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UNIVERSIDADE PAULISTA PÓS-GRADUAÇÃO PLATAFORMA BIM
VICTOR HUGO STORMOVSKI CESAR
ESTUDO DE CASO DE COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES BANCOS DE COMPOSIÇÕES ANALÍCAS PARA O ORÇAMENTO DE UM PROJETO RESIDÊNCIAL PADRÃO UTILIZANDO SOFTWARES BIM
INTERAGINDO ENTRE AS DIMENSÕES BIM 3D E 5D
FOZ DO IGUAÇU - PR 2020
VICTOR HUGO STORMOVSKI CESAR
ESTUDO DE CASO DE COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES BANCOS DE COMPOSIÇÕES ANALÍCAS PARA O ORÇAMENTO DE UM PROJETO RESIDÊNCIAL PADRÃO UTILIZANDO SOFTWARES BIM: INTERAGINDO ENTRE AS DIMENSÕES BIM 3D E 5D
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Pós-Graduação em Plataforma BIM, Universidade Paulista, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista.
FOZ DO IGUAÇU - PR 2020
VICTOR HUGO STORMOSKI CESAR
ESTUDO DE CASO DE COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES BANCOS DE COMPOSIÇÕES ANALÍCAS PARA O ORÇAMENTO DE UM PROJETO RESIDÊNCIAL PADRÃO UTILIZANDO SOFTWARES BIM: SUBTÍTULO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Pós-Graduação em Plataforma BIM, Universidade Paulista, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista.
Aprovado em: ____/____/____ Resultado: _______________
BANCA EXAMINADORA: ______________________________________/___/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP ______________________________________/___/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP ______________________________________/___/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP
Eu não falhei, encontrei 10 mil soluções que não davam certo. Thomas Edison
RESUMO
A evolução de novas tecnologias, equipamentos e procedimentos é algo almejado por todas industrias as quais estabelecem a economia. A construção civil, sendo uma das principais e mais influentes indústrias no Brasil também deve acompanhar essas evoluções e aplica-las em suas obras e projetos. É cada vez mais urgente a necessidade de racionalizar, otimizar, e modernizar os processos da cadeia da construção civil no Brasil, neste cenário a Plataforma BIM (Building Information Modeling) se apresenta como a evolução de processos e softwares de análises, projetos, planejamento, orçamento e controle de obras. O orçamento é uma das principais e mais importantes fases em uma obra antes mesmo dela ser iniciada, nele realizamos a previsão de custos os quais qualquer tipo de obra vai ser realizada e sendo crucial para tomada de decisão de projetos e viabilidade da execução das obras, no cenário atual é uma fase a qual apresenta um grande déficit quando não há sua ausência principalmente obras residenciais e comerciais de pequeno porte. Neste cenário a Plataforma BIM se mostra como uma metodologia de trabalho eficiente e para a gestão e integração entre os setores de projeto, planejamento e orçamento. O objetivo deste estudo será analisar de forma integrada, o custo de uma obra unifamiliar de projeto padrão da caixa econômica federal realizando o comparativo entre diferentes bancos de composições analíticas SINAPI e Informativo SBC. A contagem de componentes com rapidez e precisão é tarefa simples para a maior parte dos softwares BIM e modificações no projeto são feitas de forma rápida e eficaz, apontando diversas vantagens sobre o método tradicional. Os resultados obtidos permitiram a análise e divergência entre os dois bancos de dados os quais obtêm reconhecimento a nível nacional, analisando o mesmo projeto arquitetônico modelado na Plataforma BIM e obtendo o orçamento final em cada base de composições analíticas.
Palavras-chave: Plataforma BIM. Orçamento. Sinapi. Informativo SBC. Projetos.
ABSTRACT
The evolution of new technologies, equipment and procedures is something desired by all industries which establish the economy. Civil construction, being one of the main and most influential industries in Brazil, must also follow these developments and apply them in their works and projects. The need to rationalize, optimize, and modernize the processes of the civil construction chain in Brazil is increasingly urgent. In this scenario, the BIM Platform (Building Information Modeling) presents itself as the evolution of processes and software for analysis, projects, planning, budget and control of works. The budget is one of the main and most important phases in a work before it even starts, we carry out the cost forecast which any type of work will be carried out and being crucial for project decision making and the feasibility of the execution of the works, in the current scenario it is a phase which presents a big deficit when there is not its absence, mainly small residential and commercial works. In this scenario, the BIM Platform shows itself as an efficient work methodology and for the management and integration between the project, planning and budget sectors. The objective of this study will be to analyze, in an integrated way, the cost of a single-family project of standard design of the federal savings bank, making the comparison between different banks of analytical compositions SINAPI and Informativo SBC. Counting components quickly and accurately is a task simple for most BIM software and modifications to the project are made quickly and effectively, pointing out several advantages over the traditional method. The results obtained allowed the analysis and divergence between the two databases which obtain recognition at national level, analyzing the same architectural project modeled on the BIM Platform and obtaining the final budget in each base of analytical compositions.
Keywords: Plataform BIM, budget, Sinapi, Informativo SBC, projects
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
BDI
Bonificação e Despesas Indiretas
CAD
Computer Aided Design
CUB
Custo Unitário Básico
EAP
Estrutura Analítica do Projeto
IFC
Internacional Finance Corporation
LOD
Level of Development
PLUGIN
Extensão de Software para adicionar outros programas ou funções
SINAPI
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
SINDUSCON
Sindicato da Indústria da Construção Civil
SKETCHUP
Software de projetos em 3D
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
1.1
Objetivo................................................................................................................
1.2
Obetivo geral........................................................................................................ 12
2
ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.................................................... 13
2.1
Processo de orçamentação................................................................................... 13
2.2
Tipos de Orçamento.............................................................................................. 15
3
A PLATAFORMA BIM ......................................................................................18
3.1
Níveis de desenvolvimento....................................................................................18
4
METODOLOGIA................................................................................................. 24
4.1
Estudo de Caso: Residência Unifamiliar Padrão...............................................24
4.2
Metodologias Construtivas...................................................................................26
4.2.1
Sistema construtivo: Alvenaria de vedação com tijolos cerâmicos.........................26
4.3
Softwares Utilizados..............................................................................................26
4.4
Modelagem 3D - Modelagem projeto arquitetônico...........................................29
4.4.1
Modelagem............................................................................................................31
4.4.2
Orçamento 5D - OrçaBIM.................................................................................32
5
RESULTADOS......................................................................................................40
6
CONCLUSÕES.....................................................................................................44
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 46
9
APÊNDICE A......................................................................................................................48
APÊNDICE B......................................................................................................................54
APÊNDICE C......................................................................................................................57
9
INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
A representação da construção ou espaço é uma técnica milenar que desde o início das civilizações está em constante evolução, um de seus primeiros passos foi a utilização de escalas nas áreas de arquitetura e engenharia, sendo que todos os projetos eram desenhados no papel com ajuda de instrumentos como escalímetros, prancheta, compassou ou anterior a isso, há relatos que nas primeiras civilizações eram realizadas “maquetes” através de ferramentas disponíveis na época para a realização das representações das construções antes das mesmas serem realizadas.
No final do século XX, iniciou-se com o advento dos computadores, novos processos informatizados através de programas para desenho arquitetônico, como AutoCAD, que auxiliaram na transição de desenhos manuais na prancheta para o design e desenho 2D em computadores. Apesar da resistência de profissionais nesta transição, foi comprovado que o aumento de produtividade era real e foram criados softwares que inseriram outras disciplinas da construção civil para a nova plataforma de projetos 2D como hidráulica, elétrica, estruturas e etc.
Posteriormente, foi possível a modelagem e criação de desenhos em 3D em softwares como Sketchup e Autocad 3D, estes softwares foram inseridos nos processos e projetos de muitos escritórios de projetos e construtoras, pois a visualização em 3D de projetos foi um marco muito importante para a disciplina de arquitetura.
