FUND 2 - 6 ano MOD 4

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Produção de Texto unidade 7 Recursos da linguagem poética unidade 8 Linguagem dos quadrinhos

6 MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES LTDA

Língua Portuguesa

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REPRODUÇÃO - MUSEU DE ARTE MODERNA, NOVA YORK

Linguagem poética e quadrinhos

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Por meio da linguagem poética, atribuímos significados e sons às palavras, criamos imagens e ritmo. Mas a poesia não mora apenas nos versos do poema. Outros gêneros textuais podem conter um jeito poético de ver o mundo. Uma pintura pode conter elementos poéticos, ou suscitar uma interpretação que toca a sensibilidade do espectador. Já a combinação de palavras com a linguagem visual (as ilustrações, por exemplo) pode nos entreter ou nos fazer refletir sobre determinado assunto ou situação, por meio de outro tipo de narrativa: as histórias em quadrinhos.

Observe as imagens. Em seguida, responda oralmente. 1 Que personagem de histórias em quadrinhos é representado? 2 O que chama sua atenção na pintura? 3 Que cores predominam nessa tela? Professor: O encaminhamento de todas as respostas e discussões desta abertura está no Plano de Aulas.

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Professor: As páginas de abertura promovem a verificação e a exploração dos conhecimentos prévios dos alunos. São um convite à discussão e à leitura de imagens. As questões elencadas permitem avaliar o grau de conhecimento da classe e podem orientar a condução mais adequada dos assuntos que serão abordados. Deixe que os alunos respondam às perguntas livremente.

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Reúna-se com alguns colegas, conversem sobre o exercício anterior e respondam às seguintes questões no caderno. 1 Que palavras ou frases você inseriria nos balões de fala? 2 Se você tivesse de escrever um poema, a partir da pintura da direita, qual seria o tema? Que palavras você escolheria? As cores poderiam servir de inspiração? 3 Que diferenças você constatou entre as frases criadas para os balões e as palavras escolhidas para compor o poema?

Ao redor do peixe (1926), de Paul Klee, pintor suíço que costumava dizer que ele e a cor eram um só, e cenas dos filmes Homem-Aranha 2 e 3 (Estados Unidos, 2004 e 2007, respectivamente), dirigidos por Sam Raimi.

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UNIDADE

da 7 Recursos linguagem poética Leitura de imagem

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CHAGALL, MARC. THE BIRTHDAY, LICENCIADO POR AUTVIS, BRASIL, 2010

Leia esta imagem.

Eu e a aldeia, 1911, de Marc Chagall. Óleo sobre tela, 191,1 × 151,4 cm. Museu de Arte Moderna, Nova York, Estados Unidos.

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Estudo da imagem 1 Observe a reprodução da tela Eu e a aldeia, do pintor bielorrusso Marc Chagall (1887-1985). a) O título faz referência a quais elementos presentes na tela? “Eu” provavelmente se refere ao homem verde, destacado no lado direito da tela; “aldeia”, à vaca, do lado esquerdo da tela, à mulher ordenhando outra vaca, ao homem com a foice e às casas rústicas ao fundo, imagens que lembram uma aldeia.

b) Que elementos aparecem em destaque na pintura? A vaca e o homem verde.

c) Que elementos só são percebidos depois de olhar a imagem com mais atenção? A mulher tirando leite da vaca, as casas, o homem com a foice e a mulher de ponta-cabeça.

Professor: Explique aos alunos que Marc Chagall é um artista que representa a escola surrealista. O Surrealismo é uma escola artística e literária que se caracteriza por expressar as atividades do inconsciente, sem o controle exercido pela razão. O inconsciente é uma parte do aparelho psíquico da qual não se tem consciência, mas que se pode manifestar por meio dos sonhos. Marc Chagall nasceu na antiga Bielorrússia (atual Belarus), país da Europa central, e morreu na França. Além de pintor, foi também ceramista e gravurista. Nas questões a seguir, aceite outras respostas, desde que sejam coerentes. Cada aluno poderá perceber a obra de uma maneira, inferindo simbologias e significados diversos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2 Observe os elementos que compõem a tela. O artista os representou como realmente são ou como ele os imaginou? Dê exemplos que justifiquem sua resposta. Os elementos não foram representados como são na realidade. As cores, por exemplo, mostram uma escolha pessoal do pintor para retratar a cena segundo seu modo de ver e sentir. A mulher de ponta-cabeça e as casas invertidas também não retratam a realidade fielmente.

3 As pequenas cenas soltas na pintura estão relacionadas de alguma forma. Que relação de sentido pode haver entre elas? Resposta pessoal. Professor: Espera-se que os alunos suponham que essas cenas representam uma lembrança ou um sonho e estão ligadas cenas de uma aldeia, de um lugar mais próximo do campo. às



O sentido das coisas é estabelecido de forma associativa. Em uma pintura, o significado de uma imagem pode estar associado ao de outra, assim como, em um poema, o significado de certas palavras pode estar associado ao de outras. Além disso, em um texto poético, a sonoridade produzida pelo enca­deamento de termos pode reforçar determinado sentido ou ideia. 4 Em sua opinião, que ligação o artista fez entre todas as cenas que representou na tela? Resposta pessoal. Professor: A proposta da atividade é levar os alunos a fazer uma associação de ideias a fim de estimular a criação poética, objeto de estudo desta unidade. Pode-se interpretar que as cenas trazem a lembrança da vida no campo – a estreita relação entre o homem e o animal (o homem está face a face com o animal no primeiro plano), as casas rústicas, o instrumento de trabalho (a foice).



Professor: Pergunte aos alunos se, após a reflexão que fizeram sobre a tela, eles dariam outro título a ela. Dessa forma, será possível perceber se, por meio da reflexão que foram convidados a fazer com as atividades propostas, identificaram outros significados e simbologias na tela.

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Leitura de texto Texto 1

Infância Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais.

GELATOPLUS/GETTY IMAGES

FERNANDO SEIXAS/EDITORA ABRIL

Leia este poema autobiográfico de Carlos Drummond de Andrade, publicado pela primeira vez em 1930 no livro Alguma poesia.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo

Professor: Explique aos alunos que Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, interior de Minas Gerais, onde viveu boa parte da infância, com sua família de fazendeiros. A memória dessa cidade está presente em parte de sua obra. Mostre aos alunos a importância da leitura para o poeta menino e solicite, como tarefa, uma pesquisa sobre a obra citada Robinson Crusoé.

olhando para mim: – Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu

E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. ANDRADE, Carlos Drummond de. Infância. Em: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 6.

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Texto 2

O poeta aprendiz Ele era um menino Valente e caprino Um pequeno infante Sadio e grimpante Anos tinha dez E asas nos pés Com chumbo e bodoque Era plic e ploc O olhar verde gaio Parecia um raio Para tangerina Pião ou menina Seu corpo moreno Vivia correndo Pulava no escuro Não importa que muro Saltava de anjo Melhor que marmanjo E dava o mergulho Sem fazer barulho Em bola de meia Jogando de meia-direita ou de ponta Passava da conta De tanto driblar Amava era amar

Amava Leonor Menina de cor Amava as criadas Varrendo as escadas

Professor: As acepções dos termos do glossário foram, sempre que possível, pesquisadas no Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Para fins didáticos, foram feitas as adaptações necessárias.

Amava as gurias Da rua, vadias Amava suas primas Com beijos e rimas Amava suas tias

Bodoque. Brinquedo para atirar pedras; estilingue.

De peles macias Amava as artistas Das cine-revistas

Campear. Procurar animais no campo, a cavalo; buscar.

Amava a mulher A mais não poder

Caprino. Semelhante ou próprio de cabras, cabritos.

Por isso fazia Seu grão de poesia

Coser. Costurar.

E achava bonita

Gaio. Que revela alegria, jovial; diz-se do verde-claro e vivo.

A palavra escrita Por isso sofria

Grimpante. Aquele que sobe usando os pés, escala.

De melancolia Sonhando o poeta

Infante. Que tem pouca idade; criança.

Que quem sabe um dia

Robinson Crusoé. Novela do escritor inglês Daniel Defoe (1660-1731).

