Aula 26 - Aprendizagem Organizacional

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GESTÃO DE PESSOAS Aprendizagem Organizacional Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

�A PRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL O tema aprendizagem organizacional vem sendo desenvolvido ao longo dos anos. Da década de 1980 em diante, já se ouvia falar da importância da aprendizagem e de uma ideia que dizia que toda a organização deveria se envolver em uma cultura de aprendizagem. No antigo RH, existia a ideia do “apagar incêndio”, ou seja, só se mobilizaria um conhecimento ou uma capacitação quando o empregado precisasse disso. Assim, pode-se dizer que nesse período o mundo era bastante estável, pois um funcionário entrava na empresa executando uma tarefa e passava vários anos executando essa mesma tarefa. Hoje em dia, os cargos exigem que os funcionários desenvolvam novas competências com uma frequência muito grande. A aprendizagem organizacional está relacionada com o conceito de equilíbrio organizacional. Quando um funcionário cria a cultura de aprender de forma contínua, está contribuindo para si na medida em que está garantindo a sua empregabilidade. Já para a organização, a cultura de aprendizagem é benéfica, pois estará sempre pronta para lidar com as mudanças, ou seja, estará sempre lutando contra a entropia (possibilidade de ir à falência). Conceito de Aprendizagem Organizacional Aprendizagem organizacional pode ser definida como “a aquisição de conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização” (GUNS, 1998, p. 33). Assim, percebe-se que a aprendizagem organizacional não é a mera aquisição de competência, mas também a aquisição permanente/constante de novos valores e convicções que ajudem a manter e desenvolver uma organização, o que dá origem à ideia de negentropia (luta contra a entropia), conceito que é bastante cobrado em provas. ORGANIZAÇÕES QUE APRENDEM Uma organização que aprende é uma organização habilitada na criação, na aquisição e na transferência de conhecimento e em modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e percepções. ANOTAÇÕES

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Esse conceito tem a ver com uma mudança de mentalidade, ou seja, uma mudança de cultura organizacional. Na cultura tradicional, não havia o pensamento de que era necessário criar uma crença em refletir novos conhecimentos e percepções. Já nas organizações que aprendem, há uma crença de que é necessário mobilizar o conhecimento, ou seja, deve-se trabalhar com a gestão do conhecimento e com a educação corporativa. Além disso, é necessário que exista a ideia da valorização das pessoas que se mobilizam em aprender de forma continuada. AS 5 DISCIPLINAS (ETAPAS) – PETER SENGE Peter Senge é um importante autor que falava, muito antes do conceito de aprendizagem ser consolidado, que as organizações que se manteriam vivas seriam aquelas que iriam “aprender a aprender”. De acordo com o autor, uma organização só aprende a aprender ao passar pelo que foi chamado de “as cinco disciplinas”, ou seja, cinco etapas do processo de aprendizagem. Domínio pessoal: por meio do autoconhecimento, o indivíduo tem condição de aprofundar seus objetivos, concentrando esforços e passando consequentemente a ver a realidade de forma objetiva. Uma organização que deseja trabalhar com a ideia de “aprender a aprender” deve, primeiramente, investir nos funcionários em processos intrapessoais. O funcionário precisa se conhecer, saber quais são seus gaps, suas dificuldades de percepção e de interação. Modelos mentais: são ideias e imagens que contribuem para influenciar o indivíduo quanto ao seu modo de ver o mundo e seus atos. São, na verdade, crenças.

ANOTAÇÕES

Visões compartilhadas: dá-se a partir da percepção de um objetivo como concreto e real. Nesse ponto, o indivíduo passa a querer aprender por iniciativa própria, e não mais por obrigação. O funcionário compartilha da ideia de que é necessário aprender por aprender, ou seja, não para ganhar mais dinheiro ou mesmo para ter um elogio da chefia, mas aprender por iniciativa própria para garantir a empregabilidade e uma nova percepção do mundo.

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Aprendizagem em grupo: nesse ponto, a aprendizagem dá-se pelo diálogo. A apresentação de ideias, por parte dos membros integrantes, é fundamental para um raciocínio comum. Antigamente tinha-se a ideia de que o conhecimento era poder. Assim, raramente as pessoas compartilhavam com o grupo as coisas que sabiam, as crenças que tinham, suas visões, competências e habilidades. Hoje em dia, conforme a teoria de Peter Senge, para se criar uma organização que aprende, é preciso desenvolver nos funcionários um domínio pessoal (autoconhecimento), modelos mentais, mudanças de crença, visões compartilhadas e também a aprendizagem em grupo. Pensamento sistêmico: essa disciplina contribui para que se faça uma análise do todo, e não das partes individualmente. Nesse momento, fala-se de uma aprendizagem global, ou seja, de uma organização que já internalizou a ideia de que todos precisam aprender e que a aprendizagem precisa ser contínua. NÍVEIS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

TIPOS DE APRENDIZAGEM Aprendizagem formal é aquela que resulta de treinamentos ou de ações estruturadas, pensadas, com objetivos claros. Observa-se que o T&D continua existindo em uma organização de aprendizagem, pois os trabalhos de levantamento de necessidades, treinamento de funcionários e a preparação de pessoas para cargos futuros continuam existindo. ANOTAÇÕES

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Aprendizagem informal é aquela que resulta de interações, de processos soltos ou não estruturados previamente. Trata-se de um dos mecanismos em que as pessoas mais aprendem, pois na aprendizagem formal existem provas e métodos de avaliação que podem pressionar as pessoas fazendo com que elas não apliquem o que aprenderam. Exemplo: um bebedouro ou um cantinho do café pode ser um lugar em que as pessoas, além de conversar, trocam informações importantes e aprendem sobre o trabalho.  Obs.: uma vez foi cobrado o termo “bá”. Trata-se dos cantinhos de aprendizagem informal não estruturados, como o bebedouro, a lanchonete, a impressora que fica no corredor, o fumódromo etc. Garvin propõe como métodos de aprendizagem: 1. Resolução sistemática de problemas: algo mais estruturado, como reuniões de estudo de caso; 2. Experimentação: começar a colocar em prática novos métodos de trabalho para que justamente por meio dessa prática possa se aprender; 3. Experiências passadas: é analisar erros passados e aprender com eles; 4. Circulação de conhecimento: é o estímulo à interação e à aprendizagem informal; 5. Experiências realizadas por outros: importância do benchmark para uma organização que aprende; 6. Bá: espaços não estruturados para que as pessoas aprendam de uma maneira informal.

ANOTAÇÕES

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Kátia Lima.

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