentro para fora os ambientes, o que facilita a identificação de intrusos por parte de quem está fora do empreendimento. Pontos de controle - áreas que exigem maior controle e segurança como, acessos, passagens, locais de permanências de pessoas, áreas operacionais em atividades, devem ter iluminação adequada para melhor visibilidade e controle. Perímetro - por se tratar do primeiro anel de proteção do empreendimento e por se tratar de linha delimitadora para com ambientes fora do controle do empreendimento, torna-se importante prover todo o perímetro de iluminação adequada. Áreas monitoradas por sistemas eletrônicos de segurança todas as áreas monitoradas por sistemas eletrônicos de segurança, especialmente por câmeras de CFTV necessitam de iluminação adicional e adequada, ainda que se utilizem câmeras do tipo dia e noite. Fontes de energia PRINCIPAL e ALTERNATIVA - obviamente o sistema de iluminação deverá possuir alimentação capaz de mantê-lo em funcionamento em caso de ausência de energia da fonte principal. Para tanto, é importante prover um sistema ininterrupto de fornecimento de energia através de "no breaks" ou geradores movidos geralmente por motores a combustão. No caso de utilização de grupos geradores é necessário prover energia para o lapso de tempo entre a queda da fonte de energia principal e a fonte alternativa. Proteção das INSTALAÇÕES - não basta apenas instalar o sistema de iluminação, são necessários cuidados para proteger todo o cabeamento, calhas, eletrodutos, caixas de passagem contra intempéries, umidade e inundação, roedores e ações de vandalismo. Instalação das luminárias em postes e alturas adequadas é uma boa forma de protegê-las, bem como demais dispositivos para proteção das lentes. 30 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Iluminação de EMERGÊNCIA - por se tratar de sistema que deve estar sempre em perfeitas condições de funcionamento, deve ter manutenção e testes permanentes, bem como garantia de fornecimento de energia em tempo integral e conectado ao sistema de fornecimento ininterrupto de energia. Proteção física de ÁREAS CRÍTICAS do empreendimento - é importante prover proteção física para todas as áreas críticas internas e externas do empreendimento, tais como: data centers, redes de comunicação (torres, antenas, percursos físicos por shafts e eletrodutos), torres de água, poços, centrais de água gelada, equipamentos de prevenção e combate a incêndios e outros em geral, grupos geradores de energia, subestações; contra ações criminosas, colisões, vandalismo, intempéries, roedores etc.
13. Outros Fatores Relevantes para Segurança Física
A temperatura é uma variante que afeta diretamente o comportamento humano. Um ambiente quente induz a ansiedade e ao estresse. Um ambiente frio também, mas de forma diferenciada. As cores também influenciam de forma importante o comportamento humano. Tanto são importantes as cores para o comportamento humano que surgiu um estudo denominado Cromoterapia, uma técnica de terapia para determinados problemas de saúde. O paisagismo pode ser ao mesmo tempo um aliado ou um vilão quando se trata de proteção de áreas e instalações.
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Usado de forma correta o paisagismo pode: ser usado como barreira natural ou reforço às barreiras artificiais existentes; servir de proteção para atividades antissociais, como pichação, depredação entre outros; reforçar a imagem de lugar limpo e organizado, servindo como elemento de reforço territorial; servir como atrativo para a presença de visitantes, que reforçam o movimento de pessoas e a vigilância natural. Em contra partida, se mal utilizado, o paisagismo pode: servir de abrigo para delinquentes. incentivar o ajuntamento de desocupado. quando em áreas mais extensas, transmitir grande sensação de insegurança, principalmente noite. servir para ocultação da prática de crimes ou do produto deles, como drogas, objetos furtados ou roubados, entre outros. reduzir a vigilância natural ao encobrir a visão das áreas livres. projetar sombras, reduzindo a distribuição de luz. ocultar sinalizações e orientações, como placas de sinalização e outros. dar aspecto de desordem, se não devidamente conservado, encorajando e facilitando a ação de delinquentes. servir para transposição de sistemas de controle de acesso a pontos elevados e desguarnecidos (ex. alcançar uma janela ou transpor um muro através de um galho de árvore). 32 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Assim, uma abordagem de como os espaços são constituídos pode favorecer o melhor fluxo de pessoas, suas atividades laborais e pessoais e ainda contribuir para a proteção de todos nos ambientes.
II-
SEGURANÇA ELETRÔNICA EMPREENDIMENTOS
PARA
PROTEÇÃO
DE
Não há como encerrar o assunto sobre Segurança de Áreas e Instalações sem falarmos, é claro, da segurança eletrônica, hoje uma grande ferramenta auxiliar para a proteção de empreendimentos. Lembre-se que a segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, os meios materiais empregados pelos gestores da segurança de áreas e instalações (ou física e patrimonial como queira) para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. Esses instrumentos têm, portanto, existência devidamente localizável e finalidade inequivocamente identificável (ostensividade), para bem cumprir sua destinação. Dessa forma, vimos que todo e qualquer artifício, desde que fisicamente materializado nas áreas e instalações, pode ser considerado como meio de segurança física. Assim, o próprio serviço de vigilância, os controles de acesso e até os meios de segurança eletrônicos podem ser considerados instrumentos de segurança física, desde que ostensivos e perfeitamente identificáveis. Pois bem, vou aqui apresentar-lhe alguns conceitos e recursos eletrônicos utilizados na proteção de empreendimentos os quais têm a finalidade de explorar medidas capazes de minimizar os riscos no ambiente empresarial. Caro aluno, a esta altura do campeonato não é mais novidade para você o princípio fundamental de que não existe segurança absoluta e que o sistema de proteção deve estar alinhado aos objetivos do negócio de forma a protegê-lo sem, no entanto, impedir a normalidade e desempenho das operações. Lembre-se que segurança faz parte do negócio, assim como as demais áreas do empreendimento. Em se tratando de recursos eletrônicos, um dos principais objetivos que podemos apontar é a utilização destes, principalmente como meio de:
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Detecção Identificação Controle das áreas protegidas Obtenção de informações gerenciais de segurança.
No desenho da arquitetura geral de um sistema de segurança, os recursos eletrônicos são normalmente complementares aos demais, mas num cenário mais otimista, com maiores investimentos financeiros e que exijam visual menos agressivo, seguramente essa relação pode ser inversa. É importante salientar que todo sistema de proteção deve ser adequadamente planejado, cada recurso deve ser previamente estudado, porém, os meios eletrônicos merecem grande atenção por estarem diretamente ligados à inteligência do sistema de proteção do empreendimento, o que os tornam muito vulneráveis. Boa parte dos equipamentos eletrônicos empregados em sistemas de segurança deve cumprir um papel que geralmente é desempenhado por alguns sentidos humanos como, por exemplo, a visão, a audição e olfato, podendo até superá-los, assim como outros sensores que identificam modificações no ambiente e transformam estas informações em sinais codificados que são transmitidos à parte "inteligente" dos sistemas de proteção. Um exemplo muito fácil de se entender é o caso de uma câmera de CFTV que cumpre o sentido humano da visão, de captar as imagens e modificações do ambiente e, em segundo plano, transmite tais informações por meio de sinais codificados. Obviamente, tanto no caso da real visão humana quanto no de uma câmera, existem limitações pertinentes para cada caso, as quais deverão ser consideradas em cada situação como fator interveniente para a obtenção dos resultados desejados e o seu estudo para alocação do devido recurso de proteção.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão disso, é comum que os sistemas de proteção que utilizam os recursos eletrônicos tenham uma "inteligência" embutida para interpretar e decidir mais rapidamente o que fazer com os sinais recebidos através de um software, o qual também permitirá configurar todo o sistema para que se obtenha o melhor desempenho possível para atingir os resultados desejados, sem ser afetado por fatores fisiológicos e psicológicos inerentes ao ser humano.
Por mais que os sistemas sejam "inteligentes", ainda assim não são capazes de integralmente substituir a inteligência humana.
A figura abaixo representa a comparação que desejamos fazer, ora como atuaria um ser humano e ora como atuaria um sistema de proteção com emprego de recursos eletrônicos.
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Na concepção de um projeto de segurança, os equipamentos eletrônicos utilizados na proteção de empreendimentos poderão contemplar e ações como:
Detecção de alarmes perimetral e internos Circuito Fechado de Televisão - CFTV Prevenção, detecção e combate a incêndios Controle de Acesso materiais/produtos
de
pessoas,
veículos
e
Sistemas de Comunicação
Vamos então à análise detalhada de cada uma das ações acima citadas!!
2.1. Detecção de Alarmes Perimetral e Internos
Os alarmes são um conjunto de dispositivos técnicos capazes de emitir sinais sobre a ocorrência de eventos locais ou remotos. Têm por finalidade dissuadir atitudes hostis, atividades adversas ou ações que representem riscos ou ameaças para as áreas ou instalações e/ou advertir sobre a sua ocorrência. Os sistemas de segurança eletrônicos atuais compõem-se normalmente de três partes: um sensor, uma central de processamento e uma central de monitoramento. Vamos conhecer os conceitos de cada um deles:
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Os sensores são os responsáveis por ACUSAR OS EVENTOS, isto é, literalmente "dar o alarme", denunciando uma ocorrência por intermédio da emissão de sinais eletromagnéticos, sonoros ou de radiofrequência. As centrais de processamento RECEBEM E INTERPRETAM os sinais emitidos pelos sensores e acionam reações contra os eventos, programadas e simples, como alertas sonoros ou ligações telefônicas para o usuário. Podem também acionar reações mais complexas, como processamento e armazenamentos dos eventos, ligações para centrais de monitoramento ou acionamento de outros dispositivos trancamento de dependências, desligamento ou acionamento de aparelhos, por exemplo. São normalmente locais, isto é, internas ou muito próximas das áreas e instalações que buscam proteger. As centrais de monitoramento, ou centrais de segurança, são centros de operação de onde são MONITORADAS VÁRIAS CENTRAIS DE PROCESSAMENTO, possibilitando maior nível de interferência nos eventos. Acionam outros dispositivos - segurança pública ou não pública, defesa civil, pessoal técnico ou o próprio usuário - e permitem máxima exploração de suas próprias potencialidades. São normalmente remotas, podem dispor de ligação áudio e vídeo com os ambientes monitorados e admitem operação terceirizada.
Central de processamento
Central de monitoramento
Vamos ver como o assunto foi cobrado:
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23. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/2ª– 2008] Em geral, os sistemas de segurança eletrônicos podem ser compostos, normalmente, de três partes: sensores, central de processamento e central de monitoramento. As centrais de monitoramento são as responsáveis por acusar os eventos, isto é, literalmente “dar o alarme”, denunciando uma ocorrência por intermédio da emissão de sinais de radiofrequência, exclusivamente. Comentário: De jeito nenhum! Acabamos de ver que quem acusa os eventos e “dá o alarme” são os sensores, e não as centrais de monitoramento. As centrais de monitoramento são centros de operação de onde são monitoradas várias centrais de processamento, possibilitando maior nível de interferência nos eventos. Gabarito: Errado
2.1.1. Os Sensores
Neste tópico daremos um destaque aos sensores, pois é conveniente para a segurança das áreas e instalações que se conheçam alguns tipos de detectores de intrusão. Os sensores podem ser internos, mais sensíveis na detecção de eventos, externos ou perimétricos (ou perimetrais), todos bastante sensíveis às interferências atmosféricas e climáticas.
O que define o tipo de sensor não é, porém, sua localização, mas SEU PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO, ou seja, a causa que desencadeia o alarme.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Vamos começar a ver os tipos de detectores internos. Podemos ter os seguintes tipos de detectores de intrusão INTERNOS de acordo com seu princípio de funcionamento:
Por abertura: de contato eletromecânico e magnético, consiste num imã que mantém um contato elétrico. O afastamento do ímã desfaz o contato elétrico, o que gera um alarme que pode ser transmitido de diversas formas (fio, rádio, sinal sonoro, visual etc.). É o tipo mais comumente empregado em portas, janelas, gavetas e objetos em geral. Tem como vantagens ser fácil de desmontar, não consumir energia e produzir poucos alarmes falsos. Como desvantagens constituem uma proteção pontual e é bastante sensível a sabotagens.
Por ruptura: de fibra óptica ou condutora, com transmissão de pulsos por meio físico: cabo de fibra óptica ou cabo tradicional, cuja ruptura, por tração ou cone, provoca a interrupção do fluxo de transmissão e gera um alarme, transmitido de diversas formas.
Por manipulação: de botões, chaves ou qualquer artifício, cujo acionamento se dê pelo próprio usuário na ocorrência de um evento que evidencie risco ou ameaça. Um artifício bastante comum é o chamado botão de pânico, um dos dispositivos normalmente empregados em agências bancárias e residências.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Por vibração: de massa metálica, possui cápsulas cuja vibração faz abrir um contato, gerando um alarme transmitido de diversas formas. Emprega usualmente o mercúrio e é de baixo custo, mas exige ajuste delicado por causa de sua alta sensibilidade.
Por movimento: volumétricos:
abrange
várias
modalidades
de
sensores
Infravermelho passivo (IVP): são detectores ópticos que captam as emissões de radiação infravermelha geradas por qualquer objeto na zona sensoreada. Proporcionam variadas possibilidades de coberturas ambientais, mas, tendo em vista sua alta sensibilidade, exigem cuidados adicionais para evitar alarmes falsos. Podem também detectar variações de temperatura; Microondas: são sistemas que exploram o efeito doppler, ou seja, a reflexão de ondas de alta frequência em objetos. Um transmissor emite um sinal que é analisado por um receptor. Se alguma alteração que caracterize movimento for detectada, um sinal de alarme será gerado e transmitido de diversas formas; Ultrassom: são sensores que também se baseiam no efeito Doppler, embora utilizem a reflexão de sinais acústicos de ultrasom. Têm uso limitado por sua alta sensibilidade.
Detectores de ruídos: detectam sons incompatíveis com o ambiente ou objeto que buscam proteger. Usam microfones para analisar o tipo de frequência dos sons emitidos pelo evento, e só emitem sinal de alarme conforme parâmetros previamente estabelecidos.
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Sensor de choque ou sísmico: também tem na captação microfônica seu princípio de funcionamento. Neste caso, o alarme funciona de acordo com critérios definidos pela amplitude, pela frequência e pelo tempo de atuação das vibrações e sua propagação por determinadas estruturas.
Detectores de dupla tecnologia: recomendados para locais com expressiva propensão a alarmes falsos por causas diversas, como diversas correntes de ar, reflexos do sol, luminosidade intensa (faróis), pequenos animais (pássaros) etc. Nesses casos convém não utilizar sensores infravermelhos passivos comuns, mas os inteligentes ou de dupla tecnologia. Os primeiros empregam dois emissores de raios infravermelhos, com direcionamentos diferentes, como dois sensores interligados. O alarme só é gerado quando dois feixes de raios são detectados simultaneamente. Já os segundos empregam um sensor volumétrico, que utiliza o efeito Doppler, e um infravermelho, estabelecendo, pois, dois detectores que só geram alarmes quando acionados simultaneamente.
Agora vamos aos detectores de intrusão N ÃO I N T E R N OS . detectores dividem-se em:
Tais
Externos: todos os localizados fora das edificações e; Perimétricos: aqueles localizados sobre as barreiras físicas do limite perimétrico das instituições.
Um exemplo de sensor externo pode ser o infravermelho ativo, sistema 41 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão que consiste num gerador de radiação infravermelha direcionado para um receptor com fototransistor. Este, ante a interrupção do feixe de raios, ativa o alarme de intrusão. Pode ser usado também na segurança periférica. Como detectores perimétricos, podemos apontar:
Cercas eletrificadas: comportam uma central eletrificadora de análise e ativação, que envia pulsos elétricos por condutores agregados às cercas, por vezes capazes de produzir choque. O toque gera fuga de corrente e aciona o alarme de intrusão. Pode ser apenas de sensoriamento, pelo emprego de diferença de potencial (ddp ou voltagem) baixíssima, ou de eletrificação, por alta voltagem (cerca de 08 mil volts), sem, no entanto, representar risco de morte, por envolverem corrente contínua de tensão próxima a zero (a eletrificação perigosa é aquela que utiliza a tensão comercial de 110 ou 220 volts que, embora de voltagem baixa, opera com corrente muito alta: esta sim, capaz de provocar a morte).
Cabos microfônicos e de vibração: próprios para cercas e alambrados, detectam variações de forma (tração, compressão), vibrações ou ruptura do meio físico utilizado. São ligados a um circuito de análise e ativação que aciona o alarme em caso de intrusão. Cabos enterrados: as basicamente de três tipos:
tecnologias
hoje
disponíveis
são
Fibras ópticas: empregam cabos ópticos multímodos do tipo cordão com pouca resistência mecânica. A detecção ocorre pela deformação da fibra, ocasionada pela pressão sobre o solo em que o cabo está enterrado. Seu lançamento, em forma de serpentina, é realizado a cerca de 10 (dez) centímetros abaixo da superfície do solo, necessariamente macio (grama, por exemplo), conferindo uma zona de proteção de três a cinco metros sobre o cabeamento; 42 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Cabos coaxiais acústicos: empregam cabos especiais que funcionam como um microfone linear capacitivo, sensível a ondas de 0 (zero) a 100 Hz (cem hertz), conectados a préamplificadores que transformam as ondas mecânicas em sinais elétricos. Seu lançamento é feito de forma senoidal e o ajuste de sua sensibilidade permite instalação em qualquer tipo de solo (asfalto, concreto etc.); Cabos sensores eletromagnéticos: são os mais sofisticados e de maior confiabilidade, uma vez que proporcionam os menores índices de alarmes indevidos (6%). O sistema consiste na geração de um campo eletromagnético em torno de um cabo, o qual emite sinais por fendas propositadamente existentes em sua blindagem. Os sinais são recebidos por outro cabo (sensor), também por fendas em sua blindagem. A detecção é volumétrica e se obtém com a interferência, causada pela intrusão no campo eletromagnético estabelecido.