Poderia ser MORAES, Vinicius de. O poeta aprendiz. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003. SIDNEY CORRALLO/AGE/ESTADÃO CONTEÚDO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Agora leia uma versão de “O poeta aprendiz”, poema autobiográfico do carioca Vinicius de Moraes publicado pela primeira vez no livro Para viver um grande amor, de 1962. Observe as semelhanças entre os poemas de Vinicius e Drummond ao tratarem de temas similares.

O poeta, escritor, compositor e músico, Vinicius de Moraes no Rio de Janeiro (RJ), 1978.

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Estudo dos textos Compreensão dos textos Professor: Para questões adicionais sobre o gênero textual, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

1 Releia este trecho do poema ”Infância”, e depois responda de quem é a voz que fala nos versos. Meu pai montava a cavalo, ia para o campo / Minha mãe ficava sentada cosendo. / Meu irmão pequeno dormia. Nesse poema, a voz que fala é a do próprio poeta que relembra sua infância em companhia da família.

2 Onde a pessoa que fala no poema passou sua infância? Copie versos que mostrem esse espaço. Provavelmente o narrador passou sua infância no campo, em uma fazenda. "(...) ia para o campo. / (...) entre mangueiras / no mato sem fim da fazenda."

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu / chamava para o café. Provavelmente, a voz da criada da fazenda, descendente de negros escravizados.

A voz que fala nas narrações é chamada narrador. A voz que fala no poema é chamada eu poético, ou eu lírico. REPRODUÇÃO

4 Releia os versos abaixo. Eu sozinho menino entre mangueiras / lia a história de Robinson Crusoé, / comprida história que não acaba mais.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3 Agora releia os versos e responda de quem é essa outra voz mencionada pelo poeta.

a) O livro que o eu lírico tem nas mãos conta a história de Robinson Crusoé, que, devido a um naufrágio, fica preso em uma ilha, afastado da civilização. Que semelhança há entre Robinson Crusoé e o menino do poema? Provavelmente, o eu lírico se sente solitário como o personagem. No entanto, em vez de preso numa ilha, está isolado numa fazenda.

b) Que palavra do poema mostra esse sentimento? Sozinho.

c) Qual descoberta parece fazer o eu lírico nos versos abaixo?

E eu não sabia que minha história / era mais bonita que a de Robinson Crusoé. O menino descobre que toda história, imaginária ou real, pode ser bonita, inclusive a dele próprio, que pode ser melhor que a dos livros.

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5 No poema de Drummond, o poeta faz uso dos sentidos para descrever suas memórias de infância. Copie trechos que se relacionem aos cinco sentidos e indique os sentidos correspondentes. ”Meio-dia branco de luz” – visão; ”voz que chamava para o café” – audição; ”Café preto / café gostoso / café bom” – visão e paladar. ”– Psiu... Não acorde o menino. / Para o berço onde pousou um mosquito. / E dava um suspiro... que fundo!” – visão e audição.

6 Compare o eu poético de ”Infância”, de Drummond, com o eu poético de ”O poeta aprendiz”, de Vinicius de Moraes. Podemos dizer que são semelhantes? Justifique sua resposta com trechos dos dois poemas. Não. Em ”Infância”, o eu lírico é o próprio poeta que relembra sua infância: "Eu sozinho menino entre mangueiras." Em ”O poeta aprendiz”, há alguém que conta a história do poeta: "Ele era um menino / Valente e caprino."

7 Que marcas gramaticais indicam o eu poético de cada poema? Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Em ”Infância” temos o uso do pronome pessoal em primeira pessoa, enquanto em ”O poeta aprendiz” temos o pronome pessoal em terceira pessoa.

8 Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes viveram realmente os momentos de infância descritos em seus poemas? Ou se trata de invenção desses autores para vivenciar suas memórias? Resposta pessoal. Professor: Essa questão tem o objetivo de levar os alunos a compreender que o eu poético é uma criação do autor do poema.

O eu poético ou eu lírico é uma criação do autor do poema. Por isso, não se pode afirmar com certeza que os sentimentos apresentados nos poemas tenham sido realmente vivenciados pelos poetas. 9 Escreva o que é revelado em cada poema: a) sobre o menino.

Professor: Faça com que os alunos observem que os dois poemas são autobio­gráficos; porém, o poema de Vinicius evoca a infância como uma espécie de ”romance de formação” do poeta: "Sonhando­o poeta / Que quem sabe um dia / Poderia ser."

”Infância”: é ligado à família, é solitário e encontra refúgio na leitura, quando se identifica com os personagens do livro que lê. ”O poeta aprendiz”: a pessoa que descreve o menino apresenta a imagem de um garoto alegre, de dez anos, que leva uma vida normal: corre, brinca, joga futebol. Porém, é um menino apaixonado e sonhador que encontra na poesia uma forma de expressão para seus sentimentos de melancolia.

b) sobre a literatura. ”Infância”: a leitura é uma forma de construção de sua identidade, quando se identifica com os personagens do livro que lê. ”O poeta aprendiz”: o menino encontra na poesia uma forma de expressão para seus sentimentos (amor e melancolia) e já expressa o sonho de ser um poeta.

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10 Associe estas características aos poemas. Marque I para ”Infância” e PA para ”O poeta aprendiz”. ( I ) Presença da família na formação do ”eu”. (PA) Brincadeiras de rua. (PA) Sonho de ser poeta. ( I ) Tranquilidade da vida no interior. ( I ) Identificação do leitor com a literatura.

Análise dos recursos da linguagem poética 1 Observe a forma dos poemas ”Infância” e ”O poeta aprendiz”. a) Quantas linhas tem cada poema? ”Infância”: 21 ; ”O poeta aprendiz”: 48.

b) Quantos grupos de linhas são separados por um espaço?

Em literatura, poesia é a linguagem de conteúdo lírico ou emotivo, escrita em verso ou em prosa. Poema é a composição literária, em geral feita em verso, com intenção poética. Cada linha de um poema é chamada verso. Cada grupo de versos separado por um espaço é chamado estrofe. 2 O modo de dividir um poema em versos é uma escolha do poeta. Observe como os versos estão divididos em ”Infância” e ”O poeta aprendiz”. a) Em qual deles as estrofes são regulares, isto é, têm o mesmo número de versos? Nos dois poemas as estrofes são irregulares.

b) Lendo os dois poemas em voz alta, qual apresenta ritmo mais constante? ”O poeta aprendiz”.

3 Transcreva do poema ”O poeta aprendiz” dois pares de versos que têm sons finais iguais.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

”Infância”: 5 ; ”O poeta aprendiz”: 2.

Respostas possíveis: ”Ele era um menino / Valente e caprino”; ”Um pequeno infante / Sadio e grimpante”; ”Anos tinha dez / E asas nos pés”.

Um dos recursos da linguagem poética é o trabalho com a sonoridade, o som das palavras. A repetição de sons iguais no final de dois ou mais versos chama-se rima. Exemplos: sabor/dor; prazer/saber/viver; brisa/lisa; casa/asa; sim/enfim/mim. 4 Qual dos dois poemas não utiliza o recurso da rima? Os dois poemas apresentam o recurso da rima; porém, o de Drummond apresenta apenas um par de versos com rima: ”aprendeu (...) esqueceu”.

Versos livres são os que não apresentam rima. Os poemas podem apresentar formas livres, isto é, não precisam ter rima nem igual número de versos por estrofe. Essa é uma tendência dos poemas mais modernos.

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5 Leia este texto.

Memória Um trem atravessa a paisagem e me corta o fôlego Café-com-pão, café-com-pão, café-com-pão

Rasto. Vestígio, sinal. Ruço. Sujo, desbotado.

Num tempo que mora na memória Café-com-pão corre nos trilhos. Tem narinas fumegantes faíscas dançarinas no seu rasto e cheiro de carvão. Pernas ruças e pés descalços bordam a beira da estrada. – Cuidado, meninos! A tremura do chão vai vibrando mais longe, e só fica o lamento Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

piuiiiiii-uiiii-uiiii escondido bem no fundo de uma gaveta que eu tenho e que se chama coração. JUNQUEIRA, Sonia. Memória. Em: BARRETO, Antonio. Para ler o mundo. Belo Horizonte: Formato, 2001. p. 188.

