Aula - Grupos operativos

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15/04/2020

Profa. Dra. Josiane Lima de Gusmão

 História  Pichon-Riviére, psiquiatra suíco, imigra para Argentina

em 1910.

 Fundador da teoria do Grupo Operativo: greve de

enfermeiros no Hospital Psiquiátrico de las Mercedes, Argentina nas décadas de 40/50

 Organizou grupos em que as pessoas usuárias menos

comprometidas apoiavam as mais comprometidas.

 Melhora em ambos subgrupos: integração, empatia

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 Definição

 Conjunto de pessoas reunidas por constantes de tempo e de

espaço e articuladas por suas mútuas representações internas que se propõem, explícita ou implicitamente, a executar uma tarefa que constitui sua finalidade. - Pichon Rivière

 Princípios: vínculo e tarefa  deve ser: dinâmico (fluir interação e comunicação para

fomentar o pensamento e a criatividade); reflexivo (compreender os fatores que obstruem a tarefa); democrático (grupo origina suas próprias ações e pensamentos, num ambiente de autonomia)

 Abrangem quatro campos:

 Ensinoaprendizagem - espaço para a reflexão de temas e a discussão

de questões (o importante é aprender a aprender)

 Institucionais - grupos formados em instituições para o debate de

questões de interesse de seus membros

 Comunitários - utilizados em programas voltados para a saúde

(grupos de gestantes, de adolescentes, de lideranças comunitárias e outros)  Terapêuticos - promover melhoras nos campos físico e psicológico, englobando o estímulo à autoajuda.  Pode ser utilizada em muitos contextos: familiares, grupos de

terceira idade, grupos de trabalho, grupos de pais, grupos teatrais e esportivos, grupos de egressos de sistemas privativos de liberdade, grupos de portadores de drogadição e outros.

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 ATORES

 Coordenador  Observador  Porta-voz - depositário da ansiedade grupal. Aquele que denuncia

   

     

algo que aparentemente é seu, porém, implícito, está enunciado um problema grupal que o grupo não pode enunciar Bode expiatório - assume os aspectos negativos do grupo Líder de mudança - se encarrega de levar adiante as tarefas e que se arrisca diante do novo Líder de resistência - puxa o grupo para trás, interrompe avanços Silencioso - assume as dificuldades dos demais integrantes para estabelecer a comunicação, fazendo com que o resto do grupo se sinta obrigado a falar

Resistência à mudança Medos básicos Verticalidade e horizontalidade Pré-tarefa →tarefa → projeto Existente/emergente ECRO=Esquema conceitual, referencial e operativo  Rupturas de estereotipias  Reparação das redes de comunicação  Leitura crítica da realidade  Adaptação ativa a realidade

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ESQUEMA CONCEITUAL, REFERENCIAL E OPERATIVO Conjunto articulado de conhecimentos que permite a construção de um modelo de apreensão da realidade, da compreensão do entorno social e do sujeito inserido no social  Conceitual – os elementos conceituais (medos básicos, tarefa, resistência...)/ elementos motivacionais (experiência cotidiana)  Referencial – conhecimento adquirido ao logo da vida e aqueles que vão surgir em decorrência da mudança (releitura da realidade)  Operativo – Trabalho operacional do grupo (planejamento, execução e projeto) adaptação ativa ao real

Resitência à mudança  Cura  mudança é uma aprendizagem  RESISTÊNCIA  MEDOS BÁSICOS  Medo da perda Medo do Ataque  MEDO DA PERDA do OBJETO – medo que um processo de mudança provoque perdas daquilo que já foi sedimentado no ser da pessoa  ansiedade depressiva  MEDO DO ATAQUE ao EU– temor daquilo que está por vir (desconhecido) ansiedade paranoica  Tarefa operativa – resolver (diminuir os medos básicos para haver mudança necessária a aprendizagem ou a cura)

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 O grupo operativo integra duas dimensões – resolução das dificuldades do campo grupal e da individualidade de cada membro  O trabalho no grupo se dá em duas direções: interpreta-se o porta-voz em sua história pessoal e por meio do que fala (enuncia) as fantasias do grupo  Verticalidade – são as características individuais de cada membro e sua história pessoal  Horizontalidade – denominador comum do grupo consciente ou inconsciente  Verticalidade e horizontalidade se conjugam no PAPEL assumido por cada um daquilo que foi adjudicado pelo grupo

 EXISTENTE – aquilo que está dado em um grupo em dado momento (implícito e o explícito)  O EXISTENTE gera um movimento de compreensão  INTERPRETAÇÃO

 EMERGENTE – a perspectiva que surge da interpretação do existente

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 Definir:  Quem é o grupo (participantes)  Qual a finalidade  Qual a frequência  Quem coordena (líder)  Quem é observador (auxilia líder)  Local

 Técnica  Tarefa explícita (aprendizagem, diagnóstico ou

tratamento)  Tarefa implícita (forma como os participantes vivenciam)  Enquadre (elementos fixos)

Objetivo: promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações.

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Pré-tarefa  Trabalho referente ao período inicial de um grupo – predominam os medos básicos e há muita resistência à mudança  Mecanismos de defesa de postergação da entrada na Tarefa e a resolução dos medos básicos  Uma etapa em que todos os dispositivos que os participantes colocam na atividade grupal têm a função de por a salvo o existente dos sujeitos implicados no grupo

 Tarefa: maneira pela qual cada integrante reage a partir de suas

próprias necessidades que constituem o polo norteador da conduta

 Objetivo específico a cada encontro  Congruente com objetivo geral do grupo  Reação das pessoas  Discussão (espaço para fala dos participantes)  Usar resultados para próxima tarefa.

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 Atenção!  Todos devem ser incentivados a falar  A tarefa deve terminar no mesmo dia

 Importante!  Tirar foco da doença  Enxergar a pessoa (medos, ansiedades, alegrias,

dificuldades, conquistas)

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 Tarefa operativa leva a construção do PROJETO  Planejamento para o futuro  O grupo é capaz de se propor objetivos que vão além das tarefas iniciais  Momento em que detecta-se um amadurecimento do grupo  Momento que também se percebe e se assume que o grupo deve chegar ao fim, pois houve a conclusão da tarefa

A aprendizagem centrada nos processos grupais coloca em evidência a possibilidade de uma nova elaboração de conhecimento, de integração e de questionamentos acerca de si e dos outros. A aprendizagem é um processo contínuo em que comunicação e interação são indissociáveis, na medida em que aprendemos a partir da relação com os outros.

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