A figura a seguir ilustra de forma bem didática a aplicabilidade dos sensores na segurança de áreas e instalações:
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão As modalidades abordadas admitem outras fontes para acionar seus princípios de funcionamento, como raios laser ou células fotoelétricas, por exemplo. O mais importante, porém, ao tratar dos meios eletrônicos, é lembrar que aos gestores da segurança de áreas e instalações compete apenas saber das modalidades existentes e acompanhar sua rápida evolução. Os aspectos e possibilidades eminentemente técnicos de cada tipo de segurança eletrônica existente devem ser buscados com os especialistas, estes sim, por necessidade de ofício, obrigados a conhecer técnica e profundamente o assunto. Vamos revisar os conhecimentos adquiridos analisando uma questão do último e disputadíssimo concurso do Banco Central:
24. [CESGRANRIO – TÉCNICO DE SEGURANÇA – BACEN - 2010] O alarme é um equipamento de segurança eletrônica, exigido por lei como ação preventiva e ostensiva contra assaltos, sequestros e arrombamentos, entre outros. O sistema de alarme pode ser disparado por meio de acionadores de pânico silenciosos, fixos ou remotos, senhas de pânico ou sensores de presença. Os acionadores desses alarmes podem ser instalados em ambientes estrategicamente definidos e são do tipo (A) passivo – em que a detecção se dá por calor e movimento, combinando raio infravermelho com micro-ondas. (B) ativo – composto por módulo emissor e módulo ultravioleta, que dispara quando há corte de luz.
receptor
de luz
(C) sísmico – dispositivo instalado em portas e janelas, composto por duas partes de metal, que capta as vibrações decorrentes de ataques a estruturas metálicas. (D) magnético – detecção digital de alta sensibilidade, que capta frequências típicas de ruídos e vibrações ambientais. (E) lux – dispositivo que capta a presença de luzes na área do acionador, ativando o alarme. Comentário: Item A - Lembra o conceito de segurança passiva? Revisando: a segurança passiva consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente defensivo, tomadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Como exemplo de segurança passiva temos: o emprego de animais, equipes e equipamentos de filmagens, alarmes de intrusão e agentes descaracterizados. O alarme citado no enunciado é um alarme de intrusão de dupla tecnologia. Não é ativo, pois, para que ele dispare, é preciso haver uma diferença de calor, um movimento ou uma alteração de ondas. Esse é um dos bons exemplos de um tipo de segurança passiva! (Certo) Item B - Estamos diante de outro exemplo clássico de segurança passiva (e não ativa) o qual, além de não ser necessariamente ostensivo, não age ativamente a não ser que aconteça um corte de luz. (Errado) Item C - Ao estudar sobre os sensores, você viu aqui os principais deles e suas respectivas funcionalidades. Se der mais uma lindinha neles (e recomendo que faça isso!), você verá que o sensor sísmico realmente capta as vibrações de ataques às estruturas, mas não é composto por duas partes de metal. Quem tem essa composição como característica é o sensor do tipo magnético (Errado) Item D - Caro aluno, ou o sensor é magnético ou é digital, não é verdade? Eis aí o erro do item! Além disso, não é função do sensor magnético captar frequência de ruídos. Quem o faz é o detector de ruídos. (Errado) Item E - Desconheço esse tal sensor do tipo lux. O que mais se aproximaria desse conceito é o sensor de IVP. (Errado) Gabarito: Letra “A”
2.2. Circuito Fechado de Televisão – CFTV
O CFTV - Circuito Fechado de Televisão é um sistema de televisionamento que distribui sinais provenientes de câmeras localizadas em um local especifico, para um ponto de supervisão pré-determinado, que chamamos de Centrais de Segurança. Os circuitos fechados de televisão (CFTV) são sistemas integrados de geração de som e imagem que permitem monitorar ambientes próximos ou remotos em tempo real. Operam com armazenamento de áudio e vídeo de vários ambientes simultaneamente, possibilitando expressiva economia de meios de toda natureza na segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. 45 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Este recurso é um importante aliado no sistema de proteção do empreendimento, pois possibilita através de uma enorme gama de recursos de segurança, além da identificação de pessoas e veículos, a geração de arquivos de imagens para consultas posteriores. As aplicações táticas do CFTV podem ser divididas em três níveis:
Patrulhamento preventivo e ostensivo em áreas com grande concentração de público ou veículos: O objetivo é identificar situações de risco e ajudar as equipes de pronta resposta, segurança, a responder à ação de agressão com mais rapidez. É bom frisar, entretanto, que esta aplicação só será eficiente com a integração da equipe de segurança e o operador da Central de Segurança. Neste caso específico, as imagens devem ficar “acesas” 24 horas ao dia e a central deve identificar continuamente as pessoas, os veículos e as situações de risco. É um trabalho de equipe, onde o monitoramento por CFTV ajudará no controle de área. Gravação permanente de imagens em áreas patrulhadas 24 horas: O objetivo seria dissuasivo, já que a simples colocação do "espião” poderia inibir uma ação agressiva. Outro objetivo é o de registro de imagens para a elucidação de dúvidas comprovação de furtos e roubos. Emprego direto na substituição de mão-de-obra: O CFTV ter objetivo o de ser uma força de segurança. Esta é a aplicação mais complexa, pois sua eficácia e eficiência dependem da total integração com os demais sistemas de segurança, tais como controle de intrusão, iluminação, etc.
Nesta última forma de aplicação, o CFTV pode ser utilizado como método de vigilância, operado eletronicamente, para controle à distância de portões perimetrais de veículos ou de pessoal. Essa possibilidade é particularmente indicada no controle de diversos portões que são utilizados. 46 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Outra aplicação do CFTV, que pode ser utilizada em conjunto com rondas da equipe de segurança, é a vigilância de docas e plataformas de carga e descarga. Esta utilização pode ser especialmente eficaz quando as operações de embarque e desembarque de mercadorias cobrem grandes áreas e o material que está sendo manuseado pode ser rapidamente surrupiado. O CFTV pode também ser utilizado no controle de identificação de pessoal e de veículos, sendo a câmera instalada para verificar e patrulhar respectivamente a área de acesso e a situação de risco. Em áreas de alta segurança, o CFTV pode, também, checar, em conjunto com o sistema de controle de acesso, se aquela pessoa autorizada a entrar é a mesma detentora do cartão. Esses sistemas normalmente utilizam câmeras de vídeo CCD (para produzir o sinal de vídeo), cabos ou transmissores/receptores sem-fio ou redes (para transmitir o sinal), e monitores (para visualizar a imagem de vídeo captada). Com o aumento gradativo da aplicação dos sistemas de CFTV, a indústria de segurança tem obtido avanços consideráveis produzindo uma linha completa de equipamentos como Time Lapses, multiplexadores, quads, iluminadores infravermelhos, Pan/Tilt, etc. Os desenvolvimentos mais recentes incluem câmeras com servidor web que utilizam a Internet para vigilância remota, e DVRs que são gravadores digitais que permitem a gravação das imagens facilmente em discos rígidos. A utilização deste recurso, como vimos, exige critérios para sua aplicação, pois sua característica prioritária de vigilância eletrônica sobre as áreas de abrangência deve considerar vários aspectos, inclusive ambientais tais como: iluminação no local, incidência de luz direta (o que provoca ofuscamento), distância a ser coberta, ângulo de visão, qual tipo e qualidade da imagem que queremos obter, se durante o dia apenas ou à noite também. Esses aspectos são extremamente importantes para se definir exatamente os tipos de equipamentos necessários à consecução das imagens pretendidas. Em tese, primeiramente, é necessário definir que tipo de imagem e como a queremos, para então decidir que tipo de câmera (características técnicas) e lente será necessário, qual o posicionamento adequado, se móvel ou fixa etc. Com o surgimento das câmeras em megapixels, já 0 0 tranquilamente imagens panorâmicas a 180 e 360 integralmente.
se
obtém
Alguns exemplos de recursos de CFTV:
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Gravador digital de vídeo - grava as imagens em disco rígido; Câmeras fixas (Day-Night, Infrared) - comuns e em megapixels com imagem panorâmica, para uso diurno, noturno ou ambos. Câmeras móveis - PTZ e Speed Dome. Mini câmeras - fixas e móveis, para uso diurno e noturno. Placas de captura - instaladas em microcomputadores. Servidores de vídeo - local ou transmissão remota. Mesa controladora - para câmeras PTZ e Speed Dome. Lentes - fixas, autoíris, zoom, varifocal, motorizada. Software de gestão.
Um típico sistema de Circuito Fechado de Televisão (CFTV)
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Nos próximos tópicos, abordarei, de forma bem simples e objetiva, alguns dos principais aspectos e componentes técnicos do CFTV. Não se preocupe em memorizá-los ou decorá-los, pois eles não têm sido cobrados com tanta minúcia pela banca. O intuito será o de te dar uma ideia um pouco mais detalhada sobre os componentes do CFTV e, porque não, o de protegê-lo contra eventual gracinha da banca em sua prova. Sem stress, ok? Vamos lá:
2.2.1.
As CÂMERAS de CFTV
As câmeras são equipamentos destinados a converter níveis de iluminação e cor em sinais elétricos, seguindo certos padrões. Todas as câmeras possuem elementos (sensores) os quais são atingidos pela luz. Todo o sistema de visualização tem como ponto de inicio a câmera. A câmera cria a imagem através dos níveis de iluminação capturados do ambiente através da lente e do sensor de imagem CCD (dispositivo de carga acoplada). Essa imagem capturada é então processada e transmitida para o sistema de controle, como um quad, um multiplexador ou um DVR. A figura abaixo mostra um esquema interno de uma câmera de CFTV convencional:
As câmeras, basicamente, podem ser dos tipos: fixa, dome e PTZ - Pan, Tilt e Zoom. Os padrões de vídeo são NTSC, PAL e SECAM.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Uma câmera do tipo FIXA, que pode ser fornecida com uma lente fixa ou de foco variável (varifocal), é uma câmera cujo campo de visão é fixo quando for instalada. Uma câmera fixa é o tipo de câmera tradicional, no qual a câmera e a direção para a qual aponta são claramente visíveis. Esse tipo de câmera é a melhor opção para aplicações nas quais é vantajoso que a câmera esteja bem visível. Uma câmera fixa normalmente permite que as lentes sejam trocadas. As câmeras fixas podem ser instaladas em caixas de proteção projetados para instalação em interiores e exteriores.
Uma câmera do tipo DOME, também chamada “minidome”, envolve essencialmente uma câmera fixa previamente instalada em dentro de uma pequena cúpula. A câmera pode ser direcionada para apontar em qualquer direção. A principal vantagem deste tipo de câmera está em seu design discreto, passando despercebida, bem como no fato de ser difícil perceber a direção para a qual a câmera aponta. A câmera também é resistente a violações. Uma das limitações de uma câmera dome fixa, é que ela raramente vem com uma lente intercambiável, e mesmo que ela seja intercambiável, há poucas opções de lentes devido ao pouco espaço dentro da cúpula. Para compensar essa limitação, muitas vezes é fornecida uma lente de foco variável para permitir o ajuste do campo de visão da câmera.
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Uma câmera PTZ ou uma câmera dome PTZ pode se movimentar horizontalmente/verticalmente (pan/tilt) e aproximar ou afastar (zoom in/out) a imagem de qualquer área ou objeto. Muitas câmeras PTZ e câmeras dome PTZ aceitam a programação de várias posições predefinidas. Assim que essas posições forem programadas na câmera, o operador será capaz de ir de uma posição para a outra com grande rapidez. O acompanhamento automático é uma função inteligente de vídeo que detecta automaticamente uma pessoa ou um veículo em movimento, e o(a) segue dentro da área de cobertura da câmera. Esse recurso é especialmente útil em situações de vigilância não assistida, na qual a presença ocasional de pessoas ou veículos necessita de atenção especial. A função reduz consideravelmente o custo de um sistema de vigilância, pois são necessárias menos câmeras para cobrir uma cena. Ela também aumenta a eficácia da solução, pois permite que uma câmera PTZ ou uma câmera dome PTZ grave áreas de uma cena onde houver atividade. As câmeras PTZ são usadas principalmente em interiores e em aplicações que empregam um operador. O zoom óptico das câmeras PTZ normalmente varia de 10x a 26x. Uma câmera PTZ pode ser instalada no teto ou em uma parede. As câmeras de rede dome PTZ podem cobrir uma área extensa, aumentando a flexibilidade das funções de pan, tilt e zoom. Elas permitem movimentos horizontais (pan) contínuos de 360 graus, e movimentos verticais (tilt) normalmente de 180 graus. As câmeras dome PTZ são ideais para uso em instalações discretas, devido ao seu design, à instalação (especialmente em instalações no teto), e à dificuldade de perceber o ângulo de visão da câmera (as cúpulas podem ser transparentes ou fumê).
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 2.2.2.
A ILUMINAÇÃO em CFTV
Hoje em dia com o desenvolvimento de novos materiais, há no mercado lentes que transmitem com boa eficiência todo o espectro visível (transmite todas as cores) e, outras lentes que são próprias para transmissão do infravermelho, ou para a faixa do ultravioleta, ou para determinado comprimento de onda (monocromáticas). A luz é indispensável para sensibilizar o sensor CCD e a partir dele transformar as imagens em sinais elétricos. Logo, a qualidade de uma imagem depende do controle da entrada de luz no conjunto Lente/câmera. O tipo de local a ser monitorado e aplicação determinam o tipo de equipamento a ser utilizado. Para aplicações internas com iluminação garantida e maiores detalhes podem ser utilizadas câmeras coloridas. Já em locais externos com períodos de baixa iluminação é essencial o uso de câmeras P&B, pois sua sensibilidade é muito maior. Esta característica favoreceu o desenvolvimento de dois tipos de câmera popularmente conhecidos como Câmeras Day-Night e Câmeras Infrared. As Câmeras Day Night são câmeras que dão a possibilidade de visualizar no escuro, contanto que exista iluminação, e dependendo do modelo, pode até ser uma iluminação mínima. São projetadas para locais onde os níveis de iluminação podem variar significativa e regularmente. Desse modo, quando a iluminação é suficiente, estas câmeras utilizam o modo colorido; e, no caso de iluminação insuficiente para a tecnologia colorida operar eficientemente, a câmera automaticamente torna as imagens monocromáticas. As Câmeras com Infravermelho (Infrared) são câmeras que permitem a visualização do ambiente no escuro total. Leds de infravermelho em volta da lente possibilitam isso na câmera. Têm um custo mais alto em relação as outras câmeras, mas o benefício que ela trazem compensam o gasto. Elas também ficam monocromáticas quando fica escuro.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 2.2.3. Os MONITORES de CFTV
Os monitores utilizados em vigilância são essencialmente monitores de TV sem as funções de sintonização e áudio, constituindo-se a interface humana para o sistema de CFTV. Estes monitores aceitam várias formas de entradas de vídeo de uma câmera, matriz ou dispositivo de gravação, e convertem o sinal em uma figura visível na tela. A capacidade do monitor de prover uma imagem precisa e clara ao olho humano é o elemento-chave para qualquer sistema de CFTV. Os principais tipos de monitores são: Monocromático Colorido Cada categoria de monitor é especialmente apropriada para uma ou mais aplicações. As aplicações típicas de vigilância utilizam monitores monocromáticos ou coloridos. Por muitos anos, as opções dos monitores de segurança limitaram-se ao CRT, aqueles famigerados tubões. Avanços na tecnologia geraram grande variedade de displays, tais como:
Plasma; LCD (Liquid Crystal Display); LED TV´s; Touch Screens.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 2.2.4. O DISPOSITIVO MATRIZ (ou QUAD)
O Quad (Quad Splitter), também chamado de matriz é um dispositivo eletrônico que combina as imagens de várias câmeras e as mostra em um monitor divido em quatro quadros ao mesmo tempo. Normalmente, possui também um circuito que permite o sequenciamento das imagens como um sequencial o qual pode mostrar as imagens uma de cada vez. O Quad pode ser P&B ou colorido de acordo com as câmeras utilizadas e pode ser conectado a um monitor de CFTV, uma TV ou VCR. Alguns mais completos Quads possuem imagem em tempo real, ou seja, não existe retardo na visualização das imagens. Os modelos de menor custo possuem um retardo inerente à digitalização da imagem, mas nada que comprometa a visualização da imagem. Alguns fornecem a função freeze (congelamento), que permite que uma determinada cena seja congelada para visualização detalhada. Existem ainda modelos que permitem a função Zoom, ou seja, ampliação através da duplicação dos pontos de um quadro digitalizado, permitindo a visualização em tela cheia de um quadrante, previamente gravado.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 2.2.5. O Gravador Digital de Vídeo - DVR
Tanto a gravação analógica como a digital correspondem à transferência dos dados da imagem do sinal de vídeo para uma mídia com o objetivo de armazenamento. Há algum tempo atrás, usava-se a gravação analógica em videocassetes, por exemplo. Atualmente, as gravações analógicas são pouco ou nada utilizadas, pois limitam as pesquisas dos eventos, além de os equipamentos contarem com reduzida capacidade de armazenamento. O DVR (Digital Video Recorder) ou, em outros termos, Gravador Digital de Vídeo, é um equipamento destinado à gravação de imagens de vídeo digitalmente em um disco rígido (HDD). Este HDD, usualmente interno, possui capacidades de 500 Gb, 1Tb (terabyte) ou mais para gravação. Permite ainda a configuração da resolução da imagem e tempo de gravação de acordo com a aplicação; gravação em tempo-real ou time-lapse também é disponibilizada. Time-lapse é uma técnica muito usada em vídeo na qual um evento é fotografado em determinado período de tempo. A sobreposição de imagens antigas também é uma função que pode ser programada, de acordo com a necessidade. A gravação de eventos de alarme acionada somente após a detecção digital de movimento dentro de uma área pré-determinada do quadro de imagem, funções estas programáveis e aplicáveis de uma maneira muito mais fácil e confiável que as funções de gravação dos time-lapses. A detecção de movimento pode ser configurada a através da seleção de pontos no quadro de imagem, pontos estes que quando sofrem alteração no sinal de vídeo automaticamente iniciam a gravação do alarme. Como os DVRs gravam digitalmente, a qualidade de imagem permanece inalterada independentemente do número de reproduções e regravações. É possível ainda, localizar rapidamente imagens ou alarmes gravados através do sistema da procura por data/hora ou alarme, ou simplesmente analisando a gravação. Muitos modelos permitem ainda a gravação de préalarmes, ou seja, o sistema faz uma gravação continua das imagens, porém vai descartando estas imagens que somente serão aproveitadas caso ocorra uma situação de alarme, na qual estas imagens são inseridas antes da gravação do alarme. Outros modelos incluem um multiplexador incorporado, integrando as funções de gravação multiplexada dos sinais das câmeras, e recuperação com qualidade total nas informações, devendo ser levado em conta a quantidade de
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão quadros por segundo ou fps (frames per second) para determinação na qualidade da atualização das imagens. Alguns equipamentos tem possibilidade de conexão por rede local (LAN) ou Internet (WEB), pois possuem integrada uma conexão de rede.