Atualmente, a grande evolução de projetos e processos da construção civil é o BIM que possui informações vinculados ao projeto que vão além da visualização em 3D. Nesse contexto, a plataforma BIM - Building Information Modeling é uma ferramenta sólida que auxilia no gerenciamento de projetos e análise de cenários para a tomada de decisões, desde a fase de elaboração e modelagem do projeto, conhecida como BIM 3D, posteriormente abrangendo a etapa de planejamento e detecção de interferências entre suas disciplinas em
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um único projeto integrado, conhecida como BIM 4D, passando pela definição do orçamento vinculada ao projeto integrado, conhecida como BIM 5D, inclusive as etapas de análises de eficiência energética, gestão funcional e manutenção das instalações de uma edificação ( BIM 6D e BIM 7D).
Um dos principais fatores desta nova metodologia é a integração de seus projetos, um exemplo disto seria na realização de um projeto de qualquer disciplina, onde ao invés de gerar várias plantas 2D as quais não possuem nenhum vínculo, no BIM o projeto já é elaborado em 3D e todas suas plantas, pranchas, tabelas e vistas estão totalmente vinculadas e simultâneamente atualizadas. A consequência disso faz com que desenhos e modelagens sejam mais precisos e consistentes de qualquer objeto ou vista, apresentando de início ganho de produtividade, controle perante os arquivos deste projeto, confiança em relação ao modelo, reduzindo erros associados a geração de projeto em 2D. Isto é um grande benefício principalmente falando sobre modificação e atualização de projetos, pois é muito suscetível a perda de informações e erros nestas etapas quando o projeto é realizado em 2D.
O orçamento de uma obra prevê ou determina os custos para a realização de uma edificação anteriormente a fase de execução. É um dos processos mais importantes e decisivos de toda a etapa de construção, pois define o custo e auxilia o proprietário juntamente com projetistas na tomada de decisões e alterações de projetos, sua importância permanece durante a execução pois o bom orçamento auxilia o construtor a manter um controle de gastos mais eficiente. A ausência ou ineficiência de padronização e detalhamento sobre como o preço de uma obra pode causar equívocos ou distorções e a tendência de gerar problemas futuros como a falta de recurso financeiro para finalizar os serviços planejados e a necessidade de maiores prazos de execução.
A etapa de orçamento de uma obra é dividido basicamente em três fases: levantamento e quantificação, definição dos custos unitários e formação do preço de venda.
Na primeira fase, de levantamento e quantificação, é realizada análise minuciosa dos projetos com a finalidade de relacionar os serviços e quantificá-los. Logo nesta etapa inicial é visível grande vantagem ao trabalhar na metodologia BIM. Afinal trabalhar em BIM é realizar a construção virtual simultaneamente ao realizar seus projetos, portanto a contagem de elementos em um modelo sólido e rico em detalhamento com seus elementos construtivos é
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uma tarefa fácil e precisa para quem vai realizar a análise dos projetos na fase de orçamento. Porém os componentes BIM não armazenam preços e composições. Tais dados normalmente são obtidos através de bancos de dados e aplicativos específicos para a orçamentação.
Neste projeto de pesquisa foi utilizado o Software Revit para modelagem e extração de quantitativos do projeto de residência padrão e o plugin OrçaBIM para a etapa de orçamentação, vinculando o arquivo central modelado no Revit com as bases de dados da Sinapi e Informativo SBC para a elaboração dos orçamentos dos serviços realizados na etapa de projeto arquitetônico.
Visando o desenvolvimento do BIM no país, em 2016 algumas ações já eram observadas em relação ao uso da plataforma no Brasil, como por exemplo, incentivos por parte de alguns órgãos como o Exército Brasileiro e o governo estadual de Santa Catarina, e em municípios como Curitiba no Paraná.
Hoje a realidade no país mudou com a entrada em vigor do decreto n° 9.377 em maio de 2018, tornando a Plataforma BIM como parte de uma estratégia de disseminação em âmbito nacional. Baseado em estudos feitos pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com das indústrias ao BIM, estima-se o aumento em 10% da produtividade no segmento da construção civil, e ainda, redução de 20% nos custos de obras públicas.
O uso do BIM será obrigatório a partir de 2021 em obras do setor público, no entanto o governo tem a expectativa de em torno de 10 anos ter disseminado o BIM. Nesta primeira fase o governo pretende contemplar a elaboração de modelos para Arquitetura e Engenharia nas disciplinas de arquitetura, hidráulica, elétrica, estrutura e AVAC na detecção de interferências, na extração de quantitativos e na documentação destes modelos. A partir de 2024, além dos objetivos da primeira fase, os modelos deverão contemplar o planejamento da execução, orçamento e nos projetos As Built, com o intuito de abranger todo o ciclo de vida de uma obra.
Entre as metas estipuladas, o governo pretende aumentar em 10 vezes a implantação di BIM, de forma que 50% do PIB da Construção Civil tenha adotado a metodologia até 2024. Atualmente. aproximadamente 9,2% das empresas do setor da construção (atualmente
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representam 5% do PIB do setor) utilizam o BIM em suas rotinas de trabalho, de acordo com pesquisa e estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Assim estima-se economizar em 20% os investimentos feitos no principal projeto de habitação popular no Brasil, o “Minha Casa, Minha Vida”. Pois além de redução de custos de insumos e mão de obra, a implantação do BIM vai melhorar outros processos da construção civil, como redução de prazos em documentação, visualização e compreendimento em geral através de projetos em 3D e ricos em informação. É importante lembrar que além dos incentivos do governo em relação a metologia BIM, as instituições e o meio privado também devem participar desta inserção e capacitação de profissionais para essa transição no setor da construção civil.
1.2 Objetivo geral
O objetivo deste estudo foi analisar por meio de uma modelagem da disciplina de arquitetura de uma residência de pequeno porte, a comparação de orçamentos realizados a partir do mesmo modelo, no entanto com bases de dados diferentes, o Informativo SBC e a SINAPI. Para isso foi realizada a modelagem da disciplina de arquitetura de um projeto de pequeno porte, o qual se enquadra no projeto de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Empregando funcionalidades do BIM e extraindo as informações necessárias.
O projeto possui uma cozinha, lavanderia, sala de estar, banheiro e dois quarto. Totalizando em 39,4 m².
A arquitetura e os elementos foram modelados no Software Revit, usufruindo das funcionalidades do BIM e estes quantitativos foram extraídos através da modelagem dos elementos arquitetônicos e posteriormente extraídos através do plugin OrçaBIM, criado pela empresa OrçaFascio, integrado ao software Revit. No sistema tanto da OrçaFascio, é possível encontrar variadas bases de composições analíticas utilizadas e regulamentadas a nível nacional e regional, neste estudo foram utilizadas duas bases de composições analíticas as quais possuem reconhecimento a nível nacional, o Informativo SBC e a SINAPI. Portanto o
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mesmo projeto, com os mesmos quantitativos será orçado nas respectivas bases com referência no estado do Paraná. Lembrando que cada uma dessas bases de composições analíticas possui composições de serviços e preços de insumos diferentes e exclusivos, pois essas bases de dados são exclusivas de cada uma e seus preços e quantidade de serviços para a orçamentação será diferente.
Tisaka (2006) conclui que o orçamento para a execução de obras é composto pelas etapas de cálculo do custo direto, cálculo das despesas indiretas e cálculo do lucro esperado pelo construtor. Neste estudo não será formalizado o preço final de venda, e aplicação de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), serão realizados levantamentos de quantitativos e vinculados ao projeto da disciplina de arquitetura modelado no software Revit, posteriormente no Plugin OrçaBim serão realizadas planilhas orçamentárias referentes ao projeto da disciplina de arquitetura com as bases de dados da SINAPI e Informativo SBC e analisando os valores obtidos de cada orçamento.