Identifique o gênero desse texto. Justifique sua resposta. É um poema, pois é organizado em versos e estrofes; apresenta algumas rimas (pão, carvão, coração); e as

Professor: Chame a atenção dos alunos para a ausência de rimas regulares e de métrica rígida.

palavras são usadas para criar imagens e imprimir ritmo e emoção ao texto.

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6 Leia estes textos expositivos que dão informações objetivas a respeito do trem de ferro. Texto 1 Locomotiva é uma máquina de tração destinada a rebocar os vagões de trem. Pode ser movida a vapor, óleo, eletricidade, gasolina, ar comprimido ou gás. Sua capacidade se calcula com base na potência de tração. Existem locomotivas de grandes percursos, industriais (pequenos percursos), para galerias de minas, para serviços de passageiros e outras que se usam apenas em manobras. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Texto 2 Maria-fumaça é o nome popular dado às locomotivas antigas, movidas pelo vapor que saía de uma caldeira que, por sua vez, era alimentada com madeira queimada ou carvão. A fumaça que se originava dessa queima era expelida por uma chaminé.

No poema ”Memória”, a poeta faz comparações, brinca com as palavras e cria imagens a respeito do mesmo tema. Professor: Chame a atenção dos alunos para o título ”Memória”.

a) Qual é o tema do poema? Lembranças e sentimentos provocados pela passagem de um trem de ferro.

b) Qual é o objetivo do poema? Manifestar emoções e descrever, de forma poética e original, o trem de ferro, com o objetivo de emocionar, surpreender e encantar o leitor.

c) De acordo com o poema e os textos 1 e 2, qual é o tipo de energia que move o trem? Energia a vapor, gerada pela combustão da madeira: o carvão. Professor: Lembre aos alunos que a expressão narinas fumegantes se ­refere à chaminé da locomotiva a vapor, ou seja, à maria-fumaça. Professor: Chame a atenção dos alunos para os recursos empregados pela poeta. Proponha que leiam o primeiro verso da atividade em ritmo acentuado: assim como em “ Trem de ferro” (poema de Manuel Bandeira a ser trabalhado em uma das atividades seguintes), a repetição de ”café-com-pão” busca criar um efeito sonoro que remeta a uma locomotiva em movimento. Já o segundo verso conta com os termos tremura e vibrando. Aponte o modo como os encontros tr e br, quando pronunciados, reforçam a imagem criada pela poeta, de tremor e vibração. Por fim, retome o conceito de onomatopeia com os alunos ao observar o terceiro verso.

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Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

d) Que versos justificam sua resposta? ”Tem narinas fumegantes / faíscas dançarinas no seu rasto / e cheiro de carvão.”

7 Releia estes versos do poema ”Memória”. Café-com-pão, café-com-pão, café-com-pão (...) A tremura do chão vai vibrando mais longe, (...) piuiiiiii-uiiii-uiiii (...)

O que eles sugerem? Os versos sugerem o movimento e o ruído do trem de ferro.

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8 Releia os versos. Um trem atravessa a paisagem e me corta o fôlego. O que a passagem do trem provoca no eu lírico? O eu lírico vê um trem partir e rememora seu passado, quando o trem de ferro fazia parte da paisagem, do lugar em que vivia. A imagem do trem lhe desperta emoções.

9 O que sugere este verso? Num tempo que mora na memória O verso sugere que os eventos descritos no poema não ocorrem no presente, mas sim em um tempo de

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memórias – ou seja, no passado.

10 Agora, releia estes versos. Pernas ruças e pés descalços bordam a beira da estrada. – Cuidado, meninos! Com relação a esses versos, só não é correto afirmar que: ( ) descrevem uma cena de crianças brincando perto dos trilhos do trem. ( ) evocam a preocupação dos adultos com o perigo que os meninos correm. ( ) usam o recurso de substituir a parte pelo todo – ”pés / pernas” – para se referir a ”crianças”. ( x ) retratam uma cena urbana e contemporânea.

11 É possível dizer se o trem de ferro está chegando ou partindo? Justifique. Sim. O trem está partindo. Isso pode ser justificado pelos versos: ”A tremura do chão vai vibrando mais longe, / e só fica o lamento / piuiiiiii-uiiii-uiiii”.

12 No poema, qual é o sentido da palavra gaveta? A palavra gaveta tem o sentido figurado de coração, por armazenar pertences assim como se diz que o coração armazena sentimentos, memórias e afins.

13 Pesquise, na biblioteca da escola ou na internet, o poema ”Trem de ferro”, escrito pelo poeta Manuel Bandeira em 1936. Depois, descreva as semelhanças entre esse poema e o de Sonia Junqueira. Resposta pessoal. O poema de Sonia Junqueira e o de Manuel Bandeira apresentam o mesmo tema central: o trem. Sonia Junqueira relembra o poema ”Trem de ferro” no verso ”Café-com-pão, café-com-pão, café-com-pão”.

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Atividades de linguagem 1 Releia este trecho do poema ”O poeta aprendiz”.

Ele era um menino / Valente e caprino / Um pequeno ­infante / Sadio e grimpante / Anos tinha dez / E asas nos pés a) Que adjetivos o eu poético utiliza para descrever o menino? O eu poético utiliza os adjetivos valente, caprino, pequeno, sadio, grimpante.

b) Pesquise os significados das palavras destacadas e diga o que eles sugerem a respeito da personalidade do menino. Resposta pessoal.

c) Explique o que você entende por ”asas nos pés”. Resposta pessoal. Professor: Espera-se que os alunos associem a metáfora ”asas nos pés” aos adjetivos caprino e grimpante, imaginando um

menino que salta, pula e corre como quem parece voar.

2 Leia alguns significados da palavra infante. I. Em Portugal e Espanha, filho de reis que não herda o trono. II. Que tem pouca idade. III. Soldado de infantaria (infantaria significa ”força militar que combate a pé”).

Qual é o significado mais adequado para explicar o o título do poema ”O poeta aprendiz”? Por quê? O significado mais adequado é o segundo, associado ao verso ”Anos tinha dez”.

3 Releia estes versos do poema ”O poeta aprendiz”:

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Professor: Espera-se que, a partir dos significados das palavras caprino e grimpante, disponíveis no glossário, os alunos deduzam que o menino parece ser cheio de vida e saúde, que pula e salta, escalando obstáculos nas ruas, usando os pés e as mãos.

Por isso fazia / Seu grão de poesia / E achava bonita / A palavra escrita / Por isso sofria / De melancolia / Sonhando o poeta / Que quem sabe um dia / Poderia ser a) A partir do trecho acima e de suas experiências pessoais, tente definir o sentimento de melancolia. Resposta pessoal. Professor: Espera-se que os alunos infiram que melancolia é um estado de profunda tristeza, quando não se consegue expressar os sentimentos mais profundos.

b) Qual seria a possível cura para a melancolia do menino? Resposta pessoal. Professor: Espera-se que os alunos infiram que a melancolia é decorrente da necessidade de expressão de seus sentimentos. Assim, a ”palavra escrita”, por meio do poema, poderia ser a cura para a melancolia que sente.

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Hora de debate Sigam as orientações abaixo para realizar um debate. O tema será: ”O que pode impedir um jovem de ter sonhos e realizá-los?”.

Primeira etapa 1. Organizem-se em grupos conforme a orientação do professor. 2. Escolham um colega para ser o relator. Ele vai registrar as opiniões e relatar o posicionamento do grupo e os argumentos apresentados. 3. Combinem um tempo para a discussão. Lembrem-se de que esse tempo deve ser respeitado. 4. Usem uma linguagem adequada à situação. 5. Ouçam a opinião dos colegas do grupo, sempre respeitando a vez de cada um falar.

Segunda etapa

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1. Releiam estes versos do poema ”O poeta aprendiz”. 2. Reflitam a respeito das seguintes questões: E achava bonita / A palavra escrita / Por isso sofria / De melancolia / Sonhando o poeta / Que quem sabe um dia / Poderia ser • Vinicius de Moraes se formou em Direito e era diplomata. Na época em que escreveu esse poema, enfrentava dificuldades para que o Governo aceitasse que um diplomata poderia também ser poeta e músico. Depois de muitas pressões, acabou deixando a diplomacia. Na opinião de vocês, hoje todos os jovens brasileiros podem escolher a carreira com que sonham, sem sofrer preconceitos na família e na sociedade? • O que poderia ser feito para que todos tivessem oportunidade de realizar os próprios sonhos?