2.2.6. O Padrão IP
A indústria de CFTV movimenta-se em direção à comunicação digital em conformidade com os padrões de IP do IEEE 802. A aplicação de vídeo sobre IP é estabelecida através de dois possíveis métodos: Digitalização do vídeo de um dispositivo analógico e conversão do mesmo em vídeo IP, através dos encoders e; Utilização de câmeras IP. Uma das vantagens do vídeo IP é a possibilidade de integração aos sistemas de TI existentes. O vídeo IP pode ser transmitido a qualquer ponto da rede e armazenado nos servidores ou storages da rede.
2.2.7. A CENTRAL DE MONITORAMENTO
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão A Central de Monitoramento para o CFTV funciona com um grande olho e tem como principal função apoiar a segurança patrimonial, pois consegue ver pontos que a segurança patrimonial não consegue. É de responsabilidade da Central de Monitoramento também realizar backup de imagens importantes para investigação policial ou até mesmo para controle de ocorrências.
Bom, o que tínhamos de mais importante para ser falado sobre CFTV (para fins de sua prova) é o que você acaba de estudar. Para finalizar, trago a figura abaixo, que nos traz um interessante resumo visual de um completo sistema moderno de CFTV:
Vamos ver como esses últimos assuntos foram cobrados:
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[FCC – TECNICO SEGURANÇA – TRT/1ª – 2011] Dentre as modalidades de segurança planejadas para a aplicação em áreas e instalações, destacam-se a segurança física e a eletrônica. Com relação a essas duas modalidades, julgue os itens a seguir. 25. A segurança física compreende qualquer meio, mecânico ou eletrônico, desde que identificável, a fim de coibir atitudes indesejáveis; porém não compreende, didaticamente, o emprego de pessoas, mesmo caracterizadas, pois pertence à outra modalidade de segurança. 26. A segurança eletrônica que utiliza os meios mecânicos como portões e janelas é a medida atualmente menos utilizada em instalações, sendo dada prioridade ao emprego de pessoas caracterizadas ou não como agentes. 27. A segurança física compreende todo o emprego de materiais e meios, exclusivamente mecânicos, como barreiras, cancelas e portões; já a segurança eletrônica se caracteriza pelo emprego de meios exclusivamente eletrônicos, como circuitos fechados de câmeras de televisão. 28. A segurança eletrônica pode ser caracterizada pelo uso em conjunto de dispositivos técnicos capazes de emitir sinais sobre a ocorrência de eventos, advertindo sobre sua ocorrência, sendo composta, genericamente, por um sensor, uma central de processamento e outra de monitoramento. Comentário 25: Errado! A segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, os meios materiais empregados pelos gestores da segurança física e patrimonial para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. Todo e qualquer artifício, desde que fisicamente materializado nas áreas e instalações, pode ser considerado como meio de segurança física. Assim, o próprio serviço de vigilância, os controles de acesso e até os meios de segurança eletrônicos podem ser considerados instrumentos de segurança física, desde que ostensivos e perfeitamente identificáveis. As pessoas, portanto, podem ser consideradas como segurança física, desde que ajam caracterizados, ou seja, trajados com indumentária compatível, portando ou se utilizando de material que permita sua identificação e localização e que demonstre sua finalidade. Gabarito: Errado
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Comentário 26: Não há como falar sobre Segurança de Áreas e Instalações sem falarmos, é claro, da segurança eletrônica, hoje uma grande ferramenta auxiliar para a proteção de empreendimentos. Em se tratando de recursos eletrônicos, um dos principais objetivos que podemos apontar é a utilização deles principalmente como meios de detecção, de identificação, de controle das áreas protegidas e de obtenção de informações gerenciais de segurança. Os meios eletrônicos merecem grande atenção por estarem diretamente ligados à inteligência do sistema de proteção do empreendimento. A assertiva erra ao afirmar que os meios eletrônicos são medidas menos utilizadas em instalações. Muito pelo contrário! Gabarito: Errado Comentário 27: É errado afirmar que a segurança física se caracteriza pelo emprego exclusivo de meios mecânicos. É caracterizada também por fechaduras, barreiras e pessoas. E outra: a segurança eletrônica não se caracteriza pelo emprego de meios exclusivamente eletrônicos, como circuitos fechados de câmeras de televisão. Os sistemas de segurança eletrônicos modernos compõem-se também normalmente de sensores, centrais de processamento e centrais de monitoramento. Gabarito: Errado Comentário 28: Agora sim estamos diante de uma assertiva certinha! Foi o que acabamos de ver nos comentários anteriores. Gabarito: Certo 29. [FCC – TECNICO JUDIC. SEG. E TRANSPORTES – TRF/2ª– 2012] NÃO é considerada medida preventiva de segurança física o emprego, em uma edificação, de (A) catracas com senhas. (B) animais de vigia, como cães bravos. 59 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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(C) câmeras de circuito fechado de televisão dissimuladas. (D) portas rotatórias com detectores de metais. (E) muros com fossos alagados. Comentário: Lembre-se: todo e qualquer artifício, desde que fisicamente materializado nas áreas e instalações, pode ser considerado como meio de segurança física. Assim, o próprio serviço de vigilância, os controles de acesso e até os meios de segurança eletrônicos podem ser considerados instrumentos de segurança física, desde que ostensivos e perfeitamente identificáveis. Sem se expor demasiadamente para não comprometer sua própria integridade e finalidade, a segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar demasiadamente escondida ou camuflada. Apesar de não ser do Cespe, a questão é bem interessante para revermos pontos importantes e consolidarmos o aprendizado. Ela nos pede o item errado, ou seja, que não representa uma medida de segurança preventiva. Vamos analisá-los: Item A - As catracas são usualmente empregadas no controle de acesso de pessoas e exigem, para tanto, apenas seu direcionamento. Normalmente requerem uma atividade anterior (cadastramento com captura de imagem, por exemplo) que distribua um instrumento de acionamento (cartão, bilhete, crachá etc.). Quando informatizadas, facultam um grande volume de dados de interesse dos profissionais de segurança. É óbvio, portanto, que são equipamentos de segurança preventiva. (Certo) Item B - O reforço de animais pode ser tanto uma medida de segurança passiva, como também, é claro, de segurança ativa. O uso ou o aumento do número de animais na Segurança das Áreas e instalações, utilizando-os para o ataque (cães), para alarme (gansos, marrecos) ou ação (cavalos) reforçam preventivamente as medidas de segurança. (Certo) Item C - Opa! Câmeras de circuito fechado de televisão sim, mas dissimuladas não! A segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar escondida ou camuflada. (Errado) Item D - As portas rotatórias com detectores de metais são excelentes meios preventivos de segurança e suas aplicações são numerosas e geralmente bem conhecidas. (Certo) 60 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Item E - As barreiras, como meios de segurança física, internos ou externos, são acidentes naturais do terreno, construções ou artifícios normalmente mais apropriados para emprego em áreas extraprédios. Têm uma funcionalidade preventiva, subdividindo-se em barreiras naturais, artificiais e animais. Como exemplos de barreiras artificiais temos os muros, cercas, grades, alambrados, tonéis, cavaletes, fossos, valas e valões, os próprios prédios e construções diversas. (Certo) Gabarito: Letra “C” 30. [CESGRANRIO – INSPETOR DE SEGURANÇA JR. – PETROBRÁS – 2011] Encontram-se, no Circuito Fechado de TV, as câmeras e lentes com diversas medidas, que juntas processam as imagens para o sistema. A função da lente em uma câmera de CFTV é (A) definir o foco da imagem na chegada do cabo coaxial à câmera. (B) centralizar a imagem na saída da câmera. (C) evitar chuviscos na transmissão, garantindo qualidade na imagem gerada. (D) garantir nitidez de imagens, tanto nas transmissões P&B quanto nas coloridas. (E) definir profundidade da imagem e de seu ângulo de abertura. Comentário: Questão rara sobre o CFTV e que também nos ajuda para uma revisãosinha. Para respondê-la, vamos repetir a nossa figurinha esquemática de uma câmera:
Item A – Estranho, pois como você pode ver na figura, não é pelo cabo coaxial (saída BNC) que a imagem chega à câmera. Como pode a lente da câmera definir o foco de uma imagem que chega por um cabo coaxial?? Item sem nexo! (Errado) 61 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Item B – Outra invenção da banca! A lente é um dispositivo de entrada. Ela é quem recebe as cores e as imagens e as leva para serem interpretadas pelo sensor CCD. Ela até tem a função de centralizar, mas não na saída da câmera. (Errado) Item C – Não é a lente a responsável por evitar chuviscos na transmissão. Todo o sistema tem que estar bem configurado e instalado para que esses problemas sejam evitados. (Errado) Item D – Essa é uma função do sensor de CCD. É ele quem faz a codificação das imagens e as envia para o microprocessador da câmera, que por sua vez as envia, via saída BNC, para o dispositivo Quad. (Errado) Item E – Certíssimo! Analisando a figura acima, você há de concordar comigo que essa é de fato a função de uma lente: definir profundidade da imagem e de seu ângulo de abertura. (Certo) Gabarito: Letra “E”
III - O CONTROLE DE ACESSOS
O controle de acessos é mais um dos importantes procedimentos a serem planejados e executados pela segurança de áreas e instalações. E mais: é disparado um dos assuntos mais cobrados em provas, seja qual for a organizadora! Para começar, a primeira e importantíssima informação:
Compreende todas as atividades, medidas e procedimentos dos quais resultem, específica ou acessoriamente, limitação e/ou controle de circulação ou de acesso, de TUDO e de TODOS, no âmbito de uma instituição. Limita e controla, portanto, não só a circulação e o acesso de pessoas, mas de veículos, visitantes, material, documentos, inclusive de dados e informações (os "conhecimentos"). 62 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Logo, quaisquer procedimentos, meios, agentes ou artifícios podem ser utilizados como limitadores e/ou controladores de circulação e acesso. Algumas restrições que constituem importantes formas de controle de fato resultam de rotinas estabelecidas, porém, com outros fins específicos. São resultados de caráter meramente acessório, representando na verdade subprodutos dos objetivos que prioritariamente tais restrições buscam alcançar. Outras, ao contrário, têm necessária e principalmente a finalidade de limitar e controlar a circulação e o acesso de tudo e de todos fazendo-o mediante emprego de meios especificamente designados para esse fim. Na segurança de áreas e instalações, a limitação e o controle se estabelecem mais intensamente sobre a circulação das pessoas, tanto funcionários da própria instituição como visitantes, sobre o trânsito de veículos, orgânicos ou não, e sobre o acesso às áreas e instalações, quaisquer que sejam. Para tanto, variadas modalidades de controles de acesso, procedimentais ou propriamente ditos, podem ser utilizadas.
3.1. Os Controles de Acesso PROCEDIMENTAIS
Como sugere o próprio nome, são restrições impostas por meio de procedimentos. As limitações de circulação ou acesso que impõem são acessórias, isto é, resultam de ações desencadeadas com outra finalidade (uma secretária, por exemplo, além de secretariar, controla o acesso à sala do seu chefe). Consideram-se controles de acesso procedimentais protocolos, adesivos, auxiliares, buttons, crachás, credenciais, passes de trânsito livre e códigos de cores, além do uso de uniformes, convenções, normas gerais de ação, isto é, tudo que, empregado, tenha como conseqüência específica ou acessória alguma forma de restrição à circulação e/ou ao acesso. Tendo em vista seu viés normalmente acessório, devem ser tratados quando da normatização dos procedimentos. Um questãozinha para praticar:
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31. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] A identificação de funcionários mediante o uso de crachás é considerada atualmente o único método eficaz para o controle de entradas, devendo ser abolidos os demais dispositivos, por falta de segurança. Comentário: Falar que o único método EFICAZ de controle de acesso é a identificação por crachás é exatamente contrariar aquilo que você acabou de estudar! Só para relembrar, temos vários outros, e não menos importantes, métodos de controle de acesso. São eles: protocolos, adesivos auxiliares, buttons, crachás, credenciais, passes de trânsito livre e códigos de cores, além do uso de uniformes, convenções, normas gerais de ação. Gabarito: Errado
3.2. Controles de acesso PROPRIAMENTE DITOS
Estes tipos de controles são meios empregados com a finalidade específica de estabelecer restrições à circulação e/ou ao acesso. Diferentemente dos controles procedimentais, estabelecem limitações resultantes de sua própria destinação. Considerando a natureza do meio empregado, os controles de acesso propriamente ditos podem ser:
Pessoais: empregam especificamente as pessoas como meio de controle; Instrumentais: meios materiais diversos ou; Mistos: a combinação de ambos para exercer as restrições a que se destinam.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Logo, um vigilante em atividade de ronda constitui um controle pessoal; uma cancela automática, um controle instrumental; se operada por uma pessoal, um controle misto. Os controles pessoais podem ser total ou parcialmente exercidos por pessoal orgânico ou terceirizado, ou ainda, por ambos de forma simultânea, reservando-se para o pessoal das próprias instituições aqueles controles considerados mais sensíveis e importantes. Embora constitua uma das modalidades mais simples e menos técnicas, é das mais empregadas, e, não raro, a única passível de ser utilizada com eficiência e eficácia em determinadas situações. Os controles instrumentais são exercidos por uma grande variedade de meios e vão desde os mais simples, como uma singela cancela ou até mesmo o próprio relógio de ponto, aos mais complexos, como os sistemas biométricos de leitura da íris ou da face. O nível de segurança exigido pelas áreas e instalações, a intensidade do fluxo (seja de pessoas, veículos ou bens), as exigências tecnológicas e de pessoal, o ramo de atividade, o grau de sensibilidade dos segredos da empresa e a vizinhança/arredores são, decerto, algumas variáveis importantes do ponto de vista técnico, na avaliação dos controles a serem instalados. Outros fatores, de natureza diversa, são igualmente importantes, como a filosofia e as políticas de segurança, o porte da empresa, a disponibilidade de recursos financeiros, o planejamento estratégico, o momento comercial da empresa e de seu segmento de atividade. Enfim, considerações menos técnicas e mais conjunturais, todavia determinantes para a escolha da modalidade de controle ideal ou, ao menos, circunstancialmente adequada. Ao profissional de segurança cabe dominar profundamente o emprego das modalidades de controle procedimentais e pessoais, uma vez que estão intimamente relacionadas com sua atividade-fim. No que se refere aos controles instrumentais, cabe ao profissional conhecer as possibilidades operacionais gerais dos tipos mais comuns, inclusive os tecnologicamente mais avançados, reservando as características técnicas para especialistas, devidamente cadastrados, em listagem própria e atualizada. Em face do exposto, apresentamos, a seguir, alguns tipos de controles de acesso que empregam pessoas ou meios instrumentais. Vou mostrá-los inicialmente os diversos meios para verificação das formas de identificação dos usuários. São sistemas simples e rápidos, mais voltados para a checagem da autenticidade dos instrumentos de identificação apresentados (como cartões, identidades funcionais ou crachás) e das informações neles inseridos como (senhas, números, tarjas magnéticas ou códigos de barras) do que propriamente para identificação individual do usuário. 65 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Assim, tais verificações podem ser realizadas por:
Portarias: normalmente, mais do que simplesmente controlar, orientam o acesso das PESSOAS e dos VEÍCULOS para as áreas e instalações desejadas. É exatamente a partir delas que se iniciam os controles procedimentais (adesivos, buttons, crachás e uniformes. por exemplo) e todas as atividades passam a se sujeitar às demais regras de segurança da instituição. Podem ser principais ou secundárias e empregam meios específicos de controle, particularmente por pessoal, que não pode ser desviado para qualquer outro fim. Devem evitar o emprego de controles mais sofisticados e técnicos. A continuidade de fluxo é uma de suas principais preocupações, especialmente nos momentos de pico (entrada e saída de RH). Não devem abrigar recursos (pessoas, materiais, equipamentos etc.) que não sejam estritamente necessários à sua rotina de trabalho. Assim, dependências como controle do CFTV, sala dos vigilantes, de motoristas, auxiliares e sala de armas, salvo imperiosa necessidade ou absoluta falta de opção, não devem ser localizadas nas portarias. Cancelas: mais apropriadas para controle de manuais ou automatizadas e, por serem convém que sejam integradas a outros empregam apenas o pessoal (CFTV e catracas,
VEÍCULOS. Podem ser altamente vulneráveis, meios, além dos que por exemplo).
Portas, portões e portais: mais apropriados para controle de PESSOAS. Assim como as cancelas, podem ser manuais ou automatizados e, por sua alta vulnerabilidade, convém que sejam integrados a outros meios, além dos que só empregam o pessoal (CFTV e catraca, por exemplo). Os diversos sistemas podem utilizar portas duplas (chamadas controles de eclusas ou simplesmente de eclusas), giratórias (normais ou de torniquetes) ou corrediças, entre outras, e ainda portais detectores de metais, inclusive associados a detectores manuais (“frigideira") e máquinas de raios X. Claviculário: são locais especialmente designados para GUARDA DE DISPOSITIVOS UTILIZADOS NO ACESSO a dependências e no uso de veículos e equipamentos (chaves, cartões, senhas etc.). São utilizados para reunir e/ou recolher dispositivos utilizados diariamente (chaves de veículos, por exemplo) ou manter sob rígido controle as cópias (segundas vias) de dispositivos em uso, para o caso de extravio, roubo, furto e etc. Devem ser atualizados e avaliados sistemática e rotineiramente, além de salvaguardados por procedimentos e medidas que garantam sua inviolabilidade e rigoroso controle de sua utilização.