2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.1 Processo de orçamentação
O principal objetivo de um orçamento é definir o custo de algum produto em específico, no setor da construção civil seu principal objetivo é definir o custo de um obra, além de realizar a etapa de levantamentos minuciosos de quantitativos de materiais, mão de obra e equipamentos os quais são muito importantes para a etapa posterior de planejamento de obras. Mattos (2006, p. 26) define que, “[...] a orçamentação engloba três grandes etapas de trabalho: estudo das constantes (condições de contorno), composição de custos e determinação de preço”.
A primeira destas etapas, envolve a concepção, leitura, e interpretação de projetos, memoriais descritivos, normas e especificações técnicas, assim como tão importante quanto a realização de visitas técnicas ao local da obra. Esta primeira etapa se resume em levantamento de condições, necessidades e limites que a obra e o cliente apresentam.
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A partir destes levantamentos, é criada a estrutura analítica desta obra, dividindo-se em etapa, subetapas e serviços. Onde o levantamento dos quantitativos para cada serviço é realizado pelo orçamentista. No sistema atual, em 2D, o levantamento inclui cálculos baseados em dados fornecidos pelo projeto ou em estimativas.
Posteriormente, são determinados custos diretos e indiretos. Custos diretos estão relacionados permanentes da obra no canteiro de obras (materiais, equipamentos e mão de obra). Custos indiretos não estão diretamente ligados à produção, sim ao apoio operacional e administrativo da obra, por exemplo: equipe de administração da obra ou administração local; despesas gerais e mobilização do canteiro de obra; taxas legais operacionais e despesas vinculadas a transporte, alimentação, etc.
As composições de custos analíticas representam o orçamento unitário individual dos serviços que compõem o escopo do orçamento, passando por determinação dos índices ou coeficientes de produtividade e consumo de insumos os quais são necessários para a realização dos serviços. Além destes índices de produtividade e consumo, para a formalização das composições é necessário o fornecimento do custo unitário de todos insumos inseridos nas composições, assim gerando o custo unitário do serviço referente a sua unidade de medida.
Os preços adotados, índices de consumo e produtividade nestas composições e insumos podem ser adotados de duas maneiras, através de validação em campo real e bancos de dados com composições analíticas e preços referenciais disponíveis. Na primeira opção, são realizadas cotações de preços de mercado regionais dos insumos, análise de índices de consumo e produtividade extraídos em campo, assim criando um banco de composições analíticas próprias. Já na segunda opção, existem referenciais de preços e composições disponíveis por entidades governamentais, como exemplo a SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) ou também por bases de dados privadas acessíveis através de planos de assinatura de empresas, assim como a base de dados Informativo SBC.
A Figura 1 ilustra o resumo das etapas da orçamentação:
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Figura 1 - Etapas da orçamentação
Fonte: Adaptado de Mattos (2006)
2.2 Tipos de Orçamento
A orçamentação na construção civil pode ser realizada de diversas maneiras, vários fatores podem ser decisivos para a realização de um orçamento genérico ou mais assertivo para cada projeto em questão. Dentre estes fatores podemos contar com a disponibilidade de dados, grau de detalhe dos projetos e informações disponíveis como materiais, sistemas
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construtivos, equipes de mão de obra e equipamento. As definições e riqueza destas informações influenciam bastante no nível de detalhamento de um orçamento.
Orçamento analítico: Conhecido como orçamento analítico ou executivo, é o principal tipo de orçamento realizado nas construtoras, seu nível de detalhe é superior à estimativa de custos através do CUB pois é mais elaborado e contém informações mais próximas à realidade. González (2008) define o orçamento analítico como a relação dos serviços a serem executados, com as respectivas quantidades e preços.
O processo e as etapas da elaboração deste tipo de orçamento foram abordados e definidos na seção 2.2
Para Mattos (2006, p. 32), o orçamento executivo pode servir de base de referência para outras aplicações práticas como dimensionamento das equipes de obra, necessária para se realizar um planejamento alinhado à realidade; simulações de cenários alternativos, com diferentes metodologias construtivas aplicadas; geração de cronogramas físico-financeiro, que retratam a evolução dos serviços em relação ao custo ao longo do tempo; análise da viabilidade econômico-financeira, que valida a incorporação de um empreendimento; entre outras.
É de suma importância para um bom entendimento e interpretação, a organização de informações de um orçamento analítico. É necessário criar uma hierarquia de fases e serviços em uma planilha orçamentária, dividindo os serviços entre etapas e subetapas de uma construção. De acordo com Mattos (2010), no setor da construção civil, “a estrutura hierarquizada […] é chamada de Estrutura Analítica do Projeto (EAP)”. A forma mais comum de se representar uma EAP é a forma analítica, sendo o formato em que os principais softwares de planejamento e orçamentação trabalham. Neste formato, cada nível (etapa ou subetapa da construção) é indexado em relação ao seu nível predecessor, obedecendo uma sequência numérica lógica e de fácil entendimento, como exemplificado na Figura 2. Com o orçamento finalizado, a EAP fornece, analogamente ao que acontece com os dados da curva ABC para insumos, as porcentagens (ou pesos) do custo de cada etapa e subetapa do orçamento em relação ao custo total da obra. Os pesos de cada etapa podem servir de
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referência de checagem da assertividade das etapas e subetapas do orçamento, e do orçamento como um todo. Figura 2 – Trecho de uma EAP
Fonte: Arquivos do autor (2020)
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3.0 A PLATAFORMA BIM
Existem inúmeras abordagens para o conceito da plataforma BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção, em português) e a maioria delas converge em dizer que BIM significa a gestão da informação de um modelo de construção computadorizado, tendo como meta a busca por práticas de projeto integrado, no sentido de que todos os envolvidos no empreendimento pratiquem a engenharia simultânea (ANDRADE; RUSCHEL, 2009).
BIM (Building Information Modeling) é o processo de produção, uso e atualização de um modelo de informações da edificação durante todo o seu ciclo de vida. Esse modelo pode trazer benefícios ao ser aplicado em todo o ciclo de vida de uma edificação em comparação com os métodos convencionais, como por exemplo, no planejamento e na orçamentação, resultando em construções de melhor qualidade com custo e prazo de execução reduzidos.
Podemos citar que há duas principais características diferenciam a modelagem BIM do sistema tradicional CAD para projetos, sendo elas: modelagem parametrizada e interoperabilidade. A parametrização permite associar e representar os objetos por parâmetros e regras de acordo com sua geometria, além de ser possível também atribuir parâmetros e informações não geométricos a esses objetos. A interoperabilidade permite o desenvolvimento do projeto e a troca de informações de forma integrada, sendo possível a checagem de conflitos e possíveis falhas e incompatibilidades de forma instantânea, ainda na fase conceitual do projeto (EASTMAN et al., 2014).
3.1 Níveis de desenvolvimento
O Instituto Americano de Arquitetura (American Institute of Architecture - AIA) classifica as etapas de desenvolvimento de um empreendimento BIM em cinco níveis de desenvolvimento – também conhecido como LOD, Levels of Development em inglês (AIA, 2013).
O AIA (American Institute of Architects) definiu em cinco níveis de LOD em um documento “ Project Building Information Modeling Protocol” em 2013. Estes 5 níveis de desenvolvimento em BIM são:
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● Lod 100: Representação puramente gráfica e genérica, sendo utilizado para análises preliminares e estudos volumétricos. Informações relacionadas aos elementos do modelo (ex. custo/m², Ton resfriamento, etc) podem ser derivadas dentro dos elementos. Figura 3 – Esquema representativo planta e perspectiva LOD 100.
Fonte: Guias de boas práticas em BIM AsBEA Fascículo II (2015) ● Lod 200: Equivale a etapa de anteprojeto, com representações ainda genéricas, porém com formas, localização e dimensões aproximadas da realidade. Requerendo aprovações para continuação das seguintes etapas. Informações não gráficas também podem ser anexadas aos objetos.