Terceira etapa 1. Definam qual será a opinião do grupo antes de apresentá-la para a classe. 2. Exponham os argumentos escolhidos para defender o ponto de vista do grupo, considerando: • experiências pessoais; • fatos reais divulgados pelos meios de comunicação; • conclusões do grupo.

3. Usem argumentos coerentes para convencer os colegas. 4. Peçam ao colega relator que leia os registros para o grupo avaliar se estão de acordo com a opinião, os argumentos e a conclusão de todos.

Quarta etapa 1. Os relatores devem apresentar à classe o resultado do debate de seus respectivos grupos. 2. Quem quiser apresentar novos argumentos deve se inscrever com o professor. 3. Ao final, escolham o grupo que foi mais convincente ao defender as opiniões.

Professor: Anuncie aos alunos que eles podem apresentar outros argumentos que surgirem durante a exposição dos relatores. Peça-lhes que anotem esses argumentos no caderno para que, ao final da exposição dos colegas, eles possam incrementar a opinião apresentada pelos grupos.

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Produção de texto Leitura de poema Leia a seguir um poema do escritor romântico Casimiro de Abreu.

O que é – simpatia (A uma menina) Simpatia – é o sentimento Que nasce num só momento, Sincero, no coração;

EVERETT HISTORICAL/SHUTTERSTOCK

BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO

Professor: Sugira aos alunos que declamem o poema.

São dois olhares acesos Bem juntos, unidos, presos Numa mágica atração. Simpatia – são dois galhos Banhados de bons orvalhos Nas mangueiras do jardim; Bem longe às vezes nascidos, Mas que se juntam crescidos E que se abraçam por fim. São duas almas bem gêmeas Que riem no mesmo riso, Que choram nos mesmos ais; São vozes de dois amantes, Duas liras semelhantes, Ou dois poemas iguais.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Retrato de Casimiro de Abreu. Litografia do século XIX de autor desconhecido.

Simpatia – meu anjinho, É o canto de passarinho, É o doce aroma da flor; São nuvens dum céu d'Agosto É o que m'inspira teu rosto... – Simpatia – é – quase amor!

ABREU, Casimiro de. O que é – simpatia. Em: MARTINS, Aline Evangelista. O Canto das Musas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 130.

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Características do poema 1 Qual é o tema do poema? A busca do significado do sentimento de simpatia.

2 O eu lírico parece conversar com alguém no poema. Indique quem, provavelmente, é essa pessoa. Depois, copie trechos que deixem clara a existência desse diálogo. O eu lírico tenta explicar a uma menina o significado do sentimento de simpatia. Os trechos seguintes justificam este diálogo: ”A uma menina”, ”meu anjinho”.

3 Quanto à forma, como são organizados os versos do poema?

Professor: Observe com os alunos a forma mais tradicional e regular do poema, em comparação aos outros poemas apresentados. Aponte seu contexto de produção: séc. XIX, sob o predomínio do Romantismo. O Romantismo foi um movimento artístico e literário de grande parte do séc. XIX e surgiu quando alguns escritores abandonaram as regras e os estilos de autores clássicos. Escreveram sobre natureza, amor, sofrimentos humanos, e fizeram da literatura uma forma de desabafo. Casimiro de Abreu tornou-se um dos poetas mais populares pertencentes à chamada segunda geração romântica.

O poema é iniciado com um verso único que representa uma espécie de dedicatória. Os versos seguintes são regularmente organizados em quatro estrofes de seis versos.

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4 No poema, o poeta faz comparações e cria imagens para definir simpatia referindo-se a pares. Copie os trechos que apresentam esses pares. São dois olhares acesos / são dois galhos / São duas almas bem gêmeas / São vozes de dois amantes, / Duas liras semelhantes, / Ou dois poemas iguais.

5 Qual é o efeito das imagens em pares na definição de simpatia? Resposta pessoal. Professor: Espera-se que o aluno perceba que, para o poeta, simpatia é um sentimento que promove a união entre duas pessoas, concluindo no último verso que simpatia ”é quase amor”.

O tema e a forma do poema podem variar muito. Um poema é escrito por diversas razões: para homenagear alguém ou algo, para compor uma propaganda, para o eu poético dizer a si mesmo o que sente ou pensa, para registrar um momento importante etc.

Produção de poema Coleta de informações Antes de iniciar a produção do poema, reúnam-se em grupos e pesquisem poemas de formas variadas produzidos em épocas diferentes, que tragam como tema a definição de substantivos abstratos de forma inusitada. Esse trabalho vai ajudar a pensar no tema do que será escrito. Sigam as orientações abaixo.

Professor: A pesquisa tem a intenção de subsidiar a produção que os alunos realizarão logo a seguir. Professor: Mostre aos alunos os poemas ”Simpatia”, de Casimiro de Abreu, e ”Liberdade”, de Fernando Pessoa, como exemplos do tema.

1. O professor vai sortear um tema para cada grupo. 2. Pesquisem os poemas em livros e na internet. Indiquem a fonte de cada poema, que deve conter os seguintes dados: • título do poema e nome do autor; • título do livro ou nome do site em que o poema foi publicado; • data/ano da publicação; • número da página em que o poema aparece no livro ou endereço do site em que ele foi publicado.

3. Divulguem os poemas em um sarau de poesia, conforme orientação do professor.

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Professor: Organize os alunos em grupos para a produção do poema. Depois, oriente-os na organização do sarau de poesia.

Orientações para a produção Acompanhem as orientações para escrever um poema com base na foto a seguir. Os poemas da classe serão divulgados em um sarau de poesia.

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LUCAS CAVALHEIRO/GETTY IMAGES

Aquecimento Observem a imagem a seguir e reflitam.

1. Que sensações ou lembranças essa foto desperta em vocês? 2. Em que tipo de ambiente essa planta brota? Planejamento

Professor: Oriente os alunos a produzir o texto no caderno.

1. Pensem num tema para o poema. Inspirem-se nos poemas pesquisados por sua turma e escolham para tema do poema um sentimento inspirado pela foto. 2. Escolhido o tema, escrevam palavras ou frases que definem o sentimento.

Resposta pessoal.

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3. Antes de escrever o poema, é preciso tomar algumas decisões: • Como o tema será desenvolvido? Será um poema de amor? Vai falar das qualidades de alguém ou de alguma coisa? Vai contar uma história? • Os versos serão organizados em estrofes? • Se houver estrofes, quantos versos cada uma terá? • Para construir o ritmo e a sonoridade do poema, vocês vão repetir fonemas, palavras, versos? • O poema terá rima? • Vocês vão usar o recurso da comparação?

Escrita 1. Agora, usando as palavras e as frases que vocês escreveram (e outras que acharem interessantes), soltem a imaginação e criem o poema. 2. Empreguem os recursos que vocês escolheram para a elaboração do texto. Lembrem-se de que as rimas e a repetição de palavras e sons podem ser um recurso para enfatizar uma ideia.

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3. Deem um título ao poema. Avaliação 1. Leiam o poema em voz alta e avaliem os seguintes aspectos: • O tema tem relação com a imagem? • O poema tem ritmo? • A sonoridade do poema está relacionada ao sentido das palavras? • Vocês usaram os recursos que aprenderam? • Os recursos que vocês utilizaram produzem um sentido para o leitor? • O poema provoca sensações no leitor? • O título do poema é sugestivo e está adequado ao tema?

2. Mostrem o poema aos colegas dos outros grupos e peçam a eles que deem sugestões para melhorar o texto. Reescrita

Professor: Oriente os alunos a escrever a versão final do texto em uma folha avulsa.

Passem o poema a limpo, corrigindo-o de acordo com a avaliação que vocês fizeram e com as observações do professor. Se acharem necessário, façam também as alterações sugeridas pelos colegas.

Organização do sarau de poesia 1. A classe deve combinar com o professor a data do sarau e se haverá convidados. 2. O sarau será feito da seguinte maneira: • O professor dividirá a turma em grupos. • Cada grupo declamará seu poema para os colegas. • O grupo cria performances para declamá-lo.