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Guaritas: mais utilizadas nos limites perimetrais, áreas extensas, afastadas ou locais ermos. Convém que sejam suspensas, cobertas por outros itens de segurança (CFTV, por exemplo), possuam meios de comunicações e permitam o acionamento de alarmes, além de proporcionarem um nível mínimo de conforto para o usuário. Catracas: usualmente empregadas no controle de acesso de PESSOAS, exigem, para tanto, apenas seu direcionamento. Normalmente requerem uma atividade anterior (cadastramento com captura de imagem, por exemplo) que distribua um instrumento de acionamento (cartão, bilhete, crachá etc.). Quando informatizadas, facultam um grande volume de dados de interesse dos profissionais de segurança. Rondas: são sistemas de AVALIAÇÕES MÓVEIS, que fazem verificações das medidas estabelecidas e realizam checagens sobre o cumprimento ou não dos procedimentos previstos. Contemplam todas as modalidades de controle de acesso ou de segurança empregados e são normalmente definidas de forma sistematizada, embora admitam realizações inopinadas. Cartões: são sistemas bastante empregados hoje, pelo baixo custo e pela variedade de possibilidades que oferecem os softwares que lhes dão suporte. Podem ser de memória (de contato) ou de proximidade (sem contato), para leitura de códigos de barras, de tarjas magnéticas ou de chip inteligente. Oferecem confortável nível de segurança para determinadas AIDA. Sua principal vulnerabilidade, porém, está na possibilidade de uso por pessoas, não autorizadas, seja por clonagem, extravio, furto ou roubo. "Passa-pacotes": são sistemas voltados para controle de acesso de volumes, que impedem o contato pessoal entre entregador, recebedor, permitindo apenas a entrada do objeto. Podem ser agravados com equipamentos de raios X ou detectores de metal, de explosivos etc. Porteiros eletrônicos (com vídeo ou não): largamente utilizados, dependendo da tecnologia conferem variadas possibilidades de controle. Tendo em vista o alto grau de vulnerabilidade que impõem, entretanto, convém que sejam protegidos e agravados com outros meios de segurança disponíveis (CFTV e botões de pânico, por exemplo).
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Detectores de metais: são aparelhos eletrônicos que se destinam a encontrar metais tanto na indústria, como nas áreas de pesquisa e segurança. As aplicações de detectores de metal são numerosas e geralmente bem conhecidas. Os detectores de metais shadow têm o funcionamento baseado na variação do fator de mérito do circuito ressonante motivado pela passagem de um metal no campo eletromagnético de uma bobina. Sistemas de Raios-X: enquanto você passa pelo detector de metais, seus pertences passam pelo sistema de raios-X. Uma esteira rolante carrega cada item pela máquina de raios-X. Esses raios são como uma luz, que se assemelham às ondas eletromagnéticas, mas possuem mais energia. Desse modo, podem penetrar em muitos materiais.
Para reforçar o aprendizado, mais uma questãozinha:
32. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004] A ronda das guardas móveis deverá ser realizada sempre em horários predefinidos, para que se estabeleça um padrão no procedimento do plano de segurança adotado e se previnam possíveis ocorrências criminosas. Comentário: Você acabou de ver que as rondas móveis podem ser feitas de forma inopinada, ou seja, sem horário pré-definido. Não é interessante que as rondas móveis aconteçam sempre no mesmo horário. A rotina é considerada hoje pela doutrina a maior inimiga dos sistemas de segurança. Nunca se esqueça disso!! Gabarito: Errado
Além dos controles até aqui apresentados, é possível utilizar outros, especificamente voltados para a identificação individual dos usuários, o que dificulta sobremaneira as fraudes praticadas contra as várias formas de verificação de identidades. Para tanto, esses controles empregam sistemas de identificação biométricos, que comparam as características físicas apresentadas por um usuário com as correspondentes armazenadas em um determinado banco de dados, identificando-o ou não como um dos usuários 68 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão cadastrados. A seguir, apresento algumas modalidades de equipamentos que realizam a citada leitura biométrica. Como estão muito em moda hoje em dia, vale a pena debruçar-se um pouquinho neles, pois são bons de prova!
Identificação da íris: consiste na identificação da PARTE COLORIDA DOS OLHOS, a qual guarda características individuais que são únicas para cada pessoa, É extremamente precisa, pois a íris não sofre alterações pelo tempo ou por lesões. Identificação da retina: consiste na identificação da PARTE DO FUNDO OLHO, que, tal qual a íris, guarda características individuais também únicas para cada pessoa. É a identificação biométrica mais precisa, embora provoque certo desconforto no momento da leitura. Identificação datiloscópica: consiste na identificação das IMPRESSÕES DE TODOS OU DE UM DOS DEDOS, as quais guardam características individuais igualmente únicas para cada pessoa. Por ser uma modalidade de identificação mais antiga, é um sistema mais barato e muito utilizado, embora admita uma margem de erro de aproximadamente 5% (cinco por cento). Identificação da face: consiste na leitura de PONTOS DELIMITADORES DA FACE para definição de tamanhos, proporções, formas e distâncias. Identifica as pessoas, ainda que a face tenha sido alterada por barba, bigodes, sobrancelhas, cor ou cortes de cabelo diferentes. É uma técnica muito nova e que não causa desconforto algum por ser uma modalidade de leitura pró-ativa, ou seja, que dispensa o usuário de dirigir-se ao ponto de identificação (pode ser realizada a distância). Geometria da mão: consiste na utilização de imagens da GEOMETRIA DA MÃO, PALMA E DEDOS POR SCANNERS, para identificar as pessoas. O funcionamento é analógico e exige posicionamento correto da mão para a leitura.
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Identificação da voz: consiste na utilização da ANÁLISE DE PADRÕES DE VOZ para a identificação das pessoas. É um sistema já bastante utilizado, até mesmo em telefonia celular, embora exija perfeita reprodução do padrão de voz utilizado e sofra grave influência dos sons locais, que podem até inviabilizar seu emprego. Senhas: embora não haja consenso sobre tal entendimento, podem ser considerados como uma "espécie" de identificação biométrica. Uma vez que, embora não identifiquem o usuário por meio de suas características físicas, o fazem por intermédio do RECONHECIMENTO DE UMA SENHA INDIVIDUAL, ALFANUMÉRICA. Têm sido muito utilizadas e proporcionam um nível de segurança confortável para a determinadas áreas e instalações.
A figura abaixo ilustra um exemplo de aplicação de um sistema de controle de acessos que engloba boa parte dos dispositivos aqui estudados:
Pronto! Feito esse overview do tema "controle de acessos", vamos então dar uma olhada um pouco mais detalhada nos procedimentos específicos recomendados para cada um dos tipos clássicos de controle de acesso: o de pessoas, o de materiais e o de veículos. 70 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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3.3. Controle de Acesso de PESSOAS
Trata-se do controle de acesso exercido por certos profissionais, como ascensoristas, porteiros, recepcionistas, secretárias, chefes de gabinetes e ainda determinados agentes de vigilância estáticos ou móveis, que incluem até o emprego de animais. No controle do acesso de pessoas o segurança deve seguir determinados procedimentos que garantam a segurança das instalações e de todos que estejam envolvidos no sistema (colaboradores, visitantes, clientes, fornecedores etc.). Para tanto seguem alguns mandamentos indispensáveis:
Fazer a inspeção visual, procurando analisar e memorizar as características das pessoas, mostrando-se atento, pois tal comportamento garante a prevenção, uma vez que qualquer pessoa mal intencionada perde o interesse de agir quando percebe que foi observada antes de se aproximar; Fazer a abordagem, preferencialmente à distância, procurando obter e confirmar todos os dados necessários ao efetivo controle do acesso; Nunca julgar as pessoas pela aparência, pois as quadrilhas de criminosos procuram induzir o segurança a erro. Levar sempre em consideração se é pessoa desconhecida, e mesmo sendo conhecida, caso esteja acompanhada de desconhecido, deve-se agir com maior critério; Fazer a identificação pessoal, exigindo a apresentação de documento emitido por órgão oficial e que possua fotografia. Ex: RG, reservista, passaporte, nova CNH, identidades funcionais etc. Obs.: A Lei Federal 5.553/68, alterada pela Lei Federal 9.453/97, estabelece que nos locais onde for indispensável a apresentação de documento para o acesso será feito o registro dos dados e o documento imediatamente devolvido ao interessado; Anunciar o visitante ao visitado e, sendo autorizado seu acesso certificar-se de quem partiu a autorização; Fazer o devido registro dos dados; Cumprir às normas estabelecidas internamente. 71 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Para a EFETIVA SEGURANÇA NO CONTROLE DE ACESSO é indispensável a instalação de MEDIDAS ESTÁTICAS (Circuito Fechado de TV, Botão de Pânico, aparelhos de controle com base na biometria, etc.) e TREINAMENTO CONSTANTE dos profissionais de segurança.
Tais restrições são de inequívoca importância, visto que proporcionam expressiva economia de meios e permitem participação no direcionamento e controle da rotina Institucional, "filtrando" desta os aspectos considerados mais relevantes para encaminhamento às pessoas certas. Constituem, portanto, uma forma efetiva de controle de acesso e circulação, que não deve ser jamais desprezada. Para praticar:
33. [UEM – AGENTE DE SEGURANÇA – 2010] O Agente de Segurança, quando for designado para trabalhar em local que existirem normas e procedimentos específicos para o acesso de pessoas, deve: (A) Obedecer à risca as normas e procedimentos para acesso de pessoas visitantes ao prédio, não abrindo exceção para qualquer pessoa. (B) Qualquer pessoa visitante poderá ter acesso ao prédio sem que sejam seguidos as normas e procedimentos. (C) Quando se tratar de uma pessoa que só o agente de segurança conhece, não haverá necessidade de aplicar as normas e procedimentos para visitantes. (D) As normas e procedimentos para acesso de pessoas visitantes ao prédio não se aplica para os ex-servidores que trabalharam no local. (E) As normas e procedimentos para acesso de pessoas visitantes ao prédio serão as mesmas para os servidores que trabalham no local.
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Comentário: Item A - Um controle de acesso de pessoas bem planejado é aquele que cumpra todas as normas e procedimentos e o interessante, para uma melhor segurança, é que não haja exceções no controle. (Certo) Item B - Que perigo para a segurança traz a afirmativa desse item!! Visitantes sem acesso controlado e normas e procedimentos desobedecidos não fazem parte de uma segurança que presta um serviço sério. (Errado) Item C - Não existem normas e procedimentos de segurança sérios que dispensem privilégios de acesso a qualquer pessoa em uma empresa. (Errado) Item D - Mesma explicação do item anterior.
(Errado)
Item E - Não é interessante que normas e procedimentos sejam os mesmas para visitantes e servidores do órgão, afinal de contas os servidores já gozam de certos controles. (Errado) Gabarito: Letra “A”
3.4. Controle de Acesso de MATERIAIS
No tocante ao acesso de materiais, tanto na entrada como na saída do estabelecimento, deve haver um rígido controle por parte da equipe de segurança, visando garantir a proteção do patrimônio e também moralizar a atividade de segurança através da demonstração de eficiência. Os procedimentos mais recomendados são os seguintes:
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Entrada de Materiais: Fazer inspeção visual e identificar de forma completa o entregador; Verificar a quem se destina, pela nota fiscal, confirmando a previsão de entrega e solicitando seu comparecimento para o recebimento; Fazer o registro do entregador, da mercadoria que entrou, inclusive do responsável pelo recebimento, pois não há melhor forma de controle e de prova que o registro. Saída de Materiais: Fazer a inspeção visual e a identificação de quem está saindo com o material; Fazer a conferência do material de acordo com o documento de autorização de saída; Fazer o registro dos dados.
3.3. Controle de Acesso de VEÍCULOS
Outro ponto crítico em um estabelecimento é o acesso de veículos. Por ausência de medidas de segurança e de profissionais treinados, muitos desses locais são alvos de invasões. Criminosos constatam as falhas do sistema de segurança e encontram extrema facilidade para agir. Por isso, trata-se de ponto que exige investimento da empresa tanto no que tange às medidas estáticas (CFTV, clausuras, etc.) como também em treinamento de pessoal. Os principais procedimentos são:
Fazer inspeção visual com atenção voltada às características do veículo e ocupantes, bem como o comportamento e atitude dos últimos; Fazer a abordagem, à distância, procurando obter e confirmar todos os dados e, se for necessário, ligar para a empresa dos ocupantes do auto para fazer a confirmação, antes do ingresso no estabelecimento; 74 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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É conveniente que, caso seja autorizado o acesso, o veículo adentre apenas com o condutor, de modo que os demais ocupantes desembarquem e acessem pela entrada de pedestres; Sendo adotado o procedimento acima, identificar o condutor, conforme estudado no controle do acesso de pessoas, caso contrário todos devem ser identificados; A instalação de clausuras tem sido uma das principais formas de proteger o vigilante e evitar invasões, principalmente com uso de veículos clonados; Caso o estabelecimento não disponha de clausura e, em se tratando de veículo com compartimento fechado (baú), é viável que se determine seu ingresso de ré, de modo que seja aberto o baú, antes da abertura do portão, a fim de que o vigilante não se exponha ao vistoriar o veículo e, nem ocorra invasão; Fazer o devido estabelecidas;
registro
dos
dados
de
acordo
com
normas
Cumprir rigorosamente as normas internas.
Tanto para veículos como para materiais, o registro dos dados é a única forma de controle e a melhor forma de produção de provas para diversas finalidades. Portanto o segurança deve fazê-lo com corretamente e sem qualquer exceção.
No que diz respeito aos controles de acesso, cabe ainda destacar os cuidados que devem ser dispensados à manutenção reparo e conservação dos meios físicos. As condições a serem estabelecidas para cada uma dessas ações deve ser objeto de cuidadosa ponderação, para que não gerem vulnerabilidades evitáveis. O mesmo cuidado deverá ser dispensado às verificações constantes de seu funcionamento, especialmente dos meios com tecnologia mais sensível. 75 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Veja como foi cobrado:
34. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/18ª – 2008] O setor de segurança deve usar, no controle da entrada de estranhos, sistemas físico, mecânico, eletrônico e humano. Comentário: Exatamente. Apesar de ter usado o verbo "dever" a assertiva não está invalidada! Um setor de segurança que bem planeja suas atividades, deve usar, para o controle de entrada de estranhos, os sistemas físico (ex: técnicas de paisagismo e uso de barreiras), mecânico (ex: portões e cancelas), eletrônico (ex: botões de pânico, identificadores biométricos) e humano (ex: sistema de vigilância). Gabarito: Certo 35. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/18ª – 2008] Para aprimorar a segurança de qualquer instalação predial, deve ser controlada, nos portões, a entrada de visitantes, apenas. Comentário: Essa foi de graça, não é verdade?? É óbvio que, para aprimorar a segurança de qualquer instalação predial, deve ser controlada, nos portões, a entrada de tudo e de todos, sem exceção. Gabarito: Errado [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] Em relação aos controles de acesso, julgue os itens a seguir. 36. Destinam-se a controlar o acesso e circulação apenas de pessoas e veículos que se dirijam para a instalação que os possuem. 37. Devem controlar a forma de acesso e circulação de pessoas, veículos, materiais e até informações existentes na instalação que os possuem. 38. São medidas de controle de acesso desde grandes barreiras físicas como portões e guaritas até as mais simples e menores como credenciais e crachás.
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Comentário 36: O controle de acessos é mais um dos importantes procedimentos a serem planejados e executados pela segurança de áreas e instalações. Compreende todas as atividades, medidas e procedimentos dos quais resultem, específica ou acessoriamente, limitação e/ou controle de circulação ou de acesso, de tudo e de todos, no âmbito de uma instituição. Limita e controla, portanto, não só a circulação e o acesso de pessoas, mas de veículos, visitantes, material, documentos, inclusive de dados e informações. Gabarito: Errado Comentário 37: Perfeito! Exatamente o que acabamos de ver no comentário da questão anterior. O controle de acesso limita e controla, portanto, não só a circulação e o acesso de pessoas, mas de veículos, visitantes, material, documentos, inclusive de dados e informações. Gabarito: Certo Comentário 38: Quaisquer procedimentos, meios, agentes ou artifícios podem utilizados como limitadores e/ou controladores de circulação e acesso.
ser
Na segurança de áreas e instalações, a limitação e o controle se estabelecem mais intensamente sobre a circulação das pessoas, tanto funcionários da própria instituição como visitantes, sobre o trânsito de veículos, orgânicos ou não, e sobre o acesso às áreas e instalações, quaisquer que sejam. Para tanto, variadas modalidades de controles de acesso, procedimentais ou propriamente ditos, podem ser utilizadas. Grandes barreiras físicas como portões e guaritas até as mais simples e menores, como credenciais e crachás, são de fato medidas de controle de acesso desde. Gabarito: Certo
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3.5. Os Controles de ENTRADAS
Para finalizar o tema "controle de acessos", me senti na obrigação de trazer uma doutrinazinha que a citada banca gosta muito. E exatamente por esse motivo que você tome nota com bastante carinho dos conceitos a seguir, ok?
3.5.1. O Controle de ENTRADAS PERMITIDAS
As entradas permitidas são pontos fixos de segurança, denominados de PORTARIA, em que a segurança deve controlar e fiscalizar a entrada e saída de pessoas, veículos e materiais. A portaria é um dos principais pontos de segurança de qualquer estabelecimento vigiado. Trata-se de um ponto que exige do agente conhecimento efetivo de suas atividades, tirocínio, raciocínio rápido, organização, dinâmica e boa capacidade de comunicação. A falta de controle neste ponto revela a ausência total de segurança.