Figura 4 – Esquema representativo planta e perspectiva LOD 200.
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Fonte: Guias de boas práticas em BIM AsBEA Fascículo II (2015)
● Lod 300: Nesta etapa, as apresentações no modelo são específicas para cada sistema, então inicia-se o detalhamento dos projetos executivos, estruturais, arquitetônicos, memoriais de cálculo, maquetes e do orçamento. Informações não gráficas também podem ser anexadas aos objetos. Figura 5 – Esquema representativo planta e perspectiva LOD 300.
Fonte: Guias de boas práticas em BIM AsBEA Fascículo II (2015) ● Lod 400: Elementos de um modelo podem ser representados como um sistema específico. Objeto ou montagem com tamanhos, formas, quantidades, orientações com informações detalhadas sobre fabricação, montagem e instalação. Informações não gráficas também podem ser anexadas aos objetos.
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Figura 6 – Esquema representativo planta e perspectiva LOD 400.
Fonte: Guias de boas práticas em BIM AsBEA Fascículo II (2015) ● Lod 500: O projeto passa a ser uma representação da obra executada em campo, também conhecida como as-built, com intuito de auxiliar nas operações e manutenções pós-obra. Informações não gráficas também podem ser anexadas aos objetos. Figura 7 – Esquema representativo planta e perspectiva LOD 500.
Fonte: Guias de boas práticas em BIM AsBEA Fascículo II (2015)
3.2 Dimensões BIM
A plataforma BIM pode ser subdividias em outras categorias, chamadas de dimensões BIM. De acordo com Monteiro e Martins (2011), são designados como BIM “nD” as funcionalidades e características que ultrapassam as três dimensões do espaço euclidiano.
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Indo além de uma maquete tridimensional, a dimensão denominada de BIM 3D representa a modelagem virtual do projeto, além de permitir a construção do empreendimento em um ambiente virtual, permite também, de forma antecipada, a detecção de conflitos entre diferentes disciplinas de projeto em uma mesma plataforma (BibLus, acesso em 22/10/2018).
A quarta dimensão BIM, chamada de BIM 4D, é associada ao fator tempo. Representa a simulação do ciclo de vida da construção, sendo assimilada ao planejamento de obras (MONTEIRO; MARTINS, 2011). Nesse aspecto, é possível visualizar o avanço físico do empreendimento e simular situações e etapas de construção por meio do modelo 3D gerado previamente. A utilização do BIM 4D pode resultar em melhor controle sobre a detecção de conflitos e sobre o gerenciamento do empreendimento.
A associação do BIM 5D está relacionada a custos. A capacidade de atribuir valores aos elementos do modelo virtual automatiza a extração e organização de quantitativos no processo da orçamentação, diminuindo erros e aumentando a confiabilidade dos dados extraídos. O vínculo entre o orçamento e o modelo BIM assegura que os quantitativos estarão sempre coerentes com o estado atual do projeto (MONTEIRO; MARTINS, 2011).
A sexta dimensão diz respeito a sustentabilidade e Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) dos materiais aplicados na construção civil. O modelo BIM 6D pode fornecer informações como impactos socioambientais, avaliar a performance do edifício quanto a sua eficiência energética e apresentar cenários construtivos com diferentes alternativas visando menores impactos na atmosfera (YUNG; WANG, 2014).
Chamada também de Facilities Management, o BIM 7D está relacionado a gestão e manutenção do empreendimento após a construção, já na fase operacional do edifício. O modelo BIM é capaz de fornecer dados para a manutenção preventiva das instalações, como informações sobre equipamentos, garantias, contatos de fornecedores, descrição do uso e funcionalidade dos espaços, entre outros (MARTINS, 2018).
Uma dimensão pouco abordada na literatura é denominada como BIM 8D. Esta oitava dimensão diz respeito a análise, prevenção e controle de riscos associados aos elementos do
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modelo BIM virtual, uma ferramenta de grande auxílio no âmbito da engenharia da segurança do trabalho (KAMARDEEN, 2010).
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4 METODOLOGIA
Na intenção de aplicar os conhecimentos teóricos obtidos na literatura, optou-se pela metodologia do estudo de caso. De acordo com Freitas e Prodanov (2013), “o estudo de caso consiste em coletar e analisar informações” sobre determinado tema, a fim de estudar aspectos variados de acordo com o assunto em questão, com o objetivo final da aplicação prática deste conhecimento teórico obtido previamente.
4.1 Estudo de Caso: Residência Unifamiliar Padrão
O objeto de estudo de caso desta pesquisa foi inspirado em um projeto arquitetônico de uma residência unifamiliar padrão fornecido pela Caixa Econômica em um CADERNOS CAIXA - PROJETO PADRÃO - CASAS POPULARES Gidur/VT (2006). Figura 8 – Capa Cadernos CAIXA apresentando vista tridimensional do projeto.
Fonte: Cadernos CAIXA - Projeto Padrão - Casas Populares (2006)
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O empreendimento possui sala, cozinha, dois quartos e um banheiro social. A edificação ocupa uma área de 53,4m² (incluindo área de projeção), área construída de 39,41m² e 33,58m² de área útil. O layout da planta baixa da edificação pode ser visto na Figura 12.
De acordo com as características de projeto-padrão propostas pela norma técnica NBR 12721 (2006), o projeto pode ser enquadrado na categoria padrão residencial normal (R1-B), tendo o CUB correspondente a esse padrão, portanto, de R$ (SINDUSCON – OESTE/PR - jan/2020). Por multiplicação direta da área equivalente pelo CUB, tem-se a estimativa inicial de custo da construção: R$ 62.393,52. Figura 9 – Layout da Edificação.
Fonte: Arquivos do autor (2020)
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4.2 Metodologias Construtivas
Com a finalidade de elaborar os orçamentos a partir do mesmo projeto arquitetônico, primeiramente vamos analisar o sistema construtivo descrevendo materiais e serviços da edificação
4.2.1 Sistema construtivo: Alvenaria de vedação com tijolos cerâmicos
A alvenaria de vedação é um dos principais e mais utilizados métodos construtivos para vedar e separar ambientes de edificações no Brasil, sendo composta por blocos cerâmicos sobrepostos com o uso de argamassa (mistura de água, cimento e areia). É importante lembrar que neste sistema, a alvenaria não possui função estrutural para a edificação, sua única função é vedar e separar ambientes. Para a solidez e estabilidade da edificação são utilizadas peças estruturais as quais são subdivididas por pórticos estruturais e seus elementos, fundações, vigas, lajes e pilares. A espessura das paredes neste sistema construtivo varia de acordo com as dimensões dos blocos cerâmicos e o posicionamento o qual eles são inseridos na etapa de alvenaria. Os blocos cerâmicos mais comuns são os de 4, 6 e 8 furos nos quais a espessura varia de 7 a 15cm.
4.3 Softwares Utilizados
A metodologia abordada para o estudo de caso consiste primeiramente na modelagem 3D em BIM do projeto executivo no software Revit, desenvolvido pela empresa Autodesk. Este software inclui recursos para a elaboração dos projetos num processo colaborativo e multidisciplinar. Para esta pesquisa, a modelagem 3D tem como objetivo um entendimento amplo do projeto arquitetônico, juntamente com análises de incompatibilidades, a extração de forma automatizada de todos os quantitativos necessários para o orçamento analítico e embasamento para se realizar o planejamento da construção.
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Figura 10 – Exemplo de projeto arquitetônico no Revit.
Fonte: Arquivos do autor (2020)
Em seguida, de posse das informações geradas pelo modelo virtual, é feita a associação dos elementos modelados a serviços e composições de preço unitário, com o auxílio do plug-in para Revit OrçaBIM, desenvolvido pela empresa Orçafascio. Esta ferramenta armazena as principais bases de dados de composições do Brasil, incluindo preços do SINAPI e do IOPES e permite a edição do orçamento de forma integrada, tanto no software Revit, por meio do plug-in, tanto por qualquer navegador na internet, por meio da plataforma online. Neste passo serão gerados os relatórios de orçamento analítico e a curva ABC de insumos. As Figuras 14 e 15 ilustram a plataforma tanto na sua versão web, tanto na versão do plug-in para Revit, sincronizadas no mesmo orçamento.