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UNIDADE

8 Linguagem dos quadrinhos Leitura de imagem

MUSEU DO PRADO, MADRI

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MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES LTDA

Leia esta imagem.

As meninas da Turma, de Mauricio de Sousa. Acrílico sobre tela, 143,5 × 128,5 cm.

As meninas, 1656, de Diego Velázquez. Óleo sobre tela, 318 cm × 276 cm. Museu do Prado, Madrid, Espanha. Este quadro serviu de inspiração para As meninas da Turma, de Mauricio de Sousa.

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Estudo da imagem 1 As meninas da Turma é uma obra do cartunista brasileiro Mauricio de Sousa (1935-). Ele a criou a partir da obra clássica As meninas, do pintor espanhol Vélasquez (1599-1660), datada de 1656. a) Que personagens você reconhece no quadro? Os personagens da Turma da Mônica. Em primeiro plano, da esquerda para a direita, Magali, Mônica, Tina, Rosinha, Cebolinha, e, à frente, o cãozinho Bidu. Ao fundo, da esquerda para a direita, Rolo, Pipa e Anjinho.

b) Em seu quadro mais famoso, As meninas, Velásquez pintou a filha do rei da Espanha, algumas pessoas do palácio e ele mesmo como artista. Observe o quadro de Mauricio de Sousa e imagine quem equivaleria a Velásquez e à filha do rei. O cartunista Mauricio de Sousa – à esquerda, pintando o quadro – representa Velásquez, e Mônica,

Professor: As atividades desta seção podem ser feitas oralmente com a classe. Professor: Comente com os alunos que a série de obras O s quadrões da Turma da Mônica começou como por brincadeira. No final dos anos 1980, em uma visita ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), Mauricio de Sousa parou para observar Rosa e Azul, uma de suas obras favoritas de Renoir. Foi então que lhe veio a ideia de incentivar a criatividade e divulgar a arte de um jeito divertido. Mônica e Magali se transformaram em Magali e Mônica de Rosa e Azul. Depois, outras obras clássicas vieram a ser homenageadas.

de vermelho, representa a filha do rei da Espanha.

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2 Você já leu uma história em quadrinhos da Mônica? Como você descreveria a personalidade dela e como ela se relaciona com seus amigos? Em sua opinião, por que ela é o centro do quadro? Resposta pessoal. Professor: Se necessário, explique que o cartunista se inspirou em sua própria filha, também chamada Mônica, para criar a personagem. Esse fato pode explicar o protagonismo de Mônica tanto nas HQs como no quadro.

3 Pesquise uma história em quadrinhos da Turma da Mônica. Escreva as diferenças e as semelhanças entre a HQ e a obra As meninas da Turma, de Mauricio de Sousa. Diferenças: A HQ desenvolve uma narrativa; As meninas da Turma, de Mauricio de Sousa, não.

Professor: Analise a obra de Mauricio de Sousa com os alunos, explicando-lhes que o artista incorporou duas linguagens: a dos quadrinhos e a da pintura.

Os personagens da HQ praticam uma sequência de ações, falam, pensam; em As meninas da Turma, estão estáticos.

Semelhanças: Os personagens tendem a ser os mesmos. O pintor Velásquez e o cartunista Mauricio de Sousa se assemelham no papel de criadores da obra. A personagem central da turma, Mônica, tem o mesmo destaque da personagem do quadro de Velásquez (filha do cartunista; filha do rei da Espanha). As duas linguagens são visuais.

4 A respeito da intenção artística presente no quadro de Mauricio de Sousa, assinale as opções mais adequadas. ( ) As imagens não significam nada, uma vez que não contam uma história; elas apenas se parecem com a obra de Velásquez. ( X ) Tirando um personagem de seu contexto (as HQs) e transferindo-o para outro (as artes plásticas), o artista pode fazer as pessoas refletirem sobre o sentido da própria arte. ( X ) As imagens provocam uma reflexão sobre a criação artística, a obra e seu criador. ( X ) Observando o pintor à esquerda da tela, pode-se considerar que a obra também seja um autorretrato. ( X ) O artista tem a intenção de divulgar a arte clássica para as crianças de um jeito divertido, substituindo as personagens da corte por personagens da HQ.

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Leitura de texto Leia os quadrinhos a seguir e conheça alguns personagens da Turma do Pererê, das HQs criadas pelo mineiro Ziraldo (1932-), que é escritor, jornalista, caricaturista, chargista e pintor. O personagem principal, Pererê, diverte-se aprontando travessuras com seus amigos.

ZIRALDO

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ZIRALDO

PERERÊ

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ZIRALDO

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ZIRALDO

ZIRALDO. Todo Pererê. São Paulo: Moderna, 2002. v. 1, p. 38-40.

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Estudo do texto Compreensão do texto 1 Como se chamam os personagens dessa história em quadrinhos?

Professor: Para questões adicionais sobre o gênero textual, consulte o Banco de Questões na Plataforma UNO.

Os personagens que aparecem na HQ de Ziraldo se chamam Pererê e Boneca de Pixe. Professor: Embora piche seja grafado com ch, o nome da personagem é com x mesmo.

2 Somente no último quadrinho é que se descobre onde a história se passa. a) Que lugar é esse? A montanha-russa de um parque de diversões.

b) Por que essa informação só é revelada no final da história? Para causar suspense. O autor só a revela no final porque ela é a chave para a compreensão dos

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quadrinhos anteriores.

3 Por que pode causar surpresa que a história se passe nesse lugar? Porque não se espera que uma história de saci ocorra em um parque de diversões, na cidade.

Professor: Explique aos alunos que o saci é um personagem, segundo o folclore brasileiro, ligado ao campo. Espera-se que suas histórias ocorram na mata ou em áreas rurais.

4 Em que lugares normalmente acontece uma história de saci? Algumas respostas possíveis: Em um sítio, em uma fazenda, em uma cidade do interior.

Análise da linguagem dos quadrinhos 1 Por que se pode dizer que a história do Pererê é uma história em quadrinhos? Porque os quadros estão combinados em uma sequência para contar uma história.

Histórias em quadrinhos são narrativas visuais que, muitas vezes, combinam texto e imagens. A sequência dos quadros compõe a ação da história. Elas também são chamadas de quadrinhos e HQs. As HQs costumam ser publicadas em jornais, revistas, internet etc. As revistas de histórias em quadrinhos também são conhecidas como gibis. Seus autores são comumente chamados de quadrinistas. 2 Considere o título da HQ que você acabou de ler. Quem é o personagem principal? E o personagem secundário? O Pererê é o personagem principal. A Boneca de Pixe é a personagem secundária.

Professor: Explique aos alunos que os quadrinhos também são conhecidos como comics (termo correspondente em inglês). Os quadrinistas também são chamados cartunistas. Cartum vem do latim carta, que significa ”papel”. Da mesma origem são as palavras carta, cartão, car­teado, descartar, cartaz, cartela, cartografia, cartório, cartucho etc. O gênero cartum será estudado posteriormente.

O personagem principal de uma história é denominado protagonista. Os personagens que desempenham papel secundário ou auxiliar nas histórias são chamados coadjuvantes. Essas posições não são fixas. O protagonista de uma história pode ser um coadjuvante em outra.

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3 Leia esta tira.



JIM DAVIS GARFIELD, JIM DAVIS © 1980 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED/DIST. UNIVERSAL UCLICK

GARFIELD

Tira é uma história em quadrinhos, geralmente com três ou quatro quadros, veiculada em jornais e revistas em uma única faixa horizontal – ou, em alguns casos, vertical. Uma história mais longa, porém, pode ser dividida em várias tiras, apresentadas por determinado período em jornal ou revista.

Garfield está num concurso de beleza e, ao lado de outros gatos, aguarda o juiz. No primeiro e no segundo quadrinhos, parece entediado e critica concursos de beleza para animais. Entretanto, no último quadrinho, diante do juiz, muda seu comportamento, querendo mostrar suas qualidades de forma muito animada.

b) Qual é o fato inesperado da tira? O fato inesperado é Garfield mudar seu comportamento diante do juiz, de desanimado e crítico para efusivo e competitivo. Professor: Retome a HQ de Pererê e mostre aos alunos como o último quadrinho surpreende o leitor.

c) Se o último quadrinho da tira fosse eliminado, o humor seria mantido? Explique sua resposta. Não, porque é justamente o último quadrinho que traz o humor da história: Garfield mudando de

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a) Descreva o que acontece na história.

comportamento para impressionar o juiz.