3.5.2. O Controle e Proteção de ENTRADAS NÃO PERMITIDAS
As entradas não permitidas não são os maiores alvos das invasões, pois quaisquer acessos por esses pontos chamam a atenção, ficando em evidência, que é justamente o que os grupos criminosos evitam em suas ações. No entanto, o maior erro do profissional de segurança é não acreditar na audácia do criminoso, mesmo as pesquisas indicando que, via de regra, as invasões ocorrem pelas entradas PERMITIDAS. A fiscalização, o controle e a vigilância devem ser constantes e abranger todos os pontos do perímetro de segurança, de modo a inibir e impedir qualquer ação criminosa, ressaltando que a atividade de segurança de áreas e instalações tem caráter PREVENTIVO. Veja então como o Cespe os cobrou: 78 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 39. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] O controle de entradas permitidas apóia-se basicamente em dois sistemas: o de identificação e o de guarda. Comentário: Perfeito! Para as entradas permitidas, e a principal delas vimos que é a portaria, faz-se necessário a presença ostensiva da segurança (guardas ou agentes como queira chamar), assim como a aplicação de identificação de pessoas, materiais e veículos, ou seja, o controle de acesso. Gabarito: Certo 40. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004] As medidas de prevenção de entradas não-permitidas são aquelas que visam impedir, dificultar ou detectar a entrada de alguém nas instalações que se quer proteger. Fazem parte dessas medidas a colocação de barreiras perimetrais, a iluminação correta, a instalação de sistemas de alarmes e de comunicações e os serviços de guarda. Comentário: A assertiva por si só se responde! Vimos que as entradas não permitidas não são os maiores alvos dos criminosos. Isso se dá justamente pelo fato de que essas áreas já são devidamente protegidas. E, para protegê-las, é interessante sim que sejam usados os recursos de segurança acima citados. Gabarito: Certo
Pronto! Para fecharmos com chave de ouro a aula, uma bateria de questões de revisão de tudo o que foi visto:
41. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU - 2007] No que tange à Segurança Corporativa, para que um sistema de segurança resulte altamente eficaz, é imprescindível que as inspeções inopinadas sejam rotineiras e o sistema tenha equipamentos detectores de invasões adequados e eficientes. Comentário: As inspeções também são conhecidas como rondas. E outra: ser inopinada significa dizer ser imprevista, súbita, inesperada.
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Rondas (ou inspeções) são sistemas de avaliações móveis, que fazem verificações das medidas estabelecidas e realizam checagens sobre o cumprimento ou não dos procedimentos previstos. Contemplam todas as modalidades de controle de acesso ou de segurança empregados e são normalmente definidas de forma sistematizada, embora admitam realizações inopinadas. É bastante aconselhável que a equipe de segurança mantenha uma rotina de inspeções inopinadas. Equipamentos detectores de invasões adequados e eficientes são igualmente importantes, tanto é que trouxemos para o seu estudo uma boa quantidade de sensores e alarmes comumente recomendados e utilizados pela Segurança Corporativa. Gabarito: Certo Instruções: Para responder às questões de números 42 e 43 considere as informações abaixo. O Segurança “Y” recebeu incumbência de pesquisar no mercado imobiliário um local seguro para instalar uma repartição do Ministério Público Federal.
a
42. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU - 2007] Ele deve optar, prioritariamente, por um local/instalações (A) confortável; de estilo moderno; situado em local nobre; com vários acessos disponíveis; com possibilidades da instalação de um canil; próximo de pontos dominantes; com uma rede de refrigeração central; com privacidade. (B) amplo; bem construído; de estilo moderno; de fácil acesso; distante dos eixos rodoviários; próximo de pontos dominantes. (C) com privacidade; com cercas e muros, com altura suficiente para proteção; sem obstáculos entre a construção e o muro; com vários acessos ao local da construção; distante de pontos dominantes. (D) com cercas e muros, com altura suficiente para proteção; com uma rede de refrigeração central; amplo; distante dos eixos rodoviários. (E) sem obstáculos entre a construção e o muro; amplo; próximo de pontos dominantes; de fácil acesso; com rede de refrigeração central; com possibilidades da instalação de um canil; confortável; construção de estilo moderno e de alto padrão.
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Comentário: Vamos conferir, através de nossa ferramenta de checklist, qual item nos traz as melhores características de uma edificação segura para se instalar uma repartição do MPF. Se uma delas não estiver a contento, o item está errado, ok? Item A: Confortável
Ok
De estilo moderno
Ok
Situado em local nobre
Não necessariamente.
Com vários acessos disponíveis
Ok, pois facilita as operações de comboio e o planejamento do itinerário da equipe que faz a segurança pessoal das autoridades. E mais: facilita o deslocamento em caso de necessidade de fuga da equipe de segurança.
Com possibilidades da instalação de um canil
Próximo de pontos dominantes
Ok, apesar de não ser necessariamente uma prioridade.
Errado
A expressão "pontos dominantes" nada mais é do que qualquer lugar ou ponto próximo à edificação que propicie ao criminoso (ou ao atirador) uma visualização privilegiada de toda a edificação. Uma árvore nas proximidades, por exemplo, onde escondido e devidamente posicionado, o criminoso possa ter como alvo fácil áreas internas ou pessoas na edificação. Edificações em áreas isoladas trazem como desvantagem a grande possibilidade de existência de pontos dominantes. Com uma rede de refrigeração central Com privacidade
Ok
Nem tanto, pois o MPF é uma instituição pública e deve ser de fácil acesso para a população, mas pode haver sim certas dentro da edificação que devam ter maior privacidade, como os gabinetes dos Procuradores, por exemplo.
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Item B: Amplo
Ok
Bem construído
Ok
De estilo moderno De fácil acesso
Ok Ok
Distante dos eixos rodoviários
Próximo de pontos dominantes
Errado, pois estar distante dos eixos rodoviários pode dificultar as operações de comboio ou de eventual fuga das equipes que fazem a segurança pessoal das autoridades do MPF. Errado
Item C: Com privacidade Com cercas e muros
Ok Ok
Com altura suficiente para proteção
Ok
Sem obstáculos entre a construção e o muro Ok, entre a construção e o muro não deve haver obstáculos que possam dificultar a fluidez das medidas e procedimentos de segurança. Com vários acessos ao local da construção Distante dos pontos dominantes
Ok
Ok
Item D: Com cercas e muros
Ok
Com altura suficiente para proteção Com uma rede de refrigeração central Amplo
Ok Ok
Ok
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Distante dos pontos dominantes Próximo de pontos dominantes Distante dos eixos rodoviários
Ok Errado Errado
Item E: Sem obstáculos entre a construção e o muro Amplo
Ok
Ok
Próximo dos pontos dominantes De fácil acesso
Errado
Ok
Com rede de refrigeração central
Ok
Com possibilidades de instalação de um canil Confortável
Ok
Ok
Construção de estilo moderno e de alto padrão
Ok
Gabarito: Letra “C” 43. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU - 2007] Com a incumbência de providenciar as primeiras medidas de segurança para as novas instalações do imóvel escolhido, o Segurança “Y” planeja que deverá haver: (A) utilização de alarmes e emprego de cães; seleção de funcionários; visitas e usuários identificados; divulgação dos novos serviços; proteção para todas as aberturas; as dependências vazias devem ser isoladas; limpeza e boa apresentação. (B) limpeza e boa apresentação das dependências; seleção das recepcionistas, divulgação dos novos serviços; seleção de funcionários; visitas e usuários identificados. (C) limpeza e boa apresentação das dependências; seleção das recepcionistas, divulgação dos novos serviços; utilização de alarmes e emprego de cães; proteção para todas as aberturas. (D) seleção de funcionários; visitas e usuários identificados; utilização de alarmes e emprego de cães; limpeza e boa apresentação das dependências; seleção das recepcionistas, divulgação dos novos serviços. 83 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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(E) proteção para todas as aberturas; inspeções frequentes nas dependências; as dependências vazias devem ser trancadas e verificadas regularmente; seleção de funcionários de segurança adequados; visitas e usuários regularmente identificados; utilização de alarmes e câmeras em locais estratégicos; emprego de cães devidamente treinados para as funções inerentes à segurança. Comentário: Item A: Utilização de alarmes e emprego de cães Seleção de funcionários
Ok
Errado, pois essa é uma responsabilidade da área de recursos humanos.
Visitas e usuários identificados
Ok
Divulgação de novos serviços
Errado, pois essa é uma função da área de comunicação e não da segurança.
Proteção para todas as aberturas
Ok
As dependências vazias devem ser isoladas Limpeza e boa apresentação
Não necessariamente.
Errado, pois essa função é da área de patrimônio, que deve contratar a execução de tais serviços.
Item B: Limpeza e boa apresentação das dependências Seleção das recepcionistas
Errado, pois se trata de mais uma competência voltada para a área de recursos humanos.
Divulgação de novos serviços Seleção de funcionários
Errado
Errado
Errado
Visitas e usuários identificados
Ok
Item C: Limpeza e boa apresentação das dependências Seleção das recepcionistas
Errado
Errado 84
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Divulgação de novos serviços
Errado
Utilização de alarmes e emprego de cães Proteção para todas as aberturas
Ok
Ok
Item D: Seleção de funcionários
Errado
Visitas e usuários identificados
Ok
Utilização de alarmes e emprego de cães
Ok
Limpeza e boa apresentação das dependências Seleção das recepcionistas
Errado
Errado
Divulgação de novos serviços
Errado
Item E: Proteção para todas as aberturas
Ok
Inspeções frequentes nas dependências
Ok
As dependências vazias devem ser trancadas e verificadas regularmente
Ok
Seleção de funcionários de segurança adequados Ok, pois apesar da seleção de funcionários, no geral, ser da área de recursos humanos, a seleção de funcionários da área de segurança deve passar sim pelo crivo da equipe de segurança. Visitas e usuários regularmente identificados
Ok
Utilização de alarmes e câmeras em locais estratégicos Emprego de cães devidamente segurança Ok
treinados
Ok
para as funções
inerentes
à
Gabarito: Letra “E” [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU - 2007] Ao planejar a execução da Segurança de áreas ou instalações de uma Organização, os responsáveis devem atentar para alguns princípios. Julgue os itens a seguir de acordo com tais princípios: 85 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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44. Existe segurança perfeita, total e absoluta. 45. Um dos objetivos, no planejamento da segurança, é capacitar os componentes da Segurança para evitar ou retardar ao máximo uma possibilidade de ação criminosa contra a Organização. 46. Capacitar os componentes da Segurança a reagir, no menor espaço de tempo possível, objetivando a neutralização de possíveis agressões às áreas. 47. Segurança perfeição total.
é prevenção;
prevenção
é treinamento;
treinamento
é
Comentário 44: Nessa você não cai, tenho certeza! Não existe segurança perfeita, total, muito menos absoluta. A função precípua da equipe de segurança de áreas e instalações é a de prover a melhor segurança possível, mitigando ao máximo os riscos e as vulnerabilidades. Erra a assertiva, portanto, ao afirmar que existe a segurança total e absoluta. Impossível! Gabarito: Errado Comentário 45: De fato, é verdade. Você, como futuro Agente de Segurança, será constantemente capacitado para o exercício de suas funções. E essa capacitação é importante, a fim de que você tenha a devida expertise para poder evitar (ou retardar ao máximo) possibilidades de ações criminosas contra a organização. Gabarito: Certo Comentário 46: Certinho. Mesma lógica do item anterior! Gabarito: Certo Comentário 47: A assertiva ia até bem, pois, de fato, segurança é prevenção e prevenção é treinamento. Agora, não esqueça: treinamento não significa perfeição total. Gabarito: Errado
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[FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010] No que tange às características da segurança corporativa, julgue os itens a seguir. 48. O serviço de vigilância possui, nos materiais, equipamentos e tecnologias utilizados, seus mais importantes componentes, corroborando com isso o fato de que os corretos emprego e alocação desses componentes possuírem desdobramentos de alta eficácia sobre a gestão de segurança de áreas e instalações. 49. O controle de acesso compreende medidas e procedimentos destinados à limitação e ao controle de circulação, não apenas de pessoas e objetos mecânicos ou eletrônicos, mas também de dados e informações. 50. Câmaras ocultas e sensores de presença e movimento colocados nos acessos e circulação de edificações podem ser considerados medidas de controle de acesso e circulação, mas jamais podem ser considerados medidas de segurança física. Comentário 48: Os serviços de vigilância não se limitam mais, como nos tempos antigos, a apenas posicionar o seu pessoal em pontos de vigilância estratégicos das instituições. Atualmente, tais serviços participam também da gestão dos sistemas de segurança (a cada dia mais integrados), por meio de diversos níveis de colaboradores, responsáveis por operar os meios, empregar as técnicas e utilizar as tecnologias disponíveis. Esses meios, técnicas e tecnologias, por mais sofisticados que sejam e embora tendam a substituir o homem, dificilmente o farão completamente. Dessa forma, é um tremendo equívoco afirmar que o serviço de vigilância possui, nos materiais, equipamentos e tecnologias utilizados, seus mais importantes componentes. O ser humano é seu maior componente, pois sem ele os demais meios seriam totalmente ineficazes. Gabarito: Errado Comentário 49: Perfeito! O controle de acesso compreende todas as atividades, medidas e procedimentos dos quais resultem, específica ou acessoriamente, limitação e/ou controle de circulação ou de acesso, de tudo e de todos, no âmbito de uma instituição. Limita e controla, portanto, não só a circulação e o acesso de pessoas, mas de veículos, visitantes, material, documentos, inclusive de dados e informações (os "conhecimentos"). 87 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Gabarito: Certo Comentário 50: Lá vem de novo a velha pegadinha de sempre: insinuar que a dissimulação (ou ocultação) é totalmente recomendada na operacionalização da segurança física. De novo: todo e qualquer artifício, desde que fisicamente materializado nas áreas e instalações, pode ser considerado como meio de segurança física. Assim, o próprio serviço de vigilância, os controles de acesso e até os meios de segurança eletrônicos podem ser considerados instrumentos de segurança física, desde que ostensivos e perfeitamente identificáveis. Sem se expor demasiadamente para não comprometer sua própria integridade e finalidade, a segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar demasiadamente escondida ou camuflada. Gabarito: Errado [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRF/4ª – 2010] Considerando as medidas de segurança física e patrimonial, julgue os itens a seguir. 51. O acionamento dos órgãos de segurança pública, sempre que oportuno e cabível, é a medida mais importante quando se tratar de medidas de gestão da segurança física e patrimonial. 52. A proteção física se dá por meio de elementos, dos mais simples aos mais sofisticados, como cercas, câmeras de segurança ostensivas ou dissimuladas e alarmes com sensores de movimento, entre outros. 53. As medidas de controle de acesso propriamente ditas podem ser, dentre outras: pessoais, quando se emprega um vigilante em uma ronda, por exemplo; ou instrumentais, quando se emprega equipamentos em conjunto com elemento humano, no caso de um vigilante em uma guarita, por exemplo. 54. Quanto ao sistema de iluminação de emergência, quando se tratar de blocos autônomos, como permanecem desligados nas situações rotineiras, não são de interesse da segurança física e patrimonial, ao contrário da iluminação normal da edificação.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Comentário 51: A mais importante medida ativa da Segurança de Áreas e Instalações é, sem dúvida, o acionamento dos órgãos de segurança pública e de defesa civil, sempre que oportuno, cabível e, principalmente, quando não for desaconselhável, pois há ocasiões em que convém não agir com publicidade. O acionamento desses órgãos, portanto, não deve ser um dos últimos serviços a serem empregados. Foi isso que afirmou a assertiva! Gabarito: Certo Comentário 52: A questão estaria corretinha, não fosse por ter usado o termo “dissimuladas”. A segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, aos meios materiais empregados pelos gestores da segurança física e patrimonial para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. Esses instrumentos têm, portanto, existência devidamente localizável (ostensividade) e finalidade inequivocamente identificável, para bem cumprir sua destinação. Sem se expor demasiadamente para não comprometer sua própria integridade e finalidade, a segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar demasiadamente escondida ou camuflada. Gabarito: Errado Comentário 53: Erro bem sutil e maldoso! Considerando a natureza do meio empregado, os controles de acesso propriamente ditos podem ser:
Pessoais: especificamente os RH como meio de controle;
empregam
Instrumentais: meios materiais diversos ou; Mistos: a combinação de ambos para exercer as restrições a que se destinam.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão O item troca o conceito de controles mistos por instrumentais. Quando se emprega equipamentos em conjunto com elemento humano, estamos diante de controles mistos, e não de instrumentais. Gabarito: Errado Comentário 54: Aqui você nem precisaria saber o que são esses blocos autônomos, para desconfiar que esse item tivesse algo de errado. Afinal de contas, por tudo que estudamos até aqui, afirmar que a iluminação de emergência não é de interesse da segurança física e patrimonial é, no mínimo, uma insanidade, não é verdade? No entanto, imagino que você deve estar me perguntado: professor, a questão está errada, tudo bem, mas o que são mesmo esses tais blocos autônomos? Os blocos autônomos são mais conhecidos como os anexos de uma edificação. A depender do tamanho, uma edificação pode ser composta por um prédio principal e por outros a ele direta ou indiretamente ligados. São os chamados prédios ou blocos anexos. Alguns desses blocos podem não ser tão utilizados em situações rotineiras, como por exemplo, um depósito de materiais inservíveis. Porém, o fato de esses anexos não serem utilizados rotineiramente, não quer dizer que eles não devam ser providos de dispositivos de segurança, como a iluminação de emergência, por exemplo. E mais: é claro que essa iluminação de emergência deve ser sim ser gerida pela segurança física e patrimonial, pois a sua função é a de prover a segurança para todos os componentes patrimoniais da instituição, sejam eles prédios principais ou blocos anexos. E lembre-se: mais do que simplesmente cuidar das condições de luminosidade, à segurança de áreas e instalações compete zelar por toda a segurança do sistema de iluminação. A localização, a instalação, a manutenção, a operação e a administração ou até mesmo a modificação de qualquer item procedimental do sistema de iluminação, constituem, repito, objeto de inequívoco interesse da Segurança de Áreas e Instalações. Gabarito: Errado 55. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] As medidas de segurança nas áreas e instalações podem caracterizadas pelo emprego de recursos humanos ou equipamentos. Quanto à finalidade, podem ainda ser divididas em preventivas ou reativas, assim, é correto afirmar:
ser
90 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão (A) Os recursos humanos atuam de forma preventiva e reativa, porém prioriza-se em sua normalidade a forma reativa com o intuito de evitar constrangimentos com a demonstração da disponibilidade da segurança. (B) Todos os equipamentos agem de forma exclusivamente reativa e não possuem viés preventivo, o qual é deixado sob responsabilidade dos recursos humanos, desde que estes estejam ostensivos e identificáveis. (C) A atuação dos recursos humanos tem caráter essencialmente reativo, o que deve ser garantido com o uso de uniformes, ou se descaracterizados, portando identificação que legitime sua ação. (D) Todos os equipamentos agem exclusivamente de forma preventiva e não possuem viés reativo, o qual é deixado sob responsabilidade dos recursos humanos, que independe de estarem identificados ou não. (E) Existem equipamentos que atuam de forma preventiva e reativa, possuindo efeito técnico e psicológico de inibição de ações indesejadas apenas pelo fato de ali estarem, desde que ostensivos e facilmente identificáveis. Comentário: Item A - Vou repetir: a fiscalização, o controle e a vigilância devem ser constantes e abranger todos os pontos do perímetro de segurança, de modo a inibir e impedir qualquer ação criminosa, ressaltando que a atividade de segurança de áreas e instalações tem caráter preventivo. Não caia nas insinuações de que as atividades de segurança são mais reativas do que preventivas. As bancas, e aí se inclui o Cespe, sempre tentarão induzi-lo ao erro com esse tipo de afirmativa. O caráter preventivo deve sempre sobressair! (Errado) Item B - Os equipamentos de segurança não possuem viés preventivo? Essa é demais! Mas vamos revisar: A segurança passiva consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente defensivo (preventivo), tomadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais. Embora de perfil evidentemente defensivo, a segurança passiva de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações ofensivas (reativas), mas, neste caso ainda assim há que prevalecer o caráter defensivo (preventivo) das medidas e procedimentos adotados. A segurança ativa consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente ofensivo (reativo), tornadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais. 91 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Embora de perfil evidentemente ofensiva, e mais propriamente voltada contra riscos ou ameaças reais, a segurança ativa de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações defensivas (preventivas), prevalecendo sempre o caráter ofensivo (reativo) das medidas adotadas. É importante salientar, entretanto, que qualquer que seja a medida ativa (reativa) adotada, esta não exclui o emprego das medidas defensivas (preventivas) que podem e devem ser tomadas em conjunto, especialmente ante as alterações de cenário que modifiquem os níveis de segurança desejáveis, ainda que de forma pouco expressiva. Percebe-se, portanto, o erro do item ao afirmar que todos os equipamentos agem de forma exclusivamente reativa e não possuem viés preventivo. (Errado) Item C - As pessoas podem sim ser consideradas como segurança física, desde que ajam caracterizados, ou seja, trajados com indumentária compatível, portando ou se utilizando de material que permita sua identificação e localização e que demonstre sua finalidade. Porém, vimos em nossa aula que as pessoas podem também estar descaracterizados, a depender da finalidade. Citamos exemplos de segurança passiva tais como: o emprego de animais, as equipes e equipamentos de filmagens, alarmes de intrusão e agentes descaracterizados. Como afirmar que os recursos humanos têm caráter essencialmente reativo? Não caia nessa! (Errado) Item D – Tenho que repetir, pois essa doutrina tem que estar bastante consolidada em sua prova: Embora de perfil evidentemente defensivo, a segurança passiva de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações ofensivas (reativas), mas, neste caso ainda assim há que prevalecer o caráter defensivo (preventivo) das medidas e procedimentos adotados. Embora de perfil evidentemente ofensiva, e mais propriamente voltada contra riscos ou ameaças reais, a segurança ativa de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações defensivas (preventivas), prevalecendo sempre o caráter ofensivo (reativo) das medidas adotadas. Usar o termo “exclusivamente” invalidou completamente o item! (Errado) Item E – E vamos de novo: a segurança física está relacionada aos instrumentos materiais, isto é, os meios materiais empregados pelos gestores da segurança física e patrimonial para prover a segurança das áreas, instalações, dependências e ambientes. Esses instrumentos têm, portanto, existência devidamente localizável (ostensividade) e finalidade inequivocamente identificável, para bem cumprir sua destinação.