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Figura 11 – Interface da plataforma Orçafascio.
Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 12 – Interface da plug-in OrçaBIM.
Fonte: Arquivos do autor (2020)
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Em seguida, de posse das informações geradas pelo modelo virtual, é feita a associação dos elementos modelados a serviços e composições de preço unitário, com o auxílio do plug-in para Revit OrçaBIM, desenvolvido pela empresa Orçafascio.
4.4 Modelagem 3D - Modelagem projeto arquitetônico
Para entender como funciona a etapa de modelagem a qual o projeto foi realizado, é importante compreender como um software de modelagem BIM funciona.
Neste estudo, o software Revit foi utilizado para a modelagem 3D. Sendo um software BIM, além de todo registro gráfico e visual de cada objeto ele carrega todas informações inseridas nestes elementos, também conhecidos como instâncias.
As informações de cada instância podem variar de acordo com diversos parâmetros, como a geometria ou a localização do elemento, por exemplo. Cada instância inserida é parte de uma Categoria pré-definida pelo software. Essas categorias fazem referência a elementos comuns encontrados na construção civil. Alguns exemplos de categoria do Revit são: pisos, janelas, portas, telhados, paredes,etc.
30
Figura 13 – Categorias do Revit.
Fonte: Arquivos do autor (2020)
Dentro das categorias, as instâncias são organizadas e subgrupadas pelas suas respectivas Famílias e Tipos. Utilizando a categoria de portas como exemplo, as famílias podem ser divididas entre portas de madeira, portas de alumínio, etc. e os tipos, serem organizados de acordo com as dimensões da porta, como visto na Figura 14:
31
Figura 14 – Famílias e Tipos de paredes Revit.
Fonte: Arquivos do autor (2020)
4.4.1 Modelagem
No fluxo de modelagem de projetos no Revit, deve-se inserir os elementos com sequência lógica que representa a sequência de construção da obra, iniciando com localização da edificação, adotando níveis construtivos como referências para parametrização de modelagem de elementos construtivos como pisos, paredes, coberturas, esquadrias e demais elementos com restrições aos níveis criados
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Figura 15 – Apresentação de restrições e informações fornecidas em uma parede no Revit.
Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 16 – Camadas de uma parede criadas pelo projetista no Revit.
Fonte: Arquivos do autor (2020) 4.4.2 Orçamento 5D - OrçaBIM Em posse do projeto modelado, a etapa da orçamentação se inicia pela identificação dos serviços necessários para a realização da obra. Neste processo, o referencial de composições
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de preço unitários do Informativo SBC (PR - 12/2019) do SINAPI (PR – 12/2019). As composições de preço unitários utilizadas para cada orçamento encontram-se, em sua versão integral, no ANEXO A.
Diretamente do plug-in para Revit OrçaBIM é possível selecionar entre as diversas bases de dados, quais serão utilizadas no orçamento, como visto na Figura 17: Figura 17 – Seleção de dados no plug-in
Fonte: Arquivos do autor (2020)
Em seguida, a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) foi montada diretamente pelo plug- in, através das ferramentas “Etapa” e “Sub Etapa” e as composições de preço unitários foram atribuídas aos elementos modelados no Revit.
O processo de atribuição de composições a elementos do Revit é feito de forma bastante intuitiva devido a interface do programa, através do ícone “Composições” é possível inserir o nome ou o código do serviço desejado, ou uma palavra chave sobre a descrição do serviço (“parede”, por exemplo) e o programa então localiza e exibe os possíveis resultados para a busca.
34
Com a composição escolhida, é necessário atribuir regras para o cálculo do quantitativo em questão. A ferramenta de edição destas regras é chamada de “Editor de critério”.
Os passos para atribuir uma composição de preços unitários a um elemento modelado no Revit são descritos abaixo: ● Passo 1: localização da composição desejada no plug-in, através do código, descrição ou palavra-chave do serviço; ● Passo 2: edição dos critérios e sub-critérios para levantamento de quantitativos. Neste passo faz-se a associação do serviço a categoria que o elemento do Revit foi modelado; ● Passo 3: seleção de filtros. Neste passo se restringe os elementos que são contabilizados no levantamento através de filtros. Os filtros se dividem em: filtros de fase; filtros de famílias e filtros de parâmetros gerais; ● Passo 4: verificação dos elementos quantificados. Pela visualização do próprio plug-in, é possível auditar o que se foi levantado. Passo fundamental para checagem e conferência de informações.
As Figuras 18, 19, 20, 21, 22 e 23 em ilustração exemplificam o processo do levantamento de quantitativos para o serviço de fundação, diretamente do Revit, através do OrçaBIM:
35
Figura 18 – Atribuição de composições (passo 1)
Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 19 – Atribuição de composições (passo 2)
Fonte: Arquivos do autor (2020)
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Figura 20 – Atribuição de composições (passo 3)
Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 21 – Atribuição de composições (passo 4)
Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 22 – Atribuição de composições (passo 4)
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Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 22 – Atribuição de composições - aplicando filtros (passo 4)
Fonte: Arquivos do autor (2020) Figura 23 – Atribuição de composições (levantamento concluído)
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Fonte: Arquivos do autor (2020)
O processo acima foi repetido para todos os elementos modelados no Revit. Os itens do orçamento que não tinham um elemento equivalente no modelo virtual foram inseridos manualmente, como o caso dos serviços preliminares, ou as etapas que contemplam os projetos complementares não foram inseridas no orçamento.
Como referência para o orçamento, há uma planilha orçamentária fornecida no Cadernos CAIXA - Projeto Padrão - Casas Populares (2006) conforme mostra a Figura 24.
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Figura 24 – Planilha referencial de orçamento
Fonte: Cadernos CAIXA - Projeto Padrão - Casas Populares (2006)
No entanto para este estudo ela somente servirá como referência, pois os serviços referentes ao projeto modelado no Revit serão orçados com a SINAPI e Informativo SBC.
40
5 RESULTADOS
A plataforma BIM se mostrou uma ferramenta definitiva em todos os processos deste estudo, pois ficou evidente o ganho de produtividade em projetos no Revit quanto no processo de orçamentação no OrçaBIM, também se mostrou muito importante para a documentação e confiabilidade de dados informados em ambas etapas.
Para esta pesquisa, o uso da plataforma se mostrou extremamente eficaz. A modelagem em BIM 3D, no contexto da criação de opções e cenários construtivos diferentes, foi realizada em tempo otimizado. A etapa de modelagem, utilizando o conceito de “construção virtual”, facilitou o trabalho de extração de quantitativos e de atribuição dos elementos modelados aos serviços planejados. Este processo permitiu que o foco se voltasse para a riqueza de detalhamento do projeto e para tomadas de decisão na etapa de orçamentação.
A integração do modelo com o orçamento em BIM 5D, por meio da plataforma OrçaBIM, também se mostrou extremamente útil e ágil na etapa de orçamentação. A plataforma é bastante intuitiva e fácil de usar, assim como a atribuição de composições de preço unitário aos elementos modelados e a definição de critérios e filtros para o levantamento de quantitativos. Os resultados dos cronogramas completos, localizados no APÊNDICE B, foram gerados pela plataforma online de forma automatizada, eliminando o trabalho manual da documentação do orçamento. A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos orçamentos realizados nesta pesquisa, apresentando valores de cada etapa referentes aos materiais que foram utilizados e suas respectivas porcentagens.