É muito frequente, nos quadrinhos, o elemento-surpresa: pode ser uma fala, o comportamento de um personagem ou um novo elemento de cenário que surpreenda o leitor. Em geral, aparece no último quadrinho da história ou próximo ao final. Professor: No item d da questão 3, espera-se que os alunos percebam que seria preciso escrever um texto elaborado para que o leitor compreendesse o sentido, já que não haveria imagens para complementá-lo.

d) Elabore um texto que descreva o último quadrinho como se ele fizesse parte de um texto narrativo sem imagens. Resposta possível: Diante do juiz, Garfield deixa de reclamar e procura chamar sua atenção, chegando a pisar em outro gato.

As imagens das HQs permitem ao leitor entender o que não está escrito. Elas substituem palavras, o que torna o texto mais curto e simples.

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GARFIELD



JIM DAVIS

GARFIELD, JIM DAVIS © 1980 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED/DIST. UNIVERSAL UCLICK

4 Observe estes quadrinhos.

a) Por que a fala de Jon envergonha Garfield? Recrie essa fala de modo que agradasse a Garfield. Garfield se envergonha por ser descrito de forma simplória, sem grandes atributos.

Professor: Se julgar conveniente, promova a etapa de criação de uma nova fala em duplas ou grupos.

b) Que linguagem você empregou para reescrever a fala: formal ou informal? Por quê?

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Linguagem informal. Porque ela é mais adequada à situação da fala do personagem.

A linguagem dos quadrinhos geralmente é informal, com frases curtas, expressões populares e gírias. 5 Considere as tiras de Garfield que acabou de ler. O comportamento do personagem condiz com o que se espera de um gato convencional? Resposta pessoal.

Nas histórias em quadrinhos, há personagens que, mesmo quando não são seres humanos, revelam comportamento humano nas atitudes, na personalidade ou na maneira de pensar. Em geral, eles são construídos com base em alguns tipos humanos, como o tímido, o galante, o espertalhão, o medroso, o comilão etc. As características dos protagonistas são constantes e bem marcadas, o que facilita reconhecê-los. Sem conhecer essas características, muitas vezes não é possível entender completamente o humor da história. As narrativas geralmente são breves e apresentam enredos simples, em que um fato inesperado muda ou explica a sequência dos acontecimentos.

Professor: Espera-se que os alunos reconheçam que Garfield tem sensações e pensamentos típicos de seres humanos, por mais que tenha o aspecto físico de um gato convencional e chegue, inclusive, a ter um dono.

Professor: Caso deseje, você pode complementar esta atividade apresentando outros personagens de HQs aos alunos, para que sejam comparados em termos de traços de humanização. Muitos personagens criados por Walt Disney, por exemplo, também são animais com atitudes humanas, como o camundongo Mickey ou o pato Donald. Por outro lado, enquanto Garfield vive e age como um gato, de modo geral, não se espera que Mickey aja como um camundongo ou Donald como um pato.

6 Releia a história de Pererê e atente para as mudanças no estado emocional dos personagens, conforme o movimento do carrinho da montanha-russa. Além das falas, o que explicita essas mudanças? As expressões faciais e corporais dos personagens.

As expressões faciais e corporais dos personagens são importantes para revelar características, pensamentos, emoções e intenções que não estão descritos no texto.

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ZIRALDO

7 Neste quadrinho, o indígena Tininim está falando e o saci Pererê está pensando. Como é possível saber isso? Pelos tipos de balão: o primeiro é de fala; o segundo, de pensamento. O formato dos balões indica que tipo de conteúdo apresentam.

Balão de fala (forma mais comum)

Balão de pensamento

8 Leia esta tira. LAERTE LAERTE

SURIÁ

Professor: Explique aos alunos que esse tipo de balão é denominado balão de cochicho. Professor: Os alunos devem perceber que, muito provavelmente, o leão já havia sido instruído sobre o que fazer na presença de visitantes: mostrar-se feroz.

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O balão é o meio mais frequente de apresentar as falas e os pensamentos dos personagens. Seu formato tem a função de esclarecer ou reforçar aspectos do texto.

a) No quarto quadrinho há um balão em forma pontilhada. Para que ele serve? Para indicar uma fala em voz baixa, de modo disfarçado.

b) Em sua opinião, como o leão interpretou a fala ”Psiu!!! Daniel!!”, dita por Suriá? Resposta pessoal.

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ZIRALDO

9 Agora, observe os balões nas imagens desta página e escreva a ideia que eles expressam. O balão tremido representa a voz dengosa de quem está adoentado e pede algo.

PAT BRADY

2010 IPRESS

ROSE IS ROSE

NÍQUEL NÁUSEA FERNANDO GONSALES

O balão com a imagem da galinha assada expressa o desejo do personagem, que parece estar faminto.

FERNANDO GONSALES

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O balão com a letra Z indica que o personagem está dormindo.

Em alguns balões, o texto é formado por figuras, símbolos ou sinais, que substituem as palavras. Observe estes símbolos, usados com frequência em HQs. • Indica amor ou encantamento.

• Indica ideia.

• Indica raiva ou palavrão.

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10 Marque A, B ou C para indicar a que quadrinho se referem as seguintes explicações, de acordo com o tipo de balão que cada um apresenta. ( B ) Encadeados (duplos, triplos, quádruplos): o mesmo personagem diz várias coisas, fazendo uma pausa entre uma fala e outra. ( A ) Com laterais dentadas: a voz vem de uma máquina (tevê, telefone etc.). ( C ) Com múltiplos rabichos: vários personagens falam juntos a mesma coisa. FERNANDO GONSALES

C

11 Nos quadrinhos abaixo aparecem palavras fora dos balões. Indique onde elas aparecem. ZIRALDO ZIRALDO

O MENINO MALUQUINHO

Na faixa de campanha que os meninos levam pela rua.

ZIRALDO ZIRALDO

O MENINO MALUQUINHO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

B

NÍQUEL NÁUSEA

FERNANDO GONSALES

CEBOLINHA MAURICIO DE SOUSA MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES

A

JIM DAVIS 2010 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED/DIST. BY ATLANTIC SYNDICATION/UNIVERSAL UCLICK

GARFIELD

No terceiro quadrinho, temos a onomatopeia ”Tum!”.

Além de aparecer em balões, o texto das HQs também pode vir em letreiros, que são palavras inscritas em objetos do cenário, em legendas, que correspondem à fala do narrador, e em onomatopeias. Onomatopeias são palavras que reproduzem sons ou ruídos: crash (algo se quebrando), smack (beijo), bum (explosão), cocoricó (canto do galo).

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12 Observe as palavras destacadas nos balões destes quadrinhos. O que os destaques querem mostrar? ZIRALDO ZIRALDO

O MENINO MALUQUINHO

Divisão silábica:

palavra mencionada lentamente

.

2010 KING FEATURES SYNDICATE/IPRESS

DIK BROWNE

Letras aumentadas e aspas:

Professor: Explique que Hagar não gosta de ser chamado de ”gordo” e se irritou com a fala de Eddie, que disse ”gordos” em vez de ”fortes”.

grito e ênfase na palavra gordos, repetida por Hagar



. CALVIN

BILL WATTERSON 2010 WATTERSON/DIST. BY ATLANTIC SYNDICATION/UNIVERSAL UCLICK

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HAGAR

Letras em negrito (mais grossas) e itálico (inclinadas) na fala do pai: aborrecimento e cansaço do pai

Letras em negrito e itálico na fala de Calvin:

grito e manha de Calvin

. .

Outro recurso para expressar as intenções e os sentimentos dos personagens é o destaque das palavras: sublinhado, negrito, itálico, “aspas” e letras MAIORES.

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13 Volte ao início desta unidade e reveja a HQ de Pererê. a) O que você nota em relação ao cenário? O cenário só aparece no último quadrinho, o maior de todos, em que se vê o parque de diversões.

Professor: Lembre os alunos de que a ausência de cenário nos quadrinhos menores da HQ de Pererê também tem um significado: construir o suspense da história.

b) Qual é a importância do cenário na história de Pererê? Ele é fundamental para a compreensão da história.