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Sem se expor demasiadamente para não comprometer sua própria integridade e finalidade, a segurança física deve evitar a dissimulação, ou seja, deve evitar estar demasiadamente escondida ou camuflada. Como vimos, esses equipamentos podem atuar tanto de forma preventiva como reativa. Esse é o nosso item! Leve a afirmação dele para a sua prova, ok? Gabarito: Letra “E” 56. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/18ª – 2013] Controles de acesso compreendem as atividades, medidas e procedimentos dos quais resultem limitação e controle de circulação e acesso de pessoas, veículos, materiais, documentos, inclusive dados e informações. Considerando a natureza do meio empregado, são exemplos de controles de acesso instrumentais por sistemas de identificação biométrica a geometria da mão, a identificação da retina, os uniformes e a identificação da íris. Comentário: Os controles instrumentais são exercidos por uma grande variedade de meios e vão desde os mais simples, como uma singela cancela ou até mesmo o próprio relógio de ponto, aos mais complexos, como os sistemas biométricos de leitura da íris ou da face. Outros sistemas biométricos são também o de geometria da mão e o de identificação da retina, trazidos como exemplo na questão. Agora, e os uniformes?? São eles sistemas de identificação biométrica?? De jeito nenhum! É aí onde mora o erro da questão! Gabarito: Errado [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – DPE/RS – 2013] A Segurança das Áreas e Instalações consiste na adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral, fiscalização e controle de acesso. Nesse contexto, julgue os itens a seguir. 57. A abordagem inicial para o estabelecimento de um plano de segurança deve ser considerada da condição mais complexa para a condição mais simples. 58. A segurança deve ser esquematizada por meio de círculos concêntricos, sendo que o círculo central representa a área ou instalação com grau mais eleva do de segurança.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 59. No círculo de segurança central é estabelecida uma gradação para as ações de segurança cuja denominação é “Segurança Periférica”. 60. Para melhor adequação das ações a serem adotadas na elaboração de um plano de segurança deve-se considerar como sendo um Ponto Crítico (PC) de uma instalação aquele que pode causar dano. 61. Para melhor adequação das ações a serem adotadas na elaboração de um plano de segurança deve-se considerar como sendo um Ponto de Risco (PR) de uma instalação aquele que pode sofrer dano. Comentário 57: Bobinha, essa não é verdade? Bobinha para você que está preparado! A abordagem inicial para o estabelecimento de um plano de segurança deve ser considerada da condição mais simples complexa para a condição mais complexa simples. Gabarito: Errado Comentário 58: Para responder, vamos revisar os círculos concêntricos da segurança:
De fato, a afirmação da questão está certinha, pois, como bem podemos ver, o círculo central (“Segurança Excepcional”) representa a área ou instalação com o grau mais elevado de segurança. Gabarito: Certo Comentário 59: Errado! Como acabamos de ver, o círculo de segurança central não é chamado de “Segurança Periférica”, e sim de “Segurança Excepcional”. 94 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Gabarito: Errado Comentário 60: Vamos revisar os conceitos doutrinários de Pontos Críticos e Pontos de Riscos:
Logo, erra a assertiva ao afirmar que o Ponto Crítico de uma instalação é aquele que pode causar dano. Quem causa dano é o Ponto de Risco! Gabarito: Errado Comentário 61: De novo a banca trocou as bolas! O Ponto de Risco de uma instalação não é aquele que pode sofrer dano, e sim causar dano. Gabarito: Errado [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – DPE/RS – 2013] Analise as seguintes assertivas sobre um plano de segurança para determinada instalação e julgue-as: 62. Deverão ser estabelecidas medidas peculiares adequadas à singularidade de cada atividade desenvolvida. 63. Todas as dependências e ambientes deverão possuir controles de acesso idênticos. 64. Somente ambientes fechados devem ser considerados para aplicação de medidas de segurança.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Comentário 62: Exatamente e nada mais óbvio! Em um plano de segurança para determinada instalação, deverão ser estabelecidas medidas peculiares adequadas à singularidade de cada atividade desenvolvida. Gabarito: Certo Comentário 63: Claro que não, não é verdade?? De tudo o que aqui estudamos, está claro que o controle de acesso deverá ser diferenciado para cada tipo de ambiente, a depender do nível de sensibilidade ali determinado. Gabarito: Errado Comentário 64: E aí, o que você acha dessa assertiva? Essa é para pegar quem não estudou em detalhes a Segurança de Áreas e Instalações ou se fez, o fez muito superficialmente. Não é o seu caso, é claro, meu aluno do Ponto! Não tenha dúvidas: não só os ambientes fechados, como também os ambientes abertos, devem ser considerados para aplicação de medidas de segurança. Gabarito: Errado 65. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – DPE/RS – 2013] Controle de acesso constituído por duas ou mais portas que se abrem alternadamente, evitando com isso o contato direto entre duas áreas adjacentes, denomina-se portão automático. Comentário: Essa você também deve ter respondido num piscar de olhos! Revisando: o controle de acesso constituído por duas ou mais portas que se abrem alternadamente, evitando com isso o contato direto entre duas áreas adjacentes, denomina-se eclusa, clausura ou gaiola. As portas e portões automáticos são sistemas de abertura e fechamento que utilizam várias modalidades de acionamento (controle, teclado, cartão, voz etc.), algumas de baixo custo e amplamente utilizadas na segurança residencial, outras de custo elevado, complexa instalação e operação. São implementados por pessoal altamente técnico e especializado (é o caso dos controles de acesso mais sofisticados, como os biométricos, por exemplo). 96 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Gabarito: Errado [CESPE – TECNICO ÁREA 02 (SEGURANÇA) – BACEN – 2013] Acerca de segurança de áreas e instalações, julgue os itens seguintes. 66. Os sensores infravermelhos passivos, utilizados na detecção de intrusão em um ambiente, são sensores de movimento, incapazes de detectar variações de temperatura. 67. Os pan/tilt são equipamentos utilizados em conjunto com as câmeras para obtenção de imagens noturnas ou em ambientes desprovidos de iluminação. 68. Os detectores de metal do tipo pórtico, normalmente associados a uma porta giratória, identificam a presença de metal pela variação do campo eletromagnético produzido entre as antenas localizadas nas laterais da porta. 69. Em locais com incidência direta de luz solar, recomenda-se o uso de câmeras com sistema BLC (back light compensation). Comentário 66: Assertiva quase toda certinha, não fosse pela sua parte final. Os sensores infravermelhos passivos, utilizados na detecção de intrusão em um ambiente, são de fato sensores de movimento. No entanto, ao contrário do que afirma a questão, são capazes sim de detectar variações de temperatura. Vimos isso na aula e a figura abaixo mostra um exemplo de um desse tipo de sensor com seu respectivo principio de funcionamento:
Gabarito: Errado
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Comentário 67: Nada a ver isso! Vimos aqui que o recurso pan/tilt permite que uma câmera possa realizar movimentos horizontais (pan) contínuos de 360 graus, e movimentos verticais (tilt) normalmente de 180 graus. São os sensores infrared os equipamentos utilizados em conjunto com as câmeras para obtenção de imagens noturnas ou em ambientes desprovidos de iluminação. Gabarito: Errado Comentário 68: Questão um tanto específica, mas que tinha tudo a ver com a realidade vivida atualmente por nós aqui do Banco Central, já que estamos em processo de aquisição desses detectores de metais. Bom, vimos aqui que os detectores de metais têm, em geral, o funcionamento baseado na variação do fator de mérito do circuito ressonante motivado pela passagem de um metal no campo eletromagnético de uma bobina. Os do tipo pórtico associados a uma porta giratória, como corretamente ensina a nossa assertiva, realmente identificam a presença de metal pela variação do campo eletromagnético produzido entre as antenas localizadas nas laterais da porta. Você pode comprovar isso na figura abaixo:
Gabarito: Certo
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Comentário 69: Eita Cespe, nessa você foi longe demais... Esse é o tipo de questão que nada mais é do que uma maldadezinha da banca com os candidatos, pois cobra o conhecimento de uma funcionalidade bastante específica para as câmeras de CFTV: a função BLC (Back Light Compensation), mais conhecida como Função Compensação de Luz. A função Compensação de Luz (BLC) age naquelas imagens em que uma fonte de luz muito clara está atrás do objeto de interesse, provocando um efeito de silhueta nessa imagem. Em câmeras comuns, sem a função BLC, a perfeita identificação desse objeto fica bastante prejudicada. A função BLC, portanto, permite que a câmera ajuste a exposição de toda a imagem para expor corretamente o objeto de interesse em primeiro plano. Na figura abaixo, você pode perceber claramente a diferença da imagem com e sem a função BLC:
Acerta a questão ao afirmar que em locais com incidência direta de luz solar, recomenda-se o uso de câmeras com sistema BLC. É, caro aluno, essa não é qualquer especialista que conhece não. A banca não foi nada legal... Mas fique tranquilo que de toda a prova Bacen, essa foi a única maldade da banca. O restante das questões, como você já bem deve ter observado, foi bem tranquilo. Gabarito: Certo
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[CESPE - TÉCNICO JUD. SEGURANÇA – STF - 2013] Os dispositivos eletrônicos exercem importante papel na segurança física patrimonial de instalações, pois permitem, entre outros, identificação e a monitoração de situações de risco. Nesse sentido, julgue os itens seguintes.
e a
70. Nos alarmes eletrônicos, as centrais de processamento, ao receberem informações emitidas pelos sensores, realizam ações como o disparo de sirenes e(ou) a discagem eletrônica para telefones com números programados. 71. O emprego de sistemas eletrônicos de proteção patrimonial tem como objetivos principais a detecção, a identificação e o controle de áreas protegidas. Comentário 70: Exatamente o que vimos na página 35 desta aula! Revisando:
As centrais de processamento recebem e interpretam os sinais emitidos pelos sensores e acionam reações contra os eventos, programadas e simples, como alertas sonoros ou ligações telefônicas para o usuário. Podem também acionar reações mais complexas, como processamento e armazenamentos dos eventos, ligações para centrais de monitoramento ou acionamento de outros dispositivos trancamento de dependências, desligamento ou acionamento de aparelhos, por exemplo. São normalmente locais, isto é, internas ou muito próximas das áreas e instalações que buscam proteger.
Gabarito: Certo Comentário 71: Mais uma afirmação simplinha e corretíssima! Parece até que foi retirada de nosso material... Eu, hein! Páginas 31 e 32: em se tratando de recursos eletrônicos, um dos principais objetivos que podemos apontar é a utilização destes, principalmente como meio de: 100 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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O fato da banca não ter citado a “obtenção de informações gerenciais de segurança”, não invalida a afirmação, já que o elaborador não utilizou expressões restritivas em seu enunciado, ok? Gabarito: Certo [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] Com referência à segurança física e patrimonial das instalações e aos dispositivos eletrônicos de segurança, julgue os itens subsecutivos. 72. Em situação de risco potencial, o aumento da força de reação, que visa a ações rápidas e eficazes, constitui uma das medidas de reforço que podem ser adotadas na segurança passiva das instalações. 73. Os sistemas de segurança eletrônicos de detecção de alarmes perimetral e interno são basicamente constituídos por sensores, central de processamento e central de monitoramento. 74. A atuação do profissional da segurança em situações de identificação pessoal e de sinalização entre os integrantes da equipe em vista de pessoas com atitudes suspeitas configura uma das medidas dinâmicas de segurança física das instalações. 75. O digital video recorder (DVR), que compõe um circuito fechado de televisão digital, realiza a interface entre a central de alarme e o usuário, com a finalidade de mostrar a condição do sistema para o usuário e de programar a central de alarme. 76. As principais funções desempenhadas pelo agente de segurança física e patrimonial das instalações são as rondas internas, as rondas periféricas e as rondas externas aos limites das áreas geográficas locais. Comentário 72: Erradíssima e é um errinho bem sutil! Vamos relembrar o s conceitos de segurança PASSIVA e ATIVA: 101 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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A segurança PASSIVA consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente DEFENSIVO, tomadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais. Como exemplo de segurança PASSIVA temos: o emprego de animais, as equipes e equipamentos de filmagens, alarmes de intrusão e agentes descaracterizados. Ao contrário da segurança passiva, a segurança ATIVA consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações com caráter eminentemente OFENSIVO, tornadas contra ameaças ou riscos potenciais ou reais. Embora de perfil evidentemente ofensiva, e mais propriamente voltada contra riscos ou ameaças reais, a segurança ativa de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações defensivas, prevalecendo sempre o caráter ofensivo das medidas adotadas. Como exemplo de segurança ATIVA temos: o emprego de animais, equipes de controle de distúrbios, circuitos eletrificados e agentes químicos. Inúmeras outras medidas ativas podem ser tomadas, como: : Reforço de vigilantes; Reforço de armamento; Reforço de animais; Reforço de equipamentos; "Força de reação": baseados em locais compatíveis, dentro ou fora das áreas e instalações com a utilização de destacamentos treinados, equipados e armados para ação rápida e eficaz; Ação "tipo polícia"; Rede de informantes. Logo, voltando à questão, conclui-se que, em situação de risco potencial, o aumento da força de reação, que visa a ações rápidas e eficazes, constitui uma das medidas de reforço que podem ser adotadas na segurança ATIVA das instalações. Gabarito: Errado Comentário 73: Corretíssimo! 102 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Os alarmes perimetrais e internos são um conjunto de dispositivos técnicos capazes de emitir sinais sobre a ocorrência de eventos locais ou remotos. Têm por finalidade dissuadir atitudes hostis, atividades adversas ou ações que representem riscos ou ameaças para as áreas ou instalações e/ou advertir sobre a sua ocorrência. Os sistemas de segurança eletrônicos atuais compõem-se normalmente de três partes: um sensor, uma central de processamento e uma central de monitoramento. Exatamente como apregoa a nossa questão! Gabarito: Certo Comentário 764: Questãozinha boa para revisarmos conceitos cada vez mais cobrados nas provas recentes do Cespe: medidas ESTÁTICAS e medidas DINÂMICAS.