41
Tabela 1 – Comparação entre resultados do orçamento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 12.1 12.2
Etapa Orçamento - Sinapi % Referente ao Total Orçamento - SBC % Referente ao Total SERVIÇOS PRELIMINARES R$ 3.153,51 7,68% 2.231,12 4,18% FUNDAÇÕES R$ 4.281,18 10,43% 5.469,80 10,24% ESTRUTURA - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO PAREDES E PAINÉIS R$ 8.181,47 19,93% 7.403,93 13,86% COBERTURA R$ 7.191,68 17,52% 12.199,27 22,83% ESQUADRIAS R$ 4.097,75 9,98% 9.615,94 18,00% INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ RELIZADA NO ESTUDO INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO PISOS R$ 3.459,66 8,43% 2.911,98 5,45% IMPERMEABILIZAÇÕES R$ 163,93 0,40% 150,53 0,28% REVESTIMENTOS, FORROS E TRATAMENTOS ESPECIAIS REVESTIMENTOS INTERNOS E EXTERNOS R$ 9.187,18 22,39% 12.251,76 22,93% FORROS R$ 1.324,40 3,23% 1.194,44 2,24% VALOR TOTAL R$ 41.040,76 100,00% R$ 53.428,77 100,00%
Fonte: Arquivos do autor (2020) O orçamento com a base de referência de composições e preços Sinapi apresentou menor preço de custo final para o projeto utilizado neste estudo. Observa-se no Gráfico 1 o comparativo em porcentagem acumulada entre os dois orçamentos. Gráfico 1 – Resultados do orçamento
R$ ACUMULADO SINAPI X SBC R$53.428,77
R$60.000,00 R$50.000,00 R$40.000,00 R$30.000,00 R$20.000,00 R$10.000,00 R$-
SINAPI
8
9
FORROS
7
REVESTIMENTOS INTERNOS E…
6
REVESTIMENTOS, FORROS E…
ESQUADRIAS
5
IMPERMEABILIZAÇÕ ES
COBERTURA
4
PISOS
PAREDES E PAINÉIS
3
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - ESTA…
ESTRUTURA - ESTA ETAPA NÃO SERÁ…
2
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS -…
FUNDAÇÕES
1
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - ESTA…
SERVIÇOS PRELIMINARES
R$41.040,76
10
11
12
12.1
12.2
SBC
Fonte: Arquivos do autor (2020)
Observando os resultados do Gráfico 1, nota-se que até a etapa de Cobertura (5) os custos dos orçamentos do projeto são similares, mantendo o mesmo padrão de viabilidade
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independente de possuírem composições analíticas e preços de insumos diferentes. Porém após a etapa de esquadrias (6) e até a última etapa do orçamento, forros (12.2) na base de composições analíticas Informativo SBC, o custo da acumulado da edificação em cada etapa se torna aproximadamente 32% mais alto em comparação ao orçamento realizado na base de composições analíticas Sinapi.
Outro ponto importante é analisar os resultados obtidos com custo desta obra estimado pelo CUB conforme a Tabela 2.
Tabela 2 – Cálculo de estimativa de custos pelo CUB Área construída 39,41 m² CUB R1-B 01/20 1.583,19 R$/m² Estimativa custo CUB R$ 62.393,52
Fonte: Arquivos do autor (2020)
É importante ressalvar o que está, e o que não está incluso no valor do CUB, segundo o Sinduscon: Os valores do CUB referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de Janeiro/2009. "Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006". "Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços
43
complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador." Para analisar os resultados obtidos pelos dois orçamentos e pela estimativa do CUB segue a Tabela 3
Tabela 3 – Comparação resultados obtidos com estimativa do CUB Custo da obra % referente a estimativa do CUB % excedente para chegar ao custo do CUB
Orçamento Sinapi Orçamento SBC Estimativa CUB R$ 41.040,76 R$ 53.428,77 R$ 62.393,52 66% 86% 100% 34% 14% 0
Fonte: Arquivos do autor (2020)
Conforme analisado na Tabela 3, nenhum dos orçamentos atingiu a estimativa de custos do CUB para este projeto. No entanto vale lembrar que temos serviços não orçados, pois os mesmos não foram projetados, por exemplo, modelagem e projeto estrutural, modelagem e projeto hidráulico, modelagem e projeto elétrico. Portanto estes excedentes entre os orçamentos realizados neste estudo e a estimativa de custos pelo CUB existem em razão a estes serviços que não foram orçados até então.
44
6 CONCLUSÕES
A partir do estudo e análise crítica dos resultados obtidos como elementos de pesquisa da metodologia aplicada nesta pesquisa, é possível concluir: •
A principal abordagem deste trabalho é apresentar o perfeito fluxo BIM no qual os processos de projeto e modelagem 3D no software Revit estão integralmente sincronizados com a etapa de orçamentação com o plug-in OrçaBim. Este fluxo de trabalho é benéfico pois quaisquer alterações em um projeto e orçamento, refletem uns aos outros, tornando os processos totalmente vinculados.
•
A criação de processos padrão é essencial para qualquer fluxo de trabalho em BIM, pois validando-os e os tornando rotinas de trabalho, o aumento de produtividade de trabalho em equipe é consequência. Através deste ganho que ferramentas BIM proporciona, os profissionais envolvidos ganham e muito na produtividade, pois com as ferramentas corretas, o foco dos profissionais será integral a questões de engenharia e arquitetura.
•
Se torna evidente a divergência entre as bases de composições analíticas Sinapi e Informativo SBC em relação ao mesmo projeto, contando com os mesmos serviços e materiais. Onde no mesmo estudo de caso a diferença entre as bases chega a aproximadamente 30%, o que seria uma grande divergência. Portanto fica o questionamento entre qual das duas bases é a que possui composições, insumos e custos mais próximos da realidade.
A evolução de novas tecnologias computacionais ocorre de maneira contínua e dinâmica. Novos softwares e ferramentas surgem a todo instante, portanto fica evidente que a plataforma BIM proporciona integração entre as disciplinas em todas as fases de uma obra, abrangendo equipes que fazem parte de todo o ciclo de vida de uma edificação. A cada dia fica mais evidente a necessidade de acompanhar, se especializar, estudar e saber como implantar essas novas tecnologias em processos de trabalho
45
Para estudos futuros, sugere-se a modelagem, dimensionamento e orçamentação de projetos complementares no mesmo projeto de estudo o qual foi realizado este trabalho para a obtenção de orçamento final com todas as disciplinas.
46
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Do conceito à desconstrução, ou reciclagem, vamos conhecer as 7 dimensões do BIM. 2018. Disponível em: < http://biblus.accasoftware.com/ptb/as-dimensoesdo-bim-3d-4d-5d-6d-7d/>. Acesso em: 05 fev. 2020
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FREITAS, E. C.; PRODANOV, C. C. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2a Edição, Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2013.
GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira. 4a Edição, São Paulo: Editora PINI, 2004.
47
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MARTINS, B. F. B. Utilização de BIM e métodos de sustentabilidade em elementos na construção. 2018. 114 f. Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2018.
MATTOS, A. D. Como preparar orçamento de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. 1a Edição. São Paulo: Editora PINI, 2006. MONTEIRO, A.; MARTINS, J. P. Building Information Modeling (BIM) – Teoria e aplicação. International Conference of Engineering. Portugal. 28-30 Nov, 2011.
PIUS, M. A.; BRUNSTEIN, I. Análise de algumas práticas utilizadas no cálculo do BDI – Bonificação e Despesas Indiretas – Para a Fixação de Preços de Obras na Construção Civil. VI Congresso Brasileiro de Custos. São Paulo, Junho/Julho 292, 1999.
TISAKA, M. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. 1a Edição. São Paulo: Editora PINI, 2006.
48
APÊNDICE A– PROJETO EXECUTIVO
49
50
51
52
53
54
APÊNDICE B– ORÇAMENTO BASE SINAPI
55
Item
Código Banco
1
Obra
Bancos
PROJETO TCC VICTOR HUGO SINAPI
SINAPI - 12/2019 - Paraná 0,0%
Descrição
Planilha Orçamentária Sintética Und
B.D.I.