Em muitos casos, a composição do cenário e a seleção de seus elementos ajudam o leitor a entender o contexto (o ambiente e o momento) da história, além de garantir o humor. 14 Leia estes quadrinhos. GUABIRAS

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GUABIRAS

PINGO BARÃO

a) De que ângulo o personagem enxerga o bote no segundo quadrinho? De baixo para cima.

O cenário pode ser apresentado em diferentes ângulos ou de diferentes pontos de vista. MORT WALKER 2010 KING FEATURE SYNDICATE/IPRESS

RECRUTA ZERO

b) De que ângulo o Recruta Zero enxerga o Sargento no primeiro quadrinho? De cima para baixo.

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c) Nessa mesma tira, em que quadrinho a imagem está mais aproximada? No segundo quadrinho.

d) Qual pode ter sido a intenção do autor ao fazer essa aproximação? Distrair o leitor para criar um efeito-surpresa no terceiro quadrinho, quando é apresentado o desfecho da situação.

O quadrinista aproxima ou afasta a imagem de acordo com sua intenção. Com um close (palavra em inglês que significa “aproximação da imagem”), ele pode destacar a expressão dos personagens e fechar a cena para preparar o surgimento do elemento-surpresa.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Com o afastamento da imagem, pode-se imprimir movimento à cena ou dar a ideia da dimensão de um lugar.

Atividades de linguagem 1 Escreva um adjetivo que caracterize cada personagem dos quadrinhos de Pererê mencionado abaixo. a) Boneca de Pixe, no segundo quadrinho. Algumas respostas possíveis: Corajosa, confiante.

b) Pererê, no nono quadrinho. Algumas respostas possíveis: Assustado, medroso.

2 Associe as expressões dos personagens às respectivas sensações. ( a ) ”Opa!” / ”Nossa!” ( d ) desespero ( b ) ”Não... Obrigado!” ( a ) susto ( c ) ”Uf!” ( b ) medo ( c ) alívio ( d ) ”Para! Para! Para!” 3 Como essas sensações são representadas no texto? Em negrito, com diversos tamanhos e formatos irregulares.

4 Observe a pontuação das frases ditas por Pererê. a) Que sinais aparecem com frequência? Exclamação, interrogação e reticências.

b) O que o uso desses sinais revela? As emoções dos personagens.

A pontuação é um elemento importante para garantir a expressividade no texto. Por isso, é frequente nas HQs o uso de pontos de exclamação, de interrogação, reticências e de combinações como !!! ou ?!.

Professor: Ressalte aos alunos que o ponto de exclamação dá dinamismo à frase, expressando ações e emoções; as reticências, ao mesmo tempo que criam suspense, permitem sugerir, deixar as ideias em aberto, fazer o leitor participar do texto com sua imaginação.

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Produção de texto REPRODUÇÃO

Leitura de HQ Leia esta HQ de Piteco, o homem das cavernas que vive em Lem – adiantada aldeia pré-histórica –, onde é perseguido pela apaixonada Thuga. Criado em 1960 pelo cartunista brasileiro Mauricio de Sousa, Piteco foi publicado inicialmente em tiras nos Diários Associados. O personagem foi inspirado em outro homem das cavernas, Brucutu, de Vincent T. Hamlin (1900-1993). Note que não há palavras nessa história. Ela se apoia basicamente na expressão corporal do personagem.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

As tiras de Brucutu foram publicadas por seu criador, desde 1932, por cerca de 40 anos, em jornais norte-americanos.

MAURICIO DE SOUSA MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES LTDA

PITECO

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Características da HQ 1 Conte a um colega a história que você leu.

Resposta possível: Num dia bastante frio, Piteco, o homem das cavernas, tenta se proteger dos ventos. Olha em volta e só vê árvores secas e folhas voando. De repente, avista um búfalo com seu pelo abundante e logo imagina um casaco quentinho. Com seu cajado, tenta abatê-lo, mas é atirado longe pelo feroz animal. Levanta e, ainda com muito frio, observa que as folhas de árvore levadas pelo vento podem dar uma ótima fogueira. Faz a fogueira e, enquanto se aquece, o búfalo o observa.

2 Observe o desenho de Piteco em cada quadrinho. a) Que palavras do quadro abaixo você usaria para descrever as mudanças de ânimo desse personagem? frio

tremor

susto

aconchego

observação

criatividade

amor

dor

empolgação

insatisfação

imaginação

felicidade

Algumas respostas possíveis: frio, tremor, dor, susto, empolgação, aconchego, observação, imaginação, criatividade, felicidade.

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b) Que partes do corpo de Piteco expressam essas mudanças de ânimo? Boca, olhos, braços, mãos, pés e o corpo todo em alguns quadros, quando é atirado longe.

3 Que sinais indicam os movimentos do personagem? Ao lado da figura de Piteco aparecem traços ondulados indicando o tremor de seu corpo; tracinhos curvos indicando as mãos e pés em movimento; traços longos e poeira no chão, quando é atirado para o alto e cai.

4 Atente para a importância do espaço na história. a) Onde Piteco está em todos os quadrinhos? Ele se encontra ao ar livre, fora da caverna.

b) Descreva o espaço e sua importância para as reações físicas de Piteco. No que parece ser um descampado, venta muito e as árvores estão perdendo as folhas, que voam em torno do personagem.

5 Escreva uma fala que represente o pensamento de Piteco no sexto quadrinho. Resposta possível: ”Oba! Esse búfalo dará um excelente casaco de peles!”

6 Qual é a importância do título da HQ para a solução do problema de Piteco? O título ”Em dia de frio, observe em volta” dá a sugestão a Piteco de observar o que está à sua volta e que pode aquecê-lo – no caso, as folhas.

7 O que provoca o efeito de humor na HQ de Piteco? O humor acontece quando Piteco descobre, onde menos espera, a solução para seu problema: nas folhas, que estavam a todo tempo ao seu lado e que lhe deram uma boa fogueira para se aquecer.

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Produção de HQ Acompanhe as orientações a seguir para produzir uma história em quadrinhos. Professor: Monte grupos de no máximo cinco ou seis alunos. Deixe que conversem durante 15 minutos; se necessário, estenda o tempo. Recomende que evitem contar piadas com termos grosseiros ou preconceituosos.

Aquecimento

Professor: Oriente os alunos a produzir a primeira versão do texto no caderno.

1. Escreva em um rascunho a piada ou o caso escolhido. Leia o texto atentamente e divida-o em cenas.

1. Reúna-se com alguns colegas para uma sessão de piadas, anedotas ou casos humorísticos. 2. Escolha uma das piadas, anedotas ou casos contados para transformar em HQ. Planejamento e rascunho

2. Trace alguns quadrinhos que lhe pareçam suficientes para incorporar essas cenas. Distribua as cenas nesses quadrinhos. 3. Esboce os personagens, procurando usar expressões faciais e corporais que indiquem emoções e pensamentos. 4. Escreva embaixo de cada quadrinho as falas dos personagens.

Professor: Oriente os alunos a escrever a versão final do texto em uma folha avulsa.

Passe a HQ a limpo, considerando as seguintes recomendações.

1. Escreva frases curtas e use linguagem informal e adequada ao leitor. 2. Explore vários formatos de letras para sugerir emoções, movimentos etc. 3. Registre apenas os elementos essenciais ao cenário. 4. Insira as falas dos personagens em balões, desenhando-os de acordo com as situações a que se referem. 5. Use onomatopeias e pontuação de modo expressivo. Avaliação 1. Avalie a HQ, observando os seguintes aspectos: • Os desenhos ajudam a entender a história?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Escrita

• A linguagem que você usou é adequada ao leitor? • Nos desenhos, há expressões faciais ou corporais que ajudem a perceber o que os personagens sentem ou pensam?

2. Mostre a HQ a um colega da classe e peça a ele que dê sugestões para melhorá-la. Faça o mesmo para a HQ que ele produziu. Finalização Faça as alterações necessárias na HQ, de acordo com a avaliação que você e o colega fizeram. Acrescente também as possíveis alterações sugeridas pelo professor. Professor: Coloque ao lado da exposição das HQs um painel para que a comunidade escolar – alunos de outras classes, professores, coordenadores, pais, funcionários etc. – escreva comentários e opiniões a respeito das criações. Esse painel pode ser feito com uma folha de papel kraft ou cartolina e ter um título, como ”Deixe seu recado” ou ”Dê sua opinião”.