Pelas setinhas indicadoras acima, acerta a questão ao afirmar que a atuação do profissional da segurança em situações de identificação pessoal e de sinalização entre os integrantes da equipe em vista de pessoas com atitudes suspeitas configura uma das medidas dinâmicas de segurança física das instalações. 103 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Gabarito: Certo Comentário 75: Totalmente errado! O DVR (Digital Video Recorder) ou, em outros termos, Gravador Digital de Vídeo, é um equipamento destinado à gravação de imagens de vídeo digitalmente em um disco rígido. Permite ainda a configuração da resolução da imagem e tempo de gravação de acordo com a aplicação; gravação em tempo-real ou time-lapse também é disponibilizada (Aula 04, pág. 55). A questão até acerta quando afirma que o DVR compõe um circuito fechado de televisão digital, mas erra duas vezes: a primeira ao dizer que esse equipamento realiza a interface entre a central de alarme e o usuário (é entre as câmeras e o usuário); e segundo ao asseverar que sua finalidade é a de mostrar a condição do sistema para o usuário e de programar a central de alarme. Gabarito: Errado Comentário 76: Não é bem assim! De fato, UMA DAS principais funções desempenhadas pelo agente de segurança física e patrimonial das instalações são sim as rondas internas, as rondas periféricas e as rondas externas aos limites das áreas geográficas locais. Mas são, repito, algumas das funções, e não as principais como afirma a assertiva. Os serviços de vigilância não se limitam, como antigamente, a postar pessoal em pontos estratégicos das instituições, com a finalidade de "vigiar" o local ou apenas fazer rondas. Hoje, participam da administração do sistema de segurança integrado, por intermédio de diversos níveis de colaboradores que operam os meios, empregam as técnicas e utilizam as tecnologias disponíveis, as quais, embora tendam a substituir o homem, dificilmente o farão completamente (Aula 04, pág. 19). Gabarito: Errado [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] No que concerne à segurança da gestão de áreas e instalações e à segurança das telecomunicações, julgue os próximos itens.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 77. A proteção perimetral eficiente consiste em proteger o local contra acessos não autorizados, o que obriga dirigentes, funcionários, visitantes e fornecedores a entrarem na instituição por locais determinados e controlados pela segurança. 78. A área da segurança localizada entre o prédio da instituição e o cercamento ao redor das instalações de segurança é classificada como zona livre externa. 79. As medidas de segurança dinâmicas compõem-se de equipamentos instalados na instituição que auxiliam preventivamente na eficácia do serviço de segurança. Comentário 77: Perfeitamente! Professor, mais a questão não foi muito dura ao utilizar a expressão "obriga" ao relacioná-la com os dirigentes?? Claro que não! Ora, se o controle de acesso não for de TUDO e de TDOS, ele não é eficiente. Lembre-se que o controle de acesso é uma das funções da segurança perimetral e que compreende todas as atividades, medidas e procedimentos dos quais resultem, específica ou acessoriamente, limitação e/ou controle de circulação ou de acesso, de TUDO e de TODOS, no âmbito de uma instituição. Limita e controla, portanto, não só a circulação e o acesso de pessoas, mas de veículos, visitantes, material, documentos, inclusive de dados e informações (os "conhecimentos"). Gabarito: Certo Comentário 78: Os conceitos exigidos aqui pela banca não são muito utilizados pela doutrina, mas, obviamente, não podemos deixar de aproveitar o gancho dado pelo enunciado para conceituar Zona Livre Interna e a Zona Livre Externa. Vamos lá:
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Bom, agora podemos voltar à questão e corrigi-la: A área da segurança localizada entre o prédio da instituição e o cercamento ao redor das instalações de segurança é classificada como zona livre interna externa. Gabarito: Errado Comentário 79: Erradaaaa! Outra questão, numa mesma prova, cobrando do candidato o conhecimento de medidas dinâmicas e medidas estáticas! Eita, falta de criatividade... As medidas de segurança dinâmicas compõem-se de equipamentos instalados na instituição que auxiliam preventivamente na eficácia do serviço de segurança. De novo:
Logo, são as medidas de segurança estáticas dinâmicas as que são compostas de equipamentos instalados na instituição que auxiliam preventivamente na eficácia do serviço de segurança. 106 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão Gabarito: Errado [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] Em relação à segurança corporativa estratégica, julgue os seguintes itens. 80. O circuito fechado de TV é primordial para a vigilância de uma instituição, porque facilita a observação de uma ou mais áreas por uma só pessoa. 81. O plano intermediário de segurança corporativa é elaborado para setores específicos da instituição, como recepção, portaria, estacionamentos, áreas administrativas e depósitos, e não visa à solução dos problemas apontados nos planejamentos anteriores. 82. Na atividade de segurança, a vegetação deve ser considerada um complicador, pois pode ser usada como esconderijo de objetos potenciais causadores de riscos à integridade da instituição e dos trabalhadores. 83. O relatório de ocorrência ou periódico, documento simples, conciso e objetivo, é o que relata situações específicas da atividade de segurança. Comentário 80: Essa questão foi um tanto quanto polêmica. Por quê? Te pergunto: por tudo que estudamos sobre CFTV, você tem alguma dúvida de que o circuito fechado de TV é, de fato, primordial para a vigilância de uma instituição, porque facilita a observação de uma ou mais áreas por uma só pessoa? Não, né? Bom, mas muitos candidatos recorreram da questão porque sua redação está um tanto confusa. O termo "primordial" é muito forte, pois já outros meios de segurança com tal finalidade, e o CFTV não facilita necessariamente a observação por apenas uma só pessoa. Foi por esses dois motivos que muitos recorreram e, por causa de um deles, a banca a anulou. Eis a justificativa da banca:"a utilização do termo “primordial” na redação do item prejudicou seu julgamento objetivo. Por esse motivo, opta-se por sua anulação". Gabarito: Nula Comentário 81: Complementando a nossa aula, temos o seguinte: Os Planos de Segurança podem regra geral, ser classificados dentro da seguinte hierarquia:
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Plano Institucional (ou Estratégico); Plano Setorial (ou Intermediário); e Plano Operacional (ou de Execução). O Plano Institucional é um planejamento amplo e abrangente, envolvendo toda a empresa e deve ser elaborado dentro de uma visão ideal de segurança para o local. O Plano Setorial, ou Intermediário, é aquele elaborado para áreas ou setores específicos da empresa como recepção, linhas de produção, portaria, estacionamentos, áreas administrativas e depósitos, entre outros. Já o Plano Operacional é elaborado em seus mínimos detalhes, visando à solução dos problemas apontados nos planejamentos anteriores. A banca aqui se atrapalhou e utilizou de forma confusa os conceitos de Plano Intermediário e Operacional. No gabarito preliminar, estava correto o item, mas sua redação ficou estranha e, por isso, muita gente recorreu! Para não se complicar, ela a anulou com a seguinte justificativa: a utilização do termo “solução dos problemas apontados nos planejamentos anteriores” na redação do item prejudicou seu julgamento objetivo. Por esse motivo, opta-se por sua anulação. Gabarito: Nula Comentário 82: Outra lambança de nossa querida banca e essa questão eu ajudei vários alunos a dela recorrerem! O gabarito preliminar a deu como certa, mas não se pode afirmar categoricamente que, na atividade de segurança, a vegetação deve ser considerada um complicador. Não, não! O paisagismo, ou a vegetação, pode ser ao mesmo tempo um aliado ou um vilão quando se trata de proteção de áreas e instalações. Releia o conteúdo das páginas 31 e 32 de sua Aula 04 que você concordará comigo. Nos recursos que enviei aos alunos, eu pedi a anulação e a banca acatou! Gabarito: Nula
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Comentário 83: Mais um complemento: Assim como o Planejamento de Segurança deve ser elaborado dentro de certos padrões técnicos, os Relatórios de Segurança também o devem ser. Podemos classificar os Relatórios de Segurança da seguinte forma: 1. a) Relatórios Periódicos; 2. b) Relatórios de Situação; e 3. c) Relatórios de Ocorrência. Os Relatórios Periódicos são aqueles elaborados periodicamente, ou seja: diário, semanal, quinzenal, mensal, bimestral, semestral e anual. Esses relatórios são elaborados rotineiramente, independentemente da ocorrência ou não de qualquer fato envolvendo a área de Segurança. As grandes empresas devem elaborar relatórios diários ou semanais, enquanto as pequenas ou médias podem elaborar apenas relatórios mensais e anuais. Os Relatórios de Situação são aqueles elaborados para relatar uma situação particular, não necessariamente urgente, mas que requer providências ou, no mínimo, deva ser do conhecimento da chefia. Os Relatórios de Ocorrência são aqueles elaborados quando da ocorrência de algum fato comprometedor da segurança, como acidentes, assaltos, incêndios ou qualquer outra ocorrência que comprometa ou possa comprometer as atividades normais da empresa. O Relatório de Ocorrência deve ser o mais completo possível, devendo conter, no mínimo, os seguintes dados: data, hora e local da ocorrência; pessoas envolvidas e seus dados de qualificação; descrição pormenorizada do fato, apenas os dados observados e colhidos, sem inferência ou achismos; e identificação do relator. Diante do exposto, vamos corrigir a assertiva: o relatório de situação ocorrência ou periódico, documento simples, conciso e objetivo, é o que relata situações específicas da atividade de segurança. Gabarito: Errado
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Ufa! Terminamos uma importante aula! Apesar da complexidade do tema, procurei tornar seu aprendizado o mais objetivo e sucinto possível, focando naquilo que mais tem sido mais cobrado em provas. A aula ficou um pouco mais extensa por conta da quantidade de questões comentadas, mas era necessário que o assunto fosse bastante exercitado! Caso as dúvidas persistam, peço-lhes que usem intensamente e sempre que precisarem o fórum de seu curso. Conte comigo sempre que precisar, ok? Bons estudos e até a próxima!
*** QUESTÕES DE SUA AULA
[FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/2ª– 2008] Sobre a segurança das áreas e instalações, julgue os itens a seguir. 01. Consiste na adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral. 02. Consiste na fiscalização e controle de acesso a locais considerados “perigosos”, seja para os recursos humanos da empresa, seja para visitantes. 03. Abrange demarcação, bloqueio e rigoroso controle de acesso a locais considerados “sensíveis”. 04. Avalia a necessidade de segurança de certas áreas, instalações, dependências e ambientes de interesse, o que dependerá do nível de sensibilidade ou periculosidade de cada local em relação ao processo institucional, às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade.
05. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] Um plano de segurança física e patrimonial deve levar em conta os seguintes aspectos, entre outros: vias de acesso, adjacências do estabelecimento, barreiras perimetrais, portões, janelas, iluminação, corpo de vigilância, sistemas de alarme, estacionamento de veículos, número de empregados e pontos críticos.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 06. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/2ª– 2008] Na gestão da segurança das áreas e instalações, I. consideram-se sensíveis todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações, dependências e ambientes, cargos ou funções, dados, informações ou conhecimentos cujo valor, natureza ou importância exerçam, direta ou indiretamente, grave influência sobre a regularidade, normalidade ou continuidade da atividade institucional. II. consideram-se perigosos todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações,dependências e ambientes, cargos ou funções cujo grau individual de perigo implique, direta ou indiretamente, risco ou ameaça para as instalações,as pessoas, o meio ambiente e a sociedade. III. consideram-se perigosos somente os dados, informações ou conhecimentos cuja natureza exerça diretamente grave influência sobre a regularidade, normalidade ou continuidade da atividade de determinados cargos ou funções estratégicas da instituição. Quanto à sensibilidade e à periculosidade de áreas e instalações, é correto o que consta em (A) I, II e III. (B) III, apenas. (C) II, apenas. (D) I e II, apenas. (E) I, apenas. 07. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU - 2007] Com relação ao Planejamento de Segurança Corporativa, o conjunto de medidas de segurança especificamente direcionado para os locais onde são elaborados ou manuseados dados altamente sigilosos, bem como materiais ultra sensíveis, com a finalidade de salvaguardá-los, corresponde ao termo técnico designado Segurança Reservada. 08. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRF/5ª – 2012] O tipo de credencial de segurança que deve ser estabelecido para acesso de pessoas em área de baixa sensibilidade ou periculosidade é denominado de “Restrita”. 09. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 – Adapt.] Resguardar as áreas onde são desenvolvidos procedimentos sigilosos ou onde são localizados aparelhos que merecem maior grau de segurança é um objetivo básico de um esquema de segurança física e patrimonial.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010] Com relação à gestão de segurança das áreas e instalações, julgue os itens a seguir. 10. A segurança física possui na ostensividade sua melhor característica: dispositivos mecânicos, eletrônicos e até pessoas podem ser considerados elementos de segurança física, desde que perfeitamente identificáveis. 11. A segurança passiva é caracterizada por ações ou atividades com caráter defensivo contra riscos ou ameaças, sendo uma de suas medidas o acionamento dos órgãos de segurança pública, quando conveniente, uma vez que, dessa forma, não há exposição dos entes de segurança patrimonial da empresa. 12. A adoção de medidas e procedimentos de proteção de áreas e instalações deve seguir uma ordem gradativa, iniciando-se e priorizando as medidas mais simples até as mais complexas. 13. A segurança ativa é caracterizada por ações ou atividades com caráter ofensivo contra riscos ou ameaças, podendo tais atividades ser ostensivas e declaradas como, por exemplo, o emprego de vigilantes caracterizados e armados, bem como ações dissimuladas, como o uso de ações de inteligência, apoio de informantes, entre outras. 14. A prevenção deve ser considerada como a essência das atividades de segurança de áreas e instalações, sendo que uma de suas melhores representações se dá por meio dos dispositivos de segurança física. 15. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – MPU – 2010] Um portão que se fecha automaticamente quando acionado o alarme de invasão constitui exemplo de defesa passiva. 16. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] São fatores pessoais considerados pelo agressor na prática de um crime contra as instalações a oportunidade, a habilidade e a técnica. [FCC – TECNICO JUDIC. ESPEC. SEGURANÇA – TRF/1ª– 2011 – Adapt.] Com relação ao planejamento da segurança corporativa, julgue os itens a seguir. 17. Não cabe à segurança física a atenção e interferência nas questões de prevenção e combate a incêndios, uma vez que são preocupações inerentes às brigadas de incêndio. 18. A dissimulação é uma das características mais importante da segurança física; com a utilização dessa estratégia, os equipamentos não ficam expostos, os agentes de segurança são preservados, não há agressão visual, nem intimidação ao ambiente da empresa com a presença ostensiva de tais entes. 112 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 19. O acionamento dos órgãos de segurança pública é um dos últimos serviços a ser empregado na execução de atividades de segurança; cabendo a interferência da segurança física e patrimonial em situações nas quais a atuação não seja adequada, como nos casos de exposição da imagem ou quando já foram esgotados os meios próprios da empresa. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2003] No trabalho de segurança física e patrimonial de instalações, um dos recursos utilizados é a barreira física. Acerca desse tipo de recurso, julgue o item a seguir. 20. Sabendo que o triângulo do crime é formado por motivação e racionalidade do criminoso e pela oportunidade propiciada pela situação, é correto afirmar que as barreiras físicas garantem controle integral sobre os elementos formadores do referido triângulo. 21. [CESPE – AUXILIAR SEGURANÇA – PETROBRAS – 2007] Barreiras artificiais — portões e muros, por exemplo — podem ser utilizadas para delimitar o acesso a determinada área. Todavia em nenhuma hipótese é aceitável que essa delimitação e essa proteção sejam efetuadas utilizando-se barreiras naturais como rios, lagos e precipícios. 22. [CESPE – ANALISTA SUPERV. SEGUR. FISICA E PATRIM. – CEARAPORTOS – 2004] Na figura mostrada, a catraca que aparece em primeiro plano é um exemplo de barreira física artificial do tipo eclusa.
23. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/2ª– 2008] Em geral, os sistemas de segurança eletrônicos podem ser compostos, normalmente, de três partes: sensores, central de processamento e central de monitoramento. As centrais de monitoramento são as responsáveis por acusar os eventos, isto é, literalmente “dar o alarme”, denunciando uma ocorrência por intermédio da emissão de sinais de radiofrequência, exclusivamente.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 24. [CESGRANRIO – TÉCNICO DE SEGURANÇA – BACEN - 2010] O alarme é um equipamento de segurança eletrônica, exigido por lei como ação preventiva e ostensiva contra assaltos, sequestros e arrombamentos, entre outros. O sistema de alarme pode ser disparado por meio de acionadores de pânico silenciosos, fixos ou remotos, senhas de pânico ou sensores de presença. Os acionadores desses alarmes podem ser instalados em ambientes estrategicamente definidos e são do tipo (A) passivo – em que a detecção se dá por calor e movimento, combinando raio infravermelho com micro-ondas. (B) ativo – composto por módulo emissor e módulo ultravioleta, que dispara quando há corte de luz.
receptor
de luz
(C) sísmico – dispositivo instalado em portas e janelas, composto por duas partes de metal, que capta as vibrações decorrentes de ataques a estruturas metálicas. (D) magnético – detecção digital de alta sensibilidade, que capta frequências típicas de ruídos e vibrações ambientais. (E) lux – dispositivo que capta a presença de luzes na área do acionador, ativando o alarme. [FCC – TECNICO SEGURANÇA – TRT/1ª – 2011] Dentre as modalidades de segurança planejadas para a aplicação em áreas e instalações, destacam-se a segurança física e a eletrônica. Com relação a essas duas modalidades, julgue os itens a seguir. 25. A segurança física compreende qualquer meio, mecânico ou eletrônico, desde que identificável, a fim de coibir atitudes indesejáveis; porém não compreende, didaticamente, o emprego de pessoas, mesmo caracterizadas, pois pertence à outra modalidade de segurança. 26. A segurança eletrônica que utiliza os meios mecânicos como portões e janelas é a medida atualmente menos utilizada em instalações, sendo dada prioridade ao emprego de pessoas caracterizadas ou não como agentes. 27. A segurança física compreende todo o emprego de materiais e meios, exclusivamente mecânicos, como barreiras, cancelas e portões; já a segurança eletrônica se caracteriza pelo emprego de meios exclusivamente eletrônicos, como circuitos fechados de câmeras de televisão. 28. A segurança eletrônica pode ser caracterizada pelo uso em conjunto de dispositivos técnicos capazes de emitir sinais sobre a ocorrência de eventos, advertindo sobre sua ocorrência, sendo composta, genericamente, por um sensor, uma central de processamento e outra de monitoramento.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 29. [FCC – TECNICO JUDIC. SEG. E TRANSPORTES – TRF/2ª– 2012] NÃO é considerada medida preventiva de segurança física o emprego, em uma edificação, de (A) catracas com senhas. (B) animais de vigia, como cães bravos. (C) câmeras de circuito fechado de televisão dissimuladas. (D) portas rotatórias com detectores de metais. (E) muros com fossos alagados. 30. [CESGRANRIO – INSPETOR DE SEGURANÇA JR. – PETROBRÁS – 2011] Encontram-se, no Circuito Fechado de TV, as câmeras e lentes com diversas medidas, que juntas processam as imagens para o sistema. A função da lente em uma câmera de CFTV é (A) definir o foco da imagem na chegada do cabo coaxial à câmera. (B) centralizar a imagem na saída da câmera. (C) evitar chuviscos na transmissão, garantindo qualidade na imagem gerada. (D) garantir nitidez de imagens, tanto nas transmissões P&B quanto nas coloridas. (E) definir profundidade da imagem e de seu ângulo de abertura. 31. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] A identificação de funcionários mediante o uso de crachás é considerada atualmente o único método eficaz para o controle de entradas, devendo ser abolidos os demais dispositivos, por falta de segurança. 32. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004] A ronda das guardas móveis deverá ser realizada sempre em horários predefinidos, para que se estabeleça um padrão no procedimento do plano de segurança adotado e se previnam possíveis ocorrências criminosas. 33. [UEM – AGENTE DE SEGURANÇA – 2010] O Agente de Segurança, quando for designado para trabalhar em local que existirem normas e procedimentos específicos para o acesso de pessoas, deve: (A) Obedecer à risca as normas e procedimentos para acesso de pessoas visitantes ao prédio, não abrindo exceção para qualquer pessoa. (B) Qualquer pessoa visitante poderá ter acesso ao prédio sem que sejam seguidos as normas e procedimentos. 115 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão (C) Quando se tratar de uma pessoa que só o agente de segurança conhece, não haverá necessidade de aplicar as normas e procedimentos para visitantes. (D) As normas e procedimentos para acesso de pessoas visitantes ao prédio não se aplica para os ex-servidores que trabalharam no local. (E) As normas e procedimentos para acesso de pessoas visitantes ao prédio serão as mesmas para os servidores que trabalham no local. 34. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/18ª – 2008] O setor de segurança deve usar, no controle da entrada de estranhos, sistemas físico, mecânico, eletrônico e humano. 35. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/18ª – 2008] Para aprimorar a segurança de qualquer instalação predial, deve ser controlada, nos portões, a entrada de visitantes, apenas. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] Em relação aos controles de acesso, julgue os itens a seguir. 36. Destinam-se a controlar o acesso e circulação apenas de pessoas e veículos que se dirijam para a instalação que os possuem. 37. Devem controlar a forma de acesso e circulação de pessoas, veículos, materiais e até informações existentes na instalação que os possuem. 38. São medidas de controle de acesso desde grandes barreiras físicas como portões e guaritas até as mais simples e menores como credenciais e crachás. 39. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] O controle de entradas permitidas apóia-se basicamente em dois sistemas: o de identificação e o de guarda. 40. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004] As medidas de prevenção de entradas não-permitidas são aquelas que visam impedir, dificultar ou detectar a entrada de alguém nas instalações que se quer proteger. Fazem parte dessas medidas a colocação de barreiras perimetrais, a iluminação correta, a instalação de sistemas de alarmes e de comunicações e os serviços de guarda. 41. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] No que tange à Segurança Corporativa, para que um sistema de segurança resulte altamente eficaz, é imprescindível que as inspeções inopinadas sejam rotineiras e o sistema tenha equipamentos detectores de invasões adequados e eficientes. 116 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
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Instruções: Para responder às questões de números 43 e 44 considere as informações abaixo. O Segurança “Y” recebeu incumbência de pesquisar no mercado imobiliário um local seguro para instalar uma repartição do Ministério Público Federal.
a
42. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Ele deve optar, prioritariamente, por um local/instalações (A) confortável; de estilo moderno; situado em local nobre; com vários acessos disponíveis; com possibilidades da instalação de um canil; próximo de pontos dominantes; com uma rede de refrigeração central; com privacidade. (B) amplo; bem construído; de estilo moderno; de fácil acesso; distante dos eixos rodoviários; próximo de pontos dominantes. (C) com privacidade; com cercas e muros, com altura suficiente para proteção; sem obstáculos entre a construção e o muro; com vários acessos ao local da construção; distante de pontos dominantes. (D) com cercas e muros, com altura suficiente para proteção; com uma rede de refrigeração central; amplo; distante dos eixos rodoviários. (E) sem obstáculos entre a construção e o muro; amplo; próximo de pontos dominantes; de fácil acesso; com rede de refrigeração central; com possibilidades da instalação de um canil; confortável; construção de estilo moderno e de alto padrão. 43. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Com a incumbência de providenciar as primeiras medidas de segurança para as novas instalações do imóvel escolhido, o Segurança “Y” planeja que deverá haver: (A) utilização de alarmes e emprego de cães; seleção de funcionários; visitas e usuários identificados; divulgação dos novos serviços; proteção para todas as aberturas; as dependências vazias devem ser isoladas; limpeza e boa apresentação. (B) limpeza e boa apresentação das dependências; seleção das recepcionistas, divulgação dos novos serviços; seleção de funcionários; visitas e usuários identificados. (C) limpeza e boa apresentação das dependências; seleção das recepcionistas, divulgação dos novos serviços; utilização de alarmes e emprego de cães; proteção para todas as aberturas. (D) seleção de funcionários; visitas e usuários identificados; utilização de alarmes e emprego de cães; limpeza e boa apresentação das dependências; seleção das recepcionistas, divulgação dos novos serviços.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão (E) proteção para todas as aberturas; inspeções frequentes nas dependências; as dependências vazias devem ser trancadas e verificadas regularmente; seleção de funcionários de segurança adequados; visitas e usuários regularmente identificados; utilização de alarmes e câmeras em locais estratégicos; emprego de cães devidamente treinados para as funções inerentes à segurança. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Ao planejar a execução da Segurança de áreas ou instalações de uma Organização, os responsáveis devem atentar para alguns princípios. Julgue os itens a seguir de acordo com tais princípios: 44. Existe segurança perfeita, total e absoluta. 45. Um dos objetivos, no planejamento da segurança, é capacitar os componentes da Segurança para evitar ou retardar ao máximo uma possibilidade de ação criminosa contra a Organização. 46. Capacitar os componentes da Segurança a reagir, no menor espaço de tempo possível, objetivando a neutralização de possíveis agressões às áreas. 47. Segurança perfeição total.
é prevenção;
prevenção
é treinamento;
treinamento
é
[FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010] No que tange às características da segurança corporativa, julgue os itens a seguir. 48. O serviço de vigilância possui, nos materiais, equipamentos e tecnologias utilizados, seus mais importantes componentes, corroborando com isso o fato de que os corretos emprego e alocação desses componentes possuírem desdobramentos de alta eficácia sobre a gestão de segurança de áreas e instalações. 49. O controle de acesso compreende medidas e procedimentos destinados à limitação e ao controle de circulação, não apenas de pessoas e objetos mecânicos ou eletrônicos, mas também de dados e informações. 50. Câmaras ocultas e sensores de presença e movimento colocados nos acessos e circulação de edificações podem ser considerados medidas de controle de acesso e circulação, mas jamais podem ser considerados medidas de segurança física. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRF/4ª – 2010] Considerando as medidas de segurança física e patrimonial, julgue os itens a seguir.
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51. O acionamento dos órgãos de segurança pública, sempre que oportuno e cabível, é a medida mais importante quando se tratar de medidas de gestão da segurança física e patrimonial. 52. A proteção física se dá por meio de elementos, dos mais simples aos mais sofisticados, como cercas, câmeras de segurança ostensivas ou dissimuladas e alarmes com sensores de movimento, entre outros. 53. As medidas de controle de acesso propriamente ditas podem ser, dentre outras: pessoais, quando se emprega um vigilante em uma ronda, por exemplo; ou instrumentais, quando se emprega equipamentos em conjunto com elemento humano, no caso de um vigilante em uma guarita, por exemplo. 54. Quanto ao sistema de iluminação de emergência, quando se tratar de blocos autônomos, como permanecem desligados nas situações rotineiras, não são de interesse da segurança física e patrimonial, ao contrário da iluminação normal da edificação. 55. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] As medidas de segurança nas áreas e instalações podem caracterizadas pelo emprego de recursos humanos ou equipamentos. Quanto à finalidade, podem ainda ser divididas em preventivas ou reativas, assim, é correto afirmar:
ser
(A) Os recursos humanos atuam de forma preventiva e reativa, porém prioriza-se em sua normalidade a forma reativa com o intuito de evitar constrangimentos com a demonstração da disponibilidade da segurança. (B) Todos os equipamentos agem de forma exclusivamente reativa e não possuem viés preventivo, o qual é deixado sob responsabilidade dos recursos humanos, desde que estes estejam ostensivos e identificáveis. (C) A atuação dos recursos humanos tem caráter essencialmente reativo, o que deve ser garantido com o uso de uniformes, ou se descaracterizados, portando identificação que legitime sua ação. (D) Todos os equipamentos agem exclusivamente de forma preventiva e não possuem viés reativo, o qual é deixado sob responsabilidade dos recursos humanos, que independe de estarem identificados ou não. (E) Existem equipamentos que atuam de forma preventiva e reativa, possuindo efeito técnico e psicológico de inibição de ações indesejadas apenas pelo fato de ali estarem, desde que ostensivos e facilmente identificáveis.
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56. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/18ª – 2013] Controles de acesso compreendem as atividades, medidas e procedimentos dos quais resultem limitação e controle de circulação e acesso de pessoas, veículos, materiais, documentos, inclusive dados e informações. Considerando a natureza do meio empregado, são exemplos de controles de acesso instrumentais por sistemas de identificação biométrica a geometria da mão, a identificação da retina, os uniformes e a identificação da íris. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – DPE/RS – 2013] A Segurança das Áreas e Instalações consiste na adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral, fiscalização e controle de acesso. Nesse contexto, julgue os itens a seguir. 57. A abordagem inicial para o estabelecimento de um plano de segurança deve ser considerada da condição mais complexa para a condição mais simples. 58. A segurança deve ser esquematizada por meio de círculos concêntricos, sendo que o círculo central representa a área ou instalação com grau mais eleva do de segurança. 59. No círculo de segurança central é estabelecida uma gradação para as ações de segurança cuja denominação é “Segurança Periférica”. 60. Para melhor adequação das ações a serem adotadas na elaboração de um plano de segurança deve-se considerar como sendo um Ponto Crítico (PC) de uma instalação aquele que pode causar dano. 61. Para melhor adequação das ações a serem adotadas na elaboração de um plano de segurança deve-se considerar como sendo um Ponto de Risco (PR) de uma instalação aquele que pode sofrer dano. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – DPE/RS – 2013] Analise as seguintes assertivas sobre um plano de segurança para determinada instalação e julgue-as: 62. Deverão ser estabelecidas medidas peculiares adequadas à singularidade de cada atividade desenvolvida. 63. Todas as dependências e ambientes deverão possuir controles de acesso idênticos. 64. Somente ambientes fechados devem ser considerados para aplicação de medidas de segurança.
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Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 65. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – DPE/RS – 2013] Controle de acesso constituído por duas ou mais portas que se abrem alternadamente, evitando com isso o contato direto entre duas áreas adjacentes, denomina-se portão automático. [CESPE – TECNICO ÁREA 02 (SEGURANÇA) – BACEN – 2013] Acerca de segurança de áreas e instalações, julgue os itens seguintes. 66. Os sensores infravermelhos passivos, utilizados na detecção de intrusão em um ambiente, são sensores de movimento, incapazes de detectar variações de temperatura. 67. Os pan/tilt são equipamentos utilizados em conjunto com as câmeras para obtenção de imagens noturnas ou em ambientes desprovidos de iluminação. 68. Os detectores de metal do tipo pórtico, normalmente associados a uma porta giratória, identificam a presença de metal pela variação do campo eletromagnético produzido entre as antenas localizadas nas laterais da porta. 69. Em locais com incidência direta de luz solar, recomenda-se o uso de câmeras com sistema BLC (back light compensation). [CESPE - TÉCNICO JUD. SEGURANÇA – STF - 2013] Os dispositivos eletrônicos exercem importante papel na segurança física patrimonial de instalações, pois permitem, entre outros, identificação e a monitoração de situações de risco. Nesse sentido, julgue os itens seguintes.
e a
70. Nos alarmes eletrônicos, as centrais de processamento, ao receberem informações emitidas pelos sensores, realizam ações como o disparo de sirenes e(ou) a discagem eletrônica para telefones com números programados. 71. O emprego de sistemas eletrônicos de proteção patrimonial tem como objetivos principais a detecção, a identificação e o controle de áreas protegidas. [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] Com referência à segurança física e patrimonial das instalações e aos dispositivos eletrônicos de segurança, julgue os itens subsecutivos. 72. Em situação de risco potencial, o aumento da força de reação, que visa a ações rápidas e eficazes, constitui uma das medidas de reforço que podem ser adotadas na segurança passiva das instalações. 73. Os sistemas de segurança eletrônicos de detecção de alarmes perimetral e interno são basicamente constituídos por sensores, central de processamento e central de monitoramento. 121 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 74. A atuação do profissional da segurança em situações de identificação pessoal e de sinalização entre os integrantes da equipe em vista de pessoas com atitudes suspeitas configura uma das medidas dinâmicas de segurança física das instalações. 75. O digital video recorder (DVR), que compõe um circuito fechado de televisão digital, realiza a interface entre a central de alarme e o usuário, com a finalidade de mostrar a condição do sistema para o usuário e de programar a central de alarme. 76. As principais funções desempenhadas pelo agente de segurança física e patrimonial das instalações são as rondas internas, as rondas periféricas e as rondas externas aos limites das áreas geográficas locais. [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] A respeito de segurança corporativa e do seu planejamento, julgue os itens subsecutivos. 77. A segurança responsável por proteger o patrimônio invisível da instituição é denominada segurança especial ou complementar. 78. O objetivo da segurança da informação é o de preservar o valor que um conjunto de informações tem para um indivíduo ou para uma organização. 79. A necessidade de segurança física patrimonial é inversamente proporcional à quantidade de recursos disponíveis para serem investidos nessa modalidade de segurança. [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] No que concerne à segurança da gestão de áreas e instalações e à segurança das telecomunicações, julgue os próximos itens. 80. A proteção perimetral eficiente consiste em proteger o local contra acessos não autorizados, o que obriga dirigentes, funcionários, visitantes e fornecedores a entrarem na instituição por locais determinados e controlados pela segurança. 81. A área da segurança localizada entre o prédio da instituição e o cercamento ao redor das instalações de segurança é classificada como zona livre externa. 82. As medidas de segurança dinâmicas compõem-se de equipamentos instalados na instituição que auxiliam preventivamente na eficácia do serviço de segurança. [CESPE – AGENTE DE POLÍCIA - CÂMARA DEPUTADOS – 2014] Em relação à segurança corporativa estratégica, julgue os seguintes itens. 122 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão
Segurança Institucional – Analista Segurança STJ e Técnico Segurança TJDFT Aula 05 Prof. Marcos Girão 83. O circuito fechado de TV é primordial para a vigilância de uma instituição, porque facilita a observação de uma ou mais áreas por uma só pessoa. 84. O plano intermediário de segurança corporativa é elaborado para setores específicos da instituição, como recepção, portaria, estacionamentos, áreas administrativas e depósitos, e não visa à solução dos problemas apontados nos planejamentos anteriores. 85. Na atividade de segurança, a vegetação deve ser considerada um complicador, pois pode ser usada como esconderijo de objetos potenciais causadores de riscos à integridade da instituição e dos trabalhadores. 86. O relatório de ocorrência ou periódico, documento simples, conciso e objetivo, é o que relata situações específicas da atividade de segurança.
GABARITO
1 C 9 C 17 E 25 E 33 A 41 C 49 C 57 E 65 E 73 C 81 X
2 C 10 C 18 E 26 E 34 C 42 C 50 E 58 C 66 E 74 C 82 X
3 C 11 E 19 E 27 E 35 E 43 E 51 C 59 E 67 E 75 E 83 E
4 C 12 C 20 E 28 C 36 E 44 E 52 E 60 E 68 C 76 E
5 C 13 C 21 E 29 C 37 C 45 C 53 E 61 E 69 C 77 C
6 D 14 C 22 E 30 E 38 C 46 C 54 E 62 C 70 C 78 E
7 E 15 E 23 E 31 E 39 C 47 E 55 E 63 E 71 C 79 E
8 E 16 E 24 A 32 E 40 C 48 E 56 E 64 E 72 E 80 X
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