Encargos Sociais Não Desonerado: embutido nos preços unitário dos insumos de mão de obra, de acordo com as bases.
Quant.
Valor Unit
Valor Unit com BDI
SERVIÇOS PRELIMINARES
1.1
73859/002 SINAPI
1.2
99059 SINAPI
1.3
74209/001 SINAPI
1.4
41598 SINAPI
2 2.1
96527 SINAPI
2.2
93382 SINAPI
2.3
96385 SINAPI
2.4
98562 SINAPI
2.5
94964 SINAPI
Total
Peso (%)
3.153,51
7,68 %
CAPINA E LIMPEZA MANUAL DE TERRENO
m²
150,01
1,54
1,54
231,02
0,56 %
LOCACAO CONVENCIONAL DE OBRA, UTILIZANDO GABARITO DE TÁBUAS CORRIDAS PONTALETADAS A CADA 2,00M - 2 UTILIZAÇÕES. AF_10/2018
M
25,2
42,80
42,80
1.078,56
2,63 %
PLACA DE OBRA EM CHAPA DE ACO GALVANIZADO
m²
1
363,79
363,79
363,79
0,89 %
ENTRADA PROVISORIA DE ENERGIA ELETRICA AEREA TRIFASICA 40A EM POSTE MADEIRA FUNDAÇÕES
UN
1
1.480,14
1.480,14
1.480,14
3,61 %
4.281,18
10,43 %
ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA PARA VIGA BALDRAME, COM PREVISÃO DE FÔRMA. AF_06/2017 REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. AF_10/2017
m³
12,06
115,95
115,95
1.398,36
3,41 %
m³
12,06
28,63
28,63
345,28
0,84 %
EXECUÇÃO E COMPACTAÇÃO DE ATERRO COM SOLO PREDOMINANTEMENTE ARGILOSO - EXCLUSIVE SOLO, ESCAVAÇÃO, CARGA E TRANSPORTE. AF_11/2019 IMPERMEABILIZAÇÃO DE FLOREIRA OU VIGA BALDRAME COM ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA, COM ADITIVO IMPERMEABILIZANTE, E = 2 CM. AF_06/2018 CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_07/2016
m³
6,03
7,33
7,33
44,20
0,11 %
m²
18,65
33,79
33,79
630,18
1,54 %
m³
6,37
292,49
292,49
1.863,16
4,54 %
3
ESTRUTURA - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO
4
PAREDES E PAINÉIS
0,00
0,00 %
8.181,47
19,93 %
4.1
89168 SINAPI
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS VAZADOS DE CERÂMICA DE 9X19X19CM (ESPESSURA 9CM), PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL UNIFAMILIAR (CASA) E EDIFICAÇÃO PÚBLICA PADRÃO. AF_11/2014
m²
99,13
73,01
73,01
7.237,48
17,63 %
4.2
93186 SINAPI
12,5
48,79
48,79
609,88
1,49 %
93196 SINAPI
VERGA MOLDADA IN LOCO EM CONCRETO PARA JANELAS COM ATÉ 1,5 M DE VÃO. AF_03/2016 CONTRAVERGA MOLDADA IN LOCO EM CONCRETO PARA VÃOS DE ATÉ 1,5 M DE COMPRIMENTO. AF_03/2016 COBERTURA
M
4.3
M
7
47,73
47,73
334,11
0,81 %
7.191,68
17,52 %
FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE ESTRUTURA PONTALETADA DE MADEIRA NÃO APARELHADA PARA TELHADOS COM ATÉ 2 ÁGUAS E PARA TELHA CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_12/2015 TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR RIPAS, CAIBROS E TERÇAS PARA TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS PARA TELHA DE ENCAIXE DE CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_07/2019
m²
57,51
28,97
28,97
1.666,06
4,06 %
m²
57,51
59,17
59,17
3.402,87
8,29 %
5 5.1
92565 SINAPI
5.2
92539 SINAPI
5.3
94195 SINAPI
TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO PORTUGUESA, COM ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_07/2019
m²
57,51
25,88
25,88
1.488,36
3,63 %
5.4
94227 SINAPI
CALHA EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO NÚMERO 24, DESENVOLVIMENTO DE 33 CM, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_07/2019 ESQUADRIAS
M
15,66
40,51
40,51
634,39
1,55 %
4.097,75
9,98 %
6.1
91326 SINAPI
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA VERNIZ, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, SEM FECHADURA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2019
UN
2
658,99
658,99
1.317,98
3,21 %
6.2
91325 SINAPI
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA VERNIZ, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 70X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, SEM FECHADURA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2019
UN
2
568,06
568,06
1.136,12
2,77 %
6.3
91318 SINAPI
KIT DE PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), PADRÃO POPULAR, 60X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS: DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, SEM FECHADURA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2019
UN
1
611,32
611,32
611,32
1,49 %
6.4
94570 SINAPI
JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER COM 2 FOLHAS PARA VIDROS, COM VIDROS, BATENTE, ACABAMENTO COM ACETATO OU BRILHANTE E FERRAGENS. EXCLUSIVE ALIZAR E CONTRAMARCO. FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2019 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ RELIZADA NO ESTUDO INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO PISOS
m²
4,6
224,42
224,42
1.032,33
2,52 %
0,00
0,00 %
0,00
0,00 %
0,00
0,00 %
3.459,66
8,43 %
(COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:4 (CIM E AREIA), EM BETONEIRA 400 L, ESPESSURA 3 CM ÁREAS SECAS E 3 CM ÁREAS MOLHADAS, PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL UNIFAMILIAR (CASA) E EDIFICAÇÃO PÚBLICA PADRÃO. AF_11/2014 PISO CIMENTADO E=1,5CM C/ARGAMASSA 1:3 CIMENTO AREIA ALISADO COLHER SOBRE BASE EXISTENTE E ARGAMASSA EM PREPARO MECANIZADO (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO GRÉS DE DIMENSÕES 35X35 CM, PARA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL UNIFAMILIAR (CASA) E EDIFICAÇÃO PÚBLICA PADRÃO. AF_11/2014
m²
50,25
34,46
34,46
1.731,62
4,22 %
m²
16,56
40,53
40,53
671,18
1,64 %
m²
33,69
31,37
31,37
1.056,86
2,58 %
6
7 8 9 10 10.1
94438 SINAPI
10.2
73465 SINAPI
10.3
89171 SINAPI
56
11 11.1
IMPERMEABILIZAÇÕES 74066/002 SINAPI
12 12.1
IMPERMEABILIZACAO DE SUPERFICIE, COM IMPERMEABILIZANTE FLEXIVEL A BASE ACRILICA. REVESTIMENTOS, FORROS E TRATAMENTOS ESPECIAIS
163,93 m²
2,11
77,69
77,69
REVESTIMENTOS INTERNOS E EXTERNOS
0,40 %
163,93
0,40 %
10.511,58
25,61 %
9.187,18
22,39 %
12.1.1
87876 SINAPI
CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO INTERNAS, COM ROLO PARA TEXTURA ACRÍLICA. ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA COM PREPARO MANUAL. AF_06/2014
m²
185,27
7,69
7,69
1.424,73
3,47 %
12.1.2
87532 SINAPI
EMBOÇO, PARA RECEBIMENTO DE CERÂMICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MANUAL, APLICADO MANUALMENTE EM FACES INTERNAS DE PAREDES, PARA AMBIENTE COM ÁREA ENTRE 5M2 E 10M2, ESPESSURA DE 20MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014
m²
185,27
29,38
29,38
5.443,23
13,26 %
12.1.3
93393 SINAPI
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PAREDES INTERNAS COM PLACAS TIPO ESMALTADA PADRÃO POPULAR DE DIMENSÕES 20X20 CM, ARGAMASSA TIPO AC I, APLICADAS EM AMBIENTES DE ÁREA MAIOR QUE 5 M2 NA ALTURA INTEIRA DAS PAREDES. AF_06/2014
m²
16,98
31,82
31,82
540,30
1,32 %
12.1.4
88485 SINAPI
168,14
2,37
2,37
398,49
0,97 %
88493 SINAPI
APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR ACRÍLICO EM PAREDES, UMA DEMÃO. AF_06/2014 APLICAÇÃO MECÂNICA DE PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDES, DUAS DEMÃOS. AF_06/2014 FORROS
m²
12.1.5
m²
168,14
8,21
8,21
1.380,43
3,36 %
1.324,40
3,23 %
FORRO EM RÉGUAS DE PVC, FRISADO, PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS, INCLUSIVE ESTRUTURA DE FIXAÇÃO. AF_05/2017_P
m²
1.324,40
3,23 %
12.2 12.2.1
96111 SINAPI
33,58
Total sem BDI Total do BDI Total Geral
39,44
39,44
41.040,76 0,00 41.040,76
57
APÊNDICE C– ORÇAMENTO BASE INFORMATIVO SBC
58
Obra
Bancos
PROJETO TCC VICTOR HUGO INFORMATIVO SBC
B.D.I.