Organização do mural 1. Com o professor e os colegas, organize as HQs produzidas e afixe-as no mural da escola para que sejam apreciadas pela comunidade escolar. 2. Observe e leia as HQs dos colegas. • Qual delas é mais engraçada? • De qual você mais gostou? Por quê?

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Hora de pesquisa Acompanhem as orientações a seguir para fazer uma pesquisa sobre histórias em quadrinhos e produzir um cartaz com as informações coletadas. O tema será: ”A história das HQs no Brasil e no mundo”.

Professor: No Plano de Aulas há uma bibliografia a respeito das histórias em quadrinhos no Brasil e no mundo.

Orientações para a pesquisa 1. Em grupos, pesquisem o tema em livros e na internet. Sigam o roteiro abaixo. • Nomes de algumas HQs de todo o mundo que mereçam destaque.

Professor: Organize os alunos em grupos para que realizem a pesquisa.

• Personagens famosos e seus criadores. • Personagens dos quadrinhos que ganharam versões em outros meios, como filmes, desenhos animados etc. • Primeiras HQs brasileiras. • Principais personagens de HQs brasileiras e seus criadores. • Principais revistas em quadrinhos no Brasil. • Curiosidades. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2. Anotem os dados pesquisados.

Confecção da apresentação 1. Façam um cartaz ilustrado ou uma apresentação digital com as informações coletadas. 2. Sigam estas orientações para a confecção do material visual:

Professor: Explique aos alunos que o principal objetivo de um cartaz é comunicar, de forma resumida, simples e objetiva, aspectos de algum tema ou assunto. Professor: Lembre aos alunos que eles devem fazer a revisão da concordância, da pontuação, da grafia das palavras etc.

• A letra deve ser legível e grande. • O título deve estar destacado. • As imagens e o texto devem estar bem distribuídos no espaço do cartaz. • As imagens devem ser identificadas com legendas. • Lembrem-se de registrar o nome do professor e dos alunos do grupo.

Exposição oral 1. Um relator deve ser escolhido entre os componentes do grupo para expor os dados pesquisados. 2. O cartaz ou a apresentação deverá dar suporte para o relator fazer a exposição oral. 3. Para fazer a exposição oral, o relator deve usar linguagem adequada.

Avaliação do grupo Avaliem essa atividade, observando os seguintes aspectos: • O grupo conseguiu selecionar, registrar e apresentar imagens e informações relevantes? • O material visual ficou legível e compreensível? • Todos participaram das etapas da atividade? • Os relatores conseguiram expor as informações pesquisadas com clareza? Deram as informações corretas e usaram linguagem adequada?

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PROGRAMA Trabalhando habilidades Nestas páginas, você vai trabalhar a habilidade 25 da Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias do Enem. Para saber mais sobre ela, consulte a Matriz Geral de Habilidades na Plataforma UNO. H25

1 (Enem, adaptado) Leia este texto.

S.O.S. Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala e seu ensino se faz apenas pelo conhecimento das regras gramaticais sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso.

Código. Sistema de sinais ou símbolos, organizados e convencionados para possibilitar a construção e a transmissão de mensagens. Dicotômico. Oposto, contrário.

O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso: a) regional, pela presença de palavras utilizadas somente em determinada região do Brasil. b) literário, pois essas marcas estão adequadas às normas da gramática. c) técnico, devido a expressões próprias de textos científicos. d) popular, por meio de palavras muito informais. e) oral, pois há, no texto, muitas expressões típicas da fala. H25

2 (Enem, adaptado) Leia este texto.

Professor: Auxilie os alunos a compreender o texto orientando-os a procurar no dicionário as palavras que não conheçam.

Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos que dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

S.O.S. Português. Nova Escola, São Paulo, n. 231, abr. 2010. (Adaptado.)

Carta Capital, Coluna Pênalti, 28 abr. 2010.

O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República, Getúlio Vargas. Os usos linguísticos de Fuzeira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem: a) regional, adequada ao entendimento do presidente.

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b) profissional, ligada ao tema do futebol. c) informal, pois José Fuzeira é um cidadão brasileiro comum. d) culta, demonstrando a adequação dele a uma situação formal de comunicação. e) religiosa, demonstrando interesse em compartilhar a mesma fé do presidente. H25

3 Leia este texto. As múltiplas atividades dos falantes no comércio da vida em sociedade favorecem a criação de palavras para atender às necessidades culturais, científicas e da comunicação de um modo geral. As palavras que vêm ao encontro (...) chamam-se neologismos, que têm, do lado oposto ao movimento criador, os arcaísmos, representados por palavras e expressões que, por diversas razões, saem de uso e acabam esquecidas por uma comunidade linguística, embora permaneçam em comunidades mais conservadoras, ou lembrados em formações deles originados. (...) BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 351.

Circule a alternativa que não está de acordo com o texto. a) Arcaísmos podem originar termos novos. b) Os neologismos são novos vocábulos criados pelos usuários da língua. c) A criação de palavras está relacionada à vida social. d) As palavras em desuso, os arcaísmos, são eliminadas do dicionário.

Autoavaliação Reúnam-se em grupos e façam as atividades a seguir.

1 Busquem na Matriz Geral de Habilidades o texto da habilidade trabalhada nas questões. Professor: Os alunos devem perceber que a habilidade trabalhada é a identificação, em textos de diferentes gêneros, das marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.

2 Vocês consideram importante trabalhar essa habilidade? Por quê? Resposta pessoal. Professor: Os alunos devem perceber que o valor dos diferentes usos da linguagem (formais ou informais) é fundamental para a compreensão da realidade social. O entendimento desses usos auxilia a distinguir a pertinência do emprego de determinados registros linguísticos de acordo com o contexto.

3 Compartilhem as estratégias de resolução das questões e como cada um resolveu a(s) dificuldade(s) que encontrou. Resposta pessoal. Professor: Os alunos devem perceber a variação linguística como um tópico importante para a sua conscientização social, de modo que seja construída uma postura não preconceituosa em relação a usos linguísticos distintos dos seus, especialmente no que se refere a diferenças sociais ou regionais.

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REPRODUÇÃO

Para saber mais Para ler • Meus oito anos, de Casimiro de Abreu. São Paulo: Global, 2003. Casimiro de Abreu, um dos mais representativos poetas românticos brasileiros, relembra em Meus oito anos, com simplicidade e beleza, momentos eternos de sua meninice – colher pitangas, subir nas mangueiras, deitar à sombra das bananeiras. Considerado um clássico para todas as idades, o poema registra detalhes e vivências do cotidiano, que a alma do menino jamais esqueceu. Os versos de Casimiro de Abreu ganham um atrativo especial na nova edição com ilustrações de Fê. REPRODUÇÃO

• Sonhos, grilos e paixões, de Carlos Queiroz Telles. São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção Veredas.) Uma coletânea de poemas sobre a vida dos jovens. Uma visão sensível da vida, do sonho e da paixão na adolescência. • Pedro Malasartes em quadrinhos, de Stela Barbieri e Fernando Vilela. São Paulo: Moderna, 2008. Adaptação em quadrinhos das histórias de Pedro Malasartes, importante personagem da cultura popular brasileira. Suas histórias são cheias de humor e soluções inesperadas.

REPRODUÇÃO

Para assistir • Homem-Aranha, de Sam Raimi. Estados Unidos, 2002, 121 min. Adaptação para o cinema das histórias em quadrinhos do Homem-Aranha, o filme conta a história de um estudante que é picado por uma aranha modificada geneticamente e passa a ter superpoderes. O filme tem duas continuações, do mesmo diretor.

Para ouvir • O poeta aprendiz, de Vinicius de Moraes. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2003. (Livro-disco.)

REPRODUÇÃO

Poema de Vinicius de Moraes que Toquinho musicou nos anos 70 em uma versão especial com ilustrações de Adriana Calcanhoto. Inclui também o CD com a versão da cantora para a canção – além de o próprio Vinicius declamando o texto.

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