Encargos Sociais
0,0%
Não Desonerado: embutido nos preços unitário dos insumos de mão de obra, de acordo com as bases.
SBC - 12/2019 - Paraná
Item
Código Banco
1
Descrição
Planilha Orçamentária Sintética Und
Quant.
Valor Unit
Valor Unit com BDI
SERVIÇOS PRELIMINARES
Total
Peso (%)
2.231,12
4,18 %
m²
150,01
1,81
1,81
271,52
0,51 %
012050 SBC
LIMPEZA DE TERRENO-CORTE VEGETACAO RASTEIRA C/ROCADEIRA COSTAL LOCACAO GERAL DA OBRA
m²
53,4
10,84
10,84
578,86
1,08 %
1.3
016500 SBC
PLACA DE RESPONSABILIDADE TECNICA EM OBRAS
m²
1
354,33
354,33
354,33
0,66 %
1.4
012205 SBC
INSTALACAO PROVISORIA DE LUZ E FORCA COM MEDIDOR E POSTE
UN
1
1.026,41
1.026,41
1.026,41
1,92 %
5.469,80
10,24 %
1.1
020203 SBC
1.2
2
FUNDAÇÕES
2.1
020123 SBC
2.2
020164 SBC 030136 SBC
ABERTURA MANUAL VALA FUNDACAO 0,50x0,60m-BALDRAME-PAREDE 20cm REATERRO DE CAVA COM MATERIAL DA OBRA-BALDRAME PAREDES 0,20m CAMADA IMPERMEABILIZADORA SOBRE BALDRAME,ESPESSURA 1,5cm
2.3 2.4
040665 SBC
CONCRETO FCK 20MPA TRACO 1:2.7:3 PREPARO MECANICO
3
M
40,21
25,90
25,90
1.041,44
1,95 %
M
40,21
33,69
33,69
1.354,67
2,54 %
m²
18,65
63,89
63,89
1.191,55
2,23 %
m³
6,37
295,47
295,47
1.882,14
3,52 %
0,00
0,00 %
ESTRUTURA - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO
4
7.403,93
13,86 %
4.1
090145 SBC
PAREDES E PAINÉIS ALVENARIA TIJOLO FURADO 10x20x20cm-0,10m-CAL/CIMENTO/AREIA
m²
99,13
64,83
64,83
6.426,60
12,03 %
4.2
090239 SBC
VERGA CONCRETO ESTRUTURADO (10x10cm)PARA ALVENARIAS 0,10m
M
12,5
54,98
54,98
687,25
1,29 %
4.3
040149 SBC
VERGA DE PEITORIL EM CONCRETO ESTRUTURADO 1:3;5-PAREDES 0,10m
M
7
41,44
41,44
290,08
0,54 %
12.199,27
22,83 %
5
COBERTURA
5.1
054132 SBC
CALHA PARA AGUA DE CHAPA DE ACO GALVANIZADA NUM 26
M
15,66
74,97
74,97
1.174,03
2,20 %
5.2
100151 SBC
ESTRUTURA MADEIRA PARA TELHADO PARA TELHA CERAMICA ROMANA
m²
57,51
165,83
165,83
9.536,88
17,85 %
TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO ROMANA, COM ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_07/2019
m²
57,51
25,88
25,88
1.488,36
2,79 %
5.3
94442 SINAPI
6
9.615,94
18,00 %
6.1
110634 SBC
ESQUADRIAS PORTA COMPLETA MADEIRA 1 FL.0,80x2,10m PARA PINTURA+FERRAGEM
UN
2
1.332,67
1.332,67
2.665,34
4,99 %
6.2
110011 SBC
PORTA COMPLETA MADEIRA 1 FL.0,70x2,10m-INTERNA/OLEO/FERRAGENS
UN
2
875,52
875,52
1.751,04
3,28 %
6.3
110233 SBC
PORTA COMPLETA MADEIRA 1 FL.0,60x2,10x0,035+ESMALTE+FER.
UN
1
905,87
905,87
905,87
1,70 %
6.4
112180 SBC
JANELA DE CORRER EM ALUMINIO NATURAL
m²
4,6
933,41
933,41
4.293,69
8,04 %
0,00
0,00 %
0,00
0,00 %
0,00
0,00 %
2.911,98
5,45 %
7
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ REALIZADA NO ESTUDO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ESTA ETAPA NÃO SERÁ RELIZADA NO ESTUDO INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - ESTA ETAPA NÃO SERAÁ REALIZADA NO ESTUDO PISOS
8 9 10 10.1
040506 SBC
CONCRETO MAGRO - CONTRAPISO
m³
0,75
442,46
442,46
331,85
0,62 %
10.2
023195 SBC
PISOS-REPOSICAO CIMENTADO COMUM SOBRE BASE EXISTENTE
m²
16,56
52,68
52,68
872,38
1,63 %
10.3
120225 SBC
CERAMICA 45x45CM PEI III INCEFRA
m²
33,69
50,69
50,69
1.707,75
3,20 %
150,53
0,28 %
11 11.1
IMPERMEABILIZAÇÕES 160062 SBC
12
IMPERMEABILIZACAO PISOS WC/BANHEIROS/A.SERVICO/COPAS/COZINHA
m²
2,11
71,34
71,34
REVESTIMENTOS, FORROS E TRATAMENTOS ESPECIAIS
12.1
REVESTIMENTOS IINTERNO E EXTERNO)
150,53
0,28 %
13.446,20
25,17 %
12.251,76
22,93 %
12.1.1
120374 SBC
AZULEJO 33X60CM DUETO PLUS ""A"" 33X60 LUME
m²
16,98
66,55
66,55
1.130,02
2,12 %
12.1.2
180579 SBC
PREPARO DE PAREDES COM MASSA ACRILICA
m²
170,65
18,47
18,47
3.151,91
5,90 %
12.1.3
180575 SBC
PINTURA ACRILICA EM PAREDES SOBRE REBOCO 2 DEMAOS
m²
170,65
9,03
9,03
1.540,97
2,88 %
12.1.4
120010 SBC
CHAPISCO ARGAMASSA PREFABRICADA ROLADA
m²
185,27
7,24
7,24
1.341,35
2,51 %
12.1.5
121088 SBC
EMBOCO COM CIMENTO,AREIA E CAL HIDRATADO 1:1:8
m²
185,27
27,46
27,46
5.087,51
9,52 %
1.194,44
2,24 %
1.194,44
2,24 %
12.2 12.2.1
FORROS 120419 SBC
FORRO EM REGUAS PVC BRANCA TIGRE PERFIL 200mm x 12mm x 10mm
m²
33,58
Total sem BDI Total do BDI Total Geral
35,57
35,57
53.428,77 0,00 53.428,77